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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO COLÉGIO ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MULLER ENSINO FUNDAMENTAL E NORMAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SETEMBRO 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO

COLÉGIO ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MULLER

ENSINO FUNDAMENTAL E NORMAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SETEMBRO

2017

Page 2: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

I. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 5

1.1. Localização e dependência administrativa 5

1.2. Aspectos históricos da instituição 7

1.3. Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de estudantes. 9

1.4. Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos 11

1.5. Recursos humanos 16

1.6. Instâncias Colegiadas 22

1.7. Perfil da comunidade escolar 23

II. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MARCO SITUACIONAL 27

2.1. Gestão Escolar 28

2.2. Ensino-Aprendizagem 28

2.3. Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da Educação Especial 32

2.4. Articulação entre as etapas de ensino 33

2.5. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da

educação 34

2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis 35

2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação 35

2.8. Acompanhamento e realização da hora atividade. 36

2.9. Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de organização das turmas 36

2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos), abandono/evasão e relação idade/ano 37

2.11. Relação entre profissionais da educação e discentes 39

III. FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) 40

3.1. Proposta de algumas reflexões para subsidiar o marco conceitual 40

3.2. Diversidade dos sujeitos escolares 48

3.3. Tecnologia e educação 51

3.4. Currículo e conhecimento 53

Page 3: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

3

3.5. Cuidar e educar 57

3.6. Educação em Direitos Humanos 59

3.7. Educação Ambiental 61

3.8. Violências e o Uso de Álcool e outras Drogas em âmbito escolar 62

3.9. Educação Especial 64

IV. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) 66

4.1. Calendário Escolar 66

4.2. Ações Didático Pedagógicas 68

4.3. Ações referentes à Flexibilização Curricular 79

4.4. Flexibilização Curricular na Educação Especial 80

4.5. Proposta Pedagógica Curricular 86

4.6. Proposta Pedagógica Curricular – Elementos 86

4.7. Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Ampliação de Jornada 91

V. Plano de Curso Profissionalizante: Formação de Docentes – Normal 92

VI. Legislações Articuladas ao Currículo 96

VII. Avaliação Institucional 99

VIII. Acompanhamento e Avaliação do PPP 100

IX. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS 101

X. ANEXOS 107

Page 4: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

4

INTRODUÇÃO

Em um contexto de frequentes mudanças que observamos na

sociedade e se refletem no dia a dia das instituições escolares, faz-se

necessário um planejamento que direcione as ações pedagógicas para

garantir que adolescentes e jovens se apropriem do conhecimento elaborado

historicamente e compreendam sua realidade. Para isso, cabe à instituição

escolar elaborar seu Projeto Político Pedagógico considerando esta

realidade. Compreendemos que este documento

vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola” (VEIGA, 1995, p.15)

Na elaboração de um Projeto Político Pedagógico é importante a

participação de toda a comunidade escolar, compreendendo pais, alunos,

professores, funcionários, direção e equipe pedagógica. Tem como objetivo

avaliar, discutir, orientar e planejar as atividades pedagógicas e

administrativas de uma unidade escolar por um determinado tempo. Para

isso, todo o planejamento de ações deve considerar a realidade dos

educandos e de suas famílias, assim como os recursos materiais e humanos

que a instituição dispõe.

Este documento está em constante construção e avaliação, ou seja,

ele é dinâmico, porém deve apresentar alguns elementos como: histórico do

Colégio, mapeamento de sua realidade a partir de uma pesquisa envolvendo

pais e alunos, decisão para a escolha de uma fundamentação teórica que

dará embasamentos à proposta pedagógica aqui defendida, definição da

participação dos envolvidos no processo de aprendizagem, ou seja, de toda a

comunidade escolar.

A Teoria de Currículo é a Progressista Dialética com base teórica na

Pedagogia Histórico-Crítica, cuja concepção é oriunda da Teoria Marxista

Page 5: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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Dialética, sendo seu principal autor brasileiro Demerval Saviani, que concebe

a escola como um meio de transformação social e como instrumento de

socialização do saber. Com uma visão libertadora da educação o autor

brasileiro Paulo Freire contribui para a emancipação do sujeito histórico.

Quanto a Filosofia que orienta a nossa Escola, onde entendemos que a

sociedade passa por um constante processo de transformação e que a

escola deve ser agente dessa transformação, comprometendo-se com a

educação e com sua prática multicultural, através da produção e socialização

do conhecimento queremos tornar essa sociedade mais democrática.

Uma sociedade que respeite as diferenças e que possibilite a todos

expressarem a sua concepção de mundo e a terem suas necessidades

básicas atendidas. Para tanto, precisamos de uma escola que acredite na

existência de um espaço na sociedade, a ser conquistado por pessoas que

são resultado das circunstâncias, mas que também são agentes

transformadores da realidade. Neste sentido, nossa Escola se propõe a

contribuir na sua prática para a formação de cidadãos críticos, capazes de

perceber a realidade e interferir nela.

Assim, iniciaremos as discussões feitas no Colégio Estadual Telmo

Octávio Müller – Ensino Fundamental e Normal para a elaboração do Projeto

Político Pedagógico, que irá nortear nossas ações. É preciso esclarecer que

este documento está em permanente construção.

I. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

1.1. Localização e dependência administrativa

Identificação de Ensino: Colégio Estadual Telmo Octávio Müller

Código da Instituição: 00546

Endereço: Rua: Rua Ignácio Felipe, nº. 700, Centro

E-mail: [email protected] Fone/Fax: (46) 3525 1103

Page 6: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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Município: Marmeleiro

NRE: Francisco Beltrão

Código do NRE: 12

Código do INEP: 41087151

Dependência Administrativa:

( X ) Estadual ( ) Municipal ( ) Conveniada ( )Privada

Localização: ( X ) Urbana ( ) Rural

Oferta de Ensino:( )Educação Infantil ( )Ensino Fundamental Anos Iniciais(X)

Ensino Fundamental Anos Finais ( )Ensino Médio ( ) Educação Profissional

Integrada de Nível Técnico ( )Educação Profissional Subsequente de Nível

Técnico ( Educação Profissional Integrada a EJA – PROEJA ( )Educação de

Jovens e Adultos ( ) Educação Especial ( X ) Formação de Docentes da

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

Modalidade Normal.

Ato de autorização da instituição:

Resolução nº 2329/1980 de 07/05/1980.

Ato de Reconhecimento da Instituição:

Resolução nº 2641/1981 de 19/11/1981

Parecer de aprovação do Regimento Escolar nº 326/16 de 23/12/2016.

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Governo do

Paraná.

O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller – Ensino Fundamental e

Normal, código: 00546, esta situado à Rua Inácio Felipe nº 700 no Centro da

cidade de Marmeleiro, Paraná. Pertence ao NRE: Núcleo Regional de

Page 7: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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Francisco Beltrão código: 012. Nosso código do INEP é: 41087151.

Dependência Administrativa Estadual, localizado na zona urbana do

município. Tem como Ato de Autorização nº2329/1980 de 07/05/1980 e

Parecer de Reconhecimento nº 2641/1981 de 19/11/1981 e parecer de

aprovação do Regimento Escolar nº326/16 de 23/12/2016. Entidade

Mantenedora: Governo do Estado do Paraná/SEED.

Quanto a distância do colégio do Núcleo Regional de Educação está a

10 Km aproximadamente, sendo uma escola urbana, atende alunos da

cidade e alunos das comunidades rurais próximas do território da escola. O

site do colégio na internet: www.mletelmomuller.seed.pr.gov.br e o endereço

eletrônico/e-mail: [email protected] . Telefone/FAX: 46 3525 1103.

1.2. Aspectos históricos da instituição

O colégio iniciou suas atividades em 1953, em um barracão construído

na praça do povoado, para servir como instituição de ensino. Essa escola foi

oficializada pelo Decreto nº 3.903/6 e denominada Grupo Escolar Rui

Barbosa. Foi a primeira escola do município a ofertar o ensino ginasial na

época, hoje ensino fundamental.

Em 1965, já instalada em prédio próprio, construído em alvenaria e

mantida pela Campanha Nacional das Escolas da Comunidade - CNEC

passa a se chamar Ginásio Manoel Ribas através do Decreto nº 21864-70.

Em 1980, através do Decreto de reorganização nº 2329 o Grupo

Escolar Rui Barbosa e o Ginásio Manoel Ribas se unem e passam a

constituir um único estabelecimento de ensino denominado “Escola Estadual

Telmo Octávio Müller- Ensino de 1º Grau. O nome da escola é uma

homenagem ao saudoso Telmo Octávio Müller, ex-prefeito do município de

Marmeleiro.

Page 8: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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Em 1991 ocorreu a municipalização de ensino de Pré a 4ª série,

portanto a referida escola deixa de atender alunos das séries iniciais do

Ensino Fundamental.

Quando se desagrega a educação de Pré a 4º série, passam a

funcionar no mesmo local, dois estabelecimentos de ensino: a Escola

Municipal Padre Afonso (Pré a 4ª série) e a Escola Estadual Telmo Octávio

Müller (5ª a 8ª série), conforme a Resolução 2691 de 13/08/91 da SEED.

Pela Resolução 1326/2000 passou a denominar-se Colégio Estadual

Telmo Octávio Müller Ensino Fundamental e Médio, ofertando, então, a

Educação para Jovens e Adultos – EJA.

Através da Resolução 3952/07 o estabelecimento passa por nova

modificação na nomenclatura, denominando-se Escola Estadual Telmo

Octávio Müller - Ensino Fundamental, não ofertando mais a educação de

Jovens e Adultos – EJA, e oferecendo apenas o ensino de 5ª a 8ª série do

Ensino Fundamental.

Com a promulgação da Lei nº. 11.114/05, que altera o artigo 6º da

LDB em relação às matrículas no Ensino Fundamental e a Lei nº. 11.274/06

que trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos e

pelo Parecer 407/11 que dispõe sobre a Implantação do Ensino Fundamental,

regime de nove (09) anos, 6º ao 9º ano, de forma simultânea no Sistema

Estadual de Ensino do Paraná.

Em 2010 a escola passou a ofertar o Programa Viva a Escola com

três projetos realizados em turno contrário e complementar a aprendizagem

dos alunos. Já em 2011 somente um projeto dentro das Atividades

Extracurriculares de Contra turno fora ofertado, na modalidade de Jogos de

Tabuleiro, permanecendo até o ano de 2016.

Em 2011 abriu-se a possibilidade da oferta de sala de apoio para o 9º

ano, porém o espaço físico da escola não comportava mais a abertura de

turmas, o que inviabilizou a sua efetivação.

Page 9: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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A partir de 2013, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente

de Marmeleiro é ofertado o Projeto de Compostagem envolvendo alunos dos

6º anos, com duas (02) atividades semanais de coletas de resíduos sólidos

orgânicos e uma atividade mensal lúdica de retomada de conceitos

apreendidos durante o processo. O projeto é coordenado por um especialista

em Educação Ambiental sem vínculo empregatício com o colégio.

Em 2016 dois (02) novos programas foram implantados na escola. O

primeiro Programa Futuro Integral em parceria com o SESC, com duas

turmas, ofertando atividades de Letramento e Raciocínio Lógico. O segundo,

em parceria com o SEBRAE, Atividade de Ampliação de Jornada Escolar

Periódica/Educação Empreendedora (JEPP) (SEED/SEBRAE), que estimula

jovens empreendedores primeiros passos.

1.3. Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de

estudantes.

Conforme a Constituição Federal, art. 208, entende-se por etapas da

Educação Básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. As

modalidades, definidas na LDBEN No 9394/96 são: Educação Especial,

Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos. Em diretrizes

posteriores, o Conselho Nacional de Educação legislou sobre as

especificidades curriculares nominando-as também como modalidades:

Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação Escolar

Quilombola.

Atualmente esta instituição de ensino está sob direção da Professora

Rosangela Aparecida Prestes eleita para o período de 2016 a 2020

atendendo a (15) turmas Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano entre os turnos

matutino e vespertino, e atendimento especializado (1) Salas de Recursos no

período vespertino atendendo a alunos com Deficiência Intelectual,

Transtornos Funcionais Específicos e Transtornos Globais do

Desenvolvimento. Um caso especial de Síndrome de Aspenger que requer

atendimento especializado individual e alguns casos de Altas

Page 10: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

10

Habilidades/superdotação já diagnosticados nas séries iniciais. O serviço de

apoio especializado é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento

global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.

O colégio ainda oferta atividades complementares no período de

contraturno entre eles, Projeto de Educação Ambiental – Compostagem no

turno vespertino, Programa do SEBRAE – Empreendedorismo turno

vespertino, Projeto do SESC – Futuro Integral para reforço escolar, no turno

vespertino, o Novo Mais Educação de reforço escolar em Português,

Matemática, Teatro, Leitura e Canto também no turno vespertino. Desde o

ano de 2006 oferta-se a Sala de Apoio aos alunos do 6º ano e recentemente,

conforme legislação, para os de 7º ano também. Oferta-se ainda em período

contrário a Sala de Recursos Multifuncionais para alunos, de qualquer ano,

com déficit intelectual, dislexia, Síndrome de Asperger, Altas

habilidades/superdotação, comprovados por laudos expedidos por

profissionais em avaliações psicopedagógicas, psicológicas e psiquiátricas.

O estabelecimento de ensino, com sede própria, inserido em uma

comunidade basicamente agrícola ou que pelo menos depende

economicamente da agricultura, suinocultura, avicultura, algumas indústrias e

pequenos comércios.

O Colégio oferta a modalidade de ensino correspondente ao Ensino

Fundamental – Anos Finais, atendendo ao ensino fundamental de 9 (nove)

anos, do 6º ao 9º ano, entre os turnos matutino e vespertino, e atendimento

especializado em Salas de Recursos no período vespertino atendendo à

alunos com Deficiência Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos e

Transtornos Globais do Desenvolvimento. O serviço de apoio especializado

é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento global dos alunos que

apresentam dificuldade no processo de aprendizagem. O Colégio ainda oferta

atividades complementares no período de contra turno entre eles, Projeto de

Educação Ambiental – Compostagem no turno vespertino, Programa do

SEBRAE – Empreendedorismo turno vespertino, Projeto do SESC – Futuro

Integral para reforço escolar, no turno vespertino, o Novo Mais Educação de

reforço escolar em Português e Matemática também no turno vespertino.

Page 11: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

11

O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller Ensino Fundamental e

Normal, oferece ensino do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em dois

turnos, sendo: matutino com nove turmas e vespertino com sete turmas,

perfazendo um total de 431 alunos. Em 2017, as matrículas regulares somam

382 alunos mais 81 nos programas e projetos ofertados, e que já estão em

funcionamento, perfazendo um total de 463 matriculados no colégio.

1.4. Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos

Atualmente esta instituição de ensino que está sob direção da

Professora Rosangela Aparecida Prestes eleita para o período de 2016 a

2020 atendendo a (15) turmas ensino fundamental do 6º ao 9º ano entre os

turnos matutino e vespertino, e atendimento especializado (1) Salas de

Recursos no período vespertino atendendo a alunos com Deficiência

Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos e Transtornos Globais do

Desenvolvimento. Um caso especial de Síndrome de Aspenger que requer

atendimento especializado individual e alguns casos de Altas

Habilidades/superdotação já diagnosticados nas séries iniciais. O serviço de

apoio especializado é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento

global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.

Quanto aos recursos materiais a escola tem hoje treze salas de aula

equipadas com TV pendrive, laboratório de informática com 29

computadores, laboratório de ciências com materiais para experimentos,

secretaria com 2 computadores e duas impressoras, sala de professores e

hora atividade com 2 computadores disponíveis para a prática de pesquisa e

planejamento das aulas., banheiro para professores, sala dos(as)

pedagogos(as), banheiros masculino e feminino para os alunos e banheiros

com acessibilidade, almoxarifado, cozinha, saguão, duas quadras de

esportes sendo uma delas coberta, duas salas ambientes externas

arborizadas, lavanderia e sala de material esportivo.

Quanto aos recursos materiais do Laboratório de Informática,

contamos com 8 mesas de informática, 17 cadeiras giratórias, 10 mesas para

micro/terminal para o Paraná Digital, 19 cadeiras estofadas giratórias, 3 CPU

Page 12: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

12

Graphics, 10 monitores para micro/computador, 1 rack pra TV 29” e 1 TV 29”

Tela plana com entrada USB, 1 caixa de som FTG – 75W, 1 Fonte de

alimentação, 1 notebook, 1 Ar condicionado Splint/Eletrolux 18000 BTUS, 1

CPU Pós – AT séries Q Proinfo (142/2008), 1 monitor LCD 20” Proinfo

(142/2008), transformador Proinfo (142/2008), 1 roteador wireless Proinfo

(142/2008), 7 CPU Pos-AT séries F CLBO Poinfo (142/2008), 1 impressora

Laser Mono ML Poinfo (142/2008), 15 computadores LCD 15.6” Proinfo

(142/2008), 2 estabilizadores C/Mod/Isso Proinfo (142/2008), 1 armário aço 2

portas vertical, 1 extintor de incêndio e 1 Luz de emergência.

Para os trabalhos e experiências no Laboratório de Ciências

dispomos de: 1 microscópio biológico tridimensional, 1 microscópio

estereoscópio, 1 câmera CCD COLOR, 1 ventilador VENTISOL parede, 1

extintor PA ABC.

Possuímos uma biblioteca com acervo renovado, na medida do

possível e conforme as necessidades das práticas implantadas na instituição.

Esse acervo hoje chega a aproximadamente 9 mil exemplares, entre

didáticos, paradidáticos, literatura e pesquisa. Quanto aos recursos materiais

dispomos de: 1 cadeira estofada giratoria s/braço (PR DIGITAL), 9 cadeiras

TUB/ENC/ ASS/POL, 1 retroprojetor GMI 5769, 1 impressora, 1 globo

terrestre, 1 ventilador de parede VENTISOL, 2 mesa de leitura e biblioteca, 11

cadeiras TUB/ ASS/ENC/ POL. FUNDEB,1 extintor PA ABC, 2 armários aço 2

portas vertical, 1 mimeografo, 1 mesa reta PE painel, 1 mesa reta 1,20 c/

painel, 1 balcão 2 PTS ABRIR 90X75 CM, 1 pé para conexão, 1 conexão

arredondada e 1 gaveteiro volante 4 G.

A Sala da Direção possuí: 1 cadeira estofada giratória s/braço (PR

DIGITAL), 1 ventilador VENTISOL parede, 1 armário de aço 2 portas vertical, 1

NOBREAK 700 VA ENT 115V 15V e 1 notebook ACER.

Quanto aos materiais disponíveis na Sala da Equipe Pedagógica

dispomos de: 1 cadeira estofada giratória s/braço (PR DIGITAL), 1 cadeira

TUB/ENC/ ASS/POL, 1 SERVIDOR do PR DIGITAL, 1 ventilador VENTISOL

parede, 1 extintor PA ABC, 1 armário de aço 2 portas vertical, 2 escrivaninhas

em MDF 110X75X55, 1 câmera digital, 1 notebook TOSHIBA CI3

4GB/320/W7 PRO/14, 1 AR condicionado 1200 BTUS e 1 câmera digital

SONY.

Page 13: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

13

Na cozinha dispomos de: 2 estrados vazado intelplast, 1 freezer

horizontal 300 LT CONSUL, 1 fogão a gás com 6 BOCAS-PROEM, 1

geladeira residencial 270 LTS, 1 forno industrial FIR 90 2G, 1 extintor P4

PQS, 1 refrigerador industrial VERT 2P 540 LT, 1 liquidificador WALITA, 1

forno elétrico FISCHER GOURMET GRILL. No Almoxarifado: 1

LIQUIDIFICADOR POLI 04 LITROS, 1 processador alimentos industrial, 1

batedeira semi-industrial 12 LTS/FUNDEB, 1 liquidificador industrial 8 LTS.

FUNDE.

Na Sala de Hora-Atividade podemos contar com os seguintes

matérias: 1 mesa de informática, 3 estantes de aço c/07 prateleira, 1 mesa de

reunião 2000x1000x740, 3 estantes de aço c/7 prat.- FUNDEF, 1 purificador

de água refrigerado FR 600 e 30 cadeiras fixa com 4 pés e 2 armários de aço

16 portas com pitão 190x123 cm.

No Pátio da escola disponibilizamos de 1 mesa de tênis, 1 cadeira

tub. enc./ ass. pol. (ao lado da lavanderia), 1 bebedouro industrial 150 LTS.

127v (saguão), 2 ventiladores de parede VENTISOL (saguão), 8 mesa

p/refeitório com 2 bancos (saguão), 1 lixeira p/coleta seletiva (CONTAINER) e

ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 2 FAROL BIV GEVGA (saguão).

Na Secretaria dispomos de: 2 mesa para MICRO/ TERMINAL

PARANÁ DIGITAL, 2 cadeiras estofadas e giratórias s/braço (PR DIGITAL), 1

impressora SAMSUNG ( PARANÁ DIGITAL), 1 CPU GRAP ICS, 2 monitores

para microcomputador, 1 arquivo de aço com 4 gavetas, 1 FAC SIMILE –

APARELHO DE FAX, 1 extintor PA ABC (corredor da secretaria), 3 armários

de aço com 2 portas vertical, 1 Ar Condicionado ELECTROLUX 9000 BTUS,

1 telefone S/FIO PANASONIC, 1 impressora LASER MULTIFUNCIONAL

BROTHER e 1 notebook ACER E1 572-6 I5 PRTO WIN 8.

Para os alunos com déficit de aprendizagem na Sala de Recursos

disponibilizamos 5 cadeiras TUB/ENC/ASS/POL, 1 TV 29” Tela Plana com

entrada para USB, 1 rack para TV 29”, 1 cadeira estofada fixa C-1, 3 mesas

de leitura e biblioteca, 3 cadeiras TUB/ASS/ENC/POL FUNDEB, 2 mesas de

leitura e biblioteca, 1 extintor de incêndio CO2 6KG, 2 tablets AOC D70 A10

DC/8GB/2CAM/AZUL, 2 teclados tablets WIDESCREEN 7POL PRETO, 1

notebook POSITIVO, 1 armário de aço, 1 lupa eletrônica tipo mouse, 2 CPU

com 2 monitores LCD 20”, 1 impressora EPSON. Já as adaptações

Page 14: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

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curriculares de pequeno porte, no ensino regular, de acordo com suas

necessidades, este deve ser mencionada no Plano de Trabalho Docente do

professor e respectivamente registrado no RCO – Sistema de Registro

Online. Também em alguns casos, adaptações curriculares de grande porte,

este relacionado aos aspectos estruturais do estabelecimento, serão

providenciados sempre que necessário.

“Nas Salas de Aula podemos utilizar: 1 TV 29” tela plana com

entrada USB (sala 8ªA matutino), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala

13), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 8ªB vespertino e 9ª A

matutino), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB ( sala 01 – 7ª A mat.), 1 TV

29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 12 – 9ªB), 1 TV 29 POL. TELA PLANA

ENT. USB (sala 04 – 6ªB mat e 7ªB vespertino), 1 TV 29 POL. TELA PLANA

ENT. USB (sala 10), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 02- 7ªB mat),

TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 05 – 6ªA), TV 29 POL. TELA

PLANA ENT. USB (sala 03 – 6ªC mat. E 7ª A Vesp), 1 RACK PARA TV 29'

(sala 05 – 6ªA), 1 RACK PARA TV 29' (sala 03 – 6ª C mat. E 7ªA Vesp.), 1

RACK PARA TV 29' (sala 01 – 7ªA mat. E 8ªA vesp.), 1 RACK PARA TV 29' (

sala 02 – 7ªB mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 04 – 6ªB mat e 7ªB vesp.), 1

RACK PARA TV 29' (sala 12 – 9ªB), 1 RACK PARA TV 29' (sala 13), 1 RACK

PARA TV 29' (sala 8ªB vesp e 9ªA mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 8ªA

mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 10), 1 VENTILADOR PAREDE VENTISOL

(sala 13), 1 VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 03-6ªC mat e 7ªA vesp),

1 VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 01 – 7ªA mat e 8ªA vesp.) 1

VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 10), CADEIRA ESTOFADA FIXA C-

1 (sala 02 – 7ªB mat.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 (sala 01- 7ªA mat e

8ªA vesp.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C- 1 (sala 03 – 6ªC mat e 7ªA

vesp.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 (sala 05 – 6ªA), 1 ILUMINAÇÃO

EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI (6ªA sala 05), 1 ILUMINAÇÃO

EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 01), 1ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA

30 LEDS BIV DNI ( sala 04), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV

DNI ( sala 01), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 03),

ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 07), 1 ILUMINAÇÃO

EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 08), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA

2 FAROL BIV GEVGA (2ºfarol – entrada corredor), 1ILUMINAÇÃO

Page 15: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

15

EMERGÊNCIA 2 FAROL BIV GEVGA (2ºfarol – saída corredor), 90 conjuntos

escolares, 1 ESTANTE DE AÇO (sala 03 ), 1 VENTILADOR DE PAREDE

(sala05 - 6ªA), 1 VENTILADOR DE PAREDE (sala 8ªA mat), 1 VENTILADOR

DE PAREDE (sala 01 – 7ªA mat e 8ªA vesp), CAIXA DE SOM FTG 75W (sala

12 - 9ªB mat), 1 CAIXA DE SOM FTG 75W (sala 13), 1 CAIXA DE SOM FTG

75W (8ªB vesp. E 9ªA mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75W (8ªA mat.), 1 CAIXA

DE SOM FTG 75 W(sala 01 – 7ºA mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala

02- 7ªB mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala 03-6ªC mat.), 1 CAIXA DE

SOM FTG 75 W (sala 05 – 6ªA ), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala04 – 6ªB

mat.), 5 quadros branco 2,55 X 1,20 MDF 9 MM.

No almoxarifado de escritório dispomos de: 1 ARQUIVO DE AÇO 4

GAVETAS, 1 ventilador VENTISOL parede, 1 MICRO SYSTEM BRITANIA, 2

arquivo aço 4 gavetas FUNDEF, 1 ARMÁRIO EM AÇO 2 PORTAS

VERTICAL, 1 MICRO SYSTEM COM MP3, 1 CAIXA DE SOM FTG 75W,

1PROJETOR MULTIMÍDIA LG DS420-2000 LUME, 1 APARELHO DE DVD, 1

MICRO SYSTEM, 1 CAIXA DE SOM AMPLIFICADA ONYX 815 WN, 1 CPU

POS-AT SERIES F PROINFO 142/2008, 1 MONITOR LCD 15,6” PROINFO

142/2008, 1 MONITOR LCD 15,6” PROINFO 142/2008, 1 APARELHO DE

DVD BRITANIA FAMA 6T, 1 SETORIZADOR DE SOM, 1 SETORIZADOR DE

SOM, 1 PROJETOR MEC LINUX PC EDUCACIONAL PROINFO.

Na Sala de material de Educação Física dispomos: ESTADIÔMETRO

PORTÁTIL P/ TRANSPORTE, 1 BALANÇA PLATAFORMA DIGITAL

S/COLUNA e 3 PEDESTAL PARA MICROFONE VECTOR.

Para a distribuição do Leite das Crianças temos FREEZER HORIZ

305 LTS ( PLC CONVENIO COPEL). Na lavanderia temos: botijão de gás

vazio cap. 13 kg, hidrolavadora de alta pressão e máquina de lavar roupa, 1

equipamento de gás/ CILINDRO GLP P45.

Quanto ao equipamento de segurança, dispomos de: 2 TV PHILCO

24 PH LCD (AQUISIÇÃO), 1 HD ITB SATA (AQUISIÇÃO), 1 STAND ALONE

16 CANAIS LUX VISION (AQUISIÇÃO), 14 MICRO CÂMERA DAY/NIGHT

INT. SONY (AQUISIÇÃO), 11 MICRO DOME PLASTTEK (AQUISIÇÃO), 3

CÂMERAS DAY NIGHT C/LEDS (AQUISIÇÃO). Nas Sala de Mídia dispomos

de SOLUÇÃO DE LOUSA DIGITAL PROINFO 116/201 e 2 CORTINAS COM

VARÃO. Na Sala Rosa, destinada ao curso de Formação de Docentes:

Page 16: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

16

dispomos de: 1 monitor para microcomputador, 1 TV 29” TELA PLANA com

entrada USB, 1 ventilador VENTISOL de parede e 7 cadeiras tubulares. No

Porão do colégio guardamos: 1 amplificador, 1 CPU GRAPHICS, 7 monitores

para microcomputador, 1 rack para TV 29', 1 fogão ind. 4 bocas 40x40 sem

forno (NOVO), 1 balcão de atendimento em MDF 50X120X130C, 1 ventilador

de teto e 3 ventiladores de parede.

1.5. Recursos humanos

O Colégio conta com um quadro de 31 professores habilitados em

suas disciplinas de atuação, e pós-graduados. Destes, 07 professores com

PDE, (Nível III), 04 professores pedagogos, 01 diretora e 01 professora de

apoio a aprendizagem. Atuam também na escola 05 Agentes Educacionais I,

05 Agente Educacional II, como bibliotecária, ADM local no laboratório de

informática, secretárias e demais funções externas à sala de aula.

A partir de 2016 passou a funcionar na escola dois projetos em

parceria com o SESC, sendo um de atividades de Letramento e Língua

Portuguesa e outro de Raciocínio Lógico Matemático, monitorados por 02

professores, ambos do SESC de Francisco Beltrão.

Da mesma forma o Projeto de Compostagem que funciona desde

2013 é coordenado por 01 especialista em Educação Ambiental, é uma

parceria entre o colégio e a Prefeitura de Marmeleiro, que contratou um

profissional, sem vínculo com o estado.

Portanto, diretamente no colégio atuam 44 profissionais que dentro

de suas funções específicas promovem o ato de educar os discentes

matriculados.

PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃO /

ESPECIALIZAÇÃO

VÍNCULO

ROSANGELA APARECIDA PRESTES

DIRETORA Pedagogia/Pós – Metodologias Inovadoras Aplicadas a

QPM

Page 17: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

17

Educação

MARLEI BERNARSKI DALLA COSTA

AGENTE EDUCACIONAL II

SECRETÁRIA

Licenciatura em Letras Português/Espanhol

Pós - Metodologias Inovadoras Aplicadas a Educação

QFEB

ELIANE MARIA GONÇALVES

AGENTE EDUCACIONAL II

Licenciatura em Geografia/Pós – Gestão e Organização Escolar

QFBE

CRISTIANE ZAGO AGENTE EDUCACIONAL II

AGENTE DE LEITURA

Graduação em Economia Doméstica Pós – Design de Moda

QFEB

MARIA APARECIDA MIOTTI

AGENTE EDUCACIONAL II

LABORATORISTA

Licenciatura em Letras Português/Inglês / Graduação em Economia Doméstica/Pós – Psicologia da Educação.

QFEB

GRACIELI VILLANOVA AGENTE EDUCACIONAL II

Licenciatura em Geografia/Pós – Libras e Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica

PSS

ELISÃNGELA MOOZ FOLLE

AGENTE EDUCACIONAL I

Licenciatura em Pedagogia/Pós – Psicopedagogia

PSS

IVONE KAEFER ZIMMERMANN

AGENTE EDUCACIONAL I

Ensino Médio QFEB

IVONETE DE FÁTIMA DOS SANTOS DE LIMA

AGENTE EDUCACIONAL I

Ensino Médio PSS

JANETE MARLI BUNDCHEN PAUCZINSKI

AGENTE EDUCACIONAL I

Graduação em Gestão Pública/Pós – Administração com Ênfase em Gestão Escolar.

QFEB

Page 18: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

18

NELCI TERESINHA DA ROCHA

AGENTE EDUCACIONAL I

Ensino Médio PSS

ENITE PADILHA AGENTE EDUCACIONAL I

Graduação em Gestão Pública/Pós – Administração com Ênfase em Gestão Escolar.

PSS

ANA PAULA LEANDRO ZEFERINO DE SOUZA PICCININI

AGENTE EDUCACIONAL I

Cursando Graduação em Pedagogia.

PSS

EQUIPE PEDAGÓGICA

NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃO /

ESPECIALIZAÇÃO

VÍNCULO

CESAR CLAUDINO PEDAGOGO Pedagogia/Pós – Educação Infantil e Séries Iniciais

QPM

ILIANE BAVARESCO GROFF

PEDAGOGA Pedagogia/Pós – Educação Especial e Inclusiva (*afastada para mestrado)

QPM

VÂNEZ TOMASSONI PEDAGOGA Pedagogia PSS

KEISSIANE MICHELOTTI GEITTENES DE AVILA

PEDAGOGA Pedagogia/Pós – Gestão Escolar.

QPM

GLEICE PARAECIDA FELIPE

PEDAGOGA Pedagogia/Pós - Educação Especial; Metodologia e pesquisa na Ciência Geográfica.

QPM

EQUIPE DOCENTE - BASE NACIONAL COMUM

NOME DISCIPLINA HABILITAÇÃO /

ESPECIALIZAÇÃO

VÍNCULO

Page 19: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

19

TISCIANA PIETTA BUENO

ARTE Licenciatura em Educação Artística/Pós – Arte e Cultura Linguagens na Educação

QPM

JOICI LIZETE BAZZO ARTE Licenciatura em Educação Artística/Pós - Arte Educação

QPM

DARCI BALDO CIÊNCIAS Licenciatura em Ciências e Geografia/Pós - Geografia Humana e Mestre em Economia.

QPM

KARLA FERNANDA CASIRAGHI

CIÊNCIAS Licenciatura em Ciências Biológicas/Pós – Educação Especial, Psicopedagogia e Pedagogia Gestora

QPM

MARIBEL COLOGNESE CIÊNCIAS Licenciatura em Biológicas/Pós – Educação do Campo

PSS

VALDEREZ BUENO CIÊNCIAS Licenciatura em Química e Pedagogia/Pós – Microbiologia

QPM

JONES BAIFUS EDUCAÇÃO FÍSICA

Licenciatura em Educação Física

PSS

NÁDIA SIMONE PERIN DE FREITAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

Licenciatura em Educação Física Pós – Desporto Escolar, psicopedagogia, treinamento desportivo

PSS

DOLIZETE MARGARIDA GEITENES

ENSINO RELIGIOSO

Licenciatura em Educação Física/Pós – Metodologia e Ensino da Educação Física

QPM

IVANIR BURATTO GEOGRAFIA Licenciatura em Estudos Sociais e Economia

QPM

Page 20: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

20

Doméstica.

PDE – 2016

LIDIANE DOTTI MOOZ GEOGRAFIA Licenciatura em Geografia/Pós – Metodologias Inovadoras Aplicadas a Educação

QPM

SÉRGIO ANDRÉ FARIAS GEOGRAFIA Licenciatura em Geografia/Pós – Metodologia do Ensino da Geografia/Mestrado em Análise PB do Estado do PR

QPM

LUCIANO SOUZA HISTÓRIA Licenciatura em Geografia e História/Pós - Meio Ambiente: conservação e manejo da vida

QPM

MARLENE CARDOSO GHIZZI

HISTÓRIA E EMPREENDEDORISMO

Licenciatura em História/Pós – Desenvolvimento e Integração da América do Sul - PDE

QPM

SUZANE PANTOLFI TOSTES

HISTÓRIA Licenciatura em História/Mestrado em História.

QPM

ANALICE PAVAN LÍNGUA PORTUGUESA

Licenciatura em Letras Português/Inglês

PSS

CLACI FÁTIMA LAVALL LÍNGUA PORTUGUESA

Licenciatura em Letras Português/Inglês Pós – Língua Portuguesa –PDE

QPM

JULEIDE MARIA GUNDANI GEHLEN

LÍNGUA PORTUGUESA

Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE

QPM

VANUSA RAMOS MÜLLER

LÍNGUA PORTUGUESA

Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE

QPM

ADRIANA ANTES MATEMÁTICA Licenciatura em QPM

Page 21: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

21

ZUCHELO Matemática/Pós – Matemática

ARLETE ANDREOLI MATEMÁTICA Licenciatura em Matemática

QPM

GEMA DE FÁTIMA ZAMBILO

MATEMÁTICA Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática

QPM

JANICE GIONGO PRETTO

MATEMÁTICA Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática /Pós – Fundamentos de Matemática.

QPM

JOSIANE BUENO MATEMÁTICA Licenciatura em Matemática

QPM

EQUIPE DOCENTE - PARTE DIVERSIFICADA

NOME DISCIPLINA HABILITAÇÃO/

ESPECIALIZAÇÃO

VÍNCULO

CLEVI SPIGOSSO TOMAZONI

L.E.M - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês/Pós – Psicopedagogia

QPM

CLAUDIA VANESSA DA ROCHA

L.E.M. - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês/Pós – Coordenação e Gestão Escolar

QPM

MARIA ILAIR FLACH ANDREOLLI

L.E.M. - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE

QPM

Page 22: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

22

EQUIPE DOCENTE – PROGRAMAS E PROJETOS

NOME PROGRAMA/

PROJETO

HABILITAÇÃO/

ESPECIALIZAÇÃO

PARCERIA/

EMPRESA

CLAUDIO LOES HORTA ESCOLAR E COMPOSTAGEM

Sem informação Prefeitura Municipal de Marmeleiro

MARLENE CARDOSO GHIZZI

EMPREENDEDORISMO

Licenciatura em História/Pós – Desenvolvimento e Integração da América do Sul – PDE

SEBRAE

JOÃO SINHORI FUTURO INTEGRAL Licenciatura Em História Mestrado em História – Social.

SESC

ALICE REGINA HUNHOFF

FUTURO INTEGRAL Licenciatura em Matemática

SESC

ADRIANA ANTES ZUCHELO

NOVO MAIS EDUCAÇÃO

Licenciatura em Matemática/Pós – Matemática

MEC/SEED

RAFAEL RODOLFO TOEPKE

NOVO MAIS EDUCAÇÃO

LEITURA MEC/SEED

1.6. Instâncias Colegiadas

O Colégio atua dentro de um processo de gestão democrática e para

tal conta com a organização dos colegiados que são: o Conselho Escolar, a

APMF, o Grêmio Estudantil e o Conselho de Classe. Os mesmos são

constituídos conforme rege a legislação vigente, fazendo parte na tomada de

decisões importantes às quais garantem o bom funcionamento da instituição.

As instâncias colegiadas são: Conselho Escolar, APMF, Grêmio

Estudantil e Conselho de Classe. A APMF, entidade que representa os Pais,

Mestres e Funcionários da Escola, que tem por finalidade colaborar no

aprimoramento do processo educacional, na assistência escolar e na

Page 23: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

23

integração família/escola/comunidade. O Conselho de Classe é uma

instância colegiada, geralmente formada por professores, equipe pedagógica

e direção. Ele se preocupa na discussão do rendimento escolar dos alunos e

para assim propor mudanças. Já do Grêmio Estudantil do Colégio é uma

forma de organização do corpo discente de todas as séries e modalidades de

ensino do colégio. Também compreendemos que este deve auxiliar na

promoção das atividades culturais no colégio, podendo promovê-las ou

acompanhá-las.

1.7. Perfil da comunidade escolar

Podemos descrever as características da comunidade escolar se

compreendermos a realidade de nossos educandos, a fim de caracterizá-los,

para tanto, fez-se necessário à realização de uma pesquisa, com o objetivo

de identificar as características socioculturais de nossos alunos.

A comunidade escolar caracteriza-se como classe trabalhadora. Como

características da comunidade escolar, podemos citar os dados coletados em

uma pesquisa socioeconômica realizada no início do ano letivo de 2017, por

amostragem nas turmas do 6º ano, onde as informações foram coletas em

um formulário impresso para ser respondido pelo responsável legal do aluno.

Dos questionários que retornaram para a escola, 96 pessoas responderam

de um total de 120 enviados para casa.

Destes, 79,7% responderam que o responsável legal pelo aluno é a

mãe e 60,8% o responsável legal é o pai e apenas 5,4% moram com outras

pessoas e/do ou familiares. O número de pessoas que residem na mesma

casa do aluno variam entre uma pessoa (2,7%) e mais que seis pessoas na

mesma casa (10,8%), duas pessoas (17,6%), três pessoas (33,8%), quatro

pessoas (27%0%) e cinco pessoas (8,1%). (ANEXO 1).

Mais de 80% responderam que residem em casa própria, em torno de

70% responderam que a rua de sua casa é calçada ou asfaltada e 20%

disseram residir na zona rural. Se declarou branco 78,4%, pardo 17,6%,

negro 4,1% e amarelo apenas 1,4%. (ANEXO 2).

Quanto a renda familiar a maioria respondeu que recebe até 3 salários

mínimos (47,3%) e 27% até 1 salário mínimo, 18,9% recebem até 5 salários

Page 24: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

24

mínimos, o que caracteriza uma comunidade de Classe Média Baixa, para

apenas 5,4% a renda familiar é de até 10 salários mínimos e 1,4% recebem

mais de 10 salários mínimos por família. Para tanto a jornada de trabalho do

pai ou responsável é de 40 horas semanais (27%) ou mais de quarenta horas

semanais (48,6%), portanto uma comunidade de pais trabalhadores e que

dispõem de pouco tempo para acompanhar a vida escolar dos filhos, já que

17,6% dizem trabalhar menos de 10 horas semanais sem jornada fixa e 6,8%

em até 30 horas semanais. (ANEXO 3).

Quanto a profissão dos pais ou responsáveis pelo aluno 37,8%

responderam que trabalham no comércio, banco, transporte, hotelaria entre

outros serviços, 21,6% trabalham na agricultura, no campo, em fazenda ou

na pesca, 4,1% na indústria, na construção 4,1%, 12,2% trabalham em

atividades informais (pintor, eletricista, encanador, feirante, ambulante,

guardador de carros, catador de lixo), e 1,4% trabalha em casa com

prestação de serviços (alfaiataria, cozinha, aulas particulares, artesanato,

carpintaria, marcenaria, etc), 9,5% é trabalhador doméstico em casa de

outras pessoas (faxineiro, cozinheiro, mordomo particular, jardineiro, vigia,

acompanhante de idosos/as, etc), 5,4% são funcionários públicos do governo

federal, estadual ou municipal, 10,8% no lar (sem remuneração) e 5,4% não

trabalha. (ANEXO 4).

Podemos observar que as mães têm mais tempo em casa do que os

pais sendo que, 27% não tem jornada fixa ou trabalham no máximo 20 horas

semanais e 9,5% trabalham até 20 horas semanais. Porém, muitas mães

trabalham fora e a grande maioria mais de 40 horas semanais, cerca de

36,5% somando à 20,3% que trabalham até 40 horas semanais, e ainda

6,8% trabalha até 30 horas semanais. (ANEXO 5).

Quanto ao nível de escolaridade dos pais ou responsáveis, poucos são

analfabetos (1,4%) ou cursaram somente o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª

série (18,9%) em contraste neste cenário, poucos cursaram o ensino superior

(6,8%) e possuem especialização (4,1%). A grande maioria respondeu que

possui Ensino Fundamental completo (37,8%) e Ensino Médio (31,1%).

(ANEXO 6).

Analisando o nível de escolaridade da mãe ou responsável chegamos

próximo aos dados relacionados aos pais, sendo 36,5% possui Ensino Médio

Page 25: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

25

completo, 24,3% possui Ensino Fundamental completo, 12,2% possui Ensino

Superior e 6,8% possui Especialização. Contudo, 14,9% cursaram apenas

até a 4ª série e 4,1% declararam ser analfabetas. Dos que responderam a

pesquisa 77% residem na cidade e 23% no campo. (ANEXO 7)

Considerando o tema Educação Ambiental e o trabalho que vem sendo

desenvolvido no colégio desde 2013 com o Projeto de Compostagem,

questionamos os responsáveis sobre assunto e 97,3% disseram acreditar

que Educação Ambiental é dever de todos e apenas 2,7% diz ser

responsabilidade da escola discutir o tema. Perguntamos também se os pais,

mães ou responsáveis conhecem os profissionais que trabalham com seus

filhos e 63,5% respondeu que sim, 27% responderam que não e 9,5% que

gostariam de conhecer, mas não pode por diversos motivos (trabalho).

(ANEXO 8).

Analisamos também qual o grau de satisfação das famílias com

relação a qualidade da educação que ofertamos, mais de 40% se dizem

satisfeitos e menos de 20% dizem discordar ou que não sabem opinar.

(ANEXO 9).

Sabemos que a superlotação das salas de aula pode afetar a

aprendizagem, mas perguntamos aos pais ou responsáveis o que eles

pensam e 35,1% disse que sim e 35,1% respondeu talvez, apenas 29,7%

afirmou que não vê o tamanho da turma como componente que possa afetar

a qualidade da educação ofertada. (ANEXO 10).

Quando pensamos no contexto de formação para a vida, perguntamos

se os pais ou responsáveis acreditam ser suficiente a que é fornecida pela

escola e entre 40% e 60% diz que percebe seu filho sendo bem preparado

para continuar sua educação e que a escola está preparando seu filho para

lidar com as questões e os problemas que ele terá que lidar no futuro. Com

relação aos projetos ofertados pelo colégio a maioria dos pais considera

suficiente para atender as necessidades educacionais de todos os alunos e

em torno de 20% gostaria de mais opções em projetos. (ANEXO 11).

Em geral os recursos do colégio são considerados bons, com

instalações limpas e bem cuidadas e os alunos têm acesso a uma variedade

de recursos para ajuda-los a aprender. A aprovação da proposta pedagógica

da escola é de 98,6% e 1,4% preferem não opinar. (ANEXO 12).

Page 26: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

26

A política de comportamento do colégio é no geral apreciada pelos

pais ou responsáveis o que resulta na demonstração de respeito dos

estudantes um com o outro. Mais de 80% considera as políticas de disciplina

do nosso colégio como justas e eficientes, resultando no respeito pela

diversidade e questões étnicas e raciais o que promove um ambiente seguro

e pacífico para todos, refletindo no bem estar dos alunos e funcionários.

(ANEXO 13).

A comunicação entre escola e pais ou responsáveis é considerada

muito boa, onde as opiniões dos pais são seriamente consideradas nas

decisões da escola, os pais tem um bom conhecimento dos projetos e

programas ofertados, pois as informações são repassadas com eficiência

pela escola. (ANEXO 14).

Perguntamos aos pais sobre os meios de comunicação social e itens

básicos de consumo dentre estes TV, DVD, rádio,

microcomputador/notebook, automóvel, máquina de lavar roupa, geladeira,

telefone fixo, telefone celular e acesso a internet. Observamos que todos têm

TV e geladeira e mais de 90% tem telefone celular, máquina de lavar roupa,

em torno de 80% possui automóvel, notamos ainda que muitos possuem

DVD e rádio, mas não são itens desejados e poucos possuem telefone fixo,

computador e internet. (ANEXO 15)

Dentre os meios de comunicação utilizados pelas famílias, o celular é

o que aparece em evidência, além de outros. Mas na realidade apresentada,

em muitos casos a comunicação com essas famílias é deficitária por não

atenderem chamadas da escola nos momentos em que mais são solicitadas

a comparecer. Muitas famílias já possuem computadores e acesso a internet.

Esse levantamento realizado com as famílias reflete o grau de

complexidade que a escola precisa incorporar quando planeja suas práticas

pedagógicas para a sala de aula.

Page 27: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

27

II. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MARCO SITUACIONAL

O Projeto Político-Pedagógico, ao fundamentar as demais instâncias

do planejamento escolar, deve conter a possibilidade de análise da sua

realidade escolar para delinear a identidade institucional da escola e

fortalecer práticas pedagógicas coerentes com essa identidade. A análise

possibilita definições de permanências e/ou mudanças pautadas em

concepções condizentes com os princípios da escola pública e que visem à

aprendizagem de todos os estudantes.

Chegar a essa análise exige uma observação atenta e criteriosa da

comunidade escolar e das concepções que subsidiam o entendimento da

realidade. Conforme o Caderno I do material do Pacto Nacional pelo

Fortalecimento do Ensino Médio:

Pensar o território educativo onde estudantes, professores, funcionários e gestores constroem o processo de socialização e de formação com base na valorização da pluralidade cultural e respeito às diferenças de gêneros, raça, etnia, orientação sexual; além de propiciar o diálogo com os diferentes conhecimentos dos campos científicos, filosófico, político, artístico, tecnológico, cultural e econômico, desencadeia a necessidade de reescrever coletivamente o Projeto Político-Pedagógico como construção da identidade da escola pública (BRASIL, 2004, p.17).

Assim como no material disponibilizado para o Pacto Nacional pelo

Fortalecimento do Ensino Médio e como resultado da análise de dados,

indicadores de aprendizagem e a socialização nas diversas formações

continuadas para os profissionais do colégio, consideramos hiperativa a

mudança na formação integral do indivíduo para a valorização da pluralidade

cultural, e respeito às diferenças de gênero, raça, etnia, orientação sexual,

econômica e social que circulam em território escolar, levando em

consideração as características peculiares na qual a escola está inserida,

promovendo o debate com todos os grupos presentes no ambiente escolar,

para reescrever o Projeto Político Pedagógico coletivamente, representando

Page 28: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

28

assim, todos os seguimentos da comunidade escolar e promover uma gestão

efetivamente democrática.

2.1. Gestão Escolar

A Gestão Escolar tem a função de organizar todos os elementos que,

direta ou indiretamente, influenciam no trabalho pedagógico, ou seja, os

aspectos ligados aos profissionais da educação e suas funções, aos espaços

e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as ações e primando pelo

processo de ensino-aprendizagem de todos os estudantes. Pelas

determinações legais, deve estar pautada pelo princípio democrático.

Implementar na escola uma gestão democrática que oportunize o

diálogo entre as instâncias colegiada é o objetivo principal. Para tanto, a

gestão democrática pressupõe a participação de todas as instâncias

colegiadas nas decisões.

Tornar a gestão escolar democrática é o principal desafio desta gestão,

já que a comunidade escolar precisa se identificar e integrar-se da rotina

escolar e cada um cumprir efetivamente o seu papel, e posteriormente

acolher a todos e dar-lhes a autonomia no contexto escolar, este trabalho

vem sendo feito, mas nos limites que a comunidade se envolve. Pois, como

já comentamos ainda precisamos evoluir para a participação efetiva dos pais.

Quanto à participação das instâncias colegiadas há o incentivo,

oportunizando a participação de todos os segmentos em forma de

representação.

2.2. Ensino-Aprendizagem

É um processo contínuo que acontece por meio da mediação do

professor, efetiva-se quando o sujeito apropria-se de conhecimentos que

possibilitem a compreensão do meio em que vive. O conhecimento é,

Page 29: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

29

portanto, fruto de uma relação entre o sujeito, professor mediador e o

conteúdo/objeto do conhecimento.

Fazem parte do processo ensino-aprendizagem a ser descrito neste

item;

A) Plano de Trabalho Docente: amparado legalmente pela Lei 9394/96,

art. 13, inciso II, este documento deve ser elaborado pelo professor com a

intenção de organizar o processo de ensino-aprendizagem. Deve estar em

consonância com o PPP e com a legislação vigente para a Educação

Nacional. É no PTD que se registra o planejamento, a execução e o

resultado. Neste sentido, é a sistematização das decisões tomadas pelo

professor. O plano de trabalho docente deve ser elaborado um para cada

turma e em cada trimestre, devendo estar de acordo com a proposta

pedagógica da disciplina elaborada pelos docentes da escola. Além disso,

deve contemplar a base nacional comum curricular e estar de acordo com o

proposto no regimento escolar.

Sabendo disso, cada docente organiza seu planejamento de aulas

seguindo a proposta pedagógica do colégio, utilizando como base um modelo

de documento definido pelo colégio, embasando sua prática nas diversas

literaturas disponíveis na biblioteca do colégio, além dos recursos

bibliográficos escolhidos pela equipe de docente como: livros didáticos, sites

e materiais diversos de pesquisa. Todo o trabalho desenvolvido pelos

docentes é acompanhado pela equipe pedagógica durante a hora-atividade e

momentos de planejamento. (ANEXO 16)

B) Avaliação: é parte do processo ensino-aprendizagem realizada

como forma de acompanhamento da aprendizagem e subsídio para a tomada

de decisão em relação aos procedimentos que podem levar a avanços no

processo de ensino.

Em nosso colégio, a avaliação objetiva acompanhar o

desenvolvimento individual do aluno, considerando o processo de ensino

aprendizagem para diagnosticar a apropriação do conhecimento pelo aluno, e

o sucesso da prática pedagógica. São oportunizadas no mínimo duas

Page 30: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

30

avaliações por trimestre com uma recuperação para cada avaliação. A média

é aritmética, prevalecendo a nota mais alta entre avaliação e recuperação.

Os critérios de avaliação devem respeitar o regimento escolar,

incluindo as adaptações curriculares de pequeno porte para que dessa

maneira a avaliação promova a progressão do aluno, respeitando seu ritmo e

tempo de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação, por sua vez, devem

ser diversificados e direcionados, para identificar e trabalhar com a

heterogeneidade presente no ambiente educativo.

Já os instrumentos de avaliação serão utilizados trabalhos em grupo

ou individuais, pesquisas, leituras, debates, plenárias, provas escritas,

individuais ou em grupo, análise de texto entre outros.

C) Conselho de Classe: também faz parte na medida em que tem a

finalidade de acompanhar todo o processo educativo por meio de análises

sobre os componentes da aprendizagem dos estudantes, considerando as

relações entre ensino, aprendizagem e avaliação. É um espaço colegiado, ou

seja, espaço que reúne o grupo dos envolvidos com o processo ensino-

aprendizagem com poder de deliberação. Deve priorizar seu papel

pedagógico e garantir os aspectos democráticos do processo da avaliação

em todas as suas dimensões.

Compreendemos que o Conselho de Classe deve privilegiar uma

análise coletiva do grupo docente, equipe pedagógica, direção e, na medida

do possível, o aluno. Para tanto, faz-se necessário promover reflexões sobre

a prática pedagógica, processo de ensino/aprendizagem e rendimento

escolar do aluno, que por ora, pode ser influenciado por demandas afetivas,

socioeconômicas e culturais. Trata-se de uma análise do contexto social que

o aluno está inserido, que considera o ser humano em sua integralidade.

O Conselho de Classe, enquanto uma instância coletiva vem se

constituindo como um elemento fragmentado e burocrático, com julgamentos

avaliativos resultando em índices avaliativos que nem sempre condiz o

resultado de uma avaliação contínua e significativa do processo. Para que

haja uma superação dessa forma de conselho de classe o coletivo escolar

pode contribuir para repensar as dificuldades do processo educativo e

Page 31: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

31

práticas pedagógicas. Essa perspectiva implica em uma mudança na

reorganização curricular ou até mesmo em metodologias ou interação com os

alunos. Acreditamos que esforço coletivo, ao considerar o contexto social do

aluno, mesmo que de maneira gradual, pode contribuir para evitar a evasão

escolar.

Desta forma, o conselho de classe é organizado para atender os três

períodos avaliativos do ano letivo, portanto trimestral conforme o calendário

escolar. Ainda, procuramos oportunizar a participação de todos os envolvidos

no processo, seguindo um roteiro em dois momentos. O primeiro denominado

de pré-conselho realizado em sala de aula com os alunos, professor regente

e pedagogos. Já o segundo momento compreende a análise dos resultados

qualitativos relatados pelo grupo de docente da turma, na presença dos

pedagogos, direção, professor especialista em AEE e secretária da escola, e

posteriormente o grupo pondera os resultados quantitativos (notas) referentes

a cada aluno da turma, e por fim os encaminhamentos e intervenções

necessárias para cada aluno e/ou turma.

Os resultados do conselho de classe são registrados no Registro de

Classe Online e em atas para este fim disponibilizadas para o serviço da

secretaria escolar e para acesso dos alunos.

D) Registros da Prática Pedagógica: o registro das atividades que

dizem respeito à aprendizagem é direito e dever dos docentes e dos

discentes. No caso dos discentes, os registros são feitos no caderno da

disciplina e em trabalhos solicitados pelos docentes, são tais registros que

possibilitam comprovar a responsabilidade nas oportunidades de

aprendizagem ofertadas aos estudantes, tanto em frequência, como em

conteúdo, metodologia e recuperação de estudos, além da avaliação. No

caso dos docentes são obrigatórios Registro de Classe Online, Plano de

Trabalho Docente, Atas dos Conselhos de Classe, o caderno pedagógico de

cada turma destinado para registro e acompanhamento pedagógico entre

docentes, equipe pedagógica e família, agenda escolar, entre outros

registros.

Page 32: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

32

Os registros realizados no cotidiano escolar seguem os parâmetros da

SEED e buscam auxiliar o processo de ensino e aprendizagem para

comprovar as oportunidades de aprendizagem, bem como a responsabilidade

do aluno perante essas oportunidades que resultarão do processo de

avaliação, na progressão e sucesso. Como forma de acompanhar esse

processo e melhorar a comunicação entre os pais e a escola, contamos com

o caderno pedagógico, onde são registrados as ocorrências do cotidiano

durante as aulas, assim como a pontualidade dos alunos nas atividades e

tarefas extraclasse. Para facilitar a comunicação entre a família e a escola,

dispomos de uma agenda.

2.3. Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da

Educação Especial

O atendimento educacional especializado está previsto na LDB

9394/96 Art. 04, parágrafo III E NO CAPÍTULO V, art. 58º, 59º e 60º; Parecer

CNE/CEB nº 17/2001, aprovado em 3 de julho de 2001, Resolução CNE/CEB

nº 2/2001, de 11 de setembro de 2001, Parecer CNE/CEB nº 11/2004,

aprovado em 10 de março de 2004, Parecer CNE/CEB nº 6/2007, aprovado

em 1º de fevereiro de 2007, Parecer CNE/CEB nº 13/2009, aprovado em 3 de

junho de 2009, Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009 . No

Estado do Paraná, a Deliberação n.º 02/03 e a Instrução n.º 07/2016 -

orienta as instituições de ensino para o AEE – nas escolas da rede regular de

ensino e instituições conveniadas.

A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 2008) destaca que

o Atendimento Educacional Especializado - AEE é um serviço que deve estar

previsto no Projeto Político-Pedagógico da escola, descrevendo a ampla

atuação da Educação Especial nas escolas regulares, como: orientação da

organização de redes de apoio, formação continuada, a identificação de

recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas.

Nosso colégio oferta uma Sala de Recursos Multifuncional e que atende

as múltiplas deficiências dos alunos de inclusão. Quanto ao atendimento, se dá

de uma a duas vezes por semana, em período contrário e por cronograma

Page 33: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

33

específico. O acompanhamento do professor especializado é estabelecido em

estreita relação com os professores para possíveis interferências no processo

de ensino/aprendizagem.

Quanto ao ensino regular são oportunizadas aos alunos incluídos ou

que apresentam dificuldades de aprendizagem as adaptações curriculares de

pequeno porte com flexibilização do currículo, compreendendo o conteúdo,

metodologia, avaliação e recursos didáticos sempre que necessário com a

orientação e suporte da equipe pedagógica e professor especialista em AEE

aos professores, alunos e familiares.

2.4. Articulação entre as etapas de ensino

O Ensino Fundamental é dividido entre duas etapas com organizações

distintas, porém a continuidade no processo educativo dos estudantes deve

ser objeto de atenção e ações de acolhimento pessoal e intelectual. Assim, a

forma como a escola faz a transição do 5º para o 6º ano pode determinar o

sucesso ou o insucesso do ensino-aprendizagem nesse início de etapa.

Priorizamos um acompanhamento pedagógico mais intenso aos

alunos dos 6º e 7º anos, orientando professores, alunos e familiares para

facilitar a adaptação na escola e identificar problemas de defasagem e

dificuldades de aprendizagem, oportunizando atividades no período de contra

turno para AEE e reforço nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa

(Novo Mais Educação e Futuro Integral), e integrando os alunos em

programas como: Música/Coral, Educação Ambiental/Compostagem e

Empreendedorismo, a fim de que promovam a interação e a criatividade.

Quanto aos alunos que encerram o Ensino Fundamental, 9º ano, além

dos projetos e programas já ofertados na escola, são desenvolvidas

atividades de motivação e incentivo para o direcionamento dos interesses

profissionais e mundo do trabalho, com palestras e passeios de estudo.

Page 34: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

34

2.5. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da educação

A organização do trabalho pedagógico passa pela integração entre os

envolvidos na dinâmica escolar na perspectiva de que tudo na escola é

educativo e em função de objetivos comuns. É essencial ter momentos e

formas de diálogo a equipe escolar, em que canais de integração possam ser

estabelecidos ou fortalecidos coletivamente e se reflitam na prática diária com

um clima de trabalho propício à satisfação das expectativas de toda a

comunidade escolar, permeado por democracia, solidariedade, respeito à

diversidade, combate à discriminação, clareza quanto a direitos e deveres.

A dimensão coletiva é base de uma gestão democrática. Para a escola

implementar essa gestão com articulação do trabalho pedagógico, alguns

mecanismos permitem a comunicação escola/comunidade: Grêmio

Estudantil, APMF, Conselho de Classe e Conselho Escolar de acordo com a

Proposta Pedagógica Curricular elaborada e desenvolvida com base na Lei

de Diretrizes e Bases - Lei nº 9394/96 que regulamenta a Educação

Brasileira, Diretrizes Curriculares do estado do Paraná e Regimento Escolar.

A integração da escola, família e comunidade é feita por meio das

instâncias colegiadas. Consideramos que é um desafio “o compromisso e a

participação ativa dos integrantes da comunidade escolar, mobilizados pela

reflexão crítica de projetarem-se para o futuro” (VEIGA, 1998, p.115). O

Conselho Escolar, como órgão máximo na escola, pode colaborar com o

trabalho dos gestores. A APMF, por sua vez, funciona como órgão de

representatividade dos pais e professores que favorece a participação na

tomada de decisão, reforçando sua importância e promovendo a integração

da família-escola-comunidade. No que compete ao Grêmio Estudantil, a

comunicação é verificada na representação dos alunos e no fortalecimento

de suas decisões e liderança.

Para a organização do trabalho pedagógico, as relações de trabalho

no interior da escola devem ser colaborativas e solidárias para alcançar a

participação coletiva (PASSOS, 2002). Sendo assim, as relações

estabelecidas entre os sujeitos dentro da escola devem ser de reflexão

pedagógica, envolvendo todos os sujeitos do processo educativo nas ações

Page 35: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

35

educacionais, para que de forma democrática possam superar dificuldades

de processo de ensino/aprendizagem. Para tanto, as instancias colegiadas

são mecanismos para esta participação efetiva da comunidade escolar.

Quanto ao repasse de informações aos docentes, equipe pedagógica

e funcionários se dá diariamente no quadro de avisos na sala de hora-

atividade, por e-mail, grupos de whatsapp, hora-atividade e reuniões

periódicas e extraordinárias.

2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis

É uma relação que requer a visibilidade e transparência da

participação tanto da escola quanto dos pais ou responsáveis no processo de

educação de qualidade. Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente ”É

direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem

como participar da definição das propostas educacionais” (cap. IV, parágrafo

único). Cabe à escola organizar momentos e formas para essa articulação,

preferencialmente envolvendo também as instâncias colegiadas.

A participação dos pais se dá no acompanhamento efetivo do

desenvolvimento do aluno seja em momentos individuais, no

acompanhamento das tarefas, em reuniões de pais ou em atividades

programadas para a interação entre família e escola.

2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação

Como direito de todos os profissionais da escola, objetiva subsidiar

teórica e metodologicamente a atuação nas várias funções, com

oportunidades equitárias. A participação nas formações da Semana

Pedagógica, nas oficinas de Formação em Ação, no PDE, no

PROFUNCIONARIO e na Equipe Multidisciplinar – que são formações oficiais

e anuais da mantenedora – e em outras ofertas da SEED ou de outras

instituições reconhecidas do meio acadêmico retrata o perfil de

comprometimento com o estudo do grupo.

Page 36: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

36

Para valorizar o trabalho de pesquisa, seja desenvolvido pelo

professor PDE ou pelo funcionário cursista do PROFUNCIONARIO, o colégio

incentiva à aplicação e utilização do projeto e sua análise, na rotina escolar.

Já os encontros da Equipe Multidisciplinar cumpre um cronograma específico

que possibilite o aprofundamento teórico de temas relacionados a diversidade

cultural e questões de gênero, cor e etnia, além de práticas dinâmicas que

envolvam o máximo possível todos na escola durante o ano letivo.

2.8. Acompanhamento e realização da hora atividade.

Constitui-se no tempo reservado ao professor para estudos,

planejamento, avaliações e participação em formação continuada, devendo

ser cumprida na instituição de ensino onde o professor esteja suprido em

horário normal das aulas a ele atribuídas. A hora-atividade deve favorecer o

trabalho coletivo dos professores, conforme preconiza a Instrução Nº

001/2015 – SUED/SEED.

O acompanhamento da hora atividade se dá através de um registro

específico, em que são detalhados os horários, as atividades desenvolvidas

pelos professores, estudos de aprofundamento, bem como o

acompanhamento pedagógico nos casos de orientação e atendimento aos

pais. (Anexo17)

Podemos concluir que em nossa escola não enfrentamos problemas

quanto ao cumprimento da hora atividade do professor, e sim que o tempo

destinado para este momento tão importante no processo de ensino-

aprendizagem acaba por ser insuficiente e sobrecarregando os docente e

equipe pedagógica.

2.9. Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de organização das turmas

O Colégio atende o Ensino Fundamental de 9 anos, do 6º ao 9º ano e

oferta atendimento especializado para os alunos de inclusão na Sala de

Recursos Multifuncional.

Page 37: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

37

Temos o Programa Novo Mais Educação, que oferta reforço de Língua

Portuguesa, Matemática e ainda o projeto de Compostagem, em parceria

com a prefeitura municipal de Marmeleiro/PR; o Futuro Integral, em parceria

com o SESC; Empreendedorismo.

2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos), abandono/evasão e relação idade/ano

Trata-se da apresentação e análise dos dados estatísticos relativos às

taxas de aprovação, reprovação e evasão escolar, aprovação por Conselho

de Classe e distorção idade/ano nos últimos dois anos. Os dados das

avaliações externas (proficiência na Prova Brasil, resultados do IDEB e do

SAEP) também são indicativos importantes para análise de resultados e

identificação de avanços e limitações em relação ao ensino-aprendizagem. A

abordagem que a Equipe Pedagógica faz dos dados junto ao corpo docente e

às famílias e comunidade é um elemento importante no comprometimento de

todos com o sucesso escolar dos estudantes.

Outros elementos importantes nesse são os indicadores de

Rendimento Escolar, que seguem na figura abaixo:

Figura 1: Indicadores de Aprendizagem/Rendimento Escolar.

Page 38: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

38

A) Abandono Escolar: a instituição de ensino tem papel fundamental no

combate ao abandono escolar, pois o aluno está diretamente vinculado a ela

em seu dia a dia. A instituição deve tomar todas as iniciativas que lhe cabem,

conforme orientação do Programa de Combate ao Abandono Escolar,

visando a prevenção ao abandono e evasão, o acesso e a permanência do

aluno no sistema educacional. É importante destacar que o racismo, as

violências de gênero e por orientação sexual, preconceitos e discriminações

de diferentes ordens podem potencializar o abandono e a evasão escolar.

Assim sendo, todos os casos que podem interferir ou determinar o abandono

escolar são acompanhados pela equipe pedagógica que orienta o aluno, os

familiares e os docentes para evitar sempre que possível a evasão e quando

necessário os casos não resolvidos na escola são encaminhados para o

Conselho Tutelar e Ministério Público. Podemos observar na figura abaixo os

índices com as taxas de Distorção Idade/Série para nossa escola.

Figura 2: Taxa de Distorção Idade/Série

Page 39: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

39

B) Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às

Violências na instituição de ensino: como situações que interferem

diretamente nos índices de aproveitamento escolar, no abandono/evasão e

na retenção que provoca distorção na idade/ano, o uso de álcool e outras

drogas e a violência no cotidiano da instituição precisam ser prevenidos com

ações diretas aos estudantes em situação de risco, incluindo aconselhamento

e encaminhamento aos programas da rede de proteção.

2.11. Relação entre profissionais da educação e discentes

As relações humanas são importantes em qualquer setor, porém, na

escola essa a relação é efetivadora da função social da escola, pois, para a

aprendizagem é essencial querer aprender (PARO, 1998). Neste sentido o

ambiente de motivação e desafio é importante tanto para professores e

funcionários, como para os estudantes.

As normas de convívio são regimentadas, estabelecidas e divulgadas

e acompanhadas na escola, prevalecendo a coletividade para o cumprimento

e análise de cada segmento. Compete a Equipe Pedagógica acompanhar e

orientar o processo que deverá ser registrado em Ata específica para

orientação de alunos ou professores, no caderno pedagógico da turma, na

agenda do aluno e o professor é orientado a registrar as situações

pertinentes a aprendizagem no RCO, no campo para observações individuais

e/ou observações da turma e os pais ou responsáveis comunicados por

telefone, e/ou bilhete/convocação de comparecimento na escola.

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40

III. FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)

3.1. Proposta de algumas reflexões para subsidiar o marco conceitual

O Colégio Estadual Telmo Octávio Muller compreende que além do

diagnóstico situacional da escola, as concepções que norteiam e amparam a

prática pedagógica precisam estar elucidadas para embasar as ações já

desenvolvidas e a se desenvolver. É a partir do marco conceitual que se

operacionaliza o marco operacional, especialmente no que se refere ao

currículo escolar. Para tanto, estas concepções remetem-se aos

questionamentos sobre a apropriação da cultura desenvolvida no espaço

escolar. Implica, nesse sentido, refletir sobre concepções de homem,

educação e sociedade.

Trata-se de uma fundamentação sobre conceitos e ações que buscou

partir do senso comum, porém, para superá-lo. Ainda, considerou

necessidade de análises que contribuam para pensar a função da escola

pública, em particular desta instituição. Assim, a elaboração do marco

conceitual antecedeu estudos e discussões que fortaleceram a gestão

democrática da escola.

Temos ciência que uma reflexão sobre as especificidades da

educação, as tendências pedagógicas e discussões atuais, como a Base

Nacional Comum Curricular, são importantes para compreender e redefinir o

percurso teórico da escola para tomada de decisões. Ainda, é importante

compreender as finalidades da Educação que implicam diretamente no

trabalho docente. Por isso, essa discussão buscou nas ciências amparo

filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico e pedagógico, com

base em autores que dialoguem sobre tais termos.

Este Projeto Político Pedagógico tem respaldo na pedagogia

crítico/social dos conteúdos e utiliza como aportes teóricos autores que

seguem tal linha de pensamento. Das inquietudes que fazem parte de uma

construção política e pedagógica envolta na educação, em especial nesta

instituição e neste documento, colocamos algumas questões norteadoras:

Qual á o direcionamento da escola? Quais as concepções de conhecimento,

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41

ser humano, sociedade e educação? Como se concebe uma gestão

democrática na escola pública? Para isso, nosso aporte teórico possui

vinculação com tais questionamentos, a saber: Gramsci (1982), Gadotti

(1994), Veiga (1995, 1998), Marx (1998, 2008), Saviani (2005), Ciavatta

(2001), Freire (1996, 2001, 2015).

Conscientes da importância desse documento, faz-se necessário

intensificar a criticidade e, ao encontro dessa reflexão, se instauram alguns

embates, afinal, um projeto político pedagógico implica repensar as relações

de poder, as finalidades sociopolíticas e culturais, a autonomia da escola e as

concepções que deverão nortear sua prática. Ainda,

“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar: significa tentar quebrar um estado compatível para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. Assim promessas tornam visíveis os campos de ação possíveis, comprometendo seus atores e autores” GADOTTI (1994 p. 579).

Por isso é que esse Projeto Político Pedagógico é um processo

permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, vinculado à

melhoria da sua qualidade e mudança educativa. É evidente que cada

instituição é o resultado de um processo de desenvolvimento de suas

próprias contradições e, por isso, a escola busca incluir toda a comunidade

educativa no planejamento de suas metas.

Remetendo-nos às concepções de educação, consideramos que a

educação está diretamente vinculada a sociedade capitalista e seus ideais e

para entendê-la, precisamos analisar e compreender suas relações com a

sociedade. O papel da educação tem como ponto de partida a contribuição

para a uma formação emancipatória e crítica nos aspectos históricos, sociais

e culturais.

A importância da educação e da escola nessa perspectiva reside no

fato de ser um lugar que pode permitir a apropriação do conhecimento

histórico pela classe trabalhadora, isto é, “as camadas sociais exploradas

podem vir a ter acesso a determinados saberes acumulados que podem ser

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42

importantes para a formação proletária” (SOUSA JUNIOR, 2010, p.176). Eis a

contradição: ao mesmo tempo em que a escola serve ao capital e seus

mecanismos de adaptação, é propulsora do acesso ao conhecimento que é

uma arma de luta. Na perspectiva histórico/cultural, a escola tem a função de

transmitir o conhecimento científico e ser um espaço de socialização do

conhecimento. Esse conhecimento que permite acesso, pelas classes

populares, de uma consciência política, crítica e argumentativa.

Para tanto, o papel da educação e desta instância educativa nas

estratégias de mudança e conscientização dos indivíduos é fundamental,

como já notamos, para pensar o processo de contra internalização e uma

nova mudança social. Por isso, ao confrontar a hegemonia que sustenta a

separação do saber e do fazer, nosso papel se revela na união desses

saberes (trabalho intelectual e trabalho manual) como um importante aspecto

para a educação em tempos de mudança. Muito mais que isso, uma

educação com base em uma formação humana integral para a formação de

um cidadão crítico.

Com efeito, cabe a consideração que, para a apropriação do

conhecimento crítico da realidade no processo de conscientização dos

sujeitos, o ponto de partida está nas bases reais da sociedade. Revela-se,

nesse momento, a concepção de ser humano. “São os indivíduos reais, sua

ação e suas condições materiais de existência, tanto as que eles já

encontraram prontas, como aquelas engendradas de sua própria ação”

(MARX, 1998, p.10).

Com base na produção social da existência, a distinção dos homens e

dos animais é revelada por meio do trabalho e seus instrumentos. O trabalho

foi a primeira forma de relação do homem com a natureza e por meio dele

houve possibilidade de produção da existência e do mundo da cultura, para a

produção intelectual e das representações como resultados da vida real dos

indivíduos. É o trabalho que permite o acesso ao mundo da cultura.

Os esforços coletivos que demandam um novo modo de pensar a

escola e a sociedade implicam nas relações de trabalho, enquanto atividade

que está na base de todas as relações humanas. Caracterizado como uma

atividade humana intencional que envolve formas de organização, a escola

compreende que o trabalho é uma atividade organizada para a produção dos

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43

bens necessários à vida. Isso implica no conhecimento de culturas e valores,

fora e dentro da escola, assim como os objetivos a se atingir.

Há um alvo a ser atingido pela escola: a produção e a socialização do conhecimento, das ciências, das letras, das artes, da política e da tecnologia, para que o aluno possa compreender a realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do processo de construção da sociedade (VEIGA, 1998, p.25).

Com este fundamento, se faz necessário, nesse exercício de uma

reflexão sobre a realidade educacional enquanto um ato político, apontar as

relações teórico/práticas que a perpassam. Como já citado, a compreensão

crítica da realidade educativa parte do princípio das representações e valores

que norteiam a educação. Elas podem, porém não de forma isolada,

promover um movimento de transformação social, que se correlacionam a

uma dinâmica social de conflito de classe. No entanto, algumas

características são fundamentais para que o Projeto Político Pedagógico da

escola seja indutor de um movimento de transformação.

Para que essa compreensão crítica da realidade educacional se

efetive, faz-se necessário refletir sobre as concepções de mundo, sociedade

e cidadania. Para tanto, um questionamento com noções concretas se impõe:

Uma cidadania que emancipe ou domestique?

Acreditamos que a cidadania está vinculada a ações políticas, éticas e

sociais a favor de certos valores em uma sociedade complexa, que tem como

valores “o respeito à legalidade, a valorização da privacidade e do direito

individual, a legitimidade da propriedade, a solidariedade para com os

despossuídos, o reconhecimento das diferenças, etc.” (BRITTO, 2003, p.116).

Esses valores, tendem a ser legitimados por grupos dominantes, ao primar

pela ética utilitarista, competitividade e adaptação e/ou subordinação ao

mundo do trabalho. No entanto, vinculada a uma leitura crítica da

sociedade, pode significar mais poder aos alunos, já que terá “maior

capacidade para enxergar as contradições sociais, melhores fundamentos na

hora da tomada de decisões (até mesmo decisão na hora de votar nas

eleições), competências mais apuradas para chegar às raízes da injustiça e

da desigualdade, etc” (SILVA, 2005, p.14). A concretização da formação do

cidadão está amparada pelo ideal da criticidade.

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Vale lembrar que a criticidade, enquanto um emblema da cidadania e um valor atitudinal, é trabalhada ideologicamente por aqueles que detêm o poder econômico e político. Isto porque a conservação e a reprodução dos esquemas de privilégio dependem, fundamentalmente, da ignorância e do conformismo, aqui tomados como formas de escravização da consciência (SILVA, 1998a, p.23).

Ressaltamos que, o sentido de uma educação cidadã subjaz a reflexão

sobre as possibilidades de participação social e apropriação de conhecimento

histórico/social. A dominação que causa um cansaço existencial e anestesia

histórica precisa ser superada, e por isso, há “a necessidade de uma séria e

rigorosa ‘leitura de mundo’, que não prescinde, pelo contrário, exige uma

séria e rigorosa leitura de textos” (FREIRE, 2015, p.58).

Nesse sentido, a formação cidadã defendida pelo Colégio Estadual

Telmo Octávio Muller prioriza uma educação que instrumentalize os cidadãos,

comprometida com a transformação social. Isto significa que a condição para

a cidadania relaciona-se à participação nas decisões e nas análises

conjunturais e, com base em Gramsci (1991), adquirir um saber político

democratizado aos governados e governantes que se contrapõe à

hegemonia da sociedade. Para isso, a educação é a base para usufruir os

direitos de cidadão.

Diante do exposto, a gestão escolar do Colégio Telmo Octávio Muller

assume o compromisso em consonância com as políticas educacionais

atuais, de participar de forma efetiva na construção de uma educação

democrática e justa, demostrando que essa construção coletiva precisa

contemplar a realidade da nossa região e especialmente a do município de

Marmeleiro – PR. Para isso, tem-se a clareza que a educação é uma prática

social, um fenômeno próprio dos seres humanos em sociedade, como

processo, como um fato social e intencional. Por isso, a escola tem como

base a defesa de uma educação pelas camadas populares como forma de

acesso ao conhecimento e enquanto um direito social e um ato político.

Para que a gestão democrática esteja presente no espaço escolar, de

acordo com Veiga (1998) algumas instituições auxiliam o aprimoramento do

processo educativo. São as Instâncias Colegiadas: Associação de pais e

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45

mestres (APM), Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e Conselho de Classe.

Essas instâncias, dimensionadas em um trabalho coletivo na escola é

requisito para se efetivar uma gestão democrática. “É necessário considerar,

portanto, a inter-relação das instâncias colegiadas. Esse é um desafio: o

compromisso e a participação ativa dos integrantes da comunidade escolar,

mobilizados pela reflexão crítica de projetarem-se para o futuro” (VEIGA,

1998, p.115).

Reiterando, o processo que constitui a gestão democrática é

compreendido como uma atividade que reúne o coletivo escolar para

implementar as finalidades educativas. Assim, parte da compreensão que,

juntamente com as instâncias colegiadas, a escola tem o papel de contribuir

para a emancipação humana.

O currículo do Colégio Estadual Telmo Octávio Muller envolve a

construção de significados e valores culturais. Compreendemos que o

currículo não está simplesmente envolvido com a transmissão de

conhecimentos, mas constitui um elemento de produção e criação de

significados sociais e estão estreitamente ligados a relações sociais de poder

e desigualdade. Por isso, as reflexões sobre o currículo se constituem com

base nas problematizações do conhecimento, do ser humano, da produção

da cultura e conhecimento.

Cabe à educação propiciar um conhecimento que supere os limites

impostos por uma sociedade individualista para alcançar seus objetivos.

Cabe à educação propiciar aos alunos um conhecimento e reflexão acerca de

superar os limites impostos pela sociedade capitalista, abrangendo a todos a

possibilidade de alcançar os objetivos onde não há alienação.

Esse conhecimento leva em consideração a união indissociável do

cuidar e educar voltados ao aprendizado dos conteúdos historicamente

acumulados envolvendo os aspectos sociais, físicos, psicológicos. As

práticas do cuidado e educação implicam na construção da identidade do

aluno, da sua formação enquanto cidadão e sua socialização para a

produção da cultura.

A alfabetização e o letramento nesse contexto de participação efetiva

dos sujeitos na sociedade encontra respaldo nos ideais de Freire (2000) em

que há uma necessidade de uma leitura de mundo, precedendo a leitura da

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46

palavra. Com isso, a realidade e a linguagem estão imbricadas em uma

relação texto/contexto, isto é, a alfabetização não se resume a mera

decodificação ou alfabetização mecânica, mas a um ato político, de

conhecimento de mundo. O ato de ler, portanto é um movimento da palavra

ao mundo e do mundo à palavra.

Por isso, “podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é

apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de

‘escrevê-lo ou de ‘reescrevê-lo’, quer dizer, de transformá-lo através da nossa

prática consciente” (FREIRE, 2000, p.20). Nesse processo, a escola e a

biblioteca são instituições imprescindíveis para despertar o aprendizado da

leitura, além da alfabetização.

No que se refere ao processo de ensino/aprendizagem, partimos do

pressuposto que aquilo que pensamos sobre a realidade deve corresponder

com o que a realidade é, de fato, em si mesma. Por isso, os sujeitos são

analisados nos aspectos sociais, históricos e políticos juntamente com as

determinações que perpassam sua existência, enquanto produtor e receptor

das determinações sociais.

Esta compreensão tem como fundamento que o caminho da

“ignorância” ao “conhecimento” não se dá por rupturas, pois a ciência

caminha num processo dialético que parte do princípio da contradição,

produtora do movimento. Ao primar pelo ser social, constituído pelo trabalho,

o processo de conhecimento implica numa lógica de superação dialética,

mediante a incorporação por superação. Assim, de forma simultânea há a

negação de uma determinada realidade, a conservação de algo de essencial

que existe nessa realidade negada e a elevação dela a um nível superior.

Esse conhecimento envolve dimensões objetivas e subjetivas que

precisam ser planejadas tendo em vista a promoção da vida. Nela, precisam

estar enraizadas as conquistas que a humanidade já adquiriu bem como os

desafios para a transformação. Assim, é possível iniciar o processo de

apropriação da cultura e do conhecimento por meio do trabalho não material,

em que se situa a educação. Portanto, esse conhecimento tem vínculo direto

com o saber sistematizado, produzido historicamente e, todas as atividades

educativas se organizam a partir desse saber.

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47

[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular ( SAVIANI, 2005, p.14).

São muitos os obstáculos a serem superados para que possamos

incorporar a prática pedagógica dentro de um contexto social e viabilizar a

apropriação do saber acima citado. No entanto, no processo de

aprendizagem é necessário esforço e concentração para que os atos possam

ser praticados com autonomia e liberdade. A exemplo, temos uma

consideração em Saviani (2005), claramente percebido no processo de

alfabetização, em que

[...] é necessário dominar os mecanismos próprios da linguagem escrita. Também aqui é preciso fixar certos automatismos, incorporá-los, isto é, torna-los parte de nosso próprio corpo, de nosso organismo, integrá-los em nosso próprio ser. Dominadas as formas básicas, a leitura e a escrita podem fluir com segurança e desenvoltura (SAVIANI, 2005, p. 20).

A habilidade desenvolvida na escrita e na leitura, como no exemplo

supracitado nos permite averiguar a natureza e especificidade do ato

educativo, pois, temos dificuldade de lembrar como éramos antes de

aprender a ler e escrever. Com base no autor, esse processo sistemático,

organizado e intencional forma a nossa segunda natureza, isto é, um habitus,

uma “situação irreversível” (SAVIANI, 2005, p.21).

Para isso, a avaliação educacional precisa romper com um mero

cumprimento burocrático e tomar a dimensão de uma luta pela apropriação

dos saberes necessários, historicamente produzidos para a convivência

coletiva, colaborativa, minimizando posturas individualistas. Diante disso, o

trabalho avaliativo tem respaldo em uma perspectiva transformadora,

resgatando sua função como integradora do processo de

ensino/aprendizagem. O ato de avaliar, portanto, é entendido como um

processo em que professor e aluno praticam-no, concretizando uma

aprendizagem significativa. Nesse sentido,

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48

A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBANEO, 1994, p. 195).

Outra “tarefa complexa” que se impõe em nosso meio refere-se à

inserção das tecnologias educacionais. Em consonância com os objetivos

aqui delineados, as tecnologias podem ser transformadas em oportunidades

para aprimorar conhecimentos. Para isso, um novo olhar sobre a função do

educador faz-se necessário. Acreditamos que muito mais que fornecer

equipamentos e instrumentalizar os professores para lidar com a tecnologia,

é preciso despertar o interesse cultural do aluno, fazendo com que os

instrumentos tecnológicos possam ser meios para se alcançar os objetivos

em cada componente curricular.

Certamente, o trabalho pedagógico requer cuidados na sua

organização e dinamicidade. Para que o exercício da docência possa se

organizar com uma prática reflexiva e interativa, é importante pensar o tempo

e o espaço pedagógico.

Do exposto até aqui, acreditamos que a escola dispõe de instrumentos

que possam democratizar seu espaço. Embora vivamos em um modo de

produção desigual e excludente, acreditamos que a democratização deve ser

efetiva para que a escola ofereça a entrada e a permanência dos alunos com

uma aprendizagem significativa. Por isso, temos o objetivo de refletir sobre a

escola enquanto um espaço participativo, de gestão, cujo trabalho se

constitua pelo acesso, permanência e qualidade educativa.

3.2. Diversidade dos sujeitos escolares

Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.

9394/96, representante de uma grande conquista educacional que mantém a

concepção abrangente de educação, a escola vem atribuindo valor primordial

às experiências individuais, de modo a atender aos objetivos dos diferentes

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49

níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do

desenvolvimento do educando.

A associação entre teorias e práticas visualizada na organização do

trabalho pedagógico na instituição escolar deve encontrar na prática social

seu ponto de partida e de chegada. Dessa forma, tanto os profissionais da

educação quanto os educandos se construirão nas relações sociais,

tornando-se sujeitos partícipes de um projeto coletivo que poderá conduzi-los

à superação das atuais necessidades.

Ao encontro dessa preliminar, o Colégio Estadual Telmo Octávio

Muller, consciente de seu papel na disseminação de conhecimentos, cumpre

a oferta do Ensino Fundamental de Nove Anos - 6º ao 9º ano - no que se

refere à aquisição de conhecimentos que é requisito importante para a

promoção pessoal e social, permitindo-lhes o acesso ao conhecimento

historicamente acumulado, a cultura e a preparação para o mundo do

trabalho.

Além da promoção de conhecimentos, a escola busca proporcionar um

ambiente acolhedor para os diferentes sujeitos que convivem no espaço

social e são provindos de origens, pertencimentos e trajetórias distintas. É

importante observar, refletir e elaborar ações para construir, cotidianamente,

um lugar onde os conhecimentos afirmem as identidades negras, indígenas,

ciganas, camponesas, lésbicas, gays, travestis e transexuais e combatam

toda forma de preconceito e discriminação.

Temos a ciência que o trabalho com a diversidade na escola é um

constante desafio, considerando que as diferenças, historicamente, foram

tomadas como inferiores. Por isso, é imprescindível tratar a diversidade como

uma construção histórica, cultural e social. Ainda,

Falar sobre diversidade e diferença implica posicionar-se contra processos de colonização e dominação. É perceber como, nesses contextos, algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas sendo, portanto, tratadas de forma desigual e discriminatória. É entender o impacto subjetivo destes processos na vida dos sujeitos sociais e no cotidiano da escola. É incorporar no currículo, nos livros didáticos, no plano de aula, nos projetos pedagógicos das escolas os saberes produzidos pelas diversas áreas e ciências articulados com os saberes produzidos pelos movimentos sociais e pela comunidade. (GOMES, 2007, p. 25).

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50

No Colégio Estadual Telmo Octávio Muller percebemos a presença da

miscigenação na comunidade escolar. Esta miscigenação compreende uma

vasta diversidade, sendo composta predominantemente por características

europeias, mas com grandes marcas da população negra e indígena.

Entendemos que, mesmo que raramente, receberemos sujeitos com outras

características, camponeses de Movimentos Sem Terra, lésbicas, gays,

travestis e transexuais, circenses, e ciganos, o Colégio deve acolher à todos

e combater todo tipo de preconceito, oportunizando as condições necessárias

para o processo de ensino e aprendizagem.

A autodeclaração/autodenominação de cor/raça e etnia no

requerimento de matrícula é considerada importante para garantir a liberdade

de expressão, conscientizando para o respeito a diversidade, favorecendo e

valorizando a formação de conceitos como: diversidade e identidade dos

sujeitos escolares.

Consideramos que os fatores que interferem na trajetória escolar de

negros, homossexuais, travestis e transexuais e indígenas são os mesmos

ligados a quase todos os casos de repetência/abandono, pois estão ligados à

questões sociais relacionadas ao mundo do trabalho, ou seja, condições

socioeconômicas e familiares que transcendem o alcance da escola.

Quando percebemos conflitos étnico-raciais e de gênero e orientação

sexual no ambiente escolar, os casos são tratados individualmente e quando

necessário são encaminhadas a discussões em grupos. Como medidas de

intervenção para garantir a permanência e o sucesso dos referidos sujeitos, a

escola segue a legislação interna, entrando em contato com a família e em

casos de abandono, orientações do Conselho Tutelar e Ministério Público no

sistema de Rede de Proteção PCAE.

O Colégio conta também com a Equipe Multidisciplinar que é uma

instância de trabalho escolar legitimada pelo Artigo 26A da LDB, Lei nº

9394/96, pela Deliberação nº 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº 017/06

SUED/SEED, pela Resolução nº 3399/10 SUED/SEED e a Instrução nº

010/10 SUED/SEED. A formação ocorrida por meio da EM propõe espaços

de debates, estratégias e de ações pedagógicas que fortalecem a

implementação da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08, bem como das

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-

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Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena no currículo escolar das instituições de ensino da rede pública

estadual e escolas conveniadas do Paraná.

Uso do nome social e respeito à identidade de gênero de travestis e

transexuais: Quando a escola recebe estudantes trans (travestis e

transexuais) é importante considerar que além do uso do nome social essa/e

estudante deve ter o tratamento adequado à sua identidade de gênero,

portanto se se identifica como mulher ou homem é dessa forma que deve ser

tratado e respeitado em todos os espaços e atividades da Instituição. Para

ampliar o conhecimento e, portanto o respeito à identidade das pessoas

transexuais sugere-se o desenvolvimento de ações de formação envolvendo

todas/os profissionais e estendendo-se as/aos estudantes. (Instrução de

Matrícula 02/2010- SUED/SUDE, Orientação Pedagógica 01/2010 sobre o

uso do nome social de travestis e transexuais, disponíveis no portal diaadia).

3.3. Tecnologia e educação

As exigências do mundo globalizado impõem transformações

substanciais nas instituições e, em particular, na escola, desde sua

concepção, organização, administração, e estrutura, na atitude e na

participação dos cidadãos diante dessas mudanças que atingem o país de

forma impactante e desigual.

As novas tecnologias da informação estão causando profundas

mudanças em processos fundamentais do pensamento e comunicação, e

isso significa um contexto com novas dimensões educativas. É evidente que

a tecnologia está presente no Registro de Classe online, na aula exposta em

tela digital e até mesmo no celular, usado como apoio em sala de aula.

Assim, faz-se necessário avançar nas práticas que envolvem a tecnologia,

abordando a temática e sua vivência com os estudantes.

As novas tecnologias na educação podem implicar em um novo

formato de práticas pedagógicas, pois por meio delas, há a possibilidade de

acesso a tutoriais, cursos, livros disponíveis na internet. Esses instrumentos

podem corroborar o trabalho educativo, vindo a reforçar a aprendizagem e

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complementar as ações que norteiam o PPP desta instituição. Diante disso, a

tecnologia presente em nosso dia a dia deverá ser disponibilizada a todos

que circulam pelo ambiente da instituição, para beneficiar e ajudar a entender

o mundo cada vez mais informatizado.

Compreendemos que as novas tecnologias devem superar seu uso

apenas como instrumento (PRETTO, 1996) e reavaliar os demais elementos

que envolvem o processo de conhecimento. Isso significa que, em muitos

momentos, “sua utilização acaba por resultar quase sempre em aulas com

vídeo iguais às escolas de hoje, ou a textos em microcomputadores,

interativos e auto instrutivos, mais limitados que os livros existentes nas

estantes escolares” (KAWAMURA, 1998).

Atribuindo em sala de aula um valor agregado que vai além da

estrutura física, mas que incorpora a era digital como fonte revolucionária na

construção de um ser crítico reforçou a importância dos recursos

pedagógicos e tecnológicos para tornar a sala de aula um ambiente de

aprendizagem mais efetiva, favorecendo ainda mais o processo de

construção do conhecimento.

Corroborando essa perspectiva, encontramos em Vygotsky (1991) e

nos seus conceitos sobre as teorias de mediação teorias de mediação, um

aporte teórico que cria um embasamento e que supera a caracterização do

professor como detentor do saber e o torna um mediador, que orienta de

forma estimuladora a produção autônoma e interativa do ensino e da

aprendizagem.

Nessa linha de pensamento, pela interação do ser humano com o

meio, o homem se torna um agente de transformação pessoal e social nas

relações culturais adquiridas,. Pode-se constatar então que, em seus

estudos, Vygotsky (1991) compreendia que o desenvolvimento humano

acontece a partir da troca simultânea e reciproca, que ocorre na vida do

sujeito e da sua interação com o meio e vice versa. Sendo assim, a era digital

interfere muito na formação do ser enquanto aluno e ao professor cabe a

medicação entre as tecnologias e os mesmos.

O acesso as tecnologias, ao reorientar uma nova forma de aprendizado,

melhora a condição do acesso a informação, minimizando a relação de

tempo e espaço. Cabe ao professor se apropriar para poder trabalhar o

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conteúdo com recursos audiovisuais, a exemplo. Abordando o mesmo

conteúdo de forma diferenciada, produz-se uma reelaboração do

conhecimento. Vale ressaltar que, com o advento das novas tecnologias de

comunicação, que vêm transformando as práticas tradicionais de conviver,

trabalhar, educar, e até mesmo de pensar e conhecer novos modelos

educacionais que transformem a atual situação da educação no país exige,

consequentemente, a reflexão sobre a uma nova proposta para a formação

do cidadão.

3.4. Currículo e conhecimento

O currículo do Colégio Estadual Telmo Octávio Muller, está atento às

dinâmicas sociais e culturais, flexibilizando os componentes curriculares,

oportunizando atividades extracurriculares de forma a favorecer a cultura

local, reconhecendo-a como parte do conhecimento necessário para a

aprendizagem dos estudantes. Considera que a concepção de currículo

escolar precisa estar vinculada com temas significativos para a cultura e

realidade em que a escola se encontra. Dessa forma, concordamos que

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar. (VEIGA, 1995, p.26-27).

Atualmente, o país vive um momento de intensa atividade político-

educacional que se dá em razão das determinações legais relacionadas a

reforma do sistema de ensino no Brasil e isso incide no currículo, de forma

abrangente. Vale ressaltar que, além das Diretrizes legais, o currículo precisa

articular e estar atento às mudanças sociais e culturais assim como subsidiar

e direcionar os conceitos que compõe o trabalho na realidade educacional.

Nesse sentido, a reflexão sobre o currículo assume uma centralidade

neste projeto, pois está ligado a consciência de que este não se resume a

conteúdos prontos, mas a uma construção e seleção de conhecimentos e

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práticas expostas às novas dinâmicas e reinterpretadas em cada contexto

histórico. Ainda, não se resume à prática, ou a algumas disciplinas, em

específico. Assim, podemos falar em atividades curriculares. Elas são

atividades principais, visto que referem-se “a transmissão dos instrumentos

de acesso ao saber elaborado” (SAVIANI, 2005, p. 16).

Não podemos falar em crianças e adolescentes, sem considerar as

diferentes representações, hábitos e meios em que vivem, afinal, carregam

marcas da atualidade. Enquanto realidade educativa que trabalha em meio à

desigualdade social, cumpre-nos o papel de unificar a ciência e a técnica,

não se isolando dessa atualidade, da prática social da criança e da

construção de um sujeito histórico. Diante de tais preliminares e de uma

multiplicidade de estudos realizados, é de fundamental importância pensar o

currículo na escola e na sociedade, e indagar: Qual currículo é necessário?

Para qual escola?

A educação, nesse contexto, explicita que os vínculos com os

aspectos sociais, históricos, políticos e econômicos são fundamentais para

pensar uma escola no combate à alienação, visto que estamos envoltos em

uma sociedade de classes, uma sociedade de exclusão. Com efeito, o

currículo dessa escola, volta-se à uma educação que unifica a teoria e a

prática e atenta para as questões sociais, enquanto processor vivo e

dinâmico para despertar a consciência para as questões sociais.

No âmbito da articulação entre o currículo escolar, o Projeto Político-

Pedagógico, o acompanhamento das ações, a avaliação e a utilização dos

resultados, com a participação e envolvimento do coletivo do colégio, a

realidade escolar e familiar dos alunos deve contribuir para orientar as

necessidades educativas transformando-as em currículo, objeto de

planejamento e potencial de conhecimento.

É evidente que nessa sociedade e na realidade que o Colégio Telmo

Müller faz parte - a variedade de culturas acompanha a multiplicidade da

história humana. Assim, não se pode dizer que existe uma totalidade

humana, que os homens são todos iguais. Cada povo tem processos

históricos comuns, mas a individualidade cultural é manifesta em cada

sociedade e grupo social.

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A cultura, entendida aqui como o desenvolvimento das relações de

vivências que incorporam na sua trajetória, fatos, costumes, valores,

materiais produzidos e assimilados pelas diferentes gerações. O respeito

para a diversidade de raças, credos, costumes, enfim a multiculturalidade

presente no espaço escolar. Trata-se de uma conceituação baseada em uma

perspectiva que tem a educação com um fenômeno próprio da humanidade.

Com base em Saviani (2005), cultura é o resultado de toda a produção

humana. “Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e

intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o

processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o

mundo da cultura)” (SAVIANI, 2005, p. 11).

Igualmente, todo conhecimento, na medida em que se constitui em um

sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação,

todo conhecimento está estreitamente vinculado com as relações de poder.

Ao respeitar a diversidade cultural e valorizar a cultura popular e erudita, cabe

à escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um espaço

motivador, aberto e democrático.

O conhecimento, compreendido neste documento, no seu movimento

real – a partir da corrente teórica do materialismo histórico – acontece pela

práxis que expressa justamente a unidade indissolúvel de duas dimensões: a

teoria e a ação. Essa união indissociável é um processo histórico, não linear,

nem neutro. Precisa se expressar no sentido da emancipação e da

descoberta dos mecanismos de opressão do ser humano. Para isso, precisa

compreender as relações não visíveis, isto é, superar o imediato e desvendar

as determinações que constitui aquilo que é fundamental numa perspectiva

histórico/social: a passagem do abstrato ao concreto. Veiga corrobora essa

perspectiva ao afirmar que

[...] a organização curricular para fins emancipatórios implica,

inicialmente, desvelar visões simplificadas da sociedade,

concebida como um todo homogêneo, e de ser humano,

como alguém que tende a aceitar papéis necessários à sua

adaptação ao contexto em que vive (VEIGA, 1995, p. 29).

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Por isso, é necessário pensar as múltiplas determinações no currículo

escolar. Isso implica afirmar que os fatos emergem de processos diversos e

que é preciso buscar as mediações numa dinâmica que constitui a realidade

histórico-social, suas contradições e antagonismos. A partir da compreensão

de Ciavatta (2001), há uma clareza de que o conhecimento precisa partir do

empírico (experiências, observações), passar pelo abstrato (pensamento,

ideias que se distanciam dos objetos) para se chegar ao concreto

(conhecimento histórico que se revela na práxis).

O movimento da construção do conhecimento, enfatizamos, dá-se da

seguinte maneira “parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se

ao concreto” (SAVIANI, 1996, p.4). O concreto então, a partir de Saviani,

pode ser tanto ponto de partida, entendido como concreto-real, como pode

ser ponto de chegada, chamado concreto pensado. O real concreto para

Saviani (1996) é o empírico – o imediato – que é constituído de

particularidades, diversidades, apresentando unidades que são as relações

entre os fenômenos.

A concepção de ciência, presente nesse Projeto Político Pedagógico,

está pautada na evolução do conhecimento e nas formas de sua propagação.

É a presença do conhecimento nas relações humanas que garante a

superação de níveis inferiores de informação, incorporação e uso desses

saberes para que o ser humano possa viver mais criticamente e com

qualidade. A construção da especificidade do colégio significa recuperar sua

razão histórica, cabendo a ela dar sequência ao saber sistematizado, o

conhecimento científico, tendo em vista o processo de transmissão e

assimilação que deve nortear a definição de métodos e processos de ensino

e aprendizagem. Portanto, a ciência também é determinada pelas

necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo

tempo em que nela interfere.

Para um incipiente e vasto pensamento no campo curricular, Young

(2000) aborda algumas formas de percepção de currículo e, dentre elas, uma

abordagem com aspectos que superam a dicotomia entre um currículo

enquanto prática e outro como fato, um dado não modificável. A partir de

Young (2000), situamos nossa intencionalidade educativa em um currículo

que não se limita à prática dos professores, mas elucida o caráter político e

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econômico da educação e transforma a prática e a teoria enquanto aspectos

interdependentes. Um currículo cuja base seja teórica e prática permite a

transformação da prática educativa.

Defendemos que a escola precisa estar capacitada com instrumentos

teórico/práticos. Precisamos, como aponta Gramsci (1982), formar os

intelectuais orgânicos da escola para compreender a conjuntura de uma

sociedade que se constitui historicamente por homens que se modificam e

modificam sua realidade.

3.5. Cuidar e educar

Quanto a concepção cuidar e educar para toda a etapa da Educação

Básica, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica

destacam:

- Art. 6º Na Educação Básica é necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência humana. (BRASIL, 2013, p. 64). - Art. 19. Cada etapa é delimitada por sua finalidade, seus princípios, objetivos e diretrizes educacionais, fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar, pois esta é uma concepção norteadora do projeto político-pedagógico elaborado e executado pela comunidade educacional. Parágrafo único. (BRASIL, 2013, p. 35).

No Ensino Fundamental, o cuidar e educar voltam-se ao aprendizado

dos conteúdos presentes no currículo, para que o aluno possa usufruir dos

bens culturais produzidos historicamente. Além disso, os termos envolvem

aspectos físicos, psicológicos e voltam-se à valorização do aluno enquanto

produtor de cultura. Temos como fundamentos legais:

Artigo 56. A tarefa de cuidar e educar, que a fundamentação da ação docente e os programas de formação inicial e continuada dos profissionais da educação instauram, reflete-se na eleição de um ou outro método de aprendizagem, a partir do qual é determinado o perfil de docente para a Educação Básica, em atendimento às dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas. (BRASIL, 2010, p. 17)

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Nessa direção, as ações do Colégio Estadual Telmo Octávio Müller,

direcionam-se aos sujeitos de direitos que merecem ser respeitadas em

todas as suas diversidade, afinal, não podemos referir-se à educação, sem

considerar o cuidado. São termos indissociáveis quando se pensa em um

aluno como um sujeito de direitos, que está em constante transformação e

aprendizado. Por isso, é necessário avançar na conceituação que temos

sobre a natureza da educação.

[...] o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se formem humanos e, de outro lado e concomitante, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo (SAVIANI, 1984, p.2).

No tocante à infância, ao entender ser este o período que compreende

a fase do nascimento até os dez anos, e que a transição dos anos iniciais,

para os anos finais do ensino fundamental passa por este período, a escola

buscará compreender a adaptação das crianças ao novo espaço, as novas

turmas e ao número elevado de professores que estarão a partir daí tendo

contato com os mesmos.

A orientação pedagógica para os professores que atuarão com os

alunos matriculados no 6º ano visa à compreensão dos limites que a idade

impõe, na necessidade de contatos mais individualizados, na ampliação do

tempo de execução das atividades programadas através do Plano de

Trabalho Docente e que privilegiem a infância em seu período final, a

transição para a adolescência como um período de formação de caráter, o

cumprimento de responsabilidades cada vez maiores, a administração de

conflitos pertinentes a adolescência e as transformações por que passam

físicas, psíquica e intelectualmente nesse período.

É preciso fazer com que a passagem de uma etapa de vida para outra

seja marcada pelo avanço nas conquistas diárias, sem perder de vista a

necessidade de preservação ao lúdico, característico da infância, ao emotivo

que aproxima os seres e garante o contato pessoal.

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Ao adotar posicionamento diferenciado para o 6º ano, etapa em que o

Ensino Fundamental se funde entre o inicial e o final, a escola pretende

valorizar a experiência adquirida na infância e a aprendizagem do 1º ao 5º

ano como aportes para impulsionar novas conquistas.

3.6. Educação em Direitos Humanos

As Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos reforçam e

reconhecem os princípios fundantes da dignidade humana, postas

anteriormente na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional - LDBEN - nº. 9394/96 e em outros textos legais que

reconhecem o a escola como local de promoção dos Direitos Humanos. Com

base nessa afirmativa, temos amparo no Estatuto da Criança e do

Adolescente, em seus artigos 3º e 205 e na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, em seu 2º artigo.

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996) Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1990) Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (BRASIL, 1990)

O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller fundamenta-se na

compreensão que os direitos humanos precisam ser problematizados em

suas múltiplas dimensões – históricos, sociais e culturais – de forma a

propiciar uma visão crítica da sociedade. Além de problematizados, pode

configurar-se no trabalho educativo como uma ação para promover a vivência

dos vários direitos intrínsecos ao ser humano. Isso significa que, para a

formação de uma cultura que preserve os direitos humanos no espaço

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escolar, há a necessidade de um processo de educação orientado para a

mudança social, isto é, uma educação emancipadora.

Pensar uma educação emancipadora que valorize o ser humano em

sua integralidade é trazer a pauta uma educação para a formação de sujeitos

que pensam. Por isso, a importância da escola na perspectiva emancipatória

reside no fato de ser um lugar de apropriação de conhecimento pela classe

trabalhadora. No tocante aos direitos humanos, é nessa perspectiva que

atuará um cidadão comprometido com a mudança daquelas práticas e

condições sociais que impedem o pleno exercício e efetivo respeito aos

Direitos Humanos.

Como percebemos, as leis supracitadas afirmam o desenvolvimento

integral para o desenvolvimento da cidadania. Corroboramos que

A tendência democrática, intrinsecamente, não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar ‘governante’ e que a sociedade o coloque, ainda que ‘abstratamente’, nas condições gerais de poder fazê-lo: a democracia política tende a fazer coincidir governantes e governados, assegurando a cada governado a aprendizagem gratuita das capacidades e da preparação técnica geral necessárias ao fim de governar” (GRAMSCI, 1991, p. 137, grifos nossos).

No modelo de sociedade em que vivemos, o termo cidadania tem sido

destinado a perpetuar as diferenças sociais e/ou tem se restringido à uma

mera participação social. Muito mais que isso, o Colégio Estadual Telmo

Octávio Müller acredita que as ações cidadãs precisam ter um objetivo e

direcionar-se para uma efetiva igualdade social no sentido de superar a

dominação imposta pela sociedade de classes. Assim sendo, reforçamos que

a cidadania compreende a participação dos sujeitos na busca da igualdade,

em seus variados aspectos (MARTINS, 2000). Nesse sentido,

As ações consideradas cidadãs são aquelas que terão como objetivo fundamental a contraposição à direção e dominação imposta na sociedade de classes. Os cidadãos serão aqueles que, passando por um processo educativo que os leve a superar a condição de indivíduo, efetivamente projetar-se-ão na luta política, pois conscientes e organizados coletivamente, buscarão a transformação das estruturas que produzem a desigualdade entre as classes sociais (MARTINS, 2000, p. 58, grifos nossos).

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O aspecto político presente nessa forma de compreender a cidadania

é primordial para a formação em direitos humanos. Efetivá-la é um desafio

constante no qual a escola se propõe para que haja um fortalecimento dos

direitos que protegem e promovem os sujeitos, tanto no que se refere aos

direitos, quanto às responsabilidades sociais.

3.7. Educação Ambiental

Muito embora as preocupações com o meio ambiente começaram a

despontar na década de 70, foi somente no final dos anos 90 que a escola

começou a trabalhar a chamada educação ambiental em seu contexto com

mais ênfase e obrigatoriedade por lei em 27 de Abril de 1999, pela Lei N°

9.795 – Lei da Educação Ambiental, onde em seu Art. 2° afirma:

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999)

Com base na Política Nacional de Educação Ambiental, “entende-se

por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes

e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”

(BRASIL, 1999). Estes processos devem ser tratados de modo sistêmico

favorecendo o diálogo constante, numa abordagem interdisciplinar,

transdisciplinar e transversal com a finalidade de superar a fragmentação e

compartimentação da diversidade dos saberes disciplinares.

Neste sentido, é preciso em consonância com a Política Estadual de

Educação Ambiental

[...] desenvolver práticas integradas que contemplem suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos de saúde, históricos, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais, filosóficos, estéticos, tecnológicos, éticos, psicológicos, legais e ecológicos; divulgar e socializar as informações socioambientais; estimular o fortalecimento de uma consciência crítica sobre as questões ambientais e sociais; promover e incentivar o envolvimento e a participação individual e coletiva (PARANÁ, Política Estaual de Educação Ambiental, 2013).

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Isto é a Educação ambiental faz parte da prática docente, discente,

colaboradores e comunidade do Colégio Estadual Telmo Octávio Müller na

sua busca por ser uma escola sustentável. Deste modo, as questões

ambientais não se restringem à disciplinas específicas, mas perpassam os

Planos de Trabalho docente das diversas áreas e disciplinas do Currículo

Escolar. Assim, são encaminhadas no espaço escolar no âmbito de ações

que contemplem a organização curricular, a gestão democrática e o espaço

físico.

Nos baseamos no pensamento Dias (2004), em que a Educação

Ambiental deve ser um elemento considerável nas teorias e práticas que

fundamentam as ações educativas, tanto nos contextos informais quanto nos

formais, orientando à busca de soluções para problemas da realidade, seja

local ou global. Assim, são necessárias ações que sejam, além de

informativa, prática, de modo a desenvolver e suscitar uma consciência

crítica sobre a problemática ambiental.

3.8. Violências e o Uso de Álcool e outras Drogas em âmbito escolar

As questões sociais estão presentes no espaço escolar e interferem

diretamente na prática pedagógica. Uma das questões presentes nas escolas

é a violência. Pode ser visualizada de forma complexa e multifacetada, como

fenômeno social, histórico, cultural e político. Nesse contexto, as substâncias

psicoativas, o uso de álcool e outras drogas apresentam índices de uso, e o

espaço escolar não pode estar imune a esta questão. Portanto, sabendo que

o ambiente escolar não está mune à violência e ao uso de drogas,

acreditamos que o papel da educação e da prevenção primária com o intuito

de proteger integralmente as crianças e adolescentes.

Para tanto, a escola busca estar atenta e preparada para tratar as

temáticas que suscitam o fazer pedagógico e contemplam temas sociais

contemporâneos, de ordem ambiental, de gênero e sexualidade, referentes

às questões étnico raciais, do enfrentamento à violência e do uso de álcool e

outras drogas. Essa abordagem encontra amparo nas Diretrizes Curriculares

Page 63: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

63

do estado do Paraná que orientam para que os desafios educacionais “sejam

abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada,

articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas e sob o

rigor de seus referenciais teórico-conceituais” (PARANÁ, 2008, p. 26), a partir

de uma prática pedagógica que leve em consideração a dimensão científica,

filosófica e artística do conhecimento.

Para tanto, a citação supracitada permite-nos perceber que os desafios

impostos no dia a dia inserem-se em conteúdos de diferentes disciplinas do

campo curricular, contempladas no Projeto Político Pedagógico. Nesse

sentido, a abordagem desses assuntos dar-se-á através da apropriação dos

conhecimentos presentes no currículo escolar.

Nesse sentido, o Colégio compreende que o enfrentamento a

violência, seja ela por via da repressão física cometida no lar ou até mesmo a

psicológica que transfere para o aprendizado marcas intensas, precisam

estar no foco das orientações do colégio.

O Colégio possivelmente é o melhor lugar para se debater este

assunto, por ter a viabilidade de acesso às crianças, jovens e adultos. E deve

procurar desenvolver formas de prevenção ás drogas e violência, debater

esse assunto com intuito de contribuir com informações que irão ajudar os

jovens, de maneira que sensibilize-os sobre os riscos e perigos causados por

elas.

O combate ao uso indevido de drogas, que já é proporcionado nas

séries iniciais em parceria com a Polícia Militar, precisa ser retomado nas

discussões que se aprofundam nessa etapa do ensino. Reconhecer e manter

um aspecto de combate deverá fazer parte de matérias específicas como

Ciências e Educação Física, onde os aspectos corporais de saúde e

preservação da vida fazem parte dos conteúdos específicos. Portanto é

imprescindível debates e questionamentos que busquem soluções para

amenizar ou erradicar as causas desse problema. O colégio como parte da

sociedade tem um papel importante na formação de cidadãos participativos e

críticos e tal assunto não foge do contexto escolar, afinal, a violência incide

no ambiente escolar e na comunidade em geral.

Page 64: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

64

3.9. Educação Especial

Nas últimas décadas, muitas mudanças e avanços significativos de

ordem institucional e de legislação ocorreram com relação a pessoa com

deficiência, ou seja, na área de Educação Especial. A resolução nº 02/2001,

Conselho Nacional de Educação CEB ( Câmara de Educação Básica), de 11

de setembro de 2001, institui as Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica que em seu art. nº 8, determina que “as

escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de

suas classes comuns”.

Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,

a Educação Especial perpassa todas as etapas da Educação Básica e é uma

modalidade de ensino transversal. Compreendemos que os sistemas de

ensino fornecem a matrícula de todos os estudantes com deficiências

(deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, deficiência visual,

surdocegueira e surdez), transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, e a escola cumpre a organização para o

atendimento educacional especializado, com condições para efetivar uma

educação de qualidade e igualitária.

O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller considera as necessidades

pedagógicas específicas com base nos princípios, éticos, políticos e

estéticos. Mobiliza suas iniciativas proporcionando condições para que os

professores das classes regulares possam estimular e explorar a

potencialidade dos alunos, com uma prática inclusiva.

Para garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno com

necessidades educacionais especiais, na sala de aula do ensino regular, é

preciso que a prática seja baseada nas necessidades, nas potencialidades e

nos interesses desse estudante.

Para a efetivação da educação inclusiva no Brasil é muito importante

que se faça adaptações curriculares de grande e pequeno porte em todo o

sistema educacional. É uma questão social, política e administrativa que

depende de ações conjuntas no processo de inclusão dos alunos com

necessidades educativas especiais.

Page 65: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

65

São considerados recursos de acessibilidade aqueles que garantem as condições de acesso, permanência com participação e avanços na qualidade da aprendizagem dos estudantes da Educação Especial, dentre os quais estão os que apresentam mobilidade reduzida, que necessitam da utilização de materiais pedagógicos diferenciados; de espaços físicos, mobiliários e equipamentos acessíveis; de sistemas de comunicação e informação diversificados, assim como de transportes e outros serviços adaptados (PARANÁ, 2016, p. 61)

Essa reorganização desenvolve a independência e autonomia dos

estudantes, além de ampliar o a acesso às diferentes áreas do currículo

escolar. Ainda, o professor das diferentes disciplinas e o professor que

atende a Educação Especial primam por um trabalho com estratégias

pedagógicas para favorecer a aprendizagem, com enriquecimento do

desempenho acadêmico.

Neste trabalho, estão inclusas salas de recursos multifuncional,

organizadas no período vespertino, alunos com Deficiência Intelectual,

Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento,

Transtornos Funcionais Específicos, como Disgrafia e Dislexia. A sala está

organizada de forma a propiciar a acessibilidade desses alunos com um

espaço que dispõe de mobiliário, materiais didático pedagógicos, recursos

pedagógicos adaptados, equipamentos tecnológicos e uma profissional com

formação para o atendimento adequado às necessidades educacionais

especiais. A legislação vigente estabelece critérios para o Atendimento

Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncional, na educação

Básica.

Page 66: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

66

IV. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)

4.1. Calendário Escolar

O Calendário Escolar do Colégio Estadual Temo Octávio Müller segue

INSTRUÇÃO N° 12/2016 – SEED/SUED. Esta orienta para a construção e

aprovação do Calendário conforme a legislação educacional vigente,

Deliberação 002/02 – SEED/SUED e está fundamentado Lei n° 9394/1996 -

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Que prevê:

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. (BRASIL, LDB, 1996).

O Calendário Escolar é elaborado anualmente pela Secretaria de

Educação do Paraná (SEED) de forma a cumprir a Lei nº 9394/96 onde

determina a carga horária e como deve ser cumprida por todas as instituições

de ensino que ofertam a Educação Básica. Assim sendo, a carga horária

anual é de 800 (oitocentas) horas, distribuídas em 200 (duzentos) dias de

efetivo trabalho escolar com 70 dias de recesso escolar para os discentes e

61 dias para os docentes. Posteriormente, o colégio faz a construção do

calendário escolar atendendo as especificidades do estabelecimento e da

comunidade escolar. Serão considerados dias letivos – Del. Nº 002/02

CEE/PR a Semana Pedagógica (4 dias), Formação Continuada (2 dias),

planejamento (3 dias) e formação disciplinar (1 dia).

Para o curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio –

Formação de Docentes a carga horária é estabelecida conforme Calendário

Nacional de Cursos Técnicos, Lei federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução

004/2010 – SUED/SEED sendo o Parecer 948/2014 do Conselho Estadual de

Educação - CEE: Carga Horária Total de 4.800h/aula e 4.000h/relógio para

implementação simultânea. Esta carga horária de subdivide em 2.400h/aula e

2.000h/relógio para as Disciplinas da Base Nacional Comum, sendo 80h/aula

Page 67: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

67

e 67h/relógio para a Parte Diversificada, já para as Disciplinas da Formação

Específica são 2.400h/aula e 2.000h/relógio.

Para organização e avaliação esta instituição de ensino organiza o

calendário escolar em três períodos denominados de Trimestres.

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 5 6 7 8 9 10 118 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 12 13 14 15 16 17 1815 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 19 20 21 22 23 24 2522 23 24 25 26 27 28 26 27 28 26 27 28 29 30 3129 30 31

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 1 2 3 4 5 6 1 2 3

2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10

9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 1716 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3030

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 1 2 3 4 5 1 2

2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 99 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 1616 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2323 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 3030 31

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 28 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 915 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 1622 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 2329 30 31 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30

31

Dias Dias

44 30

9 12

11 7

6 6

70 6

61

Reunião Pedagógica (noite)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão

ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER - EF

RUA IGNÁCIO FELIPE, 700 - MARMELEIRO - PR Fone(46) 3525 1103 - [email protected]

Turno: MANHÃ/TARDE Curso: ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS

CALENDÁRIO ESCOLAR 2017Considerados como dias letivos – Delib. Nº 02/02 – CEE/PR

Semana pedagógica (04 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (03 dias); formação disciplinar (01 dia)

Janeiro Fevereiro 10 dias – 8 c/a Março 22 dias – 21 c/a

1 Dia Mundial da Paz 28 Carnaval

Abril 18 dias - 18 c/a Maio 21 dias – 20 c/a Junho 20 dias - 19 c/a

14 Paixão 1 Dia do Trabalho 15 Corpus Christi2 1 T iradent es

sem

estr

e

101 d

ias –

96 c

/a

22 Dia da Padroeira

Julho 10 dias – 10 c/a Agosto 23 dias - 22 c/a Setembro 19 dias – 18 c/a

6 dias – 4 c/a0 7 D ia do Funcionário de Esco la 7 Independência

sem

estr

e 1

01 d

ias –

96 c

/aOutubro 20 dias – 19 c/a Novembro 19 dias - 19 c/a Dezembro 14 dias – 14 c/a

12 N . S. A parecida 2 F inados 19 Emancipação Po lí t ica do PR 15 D ia do Pro f essor 15 Proclamação da República 2 5 N at al

20 D ia N acional da C onsciência N egra

Início/Término das aulas Férias / Recessos

Discentes

Férias / Recessos

DocentesPlanejamento

Férias Mês Mês

Recesso Jan/Fev Jan/f érias

Semana Pedagógica julho Fev /recesso

Total

Feriados Dezembro Jul/recesso

Formação Continuada Recessos Dez/recesso

Formação disciplinar Complementação de carga horária – vide versoPlanos de Abandono

Integração Família Escola (vide verso)

Fechamento do Ano Letivo Total Outros recessos

Conselho de Classe (18/05 - 29/08 noite) (04/12 noite)

30

Figura 3: CALENDÁRIO ESCOLA 2017 - COLÉGIO ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER (FRENTE)

Page 68: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

68

07:30 13:15

08:20 14:05

09:10 14:55

10:00 15:45

10:15 16:00

11:05 16:50

11:55 17:40

TURNO

Noite

Noite

Noite

Noite

Noite

Noite

Noite

Diurno

Noite

Noite

Noite

Noite

Tarde

Noite

Noite

Integração entre escolas (TOM/Bom Jesus) 4 H

INFORMAÇÕES

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Início e término de cada aula

Período: MATUTINO Período: VESPERTINO

Início aula - 1ª Aula Início aula - 1ª Aula

2ª aula 2ª aula

3ªaula 3ªaula

Intervalo Intervalo

4ª aula 4ª aula

5ª aula 5ª aula

Término aula Término aula

DATA Atividades de Integração Família/Comunidade/Escolas CARGA HORÁRIA

30/03/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

25/04/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

31/05/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

10/06/2017 Festa Junina 8 H

26/06/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

31/07/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

10/08/2017 Jogos integração pais e alunos 4 H

26/08/2017 Caminhada da Sensibilidade (Escola Entre Amigos) 4 H

04/09/2017 Integração entre as escolas (Atividades Desportivas entre famílias) 4 H

06/09/2017 Noite Cultural (Apresentação de produções didáticos/pedagógicas) 4 H

26/09/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 4 H

30/11/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

26/10/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H

20/11/2017 Integração entre Escolas do Município 6 H

18/11/2017

Figura 4: CALENDÁRIO ESCOLAR 2017 - TELMO OCTÁVIO MÜLLER (VERSO)

4.2. Ações Didático Pedagógicas

Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

9394/96 em seus artigos 14, inciso I do Projeto Pedagógico e 12, inciso I - 13,

inciso I da Proposta Pedagógica, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a

Constituição Brasileira, a Lei nº 10639/03, Lei nº 11645/08 que estabelecem a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, a Resolução

Nº. 07/2010, as Instruções 004/2011, 007/2011 e 008/2011, bem como as

Deliberações do Conselho Estadual de Educação do Paraná, pertinentes ao

Ensino Fundamental de Nove Anos, e as orientações da SEED referentes aos

Desafios Educacionais Contemporâneos e Temas da Diversidade, o Colégio

Estadual Telmo Octávio Müller se propõe a um trabalho, tendo como base a

Page 69: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

69

Pedagogia Histórico-Crítica, respeitando as diferenças individuais e

considerando as peculiaridades das crianças e adolescentes, na faixa etária

atendidas por este nível de ensino, ou seja, Ensino Fundamental anos finais

do 6º ao 9º ano e Ensino Médio Profissionalizante Normal.

Embora os alunos desenvolvam suas capacidades de maneira

heterogênea, a educação tem por função criar condições para o

desenvolvimento integral, considerando, também, as possibilidades de

aprendizagem que se apresentam nas diferentes faixas etárias.

Buscando trabalhar as críticas levantadas junto aos alunos, sobre a

forma de trabalho dos professores, as decisões conjuntas sugerem um

repensar das práticas desenvolvidas no âmbito escolar. Esse repensar será

sistematizado na sequência deste texto.

Os profissionais de educação em suas áreas de atuação procurarão

diversificar as formas de trabalho durante o período necessário para a

aprendizagem, compreendido a partir de 2011 como trimestral, ministrando

aulas expositivas, utilizando transparências sobre conteúdos,

complementando assuntos com vídeos, multimídia, produções coletivas e

individuais. Quando possível, os alunos serão desafiados através de

pesquisas que introduzem ou complementam a compreensão dos conteúdos.

Temas como preconceito, violência, relações etnicorraciais, cultura

africana e indígena, diversidade, educação fiscal, política, sexualidade,

drogas, saúde, meio ambiente, direitos humanos e qualidade e valorização

da vida, serão contemplados nessa proposta de educação.

Serão promovidas gincanas culturais para os alunos, bem como jogos

escolares envolvendo outras escolas e ou adaptados, envolvendo pais e

outros familiares (irmãos), como forma de integrar mais a família e a escola.

As festas tradicionais e comemorações serão realizadas no espaço escolar,

uma vez que o objetivo é preservar a cultura evitando-se o desgaste de

promoções externas, as quais geram maior preocupação e cuidados com os

participantes. Desta forma reduz-se o envolvimento somente aos familiares,

evitando-se conflitos que extrapolem os muros da instituição.

A Escola buscará estimular a valorização e a participação em

apresentações artísticas no âmbito escolar e extra-escolar, demonstrando à

comunidade outras formas de aprendizado. Expor com frequência os

Page 70: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

70

trabalhos dos alunos para que todos que transitam pelo ambiente escolar

possam verificar as práticas adotadas nas aulas.

Buscar-se-á, ainda, promover reuniões pedagógicas com pais, alunos

e professores para informações e discussões de assuntos referentes ao bom

andamento escolar. Desta forma amplia-se o conhecimento da realidade

vivida pelas famílias, possibilitando trabalhar ações que promovam a

cidadania, valorizando o que a comunidade possui culturalmente e

profissionalmente. A escola se coloca como centro de atividades

interacionistas, onde o poder de fala é dividido igualmente com todos os

envolvidos, pois só assim a escola caracteriza-se democrática. Essa

dinâmica vem ao encontro do Projeto Permanente de Participação das

Famílias na Escola, assumido perante a comunidade.

Despertar nas famílias a necessidade de acompanhamento mais

frequente para a verificação do rendimento escolar dos filhos e possível

auxílio nas atividades de reforço, tarefas, trabalhos complementares para a

aferição de notas, já que esta é a cultura mais compreendida pelos pais,

comunicando-os sobre os resultados obtidos nos trimestres sejam em

reuniões, sejam em conversas diretas com os pedagogos da escola,

naqueles casos em que se tornarem necessárias.

Em relação aos problemas de indisciplina em sala de aula, serão

observadas as medidas descritas no Regimento Escolar e no regulamento

interno, podendo ser advertidos e punidos conforme a gravidade dos fatos

apresentados. Esse processo sempre iniciará com a orientação por parte dos

pedagogos na busca de solucionar imediatamente a questão. Caso persistam

as infrações, buscar-se-á respaldo junto ao conselho escolar, os pais e o

conselho tutelar para a tomada de decisões mais severas. Entende-se que a

indisciplina gera o não aprendizado escolar também dos demais colegas de

sala de aula o que precisa ser investigado de forma concreta, pois há que se

garantir a confiabilidade do processo de aprendizagem dos que querem,

como um direito, e incentivar os que não querem, como sendo uma

necessidade emergente.

Em relação às dificuldades de aprendizagem, a escola ofertará reforço

escolar para os alunos do 6º ano e se houver disponibilidade de espaço,

também para as outras séries/ ano, dispondo de profissional capacitado para

Page 71: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

71

a tarefa de construir conhecimentos adotando práticas diferenciadas das

efetivadas em sala de aula privilegiando não somente o currículo, mas outras

habilidades, em período contrário ao das aulas normais. Esse profissional

terá acompanhamento direto dos professores pedagogos bem como dos

regentes de sala de aula, para avaliar rendimentos e sugerir os conteúdos

que necessitam ser trabalhados, passando frequentemente por capacitação

ofertada pela SEED.

Além disso, a escola oferecerá Sala de Recursos Multifuncional para

os alunos que apresentam deficiência intelectual e/ou transtornos

específicos, comprovados através de avaliações psicológicas, neurológicas e

psicopedagógicas, além de atender egressos inclusos de Escolas

Especializadas, funcionando em período contrário, com cronograma e

oferecendo atendimento individualizado.

Para tanto, é preciso garantir as adaptações curriculares pertinentes

em cada caso apresentado em sala de aula, para efetivar possíveis avanços,

utilizando-se de observações permanentes quanto ao domínio dos conteúdos

trabalhados. Também é necessário intensificar a recuperação paralela com a

retomada dos conteúdos do período, os quais não tiveram aproveitamento

satisfatório durante o processo de ensino e aprendizagem.

Conforme a gama enorme de sugestões dadas pelos alunos, pais e

professores, em consultas realizadas durante os anos anteriores, a

organização pedagógica da escola terá que revisar constantemente a

metodologia aplicada em sala de aula, utilizando-se de recursos tecnológicos

disponíveis para diversificar as aulas, saindo da aula meramente expositiva,

para a reflexão, fazendo uso de vídeos, experimentos em laboratórios,

produção de maquetes, passeios, aulas com exposição de conteúdos em

retroprojetor, TV pendrive, projetor multimídia, computadores e softwares

disponíveis na área de educação.

Os professores terão acompanhamento constante de toda a equipe

pedagógica, auxiliando na tomada de decisões, incentivando o uso de novas

práticas adaptadas a nossa realidade.

A metodologia, como já foi citada, buscará contemplar a exposição, a

pesquisa, uso de recursos que venham a tornar a aprendizagem mais real e

interessante. A prática sugerida aos professores e adotada pela instituição

Page 72: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

72

será a da reflexão sobre as ações desenvolvidas, sejam aquelas que

envolvam o desempenho dos conteúdos durante as aulas, bem como

aquelas desenvolvidas na vida social.

O planejamento coletivo dará base para efetuar a interdisciplinaridade

e abrir momentos de discussão onde haja trocas de experiências entre as

disciplinas, enriquecendo, desta forma, o currículo escolar. Sendo assim, os

desafios educacionais contemporâneos e os temas da diversidade deverão

fazer parte das discussões em todas as áreas do ensino desenvolvidas na

escola.

Será promovido festival escolar interno de xadrez através das práticas

de Educação Física, buscando valorizar bem mais a participação e

desempenho como aprendizagens do sujeito, do que estimular somente para

a classificação e premiação.

Promover o resgate de valores com atividades interdisciplinares que

incentivem ações de cunho social, ético e moral, importantes na formação de

nossas crianças e adolescentes.

Utilizar os Laboratórios de Informática e Ciências como recursos para

o desenvolvimento de aprendizagens, tanto relacionadas às matérias do

currículo, como também para a pesquisa e incorporação da tecnologia no dia

a dia de nossos alunos.

Promover viagens de estudo conforme a necessidade dos conteúdos

de História, Geografia e Ciências, ampliando o conhecimento em cada área

estudada, tendo a preocupação com a preservação ambiental, o resgate

histórico e a conscientização da importância da vida. Nessa dinâmica, os

conteúdos referentes ao Paraná serão contemplados, buscando integrá-los

nas discussões das diversas áreas compreendidas, como a cultura, a

economia, a história, fazendo-se a compreensão dos mesmos através das

comparações entre o passado e o momento presente, valorizando assim,

aspectos relevantes da nossa formação sócio-econômico-cultural

paranaense.

A escola desenvolverá trabalhos voltados a Educação Ambiental,

através do projeto de compostagem com o plantio de árvores e hortaliças,

visitas ao Viveiro Municipal, campanhas de sensibilização em relação à

reciclagem, coleta seletiva de lixo, bem como a conservação do ambiente

Page 73: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

73

escolar. Manter o projeto Horta Escolar, implementando a partir de 2012 com

atividades de compostagem de resíduos domiciliares, envolvendo alunos,

professores, equipe pedagógica, desenvolvendo o senso de cuidados com o

meio ambiente, higiene e nutrição, podendo servir para a complementação da

merenda escolar ofertada pela SEED.

Para que a comunidade escolar conheça as práticas de pesquisa e

desenvolvimento de experimentos realizados durante o ano letivo, será

promovida a mostra interdisciplinar em momento a ser definido pelo coletivo.

A valorização e o incentivo a leitura, se dará em todas as áreas do

conhecimento através da implementação do acervo bibliográfico da escola,

promovendo o uso responsável do mesmo, dando continuidade ao calendário

de empréstimo quinzenal de livros.

Será publicado trimestral o Jornal do TOM, com a participação dos

alunos representantes do Grêmio Estudantil e professores na elaboração de

textos, imagens, e informativos de divulgação do trabalho realizado na

Escola.

Dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil na promoção de eventos e

reflexões referentes ao bom andamento escolar, buscando integrar os alunos

no contexto dessas discussões.

A APMF e Conselho Escolar são Órgãos Colegiados, integrados nas

atividades realizadas na escola através do envolvimento dinâmico e efetivo

dos mesmos. É através do Conselho Escolar que todos os segmentos da

comunidade e escola têm para discutir e encaminhar ações que assegurem

às condições necessárias a aprendizagem, para que crianças, adolescentes

e jovens possam ser cidadãos que participem plenamente da vida social.

O Conselho Escolar constitui um espaço de discussão, de caráter

consultivo, deliberativo, fiscalizador, avaliativo e mobilizador, devendo

participar das decisões referentes à programação da escola e organização

financeira, solução de problemas com professores e alunos.

Dentre as principais atribuições do Conselho Escolar, destaca-se a

função de coordenação do coletivo da escola e a criação de mecanismos de

participação, articulação entre os vários segmentos organizados da

sociedade e os setores da escola, constituindo um dos mais importantes

mecanismos de democratização da gestão escolar.

Page 74: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

74

No Ensino Fundamental de Nove Anos o Projeto Político Pedagógico

da escola privilegia o ensino enquanto construção do conhecimento, o

desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno e sua inserção no

ambiente social utilizando, para isso, os conteúdos curriculares da base

nacional comum, os desafios educacionais contemporâneos e os temas da

diversidade trabalhados transversalmente em sua contextualização.

Dois aspectos precisam ser lembrados constantemente com a

implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos. Um deles diz respeito à

compreensão da alfabetização como um momento que dependem todos os

desdobramentos seguintes da vida escolar. Portanto, alfabetizar significa

assumir uma postura política frente ao nosso universo de atuação que inclui o

respeito pelos alunos, confiar na capacidade de desenvolvimento de cada um

deles e de todos, ter criatividade, iniciativa e confiança para, com esse

trabalho contribuir para tornar o mundo melhor.

O segundo diz respeito ao conceito de letramento que resinifica o

conceito de alfabetização, uma vez que as transformações motivadas pelos

setores econômicos e tecnológicos imprimem novas práticas sociais do uso

da escrita. Este conjunto de práticas de comunicação social relacionadas ao

uso de materiais escritos, não envolvem ações de natureza só física, mental

e linguístico-discursiva, como também social e político-ideológica. Portanto,

alfabetização e letramento não são sinônimos, mas também um processo

não exclui o outro, ou seja, se inter-relacionam durante as práticas formais de

ensino e aprendizagem.

O acolhimento dos alunos que se inserem no colégio para a

continuidade do ensino fundamental, anos finais, será feita criteriosamente,

como já vem sendo realizada em anos anteriores, buscando fazê-los

conhecer o espaço físico, a organização pedagógica em reuniões específicas

e de esclarecimento do regimento interno, bem como promovendo na escolha

de aulas para o 6º ano, uma discussão e comprometimento dos profissionais

que ali atuarão a partir de então. É preciso entender que há a necessidade

de um trabalho mais lúdico e num tempo maior para que estes alunos

possam lograr êxitos em suas aprendizagens.

Ainda, iremos ofertar o ensino profissionalizante com o curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Page 75: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

75

Fundamental que foi implementado pois havia grande interesse da

comunidade escolar pela oferta no Colégio Estadual Telmo Octávio Muller

além de um contexto de aumento de estudantes interessados em cursá-lo.

Em relação à Formação Continuada, a escola entende que todos os

profissionais são importantes para a realização dos objetivos propostos e que

grande parte desses objetivos depende da formação ofertada, tanto através

da SEED, como em momentos organizados pela própria escola, ou ainda,

através da busca particular de cada profissional. Os professores serão

estimulados a participar de capacitações à distância, em ambiente e-moodle,

como forma de incorporar novos aprendizados que a atualidade exige.

Os professores são responsáveis pela transposição didática. Cada um

tem papel fundamental, incluindo os Agentes Educacionais no processo

educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas da

vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano

escolar.

Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo

e equilíbrio. Para tanto, garantir-se-á a formação continuada aos profissionais

da educação através de: reuniões pedagógicas organizadas e coordenadas

pela direção e pedagogos, com temas pertinentes a melhoria da

aprendizagem, incentivo à participação em encontros por áreas do

conhecimento, oferecidos pela SEED, NRE e Secretaria Municipal de

Educação, cursos à distância (GTR e outros), palestras, discussões,

dinâmicas, oficinas. Motivação e valorização dos profissionais, independente

do cargo que ocupam, dando condições para desenvolver seu trabalho com

eficiência. Primar pelo trabalho em equipe, direitos e deveres. Trocas de

experiências entre professores, pedagogos, agentes educacionais I e II,

direção e pais de alunos, web-conferências e incentivo a leitura de bons livros

cujo retorno seja a melhoria da qualidade do ensino.

O Conselho de Classe da instituição será órgão coordenador e

avaliador da ação educacional da escola, composto pelo diretor, pedagogos e

professores, além de incorporar alunos e pais, formando um colegiado onde

os mesmos se encontram para discutir o desempenho alcançado ao final de

um trimestre, além de estabelecer critérios para os trabalhos de

acompanhamento, avaliação e recuperação das dificuldades de

Page 76: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

76

aprendizagem, bem como para identificar as causas do não aproveitamento

escolar em determinadas disciplinas. O Conselho de Classe também

analisará informações sobre o caráter pessoal dos alunos e seu desempenho

anterior.

O Conselho de Classe possibilitará a inter-relação de profissionais e

alunos propiciando o debate sobre o processo de ensino e aprendizagem. É

o momento para a análise dos avanços dos alunos, do desempenho dos

professores e da equipe pedagógica onde o diretor é o mediador e tem a

missão de conduzir a reunião de forma democrática.

O conselho de classe será um espaço não só para possibilitar a

análise do desempenho dos alunos, mas também da própria escola, de forma

conjunta e cooperativa, analisada por todos os que integram a organização

escolar (direção, pedagogos, professores, agentes educacionais, pais e

representantes dos alunos) como também proposições para a ação

rompendo-se com as finalidades classificatórias e seletivas a que tem servido

até o momento.

Serão realizados Conselhos de Classe durante o ano letivo,

respectivamente ao final de cada etapa de estudos, ou seja, trimestralmente.

Isso não inviabilizará a realização de pré-conselhos e pós-conselhos como

uma forma abrangente de acompanhar o processo de ensino e

aprendizagem.

A avaliação sendo um processo natural, que permite ter consciência do

que se faz na escola, e da qualidade do que se faz, bem como das

consequências que acarretam tais ações, deve ser entendida como um dos

aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados, com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, contínua, cumulativa,

permanente, inclusiva dando ênfase à atividade crítica, à capacidade de

síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Utilizará de técnicas e

instrumentos diversificados. Os alunos serão submetidos a várias

oportunidades de aferições as quais servirão para os professores detectar os

pontos que necessitam ser novamente trabalhados, repensar sua

metodologia para que o progresso de cada aluno seja realmente alcançado.

Page 77: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

77

Olhar muito mais para os avanços na dinâmica apresentada do que para os

fracassos do período. Para que a avaliação torne-se parte integrante e

fundamental do processo de aprendizagem ela será incorporada às

atividades normais de sala de aula, envolvendo os alunos nesse processo

chamado de auto-avaliação.

A avaliação será trimestral, acompanhando o desempenho dos alunos

durante todo o período através de observações, de produções individuais,

discussões, realizações de provas orais e escritas, bem como pela

participação e interesse em sala de aula. Serão aferidas notas como forma de

mensurar os dados que esclareçam o desempenho para a verificação dos

pais, mas o crescimento ao longo do período será a melhor investigação de

avaliação.

Ensinar, aprender e avaliar não serão momentos separados, um

acompanhará o outro, formando um contínuo em interação permanente ao

andamento normal das aulas. Ela, a avaliação, representará um meio

imprescindível para a verificação da aprendizagem. Ao avaliar, olha-se para

trás e percebe-se que é preciso rever o programa, retificar, buscar outros

caminhos, lançar novas indagações.

A avaliação deverá estar sempre presente, pois é ela que indicará o

caminho a seguir na implementação do currículo e no desenvolvimento dos

processos que isso envolve. Dessa forma a avaliação deverá ser usada

sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar;

observando sempre o crescimento do aluno, pois ele deve ser o centro de

todas as ações.

As formas de registros das avaliações serão através de textos

produzidos, resumos referentes aos conteúdos, provas escritas sobre a

matéria, exposições orais e escritas sobre conteúdos, participação efetiva

durante todo o processo de ensino e aprendizagem, além de produção de

materiais (maquetes, experimentos), quando se fizer necessário. Como esse

processo precisa ser contínuo, a periodicidade das avaliações terá que ser

continuamente observada. Produções diárias serão motivos de registro,

testes frequentes, enfim, a observação diária valerá como diagnóstico sobre

a aprendizagem.

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78

A recuperação paralela a este processo acontecerá com a retomada

dos conteúdos, que por ventura encontrar-se com defasagem em relação aos

demais. Para isso, cada professor, munido de seu Plano de Trabalho

Docente, verificará as possíveis estratégias que, diferentemente daquelas já

utilizadas em sala de aula, possam surtir melhores resultados de

aprendizagem.

Para efeitos de aprovação ou retenção de alunos, considerar-se-á as

médias obtidas durante os trimestres, registradas de 0 a 10, divididas pelo

número de trimestres (3).

O Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP – será um programa

de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam na

escola e o corpo discente, a executar ações de prevenção de incêndios,

desastres naturais e situações de riscos nas Escolas.

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contra

turno é o programa que visa a expansão de atividades pedagógicas

realizadas na escola como complementação curricular no horário contrario ao

turno, a fim de atender as especificidades da formação do aluno e da sua

realidade. Viabilizando o acesso, permanência e participação dos educandos

em atividades pedagógicas de seu interesse, e assim possibilitando aos

mesmos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com

colegas, professores e comunidade. Para o ano de 2011, o projeto será sobre

“jogos de tabuleiro”.

A Escola Estadual Telmo Octávio Müller buscará com este Projeto

Político Pedagógico contemplar as ideias e sugestões que aqui foram

registradas, abrindo-se para ser este um espaço de várias aprendizagens e

ao mesmo tempo retomadas de discussões que possam ir se construindo no

decorrer de sua implantação. Assim, a responsabilidade na educação como

construção de conhecimentos científicos será meta da instituição. Os

problemas que extrapolam a competência dos profissionais sejam eles

professores, pedagogos, serão encaminhados para o Conselho Tutelar de

nossa cidade para as medidas cabíveis em cada caso específico, pois a

escola precisa recuperar a sua função de “local do conhecimento”, já que ali

estarão reunidos diversos profissionais de várias áreas do conhecimento para

trabalharem rumo à construção da cidadania.

Page 79: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

79

Ainda será verificada a frequência dos alunos faltosos ou desistentes

para o preenchimento e encaminhamento ao Programa de Combate ao

Abandono Escolar (PCAE) e Rede de Proteção, como medida preventiva ao

abandono (evasão) escolar.

Em relação aos aspectos físicos, o gestor escolar continuará

investindo nas melhorias necessárias ao ambiente, como já foi implantado o

projeto de arborização, jardins e folhagens e colocação de mesas, além da

ampliação da sala ambiente como um novo espaço pedagógico.

A valorização do ser humano, como um ser de relações sociais, exige

que as ações escolares se pautem na orientação quanto ao combate ao uso

indevido de drogas, ao enfrentamento à violência dentro e fora da escola,

bem como para a conscientização quanto à educação fiscal e ambiental.

Merecem ser trabalhados ainda, temas da diversidade como gênero,

sexualidade e relações étnico-raciais e afrodescendentes, os quais passarão

a compor momentos de discussão, quando esses assuntos perpassarem na

transversalidade dos conteúdos das disciplinas.

Portanto, o colégio não criará projetos específicos, para o trabalho com

os desafios sociais contemporâneos, uma vez que esse afastamento das

disciplinas afins poderá causar rupturas, enfraquecendo a possibilidade de

avanços na sensibilização para os temas em questão.

4.3. Ações referentes à Flexibilização Curricular

O trabalho docente deve estar pautado na legislação educacional

nacional e estadual, embasado nas Diretrizes Educacionais e cumprindo com

a Base Nacional Comum Curricular e deste parâmetro observando a Matriz

Curricular Escolar iremos adequar o Currículo Escolar a realidade da nossa

comunidade. Quanto à flexibilização curricular podemos citar a

suplementação ou complementação curricular, adaptando a necessidade

educacional dos alunos. Para tanto, oportunizaremos programas e projetos

curriculares de contra turno visando o pleno desenvolvimento dos alunos.

Sendo assim, iremos orientar e “cobrar” a elaboração e implementação

do Plano de Trabalho Docente e Plano de Aula do professor, observando sua

Page 80: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

80

prática em relação ao desenvolvimento dos alunos. Promover uma aula

criativa, deixando claros seus critérios e objetivos com diferentes estratégias

de ensino.

4.4. Flexibilização Curricular na Educação Especial

Para tratar a flexibilização curricular na educação especial, no caso no

atendimento educacional especializado na Sala de Recursos Multifuncional

iremos descrever aqui o atendimento, que deve cumprir o que prevê a

Instrução Nº. 07/2016 – SEED/SUED:

Estabelece critérios para o Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais - SRM deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos nas instituições que ofertam Educação Básica na rede pública estadual de ensino (PARANÁ, Instrução nº 07.2016 – SEED/SUED, 2016).

O atendimento aos alunos que apresentam Deficiência Intelectual,

Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e

Transtornos Funcionais Específicos se dará na Sala de Recursos

Multifuncional – SRM, sendo uma oferta de natureza pedagógica que

complementa a escolarização no ensino comum na rede pública estadual.

Conforme a instrução nº 07/2016 – SEED/SUED o público para

atendimento na SRM será comprovado através da avaliação de contexto

escolar e laudo médico ou psicológico. Segue abaixo a caracterização do

atendimento ao aluno:

Nos casos de Deficiência intelectual - DI: Em conformidade com a

Associação Americana de Deficiência Intelectual, estudantes com deficiência

intelectual são aqueles que possuem incapacidade caracterizada por

limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento

adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais,

originando-se antes dos dezoito anos de idade. Após ingresso na sala de

recursos multifuncional (avaliação pedagógica e psicológica) o atendimento

deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita,

interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,

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81

medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento,

considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais,

acrescida necessariamente de parecer psicológico com o diagnóstico da

deficiência.

Para alunos com Deficiência física neuromotora - DFN: aquele que

apresenta comprometimento motor acentuado, decorrente de sequelas

neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na

coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar

no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se

comunicar ou para comunicação. O atendimento do aluno na SRM (mediante

avaliação pedagógica e clinica) deverá enfocar aspectos relativos à aquisição

da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de

numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do

desenvolvimento, considerando ainda, a utilização da comunicação

alternativa para escrita e/ou para fala, recursos de tecnologias assistivas e

praticas sociais, acrescida de parecer de fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Em

caso de deficiência intelectual associado, complementar com parecer

psicológico.

Quanto aos casos de Transtornos globais do desenvolvimento -

TGD: estudantes com diagnóstico de transtorno do espectro autista e

psicoses que apresentarem dificuldades de aprendizagem em decorrência de

sua patologia. Para o atendimento na SRM (avaliação psiquiátrica e avaliação

pedagógica) deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e

escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,

medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida

necessariamente por laudo psiquiátrico ou neurológico e complementada

quando necessário, por parecer psicológico.

E ainda os casos de Transtornos funcionais específicos - TFE:

Refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o

comprometimento intelectual. Diz respeito a um grupo heterogêneo de

alterações manifestadas por dificuldades significativas:

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82

a) na aquisição e uso da audição, linguagem oral, leitura, linguagem escrita,

raciocínio, habilidades matemáticas, atenção e concentração;

b) Distúrbios de aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia;

c) Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH.

Para o atendimento (avaliação pedagógica e clinica/neurológica):

- Distúrbios de aprendizagem – (dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia),

deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita,

interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,

medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida de

parecer de especialista em psicopedagogia e/ou fonoaudiológico e

complementada quando necessário, por psicólogo.

- Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH deverá enfocar

aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,

produção de textos, sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros,

bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida de parecer neurológico

e/ou psiquiátrico e complementada quando necessário, por parecer

psicológico.

Quanto a organização dos atendimentos será em forma de

cronograma no contra turno do ensino regular, conforme orientação da

SEED/DEE, de forma a oferecer o suporte necessário às necessidades

educacionais especiais dos estudantes, consonante a área específica,

favorecendo o acesso ao conhecimento. Para os estudantes que

apresentarem faltas consecutivas, não justificadas, a instituição de ensino

deverá acionar a família para o retorno do estudante no Atendimento

Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais, ou

mediante apresentação e assinatura de justificativa pelos pais/responsáveis,

desvincular o estudante do atendimento educacional especializado. Vencidos

os obstáculos de acesso ao currículo, o estudante deverá ser desvinculado

da Sala de Recursos Multifuncionais. O professor da Sala de Recursos

Multifuncionais deverá dar continuidade ao trabalho colaborativo com os

professores das disciplinas, na hora atividade, monitorando o desempenho

Page 83: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias

83

do estudante mesmo após o seu desvínculamento do atendimento

educacional especializado.

Os critérios para organização pedagógica da sala de recursos

multifuncionais para planejamento das intervenções pedagógicas devem

caracterizar como um instrumento que proporcionem as condições de

aprendizagem do estudante e a sua relação com a aprendizagem dos

conteúdos acadêmicos. Os procedimentos selecionados devem permitir uma

análise do desempenho pedagógico oferecendo subsídios tanto para o

planejamento, quanto para a aplicação de novas estratégias de ensino que

oportunizam aos estudantes alcançarem os objetivos propostos pelos

professores das disciplinas.

O processo de avaliação pedagógica constitui-se em um instrumento

eficaz para identificar como o estudante aprende, com vistas a responder às

suas necessidades educacionais especiais, quais os conhecimentos prévios

que o aluno traz e quais os conteúdos que estão defasados e que impedem a

aprendizagem dos conteúdos acadêmicos trabalhados no seu ano atual de

matricula.

Para tanto, a Instrução 07/2016 – SEED/SUED orienta na p. 8, que

deverá ser elaborado um Plano de Atendimento Educacional

Especializado – (este documento deverá ser elaborado pelo professor

especialista em educação especial quando do ingresso do estudante na Sala

de Recursos Multifuncionais, e realimentado após cada conselho de classe,

conforme orientações técnicas da SEED/DEE). Consiste em uma proposta de

intervenção pedagógica elaborada a partir das informações da avaliação

pedagógica (potencialidades, possibilidades, capacidades e necessidades),

conforme expectativas de aprendizagem prevista para o ano de matrícula do

estudante no ensino comum, contendo objetivos, ações/atividades, período

de duração, resultados esperados, de acordo com as orientações

pedagógicas da SEED/DEE. A elaboração do Plano de Atendimento

Educacional Especializado deve envolver o professor da Sala de Recursos

Multifuncionais, professores das diferentes disciplinas, mediado pela equipe

pedagógica e quando necessário por profissionais que acompanham o

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84

desenvolvimento do estudante (profissionais externos à Instituição de

Ensino).

O colégio oferta ainda flexibilização curricular para alunos com Altas

Habilidades/Superdotação e para tanto seguimos as orientações da

INSTRUÇÃO N° 010/2011-SUED/SEED que estabelece critérios para o

funcionamento da SALA DE RECUROS MULTIFUNCIONAL TIPO I para a

Educação Básica na Área das Altas Habilidades/Superdotação.

A Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação é um espaço organizado com materiais didático-pedagógicos, equipamentos e profissional(is) especializado(s) onde é ofertado o atendimento educacional especializado que visa atender às necessidades educacionais dos alunos público-alvo da Educação Especial na Rede Pública de Ensino (PARANÁ, Instrução nº 010/2011 – SUED/SEED, 2011).

A flexibilização curricular para os alunos que necessitarem de

atendimento às necessidades educacionais especiais com indicativos de

altas habilidades/superdotação matriculados e frequentando sala comum da

educação básica na rede pública de ensino, será ofertada aos que requeiram

ampliação ou suplementação dos conteúdos escolares ou aos alunos que

sejam identificados a partir da avaliação pedagógica no contexto escolar, que

possibilita o reconhecimento das necessidades educacionais especiais do

aluno.

O enriquecimento curricular será realizado observando o que diz a

Instrução 10/2011 – SEED/SUED:

A Sala Recursos Multifuncional - Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação deverá ser organizada com materiais didáticos de acessibilidade, equipamentos tecnológicos e mobiliários que compõem um kit disponibilizado pelo MEC, bem como de outros recursos pedagógicos específicos e adaptados que devem ser adquiridos pela escola ou mantenedora. Entre estes, destacam-se jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulem a criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos (PARANÁ, Instrução nº 010/2011 – SUED/SEED, 2011).

O atendimento educacional especializado deverá ser realizado por

cronograma no contra turno, podendo ser individual ou em grupos, de forma

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85

a oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos

alunos, favorecendo e ampliando seu acesso ao conhecimento. Os

atendimentos realizados em grupo deverão ser organizados e reorganizados

por faixa etária e/ou interesse e/ou habilidade conforme as necessidades de

aprendizagem dos alunos. Na Sala Recursos Multifuncional Tipo I para Altas

Habilidades/Superdotação atenderemos alunos matriculados no colégio e,

havendo vagas, alunos de outras escolas públicas do município.

Para ingressar na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas

Habilidades/Superdotação será necessário o parecer pedagógico que indicou

este atendimento especializado e o relatório de atendimento pedagógico do

aluno elaborado a partir do conselho de classe, conforme regimento escolar.

Já para o desligamento do aluno O desligamento do aluno da Sala de

Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação deverá

ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor do

referido serviço, juntamente com a equipe pedagógica, devendo o mesmo,

ser arquivado na Pasta Individual do aluno.

A avaliação para a identificação das altas habilidades/superdotação

será realizada sempre que necessário, no contexto escolar do ensino

comum, através da observação direta e sistemática das expressões de

habilidades, interesses, capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica

específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento

especial para as artes e capacidade psicomotora, podendo ser

complementada com laudo psicológico.

Quanto à avaliação processual, será realizada para acompanhar o

desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de intervenção. Para

tal, sendo observadas pelos professores envolvidos no processo, em 3

principais ambientes: Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas

Habilidades/Superdotação, contexto escolar e família, o registro será

semestral denominado Relatório de Acompanhamento Pedagógico (anexo

18). Os avanços acadêmicos do aluno, tanto na classe comum como na Sala

de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação,

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86

serão registrados em relatório pedagógico, elaborado a partir do conselho de

classe.

4.5. Proposta Pedagógica Curricular

Constitui-se de um documento que fundamenta e sistematiza a

organização do conhecimento no currículo. Expressa os fundamentos

conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina/componente

curricular/áreas do conhecimento, elencados na Matriz Curricular, assim

como os conteúdos de ensino dispostos de acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação

Básica para a Rede Estadual de Ensino e demais leis vigentes (Anexo VI, da

Instrução 003/2015 SUED/SEED) por etapas e modalidades de ensino.

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Telmo

Octávio Müller – Ensino Fundamental e Normal está de acordo com as

etapas (Ensino Fundamental II e Médio) na modalidade de Educação

Profissional, constituídas pelos fundamentos conceituais, metodológicos e

avaliativos de cada disciplina/componente curricular conforme proposta

adotada, e pelos respectivos conteúdos de ensino dispostos de acordo com a

legislação educacional vigente.

Para o Ensino Fundamental II – series finais a Matriz Curricular

fixada de acordo com a LDB Nº. 9394/96 e Base Nacional Comum Curricular

garante o ensino das quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências

da Natureza, Ciências Humanas e Ciências Exatas. Estas áreas se

distribuem em disciplinas/componentes curriculares, sendo: Arte, Ciências,

Educação Física, Ensino Religioso (disciplina de matrícula facultativa para o

aluno) Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Língua

Estrangeira Moderna – Inglês, com carga horária semanal de 25H para cada

série/ano, totalizando 800h/aula no ano.

4.6. Proposta Pedagógica Curricular – Elementos

A organização da Proposta Pedagógica Curricular do Colégio é

referenciada pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e deverá

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87

compor um novo documento para cada Curso e respectivas disciplinas/

Componentes Curriculares onde serão programados os conteúdos a serem

lecionados em cada período do ano letivo. Neste documento (PPC) consta a

apresentação ou justificativa de cada disciplina; os objetivos geral e

específicos; a lista de conteúdos estruturantes, básicos e específicos,

encaminhamento metodológicos, avaliação e referências bibliográficas.

Para a apresentação/justificativa o documento deverá citar os

aspectos históricos que justificam a importância dos conhecimentos de cada

disciplina para a formação integral do aluno.

Os objetivos devem direcionar e nortear o trabalho pedagógico em

cada disciplina considerando o conhecimento necessário para cada conteúdo

e o nível de apropriação por parte do aluno.

Os conteúdos seguem a seleção prevista na Diretriz Curricular de cada

disciplina/componente curricular e divididos conforme períodos de avaliação

do estabelecimento de ensino (Trimestres), que posteriormente farão parte do

Plano de Trabalho Docente do Professor.

O encaminhamento metodológico das disciplinas ofertadas no curso

leva em consideração o desenvolvimento/idade/interesse dos alunos, e as

habilidades que os mesmos deverão dominar, além dos princípios científico-

tecnológicos e metodológicos que presidem a produção moderna, os

conhecimentos específicos, de modo que seja garantida uma educação de

qualidade para as crianças e adolescentes do Ensino Fundamental séries

finais e jovens/adultos para o Curso Formação de Docentes.

Quanto à avaliação esta é diagnostica e formativa, devendo atender

aos objetivos propostos e cumprindo o que determina o Regimento Escolar

quanto aos registros no Sistema de Registro de Classe Online. Ou seja,

Aritmética, Trimestral, no mínimo duas avaliações com duas recuperações

respectivamente, prevalecendo a nota mais alta.

Já as referências bibliográficas em cada PPC devem compor todo o

material de pesquisa e recursos bibliográficos consultados para a elaboração

da Proposta de Ensino, devendo atender as normas da ABNT atualizada.

O curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos

Iniciais do Ensino Fundamental foi implementado no Colégio Estadual Telmo

Octávio Müller num contexto de aumento de estudantes interessados em

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88

cursá-lo e da percepção da carência de profissionais para atuar na

modalidade da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Além disso, o colégio recebe apoio da prefeitura municipal representado pelo

oficio enviado pelo Senhor Prefeito, assim como o manifesto expedido pelo

Departamento Municipal de Educação que mostra o interesse e

reconhecimento da necessidade deste curso para a cidade de Marmeleiro.

Tal modalidade irá suprir a falta de profissionais habilitados para atuarem na

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental através de um curso

profissionalizante, com um trabalho contínuo e significativo.

Os componentes curriculares do curso, apresentados com maior

clareza em nossa Proposta Curricular, dividem-se em: Componentes

curriculares da base nacional comum, a parte diversificada e formação

específica. Da base nacional comum: Biologia, Educação Física, Filosofia,

Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e

Sociologia. Da parte diversificada: Língua Estrangeira Moderna; e da

Formação específica: Concepções Norteadoras da Educação Especial,

Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação, Fundamentos

Históricos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação

Infantil, Fundamentos Psicológicos da Educação, Libras, Literatura Infantil,

Metodologia de Alfabetização, Metodologia do Ensino de Arte, Metodologia

do Ensino de Ciências, Metodologia do Ensino de Educação Física,

Metodologia do Ensino de Geografia, Metodologia do Ensino de História,

Metodologia do Ensino de Matemática, Metodologia do Ensino de Língua

Portuguesa, Organização do Trabalho Pedagógico, e Prática de Formação e

Trabalho Pedagógico na Educação Infantil.

O encaminhamento metodológico das disciplinas ofertadas no curso

leva em consideração que os profissionais que irão atuar com a Educação

Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental deverão dominar os

princípios científico-tecnológicos e metodológicos que presidem a produção

moderna, os conhecimentos específicos, de modo que seja garantida uma

educação de qualidade para as crianças da Educação Infantil e dos Anos

Iniciais do Ensino Fundamental. Deverão também, serem profissionais

articuladores de conhecimentos pelo processo de interação entre os sujeitos

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89

da aprendizagem na perspectiva de uma prática consciente e

transformadora.

O sistema de avaliação no Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

Modalidade Normal, segue as Orientações Curriculares do Estado do Paraná,

documento específico para o curso, no entendimento de que avaliar é um ato

constante e formador do desenvolvimento humano. Ainda possui uma

dimensão criadora na medida em que trabalha com o novo, que permite o

construir, reinventar e combinar ante a um significado cultural aceito pela

sociedade.

A dimensão pedagógica da avaliação no curso, revelará resultados

que servirão de subsídios para a retomada de conteúdos, implementação de

novas práticas, impulsão para novas análises de conteúdos e futuras

avaliações, imputadas na práxis pedagógica da formação do novo

profissional, portanto predominarão os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

Como resultados de aprendizagens, os alunos passarão por

avaliações com uso de diferentes instrumentos que demonstrem

conhecimentos adquiridos, resultado de memorizações em estudos

programados, apresentações, sínteses, produções textuais, organização e

elaboração de materiais entre outros, com critérios formulados pelos

professores e que traduzam-se em médias numéricas, conforme o sistema de

promoção está organizado.

O período avaliativo é trimestral, com um número mínimo de duas e

máximo de dez avaliações e recuperações. A regra de cálculo é a média

aritmética. Será considerado aprovado para promoção de ano, o aluno que

atingir média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) nos trimestres de cada

ano letivo.

O processo de recuperação, conforme legislação vigente será

concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, sempre que se

evidenciar baixo rendimento nos estudos, formulado através de novas

práticas diferenciadas que instiguem os alunos para a compreensão dos

conteúdos em estudo. Cada profissional, no âmbito de suas disciplinas de

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90

domínio, apresentarão através do Plano de Trabalho Docente, a forma como

se dará esta recuperação.

Compreendo a educação como um todo, sendo de responsabilidade

da família e do Estado, mas que se materializa na escola como educação

formal, onde vivenciamos as mudanças e padrões sociais, de forma

ideológica formamos cidadãos que precisam saber lidar com intensas

transformações causadas por um processo de desenvolvimento tecnológico

acelerado.

Analisando história da sociedade brasileira, formada pela

miscigenação de culturas africanas, europeias e indígenas e marcada pela

relação de poder da classe dominante sobre a classe trabalhadora. Com o

processo de transformação na relação de trabalho e nos meios de produção,

provocadas pela revolução tecnológica e impulsionadas pelo consumismo,

sabendo disso, podemos compreender a intencionalidade do ato educativo

que torna a escola um instituição de manutenção desta realidade.

Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, através

da Resolução 07/2010 do Conselho Nacional de Educação, que fixa diretrizes

curriculares para esse novo modelo educacional, ampliam-se as

possibilidades de atendimento, de discussão em relação às práticas

pedagógicas para a infância e adolescência, bem como a compreensão de

uma nova estrutura de atendimento comprometida com a qualidade na

educação básica.

Quanto ao conhecimento historicamente acumulado, cultural e

científico produzido pelo homem durante seu processo de evolução e que

será lecionado, a fim de formar cidadãos críticos, criativos e participativos nas

questões sociais, econômicas, políticas e culturais que possibilitem ao sujeito

trabalhar individual e coletivamente.

Pensando nas características sociais já citadas e compreendendo a

escola pública, gratuita e de qualidade, entendemos que esta precisa ser

entendida e defendida por todos. Sendo assim, procuramos elaborar a

presente proposta pedagógica coletivamente, fundamentada na Pedagogia

Histórico–Crítica, atentando para a metodologia questionadora da prática

social inicial para a problematização e posterior instrumentalização dos fatos,

possibilitando aos educandos a catarse ou síntese e prática social final

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visando à transformação social.

4.7. Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Ampliação de Jornada

Por entender-se um currículo inclusivo esta a proposta foi elaborada

com a intenção de atender a diversidade em todas as formas de educação

necessárias, seja para os alunos que apresentem alguma deficiência ou

transtorno de aprendizagem, ou mesmo para alunos em condição de risco e

vulnerabilidade social, tenham as mesmas condições para aprender e se

desenvolver. Portanto, aos que necessitam de adaptações curriculares, sejam

elas de pequeno, médio e grande porte, as mesmas serão devidamente

incorporadas nas práticas de cada disciplina, cabendo aos professores

entender quais as reais necessidades de cada um e incluí-las na dinâmica do

seu ensinar através da elaboração do Plano de Trabalho Docente (anexo

16).

Os programas que compõem a Educação Integral em turno

complementar devem contemplar na PPC todas as atividades de

complementação curricular ofertadas ( Empreendedorismo, Sala de Recursos

Multifuncionais, Novo mais Educação e Futuro Integral) respeitando a mesma

estrutura definida para as demais PPCs/disciplinas/componentes curriculares.

A carga horária de cada programa respeita a necessidade da

atividade sendo o Empreendedorismo 160h/aula no ano letivo. O Programa

Novo Mais Educação de Língua Portuguesa contempla (160h/aula),

Matemática (160h/aula), Leitura (120h/aula), Música (120h/aula) e

Teatro(120) para o ano letivo. A Sala de Recursos Multifuncional deverá

atender por cronograma, portanto não especifica a quantidade de horas/aulas

mínimas para o ano letivo, assim como o programa Futuro Integral também

não especifica a carga horaria.

Quanto aos desafios educacionais contemporâneos e os temas da

diversidade, compreendidos como: o enfrentamento à violência na escola, a

prevenção ao uso indevido de drogas, a educação ambiental, a educação

fiscal, a educação para as relações étnico raciais, afro descendência e

gênero, serão trabalhados de forma a inserir-se nas discussões de todas as

disciplinas desta proposta de forma que possam articular-se aos conteúdos

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de cada uma delas complementando-os. Da mesma forma serão

contemplados conteúdos referentes a educação para os direitos humanos,

como uma prática efetiva de promoção a justiça, a igualdade, liberdade e

expressão.

Portanto, cabe aos profissionais da educação estudar, entender,

dinamizar e propor através das aulas e suas diferentes metodologias o

entendimento dos conteúdos dessa proposta, os quais emanam das

Diretrizes Curriculares Estaduais e que passaram por longo processo de

discussão e entendimento.

Sendo assim, essa proposta pretende contemplar os anseios de uma

comunidade escolar oriunda da classe trabalhadora, pertencente a um

espaço geográfico em desenvolvimento, com muitos problemas estruturais de

ordem econômica e social, os quais tem sido influentes no momento da

elaboração de estratégias de ensino e aprendizagem.

V. Plano de Curso Profissionalizante: Formação de Docentes – Normal

Visando resgatar a formação dos professores e consequentemente a

melhoria da qualidade da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, o Colégio Estadual Telmo Octávio Müller – Ensino

Fundamental e Normal, localizada na Rua Ignácio Felipe, 700, Centro de

Marmeleiro/PR, considerando a disponibilidade de espaço físico no período

diurno, a demanda de alunos interessados (conforme pesquisa realizada no

município), a existência de professores no estabelecimento e no município

habilitados para integrar o corpo docente do curso, solicitou a Implantação do

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos Iniciais do

Ensino Fundamental, na modalidade Normal, em nível Médio para o ano de

2018.

Tem amparo na LDB 9394/96, especificamente em seu artigo 62:

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de

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educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal.

Com isto, o Curso Normal, forma docentes para atuar na Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como perspectiva o

atendimento a crianças, jovens e adultos. Assim, além de assegurar titulação

específica que habilita, o curso tem também a validade do Ensino Médio para

eventual prosseguimento de estudos. Desse modo, a oferta do curso Normal

atende o que prescreve a lei.

A Escola Estadual Telmo Octávio Müller está localizada em um ponto

estratégico e centralizado, podendo atender os municípios de Flor da Serra

do Sul e Renascença. As instalações estão em ótimo estado, dentro dos

padrões e aptas para o atendimento ao aluno cadeirante. Dispomos também

de Laboratório de Informática, com 30 computadores com acesso a internet.

O Laboratório de Ciências é um recurso pedagógico que se utiliza

constantemente. O acervo existente na Biblioteca atende as necessidades

bibliográficas específicas exigidas pela Proposta Pedagógica Curricular do

curso.

O acervo de brinquedos está planejado e organizado de forma a

atender as especificidades do curso, onde o brincar como processo educativo

demonstra que ao se trabalhar ludicamente os conteúdos apresentados à

criança possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da

fantasia e dos sentimentos.

[...] A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995, p.11)

Salientamos o apoio recebido da Prefeitura Municipal, representado

pelo oficio enviado pelo Senhor Prefeito, destacando a carência de

profissionais para atuar na modalidade, assim como o manifesto expedido

pelo Departamento Municipal de Educação que mostra o interesse e

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reconhecimento da necessidade deste curso para a cidade de Marmeleiro, a

fim de suprir a falta de profissionais habilitados para atuarem na Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O município vizinho, Renascença, também manifestou apoio à

abertura do curso na cidade de Marmeleiro. Haja vista que possuem o

mesmo interesse: o de oportunizar esta formação aos alunos interessados e,

também atender a necessidade de profissionais qualificados para atuar como

docentes na Rede Municipal de Ensino. Cabe ressaltar que este município

apresenta a disponibilidade de oferecer o transporte escolar.

O município de Marmeleiro possui atualmente 14 mil habitantes, 06

Escolas Municipais, 02 Centros Municipais de Educação Infantil – CEMEIs e

01 escola particular, o que totaliza 23 turmas de Educação Infantil e 72

turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para realização da Prática

de Formação e possibilidade de ingresso profissional dos alunos egressos.

Ainda, a oferta do curso Normal no município de Marmeleiro/PR se

justifica pelo fato de que existe a inviabilidade dos alunos frequentarem o

curso de Formação de Docentes ofertado no município de Francisco Beltrão,

pois há dificuldade de deslocamento devido o elevado custo com transporte

em linha intermunicipal e, também, o desprendimento de maior tempo o que

compromete a frequência dos estudantes e, neste sentido os inviabiliza de

fazerem tal formação. Ressaltamos ainda, o interesse do Poder Executivo em

oferecer este curso profissionalizante no município de Marmeleiro, atendendo

as sua comunidade e demanda.

Mediante o exposto nos documentos apresentados, a Escola possui

todas as condições de estrutura física e recursos pedagógicos necessários

para atender a Proposta Pedagógica do Curso com qualidade e

comprometimento.

Quanto aos docentes do curso, reforçamos que há profissionais para

ministrar as disciplinas específicas e complementamos que existem

profissionais para atuarem na base nacional comum, devidamente

habilitados, com especialização, PDE e Mestrado.

Nesta perspectiva, a escola visa oferecer aos estudantes um curso de

ensino médio profissionalizante local, que oportunize a continuidade e

aprofundamento do trabalho desenvolvido junto aos alunos, mantendo os

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vínculos afetivos e de aprendizagem, uma vez que estes permanecerão em

contato com professores da escola por mais tempo.

Destacamos que o Colégio Estadual Telmo Müller tem 63 anos de

história junto ao município de Marmeleiro, o qual se desenvolve atualmente

de maneira exponencial. Acreditamos que a escola não pode ficar alheia a

esta realidade e, portanto temos o compromisso de contribuir para com os

avanços e neste sentido a clareza da importância de atender as demandas

educacionais existentes, como por exemplo, a oferta do Curso de Formação

de Docentes.

Os profissionais que irão atuar com a Educação Infantil e os Anos

Iniciais do Ensino Fundamental deverão dominar os princípios científico-

tecnológicos e metodológicos que presidem a produção moderna, os

conhecimentos específicos, de modo que garanta uma educação de

qualidade para as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental. Deverão também, serem profissionais articuladores de

conhecimentos pelo processo de interação entre os sujeitos da aprendizagem

na perspectiva de uma prática consciente e transformadora.

A Organização Curricular para o Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível

Médio, na Modalidade Normal, tem como proposição a formação integrada,

ou seja, a articulação das disciplinas da Base Nacional Comum (Arte,

Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua

Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Matemática, Química e Sociologia)

com as Específicas (Concepções Norteadoras da Educação Especial,

Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação, Fundamentos

Históricos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação

Infantil, Fundamentos Psicológicos da Educação, LIBRAS, Metodologia da

Alfabetização, Metodologia da Língua Portuguesa, Metodologia do Ensino da

Educação Física, Metodologia do Ensino de Arte, Metodologia do Ensino da

Geografia, Metodologia do Ensino de História, Metodologia do Ensino de

Matemática, Organização do Trabalho Pedagógico, Trabalho Pedagógico na

Educação Infantil, Prática de Formação e Literatura Infantil), aliando os

conteúdos específicos das disciplinas da Matriz Curricular com os conteúdos

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explicitados nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

para a Rede de Ensino do Paraná (2008).

A problematização da prática docente feita através do diálogo entre

as disciplinas dará sólida formação aos futuros profissionais que atuarão com

crianças nos Centros de Educação Infantil e nas Escolas que ofertam os

Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

A organização Curricular da parte Específica do curso traz o nome da

disciplina, conteúdos estruturantes e básicos, seguidos da abordagem

metodológica e dos critérios de avaliação, além das indicações bibliográficas

para subsidiar o trabalho do professor responsável da disciplina.

VI. Legislações Articuladas ao Currículo

Art. 6º O currículo é conceituado como a proposta de ação educativa constituída pela seleção de conhecimentos construídos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos relevantes e pertinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas e socio-afetivas. (BRASIL, 2013, p. 195)

No Brasil vivemos em um Estado Democrático de Direito, desde 1988

quando foi criada a Constituição Federal do Brasil que garante a formação

básica comum, e a partir dela, outras leis que refletem no regulamentam o

atendimento educacional escolar como a Lei de Diretrizes e Bases da

educação Brasileira, LDB 9394/96 e o Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei Nº 8.069, ambas criadas na década de 90. Temos ainda, as Diretrizes

Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação

Básica para a Rede Estadual de Ensino (Parecer CEE/CEB nº 130/10) e os

Cadernos de Expectativas de Aprendizagem (PARANÁ, 2012) definidos a

partir dos conteúdos básicos das Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino (Parecer CEE/CEB nº

130/10); que hoje embasam os currículos e o trabalho escolar, além das

Resoluções, Instruções e Pareceres que normatizam o sistema educacional

em suas diferentes esferas.

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Recentemente, foi criada a Base Nacional Comum Curricular Base

Nacional Comum Curricular (BNCC) – Documento de caráter normativo que

define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que

todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da

Educação Básica. Indica conhecimentos e competências que se espera que

todos os estudantes desenvolvam ao longo

A partir da Proposta Pedagógica Curricular do Colégio, o professor

elaborará seu Plano de Trabalho Docente, documento de autoria, vinculado à

realidade e às necessidades de suas diferentes turmas e escolas de atuação.

No plano, se explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados nos

bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem como as especificações

metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, além dos

critérios e instrumentos que objetivam a avaliação no cotidiano escolar da

escolaridade. (PARANÁ, 2008, p.28)

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Para tanto, o trabalho pedagógico deve atender outras leis

complementares que garantem temas contemporâneos nos currículos

escolares como: as Leis nº 10.639/03 e 11.645/98 que tornam obrigatórios o

estudo da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, sendo assim, foi

criada na escola a Equipe Multidisciplinar com o objetivo de promover

atividades que articulam os conteúdos à valorização da cultura do negro e do

indígena e também para desenvolver de forma interdisciplinar questões

como a superação do preconceito. Ainda, os temas saúde, sexualidade e

gênero, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e

Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99) Educação para o

consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade

cultural.

A escola tem responsabilidade na formação integral dos estudantes e deve pautar ações, definidas coletivamente, considerando a diversidade: cultural, da pessoa com deficiência, de origem, de gênero, sexual, geracional, étnico – racial (negros, indígenas, ciganos e quilombolas), comunidades tradicionais e do campo. Essa não é uma tarefa fácil, visto que, há uma tradição normatizadora e homogeneizadora que nega as diferenças existentes no ambiente escolar e idealiza um padrão de sujeito social. (PARANÁ, 2015, p.05) “(...) alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas políticas educacionais, hoje são marcos legais, que têm seus princípios e história determinados pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente, dos movimentos sociais – entre outros. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos sociais, seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de drogas ou dos Direitos Humanos.” (PARANÁ, 2010, p.17)

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VII. Avaliação Institucional

Sabemos que a avaliação institucional é necessária em qualquer

instituição de ensino, seja ela pública ou particular independente do nível

ensino que oferta – Educação Básica, Ensino Superior ou condição

administrativa. Para tanto, é necessário que este processo avaliativo

provoque a discussão sobre a zona de conforto da gestão, em todos os

aspectos da instituição seja ele administrativo, estrutural ou pedagógico.

Para o projeto de Avaliação Institucional do Colégio Telmo Octávio

Müller – E.F. e Normal seguiremos as diretrizes estaduais para toda Rede

Pública de Educação Básica.

Precisamos considerar então, que todos os envolvidos com o colégio

oferecem como produto do seu trabalho Educação como um Bem Público que exige

como resultado a qualidade no processo educativo, resultado desta oferta. Sendo

assim, o processo avaliativo institucional é uma responsabilidade da gestão, que

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compromete tanto o avaliador como o avaliado, lembrando que este processo

avaliativo deve sempre considerar o compromisso social, a boa formação dos

profissionais e o retorno educacional para a sociedade.

VIII. Acompanhamento e Avaliação do PPP

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Telmo Octávio

Muller é reflexo de uma construção coletiva e tem como base as práticas

escolares tanto as que remetem à organização da escola, como a prática

pedagógica em sala de aula. Ao considerar que este projeto é Político e

Pedagógico e tais termos são indissociáveis, há a necessidade de um

acompanhamento, uma avaliação e uma reflexão constante, visando

operacionalizar o que nele se apresenta como intencionalidade. Para tanto,

há a necessidade do envolvimento efetivo de toda a comunidade escolar e a

retomada dos diálogos que permeiam uma educação democrática, com

compromisso coletivo.

Para isso, a organização da escola far-se-á com envolvimento da

comunidade escolar, seja em reuniões específicas para tratar de

planejamento, reuniões de pais, do conselho escolar e outras instâncias

colegiadas. Em todos esses momentos, o Projeto Político Pedagógico será

avaliado, afinal, ele representa um compromisso e uma concretização do que

é assumido no coletivo. Isto significa que ele é um instrumento dialético de

avanço, de reconhecimento dos caminhos percorridos e identificação de

novos rumos.

A avaliação do documento é compreendida como instrumento de

identificação da escola com a comunidade marmeleirense e

acompanhamento da organização do trabalho pedagógico da escola a fim de

que as finalidades educativas sejam claras e possam ser efetivadas. Será

realizada no cotidiano escolar com envolvimento da comunidade, em especial

nas reuniões pedagógicas. Assim, a avaliação do Projeto Político Pedagógico

contempla um processo de acompanhamento coletivo, necessário para

consolidar um fazer pedagógico democrático e emancipador.

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101

IX. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

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X. ANEXOS