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NNO XVIII JUK DB FORA Terça-feira 2 de Setembro de 1884 99 m PARA A CIDADE Por anno12J0n0 Por seis mezes ....7JJ0O0 Por trez mezes ....4J.000 A.NNUNCI08 : 100 rs. & linha Escriptorio © redacção : 16 Rua Halfeld 16 PARA FORA Por anno15J00Í for seis mezes . . 8JJ000 Por ires mezes . : 5J000 annuncios : 100 rs. a linha Kscriptorio o redacçfto : 16 Rua Halfeld 16 PUBLICA-SE A'S TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS Os artieos enviados k redacção n&o serão restituidot ainda que nao sejao publicados. REDACTOR E PROPRIETÁRIO G. C. DUPIN Nao se aceita publicação alg-uma que nRo trafra a responsabilidade effectiva do seu autor. EXPEDIENTE Por motivos Inteiramente alheios ã nossa vontade, nâo nos foi possível dar folha no ultimo sabbado, o que procu- ramos compensar de alguma fôrma, dando hoje um supple- mento. TELEGRAMMAS Londres, 2T de Agosto. O general Wolseley foi commissio- nado pela governo inglez para seguir para o Egypto e alli nscalisar os pro- parativos da expedição anglo-Egypcia projectada no Alto Sudão. Madrid, 25 de Agoití. *s*fSua Magestade Affonso XII da Hes- panha acha-se actualmente na Galicia, para onde seguiu em viagem de recreio. Montevidéu, 28 de Agosto. Rebentou em Lima uma insurreição de muita gravidade. As forças de que dispõem as auctoridades locaes e que forâo impotentes para comprimir a explosão, n5o podem combater a ex- tençSo ameaçadora do movimento se- dicioso. A insurreição declara-se a favor de Caceres, quejáoccupou Chorrillos. Pariz, 27 de Agosto. Communicações officiaes do contra- almirante Courbet, chefe da esquadra franceza que opera na China, dizem que foi mortífero o bombardeamento de Fou-Tcheou. Morrerão mais de 1,000 chinezes e , -r-— ^,.ha para mais de 3,000 feridos na cidade, que soffreu consideráveis estragos ma- teriaes. Buenos-Ayres, 28 de Agosto. Telegrammas vindos de Lima an- nunciSo que alli declarou-se uma re- voluçSo de vastas proporções, sem que as auctoridades tenhão podido domi- nal-a. FaltSo pormenores. Pariz, 28 de Agosto. O contra-almirante Courbet come- çou a bombardear os fortes que prote- gem Fou-Techeou. FOLHETIM UM RAIO DE SOL (Conclusão) Augusla era caixeira na casa de modas da rua de S. Honoré. Ne- nhuma das suas companheiras pó- dia rivalisar com ella para pôr em relevo e no lugar competente as cores e as fôrmas, e dar assim á loja esse cunho de elegância que encante e attrahe. Nenhuma tinha o seu tacto e a sua intelligencia para saber persuadir a uma fregue- zaque era do seu interesse comprar um chapéu que não lhe agradava. Essa moça de dezoito annos, com seus grandes olhos azues, os seus cabellos louros cendrados, sua physionomia meiga e grave me desafiava a curiosidade. Deixei o hotel do Louvre onde me hospe- dára provisoriamente, e vim fixar o meu quartel general a alguns passos da rua S. Honoré. Sim, meu quartel general, porque foi uma verdadeira batalha I Longas paradas na frente da casa de mo- das, encontros fortuitos mas pre- meditados, olhares significativos, cartas incendiarias, nada a commo- vera ! conservou sua irapassibilida- de, e eu ia confessar-me vencido, quando o acaso mudou a face das cousas. Uma tarde, eu passeava debaixo dos arcos da rua de Rivoli, quando vi na calçada opposta, Augusta, acompanhada de uma menina que levava uma caixa de papellão. Com pressa de chegar á casa da fregueza que as esperava, aperta- rão o passo. Ue repente appa receu- lhesna frente um mancebo,pallido, Berlim, 28 de Agosto. Acha-se gravemente doente a prin- ceza Augusta Victoria, casada com o príncipe Guilherme, filho primoge- nito e herdeiro da coroa da Allemã- nha. Montevideo, 29 de Agosto. Feriu-se em Lima um importante combate entre as tropas do governo e os insurgentes, que forão completa- mente batidos. Em conseqüência daderrota que lof- frerão, os insurgentes ficarão de todo desorganisados. As tropas regulares procurarão cer- car os insurgentes isolando os de todas as communicações com as localidades que ficarão fóra do movimento insur- reccional. Os recursos da insurreição não pa- recém consideráveis, e os meios de de que dispõe a autoridade, não dei- xão duvida alguma a respeito da re- pressão. Pariz, 28 de Agosto. Diante da energia do ataque contra Fou-Tcheou a guarniçao chinezaaban- donou a cidade e internou-se pelo paiz. Cantão, 28 de Agosto As autoridades chinezas, logo que souberão terem começado as hostili- dades entre a China ê a França, ex- pulsarão da cidade todos os cidadãos trancezes n'ella residentes, compre- hendendo n'essa medida o cônsul da mesma nacionalidade. Pariz 28 de Agosto. O contra-almirante Courbet commu- nicou ter arrasado os fortes qne guar- necião Fou-Tcheou. Pariz, 30 de Agosto. O governo do Celeste Império tom procurado fazer intervir a diplomacia européa para resolver o conflicto fran- co-chinez. O governo da Republica Franceza acaba de declarar que não acceita medi- ação alguma e que entende que a pen- dencia seja resolvida directameute en- tre os dois interessados. Londres, 30 dc Agosto. Um decreto do governo chinez fecha os portos do Celeste império ás em- barcações de nacionalidade franceza. comprido como um dia sem pão, magro como D. Quixotte. Augusta não queria ouvil-o e esforçava-se por vencer esse obstáculo; mas elle teimava tolamente e as suas mãos procuravão segurar a moça pelo braço. Sahindo então da reserva em que me conservara, adiantei-me para o pequeno grnpo o pedi ao sujeito que acabasse com as suas asneiras. ²E é da sua conta ? perguntou elle. —* Vai vèl-o, disse eu. E, agarrando-o pelo braço, obri- guei-o a fazer uma piroelta das mais desordenadas. E se fui elle, resmungando alguns insultos insi- gniíicantes, ficando eu com Au- gusta e a menina que me olhava muito admirada. Emquanto a Au- gusta, estava ainda toda tremula, e os seus olhos exprimião uma terna gratidão. ²Agradeço-lhe a sua bondade, senhor, disse ella simplesmente. E ambas continuarão o seu ca- minho. * A contar daquelle dia, compri- mentei Augusta, e risonha, corres- pondia-me. Depois pouco a pouco, progres- são natural, conversei com ella e, acabei, apezar das suas hesitações, por acorapanhal-a durante alguns instantes, de manhã e à noite. In- genuamente expansiva e namorada da sua arte, contava-me por raiudo as suas cruações. Eu a escutava era silencio, apre- ciando a transformação que se operava naquella alma. Da sym- pathia ao amor vai um passo e eu via o momento em que elle JURY DIA 27 Compareceu para ser julgado o réu Pedro José, por crime de homi- cidio. O conselho ficou assim composto: Joaquim Antonio de Faria Leite, Anlonio Barboza Alkmin, Macedo- nio José de Souza, Cesario P. de Almeida Franco, Anlonio Francisco de Moraes, Balduino Pereira do Nascimento, José Luiz de Carva- lho, Manoel Cândido Eugênio de Brito, José Augusto de Miranda Campos, Balduino Rodrigues de Souza, Joaquim Ribeiro da Silva Braga, Affonso Julio de Miranda. Defendido pelo Sr. Alberto Mo- relzsohn, foi o réu condemnado por 9 votos a galés perpétuas, proles- tando o advogado para novo jury. nu 28 Manoel Martins Coelho, accu- sado de homicídio. Fizerão parte do conselho : Ma- noel Josó Franco, G. C. Dupin, J.*)ão Baptista V. de F. e Silva, Quintiliano Alves Horta Jardim, Manoel Ferreira Velloso, Antonio da Silva Braga, Francisco Joaquim de Oliveira Badico, José Anlonio Vieira Christo, João Francisco Tris- tão, Manoel José Pereira da Silva, Eduardo Camillo de Campos e Prudente José Franco. Defendido pelo Dr. Agostinho Corrêa foi o réo condemnado, por unanimidade de votos a seis an- nos de prisão com trabalhos. seria transposto, e em que ella of- fereceria a sua innocencia á minha corrupção. Eu não precipitava oa acontecimentos, encontrando na- quellas horas de confidencias inti- mas o divino encanto dos primei- ros dias de Abril. Um dia encontrei-a radiante. ²Vou dar-lhe uma noticia im- portante, me disse ella. Sou pri- meira ²Primeira ? ²Sim, não sabo o que é t Em duas palavras, sou eu quem tem a direcção de todas as caixeiras, das costureiras e de todos os empre- gados, homens e mulheres, que compõem a casa. E de 80 francos os meus ordenados vão subir a 200. Comprehende a minha alegria T E como minha pobre mãi licou contente I ²Dou-lhe os meus parabéns l disse eu. E apertei-lhe a mão. ²E vai hoje mesmo assumir o seu novo cargo ? perguntei. ²Creio que não, respondeu ella. A patroa, segundo indiscrições commettidas, quer fazer-me uma sorpreza. Deixou-me alguns minutos mais tarde para ir certificar-se da reali- dade do facto. Eslava livre na- quelle dia. Caminhávamos juntos, ella ri- sonha, eu pensalivo... Viamos su- bir e descer pelo rio os barcos a vapor cheios de gente. Augusla 1 disse-lhe eu de repente, eu lambera quizora fes- tejar as suas n *vas funeções ? Se fossemos almoçar om S. Cloud ? Ficou a priucipio sorprehendida dja. 29 Francisco Pinto Ferreira Bretas, crime de homici iio, segundo jul- gamento. Forão sorteados para formarem o conselho: Antonio da Silva Braga, Anlonio Francisco de Moraes, João Baptista V. de F. o Silva, Eduardo Camillo de Campos, Joaquim A. de Faria Leite, Manoel José Fran- co, Dr. Cândido Teixeira Tostes, Balduino Rodrigues de Souza Francisco de Paula Villas Boas, João Francisco Alves, Antonio Bar- boza Alkmin. Defendido pelos Drs. Luiz Euge- nio Horla Barboza e Marcellino de Assis Tostes, foi o réo absolvido pelo volo de Minerva, appellando o juiz de direito para o tribunal da relação. DtA i* DE SETEMKUO Comparecem os réos Marcello e oulros, escravos dos herdeiros de Antonio Gabriel Monteiro de Barros e o réo livre Manoel Pinto da Silva Homicídio. Compuzerão o conselho os Srs. Manoel Ferreira Velloso, Anto. nio F. de Moraes, JoSo Fran- cisco Tristão, Francisco de Panla Villas-Boas, Francisco de Assis Pinlo, Salurnino Martins do Valle, Eluardo Camillo de Campos, João Luiz de Carvalho, Balduino Rodri- gues de Souza, Balduino Pereira do Nascimento, Matheus Ferreira de Paiva e Quintiliano Alves Horta Jardim. Os escravos forão defendidos pelo Sr. Dr. Roberto Sabiniano de Bar- ros e o réo Manoel Pinto da Silva pelo Dr. Agostinho Corroa. A hora em que escrevemos ainda não foi pronunciada a sentença. O SALÃO DO JURY que se acha funecionando o tribunal do jury, parece-nos apro- priada a oceasião para fazermos alguns reparos sobre o modo pouco regular porque correm os traba- lhos,devido á péssima disposição da sala em que funeciona o tribunal. Além disso, o publico invade o recinto reservado aos jurados, de modo quo estes, ao dirigirem-s para a sala secreta, são obrigados a passarem pnr meio de duas alas de espectadores, não conservando por este facto a incomraunicabilida- de exegida pela lei. A própria sala secreta não está nns condições requeridas; commu- nicando ella por duas portas com a sala das sesões da câmara munici- pai, nada mais fácil de que recebe- rem os jurados qualquer commu- nicação, apezar de se conservarem fechadas as portas em questão. Por outro lado, as conversações que se travão durante os debates, quer no saguão do primeiro andar, quer no próprio recinto, impossi- bililão muitas vezes de se ouvir a leitura do processo, e os interroga- lorios. Cremos que seria fácil remover- se taes inconvenientes e para este facto chamamos a attenção de quem compelir, .\..l! r-SBítZmV-l | íTlITTSTT,*/ cora aquelle pedido inesperado... Depois, como quem não tem maus pensamentos o não receia cousa alguma. ²Ficava contente com isto ? ²Ainda o pergunta ? ²E prometie-rae que vollare- raos cedo 7 ²Bem sabe, respondeu sorriu- do, que mandará como uma sobe- rana, e quo para mim tambem será primeira. Chegamos a S. Cloud ao meio- dia. O sol cabia a prumo, e o dia eslava muilo quente. Sentarao-nos á sombra do caramanebão de um botequim situado á beira do rio e em cuja labolela multicor lia-se : Ao encontro dns namorados Eu vira Augusta ficar muito có- rada quando lera aquellas pala- vras, e em vao procurei alegrai a. Estava triste, sinceramente triste. Via o erro que commeltera... No entanto, depois da refeição, voltou- lhe o bom humor e fomos dar um passeio na floresta. Encoslava-se no meu braço, e no seu olhar car- regado de melancolia, eu lia mais do que amisade, ura pouco de ler- nura affectuosa que começava a despontar. Era a hora em que o campo for- temente sobreexcitado derrama to- dos os seus perfumes cmbriaganles. Tínhamos percorrido a floresla em todos os sentidos,e,cançados,senta- mo-nos na relva. Em torno de nós, formando um espesso cortinado, as arvores derramavão uma sombra bemfazeja... Nenhum pássaro fazia ouvir o seu canto, a natureza se recolhia silenciosa... E o silencio das florestas enche a alma de uão sei que tristeza vaga que fáz com ue as mãos se encontrem... ToilliJi A<»yit.-l i um il il iti ... e... Mais um raio de sol passando de repente por enlre a folhagem veio illuminar as feições da moça. Larguei-a, achando a minha acção infame... Augusta soltou um pe- queno grito. Commovido levantei- me e, dando-lhe a mão *. Vamos, Augusta, lbo disse eu, eslá <o fazendo tarde. No dia seguinte, escrevi-lhe uma caria de despedida, dizendo-lhe que ia emprehender uma viagem. Passarão-se alguns annos tra- zendo eomsigo alguns cabellos brancos e algumas rugas. Honlem, domingo, eu caminhava pensativo pelas sombrias alamedas do bos- que, quando avistei a alguns passos uma mulher moça ainda, brincando com duas meninas. A sua physionomia me causou algu- ma impressão e passei juutinho delia. Não havia duvida, era Au- gusla com os sous olhos azues que eu nunca conseguira esquecer, e não pude deixar de deitar-lhe ura desses olhares em que so concen- Irão iodas as recordações que se forão... Me reconheceu ella ? Eu o ignoro. Mas o mesmo sorrisn de gratidão que me acolhera quando eu a defendi conlra certos ataques audaciosos, sim o mesmo sorriso, eu o vi errar nos seus lábios pallidos, e senti que o seu olhar me acompanhava. Albeuto Samànos. (Trad. para o Pharol). ,.4,\.'...\.....'....

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NNO XVIII JUK DB FORA — Terça-feira 2 de Setembro de 1884 99

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PARA A CIDADEPor anno 12J0n0Por seis mezes .... 7JJ0O0Por trez mezes .... 4J.000

A.NNUNCI08 : 100 rs. & linha

Escriptorio © redacção :16 Rua Halfeld 16

PARA FORAPor anno 15J00Ífor seis mezes . . 8JJ000Por ires mezes . : 5J000annuncios : 100 rs. a linha

Kscriptorio o redacçfto :

16 Rua Halfeld 16

PUBLICA-SE A'S TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS

Os artieos enviados k redacção n&o serão restituidotainda que nao sejao publicados.

REDACTOR E PROPRIETÁRIO G. C. DUPINNao se aceita publicação alg-uma que nRo trafra

a responsabilidade effectiva do seu autor.

EXPEDIENTEPor motivos Inteiramente

alheios ã nossa vontade, nâonos foi possível dar folha noultimo sabbado, o que procu-ramos compensar de algumafôrma, dando hoje um supple-mento.

TELEGRAMMASLondres, 2T de Agosto.

O general Wolseley foi commissio-nado pela governo inglez para seguirpara o Egypto e alli nscalisar os pro-parativos da expedição anglo-Egypciaprojectada no Alto Sudão.

Madrid, 25 de Agoití.*s*fSua Magestade Affonso XII da Hes-panha acha-se actualmente na Galicia,para onde seguiu em viagem de recreio.

Montevidéu, 28 de Agosto.Rebentou em Lima uma insurreição

de muita gravidade. As forças de quedispõem as auctoridades locaes e queforâo impotentes para comprimir aexplosão, n5o podem combater a ex-tençSo ameaçadora do movimento se-dicioso.

A insurreição declara-se a favor deCaceres, quejáoccupou Chorrillos.

Pariz, 27 de Agosto.Communicações officiaes do contra-

almirante Courbet, chefe da esquadrafranceza que opera na China, dizemque foi mortífero o bombardeamentode Fou-Tcheou.

Morrerão mais de 1,000 chinezes e, -r-— ^,.ha para mais de 3,000 feridos na cidade,

que soffreu consideráveis estragos ma-teriaes.

Buenos-Ayres, 28 de Agosto.Telegrammas vindos de Lima an-

nunciSo que alli declarou-se uma re-voluçSo de vastas proporções, sem queas auctoridades tenhão podido domi-nal-a.

FaltSo pormenores.

Pariz, 28 de Agosto.O contra-almirante Courbet come-

çou a bombardear os fortes que prote-gem Fou-Techeou.

FOLHETIM

UM RAIO DE SOL(Conclusão)

Augusla era caixeira na casa demodas da rua de S. Honoré. Ne-nhuma das suas companheiras pó-dia rivalisar com ella para pôr emrelevo e no lugar competente ascores e as fôrmas, e dar assim áloja esse cunho de elegância queencante e attrahe. Nenhuma tinhao seu tacto e a sua intelligenciapara saber persuadir a uma fregue-zaque era do seu interesse comprarum chapéu que não lhe agradava.

Essa moça de dezoito annos,com seus grandes olhos azues, osseus cabellos louros cendrados,sua physionomia meiga e grave medesafiava a curiosidade. Deixei ohotel do Louvre onde me hospe-dára provisoriamente, e vim fixaro meu quartel general a algunspassos da rua S. Honoré. Sim,meu quartel general, porque foiuma verdadeira batalha I Longasparadas na frente da casa de mo-das, encontros fortuitos mas pre-meditados, olhares significativos,cartas incendiarias, nada a commo-vera ! conservou sua irapassibilida-de, e eu ia confessar-me vencido,quando o acaso mudou a face dascousas.

Uma tarde, eu passeava debaixodos arcos da rua de Rivoli, quandovi na calçada opposta, Augusta,acompanhada de uma menina quelevava uma caixa de papellão.

Com pressa de chegar á casa dafregueza que as esperava, aperta-rão o passo. Ue repente appa receu-lhesna frente um mancebo,pallido,

Berlim, 28 de Agosto.Acha-se gravemente doente a prin-ceza Augusta Victoria, casada com o

príncipe Guilherme, filho primoge-nito e herdeiro da coroa da Allemã-nha.

Montevideo, 29 de Agosto.Feriu-se em Lima um importante

combate entre as tropas do governoe os insurgentes, que forão completa-mente batidos.

Em conseqüência daderrota que lof-frerão, os insurgentes ficarão de tododesorganisados.

As tropas regulares procurarão cer-car os insurgentes isolando os de todasas communicações com as localidadesque ficarão fóra do movimento insur-reccional.

Os recursos da insurreição não pa-recém consideráveis, e os meios dede que dispõe a autoridade, não dei-xão duvida alguma a respeito da re-pressão.

Pariz, 28 de Agosto.Diante da energia do ataque contra

Fou-Tcheou a guarniçao chinezaaban-donou a cidade e internou-se pelo paiz.

Cantão, 28 de AgostoAs autoridades chinezas, logo quesouberão terem começado as hostili-

dades entre a China ê a França, ex-pulsarão da cidade todos os cidadãostrancezes n'ella residentes, compre-hendendo n'essa medida o cônsul damesma nacionalidade.

Pariz 28 de Agosto.O contra-almirante Courbet commu-

nicou ter arrasado os fortes qne guar-necião Fou-Tcheou.

Pariz, 30 de Agosto.O governo do Celeste Império tom

procurado fazer intervir a diplomaciaeuropéa para resolver o conflicto fran-co-chinez.

O governo da Republica Francezaacaba de declarar que não acceita medi-ação alguma e que entende que a pen-dencia seja resolvida directameute en-tre os dois interessados.

Londres, 30 dc Agosto.Um decreto do governo chinez fecha

os portos do Celeste império ás em-barcações de nacionalidade franceza.

comprido como um dia sem pão,magro como D. Quixotte. Augustanão queria ouvil-o e esforçava-sepor vencer esse obstáculo; mas elleteimava tolamente e as suas mãosprocuravão segurar a moça pelobraço.

Sahindo então da reserva emque me conservara, adiantei-mepara o pequeno grnpo o pedi aosujeito que acabasse com as suasasneiras.

E é da sua conta ? perguntouelle.

—* Vai vèl-o, disse eu.E, agarrando-o pelo braço, obri-

guei-o a fazer uma piroelta dasmais desordenadas. E lá se fui elle,resmungando alguns insultos insi-gniíicantes, ficando eu só com Au-gusta e a menina que me olhavamuito admirada. Emquanto a Au-gusta, estava ainda toda tremula,e os seus olhos exprimião umaterna gratidão.Agradeço-lhe a sua bondade,senhor, disse ella simplesmente.

E ambas continuarão o seu ca-minho.

*A contar daquelle dia, compri-

mentei Augusta, e risonha, corres-pondia-me.

Depois pouco a pouco, progres-são natural, conversei com ella e,acabei, apezar das suas hesitações,por acorapanhal-a durante algunsinstantes, de manhã e à noite. In-genuamente expansiva e namoradada sua arte, contava-me por raiudoas suas cruações.

Eu a escutava era silencio, apre-ciando a transformação que seoperava naquella alma. Da sym-pathia ao amor só vai um passo eeu já via o momento em que elle

JURY

DIA 27

Compareceu para ser julgado oréu Pedro José, por crime de homi-cidio.

O conselho ficou assim composto:Joaquim Antonio de Faria Leite,Anlonio Barboza Alkmin, Macedo-nio José de Souza, Cesario P. deAlmeida Franco, Anlonio Franciscode Moraes, Balduino Pereira doNascimento, José Luiz de Carva-lho, Manoel Cândido Eugênio deBrito, José Augusto de MirandaCampos, Balduino Rodrigues deSouza, Joaquim Ribeiro da SilvaBraga, Affonso Julio de Miranda.

Defendido pelo Sr. Alberto Mo-relzsohn, foi o réu condemnado por9 votos a galés perpétuas, proles-tando o advogado para novo jury.

nu 28Manoel Martins Coelho, accu-

sado de homicídio.Fizerão parte do conselho : Ma-

noel Josó Franco, G. C. Dupin,J.*)ão Baptista V. de F. e Silva,Quintiliano Alves Horta Jardim,Manoel Ferreira Velloso, Antonioda Silva Braga, Francisco Joaquimde Oliveira Badico, José AnlonioVieira Christo, João Francisco Tris-tão, Manoel José Pereira da Silva,Eduardo Camillo de Campos ePrudente José Franco.

Defendido pelo Dr. AgostinhoCorrêa foi o réo condemnado, porunanimidade de votos a seis an-nos de prisão com trabalhos.

seria transposto, e em que ella of-fereceria a sua innocencia á minhacorrupção. Eu não precipitava oaacontecimentos, encontrando na-quellas horas de confidencias inti-mas o divino encanto dos primei-ros dias de Abril.

Um dia encontrei-a radiante.Vou dar-lhe uma noticia im-

portante, me disse ella. Sou pri-meira

Primeira ?Sim, não sabo o que é t Em

duas palavras, sou eu quem tem adirecção de todas as caixeiras, dascostureiras e de todos os empre-gados, homens e mulheres, quecompõem a casa. E de 80 francosos meus ordenados vão subir a 200.Comprehende a minha alegria TE como minha pobre mãi licoucontente I

Dou-lhe os meus parabéns ldisse eu.

E apertei-lhe a mão.E vai hoje mesmo assumir o

seu novo cargo ? perguntei.Creio que não, respondeuella. A patroa, segundo indiscriçõescommettidas, quer fazer-me umasorpreza.

Deixou-me alguns minutos maistarde para ir certificar-se da reali-dade do facto. Eslava livre na-quelle dia.

Caminhávamos juntos, ella ri-sonha, eu pensalivo... Viamos su-bir e descer pelo rio os barcos avapor cheios de gente.— Augusla 1 disse-lhe eu derepente, eu lambera quizora fes-tejar as suas n *vas funeções ? Sefossemos almoçar om S. Cloud ?

Ficou a priucipio sorprehendida

dja. 29

Francisco Pinto Ferreira Bretas,crime de homici iio, segundo jul-gamento.

Forão sorteados para formaremo conselho: Antonio da Silva Braga,Anlonio Francisco de Moraes, JoãoBaptista V. de F. o Silva, EduardoCamillo de Campos, Joaquim A.de Faria Leite, Manoel José Fran-co, Dr. Cândido Teixeira Tostes,Balduino Rodrigues de SouzaFrancisco de Paula Villas Boas,João Francisco Alves, Antonio Bar-boza Alkmin.

Defendido pelos Drs. Luiz Euge-nio Horla Barboza e Marcellino deAssis Tostes, foi o réo absolvidopelo volo de Minerva, appellando ojuiz de direito para o tribunal darelação.

DtA i* DE SETEMKUO

Comparecem os réos Marcello eoulros, escravos dos herdeiros deAntonio Gabriel Monteiro de Barrose o réo livre Manoel Pinto da Silva— Homicídio.

Compuzerão o conselho os Srs.Manoel Ferreira Velloso, Anto.nio F. de Moraes, JoSo Fran-cisco Tristão, Francisco de PanlaVillas-Boas, Francisco de AssisPinlo, Salurnino Martins do Valle,Eluardo Camillo de Campos, JoãoLuiz de Carvalho, Balduino Rodri-gues de Souza, Balduino Pereirado Nascimento, Matheus Ferreirade Paiva e Quintiliano Alves HortaJardim.

Os escravos forão defendidos pelo

Sr. Dr. Roberto Sabiniano de Bar-ros e o réo Manoel Pinto da Silva

pelo Dr. Agostinho Corroa.A hora em que escrevemos ainda

não foi pronunciada a sentença.

O SALÃO DO JURYJá que se acha funecionando o

tribunal do jury, parece-nos apro-priada a oceasião para fazermosalguns reparos sobre o modo poucoregular porque correm os traba-lhos,devido á péssima disposição dasala em que funeciona o tribunal.

Além disso, o publico invade orecinto reservado aos jurados, demodo quo estes, ao dirigirem-spara a sala secreta, são obrigadosa passarem pnr meio de duas alasde espectadores, não conservandopor este facto a incomraunicabilida-de exegida pela lei.

A própria sala secreta não estánns condições requeridas; commu-nicando ella por duas portas com asala das sesões da câmara munici-pai, nada mais fácil de que recebe-rem os jurados qualquer commu-nicação, apezar de se conservaremfechadas as portas em questão.

Por outro lado, as conversaçõesque se travão durante os debates,quer no saguão do primeiro andar,quer no próprio recinto, impossi-bililão muitas vezes de se ouvir aleitura do processo, e os interroga-lorios.

Cremos que seria fácil remover-se taes inconvenientes e para estefacto chamamos a attenção dequem compelir,

.\..l! r-SBítZmV-l | íTlITTSTT,*/

cora aquelle pedido inesperado...Depois, como quem não tem mauspensamentos o não receia cousaalguma.

Ficava contente com isto ?Ainda o pergunta ?E prometie-rae que vollare-

raos cedo 7Bem sabe, respondeu sorriu-

do, que mandará como uma sobe-rana, e quo para mim tambem seráprimeira.

Chegamos a S. Cloud ao meio-dia. O sol cabia a prumo, e o diaeslava muilo quente. Sentarao-nosá sombra do caramanebão de umbotequim situado á beira do rio eem cuja labolela multicor lia-se :Ao encontro dns namorados

Eu vira Augusta ficar muito có-rada quando lera aquellas pala-vras, e em vao procurei alegrai a.Estava triste, sinceramente triste.Via o erro que commeltera... Noentanto, depois da refeição, voltou-lhe o bom humor e fomos dar umpasseio na floresta. Encoslava-seno meu braço, e no seu olhar car-regado de melancolia, eu lia maisdo que amisade, ura pouco de ler-nura affectuosa que começava adespontar.

Era a hora em que o campo for-temente sobreexcitado derrama to-dos os seus perfumes cmbriaganles.Tínhamos percorrido a floresla emtodos os sentidos,e,cançados,senta-mo-nos na relva. Em torno de nós,formando um espesso cortinado, asarvores derramavão uma sombrabemfazeja... Nenhum pássaro faziaouvir o seu canto, a natureza serecolhia silenciosa... E o silenciodas florestas enche a alma de uãosei que tristeza vaga que fáz com

ue as mãos se encontrem...

ToilliJi A<»yit.-l i um il il • iti ...e... Mais um raio de sol passandode repente por enlre a folhagemveio illuminar as feições da moça.Larguei-a, achando a minha acçãoinfame... Augusta soltou um pe-queno grito. Commovido levantei-me e, dando-lhe a mão *. — Vamos,Augusta, lbo disse eu, já eslá <ofazendo tarde.

No dia seguinte, escrevi-lhe umacaria de despedida, dizendo-lheque ia emprehender uma viagem.

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Passarão-se alguns annos tra-zendo eomsigo alguns cabellosbrancos e algumas rugas. Honlem,domingo, eu caminhava pensativopelas sombrias alamedas do bos-que, quando avistei a algunspassos uma mulher moça ainda,brincando com duas meninas. Asua physionomia me causou algu-ma impressão e passei juutinhodelia. Não havia duvida, era Au-gusla com os sous olhos azues queeu nunca conseguira esquecer, enão pude deixar de deitar-lhe uradesses olhares em que so concen-Irão iodas as recordações que seforão... Me reconheceu ella ? Eu oignoro. Mas o mesmo sorrisn degratidão que me acolhera quandoeu a defendi conlra certos ataquesaudaciosos, sim o mesmo sorriso,eu o vi errar nos seus lábiospallidos, e senti que o seu olharme acompanhava.

Albeuto Samànos.

(Trad. para o Pharol).

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PHAROL-- Terça-feira 2 da Setembrp de 1884

m: E. DE F. JUIZ DE FORA lí PIAU

Consta-nos que no dia 8 do cor-

renle será inaugurada a estrada deferro Juiz de Fóra e Piau;

DELE6-ACIA DE POLICIAPedirão demissão do cargo de

delegado de policia e de primeirosupplente. o capiião Francisco Al-ves da Cunha Horta e ClaudianoLopes.

Lê-se no relatório apresentadopelo Extn. Sr. Dr. Antônio Gonçal-ves, na abertura da presente sessãoda assembléa provincial:

« Lançadas em estreita zona asestradas Leopoldina, União Mineirae Juiz de Fóra e Piau, zona queembora excepcionalmente rica, nãose acha em condições de alimentarmais de uma estrada de ferro, nãotardarão a surgir as hostilidades,a guerra de tarifas, a sua reduc-ção impensada ; e a provinciateve, no decrescimento singular daUnião Mineira, e conseguiiileinente,no accrescimo de ônus, a prova deque era urgente providenciar nosentido de fundir os interesses dasemprestas ri vaes, de pôl-os de bar-monia com os seus.

« A palriolica e illuslrada as-sembléa provincial, na segundasessão legislativa linda procuroucorrigir os inconvenicnles do tra-çado, fazendo ao mesmo temponascer «as transacções entre muni-cipios, nova fonte, e importante,de renda para as emprezas.

« Para esse lim a lei n. 3172decrolou que a estrada União Mi-neira so enlroncaria na estação deUbá da estrada Leopoldina, e quoa Juiz do Fóra se entrançaria naestação do Kio Novo, ponto termi-nal de um ramal da União Mineira.

« Para esses prolongamentosconcedeu garantia de juros de 7 "/.sendo para o primeiro Irecho aló ocapital máximo do 2.20ü:000»000,e para o segundo alé 1.000:0003».»

Applaudimos sem reserva ássabias considerações do digno pre-sidenle da provincia o Exm. Sr.,Dr. Chaves, que revelão a maiorelevação do vistas e inteiro conhe-cimenlo do assumplo.

MANIFESTAÇÃO DE 11EG0SIJ0Lemos no Provinciano de 23 do

correnle:« A noticia espalhada nesla cida-

de no dia 18 pelo telegramma di-ri ido pelo conselheiro Paulino JoséS • r * de Souza ao nosso collega dereda¦"• o Dr. Garcez, c que em ou-tro lugar vi publicado, asseguran-do a victoria da lavoura no pleitoempenhado com o governo o a co-ròa, produziu nesla, cidade grandeenlhusiasmo.

Tara dar espansão na libra na-cional a pulsar palriolicamenic,unigrande numero de pessoas gradas,acompanhadas da banda de musi-ca — Filhos da Noite — dirigiu-se,á noite de 18, á casa do Dr. Mar-tinlio Garcez, para saudal o pelavictoria da opposição.

O Dr. Garcez a todos acolheucavalheirosamenl. o sem fazer dis-lincção de classe, convidou o povoa entrar-; o espaçoso jardim o oterraço da sua casa ficarão literal-monte cheios. A musica locou va-riadas peças levanlando-seenlhusi-aslicos vivas. Saudou o Dr. Garcezao eleitorado independente da Pa-rahyba do Sul e da provincia doIlio de Janeiro em um replo deverdadeira eloqüência. Da casa doDr. Garcez dirigiu-se a musica e opovo para a redacção d'osta folha ecie uma das janellas de nosso dis-lindo collega Dr. Marlhinho deFreitas saudou a opinião publicacomo a única soberana nos paizeslivres: conscisa foi a saudação maseloqüente e altiva. Da redacção do« Provinciano » seguiu o povo coma musica a percorrer varias ruasda cidade, prolongando-se até tar-de, sem accidente a lamentar, asjustas expansões do enthusiasmopopular. »

Quando as aranhas apparecemem grande numero nos jardins, efazem fios compridos, e tèas novasue noite, é signal de bom tempo.

O mesmo é quando as das casas•permanecem encerradas nas suas

loas mostrando a cabeça, e és teu-dendo as pernas, ou quando pO.i.iovos. ii qu j f;._era 7 vezes uos au-nos ile muito calor.

Qua ? ni as aranhas dos jardiuspasáuiao pelos fios mestres de teusnovas, ou quando as das casascoulinuao estendendo as pernas,é signal de bom tempo fixo. E,quaulo mais estenderem; maisdevo durar o bom tempo.

Quando tis aranhas (Ioh jardinsteçam us lios pequenos, e os fazemmuito depressa, haverá tempo va-riavel; si na., fazem mais quetecer os raios dos círculos qn<- b"'~mão a.s suas têas, sem uiiil-ascom os fios circulares, que devemrodear gradualmente o centro datôa, está para haver v. uto passa-geiro ; mas si permanecem nastêas se.ti trabalhar, o vento seráduradouro.

Quando as aranhas dos jardinsse vôm em pequeno numero, enao fazem senão fio-* muito curtosna sua tôa, teremos chuva passa-g.ira : mas, quando se oeeult&o eas das casas se envolvem uas snastêas, de modo que apenas se lhevô a parte posterior dó corpo, achuva está para durar.

Quando as aranhas correm pe-las paredes, e lutf-o umas ou_ asoutras para se apoderarem dastêas concluídas, e melhor situadas,é signal de fri* passageiro; masquando trabalhao muito, e fazemlê is novas, quando collocao denoite umas têas sobre outras, éporque presenteai um frio peue-triuite e duradouro, que só come-cará oito uu dez dias depois.

Gordio, rei da Phrygia, era fi-lho de um lavrador.

Todos os seus bens cousistiaoom um terreno eduas juntas debois, uma que lhe servia para oarado e a outra para o carro.

Um dia estando a lavrar, umaáguia se Um poz sobr. o jugo dosbois e alli* se conservou ató anoi-tecer. Gordio, admirado de «-eme-lhatitu prodígio, foi consultar osadevinho.. Uma donzella lheaconselhou que era qualidade derei sacrificasse a Jupiier, o queelle fez e a tomou por mulher.

Neste tempo o_ Phrygios soo-her&o polo oráculo que devia serescolhido como rei aquelie queprimeiro entrasse no templo emcerto dia. Gordio foi o primeiroquo nelle entrou _ immediatameu-te foi eleito. Mulas, seu filho, e nreconhecimento offereceu aJupi-ter o carro de seu pai.

O nó que prendia o jugo coma lauça era feito com tal dextreza,}iie se nilo podia atinar com asduas pontas.

O império da Ásia estava pro-mettido a quem o desatasse. Ale-xandre Magno nao podendo, assimcomo os demais, conseguil-o,cortou-o com a espada.

Era este nó chamado nó gordio,nome que hoje se applica ás cou-sas de difücil solução.

— Aos olhos do pobre, a vir-tude, que niais falta ueste mundoé a generosidade, e aos olhos dorico é a gratidão.

Para qualquer so consolar doque soffre, é necessário peusar emtudo o que nao soffre.

— Os hypocritas tratão a Deus,como os devedores de má fé tratãoa um credor: cortejao e protestaoos testemunhos de respeito e cari-nho ; porem so esquivfto de pagarsuas dividas.a__-jiiiw_mii^iiMMiwiii_________B______iiM______Bi

SCIENCIASA mor|»l_iuoiuania

CONFERÊNCIA DO SU. DR. B. BALL

( Continuação )A todas estas turbaçOes, cum-

pre juntar a insomnia, consequeu-cia natural da privação do seumedicamento habitual.

Esta asserç&o parecer-vos-haparadoxal, porque acabamos dedizer que a privação da raorphinaproduz asomuolenciajmas cumprelembrarmo-nos deque os effeitosda abstinência segiiem duas di-recçOes oppostas: de uma parteassemelhao-se aos effeitos do abuso,da outra offerecem o contraste

mais sensível cornos .ffeitos ha-biiui.es do veneuo. Eis porque aprivação da morphiuá produz aBoranoléücia e outras vezes ainsomnia.

Estas turbaçOes nao attiugema mania; mas em certos indivíduosella póJe aobrevir, apresentandoentão um caracter muito agudo,com delírios violentos. Nao se ob-seiva, porém, a íiicohereúcia quecaracterisa os verdadeiros ma-uiucos.

Muitas vezes até os doeutes témidéas fixas e verdadeiras obsessõesiuteilectuaes. Verifica-se lambemom alguns de entre elles corialeudeucia para o suicídio, queexige uma vigilância acurada erigorosa.

Além do delírio, propriamentedito, ha uma aberração intellectu-al, qutí'somds obrigados a assig-nalar:'óa tendeucia á matéria,que já meuciouamos eutre os de-feitos do ábuzo e que impõem es-uecialmente uo paciente, sempreardente, hábitos viciosos. Se ellorecae, aiuda que seja uma só vez,uesses hábitos viciosos, mentirádescaradamente, tomando o céo ea terra por testemunhas de suasinceridade. Na oceasião era queelle faz esses protestos, se fô_.-._tixamanudo, verificar-se-hia queelle se achava sob o domiuio deuraa grande doze ds morphiuá.

Passemos agora ao estudo dasperturbações ila sensibilidade. El-tas sao muitas e variadas, mas,quasi sempre, uo sentido da hypt—resthesia em vez da insonsibili-dade.

O doente experimente muitasvezes a cephalalgia , tem comi-chOes e apresenta muitas vezesverdadeiras nevrálgius ; fiualmen-te, as antigas dores se despertaoo os soffrimoutos que o tiuh&o le-vado ao abuzo da morphiuá reas-sum.m o seu império.

Pelo que diz respeito aos senti-dos especiaes veigjficao-se prinai-palme.íte, uma graude falta denccommodaçao. Estas perturba-çOís nao estão ligadas a uma alte-ração material da retiua ; ellasresult&o, quasi sempre, de umaastheuopia accommodativa. Real-moine, uma 'simples injecç&o bas-ta para dar aos músculos a suafortaleza, e a visão reassume eu-tao a sua agudeza primitiva.

Os outros sentidos especiaes po-dem tambem experimentar umenfraquecimento momentâneo ,mas em ura gráo muito inferior aoque soffre a vista. Comtudo, émis-ter fazer excepção a respeito doseutidogeniial.

Mas, por effeitos dessa conti a-i dicção que tantas vezes assiguala-

mos, o que se encontra a maiorparle das vezes, sao phenomenosde hypere.thesia, de excitabelida-de anormal de todos os sentidocom i'xageraçao dos reflexos.

O menor rumor faz estremeceros pacientes, o 'menor conetatofal-os sobresaltar.

Estes phenomenos sao muitopronunciados era uma joven doeu-te que clinicamos actualmente eque nos foi apresentada. Final-mente, detalhe curioso, os doentesèspirr&o rauitas vezes com força :ó ainda um reflexo exagerado.

As perturbações de motilidadesao muito menos freqüentes. Com-tudo vários doentes queixao-se desentir muita fraqueza : caminhãocom didicuIdade e os movimentossao dificultosos.

Muitas vezes verificao-se tremo-res, como no envenenamemto peloálcool ôn pelo'chumbo. Levado acerto gráo esse phenomeno tor-ua-se choreiforme, e ha pessoasque executRo- verdadeiros rufosde tambor com as pernas. (Levins-tein). . .

Ha outras perturbações nervo-sas que apresentao pelo menosapparentemenie, gravidade aindaconsiderável. Vêem-se em certaspessoas phenoraet.os epileptifor-mes; sao, umas vezes, de simplesausências, e outras, verdadeirascrises convulsivas.

Se melhautes symptomas sao cer-tameute contristadores ; mas haum grupo symptomatico mais ter-riveí, é o deliriam tremens, quesobrevern daquelles a quem attin-ge, sete a oito'horas depois dasuppr. ssao da raorphina. O tremoró acompanhado de um delírio vio-lento, com uraa agitação intensae um furor extremo.

O indivíduo quebra tudo, entre- iga-s. a actos aggressivos e torna-se verdadeiramente perigoso.

A estas diversas perturbações ijuutao se as allucinaçOes, que jactuao principalmente sobre a vis-ta e sao acompanhadas de umseutiraouto de angustias e desuores profusos.

Este estado formidável, abando-nado a si, uao dura mais de qua-r.nta e oito horas.

Mas, se se quer intervir, é açaí-mado itnraed latamente por uraainjecção de raorphina.

Apparecem depois as perturba-çOes digestivas ; muitos doeutestêm uma dyspepsia intensa : ellesexperimeutao naus.as o vômitos ;outros, pelo contrario, têm a vuli-mia, phonomenos esses que u&osao constante, mas deve-se sempreesperar que appareça o diarrhéa ;quando, por acaso, assim naoacontece, deve-se desconfiar dodoente, que está enganando o seumedico continuando & tomar mor- j,phina. Como phenomenos coone-xos, assigualaromos a sede, conse-queucia immediata da diarrhéa,o o teues.no anal, que a acompa-nha tanta* vezes.

(Continua.)

INTERIORCorrespondência do Pbarol

CARTAS 00 ROSÀIUO

XXXIII

Resurrexill... Nao ! As Carta»do Rosário nio resuscilao, porque nao morrerão ; e o seu autor,até agora ainda está vivo,—e compouca vontade de morrer.

Cabia aqui dizer aos leitoresporque motivo se demorou tantoesta carta ; mas como isso poucolhes importa'nao lh'os direi. Direiapenas que quando estava já coran penna inferrujada, recebi umacarta em que se me lembrava ocumprimento de uma promessa.Oiaute disto, que faxer ?—-Cura-prir.

Depois da ultima carta, temoRosário continuado a caminhar,—e tem amlado bastante.

Além das uovas obras no aper-feiçoamento e embellezauieuto daigreja, tem continuado o augmen-to e melhoramento das casas, defôrma que este arraial vai cadavez ficaudo mais bouito.

Temos correio duas vezespor se ma nt), ás terças e sextas-feiras. E' agente do correio o Sr.Antonio José Rodrigues Lima, oque é uma vantagem, porqui S.S.é o negociante nacional que esta-va mais no caso, por ter sempre oseu estabelecimento aberto ao pu-blico. O que era bom, é que re-quisitasse a mudança dos dias docorreio para as quartas-feiras esabbados

Para mostrar que o Rosáriotem caminhado, bastará dizer, quejá se deu aqui um facto que se dáfreqüentemente nos grandes cen-tros, mas que equi causou admi-ração. Foi a exposição de umacriança.

No dia 20 ou 22 de Julho appa-receu á porta de uma casa, aolado da igreja, uma criança dosexo feminino, que poderia terdous ou tres dias.

O morador da casa, o Sr. JoséVicente Ferreira, tomou conta darecera-nascida. que ficou en-tregue aos cuid idos da esposa.Mandou-a baptisar, sendo elle pa-drinho, e madrinha a Sra. D. Fe-lippa E. Hottum, pondo-lhes onome de Emilia.

Vinhao aqui a propósito umasconsiderações moraes sobre o caso;mas para que ? I éra tempo per-dido. A mai criminosa aiuda zom-baria de quem isso fizesse,—ellaque devia pagar com as penas dalei todo o horror do seu crime.

Falleceu no dia 12 e sepul-tou-se no dia 13 do corrente obem conhecido fazendeiro o Sr.Autonio Josó Corrêa.

O finado contava 88 auno,, eóra o ultimo dos que concorrerãopara a construcção da igreja ve-lha. Hoje lá repousa à sombra desua obra, em um túmulo que pormandado da desolada familiaconstruiu o Sr. Carlos Baum-gratz.

O enterro do prestimoso cida-dao foi enormemente concorrido,assim como a missa de sétimo dia.

¦tt______BPMjfll_____MMMttM

Tambem na igreja de Cliapéude Uva-; houve uo dia 19 missa desétimo dia, por aluiu do mesmofinado, muito concorrida a con-vite do Sr. alferes Francisco Joa-qi.iin Henriques.

A' numerosa familia do finadoconsigno aqui us meiís siucerospez .me?*'.

Ha um mez que está entreuós o íllustie senador Cruz fida-cha.lo, pai do nosso iutelligeut.medico.

S. Exe. veio visitar sua filha,a Exma. Sra. D. Amélia, quetem estado, e infelizmente aindaestá perigosamente enferma, —tendo sido ató agora baldadas to-tos os esforços para combater aterrivel enfermidade.

Faço ardentes votos pelas me-lhoras da illustre doente.

Ha um mez que os Srs. Es-raeraldino E. dos Reis e EmilioE. dos Reis, abrirão uma escolapara eusiuarem instrucção prima-ria ao graude numero de meninosque aqui existem. Ao desleixo dogoverno sobre a iustrucçao, res-ponde desta forma a boa vontadeparticular, sacrificando-se paraensinar a iufancia I Honra a quemassim executa as obras de miseri-cordia !

Appri.xira.--so a uossagran-de festa. Fultao apenas seis se-manas para ella. Os festeirosestão resolvidos a fazer uma festabrilhante, de modo a uao desdizerdas dos dous anuos anteriores.

Tudo me levará a crer que tere-mos uma festa brilhante, attentoo brio e os recursos dos festeiros,que sao :

D. Felicidade Maria do Sacra-mento.

Joaquim Vicent?i Pereira.Josó Garcia Pereira.Tenente Francisco Antonio de

Almeida.Era outra carta darei mais por-menores.

José de Mattos Carvalho.Rosário, 29 de Agosto de 1884.

A PEDIDOSO Barão de Capanema e

os abolicionista*

E' indecente manobra de «raise-raveis especuladores» sem brio esem dignidade apregoarem-me de«abolicionista,»

A ninguém autorizei qualificar-me de qualquer modo que seja.

Nunca pactuei com o que vul-garmentese chama abolicionista,designação que servio de capa amuito procedimento inconfessável.

Nao posso acorapauhar os queonxergao a gloria do Brazil fuu-dada era uma emancipação instan-tauea e universal.

1* porque sou lavrador precisode braços que trabalhem, os quepossuo prestfto serviço por umaobrigação firmada em'lei.

Se cassarem essa obrigação comque é que supprirei o desfalquede trabalho que dahi me provém?

Os poderes do Estado já cuida-rao em fornecer-nos supprimentode braços ? Nao !

Esses mesmos poderes já fizerBo« leis praticas » que garantao otrabalho e a remuneração equita-tiva do mesmo T Nao I

2.' Porque a lei de 28 de Se-tembro aboliu a escravidão no Bra-zil, e so fôr completada e bemexecutada rapidamente pôde trans-formar o trabalho ; como lavradoreu quizera poder dispor de servi-ços e para um fim determinado,por exemplo, cultivar canna e pa-gar o valor desse serviço masnao ser eu obrigado a cultivarraantimentos para alimentar osmeus trabalhadores, correr só eucomo proprietário- cora todos osriscos de más colheitas, emquantoaos meus trabalhadores nada affe-ct&o esses riscos.

3.* Porque desejo ver na minhapátria crescer ?a illustraçBo e aactividade e nao vel-a embrute-cida e retrogadar.

Pergunta : o actual escravoteve « educação » para poder setornar elemento útil na sociedade?elle pôde tornar-se um «cidadão»aciivo, que contribua para o pro-gresso do paiz ?

Viveu até hoje cabo de enxada,e como tal morrerá. Dêm-lhe cartade liberdade mas consiguem nellaa obrigação de nao sa tornar va-dio, e garantio essa obrigação.

¦-.'

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1PâAROL — Terça-feira 2 de Setembro de 188*.

V

I J

A lei dt) 28 de Setembro querque o filho do escravo tenha edu-caçãoe nao seja cabo de enxadacomo o pai, ella exige que delle sefafa um futuro cidadão.

O que tem se feito uesse sentido?Nada ! Bradamos na praça pu-blica cheios de enthusiasmo pelaliberdade e nao cogitamos do diade manha, na\o enxergamos o em-brutecimento que preparamos e oatrazo do paiz.

A nossa força, produetiva é es-cassa, e em vez de illustral-a paraque ella comprehenda a necessi-dade de ser duplicada a reduzi-mos.

Hoje importamos doestiangeiro«capim e milho» para os nossoscavallos, importamos para o nossosustento «feijão, toucinho, carne,arros*, batatas, fariuha», para pao,e até «trigo», pai;a os nossos moi-nhos, e a Nova Zelândia ameaçaabastecer o nosso mercado decarne verde!

Tud'o isto se paga com dinheiro:de' onde havel-o se nao ha forçasproduetivas, e se aiuda iu utilizar-mos a pouca que exista?

AJguus milhões de homens li-vres no Brasil'vivem do prodnetoda pindahyba, do tatu que arran-cBO' no buraco, e se trabalhao éapenas o indispensável para naumorrerem á-fome. mas nao paraalimentar commercio* e industria,as grandes foutes de riquezas dasNações.

Si só. uima» pawtô desses milhõesdeque nos gabamostrabalhas.se,nao sahiiria do paiz o dinheiroque pagamos por gêneros de pri-meira necessidade e uao ouviria-mos queixa a cada canto do es-pantalho cambie, qne zomba detodos os- artifícios illusorios quese qualific&o de medidas finan-ceiras.

Eu nao posso pertencer aogrupoque quer augmentar esses males.

Eu* tornei-me lavrador com ainfantil velleidade á'& utilisar mi-nhas habilitações da lavoura, teu-tei transformar o escravo cabode enxada, em operariode critério,consegui-o em parte, e meus es-escravos que trabalhao com ma-chinas, quer sejao de fabricação,q,UOT'd]e.prçp.a**o de terras « gauhaosalário»»' dtwido sustento,, roupa,medico e botica.

Ocomportamento dos que che-garao ai esse estalo tornou-seexemplar,, naw dao motivo» paraserem, castigados.

Foi um progresso, sao escravosno. uome e essenome se mudariafacilmente., se houvesse uma leique punisse severamente o surborno..

Além do exemplo de aperfeiçoaro trabalho sem prejudicar o pro-prietario, pelo contrario augmentando a somma de serviço de modoa poder retribuil-o, eu aindamostraria praticamente os meiosde augmentar aiproducçáo do solo.

Era> transformação do.trabalho,era, augmento- de produção, queeu tencionava. exemplificar,, eraarrancar o escravo do perigo, mu-dar-lhe a condição, moralisal-opela sua elevação.

Isso queria e quero eu.Os abolicionistas querem man-

ter' a massa* bruta no seu- estadoe* de&enfreaUa* degradando o paiz.

Essa gente'nao conte commigo.' Si eu tivesse podido executar omeu plano- muitos lavradores ávistado resultado rae-acompanlia-ri9o eoexeinplo-desses-seria imi-tado por outros, eeu*teria-pres-•ta4o: _,., lavoura um, immenso•

: 86.1 viço4,

í_jas a lavoura, em.vez.de me*auxiliar . e. mostrar-se- gratai porujp*i. grao.dfc beneficio que lhe fiz,me. sacriÍBc.ou,. p.rejud]cou**me,,*. deum; modo descomunal, e* tolheu-me os "recursos dé que eu carecia;tive db parar*.

Os lavradores em vez de procu-: r.arem ter-me-ppr companheiro,'.fizerao quanto era possivel parai" me tomar inimigo, e ainda os ha

que me perseguem, dando creditoaós infames, tramas dè miseráveis' vilões quem.e qualificao de aboli-cionista !-Fa.çaTlhes muito bom.,proveito,

euso.ú a.migo de minha terra, efarei .por- ella, quanto poder eto seubeneficio.,

Eu q.uepia: cora: os braços q;uepossuímos, ohter augnaento dep-çoducçSr*. da., lavoura*, desse-.au-gmento deduzir amorÚ5&Çaú ¦ do

capital empregado legalmentenesses braços o remunerar o ser-viço destes.

Assíra se conciliSo todos os in-teresses,o escravo gradativamentesome-se e ó esquecido, e o homemlivre é útil a si e ao paiz surge.

Eutrará o habito do trabalhonos costumes do povo.

O augmento de producção dei-xará sobras com que se eduquemos ingênuos, fazendo delles offi-ciaes de profissões necessárias álavoura e à industria, abrimos-lhes as portas para tirarem pro-veito de sua intelligencia.

E o actual escravo, que em ge-ral tem amor aos filhos, se conso-lará vendo que contribue paraelevação delles, para o que a leidesignou fuudos e o governo des-viou.

Para terminar menciono umfacto qne nao convém passar de-sapercebido. Ouvi opinião autori-sada assegurar que da abolição dechofre resultará uma grande* van-tagem e é o «governo inglez»maudarpara cá os seus subditoscoolies I

Nao comprehendoi bem o quenisso vai; mas, se o abolicionismosignifica cessação súbita de recur-sos afim de cahiraos na misériae outra nação vir soecorrer-nospor caridade, prefiro antes leal-dade e toda a franqueza.

Digamos logo o nosso' pavilhãofoi infeliz, nao é garantia de prós-peridadei a um vasto território eentão seja arriado syrabolo caiporase uacionalidade,desappareçaestae desfralde-se sobro nossas flores-tas e nossas campinas outro maisventuroso.

Se reconhecemos q,ue nos ó im-possivel progredir nao usemos deembustes e subterfúgios.

E' explicação e nao volto àdiscussão.

Barão ue Capanema.(924—1

Juiz de Fora

AO ELEITORADO DE SANTA, ANNA DODESERTO/

Av iniriga, a calumnia e a inju-ria sao a.s armas que continuao ámanejar contra mim certos typosdesta.cidade* o parochia-. Um- spe-cimen da nobre empresa é a toliceinseria uo Jornal do Commerciodest:t data.

Nenhuminteresseliga-iue á pro-xima eleição de depuia los por estedistricto, pois seu resultado serásempre o mesmo, triumphem libe-raes ou conservadores— um de-putado opposicionista.

Minhas questões com o Sr. Dr.Peuido liquidei pela impreusa,assignando,, e parece-me que semdesar. Se nego-lhe meu voto, nãocontesto ao eleitorado o direito deadherir a sua candidatura o atéde tomar-se de ardente enthusi-asmo por ella.

Nao escrevi o nem escrevereiartigo anonymo com relação aoSr.. Dr. Penido. Se tivesse depronunciar-me sobre a sua moção

faria com a minha assiguatura,e assim continuaria, a guardar-meno circulo da consideração em queme tenho.

Nao attribuindo a pessoa algu-ma de SanfAnna a. mofinaaquealludo, peço a, quem a redigiu ahombridade de assignal-a, denun-ciar-me,sendo então mais oautelo-so do que o tem sido na sua longaserie de irapaças.

A reputação que adqueri nesteForo e termo, tanto entre partes,como entre os Juizes e advogados'sérios, deve mesmo assanhar osjevangelistas do calote, osevolu-cionistas da má fó. Continuem que:me honrao. Sao conhecidos.

Liquidações uao tenho a fazer—já lancei á conta de lucros e per-'das o que me deviao os caloteiros.

Juiz de Fóra, 28 de Agosto de1884.

Ionacio Gama.

(925—li

Ao Publico

Pelo Pharól de 28 do corrente;afirma,o Sr. Dr. Teothonio de Mi-vanda* Limas que nao ó nosso:devedor.

Contra semelhante asserçao ap(e-'nas declaramos ao publico qnetemos- o melhor titulo de dividade S. S., que é asen tença do. Exm.Sr?, Dr. juiz de direito desta co-,

i marca, a qual está sendo execu-tada polo cartório do escrivão doprimeiro oíficio de orphaos.

E' o quanto nos basta.Juiz de Fóra, 30 de Acosto de

1884.Chaulbs Blancuaud & Comp.

(927—1

Ronda de Juiz do l*'úi-u5 DE JULHO DE 1883

Pergunto ;Ao Illm. Sr. Dr. Ambrosio

Vieira Braga,que se diz thesoureirodesta companhia, e que foi um dosmembros da commissão para for-mação dos estatutos de accôrdocom a lei n. 3.150 eseu reg. n.8,821 qual é a lei que rege a com*-panhia, qual o dia que em respeitoa essa lei se lhe deu constituiçãolegal, e como forão observadas asdisposições da lei e reg. citados,quem foi o secretario que lavroua acta da constituição da compa-nhia, onde foi ella escripta, e emque dia foi assignada pelos accio-nistas,e bem assim S.S. terá a bon-dade de declarar como foi que meexonerarão da responsabilidadeda companhia, e qual o meio queempregarão para esse fim, e setodos estes aclos forão ou estãod« accôrdo com a lei em vigor.

Perguntarei pois, se as assem-bléas de 27 de Maio, e 3 de Ju-nho do anno passado, vindo nestafolha de 17 de Maio desle anno, seé ou não exposição da verdade doque se praticou naquelles dias.

Estas perguntas se estendem aosque se dizem ser presidente esecretario desta encaiporada com-panhia.

Qualquer resposta que seja, como cunho da verdade, antecipada-mente agradeço.

Álvaro Antônio Alves.Juiz de Fóra, 29 de Agosto de

1884. (Continua.)

AVISOJalles, Mascauenhas &. Comp.

Prevenimos eiu tempoaos senhores comniittcn-tes em geral, que a firmade .taltes, Mascarenhas 4$:Comp., desta corte, nadatem de commum com ohnegócios da firma .1. II.Mascarenhas <fr Comp. quetem ultiummciite agen-ciado gêneros a consigna-cão no interior.

Jalles,. Mascarenhas &¦ Comp.Mio de Janeiro, 21 de

A gosto de 1884. (895—H

EDITAES

Faço saber a todos que o presen-te edital virem ou delle noticiativerem que com o praso de 21dias a contar-se da data deste a 13de Setembro próximo futuro, haode ser arrematados por quemmaior lanço offerecer sobre suasavaliações os beus abaixo penho-rados ao ausente Manoel MachadoBorges, em execução que lhe moveManoel Autouio da Rosa, uo Fo-rum, á 1 hora da tarde, cujos benssao os seguintes : 1 casa com 2 ja-nellas e uma porta, coberta de te-lha, de pau apique, assobradada nosfundos com o competente terrenoatéá E. U. industria por 1:500$A casa nos fundos aunexa a estechiqueiro coberto de telha por100#.Acasacom paredes de tijolloscoberto de telha, assobradada emmau estado uo fundo cora terrenoatè a E.U. Industria por— 1:100$.

E para que chegue a noticia atodos mandei passar o presenteque será publicado e affixado uolugar do custuine.

Juiz de Fóra, 19 de Agosto de1884.—Eu Francisco Dionisio For-tes Bustamante tabellião que osubscrevi, — Bernardo MarianoHalfeld. (888—2

Juizo de OrphaosPRIMEI uo officio de orphíos

InterdicçãoO major Bernardo Mariano

Halfeld, juiz de orphaos supplenteem exercício, na cidade de Juiz deFóra, na forma da lei, etc.

Faço sabor aos que o presenteedital virem, ou ri elle uoticia ti-verem, por sentença do juízo deDireitodà comarca de 12 de Julhode 1884, foi declarada interdita,

i por demência, D. Innocencia Da-imianade Faria, viuva do com-•mendador Francisco Antônio deFaria, e julgada incapaz de regersua pessoaeadministrar seus bens,

.pelo que serão nullos quaesquerjeontractos com ella feitos semautorisação de**te juízo e assisten-cia de seu filho Joaquim Antônio

-de Faria Réis, que llie foi nomeado' curador.E para que chegue ao conheci-

mento de todos mandei passar opresente edital que será publicadopela imprensa e pelo porteiro dos-auditórios. Dado e passado nesta,cidade de Juiz de Fóra, no Fórum,em 8 de Agosto de 1884. Eu,Affonso Henriques Assis de Agui-ar, scerevente juramentado, queO escrevi. Eu Ignacio Ernesto No-gueira da Gama,, o subscrevi.—Bernardo Mariano Halfeld.

(926—2

Juizo Municipal

O major Bernado Mariauo Hal-feld juiz municipal supplente emexercício n'esta cidade de Juiz deFóra e- seu-, termo, mai forma da

Mh .etc.

Citação de ausentes

O major Bernardo MarianoHalfeld juiz commercial supplen-te da cidade de Juiz de Fóra e seutermo, na fôrma da lei, etc.

Faço saber aos que o presenteedital virem ou delle noticia tive-rem que, em uome e por parte deJoao da Cuuba me foi dirigidauma petição, pediudo-me e reque-rendo que o admittisse a justificara ausência para lugar incerto deJosó Gonçalves Ribeiro, e quejustificando quanto bastasse paraprovada ausência, lhe concedessecarta de editos para sor o ditoJosé Gonçalves Ribeiro citado, afim de vir á primeira audiênciadeste juizo (findo o prazo do 30dias,) fallar aos termos de umaacçao ordinária, para pagamentoda quantia de 1:225|?260, e maisos juros de 1 °/o ao mez desde ovencimento, conforme o.s doeti-mentos ajuizados.

E tenJo o supplicante autorexhibido prova sulíicieute doquanto allegava, lhe mandei pas-sar o presente edital com o prazode trinta dias pelo qua! cito omencionado José Gonçalves Ri-beiro, para vir á primeira audien-cia deste juízo, depois daquelleprazo, fallar aos termos de umaacçao ordinária, na fôrma acimarequerida, sob pena de revelia.

E para que chegue ao conheci-mento do dito auoeule mandeipassar o presente edital que seráaffixado no lugar do costumo epublicado pela imprensa.

Dado e passado nesla cidade deJuizde Fóra, aos vinte e tres diasdo mez de Agosto de 1884. Eu,José Antônio Üias Ministério es-creveute juramentado que o es-crevi. E tiu, Bernardo Justinianoda Rocha, escrivão que o subs-crevi.—Bernardo Mariano Halfeld.

(912—5

Juizo de orphaos

PRIMEIRO OFFICIO

O major Bernardo Mariano Hal-feld, juiz de orphaos supplente emexercício, na cidade de Juiz deFóra, na fôrma da lei, etc.

Faço saber aos que o presenteedital com o prazo de 20 dias vi-rem, que a requerimento de Char-les Blanchard & Comp. na execu-ção que corre por este juizo, saolevados à* praça" os bens abaixo

¦ declarados, penhorados ao Dr.Theotonio de Miranda Lima esua mulher, para pagamento dedividas e custas, sobre cujos beuscomeçao a correr os pregões doestylo, devendo ser arrematadospor quem maior lanço offerecersob as respectivas avaliações, efica designado o dia 17 do futuromez de Setembro para ter lugara praça no Fórum, ás 11 horas damanha.

Bens de raiz15 alqueires de cultura á mar-

gem da estrada de ferro do Piau,era frente á fazenda da ÁguaLimpa, a 250#000, o alqueire, em3:750S0J0.

20.0d() pés de café, de quatroannos, no mesmo lugar, a 250 rs.,

, em 5:0000000.

E para que chegue ao conhecimento de todos mandei passar opresente edital que será publicadopela imprensa e pelo porteiro dosauditórios.

Dado e passado nesta cidade deJuiz de Fóra, aos 19 de Agosto de1884. Eu, Affonso Henriques As-sis de Aguiar, escrevente jura-meutado o escrevi. Eu, IgmacioErnesto Nogueira du Gama, osubscrevi. — Bernardo MarianoHalfeld. (892-2

Camara municipal

A camara municipal de Juiz deFóra, por seu presidente abaixoassignado, no fôrma da lei, etc.

Faz saber que em virtude da lein. 3005 de 7 de Novembro de1882, e resolução da camara mu-nicipal, tomada era sessão de 13do mez pa.-sado, acha-se aberta asubscripção para o empréstimo de100-.0O0SO00, autorisado pela cit.lei, para o abastecimento o'águapotável á cidade, subscripção quedeverá ser effectuada do seguintemodo :

IoNo dia Io de Setembro do cor-

rente anno, a camara abrirá sub-scripcao para o empréstimo de100:000^000, autorisado pela leicitada, subscripção que será en-cerrada no dia Io de Outubrodeste mesmo anno ;

2*Os títulos ou apólices sei ao de

200SOOO;3o

As subscripções serão recebidasna secretaria da camara municipaldas 10 horas da manha ás 3 datarde ;

4*O empréstimo assim emittido

será resgatado uo pray de 10 an-nos por amortisaçao annual feitapor sorteio ;

5*A camara em seu orçamento an-

nual consignará a verba necessa-ria para o pagamento dos juros de8°/„ e da amortisaçao de uma de-cima do empréstimo emittido, naopodendo ser esta verba applicadaa nenhum outro serviço por maisurgente que seja ;

9°Cada subscriptor deverá entre-

gar uo acto da subscripção a som-ma correspondente a 25°/0 do valordos títulos que subscrever, rece-bondo conhecimento ou cautela damesma somma, cortado de talãoque será numerado e rubricadopolo presidente da camara ;

7USe a importância subscripta no

praso do Art. I" exceder a do em-prestimo far-se-ha unia reducçãoproporcional em todas as quantiassuperiores a 1:0008, restituindo-seos 25°/0 que demais tiverem sidorecebidos ;

8oSe, dentro de praso acima esta"

belecido, não for o empréstimo in-tegralmonte subscripto, neste mo-nicipio para o restante abrir-se-hasubscripção na corte, ou em qual-quer outro municipio que ulterior-mente fôr designado ;

9°As entradas do empréstimo se-

rao realisadas do seguinte ra<*do *.Dentro do praso do art. l\ 25*/.Em 1" de Fevereiro de 1885. 25°/.Em l°de Junho do mesmoanno 25 •'/,

Em Io de Outubro do raes-rao atino 25 "/,

10.Os subscriptores que nao fizerem

eílvetivas suas entradas nos prasosi supra citados, pagarão os juros de

IO0/,, se H mora for menor de 30dias,e excedido este praso perderão*o direito ás entradas realisadas;

11.Dar-se-hao aos portadores das

entradas mencionadas no art. 9'.,conhecimento ou cautelas se-meihautes aos do art. 6*.

Todos os conhecimentos 0u can-telas sao transferiveis por via deendosso;

12.Effectuada a ultima entrada,

entregar-.se-hao aos portadores dosConhecimentos ou cautela apólicesnominativas, e transfeiiveis* poraverbaçao no livro próprio queserá criado e que ficará a cargo

.-........*. i.

Page 4: PUBLICA-SE A'S TERÇAS, QUINTAS E SABBADOSmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1884_00099.pdfmodas da rua de S. Honoré. Ne-nhuma das suas companheiras pó-dia rivalisar com ella para

PHAROL—Terça-feira 2 de Setembro d« 1884

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B'''. 1;

do secretario, precedendu para e=s_fim despacho do presidente dacâmara.

Ne.ta data pagarsubscriptores os jurostradas ;

13.Fica declarado que

nos, u que s-: refererito coutados do dia Ioro de 1885 ;

14.evereiro de cada

de 1886, se fará ojuros das apólice»

sorüada.í

¦su- hão a s•de soa., eo-

os d>'Z un-art. 4o, se-le Feverei-

No dia 1" deanuo, á contarpagamento dose o i sgate das que forem

lõ.Far-se-ba o sorteio das apólices

que devem .-¦ er resgatadas animai-mente na proporçãocimo _u_r_ Capital

de um deires mezea

antes de .ffectuar-se a amortiza-ção. em presença cio presidente esecretario da câmara, quaudo estaconvoca.Ia para este fito, uão po-der-se reuuir, precedeudu os cou-v.nieutes annuncios.

O.- números qne forem sorteadosserão tornados pelo .secretario _publicados pelo Pharol, e se hou-verem tomadores de fóra d. mu-nicipio, pelo Jornal do commereio;

16.Os possuidores dos titulos sor-

teados, nao entregues no tempomarcado nos auuuucios, não terãodireito a juros desse tempo emdiante ;

17.Haverá um livro especial e mais

um auxiliai para a escripturaçãodo empréstimo, averbação dustitulos ou cautelas, e movimentodestas operações, a cargo do se-cretario, nos quaes serão lançad >sos pagamentos dos respectivosjuros e amortização ;

18A fôrma das apólices será a

que mais conveniente parecer aopresidente da câmara, que as assi-gnarà conjuntamente com o secre-tario, ficando o mesmo presidenteencarregado, além das funcçOesjà designadas, de tudo que fòr con-cernente ao bom e fiel desempe-nho de.-la op ração e sua fiscali-sação.

Sobre a ultima parte da indica-ça), as commissões sao de pare-c-;r : que uas obras de abasteci-monto de águas s ibre-esteja-se naconstrucção do reservatório deMaria Gorda, por não ser upce.ss.i-ria por emquanto a agua quedali provém, até interior deter-miuação em contrario.

Sala das ses.O.s, em 13 deAgosto de 1884. — QuintilianoNery Ribeiro.—Agostinho Corrêa.—.1/ano l José Pereira da Slva.

E para qne chegue ao couh.ci-mento de todos, se publica o pre-sento edital.

Dado e passado nesta .secretaria,aos 26 de Agosto de 1884. Eu,Francisco de Paula Campos, se-cretario, a escrevi.—O presidente,Manoel José Pereira da Silva.

DECLARAÇÕES

Club Democrático Pri-encero de .Janeiro

A directoria do Club Democra-tico Primeiro de Janeiro, tendo detestejíir o seu primeiro anniversa-rio, no dia 7 de Selembro da cor-rente anno ; convida atodos ossócios, e suas Exmas. familias,para a soirée dançante que terálugar na mesma noule no salão dasociedade.— A directoria.

Programma dos festejosAlvorada ás o horas da manhã.

Passeio a tardeA banda do Club sahira do salão

da sociedade ás 4 horas da tarde epercorrerá as seguintes ruas : Es-pirilo Santo. Commereio, Direita,Halfeld, Imperador, Imperatriz,Largo da Eslação e Ualfeld.

A directoria desde já antecipaseus agradecimentos para os mui-tos dignos sócios, que aceitarão ascommissões, para que forão no-meados.

COMMISSiORua do Espirito Santo

Alferes Manoel José Pereira daSilva.

João Luiz de Carvalho.Antônio Manoel Tostes.José Martins Mendonça.Luiz Arnancio Alves.Julio Alves Corrêa.

Rua do CommereioManoel Teixeira de Faria.Theophilo Guimarães Fortes.

Rua DireitaJoaquim da Costa Mesquita.José Antônio Rodrigues.José Augusto de Miranda Cam-

pos.Francisco Antônio Brandi.Nicoláu Brandi.

Rua HalfeldJoaquim do Carmo.Joaquim Pinto Corrêa.Alfredo Vidal.

Rua do ImperadorManoel Joaquim EslevesAuguslo Lopes da Motta.Antônio de Freitas.

Rua da ImperatrizAntônio Pimont.Luiz José do Rego.Manoel dos Santos Evangelista.

Largo da EstaçãoJulião Pereira da Silva.

Rua Halfeld(934-2

AMUNCfOS

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e partes ; vendem-se nesta ty-pographia.

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LETRAS om branco.— Veodem-

se no escriptorio desta folha.

t IVROS DE COBRANÇAS- —JL. Vendem se nesta typographia.

t

Companhia ferro - carrilfi-onil» de .Juiz de Fóra

QTendo pedido exoneração os di-rectoresSrs .Francisco Engenio deRezende e Dr. Ambrozio VieiraBraga, e tendo resolvido exonerar-se o director Dr. Roberto Sabinia-no de Barros, é convocada umareuuião da assembléa geral parao dia 5 de Setembro vindouro,no escriptorio da companhia, ás5 horas da tarde, afim de se eiegernova directoria.

Juiz de Fóra, "21 de Agosto de1884.—O director secretario, inte-rino, Brandi.

(894—3

Fi.l Min. .

SUBLIME CA.PITULQ

Sessão para posse no dia 6 deSetembro. Pede-se o compareci-mentos dos RR.-. CC.1. para essedia.

Juiz de Fóra, 23 de Agoslo de1884. 0 Gr. \ Secretario,—/!. To-cuntins,

AttencãoOs abaixo assignado, tendo sol-

viito os seus débitos nesta cidade,julga nada òever a pessoa algu-ma, porém, se alguém julgar-seseu credor apn-seute suas contasao Sr. Luiz Ferreira Barreirospara serem pagas, caso sejao le-gaes.

Outro-sim, declara para os de-vidos effeitos, que nao se respou-sabilisa por divida alguma quenao seja contrahida por si.

Juiz de Fóra, 28 de Agosto de1884.—José Duarte dos lieis.

(922-3

AttençSoO abaixo assignado, faz publico,

que, nesta data constituiu por seubastante procurador ao Sr. LuizFerreira Barreiros, para tratar detodos os seus negócios.

Juiz de Fóra, 28 de Agostode 1884— José Duarte dos Reis.

(923—3

Almanack GuimarãesPara 1885

Este almanack que substitueas folhinhas de algibeira dos edi-tores—A. Guimarães dc Comp.,contém todas as mdicaçOfcS doesty.o e uuia excéliente p-irte lit-teraria, illustrada pi.r grande un-mero de gravuras, com um excel-lente retrato e o perfil biograpbi-cc do illustre poeta mineiro Ber-nardo Guimarães.

E' nu seu gênero a melhor emais barata publicação nacional;o preço década exemplar, qneem nada menos de 244 paginas,é apeuas de 8500 rs.

Vende-se em casa de

A verdadeiratintu preta brazileira de

Sardinha

Vende-se em casa de Brandi &Comp., á rua Direita n. 43.

Halfeld Ct Fontainha(929—3

CAFEem coco prep.rado, toucinho,e milho compra-se qualquer por-çao em casa de

Ualfeld Ct Fontainha(930—3

INDICAÇÕES ÚTEISO l)r. José Cesario de

Miranda Monteiro da Sil-va, tem o seu consultório medico-cirúrgico, em Mathias Barboza.

Acóde a chamados a qualquerhora do dia ou da noite. (660-f-

Dr. A. Rezende.—Advo-gado, rua do Hospício n. 98.Corte. (489 -f

Dr. D. Araujo Fonseca,medico e operador.— Tendo fixadode novo sua residência na VargemGrande, offerece seus serviços pro-fissionaes á qualquer hora do diaou da noile.

Grátis aos pobres. (681 +O Dr. Eloy Ottoni, medico,

rezide na Rna Direita, Hotel doCommereio. (773-)-

Leopoldo A . d c 11 i -randa, solicitador. — Resi-dencia ua rua do Commereio.

Maria Ignacia Barboza, e seusirmãos, ainda penalisados,cordial-m.ute agradecem a todas as pes-soas que se dignarão acompanharo enterro, e assistir á missa desétimo dia de seu prezado paiJo.-é Alves Calheiros ; bem comoaquellas pessoas que 03 assistira.1cora seus obsequiosos serYiços,acorapauhaudo-os em tao pungeu-tes transes, especialmente aosseus dignos protectores, Exms.Srs. Dr. Marcelliuo de Assis T\.s-tes, Geraldo Rezende e commen-daJor Vicente Antônio, os quaesdispensarão os mais decididos eui-dados durante a velhice e eafer-midade, e por occasiSo da mortedo dito finado.

Gratos que sao a tao distinetoscavalheiros, e nao podendo, poroutra forma manifestar seu reco-nhecimento, appellan para a Di-viua Justiça a quem fazem votospela prosperidade e conservaçãoda sua preciosa saúde. (921 — 1

4:000$000_5,889 5889

LOTERIA 343 B

Então uao quereis ver aindaComo o feliz Alolta apanhou,Por esla vez mais quatro conto .Com que alegre nos comtemplou 1

Pois, é certo, nao duvideis,Vede, vede bom o queridinho,Foi o 5,889 da 343 B,Que nos deu tal diuheirinho.

Ingratos sereis, amadoresDe leal e heróico batalhão,Retirar da batalha sem fé,Será renegar a palpitaute acçao I

Eia ! coragem I nada de cobardiaSempre e sempre um gasparinhj :E vereis como ó certissmoPara a outra vez um premiosinhu !

(935-2

PROFESSOR DE MÜZIGAPreciza-se empregar um, com

30 annos de pratica de eosino eregência de banda nacional Dacorte e províncias; já tém lieciona-do em fazendas e aceita coutractoneste sentido.

Informa-se nesta typogrophiB.

(932—3

As mocas de Juiz de Fóra15 Nov. (772-17

Moleque fugidoÍOOB) de gratificaçãoEm 18 do corrente desappare-

c,.u da fazenda de Sinta Fé (esta-çao da estrade de ferro D. 1 edroII) o escravo de nome Eduardo de14 a 15 aunos de idade, côr par-da-escura, defeituoso do braço di-reito por s>>- ura lauto curto etorto, é muito gago, especial-mente quando fatia com quemrespeita ", quem o levar a seu se-rjbor Francisco Paulo de Almeidana referida estação, receberá agratificação acuna de 1003000.°

Santa Fé, 19 de Agosto de 1884.(931-3

HOTEL RIO DE JAUEIRONeste estabelecimento precisa-se

de um ajudante de cosinha ; pre-fere-se escravo de menor idade.

(928+

As moças de Juiz de Fóra

ALUGA-SEPara casa de família uma rapa-

riga qne sabe cosiuhar, lavar eeniroromar cum perfeição.

Trata-se cora D. Clara Custo-dia Alves, rua do Espirito-Santo.

(897—1

PASTOArrenda-se um excéliente pasto

nas proximidades desta cidade.Informa-se nesta typographia.

(+

Attencãoo

Bpllinhas & Martins, e.tabele-cidos cora açougue à rua da Im-peratriz, nesta cidade, previnema todos os seus freguezes e devedo-res, qu- esta firma entrou emliquidação no dia 1* do corrente ;tendo de retirar-se o sócio Joaquimde Oliveira Bellinha, fica por tantoo sócio Antônio Alves Martins,com o activo e passivo do mesmoaçougue e previne a todos ques*achao em <l_bito, para ua > pagn-rem nem fnz-rem transacçao al-guraa cora o dito Sr. B.Uinhas.

Juiz de Fóra, Io de. Setembro de1884.— Antônio Alvtt Martins.

(MÒ~8

ARMAZÉM DE FERRAGENSFerramentas para carpinteiros

marceneiros, pedreiros, ferreiros,jardineiros, selleiros, sapateiros,etc, etc.

Serras para engenhos a vaporou hydraulicos,braçaes,gorpeiaes,serrotes, serras circulures, macha-dos americanos ; fechaduras paraportas, armários e gav. tas.

Torneiras de metal e de madei-ras ; cadeados de letras, pedrasaçorianas de 2 a 2 1/2 palmos ;fogões, econômicos; chapas de 2a 8 buracos; canos para chaminé,trem de cosiuha.

Gaiolas, ratoeiras, anzoes detodo tamanho para qualquer espe-cie de peixe, linha de varejo, ben-galas de desarmar.

Armas Laport e Lefaucheux,espiugardas de um e dous canos,garruchas, rewolvers, cartuchosn. 5, 7, 9 e 12 paru Lefaucheux,cartuchos de todos us calibrespara rewolvers,pólvora diamante,espoletas fundo de prata, buzina*,chumbo de munição.

Cordas de seda e de tripa parariolao, rabeca e coutrabaixo ; pis-toes, flautas, flautins, clarinetes,requintas, rabecas e arcos; sa-phoues, contrabaixos, cartas e ca-dernetas, papel pautado para mu-sica, chaves para piauos, mulaspara mstrumeuios de sopro, etc.

Fiualmenie, u_a_ infiuidade deartigos concerueu.es a este ramode negocio, cnj. enumeração naocabe. nos limites desta folha.

Esta casa, que r.aliza as suastrausacçOes commerciaes directa-m^nte com a líuropa, pôde porcerta razão, vendendo á dinheiro,vender mais barato de que qual-quer outra.

Caries de Montreuil

ALUGÂO-SEescravas para todo o ser-viço, amas dc leite e mu-camas ; na fazenda daCiram minha. (900—10

25 RUA DIREITA 25

(918-10

Para 1885Folhinhas Laemraert. . . .00Almanack das senhoras. . 15.000

Livraria Pereira13 RÜA HALFELD 13

(93Ô*-10

PEDREIRAAos Srs. empreiteiros

e mestres de obras

Mattos & Irmão, continuão a suaantiga venda de pedra própria paraconstrucção de casas, capeamentoe toda e qualquer obra, aos preçosresumidos de :

1 carro alè 10 . . . 3900010 a 20 25.800Era maior quantidade ainda se

faz abatimento.Garantem-se bons carros.

(899+

As mocas de Juiz do Fóra

COLLEGIO HERMESEste estabelecimento, recente-

mente fundado nesta cidade pelobacharel Fonseca Hermes, recebealumnos internos, semi-inlernos eexternos.

Por um corpo docente completo,habilitado e escrupu)osamente se-ledo são professadas as diversasdisciplinas que constituem umcurso regular de inslrucçío prepa-ratoria, que se acha distribriida daseguinte forma :

Um curso de instruecão prima-ria do primeiro grão.

Um dito, dito de segundo gráo.Um dito, de preparatórios para

as diversas academias do Império.Ura dito de escripturação mer-

c? _til.Um dito facultativo de grego,

allemao, italiano e sciencias na-turaes.

O numero de alumnos é limita-do, havendo anualmente 10 lu-gares vagos para internos, 12 parasemi-internos e 15 para externos.

A par de uma instruecão solida,esforça-se bastante o director pordar a seus discípulos uma educa-ção esmerada.

As pensões, pagas por trimestresadiantados, são assim estipuladas :Internos, curso primário . . 190^000Internos, curso secundário. . 1__$_00Semi-internos curso primário 6õ&'00qSemi-internos, curso secundário 750000Externos, curso primário . . 36SÕ0OExternos, secundário 45„000Bellas-Artes 30#00_v 0 collegio incumbe-se de fome-cer objeclos de escripta por 35. tri-mestraes e encarrega-se da lavagemda roupa dos internos por 245.000.

Como testemunho de sua profi-ciência e dedicação conta o directordesle estabelecimento 10 annos depratica do magistério nos prinei-paes estabelecimentos da corte,nesta província e na do Rio de Ja-neiro, esperando a valiosa pro-tecção de seus amigos, esforçar-se-ha, o quanto possivel, para quea experiência justifique a confiançaque em si fôr depositada.

Juiz de Fóra, 27 de Junho de1884.— O director, bacharel Fon-teca Bermts. (i s. 717 -+¦

II

Page 5: PUBLICA-SE A'S TERÇAS, QUINTAS E SABBADOSmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1884_00099.pdfmodas da rua de S. Honoré. Ne-nhuma das suas companheiras pó-dia rivalisar com ella para

.j.xxxx-

?*p PHAROL — Terça-feira 2 de Setembro de 1884

FARRICA DE MACHINAS

FUNDIÇÃO DE FERRO E BRONZEDE

G. F. GRANDEENGENHEIRO MECÂNICO E CONSTRUCTOR DE MACHINAS

Premiado com o diploma de Mérito na Exposição da IndustriaNacional de 1881

Fabrica rodas d'agua, turbinas, rodizos de ferro ou madeira.Eugenhos de moer cauní*, systema melhorado, para ser movido

por motores ou animaes. Taxos de ferro fuudido.Machinismos de beneficiar cafó dos melhores autores.Déspolpadores de café.Machinas para fabricação de farinha de mandioca.Engeuhos de seriar, horizontaes, verticaos e circular?'Moinhos de fubá ou arroz, do todos os feitios.Eucarruga-su de mandar vir do estrangeiro machinas a vapor e

estabelecimentos industriaés de qualquer natureza.Illiiminaçao eleciriea do systema Brusk, Edison ou Simetis.

Estabelce linhas telophonicas do systema Bell «fe Blak,adoptado em toda a Europa e America.

Funde-se qualquer peça de ferro, latao, bronze oir%^Mjo.

JUIZ DE FORA - MORRO DA GRATIDÃOCouimunicaçao telephonica n. 1

Deposito de sulphurcto de carbono

zmm. mmmmoVER PARA CRER

Este importante e acreditado estabelecimento acaba de receberum esplaudido e magnífico sortimento de fazeudas finas e grossas,objectos de armarinho, roupa feita, calçado, chapéos, perfumarias,fumos, ciganos, charutos, bolsas para fumo e cig*ai*i*os, louça, fer-ragens, tintas, vinhos, licores, cerveja etc, e continua nas aistnfavoráveis condições de bem servir aos seus numerosos freguezes.

Escolhido por nm dos sócios da casa, que para isso foi expressa-mente á Corte, o sortimento do BAZAR MINEIRO nao tem hoje rivale é digno do adiantamento e progresso desta cidade; pois que àgrande quantidade reúne a variedade, podendo assim satisfazer atodos os gostos e a todas as exigências, por preços de uma modicidadesem exemplo, como poderão verificar aquelles que se dignaremhonra-lo Jcom a sua confiança.

(541 -'-

Bii

MODASQuereis um penle dos que ha

de mais moderno ?Um cinto, cousa bonila ?Outras muitas novidades ?Em vigor nas grandes cidades ?

Os extractos do Japon ?Cousa üna, alto recato ICorre, pois, á Notre Dame,A dinheiro e mais barato I

(917—3

DEPOSITO DE CALns

CarandahyO abaixo assignado communica

a seus amigos e freguezes, que éo único agente, nesta cidade, dosSrs. JoaoBaptit/ta de Castro «fe C,fabrica mes de cal, em Carandahy,

Tem sempre grande quantidadedesta cal, que vende em grossopelo mesmo preço da fabrica. Sa-tisfaz, com a maior brevidade,qualquer encommenda que lheseja dirigida.

Juiz de Fóra, 19 de Abril de1884.—A.J. Ferreira Pontes Ju.nior, (456 +

Queijo SuissoEstá quasi acabando esle dolcioso

queijo, que chegou a casa deBrandi & Comp.

Rua Direita

CASA RRANDI C.JUIZDE FORA

Acaba de chegar a este estabelecimento, um variado sorti-mento de fazendas, modas, novidades, è mais artigos concernentes,ao ramo de negocio.

Resolvendo osdouos deste estabelecimento, diminuírem seus preçosevndeiido de ora avante, com um lucro limitadíssimo, estabelecem ascondições de suas vendas, unicameute a dinheiro.

13 »V4 DIREITA n. 43

AFFONSOOURIVEIS E %$1 lAj^r

COLUCCIKELOJOEIRO

Participa a sua numerosa freguezia, tanto desta cidade comode fóra, que acaba de receber da Europa um grande sortimento dejóias do mais apurado gosto, assim como também relógios de prataEstrada de ferro legítimos, que sao os primeiros para regularem.

Relógios com phases lunares e calendário, marcando o dia dasemana e do mez.

Relógios de ouro para homens e senhoras.Despertadores para cima de mesa.Correntes de diversas qualidades.Também recebeu mais de

1,000 paresde brincos e bichas de diversos padrO-js, anueis de brilhantes para todosos preços ; medalhas para corrente com letras cravejadas de bri-lhantes; grande novidade em alfinetes para homens e senhoras.

Convidao pois ps Exmas. familias a virem examinar o grandesortimento e fazerem alguma escolha, visto que tudo se vende porpreços sem competidores neste gênero.'

O proprietário garante nao somente a boa qualidade de todas assuas mercadorias, como ainda a maior modicidade nos preços e todaa attenção com os freguezes que se dignarem honrar o seu estabele-cimento. .

A mesma casadispOe de bons officiaes para concertos de relógiose jóias, afiauçando-se por um anno todos os concertos.

12 RUA HALFELD 42

43 43

Ama de LeiteEm caza do bacharel Fonseca

Hermes preciza-se de uma amade leite que seja carinhosa, sadiae aceiada. Paga-se bem, mas óinútil apresentar-se sem as condi-çOes exigidas. (855—[¦

AVISO

OFFICINAS DE MACHINASE

FUNDIÇÃO DE FERRO E BRONZE

O dentista Inglez, Frauk Ben-nett, previne áspessoasque podemprecisar dos seus serviços, que estápara retirar-se breve para Europa.

ARMADORJosé de Paula Queiroz,faz scien-

te ao respeitável publico desta ci-dade e seu municipio que, achan-do-se melhor de seus eucomraodosde saúde, coutinúa a exercer suaantiga profissão de armador parafestas e fuueraes.

As pessoas qnpsediguarem hon-ral-o com sua confiança para qual-quer dr-stes serviços podoràO pro-cural-o nas casas dos Illmos, Srs.Brandi <fe Comp., alferes AntônioAmalio Halfeld e Victorino da Sil-va Braga, digno procurador dacâmara municipal; garantindo oannunciante perfeição de trabalhoe modicidade de preços. (783-f-

ALUGA-SEnos baixos do hotel Rio Janei-ro, tres grandes commodos pro-prios para escriptorio de advogadoou para negocio ; trata-se uo mes-mo hotel. <, (881—•*-

COLLA E PALHINHAVende-se colla superior do Rio

Grande, e palhinha para cadeiras,por preços baratos, no depositode colchoaria e moveis de Corrêa& Cmp.

15 BUA HALFELD 15

DE

C. SCHUBERTLargo Itiachuelo esquina das ruas

Direi lu e Imperador1'endo augmeutado suas officinas e o uumoro dos officiaes, acha-se

habilitado a apromptar com a maior brevidade qualquer eucommenda,como sejao : Engenhos para moer cauna, ditos para café; engenhosde serrar madairas, rodas d'aguas, ferragens, eixos, transmissões, po-lias, mancaes, ventiladores, prensas e eevadeiras para mandioca,moinho para fubá, etc, etc, chapéos para fogOes, chaminés grandesgraJilhos e portões de t dos os feitios. Encarrega-se de mandar virdo estrangeiro, machinas a vapor e estabelecimento de qualquer na-lureza.

JUIZ OM I OUV 569— +

Fabrica de tecidos Industrial Mi-neira em Juiz de Fóra

Preços dos tecidos, em fardos *.Algodão branco 300 rs.Algodão branco 360 rs.Algodão branco 400 rs.Algodão branco 280 rs.Algodão branco 280 rs.Algodão branco Maripoza 280 rs.Riscado 1* 460 rs.Riscado 400 rs.

* Deposito em casaDE

RRANDI &COMP.JUIZ DE FORA

EXMAS. SENHORAS ! MEUS SENHORES

DE CHAPÉU NA MÃOO proprietário da Notre Dame de Juiz do Fóra,—lem a honra

de participar ao respeitável publico desta cidade o a todo municipio,queacaba de chegar da corto, onde nas principaes casas daquella praça,escolheu o sortimento que recommenda, digno no seu todo de satisfazer—aos mais exigentes paladares I

Tendo ido especialmente á corte para esse fim, o proprietário daNotre Dame, peccaria mesmo senão apresentasse um sortimento sòagora visto nesta cidade 1

Sem nos tornar prolixos na dcscriminação dos artigos, diremosque o sortimento de nossa escolha, é altamente recommenda vel, poisque, a pardas condições agradáveis em que o fizemos, sobresahe nelletudo quanto ha de mais alevanlado na grande capilal! I As nossas con-dições de vendas são já bem conhecidas do respeitável publico, e comosabem é o único compatível com a economia geral : Barato e a dinheiro.

E' pois tá rua do Imperador, próximo a rua Halfeld, que a modapegou sem meios termos:

(905—4Barato c a dinheiro

RBSTMMNTÍ C MHKRCIAL

JUIZ DE FORA

JUIZ DE FORA(902- 4

(919-8

O DICCIONARIO DO POVOA publicação mais ecouomica que se tem feito neste gênero.

Barata e completa. Preço 25000. No escriptorio desta folha. (+

Bibliotheca do PharolLOMBRA

Acha-sn a veoda este romanceque tanta aceitação teve, quandopublicado em folhetim no Pharol.

1 vol. de 190 pags. 18000.

Procurações-A

Vendem-se a 3$000 o cento,nesta typographia.

DOMINGO, 51 DE AGOSTOFica esle estabelecimento franqueado ao respeitável publico de

Juiz de Fóra, onde se encontra, não sò comidas como diversos re-creios ; jogo de bola,syslema allemâo e jogo de malha, e outros que seestão preparando; grande chácara arruada, para passear banheiro dechuva, ele, etc; toma-se encommenda de doces de todas as qualidades,aceitam-se janlares para etiquetas, fornece comidas a pensionistas,mensalidade 3OW300; tem sempre comidas frias, como sejão : Prezunto,Fiambre, Salame, diversas carnes, caças e peixes, promplas e paraapromptar, vinhos de superiores qualidades de marcas legitimas, sò sevende o que é verdadeiro, preços commodos em todas as encommendas,o restaurante tem lista com os preços das comidas, aos domingos edias santificados, tem mesa redonda das 4 ás 5 horas da tarde, preço1$500 com vinho.

A chácara está sempre franqueada ao respeitável publico parapassear com as suas Exmas. familias, desde as 7 horas da manhã atéáo anoutecer, espera-se a protecção do amável e consciencioso publicode Juiz de Fóra.

O proprietário e gerente desde já agradece.

JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES(944-1

EM 15 MINUTOS

CARTÕES DE VISITAa 2$500, 5$ e 4$ o cento

Imprimem-se com a máxima perfeição

NESTA TYPOGRAPHIA

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Page 6: PUBLICA-SE A'S TERÇAS, QUINTAS E SABBADOSmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1884_00099.pdfmodas da rua de S. Honoré. Ne-nhuma das suas companheiras pó-dia rivalisar com ella para

nFl A ROL — Terça-feira 2 de Setembro dè 1884 631

A VA-YORKCOMPANHIA MUTUA DE SEGUROS DE VIDA DOS ESTADOS-UNIDOS DA AMERICA

CAPITAL CERCA DE CENTO E QUARENTA E DOUS MIL CONTOS

RENDA AMUAL CERCA DE TRINTA E CINCO MIL CONTOS

FUNDADA EM 184539 ANNOS _D___ PROSPERIDADE

Sinistros no BrazilNOMES

Joseph NorrisGustavo MassetVictor ScheitlinJoão José de Freitas GuimarãesDr. Cândido Quirino Bastos .José João Ribeiro .C. A. A. Dohrmaun .Josó Rodrigues de SouzaGustavo Wedekina.José Soares PereiraPaulo FJmilio Willraer.sdorf.Tito Antônio da Rocha.

L._dr.s .»

Pariz .Pará . .

Rio de JaueiPará . .Rio de JaneiBahia.Santos(.'ea 'á.

DATAS Dü PEDIDO

28 de Fevereiro de 187G.21 de Abril de 1876 .21 de Janeiro de 1878.31 de Maio de 1882 .17 de Agosto de 1882.13 de Abril de 188. .

5 de Marco de 1883.29 de Marco de 1883.31 de Outubro de 183317 de Maio de 1883 .12 de Marco de 1883 .27 de Junlio de 1883 .

DATA DO FALLECIMENTO

12 de Janeiro de 1883.17 de Setembro de 188111 de Abril de 1878. .

de Fevereiro de 188317 de Dezembro de 188217 de Julho de 1883 .19 de Agosto de 1883.31 de Agosto de 1883.25 de Janeiro de 1884.2ü de Fevereiro de 1884

de Abril de 188428 'ie Setembro de i883

PAGOU DE PRÊMIOS

Rio de Juneiio.»»

Pará. . . .» . . , .» , . . .

Rio de Janeiro.Pará . . . .Rio de Janeiro.Bahia . . .Sautos . . ,Fortaleza .

£££

Rs.»»»»

»

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541275

1.546544$80O674800025*0800480S0OO664.80017502008605000129SÓ00241 $001)

OS HERDEIROS RECEBERÃO

(Restituição)££

Fr.Rs.

»

p

»»»

1.078 U/1312 3/4

60.00012.000*00024:000SOOO

7:200000053;833$00011:825800023:693000013:920800011:61300006:1760380

Pagou a companhia por mortalidade dos segurados.

/Desde 1845No anno dd 1883..o me/, de Janeim de 1881.(No mez d^> Fevereiro de 1884)No mez de Março de 1884.[No mez de Abril de 1884. .No mez de Maio de 1884. .

^No mez de Junho de 1884. ,

cercu de 72,000 contos» » 5,600 »

496»

»»V

508373370472426

»»

»»»

Banqueiros e agentes locaes da companhia em Juiz de Fóra, os Srs. F. Baptista de Oliveira & 0.Brevemente chegará a esta cidade o agente viajante. Sr. Vicente de Léon Annibal. (024-+

FORMICIDA CAPANEMAPrivilegiado por decreto Imperial n. 5,357 de 23 de Julho de 1873 eprorogado por mais oito annos

por decreto n. 8.450 de 11 de Março de 1882

Unica preparação efficaz para a completa e absoluta extineçao daFORMIGA SAUVA fabricada expressamente para esse fim nas fabricas do B/UIAO

DE CAPANEMA na ESTAÇÃO DO RODEIO e ILHA DO GOVERNADOR, deonde nos últimos oito annos se tem expedido numero superiora

360,000 LATASpara TODAS AS PROVÍNCIAS DO IMPÉRIO, dando sempre resultados muito além da expeclativa pelo que tem grangeado a protecção da Lavoura e a reputação de que ora goza.

As fabricas do Rodeio e ilha do Governador estão montadas de fôrma a poder supprir qualquer quantidade de formicida de que a Lavoura possa carecer por

PREÇOS MUITO REDUZIDOSpodendo os Srs. fazendeiros e negociantes dirigir os seus pedidos ao

ESCRIPTORIO GERAL--RUA DA QUITANDA 149

CAIXA 472 CORTE TELEPHONE 198onde encontrarão sempre ao seu dispor qualquer quantidade do

LEGITIMO FORMICIDA CAPANEMAOs Srs. negociantes encarregados da venda do Formicida Capanema na cidade de Juiz de Fóra, são os 111 mos. Srs.

Nuno Teimo Ct C. — _S.__.__3_ _____3_I3B<3.. Brandi _fc€. .sinão J. Teixeira de Carvalho. Julio Augusto da Silva Dias.

Juiz de de Fóra, 14 de Junho de 1884.—- Alberto J. P. Hargiieaves.Tfypograpkia e Li._.©gr»pki_ do — Pjuaot, — JbUt« Hal£§i«_ a. 16

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