28
PROMOTORIA COMUNITÁRIA Método Diferenciado de Atuação do Ministério Público

PROMOTORIA COMUNITÁRIA - Ministério Público do Estado de … · melhoria da qualidade de vida das pessoas. 6 “Nenhum de nós é tão bom e tão inteligente quanto todos nós

Embed Size (px)

Citation preview

PROMOTORIA COMUNITÁRIA

Método Diferenciado de Atuação do Ministério Público

Prefácio

“Há nações assim no mundo, em que o habitante se considera

como uma espécie de colono indiferente ao destino do lugar em

que habita. As maiores mudanças sobrevêm em seu país sem seu

concurso; ele não sabe nem mesmo direito o que aconteceu;

imagina, ouviu o acontecimento ser narrado por acaso. Muito

mais a fortuna de seu bairro, a polícia da sua cidade, a sorte de

sua comunidade não lhe interessam; ele acha que todas essas

coisas não lhe dizem absolutamente respeito e que pertencem a

um estranho poderoso chamado “governo”. Quanto a ele,

desfruta desses bens como usufrutuário, sem espírito de

propriedade e sem idéias de qualquer melhora. Esse desinteresse

por si mesmo vai tão longe que, se a sua própria segurança ou a

de seus filhos for enfim comprometida, em vez de procurar

afastar o perigo, ele cruza os braços para esperar que a nação

inteira corra em sua ajuda. Esse homem, de resto, embora tenha

feito um sacrifício tão completo de seu livre-arbítrio, não gosta

mais que outro da obediência. Ele se submete, é verdade, ao

3

Prefácio

“Há nações assim no mundo, em que o habitante se considera

como uma espécie de colono indiferente ao destino do lugar em

que habita. As maiores mudanças sobrevêm em seu país sem seu

concurso; ele não sabe nem mesmo direito o que aconteceu;

imagina, ouviu o acontecimento ser narrado por acaso. Muito

mais a fortuna de seu bairro, a polícia da sua cidade, a sorte de

sua comunidade não lhe interessam; ele acha que todas essas

coisas não lhe dizem absolutamente respeito e que pertencem a

um estranho poderoso chamado “governo”. Quanto a ele,

desfruta desses bens como usufrutuário, sem espírito de

propriedade e sem idéias de qualquer melhora. Esse desinteresse

por si mesmo vai tão longe que, se a sua própria segurança ou a

de seus filhos for enfim comprometida, em vez de procurar

afastar o perigo, ele cruza os braços para esperar que a nação

inteira corra em sua ajuda. Esse homem, de resto, embora tenha

feito um sacrifício tão completo de seu livre-arbítrio, não gosta

mais que outro da obediência. Ele se submete, é verdade, ao

3

bel-prazer de um funcionário, mas se compraz em afrontar a lei

como um inimigo vencido, mal a força se retira. Por isso nós o

vemos oscilar entre a servidão e a licença. Quando as nações

chegam a tal ponto têm de modificar suas leis e seus costumes,

ou perecem, porque a fonte das virtudes públicas fica como que

seca: encontramos nelas súditos, mas não vemos mais

cidadãos... O envolvimento da comunidade nos negócios

públicos é o ar que respira a democracia. E não me venham dizer

que é tarde demais para tentá-lo: as nações não envelhecem da

mesma maneira que os homens. Cada geração que nasce em seu

seio é como um outro povo que vem se oferecer à mão do

legislador”.

TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América, 1835

4

Assessoria Especial de Promotoria Comunitária

Ministério Público do Estado de São Paulo

Rua Riachuelo, 115 – sala 243

e-mail: tel: 3119-9156 ou 9157

Realização: A Promotoria Comunitária:

- Dra. Fernanda Dolce

- Darcy Cândido

- Rafael Cunha Pinheiro Poço

- Rafael Luchini Alves Costa

- Vander Fagundes de Almeida Júnior

Coolaboradores:

- Dr. Augusto Eduardo de Souza Rossini

- Dr. Eduardo Dias de Souza Ferreira

- Dr. Fernando Novelli Bianchini

Projeto gráfico e diagramação:

- Renata dos Santos Bastos

São Paulo, Outubro de 2011

[email protected]

5

bel-prazer de um funcionário, mas se compraz em afrontar a lei

como um inimigo vencido, mal a força se retira. Por isso nós o

vemos oscilar entre a servidão e a licença. Quando as nações

chegam a tal ponto têm de modificar suas leis e seus costumes,

ou perecem, porque a fonte das virtudes públicas fica como que

seca: encontramos nelas súditos, mas não vemos mais

cidadãos... O envolvimento da comunidade nos negócios

públicos é o ar que respira a democracia. E não me venham dizer

que é tarde demais para tentá-lo: as nações não envelhecem da

mesma maneira que os homens. Cada geração que nasce em seu

seio é como um outro povo que vem se oferecer à mão do

legislador”.

TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América, 1835

4

Assessoria Especial de Promotoria Comunitária

Ministério Público do Estado de São Paulo

Rua Riachuelo, 115 – sala 243

e-mail: tel: 3119-9156 ou 9157

Realização: A Promotoria Comunitária:

- Dra. Fernanda Dolce

- Darcy Cândido

- Rafael Cunha Pinheiro Poço

- Rafael Luchini Alves Costa

- Vander Fagundes de Almeida Júnior

Coolaboradores:

- Dr. Augusto Eduardo de Souza Rossini

- Dr. Eduardo Dias de Souza Ferreira

- Dr. Fernando Novelli Bianchini

Projeto gráfico e diagramação:

- Renata dos Santos Bastos

São Paulo, Outubro de 2011

[email protected]

5

Nossa Missão

A Promotoria Comunitária é um projeto por meio do qual o

Ministério Público do Estado de São Paulo atua na busca de

soluções para problemas sociais e das políticas públicas que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública e justiça criminal. Essa iniciativa representa um novo

paradigma institucional, pois o MP, antes voltado à repressão,

passa a atuar também na prevenção, envolvendo para isso a

sociedade civil, as polícias, os órgãos públicos, dentre outros.

A Promotoria Comunitária não é apenas um novo método de

trabalho, mas uma nova filosofia que vem sendo implantada para

fazer do Ministério Público uma instituição mais comprometida

com a comunidade e com a busca de resultados efetivos para a

melhoria da qualidade de vida das pessoas.

6

“Nenhum de nós é tão bom e tão inteligente quanto todos

nós juntos”

(Marilyn Ferguson)

7

Nossa Missão

A Promotoria Comunitária é um projeto por meio do qual o

Ministério Público do Estado de São Paulo atua na busca de

soluções para problemas sociais e das políticas públicas que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública e justiça criminal. Essa iniciativa representa um novo

paradigma institucional, pois o MP, antes voltado à repressão,

passa a atuar também na prevenção, envolvendo para isso a

sociedade civil, as polícias, os órgãos públicos, dentre outros.

A Promotoria Comunitária não é apenas um novo método de

trabalho, mas uma nova filosofia que vem sendo implantada para

fazer do Ministério Público uma instituição mais comprometida

com a comunidade e com a busca de resultados efetivos para a

melhoria da qualidade de vida das pessoas.

6

“Nenhum de nós é tão bom e tão inteligente quanto todos

nós juntos”

(Marilyn Ferguson)

7

Promotoria Comunitária: Método diferenciado de

atuação do Ministério Público

Promotoria Comunitária e o papel do Ministério Público na

Constituição: defesa da ordem jurídica, do regime democrático

de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

A Promotoria de Justiça Comunitária aproxima os Promotores da

comunidade e de outros órgãos públicos por meio de ações

preventivas e do diálogo permanente. Dessa forma, há um

contato social mais direto sobre os membros do Ministério

Público, além de haver um controle da sociedade sobre os órgãos

públicos, junto com o Ministério Público.

8

I – Para entender melhor o que é Promotoria Comunitária

1. O que quer dizer Promotoria Comunitária?

A denominação Promotoria Comunitária corresponde a um

método de atuação adotado pelo Ministério Público de

aproximação da sociedade para a atuação conjunta na busca de

soluções para problemas sociais e de políticas públicas que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública, justiça criminal e interesses difusos, sempre com foco na

qualidade de vida da população.

O nome Promotoria Comunitária guarda relação com a prática

adotada em alguns distritos dos Estados Unidos, onde

Community Prossecution representa exatamente a atuação de

Promotores de Justiça com ênfase no envolvimento da

comunidade na identificação de crimes e questões relacionadas,

e, ainda, na formulação de soluções.

Apesar da designação “Promotoria Comunitária”, a adoção do

método não demanda criação de nova Promotoria de Justiça

diversa das demais, com novo cargo de Promotor de Justiça, nova

estrutura, funcionários, etc.

9

Promotoria Comunitária: Método diferenciado de

atuação do Ministério Público

Promotoria Comunitária e o papel do Ministério Público na

Constituição: defesa da ordem jurídica, do regime democrático

de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

A Promotoria de Justiça Comunitária aproxima os Promotores da

comunidade e de outros órgãos públicos por meio de ações

preventivas e do diálogo permanente. Dessa forma, há um

contato social mais direto sobre os membros do Ministério

Público, além de haver um controle da sociedade sobre os órgãos

públicos, junto com o Ministério Público.

8

I – Para entender melhor o que é Promotoria Comunitária

1. O que quer dizer Promotoria Comunitária?

A denominação Promotoria Comunitária corresponde a um

método de atuação adotado pelo Ministério Público de

aproximação da sociedade para a atuação conjunta na busca de

soluções para problemas sociais e de políticas públicas que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública, justiça criminal e interesses difusos, sempre com foco na

qualidade de vida da população.

O nome Promotoria Comunitária guarda relação com a prática

adotada em alguns distritos dos Estados Unidos, onde

Community Prossecution representa exatamente a atuação de

Promotores de Justiça com ênfase no envolvimento da

comunidade na identificação de crimes e questões relacionadas,

e, ainda, na formulação de soluções.

Apesar da designação “Promotoria Comunitária”, a adoção do

método não demanda criação de nova Promotoria de Justiça

diversa das demais, com novo cargo de Promotor de Justiça, nova

estrutura, funcionários, etc.

9

Uma vez que é apenas um método diferenciado de atuação,

adotar a proposta de “Promotoria Comunitária” exige apenas a

disposição para conciliar a atuação interna (nos gabinetes,

audiências, etc) com o diálogo e atenção às questões cotidianas

da comunidade, as quais geralmente têm reflexos diretos na

rotina funcional do Promotor de Justiça (como menor

quantidade e complexidade de processos, por exemplo).

Todavia, se a instituição incorporar a filosofia e os métodos de

Promotoria Comunitária como política institucional, pode ser

importante a criação de um órgão (Assessoria, Grupo de Apoio,

etc.), vinculado aos órgãos superiores, destinado a acumular

conhecimento sobre o tema e concentrar referências de práticas

de “Promotoria Comunitária” bem-sucedidas, sejam de

Promotores da própria instituição ou importadas de outros

órgãos do Brasil ou do exterior.

A criação deste órgão não representa uma nova Promotoria que

confira atribuições de execução (atividade-fim), mas um espaço

cuja finalidade é difundir o conceito a todos os membros,

propiciando apoio técnico e subsídios de informação para os

Promotores que desejem incorporar as práticas.

10

Essa nova forma de atuação exige que o Promotor vá além das

lides processuais e dos instrumentos jurídicos e judiciais

convencionais de atuação, para compreender os dilemas sociais

que resultam em inquéritos (civis e criminais), processos e

Termos de Ajustamento de Conduta, entre outros.

2. Qual a relação entre o método Promotoria Comunitária e a

atuação convencional do Ministério Público?

O Promotor não precisa e não deve adotar o método de

Promotoria Comunitária em detrimento da atuação

convencional (fiscalizatória e repressiva). A adoção desta nova

dinâmica apenas exige planejamento do Promotor para conciliar

e inserir na rotina funcional as novas atividades. Importante

ressaltar que, muito embora possa haver dificuldades iniciais de

adaptação da agenda, a adoção do método de Promotoria

Comunitária gera efeitos na diminuição de criminalidade e nas

agressões a interesses difusos, com consequente diminuição no

volume de processos, inquéritos etc., sempre por meio da

solução para problemas sociais e de segurança pública.

11

Uma vez que é apenas um método diferenciado de atuação,

adotar a proposta de “Promotoria Comunitária” exige apenas a

disposição para conciliar a atuação interna (nos gabinetes,

audiências, etc) com o diálogo e atenção às questões cotidianas

da comunidade, as quais geralmente têm reflexos diretos na

rotina funcional do Promotor de Justiça (como menor

quantidade e complexidade de processos, por exemplo).

Todavia, se a instituição incorporar a filosofia e os métodos de

Promotoria Comunitária como política institucional, pode ser

importante a criação de um órgão (Assessoria, Grupo de Apoio,

etc.), vinculado aos órgãos superiores, destinado a acumular

conhecimento sobre o tema e concentrar referências de práticas

de “Promotoria Comunitária” bem-sucedidas, sejam de

Promotores da própria instituição ou importadas de outros

órgãos do Brasil ou do exterior.

A criação deste órgão não representa uma nova Promotoria que

confira atribuições de execução (atividade-fim), mas um espaço

cuja finalidade é difundir o conceito a todos os membros,

propiciando apoio técnico e subsídios de informação para os

Promotores que desejem incorporar as práticas.

10

Essa nova forma de atuação exige que o Promotor vá além das

lides processuais e dos instrumentos jurídicos e judiciais

convencionais de atuação, para compreender os dilemas sociais

que resultam em inquéritos (civis e criminais), processos e

Termos de Ajustamento de Conduta, entre outros.

2. Qual a relação entre o método Promotoria Comunitária e a

atuação convencional do Ministério Público?

O Promotor não precisa e não deve adotar o método de

Promotoria Comunitária em detrimento da atuação

convencional (fiscalizatória e repressiva). A adoção desta nova

dinâmica apenas exige planejamento do Promotor para conciliar

e inserir na rotina funcional as novas atividades. Importante

ressaltar que, muito embora possa haver dificuldades iniciais de

adaptação da agenda, a adoção do método de Promotoria

Comunitária gera efeitos na diminuição de criminalidade e nas

agressões a interesses difusos, com consequente diminuição no

volume de processos, inquéritos etc., sempre por meio da

solução para problemas sociais e de segurança pública.

11

3. Promotores que atuam na Promotoria Comunitária têm

atribuição nas áreas de interesses difusos ou na área cível?

O conceito de Promotoria Comunitária respeita o princípio do

promotor de justiça natural. Uma vez não havendo criação de

nova Promotoria de Justiça ou novos cargos, o Promotor de

Justiça com atribuição em determinado assunto se colocará à

disposição da comunidade onde atua para, por meio da

aproximação pelo constante diálogo e mediação, buscar resolver

os problemas e atuar para evitar que outros ocorram.

Assim, um Promotor de Justiça Criminal poderia, por exemplo,

passar a dialogar com a comunidade das regiões em que atua,

ofertando cooperação às Policias Civil e Militar e às lideranças

sociais, com o fim de compreender a realidade e as causas de

criminalidade. Isso pode exigir um realinhamento da atuação da

Promotoria para atender aos interesses da comunidade, além de

conferir efetividade à atuação funcional e credibilidade para com

a comunidade.

Além disso, o mesmo Promotor de Justiça Criminal pode

colaborar na busca por soluções de problemas sociais que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública e Justiça Criminal.

12

Do mesmo modo, pode o Promotor de Justiça com atribuição na

área cível ou interesses difusos se aproximar da comunidade para

compreender a dinâmica social que tem impactos negativos nos

interesses da coletividade. Exemplo desta aproximação pode

ocorrer nas questões que envolvam uso e ocupação do solo

(loteamentos e moradias em situação de risco ou irregular),

temas nos quais o histórico de atuação dos Promotores da área

aponta a insuficiência dos instrumentos de atuação

convencionais, que jamais foram capazes de influenciar positiva e

estruturalmente as políticas públicas de habitação e de remoção

de pessoas, limitando-se a identificar culpados e condenar os

loteadores, quase sempre sem sucesso.

Neste caso, pode ser preciso entender a origem das invasões e

das remoções das famílias (muitas vezes decorrentes de práticas

do próprio Poder Público) e construir junto, ou fiscalizar, o Poder

Executivo. Ademais, o exemplo mencionado apresenta excelente

indicativo de uma situação em que pode haver interação entre os

Promotores de diversas áreas, meio ambiente (áreas

13

3. Promotores que atuam na Promotoria Comunitária têm

atribuição nas áreas de interesses difusos ou na área cível?

O conceito de Promotoria Comunitária respeita o princípio do

promotor de justiça natural. Uma vez não havendo criação de

nova Promotoria de Justiça ou novos cargos, o Promotor de

Justiça com atribuição em determinado assunto se colocará à

disposição da comunidade onde atua para, por meio da

aproximação pelo constante diálogo e mediação, buscar resolver

os problemas e atuar para evitar que outros ocorram.

Assim, um Promotor de Justiça Criminal poderia, por exemplo,

passar a dialogar com a comunidade das regiões em que atua,

ofertando cooperação às Policias Civil e Militar e às lideranças

sociais, com o fim de compreender a realidade e as causas de

criminalidade. Isso pode exigir um realinhamento da atuação da

Promotoria para atender aos interesses da comunidade, além de

conferir efetividade à atuação funcional e credibilidade para com

a comunidade.

Além disso, o mesmo Promotor de Justiça Criminal pode

colaborar na busca por soluções de problemas sociais que

interferem direta ou indiretamente nas questões de segurança

pública e Justiça Criminal.

12

Do mesmo modo, pode o Promotor de Justiça com atribuição na

área cível ou interesses difusos se aproximar da comunidade para

compreender a dinâmica social que tem impactos negativos nos

interesses da coletividade. Exemplo desta aproximação pode

ocorrer nas questões que envolvam uso e ocupação do solo

(loteamentos e moradias em situação de risco ou irregular),

temas nos quais o histórico de atuação dos Promotores da área

aponta a insuficiência dos instrumentos de atuação

convencionais, que jamais foram capazes de influenciar positiva e

estruturalmente as políticas públicas de habitação e de remoção

de pessoas, limitando-se a identificar culpados e condenar os

loteadores, quase sempre sem sucesso.

Neste caso, pode ser preciso entender a origem das invasões e

das remoções das famílias (muitas vezes decorrentes de práticas

do próprio Poder Público) e construir junto, ou fiscalizar, o Poder

Executivo. Ademais, o exemplo mencionado apresenta excelente

indicativo de uma situação em que pode haver interação entre os

Promotores de diversas áreas, meio ambiente (áreas

13

de preservação, mananciais), habitação, idosos, inclusão social

(moradia), consumidor (venda dos lotes), criminal (loteamento,

crimes ambientais, etc.), patrimônio público (corrupção, licenças

irregulares, emprego irregular de verbas, etc.).

Igualmente, o Promotor de Meio Ambiente pode passar a atuar

de maneira mais aproximada com a sociedade, com o fim de

conscientizar sobre suas temáticas e dialogar ou fiscalizar o Poder

Público para construir soluções. Nas grandes cidades, exemplos

comuns envolvendo questão ambiental são o descarte de

resíduos, a poluição sonora e poluição do ar. Nestes casos, o

Promotor de Justiça pode, juntamente com a comunidade,

dialogar com o Poder Público para reforçar a fiscalização e

repressão aos degradadores, bem como discutir alternativas para

questões que impactem na qualidade de vida da população,

participando das discussões e definições sobre tais políticas

públicas (campanhas de conscientização, fábricas, questões de

transporte trânsito, etc.).

14

Promotor do Patrimônio Público adotando: especialmente nas

grandes cidades onde é difícil visualizar e acompanhar a

efetivação de obras e aplicação de valores previstos no

orçamento público, bem como aferir a realidade dos custos.

Apenas um diálogo constante com a comunidade local pode

auxiliar neste acompanhamento, uma vez que a comunidade

trará as informações e questionamentos sobre a regularidade,

cumprimento de prazos, e efetividade dos gastos públicos em

obras ou serviços.

4. Qual a relação do Promotor que adota o método de

Promotoria Comunitária com a comunidade local?

O Promotor de Justiça que adota práticas de Promotoria

Comunitária deve desenvolver uma relação de proximidade com

a sociedade local. A primeira iniciativa deve ser um mapeamento

dos atores e entidades atuantes na região e na matéria em que

tem atribuição. Em seguida, é importante que conheça os locais

onde desenvolvem suas atividades, e, por fim, que “abra

15

de preservação, mananciais), habitação, idosos, inclusão social

(moradia), consumidor (venda dos lotes), criminal (loteamento,

crimes ambientais, etc.), patrimônio público (corrupção, licenças

irregulares, emprego irregular de verbas, etc.).

Igualmente, o Promotor de Meio Ambiente pode passar a atuar

de maneira mais aproximada com a sociedade, com o fim de

conscientizar sobre suas temáticas e dialogar ou fiscalizar o Poder

Público para construir soluções. Nas grandes cidades, exemplos

comuns envolvendo questão ambiental são o descarte de

resíduos, a poluição sonora e poluição do ar. Nestes casos, o

Promotor de Justiça pode, juntamente com a comunidade,

dialogar com o Poder Público para reforçar a fiscalização e

repressão aos degradadores, bem como discutir alternativas para

questões que impactem na qualidade de vida da população,

participando das discussões e definições sobre tais políticas

públicas (campanhas de conscientização, fábricas, questões de

transporte trânsito, etc.).

14

Promotor do Patrimônio Público adotando: especialmente nas

grandes cidades onde é difícil visualizar e acompanhar a

efetivação de obras e aplicação de valores previstos no

orçamento público, bem como aferir a realidade dos custos.

Apenas um diálogo constante com a comunidade local pode

auxiliar neste acompanhamento, uma vez que a comunidade

trará as informações e questionamentos sobre a regularidade,

cumprimento de prazos, e efetividade dos gastos públicos em

obras ou serviços.

4. Qual a relação do Promotor que adota o método de

Promotoria Comunitária com a comunidade local?

O Promotor de Justiça que adota práticas de Promotoria

Comunitária deve desenvolver uma relação de proximidade com

a sociedade local. A primeira iniciativa deve ser um mapeamento

dos atores e entidades atuantes na região e na matéria em que

tem atribuição. Em seguida, é importante que conheça os locais

onde desenvolvem suas atividades, e, por fim, que “abra

15

as portas” da Promotoria e convide os atores sociais que

considerar importantes para atuar em parceria.

Além disso, é interessante que busque dialogar e firmar parcerias

com escolas e universidades da região, buscando estar presente

nestes ambientes, até mesmo utilizando suas dependências para

reunir-se com a comunidade, quando possível.

A presença dos Promotores nestes espaços, além do caráter

simbólico da aproximação, pode ter efeitos positivos imediatos

nas temáticas relativas à educação, delinquência juvenil e evasão

escolar, entre outros.

As pessoas precisam ver e presenciar a atuação do Promotor, de

forma que este simbolize a presença e atenção dedicada pelo

Estado e Justiça àquela comunidade.

É muito importante que haja encontros periódicos em que o

Promotor se disponha a interagir com a comunidade local, com

16

autoridades, agentes públicos, policiais e outros atores sociais

convidados, realizando acompanhamento das iniciativas

adotadas conjuntamente e, por vezes, prestando contas das

ações desenvolvidas pelo Ministério Público.

Importante, ainda, para que haja identidade e senso de

pertencimento, que as reuniões sejam realizadas sempre no

mesmo local, preferencialmente nas dependências de órgãos

públicos, como escolas, clubes, ou mesmo na própria

Promotoria.

É recomendável, ainda, a criação de Fóruns locais da

comunidade. Os Fóruns são espaços de articulação e diálogo, cuja

base, assim como no trabalho de “Promotoria Comunitária”, é o

trabalho em rede.

Para aplicar e participar desta dinâmica, o Promotor de Justiça

deve compreender tais conceitos para capacitar ou auxiliar a

comunidade sobre como se organizar e, por vezes, deve atuar de

maneira firme para controlar eventuais controvérsias ou

17

as portas” da Promotoria e convide os atores sociais que

considerar importantes para atuar em parceria.

Além disso, é interessante que busque dialogar e firmar parcerias

com escolas e universidades da região, buscando estar presente

nestes ambientes, até mesmo utilizando suas dependências para

reunir-se com a comunidade, quando possível.

A presença dos Promotores nestes espaços, além do caráter

simbólico da aproximação, pode ter efeitos positivos imediatos

nas temáticas relativas à educação, delinquência juvenil e evasão

escolar, entre outros.

As pessoas precisam ver e presenciar a atuação do Promotor, de

forma que este simbolize a presença e atenção dedicada pelo

Estado e Justiça àquela comunidade.

É muito importante que haja encontros periódicos em que o

Promotor se disponha a interagir com a comunidade local, com

16

autoridades, agentes públicos, policiais e outros atores sociais

convidados, realizando acompanhamento das iniciativas

adotadas conjuntamente e, por vezes, prestando contas das

ações desenvolvidas pelo Ministério Público.

Importante, ainda, para que haja identidade e senso de

pertencimento, que as reuniões sejam realizadas sempre no

mesmo local, preferencialmente nas dependências de órgãos

públicos, como escolas, clubes, ou mesmo na própria

Promotoria.

É recomendável, ainda, a criação de Fóruns locais da

comunidade. Os Fóruns são espaços de articulação e diálogo, cuja

base, assim como no trabalho de “Promotoria Comunitária”, é o

trabalho em rede.

Para aplicar e participar desta dinâmica, o Promotor de Justiça

deve compreender tais conceitos para capacitar ou auxiliar a

comunidade sobre como se organizar e, por vezes, deve atuar de

maneira firme para controlar eventuais controvérsias ou

17

entre representantes da comunidade que

possam influenciar negativamente o trabalho de construção da

rede.

Os Fóruns são importantes para que as lideranças comunitárias

dialoguem e a própria comunidade defina as prioridades a serem

abordadas no âmbito da parceria, definindo conjuntamente com

o Ministério Público o objetivo comum para atuação.

O Promotor de Justiça não deve atuar de maneira diretiva nem

centralizadora no âmbito de trabalho de Promotoria Comunitária

– embora não deva abrir mão da firmeza e da postura coerente

com a instituição. Em razão da estrutura (física e material) da

instituição pode o Promotor acabar por muitas vezes no centro

dos debates, o que não lhe confere papel “mais importante” na

solução dos problemas coletivamente identificados.

Além disso, é imprescindível que se compreenda que o Promotor

de Justiça não tem uma atuação passiva, como destinatário

desentendimentos

18

das demandas da comunidade, apenas se comprometendo a

buscar as soluções na rotina funcional (fatos assim podem

ocorrer, mas devem ser exceção para questões graves, que

envolvam a necessidade de emprego da força e dos instrumentos

legais convencionais de atuação).

Caso contrário, se o “espaço” da “Promotoria Comunitária” for

utilizado para reclamações, representações e “pedidos” ao

Promotor de Justiça, a Promotoria Comunitária estaria reduzida a

um “atendimento ao público” suplementar e não estaria

participando da busca e formulação de soluções.

4.1 - Questões metodológicas e práticas dos Fóruns.

Todas as reuniões devem ser agendadas com relativa

antecedência, sendo de grande importância a criação de um

canal de comunicação com a comunidade (blog, lista de emails,

impresso periódico, etc.).

19

entre representantes da comunidade que

possam influenciar negativamente o trabalho de construção da

rede.

Os Fóruns são importantes para que as lideranças comunitárias

dialoguem e a própria comunidade defina as prioridades a serem

abordadas no âmbito da parceria, definindo conjuntamente com

o Ministério Público o objetivo comum para atuação.

O Promotor de Justiça não deve atuar de maneira diretiva nem

centralizadora no âmbito de trabalho de Promotoria Comunitária

– embora não deva abrir mão da firmeza e da postura coerente

com a instituição. Em razão da estrutura (física e material) da

instituição pode o Promotor acabar por muitas vezes no centro

dos debates, o que não lhe confere papel “mais importante” na

solução dos problemas coletivamente identificados.

Além disso, é imprescindível que se compreenda que o Promotor

de Justiça não tem uma atuação passiva, como destinatário

desentendimentos

18

das demandas da comunidade, apenas se comprometendo a

buscar as soluções na rotina funcional (fatos assim podem

ocorrer, mas devem ser exceção para questões graves, que

envolvam a necessidade de emprego da força e dos instrumentos

legais convencionais de atuação).

Caso contrário, se o “espaço” da “Promotoria Comunitária” for

utilizado para reclamações, representações e “pedidos” ao

Promotor de Justiça, a Promotoria Comunitária estaria reduzida a

um “atendimento ao público” suplementar e não estaria

participando da busca e formulação de soluções.

4.1 - Questões metodológicas e práticas dos Fóruns.

Todas as reuniões devem ser agendadas com relativa

antecedência, sendo de grande importância a criação de um

canal de comunicação com a comunidade (blog, lista de emails,

impresso periódico, etc.).

19

As datas de reunião podem ser estipuladas ao final de cada

encontro mediante participação dos presentes, sendo

recomendada a fixação de datas fixas para os encontros, como

por exemplo, “toda primeira quarta-feira do mês”. Deste modo,

além de se dispensar o tempo que seria utilizado para definir a

nova data, cria-se uma possibilidade de comprometimento dos

participantes, que podem reservar a data com grande

antecedência.

Durante as reuniões deve sempre haver um responsável por

lavrar ata ou relatório, que deve ser lido no início da reunião

subsequente.

A pauta deve ser definida conjuntamente e deve ser amplamente

divulgada.

É importante haver uma lista de presença completa, na qual seja

possível indicar o nome, contato e representatividade do

participante, para permanente comunicação.

20

O Fórum pode propor e realizar periodicamente (trimestral,

semestral) eventos como seminários, palestras e oficinas acerca

dos problemas mais relevantes, convidando para tais eventos

profissionais específicos e de visões variadas. Por exemplo:

Meio Ambiente, convida-se ambientalistas e industriais da

região.

É de grande importância estar atento aos períodos que

antecedem as eleições, já que nestes momentos é comum que

candidatos ou seus representantes passem a frequentar o espaço

do Fórum da comunidade, se valendo das mobilizações e

conquistas da comunidade para favorecimento pessoal.

Destacamos que a Promotoria Comunitária não visa substituir

outros ambientes coletivos, como por exemplo, os CONSEGs

(Conselhos de Segurança), mas apenas fortalecê-los por meio

de sua forma de atuação.

21

As datas de reunião podem ser estipuladas ao final de cada

encontro mediante participação dos presentes, sendo

recomendada a fixação de datas fixas para os encontros, como

por exemplo, “toda primeira quarta-feira do mês”. Deste modo,

além de se dispensar o tempo que seria utilizado para definir a

nova data, cria-se uma possibilidade de comprometimento dos

participantes, que podem reservar a data com grande

antecedência.

Durante as reuniões deve sempre haver um responsável por

lavrar ata ou relatório, que deve ser lido no início da reunião

subsequente.

A pauta deve ser definida conjuntamente e deve ser amplamente

divulgada.

É importante haver uma lista de presença completa, na qual seja

possível indicar o nome, contato e representatividade do

participante, para permanente comunicação.

20

O Fórum pode propor e realizar periodicamente (trimestral,

semestral) eventos como seminários, palestras e oficinas acerca

dos problemas mais relevantes, convidando para tais eventos

profissionais específicos e de visões variadas. Por exemplo:

Meio Ambiente, convida-se ambientalistas e industriais da

região.

É de grande importância estar atento aos períodos que

antecedem as eleições, já que nestes momentos é comum que

candidatos ou seus representantes passem a frequentar o espaço

do Fórum da comunidade, se valendo das mobilizações e

conquistas da comunidade para favorecimento pessoal.

Destacamos que a Promotoria Comunitária não visa substituir

outros ambientes coletivos, como por exemplo, os CONSEGs

(Conselhos de Segurança), mas apenas fortalecê-los por meio

de sua forma de atuação.

21

II – Para entender melhor a organização de Promotoria

Comunitária

5) Como o Promotor de Justiça pode levar a “Promotoria

Comunitária” para sua atuação funcional?

O Promotor deve definir qual a área que terá influências desta

nova atuação. A delimitação de uma “área geográfica ou

geopolítica” é elemento essencial para operacionalizar a

Promotoria Comunitária. Além disso, a partir da matéria em que

tem atribuição legal para exercer suas funções (Criminal, infância,

meio ambiente,...) o Promotor deve – sempre após ter conhecido

e estudado os problemas da região – delimitar qual a questão ou

assunto a ser alvo deste engajamento.

6) O que significa dizer que houve lançamento da Promotoria

Comunitária?

22

A divulgação da instalação da Promotoria Comunitária

representa, na verdade, uma celebração sobre uma mudança

simbólica na atuação, expondo à comunidade que o Ministério

Público naquela localidade incorporou os princípios de atuação

comunitária. Em algumas oportunidades, em que as práticas

comunitárias já eram adotadas em pelo Promotor de Justiça, a

celebração não indica que haja alteração na atuação, mas apenas

explicita isso à sociedade, divulgando as ações já realizadas.

7) Quais os requisitos (elementos essenciais) para que possa

ser “instalada” a Promotoria Comunitária?

Os requisitos essenciais para a instalação da Promotoria

Comunitária são, basicamente, de ordem pessoal e subjetivos do

Promotor de Justiça que, se disposto a colocar em prática as

diretrizes e ações de Promotoria Comunitária, deve sinalizar à

comunidade e adequar sua rotina de atuação, inclusive

23

II – Para entender melhor a organização de Promotoria

Comunitária

5) Como o Promotor de Justiça pode levar a “Promotoria

Comunitária” para sua atuação funcional?

O Promotor deve definir qual a área que terá influências desta

nova atuação. A delimitação de uma “área geográfica ou

geopolítica” é elemento essencial para operacionalizar a

Promotoria Comunitária. Além disso, a partir da matéria em que

tem atribuição legal para exercer suas funções (Criminal, infância,

meio ambiente,...) o Promotor deve – sempre após ter conhecido

e estudado os problemas da região – delimitar qual a questão ou

assunto a ser alvo deste engajamento.

6) O que significa dizer que houve lançamento da Promotoria

Comunitária?

22

A divulgação da instalação da Promotoria Comunitária

representa, na verdade, uma celebração sobre uma mudança

simbólica na atuação, expondo à comunidade que o Ministério

Público naquela localidade incorporou os princípios de atuação

comunitária. Em algumas oportunidades, em que as práticas

comunitárias já eram adotadas em pelo Promotor de Justiça, a

celebração não indica que haja alteração na atuação, mas apenas

explicita isso à sociedade, divulgando as ações já realizadas.

7) Quais os requisitos (elementos essenciais) para que possa

ser “instalada” a Promotoria Comunitária?

Os requisitos essenciais para a instalação da Promotoria

Comunitária são, basicamente, de ordem pessoal e subjetivos do

Promotor de Justiça que, se disposto a colocar em prática as

diretrizes e ações de Promotoria Comunitária, deve sinalizar à

comunidade e adequar sua rotina de atuação, inclusive

23

colhendo informações sobre a realidade e as dificuldades da

comunidade naquela região.

É importante que o Promotor se ocupe de compreender a

problemática da região em que atua, notadamente com relação à

matéria que pretende lidar (ex. criminalidade, habitação, etc.).

8) Quais os benefícios para a Promotoria? E para a

comunidade?

BENEFÍCIOS PARA A PROMOTORIA:

?Redução da criminalidade e redução de problemas relativos à

qualidade de vida e violação de direitos da população com

conseqUente diminuição dos trabalhos funcionais convencionais

(inquéritos, processos, etc.);

24

?Legitimação do Promotor como agente político, importante no

fortalecimento da democracia (com a provocação da

participação social);

?Colaboração da comunidade na solução de problemas ante a

presença contínua e permanente de representantes do Estado de

Direito;

?Fortalecimento da Instituição do Ministério Público;

?Maior proximidade e interação com outras autoridades

(Polícia Civil, Polícia Militar, Defensoria Pública, Secretarias do

Poder Executivo e Legislativo).

?Soluções duradouras para questões de segurança pública;

?Reconhecimento e satisfação com o trabalho. O Promotor

pode ver o trabalho do gabinete refletindo nas ações da

comunidade e nos valores da sociedade.

25

colhendo informações sobre a realidade e as dificuldades da

comunidade naquela região.

É importante que o Promotor se ocupe de compreender a

problemática da região em que atua, notadamente com relação à

matéria que pretende lidar (ex. criminalidade, habitação, etc.).

8) Quais os benefícios para a Promotoria? E para a

comunidade?

BENEFÍCIOS PARA A PROMOTORIA:

?Redução da criminalidade e redução de problemas relativos à

qualidade de vida e violação de direitos da população com

conseqUente diminuição dos trabalhos funcionais convencionais

(inquéritos, processos, etc.);

24

?Legitimação do Promotor como agente político, importante no

fortalecimento da democracia (com a provocação da

participação social);

?Colaboração da comunidade na solução de problemas ante a

presença contínua e permanente de representantes do Estado de

Direito;

?Fortalecimento da Instituição do Ministério Público;

?Maior proximidade e interação com outras autoridades

(Polícia Civil, Polícia Militar, Defensoria Pública, Secretarias do

Poder Executivo e Legislativo).

?Soluções duradouras para questões de segurança pública;

?Reconhecimento e satisfação com o trabalho. O Promotor

pode ver o trabalho do gabinete refletindo nas ações da

comunidade e nos valores da sociedade.

25

BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE:

?Reconexão dos cidadãos com o Estado de direito,

evidenciando à comunidade a força da lei e incentivando sua

cooperação com o Poder Público, evitando-se, destarte, a busca

de meios oblíquos para a satisfação de seus direitos subjetivos;

?Contribuição dos cidadãos para o desenvolvimento da

comunidade, propiciando seu maior envolvimento com os

problemas identificados.

?Criação de soluções de longo prazo. A comunidade sente a

necessidade de se engajar, responsabilizando-se por efetivar as

propostas debatidas no âmbito da Promotoria Comunitária e no

Fórum da Comunidade, desenvolvendo no senso comum “o

saudável medo de ser detectado”, ou seja, a comunidade passa a

atuar como sua autofiscalizadora.

?Deste modo, a comunidade se torna parte da solução e

entende o papel do Promotor, enquanto este, por sua vez,

permite que a comunidade “dê voz” as suas preocupações.

26

BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE:

?Reconexão dos cidadãos com o Estado de direito,

evidenciando à comunidade a força da lei e incentivando sua

cooperação com o Poder Público, evitando-se, destarte, a busca

de meios oblíquos para a satisfação de seus direitos subjetivos;

?Contribuição dos cidadãos para o desenvolvimento da

comunidade, propiciando seu maior envolvimento com os

problemas identificados.

?Criação de soluções de longo prazo. A comunidade sente a

necessidade de se engajar, responsabilizando-se por efetivar as

propostas debatidas no âmbito da Promotoria Comunitária e no

Fórum da Comunidade, desenvolvendo no senso comum “o

saudável medo de ser detectado”, ou seja, a comunidade passa a

atuar como sua autofiscalizadora.

?Deste modo, a comunidade se torna parte da solução e

entende o papel do Promotor, enquanto este, por sua vez,

permite que a comunidade “dê voz” as suas preocupações.

26