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COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARILUZ – PARANÁ PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO MARILUZ/PR 2006

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Nosso Projeto Político Pedagógico é resultado de discussões, críticas e contribuições de toda a comunidade escolar; as discussões

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COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARILUZ – PARANÁ

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

MARILUZ/PR 2006

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Apresentação dos alunos do Colégio Estadual Dom Bosco em comemoração à Páscoa

“Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem

medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que

se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que

apaixonadamente diz sim à vida”.

Paulo Freire

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Apresentação A educação é a prática mais humana que existe entre nós,

considerando-se a sua profundidade e a amplitude de sua influência na existência dos homens, mas nem sempre é vista sob esta ótica, pois a educação não é um problema isolado, mas está estreitamente relacionado aos impasses de fundos vividos da economia, na política, na cultura e na crise ética.

Analisando a educação sob essa perspectiva percebemos que a educação escolar desempenha relevante papel no processo de desenvolvimento do conhecimento, assim, ao elaborarmos o Projeto Político Pedagógico de nosso Colégio buscamos imprimir nele todos os anseios e sonhos que tentamos alcançar, pois entendemos que o trabalho escolar é um projeto de vida, um grande empreendimento, que envolve diversas etapas e diversos ingredientes na sua realização. Entre esses ingredientes figuram os sonhos, as fantasias, a realidade, os projetos individuais e coletivos.

Nosso Projeto Político Pedagógico é resultado de discussões, críticas e contribuições de toda a comunidade escolar; as discussões realizadas desencadearam questionamentos e reflexões e juntos discutimos e procuramos soluções práticas relativas aos problemas que enfrentamos em nosso colégio.

Esperamos, assim, atingir o nosso objetivo que é: buscar, ao educar, o conhecimento necessário à vida, a prática pedagógica perfeita e eficaz, para que possamos atender aos educandos que chegam cheios de sonhos, esperança de dias melhores e vêem na escola o local perfeito para atingir seus ideais.

Tentaremos sempre lembrar Paulo Freire, na expectativa de atingirmos nosso objetivo: “Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem do mundo, com o mundo e com os outros”.

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Fundamentação Teórica A educação escolar tem como finalidade e objetivos o compromisso com

a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação

na qual os educandos possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural; b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais, as relações entre cultura,

conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história. Na sociedade em que vivemos hoje, o processo educacional não pode ser instrumento para a imposição, por parte do governo, de um projeto de sociedade e de nação. Não podemos deixar de levar em conta que, na atual realidade brasileira, a profunda estratificação social e a injusta distribuição de renda têm funcionado como um entrave para que uma parte considerável da população possa fazer valer os seus direitos e interesses fundamentais. Cabe ao governo o papel de assegurar que o processo democrático se desenvolva de modo a que esses entraves diminuam cada vez mais. É papel do Estado investir na escola, para que ela prepare e instrumentalize crianças e jovens para o processo democrático, forçando o acesso à educação de qualidade para todos e às possibilidades de participação social. Para isso faz-se necessário uma proposta educacional que tenha em vista a qualidade de formação a ser oferecida a todos os estudantes. Por isso propomos um ensino de qualidade com uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais condizentes com a nossa realidade, considerando os interesses e as motivações dos alunos e garantindo-lhes as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos,

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capazes de atuarem com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem. O exercício da cidadania exige o acesso de todos à totalidade dos recursos culturais relevantes para a intervenção e a participação responsável na vida social. O domínio da língua falada e escrita, os princípios da reflexão matemática, as coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, os princípios da explicação científica, as condições de fruição da arte e das mensagens estéticas, domínios de saber tradicionalmente presentes nas diferentes concepções do papel da educação no mundo. Entendemos que essas exigências apontam a relevância de discussões sobre a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos, a recusa categórica de formas de discriminação, a importância da solidariedade e do respeito. Caberá à nossa instituição educacional propiciar aos alunos o desenvolvimento das capacidades de vivenciar as diferentes forma de inserção sociopolítica e cultural. Entendemos que nosso Colégio, hoje mais do que nunca, necessita assumir-se como espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania, pois temos a função de garantir condições para que nosso aluno construa instrumentos que o capacitem para um processo de educação permanente. Para tanto, assumiremos o compromisso de possibilitar um processo de ensino e aprendizagem com metodologias capazes de priorizar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação capaz de controlar os resultados desse processo, o desenvolvimento do espírito crítico, capaz de favorecer a criatividade, a compreensão dos limites e alcances lógicos das explicações propostas. Além disso, levaremos em conta que será necessário uma dinâmica de ensino que favoreça não só o descobrimento das potencialidades do trabalho individual, mas também, e, sobretudo, do trabalho coletivo. Isso implica o estímulo à autonomia do sujeito, desenvolvendo o sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades, interagindo de modo organizado e integrado num trabalho de equipe. Enfim, buscamos um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para fazer parte dela.

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Organização da Entidade Escolar

A educação é a condição básica para o desenvolvimento pessoal e exercício da cidadania, pois o ser humano é um ser cultural em vias de realização. À luz da razão, ele se descobre a si mesmo e ao mundo em torno, como um repertório de possibilidade, em face das quais ele tem de se definir. Seu comportamento é pautado, na maioria das vezes, por respostas e desafios. Nessa permanente construção de si e do mundo, a cultura humana se revela como um processo de auto-realização do gênero humano, em busca da humanidade plena. A educação é também uma prática fundamental dos seres humanos e existe desde o surgimento destes, mas nem sempre é vista sob esta ótica. Entende-se que a educação não é um problema isolado, mas está estreitamente relacionado aos impasses de fundos vividos na economia, na política, na cultura e na crise ética. Portanto, a escola deve ser um ambiente privilegiado de aprendizagem. Nela, o currículo, a formação dos professores, a administração do tempo, do espaço, o material didático devem estar planejados para ajudar a constituir um espaço de aprendizagem. Ela deve ser eficaz para o fim a que se propõe. E é pensando nisto que fazemos o possível para transformar o ambiente escolar o mais agradável possível para que nosso educando sinta prazer em vir e permanecer na escola. Entendemos que nossa finalidade é o compromisso com a redução das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica, gratuita de qualidade como direito fundamental do cidadão. Nessa perspectiva, o Colégio Dom Bosco oferta o Ensino Fundamental - 5ª a 8ª série nos turnos matutino e vespertino e EJA – Ensino Médio no período noturno e no ano letivo de 2006 estaremos ofertando a EJA Presencial Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio. Nosso Colégio conta com 14 turmas no período matutino e 11 turmas no período vespertino, totalizando 841 alunos de 5ª a 8ª série, que são distribuídos nas 14 salas de aula, das 18 que a instituição possui, as demais salas são cedidas à Escola Municipal Sebastião José Monteiro – Educação Infantil e Ensino Fundamental. No período noturno temos 04 turmas da EJA – Ensino Médio com 132 alunos. Para a formação de turmas observamos a idade/série e a localização geográfica dos educandos, pois contamos com um grande número de alunos oriundos da zona rural (assentados) e para a realização das atividades extra-classe faz-se necessário que esses educandos sejam da mesma turma. Os professores que trabalham em nosso Colégio são habilitados para exercerem tal função e a maioria faz parte do Quadro Próprio do Magistério. A hora atividade de nossos professores é organizada, quando possível, por disciplina e em um único dia, para que os mesmos possam estar refletindo, trocando experiências que os levem a repensar sua metodologia. Quando não é possível esse critério, procuramos organizar para que o professor realize sua hora-atividade em um único dia, facilitando, assim para o mesmo a administração do tempo para a realização de leituras, pesquisas e reflexão de sua prática pedagógica.

Hoje o Colégio Estadual Dom Bosco conta com: - 32 professores; - Diretor - Luiz Albino Borghetti, e Diretor-auxiliar Carlos Leme da Fonseca: - 03 Professores Pedagogos;

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- 01 Secretária; - 07 Assistentes Administrativos; - 10 funcionários de Serviços Gerais.

Todos com o mesmo objetivo: oferecer à comunidade mariluzense uma educação de qualidade, visando uma melhor perspectiva de vida para a geração futura.

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Histórico

O Colégio Estadual Dom Bosco – Ensino Fundamental e Médio, situa-se na Praça da Liberdade, S/N, Centro, nesta cidade de Mariluz – Paraná, a 30 km do Núcleo de Educação de Goioerê, telefone/FAX (xx) 44 35341254.

Tem por princípio filosófico, garantir ao educando, enquanto cidadão, o seu direito de acesso aos conhecimentos produzidos e acumulados historicamente pela humanidade de forma sistemática, organizada e coerente, dando-lhe aprimoramento nos conhecimentos teóricos, práticos e científicos, possibilitando a sua efetiva participação nas lutas sociais.

Este estabelecimento de ensino é de propriedade do governo do Estado do Paraná, pelo qual é mantido.

A Escola Estadual Dom Bosco surgiu da necessidade de uma seqüência de estudo para criança, adolescentes e jovens que terminando a 4ª série, interrompiam seus estudos, pois não havia outra escola onde pudessem completar seus conhecimentos, e o povo da pequena cidade de Mariluz sempre viu na educação e no ensino, a esperança do futuro de seus filhos. Em 1968 foi autorizado a funcionar um ginásio mantido pela C.N.E.C. – Campanha Nacional da Escola da Comunidade, o qual, não obstante a boa vontade da maioria do seu corpo docente, não funcionou a contento em vista da constante troca de diretores, pois nos seus dois anos de funcionamento passaram quatro professores pela direção. Em 1970 foi instalado o Ginásio Estadual de Mariluz pelo Decreto de Criação nº 17.781 de 30 de dezembro de 1969, o qual passou a denominar-se Ginásio Estadual Dom Bosco pelo Decreto de denominação de nº 20.835 de 19 de Agosto de 1970, e autorizado a funcionar através da Portaria nº 3280/70-DOE nº 132 de 11//09/70. Em conseqüência da criação do Ginásio Estadual que naquele ano funcionou, extinguiu-se o Ginásio da C.N.E.C., pois todos os educandos se transferiam para o Ginásio Estadual, onde funcionou com 400(quatrocentos) educandos. O Ginásio Estadual Dom Bosco não possuía prédio próprio, tendo funcionado até o ano letivo de 1973 no prédio do Grupo Escolar José Alfredo de Almeida, situado à Rua Santa Catarina, utilizando 10(dez) salas de aula do mesmo. O prédio próprio do Ginásio Estadual Dom Bosco de Mariluz, foi inaugurado no dia 12 de outubro de 1974, pelo ex-secretário das secretárias da Educação e Cultura, Cândido Manoel de Oliveira, juntamente com o diretor Celso Tiburcio de Salles e o corpo docente da época. O D.E.P.G. (Departamento de Ensino de primeiro Grau) aprovou o plano de implantação do Ginásio Estadual Dom Bosco através da homologação do Parecer nº 078/77 com a Resolução nº 1642 de 26/08/77, Diário Oficial nº 132 do dia 06/09/77. O Ginásio Estadual Dom Bosco passou a denominar-se Escola Dom Bosco - Ensino de 1º Grau através da Resolução nº 4563 de 18/01/78, Diário Oficial nº 224 do dia 20/01/78. Através do Decreto nº 1110 de 06 de Setembro de 1979, do Diário Oficial nº 631 do dia 12 de Setembro do mesmo ano, alterou a denominação para Escola Dom Bosco – Ensino de 1º Grau. Em 1981 através da Resolução nº 2880 de 02 de dezembro de 1981 ficou reconhecido o curso de 1º Grau.

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Por meio da Resolução nº 2130 a escola passou a denominar Escola Estadual Dom Bosco - Ensino de 1º Grau, conforme a Deliberação nº 51/82. Conforme a Resolução nº 3669/88 de 28 de Novembro de 1988 foi autorizado a funcionar, de forma gradativa as 04 (quatro) primeiras séries do 1º Grau. Ficaram suspensas, em caráter definitivo, as atividades escolares relativa ao ensino das quatros (04) primeiras séries do 1º Grau, pela Resolução nº 35/62/92, devido à municipalização. A Escola Estadual Dom Bosco - Ensino de 1º Grau, percebendo a necessidade do retorno de muitos adultos à escola no ensino de 2º Grau para dar seqüência aos seus estudos, resolveu pleitear a implantação do curso supletivo, dando assim a oportunidade tão esperada pelos mesmos. Assim pela Resolução nº 442/98 de 05/02/98 e Diário Oficial nº 5203 do dia 05/03/98, ficou então autorizado o funcionamento do 2º Grau Supletivo - Funções Suplência de Educação Geral Fase III de forma gradativa, a partir de 1998. Em decorrência no dispositivo no Artigo 2º da Resolução nº 442/98 a escola passou a denominar-se Colégio Estadual Dom Bosco - Ensino de 1º Grau Regular e de 2º Grau Supletivo. Dando atendimento à Lei de Diretrizes da Educação Nacional nº 93/94/96, à Deliberação nº 003/98 do C.E.E., com a Resolução nº 3120/98 o Colégio passou a ter outra nomenclatura denominando-se Colégio Estadual Dom Bosco - Ensino Fundamental e Médio. Com a Resolução 4035/02 fica reconhecido o curso do 2º Grau supletivo – Função Suplência de Educação Geral – Fase III. Em 30 de outubro do ano 2000 temos aprovado o Regimento Escolar, em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases Nacional nº 9394/96 e Deliberação nº 016/99 – CEE (Conselho Estadual de Educação), pelo Parecer nº 148/00 e Ato Administrativo nº 113/00 de 30/10/00. No ano letivo de 2005 temos aprovado, pelo Parecer nº 131/05 e Ato Administrativo nº 100/05, o Adendo nº 01/05 ao Regimento Escolar, o qual regerá a Nova Proposta da EJA – Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio, que funcionará a partir do ano letivo de 2006. Assim, o Colégio Estadual Dom Bosco, oferta o Ensino Fundamental e o Médio, atende a alunos pertencentes a classe de trabalhadores, bóias frias e desempregados, nos turnos diurno e noturno.

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Objetivo Geral do Projeto

O Projeto Pedagógico é um produto específico que reflete a realidade da escola situado em contexto mais amplo que a influencia e pode ser influenciado, sendo um instrumento clarificador da ação educativa da escola em sua totalidade, devendo esta assumir como uma das suas principais tarefas o trabalho de refletir sua intencionalidade educativa, apontando um rumo, uma nova direção um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente aprendendo a pensar, a realizar o fazer pedagógico de forma coerente, não dispensam uma reflexão sobre o homem a ser formado, a cidadania e a consciência ativa.

O Projeto Político Pedagógico deve refletir o melhor equacionamento possível entre os recursos humanos financeiros, técnicos e físicos para garantir a inserção da escola no seu ambiente social, procurando analisar todo o contexto a fim de trabalhar a motivação a favor do aluno e pensar na sociedade enquanto construção histórica do homem.

Visa uma gestão compartilhada, um processo contínuo que se refaz e se aprimora no dia-a-dia, pela busca do melhor encaminhamento: onde os alunos permanecendo na escola com êxito, professores capacitados, com a comunidade participando envolvida no alcance dos objetivos educacionais e efetivando a democratização na escola, sendo ela um organismo social, cujo processo de dinamização é, por si só, pedagógico, devendo portanto, ser aberto, flexível e participativo. Pois a verdadeira democratização da escola estará para a construção da excelência em educação, que garanta acesso, permanência e sucesso dos alunos tornando-os pessoas capazes de assumir suas responsabilidades sociais.

Na construção de um Projeto Político Pedagógico deve-se enfrentar os desafios da mudança e transformação, tanto na forma como a escola organiza seu processo de trabalho, como na gestão que é exercida pelos interessados, sendo a autonomia uma questão fundamental dentro da instituição educativa envolvendo quatro dimensões relacionadas e articuladas entre si: administrativo, jurídico, financeiro e pedagógico, implicando direitos e deveres, compromissos e responsabilidades de todos os segmentos da comunidade escolar, sendo ambas interdependentes e pela participação, pela intervenção e pelo diálogo que a autonomia se constrói e internaliza. Cabe a autonomia a possibilidade de elaborar orientações escolares (matrículas, transferências, admissão de professores, etc.). A escol.a tem também a autonomia de planejar e executar suas atividades, bem como aplicar e remanejar seus recursos, visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e adoção de critérios próprios de organização da vida escolar, constituindo na liberdade de ensino e de pesquisa ligada à identidade, à função social, ao alunado, à organização curricular, à avaliação, bem como os resultados.

Considerando a educação como o compromisso político do Poder Público para a população com vistas à formação do cidadão participativo e para que a escola seja um projeto de intenções inovadoras, investigativa tornando-se autônoma com seu referencial teórico-metodológico permitindo a construção da identidade e exercendo seu direito a diferença, a singularidade, a transferência, a solidariedade e a participação é necessário que todos sujeitos estejam envolvidos com o processo educativo da escola.

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O Panorama educacional no Brasil e no Paraná. A década de 80, no Brasil, caracterizou-se como um período de abertura

política, democratização do estado e de reorganização da sociedade. O governo federal, neste período, mostrou certa fragilidade para articular e conduzir questões importantes na área educacional. Os debates envolvendo a nova Constituição, entretanto, permitiram maior participação das entidades civis no delineamento das políticas públicas voltadas à educação. Nos 90, como conseqüência da aceleração do desenvolvimento tecnológico e do processo de globalização, a educação passou as ser discutida, sobretudo uma relação ao seu aspecto econômico, devido ao seu papel na construção de um novo modelo de desenvolvimento, visando o reposicionamento e reinserção do país no cenário mundial. À educação cabe, neste modelo, desenvolver primordialmente novos padrões de qualificação e de competências para o mundo do trabalho. As estratégias para atingir esse objetivo passam, necessariamente, pela discussão da qualidade da educação oferecida, sobretudo na educação básica.

Neste cenário, foram realizadas tentativas de se construir uma lei que regulasse a educação no território nacional. Surge, então a LDB, que seria a universalização do Ensino Fundamental e a organização de um sistema nacional de ensino que propiciasse, ao mesmo tempo, a articulação dos diversos níveis e modalidades de ensino nas esferas federal, estadual e municipal, e a melhoria crescente da qualidade da educação oferecida e de seu poder de democratização, tanto no que se refere a sua gestão quanto à sua função de inserção social.

No início do século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente necessidade de mudar a realidade da educação no país. Fato que explica essa necessidade é a persistência do analfabetismo. Isso expressa o atraso do Brasil marginalizando milhões de cidadãos, apesar de se colocar entre as maiores economias do mundo.

O fato é que há uma interdependência entre o processo educativo e o desenvolvimento social de um País. O País pode ser uma grande economia e não ser desenvolvido socialmente. Neste caso, sua população não desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado, como saúde, moradia, transporte, segurança, e é claro, educação.

Tal situação se constata no Brasil: temos uma economia consolidada, aberta para o mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no campo, mas contraditoriamente existem milhões de miseráveis; os desprovidos de políticas públicas sociais resultado da absurda concentração de renda no país.

Essa realidade se reflete nos índices de escolaridade verificados na rede pública:

- 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais são analfabetos. E 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados;

- 1,3 milhões de crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando no lugar de estudar e mais de 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

Esses dados persistiram mesmo com as políticas educacionais adotadas nos últimos 08 anos do governo federal, quando foi desenvolvida uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente na educação básica. A reforma compreendeu não apenas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também mudanças na forma de gestão, na formação de professores, no

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estabelecimento de sistema de avaliação centralizada nos resultados, de programas de educação à distância e de distribuição do livro didático para o nível fundamental, bem como, mudanças na forma de financiamento da educação. Tais reformas estiveram atreladas aos interesses de agência multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Unesco, que financiam projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais com a finalidade de adequar a educação ao mundo do trabalho.

Como a reforma foi prescrita, sem envolver os grupos que atuam nas bases educacionais, não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento social necessário à população marginalizada e excluída.

As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à municipalização e à nuclearização do ensino.

O Paraná, um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo governo federal, induziu a que os municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª série. Por outro lado, os municípios não dispunham de infraestrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade. A proposta de municipalização incluiu, como medida administrativa de economia, a nuclearização das escolas. Isso descaracterizou as comunidades rurais estimulando a migração, da população do campo para a cidade.

Como a reforma educacional, priorizou pela centralidade de currículo utilizando-se de Parâmetros Curriculares Nacionais, esta não atendeu as especificidades do Estado do Paraná.

Quando mais se falou em qualidade de ensino, mais se fragilizaram as aprendizagens, mais se perdeu a qualidade cognitiva. As novidades organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos objetivos prioritários da escola. Pelas pesquisas, ou pela observação direta, do que aconteceu nas escolas, vê-se crianças e jovens concluindo as várias fases da escolarização, sem uma mudança perceptível na qualidade das aprendizagens escolares e na sua formação geral. Alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem os conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculos. Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados desde as condições de trabalho, a formação e remuneração dos professores, a difusão de teorias e praticas pedagógicas com precário vinculo coma as necessidades e demanda da realidade escolar e a flexibilidade das praticas avaliativas. Ao invés de solucionar As questões pendentes de escolaridade como: índices de evasão e repetência, distorção idade / série, aprendizagem com qualidade, comprova-se resultados não satisfatórios.

A Educação Básica no Paraná vem apresentando melhora nos indicadores de eficiência, no entanto, ainda apresenta índices bastante preocupantes, principalmente relativos à repetência e evasão, em especial a 1ª série do Ensino Médio.

Apesar de todas as políticas adotadas pelo Governo do Estado do Paraná, ainda é preciso imprimir mais esforços, principalmente no Ensino Médio. Acreditamos que as elevadas taxas de evasão apresentadas por este nível de Ensino decorrem de sucessivas repetências dos alunos na mesma série e da necessidade dos jovens de ingressar precocemente no mundo do trabalho.

A Educação do Paraná vive um momento de busca de soluções para os problemas apresentados. Prova disso é o lançamento de projetos com o intuito de minimizar o índice de analfabetos no Estado; a oferta de concursos público para professores e professores pedagogos, diminuindo, assim, a ausência e rotatividade de professores; investimento no acervo bibliográfico e materiais didáticos

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pedagógicos; melhoria da infra estrutura das entidades educacionais; proporcionar cursos de capacitação continua aos professores; conceder hora-atividade aos educadores, valorizando o profissional da educação.

Percebe-se, assim, a preocupação do Estado em garantir a todos uma educação de qualidade, para que todos os paranaenses tenham acesso.

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A Comunidade de Mariluz O Colégio Estadual Dom Bosco situa-se no pequeno Município de Mariluz, bastante pobre, com um dos I.D.H mais baixos do Estado do Paraná. Município com poucos recursos e sem grandes empreendimentos o que dificulta o atendimento à população. A economia de Mariluz baseia-se na agropecuária, com a predominância da lavoura de cana-de-açúcar, soja, criação de gado. Cultivam-se também pequenas lavouras de algodão, milho, feijão. A maior parte dos empregos é gerada, realmente, no corte de cana. Contamos com um número significativo de famílias que pertencem ao Movimento dos Sem Terra, as quais já estão assentadas e as mesmas desenvolvem trabalho agrícola em sua terra ou trabalham como diarista rural. O comércio, como não possui grandes lojas, não absorve toda a demanda de nossos jovens trabalhadores. Isto acarreta o êxodo de nossos jovens para centros maiores. Analisando hoje a conjuntura sócio econômica de Mariluz, observa-se na maioria da população um quadro onde as características são as seguintes: desemprego, emprego sazonais, salários precários, analfabetismo, famílias desestruturadas, mães adolescentes sem cônjuge, grande numero de mães separadas, evasão escolar,marginalização, falta de perspectivas dos políticos em como executar projetos de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida das pessoas, diante da crise estrutural gerada pela economia global, absoluta falta de oportunidade para a atração de investimentos em áreas industriais gerando empregos e melhorando as condições de vida do povo mariluzense.

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Perfil dos educandos do Colégio A maioria de nossos alunos são filhos de trabalhadores, ditos “bóias-frias” ou mesmo de desempregados. É grande o índice de filhos de mães solteiras ou separadas, os quais moram com os avós, tios ou outro parente, que em geral não acompanham a vida escolar do aluno, gerando total desinteresse pelo estudo. Temos, outrossim, boa parte dos alunos originários do “Movimento dos Sem Terra” que devido às suas constantes mudanças apresentam baixíssimo índice de aproveitamento escolar por falta de base e pré-requisitos. Observa-se também o alto índice de analfabetismo dos pais, apesar dos esforços contínuos dos governos municipal, estadual e federal para sanar este mal. Outro problema que enfrentamos é o crescente uso de drogas e bebidas alcoólicas entre nossos jovens. Também está se tornando cruciante o índice de jovens adolescentes grávidas precoces o que acarreta o abandono ou evasão da escola. Aos alunos que participam dos programas sociais como PETI, Bolsa Família, etc, só é exigida a presença na escola, entretanto não se verifica nenhuma cobrança quanto ao aproveitamento e compromisso com a aprendizagem. Na tentativa de mudar essa realidade, foi firmado com as pessoas responsáveis por esses projetos no município e Guarda Mirim um compromisso, onde escola e entidades estarão trabalhando em conjunto para sanarmos os problemas. Foi acordado que, a partir do ano letivo de 2006, os responsáveis pelos projetos farão um acompanhamento mais rigoroso na vida escolar dos alunos envolvidos no mesmo, e estabelecemos algumas ações para superarmos esses problemas:

- Reuniões periódicas, onde serão repassados o rendimento dos alunos aos responsáveis pelo projeto;

- Projeto de reforço, por parte da entidades; - Projeto Aprendiz Adolescente, que será desenvolvido pela Guarda Mirim; - Reuniões com os pais dos alunos, juntamente com a equipe pedagógica e

responsáveis pelos projetos, na tentativa de envolvê-los no processo ensino-aprendizagem dos filhos;

- Palestras de auto-estima para pais e alunos. O Colégio Dom Bosco depara com o sério problema de jovens desocupados

que permanecem no portão perturbando e com fins escusos, muitas vezes até invadindo o estabelecimento, apesar das várias comunicações e solicitações às autoridades policiais locais. O perfil do educando da EJA de nosso Colégio, assim se situa: são trabalhadores, bóias-frias, itinerantes, balconistas, servidor público, empregadas domésticas, mães precoces, todos com um problema em comum: não puderam freqüentar os bancos escolares na idade prevista, pois tinham que trabalhar para ajudar no orçamento familiar. Esses jovens e adultos procuram hoje a escola na esperança de recuperar o “tempo perdido”. Para eles, o retorno à escola é ampliação de seus horizontes, pois os mesmos vêm em busca de instrumentos para viver no mundo da informação na tentativa de conseguir um emprego melhor ou até mesmo manter-se no atual.

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O Colégio Estadual Dom Bosco Nos últimos anos reconhecemos avanços como hora atividade para os professores, a efetivação dos professores através dos concursos. Em 2005 contamos com uma equipe pedagógica que desempenha excelente trabalho junto ao corpo discente, docente e também junto aos pais procurando trazê-los cada vez mais para participar da vida da escola. O Colégio oferece um ambiente agradável aos alunos, pela sua limpeza e manutenção. Dispõe de uma quadra de esportes coberta, local propício para a prática de esportes e desenvolvimento das aulas de Educação Física. Sentimos, contudo a deficiência de salas-ambientes para audiovisual, educação artística. O Laboratório de Ciências, além de não dispor de equipamentos adequados e materiais para as aulas e experimentos, teve de ser transformado em sala de aula para atender a demanda. O Colégio Dom Bosco não oferece aulas de reforço ou apoio por falta de devido espaço físico. Desenvolvem-se projetos tais como Plantio e Preservação de Matas Ciliares, Projeto de Poesias, Gincana Cultural. Promove palestras sobre combate ao uso de drogas, sobre gravidez na adolescência. Constantemente são realizadas exposições dos trabalhos de Educação Artística, sobremaneira no dia da reunião de pais para que possam conhecer e admirar os dons artísticos de seus filhos. Realiza também campeonato de Futsal e Handebol, fora do período de aula, envolvendo todas as turmas, o que desperta participação maciça dos alunos. O Colégio Dom Bosco tem participado ativamente das atividades propostas pela SEED ou NRE, tais como Projeto FERA, Com Ciência, Conferência do Meio Ambiente, Concurso de Paródias, sempre se destacando com brilhantismo, graças ao esforço e dedicação de professores e alunos. Ambientes Pedagógicos A educação escolar tem sido uma das grandes mentoras da criação de desafios para a juventude. Desafios que significam oportunidades para a apreensão do belo e da harmonia. Desafios que os ajudam a dar significado a suas vidas, a construir projetos de um futuro digno. Sabemos que é preciso mais, muito mais, para que se possa garantir compromissos verdadeiros com a construção desse futuro. Sabemos que, se fracassar nesse seu ambicioso projeto, a educação fará ruir muito mais do que os seus estatutos. Por isso, a importância de transformar nosso Colégio em um espaço mais rico, flexível e democrático, abrindo novas possibilidades pedagógicas e de interação é um dos nossos desafios a serem enfrentados.

Hoje contamos com: - Biblioteca Escolar:

A Biblioteca constitui-se um espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda comunidade escolar. Nossos educadores, sabedores da sua função de intermediadores do saber, procuram proporcionar aos educandos a utilização desse espaço da melhor forma

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possível, assim, constantemente os alunos são incentivados a freqüentarem esse ambiente para pesquisa, leitura e outras atividades ligadas ao interesse da leitura. Para manter a Biblioteca bem equipada, a A.P.M.F, sempre que possível, investe na compra de livros, pois sabe a importância desse ambiente para formação de um público leitor capaz de entender a sociedade em que vive e transformá-la. - Laboratório de Ciências: Com a finalidade de promover a aprendizagem, facilitar a obtenção de conhecimento, estimular o desenvolvimento de habilidades, nossos professores utilizam variados recursos pedagógicos de acordo com o conteúdo em questão. Possuímos um laboratório de Ciências, mas o mesmo não possui equipamentos, assim os professores e alunos coletam materiais para enriquecer suas aulas. Também são realizadas excursões, pesquisa de campo, onde os educandos exploram espaços diferentes do seu dia-a-dia. - Recursos Tecnológicos:

O século XXI é o da busca de conhecimento. Será um tempo na humanidade em que a educação deverá ter um papel primordial. Educar, hoje, significa dominar os recursos tecnológicos.

Visando a uma melhor aprendizagem, nossos educandos são estimulados a buscarem novas formas de pensar, de procurar e de selecionar informações, de construir seu jeito próprio de trabalhar com o conhecimento e de reconstruí-lo continuamente.

Nesta perspectiva nossos professores oportunizam, sempre que possível aos nossos educandos à utilização dos recursos tecnológicos que o Colégio possui, tais como: computadores, televisão, vídeo, aparelho de som, retroprojetor.

- Quadra de Esportes: Para dinaminizar as aulas de Educação Física e bem como as atividades esportivas promovidas por esse Estabelecimento de Ensino, contam com uma quadra poliesportiva coberta. Além da utilização desse espaço para as aulas da disciplina acima referida, é usada também para a apresentação de outros trabalhos de nossos educandos, tais como: danças, teatro, exposição de trabalhos. Com a finalidade de promover a aprendizagem, facilitar a obtenção de conhecimento, estimular o desenvolvimento de habilidades, nossos professores utilizam variados recursos pedagógicos de acordo com o conteúdo em questão: Fitas de Vídeo, Planetário, Microscópio Binocular, Spin Light, Peça de Anatomia (Dorso) Esqueleto Humano e Pirógrafo. Visando a uma melhor aprendizagem os professores das diversas disciplinas trabalham em conjunto, pois entendem que a ação conjunta criará um processo de ensino-aprendizagem direcionado a criar condições para o educando desenvolver a consciência reflexiva e desenvolver também sua capacidade de estabelecer relações entre idéias e de elaborar, assimilar e socializar conhecimentos significativos para a vida real.

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Visão da instituição sobre educação A entrada em um novo milênio tem sido descrita de diferentes maneiras. Uma das caracterizações mais comuns é articular ao tempo no qual vivemos a característica de era da tecnologia, também manifestam-se as preocupações com oferta de melhores oportunidades de condições econômicas para todos, com a preservação do meio ambiente e com a conquista das sociedades democráticas. O homem, como ser social, dotado de imensa capacidade de pensar e criar, deve ser consciente, cidadão sábio, inovador e estar preparado culturalmente para atuar com êxito na sociedade de hoje. Dizemos que uma pessoa tem cultura quando possui um leque de conhecimentos e de competências intelectuais e/ou artísticas valorizadas socialmente, um conjunto de qualidades que caracterizam o espírito cultivado. Nesse caso, culto poderia ser sinônimo de letrado, já que, em nossa sociedade, essa cultura é adquirida, basicamente, através de livros e leituras em geral. A cultura é considerada, pelas ciências sociais, como conjunto de traços característicos do modo de vida de uma sociedade. Assim, todos os componentes de um grupo seriam portadores, herdeiros e produtores de cultura e cada grupo, por sua vez, teria seus traços característicos, ou seja, a sua própria cultura. Podemos ainda pensar a cultura como uma característica humana com traços comuns entre todas as culturas, ou ainda, toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo. Nessas concepções percebe-se a estreita relação entre cultura e educação, pois é através da educação que a cultura se transmite e se perpetua: a educação “realiza” a cultura como memória viva, reativação incessante e sempre ameaçada, fio precário e promessa necessária da continuidade humana. A educação teria, assim, a responsabilidade de transmitir e perpetuar a cultura, e a escola seria a instituição oficialmente encarregada de organizar, selecionar, decantar, adaptar os elementos dessa cultura, para serem transmitidos às novas gerações, portanto é função da escola cultivar e difundir entre todas as pessoas, independentemente de suas culturas específicas, conhecimentos, habilidades e competências comuns, fruto de um processo sócio-histórico que caracteriza a própria natureza humana, assim, a escola teria de voltar o seu olhar para as especificidades culturais de cada grupo, cultivando as suas identidades e abrindo espaço para a troca e o respeito às diferenças, pois como afirma Brandão(1991): “ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de outro, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a Educação. Esta consideração nos fornece pistas gerais para caracterizar a educação como um processo amplo que se dilui em vários momentos da vida social, possui formas diversas de se concretizar, mas em todas elas, esse processo implica a experiência do aprender, ensinar e aprender-ensinar. Assim, uma comunidade constrói socialmente vários saberes (conhecimento, atitudes, valores...). Portanto, a conquista de uma sociedade mais participativa exige uma escola capaz de educar crianças, jovens e adultos atuantes, aptos a responderem aos desafios de seu tempo. Uma escola que possibilite o desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico. Uma escola que procura uma educação plural, do

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conhecimento pertinente, de enfrentamento das incertezas, que seja compromissada com a ética e com a compreensão. Essa escola pressupõe o envolvimento coletivo e interativo dos diretores, professores, funcionários, pais de alunos, comunidade e, sobretudo, dos órgãos governamentais. Diante dessa realidade poderemos sonhar com um futuro totalmente diferente, não porque um dia possamos nele viver; mas porque necessitamos desse parâmetro para nunca parar de aprender – ensinar.

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O atendimento às crianças com necessidades educacionais especiais: A educação escolar desempenha relevante papel no processo de inclusão social e deve promover a aprendizagem conjunta de todas as crianças, independentes de suas dificuldades e diferenças. Assim, o Colégio Dom Bosco está de portas abertas, apesar de não estar adaptado, para receber alunos com necessidades educacionais especiais. Hoje ,contamos com alguns alunos inclusos, portadores das deficiências mental e física, e, apesar de nossos professores não estarem preparados profissionalmente para trabalharem com esses educandos, se dedicam e buscam metodologias diferenciadas para atender as necessidades educacionais de cada um. Partindo do princípio de que a educação é um direito de todos, estamos dispostos a nos prepararmos para recebermos os alunos inclusos, prova disto é a solicitação feita a SEED para a adaptação de nosso Colégio para facilitar a locomoção dos educandos com limitação do aparelho locomotor. Em relação ao ensino aprendizagem nossos educadores sabem e procuram cada vez mais atender as necessidades singulares de determinados alunos, pois sabem que as diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas ao contrário, fator de seu enriquecimento.

Educação do Campo: A diversidade de conhecimentos gerados pela evolução do tempo e da

tecnologia é muito grande, cabe à educação escolar garantir a todos educandos a universalização e a qualidade que resulte no progresso e acesso de todas as crianças a esses conhecimentos, sem esquecer a diversidade de culturas, etnias...

A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor o respeito as especificidades de cada educando e da comunidade na qual está inserida.

Assim, pensar na Educação do Campo, é auxiliar na construção da identidade de muitos de nossos alunos, é defender o direito que uma população tem de pensar no mundo, a partir do lugar onde vive, ou seja, da terra em que pisa, melhor ainda: desde sua realidade.

Sabedores de que a identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida cotidiana do país (Parágrafo único do artigo 2º das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo), é que propomos um trabalho voltado para atender as especificidades dos nossos alunos do campo, assim:

- repensaremos a organização dos saberes escolares, nas diferentes disciplinas articulando com a realidade no e do campo;

- valorizaremos a vivência de cada aluno, indo ao encontro de seu espaço no campo;

- mobilizaremos, através de projetos, a comunidade escolar para as práticas voltadas para a produção rural local;

- levaremos os alunos a refletirem sobre a importância da preservação ambiental para promover um desenvolvimento sustentável do seu local como parte integrante do espaço mundial, através de palestras, visitas a ambientes degradados, diálogo com a comunidade do campo;

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- ressaltaremos, através de textos, diálogos, músicas, vídeos, a importância do homem do campo para a economia do município e do Brasil.

Esperamos, assim, estarmos atingindo o eixo central das Diretrizes Curriculares para as Escolas do Campo: Valorização da Cultura dos Povos do Campo.

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Organização do tempo e do Currículo Escolar A organização do tempo e do currículo escolar do Colégio Estadual Dom Bosco obedece a lei vigente. Ou seja, no Ensino Fundamental, o tempo escolar é de 200 dias letivos, tendo o educando um tempo de permanência no Colégio de 800 horas anuais. O aluno deve cumprir no mínimo 75% dessa carga horária. Esse tempo está distribuído em 05 aulas diárias de 50 minutos cada uma, perfazendo ao final de uma semana 25 horas/aula. Os educandos do Ensino Fundamental regular são atendidos nos períodos matutino e vespertino nos horários assim definidos:

- Matutino => 7:45h às 12:05h - Vespertino => 13:00h às 17:20h Vale ressaltar que o tempo escolar do educando do Ensino Fundamental é

definido por séries. Na Educação de Jovens e Adultos – Ensino Médio – Presencial (curso em

processo de cessação gradativa – até o 1º semestre de 2007), o tempo escolar está definido por etapas com uma carga horária de: 1ª e 2ª Etapas = 420 horas semestrais e 3ª e 4ª Etapas 340 horas semestrais.

A partir do ano letivo de 2006 ofertaremos a EJA Presencial com uma Nova Proposta nos níveis Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio , onde o tempo escolar do educando será definido por disciplinas concluídas. Serão ofertadas 1.200 horas ou 1.440 horas/aula, distribuídas nas disciplinas constantes na matriz curricular, podendo o educando ser atendido coletivamente e individualmente, de acordo com sua opção. O aluno poderá matricular-se em até 4 disciplinas concomitantemente.

A EJA em nosso Colégio é ofertado no período no noturno, das 19:00h às 22:30 horas.

Os conteúdos escolares estão organizados, nas duas modalidades de ensino por disciplinas, que estão assim distribuídas:

Ensino Fundamental Regular:

DISCIPLINAS - SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª Ciências 3 3 3 4 Educação Artística 2 2 2 2 Educação Física 3 3 3 2 Ensino Religioso 1 1 0 0 Geografia 3 3 4 3 História 3 3 3 4 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4

B A S E

N A C I O N A L

C O M U M SUB TOTAL 22 22 23 23

L.E.M. – Inglês

2 2 2 2

P

D Sub – TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25

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EJA – Ensino Médio Presencial – Etapas

DISCIPLINAS - SÉRIE 1 2 3 4 Língua Portuguesa e Literatura Arte Educação Física Inglês

4 1 4

4 1

4 2 1

4 1

Matemática Física Química Biologia

4

4

2 4 4

2 2 2 6

História Geografia

4 4

6 6

B A S E

N A C I O N A L

C O M U M

Sub – TOTAL 21 21 17 17 TOTAL GERAL 21 21 17 17

EJA – Ensino Fundamental Fase II Presencial – Disciplinas Concluídas

DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS/ AULA

Língua Portuguesa 226 272 Educação Artística 54 64 LEM – Inglês 160 192 Educação Física 54 64 Matemática 226 272 Ciências Naturais 160 192 História 160 192 Geografia 160 192 Total

1200

1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

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EJA – Ensino Médio Presencial – Disciplinas Concluídas DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS/ AULA

Língua Portuguesa e Literatura

186 224

LEM – Inglês 120 144 Arte 54 64 Educação Física 54 64 Matemática 186 224 Química 120 144 Física 120 144 Biologia 120 144 História 120 144 Geografia 120 144 Total

1200

1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

Observando as matrizes curriculares de nosso Colégio nota-se que não há

menção das disciplinas de Sociologia, Filosofia e Estudos do Paraná, mas sabedores dos requisitos indispensáveis que estas disciplinas oferecem para a elaboração de referências que permitem a articulação entre os conhecimentos, a cultura, as linguagens e as experiências dos educandos e, ainda seu valor histórico e de formação que contribuem efetivamente para a educação de nossos alunos, pois as mesmas se situam no horizonte de problemas contemporâneos, nos eixos: científicos, tecnológicos, ético – políticos, artísticos ou ainda aqueles decorrentes das transformações das linguagens e das modalidades e sistemas de comunicação; devendo contribuir de modo significativo quanto aos conteúdos e processos cognitivos, referindo-se ou não a problemas imediatos, tais como: sociais, culturais e vivenciais.

Sabemos que é função da escola garantir a todos o direito aos conhecimentos científicos, éticos e culturais e que o desenvolvimento social exige cada vez mais uma formação sólida, ampla e profunda de seus membros, por isso os professores de História incluirão no programa de ensino conteúdos de Sociologia e os conteúdos de Filosofia serão abordados em Arte.Os Estudos do Paraná serão trabalhados nas disciplinas de História e Geografia, proporcionando, assim, aos alunos o enriquecimento de seu universo de conhecimento. Esses conteúdos são repassados através de textos, diálogos, debates, vídeos, discussões dirigidas, leitura e reflexão.

Esperamos, dessa forma, proporcionar aos alunos uma visão em todas as dimensões do contexto social, preparando-os para a cidadania, facilitando seu ingresso na sociedade e no mercado do trabalho.

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Avaliação Falar em avaliação em uma perspectiva transformadora significa situá-la como elemento de uma escola democrática, que favoreça não só o acesso das camadas populares, mas, acima de tudo, a sua permanência no sistema de ensino. Significa articular a avaliação a um projeto educacional para a formação do aluno como cidadão crítico, participante e autônomo, cuja apropriação significativa e crítica do conhecimento constitui o objetivo do processo de ensino aprendizagem. Quando se pensa em avaliação escolar, as primeiras idéias que surgem são: avaliação do aluno, notas, aprovação e reprovação, sucesso e fracasso, prêmio e castigo. Mas sempre do aluno. Por quê? Será o aluno o único sujeito que merece ser avaliado na Escola? Será que ele é o único personagem importante dessa instituição? Será que, sozinho, o aluno faz o sucesso e o fracasso escolar? É pensando nisso e no aluno, nos seus direitos à educação e à cidadania que nosso Colégio pretende organizar-se e estruturar-se, pois sabemos que a avaliação deve ser compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. È um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Antes de pensarmos em avaliar o aluno, será necessário que pensemos a avaliação de uma maneira mais global, envolvendo tudo e todos que participam do processo educacional que acontece na escola. Definiremos também que a prova escrita não será o único meio de avaliação, mas sim toda produção realizada pelo educando, sob orientação e acompanhamento do professor, assim usaremos como instrumentos de avaliação nesta instituição: provas, testes, projetos, discussão em grupo, pesquisa de campo, práticas experimentais, painel, a leitura de um livro e a resenha do mesmo ou exposição de trabalhos e o coletivo continuará discutindo a necessidade de novos instrumentos de avaliação. Lembrando que é vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição e que o número de avaliações a serem dadas será definido pelo professor, sendo o resultado da avaliação traduzido na forma de notas numa escala de zero a dez a cada bimestre. Nosso Colégio não adota o Regime de Progressão Parcial e o rendimento mínimo exigido por este Colégio é a nota 6,0 (sessenta), onde a avaliação será contínua progressiva e cumulativa. As avaliações são registradas no livro de chamada do professor, que encaminhará à secretaria do Colégio no final de cada bimestre o resultado final das avaliações, que serão lançadas no boletim e ficha individual do aluno. Ao final de cada ano letivo é enviado à SEED (Secretaria de Estado da Educação) um relatório final contendo o registro das avaliações e resultado final dos educandos. Para que os pais possam acompanhar o sucesso do filho é realizada a reunião de pais, no final de cada bimestre, onde os mesmos dialogam com os professores e verificam, através do boletim, o rendimento escolar de seu filho. Como conseqüência da preocupação constante com a nota, o aluno estuda apenas para obter resultados convenientes, para “passar de ano”, ou ainda aprender para futuramente passar num vestibular. Esses não serão os nossos objetivos, o vestibular e passar de ano serão conseqüências de tudo o que o aluno aprendeu. Os conteúdos a serem dados deverão ser para além do vestibular, devem ser para a vida, para a tomada de decisões, pois o conteúdo para ser básico deve ser apropriado 100%.

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E para que esse objetivo seja atingido, a equipe pedagógica e professores farão intervenções pedagógicas, tais como:

- Diálogo com professores para detectar os problemas e as intervenções ocorridas;

- Diálogo com alunos, na tentativa de alertá-los sobre a importância e necessidade do estudo na sala de aula e em casa;

- Diálogo com os pais, colocando-os a par da situação e pedindo que os mesmos auxiliem e incentivem os filhos na realização dos trabalhos extra-classe;

- Proporcionar aos educandos de rendimento escolar abaixo da média, monitoria por parte de seus colegas de sala que assimilaram de forma mais abrangente os conteúdos e reforço com os acadêmicos estagiários;

- Palestras de valorização da vida para os alunos, funcionários, pais e professores;

- Realização de momentos coletivos ou individuais na hora atividade para acompanhamento da ação docente e reflexão sobre a sua prática e as intervenções necessárias.

Esperamos, assim, atingir o objetivo da avaliação, que deve ser o de garantir

a meta de qualidade do desempenho para todos, no sentido de aquisição de conhecimentos, indo além da meta quantitativa, garantindo a qualidade educativa que implica consciência crítica e da capacidade de ação do saber e na formação do indivíduo. Não podemos esquecer que antes de elaborar um plano de avaliação, devemos fazer umas questões básicas: O que avaliar? Para que avaliar? Quando avaliar? Como avaliar? Talvez assim, estaremos pensando na avaliação escolar, para que ela venha a ser, realmente, mais um recurso pedagógico capaz de contribuir para que a escola desempenhe seu papel na educação e na formação do aluno cidadão. Recuperação Paralela A recuperação paralela dos conteúdos significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo um direito de todos educandos. A elaboração da recuperação paralela dos alunos e as atividades de recuperação, só poderão ser planejadas após ser feito o diagnóstico das dificuldades apresentadas pelos alunos. Ou seja, é necessário que o professor saiba quais são as dificuldades e o porquê dessas dificuldades, a partir daí, ele deverá retomar o conteúdo de forma diferenciada para que o educando se aproprie do conteúdo em questão, e só assim ele aplicará outra avaliação, que não deverá ser necessariamente uma prova. A recuperação paralela será registrada no livro de chamada do professor juntamente com a nota da avaliação anterior, para que o mesmo possa fazer comparações sobre o rendimento escolar de cada educando, antes e após a recuperação paralela

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Dessa forma a avaliação contribuirá, portanto, para ajudar no alcance dos objetivos do trabalho pedagógico. Pré – Conselho Sendo a escola um espaço privilegiado pelo diálogo, oportunizaremos nossos educando a exporem seus problemas, suas angústias; dar sugestões; terem iniciativas de questionarem o processo ensino-aprendizagem a que são submetidos e a reflexão da sua ação dentro do espaço escolar, através do pré-conselho. O pré-conselho é um recurso metodológico para a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, oportunizando situações didáticas para que a aprendizagem ocorra dentro de uma ambiente harmonioso. Será função da equipe pedagógica ao final de cada bimestre, ou quando se fizer necessário, realizar o pré-conselho, que será constituído por todos alunos da turma, tendo como organizador o representante da mesma, sob orientação da equipe pedagógica. O pré-conselho poderá ser realizado através de questionamentos elaborados pela equipe pedagógica, ou ainda, através de mesa redonda, onde todos educandos poderão expor problemas individuais e/ou coletivos os quais se depararam durante o bimestre, devendo os mesmos proporem sugestões para solucionarmos tais problemas. Os educandos refletirão, também, sobre a sua prática escolar, que poderão, assim, através da mesma sanar eventuais problemas. Será realizado, também, o Pré Conselho com os professores de cada turma, onde serão relatados, pelo professor, durante a hora atividade, os conteúdos curriculares trabalhados, encaminhamentos metodológicos utilizados e a apropriação dos conteúdos pelos educandos. Através do pré-conselho a equipe pedagógica levantará o maior número de elementos para compreender o que está dificultando o processo ensino-aprendizagem de determinada turma, para que sejam realizadas as intervenções pedagógicas necessárias. Servirá, também, como subsídio para a realização do conselho de classe, onde serão expostos os problemas detectados para os professores da turma e discussão sobres as intervenções a serem realizadas. Esperamos que através do pré-conselho nos tornamos mais próximos da realidade que nos cerca, para termos mais segurança, mais clareza e mais exatidão na realização do nosso trabalho e atingirmos o objetivo da escola, que é o direito de aprendizagem a todos educandos. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um espaço de discussão, reflexão e orientação para

uma nova prática Pedagógica, envolvendo a escola como um todo, tendo como objetivo a análise e a reflexão dos resultados da aprendizagem.

Esse órgão colegiado é constituído, em nosso Estabelecimento de Ensino, pelo Diretor, Equipe Pedagógica, Professores e, podendo, a critério das funções acima citadas a participação de alunos.

O Conselho Classe acontece ao final de cada bimestre. Após relato dos professores sobre o processo ensino-aprendizagem, Conselho terá autonomia para:

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- propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os educandos da sala;

- estabelecer planos viáveis de recuperação dos educandos; - decidir sobre a aprovação ou reprovação do educando que, após a

apuração do resultado final e das intervenções feitas, não atinja o mínimo solicitado pelo Colégio, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.

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A Escola que temos e a Escola que queremos Vivemos na era da globalização da economia e das comunicações, mas também numa época de conflitos entre as nações, época onde impera o racismo e certo triunfo do individualismo. É dentro desse cenário da pós-modernidade que a escola precisa atuar, um cenário que coloca novos desafios para nós educadores: que tipo de educação necessita os homens e as mulheres dos próximos vinte anos para viver este mundo tão diverso? Certamente eles e elas necessitam de uma educação para a diversidade, necessitam de uma ética da diversidade e de uma cultura da diversidade. Uma sociedade multicultural deve educar o ser humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar atenção no diferente, de respeitá-lo. Neste novo cenário da educação será preciso reconstruir o saber da escola e a formação do educador. O professor deverá ser mais criativo e aprender com o aluno e com o mundo. Numa época de violência de agressividade, o professor deverá promover o entendimento com os diferentes e a escola deverá ser um espaço de convivência, onde os conflitos são trabalhados, e não camuflados. Diante dessa realidade necessitamos que o professor tenha propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. Será a partir dessas determinações que o professor elaborará a programação de suas aulas e organizará sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Sabemos que é função da escola proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica, mas necessitamos que nossos educandos saibam valorizar e tenham vontade de aprender; pois alguns vêm à escola apenas para a satisfação dos pais ou terem freqüência para receberem os benefícios oferecidos pelo governo (PETI, Bolsa Escola, outros), acreditamos que se os órgãos governamentais cobrassem realmente os critérios estipulados dentro de cada projeto, facilitaria o trabalho do educador e teríamos um resultado mais significativo por parte dos alunos e, conseqüentemente da família. Outro problema enfrentado em nosso Colégio é a evasão escolar. Sabemos que o processo de acolhimento dos alunos não é tarefa simples, pois envolve lidar com emoções, motivações, valores e atitudes do sujeito em relação ao outro, suas responsabilidades e compromissos. Diante disso estamos dispostos a buscar formas de acolhimento desses alunos e tomar iniciativas para garantir-lhes a permanência no sistema educacional, conscientizando-os da importância em sua vida e para seu futuro; mantendo contato freqüente e direto com os pais ou responsável, enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Tais iniciativas serão:

- Colocar em prática o Programa Fica; - Proporcionar aos alunos com dificuldades na aprendizagem planos de

recuperação no contra-turno; - Traçar projetos para tornar a escola viva e atraente, como: esportes,

danças, teatros, músicas e outros.

Para que a escola tenha sucesso no que propomos, precisamos que a família esteja sempre presente na vida escolar de nossos educandos, pois a interação entre

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equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação do aluno.

Para proporcionar a vinda da família à escola oferecemos: Palestras, Reuniões de Pais, Debates, Exposição de Trabalhos, Grupos de Estudos, Questionamentos quanto a sua atitude de participante ativo na vida escolar do seu filho.

Outro colaborador para o êxito de nossas ações será a comunidade local, sendo esses os primeiros e mais naturais, pois estão bem próximos de nós: as Igrejas, as Associações de Bairros, Rotary, Associação Comercial e outros. Acreditamos que a escola compromissada com uma cultura deve incentivar os alunos a definir, primeiro, a sua identidade, o que só pode ser conseguido por meio do contato com sua comunidade e seus valores, reconhecemos que agir localmente é a primeira etapa para pensar globalmente.

O relacionamento entre nosso Colégio e a comunidade é bem intensificado, devido a integração que há entre ambos, ou seja, a escola está de portas abertas para atender as necessidades desta, tais como: ceder espaço físico para a realização de: palestras, encontros, cursos, práticas esportivas e outros, todos visando o bem estar da comunidade mariluzense sem fins lucrativos.

Nossos colaboradores se propuseram a participar de todas as atividades proporcionadas pela escola, bem como auxiliar com palestrantes, monitores para reforço, participando dos conselhos e comissões do Colégio, oferecendo atividades esportivas e culturais aos educandos, professores, funcionários e pais, pois todos têm focados o mesmo objetivo: A melhoria da educação no município de Mariluz.

Entendemos que com o auxilio desses colaboradores temos a possibilidade de mudanças, porque há a união entre todos os segmentos da escola, pois quanto mais pessoas estiverem envolvidas no processo, com certeza, será mais fácil superar as dificuldades.

Diante da realidade acima descrita, acreditamos que a autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da nossa escola será uma exigência desse Projeto (P.P.P). Tentaremos, em primeiro lugar uma mudança de mentalidade dos membros da comunidade escolar. Mudança que implicará deixar de lado o velho preconceito de que a escola pública é apenas um aparelho burocrático do Estado, e não uma conquista da comunidade. A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não apenas seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na gestão democrática, pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola, pois o prazeroso em estudar é perceber que a escola está viva e que todos fazem parte desse processo.

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O processo ensino – aprendizagem Os desafios da escola hoje se ampliam. Sua função não se limita a transmitir conhecimentos. A intenção educativa, agora, deve estar orientada para provocar a organização das informações que chegam fragmentadas e acríticas; deve estimular a participação ativa e crítica dos alunos, nas diferentes tarefas que se desenvolvem na sala de aula. Além disso, a prática pedagógica, hoje deve considerar a heterogeneidade da classe com seus diferentes matizes, substituindo a lógica da homogeneidade – na qual todos são considerados alunos, independente da origem social, da idade, das experiências, de sexo ou etnia – pela lógica da diversidade, que vê e considera alunos como sujeitos. Pensar ações pedagógicas estruturadas para a cultura atual inclui conhecer os alunos, suas inquietações, suas concepções e seus propósitos diante da vida. É necessário ajudá-los a desenvolver a capacidade de reorganizar as informações assimiladas sem criticidade em sua vida cotidiana, sem perder de vista que a aprendizagem e o ensino envolvem pensamento, ação, emoção, percepção e afetividade. Assim, o processo de ensino –aprendizagem deve ser direcionado para criar condições para o aluno desenvolver a consciência reflexiva. E desenvolver também sua capacidade de estabelecer relações entre idéias, e de elaborar, assimilar e socializar conhecimentos significativos para a vida real, pois, não podemos esquecer que é através da possibilidade de aprender que o aluno se desenvolve como ser humano e como cidadão. Nessa perspectiva, pretendemos voltar o conhecimento para as necessidades reais do ser humano, alcançar sua finalidade, retomar sua função social, à medida que reunirmos elementos para analisarmos a realidade, dos problemas, das contradições e possibilidades de superá-los. Para se alcançarem esses fins torna-se necessária a contribuição de todos envolvidos no processo: equipe pedagógica, agente educativo, pais, alunos e especialmente o professor, uma vez que a dinâmica da escola, em grande parte, é fruto da sua atuação. Assim, sendo, a sala de aula será um espaço de construção cotidiana, onde professores e alunos devem interagir, mediados pelo conhecimento. Desafiadora, instigante, espaço de desejo, de negociação ou resistência, a sala de aula será reveladora de nossos acertos ou de nossos conflitos. Será um desafio para os educadores torná-la um espaço de construção das experiências educativas. Quem dará vida, sentido e motivação ao processo ensino – aprendizagem é o professor, que deve ser competente, comprometido, satisfeito, dinâmico, com metodologias diversificadas para criar um ambiente participativo e reconstrutivo, com o objetivo de fazer do aluno um sujeito histórico que saiba conhecer a realidade e nela intervir com competência e ética. A função do professor é envolver o aluno com aquilo que ele deseja ou precisa aprender, portanto, não podemos esquecer de incluir em nosso currículo questões que estão sendo abordadas na atualidade. Um exemplo disso é a cultura Afro-Brasileira e Africana. O Brasil busca, desde a promulgação da Constituição de 1988, efetivar a condição de um Estado democrático de direito com “ênfase na cidadania e na dignidade da pessoa humana, contudo, ainda possui uma realidade marcada por posturas subjetivas de preconceitos, racismo e discriminação aos afro-descendentes.

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A educação constitui-se um dos principais mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática, comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias.

De acordo com a lei nº 10.639, os professores de História, Geografia, Educação Artística e Arte abordarão esse tema em forma de projeto interdisciplinar buscando a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico raciais.

Outra questão importante que será abordada em nosso Estabelecimento de Ensino é o meio ambiente, com a inserção da Agenda 21 Escolar. Esta será desenvolvida através de projetos, visando a levar os envolvidos a compreender a importância da sua participação como parte integrante do mundo em que vive.

A Agenda 21 Escolar tem como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida e aproximar a comunidade da escola e a escola da comunidade, para que isso ocorra firmaremos, através de: diálogo, entrevistas, palestras de conscientização, pesquisa de campo; um compromisso com a comunidade, e assim, assumiremos juntos a Agenda 21 escolar com a finalidade de promover um mundo melhor, tanto para a geração atual como a futura Faz parte, também, do plano de trabalho de nossa instituição, a abordagem dos temas: Dinâmica Cultural e Compreensão de mundo através da Leitura, onde toda a comunidade escolar estará desenvolvendo projetos para melhor compreensão desses conteúdos. Outros temas também serão trabalhados, tais como:

- Educação para Paz: Português, Inglês e Ensino Religioso; - Educação Sexual e Prevenção à vida: Ciências, Biologia, Matemática e

Educação Física; - Fazendo “Arte” na Escola: Arte e Educação Artística; - Noite da Poesia: Português. - Noite da História: História, Educação Artística e Arte.

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Formação Continuada da Comunidade Escolar As vertiginosas evoluções socioculturais e tecnologias do mundo atual geram incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano e revelam um novo universo no cotidiano das pessoas. Isso exige independência, criatividade e autocrítica na obtenção e na seleção de informações, assim como na construção do conhecimento. Paulo Freire acentuou a necessidade de sermos homens e mulheres de nosso tempo, que empregam todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa educação exige. É diante dessa perspectiva que consideramos de vital importância que o professor domine os instrumentos necessários para o desempenho competente de suas funções e tenha capacidade de tematizar a própria prática, refletindo criticamente a respeito dela. Deve conhecer bem os conteúdos curriculares, saber planejar e desenvolver situações de ensino e de aprendizagem, estimular as interações sociais de seus alunos e administrar com tranqüilidade as situações de sala de aula. Conhecer, aceitar e valorizar as formas de aprender e interagir de seus alunos, respeitar suas diversidades culturais e saber lidar bem com elas, comprometendo-se com o sucesso dos estudantes e com o funcionamento eficiente e democrático da escola. Assim para que nosso professor desenvolva não só um conjunto de competências específicas, mas também a consciência de sua identidade como profissional da educação, estamos constantemente incentivando nossos educadores a participarem de eventos que possam contribuir para seu crescimento e melhoria da sua atuação pedagógica, tais como: eventos de capacitação em Faxinal do Céu; eventos oferecidos pelo Núcleo Regional de Educação; Grupos de Estudos, Salto para o Futuro, Seminários, Projeto Folhas, Jornada Pedagógica. Para que o professor tenha um saber específico adquirido em fontes diversas, a equipe pedagógica de nosso Colégio propiciará o contato com colegas mais experientes, a leitura de livros, textos e revistas especializadas, bem como a reflexão da prática pedagógica, durante a hora – atividade, após o período letivo (vespertino), e em caso excepcional aos sábados, pois sabemos que a multiplicidade de fontes dos saberes docentes e pedagógicos facilitará ao professor a transformação de sua prática pedagógica. Será, também, proporcionada a toda a comunidade escolar a realização de palestras, cursos, trocas de experiências, em dias letivos. Durante esse período os alunos participarão de atividades esportivas e culturais realizadas pelos colaboradores do Colégio. Sabedores da importância de um profissional capacitado e atualizado para desempenhar com sucesso sua função, nossos professores não medem esforços para a melhoria de sua atuação profissional, por isso todo o corpo docente de nosso Colégio possui especialização e há vários educadores com expectativas em 2006 de cursar Mestrado.

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Colaboradores na administração dos Problemas A. P.M.F:

A Associação de Pais, mestres e funcionários é uma instituição auxiliar que tem como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-escola-comunidade, ou seja é grande chance de envolver pais, mães ou responsáveis no seu verdadeiro objetivo que é de formar o aluno para o exercício da cidadania.

A A P.M.F. deverá também exercer a função de sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração, seria uma nova forma de organizar a escola através da divisão de responsabilidade. Através dela é possível ampliar as possibilidades de soluções dos problemas e reforçar compromissos, criando, assim, a possibilidade de mudança.

A participação de pais, mestres, alunos e funcionários por meio da A P. M.F. dá autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que concerne as atividades curriculares e culturais, cumprindo assim, sua função mais essencial: trabalhar para que a escola cumpra seu papel, garantindo a aprendizagem de todos os seus educandos.

Nosso Colégio conta com uma A P.M.F. dinâmica, participativa e sabedora de suas responsabilidades; opinam, reivindicam, trabalham e compreendem a importância de seu papel na vida da escola. Promovem atividades esportivas e culturais, onde envolvem pais, alunos e comunidade. Organizam eventos para angariar fundos para a manutenção do Colégio e, quando preciso, interferem na organização do trabalho pedagógico e no funcionamento administrativo do mesmo.

A escolha dos representantes da A P.M.F. é realizada bianualmente, podendo ser reeleitos por mais dois (02) mandatos.

Para eleição da nova diretoria será escolhida, em assembléia geral, uma comissão eleitoral que terão a incumbência de organizar todo o processo eleitoral.

Vimos isso como a mobilização da comunidade em busca de uma educação mais democrática e compromissada.

Conselho Escolar

Outro espaço coletivo que temos em nosso Estabelecimento de Ensino, e que

tem atuado com sucesso, é o Conselho Escolar. A escola deve ser um espaço privilegiado para fortalecer a participação da

comunidade como um todo. O respeito de uma comunidade por sua escola se consolida a partir da sua

aproximação do ambiente escolar. A comunidade sendo solicitada a discutir, em conjunto, os problemas da escola, propor soluções e assumir tarefas, se torna co-responsável, passa a entender o que acontece na escola, valoriza-se e sente-se, motivada a colaborar.

É assim que o Conselho Escolar de nossa escola atua, pois sabemos que com a colaboração desses parceiros torna-se mais fácil a resolução de vários problemas enfrentando no dia-a-dia.

O Conselho Escolar desse Estabelecimento de Ensino está assim constituído: - Diretor; - Representantes da Equipe Pedagógica;

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- Representantes da Equipe Administrativa; - Representantes dos professores atuantes em sala de aula, por modalidade

de ensino; - Representantes dos educandos, escolhidos e convocados pelos

educandos e educadores; - Representantes dos pais ou responsáveis por educandos regularmente

matriculados; - Representantes da A P.M.F. - Representantes da Comunidade Civil;

A escolha dos membros do Conselho Escolar é realizada a cada dois anos, e

cada segmento elege dois representantes: um titular e um suplente. Entendemos que com o auxilio desses colaboradores temos a possibilidade

de mudanças, porque há a união entre todos os segmentos da escola, pois quanto mais pessoas estiverem envolvidas no processo, com certeza, será mais fácil superar as dificuldades.

Representantes de turma:

O aluno aprende quando se torna sujeito da sua aprendizagem. E para ele se

tornar sujeito da sua aprendizagem precisa participar das decisões que dizem respeito à sua vida escolar. Passamos muito tempo na escola para sermos meros clientes dela. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do ato pedagógico.

Nessa perspectiva teremos os representantes de turma que serão outros colaboradores na administração dos problemas, pois entendemos que será a oportunidade de se cultivar, gradativamente, o interesse do aluno para e além da sala de aula.

A escolha dos representantes de turma será feita durante o primeiro bimestre, onde todos alunos e professores da turma terão direito ao voto. O processo de escolha será de responsabilidade da equipe pedagógica. Após a apuração dos votos, os dois (02) alunos mais votados serão os representantes da turma, sendo titular o mais votado.

Os representantes escolhidos serão convocados, bimestralmente ou quando se fizer necessário, pela Equipe Pedagógica, que fará um acompanhamento e aconselhamento sobre a importância do seu papel para o sucesso do processo ensino aprendizagem de toda turma.

Os representantes de turma deverão administrar e levar ao conhecimento da equipe pedagógica: problemas, soluções, reclamações, sempre ouvindo o coletivo (turma). Poderão, também, participar dos conselhos de classe; escolha do livro didático; da organização de eventos culturais, atividades cívicas, esportivas e recreativas.

Estaremos, assim, trabalhando numa gestão democrática, pois democracia também é aprendizado, demanda tempo, atenção e trabalho coletivo. Avaliando o Projeto Político Pedagógico

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Partindo de uma concepção de educação centrada na formação humana, na

mediação do saber historicamente produzido e na construção da cidadania, propomos a avaliação deste Projeto político Pedagógico, para que a comunidade escolar sinta-se participante do processo, a fim de que possam interferir de forma responsável e efetiva, quando se fizer necessário.

Ressaltaremos à comunidade escolar que o Projeto Político Pedagógico deverá ser submetido a avaliação constante e que poderá ser alterado sempre que houver necessidade.

Para a avaliação do Projeto Político Pedagógico será convocada a comunidade escolar em Assembléia, onde serão repassados os objetivos, as finalidades, os problemas, e o compromisso de cada um para com o sucesso da escola. O Projeto Político Pedagógico ficará a disposição de todos para análise e reflexão, ficando os mesmos com a decisão da aprovação e/ou das possíveis alterações para o bom funcionamento do Colégio.

Esperamos, assim, estarmos possibilitando à comunidade escolar a produção de reflexões que possibilitem uma gestão democrática comprometida com a construção da cidadania e da transformação social.

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Bibliografia

VEIGA, Ilma Passos Alencastro – Escola: Espaço do projeto Político Pedagógico – Editora Papirus LUCK, Heloísa – A Escola Participativa – O Trabalho do Gestor Escolar – Editora DPLA, SEED/PR, UNICEF SOUZA, Silvana Aparecida de – Gestão Escolar Partilhada – Democracia ou Descompromisso – Editora Xamã COLOMBO, Irineu e Elton Welter – Educação Básica – Editora Reproset ROMEIRO, Alice (et.all. 2000) Um Olhar Sobre a Escola – MEC, Secretária de Educação a Distância. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental Diretrizes Curriculares da EJA Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei de Diretrizes e Bases. Plano Estadual de Educação. Regimento Escolar do Colégio – Parecer nº 148/00 e Ato Administrativo nº 113/00. Revista Nova Escola - Edição 187 – novembro/2005 Revista Gestão em Rede nº 63 – agosto/2005 Revista AfricAxé – janeiro/2005