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. ii! J»M>'iijUWtn»
Mançlo e admínistraçKoRUA DIREITA, 144
(Esquina da Marechal Oeodoro)
ANNO XLÍVXjTOlt-PUOPRIETfRIO
iguú Joãa Evangelista da Silva SomesGERENTE
Ologo Rochar. ri;!lr,",!'",íl"'c "° RI" <1« Jnnrl-
o »r. Francisco Nelson .Monteiro
-'-•' "^_ ¦ •"¦'?"'l ¦-._-* "• ' r^___V_______B_t§^" l<a "'"¦¦' ¦"--¦- :.'-¦¦ jf*- ' âçSifcV '.-'V- "~^-"'^ç. - - "?^ >: -?-'¦" .:"-"-'- *>-".,'-~ .'¦'¦¦•" r*''/r"
JUIZ DE FORA (Minaa), Doming-o, 7 de Novembro de l»0^ |' NÍIM 264"
~ ' ~
HEüO ADA
sinceros do que outras cidades irmãsqno pxhibem a nudez de sua imli-gcncia. Nos cobrimos essa nudez, nãocom o vu0 diaphano da fantasia, doqnc nos fala Eça de Queiroz, mas« >m o manto dourado das apparen-cias.
(íaiefflp*'' f^tajiiio eu na Avenida, tral em dia o hora de grande mo-',.,,
naquella elegante artériaa, dizia-mo um amigo :
„.\ njai<»r parto do quo ahi vês<,imitia''" 'i'"' - miseriadourada.
0-resso rápido da capital trouxe-./hábitos o estes novas necessi-
. ,.ni tlosaccordo com os recursos.' ,4 íncios (le vida da maioria da
jnada sociedade elegante ou quelosc'
—- Olha,meu caro, dizia-mo o amigo a que me rofiro em principioaquelles automóveis do luxo, aquel-coiqjés, os bailes e thea^os, osles
Ruy Barbosa
concortos e o lyrico, custam a algunschefes de famiíia mozos do ordenadosem falarmos nas toilettes obrigadas
A Tribuna, orgain vespertino ca-rioca, francamente hermista, o doqual ú redaetor-ehefo o senador An-tonio Azeredo, assim noticiou o an-niversarío do eniincuto sr. Ruy Bar-bosa, candidato á presidência da Ro-publica:"Completa hoje 60 annos de pro-ciosissima existência, applicada ao
para NaçõOH relíquias querNa Monarchia ou na Uopubliu
pelo ultimo figurino. Dahi as que-os
-o.pretcw
Alii o meti amigo entrou numa se-uonsiderações, no sentido de
demonstrar o quo ou o os leitorest-m»* fartos do saber, com referen-
i civilização e.á luta pela exis-
entretanto o Rio, como os grandesos luminosos, tem a propriedade
iesfctraliir ;'s mariposas quo, na hy-w_esc figurada, são aquelles que«deixam illudir polo explendor, ver-la/leiro ou fictício. Corto lia quemtriumplic naquollo moio; mas a por-centòtrem dos vencedores sobre osmcííIos não é de molde a encorajar
$ espíritos timoratos, os contempla-livos e idealistas, o são estes que seprestam mais a representar o papel,i6borboletas uocturiiás...
A semana decorrida foi consagra-ijaiarte e ao feminismo.
Jnlio Vnz expoz um formoso qua-io,desenhado ti nankim.com os re-
fatos dos) graduandos em odontolo-apelo (iranbery, quadro esse quepara despercebido aos olhos dosBtlilTerente.se que é urna bellareve-lacüotlemn temperamento artístico;j escriptora sonhorita Julia Césarrealizou duas conferências literáriaseestreou a companhia dramática ita-lana de que faz parte a actriz mi-adra Nina Sanzi.
Tanto as palestras literárias deJulia Cesnr como os espectaculos deXina San/.i não tiveram a concurren-«aquè mereciam. Com relação á se-pila. já eu havia, por esta mesmacolunam, prophetizado esse resultado.
frrá porque não amamos a Arte ?freio (pie não.
A maioria das cidades do interioráiattraoin os artistas. Nellas, a po-kfflt. quando não a miséria, é visi-Tel, e a pobreza o miséria têm a pro-Ésdado opposta á do iman.Juiz do Fora pertence ao limitado
numero de cidades provincianas quetèmaqualidado de attrahir as mari-posas. Entretanto, si não possuímosàtla automóveis o carruagens deIwo, si não temos o corso e outrasDiversões ologantes quo absorvem asradas dos pobres chefes de familia,(brigados a manter a ?í)í/ia em des-Beordo eom seus recursos, não doi-amos, comtudo, do ter já a misériafeirada, Si esta não faz ainda a dos-Jtaça das famílias em
'nosso meio, é
sopleamonto porque não tomos as«triyeis teutações do luxo e da ele-Na que o progresso vertiginosoi Rio forneceu aos cariocas, sem aJpsponsavol transição, e porque,íânibem. os últimos resquícios dembsos hábitos patriarchaes servem«isolador ou pára-raios.:: Os ohofos de familia, aqui, não têm•™ para diversões caras, porque«as mio figuram em nossos hábitospianos. Quando muito, ha no or-íaxnoiito doméstico uma verba para*wmtographo; que é barato.; J:ln.odesi(1uilibrio orçamentário,Pulo por acaso so nos apresenta
jj» diversa, nova o cara, embora
presente esta uma das mais nobresgestações da arte. desiquilibrio
do a todo otranse,por faltastipplementar.es.
linda que, alémprincipal, lia ainda
bras fraudulentas, os suicídios, ...desfalques, a prostituição. E muitosdesses palácios quo estás vendo es-tão hypothecados ; alguns já o esta-vam antes de serem construídos...
Nós ainda lá não chegámos o prazaa Deus não cheguemos tão cedo : maspara lá caminhamos a passos rápidoso 1:' havemos de chegar. Juiz de Foraprogride a olhos vistos...
Felizmc rto o gênio de seu povo,ainda apegado aos hábitos patriar-chaes de nossos antepassados, semprejuízo de seu amor ao progresso eá civilização racionaes, ainda não secoadunou com as exhibições osten-tosas em desaccordo com seus recur-sos.
Com seus 25 mil habitantes, Juizde Fora não pôde ser comparada ao-Rio, que possúe um milhão; a SãoPaulo, que tem 400 mil; nem mes-mo a Bello Horizonte que, emboraconto apenas vinte mil habitantes,dispõe do elemento official paramanter os seus créditos quando é vi-sitada por uma artista como NinaSanzi.
Creio mesmo que esta fói uma ex-
trabalho nobilitanto e immorrodouro,o notável brasileiro Ruy Barbosa, aquem a Pátria tanto devo.
Apezar do ser um nomo universal,o sr. Ruy Barbosa não o bastante co-nhecido no seu próprio paiz, pelassuas qualidades o virtudes cívicas,hoje proclamadas por muitos daquel-les que as combatiam, quando os seusmovimentos eram contrários á cor-rente politica na qual então se acha-vam. Nós que, ha 20 annos, o aoom-panhamos de perto, que conhecemosa grandeza de sua alma e a sinceri-dado de suas convicções, a energia dosau caracter e a lucidez do seu espi-rito, que admiramos as suas virtudesprivadas e a generosidade do seu co-ração, sentimo-nos felizes por vermosque muitos dos seus adversários einvejosos do seu saber lhe fazem hojecompleta justiça, rendendo-lhe ashomenagens que sempre lhe tribu-támos.
Na verdade, um nome que encheuma nação, que faz uma época, querepresenta a intelectualidade de umageração, não merece dos seus com-patriotas, nem mesmo dos seus adver-sarios políticos, sinão o respeito e oacatamento a que têm direito os es-piritos superiores. E nem tem sido
queridas,a, 08
seus servidos são oghal mente relê-v antes, Juriaoonsultò, orador o pnbli-cisia, o seu nome refnlge mirooladono horizonte do paiz, sempre ampa-rado pelo carinho nacional contra astentativas criminosa*' de absorpçãopolo partidarismo «intolerante quoprocura torpemonto explorar a suagloria! *
A sua vida representa um esforçocontinuo em prol da Nação, que hojelhe venera o nomo com o mesmoamor com quo amanhã ha do porpe-tuar-lhe as virtudes, moral quo ellesempre praticou. 4. Jí*
Ha na vida des^o homem um auxi-lio incoraparavelique não diminuo asua gloria, nem tiwfponco invalida oseu esforço. E' a intensa solidarieda-do na sua obra dessa santa creatura,mme. Ruy Barbosa...sua boa, dignaeamantissima companheira, sempre amesma nas horas de prazer ou injus-tiças.
A Folha ão Dia apresenta a RuyBarbosa sinceras felicitações pelo seunatalicio."
Julia Cesir
ZIG Saborosa,refrigerante
e estomachica
£. bebida espumante
cepção, por ser mineira e vir prece- Por. ?utro motivo que na campanhadida de fama mundial, pois outros Polltica do momento tem sido o seuartistas têm tido maior decepção nacapital de Minas do que em Juiz deFora.
Ora, si o Rio e S. Paulo têm,re-spectivamente, populações 40 e "16
vezes maiores do que a nossa, é ela-ro que, não obstante a crise geral,podem mais facilmente do que nósmanter uma grande companhia dra-matica... e não mantêm.
Apostar que a melhor casa obtidapor nossa patrícia, no Municipal, foiinferior a uma casa commum do Con-certo Avenida que, por essa oceasião,enthusiasmava os papalvos com aexhibição de Paul Pons, ConstantAimable e outros lutadores romã-nos...
A minha talentosa patrícia veiuumatár~~saudâdesu de sua terra. Eagora, que já reviu o céo pátrio, tãoformoso nos dias claros, de sol ruti-lante, e tão triste nestes dias plum-beos e chuvosos; agora, que viu denovo o ninho que a agasalhou, voltepara o velho mundo, continue denovo a falar com sua sombra para nãoesquecer a língua materna!, mas nãoa fale mais sob o céo de sua terra na-tal emquanto viver a vida saltitantede artista. Troque-a por outra, comoaté agora, e continue a viver dentrode uma saudade, como dentro de umsonho, porque
uos mais bellos so-nhos são os que se não realizam
ununcaH.G.
Notas & NovasO TEMPO
R- sumo das observações meteorológicaseffectuadas no Dispensario da Liga MineiraContra a T> .oerculose, em 6 de maio
0 ¦
_<d
ca
-ctuaos.
««recursos, Peva ponderai!*», <pie é a
ía cansa do fracasso dos artistasV''0S •C'm llonrado ultimamente,• >«a visita, actores ou músicos,
as ou pintores: é que os intel-em sua maioria, aqui como•'Ma a parto o om todos os tem-«to p0bre.s, nâo podem, em re-
fÍmrl0Õ§Pfa aquisiçãotoa» °nosso ou de maior quantia•^ewnpra de um quadro.m'ys "tolleetuaos são os únicosittenf1 amar ° comPi-ehender a
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Therm desab. ennegrecida 26.4Temp. Máxima . 21.2Temp. Minima 17.3Evaporações em 24 boras 1 mm 6Chuvas: —
Observações: —
Estado da atmosphera em Juiz de Fora,encoberto; Rio de Janeiro, incerto; Barbace-rna, encoberto; Victoria, incerto; Sao Paulo,incerto.
•mpo em que Novelli0S »o Rio encontravam
" 0nív< ' artistas, depois de mal sue- Rio,SVosá farta
eias quantos especta-«aüzavam. 0 povo não mudouPelo contrario, este sedes-
aquiconseguiam tan-
agostoVolveu ton
S* aQui ram-se os tem-Brasil .', -0 omtoda a parte dohkMi.
( • uni pouco mais de di-•a-se mais folgadamente,
a para diversões nos orçai„
-110sticos.Ç*'doxr^£ nof ° aCfcUal nâ°
¥o geral aB ldl' Apenas somos menos
eex-ssa: ó o reflexo da si-
O revmo. sr. padre Leopoldo Pfad, vi-gario da freguezia, tencionando comme-morar a peregrinação á Apparecida, ulti-mamente realizada, resolveu publicar umaespécie de polyanfcbóa, na qual se enfei-xem trabalhos referentes á romaria alludi-da, em volume fartamente illustrado e ca-rinhosamente manufacturado.
Dirigida por B. Ernesto Júnior, a publi-cação referida será vendida, ao preço de500 reis o exemplar, em beneficio das obrasda matriz desta cidade.
Sao acceitos, desde já até 30 do corrente,
pedidos de exemplares, pelos srs. xevmo. vi-
gario e Manoel Bernardino de Barros. .
Chegou hontem, pelo rápido, a esta ei-dade, vindo de Bello Horizonte,'o sr. dr.Jvjscelino Barbosa, secretario das finançasdo governo de Minas.
Em companhia dos srs. drs. Saul Bello,Nunes Lima, Pinto de Moura, Gomes deLima e alferes Pedra o sr. dr. JuscelinoBarbosq. çercçrreu varias ruas da cidade.
nome respeitado pelos partidários dacandidatura de maio, embora os quèa combatem lancem mão de todos osmeios para a deprimir, como seriamcapazes de o fazer si as candidaturasfossem invertidas; isto é, si o sr. RuyBarbosa fosse o candidato da assem-bléa de maio, pois certamente não es-colheriam armas para o atacar muitosdos seus partidários de hoje.
Educado na escola dos princípios,para servir a uma idéa liberal, o sr.Ruy Barbosa não conhece adversa-rios nem desaffectos, pára servir a li-berdade, ainda com prejuízos dosseus interesses políticos, e nem poroutro motivo elle tem procurado dou-trinar no regimen actual, que pro-curou implantar no Brasil com tantasuperioridade, pggmovendo os íunda-mentes da nossa lei básica.
De par com attributos tão elevadoscomo homem político e como doutri-nador dasciencia jurídica, correm asbellezas do seu coração de amigo, agrandeza de seus sentimentos na fa-milia, onde resplandece, o evangelhode seus exemplos immaculados.
A Tribuna, associada ás demon-strações que toda a sociedade rendehoje ao eminente patrício, envia-lheeffusivas saudações e votos pela pro-speridade de sua existência tão que-rida e tão necessária."
Nobre homenagem essa, partindode um orgam que combate a candi-datura de agosto. Ha, apenas, umequivoco por parte do brilhante col-lega, quando assevera que
"na cam-panha politica do momento tem sidoseu nome respeitado pelos partida-rios da candidatura de maio."
Na imprensa carioca, por exem-pio, só A Iribuna, O Paiz e A Im-prensa ainda não injuriaram o gran-de brasileiro, que tem sido até ac-ousado de ladrão por outros orgamshermistas, que lhe não poupam con-vicios.
Aqui mesmo, na imprensa local, osorgams civilistas ainda não insulta-ram o sr. marechal Hermes, ao passoque o candidato civil tem soffrido asmais infamantes calumnias.
Consola-nos, porém, a justiça, queos espiritos superiores fazem ao no-tavel comparricio, que é hoje umagloria da raça latina.
—A egualmente insuspeita Folhaão Dia, orgam militarista, assim noti-•iou o anniversario de Ruy Barbosa:"Completou hontem 60 annos deedade Ruy Barbosa.
A organização intellectua! extraor-dinaria que aquelle nome revela en-che a Historia Nacional e honra oBrasil.
Ruy Barbosa é o depositário doge-nio brasileiro, o defensor intemerato,na Republica, da ordem constitucio-nal e o interprete sublime, perante alei e os tribunaes, das grandes ago-irias populares.
Descendente de um nome grande-mente illustre, mas cujo mérito in-tellectual o filho conseguiu ultrapas-sar, Ruy realisa aquelle typo de ho-mem ideado por Nietzsche como obs-taculo á decadência social do seutempo, uma espécie àe surhomme ele-vando-se tanto acima da espécie quan-to a espécie sobre a pura animalidade.
De facto, no Brasil, não ha menta-lidade de egual poder, e tal é o pres-tigio.talo brilho, o fulgor surprehen-dente que delia se desprende, que,coisa curiosa, os inimigos de RuyBarbosa não conseguem odial-o.
Elle pertence a essa ordem rara dehomens que consubstanciam as glo-rias de uma nacionalídadade, cóncre-tízaiq, as conquistas de íim povo e sâo
O sr. Antônio daMotta queixou-se liou-tem aosr. delegado, de policia de que, ten-do ido cobrar a seúminquilino, o engraxateThomaz, este o ameaçara de morte.
O sr. alferes Pedra tomou as providenciasnecessárias.
Segue para* a zona daOeste,em serviço desta fo-lha, o nosso representan-te, sr. capitão FranciscoBias Ministério.
'—<-•••->—
Escolas municipaesEifectuaram-séjtiò dia 4 os exames
dos alumnos da èfcola mixta, munici-pai, da Grama, repda pela professorad. Honorina Augusta de Miranda.Compareceram 42 alumnos, sendoverificado o segumte resultado :
V. classe. — Eèitura, calligraphia,dictado e arithmética.—Joaquim Ri-beiro, Oscar Estaisloff, Manoel dePaula e Amaral de Paula, distineção.
2!.1 classe—Leifííra e contas.—Gus-tavo Estaisloff, José Rocha, Palmyrade Castro; Franc|gco d'01iveira, JoséLourenço, XistojJA. de Assis, Calixtoda Silva, Laurá^Lnacleta e JulietaMaria Esfcaisteff^lenamente; Manoelde Oliveira e Manoel Braz, simples-mente.
Presidiu a mesa o sr. Pedro Horta,servindo de examinadores a docenteda cadeira e o sr. M. Al vim. Foramfeitos vários recitativos. A solemni-dade foi concorrida.
-. Ante-hontem, com o numero de14 alumnos comparecidos, effectua-ram-se os exames na escola mixta daColônia de S.; Pedro, regida por d.Maria Gertrudes Sampaio.
Resultado : Leitura, contas, calli-graphia e historia do Brasil—EmiliaKirchmair, plenamente; nas mesmasmatérias, menos historia, Emilia Pe-ters, plenamente; leitura e calligra-phia : Maria Mitroffe, distineção ;Crescencia Eiter, Henrique Peters eLuiz Klegin, simplesmente.
Presidiu a mesa o sr. inspector es-colar, servindo de examinadores o sr.Pedro Horta e a docente da cadeira.
A brilhante poetisa Julia César fez ante-hoittom na aula de üe&tiüuit da Cauiura Mu-nicrpal, a sua segunda çonforoiiciu literáriaque, como a primeira, agradou immensa-mente no auditório, que a applaudiu comentluifliasmo o calor.
Foi tbenia—Oltowcm julgado pela mulher.Discorreu sobre elle a conferencista, combastante graça, delicadeza, affectuosidade,carinho o devottunento. Parece-nos, salvoengano, quo desde tempos imniomoraveisnão e o homem tão bem tratado por essevulto frágil e terrivelmente ferino (£) quese chama - mulher—e ó o complemento doque do mais sublime podo haver — a huma-nidade.
A talentosa poetisa foi mais do que geri-til para com o sexo barbado: disse verdadesmagníficas, enterneceu, prendeu o audito-rio, fez rir, fez correr pelo salão um fremi-to do goso...
Incontestavelmente, como já havia acon-tecido com a primeira conferência, conse-guiu Julia César um bello triumpho.
As suas ultimas palavras foram coroadaspor prolongados o enthusiasticos applausos.
Julia César recebeu, além de muitas ou-trás, felicitações de Nina Sanzi e vários li-teratos.
Foram-lhe offertados por um grupo degraciosas senhorinhas muitos bouquets deflores naturaès.
Em um dos salões do Fórum tocou a ex-cellente banda musical dos alumnos doGranbeiy, sob a regência do professor Eu-clydes de Britto.
Julia César deveria ter ficado satisfeitacom as homenagens affectuosas de que foialvo, ema noite de ante-hontem,
Julia César éffectuou hontem, ás 7 horasda noite, no gymnasio Granbery, Uma çon-ferencia, dedicada aos alumnos d'aquelleinstituto.
Discorrendo sobre o thema—A educaçãodas creanças, a illustre palestrante deliciouo auditório com uma peça literária de finolavor e subida, estima.
. A mocidade estudiosa fez a Julia Césaruma imponente ovação, off erecendo-lhe umrico mimo; constante de um bello estojocom tinteiro, caneta e lápis.
Fallou em nome dos offertantes o jovenDomingos Euflulo.
Julia César agradeceu commovidissimaa essa prova de intenso carinho dos intelli-gentes moços do Granbery.
Durante o tempo em que permaneceu alia illustre escriptora fez-se ouvir a maviosabanda do Gymnasio.
Julia César retirou-se do Granbery ex-traordinariamente captiva do modo gentil
Romance de amor(EPISÓDIO LYRICO)
-A..' -LlX-Lxs-bx-e i>at__?±o±a, Z-STiLele* 3aa_u__±
PERSONAGENSLyciaJacquea
KlJJí UECAXTO I)Ú ÜRASU.—ACTUAI.IPAUE
ACTO ÚNICO
Scenario alpestre. Fonte d esquerda.Junto, uma pedra e ramarias flores-eklas; ao lado, tem alegrete. Dia.
Scena ILYCIA
(Silencio prolongado. Fntra, vaga-
e carinhoso com que foi tratada, nâo sópe-los professores como pelos estudantes da-quelle conceituado estabelecimento de ins-trucçâo.
A sua conferência—A educação das cre-ancas valeu-lhe hontem mais um suecessoesplendido.
Em uma das vitrines da Casa Smith estáexposta uma rica casaca, pertencente aoexrao. sr. dr. Benjamin Colucci, primoro-samente confeccionada nas officinas damesma casa.
MAIS UMA OPINIÃO DE DOIS MEDI-COS DISTINCTOS — Attesto que tenhoempregado com os melhores resultados emminha clinica a já muito conhecida Emulrsão de Scott na tuberculose, escrophula,anemias, rachitismo e em todas as demaismoléstias em que predomina o depaupera-mento orgânico.
Juiz de Fora, 27 de outubro de 19o9.Dr.Lindólpho Lage é[dr. Manoel Gonçalves
Barroso.
;Bello Horizonte
GRANDE HOTEL de FIGUEIREDO & C.Reconstruído ha pouco, refor-
mado e melhoradoDiárias de 6$000 a 8?000, conforme o,
J tempo de permanência no hotel U
Nosso prezado companheiro' Albino Este-ves recebeu a seguinte carta :
«Itapecerica, 4 de novembro de 1909. »-Meu caro Albino. Cordiaes felicitações pelobrilhante artigo sobre o «Theatro» e «NinaSanzi» publicado em o «Pharol» de 2 dócorrente.
Fizeste revigorar o fogo pela arteáquel-le que acha-se afastado do «Theatro» haquasi quatro annos.
Sem mais, um apertado amplexo do teuvelho amigo, Marques da Silva -r Actorem disponibilidade».
Não é desconhecido de Juiz de Fora estenome: Marques da Silva, um talentosogala, aqui trabalhou com a companhiaLuso-Brasileira conquistando muitos ap-plausos ao lado de Poggio e Carlos Leal.
A ESMERALDACasa importadora de. jóias, relo-
gios e brilhantes, vendas a va-rejo 50 °.\'0 mais barato qtiò qual-
quer outra casaTRAVESSA S. FRANCISCO, 8
frente no. merendo, dns flores6. GRASSI Rio de Janeiro
Pôçam catálogos que en-víamos pela volta do correio
ChispasPerdoa, Nina Sanzi, o pobre cantoDo mais huinilde "trovador mineiro:Humilde, sim! Mas que possúe. no emtanto.Um coração sincero e verdadeiro.
Formosíssima estrella do CruzeiroDo nosso ç^o azul que brilha tanto,Um canto embora rústico e ligeiro,Nascido d'alma tem algum encanto.
Neste o meu coração, todo se encerraE nella has de tu ver mal esboçadoUm pedaço da tua e minha terra.
A Terra debrilhantes ~ terra linda:Do Estrella do Stá tão áf amado,De Nina Sanzi mais formoso ainda!
X.Pa?.
SABOROSA,REFRIGERANTEE ESTOMACHICABEBIDA ESPUMANTE!
linchamento!Ante-hontem, ás 8 1x2 horas da noite,
no Rio, foi lynchado Arthur Mulatinho,terrível faccinora ali morador.
Na praça José de Alencar, o bulhentoápproximou-see, tomando ó carro n" 8.055,mandou que o cocheiro o tocasse.
—Toque isso por ahi pelo Cattete, de-pois digo para onde vou.
—Não; commigo não ha disso, eu co-nheço o teu costume de não pagar...- Toca esse carro ou morres ! interrom-peu violentamente o criminoso.
Lagoa, individuo corajoso, preveniu-se,fazendo gesto de defesa.
«Mulatinho», rapidamente, saltou da car-ruagem, saccou da pistola e detonou-a duasXezes contra o seu interlocutor.
O alvejado deu um horrível grito e caiuda boléa, emquanto que os animaes, espan-tados, arrastavam o carro pela praça afora.
Em seguida, fugiu Arthur Mulatinho.Perseguiram-n'o populares. Estes, ao entrarMulatinho na rua Almirante Tamandaró, ai-vejaram-n'o, matando-c a tiros de revolver.
Isto deu-se — sem commentarios -— emplena capital da Republica! E' uma ver-gonha!
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rosa, taeteando; traz ao hombro umaamphora). Sim !... Aqui mesmo ! Re-conheço as arvores, sinto sob os pósos mesmos seixos e as mesmas hervastenras e delicadas... (Parando, á es-cuta) A fonte está cantando... Quefrescor, que amável temperatura!...(Encaminha-se, de vagar, ladeando;colloca o cântaro junto á fonte. Procurao alegrete com as mãos e solta um gritode alegria). Ah! Estava saudosa devós, minhas florinhas' do valle ! Quecrescidas que estaes, que perfume quedesprendeis !... (Passando-lhes a mão)Sede felizes !... Eu vos quero muito...Tendes para mim muitas e muitas re-cordações!... (Sentando-se, como con-versando com as flores). Sim, senhorasvioletas!... Então.,. A minha boa mãe-sinha.todas as manhãs, levava-me umbonito e cuidadoso ramilhete de vossasirmãs L.Era sob a impressão magni-fica de tão docecaricia que eudesper-tava... (Com tristeza) Ah ! mas isto vailonge!... Eu era pequena, sabiarir e ria muito, ria satisfeitamente,sem pensar em outra cousa que nãofosse a minha alegria!... (AfaganãoaUguns amores perfeitos com a mão)'. Vós...Não tendes aroma, é certo, mas falaesá alma pela sombria mudez das corescarregadas e pela alegre irradiaçãoda coloração fresca!...Flor es amigas!Camaradas destas horas amargas:brilhai, enchei de perfumes o espa-ço, povoai de júbilos a natureza...Quando vos tenho ao pé de mim, ai-rosas, cheias de vida, sinto-me trans-portada ao passado... (Com* tristeza)Transportadaao passado LQue sonhoventuroso! Que esplendida recorda-ção ! Eu era assim, franzina, risordia...Andava ao regaço de todos...Certodia...Sim—foi assim mesmo que mecontaram...Tenho bem viva na me-moria essa trágica e barbara scena...A' disparada, por uma rua, vinhauma carroça...Minha mãe, tropega—coitadinha!—cincoenta e dois annospesavam-lhe sobre os hombros !—nãoteve tempo...as rodas damaldictacar-roça colheram-na...(Leva as mãos aorosto e enchuga as lagrimas)....Pobremãe! pobre mãe!...(Ao longe, sentida,ouve-se uma singela musica pastoril).Ah.!...Estamusica!....(Com transporte)Oh! é elle! E' Jacques que faz soara sua frautarude...(Jifenfa)0_.! Sim!Que bella canção! (Ouve em silencio)Jacques!...Generoso è bom!...Vamos,colhamos algumas flores para quejellese sinta satisfeito \...(Vai colher maãi-versas flores ao alegrete. Longe,mansis-sima, elevam-se as ternuras de umacanção sentimentalmente entoada. Su-bito, tudo cessa. Becáe um prolongadosilencio, entrecortado pelo balido deovelhas).
Scena IIJacques e Lycia
JACQUES
(Entrando, de vagar, tangendo álgu-mas ovelhas e correndo, ruinoso, paraLycia). — Lycia!... Lycia !... .
LYCIAJacques! .Como tardava este doce
momento !JACQUES.
Dês que alvoreceu, vago pelasmontanhas á cata das ovelhas quedeixaram os redis á noite... E' tarde...Vê... O sol tresmonta" a meio céu...Tenho os pés em chagas, tenho asmãos sangrando!...
LYCIABom Jacques !... Põe entre as mi-
nhas as tuas mãos ! Deixa que eu asaqueça e as expurgue dessas doresque as cruciam... (Levando-o para afonte) Vem... Põe-n'as á passagemdesta água fresca e murmurosa...CFa£p que diz) Agora...(Desatando a tran-ça) Afoga-as na onda dos meus ca-pellos... Assim— Doem ?
JACQUES
(Mansamente)— Lycia! Como ésboa!
LYCIANão tanto quanto és para mim! Em
ti, Jacques, hei tido, de Ha tempos
Sara cá, um irmão, um fiel e dedica-
o irmão... Si rio, ris commigo; sichoro, choras as mesmas lagrimas...Estas montanhas falam de tua gene-rosidade ; estas flores, tio teu cari-vho...(Buidosa) Ah! flores L. Guardeiestas para que enfeitassem o teu ca-jadoL.
JACQUESQue mais lindas flores quereria eu
<juo as que nascem do recesso do teuimmaculado coração o que tão oapi-toso e esplendido perfume entornampara a solidão da minha alma ?
LYCIALisongeiro !
JACQUESFala! Que seria da immensa deso-
lação destes campos; que seria demim, que seria deste pequeno trechode terra si não existisses ?
LYCIAJacques !...
JACQUES(Temamente) Fala!...
LYCIAOh!...
JACQUESEscuta!... (Aspirando as flores) São
lindas as flores que me deste...—masrepara bem—agora, orvalhadas, fres-cas, delicadas, serão d'aqui ha poucouma reminisceneia do que têm sido..,Teráevolado a alma que as alentava.,,Pois não ó? As flores, asmoigaseperfumadas da veiga não terão tam-bem—alma, coração, espirito pensan-te?... De certo !... Quando me aven-turo pelos campos, ao atravessar astrilhas que a noite rorejou de orva-lho, sob os pés, por mais cautela quetenha, trituro scismadores myosotis,papoilas, malmequeres e violetas...Paro e olho. E as flores, subitamenteferidas, sentindo que a morte d'ellasse approxima, contorcem-se nas de-beis hastes, pendem as corolas emorrem...
LYCIAOnde aprendeste tantas e tão lindas
cousas ?...JACQUES
No livro que não podes ler, porqueescassea-te um raio desse ouro queescorre dos altos céos..,
LYCIAQual ?...
JACQUESA luz, boa Lycia; a luz, que é alma
da natureza; a luz,que é o aroma frescode todas as miragens; a luz, que cobrede prata as ondas do rio, que peneirapalbetâs de ouro no seio quieto dasflorestas sombrias ; que é a alegriarumorosa das fontes, das terras, dasarvores, das pedras, das estrellas docéo...
LYCIAQue formosas cousas que sabes di-
zer !... (Ternamente) Quem me ensi-nára tantas, tantas cousas lindas paraeu sonhar!
JACQUESE, porque não?... Porventura, ao
colheres violetas ignoras-lhe acor? Nâo ligarás, ao alvorescer deum dia luminoso, as glorias a quetem direito?... A fonte, que ouvestodos os dias.não saberás que serpen-teia etem divinas musicas no sussur-ro?...
LYCIASoubera tão lindas cousas!... Como
queres que assim seja, si ha dentroem meus olhos, cerrada, immensa,impenetrável, uma noite sem aurorasecrepúsculos? Como? Na treva quese estende sobre tudo e sobre todos,a vida óuma ironia terrível!... Olho:é tudo vago; interrogo: é tudo quie-to; procuro distinguir: é tudo indis-ticto... (Com tristeza) Jacques! Ja-cques! Quão feliz és tú!... Como de-vem saber a teus olhos todas estaslindezas que não entendo, que nãoposso siquer, entrever!,.. Sei que ha
NOITE alta, profunda? como umsuspiro gigante sahido dum fèr-reo peito, o Marrusko urra so-turnamente, escancarada a guélaenorme, cabida a juba...
E o seu rugido formidável espraiando-se,faz tremerem no leito as creanças e sentirpena aos homens... Força domada, selva-gem refreado em seus instinetos carnicei-ros, fera invencível-eil-o, o velho Ieao,victima dainsidiado caçador intemerato,curvado, humilimo, subserviente.
Gritam-lhe: "Urra, Marrusko" !--e elleescancarada a fauce, vomita para o araquelles urros que mais parecem gemidosque mais parecem fragmentos de uma gran-de e insondavel dor... Ordenam-lhe que sedeite e elle -ironia pungente!—vae-se ac-çocorando, espichado, reduzido a expres-são mais simples. Nem parece o Marruskoindomito das selvas africanas, nem parecesiquer, a sombra d© valente que foi e quepor muitos e largog .dias, constituiu-se oterror dos mais intrépidos...
Pobre, desgraçado Marrusko!
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O PHAROL- Domingo, 7 de novembro de 190»
CAEBOEETO DE CAICIO AIj NÃO TEM PO' NO BARRIL
e produz 810 litros garantidos de ^zacetylenoem cada lkilog-. decarboreio
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O HOMEM PÕEDeus dispõe!
Perfeitamente ! Isto, porém,não quer dizer que o homem deveacceitar, sem mais, o que o desti-no lhe reserva, Não! Deve reagir!
Assim, quando a doença vosafnigc deveis tratar do banil-a combons remédios !
Entro estes se acha em primei-ro lugar a Nicine Rol. Tônico vas-chiar c anti-arthritico. Especificodas affccçõos do systema venosoo dos estados congestivos, visce-raes. uterinos c pulmonares. Paraas crianças éo melhor suecedaneodo Oieo de fígado de Bacalhâo.
uNicine Rol" é uma nova com-binarão ehhniea, estável, definida, na qual o Iodo e a Hamamelis comple-fam, de um modo enérgico c feliz, súásãcções respectivas. Em nenhum casotalha, a sua efficacia quando se trata de VariZBS, Hemorrhoidas, Asthma,Angina do Peito.
A Nicine Rol" comporta-se não só como um modiíicador dos desarran.jos locaes, mais também como um modiíicador geral do terreno pathologico-
lodo d Hamamelis ! Duas columnas de therapeutica reunidas em umaacertadissimã fórmula ! Oompreliendè o leitor por que os médicos receitamc por que os curados bendizem a "Nicine Rol" V
De enorme acceitação na Allemanha e na França
A' venda em todas as boas pharmaeias e drogariasRepresentante: Hugo Heydtmann—Rua dos Ourives, SS—Rio de Janeiro
(Com tristeza) Lamenta-me, tem dódomim... Adeus... Vou-me...
LYCIAJacques '....
jacquksE' tudo findo ! Quo te hei de dizer
mais? Quo mais ha do confessar abrisa quo passa á flor que esta aoalcanço de sua ternura e do sou ca-rihho V
GUIA DOS CBNSÜITANTESDoenças nervosas e men-
taes. — Dr. W. Ohiller.—liio. Rua 7 deSetembro ti? 9.0. Das 8 ás 4 da tarde.
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Advogados.—O conselheiro JoãoBarbalho e o di*. .1. H. de Sá Leitão têmescriptorio do advocacia no lliõ, á rua doHospício n. íS8, 1'.' andai-.
Advogado - Dr. Fernando SaldanhaMoreira — Rua Direita, N. 47 — Juiz deFora.
— Lecionam-a 5$Ò0Õ por
VsoBâo e handoisir»se á. ruaBarbosa. Liúia u. 1,mez, 2 lições pur semana. --Paulo Scardi-nho.
O dr. Henrique de Beauciairparticipa a seus amigos e clientes que mu-dou a sua residência para a rua Direita, 66,(esquina do Beco do Sampaio) onde se achaás ordens;
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Dr. Brasil Silvado Júnior,profossor-repetidor no Instituto de Surdos-Mudos do Rio do janeiro. — Acceita? disci-pulos surdos-mudos ou cegos. — Tambémadvoga no fôrO desta cidade.— Iiua do lios-picio, n. 84- Itio de Janeiro.
Eduardo de Menezes Filho—Advogado ~ Rua Halfeld, 149, das 12 ás 2horas da tarde e rua Direita 71!.
Dr. Antônio Augusto Teixei-1*3 —Advogado—Rua de Santo Antônio,n. 11.—Advoga também nas comarcas sei-vidas por estrada de ferro.
Br. Ghristovão Malta — Cônsul-torio, rua Direita, SO - Residência, rua deSanto Antônio, Gl—Chamados a qualquerhora. —¦ Estabelecimento Hydro-eleetrothe-rapico - Aberto das 6 ás 10 da manhã-As-signatuni mensal para oü duchas, 4üvi00ü.
Gommissario de encomtssen-das — Luiz de Proença acceita encom-meadas para o Rio e encarrega-se de qual-quer serviço. Recebe e entrega a domicilio.—Viagens semanaes ás segundas-feiras, re-gressanclo ás quartas. — Rua Halfeld, 84.Çharutaria Groiat.
Professor de piano — Duque Bi-calho; ex-alumno do Instituto Nacional demusica, do Rio de Janeiro, demorando-sealgum tempo nesta cidade, acceita alumnosde piano e violino, por preços módicos—Rua«le S. Matheus, 41 - Juiz de Fora.
luz,porquo afirmam quo ú dia, porquesinto a ardoncia que escalda osmem-broso cresta as plantasjscique é noite.porque j[urü silencio enorme envolvetodos os seres... Quo importa isto, po-róm, ácoguiulia V
JACQUESLycia!...
LYCTASim!... Que me importa o resto do
mundo si tu, só tu, Jacques, compre-bondes a minha interminável amar-gora?... {Jacques hai.va a fronte e põe-se a chorarem silencio) Não é verdade,Jacques*?... (Estendendo a mão) Que é?Dize! Quo tens? Quo aconteceu'?...Jacques!
JACQUESLycia!
LYCIAFala! Quo é que estás a sentir*?...
Em rainhas mãos òahiu uma gottaescaldante... Choras"?... Mas por qnechoras?... Dizo!...
JACQUESSei o não sei... Todo o meu ser tran-
spira vigor; todo o meu corpo tran-spira mocidade.../Todavia.-..
LYCIATodavia...
JACQUESA's vozes, nada mo onche de alo-
gria, nada me surprehende...Sou umesquecido.:.
LYCIAEsquecido ?...Mas...Dize.
¦¦.-..
JACQUESPara que desejas...?
LYCIAQuem sabe si em te ouvindo...
JACQUESNão!
LYCIARecusas?...
JACQUESSim! Deixa-me! Ao que adormece
bom é se não desperte... Em tefalando tudo quanto sóbe-me aos la-bios, tudo quanto suffoca e encheo meu peito de um terrível desespero...Si tudo isso dissesse; si te contasseasseismas de meu espirito, alta noite,quando o luar varre de luz apradariaextensa e dormes, socegadamentè,quietamente...Si tudosoubesses...Tal-vez...(Com transporte') Não! Não que-ro!... Adeus!... [Vai a [sair; de-tem-se a meio caminho, encostado a umaarvore, soluçando).
LYCIA .j ,:¦¦ i(Tacteando) Jacques! Jacques! (si-
lencio, arunça, ás apalpadelas) MeuDeus ! Esqueceu-me ! Abandonou-me!... (Ergue as mãos, junta-as ao ros-to c põe-se a chorar).
JACQUES(Avançando e tomanão-a aos hraços)
Esquecer-te! Oh! nunca!LYCIA
• Oh ! Jacques ! Jacques! Como ésbom!...
JACQUESEsquecer-te? Não! A' beira de meu
leito, á noite, é o teu vulto amigo, éo teu corpo de fada que me embalaem doces phantasias... (Carinhoso)Sabes*?... Aqui dentro, no meu peito,ha tun. prisioneiro...(Tomando-lhe amão e collocandc-a sohre o-péifp) Sen-tes "?... Pulsa. . . Estremece... Ealade cousas mais lindas que as que tecontei... (Baixando a voz) Ha, aquidentro, na floresta do peito, uma aveque canta melodiosamente... Tu nãoa podes ouvir...
LYCIAPorque ?
JACQUESE' invisível...
LYCIAMas...
JACQUESCreio que não a podes ouvir...
LYCIA(Sorrindo) Qnemsabe?...
JACQUESQueres ouvil-a '?
Queres ?LYCIA
(Indecisa) Sim !JACQUES'
Bem... Pousa em minhas mãos atua formosa cabeça... (Lgciafaz o queé pedido) Assim...
LYCIATenho medo !...
JACQUESTolinha ! Não te detenhas !... Che-
ga-te...LYCIA
Sinto um doce aroma...JACQUES
E' o perfume das flores que impre-gna o ar... (Baixinho) Pousa a tua ca-beca bem junto a- meu peito... As-sim...
LYCIATenho medo, Jacques !
JACQUES •
Que temos, Lycia '?... (Terno) Ou-
ves '?... Não ?... Não ouves ?...LYCIA
Não!JACQUES
Pois ha, aqui dentro, na floresta domeu peito, a cantar, a encher de har-moniaso espaço—uma ave sonora: véa cotovia do amor !
LYCIAE que diz ella, Jacques ?
JACQUES(Erguendo-lhe a cabeça) Que não
'sabes "compreneiider-lhe a canção...
LYCIA{Baixando os olhos <t pondo a mão
sobre o peito, perplexa) Jacques!...JACQUES
Pois nao é?... Que ha de coutar anoite, profunda, o erma, á estrclla queó brilhante e límpida ?...
LYCIA(Ideni)— Jacquos!
JACQUESQuo ha do segredar a corrente
fresca do ribeiro aos jnyosotis quelhe ornam as margens arenosas, sina oquo povoe as suas ondas do niim< s,sinão que reflicta om seu seio toda adoçura do azul de suas potalas ? !
LYCIA
(Wem)—-Jacques¦!JACQUES
E' tudo findo, bem vejo !... Com- jprehèndo que um do nós andou erra-do... Fui eu...
LYCIA
(Ajòclhando-sé) Perdoa-me, Ja-cques!... Comprehendo tudo, antevejo.tudo, lamento tudo... Não me areiasuma criança nem me censures : bate-me antes com o teu cajado, magoa-me, retalha-me as carnes !... Sou des-graçada; bem vês ; sou infeliz, bemocomprehendes !... Vai-te ! Entre nósficará a reminiscencia ineffavel deuma liana que abraçou e deixou notronco do cedro uma tépida recorda-çHb de perfume inextinguiyel...
JACQUESSeja!
LYCIAVai-te ! Não me olvides, porém...
Quero-te muito, mas...JACQUES
MasLYCIA
Perdoa-mo!...JACQUES
EalaJLYCIA
Perdoa-me !... E' urna loucura, decerto... Vê: entre nós, como irre-conciliaveis inimigos—a nevoa éter-na que sélla os meus olhos...
JACQUES(¦Num grito) Porque és cega?...
Só isso ? Só ?LYCIA
Sim ! Perdoa-me ! Seria terrível,seria desolador...
JACQUESOuve !... -'. -
LYCIANão ! Vai-te! Traçou-nos o des-
tino caminhos diversos... Deixa-me!...Que se ha de fazer ao sol que des-ponta, e á noite que avança—sinãodistinguil-os, separal-os?
JACQUES0 sol... (Leoa a mão á testa e põe-
se a scismar).LYCIA
Sim... Vai, Jacques... Vai; não tedetenham as minhas lagrimas, nãote deixe vislumbre de magoas a tuadedicada L\rcia !...
JACQUES0 sol!... (ídem)
LYCIAAdeus !... Vai-te !... Não te olvida-
rei jamais !... (Senta-se junto á fontee desata a chorar, debruçada sobre aspedras).
JACQUES0 sol ! (Avançando para Lycia,
toma-lhe as mãos, ajoelha-se e fala-lhe docemente) Ouve, Ljcia... Ouvebem, que linda ó a historia que tevou narrar... (Erguendo os olhos e fi-tando-os no disco solar). Longe, nessegrande astro, nesse grande foco deluz... Sim... Ouve... Nesse astro-rei,demora um turbilhão de luz, habi-tam coriscos terríveis... ,
LYCIAQue tens ? Sinto tremerem entre
as minhas as tuas mãos...JACQUES
Nada... (Sorrindo) Interrogo o sol...LYCIA
Jacques !...JACQUES
Espera... Um instante mais... Quedeslumbrante aureola...Quanta luz!...Quanto fulgor !..'.
LYCIAJacques ! Fala! Que fazes ?...
JACQUES(Sonindo e desfilando o sol) En-
caminho nossas almas, approximonossos corações...
LYCIAQue dizes?!
JACQUES(Erguendo-se de vagar, olhando para
todos oslados,como a experimentar a vi-sualidadé) Simd.,. Agora!... Lycia!...Escuta!...
LYCIAJacques!...
JACQUESEntre nós, a^mesma penumbra!
Entro nós a mesma pavorosa noitedo pesadas trevas!...
LYCTAJacques! Com > tu me amas!
JACQUESTanto quanto queres ao teu d a-
cques!LYCIA
—Chogoü 3o Cedofeita o sr. coronel Pe-dro Polycarpo de Almeida.
— Partiu para o Rio o sr. Octayiano Gou-lart.
Na cidadeEstá na cidade " sr. dr. ThômistOcleB
Halfeld, promotor publico eni R:<> S<>v>.
Sim!,to!...
Sim!... Lycia
Também ou... amo-te mui-
JACQUES! A meus braços!
21 SABOROSA,REFRIGERANTE
E ESTOMACII1CAHEUIDA ESPUMANTE
Janeiro
(Li/ciitaliru-sc-lhc uns hraros) EscutaLYCIA
Quo doce aroma !...JAÒ.QUES
São as flores silvestres...LYCIA
Não, Jacques...—ó o perfume doSeu affecto---.flor som igual nesta de-vosa...
JACQUESLycia!... Ouve... {Tomando-lhe a
cabeça entre as mãos e ajfugitnilo-a deencontro ao peito) Escrita, Lycia...
LVOIAQue linda canção. Jacques!
JACQUESE' a alegria do tou amor!...
LYCIA(Ternamente) Não, Jacques!... E' a
cotovia- dò teu coração... Que melo-dioso o seu canto!...
JACQUESOuve...LjGÍa..:( Beija-a)
LYCIA(Num suspiro) Jacques!... Ja-
cques!... Parece que sonho, pareceque todo o céo e toda a terra são pe-quenos para conter o nosso amor!...
JACQUES '(Baixinhoxorríndo) Quem o sabe?...
(Amplexa-a, beijando-a. Silencio. Es-curece. Longe, em surdina, ourem-seuma canção pastoril c as notas suavesdeumafrauta. 0junino cáê lentamente).
Lado dAlva
Pm Sm - Em 1907, publicaram diversosjornaes uma «varia» relatando o facto queacima se converteu em poema. Protog.-mri-tas : Barinie Veniíi, dons provincianos domiciliados numa aldeia itdiana. O episo-dio — vè se claramente — foi transplanta-do para a nossa terra, onde também podemser encontradas os '-Barini» e «YeniU»sob a capa dos «Jacques» e «Lycia •>.
No Correio de Minas, numero de 1 de.março de l!)07, J. Paixão, o..fidalgo diva-gador, bordou uma pagina.deliciosa, apro-veitando esse commnvente episódio.— No-ta do autor.
soesCinemas
Füuccionarãp hoje com program-mas magníficos o Cinema Juiz deEóra e o Circo Pathé.
0 NlarruskoHoje, pela ultima vez, será exposto
á curiosidade publica o Marrusko —leão famoso, que amanhã seguirápara Bello Horizonte, detendo-se umdia cm Palmyra.
x tt—* leadevem u/.al-os todos o que soffrem de
Prisão do ventreEmbaraços gástricos
Enxaauecas - TonturasHemorrhoidas
Cotia - Rheumatismoos que tãj predispostas
appcndíciteás congestões
á OBESIDADE PRECOCEVende-se em todas às pharmaeias
Brasil.
HENRIQUE SURERUS íRua Qmmv de XW€tahrf) ,
Juiz de Fora - MinVendem sementes de oap^ ,dura roxo, mobílias austria-fr":"tenaes para dònstrücçoes {% ^sépraria movida a electrictdad^?*bnca de arreios e carroças tL5para Estradas de Forro.
* ***
ttO
AlllO^Q QP nm saíãp á rua Ba-AlU^ai-bu ptista de Oliveira n?78. Trata-se com Queiroz & Irmão.
VassourasDESCONTOS
Apesar da elevaçilo presente cainda as minhas vassouras sãn »= *^*ratas, o que esta hem com^—
OALOA00 DADO
ratas, o que esta l.em comprehefldidagratute) descontos qne faço. £ qm^fSqualidade e feitio e bastante nfnrilUt- ichinas empregadas na minha fah-íí
***asi únicas em todo 0Brasil poi»'í dou» Estados sao couhe.eidàs • I);*5?*do Sul e S. Paulo.
|»e
Loteria da Capital FederalExtrahida em 6 de novembro de
1909.2õ2:í Extracção
1? Prêmio 453(53 . . . 100:000$000
RiíaA acção entre amigos, da casa de
Rio Novo, extrahirá pela loteria daCapital no dia 30 de dezembro fu-turo.' 1743
Pedimos aos nossos as-signantes esn atraso, a 17-aieza de mandarem pagara importância de seus de"bitoSf até 3í de dezembrodo oorrenie anno, afim denos p&uparegsa o desgostode lhes suspendermos aremessa do "Pharol", em1 de janeiro próximo, semexceppão de pessoa ai"gúihstm
Devastação das maltasNa Gamara dos Deputados,
'quando emdiscussão o projecto n. 107 A, que probibeo uso da lenha como combustível nas ma-chinas e oficinas das estradas de ferroe na navegação interior, o sr. José Carlosveiu á tribuna para applaudir o parecer dacommissão de constituição e justiça.
Autor do projecto, o orador desenvolveuconsiderações sobre o assumpto, mostrandoque os poderes públicos não devem serindifferentes ao êspecbaçuló de devastaçãoe exterminio de florestas preciosas, que sa-lubrilicam o ar e concorrem elTicazmeutepara a conservação dos mananciaes.
Consoante o requerimento clã commissãode constituição e justiça, que manifestouvivo interesse pela solução do problema dadevastação das mattás, digno da attençãodos competentes, vai ser nomeada uma com-missão especial para estudar o assumpto epropor medidas, mais ampliadas dò que assyiithetizadas no projecto, sobre assumptode tanta -magnitude.
Pagamento de prêmioAo sr. Francisco Canella, negoc-i-
ante no populoso bairro cia Lapa, foipago ante-hontem pela Thes uirariadas Loterias de S. Paulo, meio bilbc-ten. 50.733, premiado com 40:000$na extracção do dia 28 de outubro.
0 outro meio foi pago a um indi-viduo que não quiz declarar o nome.
(Dos jornaes'.do S. Paulo, 5).1742
Sapatos pretos parasenhoràs,a 4$e4S500;sapatos amarellus, para senhoras, a õ? e ti$;sapatos de lona todas as cores, para homemsenhoras, '4500, 3S, 35500, 4& 4$500 e5(S': botinas de bezerro, pára homens,4g5Õ.O e 5,S'; ditas de prrellica italiana parahomens a 5§700 e 8$: calçado para creança»,de 1Ü550Ò para cima; borzeguius de bezer-ro, feitos a mão, para collegio—obra de du-ração eterna e de impermeabilidade abso-luta, a 5;>500.
Eemessas pelo correio, mediante vai»postal da importância e mais 2?000 paraporte.
120-A, Avenida Passos, 120-ACASA GUIOMAR
(A QÜE TEM TBÍ MACACO A' POETA)
Carlos G-raê±f
machinas empregadas na minaiqufemde do Sul e S. Paulo.
Pari as escovas, espanadores e hde çaiação posso arfirmar o mesmo e,.;com mais vantagem.Vassouras de 5 íios dúzia ia»," 4 u - .
" "li u o ' ' '
Vassouras eguaes as da AmericadoNorte; dúzia 20§
Espanadores de caheilo, dúzia 7< *
l"S=i
m12Í eEsfrcgões, dúzia, sem cabo, (Jes^e
íS " «reEscovas para calçado e roupa desde 7^f,Vassouras de piaçaya desde 2§400FABRICA MOVI DA A EI.ECTRlCIDiQ
Fábrica Santa Elvira-) JUIZ DE FORAiG-arcia J"-ulxlíot>
AvisoTendo feito contracto com a firma
Scott & Bowne de ^Nova-York, es-tamos em condições de vender aEmuisão de Scott pelo preço do Rio.
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1-3 1744
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fíüfÉiJüQiOSViOlOlieellOS.—Vendo-se um,
stiperior, com metliodos e exercíciosdos melhores autores. Informa-se«.esta redacção.
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com ou sem a liquidação.Para tratar, rua Direita, ÍOI.
Neste antigo e acreditado estabe-lecimento, o mais próximo das estaçõesdas estradas de ferro, os srs. viajan-tes e exmas. famílias encontrarão to-das as commodidades, conforto e as-seio. A gerencia está confiada aosócioAristUes Malctonado
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I'raia do Portode Inhaúma. Vi e H
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No Escriptorio Intermedia-rio de Negocies, á rua Halfeld 155,encarregam-se de quesquer negeeios cmBello Horizonte éspeeianiente perante asrepartições publicas e tribunal da Relação.
MatadouroAbateram-se hontem 9 rezes, 6
suinos e 1 carneiro.Renda: ' ,"
Direito de matança ... . 70$000Emolumentos .........
José Joaquim dos Santos—)COM (—
Armazém de gêneros e molhadosPOR ATACADO
Compra e recebe a commissão toúci-nho, banha, queijos, manteiga,
feijão, aiToz,milbo, fumos e qualquerartigo nacional ou estrangeiro
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Comestíveis e-molhados finos a preços'jnijiimos em casa deJ. A. MMA - Rua Halfeld, 72 - Juiz de Fora.
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mesa, cuja analyse feita noLaboratório Nacional, do Rio de' Janeiro,
sob o n. 61400, revelou contersomente 9, 7 ?I0 de álcool, e isento de
substancias nocivas. ^^PREÇO : Garrafa • • 1*000
Caixa Paulista ils PensõesSociedade legalmente cònstihüda em8
de Setembro de 1906, estandomtorisada pelo decreto (iiilT afuucchna
em toda a Republica, com o• deposito de 200:000$000 no Thesouvo Nacional.
Fundo de Pensões, 1.148:633^744 —:— Fundo deReemboiso, 203:25Smi
SÓCIOS INSCRIPTOS, 44.000
Pensões de 100$000 e lõ0$000 depois de 10 e 15 annos cora prcstaçòamensaes de 5§000 e 26500.
Presidente—Dr. Francisco de Toledo MaltaVieê-Presidente — Francisco Nicolau Baruel
Thesoureiro—José Monteiro PinheiroSecretario — Dr. Joaquim Rodrigues dos Santos
Gerente—José Herculano de Carvalho
Agente em Juiz de Fora,A1 -^a.TQ IPe-reira
147-A, RUA HALFELD, 147-A
Somma 79^000
Registro socialAnniversarios
Festeja hoje seu anniversario natalicio agentil senhorinha Mariquita Arnide, filhado sr. major Modestino Arnide, digno fun-ccionario da Administração dos Correiosneste Estado.
— Tassa amanhã o anniversario nataliciodo nosso prezado confrade major FranciscoPeixoto de Mello, actualmente residente nafazenda-modelo, em Sobral Pinto.Consórcio
Ao sr. Ildefonso Calmont de França e aexma. sra. d. Maria Almada de França,agradecemos a participação de seu casa-mento, effectuado nesta cidade no dia 30 dofindo mez, desejando-lhes venturas.
ViajantesPartiu para S.Josó do Rio Preto o sr.
coronel Antônio Leite Eibeiro. .—Chegou de Dias Tavares o sr. dr. Eini-
lio Machado Pereira.
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(íóstodo toda a gente, mas detesto
o pedantismo o a rotina. Deus nos
defenda dos pedantes que estropiama mocidade.
E' tempo de atirar fora esses velhos
rudimentos, quo só apresentam á
imaginação da infância idéas abstra-ctas e áridas nomenclaturas.^
Senhor cura, a creança, é um vi-dente; tomo pensamento nos olhos.
So quizerem que o espirito dcllas os
entenda, fallem-lhe ao olhar. Ensirncm-lhc a transformar as sensaçõesem idéas. O segredo consiste apenasnisto.
O mundo para a creança e um li-
vro de pinturas; mostrem-lhe pois
pinturas. Senhor cura, eu prefiro a
tudo o methodo illustrado.Tinham continuado o caminho,
Levantei-mo muito deprossa, tireio chapou, o gritei com voz estri-
dente: ,— Sonhora condossa, encontrara
om Maxilly um príncipe russo o umacarta quo a esperam.
O cura deu um salto para traz comum gesto do'pavor.
Madamo do Liovitz nãopostanejou:olhou-mo fixamente, o pouco a poucoo sou olhar tornou-se torrivel.
Logrou porém extinguir-lho achama. Disse-mo sorrindo:
—Origado tiosinho; não ora pro-ciso gritar tanto. E com estas pala-vras continuou o seu caminho. Ouvio cura dizer-llio:
—Quem é oste homem ? parece umbandido. _..„. ^áf"
m—mm
A condessa respondou muito tran-
qpillamento:—Ou uma alma do outro mundo.Ecom isto continuou a dissertar
sobre os pedantes o o methodo ilhts-trudo.
XICheguei a Meillerie pela volta do
moiodia.Mudei do facto o ohamoi Kiohardot
que esperava por mim com impaci-encia.
Almoçámos juntos no terraço.
Começou a sua acostumada pré-gaçilo acerca da America. Eu nâo di-zia sim nempondia-lhe:
—Pois sim ! Veremos isso.
Acabavam do dar quatro horas.liichardet descanoára um pouco,
pôz-se a passeiar fumando.
Eu tinlia-me encostado ao parapei-to, olhava para o lago e pensava emmeu pac.
Tornava a pousar nello continua-mente. Queria-lhe doutro modo, mas
queria-lho tanto como antigamente;
queria, porquo era o seu sangue, por-quo me parocia com ollo; quoria-lhecomo uma fraqueza so affeiçoa a ou-
nao; sorria-me, o res-
tra fraqueza, o que nao obstava &
quo houvesse, ainda muito respeitono meu amor.
J& o nao adorava como um heroo,como um semi-deus; chamava-lhemeu pobre pae ; mas ficara sompreaos meus olhos um typo de graça e
de elegância eavalborisca, um mes-tro na arte do viver.
13 interrogava a sua memória; per-guntava a mim mesmo:
—-Quo pensaria elle da minha si-
tu ação? quo faria no meu logar ?Esforçava-me por advinhar as pa-
lavras rpe elle teria dito, os gestosque faria.
Desgraçadamente ou era mais apai-xonado do que elle, e o imprevisto da
paixão desarranjava, todos os cal-
culos.Dizia commigo:—Se ainda agora elle estivesse no
meu logar, não teria mterpellado a
condossa de Lievitz no meio da es-
trada.Esta sortida violenta não era de
bom gosto. Ê reprehcndia-mo fu-
rioso.Era nisto que me oecupava, quau-
do ouvi na estrada o rodar duma car-
ruagom, depois no jardim um rnur-
murio de passos o de vozes.
Durante dois minutos não ouvi
mais nada. até que uma porta so abriu
atraz de mim.Pensei commigo:--E' possível que ella se atrevesse
a vir aqui!...Voltei a cabeça.Era effectivamente ella.Richardet estremeceu, parecia com
o olhar intorrogar-nos a ambosFiz-lhe signa! para que se retirasse.
Parecia hesitar, até que eu lhe
disse:—Meu caro Richardet, até logo.E ficámos sós, ella e eu.A . condessa atravessou o terraço
com seu o passo elástico, ligeira comoum passarinho parou um instantedefronte da brecha, e disse:
—Que maravilhoso ponto de vista!—E qqe terraço tão solitário, ac-
crescentei, tão fechado, tão escondi-do, onde a gente pôde sem ser vistofazer o que lhe aprouver! Deseja queeu chame para aqui Richardet V
Encolheu imperceptivelmento oshombros, e disse com voz secca:
—Não tenho medo de ninguém,nem de coisa nenhuma.
Puchou por uma poltrona, e sen-tou-sc. Fiquei em pó diante delia,en-costado ao parapeito.
tfon
A condessa abanava-,03 olhos da brecha. ^ %ü—Que aldeia é afm«i|agem onposta do lag0? pen—Esqueci-lhe o nome-Ah! é Cully>bem-longe, aquella pequena cid*í • *vey. Tenho vontade deláiri ^com o príncipe ReschiJ^acompanhar-nos? H^s
Pronunciou estas paiaar tão mais natural o mais a** ^pôde imaginar-se. !o1*»
Estremeci; senti zumbido,,,nhos. Uma fcranqmllidade í5o .P*"ta revelava não sei qUe mJ^grandeza. "«n^
A mulher que estava sent*^defronte de mim não ora a*-Havia ura mármore debaixoSIas carnes, e no fundo desse «£ro nada havia o que se parecesseum coração. Cí^
os ínçttj 4,
tu».
1um coraç
Levantei para o arpunhos fechados.
A condessa olhou para mbmente e sorriu-se.
Fiz ura supremo esforço, enter-,comraoção que me avassalavano afundo da minha alma, e wnsejnSzer serenamente:
Exlraccões publicas sob a fiscalisação do Governo Federal, ás 2 1\2 e aos sal
lados ás 3 horas á rua Visconde de Itaborahy ri. 4o.
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