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1 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO COLEGIO ESTADUAL DO CAMPO DR. ANTÔNIO PEREIRA LIMA – EFM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SANTA MARIANA 2012

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho escolar como um todo, pois ele busca

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIOCOLEGIO ESTADUAL DO CAMPO DR. ANTÔNIO PEREIRA LIMA – EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SANTA MARIANA

2012

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Sumário

1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO..........................................52 ATOS DE CRIAÇÃO, RESOLUÇÕES DE CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO........................................................63 APRESENTAÇÃO........................................................................................................84 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................95 OBJETIVOS GERAIS...................................................................................................116 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...............................................................126.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO....................................................................126.2 COMUNIDADE ATENDIDA.......................................................................................146.3 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR ......................................................................................................................156.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS......................................................................166.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO.........................176.6 SÍNTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO................................................................206.7 CALENDÁRIO ESCOLAR.........................................................................................227. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.......................................................................................247.1 DIREÇÃO..................................................................................................................247.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ...........................................................................................257.3 CORPO DOCENTE ..................................................................................................277.4 EQUIPE AGENTE EDUCACIONAL II E AGENTE EDUCACIONAL I ....................308. OFERTA DE HORÁRIOS, TURMAS E TURNOS, ORGANIZAÇÃO.......................328.1ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE CONTRATURNO.........348.1.1 PROFUNDAMENTO DE APRENDIZAGEM..........................................................358.1.2 ESPORTE E LAZER..............................................................................................368.2 SALA DE APOIO.......................................................................................................378.3 SALA DE RECURSOS..............................................................................................378.4 CELEM – LEM ESPANHOL......................................................................................388.5 INCLUSÃO ...............................................................................................................399.GESTÃO DA ESCOLA.................................................................................................419.1CONSELHO ESCOLAR.............................................................................................429.2ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.4310 MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS A QUE SE DESTINA....................................................................................4610.1 ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................4610.2 A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS....................4810.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................5010.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................5110.3 ENSINO MÉDIO......................................................................................................5210.3.1 MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO.............................................5311. ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR.....................................5311.1 AGENDA 21............................................................................................................54

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11.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ...............................................................................5511.2.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2012....................................5611.2.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA O ANO DE 2011 /2012.........................................................................................................................................5711.2.3 OBJETIVOS ........................................................................................................5711.3 HORA ATIVIDADE..................................................................................................5814.FILOSOFIA DA ESCOLA...........................................................................................6014.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO .................................................................6114.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................................6114.3- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA...............................................6214.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA E DE EDUCAÇÃO...................................................6614.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA.................................................................................6614.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO...............................................................................6714.7 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA..........................................................................6714.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA..............................................................................7014.9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO....................................................................7214.10 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ..................................................7214.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO............................................................................7314.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO...........................................................................7414.13 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ....................................7414.14 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR...............................................................75 15. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM REALIZADAS NO ANO DE 2011/2012.............................................................7615.1 DIREÇÃO................................................................................................................7615.2 PLANO DE AÇÃO 2011/2012.................................................................................7615.3 EQUIPE PEDAGÓGICA..........................................................................................7815.4 EQUIPE DOCENTE................................................................................................7816 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR..................................................7917 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................8118 PLANO DE AVALIAÇÃO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................8119 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................8220 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARES........................................................86

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Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser

condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além

dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser

determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o

inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se

inacabado.

Paulo Freire

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1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Denominação: Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino

Fundamental E Médio.

Código SAE: 00060

Endereço: Rua Francisco Beltrão, 1031

CEP: 86358-000

Distrito Panema

Cidade: Santa Mariana

Estado: Paraná

Telefone: (043) 3533-1110

E-mail- [email protected] [email protected]

Site: www.snmantoniolima.seed.pr.gov.br

Código SAE do Município: 2410

Localização: Zona Urbana

NRE: Cornélio Procópio – Código SAE: 08

Entidade Mantenedora: Governo do Paraná

Número total de alunos: 296

Distância entre o colégio e o Nre: 40 km

Números de turmas existentes: 14

Fundamental MédioMatutino 4 Matutino 3

Vespertino 4 Vespertino 3

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2 ATOS DE CRIAÇÃO, RESOLUÇÕES DE CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO

CURSO Assunto ATO Data Ato Data DOE

Regimento Escolar RES -2585/ 1981 13/11/1981 2/6/1982

Curso Fundamental 5/8 Autorização de Funcionamento RES -1900/ 1982 19/7/1982 4/8/1982

Curso Fundamental 5/8 Reconhecimento RES -4270/ 1984 8/6/1984 3/7/1984

Reconhecimento RES -4270/ 1984 8/6/1984 3/7/1984

Ensino MédioAutorização de Funcionamento RES -1967/ 1992 22/6/1992 30/6/1992

Alteração de Deno-minação RES -1967/ 1992 22/6/1992 30/6/1992

Ensino MédioProrrogação de Funcionamento RES -910/ 1994 21/2/1994 25/3/1994

Regimento Escolar PAR -65/ 1994 28/12/1994

Regimento Escolar PAR -67/ 1994 28/12/1994

Ensino MédioProrrogação de Funcionamento RES -3838/ 1996 2/10/1996 18/11/99

Regimento Escolar PAR -132/ 1997 4/5/1997

Ensino Médio Reconhecimento RES -2249/ 1998 7/7/1998 14/7/1998

Alteração de Deno-minação RES -3120/ 1998 31/8/1998 11/9/1998

Curso Fundamental 5/8 Abertura de Turno PAR -3904/ 2002 9/12/2002

Curso Fundamental 5/8 Renovação de Re-conhecimento RES -1591/ 2003 22/5/2003 24/6/2003

Ensino MédioRenovação de Re-conhecimento RES -2942/ 2006 21/6/2006 17/7/2006

Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E

Autorização de Funcionamento RES -104/ 2007 17/1/2007 26/2/2007

Regimento Escolar ATO -187/ 2008 7/2/2008

Regimento Escolar PAR -52/ 2008 7/2/2008

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Ensino MédioRenovação de Re-conhecimento RES -5129/ 2008 10/11/2008 22/1/2009

Curso Fundamental 5/8 Renovação de Re-conhecimento RES -5212/ 2008 13/11/2008 22/1/2009

Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E

Prorrogação de Funcionamento RES -951/ 2009 16/3/2009 9/6/2009

Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E

Autorização de Funcionamento RES -3650/ 2009 3/11/2009

28/12/2009

Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E

Renovação Autori-zação de Funciona-mento RES -2811/ 2010 29/6/2010 10/9/2010

Alteração de Deno-minação RES -2921/2011 11/07/11

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3 APRESENTAÇÃO

A rapidez com que as coisas se transformam atualmente representa um grande

desafio. A prática pedagógica das escolas exige reflexão e revisões que excluam a

postura acrítica. A ação educativa precisa ser redimensionada no cenário político,

econômico e no próprio discurso educacional, pois ambos repercutem na organização do

trabalho escolar.

Para enfrentar todos os problemas que surgem é preciso estabelecer diretrizes

sociais e políticas que sejam capazes de coordenar o paradoxo de uma sociedade

altamente tecnológica e os efeitos causados na vida das pessoas, buscando intensificar a

qualificação técnica e cultural dos jovens, para enfrentarem os novos desafios do mundo

do trabalho.

O Projeto Político Pedagógico é fundamental na Escola para os educadores e

demais membros da instituição escolar, haja vista que é preciso ter claro onde se

pretende chegar com os alunos, envolvendo a comunidade e comprometendo a

sociedade na participação, discussão e melhoria tanto do que se vê, quanto do que se

aprende, mediante um trabalho coletivo entre toda a comunidade escolar na busca de

objetivos comuns. A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico é a própria

organização do trabalho escolar como um todo, pois ele busca a transformação da

realidade social, econômica, política, fundamenta as mudanças internas da organização

escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas. Ele é o anúncio do

que está para acontecer, do que foi sonhado coletivamente.

“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta,

menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de

quem, dizendo não a qualquer possibilidade em face dos fatos,

defende a capacidade do ser humano em avaliar, de compreender,

de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.” (Freire,

P. 1997, p.58-59)

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4 JUSTIFICATIVA

LDB – Lei nº 9394/96, prevê em seu art. 12, inciso I que: sistemas de ensino terão

a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Assim sendo a

implementação da Proposta Pedagógica é condição para que se firme a identidade da

escola como espaço pedagógico necessário a construção do conhecimento e da

cidadania, apontando um rumo para um compromisso estabelecido coletivamente,

propiciando a equipe escolar situações que lhes permitam aprender a pensar e realizar o

fazer pedagógico de forma coerente, efetivando desta forma a construção do Projeto

Político Pedagógico é processo de planejamento, discussão, decisão, ação, reflexão,

avaliação, replanejamento e novas ações.

A proposta pedagógica da escola é tarefa dela mesma, processo nunca concluído

que se constrói e se orienta com intencionalidade explícita. Construí-la significa ver e

assumir a educação como processo de inserção no mundo, na vida, com formação de

convicções, afetos, motivações, significações, valores e desejos.

A conquista da autonomia da escola é atingida quando se entende o significado

de sua proposta pedagógica, que é fruto da ação de todos os envolvidos na dinâmica do

ensino e aprendizagem, participantes a auto reflexão do trabalho educativo. O trabalho

que vamos desenvolver dentro da escola é um trabalho no quais todos farão parte, pois

todos fazem parte dessa comunidade.

A garantia da efetividade das ações propostas pela Proposta Pedagógica está

relacionada ao engajamento na comunidade escolar, isto porque as propostas dela

implicam em mudanças pedagógicas e estruturais significativas para o alcance da

equidade, eficiência e eficácia das ações viabilizadas pela escola.

O trabalho pedagógico necessário à sociedade democrática não é o de

implementação passiva de diretrizes educacionais e a consequente preparação dos

alunos para apenas executarem ordens. A escola tem o dever de organizar o trabalho

pedagógico que contribua para a formação do cidadão. O direito se refere ao respeito

pelo trabalho dos profissionais da educação que nela atuam.

De acordo com Ilma Passos “O Projeto Pedagógico é, portanto, um produto

específico que reflete a realidade da escola situada em um contexto mais amplo que a

influencia e que pode ser por ela influenciado. Em suma, é um instrumento clarificador da

ação educativa da escola em sua totalidade.

Ao elaborarmos o Projeto Político Pedagógico temos a vantagem de possibilitar

aos professores e aos alunos a vivência de se trabalhar democraticamente. Pois só assim

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podemos formar o cidadão crítico, que atue democraticamente em seu meio.

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5 OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima Ensino Fundamental e

Médio tem como objetivos:

• Garantir para os povos do campo uma Educação Básica comprometida

com um modelo de desenvolvimento socialmente justo, economicamente

viável, ecologicamente sustentável e culturalmente aceito.

• Despertar o exercício consciente da cidadania e o desenvolvimento integral

da pessoa humana.

• Preparar o indivíduo para ser um cidadão atuante.

• Conhecer a escola e suas interações, para entender seus problemas.

• Resgatar as intenções da prática educativa.

• Conhecer a identidade da escola e fortalecer o trabalho pedagógico.

• Buscar a união para atingir o processo educacional.

• Organizar e sistematizar elementos teórico-metodológicos que deem

sustentação aos princípios de uma educação coletiva e do campo

• Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola.

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6 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

6.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino Fundamental e

Médio, situado a Rua Francisco Beltrão, nº 1031, no Distrito Panema, município de Santa

Mariana- Paraná, teve sua fundação em dez de novembro de um mil novecentos e

setenta (1970), no governo Jaime Kanet, com o nome de Ginásio Estadual do Panema.

A inauguração do estabelecimento foi no dia 07 de março de 1971, às 14:00

horas, com missa em Ação de Graças, realizada pelo Padre Cósimo Corigliano e com a

presença do Prefeito Municipal Justo Fernandes, Sra. Alba Barros Gomes, Inspetora

Regional e a Diretora do Estabelecimento Maria Custódio Moreira Rios.

Os atos oficiais para autorização do funcionamento foram: Portaria nº 9864/70 e

sua criação pelo Decreto nº 1572, pelo artigo 30 da lei 4978 de 05/12/1964.

O Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso de 1º grau se deu pela

Resolução nº 4270 de 08 de Junho de 1984.

A primeira diretora Maria Custódio Moreira Rios, permaneceu na direção do

estabelecimento do ano de 1971 a 20 de setembro de 1973.

Em 24 de Setembro de 1973 é empossado o professor André Dynckzuki Filho, na

função de Diretor pela Resolução nº 1685/73, permanecendo na Direção até 03 de

outubro de 1973.

Em 04 de outubro de 1973, pela Resolução nº 1911 de 04 de outubro de 1973,

passa a responder pela direção o professor Paulo Carvalho de Melo, permanecendo no

cargo até 25 de março de 1974.

Em 29 de março de 1974, pela Resolução nº 631/76 é designada para exercer a

função de diretora, a professora Rosa Cordeiro Paiva, que até então exercia a função de

secretária do Ginásio Estadual do Panema.

Em 15 de julho de 1983, agora por meio de eleição, pela Resolução nº 2666/83

passa a exercer a função de diretora a professora Valdete Zancheta de Melo.

A Resolução nº 1900/82, autoriza o funcionamento do Complexo Escolar do

Panema, resultando da reorganização do Ginásio Estadual com o Grupo Escolar Engrácia

Zanquetta, passando a denominar-se Escola Estadual Dr. Antônio Pereira Lima e Escola

Estadual Engrácia Zanquetta.

O Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima, sempre funcionou em

estabelecimento estadual, no endereço citado acima.

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Começou com o Curso de 5ª a 8ª Série do 1º Grau e com a Resolução nº 3364/88

de 24 de Novembro de 1988, autorizou-se o funcionamento de 1ª a 4ª série do 1º grau na

Escola Estadual Dr. Antônio Pereira Lima.

No início de 1992, implantou-se o curso de 2º grau - Educação Geral pela

Resolução nº 1967 de 22 de junho de 1992, com duração de três anos.

Pelo Decreto nº 59/92, o prefeito municipal Sr. José Polônio, em 30 de junho de

1992, municipalizou a 1ª a 4ª série do 1º grau, da Escola Estadual Dr. Antônio Pereira

Lima, e pela Resolução nº 4865/92 de 16 de dezembro de 1992, a Escola Municipalizada

Primo Tanganelli de 1ª a 4ª Série do 1º Grau, passa a ser compartilhada com este

estabelecimento de ensino.

Em 15 de dezembro de 1993, a professora Valdete Zancheta de Melo, deixa a

Direção em razão de seu pedido de aposentadoria que é publicado no Diário Oficial nº

4159, Resolução nº 29 de 09 de Dezembro de 1993.

Através da reunião do Conselho Escolar é escolhido Diretor substituto, o

professor Valdete Rodrigues Teixeira, que é designado para o cargo pela Resolução nº

474/94, publicado no diário oficial nº 4218 de 10/03/94, para exercer a função a partir do

dia 01/01/94.

Em outubro de 1996, o Professor Valdete Rodrigues Teixeira, agora através da

eleição direta, é eleito e continua a exercer o cargo de diretor através da Resolução nº

4631/95. Em outubro de 1997, novamente através de eleição direta, o professor Valdete

Rodrigues Teixeira, é reconduzido ao cargo de diretor através da Resolução nº 4282/97,

tendo exercido a função até o ano de 2003.

Em 1997 e 1998, através da Resolução nº 1553/97 é autorizado à criação do

Programa Adequação Idade-Série (PAI-S) com o objetivo de proceder à adequação do

fluxo escolar na rede pública estadual de ensino do 1º grau, para alunos com defasagem.

Através do Ato Administrativo nº 289/98, há adequação da nomenclatura do

estabelecimento passando a se denominar Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima –

Ensino Fundamental e Médio. No ano de 1999, o ensino de 5ª série a 8ª Série passa a

ser Ensino Fundamental e o de 2º Grau, Ensino Médio.

No ano de 2003 foi eleita a Diretora a professora Rosângela Conceição Pedro,

sendo nomeado através da resolução 4254/03 D.O.E. 23/01/2004, tendo sido re-eleita em

2005.

Através da Resolução nº 2921/11, a coordenação de estrutura e funcionamento

resolve alterar a pedido a denominação do Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima –

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Ensino Fundamental e Médio, para Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima

– Ensino Fundamental e Médio.

6.2 COMUNIDADE ATENDIDA

O Colégio Estadual Do Campo Dr. Antônio Pereira Lima - Ensino Fundamental e

médio atende os alunos moradores do Distrito e adjacências que na sua grande maioria

são filhos de trabalhadores rurais e agricultores que tem uma visão de escola como

instituição responsável por oferecer ao educando, além de conhecimento, formação ética

e moral. Assim sendo o Projeto Político Pedagógico procura contemplar ações que

possam atender a estas expectativas.

O Colégio tem mantido nos últimos anos em torno de 300 alunos matriculados. A

taxa de evasão escolar também oscila em torno de 8% ao ano, bem como a taxa de

reprovação gira em tono deste mesmo índice. A reprovação foi um dos temas mais

debatidos nos últimos anos, e trabalhados em todos os setores e houve melhoras

significativas.

Mantemos três turnos de funcionamento. Sendo no matutino Fundamental e Médio,

no vespertino só fundamental e no noturno só médio.

Com as reformas que vêm acontecendo na educação através das políticas

educacionais do Brasil e Estado do Paraná, trouxeram benefícios imediatos na clientela

escolar, através da distribuição de livros didáticos, salas de informática, laboratórios

equipados, melhoria nas condições de permanência do aluno na escola.

A educação pode ser o modo de transformação da vida social e, por isso temos

como principal meta formar o cidadão, consciente de seus deveres e obrigações e

também conhecedor de seus direitos. Importa, pois, em redimensionar a ação educativa

dentro deste cenário e que o discurso educacional saia do papel, transformado num elo

entre o professor e o aluno. Também temos como missão repensar sempre o processo

educativo no sentido de oferecer ao educando, condições de compreender o meio onde

está inserido: social, econômico, político e cultural, podendo transformá-lo se assim se

achar necessário.

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6.3 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL DA COMUNIDADE

ESCOLAR

O Distrito Panema é um povoado pequeno, com população de habitantes e

3.000 na área rural (IBGE 2007). Contando com uma arrecadação anual relativamente

baixa.

A principal fonte de renda do município ainda provém da agricultura, em

determinadas regiões do Distrito, os pequenos produtores foram pouco a pouco vendendo

suas terras, concentrando-as nas mãos de poucos agricultores mais abastados,. A

situação econômica das famílias é de baixa renda, ficando entre 1 e 3 salários mínimos,

sendo boa parte alfabetizada ou com ensino fundamental completo. Os empregos mais

frequentes oferecidos no município são os de trabalho doméstico, trabalhador rural,

cortadores de cana, pequenos comerciantes. Na saúde pública contamos com a

presença de um posto de saúde,Médicos algumas vezes na semana, enfermeiros,

auxiliares de enfermagem, dentista. A educação de ensino infantil e fundamental de 1a a

4a séries é mantida pelo município e Ensino Fundamental de 5a a 8a séries e Ensino

Médio, mantidos pelo Estado do Paraná. Os professores, equipes pedagógicas,diretores,

auxiliares e serviços gerais mantêm vínculo empregatício com o estado ou município. Na

administração pública temos, o Sub Prefeito, 3 Vereadores. Na segurança pública

temos um posto policial, com um policial militar.

O comércio local é predominante no ramo de gêneros alimentícios e de

confecções, presentes, papelarias, produção de sementes agrícolas,e oficinas

mecânicas. Há também supermercados com açougues, panificadoras e pequenas

mercearias. No campo religioso, temos em torno de 5 templos ou igrejas, mas predomina

a religião católica com mais de 80% de devotos. Como já foi citado o baixo poder

aquisitivo da população ativa de nosso município reflete diretamente na escola onde

temos mais de metade de nossos alunos provindos destas famílias, o que ocasiona

muitas vezes baixo rendimento escolar e carência na aquisição de materiais didáticos e

escolares.

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6.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

O espaço físico do Colégio é ideal para necessidades de seus estudantes.

Área Urbana terreno com 12.800 m² e prédio com 2.367,82 m².

O Colégio possui secretaria com balcão de atendimento, um fax, xerox,

impressoras (2).

Sala de hora atividade onde os professores fazem suas leituras e correções das

atividades desenvolvidas em sala de aula.

Sala da Coordenação Pedagógica com armários, mesas, livros para consulta da

biblioteca do professor, que por decisão de todos preferiram que ficasse nesse local.

Sala da merenda escolar , onde a merenda enviada pelo estado é armazenada.

Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas usado pelos professores de

Química, Biologia, Física , Laboratório de informática com 20 microcomputadores, em

uso somente 18, onde professores utilizam para complementar as atividades no ensino

regular e assim capacita o aluno no uso desse instrumento . No mesmo corredor há ainda

2 banheiros para uso dos professores e funcionários, Cozinha com boa localização

embora não seja muito espaçosa é utilizada para o preparo da merenda escolar dos

alunos. Saindo do corredor temos o pátio coberto, bem arejado, amplo, onde os alunos

se reúnem para tomar o lanche e onde também realizamos as comemorações cívicas e

festivas, nesse mesmo pátio temos o bebedouro, banheiro masculino e banheiro

feminino .

Sala dos professores com armários individuais, mesa, cadeiras, sofás e um

banheiro. Contamos com uma biblioteca com mesas e cadeiras para que os alunos

possam estar confortável para fazer seu trabalho e leituras, a sala é ampla e muito

arejada.

No período matutino disponibilizamos 07 (sete) salas de aula e (01) sala para

aulas de recurso. No período vespertino são utilizada (04) quatro salas de aula e (01)

para aulas de recurso e no período noturno (03) salas de aula. A escola de um modo

geral e as salas de aulas estão em excelente estado de conservação, pois o Colégio

passou por uma reforma a pouco tempo. Contamos também com uma quadra fechada e

coberta para os alunos realizarem suas atividades de aulas de Educação Física .

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6.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO

A educação transformadora, com a qual estamos comprometidos, pressupõe

compreender o aluno como sujeito portador de cultura e identidades próprias, a serem

levadas em consideração em todas as práticas pedagógicas.

Na perspectiva da diversidade sociocultural de nossos alunos, Kramer, Candau e

Canen, propõem um projeto para a escola democrática em que a avaliação diagnóstica

ajudaria a construir aquela que incorpore as diferenças combatendo a desigualdade, a

discriminação a exclusão. Portanto, aquela em que a avaliação seja compreendida como

diagnóstico, isto é, pesquisa, reflexão crítica sobre os ajustes e reajustes de rota para que

o diálogo com as culturas dos alunos se concretize no dia a dia da escola.

Assim, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e classificatória

significa pensar no processo de ensino e aprendizagem como um todo, fazê-lo trabalhar a

favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma aprendizagem

efetiva e significativa. A avaliação transformadora não se limita ao momento final do

processo: ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana. Busca identificar os

padrões culturais dos alunos que chegam às escolas e os elementos necessários para

ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia a dia das práticas de

ensino. A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino e aprendizagem:

fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os conhecimentos prévios

dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avance na construção do

conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não excludente.

A avaliação será entendida como um dos aspectos de ensino, pelo qual o professor

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a finalidade

de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como,

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor, dando condições para que seja possível

tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem,

proporcionando dados que permita ao Estabelecimento de Ensino Promover a

reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino.

A avaliação é um processo integral, sistemático, gradual, contínuo e processual

que se inicia no estudo de uma situação e se estende através de todo o processo

educativo. Dispondo dessas informações é possível adotar procedimentos para correções

e melhorias no processo, planejando e redimensionando o trabalho pedagógico.

A avaliação será realizada em função dos objetivos expressos nos projetos de

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ensino e/ou programação curricular do estabelecimento, de acordo com as Diretrizes

Pedagógicas emanadas pelo mantenedor, permitindo o diagnóstico de seus resultados e

a consequente reformulação dos conteúdos e do encaminhamento metodológico

empregado, sendo contínua, progressiva e cumulativa.

A avaliação terá como funções: auxiliar o educando na compreensão de si, mesmo,

propiciando-lhe os meios de detectar as próprias capacidades e limitações. Fazer

preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior importância a

atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal. A avaliação deve ser

diagnóstica, formativa e somativa:

Diagnóstica – com o propósito de determinar a presença ou ausência de pré-

requisitos, assim como identificar possíveis causas de dificuldades na aprendizagem,

tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a sua estagnação

disciplinadora, o que exige do educador uma postura pedagógica clara e definida.

Formativa – realizada no processo, oportunizando a avaliação do educando como

um ser único, individual, respeitando suas potencialidades e características pessoais,

fornecendo elementos decisivos para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada

de estudos dos mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si; avaliando seu

desempenho em relação ao elenco de objetivos propostos para serem atingidos num

período determinado.

Somativa – caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa à

totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo, porém, terminal do

período / ano letivo.

A avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do aluno em

diferentes experiências de aprendizagem; utilizando técnicas e instrumentos

diversificados, tais como: testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de

experiências pessoais, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, tarefas

específicas, pesquisas, atividades complementares em classe, extraclasse e domiciliares,

arguições e demais modalidades propostas pelo professor, competindo a este elaborar,

aplicar, corrigir e atribuir notas aos testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação

referente aos conteúdos básicos propostos nos projetos de ensino.

A aferição de valor às tarefas apresentadas pelo educando será realizada no final

de cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o educando é submetido

a uma só oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através de notas graduadas

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de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O rendimento mínimo exigido para a aprovação é a

nota 6,0 (cinco vírgula zero) por disciplina ou área de conhecimento.

Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo será registrados

em documentação própria, a fim de ser assegurada a regularidade da vida escolar do

aluno. A nota dos períodos letivos será resultante da somatória dos valores atribuídos de

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

sequencia e ordenação de conteúdos.

A média de conclusão de disciplina será obtida através da média aritmética das

notas dos períodos letivos constituindo-se na média anual (M.A.).

O professor revisará os conteúdos não apreendidos usando diversas estratégias e

instrumentos avaliativos e ao aluno que não atingir o mínimo será ofertada a recuperação

Paralela de Estudos, ao longo da série ou período letivo, através de pesquisas

bibliográficas, atividades extraclasse, exercícios individuais e em grupo, leitura

informativa, etc.

A Recuperação Paralela de Estudos será planejada, constituindo-se num conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos e será

oferecida a todos os alunos com baixo rendimento escolar e/ou aqueles que quiserem

usufruí-la. A carga horária da Recuperação Paralela de Estudos não será inserida no

cômputo das 800 (oitocentas) horas anuais. O professor considerará a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e, para a aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e

a Recuperação de Estudos de Estudos prevalecerá sempre a maior.

A promoção resultará da combinação do resultado da avaliação com o

aproveitamento escolar do aluno expresso na escola de notas 0,0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero) e apuração da assiduidade.

Será considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres

nas respectivas disciplinas, como segue:

1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB= M.F

4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária

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do período letivo e média anual inferior a 6,0 (cinco vírgula zero).

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária

do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por

cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero, mesmo após os Estudos de

Recuperação Paralela, ao longo da série do período letivo será submetido à análise do

Conselho de classe que definirá pela sua aprovação ou não.

A avaliação final considerará, para efeito de promoção e retenção do aluno, todos

os resultados obtidos durante o ano letivo e durante a Recuperação Paralela de Estudos.

Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará na documentação

escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

O estabelecimento adotará a seguinte síntese do sistema de Avaliação:

6.6 SÍNTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO

FREQUÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO= ou > 75% = ou > 6,0 Aprovado= ou >75% < 6,0 Reprovado< 75% Qualquer Reprovado

O Estabelecimento de ensino usará os resultados contidos no Relatório Final com

os índices de aprovação, reprovação e evasão para que no início do ano letivo sejam

implementadas ações para sanar os problemas apresentados; bem como , os resultados

da Avaliação do Rendimento Escolar e ENEM com dados comparativos dos resultados ao

longo dos anos para subsidiar o planejamento escolar, a capacitação de professores, o

estabelecimento de metas quanto à organização e a gestão da escola e sua articulação

com a comunidade. Quanto aos encaminhamentos dados às dificuldades de

aprendizagem apresentados pelos alunos, acontece ao final de cada bimestre, os

professores de cada área entregam uma ficha de acompanhamento dos alunos à Equipe

Pedagógica em data que antecede ao Conselho de Classe, para levantamento acerca dos

problemas mais graves relacionados ao processo de ensino e de aprendizagem; para que

em reunião prevista em calendário, com Diretor, Secretária, Equipe Pedagógica e

professores haja análise, discussão e proposição de soluções acerca dos problemas

detectados em cada classe. Usando o levantamento e discussão dos problemas para a

melhoria e oportunidade de verificação das ações empreendidas, com abertura à

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momentos de reflexão das ações pedagógicas implementadas elevando ao máximo o

índice de aprendizagem. Em seguida, o Diretor organizará uma reunião com os pais, onde

participarão Supervisão, Orientação e Professores para a tomada de atitudes em relação

aos problemas levantados e para que tomem conhecimento dos resultados obtidos pelos

alunos nas avaliações, com encaminhamentos para sanar os problemas e direcionando o

trabalho a ser feito para que se atinjam os objetivos propostos, envolvendo os pais nas

ações empreendidas na escola; visando a integração escola e comunidade e pais

conscientes do trabalho que está sendo executado, garantindo a permanência do aluno

na escola com sucesso.

O estabelecimento de ensino utiliza procedimentos de recuperação,

acompanhamento individual. Apresenta planos de adaptação, – Progressão Parcial,

operacionalização do processo de recuperação, operacionalização da classificação e

reclassificação.

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em

conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível

com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu

Histórico Escolar. O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da

possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível

da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a

reclassificação para conclusão do Ensino Médio. Cabe aos professores, ao verificarem as

possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com

frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma

possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos, quando maior, ou seus

responsáveis poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de

reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. A equipe pedagógica comunicará,

com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios

do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. A equipe pedagógica

do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de

Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da Secretaria de Estado

da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a

necessidade da reclassificação.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para

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que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser

acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de

aprendizagem.

6.7 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar a ser elaborado anualmente deverá atender ao disposto na

legislação vigente, bem como as normas baixadas em instrução específica da Secretaria

de Estado da Educação. Caberá ao estabelecimento de ensino elaborar e propor, para

apreciação e aprovação do Conselho Escolar e posteriormente enviar ao Núcleo Regional

de Educação para homologação.

O Calendário Escolar será proposto para atender a organização curricular, as

necessidades e peculiaridades da comunidade escolar e disporá de: período de matrícula,

dias letivos, reuniões pedagógicas, recessos escolares, férias docentes e discentes,

feriados e outros dados específicos do estabelecimento de ensino. Estabelecerá carga

horária mínima anual de oitocentas horas distribuídas por um número de duzentos dias de

efetivo trabalho escolar. O Calendário de matrículas será de acordo com as instruções

recebidas do mantenedor. As férias escolares serão de sessenta dias distribuídas nos

meses de Janeiro, Julho e Dezembro. Os feriados constantes no Calendário Escolar

serão: Carnaval, Cinzas, Paixão de Cristo, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi,

Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Professor, Feriados, Proclamação da

República, Emancipação Política do Paraná e Natal. Os feriados Municipais: Onze de

Outubro- aniversário do município. Serão destinados no inicio do ano letivo quatro dias

para planejamento e três dias para capacitação, e no mês de julho um dia para

planejamento e dois dias para capacitação, quatro reuniões de Conselho de Classe, de

série e de pais, durante o ano letivo.

As reuniões do Conselho Escolar, A.P.M.F. e Orientações Pedagógicas não são

previstas no Calendário Escolar pois são realizadas de acordo com a necessidade do

estabelecimento de ensino.

Os eventos regimentais e atividade extraclasse são contemplados no Projeto

Excelência da Escola e realizados durante o ano letivo. A recuperação de estudos é

realizada durante o transcorrer do processo ensino e aprendizagem.

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7. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

O Colégio do Campo Dr. Antônio Pereira Lima tem sua organização escolar

fundamentada numa gestão participativa, na qual, docentes, pedagogos, pais, alunos,

diretores e demais funcionários participam dos processos e decisões no âmbito escolar.

Assim, a área administrativa e pedagógica são integradas. Todos os membros exercem

seu papel de forma consciente, sem individualismos, e com objetivos comuns.

7.1 DIREÇÃO

À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o

alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino definidos no Projeto

Político-pedagógico da Escola.

Parágrafo Único – A equipe de Direção é composta por Diretor, Diretor Auxiliar,

designados por ato próprio.

Art. 18 – Compete ao Diretor:

I - coordenar a elaboração e a execução da Proposta pedagógica, eixo de toda e

qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.

II – submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

III – convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar tendo direito a voto,

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembleia;

IV – elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas

e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

V – elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes

específicas da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e

organizações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

VI – elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de

modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

VII – submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

VIII – instituir grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e propor

alternativas de solução, para atender os problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

IX – propor à Secretaria de Estado da Educação após a aprovação

do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela Escola,

extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a

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composição das classes;

X – propor à Secretaria de Estado da Educação, após a aprovação do Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou inovações de gestão

administrativa;

XI – coordenar a implantação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria

de Estado da Educação;

XII – aplicar normas, procedimento e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

XIII – analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para a aprovação;

XIV – manter o fluxo de informações entre os estabelecimentos e os órgãos da

administração Estadual de ensino;

XV – supervisionar a exploração da cantina comercial, com autorização de

funcionamento, respeitando a lei vigente;

XVI – cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e os órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros

eventos;

XVII – exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento escolar e no

que concerne a especificidade de sua função.

Art. 19 - Compete ao Diretor Auxiliar:

I – assessorar a Direção em todas as suas atribuições;

II – substituir o Diretor na sua ausência ou impedimento.

QUADRO DEMONSTRATIVO DA DIREÇÃO - ANO LETIVO 2012

Nome Cargo FunçãoRosângela Conceição Pedro Diretor DiretoraTereza Batista Diretor Auxiliar Diretora Auxiliar

7.2 EQUIPE PEDAGÓGICA

É o articulador do processo pedagógico dentro do estabelecimento de ensino,

responsável pela coordenação, implantação das Diretrizes Curriculares definidas no

Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, de acordo com a política

educacional da Secretaria de Estado da Educação. Grande é a sua carga de

responsabilidade na escola , dependendo de sua atuação o alcance dos objetivos

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educacionais estabelecidos. A equipe é entre outros, responsável pela qualidade da

educação , conduzindo as atividades no sentido do desenvolvimento do processo

educativo que contribui para a formação humana.

Sistematizando algumas ações do pedagogo dentro da escola:

- Construção e implementação do Projeto Político pedagógico

- Formação Continuada dos profissionais

- Organização da Prática Pedagógica

- Relação da Escola com a Comunidade

- Elaborar juntamente com a direção o calendário letivo, na formação de turmas,

na distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora atividade e de outras

atividades que possam interferir no processo pedagógico.

- Divulgar o acervo bibliográfico existente na biblioteca; acompanhar o trabalho

desenvolvido pelos professores na utilização do mesma e auxiliar na orientação junto aos

alunos, quanto ao uso e seu funcionamento;

- Atuar junto aos professores, durante o conselho de classe ou pré conselho de

forma a garantir um processo de reflexão, e coordenar proposta e intervenção decorrente

desse processo.

- Acompanhar junto aos professores quais educandos que apresentam

necessidades de atendimento especial.

- Analisar livros registros, quanto a clareza da avaliação, rasuras, conteúdos.

- Estimular os professores com sugestões de leitura, pesquisa, cursos do NRE,

para uma melhor intervenção na escola.

- Atender os professores em sua hora atividade, promovendo estudos, trocas de

experiência, debates, garantindo assim uma reflexão sobre o processo pedagógico.

- Orientar pedagogicamente e tecnicamente os funcionários para participarem

nos cursos de capacitação;

- Realizar reuniões de pais, juntamente com direção e professores, promovendo

meios para integrar a escola e família, e que os mesmos acompanhem o processo de

aprendizagem do educando.

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QUADRO DEMONSTRATIVO DA EQUIPE PEDAGÓGICA - ANO LETIVO 2012

Nome Cargo FunçãoIvani Dias Gonçalves Equipe Pedagógica PedagogaMárcia Aparecida Honório Equipe Pedagógica PedagogaWanderléia Aparecida Bergamasco Equipe Pedagógica Pedagoga

7.3 CORPO DOCENTE

É constituído de professores regentes, devidamente habilitados, deve ministrar

aulas; participar da elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico da

escola; participar do processo de análise e seleção de livros e materiais didáticos;

elaborar o seu planejamento de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Unidade e

ensino; propiciar aquisição do conhecimento científico, erudito e universal, respeitando os

valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social do educando; promover

uma avaliação diagnóstica, contínua, acompanhando e enriquecendo o desenvolvimento

do trabalho do aluno, elevando-o a uma compreensão cada vez maior sobre o mundo e

sobre si mesmo; promover as avaliações de acordo com os critérios do Projeto Político

Pedagógico; participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

Unidade Escolar com vistas ao melhor rendimento do processo ensino aprendizagem,

replanejando sempre que necessário; realizar a recuperação contínua e paralela de

estudos para todos/as os/as alunos/as que, durante o processo ensino-aprendizagem,

não dominarem o conteúdo curricular ministrado; participar ativamente do Conselho de

Classe; participar da elaboração do Calendário Escolar; participar de reuniões de estudos,

encontros, cursos, seminários, atividades cívicas, culturais, recreativas e outros

eventos,tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de

ensino.

Os professores constitui a base de toda a escola, pois desempenham suas

funções embasados nas Diretrizes Curriculares, para que os alunos possam ser

atendidos no sentido de desenvolver seu senso crítico e ter uma formação completa. Para

que isso ocorra foi elaborado um plano de ação dos docentes, onde devem participarem

ativamente da construção do Projeto Político pedagógico e executar as orientações da

SEED:

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• Propor estratégias de avaliação

• Incentivar os alunos em sua aprendizagem;

• Realizar aulas interessantes para desenvolver o espírito critico dos alunos;

• Realizar propostas de recuperação continua;

• Criar estratégia diversificadas para envolver o aluno, nas aulas;

• Propor atividades de leitura para sanar algumas falhas que os alunos

apresentam;

• participar da elaboração, implementação do projeto politico pedagógico

• Zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade a equipe pedagógicas

• Cumprir as normas já estabelecidas no Regimento Escolar.

• Desenvolver um trabalho com os pais e alunos (comunidade escolar) para

subsidiar a família no sentido de traçar os limites dos filhos, assim como

trabalhar valores fundamentais para a sociedade. Ex.: princípios éticos (o

que é certo, e o que é errado), princípios cristãos e princípios morais.

• Acatar sugestões da APMF sobre assuntos ligados à educação familiar.

• Prontidão na troca de aula por parte dos professores.

• Exigir que os alunos aguardem os professores na sala.

• Em caso de atraso, o aluno deverá entrar com autorização da direção.

• Trabalhar em grupo de alunos, usando o seu espaço, sem avançar o

horário, deixando a sala em ordem.

• Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.

• Aperfeiçoar a prática educacional, revendo os conteúdos, as estratégias, a

organização da sala de aula, a relevância dos temas abordados, os

recursos didáticos adotados.

• Diminuir o vazio que se estabelece entre o conteúdo ensinado e as

exigências da vida moderna para o desenvolvimento dos alunos.

• Diversificar os tipos de estudos disponíveis, estimulando alternativas que a

partir de uma base comum, ofereçam opções de acordo com as

características dos alunos e as demandas do meio social.

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QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES- ANO LETIVO 2012

Nome Disciplina Curso

Albenize Cristina Pereira

Língua Portuguesa / Mc.Aprofundamento Da Aprendiz. Ens. Fundamental e Médio

Alcinda Soares Moraes Matemática Ensino FundamentalIdeir Tiago Novaes Interprete De Libras Ensino MédioElza de Souza Geografia Ensino FundamentalDalva Aparecida Zanelli Matemática Ensino FundamentalMoacir Mitsuo Nishida Matemática Ens. Fundamental e MédioDenise Varotto Arte Ensino FundamentalTatiane Agostinho Martins Filosofia Ensino MédioEderval Varotto Física Ensino MédioLuiz Gustavo Ribeiro Educação Física Ensino MédioEliana Busetti De Lima Biologia Ensino MédioThais Felisbino Arte Ens. Fundamental e médioGislaine Aparecida Moda Língua Portuguesa Ensino FundamentalGislene Cândido Educação Física Ens. Fundamental e médioClodoaldo Chaves Química Ensino MédioIlma Soares de Moraes Matemática Ensino FundamentalLucilene Ruivo Alfieri Massan Matemática Ensino FundamentalMarcia Regina Alves dos Santos Física/Biologia Ensino MédioMara Sílvia Zanon Sociologia Ensino MédioMarcia Aparecida Honório Sociologia/Filosofia Ensino MédioMárcia Rodrigues de Lara Buseti L.E.M - Espanhol CelemSandra Aparecida Batista Sala de Recursos Ensino FundamentalSilvana Ferreira História Ensino FundamentalMarina Acácio Catarino Historia Ensino FundamentalMarina Fantinelli Ciências / Ens. Religioso Ensino FundamentalPaula Michele Rocha Varotto Arte Ens. Fund. E MédioNeuza Uzai Nishida Historia Ensino FundamentalJoceanne Mahnic Gobis Ensino FundamentalRita De Cássia De Castro Polido Matemática Ens. Fundamental e Médio

Wanessa Priscilla Barbieri Geografia Ens. Fundamental e MédioRosimar Eliane Da Silva L.E.M. - Inglês Ens. Fundamental e MédioSandra Gongora Rubim Sala De Recursos Ensino FundamentalSirlene Aparecida Vitorini Da Silva L.E.M. - Espanhol Celem

Shirlei P. Dos Santos munhozSala De Apoio 5a Série - Português Ensino Fundamental

Tereza BatistaSala De Apoio 5a Série - Matemática Ensino Fundamental

Tiago Paulino Geografia Ensino Fundamental

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7.4 EQUIPE AGENTE EDUCACIONAL II E AGENTE EDUCACIONAL I

Os agentes educacionais II, são integrantes da equipe técnico administrativa, que

corresponde ao setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do

estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram

suas reais funções, executando serviços de organização de arquivo, preservação de

documentos, coletânea de leis e escrituração de documentos escolares, registrar e

manter atualizados os assentamentos funcionais dos servidores, organizar e preparar a

documentação necessária para o encaminhamento de processos diversos. A função de

técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da secretaria,

biblioteca e laboratório de Informática.

A equipe de Agente Educacional I tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento, sendo coordenados e

supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.

O funcionamento do colégio implica certas atividades, que são realizadas, por

aqueles que não estão diretamente relacionados com a ação educativa. Este pessoal

desempenha funções diferentes, mas muito importante e fundamental dentro da escola.

Ocupando lugares e assumindo responsabilidades muito valiosa para à Direção, aos

professores, aos alunos e às famílias. De fato, este pilar está formado por pessoas que,

colaboram, de maneira solidária, com o bom andamento das atividades realizadas no

colégio e comprometem-se com a ação educativa que aqui se realiza; zelam pela correta

administração dos bens próprios da escola; realizam os trabalhos de secretaria e

colaboram com a Direção, Equipe Pedagógica, e Professores no exercício das

respectivas responsabilidades; contribuem para manter o Colégio em condições para que

todos possam sentir bem e levar em bom termo as tarefas que lhes são confiadas;

participam na gestão do Colégio através do Conselho de Escolar, APMF, na elaboração

do PPP, como também em cursos de capacitação ministrados na própria escola e,

portanto, co-responsabilizam-se pela ação educativa global da escola.

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QUADRO DEMONSTRATIVO DE AGENTE EDUCACIONAL ll - ANO LETIVO 2012

Nome Cargo Função

Lucilene Favaretto Agente Educacional II Técnico Administrativo

Marcos Eleandro Garcia Agente Educacional II Secretario

Sônia Aparecida Dos Santos Agente Educacional II Técnico Administrativo

Warléia Aparecida Bergamasco Agente Educacional II Bibliotecária

QUADRO DEMONSTRATIVO DE AGENTE EDUCACIONAL I- ANO LETIVO 2012

Nome Cargo FunçãoIraci Fernandes Santos Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais

Márcia Aparecida Bento De Oliveira Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisMaria Aparecida Pereira Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais

Nilza Aparecida Monte Santos Pordo Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisSônia Rodrigues Alves Agente Educacional I MerendeiraVerônica Alves Dos Santos Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisVilma Alves De Souza Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais

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8. OFERTA DE HORÁRIOS, TURMAS E TURNOS, ORGANIZAÇÃO

O Colégio Estadual do Campo Dr Antônio Pereira Lima oferta Ensino

Fundamental e Médio . O Ensino Fundamental funciona nos períodos: matutino,

vespertino , autorizado pelo Decreto nº . O Ensino Médio funciona nos períodos

matutino e noturno, de acordo com a Resolução nº 2249 DOE 14/07/1998 .

No período matutino é ofertado o Ensino Fundamental, com 04 (quatro) turmas,

sendo 02 (dois) oitavos anos, 02 (dois) nonos anos e também o Ensino Médio com 01

(um) primeiro ano, 01 (um) segundo ano e 01 (um) terceiro ano, ocupando portanto

nesse período 07 (sete) salas de aula. O horário de entrada é 7:20 h e de saída ás 11:50

horas com cinco aulas diárias, de 50 minutos cada, tendo intervalo de 10 (dez) minutos

entre o 3º e 4º horário para o Ensino Fundamental e Médio. Neste período funciona

também a Sala de Recurso. No período vespertino funcionam 04 (quatro) turmas de

Ensino Fundamental, com 80 alunos, sendo 02 (dois) sexto anos, 02 (dois) sétimo anos, e

a Sala de Recurso.

No período noturno funcionam 03 (três) turmas, sendo 01 (um) primeiro ano, 01

(um) segundo ano e 01 (um) terceiro ano do Ensino Médio, com um total de 57 alunos. O

horário de entrada 19:00 horas e o de saída às 11:10 horas, com intervalo de 10 (dez)

minutos entre a 3ª e 4ª aula, sendo as 3(três) primeiras aulas de 50 minutos e as 2 (duas)

últimas aulas de 45 minuto .

O horário de aulas nos três períodos são organizados pela Equipe Pedagógica,

buscando atender aos interesses da escola, dos alunos e professores.

A escola conta com uma pedagoga Diretora ou a Diretora Auxiliar em cada

período de funcionamento e conta também com os funcionários administrativos em seus

horários, para auxiliar os professores e atender , alunos e pais. Os alunos para se

ausentarem da escola é preciso trazer uma autorização dos pais.

No noturno a temos uma pequena tolerância para entrar após o sinal em virtude

do grande número de alunos trabalhadores.

Os alunos do matutino e vespertino, usam uniforme, no noturno por decisão da

maioria foi dispensado do uso do mesmo.

Ao final de cada bimestre é feita uma reunião para assinatura de boletins, onde

todos os professores estão presentes para atender aos pais, na ausência de algum a

equipe pedagógica orienta os mesmo.

A escola trabalha no coletivo para que a mesma funcione de maneira adequada,

por isso a cada inicio de ano são levadas até os alunos as normas da escola, direitos,

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deveres para todos, conforme o Regimento Escolar. Quando os professores não

conseguem resolver alguns problemas na sala ou seja um caso de maior gravidade o

aluno é levado a sala da equipe,onde é orientado:

• Orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe e

direção.

• Registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura .

• Comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou

responsáveis, quando criança ou adolescente;

• Encaminhamento a projetos de ações educativas;

• Convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente,

com registro e assinatura,e/ou termo de compromisso;

• Esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino,

inclusive do Conselho, será encaminhado ao Conselho Tutelar, para a

tomada de providências cabíveis.

Em 2012, o Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima, levando em

conta as necessidades pedagógicas e sociais dos alunos e da escola, realizou as

seguintes atividades de complementação curricular:

• Concurso de Soletração

• Olimpíadas de Matemática

• Gincana Recreativa-Cultural

• Oficina de Jogos

• Projeto Escola Ambiente (Reciclagem)

• Atividades Complementares Curriculares de Contraturno

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8.1ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE

CONTRATURNO

Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas,

integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades

de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno.

As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes

objetivos:

• Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação

de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no

território em que esta situada, em contraturno, a fim de atender as necessidades

sócio-educacionais dos alunos.

• Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

• Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos

da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes

atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados,

além do turno escolar;

• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em

atividades pedagógicas de seu interesse;

• Ofertar atividades complementares ao currículo escolar em

contraturno vinculadas ao Projeto Politico Pedagógico da Escola, respondendo as

demandas educacionais e aos anseios da comunidade.

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8.1.1 PROFUNDAMENTO DE APRENDIZAGEM

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO

MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem

TURNO Matutino

CONTEÚDO LeituraInterpretação oral e escrita de textosProdução escrita de textos

OBJETIVO Melhorar o rendimento escolar de alunos de 5ª e 6ª séries que apresentam defasagem de aprendizagem em língua portuguesa.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Explanação oral pelo professor.Utilização de recursos audiovisuais.Leitura de livros infanto juvenis.Interpretação escrita de textos.Uso de dicionários.Estudo de variados gêneros literários.Produção de textos de acordo com os gêneros estudados.atividades escritas variadas: palavras cruzadas, caça palavras, etc.

AVALIAÇÃO Relatórios pelo professor do contraturno sobre os avanços alcançados pelos alunos.Relatórios pelo professor da sala regular sobre os resultados apresentados pelos alunos nas avaliações.Acompanhamento pela equipe pedagógica.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Melhor desempenho na aprendizagem de língua portuguesa.

PARA A ESCOLA: Aumentar o índice de aprendizagem alcançado pelos alunos de 5ª e 6ª séries.

PARA A COMUNIDADE: Maior integração com a escola.

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8.1.2 ESPORTE E LAZER

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO

MACROCAMPO Esporte e lazer

TURNO Vespertino

CONTEÚDO Voleibol: histórico, posição correta das mãos e dedos, toques e manchete 2 a 2, posse e recepção 2 a 2, saque por baixo, posicionamento em quadra, rodízio, noções de regras, jogo pré desportivo.Handebol: histórico, domínio da bola, domínio do corpo, passes e recepção de bola, progressão em 3 passadas, arremessos simples, deslocamento com e sem bola.Futsal: histórico, domínio de corpo, domínio de bola, drible e condução de bola, drible em zig-zag, treinamento de goleiro, regras complementares.

OBJETIVO Despertar e desenvolver capacidades físicas, morais e sociais, despertar o interesse pelo esporte e aprimorar no aluno a capacidade para o esporte coletivo.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Exercícios de resistência aeróbicaJogos recreativosExercícios de deslocamentoVídeosAtividades pré-esportivasRecepção alta, baixa e médiaArremesso sobre o ombro e suspensãoDrible com giros e reversãoExercícios de aplicação do sistema de ataque e defesaJogos pré-desportivosArremessos com saltos e quedas, para frente, diretos e picadosDribles de progressões de três passosProgressão com a bolaRecepção da bolaPasse com o peito do péPasse com o lado esquerdo e lado direito do péPasse de bicoChute de curta, média e longa distânciaChute de bicoChute com o peito do péChute de voleio

AVALIAÇÃO Relatórios escritos pelo professorParticipação e assiduidade dos alunos

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: desenvolvimento da saúde e qualidade de vidaPARA A ESCOLA: Melhor socialização entre os alunos PARA A COMUNIDADE: Maior integração com a escola

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8.2 SALA DE APOIO

O Programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às

dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam as séries finais do Ensino

Fundamental, ofertando aos alunos de 5ª Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano, um aumento de

seu tempo na escola, com o propósito de organizar ações pedagógicas que intervenham

nas dificuldades dos alunos, principalmente no que se refere aos conteúdos de leitura,

escrita e cálculo.

Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no

contraturno, participando de atividades que visam à superação das dificuldades referentes

aos conteúdos dessas disciplinas.

O professor regente e a Equipe Pedagógica planejam os encaminhamentos

metodológicos necessários para atender às necessidades do aluno, as salas tem no

máximo 20 alunos, que funcionam em horário contrário ao qual os alunos estão

matriculados. A carga horária disponibilizada para cada umas das disciplinas (Língua

Portuguesa e Matemática) é de quatro horas aula semanais.

A metodologia utilizada nas Salas de Apoio prevê atividades diferenciadas que

atendam as necessidades individuais dos alunos e que contribuam decisivamente para a

superação das dificuldades de aprendizagem.

A instituição busca esclarecer os objetivos das Salas de Apoio e promover

discussões sobre metodologias. Além disso, o Programa é permanentemente avaliado

pela Secretaria, procurando sempre seu melhor funcionamento e eficiência.

8.3 SALA DE RECURSOS

Em período contrário ao que está estudando regularmente , alunos regularmente

matriculados do 6ª ao 9º ano, frequentam a sala de recurso que é um serviço

especializado de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional

realizado em classes comuns de ensino fundamental.( Instrução nº 013/18 -

SUED/SEED). Alunos que apresentarem deficiência intelectual e/ou transtornos

funcionais específicos, acompanhados de Relatórios de Avaliação Psicoeducacional

realizados por equipe multiprofissional. Nestas salas os alunos têm atendimento individual

ou em grupo de até no máximo dez alunos, sendo organizados por faixa etária ou

conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos. Recebem

acompanhamento de duas a quatro horas por semana, porém, nunca ultrapassando duas

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horas diárias.

A metodologia utilizada na Sala de Recursos parte dos interesses, necessidades

e dificuldades de cada aluno. Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais,

O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades.

8.4 CELEM – LEM ESPANHOL

Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de

conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos povos

que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz de

usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de

comunicação, assim como refletir sobre o uso e o funcionamento da língua de modo a

desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.

O percurso na aprendizagem de línguas estrangeiras ao longo do ensino

básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim, considera-se

fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir construindo uma

competência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com renovada confiança,

em cada série.

O desenvolvimento dessa competência exige que ao aluno sejam garantidas

oportunidades de:

• participar de atividades que impliquem um uso vivo da língua;

• tomar consciência do sistema da língua, pois assim, ele poderá

descobrir a partir da reflexão sobre os usos;

• utilizar, nas atividades de produção de textos, estratégias que lhe

permitam satisfazer as exigências comunicativas;

• estabelecer e desenvolver uma relação afetiva com a língua estrangeira,

dispondo-se a reagir de forma construtiva face aos problemas inerentes

à aprendizagem;

• acompanhar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar recursos

para superação de dificuldades.

Durante todo o ensino fundamental serão consideradas as circunstâncias

específicas de cada etapa, e estas se assentarão numa progressão em espiral que

permita um contínuo crescimento e aprofundamento de aprendizagens. É absolutamente

indispensável promover o desenvolvimento de habilidades estratégicas, que no plano

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comunicativo que no plano do saber-aprender. A conscientização, por parte do aluno, dos

saberes e do saber-fazer de que dispõe e, por outro lado, os procedimentos necessários a

apropriação de elementos novos e sua incorporação no conjunto das aquisições já

realizadas se torna condição essencial de uma progressão na aprendizagem.

A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar

recursos de superação de dificuldades constituirá a chave não só do sucesso do grau de

proficiência a ser atingido neste nível da escolaridade básica, mas também da sua

formação posterior. Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno

subsídios suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na Língua

Estrangeira Moderna, de modo que a vivenciar formas de comunicação que lhe permitam

perceber a importância deste conhecimento. Assim, espera-se que o aluno:

Tenha podido experimentar formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Compreenda que os significados são socialmente e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, constando

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país

8.5 INCLUSÃO

A elaboração do Projeto Político Pedagógico, deve promover a ação coletiva

voltada para inclusão e diversidade , a inclusão é um processo para a construção de um

novo tipo de sociedade através de transformações seja nos ambientes físicos ou na

mentalidade de todas as pessoas.

Para que ocorra a inclusão é necessário o compromisso de todos os

envolvidos, pois é um longo processo, que exige mudanças de atitudes e

comportamentos. A diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional, pois

entendemos que não basta colocar o aluno, é necessário uma organização para que os

objetivos sejam alcançados, assim asseguramos os direitos sociais da pessoa com

deficiência, criando condições para promover sua autonomia, inclusão social e

participação efetiva na sociedade, deve ser uma luta diária e de cada um. Os princípios

da inclusão devem ser aplicados a todos e não só aqueles com deficiências.

Cabe portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, e atitudinais,

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arquitetônicas para que as pessoas com necessidades especiais possam ter acesso aos

serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal,

social, educacional e profissional. Que a família incentive , apoie, ajude e a escola faça

currículo adaptado quando necessário para atender as diferenças individuais.

A sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que

precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros. O desenvolvimento (por

meio da educação, reabilitação, qualificação profissional) das pessoas com deficiência

deve ocorrer dentro do processo de inclusão e não como um pré-requisito para estas

pessoas poderem fazer parte da sociedade, como se elas “precisassem pagar ingressos

para integrar a comunidade”. (FILHO, 1996, p. 4)

Quanto a diversidade existente a escola é necessário , a compreensão e

orientação o respeito as diferenças . A inclusão social o respeito as diversidades, é um

processo e a escola contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de

transformações, pequenas e grandes, que fazem toda a diferença. A educação inclusiva

se faz com ações que se desenvolvem em conjunto com a sociedade e assim podemos

nos transformar numa sociedade igual para todos. Mas todas essa mudanças exigem um

novo perfil de professor, com conhecimentos diversos, capaz de perceber as

necessidades especiais no processo de aprendizagem e saber conviver com as

diferenças, sem preconceitos.

No Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – , temos o professor

intérprete Alex Silva, que atua no contexto escolar e o mesmo foi selecionado pela

SEED, para a capacitação na área.

O professor-intérprete no contexto da escola inclusiva apresenta as

competências de um profissional intérprete, a saber:

- competência linguística

- competência para transferência

- competência metodológica

- competência na área

- competência técnica

O professor-intérprete tem por função intermediar as relações entre os

professores e alunos, bem como, entre os colegas surdos e os colegas ouvintes, não

cabendo ao mesmo a responsabilidade de assumir o ensino dos conteúdos desenvolvidos

pelo professor a fim de não confundir seu papel no contexto da sala inclusiva,

considerando ainda que o professor-intérprete é apenas um dos elementos que garantirá

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a acessibilidade. Os alunos surdos participam das aulas visualmente e precisam de tempo

para olhar para o professor-intérprete, olhar para as anotações no quadro, olhar para os

materiais que o professor estiver utilizando em aula.

De modo geral, o professor-intérprete de língua de sinais, redireciona os

questionamentos dos alunos ao professor, pois desta forma, caracteriza o seu papel na

intermediação, mesmo quando esse papel é alargado. Nesse sentido, o professor

também precisa passar pelo processo de aprendizagem de ter no grupo um contexto

diferenciado com a presença de alunos surdos e de professores-intérpretes, bem como

estar atento a adequação da estrutura física da sala de aula, a disposição das pessoas

em sala de aula, a adequação de sua forma de exposição.

9.GESTÃO DA ESCOLA

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, estrutura e organização e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação. (LIBÂNEO,2004, p. 102)

A escola é uma instância social indispensável e insubstituível para a

maturação e desenvolvimento formativo do ser humano. Este é o sentido da educação

básica: a construção do princípio humano, da radicalidade originante do devir humano

como gente. A escola é uma instituição onde não cabe a dominação, porque isso se opõe

ao cumprimento de sua função de formação humana, de construção do sujeito. A

sociedade atual suscita uma educação que assegure a aprendizagem significativa,

voltada à formação. Para que essa formação realmente aconteça é necessário que a

escola realize uma gestão democrática, visto que não há como formar cidadãos críticos

com uma gestão autoritária. A gestão democrática contempla os envolvidos nas

atividades, perpassando a superação do simples fazer e chegando ao âmbito das

decisões.

Contranpondo-se a uma prática tecnicista e tradicional, hoje buscamos

desenvolver um trabalho pedagógico que leve nossos alunos a serem sujeitos da sua

própria história e agentes conscientes de transformações sociais. A gestão escolar tem

como razão de ser a elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico da

escola. Cada escola tem uma proposta educativa, que norteia e da sentido ao que nela se

faz. Para coordenar a elaboração, execução e avaliação desta proposta as funções da

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gestão são: A função sócio – política; e a função pedagógica.

A função sócio- política está vinculada a relevância do que se faz na escola,

em relação à aprendizagem significativa. É fundamental o uso do tempo pedagógico para

que aprendam o que é indispensável e significativo para sua construção como sujeito. O

significado social, político e histórico da aprendizagem é que faz com que a proposta

educativa da escola seja um projeto politico, além de pedagógico.

A função pedagógica diz respeito à orquestração do conjunto. Uma proposta

educativa deve ser integral . Não pode ser um agregado aleatório de conteúdos e

práticas. Deve haver unidade na diversidade. As demais funções da gestão escolar, por

mais indispensável e importantes que sejam, são adjetivas e complementares.

A formação humana emancipadora é um processo de construção de autonomia

para produzir as condições subjetivas portanto no Colégio Dr Antônio Pereira Lima, as

participações coletivas são as seguintes:

• O Conselho Escolar e Conselho Fiscal define o uso de verbas do PDDE

e Fundo rotativo

• Os pais e funcionários através da Associação de Pais , Mestres e

Funcionários (APMF)

• Os alunos conforme o seu próprio estatuto (Grêmio Estudantil) e

Regimento Interno.

9.1 CONSELHO ESCOLAR

Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativo e

fiscal, com objetivo de estabelecer para a Proposta Pedagógica da Escola, critérios

relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,

tendo como finalidade promover a articulação entre os vários segmentos organizados da

sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de seu

funcionamento, não

O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário,

religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito

diretamente à atividade educativa da escola, prevista em nosso Projeto Político-

Pedagógico.

Não possui fins lucrativos, nenhum de seus membros recebe qualquer tipo de

remuneração ou benefício pela sua participação no conselho escolar.

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O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada

e de participação da comunidade escolar constituindo-se como órgão máximo da direção

do Estabelecimento de Ensino.

Ele é presidido pela Diretora é composto por representantes da comunidade

escolar .

Membros do Conselho Escolar

Rosângela Conceição Pedro - Presidente

Ivani Dias Gonçalves – Representante da Equipe Pedagógica

Lucilene Ruivo A Massan – Representante do Corpo Docente EF

Márcia Aparecida Honório – Representante do Corpo Docente EM

Sônia Ap. dos Santos – Representante dos Funcionários Administrativos

Nilza Ap. Monte Pordo – Representante dos Func. De Serviços Gerais

Karen Kresin Flavio – Representante do Corpo Discente EF

Alana Farias de Almeida – Representante do Corpo Discente EM

Ana Paula Maia – Representante dos Pais de alunos EF

Marcos Eleandro Garcia – Representante dos Pais de Alunos EM

Ivanilda Gomes S. Gasbarra – Representante do Segmento da Sociedade.

9.2 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE

ESCOLAR

9.2.1 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

Associação de Pais e Mestres e Funcionários é o órgão destinado a promover o

intercâmbio entre a família do aluno, os professores e a direção do estabelecimento,

propondo medidas que visem o aprimoramento do ensino ministrado e assistência ao

Corpo Discente, participando no gerenciamento dos recursos financeiros da escola. Além

disso, promove e organiza atividades extra – escolares com a intenção de ajudar a

formação integral do educando.

Os principais objetivos da APMF são:

Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento de ensino e integração família - escola – comunidade,enviando

sugestões,em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho

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Escolar e equipe pedagógica- administrativa;

• Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em

consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de

Ensino;

• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a

realidade dessa comunidade;

• Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil, com o

Apoio da APMF e do Conselho Escolar;

• Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,

dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma

escola pública, gratuita e universal;

• Promover o entrosamento entre pais, alunos,professores e funcionários

e toda a comunidade, através de atividades sócio/educativas, culturais e

desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

• Gerir e administrar os recursos financeiros próprio e os que lhes forem

repassados através de

• Convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião

conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;

• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância

desta ação.

A APMF do Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima é formada

por:

PRESIDENTE CEZAR PALHIARIN

VICE-PRESIDENTE MARIA INEZ FARIAS

1 SECRETARIO TEREZA BATISTA

2 SECRETARIO MARIA ANGELICA MOZELLI

1 TESOUREIRO IRENE GALE

2 TESOUREIRO WILMAIR PESTANA DA SILVA

1 DIRETOR SOCIOLCULTURAL ESPORTIVO MARCOS ELEANDRO GARCIA

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2 DIRETOR SOCIOCULTURAL ESPORTIVO ELIANA BUSETTI DE LIMA

CONSELHO DELIBERATIVO

ANTONIO APARECIDO DOS SANTOS

ROSELI DOS SANTOS OLIVEIRA FERNANDES

LUIZ CARLOS RICO

ARIOBALDO BEZERRA DE OLIVEIRA

CLAUDEMIR VICENTE DE LIMA

DALVA APARECIDA ZANELLI

IRACI FERNANDES SANTOS

LUCILENE FAVARETTO

9.2.2 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa e fiscal em assuntos didáticos/pedagógicos, com atuação restrita a cada

classe da escola, tendo por objetivo avaliar tanto o ensino quanto a aprendizagem na

relação professor/aluno e os procedimentos enquadrados em cada caso., tem também a

finalidade de promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os

setores da escola. Realizada em reunião prevista em calendário onde todos os

envolvidos: Diretor, Secretária, Equipe Pedagógica e professores da mesma analisam e

discutem, propondo soluções acerca dos problemas detectados , onde o objetivo maior no

primeiro momento não é a nota do aluno, mas sim a busca de alternativas para que

possamos sanar as dificuldades em relação a média que o mesmo apresenta, e

consequentemente analisando caminho a ser percorrido para que esse aluno chegue a

seu destino, aqui entendido com sua aprovação. Em seguida, o Pós Conselho de Classe

onde é organizada uma reunião com pais, equipe pedagógica, diretor para tomada de

atitudes em relação aos problemas levantados em reunião de Conselho de Classe, e

encaminhamentos para sanar os problemas. , No final do ano letivo, acontece o Conselho

de Classe final, onde é decidido, se os alunos que não atingiram a nota mínima, serão

aprovados ou reprovados.

São atribuições do Conselho:

• analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo

ensino e aprendizagem;

• estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

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processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

• acompanhar o processo de avaliação de avaliação de cada turma, devendo

debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e

aprendizagem;

• atuar com corresponsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço

do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados

finais, levando -se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;

• analisar pedidos de revisão de resultados finais até 72(setenta e duas)

horas úteis após sua divulgação em edital.

10 MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE

ESTUDOS A QUE SE DESTINA

10.1 ENSINO FUNDAMENTAL

O ensino Fundamental, segunda etapa da Educação Básica é ofertada por este

estabelecimento de Ensino de 5ª Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano. De acordo com o Artigo

24 da LDB nº 9394/96, com a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por

um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar.

O curso, com oferta no turno diurno , deve garantir uma Base Nacional

Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na

diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada devem integrar

em torno do paradigma curricular que visa estabelecer a relação entre a Educação

Fundamental e a vida cidadã.

A escola, para desenvolver sua proposta pedagógica, contempla no seu

currículo:

Base Nacional Comum: com as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa,

Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Educação Artística, Educação Física

e Educação Religiosa. Esta, disciplina de oferta obrigatória, mas de matrícula facultativa,

conforme artigo 33 da LDB. Por ser a dimensão obrigatória dos currículos nacionais a

Base Nacional Comum detém, 75% da carga horária de cada série e do total do curso.

Parte Diversificada: compreendendo conteúdos complementares, integrados à

Base Nacional Comum, escolhidos por cada sistema de ensino e estabelecimentos

escolares, de acordo com as características regionais da sociedade, da cultura, da

economia e da clientela. Fazem parte da Parte Diversificada as disciplinas de Língua

Estrangeira Moderna (Inglês), Laboratório de Modelagem Matemática e Estudos Gerais

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do Paraná.

Complementando a Base Nacional Comum a Parte Diversificada detém 25%

da carga horária de cada série e do total do curso.

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10.2 A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

A implantação do Ensino Fundamental de nove anos justifica-se pela alteração

da LDBN n 9394/96, em seus artigos 6º, 32º e 87º, ocorrida pela Lei Federal nº 11.274 de

06/02/06. A preocupação com a implantação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil,

não é recente, como pode ser observado no histórico da legislação educacional brasileira.

Além de uma determinação legal, o Ensino Fundamental de nove anos é um direito,

especialmente, as crianças que não tiveram acesso anterior as instituições educacionais.

O Ensino Fundamental de nove anos tem como meta ampliar o universo

cultural da criança por meio de ações que lhe estimulem a explorar o mundo, acendam a

sua imaginação com novos conhecimentos e a ajudem a se conhecer e a conviver melhor

ao estabelecer relações cognitivas e sociais.

Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é

importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações

historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica quanto na

legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década de 1989, no

Brasil. (...)Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância

influenciaram ou justificaram as políticas educacionais, com limites e possibilidades,

no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma concepção de infância é

primordial na condução do trabalho. Esta concepção orientará os conceitos sobre o

ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia,

a avaliação, a organização de espaços escolares e tempos com atividades

desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho pedagógico organizado não apenas

pelo professor mas por todos os profissionais da instituição. (SEED,2010, p.10)

Em consonância com essa perspectiva educacional, o Projeto Político

Pedagógico desenvolvido no Colégio Estadual Do Campo Dr. Antônio Pereira Lima

propõe atividades significativas e desafiadoras, capazes de impulsionar o

desenvolvimento da criança. A integração entre as áreas do conhecimento permite ao

aluno fortalecer o seu processo de aprendizagem, ao propiciar uma visão sistêmica da

realidade.

As práticas e as concepções adotadas pela proposta pedagógica, ao introduzir

a criança no mundo da escrita procura garantir a ela o direito de ler, compreender e

produzir textos e os compartilhar socialmente como cidadã, ampliando suas experiências

e práticas sócio-culturais, intermediando as relações dela com situações que provoquem

trocas e descobertas

O desafio é pensar em todos os alunos do Ensino Fundamental, na forma de

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uma prática que garanta a todos a aquisição de conhecimentos nas dimensões artística,

filosófica e científica, papel pedagógico essencial da instituição escolar. Desta forma,

propomos análise sistemática da Proposta Pedagógica Curricular; reorganização do

projeto Político Pedagógico; adequação do espaço físico, mobiliário, equipamentos,

acervo bibliográfico e materiais de apoio pedagógico; formação continuada para os

profissionais da educação na busca do entendimento pedagógico do Ensino Fundamental

de nove anos. Entendemos essa ações como fundamentais para o verdadeiro

entendimento do ensino fundamental de nove anos, mas para que isso se efetive, é

importante ter claro a importância do compromisso das famílias e dos profissionais da

educação, como forma de garantir ao aluno um aprendizado pautado no entendimento e

na seriedade.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

10.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 SANTA MARIANA

ESTABELECIMENTO: 00060 ANTONIO PEREIRA LIMA, C.E. DO CAMPO - Drº

ENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031 – DISTRITO PANEMA – CEP 86350-000

TELEFONE: 43 35331110

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 4 4

Educação Física 3 3 2 2

Ensino Religioso* 1 1 - -

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

- - - -

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

- - - -

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Santa Mariana, 24 de Agosto de 2011

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

10.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 SANTA MARIANA

ESTABELECIMENTO: 00060 ANTONIO PEREIRA LIMA, C.E. DO CAMPO - Drº

ENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031 – DISTRITO PANEMA – CEP 86350-000

TELEFONE: 43 35331110

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 4 4

Educação Física 3 3 2 2

Ensino Religioso* 1 1 - -

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

- - - -

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

- - - -

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Santa Mariana, 24 de Agosto de 2011.

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10.3 ENSINO MÉDIO

Este estabelecimento oferta o curso de Ensino Médio nos períodos matutino e

noturno, com 25 horas semanais e no noturno com 24 horas/aula semanais perfazendo

um total de 800 horas anuais, atendendo ao disposto no Artigo 24 da LDB nº 9394/96 que

preconiza carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200

dias de efetivo trabalho escolar.

O currículo contempla uma Base Nacional Comum com carga horária de 75%,

distribuídas pelas três Áreas de Conhecimentos do Ensino Médio: Linguagens, Códigos e

suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e Suas Tecnologias e Ciências

Humanas e suas Tecnologias.

Na Parte Diversificada constam a seguintes disciplinas: Língua Estrangeira

Moderna (Inglês) com a finalidade de levar o aluno a compreender a importância da

Língua Inglesa no mundo moderno, percebendo que o seu domínio possibilita o acesso a

outras culturas; Laboratório de Leitura e Produção de Textos, de forma a garantir ao aluno

ingresso do Ensino Médio maior e melhor domínio da Linguagem oral e escrita.

Introdução à Metodologia Científica, visando instrumentalizar o aluno com conhecimentos

básicos da Pesquisa Científica, da grande utilidade durante o curso, visando reconhecer a

importância da Pesquisa Científica para o desenvolvida sociedade. Foi incluída a

disciplina de Filosofia, devendo ser vista como necessidade de exercer uma reflexão

crítica, como processo sistemático e interpretativo do pensamento, por diversas situações

vivenciadas.

Complementa a Parte Diversificada a disciplina de Sociologia, tendo como

finalidade básica instrumentalizar o indivíduo para a construção de uma visão social

crítica de modo a levá-lo a melhorar sua prática enquanto cidadão.

A Parte Diversificada tem carga horária de 25% de cada série e do total do curso.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO10.3.1 MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIONRE: 08 – CORNELIO PROCÓPIO MUNICIPIO: 2410 – SANTA MARIANAESTABELECIMENTO: 00060 Col. Est. Dr. Do Campo Antônio P. Lima. - EFMENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031DISTRITO PANEMA – SANTA MARIANA-PR CEP 86358000 TELEFON 43- 35331110ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009- ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTANEA MODULO: 40 HORAS

DISCIPLINAS /SÉRIE

1 2 3

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

ARTE 2 2 -

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FISICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTORIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 2 3 4

MATEMATICA 3 2 3

QUIMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUBTOTAL 23 23 23

PD

L.E.M. -ESPANHOL * 4 4 4

L.E.M. - INGLES 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

TOTAL CARGA HORÁRIA (HORAS-AULAS)

Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDBn 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

11. ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR

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Dentro das atividades para o envolvimento da comunidade é divulgado para a

comunidade escolar, no início do ano letivo as atribuições de cada segmento da escola,

bem como Direitos e Deveres de pais e alunos; o estabelecimento de ensino promove

reuniões com os pais para acompanhamento, divulgação e formação da APMF e

Conselho Escolar, conscientizando os pais das necessidades da escola e envolvendo-os

nas promoções a serem realizadas, campanhas institucionais, eventos esportivos,

religiosos, festivos e culturais. O estabelecimento de ensino coleta opiniões e sugestões

da comunidade através da “caixa de sugestões”, para melhoria das ações da escola e

divulga os resultados através de edital que é afixado nos locais mais frequentados pela

comunidade.

O aluno pode se expressar através da: Semana Cultural e Recreativa com

eventos esportivos: dança, Voleibol, Futsal, e Handebol; participações, danças,

dublagens, coreografias, paródias, coral, dramatização com a participação ativa dos

alunos e o envolvimento dos professores, sob a responsabilidade da Equipe da Direção e

durante o ano letivo, participam de atividades referentes as datas comemorativas.

Nas atividades que complementam o desenvolvimento de competências o

estabelecimento promove projetos interdisciplinares, leitura informativa de revistas,

jornais, livros sobre a realidade, proporcionando aos alunos o acesso à diversos tipos de

leitura, transformando a sala de aula num espaço privilegiado de reflexão, situações de

aprendizagem vivas e enriquecedoras com atividades centradas em projetos de trabalho e

na resolução de problemas para desenvolver competências.

A pesquisa é desenvolvida buscando informações em várias fontes para a

resolução de uma determinada situação problema com espontaneidade e criatividade.

Dentro das ações desenvolvidas acontece o Pré-Conselho de classe, onde os professores

entregam uma ficha de acompanhamento dos alunos à equipe pedagógica em data que

antecede o Conselho de Classe para levantamento dos problemas mais graves

relacionados à aprendizagem.

Temos também o Programa de Atividades Complementares no contraturno , que

tem como objetivo a permanência e participação dos alunos em atividades diferenciadas e

de seu interesse.

11.1 AGENDA 21

No início do ano em semana de planejamento e reunião com todos os professores

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são discutidas sugestões e ideias relacionados com a Agenda 21 para que assim possam

ser desenvolvidos trabalhos durante o ano. A Educação Ambiental é trabalhada em todas

as áreas, com trabalhos de conscientização conhecendo primeiro os problemas locais,

escola , casa o meio em que vivem e depois o que pode ser feito para que a degradação

ambiental seja a menor . Os professores definem com os alunos as ações prioritárias ,

quem serão os envolvidos é montado um cronograma de atividades distribuídas de

acordo com cada bimestre para que assim se possa trabalhar os temas sugeridos , as

teleconferências que são transmitidas são assistidas pelos, bem como filmes que o levam

a refletir tornando-se críticos e atuando no meio em que vivem desenvolvendo assim no

educando uma consciência de valores, ética e atitudes.

11.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de

acordo com o disposto no art. 8o da Deliberação no 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de

orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das relações Étnico-

Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do

período letivo.

As Equipes Multidisciplinares se constituem na da articulação das disciplinas da

Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares estaduais da

educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com v a

finalidade de tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e

Indígenas do Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e índigena

valorize a história de seu povo, sua cultura, e da contribuição dada para o país e para a

humanidade.

A Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de Ensino deve: Elaborar e

aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações

do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de História e

Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores

na elaboração do Plano de Trabalho docente.

Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação

e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira,

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Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED.

Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,

funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao

preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as,

equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as.

Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as

situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos

estabelecimentos de ensino.

Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano

Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o

Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de

conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino.

Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe

multidisciplinar.

11.2.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2012

Representante da Equipe Pedagógica : Ivani Dias Gonçalves

Representante Agente Educacional II: Nilza Ap. Monte Santos Pordo

Representante Agente Educacional I – Sônia Aparecida dos Santos

Representante das Instâncias Colegiadas : Márcia Aparecida Honório

Professores da Área de Humanas : Gislaine Aparecida Moda

Representante da Área de Humanas: Marina Fantinelli Ortiz

Representante da Área de Humanas :Denise Varotto

Representante dos Professores na Área de Biológicas : Eliana Busseti de Lima

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11.2.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA O ANO DE 2011 /

2012

Justificativa:

Nesta comunidade escolar temos pessoas oriundas das mais diferentes classes,

raças, crenças, culturas. É em meio a esta rica diversidade que esta equipe propõe ações

que visem desmistificar algumas práticas antissociais por meio do estudo, da leitura, da

pesquisa, do diálogo e sobremaneira de práticas pedagógicas que conduzam esta

comunidade rumo ao conhecimento, respeito, tolerância.

A construção deste Plano de Ação tem por finalidade abrir espaço para estudo,

debate, discussão, troca de experiências e ações significativas, no âmbito escolar e na

comunidade, objetivando uma educação cada vez mais inclusiva numa cultura da paz.

Por isso, estruturou uma equipe nominada Equipe Multidisciplinar, que tem o papel de

orientar, sugerir, avaliar e apoiar ações que despertem o interesse por mudança de

comportamento, aceitação e respeito às diferenças.

Para tanto, propõe a todos que compõem esta comunidade, ressignificar as

práticas educativas, sobretudo aquelas de abordagem étnicorracial. Sabendo que esta

equipe, composta de todos os setores da escola, se propõe a estabelecer, não só as

ações, mas também estabelecer metas a serem cumpridas. Para tanto, este Plano deverá

nortear as propostas de trabalho previstas no PPD (Plano de Trabalho Docente), e por

intermédio dele, desmistificar equívocos históricos, conceituais e culturais da comunidade

negra ou indígena. Essa orientação pretende abrir espaço para todos, ajudando alunos a

construírem referenciais positivos de identidade racial.

11.2.3 OBJETIVOS

Diagnosticar o posicionamento do Estabelecimento de Ensino quanto ao trato da

questão étnicorracial .

Promover leitura, discussão e reflexão das Leis 10.693/03 e 11.645/08, e analisar

o contexto históricos social de ambas;

Garantir nos documentos próprios do Estabelecimento de Ensino (PPP, PPC,

PTD, Regimento Escolar e Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações;

Mapear a comunidade para conhecer a história e percurso de ação da população

negra e/ou indígena da cidade e sua participação em movimentos ou associações;

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Pesquisar e sequenciar as contribuições das personalidades negras em diferentes

áreas do conhecimento e das diferentes comunidades tradicionais indígenas;

Valorizar as ações e políticas por meio de leitura de textos informativos, debates,

discussões, seminários, que objetivem a promoção da igualdade de oportunidade,

considerando os critérios de igualdade de condições;

Elaborar uma lista de filmes , textos, literatura, documentários, narrativas e sites

para a socialização com professores e estudantes sobre a temática Africana, Afro-

brasileira e Indígena;

11.3 HORA ATIVIDADE

A forma de organização da hora atividade acontece de acordo com o disposto no

art. 23 § 1º da Resolução nº 4106/2004, a hora atividade, tempo reservado ao professor

em exercício de docência, para estudos e planejamento, avaliação e outras atividades de

caráter pedagógico, será cumprida, integralmente no mesmo local e turma de exercício

das aulas. Neste estabelecimento a hora atividade é prevista no horário do professor de

acordo com sua carga horária e cumprida nos turnos em que atua.

Durante o período de hora atividade os professores desenvolvem as seguintes

atividades:

• Leituras variadas tais como: proposta pedagógica do colégio, leitura

informativa, editais sobre as atividades que são desenvolvidas no colégio,

jornais e revistas, biblioteca do professor;

• Atendimento aos pais;

• Correção de avaliação de atividades;

• Diálogo com a equipe pedagógica sobre alunos, conteúdos e

planejamentos;

• Organização do livro registro;

Ao realizar Intervenções Pedagógicas para conter a evasão e a repetência

entendemos que as mesmas devem estar voltadas para uma escola atrativa, onde os

alunos possam pensar, criar e atuar, sempre valorizando suas múltiplas inteligências e

consequentemente sua auto-estima, tornando esta mesma escola prazerosa através dos

mais diversos projetos interdisciplinares com o objetivo de mostrar aos alunos a

importância dos conteúdos trabalhados contextualizando a vida dos alunos transformando

a escola, construindo assim uma escola que possa ser significativa, acompanhando assim

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as mudanças que o tempo impõe. A escola trabalha com esta visão pois, acredita que

assim automaticamente o índice de evasão e repetência diminui, como também ocorre a

transformação dos seres humanos em agentes de transformação social, buscando assim

uma sociedade igualitária.

A escola atende grande número de alunos que trabalham no campo, porém como

estes estudam em período noturno, não se faz necessário uma organização de atividades

específicas para período de colheita.

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14. FILOSOFIA DA ESCOLA

O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino Fundamental e

Médio, atende os alunos do Distrito Panema e adjacências que, na sua maioria trabalham

na zona rural como bóias-frias, ou, são filhos de trabalhadores agrícolas. Os pais não

possuem na sua maioria, formação escolar A visão que eles têm da escola é que esta tem

a incumbência de tornar seus filhos cidadãos de bem, garantindo-lhes um futuro melhor.

A principal função da escola é formar cidadãos críticos, participativos e

responsáveis nas diferentes situações sociais, assim sendo a filosofia da escola esta,

antes de tudo, voltada para a práxis formadora e compete-lhe educar e instruir para que a

formação da cidadania seja de fato, uma realidade na vida das pessoas.

De acordo com o caderno temático sobre Educação do Campo, um dos traços

fundamentais que vem desenhando a identidade do movimento por uma Educação do

Campo, é a luta do povo do campo por politicas publicas que garantam o seu direito à

educação e a uma educação que seja no e do campo. Assim sendo a escola deve

possibilitar, uma educação de qualidade que forme seus alunos como sujeitos de direitos,

sendo necessário para tanto, que a escola trabalhe os conteúdos dentro de uma

estratégia ampla que privilegie a formação humana.

Aprender a ser cidadão é, entre outras coisas, aprender a usar o diálogo nas mais

diferentes situações e a comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da

comunidade, da região, e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser

aprendidos e desenvolvidos pelos alunos, portanto, podem e devem ser ensinados na

escola.

A melhor forma de ensina-los é fazendo com que se vivencie. Mais que discursos,

a prática, o exemplo, a convivência e a reflexão desenvolvem atitudes coerentes com os

valores que a escola quer ensinar.

Assim sendo cabe à escola oferecer aos seus alunos um modelo de educação e

currículo que contemple a diversidade do campo em todos seus aspectos: sociais,

culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia de forma a fortalecer a

identidade da população do campo, possibilitando a valorização da história e da cultura do

homem e da mulher do campo, mas também possibilitar ao aluno do campo as

ferramentas necessárias para sua inserção em outros contextos e outras realidades

quando tal for o seu desejo ou se fizer necessário.

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14.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO

O homem com ser histórico, que se educa em comunhão intermediado pelo

mundo, entendendo o sujeito tanto social com físico, tem nos tempos atuais a

necessidade de se envolver nos problemas que o cercam de modo que possa agir de

maneira crítica no seu meio.

A escola, cabe formar esse homem, desenvolvendo-lhe a sensibilidade, o respeito

ao próximo para que possa assimilar sua cultura e cidadania e se tornar apto a conviver

com as diferenças existentes na sociedade.

O ser humano não trás ao nascer todas as virtudes, hábitos. Através de

processos construir tudo o que pode leva-lo a ser um ser humano, justo, bom, preparado

para o convívio na sociedade.

O grande objetivo da educação é levar o educando a desenvolver seu próprio

processo de busca e que nessa busca aja o crescimento individual, respeitando os

valores do passado.

O desabrochar de toda s as qualidades é papel da educação, mas ao indivíduo

cabe depois de tudo ter uma consciência critica, construtiva, politica, social , ambiental e

religiosa.

14.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A sociedade vive hoje momentos de grandes transformações, os avanços

tecnológicos, a globalização, informações que ocorrem com muita rapidez fazendo mudar

nossa maneira de pensar. Nessa sociedade em que se convive diariamente com a fome,

o desemprego, a falta de ética, valores totalmente distorcidos faz-se necessário repensar

constantemente nossas atitudes, pois estas mudanças exigem um novo perfil de cidadão,

um cidadão crítico, atuante, sensível, responsável, capaz de acompanhar essas

transformações que pense no geral e atue sobre o local, intervindo e tornando se sujeito

de sua história .

A escola em toda a sua pratica busca desenvolver ações que conduzam o

indivíduo a desempenhar sua cidadania. Engloba-a tanto na parte voltada à aquisição de

conhecimentos, quanto na convivência social, trabalhando atitudes e valores que

proporcionam ao individuo uma convivência em grupo harmonioso.

Diante de tudo isso, a escola tem de trabalhar os valores, as atitudes, o respeito

ao próximo, a democracia e ao meio ambiente, proporcionando assim ao indivíduo uma

convivência harmoniosa em sociedade.

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14.3- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O conceito de infância enquanto fase da vida do ser humano, não tem mais de dois

seculos de existência. Recorrendo-se a definição da palavra infância, oriunda do latim

infantia, significa “incapacidade de falar”. Considerava-se que a criança, antes dos 7 anos

de idade, não teria condições de expressar seus pensamentos, seus sentimentos. Desde

a sua gênese, a palavra infância carrega consigo o estigma da incapacidade, da

incompletude perante os mais experientes, relegando-lhes uma condição subalterna

diante dos membros adultos. Era um ser anônimo, sem um espaço determinado

socialmente.

Seguindo uma forma de organização social da família tradicional, a fase da

“infância” tinha uma curta duração, restringindo-se apenas a sua etapa de fragilidade

física. Ao adquirir uma certa independência, era imediatamente conduzida ao convívio

adulto, compartilhando de seus trabalhos e jogos, sem estar plenamente preparada física

e psicologicamente para tal. Neste período, a transmissão de valores e dos

conhecimentos estava vinculada ao contato das crianças com os jovens ou os adultos

através de um processo de socialização. Era uma aprendizagem de cunho prático,

baseada na observação do trabalho desempenhado pelos mais experientes.

Com o estabelecimento de uma nova ordem social, em fins do século XVII, são

notadas algumas mudanças consideráveis alterando a estrutura até então em vigência.

Com isso, sentiu-se a necessidade da criação de escolas, um dos mecanismos de

fornecimento da formação inicial aos pequenos, a fim de dominarem a leitura, a escrita e

a aritmética, como mais um dos artifícios de preparação para a vida adulta.

A escola passou a substituir a aprendizagem obtida empiricamente pela

observação dos mais experientes, deixando de aprender a vida diretamente. O advento

da escola moderna está atrelado ao surgimento de um novo sentimento do adulto para

com as crianças, implicando em cuidados especiais.

Com o apogeu da Revolução Industrial, ocorrido entre os séculos XVIII e XIX, foi

direcionado um novo olhar sobre a infância. Estas passaram a ser vista como tendo um

valor econômico a ser explorado. A urgência por mão-de-obra provoca o não

cumprimento dos direitos infantis de acesso à escola, levando as crianças novamente ao

mercado de trabalho, submetidas às explorações em nome dos ditames econômicos.

Delimitamos entre os anos de 1850 a 1950 como o momento do ápice da infância

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tradicional. Como desenvolvimento das ciências humanas e consequente compreensão

acerca desse período da vida humana, as crianças passaram a ser retiradas das fábricas

e novamente inseridas em contextos promotores de aprendizagens sistematizadas, sendo

as instituições educativas os locais mais apropriados para esses propósitos.

Com a consolidação do protótipo de família em fins do século XIX, a

responsabilidade dos genitores passou a assegurar mais responsabilidades com o bem-

estar das crianças, garantindo os direitos que lhes assistem e maiores cuidados físicos. A

noção de infância, agora, passa pelo crivo dos conceitos técnicos e científicos. Essa

análise é respaldada e analisada à luz da Psicologia, da Sociologia, da Medicina, dentre

outros campos do saber, passando a emitir um parecer científico a respeito dessa fase da

vida humana, adquirindo estas constatações uma maior respeitabilidade frente à

sociedade. Ao adentrarmos na trilha da contemporaneidade nos deparamos com uma

série de mudanças em curso, formando novas conjecturas e desencadeando diferentes

concepções e olhares sobre um mesmo fato ou acontecimento, sendo evidenciadas e

processadas algumas rupturas significativas na ordem conceitual até então em vigência.

Neste espaço mutante e efêmero, a noção de infância adquiriu uma nova

roupagem, incorporando uma reestruturação que lhe confere um outro status. A criança

desses novos tempos possui outras características, necessidades não encontradas

outrora, aspirações estas fruto da recente ordem estabelecida mediante os ditames da

globalização e do neoliberalismo.

Para exemplificar concretamente essas alterações em relação à visão da infância,

podemos recorrer às mídias como um dos elementos fornecedores de uma considerável

quantidade de informações disponíveis através de diferentes suportes. Isso contribuiu,

direta e indiretamente, na montagem dessa nova fase da infância, na qual a criança é

encarada como um sujeito receptor e consumidor em potencial.

Hoje as mídias, principalmente a televisão, acabaram ocupando esse lugar e

roubando a cena, constituindo-se num dos principais meios de divulgação das

informações e de acesso ao mundo. Esse contato independe da classe social ou faixa

etária, ocorrendo muito antes do que se imagina. Sobre essa transformação no

entendimento do ser criança, Ghiraldelli Júnior nos esclarece acenando que:

Ser criança é ter corpo que consome coisa de criança. Que coisas são estas? Primeiro, coisas que a mídia define como tendo sido feitas para o corpo da criança. Segundo, coisas que ela define como sendo próprias do corpo da

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criança. Respectivamente, por um lado, bolachas, danoninhos, sucos, roupas,aparatos para jogos, etc, por outro, gestos, comportamentos, posturas corporais,expressões, etc. Ser criança é algo definido pela mídia, na medida em que é um corpo-que-consome-corpo (GHIRALDELLI JR., 1996, p. 38).

Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância deixa de ser uma

fase natural da vida humana sendo, agora, um artefato construído, autorizado e ditado

pela mídia. Esta, por sua vez, recria esta imagem da criança livre, protegida, feliz,

deturpando e camuflando a verdadeira face da realidade.

Ao examinarmos as pedagogias escolar e cultural, poderemos dar um sentido

mais adequado ao processo educacional em vigência, preocupado com essas questões

tipicamente contemporâneas e que interferem diretamente no processo de ensino e

aprendizagem infantil.

Desse modo, cabe ao educador compreender a trajetória de desenvolvimento do

conceito de infância e as suas atuais determinações em nossos dias, que encontra suas

influências nos elementos da cultura e nos aportes midiáticos. Essa medida auxilia no

oferecimento de uma educação imbuída de criticidade e capaz de trazer às crianças todas

as oportunidades disponíveis para o seu crescimento, seja físico, social e intelectual.

A adolescência é uma fase evolutiva do ser humano uma vez que os alunos dos

anos finais do Ensino Fundamental encontram -se nessa fase, torna- se necessário que a

escola busque responder a uma questão básica: Como educar o adolescente?

Para responder a esta questão é preciso antes procurar entender esta fase, quais

os interesses que predominam? O que pensam os jovens? Quais são seus sonhos?

Quais os desafios da tarefa de educar a juventude do século XXI ?

Esta é uma fase onde são observadas profundas mudanças evolutivas que

ocorrem no aspecto físico, cognitivo, afetivo e social e que marcam a passagem da

infância para a idade adulta.

É importante registrar que esta fase da vida até pouco tempo atrás era

considerada apenas uma etapa de transição entre a fase da infância para a idade adulta,

porém atualmente os olhares se voltam para este período da vida como de extrema

importância, pois é a fase culminante do processo de maturação biológica, psicológica e

sócio- cultural do indivíduo que marca além da aquisição da imagem corporal definitiva a

estruturação final da personalidade.

Ao contrário do que acontecia nas sociedades primitivas onde a passagem do

mundo infantil para o adulto era breve e seguia normas rígidas, atualmente constata- se

uma tendência para o prolongamento da adolescência, principalmente nos níveis sociais

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mais altos e zonas urbanas mais desenvolvidas, fato que vem acontecendo devido à

extensão dos estudos universitários, exigência de maior capacitação via estudos de pós-

graduação e estágios para se inserir no mercado de trabalho com possibilidade de êxito,

dificultando assim a emancipação psicológica e econômica em relação à família.

A adolescência, embora seja também um fenômeno universal é um fato

psicossocial e tem características peculiares conforme o ambiente sociocultural do

indivíduo.

Na passagem da infância para a adolescência, o jovem

deixa para trás seus sonhos de criança, seu mundo

infantil, elaborando a perda simbólica da infância, isto é,

teoricamente deixa de ser criança e na prática oscula

entre o mundo infantil e o mundo adolescente.

( Oliveira e Chaper 2.000, p. 157)

Pesquisas recentes no campo da neurociência demostram que nem só os

hormônios são os culpados pelo comportamento explosivo dos adolescentes. Não

apenas o corpo, mas a mente e o cérebro passam por uma reorganização funcional nessa

fase. E na adolescência que o ser humano adquire a capacidade de pensar e raciocinar

além dos limites do próprio mundo e das realidades próximas. O pensamento ultrapassa o

tempo presente e torna- se capaz de elaborar teorias acerca de tudo. Passa a orientar

seus interesses para o futuro, para os grandes ideais a serem atingidos e para a

elaboração de hipóteses. O pensamento torna- se independente da representação e dar

imagens e passa a operar com conceitos abstratos, cujo conteúdo não é representável de

forma concreta.

Durante a adolescência, amplia- se a participação social, a popularidade entre os

colegas adquire um significado especial para a maioria dos adolescentes, por isso a

competência social e a valorização e aceitação pelos amigos contribui para a auto-

estima.

As mudanças cognitivas que ocorrem nessa fase afetam a forma como pensam

sobre si mesmo e sobre os demais, bem como as normas e regulamentos familiares,

chegando a questioná- las. Além disso, como desenvolvem a capacidade para diferenciar

o real do imaginário, passam a criar alternativas para o funcionamento da própria família,

apresenta argumentos mais sólidos e convincentes em suas discussões familiares, o que

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significa um claro questionamento da autoridade dos pais e dos professores.

Concluindo o papel da escola através dos educadores perante os adolescentes

consiste em conquistar confiança e respeito, prestar informações, orientar e ajudá- los a

descobrir o sentido da vida frente ás modas culturais e despertá- los para utilizar a

criatividade e o idealismo tendo em vista a construção de uma sociedade humana e

solidária.

14.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA E DE EDUCAÇÃO

A Escola é o estabelecimento público ou privado onde se ministra o ensino

coletivo. Ela tem como uma de suas ações desenvolver o interesse e a participação para

garantir ao aluno não só o acesso, mas a permanência.

A escola pública tem que estar comprometida com os menos favorecidos que tem

nela o único local para receber a cultura acumulada por gerações. E ela só conseguirá

cumprir sua função quando houver o entrosamento entre pais e comunidade, exigindo-lhe

avanços significativos na qualidade da educação oferecida.

Cabe à escola a função de ensinar, visto que a instituição social criada com esse

fim. No entanto, ensinar perpassa pela socialização da criança e do jovem, com garantia

de educação de qualidade que é seu papel fundamental e primeiro.

O currículo de uma escola com preocupação em educar tem que estar voltado

para as questões sociais; tem de ser vivo, dinâmico, interessante despertando a

consciência para as questões mais profundas da sociedade. A educação nesse contexto

tem que ir muito além do nosso entorno a fim de transformar a sociedade. Não há só uma

forma de educar; cada sociedade tem realidades e valores próprios por isso uma

concepção diferente de educação se faz necessária em cada região, em cada estado e

em cada cidade. Portanto, pode-se afirmar que da realidade concreta e de seus valores

depende a educação de cada povo.

PAULO FREIRE (1982) diz que “Só é possível uma transformação profunda e

radical da educação quando a sociedade se transforma radicalmente” e este é o primeiro

passo oferecido pela escola.

14.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA

Desenvolvimento intelectual, conjunto de experiência humanas, adquiridos pelo

contato social acumuladas pelos povos através dos tempos.

Cultura é um sistema de símbolos e significados (David Scheneider).

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Em grupos sociais, o homem vem criando e recriando estilos de vidas diferentes.

A variedade de culturas acompanha a variedade da história humana. Assim não se pode

dizer que existe uma totalidade humana, que os homens são todos iguais. Cada povo tem

processos históricos comuns, mas a individualidade cultural é manifesto em cada

sociedade e grupo social.

A escola tem o papel importante de preservar essa cadeia de acontecimentos, os

grandes fatos que marcaram a história do país e do mundo. A humanidade passou por

inúmeras e grandes transformações; as grandes guerras, o colonialismo do século XV e

XVI, a Revolução Industrial, o avanço da tecnologia são fatos que mudaram o mundo e

trouxeram um novo estilo a nossas vidas e tem que ser difundida, respeitando os valores

e acima de tudo as diferenças.

14.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Concebemos o trabalho como uma atividade que está “na base de todas as

relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana

intencional que envolve forma e organização, objetivando a produção dos bens

necessários à vida” (Andery, 1998, p.13)

Considerando este aspecto, precisamos entender o trabalho como ação

intencional, porém, é necessário também a compreensão de que o trabalho não acontece

de forma tranquila, pois está impregnado pelas relações de poder. No trabalho educativo,

o fazer e o pensar se entrelaçam dialeticamente e é nessa dimensão que está posta a

formação humana. Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade

intencional que envolve forma de organização necessária para a formação do ser

humano. Logo, o conhecimento como construção histórica é matéria prima do professor e

do aluno, que quando indagados sobre o mesmo, produzirão novos conhecimentos,

propondo modificações para a sociedade em que vivem.

14.7 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A partir do final de 2007, como consequência da ação governamental que

disponibilizou a TV Multimídia para todas as salas de aula, o cotidiano das escolas

paranaenses foi diretamente afetado com a seguinte questão: as Novas Tecnologias da

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Informação e Comunicação (NTIC’s) devem ou não ser utilizadas no processo de ensino e

aprendizagem?

Segundo Milton Santos (1997), o meio técnico-científico-informacional é resultante

do encontro da tecnologia, da ciência e da informação física e virtual. Por esta óptica, o

nosso cotidiano social é sempre afetado, seja negativa ou positivamente, pela maior

(inclusão) ou menor (exclusão) capacidade de inserção de cada cidadão neste novo

espaço. Portanto, a escola, o professor, o aluno e o ensino e a aprendizagem inseridos

neste espaço são também afetados por esta realidade que se transmuta (revoluciona)

diuturnamente pela ação ou inação de cada um e de todos nós.

No Estado do Paraná esta realidade ganhou contornos mais bem definidos a

partir do momento (2007) em que o governo estadual disponibilizou para a rede pública

de educação a TV Multimídia. Esta ação trouxe (ou impôs) à escola e ao professor uma

maior possibilidade de interagir com seus alunos através do uso de recursos tecnológicos

no cotidiano pedagógico. Mas esta mudança não produziu apenas efeitos positivos no

sistema estabelecido, pois a possibilidade de interagir de maneira diferenciada gerou – e

ainda gera – polêmicas entre professores, entre alunos e entre alunos e professores. De

um lado estão aqueles que veem neste recurso uma inovação capaz de melhorar o

ensino e a aprendizagem, a ação didática e pedagógica e, por conseguinte, o

desempenho educacional dos alunos, constituindo um recurso didático facilitador e

enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem. E de outro lado, estão aqueles que

consideram tal recurso um dispositivo para “matar” o tempo, ou seja, um dispositivo que

serve como “muleta” para o profissional “desinteressado”. O aluno – agente passivo e

principal afetado pela mudança – está no meio da discussão.

A TV Multimídia – enquanto elemento físico – ao ser inserida na sala de aula

trouxe ao aluno da rede oficial de ensino a expectativa de que, com sua utilização, o

professor promoveria uma aula sempre diferente da usual, uma aula em que o

conhecimento lhe seria apresentado de forma mais agradável e menos “cansativa”. Sendo

assim, a aparente “tranquilidade” do ensino e aprendizagem tradicional foi (consciente ou

inconscientemente) quebrada e deu vida a uma situação problema: a utilização deste

recurso – e das demais tecnologias – deve ou não ser incentivado pela escola? Com qual

frequência deve ser utilizado o recurso tecnológico pelo professor? Este recurso – e os

demais – garante uma aula melhor? Como utilizar esta variedade de recursos em sala de

aula?

Estas e muitas outras perguntas são diariamente feitas por diretores, pedagogos,

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professores e alunos da rede pública de ensino paranaense e a busca pelas respostas

certas representam um desafio bastante grande, ao qual se propõe aqui discutir.

Partindo-se da premissa que o uso de recursos tecnológicos é uma realidade

consolidada em nossa sociedade economicamente globalizada é possível afirmar que

deles o professor e a escola já não podem prescindir, sobremaneira porque o espaço

escolar nada mais é do que a extensão do espaço social em que vive o aluno. Assim, a

educação integral e integradora se realiza através da união da realidade produzida e

vivenciada inter e extramuros escolar e, em muito, ultrapassa a educação tradicional. Ou

seja, a nosso ver, a utilização educacional dos mais variados recursos tecnológicos se faz

necessária não apenas como inovação didática e pedagógica, mas principalmente como

viés de integração do sujeito à sociedade em que vive; esta mesma sociedade que Milton

Santos descreve como técnica, científica e informacional.

Entretanto, uma simples observação do ambiente escolar nos diz que a utilização

de tais recursos não tem sido prática corrente entre os professores, ao contrário, muitos

professores mantém uma atitude bastante refratária ao uso de Novas Tecnologias em

sala de aula. Porém é preciso ressaltar que “Diante do avanço tecnológico e da enorme

gama de informações disponibilizadas pela mídia e pelas redes de computadores, é

fundamental saber processar e analisar esses dados. A escola, nesse contexto, cumpre

papel importante ao apropriar-se das várias modalidades de linguagens como

instrumentos de comunicação, promovendo um processo de decodificação, análise e

interpretação das informações e desenvolvendo a capacidade do aluno de assimilar as

mudanças tecnológicas que, entre outros aspectos, implicam também novas formas de

aprender.” (PONTUSCHKA, PAGANELLI E CACETE, 2007, p.261-262)

A tecnologia oferece ao educador não apenas a possibilidade de interagir com o

aluno, mas, de integrá-lo ao mundo virtual, pois a utilização de variados recursos

tecnológicos possibilita ao professor aproximar-se deste novo mundo juvenil criado e

recriado instantaneamente na e pela rede mundial de computadores (internet). E mais, a

nosso ver, este é o ponto central na utilização de qualquer das Novas Tecnologias da

Informação e Comunicação: o professor, ao utilizá-las, não transfere sua responsabilidade

mediadora ao aluno, ao contrário, continua sendo ele, professor, o agente e principal

mediador entre a transmissão e a aquisição crítica do conhecimento. Entretanto, há de se

reconhecer que:

“Invadida em sua pureza étnica, racial e cultural, por indivíduos portadores de

subjetividades outras, outros desejos e valores, a escola, seu currículo e seus

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profissionais se viram despreparados e desnorteados para lidarem com tamanha profusão

de identidades e interesses.” (CASTRO, 2009)

Porém, isto não justifica a intensa resistência às mudanças tecnológicas

manifestada por uma parcela do corpo educacional. O espaço escolar concomitantemente

reproduz a sociedade do momento e produz a sociedade do futuro, portanto, é neste

espaço que a sociedade se transforma. Neste espaço, com muito menos alarde, outras

revoluções já se fizeram presentes: o quadro negro, depois o quadro verde e por último o

quadro branco; o giz branco, depois o giz colorido e por último o pincel atômico; o projetor

de slides, o retroprojetor e por último o data show foram, a sua época, novas técnicas

introduzidas ao ambiente escolar e que hoje fazem parte de seu cotidiano. Mudando-se o

que precisa ser mudado a sociedade se transforma, evolui e reivindica novos valores e

atitudes. As NTCI’s são parte da evolução social, da globalização econômico-financeira

do mundo e da capacidade humana de se reinventar a cada dia. Por estas e outras

razões, a escola, o professor e o ensino e a aprendizagem também se transformaram, se

transformam e continuarão a se transformar.

As revoluções do espaço educacional são inerentes ao progresso técnico,

científico e informacional que vivenciamos e, grosso modo, é o resultado do conhecimento

construído por professores e alunos ao longo das épocas. Compreender e adequar-se ao

uso das Novas Tecnologias da Comunicação e Informação é fator preponderante a todos

os envolvidos no processo didático e pedagógico e atitude inescapável ao docente da

rede pública de ensino paranaense.

14.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Sabemos que o homem é um ser natural e social que age na transformação da

natureza, acumulando experiências e produzindo conhecimentos. Assim, as pessoas

atuam e interferem na sociedade, participando nas diversas esferas da mesma. Cabe ao

homem o papel de sujeito construtor/transformador da realidade, portanto, buscamos

formar sujeitos críticos, participativos, reflexivos, sonhadores, ousados, capazes de

transformar a realidade, sujeitos políticos capazes de exercer seu direito de cidadãos com

responsabilidade diante da família, do trabalho e da sociedade.

Para ser cidadão é preciso ter uma vida com dignidade. Todos nascem livres e

iguais em dignidade e direitos. Cidadania significa o direito de viver com decência, de ter

ideias e expressá-las, de ter liberdade de escolha, de não sofrer qualquer tipo de

discriminação, de praticar uma religião e não sofrer perseguições, de respeitar o que é

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público, de cuidar com o meio ambiente. Cabe a escola formar o cidadão que saiba lutar

para que todas essas garantias de dignidade não fique só no papel, que exija o

cumprimento de leis e que também saiba respeitar essas leis. Infelizmente, percebemos

que falta muito para que as pessoas se entendam como cidadãos e se comportem como

tal .É preciso nos tornar éticos, para com isso garantir essa cidadania ao longo de nossa

vida e cabe a escola trabalhar para isso e levar a todos o entendimento de que é a

cidadania um dos principais fundamentos da democracia.

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14.9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento, pois

as informações são produzidas e difundidas rapidamente. A velocidade com que as

informações são veiculadas, impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento,

compreendendo-o como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente

nas relações sociais e com a natureza.

O conhecimento até então entendido como verdade absoluta, cede lugar à

construção sedimentada no contexto histórico-político-social-cultural.

Compreendendo que o conhecimento precisa ser construído e não repassado,

cabe à escola, a reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo

essa reconstrução. Para isso, a postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída

por uma postura crítica de ensino, na qual o aluno participa ativamente, pensa, cria e

constrói seu próprio conhecimento.

14.10 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

O aluno não aprende somente na escola, ele trás uma visão de mundo, e a escola

tem que perceber isso e encontrar a melhor forma de respeitar e ampliar seus

conhecimentos.

O aluno aprende no contexto escolar, na interação com o outro, o caminho para

aprendizagem é diferente para cada um, por isso cabe aos professores observar e não

deixar de considerar as diferenças que existem.

A aprendizagem se dá na troca, na interação com o outro, ao mesmo tempo que

se ensina , também se aprende, por isso ela tem que ser significativa que cause o desejo

de ir além, de saber mais, que cause desafios para que o aluno busque formas de

soluciona-los.

Muitas vezes é necessário mudar a prática pedagógica, quando essa não vai

mais de encontro aos objetivos , não é deixar de ensinar, mas sim propiciar formas

diferentes para que de fato ele ele se aproprie do conhecimento.

A escola nesse contexto tem que ser agradável, diferente, levar o aluno a ter

acesso aos diversos meios de pesquisas, utilizar as tecnologias existente para que possa

formar suas opiniões, conceitos, saber enfrentar os desafios e a agir de forma correta, de

forma que toda a escola possa evoluir juntos.

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14.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento diagnóstico, ela deve ser continua , dinâmica e

descentralizadora. Não deve ser um instrumento de exclusão e si de reflexão. Portanto

deve favorecer o desenvolvimento do aluno, ser democrática e deve buscar comprovação

da aprendizagem do aluno, e entender o porquê quando a mesma não ocorre. E quando

ela não ocorre o que está sendo feito? O professor está mudando sua prática

pedagógica? A escola está dando condições para que o aluno recuperar? Os critérios de

avaliação do conteúdo deve definido pelo professor e depende da intenção de cada um,

em relação aos conteúdos, objetivos e devem ser tratado no coletivo da escola.A

avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho escolar do aluno

em diferentes situações de aprendizagem utilizando-se de técnicas e instrumentos

variados tais como: tarefas diversificadas, trabalhos, pesquisas, participação em sala de

aula e provas.

Na avaliação do aproveitamento escolar preponderarão os aspectos qualitativos

da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos

conteúdos, dando-se relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a

elaboração ao invés da mera memorização.

Para que a avaliação cumpra a sua finalidade educativa como instrumento de

investigação da prática pedagógica sendo que, será sempre contínua, permanente e

cumulativa.

A avaliação obedecerá a ordenação e a sequencia do ensino e da aprendizagem,

bem como, a orientação do currículo como um projeto intencional e planejado que deve

contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência a uma aprendizagem

continuada. Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o período

letivo, num processo contínuo, cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a

totalidade do aproveitamento escolar. Avaliação esta que visa a contribuir para a

compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos com vistas as mudanças

necessárias para essa aprendizagem. Os resultados da avaliação do rendimento escolar

são sintetizados em notas bimestrais, expressas numa escala de “0” (zero) a “10,0” (dez).

Para os alunos inclusos ou que possuam dificuldade de aprendizagem o professor pode e

deve avaliar de forma diferenciada, segundo artigo 57 da LDBEN visando avaliar o aluno

de acordo com suas necessidades, evitando a comparação dos alunos entre si.

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14.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O termo currículo apresenta uma variação no decorrer do tempo, portanto,

depende da concepção de educação e de escola e também das necessidades de seu

entorno social. Elaborar um currículo é sempre complexo, pois envolve fatores

epistemológicos e determinantes sociais nem sempre mensuráveis pelo universo

pedagógico.

Desse modo, o currículo inclui mais do que o conteúdo a ser apreendido; nele as

relações humanas na sala de aula, os métodos e as formas de avaliação são tão

importantes quanto. Aqui não se almeja construir um currículo como regra, mas sim como

uma intervenção do que está sendo vivido pela escola. A nosso ver, currículo é um

instrumento de compreensão e de intervenção da realidade e da prática pedagógica

construído por pessoas em determinado momento histórico e social, ou seja, o currículo é

um retrato cultural atual do meio que o circunda, exposto em vernáculo a todos os

interessados para que, democraticamente, participem de sua construção.

Assim compreendido, o currículo não fornece receitas prontas. O aluno participa

ativamente do processo de ensino e aprendizagem. O modo de ensino é visto como

dialógico e prático, requerendo um professor reflexivo que instiga e fertiliza as idéias.

Volta-se à prática, à reconstrução do conhecimento. Compreende o homem pós-moderno

como resultante das múltiplas culturas.

14.13 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Enquanto alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou

grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de

uma sociedade (TFOUNI, 1995,p.20). Alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto

e de sua utilização como código de comunicação.

A alfabetização promove a socialização já que possibilita o estabelecimento de

novos tipos de trocas simbólicas, acesso a bens culturais. Alfabetizar é promover o

indivíduo na socialização da gramática, suas variações, codificação e decodificação.

Um dos maiores desafios da escola é a superação da fragmentação do ensino.

Neste sentido, a escola busca a qualidade e a apropriação dos conteúdos básicos e a

consequente aquisição dos conhecimentos representados na capacidade do aluno em

processar a leitura, a escrita e o raciocínio lógico-matemático para a resolução de

problemas. Essa proposta pedagógica contempla um enfoque histórico-cultural, que vai

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além da teoria da aquisição da língua escrita, mas abrange um conjunto de pressupostos

teóricos que representam uma nova postura diante do conhecimento e da relação

professor-aluno.

Não basta apropriar-se da tecnologia - saber ler e escrever apenas como um

processo de codificação e decodificação (...), é necessário também saber usar a

tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitem ler e escrever de forma

adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler e

escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes

suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para

diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no

imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para

divertir-se, para orientar-se, para o apoio à memória, para a catarse...(SEED, 2010,

p.22)

Nessa perspectiva, o ensino deve pautar-se na concepção do reconhecimento da

importância da participação do aluno no processo de construção do conhecimento, mas

também e, simultaneamente, incluir-se como sujeito fundamental desse processo, e a

tarefa do professor é intervir pedagogicamente de modo a promover o desenvolvimento

das capacidades cognitivas do aluno. Isso requer da escola e de seus agentes o

investimento em um espaço de formação e informação real no desenvolvimento das

capacidades do aluno de maneira a torná-lo cidadão capaz de refletir, interagir e

promover mudanças na realidade vivenciada.

Portando nossa escola está procurando a melhor forma para acolher os alunos

que virão para o 6º ano, as pedagogas da escola participam do Conselho de classe dos

anos iniciais, para conhecer a realidade na qual o aluno estava inserido, fazendo uma

sondagem de suas dificuldades e proporciona encontros para uma interação entre os

professores dos anos iniciais e finais, tornando -se mais fácil a adaptação do aluno a nova

escola.

14.14 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

Entendemos que uma escola pública de qualidade deve buscar implementar em

seu interior uma forma de gestão que proporcione a todos os sujeitos envolvidos um

sentimento e uma relação de pertencimento ao ambiente escolar e acreditamos que para

que este objetivo seja atingido deve-se estabelecer uma gestão democrática da escola e

do conhecimento, pressupondo assim que as opiniões de cada sujeito deverão ser

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respeitadas dentro de suas relevâncias.

Para validar a gestão participativa é necessário vencer desafios enquanto

educadores de contrapor ao método de exclusão, da manipulação do método da

participação, das decisões coletivas, da socialização de informações, da convivência com

as diferenças, desencadeando processos alternativos para a formação de uma cultura

democrática, começando pelo melhoramento das relações pessoais.

15. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

A SEREM REALIZADAS NO ANO DE 2011/2012

15.1 DIREÇÃO

As ações que serão apresentadas nesse plano de ação tem a finalidade estar

pautada em uma gestão democrática, voltada a participação coletiva de todos os

segmentos da escola, bem como resgatar a escola pública de qualidade, voltada a uma

proposta pedagógica que venha atender as reais necessidades de novos educandos, na

busca de transformá-los em seres humanos agentes de transformação social.

Pois atualmente, cabe à escola atenuar em parte, os efeitos das desigualdades

sociais e dentro de suas possibilidades tornar a humanidade menos desumana.

15.2 PLANO DE AÇÃO 2011/2012

Por acreditar na escola pública como um espaço democrático e ao mesmo tempo

por entendermos que a educação é um veículo de transformação social aliada a um

Projeto Político Pedagógico, condizente as reais necessidades dos nossos educandos, e

que assim, estaremos contribuindo na transformação de cidadãos críticos e conscientes

na busca de uma sociedade mais humanizada, essa direção se propõe:

• Envolver a comunidade interna, alunos, professores, funcionários e

equipe pedagógica num processo coletivo, onde poderão deliberar em

conjunto como deve ser a escola de hoje, pois se almejamos uma escola

que se faça realmente pública, primeiro ela tem que ser democrática;

• Estabelecer como gestor a autonomia da escola enquanto exercício de

democratização de um espaço público que articule sempre o

compromisso ético-profissional que é educar;

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• Participação efetiva junto a todos os segmentos da escola, discutindo as

diretrizes gerais da política educacional e propondo formas de

intervenção na realidade;

• Prioridade e incentivo a APMF e Conselho Escolar na participação de

grupos de estudos, onde possam realmente entender e exercitar as suas

funções num trabalho coletivo que vise a melhoria da escola pública de

qualidade;

• Envolver e apoiar professores, equipe pedagógica e pais para que assim

possamos assegurar aos nossos alunos o acesso, a permanência e o

seu sucesso no sistema escolar, mediante situações significativas que

desenvolvam o aluno como ser humano, ajudando-os a superar suas

dificuldades;

• Valorizar e apoiar os profissionais da educação na participação de

cursos de capacitação, bem como os Grupos de Estudos(NRE, SEED e

outros);

• Prioridade e incentivo aos projetos contextualizados de acordo com as

necessidades dos educandos para que ocorra a aprendizagem de

maneira mais prazerosa;

• Estimular o uso do laboratório de informática, como uma ferramenta

pedagógica a mais aos alunos, visando aproximidade das novas

tecnologias no âmbito escolar, possibilitando, a sua inclusão digital na

sociedade do conhecimento;

• Incentivo ao uso constante do laboratório, mediante a prática

pedagógica (teoria/pratica), além de estimular o educando a ser de fato

um investigador (ciências, física, química, biologia e matemática);

• Promover junto aos professores o projeto: A feira do Livro, incentivando

a leitura e o desenvolvimento do senso crítico;

• Incentivo na aquisição de livros para o enriquecimento do acervo da

biblioteca;

• Organizar e manter parceria com o Sindicato Rural de Santa Mariana

através do SENAR, Cursos e Projetos, beneficiando a sociedade local;

• Estabelecer e incentivar a participação da comunidade externa nas

diversas atividades escolares;

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• Buscar melhoria para as condições dos espaços físicos da escola,

através de ofícios de solicitações ao poder público (Estado) na oferta,

melhorias e manutenção de uma escola de qualidade;

15.3 EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica pretende dar continuidade aos trabalhos que já vem sendo

desenvolvidos entre eles:

• Incentivar o professor a continuar os grupos de estudos para trocas de

experiências entre os professores ;

• Assessorar os professores na sua metodologia e nas formas de avaliação,

utilizando para isso sua hora atividade;

• Incentivar o trabalho em equipe fortalecendo a participação no Projeto Político

Pedagógico;

• Apoiar o professor no contato mais próximo com a comunidade, participando de

eventos, feiras etc;

• Organização do conselho de classe de forma a ser mais dinâmico;

• Atender aos alunos em todos os períodos em suas necessidades pedagógicas

ou comportamentais e encaminhando comunicado aos pais quando necessário;

• Envolver os pais no processo aprendizagem dos filhos;

• Incentivar os professores a utilizar os recursos oferecidos pela SEED ( TV Paulo

Freire, TV pendrive, Acervo da Biblioteca, Livro didático)

• Profissionais para ministrar palestras, com temas que envolvam a comunidade

escolar e local;

• Realizar reuniões bimestrais para buscar caminhos para sanar as dificuldades;

• Inserir no cotidiano escolar os Desafios Educacionais Contemporâneos.

15.4 EQUIPE DOCENTE

• Participar da elaboração do Projeto Politico Pedagógico;

• Trabalhar com os alunos para formação de ser humano critico , para que possa

atuar em seu meio;

• Utilizar critérios de recuperação justo e eficaz;

• Criar estratégia diversificadas para envolver o aluno, nas aulas;

• Trabalhar atividades de leitura para sanar dificuldades que os alunos

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apresentam;

• Trabalhar com competência, ser atuante, com planejamento adequado,

reestruturado;

• Utilizar os materiais pedagógicos disponíveis na escola;

• Trabalhar com entusiasmo e diversificar as atividades,

• Ter um contato maior com os pais;

• Utilizar o laboratório de informática com aulas diferenciadas.

• Trabalhar as Diversidades Culturais de forma integrada e consciente.

16 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR

A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar

cidadãos críticos e aptos participar da vida socioeconômica, política ou cultural do país

está diretamente ligada a formação inicial e continuada pois, a mesma não tem como

objetivo somente a formação do profissional mas, principalmente a do ensino, portanto, os

programas de formação devem incluir saberes científicos, críticos, didáticos,saber fazer

pedagógico.

A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na

escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação,

na qualificação e na competência dos profissionais da mas também propicia, o

desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos.

Os programas de formação devem possibilitar conhecimentos sobre a escola e ao

sistema educativo, explicitar a complexidade das situações de ensino e as possíveis

alternativas de solução.

Para Libâneo (2000), um professor para os tempos atuais necessita:

• assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com ajuda

pedagógica do professor;

• modificar a ideia e uma prática disciplinar, formal, para uma prática

interdisciplinar;

• conhecer e utilizar estratégias do ensinar a pensar, “ensinar a aprender a

aprender”;

• persistir no empenho de possibilitar e auxiliar os alunos a buscarem uma

perspectiva crítica dos conteúdos, a se habituarem a aprender as realidades

enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico – reflexiva;

• praticar um trabalho de sala de aula numa perspectiva comunicacional,

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desenvolvendo capacidades comunicativas;

• observar o contexto da sala, dos alunos quanto à diversidade cultural,

respeitando os alunos em suas diferenças;

• investigar na atualização científica, pedagógica e cultural, ou seja,

permanentemente em formação;

• incluir a perspectiva afetiva no exercício da docência;

• considerar a ética na sua atuação bem como procurar desenvolve- la com os

alunos;

• estar atento possibilidade de usar novas tecnologias da comunicação e da

informação, para melhorar as aulas.

Segundo Nóvoa (1995,p.7): O trabalho formativo do educador exige cuidado para

que responda às expectativas do mundo contemporâneo. Pois não é possível separar o

eu pessoal do eu profissional.

O desafio não é simples. E nosso país a complexidade da questão se amplia

dadas as condições de ensino, em que boa parte daquilo que é fundamental e que em

outras nações já se fez, aqui ainda está por fazer.

Proposta de Formação Continuada através da SEED, professores e funcionários

participam na escola da Semana Pedagógica que ocorre duas vezes por ano;

Aos professores é ofertado o grupo de estudos por disciplina que acontece

durante o ano. Todo educador precisa dispor de tempo para desenvolver e aperfeiçoar

suas experiências sociais escolares, para que possa estar refletindo sua prática e

relevância dos conteúdos, considerando o perfil do alunado.

Aos professores também são ofertados dois grupos de estudos, sendo um por

disciplina e outro por modalidade a critério de escolha do professor, com encontros

previstos pela SEED no decorrer do ano letivo.

A escola dispõe de acervo bibliográfico e espaço físico adequado para a

formação continuada dos professores na escola, e são feitas no decorrer do ano,

reuniões pedagógicas com a participação da direção, pedagogos, professores e

funcionários .

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17 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do projeto político pedagógico será realizada durante o ano letivo, por

meio de encontros e reuniões com os professores, pais representados pelos membros da

APMF e comunidade escolar, é necessário o constante aprimoramento do PPP sempre

que as ações da escola envolver decisões ou ações que impliquem no funcionamento do

colégio, tais como uso do uniforme, implantação de medida de que assegurem maior

segurança ao aluno, será realizada assembleia com os pais.

Também será realizada reuniões com pais para participação e envolvimento dos

mesmos nas feiras e festas culturais e esportivas.

No início e final do ano letivo, será realizada reunião com os professores para

avaliação das metas e análise das mesmas, traçando novas metas para o ano seguinte.

18 PLANO DE AVALIAÇÃO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Acontece quando avaliamos o ano anterior, em todos os sentidos e planejamos o

ano seguinte, isto é no inicio do ano letivo,corrigindo o que for necessário para o bom

andamento do processo de Ensino e Aprendizagem.

Nesta Avaliação participam todos os segmentos da Escola ( APMF, Conselho

Escolar, l Corpo Docente, Equipe Técnico Administrativo, Equipe Pedagógica, Serviços

Gerais ).

Utilizamos o resultado da Avaliação Institucional estabelecida pela Mantenedora

para garantir o bom andamento dos trabalhos de cada setor da escola.

O sistema de acompanhamento e avaliação de ensino é e será feito através de

análise do desempenho dos nossos alunos da seguinte forma:

- Levantamento de dados (resultado);

- Tabulação de gráficos;

- Demonstração do Resultado bimestral, semestral e anual, analisados pelos

professores e equipe pedagógica para detectarmos os problemas de aprendizagem,

avaliá-los e retomar o processo de ensino aprendizagem.

Utilizamos ainda como base para a avaliação os resultados obtidos das

avaliações tais como: Institucionais, olimpíadas de matemática, fera, prova Brasil.

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20 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARES

ARTE

Apresentação/Justificativa da Disciplina

Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz culturalmente a visão

particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o mundo. Portanto, esta proposta

visa à educação dos sentidos, concebendo o ensino de Artes como conhecimento,

trabalho e expressão e como necessidade de apropriação do saber artístico e estético. O

trabalho sistemático com o conhecimento vai possibilitar o desenvolvimento dos aspectos

cognitivo, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens da dança, arte visual, musical e

cênica, por meio da fruição, apreciação e reflexão do fazer, da leitura deste fazer e da sua

inserção na sociedade construída historicamente e em constante transformação.

“O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da

Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os

conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se

que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação

artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico”.

(DCE – Arte, 2008, p.52).

Entretanto, de acordo com a DCE – Arte, 2008 fica claro que diante da complexidade

da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de abordá-la a partir dos campos

conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre ela, quais sejam:

O Conhecimento Estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como

criação de cunho sensível e cognitivo;

O Conhecimento Da Produção Artística está relacionado aos processos do fazer e

da criação.

“Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se

efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada representações artísticas.

Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e

articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento em Arte”.(DCE –

Arte, 2008, p.53).

Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise

histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de

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maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas

dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades e

injustiças. O sentido de cognição implica, não apenas o aspecto inteligível e racional, as

também o emocional e o valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade

(FARACO apud KUENZER, 2000).

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é necessário, ainda, que o

professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e

Dança), e de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os

conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum

domínio, reforçado na DCE – Arte, 2008.

Na disciplina de Arte, além de trabalhar o conhecimento sobre as diversas áreas de

arte, deve tornar possível ao aluno vivenciar um trabalho de criação total e único. O aluno

passa a assimilar todo o caminho da produção do objeto: percorrendo desde a criação do

projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos objetivos

estabelecidos, a metodologia empregada e, finalmente, a produção e o destino do objeto

criado.

Enfim, pela forte característica interdisciplinar que apresenta a disciplina de Arte,

possibilita a recuperação da unidade do trabalho pedagógico, pois seus conteúdos de

ensino ensejam diálogos com a história, a filosofia, a geografia, a matemática, a

sociologia, a literatura, etc.

“A concepção de arte como fonte de humanização incorpora as três vertentes das

teorias críticas em arte: arte como forma de conhecimento, arte como ideologia e arte

como trabalho criador, por reconhecê-las como aspectos essenciais da arte na sua

complexidade de produto da criação humana. Por esse motivo, essa concepção constitui

o fundamento teórico das Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica, bem

como é fonte de referência para a organização da disciplina no seu conjunto”. (DCE –

Arte, 2008, p.62).

Conteúdos:

“Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que

se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os

conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor entendimento

dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada

e indissociada um do outro”. (DCE – Arte, 2008, p.63).

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“Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos

deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da

técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que se

materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e períodos”. (DCE – Arte, 2008,

p.66).

“A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas

determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos

históricos. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e

períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos

formais que serão privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão

no interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles”.

“A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma necessidade para

o melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes podem ser organizados no

encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a seguir se explicita um recorte dos

conteúdos da disciplina a partir de seus conteúdos estruturantes em cada área de Arte”.

(DCE – Arte, 2008, p.67).

Ensino Fundamental

6o Ano

Área Música:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Rítmo

- Melodia

- Escalas: diatônica; pentatônica; cromática; improvisação

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

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Conteúdos Básicos:

− Greco-Romana

− Oriental

− Ocidental

− Africana

Área Artes Visuais:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Ponto

− Linha

− Textura

− Forma

− Superfície

− Volume

− Cor

− Luz

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

-Bidimensional

-Figurativa

-Geométrica, simetria

-Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...

-Gêneros: cenas da mitologia...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Arte Greco-Romana

- Arte Africana

- Arte Oriental

- Arte Pré-Histórica

Área Teatro:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

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- Ação

- Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Enredo, roteiro; Espaço Cênico, adereços

- Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...

- Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Greco-Romana

- Teatro Oriental

- Teatro Medieval

- Renascimento

Área Dança:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Movimento Corporal

− Tempo

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Kinesfera

- Eixo

- Ponto de Apoio

- Movimentos articulares

- Fluxo (livre e interrompido)

- Rápido e lento

- Formação

- Níveis (alto, médio e baixo)

- Deslocamento (direto e indireto)

- Dimensões (pequeno e grande)

- Técnica: Improvisação

- Gênero: Circular

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

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Conteúdos Básicos:

- Pré-história

- Greco-Romana

- Renascimento

- Dança Clássica

7o Ano –

Área Música:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Altura

− Duração

− Timbre

− Intensidade

− Densidade

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Rítmo

− Melodia

− Escalas

− Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

− Técnicas: vocal, instrumental e mista

− Improvisação

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Área Artes Visuais:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Ponto

− Linha

− Textura

− Forma

− Superfície

− Volume

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− Cor

− Luz

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Proporção

- Tridimensional

- Figura e fundo

- Abstrata

- Perspectiva

- Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Arte Indígena

- Arte Popular

- Arte Brasileira e Paranaense

- Renascimento

- Barroco

Área Teatro:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

− Ação

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Representação, Leitura dramática, Cenografia

− Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

− Gêneros: Rua e arena, Caracterização

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Comédia dell' arte

− Teatro Popular

− Teatro Brasileiro e Paranaense

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− Teatro Africano

Área Dança:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Movimento Corporal

− Tempo

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Ponto de Apoio

− Rotação

− Coreografia

− Salto e queda

− Peso (leve e pesado)

− Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

− Lento, rápido e moderado

− Formação

− Níveis (alto, médio e baixo)

− Formação

− Direção

− Gênero: Folclórica, popular e étnica

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Dança Popular

− Brasileira

− Paranaense

− Africana

− Indígena

8o Ano

Área Música:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Altura

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− Duração

− Timbre

− Intensidade

− Densidade

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Rítmo

- Melodia

- Harmonia

- Tonal, modal e a fusão de ambos

- Técnicas: vocal, instrumental e mista

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Indústria Cultural

- Eletrônica

- Minimalista

- Rap, Rock, Tecno

Área Artes Visuais:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Linha

− Textura

− Forma

− Superfície

− Volume

− Cor

− Luz

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Semelhanças

− Contrastes

− Ritmo Visual

− Estilização

− Deformação

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− Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Indústria Cultural

− Arte no Séc. XX

− Arte Contemporânea

Área Teatro:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

− Ação

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Representação no Cinema e Mídias

− Texto Dramático

− Maquiagem

− Sonoplastia

− Roteiro

− Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Indústria Cultural

− Realismo

− Expressionismo

− Cinema Novo

Área Dança:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Movimento Corporal

− Tempo

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

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- Giro

- Rolamento

- Saltos

- Aceleração e desaceleração

- Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

- Improvisação

- Coreografia

- Sonoplastia

- Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Hip Hop

- Musicais

- Expressionismo

- Indústria Cultural

- Dança Moderna

9o Ano

Área Música:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Altura

− Duração

− Timbre

− Intensidade

− Densidade

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Ritmo

− Melodia

− Harmonia

− Técnicas: vocal, instrumental e mista

− Gêneros: popular, folclórico e étnico

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Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Música Engajada

− Música Popular Brasileira

− Música Contemporânea

Área Artes Visuais:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Linha

− Textura

− Forma

− Superfície

− Volume

− Cor

− Luz

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Bidimensional

- Tridimensional

- Figura-fundo

- Ritmo Visual

- Técnica: Pintura, grafite, performance...

- Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Realismo

- Vanguardas

- Muralismo e Arte Latino-Americana

- Hip Hop

Área Teatro:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

− Ação

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− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...

- Dramaturgia

- Cenografia

- Sonoplastia

- Iluminação

- Figurino

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Teatro Engajado

- Teatro do Oprimido

- Teatro Pobre

- Teatro do Absurdo

- Vanguardas

Área Dança:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Movimento Corporal

− Tempo

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Kinesfera

− Ponto de Apoio

− Peso

− Fluxo

− Quedas

− Saltos

− Giros

− Rolamentos

− Extensão (perto e longe)

− Coreografia

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− Deslocamento

− Gênero: Performance e moderna

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Vanguardas

- Dança Moderna

- Dança Contemporânea

Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (6o ao 9o ano) gradativamente

abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma

superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.

Durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do

conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais, com

atividades artísticas (séries iniciais).

Torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica, que propicie ao aluno

uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando

metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e

movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,

possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como

ideologia e como trabalho criador, proposto nesta PPC.

ENSINO MÉDIO

1a e 3a Séries

ÀREA MÚSICA

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Altura

− Duração

− Timbre

− Intensidade

− Densidade

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

Ritmo

-

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Melodia

-

Harmonia

-

Escalas

-

Modal, Tonal e fusão de ambos

-

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...

-

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, Improvisação

-

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Música Popular Brasileira

− Paranaense

− Popular

− Indústria Cultural

− Engajada

− Vanguarda

− Ocidental

− Oriental

− Africana

− Latino-Americana

Área Artes Visuais:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Ponto

− Linha

− Forma

− Textura

− Superfície

− Volume

− Cor

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− Luz

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

- Bidimensional

- Tridimensional

- Figura e Fundo

- Figurativo

- Abstrato

- Semelhanças

- Contrastes

- Ritmo Visual

- Técnica: Pintura, Desenho, fotografia, gravura e escultura, arquitetura...

- Gêneros: paisagem, natureza-morta...

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Arte Brasileira

− Arte Ocidental

− Arte Oriental

− Arte Africana

− Arte Paranaense

− Arte Popular

− Arte de Vanguarda

− Indústria Cultural

− Arte Contemporânea

− Arte Latino-Americana

Área Teatro:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

− Ação

− Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

− Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum

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− Roteiro

− Encenação e leitura dramática

− Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

− Dramaturgia

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

- Teatro Greco-Romano

- Teatro Medieval

- Teatro Brasileiro

- Teatro Paranaense

- Teatro Popular

- Indústria Cultural

- Teatro Engajado

- Teatro do Oprimido

- Teatro Pobre

- Teatro de Vanguarda

- Teatro Renascentista

- Teatro Latino-Americano

- Teatro Realista

- Teatro Simbolista

Área Dança:

Conteúdo Estruturante: Elementos Formais

Conteúdos Básicos:

− Movimento Corporal

− Tempo

− Espaço

Conteúdo Estruturante: composição

Conteúdos Básicos:

- Kinesfera

- Fluxo

- Peso

- Eixo

- Salto e Queda

- Giro

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- Rolamento

- Movimentos articulares

- Deslocamento

- Improvisação

- Coreografia

- Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos

Conteúdos Básicos:

− Pré-história

− Greco-Romana

− Medieval

− Renascimento

− Dança Clássica

− Dança Popular

− Brasileira

− Paranaense

− Africana

− Indígena

− Hip Hop

− Indústria Cultural

− Dança Moderna

− Dança Contemporânea

“No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de

prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos, com

exercícios cognitivos, abstratos e na leitura de obras de arte”. (DCE – Arte, 2008, p. 69).

Torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica, que propicie ao aluno

uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando

metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e

movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,

possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como

ideologia e como trabalho criador, proposto nesta PPC.

Encaminhamento Metodológico

O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas por meio das

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manifestações/produções compostas pelos elementos básicos, com prioridade e

valorização do conhecimento nas aulas de Arte.

Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e

virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na cor,

nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no

tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar e

compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões acerca das

relações entre o movimento e dos conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que

refletem esteticamente recortes da realidade.

Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no

cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento

escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem como a

identificação de suas prioridades, variações e maneiras intencionais de como esses sons

são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da

organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.

Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de

improvisação e composição no trabalho com os personagens, com o espaço da cena e o

desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos, clássicos ou de

narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do Teatro na escola

também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos elementos

formadores dessa linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio

do ato de dramatizar.

Os saberes específicos em Arte, nas diferentes linguagens artísticas, sob a

concepção expressa nestas Diretrizes/PPC, integram-se as manifestações/produções

artístico-culturais; bem como contemplamos a Educação Ambiental, História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis no 10.639/03 e 11.645/08), História do Paraná

(Lei no 13.381/01), Música (Lei no 11.769/08), Prevenção ao Uso Indevido De Drogas,

Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente,

Agenda 21 Escolar, a Educação Fiscal e do Campo, vinculando esses conteúdos aos já

estabelecidos nos conteúdos estruturantes que serão trabalhados na disciplina de Arte,

onde serão contemplados no PTD. Por sua vez, os alunos passam a reconhecer que se

constroem e são construídos historicamente.

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Educação Fiscal e Educação do campo

- Período: anual, com mostra de resultados a cada 6 meses.

- Levantamento das atividades culturais entre os moradores do Bairro Na Sra. Da

Candelária, e a sua possível comercialização, através de pesquisas , realizadas pelos

alunos do 1o e 3a ano do Ensino Médio.

- Trabalhos em Artes Visuais( pintura, colagens, desenhos, escultura, etc..), tendo como

objeto retratado a produção econômica do lugar, evidenciando os diferentes movimentos

da História da Arte e obras realizadas por pintores brasileiros.

– Mostra pedagógica, através de exposição no colégio, como finalização do projeto.

Cultura Afro e Indígena

– Durante todo o decorrer do processo educativo, onde haja presente o trabalho artístico,

seja em artes visuais, música, dança ou teatro das culturas Afro ou Indígena, será

trabalhada em sala de aula.

- Exposição de trabalhos, enaltecendo o dia da “Consciência Negra”.

O Trabalho em sala de aula deve-se pautar pala relação que o ser humano tem com

a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e

perceber as obras artísticas. No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento.

Desta forma devemos contemplar na metodologia do ensino da arte uma variedade de

meios para direcionar a aprendizagem do aluno.

Lançando mão de alguns recursos/métodos: - Aula expositiva; - Trabalho em

equipe; - Recursos audiovisuais; - Revistas e jornais; - Internet; - Materiais diversos:

transparências, textos, tesoura, cola, fita crepe e outros; - Releitura; - Atividades como

observação de obras de arte enfatizando a importância da arte (gênios da pintura);

audição de música; - Pesquisa dos movimentos artísticos citados na música; - Pesquisa

de artistas representantes de cada estilo na internet ou biblioteca; - criar formas a partir de

cada estilo utilizando técnicas e materiais variados; - exposição dos trabalhos; - Vídeo

sobre Siron Franco, um artista expressionista brasileiro ; - colagem e aplicação de

técnicas com lápis de cor e hidrocor dos períodos estudados; - Colagem e composições

dos diferentes estilos; - o – Artes figurativas; - Modelagem em argila baseada nas artes de

diversos artistas; - Recorte, colagem, montagem e pintura inspirado nas obras estudadas,

explorando temas, personalidades famosas de cinema e da política; - Pesquisa em grupo

sobre as invenções que usa ondas eletromagnéticas – rádio, tv, raios X, microondas,

radar e sobre a visão dos animais; - Confecção de cartazes para a apresentação do

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trabalho de pesquisa enfocando curiosidades; - Estudos da aplicação das proporções em

nossos dias; - Trabalho em grupo, estudo, síntese e apresentação com escolha de filmes

de gêneros diferentes, analisando produções cinematográficas – sinopse, recursos

utilizados, gênero, som e música, uso da tecnologia, efeitos especiais e imagens; -

Apresentação na TV de algumas obras com efeitos de ilusão ótica; - Composições

aplicando grupos de cores, utilizando materiais variados; - Colagem com revistas; -

Exercícios trabalhados em sala de aula de desenhos do rosto humano; - Observação de

diferentes obras de artistas nacionais e internacionais enfocando o tema através de livros

ou na tv multimídia; - Exercícios teatrais; confecção de máscaras com materiais

diversos; atividades aplicando a mímica e máscaras; Através de textos teatrais

compostos pelos alunos em grupo, apresentação das peças; - Construir e criar diferentes

instrumentos musicais com sucatas, analisando o resultado; Audição de diferentes tipos

de som produzidos no cotidiano e criados; - Pesquisa na biblioteca dos gênios da música

clássica e audição dos mesmos comparados com os da atualidade;

Exercícios de ação, direção, intensidade, tempo, ritmo, amplitude, seleção e

apresentação de um repertório de movimentos; - Estudo de alguns artistas paranaenses,

movimentos artísticos e suas representações; - Pesquisa e aplicação de símbolos do

Paraná representando através de formas geométricas; - DVD – ritos e rituais indígenas; -

Estudos sobre os tipos de dança; - Apresentação de danças diversificadas Pen drive; -

Montagem de coreografias.

Avaliação

A avaliação na disciplina de Arte, proposta nesta PPC embasado nas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os

momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o

desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.

A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão

de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já

conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar,

desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos

para uma ou mais dimensões da arte também serão detectadas e reconhecidas pelo

professor.

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A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento da

aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos,

pesquisas, debates, provas teóricas e práticas e registros em forma de relatórios.

Por meio desses instrumentos, o professor terá uma compreensão ampla e

necessária para planejar e acompanhar a aprendizagem durante o ano letivo, com o

propósito das seguintes viabilidades para aprender. A disciplina de Arte terá como

critérios de avaliação:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação

com a sociedade contemporânea;

- A produção artística a partir da atuação do sujeito em sua realidade singular e

social;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Os instrumentos de verificação serão: trabalhos artísticos, individuais e em grupo,

pesquisa bibliográfica e de campo, debates, provas teóricas, apresentação dos trabalhos,

participação, interesse, desempenho individual e em grupo.

Diante dessas propostas almejadas, será possibilitado ao educando a recuperação

de estudos através da revisão dos conteúdos, preparação e apresentação de trabalho

individual e em grupo, a partir do estabelecido no PPP desse estabelecimento de ensino.

Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)

quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao

aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Quando

a avaliação está centrada no conhecimento, gera critérios que dialogam com os limites do

gosto e das afinidades, uma vez que o conhecimento permite objetivar o subjetivo.

Ocorrerá bimestralmente, sendo considerado como meios de avaliação o

desenvolvimento dos conteúdos e de atividades práticas no caderno de desenho ou em

outros suportes; a margem com medidas pré – estabelecidas e a organização e a estética

empregadas pelo educando avaliado durante o desenvolver artístico. Serão consideradas,

eventuais notas dadas, para algumas atividades durante as aulas.

A Recuperação de Estudos dár-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem, e, todos os alunos têm direito a ela,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

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Referências:

Arte no Brasil. São Paulo, Abril Cultural, 1979, vol. 1 e 2.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Atica, 1991.

Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.

CALABRIA, Carla P. B. E. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 ,FTD, 1997.

CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro vivo na escola. FTD, 1997.

CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para crianças. Governo do Paraná/Secretaria da Cultura. 2003.

FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.

FLEITAS, Juliana e Ornaldo. Arte e Comunicação. FTD, 1999.

Gênios da Pintura. São Paulo, Abril Cultural, 1973.

HADDAD, Denise A e ou. A Arte de fazer Arte. Vol. 5a, 6a, 7a e 8a séries. São Paulo: Saraiva, 1999.

História da Arte. São Paulo, Salvat, 1978, vol. 2,7,9.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis, Vozes, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro, Campus, 1983.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadorasde

Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED/PR,

2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro

Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PAULA, CARLOS ALBERTO. ARTE ENSINO MÉDIO. EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: ÍCONE AUDIOVISUAL LTDA.

PROENÇA, GRAÇA. HISTÓRIA DA ARTE, ED. ÁTICA, 1994.

SANTOS, M.G..P. História da Arte. São Paulo, Atica, 2005.

SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Arte. Ensino médio. Volume único.

SEMINÁRIO FOLCLORE EM QUESTÃO – IIDAC

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STRICKLAND, Carol. Arte Comentada. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

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BIOLOGIA

Apresentação

No mundo atual faz se necessário compreender as relações existentes entre

Ciência, Tecnologia e Sociedade, visando ampliar as possibilidades de compreensão e

participação efetiva nesse mundo.

A disciplina de biologia baseia-se em contemplar e explicar o fenômeno vida em

todo a sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no

funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos

processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas,

das implicações e avanços tecnológicos e biológicos.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o

homem a diferentes concepções de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes

concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações para o ensino, buscando-se na

história da ciência os contextos que impulsionaram mudanças conceituais no modo como

o homem passou a compreender a natureza.

O conhecimento do campo da biologia deve subsidiar a análise e reflexão de

questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de

recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção

humana no ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas dos organismos,

enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes

concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações para o ensino, buscamos na

História da Ciência os contextos que impulsionaram mudanças conceituais no modo com

que o homem passou a compreender a natureza.

O conhecimento no campo da Biologia deve-se subsidiar a análise e reflexões de

questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, aproveitamento e utilização

de recursos naturais e tecnológicos que implicam em intensa intervenção humana no

ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos enfim do

modo a natureza se comporta e a vida como se processa.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina Biologia na educação básica

representam os modelos teóricos elaborados com esforços, para levar o educando a

compreensão da natureza viva e dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição

entre os mesmos e a compreensão de que a Ciência não tem respostas definitivas para

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tudo, sendo uma das suas características a possibilidade de ser questionada e

transformada.

Mais que inserir conteúdos atualizados cabe ao professor trabalhar as grandes

teorias da Biologia incorporando informações a cerca das novas descobertas ao longo do

tempo. De posse desses conceitos centrais e aptos a buscar novos conhecimentos, os

educandos terão condições de inserir no mundo em que vivem e que está em constante

transformação e também de refletir sobre esse mundo.

Assumindo o ensino de Biologia como meio para transformar os educandos e por

conseguinte, a sociedade, cabe a nós professores de Biologia com entusiasmo e

criatividade, estabelecer conexões com outras disciplinas, bem como a Cultura Afro-

Brasileira e Africana, contextualizando e identificando a interferência de aspectos místicos

e culturais nos conhecimentos do censo comum relacionados a aspectos biológicos.

Mostrando que a Biologia está presente no nosso dia-a-dia e influencia diretamente as

nossas tomadas de decisões. Portanto, o estudo dessa ciência requer uma postura mais

crítica, para que possamos entender os processos biológicos numa busca constante de

compreender o fenômeno “Vida”.

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia, foram identificados os

marcos conceituais, da construção do pensamento Biológico a partir dos quais foram

estabelecidos os

a) organização dos seres vivos: a classificação dos seres vivos é uma tentativa de

compreender e categorizar as espécies extintas e existentes;

b) mecânicos biológicos: apresenta uma proposta que privilegia o estudo dos

mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam;

c) biodiversidade: entende-se por biodiversidade um sistema complexo de conhecimento

biológico integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a diversidade de

seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, e os

processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações;

d) implicações dos avanços biológicos: apresenta propostas voltadas para implicações

da engenharia genética sobre a vida, considerando-se que com os avanços da Biologia

molecular, há a possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos, pois os

mesmos apontam como a disciplina se constitui como conhecimento, e como esta tem

influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para que se

possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas, e ambientais que

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envolvam a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.

Estes conteúdos foram estabelecidos buscando-se sua historicidade para que se

perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico elaborado. Essa

compreensão é mais uma das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento

do homem e determinado pelas necessidades materiais deste em cada momento

histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Organização dos Seres Vivos

• Mecanismos Biológicos

• Biodiversidade

• Manipulação Genética

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Classificação dos seres vivos:critérios taxonômicos e filogenéticos.

• Sistemas biológicos:anatomia,morfologia e fisiologia.

• Mecanismos de desenvolvimento embriológico

• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

• Teorias evolutivas.

• Transmissão das características hereditárias

• Dinâmica dos ecossistemas:relações entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente.

• Organismos geneticamente modificados.

Metodologia

Para o ensino de Biologia como proposta metodológica propõe-se utilização do

método da pratica social que parte da pedagogia histórico – crítica centrada na

valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia as camadas populares,

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entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento em quanto instrumento de

compreensão da realidade social e atuação crítica para transformação da realidade

(Saviani 1997, Libâneo 1983).

Os conhecimentos serão tratados de forma contextualizada, revelando como e

porque foram produzidos, apresentando a história da Biologia com um movimento não

linear e freqüente contraditório.

No ensino da Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores

pertinentes a relação entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e

o conhecimento, contribuindo para a educação que formará indivíduos sensíveis e

solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da Vida,

capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.

O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve decorrer de forma

integrada, ou seja, um assunto servindo de base para outro; sendo importante considerar

a necessidade de se conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias básicas

do educando.

O ensino dos conteúdos específicos aponta as seguintes estratégias

metodológicas:

a) prática social: senso comum a respeito do conteúdo trabalhado;

b) problematização: detectar e apontar as questões que precisam ser resolvidas;

c) instrumentalização: apresentação dos conteúdos sistematizados para que os

educandos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e

profissional; e

d) catarse: passar da ação para a conscientização, retorno a prática social, de forma a

atuar e transformar as relações de produção.

Tendo como linha progressista numa tendência histórico-crítica dialética, a

metodologia utilizada na construção do conhecimento científico, requer as seguintes

ações:

a) observação e descrição dos seres vivos;

b) seminários com educandos para aprofundar os conteúdos;

c) trabalhos em grupo, buscando relacionar fatos do cotidiano com o conteúdo científico;

d) debates sobre assuntos científicos e novas descobertas;

e) uso da internet como fonte de pesquisa para aprofundar conhecimentos;

f) palestras sobre assuntos relacionados à saúde e/ou meio ambiente;

g) leitura de jornais, revistas, etc., a fim de aprimorar o conhecimento;

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h) projetos de pesquisa, onde o educando possa relacionar o conhecimento científico

com a prática;

i) aulas teóricas relacionando teoria com a prática; aula dialogada, leitura e escrita para

possibilitar a expressão dos pensamentos, percepções e confronto de idéias dos

educandos;

j) trabalhos sejam individuais ou em grupos, onde possam analisar assuntos de forma

coerente e crítica; trabalhos com filmes, questionando fatos ecológicos ou biotecnológicos

com os conhecimentos aprendidos;

k) levantamento de pesquisa bibliográfica, de campo e/ou experimental onde o educando

constrói seu conhecimento; experimentação prática e/ou demonstrativa a fim de levar a

compreensão e a elaboração de conhecimentos;

l) uso de som e imagem como: vídeo, transparências, fotos, musicas, data-show, em

torno de ma problematização a fim de se demonstrar e interpretar e até mesmo solucionar

problema em questão;

m) aulas extra-classe, incluindo visitas a parques, indústrias, universidades, etc, com o

objetivo de integrar conhecimentos e ressaltar a relação homem-ambiente; jogos didáticos

com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas; e

n) a utilização de recursos disponíveis pela SEED como: Portal dia-a-dia da educação,

TV Paulo Freire, TV Escola, Objeto de Aprendizagem Colaborativo (OAC), Folhas.

A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira Africana e Índígena

(leis no.10639/03 e no.11645/08), será desenvolvida por meio de análises que envolvam a

constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos trabalhados

estarão relacionados tanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada,

favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural . Quanto ao trabalho

envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9795/99 que instituia a

Política Nacional de Educação Ambiental, e a conscientização de Prevenção a AIDS

conforme a lei n. 11734/97, estes deverão ser uma prática educativa integrada, contínua e

permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos.

No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores

pertinentes as relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano

e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e

solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida,

capazes assim de realizar ações práticas de fazer julgamentos e de tomar decisões.

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Critérios Avaliativos

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de mudança

didática para favorecer uma reflexão crítica de idéias e modificar o comportamento dos

docentes ainda muito persistentes.

Considerando o professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o

foco da pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e quem não”, “para

que auxilio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados

desejados” (Hoffmann, 2003,p.121).

Propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo,

inacabado, portanto, em construção. Nesta perspectiva, a avaliação como momento do

processo ensino-aprendizagem, abandona a idéia de que o erro e a dúvida constituem

obstáculos empostos à continuidade do processo.

Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de

ensino- aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também

tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as

mudanças necessárias.

Ao utilizar a problematização, parte-se do princípio da provocação e mobilização do

aluno na busca por conteúdos necessários para resolver problemas do cotidiano de forma

crítica.

Os recursos pedagógicos disponíveis na escola tais como: Portal Dia a Dia Educação,

TV Paulo Freire, Folhas e outras tecnologias são fundamentais para auxiliar professores e

alunos para uma leitura crítica para o ensino-aprendizagem.

O uso de diferentes imagens em vídeos, fotos, textos de apoio usados com freqüência

nas aulas de Biologia, requerem a problematização em torno da demonstração e da

interpretação. A leitura e a escrita merecem atenção, tanto quanto as atividades

experimentais. Nas atividades experimentais demonstradas é preciso permitir a

participação do aluno e não apenas tê-lo como observador passivo.

O estado do meio pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos baldios,

bosques, rios, zoológicos, hortas, aterros sanitários, fábricas etc.

O jogo didático tem a finalidade de ajudar a desenvolver habilidades de resolução de

problemas.

A história e cultura afro-brasileira e africana e a dos povos indígenas e as questões

ambientais serão trabalhadas de forma contextualizadas usando os recursos e

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metodologia citados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006.

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LIBÂNEO, J. C. Tendência Pedagógica na Prática Escolar. In: Revista da Ande. n. 6, p.1-19,1983.

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CIENCIAS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1-Apresentação da disciplina:

A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo na disciplina de

Ciências é mais um passo importante na afirmação da educação como um direito universal. Visto

que a Ciência tem origem na vida humana, pois, para sobreviver, o homem precisou aprender a

superar desafios. Aprender a coletar alimentos, a caçar a se abrigar a se proteger das más condições

do tempo e dos animais selvagens.

Através da história da humanidade, muitas foram as descobertas e as experiências

realizadas pelo homem para explicar determinados fatos ou fenômenos presentes na natureza. Isso

só foi possível graças à cooperação, à criatividade, ao envolvimento das pessoas a das sociedades,

das pesquisas e também um número de erros. Portanto Ciências se desenvolve a partir das

necessidades e das atividades dos homens.

A incursão pela história da Ciências permite identificar que não existem único método

científico, mas a configuração de métodos científicos , que se modificaram com o passar do tempo.

Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer

investigação científica da natureza, no ensino de Ciências se faz necessário ampliar os

encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os estudantes

superem os obstáculos conceituais oriundos e sua vida cotidiana.

No processo de ensino-apredizagem a construção de conceitos pelo estudante não

difere, em nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua

vida cotidiana.

O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola. Por isso,

aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida e qualquer

situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.

Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado escolar. O

primeiro não é sistematizado, o segundo é, além disso, este objetiva a aprendizagem do

conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo no desenvolvimento do estudante.

Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científicos e os do cotidiano “se

mostram como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar” ( LOPES, 1999, p.

104), porém não sem contradições. O conhecimento cotidiano tem origem empírica e é a soma dos

conhecimentos sobre a realidade produzida na cotidianeidade. Esse conhecimento pode acolher

certas aquisições científicas. Por meio de divulgação na mídia e na informalidade, mas não é o

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conhecimento científico.

O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento

científico, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento

cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida

diária.

Apesar da necessidade de ruptura entre o conhecimento científico e o conhecimento

cotidiano, há também a necessidade de não se extrapolarem os limites um do outro. O

conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são históricos e sofrem interações mútuas. “

Interpretar a ciência com os pressupostos da vida cotidiano é incorrer em erros, assim como é

impossível em cada ação cotidiana tomarmos decisões científicas, ao invés de decidirmos com base

na espontaneidade e no pragmatismo.” ( LOPES, 1999, p.143).

Nem sempre o conhecimento cotidiano ou mesmo alternativo podem ser considerados

incoerentes com o desenvolvimento científico, uma vez que são úteis na vida prática e para o

desenvolvimento de novas concepções. Valorizá-los e tomá-los com pondo de partida terá como

consequência a formação dos conceitos científicos, para cada estudante, em tempos distintos.

Na escola o obstáculo epistemológico assume função didática e permite superar duas

grandes ilusões no ensino Ciências: o não rompimento entre os conhecimentos cotidiano e científico

e a crença de que se conhece a partir do nada. Em se tratando de educação do Campo, a

alimentação, é o exemplo mais claro da necessidade da atividade produtiva no campo, ainda que

nos dias atuais muito tenha sido dito sobre a produção de frutas e verduras em laboratórios e muitos

produtos já sejam cultivados em estufas, embora estas façam parte da atividade produtiva n campo.

Com a alimentação, discute-se o desenvolvimento sustentável, pois cada vez mais a saúde humana é

preocupação internacional e, com ela, as afirmações favoráveis à produção agroecológica.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o

estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o

processo de construção de significados como elemento central do processo de ensino aprendizagem.

Na escola é o lugar das relações educativas formais. O mundo atual , porém, exige que

na escola sejam valorizadas lugares em que acontece a educação, na sua vertente informal e não-

formal. A roça, a mata, os rios ou o mar, as associações contato diário, passam despercebidos,

esquecidos no momento da elaboração dos planejamentos de ensino. Esses lugares educativos

podem ser usados nas mais diferentes disciplinas e não apenas nas aulas de Ciências. Assim, é

necessário que cada uma delas, a partir do seu conhecimento próprio, consiga identificar como os

diversos ambientes podem se fazer presentes nas suas práticas pedagógicas.

No âmbito da educação do campo, objetiva-se que o estudo tenha a investigação como

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ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize

singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais

e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.

Escutar os povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;

Escutar as carências expostas pelos professores de ciências das escolas do campo:

enfim, ouvir cada um dos sujeitos que fazem processo educativo: comunidade escolar, professores

e governos, nas esferas municipal, estadual e federal.

Conhecer e saber empregar conceitos científicos básicos associados a energia, materiais,

transformação, espaço, tempo, sistema - populações e ciclo de vida.

Desenvolver habilidades de observação, pesquisa, proposição de questões, formulação

de hipóteses e conclusões, adquirindo noções sobre o método científico.

Trata-se de uma educação que deve ser no e do campo.

No, porque [...] o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive; [Do, pois] “o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (CALDART, 2002, p. 26).Diretrizes Curriculares.

2- Objeto de estudo

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto vista científico, entende-se por Natureza o conjunto

de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe

interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultante das relações entre

elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de

Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada ciência natural é uma maneira

de enunciar tal forma de legitimação.

Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos

filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo

de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas

ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências naturais passaram a

ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências

aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano.

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As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do ser

humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores

produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o

processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

formas de pensa,r, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. No

entanto,

O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou

assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais

eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...]. Hoje a dominação se

perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a

formidável legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura

(HABERMAS, 1980, p. 305).

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6ºANO

ASTRONOMIA

– Universo– Sistema Solar– Movimentos Terrestres– Movimentos celestes– Astros

MATÉRIA

– Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

– Níveis de organização

ENERGIA

– Formas de energia– Conversão de energia– Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

– Organização dos seres vivos– Ecossistemas– Evolução dos seres vivos

7ºANO

ASTRONOMIA

– Astros– Movimentos Terrestres– Movimentos celeste

MATÉRIA

– Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

– Célula– Morfologia e fisiologia dos seres vivos

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ENERGIA

– Formas de energia– Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

– Origem da vida– Organização dos seres vivos– Sistemática

8ºANO

ASTRONOMIA

– Origem e evolução do universo

MATÉRIA

– Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

– Célula– Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

– Formas de energia

BIODIVERSIDA

– Evolução dos seres vivos

9ºANO

ASTRONOMIA

– Astros– Gravitação universal

MATÉRIA

– Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

– Morfologia e fisiologia dos seres vivos

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– Mecanismos de herança genética

ENERGIA

– Formas de energia– Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

– Interações ecológicas

METODOLOGIA

O ensino de Ciências propõe uma prática pedagógica que leve à integração dos

conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para isso é necessário superar práticas

pedagógicas centradas num único método e baseadas em aulas de laboratório( KRASILCHIK,1987)

que visam tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.

O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento cientifico

escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes, deve

lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com

antecedência, para assegurar a interatividade no processo ensino aprendizagem e a construção de

conceitos de forma significativa pelos estudantes.

Conteúdos Obrigatórios: História do Paraná ( Lei nº 13.381/01)- História e cultura afro-

brasileira, africana e indígena/equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e nº11.645/08), música

( Lei nº11.769/08), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental,

educação fiscal, enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente- Direito das Crianças e

Adolescentes ( Lei Fed. Nº 11.525/07) – Educação Tributária ( Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413 /

02). - Educação Ambiental ( Lei Fed. Nº 9.795/99).

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de Ciências, é a

escolha de abordagens , estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação pedagógica. E

assim consideraremos alguns itens a serem enfatizados:

A ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo

conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes do

campo e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar.

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A RELAÇÃO CONTEXTUAL

A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo mais

próximo à realidade dos estudante para uma posterior abordagem abstrata e específica. A relação

contextual pode, também ser o ponto de chegada caso o professor opte por iniciar a sua prática com

conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Neste caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das

estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras.

A RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR

A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que muitos

conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna

necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas

escolares.

Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca nos

conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de estudo

de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da natureza.

Eleger temas centrais para a prática pedagógica escolar pode ser um caminho particular

dos conhecimentos específicos das áreas. Por exemplo: Meio Ambiente,Trabalho na Terra,

Alimentação, Saúde e outros, podem ser temas de projetos escolares, porém a essência do trabalho

estará na articulação a ser feita entre as áreas do conhecimento. O envolvimento de professores,

alunos, comunidade e equipe escolar na prática pedagógica é um caminho para o desenvolvimento

da participação social.

O envolvimento dos professores das áreas do conhecimento garantirá a qualidade de

“aproximação” disciplinar, num primeiro momento, e depois a interdisciplinaridade. É preciso

disposição para pensar e fazer diferente.

Em Geografia , História e Ciências, enfatizar temas pertencentes ao homem do campo,

em relação a economia, meio ambiente, cultural e sociedade.

Estudar temas relacionados ao meio rural, para o aluno perceber que faz parte de um

mundo globalizado, embora o campo possua peculiaridades que devem ser conhecidas, preservadas

e valorizadas.

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A PESQUISA

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa a construção do conhecimento, podendo

ser apresentada na forma escrita e/ou oral, para que os objetivos pedagógicos seja atingidos, se faz

necessário que seja construída com redação do próprio estudante. Na apresentação oral o estudante

deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisa

do e explicitando a sua interpretação, visto que a Educação do Campo é objeto de atenção das

organizações sociais, dos sindicatos, dos movimentos sociais e de muitas comunidades.

A LEITURA CIENTÍFICA

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os

estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.

A ATIVIDADE EM GRUPO

No trabalho em grupo , o estudante tem a oportunidade de trocar experiências ,

apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe

e atitude colaborativa.

A OBSERVAÇÃO

A utilização deste elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos.

A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da

disciplina.

A ATIVIDADE EXPERIMENTAL

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma

importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a

desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de

conceitos.

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OS RECURSOS INSTRUCIONAIS

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a

serem utilizadas na sua construção, devem subsidiar o professor em seu trabalho com o conteúdo

cientifico escolar.

O LÚDICO

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo , podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como

jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.

O lúdico deve ser considerado na prática pedagógica, independentemente da série e da faixa etária

do estudante, porém, adequando-se a elas quanto à linguagem, a abordagem , as estratégias e aos

recursos utilizados como apoio.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, cumulativa e processual contemplando os instrumentos:

observação do professor frente ao desempenho do aluno nas atividades realizadas. Participação do

aluno frente ao questionamentos e indagações realizadas pelo professor. Cumprimento de tarefas de

casa. Trabalhos em grupos ou individuais extra e intraclasse.

Debates. Pesquisa de campo ou bibliográfica. Avaliação escrita. O sistema de avaliação será feito

bimestralmente com valor:10,0 por meio dos seguintes critérios:- Duas avaliações escrita com

valor: 3,0 cada ( questões objetivas e dissertativas. Trabalhos diversificados contemplando os itens

acima citados com valor: 4,0. A recuperação de estudos, será realizada de forma paralela para os

alunos com baixo rendimento escolar, sendo proporcionada durante o período letivo.

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos escolares, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar

um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal

ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem

utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.

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Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido. No contexto das

relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse modo, a considerar

o modelo ensino-aprendizagem proposto, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos

alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de

diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental

que se valorize, também, o que se chama de “erro”. De modo a retomar a compreensão do estudante

por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação.

Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passar a ter significado

real para o estudante e, por isso, interage “ com ideias relevantes existentes na estrutura cognitiva

do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p.56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a

partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos

instrucionais que representem como o estudante tem solucionado o problema proposto e as relações

estabelecidas diante dessas problematizações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo de ciências. Pedagógica Universitária. São

Paulo, 1987.

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WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo, 1978.

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EDUCAÇÃO FÍSICA Apresentação Geral da Disciplina

O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita com seu

corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada momento histórico um

dialogo diferente com seu corpo. O corpo e seus movimentos estiveram sempre à mercê

da cultura.

Nossa conduta motora nos revela aspectos biológicos e culturais que são

determinantes na evolução do corpo e da mente.

A Educação Física deve promover e observar o corpo em movimento, possibilitando

aos seus alunos participar da construção do conhecimento de si mesmo e de seus

colegas. Uma ação pedagógica na qual possamos incluir o desenvolvimento do

organismo enquanto complexidade biofísico social, criando condições para o desabrochar

de processos corporais mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos,

procedimentos, valores e atitudes.

A Educação Física é uma disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras,

espaços onde se pode dar início às mudanças significativa na maneira de se implementar

o processo de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do

cotidiano associados à cultura de movimentos podem ser utilizados com o objetivo de

resgatar e incorporar a cultura popular e a vivência dos alunos dentro e fora da escola. Na

sociedade contemporânea, a escola tem assumido papel primordial na formação de

crianças, jovens e adultos, as modificações das relações familiares ligaram a esta

instituição responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim

formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com as

desigualdades de todas as naturezas e suas consequências necessitando para tanto

pensar sua práxis do cotidiano.

Neste contexto cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando atuar

conscientemente neste sentido, a Educação Física, como disciplina do núcleo comum,

busca assim sua reorganização uma vez entendida como fruto do processo histórico de

evolução do homem que sempre se movimentou, criou jogos, danças e práticas

atendendo suas várias necessidades sociais. Segundo BRACHT “a pedagogia da

Educação Física enquanto ciência prática tem seu sentido não na compreensão, mas no

aperfeiçoamento da práxis” (1992 p. 42).

Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á num

processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas as crianças e

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jovens que frequentam a instituição escolar atitudes e práticas que constituem essa

cultura motora, cognitiva e social.

A Educação Física, tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura corporal, que

nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...] representa as formas

culturais do movimentar-se humano historicamente produzido pela humanidade [...]”

apontando a ginástica, esporte, a dança, a luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos

estruturantes, que devem ser abordados com os alunos de forma contextualizada na sua

dimensão histórica, cultural e social.

Objetivos:

- Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas

com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si

próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou

sociais;

- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e

esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

- Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura

corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso para a integração entre

pessoas e entre diferentes grupos sociais;

- Reconhecer como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de

higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a

própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;

- Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando

o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o

aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem da

perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;

- Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e

desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições

de vida digna;

- Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem

nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são

produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o

consumismo e o preconceito;

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- Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar

locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-os como

uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão.

Conteúdos :

6o Ano

Conteúdos Estruturantes

- ESPORTE

Conteúdos Básicos

- Coletivos

- Individuais

Conteúdos Estruturantes

- JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdos Básicos

- Jogos e brincadeiras populares

- Brincadeiras e cantigas de roda

- Jogos de tabuleiro

- Jogos cooperativos

Conteúdos Estruturantes

- DANÇA

Conteúdos Básicos

- Danças folclóricas

- Danças de rua

- Danças criativas

Conteúdos Estruturantes

- GINÁSTICA

Conteúdos Básicos

- Ginástica rítmica

- Ginástica Circense

- Ginástica geral

Conteúdos Estruturantes

- LUTAS

Conteúdos Básicos

- Lutas de aproximação

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- Capoeira

7o Ano

Conteúdos Estruturantes

- ESPORTE

Conteúdos Básicos

- Coletivos

- Individuais

Conteúdos Estruturantes

- JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdos Básicos

- Jogos e brincadeiras populares

- Brincadeiras e cantigas de roda

- Jogos de tabuleiro

- Jogos cooperativos

Conteúdos Estruturantes

- DANÇA

Conteúdos Básicos

- Danças folclóricas

- Danças de rua

- Danças criativas

- Danças circulares

Conteúdos Estruturantes

- GINÁSTICA

Conteúdos Básicos

- Ginástica rítmica

- Ginástica circense

- Ginástica geral

Conteúdos Estruturantes

- LUTAS

Conteúdos Básicos

- Lutas de aproximação

- Capoeira

8o Ano

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Conteúdos Estruturantes

- ESPORTE

Conteúdos Básicos

- Coletivos

- Radicais

Conteúdos Estruturantes

- JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdos Básicos

- Jogos e brincadeiras Populares

- Jogos de tabuleiro

- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

Conteúdos Estruturantes

- DANÇA

Conteúdos Básicos

- Danças criativas

- Danças circulares

Conteúdos Estruturantes

- GINÁSTICA

Conteúdos Básicos

- Ginástica rítmica

- Ginástica circense

- Ginástica geral

Conteúdos Estruturantes

- LUTAS

Conteúdos Básicos

- Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

9o Ano

Conteúdos Estruturantes

- ESPORTE

Conteúdos Básicos

- Coletivos

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- Radicais

Conteúdos Estruturantes

- JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdos Básicos

- Jogos de tabuleiro

- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

Conteúdos Estruturantes

- DANÇA

Conteúdos Básicos

- Danças criativas

- Danças circulares

Conteúdos Estruturantes

- GINÁSTICA

Conteúdos Básicos

- Ginástica rítmica

- Ginástica geral

Conteúdos Estruturantes

- LUTAS

Conteúdos Básicos

- Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes

- ESPORTE

Conteúdos Básicos

- Coletivos

- Individuais

- Radicais

Conteúdos Estruturantes

- JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdos Básicos

- Jogos e Brincadeiras

- Jogos de tabuleiro

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- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

Conteúdos Estruturantes

- DANÇA

Conteúdos Básicos

- Danças folclóricas

- Danças de salão

- Danças de rua

Conteúdos Estruturantes

- GINÁSTICA

Conteúdos Básicos

- Ginástica artística /

- Olímpica Ginástica de

- Condicionamento físico

- Ginástica geral

Conteúdos Estruturantes

- LUTAS

Conteúdos Básicos

- Lutas com aproximação

- Lutas que mantêm à distância

- Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

Encaminhamentos Metodológicos

O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos princípios da lógica

dialética materialista: totalidade, movimento, mudança, qualidade e contradição.

A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e contraposição de saberes,

isto é, compartilhar conhecimento científico ou saber escolar e o saber construído no meio

cultural informado pelo senso comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão

criativas apontando um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres,

respeitando as dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.

Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o significado às

atividades realizadas para que haja o enriquecimento da proposta curricular valorizando o

aluno e suas habilidades motoras vendo o mesmo como um todo, não se apegando

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apenas nas técnicas esportivas, pois no trabalho como educador, o professor de

Educação Física deve aplicar atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e

criativas tendo como objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e

satisfação, pois ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar

e nela se realiza.

Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos “práticos” e sim auxiliar

para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo” adquirindo condições de atuar como

cidadão consciente. Serão utilizados recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de

dominó, xadrez e dama, rádio, bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc;

tendo o cuidado de estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a

criticidade, em busca da superação, da meritocracia, da seletividade e do individualismo.

Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de dar aos alunos a

chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção social num processo dinâmico,

consciente e contínuo.

Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a necessidade dos

alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano letivo, assumindo a sua cota de

responsabilidade, deixando de lado a sistemática tradicional de somente participarem das

atividades escolares quando o professor responsável pela turma estiver presente.

O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência do professor haverá

a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de professores de educação

física e/ou outro professor de outra disciplina.

Ao trabalhar os conteúdos serão contempladas as Leis: 11.645/08 – Cultura

Indígena; 9795/99 – Meio Ambiente; 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana.

Avaliação

A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo desenvolvido para

identificar lacunas no processo de ensino e de aprendizagem, bem como para planejar e

propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas,

onde será um processo contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando

o trabalho visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de

ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos

reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma relação com o

mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido e

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socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como

construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades

para que os alunos os construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário,

por parte do professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise

de dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas pelos

alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo principal o aluno

no ato de aprender.

É importante que se tenha clareza da função social da avaliação na construção do

saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a Educação, da produção do

conhecimento de forma crítico-reflexiva, estabelecendo um diálogo permanente com o

cotidiano dos autores (professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o

verdadeiro exercício da cidadania.

Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido e

socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como

construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades

para que os alunos os construam, a partir das suas experiências, fazendo-se necessário,

por parte do professor a aplicação de ações como: uma observação direta, diagnóstica,

contínua, cumulativa e processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento

nas atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer

do ano atinjam seu alvo principal o aluno no ato de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os alunos,

pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de sentir-se

reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão estar inseridos

nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de valorização e reflexão,

representando a forma concreta de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento

socialmente construído, revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste

conhecimento estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas realizadas no

laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas, seminários e debates), que

serão empregados, poderão ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos

motivacionais e subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes

contextos de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do

conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de conhecimento

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e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula (Observação Constante do Aluno

feita pelo Professor), considerando sua aplicação e conseqüência pedagógica, política e

social, referenciada nos interesses individuais e coletivos, ampliando as possibilidades

corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades,

desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da

concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um ser uno e

único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de

uma avaliação participativa.

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa

conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

A Recuperação de Estudos é direito de todos os alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos, e, dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Nesses

termos a proposta de recuperação de estudos deverá indicar os conteúdos a serem

trabalhados. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento

escolar, tendo sua anotação no Livro Registro de Classe.

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Referências

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2001.

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COUTINHO, Nilton F. Basquetebol na escola. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint Ltda, 2003.

DOMINGUES FILHO, Luiz Antônio. Obesidade & atividade física. Jundiaí: Fontoura, 2000.

GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social

dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.

KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed. Rio de

Janeiro: Sprint, 1998.

LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física

para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro

Didático Público de Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.

VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e brincadeiras

com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.

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ENSINO RELIGIOSO

Apresentação Geral da Disciplina

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão

em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas

sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural.

As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da

diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente, e que, são

marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais. Portanto, busca propiciar

oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em

relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que

tenham a amplitude da própria cultura em que se insere.

Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade

religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto de estudo o sagrado

como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as

manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes culturas expressas tanto nas

religiões mais sedimentadas como em outras recentes, ou seja, o sagrado influencia a

compreensão de mundo e a maneira como o homem vive seu cotidiano.

A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na compreensão de

conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das

tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas

manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização, por

propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces as cultura e da

construção da vida em sociedade.

Objetivos

A reflexão visa proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua formação

integral, entendido nesta concepção como sujeito do processo contínuo de educação.

Nesse sentido, o direito de acesso, a universalidade da educação, a concepção de

formação em seus diferentes aspectos: estéticos, éticos, cognitivo, afetivo, cultural,

biológico, social e religioso, ou seja, a completude e a significância como pressupõe a

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LDBEN 9394/96, sobre os objetivos para o Ensino Fundamental:

I - desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da

leitura, da escrita e do cálculo:

II - Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes

e dos valores em que se fundamenta a sociedade:

III - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:

IV – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância

recíproca em que se assenta a vida social.

V - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas

advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes

fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

VI - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu intuitivo,

consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade social, política e

econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores de uma sociedade justa.

O Objeto e Objetivo do Ensino Religioso

O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado

no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da

experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.

A partir do objeto e objetivo de estudo do Ensino Religioso pode-se compreender

que esta disciplina busca superar as “aulas de religião” através de um enfoque de

entendimento, com base cultural, sobre o sagrado, a fim de promover um espaço de

reflexão na sala de aula em relação à diversidade religiosa.

Para Costella:

“Uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar

as condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo conhecimento,

isto é, construir os pressupostos para o diálogo”.

Conteúdos

Estruturantes

Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande

amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a

serem contemplados no Ensino Religioso. O conhecimento religioso é entendido como um

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patrimônio da humanidade. Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um

oportunidade para que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos

específicos das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um

elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que contribui

para o desenvolvimento humano.

Paisagem Religiosa

Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e naturais

que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas experiências anteriores

remetem a uma gama de representações sobre a diversidade cultural e religiosa. Para o

homem religioso, a natureza não é exclusivamente natural; sempre está carregada de um

valor sagrado. A idéia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem

imperfeições conduz o homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra

determinados lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.

Universo Simbólico Religioso

A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave de leitura

as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam em

determinados símbolos religiosos.

De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações cuja

função é comunicar idéias. Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo sujeito

se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, portanto, é um

elemento importante porque está presente em quase todas as manifestações religiosas e

também no cotidiano das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente

simbólica, não só no que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.

Textos Sagrados

Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante para o

Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a manifestação atribuem às

práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou estão presentes nos

ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.

Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à

disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações

religiosas, o que ocorre de diversa maneiras.

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Básicos

A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas menos

conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por

sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados, se inicia da discussão dos espaços

físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino Religioso sagrado é o objeto de

estudo da disciplina, portanto, o tratamento a ser dado aos conteúdos básicos estará

sempre a ele relacionado.

6o Ano

- Organizações Religiosas

- Lugares Sagrados

- Textos Sagrados Orais ou Escritos

- Símbolos Religiosos

7o Ano

- Temporalidade Sagrada

- Festas Religiosas

- Ritos

- Vida e Morte

Encaminhamento Metodológico

O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A linguagem

utilizada é essencialmente pedagógica partindo de questionamentos que provocam

reflexões e de modo que o educando construirá sua identidade e autonomia, entendendo

o sentido da vida, do respeito as diferenças do outro.

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão

fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia e valoriza o

universo cultural dos alunos.

Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas manifestações do

sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser

enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construir, analisar e socializar o

conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o

convívio com o diferente.

Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa

do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos

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reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.

Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos diversificados.

Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas

informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando o senso

crítico no educando.

Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,

relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão

do ensino aprendizagem.

Avaliação

A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e processos de

aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática avaliativa classificando-

se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A disciplina de Ensino Religioso

requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um fator que pode

contribuir para sua legitimação como componente curricular. Cabe ao professor

implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de

conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o

seus objetivos. Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro,

da postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:

- Participação de trabalhos em grupos;

- Exposição de trabalhos;

- Produção de textos e desenhos;

- Observação dirigida e espontânea de atitudes;

- Comunicação oral e escrita;

- Relatos de experiência;

- Trabalhos escritos ou orais;

- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.

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Referências

ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes,

1992.

CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.

História da Religiões: Tempo Films/Planeta do Brasil.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins

Fontes, 1992.

GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná Raquel D. da; SCHLOGL, Emerli. Encontro:

apontando novos caminhos para o Ensino.

CORRÊA, Avelino Antonio; SCHNEIDERS, Amélia – De mãos dadas Ensino Religioso.

São Paulo: Scipione, 2002.

NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso. V. 5. Petrópolis:

Vozes, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso

para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de

história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba:

SEED – PR, 2005.43p.

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FILOSOFIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino de Filosofia na atualidade se faz necessário na medida em que pode

contribuir na resolução de conceitos e problemas formulados ao longo de sua trajetória

histórica, oferecendo aos estudantes a possibilidade de compreender os fatos que

acontecem no seu dia-a-dia, como também os fatos mais complexos do mundo atual,

relacionando-se a outras disciplinas favorecendo a compreensão da linguagem, literatura,

história, ciências e arte, assim sendo, a filosofia se apresenta como conteúdos filosóficos

e exercício, o que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento.

A disciplina de filosofia no Ensino Médio não objetiva a especialização e sim

trabalhar os conceitos filosóficos numa dimensão pedagógica, possibilitando aos

estudantes pensar os próprios atos e pensamentos numa perspectiva mais ampla.

Voltada para a educação no campo, a disciplina de filosofia pode atuar enquanto

mediadora da compreensão das diferenças e semelhanças entre a vida urbana e rural, as

possibilidades de crescimento e compreensão do campo como espaço diferenciado de

aprendizado.

Além disso, para o ensino da disciplina de Filosofia no campo é necessário que se

remeta os conteúdos estruturantes e específicos a realidade dos alunos, voltando a

construção do pensamento e do conhecimento para a área rural.

Compreender os conceitos e a história da filosofia permite que os alunos façam a

relação de conceitos das diversas áreas do conhecimento que surgiram atreladas a ela,

tais com matemática, física, ética, em um contexto interdisciplinar de compreensão dos

conteúdos.

A exclusão da disciplina de filosofia dos currículos de ensino médio na época da

ditadura e seu retorno às escolas na atual conjuntura demonstram seu papel fundamental

na construção, pelos alunos, de um pensamento aberto, crítico e questionador.

Para a educação no campo, exerce papel de fundamentação, análise de

conjuntura, de aproximação e diferenciação da composição dos currículos.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Levar o educando a: Desenvolver a capacidade de pensar, analisar, investigar e

interpretar textos filosóficos de pensadores clássicos e contemporâneos relacionando-os

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aos fatos de sua vida cotidiana.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino da disciplina de Filosofia passa pelos conceitos de ensinar os conteúdos

da história da filosofia e de sua estruturação enquanto área do conhecimento, e pelo

conceito de direcionar, para o aprendizado do filosofar.

Uma vez que seu aprendizado é dinâmico, saindo dos conhecimentos de senso

comum previamente trazidos pelo aluno, a disciplina, em sala de aula passa por quatro

momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

Quando realizamos a mobilização, exploramos o que o aluno traz de conceito de

senso comum sobre o tema a ser trabalhado. São utilizados, como recursos didáticos, a

análise de imagens exibidas nas televisões disponíveis em sala de aula e a leitura de

frases e textos curtos, introdutórios.

A problematização é feita através da arguição constante e sistemática dos alunos,

fazendo com que, no exercício filosófico da constante pergunta sobre a pergunta,

apresentem novos conceitos para os temas.

A investigação é realizada através do estudo, então, dos conteúdos históricos e

fundantes da disciplina de filosofia, utilizando-se como recurso o livro didático, a pesquisa

na internet, entre outros, para se compor um quadro de conhecimentos científicos que o

aluno poderá comparar aos conhecimentos do senso comum que anteriormente

apresentava.

Por fim, os alunos, nesta comparação, alcançam a construção de conceitos sobre

os temas trabalhados e sobre os conteúdos estruturantes da Filosofia.

Encaminhamentos Metodológicos:

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Devem ser utilizados encaminhamentos próprios para o Ensino Médio, tais como

avaliação diagnóstica de conteúdos, dinâmicas de introdução e apresentação de

conteúdos, vídeos complementares, atividades de pesquisa, aulas expositivas e

discursivas e debates.

Também é preciso levar em consideração que todo encaminhamento e

procedimento metodológico deve considerar a condição peculiar de escola e alunos do

campo, voltando atividades e exemplos para o cotidiano dos alunos atendidos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Primeiro Ano:

4.1. Mito e Filosofia

• Saber mítico

• Saber filosófico

• Relação mito e filosofia

• Atualidade do mito

• O que é filosofia?

4.2. Teoria do Conhecimento

• Possibilidade do conhecimento

• As formas do conhecimento

• O problema da verdade

• A questão do método

• Conhecimento e lógica.

Segundo Ano:

Ética

• Ética e moral

• Pluralidade ética

• Razão, desejo e vontade

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• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política

• Relações entre comunidade e poder

• Liberdade e igualdade política

• Política e ideologia

• Esfera pública e privada

• Cidadania formal e/ou participativa

Terceiro Ano:

Filosofia da Ciência.

• Concepções de ciências.

• A questão do método científico

• Contribuições e limites da ciência

• Ciência e ideologia

• Ciência e ética

Estética

• Natureza e arte

• Filosofia da arte

• Categorias estéticas

• Estéticas e sociedade

AVALIAÇÃO

Avaliação diagnóstica e processual, através de análise comparativa entre

conhecimento anterior do aluno e o conhecimento assimilado ao longo do processo

ensino- aprendizagem.

Se faz uso de estratégias e instrumentos de avaliação que permitam a análise do

discurso e a construção da argumentação, itens indispensáveis para a construção do

pensamento filosófico.

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Avaliação por debates, avaliação interpretativa de conteúdos, construção de textos

dissertativos e comparativos sobre os temas trabalhados, pesquisas de referências

bibliográficas, entre outros, são instrumentos utilizados na tarefa de compor o quadro

avaliativo dos alunos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes curriculares da Educação Básica – Curitiba, 2008. SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes curriculares da Educação do Campo – Curitiba, 2008.

ARANHA, Maria Lúcia de A.; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando: Introdução a Filosofia. Moderna. São Paulo. 2009, 4ª ed.

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Companhia das Letras. São Paulo. 2002. 2ª ed. VI.

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FÍSICA

Apresentação Geral da Disciplina

A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza entendida segundo Menezes

(2005), como realidade material sensível. Ressaltando que os conhecimentos de física

apresentados aos estudantes do ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria

natureza, mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa

natureza. Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e

os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o

período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à

Geometria euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150d.C) e à Física de

Aristóteles (384-322 a.C). As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época,

de acordo com que se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e

altamente tecnológico, a física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda

tecnologia é de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte

do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da física faz

sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma

ciência em construção, com uma respeitável consistência teórica.

Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a

criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica restrito apenas a

esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo para sua própria cidadania,

formando-se um cidadão capaz de contextualizar o conhecimento relacionando-o com sua

realidade, e capacitando-se para uma atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é

a cultura científica tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com

outras produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação com o

professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a mudança, com o

amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais ampla e integradora das

ciências e da sociedade.

Os conteúdos da Proposta Curricular desta Escola estão vinculados à realidade

local, garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos historicamente acumulados

e os saberes da vivência cotidiana. (SEED/PR, 2008).

Estão contemplados os saberes da História, da Cultura e da realidade do campo.

(SEED/PR., 2008)

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Os conteúdos gerais estão ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do

campo em todas áreas do conhecimento (Matemática, Língua Portuguesa, História,

Geografia, Ciências etc.)

Os conteúdos específicos estão de acordo com as características locais, regionais,

econômicas e culturais da comunidade.

Os estudos estão direcionados para o Mundo do Trabalho, Desenvolvimento Social

Justo, ecologicamente sustentável. Os textos destacam a cultura do campo, movimentos

sociais, a pobreza, desigualdade social, lutas camponesas, a questão agrária, políticas

públicas para o campo dentre outros.

A diversidade do campo contempla os aspectos sociais, culturais, políticos,

econômicos, de gênero, geração e etnia. A metodologia é direcionada a procedimentos

como aulas na roça, excursões, entrevistas, reuniões, dramatizações, observações etc.

Os recursos utilizados são as enciclopédias, livros, jornais, revistas, vídeos, rios,

campos, serras, comunidade, floresta, cerrado, engenho, casas de farinha, postos de

saúde, monumentos históricos, praças, órgãos públicos etc. (contemplar apenas o que

existe na comunidade). São considerados os tempos na família, na escola, na produção,

nas atividades culturais.

A avaliação se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos espaços.

Objetivos:

- Saber informar e se comunicar, argumentar, compreender e agir;

- Enfrentar problemas de diferentes naturezas;

- Participar socialmente de forma pratica e solidária;

- Ser capaz de elaborar criticas ou propostas;

- Desenvolver um estudo crítico-reflexivo das ideias apresentadas acima, com o objetivo

de atender as necessidades de formação do aluno;

- Investigar e discutir a utilização de tecnologias e outros meios de comunicação no

ensino da Física;

- Proporcionar a elaboração de atividades de pesquisa e ensino da Física objetivando aos

alunos toma-las como objeto de estudo, para que possam compreender sua natureza

pedagógica e educacional.

Concepção

Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da disciplina de

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Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica encontrada na “

Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar – Ensino Médio”,

da Secretária de Estado da Educação do Paraná – SEED – PR. e também nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Paraná.

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida,

segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.

O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por

aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há um certo

consenso que “... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o

objeto de estudo. Em outra palavras, a questão emergente na investigação dos

pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa

Ciência na educação básica – Ensino Médio” ( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).

Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra uma

preocupação com a Física como uma Ciência que permite compreender uma imensidade

de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação profissional ou

como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do

mundo pelos sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos

quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de

“Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios matemáticos com

respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e, mais

que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas. Isso faz com que com que o

ensino de Física se transforme num ensino livresco, descontextualizado em sua história,

não permitindo a compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as

implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades

humanas.

A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do mundo , não

permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio desse

campo de conhecimentos, essencial para o desenvolvimento de uma cultura em ciência.

Apesar do incentivo à carreira universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade

e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio.

A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto social,

econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse contexto, fato que não

pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está

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pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “ ... como é

penoso , lento , sinuoso e, por vezes, violento, o processo de evolução das idéias

científicas” ( PONCZEK, 2002, p. 22 ).

Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou que

viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social humana

e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.

Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam capazes

de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos

deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é importante

buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e

da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na

humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de

uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do

tempo.

Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito aos

saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do

conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto social e suas concepções

espontâneas a respeito de ciência.

Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos abandonar o

papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a ver, de fato, os

sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como

mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar,

professor e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso

ocorrerá somente quando o educando internalizar esses significados de maneira não

arbitrária e não literal, quando as novas informações adquirirem significado por interação

com o conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados

adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já

existente.

Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias, sua visão

do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências diárias e

nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999 ), os seres

humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar

uma metodologia de ensino para a Física é preciso ter em vista o que os estudantes já

conhecem. Esta ideia remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias

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alternativas dos sujeitos.

Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre outros

elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele

perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um

determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule as

suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim, espera-se que esteja

reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas ideias

espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao

contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos

elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou interesse

deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica.

Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de compreender o papel da ciência no

desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz de compreender a cultura científica e

tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES & SHELLARD, 2005, p. 233 ).

Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania para o

consumo, não é a cidadania construída através de intervenções externas, doações da

burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se constrói no interior da prática

social e política de classes.

Conteúdos

Conteúdos Estruturantes:

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje

compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina

escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos

escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa

disciplina no Ensino Médio.

Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,

princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses

estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as propostas pedagógicas

curriculares das escolas.

Movimento

Termodinâmica

Eletromagnetismo

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1a Série

Conteúdo Estruturante: Movimento

Conteúdos Básicos

- Momentum e Inércia;

- Conservação da Quantidade de Movimento ( Momentum );

- Variação da Quantidade de Movimento = Impulso;

- 2a Lei de Newton;

- 3a Lei de Newton;

- Condições de Equilíbrio;

- Energia e o Princípio da Conservação da Energia;

- Gravitação.

2a Série

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica

Conteúdos Básicos

- Leis da Termodinâmica;

- Lei zero da Termodinâmica;

- 1a Lei da Termodinâmica;

- 2a Lei da Termodinâmica.

3a Série

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

Conteúdos Básicos

- Carga, Corrente Elétrica, Campo e Ondas eletromagnéticas;

- Força Eletromagnética;

- Equações Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática ( Lei de Coloumb, Lei de Ampére,

Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday );

– A Natureza da Luz e suas Propriedades.

Encaminhamentos Metodológicos

Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é aquela que

articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que se torne significativa,

que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os colegas, com o material didático,

com o professor. Mais do que soluções prontas e acabadas o que se pretende é que ele

saiba buscar o aprendizado instigando-o, no qual se valoriza a reflexão constante e

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também sua herança cultural. Partindo do conhecimento prévio do estudante na

construção do saber cientifico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos

seja contínuo na escola e natural em sua vida profissional.

Será utilizado o Portão da Educação, revistas científicas, livros paradidáticos e

didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia. Proporcionando atividades de

pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na interpretação dos fenômenos físicos

relacionando-os com os conceitos e as leis da Física. Inserir uma abordagem cientifica,

explorando unidades e medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.

Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda é tratado

como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que, normalmente, não leva

a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por distanciar o interesse dos

educandos pela disciplina.

Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e reduzidos,

bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.

É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de

ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o

processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.

Será inserida a História da Cultura Afro-Brasileira e Africana regulamentada pela Lei

no 10.639/03, como também a Cultura Indígena regulamentada pela Lei no 11.645/08

com o objetivo de divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores

que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico racial, garantindo à todos o respeito

aos direitos legais e a valorização de identidade, das raízes africanas, indígenas e

brasileira para toda e qualquer ação de cidadania. Entra também nesse espaço a

Educação Ambiental através da Lei no 9795/99 que trata da educação ambiental com o

objetivo de propiciar aos alunos atitudes responsável e comprometida com as questões

socioambientais locais e globais. Será trabalhada também a música Lei no 11.769/08, a

prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal,

enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e

Adolescentes LF no 11.525/07, Educação Tributária Dec. No 1.143/99, Portaria no 413/02

e Agenda 21 Escolar.

No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da Física no

mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto construção

humana e a constante evolução do pensamento científico, também as relações

das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade.

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O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio de

demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais alternativos e de baixo

custo, na construção ou demonstração de experimentos.

Inspirados na perspectiva “Freireana” partimos da crença de que FORMAÇÃO é um

fenômeno que se dá no indivíduo, enquanto este se compromete com ações coletivas de

transformação de sua realidade social, e não enquanto aquisição de habilidades técnicas

individualizadas, tampouco como aquisição meramente cognitiva, busca auxiliar o sujeito

a pensar criticamente e a tomar decisões frente ao mundo. (FURTADO & FURTADO,

2000)

Essa formação baseia-se numa “educação que, enquanto ato de conhecimento, não

apenas se centre no ensino dos conteúdos, mas que desafie o educando a aventurar- se

no exercício de não só falar de mudança do mundo, mas de com ela realmente

compromete-se” (FREIRE, 2000: 96). Nesta perspectiva, conforme (FURTADO,1999) a

Educação do Campo é convocada: urge que uma nova abordagem seja implementada. A

realidade requer um profissional que atue no sentido de estabelecer relações

democráticas com os agricultores (as), relações dialógicas, evitando reproduzir relações

autoritárias tradicionais, culturalmente arraigadas. Um novo profissional capaz de refletir

sobre sua prática, interagir com outros profissionais e com os agricultores (as), capaz de

promover a reflexão „na e „sobre a ação”. Um profissional com essa postura é mais que‟ ‟

um técnico é um profissional reflexivo e interativo (SHON,1986). É um educador do

campo. Ele é questionador, crítico, democrático, despojado, solidário, identificado com o

coletivo, defensor da justiça sócio-ambiental e comprometido com a sociedade, através de

uma formação crítica. Ele luta pelas mudanças estruturais, age para a inclusão social e

exercício dos direitos sociais.

O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as

experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas

no processo da aprendizagem.

Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados

como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor compreensão

dos conteúdos, cabe ao professor administrar este processo no qual os educandos

necessitam de apoio. É essencial valorizar os acertos e tornar o erro em algo comum,

caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. É importante incentivar os

educandos a ampliarem seus conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude

cotidiana e na busca de resultados.

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O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez mais

importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor

compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo educando na escola é

necessário visto que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que

se vá.

Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros meios de

divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física podem e

devem ser explorados de diversas formas, desde que tenham cunho científico.

O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático

fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos para

enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino mais harmonioso e

agradável.

Avaliação

Apesar das mudanças sofridas no decurso da história, o tradicional sistema de

avaliação está centrado no professor como controlador do processo.

O movimento escolanovista lança um novo olhar sobre a avaliação, apoiado na

psicologia, na sociologia e na antropologia. Usa uma nova retórica que dá ênfase às

diferenças individuais dos educandos pela auto-avaliação.

Contudo, permanece a palavra final do professor no processo avaliativo, provocando

poucas mudanças no modelo vigente.

Na transmissão do conhecimento e no princípio do rendimento, a pedagogia

tecnicista está orientada pela visão técnica da racionalidade econômica e empresarial,

funcionando como modeladora do comportamento humano por meio de técnicas

específicas.

Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico útil e

necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na construção de si mesmo

e do seu melhor modo de estar na vida.

Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o objeto

do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. A

avaliação será significativa se estiver voltada para a autonomia dos educandos.

A prática avaliativa deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de avaliar

como objeto de punição, estabelecendo-se uma nova perspectiva, marcada pela

autonomia do educando. Como afirma Vasconcelos:

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O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de

uma auto-crítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe

faculta, lhe autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula;

redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do

conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova

mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais

(VASCONCELOS, 1994, p.54).(DCE EJA,p. 42).

A avaliação não pode ser um processo meramente técnico; exige o domínio de

conhecimentos e técnicas com o uso, dentre outros, de critérios claros e objetivos.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as

diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar

voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil, isto é, o

seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.

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REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30.

ed., São Paulo: Paz e Terra, 2004.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 15. ed. São Paulo:

Cortez, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo avaliar a aprendizagem? Pátio, Revista

Pedagógica, Porto Alegre, Artmed, ano III, n.12, fev./ abr. 2000.

MENEZES, L. C. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do

Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

MOREIRA, Antonio Flávio. Escola, currículo e a construção do conhecimento. Campinas:

Papirus, 1994.

MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo como política cultural e a formação docente. In.

SILVA, Tomáz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flávio. (Orgs). Territórios contestados: o

currículo e os novos mapas políticos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 7 – 20.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica , Física. Secretária de Estado da

Educação do Paraná. SEED, 2008.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Estudos temáticos para o plano

estadual de educação do Paraná: resultado do I Seminário Integrador – versão preliminar.

Curitiba, 2004.

ROSA, C. W. da; ROSA, À. B. da. A Teoria histórico Cultural e o Ensino da Física. In:

Revista Iberoamericana de Educación, n. 33 – 6, 1 – 8, 2004. ISBN: 1681 – 5653.

SOUZA, José Ribamar F. de. Educação do Campo, Movimentos Sociais e Políticas

Públicas, UFC.

VASCONCELOS,, Celso. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de

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avaliação escolar. Cadernos pedagógicos do Libertad, n 3, São Paulo, Libertad, 14. ed.,

1994

SITES:

www.coladawebe.com.br

www.fisicanet.com.br

www.feiradeciencias.com.br

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SOCIOLOGIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e construtiva

do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa em compreender o

espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus aspectos físicos e culturais,

contribuindo para que o aluno perceba que é um ser ativo, crítico e participativo, ou seja,

um agente transformador.

A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a abrangência dos

conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e

contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o

espaço geográfico no atual período histórico.

A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando, refletindo

e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de tudo,

compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a reflexão sobre

os fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.

Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida em

sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de cidadania: cada

cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive,

bem como, a de outros lugares pode comparar, explicar, compreender e espacializar as

múltiplas relações que diferentes sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a

natureza a construção de seu espaço geográfico.

Será dada ênfase às Leis: -nº 10639/03 e 11645/08 – Cultura e História afro-

brasileira e indígena, permeada nos conteúdos estruturantes; - nº 9795/99 – Educação

Ambiental.

Objetivos

- Trabalhar a formação da criticidade dos educandos diante da complexidade dos

processos sociais que atuam na configuração territorial brasileira, visando a formação do

educando enquanto sujeito participante;

- Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e

interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar,

paisagem ou território;

- Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais,

econômicas, culturais e políticas no seu “lugar – mundo”;

- Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e

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degradação da vida no planeta, compreendendo a mundialização dos fenômenos

culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza;

- Analisar, descrever, comparar e expressar o próprio pensamento, de variadas

formas, a respeito de um tema previamente definido;

- Dominar o raciocínio lógico para a resolução de problemas.

- Contribuir para formação de sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele

de forma crítica;

- Observar, descrever, analisar e criticar o ambiente social, a partir do entorno

próximo até a dimensão da sociedade globalizada, e propor soluções para

problemas, fundamentadas em uma consciência de cidadania;

- Usar os conhecimentos adquiridos para planejar, tomar decisões e trabalhar de

modo cooperativo;

- Posicionar-se criticamente frente aos diferentes discursos (políticos, religiosos,

filosóficos) e aos meios de comunicação de massa, organizando-se, quando

necessário, para promover mudanças de na sociedade;

- Atuar em equipes multiprofissionais e/ou interdisciplinares comportamento para

responder às necessidades de seu tempo no que diz respeito aos problemas

sociais, econômicos, políticos, naturais e ambientais.

Conteúdos:

Estruturantes:

Os conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimentos de grande

amplitude que se aproximam e organizam os campos de estudo da geografia, deve-se

compreender que temas a serem abordados são fundamentais para a compreensão da

dimensão geográfica da realidade dos conteúdos específicos. O conteúdo estruturante

numa concepção crítica de educação deve considerar em sua abordagem teórica

metodológica as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisando-as

em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o

atual período histórico.

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico:

Discute-se nestes conteúdos estruturantes os espaços de produção como o

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industrial e o agropecuário, as aproximações e especificidades de cada um, a hierarquia

dos lugares, as relações econômicas entre as diferentes porções territoriais como as

cidades, os Estados/Províncias, os países e regiões. Relações de produção e de

trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da

produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção da dinâmica da

sociedade (Capitalista). Ênfase nas desigualdades econômicas na produção de

necessidades, nas diferentes classes sociais e na configuração sócio espacial.

Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,

especialmente o de rede.

- Dimensão Política do Espaço Geográfico:

Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais são as instâncias

e instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Nesse conteúdo estruturante

aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (Rua, Bairro) até

as escala macro (País, Instituições internacionais). O papel do estado e das forças

políticas não estatais (ONGs, narcotráfico, crime organizado, associações) bem como as

redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais e

políticos é fundamental.

Os conceitos geográficos mais enfatizados nesse conteúdo são Território e lugar.

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico:

As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste

conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e a

mobilização de “recursos” naturais para satisfazê-las, no modelo econômico do

capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturantes. Como essas

relações se concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos

de Sociedade e Natureza são entendidos como categoria de análise nesse conteúdo

estruturante. Modo de produção, classe sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da

natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da paisagem.

- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico:

As questões demográficas para a constituição do espaço geográfico são centrais

nesse conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das

especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (Rural e

Urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; A ocupação e distribuição da

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população no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais; Os

grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural, regional.

Os conteúdos geográficos mais enfatizados nesse conteúdo estruturante são os

de região (singularidades e generalidades) e paisagem.

Conteúdos Básicos

Os conteúdos básicos do Ensino Fundamental devem considerar imprescindíveis

para a formação da consciência histórica dos estudantes nas diversas disciplinas da

educação básica.

Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos

que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em

conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado para

as séries e etapa de ensino. Ou seja, onde os conteúdos receberão abordagens

contextualizadas historicamente, socialmente e politicamente, de modo que façam sentido

para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo

com a sua formação cidadã.

6º Ano

- Movimentos da Terra no universo e suas influências.

- Rochas e minerais.

- Movimentos sócios ambientais.

- Rios e bacias hidrográficas

- Questões ambientais.

- Situação, forma, pontos extremos e limites do espaço mundial.

- Principais formas de relevo.

- Clima, hidrografia e vegetação.

- A divisão física e a divisão política das terras emersas.

- O espaço geográfico.

- O trabalho e a transformação do espaço geográfico

7º Ano

- Setores da Economia.

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- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.

- Sistema de produção e agroindústria.

- Ciclos econômicos.

- Ambiente urbano e rural.

- Ocupação de áreas irregulares.

- Questões ambientais.

- Aspectos físicos das regiões brasileiras.

- Êxodo Rural.

- Urbanização e favelização.

- Fatores e tipos de imigração e migração.

- Estrutura etária e estudo de gêneros.

- Formação étnica da população Brasileira: índios, negros, brancos e amarelos.

8º Ano

- Globalização.

- Acordos e blocos Econômicos

- Economia e desigualdades sociais.

- Níveis de desenvolvimento.

- Guerra Fria.

- Neoliberalismo.

- Aspectos físicos, Políticos, históricos, econômicos, população, hidrografia, clima,

relevo e vegetação da América.

- Questões ambientais.

- Fluxos migratórios no continente americano e suas influências.

9º Ano

- Dependência tecnológica

- Globalização

- Blocos Econômicos

- Conflitos mundiais

- Estado, nação e território.

- Terrorismo mundial e no Brasil

- O continente europeu, africano, asiático e a Oceania.

- Os direitos humanos e a ONU

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- Fluxos migratórios e suas influências.

- Formação e conflitos étnico-religiosos e raciais.

- Consumo e consumismo.

- Questões Ambientais.

Ensino Médio

1ª Série

- A formação e transformação das paisagens.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

2ª Série

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

3ª Série

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O comércio e as implicações socioespaciais.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

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- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

* A Educação do Campo, o Ensino Afro lei Nº10.639/03, lei Nº 11.465/08 Indígena, Equi-

pe Multidisciplinar estão inclusos nos conteúdos e serão trabalhados concomitantemente

ao longo de todo o ano. A Educação Fiscal será trabalhada a parte como, por exemplo,

Interpretações de textos sobre a importância dos tributos;

Encaminhamento Metodológico

A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos estruturantes,

os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e conceitual da

Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço

geográfico. Para isso os conteúdos da geografia devem ser trabalhados de forma critica e

dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com

os fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial.

A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-sociais,

política e cultural, tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu conhecimento. Por isso,

deve-se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica. Através

de leitura e interpretação das informações contidas nas diferentes fontes históricas.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas aos

fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se importantes instrumentos

para compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais

nas diversas escalas geográficas.

A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para analisar a

área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo,

paisagem de espaço geográfico.

Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral

(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos

conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-

conceituais.

O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos

estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e análise

crítica e que jamais sejam meros instrumentos de localização dos eventos e acidentes

geográficos.

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As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto com

outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas

interdisciplinares.

Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas

informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula, despertando o

senso crítico no educando.

Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,

relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão

do ensino aprendizagem.

Será dada ênfase às Leis: nº 9795/99 – Educação Ambiental; nº 10639/03 e

11645/08 – Cultura e História afro-brasileira e indígena), permeada nos conteúdos

estruturantes; Equipe Multidisciplinar estão inclusos nos conteúdos e serão trabalhados

concomitantemente ao longo de todo o ano. A Educação Fiscal será trabalhada a parte

como, por exemplo, Interpretações de textos sobre a importância dos tributos;

Avaliação

A avaliação será formativa, diagnóstica e continuada, contemplando diferentes

práticas pedagógicas, um processo não linear de construção assentado na interação e no

diálogo entre professor e aluno.

Destacam-se como os principais critérios de avaliação e Geografia a formação

dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a

compreensão e intervenção para a realidade, e a assimilação das relações Espaço

Temporais e Sociedades Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas

geográficas.

A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser inserida como uma das

formas que o professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão

dos conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo.

Na prática pedagógica serão utilizados:

- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.

- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.

- Pesquisas bibliográficas.

- Aula de campo.

- Apresentação de seminários.

- Relatórios de aulas práticas.

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- Avaliações escritas.

Referências

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C.E. DR. ANTONIO PEREIRA LIMA -EFM PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA.

A história enquanto ciência trata das experiências humanas acumuladas ao longo

do tempo, ela é por si o “patrimônio da humanidade, como destaca Hobsbawm”, é uma

dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das

instituições, valores e padrões da sociedade”.

As Diretrizes estabelecem como objeto de estudo da História, os processos

históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura

sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, pensar, sentir, imaginar, instituir e de se

relacionar social, cultural e politicamente.

Neste sentido a investigação histórica é voltada para as descobertas das relações

humanas que são analisadas a partir do conhecimento histórico construído, buscando

compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas relações

humanas.

Onde todo esse conhecimento científico próprio da ciência histórica concorre para

problematização da ciência histórica e consequentemente reflexão da realidade social do

aluno pelo docente e pelo próprio discente, sociedade que por vezes é dotada pelas

exclusões próprias do sistema capitalista. Abordar essas exclusões faz-se inerente a

história, pois ela oferece também elementos capazes de destituí-los do seu sentido a

medida em que dota de importância indivíduos e segmentos antes submetidos à

marginalidade social.

OBJETIVOS GERAIS

• Compreender os processos de rupturas e permanências da história;

• Conceber a história como entidade humana, portando resultado das vivências

humanas e como tal, sujeito a transformações, sendo o educando um sujeito

histórico capaz de atuar nestas mudanças sociais;

• Entender que os diferentes sujeitos são participantes ativos do processo histórico;

• Identificar relações reflexivas sobre a comunidade local acerca do contexto

histórico estudado, porém não encaminhando-se para o determinismo histórico, e

sim para possíveis variáveis.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Entende-se por Conteúdos estruturantes da disciplina de História os

conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos

de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto

de estudo e ensino.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos

estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento

histórico e deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos e específicos que

compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/aprendizagem no cotidiano da

escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.

Os conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental e Médio apontam para o

estudo das ações e relações humanas que constituem o processo histórico, o qual é

dinâmico. Por meio dos Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,

destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-Brasileira,

da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse

país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.

Segundo as Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de

História do ensino Fundamental e Médio as:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações culturais.

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias

Conteúdos

Estruturantes

Relações de

Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos

A experiência

humana no tempo

Os sujeitos e suas

relações com o

outro no tempo no

tempo

As culturas locais e a

cultura comum

Conteúdos Específicos

Introdução aos estudos históricos.

O trabalho do historiador

O tempo e a História

Os primeiros seres humanos e sua

organização

Primeiros povos da América

Civilizações fluviais

Sociedades da Mesopotâmia

O Egito Antigo

As sociedades Hebraica, Fenícia e Persa

A civilização grega

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A civilização romana

Reinos Germânicos e Império Carolíngio

Mundo Islâmico

Feudalismo

Igreja Católica: o poder ma cristandade

europeia

O império dos Bizantinos

7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

Conteúdos

Estruturantes

Relações de

Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos

As relações de

propriedade

A Constituição

histórica do mundo do

campo e do mundo da

cidade

Conflitos e

resistências e

produção cultural

campo/cidade

Conteúdos Específicos

A Conquista da América

O confronto cultural na América

Povos indígenas

Renascimento cultural

Reformas religiosas

Mercantilismo e sistema colonial

Inicio da colonização no Brasil

O Estado e a Igreja no Brasil colônia

A economia colonial

A escravidão africana

Povos da África

União Ibérica e Brasil Holândes

Território brasileiro, expansão e

conflitos

Sociedade colonial mineradora

Antigo Regime Europeu

Revolução Inglesa

Iluminismo e despotismo esclarecido

8º ANO - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

História das relações

da humanidade com o

Conteúdos Específicos

Revolução Industrial

Independência dos EUA

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Relações de

Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

trabalho.

O Trabalho e a vida

em sociedade.

O trabalho e as

contradições da

modernidade.

Os trabalhadores e as

conquistas de direito

A Revolução Francesa

Período Napoleônico

Independência na América

espanhola

Independência do Brasil

Primeiro reinado no Brasil

Período Regencial no Brasil

Europa: Revoluções e unificações

nacionais

Segunda Revolução Industrial

Imperialismo na África e na Ásia

Formação dos Estados Nacionais na

América Latina

Segundo Reinado no Brasil

Crise do Império Brasileiro

9º ANO – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das

Instituições Sociais

Conteúdos

Estruturantes

Relações de

Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos

A Constituição das

instituições sociais.

A formação do

Estado.

Sujeitos, Guerras e

revoluções.

Conteúdos Específicos

Nasce a República no Brasil

Primeira Grande Guerra

Revolução Russa

Brasil: Primeira República (1889-

1930)

Crise capitalista e Regimes

Totalitários

Segunda Guerra Mundial

A Era Vargas (1930-1945)

Mundo do pós-guerra

Democracia e populismo no Brasil

(1945-1964)

Independência da África e da Ásia

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Oriente Médio nos séculos XX e XXI

Ditadura Militar no Brasil (1964-

1981)

Revoluções e crise do Socialismo

Era da Globalização

Brasil Contemporâneo

ENSINO MÉDIO 1º ANO

Conteúdos Estruturantes

Relações de Trabalho Relações de PoderRelações culturais

Conteúdos BásicosTema 1Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.Tema 2Urbanização e industrialização

Conteúdos EspecíficosRefletindo sobre a História

– Tempo e HistóriaPré- história

– Origem humana– As primeiras sociedades– Primeiros povos da América

Antiguidade Oriental– Mesopotâmia– Egito– Hebreus, Fenícios e Persas

Antiguidade Clássica– Gregos– Romanos

Idade Média OrientalImpério BizantinoMundo Islâmico Reinos germânicos e Império CarolíngioFeudalismoRenascimento CulturalReforma ReligiosaExpansão europeia e conquista da AméricaMercantilismo e sistema colonial

2º ANO

Conteúdos Estruturantes

Relações de

Conteúdos BásicosTema 3O Estado e as relações de poder

Conteúdos EspecíficosColonização BrasileiraO Antigo RegimeA Revolução Inglesa

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Trabalho Relações de PoderRelações culturais

Cultura e religiosidade Revolução IndustrialIndependência do EUARevolução FrancesaEra NapoleônicaIndependência das colônias da América espanhola e do HaitiRebeliões Liberais, nacionalismo e unificaçõesExpansão do ImperialismoAmérica no século XIXPrimeiro Reinado

Período regencial

Segundo Reinado

3º ANO

Conteúdos Estruturantes

Relações de Trabalho Relações de PoderRelações culturais

Conteúdos BásicosTema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerrasTema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluçõesTema 6

Cultura e religiosidade

Conteúdos EspecíficosPrimeira Guerra MundialRevolução RussaCrise do capitalismo e regimes autoritáriosSegunda Guerra MundialA instituição da RepúblicaSociedade e economia na Primeira RepúblicaRevoltas na Primeira RepúblicaEra Vargas (1930-1945)Pós- guerra e novos confrontosIndependência afro-asiáticas e conflitos árabes-israelensesSocialismo: da revolução à criseDesigualdades e globalização Período democrático (1946-1964)Ditadura MilitarPeríodo democrático atual

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para o Ensino Fundamental e Médio os métodos de investigação histórica serão

articulados de forma que o aluno perceba que a História é narrada a partir de diferentes

fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc), sendo necessário a

utilização destas fontes para construção das narrativas históricas.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos são

fundamentados em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos

manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais. As

atividades desenvolvidas em sala de aula serão desenvolvidas de forma que possam

possibilitar a reflexão por parte do aluno do seu papel como sujeito e transformador da

história

A utilização de filmes (excertos) são de grande utilidade para a ilustração menos

abstrata de um contexto histórico. Outra ferramenta na estruturação da aula é o livro

didático, no entanto não faz-se uso dele como modelo obrigatório de sugestões de

atividades aos alunos.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico o

trabalho pedagógico será desenvolvido através do uso de vestígios e fontes históricas nas

aulas de História para favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de

trabalho do historiador.

Tal abordagem será fundamental para que os alunos entendam:

• Os limites do livro didático;

• As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

• A necessidade de ampliação do universo de consultas para entender

melhor diferentes contextos;

• A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento

histórico para compreensão do passado;

Todas essas metodologias necessárias ao processo de aprendizagem do aluno serão

usadas junto a outras que irão emergir durante a prática docente, e servirão para levar ao

aluno ação na transformação social.

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AVALIAÇÃO

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu

trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual

processo de escolarização.

A avaliação será desenvolvida através de um processo contínuo, sistemático,

abrangente e permanente. Para isso, serão utilizadas técnicas e instrumentos

diversificados, sempre com finalidade educativa tais como a participação em trabalhos

coletivos e/ou individuais e atividades complementares propostas pelo professor, que

possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos

desenvolvidos. Os instrumentos utilizados para avaliação serão os descritos abaixo e

outros que se fizerem necessários durante o processo de ensino-aprendizagem.

- Provas escritas

- Trabalhos práticos individuais ou em grupo

- Pesquisa direcionada pelo professor

-Interpretação de documentos históricos

- Trabalhos sobre a leitura áudio visual (vídeos)

- Debates

- Seminários

- Produção de Texto

- Atividades subjetivas

A Recuperação de estudos será concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de

todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A

recuperação será organizada com atividades significativas para melhor diagnosticar o

nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada

dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,

conforme o descrito no Regimento Escolar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. Saber e fazer História: história geral e do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2010.

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica de História.Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB,2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Segundo Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná: história/geografia.2ª ed. Curitiba: SEED, 1993.

______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – Curitiba - 2006

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LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo “...A perspectiva

da educação do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento

local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem. O

que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza,

o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão-de-obra dos

membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de

vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo

com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico...”.

Sendo assim, os conteúdos da Proposta Curricular em questão, estão vinculados à

realidade local, pois trata-se de uma escola do campo, podendo garantir a relação entre o

acesso aos conhecimentos historicamente acumulados e os saberes da vivência

cotidiana, entre estes, o respeito pelo linguajar próprio do campo, a utilização de textos

com características regionais, culturais e econômicas da comunidade, bem como a

valorização do espaço que o indivíduo está inserido.

Por tratar-se de uma realidade específica, a metodologia deve ser direcionada

respeitando os aspectos sociais e econômicos como: evasão durante os períodos de

safra, a dificuldade do transporte em dias chuvosos, entre outros. Devido a estes fatores,

é necessária a adaptação por parte do corpo docente, enfatizando a retomada de

conteúdos para que os educandos não sejam prejudicados e/ou privados do

conhecimento no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem.

Quanto à avaliação, se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos

espaços, individualmente.

DIMENSÃO HISTÓRICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Historicamente, o processo de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a

educação jesuítica. A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos

indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo

de pensar. Não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas

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restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e

da igreja.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se nessa época, às escolas de

ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram

de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português

era a “língua da burocracia” ( ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações

comerciais, dos documentos legais. A interação entre os colonizados e colonizadores

resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses com

vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. A partir do século

XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes a descoberta da riqueza

mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a não interessa aos

propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a

unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.

A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou

a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. Essa foi

uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o

território.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças

estruturais. As aulas eram ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por

indicação política ou religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite

colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa.

Em 1772 foi criado o subsídio literário, um imposto que incidia sobra a carne, o

vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e

secundário. Dessa forma, o ensino público passou a ser financiado pela Metrópole. A

escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação

permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil.

Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino

superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que

emergia. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e

a escrever a Língua Portuguesa, continuavam negligenciadas. Somente nas últimas

décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos

escolares brasileiros.

Com o advento da República a preocupação com a nascente industrialização

influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as

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Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da

educação.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em

que foi criado no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

A Literatura veiculada na variedade brasileira da Língua Portuguesa foi retomada

depois, pelos modernistas, os quais em 1922, defendiam a necessidade de romper os

modelos tradicionais portugueses e privilegiar o brasileiro. O Modernismo, embora não

tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu pra aproximar nossa língua

escrita do falar cotidiano no Brasil.

O ensino de Língua Portuguesa, manteve sua característica elitista até meados do

século XX, a partir da década de 1960, um processo de expansão do ensino primário

público incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a eliminação dos

exames de admissão ( FREDERICO E OSAKABE, 2004).

A consolidação da ditadura militar apresentou uma concepção tecnicista da

educação e gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. Esta pedagogia

era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente

escolar, impondo uma formação acrítica e passiva.

A partir da lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação

em Língua Portuguesa ( nas quatro últimas séries). Na década de 1970 outras teorias da

linguagem passam a ser debatidas: a Sociolinguística, Análise do Discurso, a Semântica

e a Linguística Textual.

As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto. O

ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas

de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Com relação à Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do

texto literário visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios

gramaticais e estratégias pra incutir valores religiosos, morais e cívicos.

Nos anos 1970, o ensino de Literatura restringiu-se então ao segundo grau, com

abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. As interpretações dos

professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderava o papel ativo do aluno no processo

de leitura e os textos eram usados como pretexto para se ensinar gramática.

As novas concepções sobre aquisição da língua materna chegaram ao Brasil no

final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de

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Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Deve-se a ele o avanço dos estudos

em torno da natureza sociológica da linguagem.

O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderlei Geraldi, em 1984

marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos

de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Brito e o próprio

Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino.

Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino

de segundo grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990. o Currículo de Língua

Portuguesa orientava os professores a um trabalho em sala de aula focado na leitura e na

produção, buscava romper com o ensino tradicionalista.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros

Curriculares Nacionais ( os PCNs), no final da década de 1990 também fundamentaram a

proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista levando a

uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na

Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de

analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos

apresentada pelos alunos, as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa requerem,

neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja

pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta

que dá ênfase na língua viva, dialógica, em constante movimentação,

permanentemente reflexiva e produtiva.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Propomos um ensino de língua portuguesa que privilegia o processo de aquisição e

aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, não se pautando no

repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional, como destaca

Travaglia (2000).

O ato de fala é de natureza social, por isso ensinar a língua a partir dessa

concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito

está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus

significados são sociais e historicamente construídos. Sob essa perspectiva, o ensino-

aprendizagem de língua portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e

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discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que o cercam e

terem condições e terem condições de interagirem com esses discursos.

Assim é preciso que proporcione ao aluno o contato com um leque variado de texto

com diferentes funções socais para que o mesmo se envolva com as práticas de uso da

língua, promovendo o letramento que vai além da alfabetização, bem como propiciar ao

educando práticas discursivas que abrangem além dos textos escritos e falados, a

integração da linguagem verbal com outras linguagens.

Bakhtin afirma que para estudar a língua é preciso ter o texto como objeto de

estudo, pois toda unidade só faz sentido se estiver ligada ao texto. Por meio dele

expressamos sentimentos, objetivos, conhecimentos, “ o texto é o dado primário e o ponto

de partida de qualquer disciplina nas ciências humanas […] Neles se misturam

constatações e juízos de valor”(2003, p,319).

Todo texto é uma articulação de discursos, vozes que se materializam, ato

humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso mesmo, não

é compreendido em seus limites formais. (BAKHTIN, 1999). Um texto não é um objeto fixo

num dado momento do tempo, ele lança seus sentidos no dialogo intertextual, ou seja, o

texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações

dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p.334), “mesmo enunciados separados um do

outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de

sentido, revelarão relações dialógicas.”

Os enunciados são heterogêneos, uma vez que emergem da multidão das vozes

sociais. Faraco (2003) destaca que nessa atmosfera heterogênea que o sujeito vai se

constituindo discursivamente. Para Bakhtin (1992), os tipos relativamente estáveis de

enunciados são denominados gêneros discursivos. Estes se dividem em primários e

secundários. Os primários referem-se a situações cotidianas; já os secundários

acontecem em circunstancias mais complexas de comunicação (como nas áreas

acadêmicas, jurídicas, artísticas, etc). As duas esferas são interdependentes.

Brait (2000, p. 20) recorda que “não se pode falar de gêneros sem pensar na esfera

de atividades em que ele se constituem e atuam, aí aplicada as condições de produção,

se circulação e recepção”. Há diferentes esferas de comunicação, e cada uma delas

produz os gêneros necessários a suas atividades. Alguns gêneros são adaptados,

transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade

que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos

campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem”. (BAKHTIN, 1992,

p.261). Um exemplo dessa necessidade é o surgimento do discurso eletrônico, que são

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criados e transformados pela cultura tecnológica na qual estamos inseridos.

Os gêneros variam assim como a língua – a qual é viva, e não estanque. As

manifestações comunicativas mediante a língua não acontecem como elementos

linguísticos isolados, elas se dão, conforme Bakhtin como discurso.

É função da escola aprimorar a competência linguística do aluno que acontecerá

com maior propriedade se ele for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e

oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O transito pelas diferentes esferas

da comunicação possibilitará o educando uma inserção social mais produtiva no sentido

de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que esta inserido.

Bakhtin (1992, p.285) afirma que “quanto melhor dominarmos os gêneros tanto mais

livremente o empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa

individualidade (onde isso é possível e necessário)”.

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua critica, é legitimo e é direito para

todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o

uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.

É na escola que o imenso contingente de alunos que frequentam a rede pública de

ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento social e

historicamente construída e à instrumentalização que favoreça uma inserção social e

exercício da cidadania.

É de conhecimento dos envolvidos no processo educativo que muitos aprendem a

ler e a escrever, mas não adquirem competência para as práticas sociais de leitura e

escrita: “não leem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, requerimento, não

sabem preencher um formulário...”(SOARES,2003 p.46). A essa necessidade deu-se o

nome de letramento, ou seja, dotar o indivíduo para que ele conheça e se envolva com as

funções da leitura e da escrita. Há urgência em letrar, visto que apenas ler e escrever não

dão conta das inúmeras exigências que o mundo real pede aos recém-saídos do

processo de escolarização. Isto porque à medida em que o analfabetismo vai sendo

superado, um maior número de pessoas aprende a leitura e a escrita, a sociedade, por

sua vez, se torna cada vez mais centrada na escrita. Consequentemente as pessoas

precisam cada vez mais dominar a arte de ler e escrever até mesmo por uma questão de

sobrevivência. Para dotar o aluno dessa capacidade o ideal seria “alfabetizar letrando”

através de práticas sócias de leitura e escrita.

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA

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No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior o

contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais mais possibilidade se tem de

entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica

referente à linguagem, portanto precisa pautar-se na interlocução, em atividades

planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a

reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações.

Oralidade

A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de

partida os conhecimentos linguísticos do aluno, para promover situações que os

incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagens que eles empregam em

suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem cientifica e

legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas

diferentes instancias discursivas.

Escrita

Em relação à escrita é preciso ressaltar que as condições em que a produção

acontece determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor

desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha

um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo em

vista que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas

socialmente especificas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p.47).

Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o

estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de

opinião ou cientifico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em

ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio

de experiências sociais tanto singular quanto coletivamente vividas.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do

que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de

si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p.289) afirma que “todo enunciado é um elo na

cadeia da comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do

objeto de sentido.” A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em

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seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.

Leitura

Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve

demandas sociais, históricas, política, econômica, pedagógica e ideológicas de

determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca suas experiências, os seus

conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes

que o constituem.

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela

possui “depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade

significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro – o

leitor – para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p.54-55).

No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma politica de

singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos

significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Literatura

A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada a vida social.

Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que transforma/humaniza o homem e

a sociedade. O autor atribui à literatura três funções: psicológica, formadora e social.

O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos teóricos da

Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam formar um

leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas

de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade

obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática de leitura. A

escola, portanto deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética. Jauss (1994)

defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho

conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.

O caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência estética com a

atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua emancipação,

desempenhar um papel atuante no contexto social.

No ensino da literatura deve-se privilegiar o texto literário, pois somente ele permite

múltiplas interpretações, uma vez que na recepção que ele significa. No entanto, não está

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aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as

quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz

lacunas que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de

vida, as ideologias, as crenças, e valores que o leitor carrega consigo. Neste sentido a

Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para uma

reflexão válida no que concerne a literatura, levando em conta o papel do leitor e sua

formação.

Análise Linguística e as Práticas Discursivas

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado deve voltar-se para observação e

análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;

variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no

nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de

conhecimentos sobre o sistema linguístico.

A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a

organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto

como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista seu

interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura

gramatical e a sua construção passa a ser objeto de ensino.

O ensino da língua, organizado por meio da prática de análise linguística

pressupõe as seguintes considerações:

•Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos

falantes.

•Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta para a leitura e a

produção de textos.

•Metodologia reflexiva, baseada na indução(observação dos casos particulares para

conclusão das regularidades/regras).

•Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas.

•Ênfase dos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que remetem

a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos),

apresentados e retomados sempre que necessário.

•Centralidade nos efeitos de sentido.

•Fusão do trabalho com gêneros, na medida que contempla justamente a intersecção das

condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas.

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•Unidade privilegiada: o texto.

•Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exige comparação e

reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.

OBJETIVOS GERAIS

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,

busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além

do contexto de produção;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE

LÍNGUA PORTUGUESA

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Entende-se por conteúdo estruturante, o conjunto de saberes e conhecimentos de

grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele,

advém os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.

A seleção do conteúdo estruturante está relacionada com o momento histórico-

social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como

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prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo

Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.

A língua será trabalhada, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada

pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros

discursivos que circulam socialmente, com especial atenção à aqueles de maior exigência

na sua elaboração formal. Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a

forma composicional e o estilo. As marcas linguísticas também devem ser abordadas no

trabalho com gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os sentidos

estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico. Caberá ao professor

selecionar conteúdos específicos que explorem os recursos linguísticos e enunciativos do

texto por ser aquele que tem o contato direto com o aluno e com as suas fragilidades

linguístico-discursivas. Portanto, deverá selecionar os gêneros (orais e escritos) a serem

trabalhados de acordo com as necessidades, objetivos pretendidos, faixa etária, bem

como os conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise linguística.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série

da etapa final do Ensino Fundamental e para Ensino Médio, considerados imprescindíveis

para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica.

Os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como ponto de partida para a

organização da Proposta Pedagógica Curricular das Escolas. Cabe ao professor

selecionar os gêneros a serem trabalhados, não se prendendo à quantidade, mas sim,

preocupando-se com a qualidade do encaminhamento, com a compreensão do uso do

gênero e de sua esfera de circulação. Os gêneros precisam ser retomados nas diferentes

séries com níveis maiores de complexidade, tendo em vista que a diferença significativa

entre as séries está no grau de aprofundamento e da abordagem metodológica.

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Conteúdos Básicos: para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas

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diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta

Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com

as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

GÊNEROS DISCURSIVOS: ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

Cotidiana: adivinhas; álbum de família; anedotas; bilhetes; cantigas de roda; carta

pessoal; cartão; diário; músicas; parlendas; piadas; provérbios; quadrinhas; receitas;

trava-línguas; exposição oral.

Literária/ Artística: memórias, autobiografia, contos, contos de fadas, contos de fadas

contemporâneos, crônicas de ficção, fábulas, fábulas contemporâneas, história em

quadrinhos, lendas, literatura de cordel, letras de música, narrativas de aventura, de

enigma, de ficção científica, de humor, de terror, fantástica e mítica, paródias, poemas,

romances, textos dramáticos.

Escolar: cartazes, debate regrado, exposição oral, pesquisas, relatório, resumo, texto

argumentativo, texto de opinião.

Imprensa: anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, cartum, charge,

classificados, entrevista ( oral e escrita), fotos, horóscopo, notícia, reportagens, tiras,

sinopse de filme, manchete.

Publicitária: anúncio, comercial para TV, Folder, slogan, publicidade comercial.

Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, panfleto.

Jurídica: leis, ofício, regimentos, requerimentos, estatutos.

Produção e consumo: bulas, regras de jogo, rótulos e embalagens.

Midiática: blog, desenho animado, e-mail, filmes, telejornal, telenovelas, torpedos, video

clip.

LEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do Texto; Discurso Direto

e Indireto; Elementos Composicionais do Gênero.; Léxico; Marcas Linguísticas ( coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras

de linguagem); Contexto de Produção; Intertextualidade; Informações explícitas e

implícitas; Repetição proposital de palavras; Ambiguidade, Vozes sociais presentes no

texto; Relação da causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica;

Operadores argumentativos; Sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no

texto; Discurso ideológico presente no texto; partículas conectivas do texto; Progressão

referencial no texto; Polissemia.

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ESCRITA: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do Texto; Informatividade;

Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos Composicionais do Gênero;

Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas ( coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem);

Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância

verbal/nominal; Conteúdo temático; Intencionalidade do texto; Informatividade;

Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto; partículas conectivas do texto; Progressão

referencial no texto.

ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos ( entonação, pausas, gestos...); Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas (coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos); Elementos semânticos; Conteúdo temático;

Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita. O domínio

das práticas discursivas possibilita que o aluno modifique, aprimora, reelabore sua visão

de mundo e tenha voz na sociedade. O aprimoramento linguístico permite ao aluno a

leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de

seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade

discursiva.

Lei 11645/08 cultura indígena

Em 2003, foi lançada a lei federal nº 10.639, que modificou a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de

cultura africana e afro-brasileira, , bem como a cultura indígena, nas escolas públicas e

privadas de todos os estados brasileiros.

Lei 10639/03 cultura afro-brasileira

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A Lei 10.639/03, propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e

cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de

aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na

qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o

pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música,

culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.

Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra

(20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos

Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no

Brasil.

O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei

10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das

matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores

exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação

racial no Brasil.

De acordo com as leis da cultura indígena e cultura afro-brasileira citadas, é viável

trabalhar a auto-estima do educando, promovendo o convívio pacífico dos diversos

grupos étnicos raciais; proporcionar reflexões que favoreçam a formação integral do

educando, tornando-o atuante na sua comunidade, tendo em vista a construção de um

mundo mais humanizado; construir novos significados a partir das diferenças físicas

existentes dentro da sala de aula. Esta metodologia será ministrada através de pesquisas,

debates, interpretação e produção de textos, vídeos, músicas, etc.

As atividades acontecerão de forma individual e em grupo observando o convívio

pacífico do educando com as diferenças e sua postura em relação a elas.

Lei 9795/99 meio ambiente

A Lei Nº 9795 de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a Educação Ambiental,

constitui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

Art. 1º Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e

a coletividade, constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competência voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do

povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 4º São princípios básicos da Educação Ambiental:

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• Enfoque humanístico, holístico, democrático e participativo;

• Concepção de Meio Ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre

o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

• O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e

transdisciplinaridade;

• A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

• A garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

• A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;

• O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

Portanto, é preciso compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser

humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive em relação

essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente. As atividades

serão ministradas através de leituras, debates e produção de texto. Haverá a observação

pelo professor das atitudes do aluno em relação a todos os componentes do ambiente.

Em suma, a Educação deve estar atenta com as possibilidades de reconstrução de

uma nova concepção de sociedade e natureza. Com isso exercerá seu papel,

questionando e apontando caminhos promovendo a consciência ambiental e justiça social

aguçando o senso crítico dos educadores e educando, de tal modo que tanto a escola

como os sujeitos sociais tornem-se promotores de valores sócio-ambientais e culturais, e

as comunidades organizadas sejam as promotoras das transformações necessárias. Sem

perder de vista os elementos que compõem as estruturas políticas econômicas e

educacionais. Assim a educação será parte integrante e fundamental da sociedade, visto

que ela não é única responsável pelas transformações sociais, mas sem ela as mudanças

não acontecem.

PRÁTICA DA ORALIDADE

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em

situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores,

assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,

principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supões o falar e o

ouvir.

As Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas como legítimas, uma vez que

são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação à

centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Cabe, entretanto,

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reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de uso das

classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos

os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos ao acesso a essa norma. É

por meio do aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas

diferentes esferas sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações

cotidianas quanto nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que

exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar

criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de

trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos. No que

concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como arte, os quais

produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas

forças políticas particulares. O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente.

O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como, a

argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua

fala quanto da fala do outro, sobre:

• o conteúdo temático do texto oral;

• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em

diferentes esferas sociais;

• a unidade de sentido do texto roal;

• os argumentos utilizados;

• o papel do locutor e do intelocutor na prática da oralidade;

• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível

social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;

• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo

PRÁTICA DA ESCRITA

Nestas Diretrizes, o exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os

gêneros discursivos são construções coletivas.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz

a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,

interlocutor (es), dentre outros. É desejável que as atividades com a escrita se realizem

de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito à circunstâncias de

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produção.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,

se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que tem uma função social

determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, p. 62-63).

PRÁTICA DA LEITURA

Na concepção de linguagem assumida por essas Diretrizes, a leitura é vista como

um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo

da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula

hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento

linguístico, nas suas experiências e na sua vivencia sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais.

No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais para

então contemplar os multiletramentos mencionados nessas Diretrizes.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a

perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante

deles. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua

leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.

Para encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se

quer trabalhar e, então, planejar as atividades.

No que concerne no trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66) assinala

que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes de textos

para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as múltiplas possibilidades de

interlocução com os textos.”

Na sala de aula, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto, é

necessário analisar: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

lingüísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos

gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos.

De acordo com o exposto, para encaminhamento da prática de leitura, é relevante

que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o

gênero a ser lido.

LITERATURA

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No processo de leitura o leitor é visto como um sujeito ativo, tendo voz em seu

contexto. Assim, para proposta de trabalho com a Literatura essas Diretrizes sugerem a

Estética da Recepção, a Teoria do Efeito e o Método Recepcional, elaborado por Maria da

Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, como encaminhamento metodológico.

O Método Recepcional, tendo como base a Estética da Recepção, propõe a

criação de estratégias que estimulem a curiosidade e disponibilidade de se defrontar com

novas possibilidades de leituras. Considerando que muitas vezes o leitor privilegia textos

com os quais se identifica, “obra conformadora”, se faz necessário considerá-las e

estimular a curiosidade para propor o novo, obras literárias que desafiem a compreensão

do leitor. Estas muitas vezes são repelidas por exigirem “ esforço demasiado e

conflituoso”. O processo da recepção, portanto, parte do princípio em que há que se

considerar o repertório de leituras e interesses do leitor e encaminhá-lo para se defrontar

com o novo, rompendo com o distanciamento entre sua visão de mundo e a da obra,

saindo da leitura da “obra conformadora” para a “obra emancipatória” num ir e vir

constante e insistente “visando a qualificação dos leitores pela interação com os textos e

a sociedade” (BORDINI, AGUIAR, 1993 p.84-85).

Esse método proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra lida,

possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativa. Essa proposta de

trabalho, tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a

novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu

próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativa bem como os

do professor, da escola, da comunidade familiar e social.

Esse trabalho dividi-se em cinco etapas cabendo ao professor delimitar o tempo de

aplicação de cada uma delas, de acordo com seu plano de trabalho docente e com a sua

turma. As etapas são as seguintes:

• Primeira etapa: determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor;

• Segunda etapa: atendimento ao horizonte de expectativas;

• Terceira etapa: ruptura do horizonte de expectativa;

• Quarta etapa: questionamento do horizonte de expectativas;

• Quinta etapa: ampliação do horizonte de expectativa.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre

Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a

preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.

É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,

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demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas

que o texto permite. As marcas lingüísticas devem ser consideradas na leitura literária,

elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas.

No ensino da literatura o professor não deve ficar preso à linha do tempo da

historiografia, mas fazer análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e

no momento de sua recepção (historicidade). No Ensino Médio deverá apresentar

correntes da crítica literária mais apropriadas para o trato com a literatura, tais: os estudos

filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros

que podem enriquecer o entendimento da obra literária.

As aulas de literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e

contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas idéias e as relações discursivas por

eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto.

O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo

Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e constitui forte

influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura,

oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “ a reflexão

consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivas que perpassam os usos

linguísticos seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses

mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p.204).

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e

seus efeitos de sentido no texto. É necessário deter-se um pouco nas diferentes formas

de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que

procuram sistematizá-la.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na

constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não

somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada

e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.

O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e

diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos

textos orais e escritos. Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros

discursivo (orais e escritos), mais fácil assimilar as regularidades que determinam o uso

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da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).

O texto não deve servir apenas para o aluno identificar, por exemplo, os adjetivos e

classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para

atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita. Cabe ao

professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o

seu próprio texto. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao

professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse

estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os

sentidos do texto.

Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também

pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,

ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.

Inserido no trabalho referente à análise linguística, oralidade, escrita, leitura, estão

a cultura indígena (lei11.645/08); cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639/03); e meio

ambiente (lei 9.795/99).

AVALIAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é vista como um processo de

aprendizagem contínuo que prioriza a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do

ano letivo. O professor deverá fazer uso da observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes, a avaliação formativa, proposta nas Diretrizes, por ser contínua e diagnóstica,

aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Pois esta informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e

contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das

aulas.

Sob essa perspectiva, as Diretrizes recomendam:

*Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. O professor verificará a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua

fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também

deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive.

Instrumentos:

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−Seminários;

−Debates;

−Relatos;

−Entrevistas;

−Discussões;

−Exposições.

Critérios:

−Expressão das ideias com clareza;

−Utilização do discurso com a situação de produção;

−Compreensão do discurso do outro;

−Utilização adequada de entonação, gestos, pausas;

−Respeito aos turnos de fala;

−participação nas discussões.

*Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em

textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o

argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os

conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir

do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo

em vista o multiletramento também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do

texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens.

Instrumentos: atividades escritas interpretativas dos variados gêneros presentes na

sociedade e ensinados na escola:

−Os do cotidiano;

−Literário/ Artístico;

−Escolar;

−De Imprensa;

−Publicitários;

−Política;

−Jurídica;

−Produção e Consumo;

−Midiáticos.

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Critérios:

−Identificação do tema: localização de informações explícitas e implícitas e ampliação do

léxico.

−Identificação da ideia principal.

−Percepção das intenções do texto e do autor: reconhecimento dos efeitos de ironia e

humor; compreensão dos sentidos das palavras e expressões a partir do contexto.

−Percepção dos variados estilos: localização dos argumentos principais;

−Percepção das relações de causas e consequências entre as partes do texto.

*Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca

como produto final o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de

sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado

nos aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação a proposta e ao gênero

solicitado, se a linguagem está de acordo contexto exigido, a elaboração de argumentos

consistentes, a coesão e a coerência textual, a organização dos parágrafos. O aluno deve

se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No

momento da refacção textual, é pertinente observar se a intenção do texto foi alcançada,

se a relação entre partes do texto, se a necessidade de cortes, devido às repetições, se é

necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.

Instrumentos:

−Produção escrita dos variados gêneros;

−Transcrição de um gênero para outro;

−Comunicação por meio da linguagem escrita;

Critérios:

−Expressão das ideias com clareza;

−Elaboração do texto, respeitando as situações propostas: gênero, finalidade, interlocutor;

−Utilização adequada da linguagem formal e informal;

−Utilização correta dos recursos linguísticos;

−Elaboração de argumentos consistentes;

−Organização de parágrafos;

−Usos de conectivos coerentes.

*Análise linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os

seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os

elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma

prática reflexiva e contextualizada que possibilitem compreender esses elementos no

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interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar por exemplo, o uso da

linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos

causados pelo uso de recursos lingüísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo

uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas

entre as partes do texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

Instrumentos:

−Atividades escritas e reflexivas sobre o seu uso no texto;

−Reestruturação de textos;

Critérios:

−Utilização adequada dos recursos linguísticos;

−Utilização dos recursos de coesão e coerência;

−Percepção dos efeitos causados pela estilística;

−Observação das relações dos operadores argumentativos e das relações semânticas.

A recuperação de estudos será feita de forma paralela e concomitante ao processo

de ensino, resgatando não somente nota, mas acima de tudo, o conteúdo trabalhado,

utilizando-se de instrumentos diferenciados ao processo de ensino-aprendizagem.

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Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – Curitiba - 2006

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MATEMÁTICA

Apresentação e Justificativa

Hoje o conhecimento matemático abrange os aspectos intelectuais, físicos,

emocionais, sociais e culturais tão importantes para o desenvolvimento do indivíduo como

um todo. Neste sentindo as aulas de matemática devem ser um espaço dentro da escola

onde o aluno tenha condições de exercitar ações e transformações que verdadeiramente

irá executar na sua realidade.

Portanto se faz necessário que as contextualizações dos conteúdos matemáticos

selecionados no Plano de Trabalho Docente, tenham também uma visão sócio histórica

numa Educação do Campo- onde as experiências do passado estejam relacionadas com

experiências do presente mediadas pela ação metodológica do professor.

A matemática deve ser vista como uma disciplina que possui um grande legado

acumulado pela humanidade, mas também como uma atividade em constante construção,

pois é sabido que as necessidades emergentes sofrem mudanças a todo instante.

Deve ser trabalhada e concebida como um conjunto de saberes, resultados,

métodos, procedimentos e algoritmos ligados entre si, e relacionado com a vivencia do

aluno do campo. Nesta reflexiva o ensino aprendizagem da matemática deve estar

voltado tanto para os aspectos cognitivos como para a relevância social, priorizando o

pensar e o fazer na mesma proporção.

O estudante deve analisar, discutir, formar conjecturas, se apropriar de conceitos e

formular ideias para que possa agir de forma consciente no seu meio social, devendo

ampliar sua visão sobre as teorias para que possa transportá-las para a prática e vice-

versa. Haja vista que o seu caráter científico deverá servir de subsídio para a tradução em

atos efetivos dos problemas reais.

A matemática na sala de aula deve portanto, contribuir para que o estudante tenha

condições de aliar o científico ao prático por meio desta linguagem universal, a fim de

melhor descrever e interpretar os próprios fenômenos matemáticos, bem como os de

outras áreas do conhecimento.

Como por exemplo cálculo de área de uma determinada superfície é utilizado na

demarcação de áreas a serem cultivadas para a produção de diversas culturas, no cálculo

do valor a ser pago ou recebido pelo trabalho de preparação da terra. A cubagem de

madeira é utilizada para a determinação da quantidade a ser utilizada para a construção

de cercas, casas, entre outras atividades do cotidiano no campo.

Portanto, a matemática deve proporcionar ao aluno a capacidade de classificar,

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relacionar, representar, analisar, deduzir, provar e julgar, ao mesmo tempo que

desenvolve a perseverança, a responsabilidade, cooperação, bem como o uso correto da

linguagem matemática.

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

– Sistemas de numeração– Números naturais– Múltiplos e divisores– Potenciação e radiciação– Números fracionários– Números decimais

GRANDEZAS E MEDIDAS

– Medidas de massa– Medidas de área– Medidas de volume– Medidas de tempo– Medidas de ângulos– Sistema monetário– Medidas de comprimento

GEOMETRIAS

– Geometria Plana– Geometria Espacial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

– Dados, tabelas e gráficos– Porcentagem

7ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

– Equação e Inequação do 1º grau;– Razão e proporção;– Regar de três simples.– Números inteiros– Números racionais

GRANDEZAS E MEDIDAS

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– Medidas de temperatura;– Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

– Pesquisa Estatística;– Média Aritmética;– Moda e mediana;– Juros simples.

8ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

– Números Racionais e Irracionais;– Sistemas de equações do 1º grau;– Potências;– Monômios e Polinômios;– Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

– Medidas de comprimento;– Medidas de área;– Medidas de volume;– Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

– Gráfico e Informação;– População e amostra.

9º ANONÚMEROS E ÁLGEBRA

– Números Reais;– Propriedades dos radicais;

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– Equação do 2º grau;– Teorema de Pitágoras;– Equações Irracionais;– Equações Biquadradas;– Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

– Relações Métricas no Triângulo Retângulo;– Trigonometria no Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES

– Noção intuitiva de Função Afim;– Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

– Noções de Análise Combinatória;– Noções de Probabilidade;– Estatística;– Juros Compostos.

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

– Números Reais;– Números complexos;– Sistemas lineares;– Matrizes e Determinantes;– Polinômios;– Equações e Inequações Exponencias, Logarítmicas e Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

– Medidas de Área;– Medidas de Volume;– Medidas de Grandezas Vetoriais;– Medidas de Informática;– Medidas de energia;– Trigonometria.

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FUNÇÕES

– Função Afim;– Função Quadrática;– Função Polinomial;– Função Exponencial;– Função Logarítmica;– Função Trigonométrica;– Função Modular;– Progressão Aritmética;– Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

– Análise Combinatória;– Binômio de Newton;– Estudo das Probabilidades;– Estatística;– Matemática Financeira.

METODOLOGIA

Este documento articula os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos

em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a

abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em

patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina

não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mais sim do modo como se

articulam” (MACHADO, 1993, p.28).

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de experiencias levando o

aluno a ter oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas

situações.

Dentro de alguns conteúdos, o professor deverá contemplar a Cultura afro-

brasileira, africana e indigena/equipe multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e nº 11. 645/08,

prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental,

educação fiscal, enfrentamento 'a violência contra a criança e o adolescente ( Lei Fed. Nº

11.525/07) Educação Tributária ( Dec. Nº 1.143/99, Port. º 413/02) Educação Ambiental

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( Lei Fed.º 9.795/99)

Assim cabe ao professor da escola do campo, assegurar um espaço de discussão

no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma

estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontradas ou de

recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. Isso favorece formação do

pensamento matemático, livre do apego às regras.

Os recursos tecnológicos, como os sofware, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da internet , entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas e

potencializados formas de resolução de problemas.

O trabalho com as mídias tecnológicas inserem diversas formas de ensinar e

aprender, valorizando e muito o processo de produção de conhecimentos.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais

e políticos, à circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações de muitos porquês

da matemática. Promove uma aprendizagem significativa, pois leva o estudante a

compreender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de

situações concretas e necessidades reais.

AVALIAÇÃO

É preciso que o professor estabeleça critérios e instrumentos de avaliação bem

claros para que os resultado sirvam de intervenções no processo ensino aprendizagem

quando necessário.Pois, a finalidade maior da avaliação é proporcionar aos alunos novas

oportunidades par aprender ao mesmo tempo que possibilita ao professor refletir sobre

seu próprio trabalho, fornecendo dados sobre as dificuldades de cada aluno.

No processo avaliativo é necessário que o professor esteja atento para observar de

forma sistemática seus alunos para diagnosticar as dificuldades de cada um, criando

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento das formas

mais variadas e relacionadas com a Educação do Campo.

Alguns critérios de avaliação devem orientar as atividades avaliativas do professor,

possibilitando ao professor verificar se o aluno consegue se comunicar matematicamente

de forma oral ou escrita; compreender e interpretar, por meio da leitura um problema

matemático; elaborar um plano que possibilite a (s) solução(oes) de um problema e

realizar retrospectos da solução de um problema.

O aluno deve ser estimulado, no processo pedagógico, a partir de situações

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problema, internas ou externas à matemática, sempre pesquisando conhecimentos que

possam auxiliar na resolução de problemas, sempre elaborando conjecturas para afirmá-

las e testá-las sempre perseverando na busca de soluções frente as dificuldades. Ao

mesmo tempo o aluno deve sistematizar o conhecimento construído a partir da solução

encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares.

O professor deve levar o aluno do campo a sempre socializar os resultado obtidos

e argumentar a favor ou contra todos os resultado obtidos, não desprezando jamais sua

vivência de modo sempre a relacioná-las aos novos conhecimentos abordados nas aulas

de matemática.

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QUIMICA

Apresentação Geral da Disciplina

O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e Materiais;

deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da aprendizagem em sala

de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu conhecimento químico às questões

sociais, econômicas e políticas, desenvolvendo suas habilidades básicas, que o

caracterizam como cidadão: participação e julgamento.

Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa dar vez aos

alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor, mas para que

expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de tomada de decisão,

propiciando situações em que eles serão estimulados a emitir opinião, propor soluções,

usando o juízo de valores.

A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de

resolução de problemas, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo

trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido, tendo em vista a sua

formação para que sejam capazes de se apropriar de saberes de maneira crítica e ética.

Objetivos:

- Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica, iconográfica e tabeladas

utilizadas na química e interconverter informações entre as linguagens;

- Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas diversas fontes de

consultas;

- Compreender os fatos, selecionar as ideias e aplicar os conceitos na resolução de

problemas e situações do cotidiano;

- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;

- Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres ambientais;

- Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de modo a garantir

os direitos individuais e coletivos da geração contemporânea e das futuras gerações;

- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

- Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico-formal);

- Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender relações

proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);

- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química:

gráficos,tabelas e relações matemáticas;

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- Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a

resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e

acompanhando as variáveis relevantes;

- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química,

selecionando procedimentos experimentais pertinentes;

- Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das

transformações químicas;

- Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da Química e

aspectos sócio-político-culturais;

- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser

humano com o ambiente;

- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento

da Química e da tecnologia.

Conteúdos

Conteúdos Estruturantes

São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos de estudos da

disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e

ensino.

- Matéria e sua natureza

- Biogeoquímica

- Química sintética

A- Matéria e sua natureza

Dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar

especificamente do seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza. É ele que abre o

caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.

B- Biogeoquímica

Dentro da Biogeoquímica procuramos entender as complexas relações existentes

entre a matéria viva e não viva da biosfera, sua propriedade e modificações ao longo dos

tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.

C- Química Sintética

Tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o

estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, aromatizantes,

acidulantes, edulcorantes), dos fertilizantes e agrotóxicos.

Conteúdos Básicos

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- Matéria

- Solução

- Velocidade das Reações

- Equilíbrio Químico

- Ligação Química

- Reações Químicas

- Radioatividade

- Gases

- Funções Químicas

Encaminhamento Metodológico

A Química estando ligada diretamente a vida terá sempre um papel essencial na

formação do aluno. Cabe ao professor através das mais variadas atividades, como:

pesquisas, debates, atividades em grupos, trabalho com tabelas periódicas, aulas de

laboratório, recursos audiovisuais e outros, colocar o aluno em contato com essa ciência

que estuda os materiais, suas constituições e transformações, levando sempre em conta

que temos em uma mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que devemos

levar isso em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.

Será abordado também dentro do conteúdo, a Cultura e História Afro- Brasileira,

História e Cultura dos povos Indígenas, Educação Ambiental , além de práticas

pedagógicas que abordem a Educação do Campo, mantendo uma relação dialógica em

sala de aula, para que o aluno possa desenvolver senso crítico.

Avaliação

A avaliação em química terá como principal critério a formação de conceitos

científicos, em um processo de construção e reconstrução de significados. Será de forma

processual e formativa. Como instrumento de avaliação serão utilizados provas teóricas e

práticas, debates, trabalhos em grupos e individuais, interpretação da tabela periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em uma sala de

aula.

O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta para acompanhar

seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de desempenho mais eficiente acerca

do processo ensino-aprendizagem, o professor deverá utilizar os resultados para detectar

as dificuldades e direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de

conteúdos significativos.

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A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-aprendizagem,

buscando métodos variados de acordo com as necessidades dos alunos, para que eles

possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a competência de questionar o outro, o

mundo e a si mesmo.

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SOCIOLOGIA

Apresentação Geral da Disciplina

A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo, contemplando

as relações sociais construídas historicamente.

A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática da disciplina de

Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o sujeito e com ele interage

em seu contexto social, político, econômico e cultural, compreendendo suas

possibilidades de intervenção na realidade. Construindo, dessa forma uma educação

histórica e crítica com possibilidade para formação humanística. O aluno deverá sentir-se

no centro desse movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas

com a perspectiva de intervenção.

O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações problemáticas

significa construir o conhecimento, partir da prática social do aluno, do cotidiano da

comunidade no qual está inserido.

O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já construídos

pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou alavanque a tessitura de

outros, que possam desvelar a trama das relações sociais onde os sujeitos se inserem.

Isso, partindo do pressuposto que é salutar considerar os postulados dos “pensadores” do

passado, para apresentar a construção do processo de uma nova ciência a partir das

necessidades de uma determinada época. Pois, os conhecimentos que até então se têm,

não dão conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as pessoas a

compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses clássicos

são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos utilizados pela explicação

sociológica.

Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde experiências são

trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de confronto da diferença, por isso a

discussão sobre a cultura é fundamental.

Os conteúdos estruturantes, possibilitarão a compreensão da dinâmica da vida

social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de direitos, de questionamentos

sobre a vida social e política, de organização estrutural da sociedade e até mesmo em

relação a outros países.

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Objetivos:

- Inserir o aluno como sujeito social estabelecendo relações com os demais

membros da sociedade;

- Tornar o aluno um ser crítico e pensante, capacitado para buscar informações que

lhe auxiliem na transformação da realidade existente;

- Consolidar e articular experiências e conhecimentos apreendidos como

fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e conhecimentos

apreendidos como totalidades complexas procurando dar um tratamento teórico

aos problemas postos pela pratica social capitalista, como as desigualdades

sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do trabalho,

as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação da diversidade cultural;

- Reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe

no despertar da consciência das determinações históricas, na capacidade de

intervenção e transformação da pratica social.

Conteúdos

Conteúdos estruturantes:

- O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

- Processo de socialização e as instituições sociais

- Cultura e Indústria cultural

- Trabalho, produção e classes sociais.

- Poder, política e ideologia.

- Direitos, cidadania e movimentos sociais.

1ª Série

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228

Conteúdos Estruturantes:

- O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas;

- Processo de socialização e as instituições sociais;

- Trabalho, produção e classes sociais.

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos Básicos:

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social;

- Teorias sociológicas – August Comte, Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx;

- Pensamento social brasileiro.

O processo de Socialização e as Instituições Sociais

Conteúdos Básicos:

- Processo de socialização;

- Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas e de reinserção social (prisões,

manicômios, educandários, asilos, etc);

Trabalho, Produção e Classes Sociais

Conteúdos Básicos:

8.61O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

8.62Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

8.63Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

8.64Globalização e Neoliberalismo;

8.65Relações de trabalho;

8.66Trabalho no Brasil.

2ª Série

Conteúdos Estruturantes:

- O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas;

- Poder, Política e Ideologia;

- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

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O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

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Conteúdos Básicos:

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas – August Comte, Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx;

- Pensamento social brasileiro.

Poder, Política e Ideologia

Conteúdos Básicos:

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de poder, de ideologia, de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Conteúdos Básicos:

- Direitos: civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos;

- Conceito de cidadania;

- Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

- A questão das ONG’s.

3ª Série

Conteúdo Estruturante Cultura e

Indústria Cultural

Conteúdos Básicos: Cultura e

Indústria Cultural

8.53Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

8.54Diversidade cultural, cultura afro-brasileira e culturas indígenas;

8.55Identidade, relações de gênero;

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- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil.

OBS: O conteúdo: O conteúdo “Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas”

estará presente em todas as séries. O professor articulará os momentos históricos mais

relevantes para discussão dos conteúdos anuais, bem como, quais os conceitos mais

importantes dos teóricos clássicos que podem ser utilizados nas discussões propostas

para o ano.

Encaminhamento Metodológico

O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

O importante é buscar articular estes momentos históricos com o

desenvolvimento do pensamento social. Quais são as mudanças significativas na forma

de pensar, entender e explicar o mundo a partir destes momentos e como isto reflete na

organização das relações sociais e mesmo na produção teórica do pensamento social e

como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias. Apontar como a

forma de organização do pensamento científico, que hoje tomamos como natural, está

sendo reforçada pela orientação positivista dada pela teoria comtiana e, quais elementos

de diálogo entre a teoria de Comte e Durkheim. Em Durkheim, ao trabalhar com seus

conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele

busca responder, qual sua forma de entender a sociedade, e portanto, quais caminhos ele

aponta para sua transformação. O mesmo vale para Max Weber e Marx. O professor

ressaltará que, Marx, ao contrário dos outros dois autores, não está preocupado em

construir e legitimar uma nova ciência, mas em explicar o capitalismo, apontando sua

superação.

Pensamento social brasileiro – entre os diversos autores apontados, serão

escolhidos aqueles considerados importantes para o professor, bem como o trabalho com

os conceitos e teorias explicativas desenvolvidas por estes autores, apontando com quem

estes autores dialogam, qual a relevância desta obra no cenário nacional, como eles

pensam a sociedade, que propostas apresentam para solução das problemáticas

apontadas (quando isto estiver presente na obra). Alguns autores sugeridos: Gilberto

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Freyre, Oliveira Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antônio

Candido, Octavio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique

Cardoso, dentre outros

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais – Instituições familiares/

instituições escolares Instituições religiosas/ instituições de reinserção – o professor

trabalhará de maneira a não apresentar as instituições de forma a-históricas, metafísicas

ou naturalizadas. É preciso que se desenvolva o olhar crítico, apresentando os processos

históricos que articulam as mudanças internas a estas instituições. Desta forma, não

importa quais destes conteúdos específicos estejam sendo mobilizados, mas que eles

possam ser trabalhados de maneira a propiciar a compreensão da função social destas

instituições.

Trabalho, Produção e Classes Sociais - O professor apresentará aos educandos outras

formas de pensar e organizar o trabalho além da capitalista, ao fazer isto poderá articular

esta discussão com a das várias formas de desigualdades sociais que estão presentes

em outras sociedades, desta forma, desmistificando a ideia de que as sociedades

capitalistas são as únicas onde existem desigualdades. O professor poderá trabalhar,

especificamente com a organização do trabalho nas sociedades capitalistas, apontando

assim, para as desigualdades específicas desta forma de organização do trabalho. O

professor poderá articular as discussões feitas acerca do modelo capitalista de produção

e a organização do trabalho com o cenário atual, ou seja, a globalização e o

neoliberalismo, mostrando como as relações de trabalho têm se alterado, voltando os

olhos para o Brasil, mostrando como isto se reflete no país, não esquecendo dos vários

cenários nacionais (entre eles campo/cidade), e como eles moldam a forma como se

organiza o trabalho, ainda que, estejamos todos, pautados pelo capitalismo.

Poder, Política e Ideologia - Será discutido o surgimento do estado moderno e suas

especificidades articulando isto às maneiras como ele tem se organizado e mobilizando

nestas análises os vários conceitos de política, ideologia, alienação, dominação e

legitimidade. A discussão será trazida para o cenário nacional, articulando os conteúdos

trabalhados analise então, o cenário nacional, pensando como o estado brasileiro tem se

organizado, quais suas especificidades. Ao final, o professor partirá da conceituação

weberiana sobre estado para iniciar a discussão sobre a violência. O cuidado é o de não

apresentar a discussão de violência atrelada diretamente à criminalidade, ao narcotráfico,

ou ao crime organizado, dificultando a percepção das outras formas que podem assumir a

violência cotidianamente.

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Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais - Articular as discussões sobre (poder,

política e ideologia), com a construção de alguns elementos considerados a-históricos,

assim a discussão da construção dos direitos pode passar pela discussão da mobilização

social em busca de respostas para demandas específicas, desta forma, apontando desde

já para as discussões que fecharão o ano letivo. Será trabalhado num primeiro momento,

com a construção dos movimentos sociais modernos, deixando claro que, esta forma de

organização das demandas sociais, só é possível após a constituição dos estados

nacionais modernos. A partir daí, os professores apresentarão as várias formas como os

movimentos sociais têm-se organizado, trazendo a discussão, principalmente, para o

cenário nacional. Por fim a discussão dos problemas ambientais articulada aos

movimentos sociais e a redefinição das funções do estado pode fechar a discussão.

Cultura e Indústria Cultural - Será apresentado de forma resumida um panorama geral

dos debates em torno do conceito de cultura, sobre o desenvolvimento antropológico do

conceito de cultura e sua contribuição da análise das diferentes sociedades.

Estas discussões orientarão a elaboração da pesquisa de campo (isto ocorrerá

atendendo as especificidades de cada localidade). O professor pode articular estas

discussões com o resgate da antropologia brasileira; focando especificamente nas

comunidades indígenas e suas contribuições para compreensão de nossa própria

sociedade. Além disso, pode ser interessante aproveitar a reflexão em torno dos

conceitos de relativismo, etnocentrismo e alteridade para iniciar uma elaboração de roteiro

de pesquisa.

A partir dos conteúdos apresentados, é importante que o professor articule a

discussão acerca da construção da identidade na contemporaneidade, para além da

construção da identidade elaborada a partir dos estados nacionais. Articule a discussão

da identidade com a indústria cultural, de forma a entender as relações sociais que se

organizam neste cenário, possibilitando a problematização da construção de práticas

sociais que se pautam no consumo como forma de construção identitária. É importante

ainda que sejam problematizadas as categorias de hierarquização da produção cultural,

de forma que os alunos possam perceber como elas atuam para legitimar determinados

“campos” de produção cultural.

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Avaliação

Espera-se que os alunos compreendam:

• - O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência; •• Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; •• Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão

da sociedade e dos indivíduos. •• Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para

capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.

• Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a

diversidade de interesses existentes na sociedade. •• Identifiquem-se como ser eminentemente sociais; •• Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em

seu processo de socialização e as contradições deste processo; •• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são

interdependentes;

• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças

sexuais e de gênero presentes nas sociedades; •• Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de

dominação na sociedade contemporânea;

• Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que

transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de

formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;

• Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que

está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.

• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história •• A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho

diversas a ela.

• As especificidades do trabalho na sociedade capitalista •• Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são

“naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de

apropriação econômica e de dominação política;

• As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização; •• Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno

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e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder

presentes nas sociedades.

• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários

contextos sociais.

• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes

sociedades.

• Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e

estabelece na sociedade brasileira.

• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a

cidadania;

• Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta

de diversos indivíduos ao longo do tempo;

• Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa

sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania; •• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais

em suas especificidades .

A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à

disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios

debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico.

Serão realizados através de relatórios de filmes, seminários, participação nas atividades

propostas e dirigidas.

Referências

AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio de Janeiro: E.UNB/ UFRJ 1996

CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de Sociologia Geral. São Paulo: Nacional 1980.

CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed. 2005

DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional, 1977.

GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U. 1985

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-ESPANHOL

Apresentação

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e

econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são

instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.

Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode orientar

mudanças curriculares que se justificam pela atualização dos debates e produções

teórico-metodológicas e político-pedagógicas para a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna. Desta maneira, a concepção de campo tem seu sentido cunhado pelos

movimentos sociais no final do século XX em referência à identidade e cultura dos povos

do campo, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores

relacionados a vida na terra. Assim, a compreensão de campo vai além de uma definição

juridica.

A partir do momento que começou-se a entender que a disciplina de Língua

Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao

conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos.

Isso explica por que o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o

currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era

restrita no Brasil.

A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas

tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Assim, o

ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e

Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil.

Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que o ensino

de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas

transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.

Desta forma, entendemos que o trabalho pedagógico com a Língua Estrangeira

Moderna parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como instrumentos

de acesso à informação e também como possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e construir significados, pois a língua se

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apresenta como espaços de construções discursivas, de produção de sentidos

indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das

comunidades interpretativas que as constroem e são construídas por ela, para tanto, o

conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da

própria identidade do educando, já que ele consegue perceber-se como um sujeito

histórico e socialmente constituído.

Para Bakhtin (1988, 1992) as relações sociais ganham sentido pela palavra, sendo que a

sua existência só se concretiza no contexto real de sua enunciação, assim, a palavra está

sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial.

Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito. Portanto, a língua

estrangeira pode ser propiciadora da construção das identidades dos sujeitos educandos

ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas

estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo

informações entre a comunidade local e planetária. A perspectiva da Educação do

Campo se articula a um projeto politico e economico de desenvolvimento local e

sustentável a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem.

O Colégio Estadual Dr. Antonio Pereira Lima justifica a importância da implantação do

curso de Celem, Curso Básico de Língua Espanhola neste estabelecimento de ensino

mediante o exposto na proposta curricular e mediante as necessidades específicas da

comunidade escolar, principalmente devido à distância (25 km) até a sede do município,

observando ainda que parte dos alunos residem em chácaras e sítios aumentando ainda

mais a distância e as dificuldades de acesso a este curso.

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JUSTIFICATIVA

O ensino da LEM na escola vem para atender as necessidades dos alunos do

Ensino Fundamental (séries finais) e médio, marcado por momentos históricos

significativos pelo atual contexto sócio econômico e cultural com intensas mudanças.

Através do LEM pretende-se que o aluno não apenas manipule estruturas e tenha

domínio formal da língua, mas que faça uso apropriado e significativo da linguagem em

seus vários contextos, direcionando a construção do conhecimento e a formação cidadã

e que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das

diversas linguisticas e culturais já existente e crie novas maneiras de construir sentidos

do e no mundo. Então, a leitura a oralidade e a escrita se configuram em discurso como

prática social e portanto, instrumento de comunicação.

Ao conhecer outras culturas e outras realidades o aluno passa a refletir mais sobre

a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social entre sua

forma de ser, agir, pensar e sentir, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua

formação com novos paradigmas.

O CELEM é regido pela resolução nº 019/2008 que regulamenta e organiza a oferta

de ensino extracurricular e plurilinguística de LEM para alunos da rede Estadual de

Educação Básicas, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais ) e no Ensino

Médio.

O LEM será ofertado em nosso estabelecimento de ensino, com duração de 02

(dois ) anos, com a carga horária anual de 160 ( cento e sessenta) horas/aula, perfazendo

um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula.

A carga horária semanal do LEM sera de 04 (quatro) horas/aula de 50 (cinquenta)

minutos.

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OBJETIVOS

Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de

conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos povos

que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz de

usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de

comunicação, assim como refletir sobre o uso e funcionamento da língua, de modo a

desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.

O percurso na aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas ao longo do

Ensino Básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim,

considera-se fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir

construindo uma competência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com

renovada confiança, em cada etapa vencida.

O desenvolvimento dessas competências exige que para o aluno sejam

garantidas oportunidades de:

1. Contribuir para que tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, para

que perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo

social e os da comunidade que usa a língua estrangeira de forma crítica,

percebendo que não há cultura melhor que outra.

2. Identificar no universo que o cerca a LE como cooperadora no sistema de

comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo multilíngue e

compreendendo o papel hegemônico que a Língua Espanhola desempenha neste

momento.

3. Utilizar-se de estratégias que lhe permitam satisfazer as exigências comunicativas.

4. Acompanhar a qualidade de seu desempenho e utilizar-se de recursos para

superação de dificuldades.

A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar

recursos de superação de dificuldades constituirá a chave, não só do sucesso do

grau de proficiência a ser atingido, mas também da sua formação posterior.

Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno subsídios

suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na Língua

Estrangeira Moderna, de modo a vivenciar formas de comunicação que lhe

permitam perceber a importância deste conhecimento.

5. Compreender os significados social e histórico da língua e sua dimensão

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transformadora da prática.

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CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.

Gêneros Discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e

análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação.

Conteúdos Básicos: 1º ano

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para radioFolderParódiaPlacaPublicidade Comercial

Slogan

Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo

Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevistaHoróscopoReportagemSinopse de filme

Esfera artística de circulação:

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AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:CartazDiálogoExposição oralMapaResumo

Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)TelejornalTelenovelaVideoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do gênero;

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· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);· Partículas conectivas básicas do texto.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

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Objetivos:

• Identificar a influência da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena na formação

das culturas dos povos de língua espanhola.

• Valorizar os traços culturais dos povos de origem africana e indígena.

• Resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política

pertinentes à história do Brasil.

Conteúdos Básicos:

• História da África e dos Africanos

• A luta dos negros no Brasil e América Latina.

• A cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

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CONTEÚDOS BÁSICO – 2º ANO

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:

ComunicadoCurriculum VitaeExposição oralFicha de inscriçãoLista de comprasPiadaTelefonema

Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para televisãoFolderInscrições em muroPropagandaPublicidade Institucional

Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempoCarta do leitorEntrevistaNotíciaObituárioReportagem

Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento

Esfera escolar de circulação:Aula em vídeoAta de reuniãoExposição oralPalestraResenhaTexto de opinião

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Esfera literária de circulação:Contação de históriaContoPeça de teatroRomanceSarau de poemaEsfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;·Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;

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·Temporalidade; ·Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto;·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Objetivos:

• Identificar a influência da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena na formação

das culturas dos povos de língua espanhola.

• Valorizar os traços culturais dos povos de origem africana e indígena.

• Resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política

pertinentes à história do Brasil.

Conteúdos Básicos:

• História da África e dos Africanos

• A luta dos negros no Brasil e América Latina.

• A cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula, a partir do entendimento do

papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso a informação.

O aprendizado de línguas estrangerias são também possibilidades de conhecer expressar

e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o

ensino de língua estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade

linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as

práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta seu conhecimento prévio.

A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as

diferenças estruturais e funcionais a autoria e a que público se destina. As estratégias

metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor

que a outra mas sim diferentes.

A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em

grupo, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores

resultados na aprendizagem. Para isso materiais como livro didático, dicionário, livro

paradidático, vídeo, CD, DVD, CDROM, internet, TV multimídia serão utilizados para

facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.

Para tanto, serão utilizadas as metodologias abaixo relacionadas:

- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os

diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como:

entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

· Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas;

· Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;

Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

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· Acompanhar a produção do texto;

·Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos

elementos que compõem o gênero;

·Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à

finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

Nas metodologias aplicadas, deve-se levar em consideração quais os saberes que

o educando traz e quais ele vai adquirir, em busca dessa interação as habilidades da LEM

são vistas como plurais, complexos e dependentes de contextos específicos. As

metodologias devem, portanto, vir de encontro com as necessidades regionais, levando o

educando a criar seu próprio conhecimento: um aprendizado que leve em conta a sua

realidade e lhe traga novas perspectivas de vida.

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AVALIAÇÃO

A avaliação na aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado,

assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreende-

se, portanto que a avaliação da aprendizagem da língua estrangeira precisa superar a

concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela

se configura como processual e como tal, objetiva subsidiar discussões a cerca das

dificuldades e avanço dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de

ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do

significado nas práticas discursivas sera a base para o planejamento das avaliações ao

longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,

somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo

medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e

consideradas como subsídios.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os

objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico da

Escola e serão utilizados os seguintes instrumento: provas, trabalhos individuais e em

grupos, produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação

entre teoria e prática, com o objetivo maior que o aluno atinja as seguintes expectativas:

·Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

· Apresente suas ideias com clareza, coerência;

· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

·Organize a sequência de sua fala;

·Respeite os turnos de fala;

·Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

·Exponha seus argumentos;

·Compreenda os argumentos no discurso do outro;

· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua

materna);

- Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições

orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

· Realize leitura compreensiva do texto;

· Identifique o conteúdo temático;

·Identifique a ideia principal do texto;

· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

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· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

· Análise as intenções do autor;

· Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

·Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

·Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos

culturais.

·Expresse as ideias com clareza;

· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

à continuidade temática;

· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

· Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;

·Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero proposto;

· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados

aos gêneros trabalhados;

· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

A recuperação para o aluno que não atingir resultados satisfatório se dará por meio

de recuperação de conteúdo

A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no

Regimento |Escolar, e a média anual corresponderá a média aritmética dos resultados

dos bimestres, conforme o que segue:

Média Anual (MA) = 1º B. + 2º B. + 3º B. + 4º B.

____________________________ = 6,0

4

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos

no sistema informatizado para fins de registro de documentação escolar.

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REFERÊNCIAS

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aula. São Paulo: Parábola, 2004.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n.

04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino

fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial da União,

Brasília, p.31, 15 abr. 1998.

BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília:

MEC/SEF,1999.

FARACO, C. A . Português: língua e cultura – manual do professor. Curitiba: Base, 2005.

FERNÁNDEZ, G. E. Objetivos y diseño curricular en la enseñanza del ELE. Revista

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GIROUX, H. A. Qual o papel da pedagogia crítica nos estudos de língua e cultura.

Disponível em:<http://www.henryagiroux.com/RoleOfCritPedagogy_Port. htm > Acesso

em: 12 de maio de 2006.

HYMES, D. H. Reiventing Anthropology. USA. Ann Arbor Paperbacks, 1972.

KRAUSE-LEMKE, C. Complexa relação entre teoria e prática no ensino de língua

espanhola 2004. Disponível em: <http://www.lle.cce.ufsc.br/congresso> Acesso em: 15 de

maio de 2006.

JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos. Curitiba,

UFPR,2004b.

JORDÃO, C. M. O ensino de língua estrangeira: de código a discurso. In: KARWOSKI,

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MENDONÇA, M. R. S. Análise linguistíca no ensino médio: Um novo olhar, um novo

objeto. In: BUNZEN, C. (Org.) Português no ensino médio e formação do professor. São

Paulo: Parábola, 2006, p. 207.

MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e

identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171.

MOITA LOPES, L. P.; ROJO, R. H. R. Linguagens, códigos e suas tecnologias. In: Brasil/

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DPEM Orientações curriculares do ensino médio. Brasília: MEC, 2004, p. 14-59.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do

Paraná.Curitiba, 1990.

PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In: SARMENTO,

PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba: UFPR,

2003.

RAMOS, PC A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,

1989a.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.

WILLIAMS, R. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS Apresentação Geral da Disciplina

Desde o início da colonização houve a preocupação de se promover educação E

aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e ensinar o Latim. Com a chegada

da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de Inglês e Francês com objetivo de

melhorar a instrução pública e de atender também às necessidades de escolarização dos

filhos dos imigrantes europeus, que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo

e mantendo escolas para seus filhos.

Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês teve seu espaço

garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, e

também pela dependência econômica e cultural com os Estados Unidos após a 2a Guerra

Mundial.

O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos, oportunizando aos

alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os

paradigmas já existentes. O ensino de Língua Estrangeira e seu uso pelos alunos

permitem aos mesmos perceberem-se como parte integrante das sociedades

contemporâneas, que não podem sobreviver isolados. É fundamental que se relacionem,

atravessem fronteiras geopolíticas e culturais, participem ativamente desse mundo em

que vivem fazendo uso da língua que estão aprendendo em situações significativas.

O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira seja para o aluno

mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua cidadania, colaborando no

aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor e agente transformador da sociedade.

O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e compreendam a diversidade

linguística e cultural existente no mundo, sendo percebido como um instrumento de

comunicação e de interação social, permitindo que os mesmos possam perceber as

possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vivem.

No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão, fato que se deve

principalmente a modernização e informatização (internet), o que tem despertado um

interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada dia fica constatado que está “mais”

urgente saber inglês.

São muitas as atividades que contribuem para o desenvolvimento da prática dos

grandes eixos da língua inglesa: leitura, oralidade e escrita através de jornais, livros,

revistas, mercados, shoppings, etc.

É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja articulado com as

demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.

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Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira também tem o importante

papel de formar cidadãos críticos, contribuindo assim para a construção de mundos

sociais.

Objetivos:

- Entender a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como os seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país;

- Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira que já possui como

participante de um mundo globalizado;

- Compreender que o significado é social e historicamente construídos e, portanto

passíveis de transformação na prática social;

- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que opera no sistema de

comunicação percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e

compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em

determinado momento histórico;

- Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da Língua

Estrangeira que estão aprendendo;

- Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os paradigmas já existentes;

- Promover a comunicação com e em diferentes formas discursivas materializadas em

diferentes tipos de textos;

- Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais e escritas;

- Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.

Conteúdos:

6o Ano

Gêneros Discursivos

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário,

quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras,

avisos, música.

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

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- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística / Ortografia.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade;

- Léxico, coesão e coerência;

- Funções gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Pronúncia.

Conteúdos Específicos:

− Greetings;

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− The English alphabet;

− Verb “to be” – affirmative, interrogative and negative forms, short and long answers;

− Possessive adjectives;

− Numbers: 0 to 100;

− Plural of nouns;

− Prepositions;

− Interrogative words: where, who, what, how old, how many;

− Definite and indefinite articles;

− Demonstrative words: this/that/these/those;

− Question tag;

− There is/there are;

− Some and any;

− Imperative (affirmative and negative forms);

− Present Progressive Tense.

− Vocabulary: greetings, family, occupations, colors, animals, school, fruit, parts and

objects of the house, school objects, food.

7o Ano

Gêneros Discursivos

Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário,

cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/ Ortografia.

Escrita

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- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade;

- Léxico, coesão e coerência;

- Funções gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Pronúncia.

Conteúdos Específicos:

− Review – personal pronouns, verb to be;

− Possessive pronouns;

− Interrogative words;

200

− There is/there are;

− Cardinal and ordinal numbers;

− Possessive case;

− What time?

− Prepositions – time and place;

− Can and can't;

− Abilities and occupations;

− Simple present and 3a person – affirmative, interrogative and negative;

− Plural of nouns;

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− Why and because;

− Countable and uncountable nouns;

− How many...? How much...?

− Adverbs of frequency: always, usually, often, sometimes, never;

− Position of adjectives – questions with - What ..... like;

− Future with “going to”;

− Woud like ......

− Vocabulary: parts and objects of the house, school objects, colors, family, occupations,

actions, months of the year, countries and nationalities, days of the week, the human

body,

food.

8o Ano

Gêneros Discursivos

Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário,

outdoor, blog, e-mail, música, etc.

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

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- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico, coesão e coerência;

- Funções gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

- Adequação da fala do contexto;

- Pronúncia.

Conteúdos Específicos:

− Review: simple present tense, future with “going to”, modal verb “can”, interrogative

words: what, who, where, how old, what time, why;

− Possessive adjectives x possessive pronouns;

− Interrogative words: whose; what, who, where, how old, what time, why;

− Simple Past Tense – regular and irregular verbs;

− There was/there where;

− Directions;

− Cardinal numbers;

− Reading years;

− Question tag;

− Also/too, either;

− Past Progressive Tense;

− Some, any, no and their derivatives;

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− Future with “will”.

9o Ano

Gêneros Discursivos

Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges,

entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, blog, e-mail, anúncio, filmes, slogan, etc.

8.9.2.1 Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

8.9.2.2 Conteúdos Básicos:

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Discurso direto e indireto;

- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Discurso direto e indireto;

- Léxico, coesão e coerência;

- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Page 265: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho escolar como um todo, pois ele busca

- Funções gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística/

- Ortografia.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

- Adequação da fala do contexto;

- Pronúncia.

Conteúdos Específicos:

- Simple Past Tense;

- There was/there were;

- Past Progressive Tense;

- Future with “will”;

- Reflexive pronouns;

- Some, any (special cases);

- Comparison of adjectives: the simple degree and the comparative degree;

- The superlative degree;

- Present Perfect Tense;

- Present Perfect Tense x Simple Past Tense;

- Can, may, should, must;

- If clauses;

- Relative pronouns: who, which, that, whose;

- Relative adverb: where.

Ensino Médio

1a Série

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

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Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana

- Leitura de rótulos;

- Leitura de logomarcas;

- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

- Palavras e expressões do contexto da interação social;

- Leitura de letras de músicas diversas;

- Leitura de textos diversos adequado às séries;

- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática

avaliativa

- Conto;

- Dramatização;

- Teatro;

- Leitura oral de textos diversos;

- Repetição oral de enunciados.

Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.

Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos

específicos.

- Produção de desenhos;

- Produção de charges;

- Produção de cartazes;

- Elaboração de frases curtas;

- Produção de textos diversos adequados às séries.

Conteúdos Específicos:

− Greetings;

− Verbs: to be/there to be/to have;

− Articles: the/a/an;

− Demonstratives: this/these/ that/those;

− Numbers ( cardinal and ordinal )

− Hours;

− Imperative mode;

− Quantifers;

− Immediate Future;

− Present Progressive Tense;

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− Simple Present Tense;

− Months of the year;

− Seasons of the year;

− Days of the week;

− Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why

− Prepositions;

− Plural of nouns;

− Texts : reading , comprehension and translation.

2a Série

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana

- Leitura de rótulos;

- Leitura de logomarcas;

- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

- Palavras e expressões do contexto da interação social;

- Leitura de letras de músicas diversas;

- Leitura de textos diversos adequado às séries;

- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática

avaliativa

- Conto;

- Dramatização;

- Teatro;

- Leitura oral de textos diversos;

- Repetição oral de enunciados.

Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.

Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos

específicos.

- Produção de desenhos;

- Produção de charges;

- Produção de cartazes;

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- Elaboração de frases curtas;

- Produção de textos diversos adequados às séries.

Conteúdos Específicos:

Verbs: to be/there to be/to have;

Demonstratives: this/these/ that/those;

Numbers ( cardinal and ordinal )

Hours;

Quantifers;

Immediate Future;

Present Progressive Tense;

Simple Present Tense;

Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why

Regular and Irregular Verbs;

Simple Past Tense;

Prepositions;

Plural of nouns;

The Possessive Case

Texts : reading , comprehension and translation.

3a Série

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Leitura

Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana

- Leitura de rótulos;

- Leitura de logomarcas;

- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;

- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas

tecnológicas;

- Palavras e expressões do contexto da interação social;

- Leitura de letras de músicas diversas;

- Leitura de textos diversos adequado às séries;

- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes

Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática

avaliativa

- Conto;

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- Dramatização;

- Teatro;

- Leitura oral de textos diversos;

- Repetição oral de enunciados.

Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.

Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos

específicos.

- Produção de desenhos;

- Produção de charges;

- Produção de cartazes;

- Elaboração de frases curtas;

- Produção de textos diversos adequados às séries.

Conteúdos Específicos:

− Verbs: to be/there to be/to have;

− Numbers ( cardinal and ordinal )

− Hours;

− Quantifers;

− Immediate Future;

− Present Progressive Tense;

− Past Progressive Tense;

− Simple Present Tense;

− Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why

− Regular and Irregular Verbs;

− Simple Past Tense;

− Present Perfect Tense

− Relative Pronouns

− Plural of nouns;

− The Possessive Case

− Texts : reading , comprehension and translation.

O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com os conteúdos e

situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a produções de textos, cartas,

sínteses, etc., acontecerão num crescente de acordo com o nível da série e turma.

Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática da análise

linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão contemplados também

nesses conteúdos os Desafios Educacionais:

- Cidadania e Direitos Humanos;

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- Enfrentamento da Violência na Escola;

- Educação ambiental;

- Educação Fiscal;

- Educando para as Relações Étnico-Raciais;

- Prevenção ao uso indevido de drogas.

8.9.3 Encaminhamento Metodológico

Leitura

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico,

considerando os conhecimentos prévios dos alunos;

- Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

- Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

- Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

- Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

- Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas, e outros; relacionando o tema com o contexto atual;

- Socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

- Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e

humor;

- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos

produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.

- Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

- Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

Escrita

- Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da

finalidade;

- Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

- Produção do texto;

- Reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o

gênero;

- Analise da produção textual (coesão e coerência), se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

- Acompanhamento e encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos das

ideias, dos elementos que compõe o gênero: observação - narrador, quem são os

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personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.);

- Análise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

- Utilização de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor;

- Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos

produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.

Oralidade

- Organização das apresentações de textos produzidos pelos alunos, levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

- Apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso

formal e informal;

- Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos,

como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

- Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

– Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos

produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.

Recursos Didáticos/Tecnológicos:

− Livro didático;

− Textos autênticos;

− Dicionários;

− Filmes;

− DVDs;

− CDs de músicas;

− Aparelho de CD;

− Caça-palavras, palavras cruzadas e outros;

− TV Multimídia;

− Computador;

− Internet;

− PENDRIVE;

− Atividades extras em folhas;

− Apresentação dos conteúdos com auxílio de cartazes, cartões, gravuras. Jogos e

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atividades lúdicas.

Avaliação:

Critérios de avaliação:

LEITURA

É importante que:

- Identifique o tema;

- Realize leitura compreensiva do texto;

- Localize informações explícitas e implícitas no texto;

- Posicione-se argumentativamente;

- Amplie seu horizonte de expectativas;

- Perceba o ambiente em que circula o gênero;

- Amplie seu léxico;

- Identifique a ideia principal do texto.

- Analise as intenções do autor;

- Deduza dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido

conotativo e denotativo.

Escrita

Espera-se que o aluno:

- Expresse as ideias com clareza;

- Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às

situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade

temática;

- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal: use recursos textuais como

coesão e coerência, informatividade, etc;

- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.

- Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

- Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

- Apresente suas ideias com clareza, coerência,mesmo que na língua materna;

- Compreenda os argumentos no discurso do outro;

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- Exponha seus argumentos;

- Organize a sequência de sua fala;

- Respeite os turnos de fala;

- Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações

e/ou nos gêneros orais trabalhados;

- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna.

- Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

- Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

Instrumentos de avaliação:

Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e dificuldades dos

alunos serão:

- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;

- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;

- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em casa.

- Avaliação escrita.

- Interação dos alunos com o material didático.

- Exercícios orais.

- Pesquisas.

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Referências:

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2001.

AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.

FERRARI, Mariza; RUBIN, Sarah G. Inglês para o ensino médio: volume único – Série

Parâmetros. São Paulo: Scipione, 2002.

MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.

MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São Paulo: Ática,

2002

MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.

Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro

Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.

ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.

SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

VIEIRA, M. R.; AMORIM, C. Expedition. São Paulo: FTD, 2004.