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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA ADMINISTRAÇÃO RCA 12-1 REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA (RADA) 2014

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Regulamento de Administração da Aeronáutica. Matéria exigida no concurso para o Estágio de Adaptação ao Oficialato

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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

ADMINISTRAÇÃO

RCA 12-1

REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA (RADA)

2014

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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS DA AERONÁUTICA

ADMINISTRAÇÃO

RCA 12-1

REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA (RADA)

2014

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

PORTARIA No 2189/GC3, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2014.

Aprova a reedição do Regulamento de Administração da Aeronáutica.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto nos incisos I e XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do COMAER, aprovada pelo Decreto no 6.834, de 30 de abril de 2009, e considerando o que consta do Processo no 67800.004949/2014-48, resolve:

Art. 1o Aprovar a reedição do RCA 12-1 “Regulamento de Administração da Aeronáutica”, que com esta baixa.

Art. 2o Esta Portaria entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação em Diário Oficial da União.

Art. 3o Revoga-se a Portaria no 1.275/GC3, de 9 de dezembro de 2004, publicada no Diário Oficial da União no 237, de 10 de dezembro de 2004, Seção 1, página 10.

Ten Brig Ar JUNITI SAITO Comandante da Aeronáutica

(DOU Nº 252, de 30/12/2014) (Publicado no BCA no 064, de 7 de abril de 2015)

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RCA 12-1/2014

S U M Á R I O

PARTE GERAL ............................................................................................................................... 9

LIVRO I DA FINALIDADE, CONCEITUAÇÕES, DEFINIÇÕES, SIGLAS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E CONSTITUCIONAIS ........................................... 9

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ........................................................................ 9

CAPÍTULO I DA FINALIDADE .................................................................................................... 9

CAPÍTULO II DAS CONCEITUAÇÕES, DEFINIÇÕES E SIGLAS ............................................ 9

CAPÍTULO III DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ................................................................ 34

CAPÍTULO IV DAS ORGANIZAÇÕES MILITARES ................................................................ 35

CAPÍTULO V DA GOVERNANÇA ............................................................................................. 35

Seção I Da Liderança e Controle .................................................................................. 35

Seção II Da Estratégia e do Planejamento ................................................................... 38

LIVRO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS ....................................................... 39

TÍTULO I DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS OU UNIDADES GESTORAS .................. 39

TÍTULO II DOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................. 40

CAPÍTULO I DAS GENERALIDADES ....................................................................................... 40

CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS ........................................................................................ 44

Seção I Do Agente Diretor ............................................................................................. 44

Seção II Do Ordenador de Despesas ............................................................................. 48

Seção III Do Agente de Controle Interno ..................................................................... 51

Seção IV Dos Gestores ................................................................................................... 59

Seção V Dos Agentes Auxiliares .................................................................................... 75

Seção VI Da Comissão de Licitações e dos Pregoeiros ................................................ 76

CAPÍTULO III DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA ....................................................... 78

Seção I Das Generalidades ............................................................................................ 78

Seção II Da Delegação de Competência no COMAER ............................................... 78

CAPÍTULO IV DA SUBSTITUIÇÃO DOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO ................ 79

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PARTE ESPECIAL ....................................................................................................................... 84

LIVRO I DO PATRIMÔNIO E ADMINISTRAÇÃO ................................................................... 84

TÍTULO I DO PATRIMÔNIO ...................................................................................................... 84

CAPÍTULO I DOS RECURSOS MATERIAIS ............................................................................ 84

Seção I Dos Bens Patrimoniais ..................................................................................... 85

Seção II Dos Bens Patrimoniais Móveis ....................................................................... 85

Seção III Dos Bens Patrimoniais Imóveis .................................................................... 87

Seção IV Dos Bens Patrimoniais Intangíveis ............................................................... 88

CAPÍTULO II DA MOVIMENTAÇÃO ....................................................................................... 89

Seção I Da Entrega, Recebimento e Remessa .............................................................. 89

Seção II Da Inclusão e Exclusão ou Desfazimento ...................................................... 92

CAPÍTULO III DA ALIENAÇÃO ................................................................................................ 98

CAPÍTULO IV DO ARROLAMENTO ...................................................................................... 101

CAPÍTULO V DA CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ....................................................... 102

TÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E CONTÁBIL ....... 102

CAPÍTULO I DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS ............................................................. 102

CAPÍTULO II DOS RECURSOS FINANCEIROS .................................................................... 103

CAPÍTULO III DAS DESPESAS ............................................................................................... 103

CAPÍTULO IV DAS LICITAÇÕES E DOS CONTRATOS ...................................................... 104

CAPÍTULO V DOS PAGAMENTOS......................................................................................... 105

CAPÍTULO VI DOS REGISTROS ............................................................................................. 106

Seção I Da Contabilidade ............................................................................................ 106

Seção II Da Escrituração ............................................................................................. 106

Seção III Dos Documentos e dos Processos ............................................................... 108

Seção IV Dos Erros e das Retificações ....................................................................... 109

LIVRO II DAS RESPONSABILIDADES................................................................................... 110

TÍTULO I DAS COMPROVAÇÕES .......................................................................................... 110

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CAPÍTULO I DA REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................. 110

CAPÍTULO II DA PRESTAÇÃO DE CONTAS MENSAL ....................................................... 111

CAPÍTULO III DA TOMADA E DO PROCESSO DE CONTAS ............................................. 113

CAPÍTULO IV DAS GENERALIDADES .................................................................................. 114

TÍTULO II DAS RESPONSABILIDADES ................................................................................. 115

CAPÍTULO I DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL ......................................................... 115

CAPÍTULO II DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA .......................................................... 118

CAPÍTULO III DA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL OU PESSOAL ............................. 118

CAPÍTULO IV DOS CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR ...................... 120

CAPÍTULO V DOS DANOS E IMPUTAÇÕES ......................................................................... 121

CAPÍTULO VI DAS GENERALIDADES .................................................................................. 122

LIVRO III DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS ................................................... 124

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................ 125

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PARTE GERAL

LIVRO I DA FINALIDADE, CONCEITUAÇÕES, DEFINIÇÕES, SIGLAS E PRINCÍPIOS

FUNDAMENTAIS E CONSTITUCIONAIS

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I DA FINALIDADE

Art. 1º O presente Regulamento tem por finalidade:

I - estabelecer procedimentos gerais e alguns específicos para a Administração das Organizações Militares (OM) do Comando da Aeronáutica (COMAER);

II - disciplinar as atribuições e os encargos dos diferentes agentes públicos; e

III - definir as responsabilidades dos Agentes da Administração e de demais detentores de bens, de valores e de dinheiros públicos, sob responsabilidade da Administração Direta deste Comando.

§ 1o Orientações, instruções e prescrições específicas, relativas ao tratamento detalhado de questões atinentes a recursos humanos, orçamento, planejamento, economia e finanças, material, patrimônio, sustentabilidade e meio ambiente, constituirão publicações específicas e complementares, emanadas do CMTAER, do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), do CENCIAR e dos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes que tratam das matérias referidas e contempladas neste Regulamento.

§ 2o Em caso de campanha, de guerra ou de grave perturbação da ordem pública e social, as atividades administrativas das OM obedecerão a este Regulamento, no que couber, e a outras publicações especificamente elaboradas e emanadas do CMTAER, ou, mesmo, externas ao COMAER.

Art. 2o Este Regulamento, de observância obrigatória, aplica-se a todo o COMAER.

Parágrafo único. As Representações e as Comissões da Aeronáutica situadas no exterior aplicarão o disposto neste Regulamento, observando-se os Princípios Fundamentais da Administração Pública Brasileira e as peculiaridades locais.

CAPÍTULO II DAS CONCEITUAÇÕES, DEFINIÇÕES E SIGLAS

Art. 3º Para efeitos deste Regulamento, serão adotadas as seguintes conceituações, definições e siglas, listadas por ordem alfabética:

I - ABANDONO - é a renúncia ao direito de propriedade de material classificado como irrecuperável, depois de verificada a impossibilidade ou a inconveniência de sua alienação. O abandono também poderá ocorrer por motivo de força maior ou em casos

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fortuitos, como, por exemplo: acidente aeronáutico, enchente, incêndio ou outros. Decidido pelo abandono, deverá a autoridade competente determinar a baixa patrimonial e, se possível, a retirada das partes economicamente aproveitáveis, porventura existentes, as quais serão incorporadas ao patrimônio da OM;

II - ADMINISTRAÇÃO NO COMAER - trata-se da Administração Pública orientada para a realização da missão constitucional da Aeronáutica;

III - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU ADMINISTRAÇÃO - A Administração Pública ou, simplesmente, Administração, em sentido concreto e orgânico, pode ser entendida como o conjunto formado pelos órgãos, serviços e agentes públicos (Administração Direta), bem como pelas demais pessoas coletivas públicas (Administração Indireta), com competência legal para o exercício da função administrativa sob a responsabilidade do Estado. Em sentido abstrato ou funcional, a Administração Pública pode ser interpretada como a atividade desenvolvida pelo Poder Público, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, que assegura a satisfação dos interesses coletivos, como a segurança, a educação e a saúde, e que não pertençam ao domínio das competências relativas às funções legislativa e / ou judiciária;

IV - AERONÁUTICA - instituição nacional permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, que, sob a autoridade do Presidente da República, compõe, ao lado da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, as Forças Armadas do Brasil, que se destinam à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem;

V- AGENTE AUXILIAR - é o Agente da Administração responsável por assessorar e apoiar Agente Público no exercício de seu cargo, encargo, função/comissão, definidas em Regulamento ou Regimento Interno ou em ato normativo próprio, conforme ato de nomeação ou de designação. A função de Agente Auxiliar também poderá ser denominada “Adjunto”;

VI - AGENTE CO-RESPONSÁVEL - é o Agente da Administração que, sob orientação ou supervisão do responsável, participa da gestão de recursos financeiros ou de qualquer outro bem público;

VII - AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO: é todo indivíduo que, investido de atribuições e de responsabilidades definidas em ato próprio, realiza atividades administrativas de gestão orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e de recursos humanos do COMAER. O Agente da Administração é uma espécie de Agente Público, militar ou servidor civil, que atua no COMAER. O termo agente da administração, tratado neste Regulamento, engloba, quando não especificado, também, os gestores em geral e os servidores civis;

VIII - AGENTE DE CONTROLE INTERNO (ACI) - é o Agente da Administração especificamente designado pelo Comandante de Organização Militar (OM) para verificar, avaliar e supervisionar os atos e os fatos executados pela Administração, observando os Princípios da Administração Pública e os Constitucionais basilares que norteiam a Administração Pública. É o assessor direto do Comandante, do Agente Diretor e do Ordenador de Despesas da OM. Nesta condição, o exercício da função de ACI deverá recair sobre o agente (militar ou servidor) que possua, preferencialmente, amplo conhecimento de todas as atividades administrativas desenvolvidas pela UG, bem como

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detenha o conhecimento suficiente e necessário da legislação de suporte destas atividades e daquelas emanadas das várias esferas da cadeia sistêmica ou de subordinação, independentemente de posto, quadro ou nível, respeitando-se a estrutura hierarquizada e, principalmente, o conhecimento técnico e a experiência profissional do agente;

IX - AGENTE DIRETOR - é a autoridade, Agente da Administração, responsável pela execução, ajuste ou revisão do planejamento da Organização Militar sob seu Comando, Chefia ou Direção, e pela organização e direção das atividades administrativas necessárias a sua implementação e controle. No exercício de suas funções, o Agente Diretor deverá adotar todas as medidas de caráter administrativo necessárias ao pleno desempenho de suas atribuições legais e ao cumprimento da missão institucional de sua OM, de acordo com a legislação em vigor, responsabilizando-se pelos atos e pelos fatos administrativos praticados na sua OM. Tem nos gestores, nos agentes executores diretos e nos indiretos e nos agentes auxiliares, os elementos de execução de suas atribuições;

X - AGENTE EXECUTOR (OU GESTOR) - é o Agente da Administração que tem atribuições e funções definidas em leis, regulamentos, regimentos ou outras disposições ou normativos legais. Qualquer pessoa física a que se tenha atribuído competência para exercer atividade administrativa, de acordo com a legislação em vigor, é um agente executor e nesta condição responde pelos atos e pelos fatos administrativos resultantes de sua ação ou sua omissão;

XI - AGENTE PÚBLICO - todo indivíduo, servidor ou não, que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, encargo, emprego, comissão ou função nas entidades da Administração Direta, Indireta ou Fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;

XII - AGENTE RESPONSÁVEL - é todo aquele que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou responda por dinheiros, bens e valores públicos da União ou que, em seu nome, assuma obrigação de natureza pecuniária, bem como o gestor de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estados, ao Distrito Federal, a Municípios, a Entidades Públicas e à Organizações particulares;

XIII - ALIENAÇÃO - é toda a transferência de propriedade ou de administração, onerosa ou gratuita, sob a forma de venda, permuta, doação, devolução ao doador, dação em pagamento, legitimação de posse ou concessão de domínio ou reversão à Secretaria do Patrimônio da União (SPU);

XIV - ASSINATURA DIGITAL OU FIRMA DIGITAL - é um método de autenticação de informação digital análoga, para todos os fins legais, à assinatura física em papel. A utilização da assinatura ou firma digital providencia a prova inegável de que um documento foi certificado pelo agente signatário. Os documentos extensos deverão, observados os critérios de razoabilidade e de proporcionalidade, ser, preferencialmente, assinados digitalmente, desde que a firma digital utilizada seja acreditada por agente reconhecido pelo Governo Federal. É vedado aos Agentes Públicos recusar fé a documento provido de assinatura digital, desde que certificada por agente acreditador reconhecido. A

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assinatura digital deverá ter as seguintes propriedades: a) autenticidade: o receptor deverá poder confirmar que a assinatura foi feita pelo emissor; b) integridade: qualquer alteração da mensagem faz com que a assinatura não corresponda mais ao documento; e c) irretratabilidade: o emissor não poderá negar a autenticidade do documento.

XV - ATIVIDADE-FIM - constitui a missão principal da OM;

XVI - ATIVIDADE-MEIO - é a atividade realizada como tarefa de apoio à atividade-fim;

XVII - ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS - trata-se do conjunto de ações e de tarefas realizadas pelas OM, constituídas pelos atos e pelos fatos administrativos resultantes da atuação de seus Agentes da Administração, em todos os níveis considerados e no pleno exercício de suas atribuições, respeitadas suas competências legais;

XVIII - ATO ADMINISTRATIVO - é toda a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública, que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir ou declarar direitos, impor obrigações aos administrados ou a si própria, respeitados os princípios legais. É providência de ordem geral, praticada por um agente visando à boa marcha da administração e da qual não decorre alteração no patrimônio (propostas de orçamentos, licitações, planos internos de trabalho, tomadas de contas, entre outros). São requisitos básicos do ato administrativo: a transparência, a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto;

XIX - ATRIBUIÇÕES - são as faculdades inerentes a um cargo, encargo/comissão ou função dentro dos limites da legislação específica ou de ato administrativo;

XX - AUTONOMIA ADMINISTRATIVA - caracteriza-se como o poder de praticar atos administrativos verticalmente definitivos, atos finais, no sentido de que constituem a última palavra da Administração e nesta qualidade insusceptíveis de censura por outros Órgãos administrativos e só sindicáveis pelos Tribunais Administrativos. Exclui a hierarquia administrativa e atribui ao dirigente ou titular máximo do serviço a quem é conferida competência própria e exclusiva;

XXI - AUTORIDADE COMPETENTE - Agente da Administração nomeado ou designado em normativo ou que receba delegação de competência da autoridade superior para a prática de atos de gestão;

XXII - AUTORIDADE SUPERIOR - Agente da Administração designado ou nomeado para cargo, encargo, função ou comissão que se situe em posição da estrutura organizacional ou funcional que seja hierarquicamente superior àquela que detém o poder discricionário para decidir;

XXIII - BALANÇO - é o demonstrativo contábil que apresenta, num dado momento, a situação do patrimônio da entidade pública;

XXIV - BEM PATRIMONIAL - são os bens que recebem tratamento de controle diferenciado, de acordo com sua previsão de durabilidade e valor, constituem o patrimônio público e se encontram sob a administração da Aeronáutica;

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XXV - BENFEITORIA - é toda a obra realizada na estrutura de um bem para sua conservação, melhoria ou para agradar ao seu proprietário (benfeitorias voluptuárias), desde que agregue valor econômico;

XXVI - CARGO - é a posição, dentro da estrutura organizacional de uma OM, definida por lei, regulamento ou regimento, ocupada por Agente Público, ao qual correspondem atribuições gerais e específicas definidas em normativo;

XXVII - CASO FORTUITO OU DE FORÇA MAIOR - são os acontecimentos imprevisíveis e inevitáveis que se encontram fora do âmbito do domínio da vontade humana. Quando não há vontade humana, não há dolo nem culpa;

XXVIII - CESSÃO - modalidade de movimentação de bens patrimoniais, com transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre Órgãos ou Entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo, ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais Poderes da União;

XXIX - CESSÃO DE USO - é a transferência gratuita da posse de um bem imóvel público de uma Entidade ou Órgão da Administração Pública para outro, ou onerosa, em se tratando de terceiros, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo ou contrato, por tempo certo ou indeterminado;

XXX - CLASSIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA - é a atribuição conferida a uma OM, ou fração de OM, para a prática de atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de recursos humanos, bens, valores e dinheiros públicos, pelos quais a União responde;

XXXI - COMANDANTE - designação genérica, equivalente a Chefe, Diretor, Secretário ou outra denominação, dada a militar que, investido de autoridade legal, for responsável pela administração, gerenciamento, emprego, instrução e disciplina de uma OM, UG ou UA. Neste Regulamento será utilizada a expressão genérica de Comandante para designar a figura do dirigente ou do titular de Organizações Militares (OM), de Unidades Gestoras (UG) ou de Unidades de Aeronáutica (UA), inclusive dos ODGSA. Para o Comandante da Aeronáutica será usada a expressão CMTAER. É a autoridade máxima da OM, a quem incumbe corresponder-se, diretamente, com autoridades militares e civis sobre assuntos de sua alçada, observando-se o seguinte:

a) quando no exercício do planejamento, organização, direção e controle das atividades administrativas da Organização Militar (OM), a autoridade referida neste inciso denominar-se-á, também, Agente Diretor; e

b) esta autoridade se intitulará, também, Ordenador de Despesas, quando estiver no exercício da gestão das atividades administrativas relacionadas à execução orçamentária, financeira, contábil e patrimonial na UG (UG EXEC e UG CRED);

XXXII - COMANDANTE DA AERONÁUTICA (CMTAER) - é a mais alta autoridade administrativa do COMAER e é o principal responsável pelas atividades administrativas desenvolvidas pelas OM componentes do Comando. Compete-lhe, como titular máximo do Comando da Aeronáutica, propor a organização e providenciar o preparo da Força Aérea Brasileira (FAB) para o cumprimento da sua missão constitucional, assim como realizar as atribuições subsidiárias definidas em lei;

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XXXIII - COMANDO DA AERONÁUTICA (COMAER) - estrutura administrativa que a Aeronáutica utiliza para gerir os seus negócios, no âmbito do Executivo, exercendo a função de Defesa conforme determinado pela Constituição;

XXXIV - COMISSÃO - são Agentes da Administração que recebem, na forma de comissão, a atribuição temporária e específica, designada pela autoridade competente, para o exercício de determinada tarefa ou encargo definido em ato próprio pela Administração, não catalogados na estrutura regimental da OM;

XXXV - COMISSÃO DE LICITAÇÕES - são Agentes da Administração, designados pela autoridade competente, que recebem, em comissão, a atribuição temporária e específica, definida em ato próprio, para coordenar, controlar, escriturar, receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos ao cadastramento de licitantes, à habitação e ao julgamento das licitações na UG, observada a legislação que trata da matéria e as orientações emanadas das esferas competentes;

XXXVI - CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO - é o poder que a Administração Pública tem para ceder, por meio de termo contratual, o uso de bens de seu domínio para o particular, de forma remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, sob a forma de direito real resolúvel, para o desenvolvimento e implementação de atividades socioeconômicas que sejam relevantes para o interesse público, ressalvados os interesses do Órgão ou Entidade concedente;

XXXVII - CONCESSÃO DE USO - é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a um particular, para que o explore por sua conta e risco, segundo a sua específica destinação. O que caracteriza a concessão de uso das demais é o caráter contratual e estável da utilização do bem público, para que o particular concessionário o explore consoante a sua destinação legal e nas condições convencionadas com a Administração concedente. A concessão poderá ser remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, mas deverá ser sempre precedida de autorização legal e, normalmente, de licitação para a formalização do instrumento contratual;

XXXVIII - CONDESCENDÊNCIA - é a disposição do espírito que faz ceder aos sentimentos, aos desejos de alguém. Atitude de uma pessoa que concorda com alguma coisa fazendo sentir que poderia recusar;

XXXIX - CONDUTA COMISSIVA OU POR AÇÃO - ocorre quando o agente por um comportamento positivo pratica um ato que resulta efeitos jurídicos;

XL - CONDUTA CULPOSA - diz respeito a um modo de agir inadequado do gestor público e que venha a causar danos ao Erário. Neste caso, não há a intenção do agente em praticar uma irregularidade ou ato não legal, mas por falta de cuidado objetivo imposto ao homem médio (parâmetro de diligência normal que se espera do gestor) nas mesmas circunstâncias acaba por gerar prejuízo ao Erário. Segundo a lei penal, considera-se crime culposo quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. O Código Civil Brasileiro (CC) faz menção apenas às duas primeiras situações;

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XLI - CONDUTA DOLOSA - apresenta-se quando o agente pratica o ato com intenção de atingir o resultado ou quando, a despeito de não objetivar alcançar determinado resultado, assume o risco deste vir a ocorrer;

XLII - CONDUTA OMISSIVA - caracteriza-se por um comportamento negativo, isto é, abstenção de praticar um ato quando tinha a obrigação de fazê-lo;

XLIII - CONTABILIDADE DE CUSTOS - é o ramo da Contabilidade que se destina a acumular, organizar, analisar e interpretar os custos dos produtos, dos serviços, dos componentes da OM, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, a fim de determinar resultados, controlar as operações e auxiliar o planejamento e o processo decisório;

XLIV - CONTRATO ADMINISTRATIVO - é todo e qualquer ajuste entre Órgãos ou Entidades da Administração Pública e terceiros, em que se forma um acordo de

vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. O contrato administrativo ou contrato público é o instrumento dado à Administração Pública para dirigir-se e atuar perante seus administrados sempre que necessite adquirir bens ou serviços dos particulares, segundo o regime jurídico de direito público;

XLV - CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO - são todos os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob o regime de direito público, seja sob o regime de direito privado. O Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o particular e a Indisponibilidade do Interesse Público colocam a Administração Pública em posição de superioridade e, em regra, estes contratos são precedidos de licitação, salvo os casos de inexigibilidade e dispensa, previstos em lei;

XLVI - CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS - é o conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das Unidades e os das Entidades da Administração Pública sejam alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos estabelecidos no planejamento do Poder Público;

XLVII - CONVÊNIO - é o instrumento que disciplina a transferência de recursos entre a União/UG do COMAER e Órgão ou Entidade da Administração Pública Estadual, Distrital ou Municipal, Direta ou Indireta, visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, de atividade, de serviço, de aquisição de bens ou de evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. Excepcionalmente, o convênio poderá regular a execução de programas a cargo de Entidade da Administração Indireta Federal pela União/UG do COMAER, em regime de mútua cooperação. Os convênios de natureza financeira podem representar uma despesa ou uma receita para a União/UG do COMAER;

XLVIII - CULPA - caracteriza-se quando o agente, deixando de empregar cautela, atenção ou diligência ordinária ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo. A conduta culposa pode se exteriorizar sob três formas: negligência, imprudência e imperícia;

XLIX - DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA - é o ato administrativo pelo qual uma autoridade superior transfere competências, no todo ou em parte, a Agente da

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Administração, para assegurar maior rapidez, transparência e objetividade nas tomadas de decisões, adequando-as e situando-as na proximidade dos fatos, das pessoas ou dos problemas a atender. É a faculdade que tem a autoridade pública de atribuir a outrem, geralmente ocupante de cargo ou de função e de posto hierarquicamente inferior, a prática de atos originariamente de sua alçada. A delegação de competência não contempla a prática de atos normativos;

L - DEMONSTRAÇÃO DE VALORES - é o processo constituído por demonstrativos de bens, valores e dinheiros, acompanhados dos documentos comprobatórios das operações de receitas e de despesas realizadas, de transferências, de movimentações, organizado pela UG (Apoiadora e Apoiada), por ocasião da transmissão das funções de Agente Diretor e de Agente de Controle Interno ou do cargo de Gestor de Finanças, quando estas ocorrerem em data diferente do último dia útil do mês calendário;

LI - DESÍDIA - é a tendência para se esquivar de qualquer esforço físico e moral. Ausência de atenção ou de cuidado, de negligência. Parte da culpa que se fundamenta no desleixo do desenvolvimento de uma determinada função;

LII - DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO (DAU) - é aquela composta por todos os créditos deste ente, sejam eles de natureza tributária ou não tributária, regularmente inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), depois de esgotado o prazo fixado para o pagamento, pela lei ou por decisão proferida em processo regular;

LIII - DOLO - é a consciência e a vontade de causar um resultado ilícito ou de assumir o risco de produzi-lo;

LIV - EFETIVIDADE - é a relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos estabelecidos (impactos esperados), a ser avaliada em um programa de governo;

LV - EFICÁCIA - é o grau de alcance das metas programadas em um determinado tempo, independentemente dos custos implicados, considerando que foram adotados os procedimentos legais, dentro da forma prevista;

LVI - EFICIÊNCIA - é a relação entre os resultados alcançados e os custos dos meios empregados, considerando a aplicação do princípio da economicidade, em um período de tempo;

LVII - EMPENHO DE DESPESA - é o ato emanado de autoridade competente que cria para a União a obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição;

LVIII - ENCARGO - é a obrigação cometida a Agente da Administração ou assemelhado que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não é catalogada na estrutura da OM;

LIX - ENCARREGADO - é militar ou servidor incumbido de determinado encargo, função ou tarefa em nível de supervisão, sobre o qual recai a responsabilidade de garantir o cumprimento das normas em vigor, na esfera de sua competência, em relação ao evento imputado, definido no ato da designação;

LX - ENTIDADE VINCULADA AO COMAER - Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica (CFIAe);

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LXI - ESTOQUE - é o conjunto de bens patrimoniais móveis de toda ordem existente em depósito, destinado a suprir as necessidades de uma OM ou a ser distribuído para outras;

LXII - EXTRATO DE ALTERAÇÕES FINANCEIRAS DE PESSOAL (EAFP) - documento extraído do Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal (SIGPES), sistema corporativo do COMAER, gerado pelo lançamento de dados pelo Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos da OM ou setor especificamente designado, também conhecido como “Boletim Financeiro”;

LXIII - FATO ADMINISTRATIVO - é toda a realização material da Administração, em cumprimento a algum ato administrativo. É a providência praticada por um agente e da qual decorre alteração no patrimônio (aquisições ou vendas, recebimentos ou fornecimentos, cargas ou descargas, outros);

LXIV - FISCALIZAÇÃO - denominação genérica relativa à atividade exercida por Agente da Administração, designado pela autoridade competente, com conhecimento técnico do objeto contratado, para o exercício do encargo de Fiscal de contrato, ou por Comissão especificamente designada, com o objetivo de verificar o cumprimento de disposições contratuais e de ordens complementares emanadas da Administração, sobre a execução de instrumentos pactuados (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), em todos os seus aspectos, visando, também, a identificar eventuais desvios ou desconformidades na execução e adotar, proativamente, ações no sentido de corrigi-los ou, quando fora da sua esfera de competência, propô-las, fundamentadamente, à autoridade superior para tomada de decisão;

LXV - FOLHA EXTRAORDINÁRIA DE PESSOAL (FE) - sistemática de pagamento ao pessoal utilizada quando não for possível o pagamento tempestivo, por meio do processamento normal de pagamento do COMAER, ou seja, quando o intervalo de tempo entre as etapas de publicação em boletim interno da concessão do direito financeiro, processamento pelo SIGPES e crédito na conta do beneficiário não permitir que o numerário esteja disponível para o usuário dentro do prazo previsto na legislação vigente;

LXVI - FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB) - é o conjunto de Organizações, de instalações de equipamentos e de pessoal empenhados no cumprimento da missão militar atribuída a Aeronáutica;

LXVII - FORÇAS ARMADAS (FFAA) - constituídas pela Marinha do Brasil, pelo Exército Brasileiro e pela Aeronáutica, elementos preponderantes da Expressão Militar do Poder Nacional, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, com destinação específica prevista na Constituição;

LXVIII - FORNECEDOR - denominação genérica para aquele que, por meio de proposta pública, oferece à Administração o objeto (bens ou serviços) da licitação, consoante disposições do procedimento licitatório;

LXIX - FUNÇÃO - é o exercício das atribuições inerentes à atividade técnica ou administrativa, vinculada ou não a cargo da estrutura organizacional, exercida pelo Agente da Administração, definida no ato da designação;

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LXX - FUNDO AERONÁUTICO (FAer) - criado pelo Decreto-lei nº 8.373, de 14 de dezembro de 1945, modificado pelo Decreto-lei nº 9.651, de 23 de agosto de 1946, é um fundo de natureza contábil destinado a auxiliar o provimento de recursos financeiros para o aparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB) e para as realizações ou os serviços que se façam necessários, no sentido de assegurar o cumprimento eficiente da missão constitucional da Aeronáutica, conforme estabelece o Decreto-lei nº 1.252, de 22 de dezembro de 1972, que alterou e consolidou a legislação referente ao Fundo Aeronáutico;

LXXI - FURTO - é subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel;

LXXII - GERENTE DE PROJETO - é o Agente da Administração designado para o exercício de um encargo, com a finalidade de coordenar, de gerenciar (técnica, administrativa e operacionalmente) e de supervisionar o (s) projeto (s). Trata-se de agente designado pela organização responsável por um projeto para administrá-lo, de modo a atingir os objetivos propostos naquele projeto;

LXXIII - GESTÃO - trata-se do processo de alinhamento dos recursos e das atividades organizacionais na prossecução dos objetivos planejados, de forma a garantir a melhora contínua de sua eficiência e eficácia. Constitui a sistematização das práticas utilizadas para administrar uma Organização;

LXXIV - GESTÃO AMBIENTAL OU GESTÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS - administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar, de maneira racional os recursos naturais, incluindo fontes de energia, renováveis ou não. Fazem parte, também, do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de recursos naturais e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas. Trata-se do processo de articulação das ações dos diferentes agentes sociais que interagem em um dado espaço, visando a garantir, com base em princípios e diretrizes previamente acordados e/ou definidos, a adequação dos meios de exploração dos recursos ambientais, naturais, econômicos e socioculturais às especificidades do meio ambiente. Os instrumentos de gestão ambiental são ferramentas que visam a auxiliar no processo de planejamento, bem como na operacionalização da gestão ambiental, de modo que esta gestão possa ser integrada de maneira estratégica por todas as suas atividades. São instrumentos de gestão ambiental: o licenciamento ambiental, o estudo de impacto ambiental, o geoprocessamento, a educação ambiental e a auditoria ambiental;

LXXV - GESTOR - é a denominação genérica dada a um Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, de uma função ou de um encargo imputado, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno. É o agente responsável pela execução, pelo gerenciamento e pelo controle de atos de gestão e dos atos e dos fatos administrativos praticados no exercício do cargo, encargo ou função. Poderá receber várias denominações, conforme a atuação na Organização: Gestor de Licitações, de Finanças, de Víveres, de Farmácia, de Faturamento Hospitalar, de Pessoal ou de Recursos Humanos, Social, Comercial, de Material Aeronáutico, de Material Odontológico, Farmacêutico, de Bens em estoque, de Patrimônio Ambiental, Patrimonial de bens móveis de consumo, Patrimonial de bens móveis permanentes, de Reembolsável, de Saúde, de

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Suprimento Técnico, de Serviços Especiais, de Infraestrutura, de Transporte, de Infraestrutura, entre outras tantas denominações;

LXXVI - GESTOR COMERCIAL - é o Agente da Administração com a função de receber, controlar, gerenciar, estocar, conservar, escriturar e comercializar bens ou prestar serviços, sob responsabilidade da UG, de acordo com as determinações do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente e da legislação vigente. Compreendem atividades de faturamento, comerciais, de reembolsável, de hospedagem, entre outras;

LXXVII - GESTOR DE BENS EM ESTOQUE - é o Agente da Administração com a função de receber, estocar, controlar, gerenciar, conservar, escriturar e distribuir o material adquirido ou recebido na UG, compreendendo, entre outros, os estoques de material aeronáutico, bélico, farmacológico, de serviços gerais, de intendência, de subsistência, de combustíveis, entre outros;

LXXVIII - GESTOR DE CONTRATOS - Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, com a finalidade de coordenar, de gerenciar administrativamente e de supervisionar o processo de fiscalização ou de acompanhamento da execução de termos contratuais (empenho, contratos, convênios, de acordos, de ajustes, de termos de ajustes, de termos de cooperação, de instrumentos congêneres, outros), quando não houver agente designado (Gestor de Convênios);

LXXIX - GESTOR DE CONVÊNIOS - Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, encarregado pela atividade de transferências de recursos, sejam elas internas na esfera federal, voluntárias ou para organizações da sociedade civil. É o responsável pela constituição e pelo gerenciamento dos processos de convênios e de instrumentos congêneres, inclusive termos de colaboração e termos de fomento, elaborados no âmbito da UG; e de demais ações pertinentes, tais como: adoção de procedimentos preliminares estabelecidos na legislação federal e na legislação interna do COMAER; elaboração de minutas de edital de chamamento público ou concurso de projetos, de convênios, de termos de execução descentralizada, de termos de parceria, de contratos de gestão, de protocolos de intenções, de termos de colaboração e de termos de fomento; de emissão de notas de empenho e de outras especificadas em normas internas da OM;

LXXX - GESTOR DE FINANÇAS - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno. É o agente responsável pelo recebimento, pela contabilização, pelo processamento e pelo gerenciamento da movimentação dos recursos financeiros e de toda ordem ou que pela UG transitem, de acordo com a legislação vigente;

LXXXI - GESTOR DE LICITAÇÕES OU GESTOR DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno. É o agente responsável pelas atividades relativas às licitações, às aquisições, à preparação e à

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constituição dos procedimentos licitatórios elaborados no âmbito da UG e da (s) Unidade (s) Apoiada (s), se houver (em), e, ainda, pela execução, pelo gerenciamento e pelo controle de atos de gestão e dos atos e dos fatos administrativos praticados no exercício do cargo, bem como pelo gerenciamento do cadastro de fornecedores, pela elaboração de termos contratuais (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), quando não houver agente designado (Gestor de Contratos ou Convênios) e pelos demais encargos imputados, de acordo com a legislação vigente;

LXXXII - GESTOR DE MATERIAL BÉLICO - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, com a finalidade de receber, de controlar, de estocar, de gerenciar, de conservar, de escriturar e de distribuir o material bélico e, ainda, para providenciar a consolidação contábil relativa a outros almoxarifados e depósitos de material bélico existentes na organização, de acordo com a legislação vigente;

LXXXIII - GESTOR DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL OU PATRIMÔNIO DE MEIO AMBIENTE - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, encarregado de planejar, desenvolver e executar projetos que visam à preservação do meio ambiente da OM, como programas de reciclagem e de educação ambiental; analisar a poluição industrial do solo, da água e do ar e a exploração de recursos naturais e, com base nos dados coletados, elaborar ou propor ao Órgão competente estratégias para minimizar ou mitigar o impacto causado pelas atividades humanas no âmbito da UG; atuar no planejamento ambiental, na exploração de recursos naturais de maneira sustentável e na recuperação e no manejo de áreas degradadas, visando a garantir, com base em princípios, diretrizes e políticas de sustentabilidade e de gestão ambiental, previamente acordados e/ou definidos, a adequação dos meios de exploração dos recursos ambientais, naturais, econômicos e socioculturais às especificidades do meio ambiente onde se encontra a OM. As suas atribuições estão intrinsecamente ligadas e associadas aos bens patrimoniais imóveis, sob responsabilidade, da OM e adjacências. Não há dissociação das atividades desenvolvidas entre os bens patrimoniais imóveis e a sustentabilidade e meio ambiente. No caso de não ser designado gestor ou haver setor específico para o trato da atividade de sustentabilidade e de meio ambiente, no âmbito da OM e, com vistas à racionalização da atividade administrativa e ao controle dos atos de gestão, as atribuições decorrentes desta atividade deste agente poderão, a critério do Comandante, serem acometidas ao Gestor de Patrimônio Imóvel ou Gestor Patrimonial de Bens Imóveis, passando, assim, a denominar-se de Gestor de Patrimônio Imóvel e de Meio Ambiente ou Gestor Patrimonial de Bens Imóveis e Ambiental. É o agente responsável pela execução, gerenciamento e controle de atos de gestão praticados no exercício do cargo, de acordo com a legislação vigente, a política para a sustentabilidade e gestão ambiental do COMAER e as orientações do Órgão Central do Sistema ou de Órgão competente;

LXXXIV - GESTOR DE PATRIMÔNIO IMÓVEL OU GESTOR PATRIMONIAL DE BENS IMÓVEIS - é o Agente da Administração, com a função de receber, de registrar, de cadastrar, de alterar, de avaliar, de reavaliar, de revisar, de gerenciar os bens patrimoniais imóveis, de acompanhar e de propor alterações do Plano Diretor e o Plano de Obras, sob responsabilidade da UG, de acordo com a legislação vigente. Acrescenta-

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se o termo “residenciais”, quando se tratar de gestão de Próprios Nacionais Residenciais (PNR);

LXXXV - GESTOR DE PESSOAL OU DE RECURSOS HUMANOS - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, com a finalidade de administrar, de supervisionar, de controlar e de gerenciar o pessoal civil e militar (ativos, inativos, pensionistas e anistiados de qualquer ordem) da UG e assessorar o Comandante nos assuntos da política de administração de pessoal da OM, visando a assegurar a execução dos procedimentos previstos na legislação vigente. É responsável pelos encargos relativos à coordenação e ao controle das atividades relacionadas com pessoal, inclusive no trato de renumeração, de proventos, de reparação econômica e de vencimentos de civis e militares, de ativos, de inativos e de pensionistas e de anistiados (militares e civis), de qualquer ordem;

LXXXVI - GESTOR PATRIMONIAL DE BENS MÓVEIS DE CONSUMO OU GESTOR DE BENS MÓVEIS DE CONSUMO - é o Agente da Administração com a função de receber, de controlar, de gerenciar, de escriturar e de distribuir o material adquirido ou recebido na UG, compreendendo, entre outros, o material bélico, farmacológico, de serviços gerais, de intendência, de subsistência, combustíveis e, ainda, para providenciar a consolidação contábil relativa a outros almoxarifados, armazéns e depósitos de material existentes na organização, de acordo com a legislação vigente, consoante as necessidades de cada OM e a critério do Comandante, desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento ou Regimento Interno aprovados;

LXXXVII - GESTOR PATRIMONIAL DE BENS MÓVEIS PERMANENTES OU GESTOR DE BENS MÓVEIS PERMANENTES - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, com a finalidade de escriturar, cadastrar, alterar, modificar, publicar, transferir, alienar, gerenciar, avaliar, consolidar a escrituração dos bens patrimoniais móveis e reavaliar os bens patrimoniais móveis permanentes, incluindo os de informática; os bens de consumo de uso duradouro e os bens incorpóreos ou intangíveis, incluindo os de informática, sob responsabilidade da UG, de acordo com a legislação vigente;

LXXXVIII - GESTOR SOCIAL OU GESTOR DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercício de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e específicas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, com a finalidade de solicitar, receber, contabilizar e direcionar os recursos da Assistência Social da Aeronáutica aos programas definidos pelo Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

LXXXIX - GOVERNANÇA - deriva do termo governo e pode ter várias interpretações, dependendo do enfoque. É a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento e a capacidade de os governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções. Refere-se a padrões de articulação e de cooperação entre atores sociais e políticos e de arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através das fronteiras do sistema econômico, incluindo-se aí não apenas os mecanismos tradicionais de agregação e articulação de interesses, tais como os partidos políticos e grupos de pressão, como também,

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redes sociais informais e associações de diversos tipos. No âmbito da Organização Militar, a governança refere-se ao conjunto de diretrizes, estruturas organizacionais, processos e mecanismos de controle que visam assegurar que as decisões e ações relativas à gestão e ao uso dos recursos da organização estejam alinhadas às necessidades institucionais e contribuam para o alcance das metas organizacionais;

XC - INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM) - é um procedimento administrativo, de instrução sumária, para a apuração de fato e de sua autoria, que, nos termos legais, configure crime de natureza militar. Tem caráter de instrução provisória, cuja finalidade é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal;

XCI - INSTRUMENTO CONTRATUAL - é a denominação genérica dada a contrato, acordo, convênio, ajuste ou termo de execução descentralizada, firmado pela Administração Pública no País ou no Exterior;

XCII - INUTILIZAÇÃO - consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes, de qualquer natureza, para a Administração Pública Federal, após verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material classificado como irrecuperável;

XCIII - INVENTÁRIO ANALÍTICO - instrumento formal de controle, de preservação e de prestação de contas do patrimônio público utilizado na Administração Pública para comprovar e conferir, de forma analítica (detalhada), os saldos e os quantitativos registrados na contabilidade com os de fato existentes e disponíveis;

XCIV - INVENTÁRIO SINTÉTICO - instrumento formal de controle, de preservação e de prestação de contas do patrimônio público utilizado na Administração Pública Federal para comprovar e conferir, de forma sintética, os saldos e os quantitativos registrados na contabilidade com os de fato existentes e disponíveis;

XCV - MÁ-FÉ - termo usado para caracterizar a ação de um indivíduo contra a lei, sem justa causa, sem fundamento legal e com plena consciência desta ação;

XCVI - MINISTÉRIO DA DEFESA (MD) - Órgão do Governo Federal incumbido de exercer a direção superior das Forças Armadas, constituídas pela Marinha do Brasil , pelo Exército Brasileiro e pela Aeronáutica;

XCVII - MISSÃO - breve descrição que estabelece o propósito ou a razão de ser da organização segundo uma perspectiva ampla e duradoura, ao mesmo tempo em que individualiza e identifica o escopo de suas operações em termos de produtos e serviços produzidos;

XCVIII - MISSÃO DA AERONÁUTICA - missão definida/deduzida pelo Comandante da Aeronáutica: manter a soberania no espaço aéreo nacional com vistas à

defesa da pátria;

XCIX - MULTA - modalidade de aplicação de sanção administrativa (prevista em edital ou em instrumento contratual), que pode ser aplicada, de forma isolada ou cumulativamente com as demais sanções, em casos de inexecução total ou parcial do objeto contratado;

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C - NOTA DE EMPENHO - documento utilizado pela Administração Pública para registrar as operações que envolvam a realização de despesas orçamentárias realizadas pela administração e que indica o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Decorre de ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado a obrigação de adimplemento da obrigação. Nas Representações e nas Comissões sediadas no exterior poderá ser complementada por outro documento denominado "Ordem de Compra do Comando da Aeronáutica" ou "Purchase Order", os quais contêm as informações essenciais da Nota de Empenho, além de outras específicas;

CI - NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-e) - é o documento de existência digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pela administração tributária, do documento eletrônico, antes da ocorrência do fato gerador.

CII - NOTA FISCAL OU DOCUMENTO FISCAL - é o documento de emissão obrigatória que comprova a venda de mercadoria ou a prestação de serviços, por meio do qual o Fisco apura seus créditos tributários (impostos), o consumidor tem a garantia de que compra está corretamente formalizada e que os seus direitos estão assegurados, e a empresa (emitente) faz prova, quando necessário, junto aos órgãos federais, estaduais e municipais. A nota fiscal é um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma transferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade comercial prestada por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa. Nas situações em que a nota fiscal registra a transferência de valor monetário entre as partes, a nota fiscal também destina-se ao recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza sonegação fiscal. As notas fiscais podem, também, ser utilizadas em contextos mais amplos como: na regularização de doações, transporte de bens, empréstimos de bens, ou prestação de serviços sem benefício financeiro à empresa emissora;

CIII - NOTIFICAÇÃO - ato por meio do qual dá-se conhecimento formal e legal do texto de um documento registrado a determinada pessoa;

CIV - ORDENADOR DE DESPESAS - trata-se da designação da função dada ao Agente da Administração que exerce a gestão das atividades administrativas relacionadas à administração orçamentária, financeira e patrimonial na UG. Ordenador de Despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, devendo-se entender dispêndio como toda despesa ou custo decorrente da execução das atividades administrativas da OM;

CV - ORGANIZAÇÃO - é a denominação genérica dada à fração da estrutura do COMAER, criada por ato específico de autoridade competente;

CVI - ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM) - é a denominação genérica dada à unidade de tropa, repartição, estabelecimento, navio, base, arsenal ou qualquer outra unidade administrativa, tática ou operativa, das Forças Armadas;

CVII - ÓRGÃO CENTRAL SISTÊMICO - é o órgão técnico normativo incumbido de superintender as atividades ligadas ao suprimento, à manutenção e ao controle específico de materiais ou prestação de serviços, colocados sob sua gestão;

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CVIII - ÓRGÃO DE DIREÇÃO-GERAL (ODG) - órgão responsável pelo planejamento e pela emissão de diretrizes que orientem o preparo e o emprego da Força Aérea Brasileira, visando ao cumprimento da destinação constitucional da Aeronáutica. O ODG, no COMAER, é representado pelo EMAER;

CIX - ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR - os Órgãos de Assessoramento Superior são: o Alto-Comando da Aeronáutica (ALTCOM) e o Conselho Superior de Economia e Finanças da Aeronáutica (CONSEFA);

CX - ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA AERONÁUTICA - são Órgãos específicos de Assistência Direta ao Comandante da Aeronáutica. Compreendem: o Gabinete do Comandante da Aeronáutica (GABAER), a Comissão de Promoções de Oficiais da Aeronáutica (CPO), o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), o Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER), o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), a Assessoria Parlamentar do Comandante da Aeronáutica (ASPAER), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), a Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo (ASOCEA) e o Centro de Controle Interno da Aeronáutica (CENCIAR), além de outros que possam vir a ser ativados, modificados, aglutinados, desativados, alterados, transformados ou extintos, com finalidade específica na estrutura regimental da Força;

CXI - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL, SETORIAL E DE ASSISTÊNCIA (ODGSA) - a sigla “ODGSA”, usualmente, contempla os Órgãos de Direção-Geral (EMAER), Setorial (COMGAP, COMGAR, COMGEP, DECEA, DEPENS, DCTA e SEFA) e de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (GABAER, CPO, CECOMSAER, CIAER, INCAER, ASPAER, CENIPA, ASOCEA e CENCIAR);

CXII - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS) - são Órgãos encarregados de planejar, de executar, de coordenar e de controlar as atividades setoriais inerentes às suas atribuições e em conformidade com as decisões e diretrizes do Comandante da Aeronáutica. Seguem o previsto na Estrutura Regimental do COMAER (Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009). Atualmente, são considerados Órgãos de Direção Setorial: o Comando-Geral de Apoio (COMGAP), o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA);

CXIII - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL E DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA AERONÁUTICA (ODSA) - a sigla “ODSA”, usualmente, contempla os Órgãos de Direção Setorial (COMGAP, COMGAR, COMGEP, DECEA, DEPENS, DCTA e SEFA) e de Assistência Direta e Imediata ao CMTAER (GABAER, CPO, CECOMSAER, CIAER, INCAER, ASPAER, CENIPA, ASOCEA e CENCIAR);

CXIV - ÓRGÃO SUBORDINADO - é o órgão supervisionado por Órgão Superior;

CXV - ÓRGÃO SUPERIOR - é o órgão ou entidade que tenha outros órgãos ou entidades a ele subordinados ou por ele supervisionados;

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CXVI - PARTE - é o documento interno dirigido a superior hierárquico ou colateral, contendo uma solicitação ou comunicando fatos ou acontecimentos ocorridos na esfera disciplinar ou administrativa;

CXVII - PATRIMÔNIO PÚBLICO - é o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. O patrimônio público compõe-se dos seguintes títulos: ativos, passivos, patrimônio líquido, saldo patrimonial ou situação líquida patrimonial;

CXVIII - PLANO DE AÇÃO (PA) – é o documento síntese do processo de planejamento institucional da Aeronáutica, contendo o detalhamento da Lei Orçamentária Anual (LOA). Inclui os créditos disponibilizados nas Unidades Orçamentárias Comando da Aeronáutica, Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica e Fundo Aeronáutico;

CXIX - PLANO DE CONTAS - estrutura básica da escrituração contábil, formada por conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e de demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a padronização de procedimentos contábeis;

CXX - PLANO ESTRATÉGICO MILITAR DA AERONÁUTICA (PEMAER) - documento elaborado pelo Estado-Maior da Aeronáutica que estabelece os Objetivos Estratégicos do Comando da Aeronáutica para o período pretendido e consolida os Projetos Estratégicos necessários para atingi-los;

CXXI - PLANO PLURIANUAL (PPA) - é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Vigora por quatro anos, sendo elaborado no primeiro ano do mandato presidencial, abrangendo até o primeiro ano do mandato seguinte;

CXXII - PLANO SETORIAL (PLANSET) - plano quadrienal, elaborado com base no Plano Estratégico Militar da Aeronáutica, que estabelece metas e tarefas a serem desempenhadas pelo próprio órgão elaborador e Organizações Militares subordinadas, com a finalidade de atingir os objetivos estratégicos e seus objetivos setoriais em um determinado período;

CXXIII - PREGÃO - modalidade de licitação para a aquisição de bens comuns e a contratação de serviços de igual natureza, conduzida por Agente da Administração qualificado para o desempenho das atribuições de pregoeiro.

CXXIV - PREGOEIRO - Agente da Administração, designado pela autoridade competente, que recebe a atribuição temporária e específica para a condução de licitações (pregões presenciais e eletrônico, leilão, registro de preços e etc). Deverá ser agente efetivo do órgão promotor do certame. Tem responsabilidade prevista em lei específica;

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CXXV - PRESTAÇÃO DE CONTAS - é o ato formal através do qual é realizada a justificação dos atos e fatos administrativos ocorridos numa determinada gestão, ou seja, é a demonstração a uma autoridade delegante se os objetivos propostos foram cumpridos (resultados) e se o processo para atingi-los teve adequação (conformidade) com as regras e princípios estabelecidos. A prestação de contas poderá ocorrer de forma cotidiana ou ao final de determinados ciclos;

CXXVI - PRESTAÇÃO DE CONTAS ELETRÔNICA (PCE) - trata-se da comprovação mensal da execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil, no SIAFI, para a SEFA;

CXXVII - PRESTAÇÃO DE CONTAS MENSAL (PCM) - é o processo (eletrônico, mecanizado ou informatizado) organizado pela UG (UG EXEC e UG CRED) que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos; ou pelo próprio agente da administração ou gestor ou pessoa designada ou mesmo pelo detentor de suprimento de fundos, responsável por bens, valores e dinheiros públicos, colocados à sua disposição para utilização, conforme programa de trabalho aprovado; constituído por demonstrativos acompanhados dos respectivos documentos comprobatórios de sua utilização, de acordo com normas vigentes, a ser apresentada ou demonstrada por ocasião da Reunião da Administração da UG (UG EXEC e UG CRED). Por intermédio do processo da Prestação de Contas Mensal, os agentes da administração e os responsáveis por bens e valores das UG ratificam os seus atos de gestão praticados no exercício das atividades desenvolvidas pelas OM, em benefício do cumprimento das missões definidas em atos próprios. Os processos de Prestação de Contas Mensais, além de consolidarem a gestão dos Comandantes, Agentes Diretores e Ordenadores de Despesas, ficam sob custódia das OM e à disposição dos Órgãos de Controle (Interno ou Externo), com a finalidade de que possam ser avaliados e verificados o desempenho e a conformidade da gestão praticados pelos agentes e, também, dos Órgãos Centrais de Sistemas ou Órgãos competentes, nas matérias afetas aos temas de responsabilidade, que poderão emitir instruções específicas para o trato destes;

CXXVIII - PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA - a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LV, assegura, aos litigantes em geral, tanto na esfera administrativa quanto judicial, o direito à defesa, com os meios a ela inerentes. Ao falar-se da Ampla Defesa, faz-se referência aos meios para tanto necessários, dentre eles, os de assegurar o acesso aos autos, possibilitar a apresentação de razões e documentos, produzir provas testemunhais ou periciais e conhecer os fundamentos e a motivação da decisão proferida. Consiste a ampla defesa na possibilidade de utilização, pelas partes, de todos os meios e recursos legais previstos para a defesa de seus interesses e direitos;

CXXIX - PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE - princípio constitucional que impõe ao Administrador Público a “busca permanente da melhor alocação possível dos

recursos públicos” para alcançar os objetivos planejados; trata-se da busca por uma melhor eficiência na utilização dos recursos públicos;

CXXX - PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA - impõe ao Administrador Público a procura de produtividade e economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços com presteza, perfeição e rendimento funcional;

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CXXXI - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - toda e qualquer atividade administrativa deve estar autorizada ou prevista em lei;

CXXXII - PRINCÍPIO DA MORALIDADE - impõe ao Administrador Público que não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta;

CXXXIII - PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO - exprime de modo expresso e textual todas as situações de fato que levaram o agente à manifestação da vontade;

CXXXIV - PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE - os atos da Administração devem merecer a ampla divulgação possível entre os administrados e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de controlar a legitimidade da conduta dos agentes da administração;

CXXXV - PRINCÍPIO DA SEGREGAÇÃO - é o princípio que visa a identificar e preservar os segmentos da administração que respondem pela execução, o controle, a coordenação e o gerenciamento das diversas atividades atribuídas a uma OM, de modo a evitar a possibilidade de que o ciclo completo de realização de um processo administrativo, ou partes substanciais do mesmo, permaneça sob a direção de um só agente, o que pode propiciar a ocorrência de falhas, inconsistências, impropriedades e mesmo irregularidades. É o princípio básico de controle interno essencial para a sua efetividade, consistindo na separação de atribuições ou responsabilidades entre diferentes pessoas, especialmente as funções ou atividades-chave de autorização, execução, ateste/aprovação, registro e revisão ou auditoria;

CXXXVI - PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO - o Contraditório é a própria exteriorização do Princípio da Ampla Defesa. É o direito de contestação, de redarguição às acusações, de impugnação de atos e atividades. Impõe a condução dialética do processo, pois a todo ato produzido pela acusação, caberá igual direito da defesa de oposição ou de apresentação de versão distinta, ou ainda, de fornecimento de interpretação jurídica diversa da que foi dada pelo autor;

CXXXVII - PROCESSO - é o conjunto de documentos oficialmente reunidos no decurso de uma ação administrativa ou judicial que constitui uma unidade de arquivamento. Este conjunto de documentos exige um estudo mais detalhado, bem como procedimentos expressos por despachos, pareceres técnicos, anexos ou, ainda, instruções para pagamento de despesas. Assim, o documento é protocolado e autuado pelos órgãos autorizados a executar tais procedimentos;

CXXXVIII - PROCESSO ADMINISTRATIVO - tecnicamente e em sentido amplo, é o conjunto de medidas praticadas com ordem e cronologia necessárias ao registro dos atos da Administração Pública, a fim de produzir uma decisão de natureza administrativa;

CXXXIX - PROCESSO ADMINISTRATIVO DE GESTÃO (PAG) - processo administrativo que consiste na reunião ou juntada cronológica de peças ou documentos relativos às execuções orçamentária, financeira ou patrimonial, em conformidade com instruções do Órgão Central do Sistema de Controle Interno do COMAER ou Órgão competente;

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CXL - PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO (PARE) - é conjunto de procedimentos administrativos, ordenados e formalizados, que tem por finalidade permitir a recomposição de valores devidos, quando ficar constatado prejuízo à Fazenda Nacional sem que tenha havido o correspondente ressarcimento;

CXLI - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD) - é o procedimento administrativo destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido;

CXLII - PROCESSO DE CONTAS - é o processo de trabalho do controle externo, destinado a avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gestão das pessoas abrangidas pelos incisos I, III, IV, V e VI, do art. 5º, da Lei nº 8.443/92, com base em documentos, informações e demonstrativos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, obtidos direta ou indiretamente;

CXLIII - PROCESSO DE GESTÃO - trata-se do processo que deve ser identificado, mapeado e analisado para que o Agente da Administração possa determinar se a Organização está ou não caminhando para alcançar seus objetivos. Constitui-se no sequenciamento de atividades, tarefas e ações, estruturado sob a forma do ciclo planejamento, execução, controle e ação, estabelecido para propiciar contínua melhoria da efetividade da governança da Organização;

CXLIV - PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA - trata-se do conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que asseguraram a realização dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insuficiências de caixa;

CXLV - PROGRAMA DE TRABALHO ANUAL (PTA) - é o documento decorrente do alinhamento estratégico da Aeronáutica, no qual são definidas as metas e tarefas a serem cumpridas por uma Organização Militar, no período de um exercício financeiro, abrangendo os projetos e atividades necessários ao cumprimento da missão da OM. É por intermédio deste programa que poderá ser avaliada a gestão dos recursos a cargo das UG, nos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia, propiciando elementos para a organização e apresentação da Tomada de Contas Anual (TCA), a ser submetida ao Tribunal de Contas da União (TCU);

CXLVI - PROJETO - é um esforço temporário empreendido para criar um produto, processo, serviço ou resultado exclusivo. Trata-se de um conjunto de atividades ou medidas planejadas para serem executadas com responsabilidade de execução definida, a fim de alcançar determinados objetivos, dentro de uma abrangência definida, num prazo de tempo limitado e com recursos específicos;

CXLVII - PROPOSTA DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (PPF) - trata-se do registro efetuado por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), o qual discrimina as necessidades de recursos financeiros para a UG, para um determinado período, indicando a categoria de gasto, a fonte de recursos, o tipo de recursos (do exercício ou restos a pagar), a vinculação de pagamento e o mês da programação;

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CXLVIII - PROTOCOLO DE INTENÇÕES - trata-se de instrumento, congênere a convênio, com o objetivo de reunir vários programas e ações federais a serem executados de forma descentralizada, devendo o objeto conter a descrição pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos federais. Os protocolos de intenções podem representar uma despesa ou uma receita para a União/UG do COMAER;

CXLIX - REGIMENTO INTERNO (RICA) - trata-se de publicação que, em complemento ao respectivo Regulamento, estabelece as minúcias da estrutura da organização e disciplina o funcionamento e as atribuições de seus órgãos ou elementos constitutivos;

CL - REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO (ROCA) - é o documento formal aprovado por ato do CMTAER, que estabelece a finalidade, a subordinação, a sede, a estrutura básica e as atribuições gerais de uma organização. Pode referir-se a uma organização específica ou a um tipo de organização;

CLI - REGULAMENTO DO COMANDO DA AERONÁUTICA (RCA) - é a publicação que dispõe sobre a execução de leis ou de decretos e, como tal, destina-se a, obedecidos estes diplomas legais, fixar regras e prescrições que orientem e disciplinem o funcionamento de organizações ou a estabelecer preceitos de administração e demais atividades gerais do Comando da Aeronáutica;

CLII - RESPONSABILIDADE - é a qualidade do que é responsável, ou a obrigação de responder por atos próprios, ou por uma coisa confiada. Um agente que seja considerado responsável por uma situação ou por alguma coisa terá que responder se esta situação ou esta coisa correu de forma devida ou não. O agente público sujeita-se à responsabilidade civil, penal e administrativa decorrente do exercício do cargo, encargo/comissão, emprego ou função. Por outras palavras, ele pode praticar atos ilícitos no âmbito civil, penal e administrativo;

CLIII - RESPONSABILIDADE CIVIL - consiste na obrigação (vínculo obrigacional) que impende sobre aquele que causa um prejuízo a outrem, de o colocar na situação em que estaria se o fato danoso não tivesse ocorrido. É a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda ou, ainda, de simples imposição legal;

CLIV - RESPONSABILIDADE FUNCIONAL - é a qualidade daquele que é agente responsável, ou daquele que tem a obrigação de responder pela pratica de atos próprios, ou daquele por coisa confiada, quando no exercício de cargo, função ou encargo, previstos na estrutura regimental ou em ato próprio;

CLV - RESPONSABILIDADE PENAL OU CRIMINAL - consiste no dever jurídico de responder pela ação delituosa que recai sobre o agente imputável. De acordo com o Código Penal Brasileiro (CP), o delito é resultado de uma ação ou omissão considerada criminosa, ou seja, um fato socialmente nocivo e injusto. É uma ação antijurídica, típica, culpável e punível. Um indivíduo adulto e mentalmente são é imputável e responsável por suas ações, devendo responder por elas, de acordo com as leis vigentes;

CLVI - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - uma pessoa deve responder pelos atos de outra em igual intensidade. A responsabilidade será solidária quando em uma

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mesma obrigação houver mais de um responsável pelo seu cumprimento. Também dita como obrigação solidária é espécie de obrigação múltipla, configurando-se esta pela presença de mais de um indivíduo em um ou em ambos os polos da relação obrigacional;

CLVII - RESTOS A PAGAR (RP) - são as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro do exercício a que se referir, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas, cuja inscrição no exercício subsequente ao da emissão dos empenhos é condicionada às exigências legais que tratam do assunto;

CLVIII - ROUBO - é subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante emprego ou ameaça de emprego de violência contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer modo, reduzindo à impossibilidade de resistência;

CLIX - SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS (SEFA) - Órgão de Direção Setorial do COMAER responsável por superintender e realizar as atividades de execução orçamentária, administração financeira e contabilidade, relativas aos recursos de qualquer natureza do Comando da Aeronáutica;

CLX - SERVIDOR PÚBLICO - pessoa legalmente investida em cargo público. É todo aquele que mantêm vínculos de trabalho com entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos das entidades político-administrativas, bem como em suas respectivas autarquias e fundações de direito público, também conhecido como servidor civil. É o agente que mantém um vínculo empregatício com o Estado e seu pagamento provém da arrecadação pública de impostos. Geralmente é originário de concurso público uma vez que é defensor do setor público. Considera-se servidor público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego, serventia ou função pública. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública;

CLXI - SINDICÂNCIA - é o procedimento administrativo sumário, formal e escrito, de caráter meramente investigatório, utilizado para a apuração de fatos ou ocorrências anômalas que não constituam crime, as quais, caso confirmadas, poderão ensejar a abertura do competente processo administrativo. A Sindicância deverá ser pautada como um procedimento investigativo em que se busca elucidação de fatos ou irregularidades, indicando as circunstâncias em que estes ocorreram e suas consequências nas esferas administrativa, civil e penal; a identificação do autor ou responsável, demonstrando como foi sua participação; a quantificação do dano; e apresentação de propostas de melhoria, para que se evite nova ocorrência das eventuais irregularidades apuradas;

CLXII - SISTEMA - é o conjunto de elementos integrantes e interdependentes que tem por finalidade realizar uma tarefa de apoio em proveito da missão principal de uma organização. A vinculação desses elementos, entre si, ocorre por interesse de coordenação, orientação técnica e normativa, não implicando subordinação hierárquica;

CLXIII - SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO COMANDO DA AERONÁUTICA (SISFINAER) - tem finalidade de assegurar às Unidades Gestoras do COMAER, nos limites da programação financeira aprovada, a disponibilidade de recursos para a execução de seus programas de trabalho e, também, de proporcionar o controle e acompanhamento das receitas arrecadadas no âmbito do Fundo Aeronáutico (FAer), visando a

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garantir a manutenção do equilíbrio econômico entre as receitas arrecadadas e as despesas realizadas. A SEFA é o Órgão Setorial Financeiro do COMAER, no Sistema de Administração Financeira Federal e é o Órgão Central do SISFINAER;

CLXIV - SISTEMA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO COMANDO DA AERONÁUTICA (SISCOMAER) - sistema corporativo que tem por finalidade integrar e coordenar procedimentos, diretrizes e rotinas, a fim de proporcionar um eficiente funcionamento de todas as atividades relativas a comércio exterior no âmbito do COMAER. A vinculação dos órgãos ou elementos entre si ocorre por interesse de coordenação e orientação, técnica e normativa, não implicando subordinação hierárquica;

CLXV - SISTEMA DE CONTABILIDADE DO COMANDO DA AERONÁUTICA (SISCONTAER) - sistema corporativo que tem a finalidade de registrar e evidenciar os atos e fatos da gestão do patrimônio público sob responsabilidade do COMAER, relacionados às execuções orçamentária e financeira, bem como à administração dos bens patrimoniais, com vistas a orientar processos de prestação de contas e a subsidiar processos de tomada de decisão. A SEFA é o Órgão Setorial de Contabilidade do COMAER, no Sistema de Contabilidade Federal e é o Órgão Central do SISCONTAER;

CLXVI - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS (SIAPE) - é o instrumento de gestão de servidores públicos civis, contemplando o cadastro único de todos os servidores, que possibilita o conhecimento quantitativo e qualitativo do pessoal, a unificação e a padronização dos sistemas de pagamento, incluindo a emissão padronizada de relatórios e contracheques, além de informações confiáveis, atualizadas e necessárias ao controle de gastos com pessoal;

CLXVII - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL (SIAFI) - é o sistema informatizado instituído pelo Governo Federal para o acompanhamento da execução orçamentária, financeira e patrimonial dos Órgãos da Administração Federal. Este sistema controla os registros contábeis efetuados de todos os atos e fatos produzidos pela Administração Pública Federal;

CLXVIII - SISTEMA INTEGRADO DE LOGÍSTICA DE MATERIAL E DE SERVIÇOS (SILOMS) - sistema corporativo que tem a finalidade de informatizar, de forma integrada e modular, as funções e atividades logísticas afetas ao Comando-Geral de Apoio, do COMAER, nos níveis estratégico, tático e operacional, visando proporcionar, através de suas funcionalidades, o planejamento e o controle das atividades logísticas, em todos os seus níveis, incluindo os recursos humanos, materiais, equipamentos, fornecedores e distribuidores. Trata-se de um sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER;

CLXIX - SISTEMAS ESTRUTURANTES OU ESTRUTURADORES - consideram-se aqueles baseados em tecnologia da informação, de suporte a macroprocessos de governo, com características multi-institucionais, possuindo requisitos de integração e relacionamento que remetem a funções internas ou que envolvam as diferentes esferas do Governo, bem como as relações entre o governo e os agentes econômicos e as relações entre o governo e os cidadãos;

CLXX - SUPRIMENTO DE FUNDOS - é a entrega de numerário a um Agente da Administração, sempre precedida de empenho na dotação própria para atendimento de

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despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação dos créditos ou que não possam ser atendidas pela via bancária;

CLXXI - TERMO CIRCUNSTANCIADO ADMINISTRATIVO (TCA) - procedimento administrativo de apuração, regulado pela Controladoria - Geral da União (CGU), utilizado em casos de extravio ou dano a bem público, que implicar em prejuízo de pequeno valor, aquele cujo preço de mercado para aquisição ou reparação do bem extraviado ou danificado seja igual ou inferior ao limite estabelecido como de licitação dispensável, nos termos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

CLXXII - TERMO DE AVALIAÇÃO DE MATERIAL (TAM) - é o documento formal pelo qual se registra o resultado da avaliação de determinado bem que se pretenda alienar;

CLXXIII - TERMO DE COLABORAÇÃO - é o instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela União/UG do COMAER com organizações da sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para a consecução de finalidades de interesse público propostas pela administração pública, sem prejuízo das definições atinentes ao contrato de gestão e ao termo de parceria, respectivamente, conforme as Leis nos 9.637, de 15 de maio de 1998, e 9.790, de 23 de março de 1999;

CLXXIV - TERMO DE EXAME - é o documento formal pelo qual são apuradas, conforme o caso, a qualidade, a quantidade, as causas do dano e as responsabilidades relativas a bens patrimoniais da União, fornecendo os dados necessários para a tomada de decisão do Comandante, Diretor ou Chefe. Serve tanto para o exame de material quanto para o exame de causas;

CLXXV - TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA - é o instrumento, congênere a convênio, por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre a União/UG do COMAER e órgão ou entidade integrante dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática. Os termos de execução descentralizada podem representar uma despesa ou uma receita para a União/UG do COMAER;

CLXXVI - TERMO DE FOMENTO - é o instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela União/UG do COMAER com organizações da sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para a consecução de finalidades de interesse público propostas pelas organizações da sociedade civil, sem prejuízo das definições atinentes ao contrato de gestão e ao termo de parceria, respectivamente, conforme as Leis nos 9.637, de 15 de maio de 1998, e 9.790, de 23 de março de 1999;

CLXXVII - TERMO DE PARCERIA - é o instrumento passível de ser firmado entre a União/UG do COMAER (parceiro público) e as entidades privadas sem fins lucrativos qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º da Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Os termos de parceria representam uma despesa para a União/UG do COMAER;

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CLXXVIII - TERMO DE TRANSMISSÃO E ASSUNÇÃO DE CARGO (TTAC) - é o documento formal, pelo qual o Agente da Administração registra e informa ao Agente Diretor que transmitiu ou assumiu determinado cargo, bem como formaliza e registra, se houver, a situação de todos os bens recebidos de quem os transmitiu, para a sua guarda e responsabilidade e para todos os fins legais. Para os agentes que detêm estoques (materiais ou intangíveis ou incorpóreos); armazéns ou depósitos ou denominação equivalente de qualquer tipo; bens, valores e dinheiros sob custódia, entre outros, deverá ser anexado o documento que registre a situação real no ato da data da passagem ao substituto legal, inclusive se houver ressalvas a serem consideradas ou apuradas em procedimento administrativo próprio, com publicação em boletim interno;

CLXXIX - TÍTULOS DE CRÉDITO - de maneira geral, denominam-se títulos de crédito os papéis representativos de uma obrigação e emitidos de conformidade com a legislação específica de cada tipo ou espécie. É o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado;

CLXXX - TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) - é um processo administrativo excepcional, de natureza indenizatória e sancionatória, cuja finalidade é continuar a persecução do ressarcimento pelo agente público e de seus solidários ou representantes legais, que deram causa a prejuízo à Fazenda Pública, por irregularidades na aplicação, guarda ou perda dos recursos federais, financeiros ou patrimoniais ou por omissão no dever de prestar contas, sendo devidamente formalizado, com rito próprio, instaurado regularmente no órgão ou entidade lesada e instruído inicialmente pelo tomador de contas para envio à certificação do Órgão de Controle Interno e ao julgamento pelo Tribunal de Contas da União, o qual poderá condenar, por meio do respectivo acórdão com força de título executivo extrajudicial, o responsável ao ressarcimento do débito e aplicar-lhe sanções, inclusive pecuniária;

CLXXXI - TOMADA DE CONTAS EXTRAORDINÁRIA (TCExt) - é o processo de Tomada de Contas levantado quando ocorrer a extinção, mudança de qualificação de UG EXEC para Unidade Gestora Credora (UG CRED) ou a transferência de UG do âmbito de um Ministério, Comando ou Órgão para outro Ministério, Comando ou Órgão;

CLXXXII - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU) - instituição prevista na Constituição Federal para “exercer, auxiliando o Congresso Nacional, a

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das

entidades da Administração Direta e Administração Indireta, quanto à legalidade, à

legitimidade e à economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia

de receitas”;

CLXXXIII - UNIDADE ADMINISTRATIVA (UA) - é a OM, ou fração de OM, encarregada, por atos legais, da gerência de patrimônio e de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente atribuídos, no todo ou em parte. Está estruturada para o exercício de administração própria e tem competência para gerir bens da União e de terceiros e à qual foi concedida autonomia ou semi-autonomia administrativa;

CLXXXIV - UNIDADE GESTORA (UG) - é a denominação genérica de Unidade Administrativa;

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CLXXXV - UNIDADE GESTORA CREDORA (UG CRED) - função do SIAFI atribuída a Unidade encarregada por atos legais, de gerência de patrimônio ou de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente atribuída, no todo ou em parte, mas que não executam os seus lançamentos e não possuem saldos contábeis no SIAFI, dependendo do apoio de uma UG Executora (UG EXEC), para registro das execuções orçamentárias, financeiras ou patrimoniais;

CLXXXVI - UNIDADE GESTORA DE CONTROLE (UG CONT) - função do SIAFI atribuída a OM ou fração de OM não classificada como Unidade Administrativa (UA) e não qualificada como Unidade Gestora Executora ou Credora, mas que deve ser identificada no SIAFI, para efeitos de controle e de gerenciamento de dados;

CLXXXVII - UNIDADE GESTORA EXECUTORA (UG EXEC) - é encarregada por atos legais, de gerência de patrimônio ou de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente atribuída, no todo ou em parte, cujos atos e fatos devem ser registrados no SIAFI. A UG EXEC poderá apoiar outra (s) UG CRED (s) no gerenciamento do patrimônio e dos recursos alocados a esta (s), efetuando, obrigatoriamente, os lançamentos no SIAFI. O planejamento das atividades, a gestão, a execução e o controle do Plano de Ação ou Plano de Obras ou outros, a utilização dos recursos, a determinação das suas necessidades e a realização dos dispêndios, a solicitação de bens e serviços para a sua manutenção, entre outros aspectos, caberá à respectiva UG apoiada, que compartilhará a responsabilidade do controle e da fiscalização dos atos emanados da administração da apoiada com a administração da UG de apoio, observadas as esferas de competência deste Regulamento. Os lançamentos de execução, no SIAFI, das UG CRED apoiadas ficarão, exclusivamente, por conta da UG EXEC de apoio;

CLXXXVIII - UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL (UGR) - conceito orçamentário aplicável a Unidade que responde pela realização da parcela do programa de trabalho contida num crédito; e

CLXXXIX - UNIDADE JURISICIONADA (UJ) - é a unidade responsável pela organização e apresentação do processo anual de contas, o qual será protocolado junto ao Órgão de Controle Interno do COMAER e posteriormente junto ao TCU.

CAPÍTULO III DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 4º A Administração da Aeronáutica é parte integrante da Administração Pública Federal e a ela se subordina segundo normas legais.

Art. 5º O COMAER administra os seus negócios e tem como competência principal preparar-se para o cumprimento de sua destinação constitucional.

Art. 6º As atividades administrativas do COMAER obedecerão aos Princípios Constitucionais e Legais e, ainda, a outros princípios particulares necessários ao atendimento de suas peculiaridades.

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Art. 7º Sistemas específicos, integrados ou não a sistemas estruturadores federais, proporcionarão os instrumentos necessários ao desenvolvimento das atividades do COMAER.

Parágrafo único. Atos normativos definirão, atualizarão ou modificarão os sistemas corporativos necessários ao desenvolvimento das atividades do COMAER e de suas possíveis vinculações a outros sistemas estruturadores federais.

CAPÍTULO IV DAS ORGANIZAÇÕES MILITARES

Art. 8º A criação, a localização de sede, a subordinação, a classificação, a transformação e a extinção de OM ou Fração de OM são processadas por ato expresso do CMTAER, mediante proposta do EMAER.

Parágrafo único. Qualquer tipo de modificação, aglutinação, desativação, alteração, transformação, mudança de classificação, incorporação ou extinção de OM ou Fração de OM deverá ser submetida, pela Cadeia de Comando de subordinação, em processo circunstanciado, ao EMAER, a quem competirá a análise e a emissão de parecer conclusivo e posterior encaminhamento de proposta ao CMTAER para solução.

Art. 9º A criação, a organização, a alteração de localização de sede e a transformação de OM ou Fração de OM subordinam-se às normas vigentes, ao planejamento de médio/longo prazo da Aeronáutica descrito no PEMAER e à sistemática que assegure, em tempo oportuno, os ajustes necessários em termos de recursos humanos, materiais e financeiros.

§1º O planejamento para a extinção de uma OM ou Fração de OM deverá incluir, também, a previsão dos recursos necessários à movimentação de pessoal e ao destino de instalações, acervo de materiais e afins.

§2º Os documentos e os bens pertencentes a uma OM ou Fração de OM extinta deverão ser tratados conforme normas e instruções próprias.

Art. 10 Instruções específicas dos Órgãos competentes deverão prever, como decorrência da criação, da organização, da alteração de localização de sede, da transformação ou da extinção de OM ou Fração de OM, as providências a serem implementadas pelos órgãos executantes.

Art. 11 Os atos de criação e de organização de uma OM ou Fração de OM deverão ser publicados no seu primeiro boletim interno e os de transformação, de alteração de localização de sede ou de extinção, no seu boletim de encerramento de atividades.

CAPÍTULO V DA GOVERNANÇA

Seção I Da Liderança e Controle

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Art. 12 O Comandante da Aeronáutica (CMTAER) é a mais alta autoridade administrativa do COMAER e é o principal responsável pelo cumprimento deste Regulamento.

§1º Compete ao CMTAER propor a organização e providenciar o preparo da Força Aérea Brasileira (FAB).

§2º O CMTAER é principal responsável pelas atividades administrativas do COMAER.

§3º Publicações específicas, editadas pelo CMTAER e pela cadeia de Comando Superior, proporcionarão a permanente atualização das atividades desenvolvidas pelo COMAER.

Art. 13 A Administração no COMAER tem como finalidade o planejamento, a organização, a direção e o controle inerentes ao emprego de recursos de toda ordem, com o propósito de permitir o cumprimento da destinação constitucional do COMAER e a realização de suas atribuições subsidiárias definidas em lei.

Art. 14 A definição e o atendimento das necessidades da Administração no COMAER decorrem de três processos de gestão distintos: o operacional, o técnico e o econômico-financeiro.

§ 1o O processo operacional é determinado pela autoridade competente, em função da missão definida ou do programa de trabalho atribuído a cumprir, e tem por objetivo a estimativa das necessidades de toda ordem, a disponibilização de recursos humanos capacitados e integrados à realidade da FAB, a identificação dos bens e materiais a adquirir e dos serviços a executar, bem como a avaliação da oportunidade e/ou da conveniência para a utilização dos bens e materiais e a realização dos serviços.

§ 2o O processo técnico é determinado pelos órgãos e agentes especializados e compreende desde a especificação dos bens e serviços mais adequados até a orientação dos usuários quanto ao seu emprego.

§ 3o O processo econômico-financeiro refere-se ao planejamento, à gestão e ao controle dos recursos creditícios-financeiros necessários às despesas de custeio ou de investimentos e dos dispêndios e à verificação, em todos os níveis, de sua correta aplicação em condições mais favoráveis de economicidade e de eficácia.

Art. 15 A Administração no COMAER deve realizar-se de maneira a assegurar:

I - o cumprimento dos dispositivos legais, regulamentares e normativos, previstos e vigentes, em atendimento à missão constitucional do COMAER, por meio de seu Planejamento Institucional, que origina o Planejamento Plurianual do COMAER, parte integrante do Plano Plurianual da União (PPA) e o Orçamento Anual da Aeronáutica, que compõe a Lei Orçamentária Anual (LOA);

II - o cumprimento dos Princípios Constitucionais e Administrativos que regem a Administração Pública Brasileira;

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III - a economicidade, eficácia e a eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial e a efetividade dos programas do COMAER e de governo;

IV - a ação de Comando centralizada, e execução descentralizada; e

V - a definição das atribuições, deveres, obrigações e responsabilidades em cada nível de atribuição e nas respectivas esferas (civil, criminal e administrativa) dentro da estrutura regimental e regulamentar.

Art. 16 O controle das atividades da Administração no COMAER será exercido, em todos os níveis de atuação, em conformidade com o disposto nas leis, instruções, orientações ou normas pertinentes e, em especial, as contidas neste Regulamento.

Art. 17 Ao Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (CEMAER) incumbe, entre outros aspectos, determinar a realização de inspeções nas UG do COMAER e entidades vinculadas.

§ 1º O Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) tem por finalidade elaborar o planejamento, de mais alto nível, para o cumprimento da missão da Aeronáutica, assessorar o CMTAER no exercício das atribuições inerentes ao seu cargo e coordenar as ações que envolvam os ODSA.

§ 2º O EMAER é o Órgão encarregado de estudar, planejar, orientar, coordenar e controlar, no mais alto nível, as atividades da Força, integrando e harmonizando a ação dos demais órgãos, e em conformidade com as decisões e diretrizes do CMTAER.

Art. 18 Ao Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica incumbe, entre outros aspectos, determinar a realização de visitas administrativas, técnicas e operacionais; inspeções de procedimentos relativos ao cumprimento das normas de Administração Financeira, de Contabilidade e de Comércio Exterior, nas UG do COMAER; e, prestar auxílio técnico às entidades vinculadas.

Parágrafo único. A SEFA é o Órgão Central do Sistema de Administração Financeira (SISFINAER), de Contabilidade (SISCONTAER) e de Comércio Exterior (SISCOMAER) do Comando da Aeronáutica.

Art. 19 O Centro de Controle Interno da Aeronáutica (CENCIAR) tem por finalidade planejar, dirigir, coordenar e executar as atividades de Controle Interno, empregando as técnicas de fiscalização e de auditoria, com vistas à aplicação eficiente, eficaz e legal dos recursos alocados ao COMAER.

Parágrafo único. O CENCIAR é o Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Comando da Aeronáutica (SISCONI).

Art. 20 Os Órgãos de Direção Setorial (ODS) são responsáveis para planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades setoriais inerentes às suas atribuições e em conformidade com as decisões e diretrizes do Comandante da Aeronáutica.

Parágrafo Único. Aos ODS incumbe, ainda, determinar a realização de inspeções para avaliar o desempenho dos elos dos Sistemas que a ele estiverem subordinados.

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Seção II Da Estratégia e do Planejamento

Art. 21 Compete ao CMTAER aprovar e publicar os Planos Setoriais (PLANSET) e suas atualizações, após homologação do EMAER.

Art. 22 Ao Chefe do EMAER (CEMAER) compete, dentre outras atribuições, determinar a elaboração e revisão do Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER), bem como de sua priorização, com vistas a promover a destinação adequada dos recursos orçamentários e financeiros.

Art. 23 Compete aos ODSA, dentre outras atribuições:

I - elaborar e encaminhar ao EMAER, para homologação, seu PLANSET e suas atualizações;

II - emanar as diretrizes para a elaboração dos PTA das OM subordinadas;

III - elaborar, aprovar e publicar seu PTA;

IV - revisar e homologar os PTA dos Órgãos Subsetoriais (comando privativo de Oficial-General), restituindo-os, após esta avaliação, para publicação;

V - revisar, aprovar e publicar o PTA das OM diretamente subordinadas que não sejam Órgãos Subsetoriais;

VI - revisar, aprovar e publicar o PTA dos Órgãos Subsetoriais (comando não privativo de Oficial-General) e suas OM subordinadas; e

VII - supervisionar a execução dos PTA das OM subordinadas.

Art. 24 Compete aos Órgãos Subsetoriais, com comando privativo de Oficial-General:

I - elaborar e encaminhar ao respectivo ODS seu PTA;

II - aprovar e publicar seu PTA (após revisão e homologação do ODS);

III - revisar, aprovar e publicar o PTA das OM subordinadas; e

IV - supervisionar a execução dos PTA das OM subordinadas.

Art. 25 Compete aos Órgãos Subsetoriais, com comando não privativo de Oficial-General:

I - elaborar e encaminhar ao respectivo ODS seu PTA;

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II - revisar e encaminhar o PTA das OM subordinadas ao respectivo ODS; e

III - supervisionar a execução dos PTA das OM subordinadas.

Art. 26 Compete às demais Organizações Militares do COMAER elaborar e encaminhar ao órgão a que estiver subordinada, seu PTA.

Parágrafo único: Compete a todas as Organizações Militares da Aeronáutica o planejamento das atividades sistêmicas, em atendimento às diretrizes emanadas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas do COMAER, submetendo-o ao respectivo Órgão Central do Sistema.

Art. 27 Os PLANSET conterão objetivos setoriais alinhados aos objetivos estratégicos ou pertinentes a seu contexto setorial. Todos os objetivos terão metas e indicadores com a finalidade de aferirem o alcance dos objetivos propostos. De modo análogo, os PTA conterão as metas recebidas dos escalões superiores e, eventualmente, metas próprias. Todas as metas terão indicadores visando aferir o seu alcance.

Parágrafo único: O PLANSET deverá apresentar metas plausíveis para seu período de vigência, mantendo coerência com o PPA, bem como, metas “reais” a serem atingidas no 1º ano de sua vigência, baseadas na expectativa de orçamento (Proposta de Lei Orçamentária Anual - PLOA), que nortearão os PTA das Unidades subordinadas.

LIVRO II DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

TÍTULO I DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS OU UNIDADES GESTORAS

Art. 28 A classificação de uma OM como Unidade Administrativa (UA), bem como a correspondente qualificação quanto à sua função de Unidade Gestora (UG), será proposta pela Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA), por meio de parecer circunstanciado. Após sua aprovação pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), a proposta será encaminhada para a apreciação e decisão final, por ato expresso, do CMTAER.

§ 1º Todo projeto de classificação e de qualificação de OM deverá ser submetido, preliminarmente, a parecer da SEFA e análise e aprovação do Estado-Maior da Aeronáutica.

§ 2º Em casos excepcionais, considerados o volume e o movimento de recursos econômico-financeiros e patrimoniais e tendo por base parecer circunstanciado da SEFA, Órgão Central do Sistema de Administração Financeira, de Contabilidade e de Comércio Exterior da Aeronáutica, aprovado pelo EMAER, o CMTAER poderá classificar fração de OM como Unidade Administrativa, qualificando-a.

Art. 29 As Unidades Administrativas podem ser qualificadas, quanto à função, como Unidades Gestoras Executoras (UG EXEC) ou Unidades Gestoras Credoras (UG CRED), conforme for estabelecida a sua atuação na execução orçamentária, financeira ou patrimonial.

Art. 30 O Comandante de OM que for qualificada como UA ou de OM que venha a conter fração qualificada como UA deverá apresentar, no prazo de sessenta dias, a

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atualização do Regimento Interno ao órgão competente da cadeia de subordinação, contemplando os aspectos que a OM e ou sua fração passarão a administrar, de acordo com a sua qualificação e em conformidade com o que for estabelecido pela SEFA.

Art. 31 O ODGSA deverá disciplinar o relacionamento entre as UG de apoio e as apoiadas por meio de instruções ou orientações específicas, complementares às legislações aplicáveis, visando a:

I - estabelecer as competências e as responsabilidades das UG envolvidas;

II - definir as áreas específicas e a forma pela qual será prestado o apoio; e

III - delimitar os limites de responsabilidade funcional no curso dos atos de gestão praticados pelos agentes envolvidos, tanto da apoiadora quanto da apoiada.

§ 1º O Comandante da OA que apoie uma ou mais Unidades Administrativas poderá propor a regulação de que trata o caput ao respectivo ODGSA ao qual estiver subordinado.

§ 2º A regulação de que trata o caput não exime o agente público do dever constitucional de prestar contas.

Art. 32 A perda da qualificação de Unidade Administrativa, bem como a mudança de qualificação, será proposta por meio de parecer da SEFA, enquanto Órgão Central do SISFINAER, do SISCONTAER e do SISCOMAER, análise e aprovação do EMAER e determinada em ato expresso do CMTAER.

Art. 33 O ato do CMTAER que determinar a perda de qualificação da Unidade Administrativa, ou a mudança de qualificação de UG EXEC para UG CRED ou vice-versa, explicitará o destino a ser dado aos componentes do ativo e do passivo, bem como à documentação referente às gestões do respectivo patrimônio.

Art. 34 Em caso de fusão, incorporação ou extinção de Unidade Administrativa, ato do CMTAER explicitará o destino a ser dado aos componentes do ativo e do passivo, bem como à documentação referente às gestões do respectivo patrimônio.

Art. 35 Em caso de perda de classificação da Unidade Administrativa, ou a mudança de qualificação, planos específicos dos ODGSA envolvidos explicitarão o destino a ser dado aos componentes do ativo e do passivo, bem como à documentação referente às gestões do respectivo patrimônio.

TÍTULO II DOS AGENTES DA AMINISTRAÇÃO

CAPÍTULO I DAS GENERALIDADES

Art. 36 Os Agentes da Administração são assim denominados:

I - Agente Diretor;

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II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno;

IV - Agente Executor (ou Gestor);

V - Agente Auxiliar; e

VI - Qualquer pessoa física a que se tenha atribuído competência para exercer atividade administrativa de acordo com a legislação em vigor.

§ 1º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, poderão ser delegados, no todo ou em parte, de acordo com o previsto neste Regulamento.

§ 2º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, não poderão exercer cumulativamente as respectivas funções, mesmo que transitoriamente, ressalvando-se o caso de o Agente Diretor acumular a função de Ordenador de Despesas.

§ 3º É vedada a designação para o exercício de cargos, encargos ou funções dos incisos I, II e III, deste artigo, inclusive em comissão, de indivíduos que tenham sido, nos últimos cinco anos:

a) responsáveis por atos julgados irregulares por decisão definitiva do Tribunal de Contas da União (TCU), do Tribunal de Contas de Estado (TCE), do Distrito Federal (TCDF) ou de Município, ou ainda, por Conselho de Contas de Município;

b) punidas, em decisão da qual não caiba recurso administrativo, em processo disciplinar por ato lesivo ao patrimônio público de qualquer esfera de governo; e

c) condenadas em processo criminal por prática de crimes contra a Administração Pública, capitulados no Código Penal Brasileiro (CP) e em normativos que tratam da matéria.

§ 4º As vedações estabelecidas no parágrafo anterior aplicam-se, também, às designações para cargos, inclusive em comissão, que impliquem gestão de dotações orçamentárias, de recursos financeiros ou de patrimônio, bem como para as nomeações como membros de comissões de licitações, pregoeiros, equipes de apoio, chefes, adjuntos ou gestores de setores da área de licitações, contratos ou convênios.

Art. 37 A composição de Agentes da Administração de uma UG (UG EXEC ou UG CRED) é estabelecida em decorrência de sua missão e das suas atribuições, encargos, competências, responsabilidades e necessidades, definidas em Regulamento e no Regimento Interno.

Art. 38 A composição básica de uma UG EXEC, no COMAER, compreende os seguintes Agentes da Administração:

I - Agente Diretor;

II - Ordenador de Despesas;

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III - Agente de Controle Interno;

IV - Gestor de Finanças;

V - Gestor de Licitações;

VI - Gestor de Pessoal ou de Recursos Humanos; e

VII - Gestor Patrimonial de Bens Móveis Permanentes.

§ 1º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, poderão ser delegados, no todo ou em parte, de acordo com o previsto neste Regulamento.

§ 2º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, não poderão exercer cumulativamente as respectivas funções, mesmo que transitoriamente, ressalvando-se o caso de o Agente Diretor acumular a função de Ordenador de Despesas.

§ 3º Quando a UG EXEC tiver a atribuição de ser UG de Apoio, deverá planejar a realização dos procedimentos licitatórios que reúnam as necessidades de fornecimento de bens ou prestação de serviços/obras da (s) UG Apoiada (s); bem como sua consequente contratação. Este planejamento deverá ser anual e divulgado, tempestivamente, à (s) UG Apoiada (s) para o (s) ajuste (s) de seu (s) respectivo (s) PTA.

§ 4º A critério do titular da UG EXEC, consoante necessidades e demandas existentes e desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno aprovados, outros gestores poderão ser instituídos, conforme previsto neste Regulamento.

Art. 39 A composição básica de uma UG CRED, no COMAER, compreende os seguintes Agentes da Administração:

I - Agente Diretor;

II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno;

IV - Gestor de Pessoal ou de Recursos Humanos; e

V - Gestor Patrimonial de Bens Móveis Permanentes.

§ 1º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, poderão ser delegados, no todo ou em parte, de acordo com o previsto neste Regulamento.

§ 2º Os Agentes da Administração, referenciados nos incisos I a III, não poderão exercer cumulativamente as respectivas funções, mesmo que transitoriamente, ressalvando-se o caso de o Agente Diretor acumular a função de Ordenador de Despesas.

§ 3º A UG apoiada deverá ter um Agente da Administração no exercício da função de ACI com uma estrutura de suporte adequada ao exercício das atribuições previstas no Regimento Interno. O Agente Diretor da UG apoiada deverá designar o agente para o exercício da função e poderá delimitar as atribuições que lhe serão imputadas, previstas neste

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Regulamento, em face do seu porte e da demanda das atividades desenvolvidas pela UG apoiada e do suporte prestado pela UG de apoio.

§ 4º Caberá, exclusivamente, à (s) UG apoiada (s) o planejamento das suas atividades; a gestão dos seus negócios; a execução e o controle do seu Plano de Ação, Plano Setorial, Plano de Obras, entre outros; o gerenciamento e a utilização dos recursos alocados de toda ordem, inclusive de pessoal; a determinação da realização dos dispêndios necessários; a solicitação de bens ou serviços para a sua manutenção; entre outros tantos aspectos. A Administração da (s) UG apoiada (s) detem plena autonomia para deliberar sobre atos de sua gestão, competência e responsabilidade funcional.

§ 5º Quando a (s) UG CRED for (em) apoiada (s) por uma UG de Apoio, deverá (ão) adequar o (s) seu (s) PTA ao planejamento dos procedimentos licitatórios por esta estabelecido.

§ 6º Quando couber a UG de Apoio a responsabilidade pela execução orçamentária, financeira e patrimonial das UG Apoiadas, também nela estarão compreendidos todos os registros a serem lançados no SIAFI.

§ 7º A critério do Agente Diretor da UG apoiada (s), consoante necessidades e demandas existentes e desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno da OM, outros gestores poderão ser instituídos, conforme previsto neste Regulamento.

Art. 40 Ao Agente da Administração incumbe:

I - conhecer as particularidades relativas aos serviços administrativos, de forma a poder exercer, com transparência, esmero, economicidade, eficiência e eficácia, as atribuições e encargos que lhe são afetos;

II - zelar pela observância das prescrições do presente Regulamento e das disposições aplicáveis em seu campo de ação;

III - tomar a iniciativa de resolver os casos não previstos, quando a solução não depender de outra autoridade, em conformidade com a legislação vigente;

IV - levar, de maneira formal, ao conhecimento da autoridade imediatamente superior ato ou fato administrativo que possa ou venha causar ou tenha causado dano ao Erário, bem como as demais irregularidades de que tiver ciência, sob pena de responsabilidade solidária;

V - observar as responsabilidades funcionais previstas neste Regulamento;

VI - proceder ao mapeamento dos processos sob sua responsabilidade e a sua revisão periódica, identificando e descrevendo as atividades que os compõem, bem como as tarefas e procedimentos necessários a sua realização;

VII - realizar a gestão dos processos sob sua responsabilidade de modo a alcançar os objetivos estabelecidos no planejamento vigente;

VIII - identificar os riscos aos quais os processos, sob sua responsabilidade, encontram-se sujeitos, proceder a sua avaliação por meio da análise da probabilidade de

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ocorrência e do impacto potencial e realizar seu monitoramento sistemático, visando a mitigar ou reduzir os eventuais danos ou possíveis inconsistências;

IX - estabelecer os controles internos administrativos, necessários e suficientes, para o acompanhamento e mensuração da evolução dos processos, sob sua responsabilidade, frente ao planejamento estabelecido, de modo a proporcionar uma garantia razoável do alcance dos objetivos organizacionais;

X - propor as alterações ou atualizações, das instruções e ou normas de serviço internas, que julgar necessárias ao correto desempenho de suas atribuições e ou encargos; e

XI - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 41 A sequência de substituições para assumir cargos ou responder por encargos ou funções deverá respeitar a precedência e a qualificação exigidas para o exercício cargo ou do encargo/comissão ou função, conforme o previsto em lei, neste Regulamento ou norma específica.

§ 1o Quando houver a possibilidade de um Agente da Administração ficar sob a subordinação de outro de menor grau hierárquico ou de nível inferior, em virtude de o primeiro não possuir as qualificações exigidas para o exercício do cargo ou desempenho das funções ou encargos, o Agente Diretor deverá providenciar, antecipadamente, a substituição do Agente da Administração não qualificado, a fim de se evitar tal ocorrência, ainda que em caráter eventual ou precário.

§ 2º Sempre que possível ou a cada período determinado, a Administração deverá promover o rodízio funcional dos Gestores e demais Agentes, incluindo os Auxiliares, da OM, visando proporcionar-lhes vivência e adquirir a experiência necessária nas diferentes áreas administrativas, evitando-se a possibilidade da ocorrência de vícios comuns ou desmotivação ao exercício prolongado de um mesmo cargo, encargo ou função, prejudicando o rendimento, a eficácia e a efetividade das atribuições previstas.

§ 3o A Administração promoverá a atualização profissional periódica dos Agentes da Administração através de cursos ou estágios, capacitando-os ao exercício pleno das atividades, internamente ou por meio de outras parcerias.

Art. 42 Nas UG em que se verificar a necessidade eventual de acúmulo de cargos, encargos ou funções, deverá ser evitado que um mesmo Agente ou Gestor seja executante e controlador de seus próprios atos, ou assuma atribuições que encerrem, simultaneamente, aquisições, recebimentos e pagamentos, contrariando o Princípio de Segregação de Funções.

CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS

Seção I Do Agente Diretor

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Art. 43 O Agente Diretor, enquanto agente responsável pelo planejamento, organização, direção e controle das atividades administrativas de sua OM, deverá adotar todas as providências de caráter administrativo necessárias ao desempenho de suas atribuições legais e ao cumprimento de sua missão institucional, de acordo com a legislação vigente e as determinações emanadas das autoridades competentes.

Art. 44 O Agente Diretor tem suas atribuições definidas neste Regulamento e complementadas em legislação pertinente.

§ 1o Quanto à administração em geral, entre outras atribuições, ao Agente Diretor incumbe:

I - comunicar às instituições financeiras e aos estabelecimentos bancários, com os quais a UG mantém relacionamento institucional e conta corrente, as substituições dos Agentes da Administração e Gestores que tratam e autorizam demandas financeiras e movimentação de recursos financeiros;

II - estabelecer, diretrizes, normas, ordens, orientações e instruções para a boa execução dos serviços técnico-administrativos-operacionais da UG;

III - definir em normativos específicos as atribuições de seus subordinados, quando ainda não estiverem especificadas, mantendo-as atualizadas;

IV - decidir, no âmbito de suas atribuições, todas as questões administrativas, em conformidade com a legislação vigente;

V - dirigir os trabalhos de elaboração e de gestão da consecução do PTA, de acordo com as metas e programas imputados à OM e em consonância com a legislação em vigor e as determinações das autoridades superiores;

VI - designar as comissões e definir os encargos, as atribuições e o período de atuação necessários à execução das atividades administrativas específicas da OM, publicando em ato próprio, exceto quando se tratar da modalidade de licitação denominada pregão;

VII - designar Agentes da Administração para, de forma isolada ou em comissão específica, acompanhar e fiscalizar a execução de instrumentos contratuais (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, instrumentos congêneres ou outros) firmados pela UG;

VIII - autorizar as consignações ou determinar, em função de decisão judicial, os descontos na remuneração, nos vencimentos e nos proventos do pessoal e na reparação econômica dos anistiados (efetivo e vinculado, se for o caso), conforme a legislação e as normas pertinentes;

IX - determinar providências quanto ao recolhimento de importância restituída, em decorrência de Sindicância, Inquérito Policial-Militar (IPM), Processo Administrativo (PAD), Processo Administrativo de Ressarcimento ao Erário (PARE), Termo Circunstanciado Administrativo (TCA) ou Tomada de Contas Especial TCE), para ressarcimento ao Erário, de acordo coma legislação vigente;

X - prestar as informações e os esclarecimentos que forem da sua competência;

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XI - certificar o que for de direito, quando requerido;

XII - assinar os atestados de sua competência, quando solicitados;

XIII - publicar, em boletim interno, os atos da competência da Administração da UG que gerem, modifiquem ou extingam direitos e obrigações;

XIV - determinar a elaboração da proposta orçamentária relativa à UG, em conformidade com as normas específicas editadas pelo EMAER, e remetê-la, segundo cronograma estabelecido, aos órgãos superiores;

XV - assinar, quando não informatizado, os termos de abertura e de encerramento da escrituração de fichas e demais registros do ACI, rubricando, chancelando ou autenticando por meios mecânicos ou digitais, as folhas, fichas ou formulários destinados à escrituração;

XVI - dirigir os trabalhos de elaboração do Plano Diretor, ou de sua proposta de modificação ou revisão, em conformidade com a legislação específica e orientações do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente, aprovando-o e mantendo-o sempre atualizado;

XVII - dirigir a elaboração, modificação ou revisão do planejamento de sua OM objetivando o cumprimento de sua missão, bem como a organização e sistematização das ações necessárias a sua implementação e controle;

XVIII - dirigir o mapeamento dos macroprocessos de gestão, sob a responsabilidade de sua OM, e a sua revisão periódica, identificando-os e descrevendo as atividades que os compõem, bem como as tarefas e os procedimentos necessários a sua efetivação e os agentes responsáveis por sua execução;

XIX - organizar a gestão dos macroprocessos de gestão de sua OM, de modo a alcançar os objetivos organizacionais estabelecidos em seu PTA;

XX - dirigir os trabalhos de identificação dos riscos aos quais os macroprocessos de gestão da OM encontram-se sujeitos, de sua avaliação por meio da análise de probabilidade de ocorrência e do impacto potencial, e de seu monitoramento contínuo;

XXI - dirigir os trabalhos relativos à identificação e implementação dos controles administrativos, necessários e suficientes, para o acompanhamento e mensuração da evolução dos macroprocessos de gestão de sua OM frente ao respectivo PTA, de modo a poder proceder aos devidos ajustes e, assim, obter uma garantia razoável para o alcance dos objetivos organizacionais;

XXII - determinar a realização, pelo setor de Pessoal ou de Recursos Humanos, se não houver outro setor específico, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, a atualização cadastral dos militares da reserva remunerada, dos reformados e dos pensionistas de militares, e dos militares anistiados, de qualquer ordem, vinculados à Unidade para fins de pagamento de proventos, de pensões ou de reparação econômica mensal, consoante legislação específica vigente:

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XXIII - determinar a realização, pelo setor de Recursos Humanos ou de Pessoal, se não houver outro setor específico, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, a atualização cadastral dos servidores públicos aposentados ou dos seus pensionistas, dos anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG e que recebam vencimentos ou pensões ou reparação econômica à conta do Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE, em conformidade com a legislação específica;

XXIV - designar os gerentes de projetos, definindo as atribuições para o desempenho do encargo, caso não existam, de acordo com a programação e planejamento estipulado pela Administração; e

XXV - designar, sempre que for necessário ou em função da demanda de apoio a outras UG apoiadas, um Gestor de Contratos ou de Convênios, consoante disposições contidas neste Regulamento.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, entre outras atribuições, ao Agente Diretor incumbe:

I - certificar-se, dentro dos primeiros trinta dias de sua gestão, do estado da escrituração patrimonial, dos bens patrimoniais móveis permanentes, incluindo os de informática, imóveis e os bens incorpóreos ou intangíveis, incluindo os de informática da UG e do estado em que se encontram todos os bens em estoque nos diversos tipos de almoxarifados, depósitos, armazéns ou correlatos, e participar à autoridade superior acerca das irregularidades detectadas, caso sejam encontradas, instaurando o procedimento administrativo pertinente para apuração, de acordo com a legislação vigente;

II - fixar os níveis máximo e mínimo de materiais que devam existir em depósito, sempre que estes não constituírem atribuição sistêmica ou de autoridade superior;

III - declarar, em boletim interno, anualmente e quando tiver que transmitir o cargo, o estado em que se encontra a escrituração da UG, baseando-se na escrituração formal produzida pelos agentes e gestores da OM;

IV - autorizar requisições aos órgãos provedores;

V - exigir a publicação, em boletim interno, da movimentação dos bens patrimoniais móveis permanentes, incluindo os de informática, imóveis e os bens incorpóreos ou intangíveis, incluindo os de informática; e

VI - aprovar normas para requisição e o fornecimento de material aos diversos setores da UG.

§ 3o Quanto à responsabilidade, entre outras atribuições, incumbe exclusivamente ao Agente Diretor:

I - proceder à conferência de valores escriturados e existentes, eventualmente, em cofre da UG não só por ocasião da Reunião da Administração em que se fizer a Prestação de Contas Mensal, mas sempre que julgar necessário ou que a demanda o justifique;

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II - cumprir os procedimentos preconizados pelos Órgãos Centrais de Sistemas ou Órgãos competentes quanto ao tratamento da documentação afeta às suas áreas de competência, consoante a legislação específica;

III - responsabilizar o agente que não mantiver a respectiva escrituração em ordem e em dia e que não transmitir corretamente os bens patrimoniais e valores, apurando em procedimento pertinente a sua conduta;

IV - comunicar à autoridade imediatamente superior qualquer irregularidade administrativa detectada e apontar os responsáveis, sempre que as providências cabíveis não sejam de sua alçada sob pena de incorrer em responsabilidade solidária;

V - propor ao Comandante da OM, quando for o caso, que seja solicitado ao titular do ODS da cadeia de subordinação, através de expediente circunstanciado, a instauração de procedimento de Tomada de Contas Especial (TCE), realizando a classificação do grau de sigilo, conforme instrução vigente e informando, também, ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica;

VI - imputar à União os prejuízos causados por motivo de força maior (ação do homem) e de caso fortuito (ação da natureza) comprovados, em processo fundamentado, informando ao ODS da cadeia de comando de subordinação e deixando o processo à disposição dos Órgãos de Controle;

VII - iniciar o processo de imputação de responsabilidade para os prejuízos não ressarcidos por militares e servidores públicos, apurados em procedimento administrativo pertinente (Sindicância, IPM, PARE, TCA, PAD ou TCE), quando for o caso;

VIII - assessorar o Comandante na designação e na dispensa dos Agentes da Administração da UG para o exercício de cargo, encargo/comissão ou função;

IX - autorizar a movimentação dos bens patrimoniais móveis permanentes e intangíveis ou incorpóreos, incluindo os de informática, bem como a regularização contábil das transferências patrimoniais efetuadas para outras UG, de acordo com as disposições legais;

X - gerenciar os processos e as atividades relacionados à administração do pessoal civil e militar (ativos, inativos, pensionistas e anistiados de qualquer ordem) da OM, de responsabilidade do Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos, se não houver outro setor específico para tal fim; e

XI - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Seção II Do Ordenador de Despesas

Art. 45 O Ordenador de Despesas, subordinado diretamente ao Agente Diretor, tem suas atribuições definidas em legislação própria e, conforme estabelecido neste Regulamento, entre outras atribuições, também a ele incumbe:

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I - dirigir os trabalhos referentes ao mapeamento dos processos de gestão sob sua responsabilidade e a sua revisão periódica, enquanto agente responsável pelas atividades administrativas referentes à administração orçamentária, financeira e patrimonial da UG, identificando-os e descrevendo as atividades que os compõem, bem como as tarefas e procedimentos necessários a sua efetivação e os agentes responsáveis por sua execução;

II - dirigir os trabalhos referentes ao planejamento, execução e controle dos processos de gestão sob sua responsabilidade, promovendo as ações necessárias à criação de um ciclo de gestão que resulte em sua contínua melhoria;

III - receber todos os pedidos de aquisição de material ou a contratação de serviço, autorizando, após avaliação da necessidade, a abertura do Processo Administrativo de Gestão (PAG) e o início do correspondente procedimento licitatório, aprovando o enquadramento legal da ação orçamentária atribuída, até o nível de elemento de despesa, visando o custeio das despesas necessárias ao atendimento dos PAG;

IV - estabelecer o valor das garantias a serem exigidas nas contratações de obras, serviços e compras, dentro dos limites legais;

V - aprovar os editais de licitação;

VI - designar o Agente da Administração para exercer a função de pregoeiro e os componentes da equipe de apoio;

VII - decidir, fundamentadamente, os recursos contra atos do pregoeiro, promovendo, em seguida, a adjudicação e a homologação do certame;

VIII - homologar e adjudicar o resultado de todas as modalidades de licitação;

IX - assinar empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos aditivos, instrumentos congêneres, obrigações e quaisquer outros documentos hábeis que os substituam, na forma da legislação pertinente;

X - determinar a publicação dos atos administrativos, de acordo com a legislação vigente;

XI - aprovar os orçamentos de despesas referentes às aquisições de materiais ou às execuções de obras ou serviços custeados pela UG, após análise do setor pertinente;

XII - autorizar, quando requerida e devida, a devolução das garantias contratuais;

XIII - propor, na ocorrência de qualquer ato que resulte em prejuízo ao Erário, ao Comandante, formalmente, após ter dado ciência do fato ao Agente Diretor: a) a instauração de procedimento administrativo previsto, para a identificação do (s) responsável (eis) e quantificação do (s) dano (s); b) a comunicação ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica e ao respectivo ODS da cadeia de subordinação, do número do ato administrativo de instauração, o motivo determinante, o tipo de procedimento e o prazo para conclusão, de acordo com a legislação vigente e os valores de alçada do TCU; e c) aplica-se o disposto, neste inciso, para a falta de apresentação de prestação de contas de

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recursos de convênios no prazo previsto ou a sua não aprovação, em decorrência de motivo que enseje instauração de TCE, conforme legislação vigente;

XIV - estabelecer os critérios para aquisições e alienações, observadas as exigências legais;

XV - fixar prazos para recolhimentos, pagamentos e prestações de contas mensais, quando não estabelecidos;

XVI - assinar, juntamente com o Gestor de Finanças, os documentos para movimentação das contas bancárias da UG;

XVII - conceder suprimentos de fundos, em conformidade com a legislação vigente;

XVIII - autorizar o pagamento a pessoal, inclusive por Folha Extraordinária de Pessoal (FE), nas situações definidas, conforme normas do Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente e legislação vigente;

XIX - diligenciar para que os agentes responsáveis pelo lançamento das matérias financeiras de pessoal realizem a conferência de seus respectivos lançamentos realizados no mês com os contracheques, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente e legislação em vigor;

XX - aplicar as penalidades administrativas aos licitantes e aos contratados, quando faltosos ou inadimplentes, na forma da legislação em vigor;

XXI - apreciar e homologar os processos licitatórios da UG, adjudicando os seus respectivos objetos, exceção feita à modalidade Pregão, na qual a adjudicação é realizada pelo pregoeiro;

XXII - aprovar as prestações de contas mensais da UG;

XXIII - aprovar as prestações de contas dos detentores de suprimentos de fundos;

XXIV - diligenciar para que seja analisado e aprovado as prestações de contas do recebedor de recursos de convênios e instrumentos congêneres que representarem despesas para o COMAER, além de termos de colaboração e termos de fomento, com fundamento nos pareceres técnico e financeiro expedidos pelas áreas competentes;

XXV - prestar contas ao repassador de recursos de convênios e instrumentos congêneres que representarem receitas para o COMAER;

XXVI - autorizar a concessão de suprimento de fundos, observadas as prescrições e exigências legais;

XXVII - elaborar o PTA, onde estejam quantificadas em termos de metas os objetivos anuais a serem alcançados pela UG, levando-se em consideração os recursos disponíveis (orçamentários, financeiros, materiais humanos, tecnológicos, outros);

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XXVIII - determinar o controle dos diversos devedores, apurados nas esferas administrativa e judicial, para cobrança em folha de pagamento ou por GRU;

XXIX - ficar sujeito a processo de Tomada ou Prestação de Contas julgadas pelo TCU;

XXX - ser responsável pela gestão dos atos e dos fatos administrativos praticados no exercício da função;

XXXI - poder delegar a outro agente parte de suas atribuições, por tempo delimitado, com publicação em boletim interno, titulando as atividades ou os atos que poderá praticar em seu nome, respondendo o delegante, também, pelos atos praticados pelo delegado, no exercício do encargo atribuído, exceto se estes forem praticados com dolo ou má-fé, apurados em procedimento administrativo pertinente; e

XXXII - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

§ 1o O Ordenador de Despesas de UG será o principal responsável pela execução orçamentária, financeira, contábil e patrimonial atribuída à sua OM, assinando os instrumentos contratuais e demais documentos inerentes à gestão e às atividades da UG.

§ 2o O (s) Ordenador (es) de Despesa (s) da (s) UG apoiada (s) será (ão) o (s) principal (ais) responsável (eis) pela execução atribuída à (s) sua (s) OM, assinando os instrumentos contratuais e demais documentos inerentes à gestão e às atividades da (s) UG CRED. Deverá (ão) manter estrito relacionamento com a (s) UG de apoio e acompanhar (em) a execução orçamentária, financeira e patrimonial de sua(s) Organização (ões) atinente (s) a (s) sua (s) esfera (s) de competência.

Seção III Do Agente de Controle Interno

Art. 46 A atuação do ACI compreende o assessoramento direto ao Comandante, ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas, no sentido de aferir, comprovar, à luz da legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a legitimidade, a correção contábil e a veracidade dos controles existentes na UG.

Art. 47 O ACI, além de aferir, de verificar a formalidade, a legalidade, a correção contábil e a consistência dos controles, tem as suas atribuições definidas neste Regulamento e complementadas em legislação pertinente.

§ 1o Quanto à Administração em geral, entre outras atribuições, ao ACI, no âmbito de sua Unidade, incumbe:

I - exigir que os recebimentos de bens e serviços, as liquidações e os pagamentos se façam dentro dos prazos legais previstos;

II - verificar e aferir, nos procedimentos licitatórios, a conformidade com a legislação pertinente, contando, se necessário, com o apoio de assessoramento jurídico da OM

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e assessorar o Ordenador de Despesas quanto a legalidade do enquadramento e da utilização dos recursos provenientes de uma ação orçamentária, destinados a sua Unidade;

III - implementar procedimentos administrativos que conduzam a controles efetivos, orientando os Agentes da Administração, detentores de suprimento de fundos, comissões, inclusive no que concerne aos atos praticados por delegação de competência;

IV - assessorar diretamente o Comandante, o Agente Diretor e o Ordenador de Despesas na tomada de decisões administrativas;

V - orientar os Agentes da Administração, objetivando maior eficiência e eficácia nos procedimentos da UG;

VI - providenciar a abertura dos PAG destinados à movimentação orçamentária, financeira ou patrimonial, de concessão de suprimento de fundos, autorizados pelo Ordenador de Despesas, exigindo que os diversos setores da UG efetuem a autuação e a indexação dos documentos, sob suas responsabilidades, nos respectivos processos;

VII - exigir de todos os setores da UG, a abertura de PAG para: a) aquisição de bens e/ou de serviços, com a finalidade de registro e de que sejam submetidos à análise e à autorização do Ordenador de Despesas; assim como, também, para aqueles que se referem à movimentação patrimonial (alienação, doação, transferência, desfazimento, outros); b) para as movimentações ou apropriações de ordem creditício-financeira; e, c) para quaisquer outros tipos que necessitem registro em forma de processo, com a finalidade de que possam ser regular e constantemente consultados e colocados à disposição dos Órgãos de Controle.

VIII - supervisionar a autuação e a indexação dos documentos inseridos ou anexados ao PAG e os respectivos encaminhamentos, pelos agentes participantes do processo por onde este transitou, competindo a conferência final ao setor de controle da UG;

IX - submeter à aprovação do Agente Diretor as normas internas que se fizerem necessárias para regular e disciplinar os procedimentos dos diversos setores da UG;

X - assinar, quando não informatizado, as declarações de abertura e encerramento das escriturações de livros, fichas e demais registros dos Agentes e Gestores, rubricando, chancelando ou autenticando, por meios mecânicos ou digitais, as folhas, fichas ou formulários, conforme a legislação vigente;

XI - verificar os procedimentos administrativos, de forma a atender aos cronogramas estabelecidos pelos órgãos competentes;

XII - verificar a exatidão das receitas geradas pelos setores internos da UG e seus respectivos saldos; todos os recebimentos efetuados pelo Gestor de Finanças, bem como o cumprimento dos prazos estabelecidos para o recolhimento, na forma da legislação vigente;

XIII - propor ao Agente Diretor as alterações ou atualizações que se fizerem necessárias no Regimento Interno;

XIV - diligenciar para que os agentes responsáveis efetuem o registro dos dados estatísticos de sua área de atuação, dentro dos prazos previstos, e, ainda, fiscalizar para

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que os setores responsáveis pela apropriação de custos efetuem os lançamentos em conformidade com as instruções vigentes;

XV - providenciar para que ocorra, com a antecedência mínima de quarenta e oito horas, a divulgação, em boletim interno, das Reuniões da Administração da (s) UG (Apoiadoras e Apoiadas);

XVI - convocar, seguindo determinação do Comandante, Agente Diretor e do Ordenador de Despesas da UG, todos os Agentes da Administração e Gestores responsáveis por bens, valores e dinheiros para que compareçam à Reunião da Administração, a fim de prestarem contas dos recursos, de toda ordem, colocados sob sua responsabilidade, bem como os detentores de suprimentos de fundos; e o (s) representante (s) da (s) UG apoiada (s), responsável (eis) pelo acompanhamento e pela fiscalização da execução dos seus instrumentos contratuais ou instrumentos congêneres pactuados;

Parágrafo único. Estender o convite aos Agentes da Administração ou ao (s) representante (s) da (s) UG apoiada (s) para participar (em) da Reunião da Administração da UG apoiadora, independentemente da realização da Reunião da Administração na (s) UG apoiada (s).

XVII - providenciar para que a Ata da Reunião da Administração seja transcrita em boletim interno, até o quinto dia útil após a sua realização, observados os prazos de remessa aos órgãos competentes;

XVIII - supervisionar, junto ao Gestor Patrimonial de bens móveis de consumo ou Gestor de bens móveis de consumo ou equivalente, o saldo dos empenhos de restos a pagar não processados a liquidar, assessorando ao Ordenador de Despesas no sentido de assegurar a plena execução das contratações em curso;

XIX - supervisionar o controle dos instrumentos de medição existentes na OM, de modo que estes estejam sempre com a aferição válida realizada por Órgão competente; e

XX - assessorar o Ordenador de Despesas quanto à escolha da modalidade de licitação a ser utilizada nos processos de aquisição e/ou contratação de bens serviços;

XXI - conferir os PAG antes de sua remessa aos órgãos de assessoramento jurídico, quando for o caso;

XXII - assessorar o Ordenador de Despesas quanto à viabilidade, aplicabilidade e economicidade dos diversos contratos administrativos em vigor na UG durante toda a sua vigência e, em especial, a cada renovação;

XXIII - emitir parecer sobre a viabilidade, aplicabilidade e economicidade dos processos de adesão às Atas de Registro de Preços, após análise de Parecer Jurídico e demais peças do processo a ser aderido;

XXIV - conferir o mapa de competências da OM, elaborado, anualmente, pelo Gestor de Pessoal ou de Recursos Humanos, se não houver outro setor específico para tal fim, e encaminhá-lo à apreciação do Agente Diretor até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano;

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XXV - supervisionar os indicadores de qualidade que garantam a economicidade na gestão administrativa;

XXVI - propor, sempre que necessário, a designação de Fiscais para acompanhar os contratos administrativos pactuados, caso não exista regramento já definido;

XXVII - verificar, quando ocorrer convênios ou instrumentos congêneres firmados, a aplicação dos recursos despendidos ou recebidos e acompanhar a execução, por meio do cumprimento do cronograma físico-financeiro e dos prazos de vigência e prestação de contas, assessorado pelo Gestor de Convênios ou por Comissão especialmente designada para este fim;

XXVIII - supervisionar e assessorar o Agente Diretor quanto aos processos e as atividades relacionados à administração do pessoal civil e militar (ativos, inativos, pensionistas e anistiados de qualquer ordem) da OM, de responsabilidade do Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos, se não houver outro setor específico para tal fim, por meio do prévio planejamento, execução e controle, de modo a assegurar seu contínuo aprimoramento; e

XXIX - elaborar e propor ao Ordenador de Despesas um plano de redução dos gastos com serviços públicos, dotado de medidores físicos, indicadores de gestão e medidas corretivas, visando a alcançar as metas definidas ao início de cada exercício financeiro.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, entre outras atribuições, ao ACI incumbe:

I - diligenciar para que os responsáveis pelo patrimônio da União, sob responsabilidade da OM, mantenham condições satisfatórias de uso e de guarda destes bens;

II - supervisionar a movimentação dos bens patrimoniais no âmbito da UG;

III - supervisionar o recebimento de bens adquiridos no comércio ou oriundos das organizações provedoras;

IV - acompanhar a execução das obras, as prestações de serviços, os instrumentos contratuais efetivados pela UG, certificando-se de que estão sendo cumpridas todas as cláusulas pactuadas por intermédio direto ou pela ação dos fiscais designados pela Administração;

V - verificar, nas passagens de cargo e em todas as demais conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais imóveis, móveis permanentes, móveis de consumo de uso duradouro, de consumo e intangíveis ou incorpóreos, incluindo os de informática, a correção dos documentos para publicação em boletim interno, em conformidade com a respectiva escrituração analítica existente;

VI - assessorar o Comandante, o Agente Diretor e o Ordenador de Despesas nas inspeções e verificações que venham a ser propostas e realizadas;

VII - assessorar o Agente Diretor quanto aos critérios adequados para a nomeação das comissões; e

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VIII - providenciar para que sejam publicados, na íntegra, os Termos de Transmissão e Assunção de Cargo (TTAC), quando das substituições dos Agentes da Administração, fazendo constar os bens e os valores apurados nos inventários que deverão constar no processo, inclusive nos estoques de almoxarifados em geral (fardamento, víveres, bélico, farmácia, material aeronáutico, informática, material de expediente, material de limpeza, outros), devidamente cotejados com os registros existentes.

§ 3o Quanto à responsabilidade, entre outras atribuições, ao ACI incumbe:

I - chefiar o Setor de controle interno da UG, de modo a atender às suas atribuições, observando a legislação em vigor, bem como às instruções específicas do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica e de outros sistemas corporativos nos quais o Comando esteja inserido ou participando;

II - inspecionar a execução das atividades administrativas da UG, de conformidade com a legislação e instruções pertinentes;

III - orientar rotineiramente os agentes da administração e os gestores, os fiscais em geral, as comissões em geral, os detentores de suprimento de fundos, objetivando obter efetividade, eficácia e eficiência no controle interno;

IV - verificar, periodicamente, o estado de conservação e emprego dos bens em depósito distribuídos para o serviço ou em uso pelo pessoal e comunicar ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas qualquer falta ou irregularidade constatada, propondo a instauração de procedimento administrativo adequado para apuração, identificação e responsabilização do (s) agente (s) envolvido (s);

V - promover, se não houver um setor específico para tal fim, por meio de comissão especificamente designada pela autoridade competente, mensalmente e a qualquer tempo o cotejo e o confronto do efetivo da folha de pagamento de pessoal com o real efetivo da UG, incluindo os vinculados e os anistiados, de qualquer ordem, se existirem, aferindo a concordância numérica, a identificação por nível hierárquico ou categoria funcional, a adequação de cada remuneração à média do respectivo nível, promovendo os ajustes que se fizerem necessários e propondo, se for o caso, ao Comandante da OM a instauração de procedimento administrativo pertinente para a apuração de irregularidades ou inconsistências aferidas pela comissão, de acordo com a legislação vigente;

VI - comunicar ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas as irregularidades verificadas na esfera da sua atribuição administrativa, propondo, quando for o caso, as ações destinadas à apuração dos fatos, à identificação dos responsáveis, à quantificação do dano e à obtenção do ressarcimento, como medidas anteriores à instauração de Tomada de Contas Especial (TCE);

VII - supervisionar a utilização e a execução de recursos de toda ordem da UG;

VIII - supervisionar, exigindo dos agentes responsáveis, o cumprimento dos limites das modalidades licitatórias, bem como os processos de dispensa e inexigibilidade de licitação, na forma da legislação em vigor;

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IX - verificar o cumprimento da cronologia de pagamento dos dispêndios da UG, de acordo com as fontes de recursos do Plano de Ação, pelos agentes responsáveis;

X - supervisionar as contratações de pessoal autônomo, se houver, para os serviços eventuais e o pessoal das empresas prestadoras de serviços terceirizados, à luz da legislação;

XI - verificar, periodicamente, o estado da escrituração, certificando-se da confiabilidade dos registros efetuados pelos Agentes e Gestores responsáveis;

XII - verificar, sistematicamente, a conformidade dos registros de gestão, efetuados no SIAFI, com os documentos originais;

XIII - registrar, no SIAFI, a conformidade da conferência realizada, na forma do inciso anterior deste parágrafo, e, quando verificadas incorreções, determinar aos gestores responsáveis a realização dos acertos necessários;

XIV - proceder aos controles necessários à execução de suas atribuições e à aferição do desempenho dos Agentes e dos Gestores, mantendo-os em ordem e em dia;

XV - organizar os diversos arquivos de sua responsabilidade, mantendo-os em ordem e em dia;

XVI - submeter todos os registros e controles de sua gestão à assinatura, rubrica ou chancela do Agente Diretor, admitido o uso de meios mecânicos e eletrônicos ou digitais, conforme a legislação vigente;

XVII - assessorar diretamente o Ordenador de Despesas na concessão de suprimento de fundos, prazos de aplicação e de prestação de contas, de acordo com a legislação vigente;

XVIII - verificar, à luz da legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a correção contábil e a veracidade dos controles existentes;

XIX - supervisionar o fluxo de receitas e de despesas das diversas fontes de recursos da UG;

XX - assessorar o Agente Diretor, sempre que necessário, quando da elaboração da proposta orçamentária da UG;

XXI - certificar sobre a exatidão dos documentos correspondentes à movimentação de bens patrimoniais e de valores, de toda ordem, a cargo da UG;

XXII - verificar a documentação relativa a recebimentos de bens adquiridos no comércio, fornecidos pelas organizações provedoras ou de obras e de prestação de serviços;

XXIII - verificar a regularidade dos processos de movimentações patrimoniais da UG;

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XXIV - supervisionar o cumprimento dos prazos nas passagens de cargos,

funções e encargos, em especial daqueles que detêm bens, valores, dinheiros e estoques em geral;

XXV - exigir dos agentes responsáveis que as aquisições de bens e as contratações de serviços sejam realizadas de conformidade com a legislação vigente;

XXVI - supervisionar a conformidade do Extrato de Alterações Financeiras de Pessoal (EAFP), publicadas em boletim interno financeiro, com aqueles processados pelo setor responsável, certificando-se que estão em ordem e em dia;

XXVII - elaborar o calendário administrativo para o acompanhamento e fiscalização das atividades administrativas e o controle das obrigações dos diversos setores da UG;

XXVIII - efetuar, pelo menos duas vezes ao ano e a qualquer tempo, em caráter excepcional, visitas de inspeção aos diversos setores da UG, por intermédio de comissão especificamente designada;

XXIX - manter atualizado, no SIAFI, ou em outro sistema corporativo que venha a substituí-lo, o cadastro dos Agentes da Administração responsáveis por bens, valores e dinheiros a cargo da UG;

XXX - analisar as informações que subsidiam os registros de dados estatísticos, conferindo se os lançamentos representam, com exatidão, o volume de produção da atividade no período especificado, a fim de garantir a veracidade e a qualidade das informações gerenciais de custos;

XXXI - monitorar os indicadores de desempenho da UG e analisar relatórios gerenciais elaborados pelo SISCONTAER, propondo medidas que visem a aperfeiçoar a gestão;

XXXII - supervisionar a montagem dos balancetes de prestações de contas mensal da UG, de acordo com as normas e as exigências legais e orientações emanadas pelo Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e SISCOMAER; pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno; e pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos;

XXXIII - supervisionar as atividades desenvolvidas no SIAFI, pelos gestores, verificando, inclusive, todas as mensagens expedidas e recebidas;

XXXIV - verificar e supervisionar, mensalmente, o recolhimento decorrente de fatos geradores de tributos ou de contribuições previdenciárias, bem como a prestação de informações de interesse do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), visando manter a situação de regularidade junto aos órgãos arrecadadores, de acordo com a legislação vigente;

XXXV - coordenar os trabalhos da comissão de auditoria interna da UG;

XXXVI - verificar a conformidade dos processos de concessão de suprimento de fundos;

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XXXVII - supervisionar as alterações autorizadas na remuneração dos militares, nos proventos dos inativos, reformados, pensionistas de militares e na reparação econômica dos militares anistiados, de qualquer ordem e, nos vencimentos dos servidores públicos civis, aposentados, pensionistas de civis e na reparação econômica dos anistiados civis, de qualquer ordem, com base nas matérias constantes nos Extratos de Alterações Financeiras de Pessoal (EAFP) da UG de vinculação;

XXXVIII - supervisionar o pagamento a pessoal por meio de Folha Extraordinária, nos casos excepcionais previstos na legislação e autorizados pelo Ordenador de Despesas, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente;

XXXIX - supervisionar se os agentes responsáveis pelo lançamento das matérias financeiras de pessoal realizam a conferência de seus respectivos lançamentos realizados no mês com os contracheques, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente e legislação em vigor;

XL - supervisionar a atualização cadastral dos militares, ativos e inativos, e dos servidores civis da ativa da UG, consoante orientação específica emanada do Órgão Central do Sistema ou Órgãos competentes;

XLI - supervisionar a atualização cadastral dos servidores civis inativos ou dos seus pensionistas, dos anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG, que recebam vencimentos ou pensões ou reparação econômica à conta do Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE);

XLII - supervisionar as alterações financeiras referentes à remuneração dos militares, dos proventos dos militares da reserva remunerada, dos reformados, dos pensionistas de militares e da reparação econômica dos militares anistiados, de qualquer ordem; bem como dos vencimentos dos servidores civis ativos e inativos, dos seus pensionistas e na reparação econômica dos anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG, certificando-se de que os dados conferem com as correspondentes publicações em Extrato de Alteração Financeiras de Pessoal (EAFP);

XLIII - supervisionar, em todas as conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis, incluindo os de informática, o confronto da escrituração sintética centralizada com a analítica;

XLIV - supervisionar os lançamentos no SIAFI dos valores de depreciação e apropriação de custos referentes aos bens patrimoniais móveis permanentes, com base nos relatórios de depreciação do sistema informatizado de controle patrimonial de bens do COMAER;

XLV- supervisionar o controle dos diversos devedores, apurados nas esferas administrativa e judicial, para cobrança em folha de pagamento ou por GRU e verificar a atualização tempestiva dos cálculos de saldo devedor e das parcelas de juros, conforme cada caso, com a utilização do Sistema de Atualização do Débito do TCU e as normas vigentes no COMAER;

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XLVI poder delegar a outro agente parte de suas atribuições, por tempo delimitado, com publicação em boletim interno, titulando as atividades ou os atos que poderá praticar em seu nome, respondendo o delegante, também, pelos atos praticados pelo delegado, no exercício do encargo atribuído, exceto se estes forem praticados com dolo ou má-fé, apurados em procedimento administrativo pertinente; e

XLVII - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Seção IV Dos Gestores

Art. 48 Ao Gestor Patrimonial de Bens Móveis de Consumo ou Gestor de Bens Móveis de Consumo, entre outras atribuições, incumbe:

I - verificar se o registro da movimentação de bens de consumo e da liquidação da despesa (se não houver outro agente designado para tal fim), no SIAFI, ocorreu de acordo com a legislação em vigor e com base na documentação apresentada, certificando-se, preliminarmente, de que o material foi recebido ou o serviço prestado/contratado foi aceito por quem de direito;

II - encaminhar para o Setor de Registro as notas de empenho, notas fiscais e guias de fornecimento de bens patrimoniais móveis permanentes e de consumo de uso duradouro, adquiridos no comércio ou recebidos dos órgãos provedores, para fins de registro no patrimônio da UG;

III - autuar e indexar, nos processos administrativos de gestão, os documentos de sua competência;

IV - elaborar os balancetes, balanços e inventários dos bens patrimoniais de sua responsabilidade, coordenando e consolidando os demonstrativos de todos os almoxarifados, depósitos e reservas, sob a responsabilidade de outros gestores, objetivando o registro no SIAFI, mantendo arquivo mensal dos documentos comprobatórios das variações patrimoniais registradas, consoante legislação vigente;

V - encaminhar, mensalmente ou quando determinado, ao Setor de controle interno da UG, demonstrativo sintético contendo os documentos que deram origem às modificações dos bens patrimoniais de sua responsabilidade, acompanhados dos documentos emitidos pelo SIAFI, demonstrando o saldo anterior, os acréscimos, os decréscimos e o saldo atualizado;

VI - verificar o material a ser recebido, em relação aos documentos existentes, avaliando o estado em que se encontra, recebendo-o ou informando à autoridade competente os motivos do não recebimento;

VII - receber, escriturar, armazenar, distribuir e controlar toda a movimentação das peças e itens de fardamento, equipamentos e material de intendência, de acordo com as normas estabelecidas;

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VIII - acompanhar os processos, desde a entrada dos respectivos empenhos no setor, até o completo recebimento do material ou aceite do serviço solicitado/contratado por quem de direito;

IX - levantar as necessidades e elaborar tabelas de dotação periódica para a distribuição do material de consumo de uso rotineiro aos diversos setores da UG;

X - centralizar, se não houver outro setor especifico designado, a confecção dos Pedidos de Aquisição de Material ou Serviços relativos às necessidades de material ou de serviços comuns, de acordo com o previsto nas instruções específicas;

XI - submeter os elementos de sua escrituração à autenticação e ao exame do ACI;

XII - exigir quitação nos documentos de entrega dos bens de sua responsabilidade;

XIII - zelar pelos bens sob sua responsabilidade, inclusive observando os prazos de validade dos bens em estoque;

XIV - informar ao Setor de Licitações ou equivalente, mensalmente ou quando necessário, o desempenho dos diversos fornecedores na entrega de bens ou serviços, para registro nas respectivas fichas cadastrais;

XV - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações dos bens patrimoniais de sua gestão;

XVI - supervisionar o acompanhamento do saldo dos empenhos de restos a pagar não processados a liquidar, assessorando o Ordenador de Despesas no sentido de assegurar a plena execução das contratações em curso;

XVII - acompanhar o controle dos instrumentos de medição existentes na OM, de modo que estejam sempre com a aferição válida realizada por Órgão competente; e

XVIII - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 49 Ao Gestor de Finanças, entre outras atribuições, incumbe:

I - contabilizar os recursos financeiros a cargo da UG, executando a sua escrituração de acordo com as normas em vigor, providenciando as prestações de contas mensais (PCM) da UG;

II - manter atualizada a escrituração das garantias contratuais recebidas, inclusive, nas contas contábeis próprias do SIAFI, conforme estabelecido na legislação pertinente, informando ao gestor responsável ou fiscal designado, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, sobre o vencimento daquelas;

III - dar quitação a todos os valores, previstos na legislação em vigor, que lhe forem entregues;

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IV - propor medidas para que o numerário recebido, com destino à Conta Única do Tesouro Nacional, em favor da correspondente UG, seja recolhido no prazo máximo de dois dias úteis, de acordo com a orientação do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

V - efetuar os pagamentos nos prazos estabelecidos na legislação pertinente, contados a partir da liquidação das despesas, observada a ordem cronológica dos mesmos, de acordo com as fontes de recursos do Plano de Ação;

VI - encaminhar, formalmente, ao Setor de controle interno da UG, se não for competência do Setor de Recursos Humanos ou se não houver outro setor específico para tal fim, no primeiro dia útil do mês após o pagamento, os documentos necessários para possibilitar à comissão designada para o cotejamento e o confronto da folha de pagamento a pessoal realizar o seu trabalho;

VII - consultar, se não for competência do Setor de Recursos Humanos ou se não houver outro setor específico para tal fim, as fichas financeiras ou registros de ordem financeira ou documentos equivalentes, de todo o efetivo, disponibilizadas pelos sistemas informatizados existentes, em meio digital;

VIII - exigir, se não for competência do Setor de Recursos Humanos ou se não houver outro setor específico para tal fim, dos agentes responsáveis pelo lançamento das matérias financeiras de pessoal que os mesmos realizem a conferência de seus respectivos lançamentos realizados no mês com os contracheques, tão logo sejam disponibilizados para consulta em mídia, adotando todas as medidas necessárias para garantir o crédito na conta do valor correto a ser recebido pelos militares e civis da UG, no caso de recebimento a menor, bem como para resguardar o erário, nos casos de pagamento indevido, ou a maior, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente e legislação em vigor;

IX - manter o registro dos valores correspondentes aos processos de suprimento de fundos;

X - efetuar o pagamento dos suprimentos de fundos aos respectivos detentores, de acordo com as normas em vigor e com os atos de concessões, mantendo o controle dos valores pagos em espécie, para os casos previstos em legislação;

XI - remeter, tempestivamente, se não for competência do Setor de Recursos Humanos ou se não houver outro setor específico para tal fim, os processos de pensão alimentícia, referentes aos militares, servidores civis, anistiados de qualquer ordem, bem como dos respectivos pensionistas, que foram transferidos para outra Unidade, por motivo de transferência ou de reserva ou aposentadoria ou mudança de vinculação, visando não retardar o pagamento à (ao) alimentada (o), em caso, inclusive da necessidade de reajuste do valor da pensão;

XII - registrar a Proposta de Programação Financeira (PPF) da Unidade, de acordo com as normas estabelecidas pelo Órgão Central do SISFINAER, zelando para que os pagamentos sejam efetuados dentro dos prazos e para que não haja a manutenção de saldos de recursos financeiros ociosos na Unidade;

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Parágrafo único. O Ordenador de Despesas deverá diligenciar, ainda que o registro da PPF seja atribuição do Gestor de Finanças, para que todos os demais setores da OM que detenham informações sobre o recebimento de materiais ou serviços a serem pagos, participem do processo da programação financeira, de modo a evitar insuficiências de caixa ou sobra de recursos.

XIII - efetuar, se não for competência do Setor de Recursos Humanos ou se não existir setor específico para tal fim, o pagamento a pessoal por meio de Folha Extraordinária, nos casos excepcionais previstos na legislação e autorizados pelo Ordenador de Despesas, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente;

XIV - manter, sob forma de processo, o controle dos diversos devedores, apurados nas esferas administrativa e judicial, para cobrança em folha de pagamento ou por GRU; procedendo à atualização tempestiva dos cálculos de saldo devedor e das parcelas de juros, conforme cada caso, com a utilização do Sistema de Atualização do Débito do TCU e normas vigentes no COMAER; e

XV - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 50 Ao Gestor de Licitações ou Gestor de Licitações e Contratos, entre outras atribuições, incumbe:

I - constituir, de forma particularizada, os processos licitatórios realizados na UG (UG EXEC e UG CRED);

II - manter o cadastro de fornecedores atualizado, se não houver outro setor específico para tal fim, de acordo com as qualificações e em função da natureza e do vulto dos fornecimentos, das obras e dos serviços, em consonância com a legislação em vigor, bem como o registro de suas atuações no cumprimento dos compromissos assumidos, propondo a aplicação das penalidades previstas, no caso de descumprimento das obrigações contratuais, conforme legislação vigente;

III - propor, sempre que necessário, a designação de Comissão Especial de Licitação (CEL);

IV - processar as publicações solicitadas pelas comissões de licitações e pelos pregoeiros na imprensa oficial e nos jornais de grande circulação, quando for o caso, se não houver outro setor específico para tal fim;

V - orientar as comissões designadas para habilitação em registro cadastral de fornecedores e de licitações, bem como os pregoeiros, a fim de que procedam à autuação, nos processos, de todos os documentos relativos à fase de licitação;

VI - manter, de forma sistemática ou em processo digital, arquivo cronológico dos extratos dos contratos, convênios (se não houver gestor ou setor específico), acordos, ajustes, cartas-contrato e respectivos termos aditivos;

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VII - utilizar modelo de instrumento convocatório que instrua os licitantes quanto ao correto preenchimento da proposta;

VIII - manter protocolo específico de saída e quitar os protocolos de entrada de todos os processos licitatórios, na modalidade convite;

IX - exigir dos requisitantes que as especificações de materiais, bens e serviços que constarão das notas de empenho sejam efetuadas de maneira clara, completa e detalhada,

X - elaborar documentação relativa aos contratos e convênios, conforme previsto na legislação vigente, se não houver outro setor específico para tal fim;

XI - elaborar minuta do calendário de licitações, em conformidade com PTA, e submetê-la à apreciação do Ordenador de Despesas para aprovação e posterior divulgação às UG (Executoras e Credoras);

XII - solicitar ao Comandante da UG, quando necessário, em função do porte ou da demanda ou do volume de atividades desenvolvidas pela OM nestes tipos de instrumentos (contratos e convênios e afins ou correlatos), a designação de um Gestor de Contratos e/ou de Convênios ou de Comissão específica, para o desenvolvimento dos instrumentos e auxílio ao Gestor de Licitações, consoante disposições contidas neste Regulamento e em normativos vigentes;

Parágrafo único. No caso de não ser designado gestor ou setor específico, conforme disposto no inciso anterior, e com vistas à racionalização da atividade administrativa e ao controle dos atos de gestão, as atribuições decorrentes da atividade destes agentes (contratos e convênios) poderão, a critério do Comandante, serem acometidas ao Gestor de Licitações.

XIII - informar, se for necessário ou demandado, aos licitantes proponentes quanto ao aspecto legal do enquadramento e da utilização dos recursos provenientes de ação orçamentária, destinados aos processos licitatórios efetuados pela UG; e

XIV - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 51 Ao Gestor de Convênios, quando designado, entre outras atribuições, incumbe:

§ 1º Quanto aos convênios e instrumentos congêneres, inclusive termos de parceria, contratos de gestão, termos de colaboração e termos de fomento celebrados no âmbito da UG, se não houver outro setor específico para tal fim:

I - constituir, de forma particularizada, os processos de convênios, termos de execução descentralizada, termos de parceria, contratos de gestão, protocolos de intenções, demais instrumentos congêneres a convênios, termos de colaboração e termos de fomento celebrados na UG, incluindo o respectivo chamamento público ou concurso de projetos, quando for o caso;

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II - propor, sempre que necessário, a designação de comissão especial para determinado instrumento a ser celebrado, chamamento público ou concurso de projetos;

III - processar as publicações necessárias aos processos de convênios, termos de execução descentralizada, termos de parceria, contratos de gestão, protocolos de intenções, demais instrumentos congêneres a convênios, termos de colaboração e termos de fomento na imprensa oficial, quando for o caso;

IV - orientar as comissões designadas para instrumentos determinados, a fim de que procedam à autuação, nos processos, de todos os documentos relativos à fase de chamamento público ou concurso de projetos, quando for o caso;

V - manter, de forma sistemática ou em processo digital, arquivo cronológico dos extratos dos convênios, termos de execução descentralizada, termos de parceria, contratos de gestão, protocolos de intenções, demais instrumentos congêneres a convênios, termos de colaboração e termos de fomento e respectivos termos aditivos;

VI - utilizar, em chamamento público ou concurso de projetos, modelo de instrumento convocatório que instrua os proponentes quanto ao correto preenchimento da proposta;

VII - diligenciar para que as especificações de materiais ou serviços constem das notas de empenho de maneira clara, completa e detalhada;

VIII - elaborar documentação relativa aos convênios, termos de execução descentralizada, termos de parceria, contratos de gestão, protocolos de intenções, demais instrumentos congêneres a convênios, termos de colaboração, termos de fomento e afins ou correlatos, conforme previsto na legislação pertinente; e

IX - registrar em sistema governamental os eventos próprios do setor.

§ 2º Quanto aos convênios e instrumentos congêneres, inclusive termos de parceria, contratos de gestão, termos de colaboração e termos de fomento, celebrados no âmbito de ODS cuja responsabilidade pela execução do objeto recaia sobre UG subordinadas, se não houver outro setor específico para tal fim, o ODS coordenará e poderá designar um Gestor de Convênios ou comissão especial, centralizado no ODS ou em UG definida, a fim de assessorá-lo quanto às principais ocorrências no planejamento e nas fases de execução e de prestação de contas do instrumento, em consonância com procedimentos estabelecidos em Norma Padrão de Ação (NPA) ou equivalente ou orientações vigentes.

§ 3º Quanto aos convênios e instrumentos congêneres, inclusive termos de parceria, contratos de gestão, termos de colaboração e termos de fomento, celebrados no âmbito do COMAER, cuja responsabilidade pela execução do objeto recaia sobre UG subordinadas a mais de um ODS, se não houver outro setor específico para tal fim, o EMAER coordenará as ações e poderá delegar a um ODS ou aos ODS envolvidos a supervisão e o encargo de designarem um Gestor de Convênios ou comissão especial, centralizada em um dos ODS ou em UG definida, de comum acordo entre estes, a fim de assessorá-los quanto às principais ocorrências no planejamento e nas fases de execução e de prestação de contas do instrumento, em consonância com procedimentos estabelecidos em Norma Padrão de Ação (NPA) ou equivalente ou orientações vigentes.

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§ 4º Em caso de não ter sido designado gestor ou setor específico para este tipo de gerenciamento e com vistas à racionalização da atividade administrativa e ao controle dos atos de gestão, as atribuições elencadas neste artigo, poderão, a critério do Comandante, serem acometidas ao Gestor de Licitações ou Gestor de Licitações e Contratos, devendo, entretanto, restringirem-se aos casos em que o volume de atividades desenvolvidas pela UG, nestes tipos de instrumentos, pelo seu porte e demanda, assim o justifiquem.

§ 5º Cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 52 Ao Gestor de Patrimônio Imóvel ou Gestor Patrimonial de Bens Imóveis, entre outras atribuições, incumbe:

I - registrar e acompanhar, nos sistemas estruturadores, as alterações do patrimônio imóvel, inclusive na forma digital;

II - manter atualizados os cadastros dos terrenos e das benfeitorias, inclusive na forma digital;

III - manter atualizada a cartografia de sua área de responsabilidade, inclusive na forma digital;

IV - manter, em arquivo compatível, todas as especificações, plantas e desenhos atualizados, referentes a cada benfeitoria do patrimônio imóvel, inclusive na forma digital;

V - identificar, nas plantas gerais, todas as benfeitorias, com a numeração do cadastro;

VI - certificar, acompanhando, as avaliações e as reavaliações previstas que se realizem por meio de comissão, na forma da legislação em vigor;

VII - manter arquivo mensal dos registros no SIAFI, de modo a comprovar as variações ocorridas no patrimônio;

VIII - submeter todos os seus controles à conferência do Setor de controle interno da UG;

IX - comunicar, nos prazos previstos, aos Órgãos Regional e Central do Sistema de Patrimônio da Aeronáutica (SISPAT) ou Órgão competente todas as modificações e alterações ocorridas ou apuradas;

X - providenciar para que sejam transcritos, em boletim, conforme legislação vigente, os Termos de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis acompanhados da documentação de suporte;

XI - acompanhar o processo de legalização e regularização dos bens imóveis de interesse da UG;

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XII - iniciar as demolições necessárias somente após o cumprimento das exigências regulamentares;

XIII - acompanhar, junto à fiscalização de obras e serviços de engenharia, todo o cronograma dos contratos, recebendo, inclusive, cópias certificadas de todas as medições, inclusive na forma digital, visando atualizar a pasta patrimonial de cada imóvel;

XIV - providenciar para que sejam publicadas, em boletim, com a finalidade de incorporação patrimonial, todas as obras e serviços de engenharia realizados nos imóveis;

XV - atualizar, no SPIUNET ou em outro sistema corporativo que venha a substituí-lo, as incorporações, as transferências ou as baixas, confrontando, mensalmente ou quando necessário, os valores daquele sistema com os constantes do SIAFI e providenciando a correção de eventuais discrepâncias detectadas;

XVI - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua gestão, inclusive na forma digital;

XVII - acompanhar e racionalizar o consumo dos serviços públicos, bem como certificar o recebimento das faturas emitidas pelas concessionárias, quando esta ação lhe competir, ressalvando-se o que for pertinente ao setor de Telecomunicações ou equivalente, quando a UG dispuser de Agente ou Gestor específico;

XVIII - assessorar o ACI quanto aos critérios adequados para a nomeação das comissões inerentes aos bens patrimoniais imóveis, propondo a indicação de membros para a sua constituição; e

XIX - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 53 Ao Gestor de Patrimônio Imóvel Residencial ou Gestor Patrimonial de Bens Imóveis Residenciais, entre outras atribuições, incumbe:

I - verificar o estado e a utilização dos imóveis cedidos a outros órgãos, ao pessoal da Aeronáutica ou a terceiros, na forma da legislação pertinente;

II - inspecionar, periodicamente, os imóveis sob sua responsabilidade, com o objetivo de verificar a existência de quaisquer alterações patrimoniais ou irregularidades;

III - transcrever, em boletim, os extratos de Termos de Permissão de Uso dos Imóveis dos permissionários, bem como os das rescisões;

IV - manter, em ordem e em dia, o arquivo dos Termos de Permissão de Uso dos Imóveis;

V - elaborar relatório anual sobre a situação dos imóveis, conforme solicitação dos elos da cadeia de comando superior, bem como informar, imediatamente, ao Órgão Central do Sistema ou Órgão competente qualquer alteração dos dados cadastrais dos imóveis sob a responsabilidade da UG;

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VI - verificar, anualmente ou por ocasião da desocupação dos Próprios Nacionais Residenciais (PNR), se os tributos municipais, estaduais ou distritais relativos aos imóveis (taxa de lixo, taxa de iluminação pública, taxa de incêndio, entre outros) foram quitados pelos permissionários, conforme legislação vigente;

VII - publicar, trimestralmente ou por demanda superior, em boletim interno, as relações, em ordem hierárquica e cronológica, da fila de espera para ocupação de PNR;

VIII - propor à autoridade a que estiver diretamente subordinada a Prefeitura de Aeronáutica a classificação dos PNR quanto à natureza e categoria, na forma da legislação vigente; e

IX - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 54 Ao Gestor Patrimonial de Bens Móveis Permanentes ou Gestor de Bens Móveis, Permanentes entre outras atribuições, incumbe:

I - registrar, nos sistemas estruturadores, as alterações de patrimônio móvel permanente e intangível, incluindo-se os de informática, a partir das respectivas publicações, em boletim interno, de empenhos, guias, notas fiscais, termos de recebimento ou outros documentos legais e todos os eventos próprios do setor;

II - solicitar ao Agente Diretor a designação de comissões para recebimento, quando for o caso, visando propiciar a imediata inclusão, no patrimônio, de todos os bens móveis permanentes adquiridos, transferidos, recebidos por doação ou recebidos, incluindo os de informática, dos órgãos provedores;

III - assessorar o ACI para que as comissões de recebimento indicadas tenham, pelo menos, um membro com conhecimento técnico-especializado do bem a ser recebido;

IV - orientar os Agentes e Gestores detentores para que as transferências internas de bens patrimoniais móveis permanentes só se concretizem após a autorização do Agente Diretor, a qual, posteriormente, deverá ser publicada em boletim interno;

V - assessorar o ACI para que as passagens de cargo, encargo ou função, por ocasião de substituições de Agentes da Administração, sejam igualmente realizadas dentro dos prazos previstos neste Regulamento, em especial, para o desligamento de militar movimentado;

VI - orientar os Agentes da Administração para que as informações relativas ao patrimônio móvel permanente, de consumo de uso duradouro e intangível, incluindo os de informática, sejam registradas adequadamente no sistema informatizado de controle patrimonial de bens do COMAER;

VII - confrontar os dados das relações de bens a serem excluídos com os constantes no Setor de Registro, especialmente no que se refere ao tempo de utilização de cada item, visando à emissão do Termo de Exame de Material ou do Termo de Exame de Causas;

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VIII - manter atualizado o cadastro de todos os detentores de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis;

IX - promover, anualmente, no mês de junho ou quando determinado, a conferência geral dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis;

X - escriturar os documentos próprios da sua gestão, mantendo-os atualizados no sistema de controle patrimonial vigente, inclusive na forma digital;

XI - coordenar, junto aos detentores ou responsáveis pela carga, para que todo o bem móvel permanente e de consumo de uso duradouro, incluindo os de informática sejam identificados corretamente e em local visível;

XII - zelar para que o material registrado tenha a especificação correta e detalhada, a fim de que seja controlado e identificado;

XIII - promover, em todas as conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis, incluindo os de informática, o confronto da escrituração sintética centralizada com a analítica utilizando, se necessário, de comissão especificamente designada;

XIV - providenciar a publicação, em boletim interno, de todos os eventos próprios do setor, inclusive do resultado apurado nos confrontos por ocasião das conferências, balanços e inventários, propondo ao Agente Diretor e ao ACI as medidas para regularizar as eventuais discrepâncias encontradas;

XV - acompanhar as reavaliações e atualizações dos valores dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis ou incorpóreos, incluindo os de informática, realizadas mensalmente por meio do sistema informatizado de controle patrimonial de bens do COMAER, de acordo com a legislação vigente e as orientações do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

XVI - comprovar, mensalmente, por ocasião da Prestação de Contas Mensal da UG (PCM), se os valores constantes dos registros e inventários operados no sistema informatizado de controle patrimonial de bens do COMAER coincidem com os valores registrados no SIAFI, apurando as eventuais discrepâncias e propondo ações no sentido da regularização;

XVII - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua gestão, inclusive na forma digital;

XVIII - efetuar os lançamentos no SIAFI dos valores de depreciação e apropriação de custos referentes aos bens patrimoniais móveis permanentes, com base nos relatórios de depreciação emitidos pelo sistema informatizado de controle patrimonial de bens do COMAER; e

XIX - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

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Art. 55 Ao Gestor de Pessoal ou de Recursos Humanos, entre outras atribuições, incumbe:

I - administrar, se não houver outro setor específico para tal fim, por meio de prévio planejamento da organização (mapeamento de processos e de atividades relacionadas), direção e controle, o pessoal civil e militar (ativos, inativos, pensionistas e anistiados de qualquer ordem) da OM, de modo a assegurar o seu contínuo aprimoramento;

II - confeccionar, publicar e divulgar os boletins internos ostensivos e reservados;

III - confeccionar, publicar, distribuir e controlar as alterações referentes ao histórico militar do efetivo da UG;

IV - controlar, publicar e manter atualizado, se não houver outro setor específico para tal fim, o Cadastro de Dependentes e as Declarações de Beneficiários, dos militares (ativos e inativos), dos servidores civis (ativos e inativos), dos pensionistas e anistiados, de qualquer ordem, se for o caso, consoante legislação pertinente;

V - controlar e manter atualizada, se não houver outro setor específico para tal fim, a Inspeção de Saúde dos militares e dos servidores civis, de acordo com normas específicas vigentes e orientações do Órgão Central do Sistema de Saúde ou Órgão competente;

VI - controlar o recebimento e a guarda das Declarações de Bens e Rendas dos Agentes da Administração obrigados a apresentar, observando o seu grau de sigilo, publicando em boletim interno reservado, consoante instruções emanadas do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica ou Órgão competente;

VII - processar, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, as alterações autorizadas na remuneração dos militares, nos proventos dos inativos, reformados, pensionistas de militares e na reparação econômica mensal dos militares anistiados, de qualquer ordem e, nos vencimentos dos servidores civis, aposentados, pensionistas de civis e na reparação econômica mensal dos anistiados, de qualquer ordem, com base nas matérias constantes nos Extratos de Alterações Financeiras de Pessoal (EAFP) da UG de vinculação;

VIII - efetuar, se não for competência do Setor de Finanças ou se não existir setor específico para tal fim, o pagamento a pessoal por meio de Folha Extraordinária, nos casos excepcionais previstos na legislação e autorizados pelo Ordenador de Despesas, conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente;

IX - exigir, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, dos agentes responsáveis pelo lançamento das matérias financeiras de pessoal que os mesmos realizem a conferência de seus respectivos lançamentos realizados no mês com os contracheques, tão logo sejam disponibilizados para consulta em mídia, adotando todas as medidas necessárias para garantir o crédito na conta do valor correto a ser recebido pelos militares e civis da UG, no caso de recebimento a menor, bem como para resguardar o erário, nos casos de pagamento indevido, ou a maior, conforme normas

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estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica ou Órgão competente e legislação em vigor;

X - expedir, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, documento para fins de comprovação da remuneração de militar ou vencimentos de servidor civil, bem como dos proventos de inativos e pensionistas, civil e militar, se houver; bem como na reparação econômica dos anistiados, civis e militares, de qualquer ordem, na forma da legislação em vigor;

XI - encaminhar, formalmente, ao Setor de controle interno da UG, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, no primeiro dia útil do mês após o pagamento, os documentos necessários para possibilitar à comissão designada para o cotejamento e o confronto da folha de pagamento a pessoal realizar o seu trabalho;

XII - realizar, anualmente ou quando determinado, se não houver outro setor específico para tal fim, a atualização cadastral dos militares e servidores civis da ativa da UG, consoante orientação específica emanada do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

XIII - realizar, se não houver outro setor específico para tal fim, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, ou quando determinado, a atualização cadastral dos militares da reserva remunerada, dos reformados, dos pensionistas de militares e dos militares anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG, para fins de pagamento de proventos, de pensões ou de reparação econômica mensal, consoante orientação específica emanada do Órgão Central do Sistema:

a) os militares da reserva remunerada, os reformados, os pensionistas de militares e os militares anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG que não se apresentarem, para a atualização cadastral anual, receberão do Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos da OM de vinculação, até o décimo dia do mês seguinte ao de seu aniversário, correspondência de solicitação de apresentação, para atualização cadastral, no prazo de até trinta dias contados do recebimento da correspondência, com Aviso de Recebimento (AR), sob pena de suspensão do pagamento dos proventos, das pensões ou da reparação econômica mensal;

b) o restabelecimento do pagamento do benefício, pelo Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos ou pelo setor financeiro da OM de vinculação, dependerá do comparecimento do beneficiário à UG onde esteja vinculado para apresentação, para a realização da atualização cadastral, observado o disposto na legislação ou orientações vigentes;

c) nos casos em que for necessária a presença do tutor, do curador ou do procurador, a atualização cadastral será realizada, exclusivamente, nas Unidades vinculação, no mês de aniversário do titular do benefício, consoante orientação específica emanada do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

XIV - realizar, se não houver outro setor específico para tal fim, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, ou quando determinado, a atualização cadastral dos servidores civis aposentados ou dos seus pensionistas, dos anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG, que recebam vencimentos ou pensões ou reparação econômica à conta do

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Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), em conformidade com a legislação específica vigente, observando-se o seguinte:

a) os servidores civis aposentados e os seus pensionistas e os anistiados, de qualquer ordem, que não se apresentarem, para fins de atualização dos dados cadastrais, até o término do período fixado à UG de vinculação ou a quaisquer instituições bancárias oficiais ou credenciadas autorizadas, receberão do Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos da OM de vinculação, até o décimo dia do mês seguinte ao de seu aniversário, correspondência de solicitação de apresentação para atualização cadastral no prazo de até trinta dias contados do recebimento da correspondência, com Aviso de Recebimento (AR), sob pena de suspensão do pagamento de vencimentos, pensão ou reparação econômica mensal;

b) o restabelecimento do pagamento do benefício, pelo Setor de Pessoal ou de Recursos Humanos ou pelo setor financeiro da OM de vinculação, dependerá do comparecimento do beneficiário à UG onde esteja vinculado ou à uma das instituições bancárias oficiais ou credenciadas autorizadas, cadastradas para apresentação, para a realização da atualização cadastral, observado o disposto na legislação vigente;

c) nos casos em que for necessária a presença do tutor, do curador ou do procurador, a atualização cadastral será realizada exclusivamente nas Unidades de Recursos Humanos do órgão de vinculação, no mês de aniversário do titular do benefício;

XV - manter, em ordem e em dia, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, as alterações financeiras referentes à remuneração dos militares, dos proventos dos militares da reserva remunerada, dos reformados, dos pensionistas de militares e da reparação econômica dos militares anistiados, de qualquer ordem; bem como dos vencimentos dos servidores civis ativos e aposentados, dos seus pensionistas, dos anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG, certificando-se de que os dados conferem com as correspondentes publicações em Extrato de Alteração Financeiras de Pessoal (EAFP);

XVI - providenciar, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, para que o resumo das sentenças judiciais de alimentos relativas a pessoal militar e civil vinculado à UG, inclusive de anistiados, de qualquer ordem, sejam publicadas em boletim interno, mantendo em arquivo, na pasta de pensão alimentícia do alimentante a (s) original (ais) da (s) sentença (s) judicial (ais) de alimento (s);

XVII - proceder, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, à revisão e acompanhamento permanente dos descontos, a título de pensão alimentícia, devidos por militares e servidores públicos, inclusive de pensionistas e anistiados, de qualquer ordem, vinculados à UG;

XVIII - manter, sob sua guarda, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, os processos de pensão alimentícia, referentes aos militares e servidores civis vinculados à UG, inclusive de pensionistas e anistiados, de qualquer ordem, devidamente ordenados, autuados e indexados;

XIX - remeter, tempestivamente, se não for competência do Setor de Finanças ou se não houver outro setor específico para tal fim, os processos de pensão alimentícia,

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referentes aos militares, servidores civis , anistiados de qualquer ordem, bem como dos respectivos pensionistas, que foram transferidos para outra Unidade, por motivo de transferência ou de reserva ou aposentadoria ou mudança de vinculação, visando não retardar o pagamento à (ao) alimentada (o) em caso, inclusive, de necessidade de reajuste do valor da pensão;

XX - assessorar o Agente Diretor, se não houver outro setor específico para tal fim, na gestão das competências necessárias ao exercício dos cargos, encargos, funções e comissões da OM, por meio da elaboração anual do mapa de competências que deverá: a) discriminar, por setor da OM, as competências críticas e necessárias do pessoal designado para o exercício de suas atribuições; b) propor os remanejamentos, treinamentos e/ou cursos necessários à capacitação profissional do pessoal que ainda não possua as competências suficientes para o exercício de suas atribuições; e, c) encaminhar ao ACI da OM, para conferência, até a primeira quinzena do mês de março de cada ano; e

XXI - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 56 Ao Gestor Social ou Gestor de Assistência Social, entre outras atribuições, incumbe:

I - propor a contratação de empresas e profissionais autônomos necessários à prestação de serviços e fornecimento de materiais destinados à assistência social;

II - manter atualizado, anualmente, o diagnóstico social do efetivo da OM, visando a subsidiar o direcionamento dos recursos nos programas sociais necessários;

III - registrar e manter atualizado todos os atendimentos sociais do efetivo da OM, preservando o sigilo das informações pessoais dos usuários;

IV - solicitar ao Órgão Central do Sistema ou Órgão competente os recursos necessários à operacionalização das ações sociais previstas na legislação em vigor;

V - prestar contas dos recursos sob sua responsabilidade;

VI - elaborar relatório anual de acompanhamento e de avaliação dos programas e dos projetos desenvolvidos em sua área de competência;

VII - cumprir os prazos estabelecidos pelo Órgão Central do sistema ou Órgão competente;

VIII - cumprir o previsto nos Programas de Ações Sociais Integradas do COMAER (PASIC);

IX - gerenciar os recursos da Assistência Social da Aeronáutica; e

X - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

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Art. 57 Ao Gestor de Meio Ambiente ou Gestor Ambiental, entre outras atribuições, incumbe:

I - desenvolver a gestão ambiental no âmbito da OM;

II - estabelecer vínculo ou contato com órgãos governamentais locais ou não, por meio de acordos, convênios, parcerias, com a finalidade de otimizar a gestão ambiental da OM;

III - adotar critérios e padrões de sustentabilidade existentes ou determinado pelo Órgão Central do sistema ou Órgão competente;

IV - implementar normas relativas ao uso e manejo de recursos minerais, com a finalidade de melhorar a qualidade da gestão ambiental da OM;

V - estimular, sugerindo ao Comandante da OM, a capacitação de recursos humanos especializados em sustentabilidade e gestão ambiental;

VI - promover, no âmbito da OM, a educação ambiental formal e informal, com o foco na proteção e melhoria da qualidade ambiental;

VII - estimular a formação e o desenvolvimento da consciência ambiental do efetivo interno;

VIII - incentivar a prática da preservação ambiental;

IX - incentivar o emprego de meios disponíveis e adotar medidas que evitem ou mitiguem a degradação do meio ambiente da OM e adjacências;

X - estimular a recuperação ambiental em áreas degradadas;

XI - incentivar o uso racional de recursos ambientais, de fontes alternativas de energia, de reciclados e possíveis de reciclagem e para destinação de recursos sólidos;

XII - disseminar, por meio de campanhas educativas, no âmbito da OM, orientações sobre a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, visando a estimular atitudes ambientalmente corretas dos militares, civis e dependentes da OM;

XIII - promover, em âmbito interno, dados e informações relativas à sustentabilidade em proveito da preservação do meio ambiente;

XIV - cumprir a política de sustentabilidade e gestão ambiental do COMAER, no âmbito da UG;

XV - manter estrito relacionamento com o responsável pela área patrimonial imóvel, realizando as atividades, de comum acordo e previstas nos normativos de competência, no que se referir às ações de sustentabilidade e de meio ambiente a serem praticadas junto ao patrimônio imóvel sob responsabilidade da UG;

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XVI - solicitar, quando necessário, ao Órgão Central do Sistema ou Órgão competente os recursos necessários à operacionalização das ações previstas na legislação em vigor;

XVII - prestar contas dos recursos sob sua responsabilidade;

XVIII - elaborar, quando pertinente, relatório anual de acompanhamento e avaliação dos programas e projetos desenvolvidos em sua área de competência, de acordo com as orientações do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

XIX - planejar, desenvolver e executar projetos que visam à preservação do meio ambiente da OM, como programas de reciclagem e de educação ambiental;

XX - providenciar a análise, quando for o caso, da poluição do solo, da água e/ou do ar nas áreas sob responsabilidade da OM;

XXI - acompanhar a exploração de recursos naturais da área sob responsabilidade da UG e, com base nos dados coletados, propor ao Órgão Central do Sistema ou Órgão competente estratégias para minimizar ou mitigar o impacto causado pelas atividades humanas no âmbito da UG e adjacências;

XXII - atuar no planejamento ambiental, na exploração de recursos naturais de maneira sustentável e na recuperação e no manejo de áreas degradadas da UG, visando garantir, com base em princípios, diretrizes e políticas de sustentabilidade e de gestão ambiental, previamente acordados e/ou definidos, a adequação dos meios de exploração dos recursos ambientais, naturais, econômicos e socioculturais às especificidades do meio ambiente onde se encontra a OM; e

XXIII - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Art. 58 Conforme as necessidades de cada UG e a critério do seu Comandante, desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno aprovados, outros gestores poderão ser instituídos, por intermédio, inicialmente, de Portaria do Comandante da OM, para exercerem atividades específicas, incorporando-os, posteriormente, ao Regimento Interno, se forem atividades perenes, tais como:

I - Gestor de Telecomunicações;

II - Gestor Comercial;

III - Gestor de Serviços Escolares;

IV - Gestor de Transporte (de superfície e aquaviário);

V - Gestor de Tecnologia da Informação;

VI - Gestor de Projetos; e

VII - Gestor da Informação.

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§ 1o Os serviços reembolsáveis de gêneros alimentícios, de asseio e limpeza, de medicamentos, de peças de fardamento e de livros e regulamentos serão ativados por ato do CMTAER, com assessoramento dos Órgãos Centrais dos respectivos sistemas ou Órgãos competentes.

§ 2o As seções comerciais ou denominação equivalente serão ativadas conforme legislação especifica.

Art. 59 Aos Gestores mencionados no art. 58, quando ativados, além de executarem, gerenciarem e controlarem os atos de gestão e dos atos e fatos administrativos praticados no exercício do cargo, entre outras atribuições, incumbe:

I - submeter os elementos de sua escrituração ao exame e autenticação do Setor de controle interno da UG;

II - registrar, inclusive no SIAFI ou em sistemas corporativos da Aeronáutica, os atos e fatos administrativos da sua área de responsabilidade;

III - comunicar ao setor de controle interno toda movimentação de bens, valores e dinheiros ocorrida em sua área de responsabilidade;

IV - proceder à Prestação de Contas Mensal (PCM) e apresentar demonstrativos, mapas e outros documentos necessários à comprovação de gestão, quando for o caso, submetendo-os ao exame do Setor de controle interno;

V - certificar o recebimento dos bens, valores e dinheiros na área de sua responsabilidade, dando-lhes o oportuno e conveniente destino;

VI - efetuar os fornecimentos, na área de sua responsabilidade, exigindo a respectiva quitação;

VII - providenciar a manutenção do nível operativo de bens, valores e dinheiros necessários às atividades de sua responsabilidade;

VIII - encaminhar ao setor financeiro, mediante documento formal, no prazo máximo de dois dias úteis, a contar da data de sua geração, os comprovantes de recolhimento ou correspondentes receitas originadas no setor de sua responsabilidade, observadas as orientações do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente;

IX - manter atualizados e contabilizados no SIAFI e nos sistemas corporativos da Aeronáutica os valores correspondentes aos bens patrimoniais; e

X - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Seção V Dos Agentes Auxiliares

Art. 60 Os Agentes Auxiliares, além de auxiliarem na execução, no gerenciamento e no controle dos atos de gestão e dos atos e fatos administrativos praticados

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pelos titulares do cargo, de função, de encargo/comissão, têm responsabilidade correspondente às atribuições que lhes forem cometidas pelas autoridades, por meio de ato próprio ou definido no Regulamento ou Regimento Interno da OM.

Art. 61 Além das responsabilidades específicas que lhes forem imputadas, entre outros, incumbe-lhes:

I - conhecer as atribuições que este Regulamento e as demais normas em vigor conferem ao cargo, encargo/comissão ou função do qual estejam investidos os seus chefes imediatos, a fim de que possam secundá-los;

II - passar recibo, quando para isso autorizados, dos bens, documentos ou valores que lhes forem entregues para o conveniente destino;

III - cumprir as normas peculiares aos serviços de que estejam encarregados;

IV - prestar contas ao ACI dos bens, valores e dinheiros colocados sob sua responsabilidade;

V - submeter os elementos de sua escrituração ao exame do ACI; e

VI - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes afetos e propor ao Chefe, quando for o caso, alterações, modificações, inclusões e exclusões que visem aperfeiçoar os referidos sistemas.

Seção VI Da Comissão de Licitações e dos Pregoeiros

Art. 62 À Comissão de Licitações e aos Pregoeiros, nos processos que lhes estão afetos, incumbe:

I - cumprir as disposições legais e formais previstas para a elaboração e execução dos processos licitatórios;

II - elaborar e submeter todas as minutas de editais e termos ou instrumentos contratuais, congêneres e afins ou correlatos elaborados pelas UG para serem previamente examinados e aprovados, sob o aspecto legal, nos termos da legislação vigente, pelas Consultorias Jurídicas da União (CJU) do Estado em que sediada a (s) UG assessorada (s) ou pela Consultoria Jurídica-Adjunta ao Comando da Aeronáutica (COJAER), para as UG localizadas em Brasília-DF;

III - diligenciar para que as especificações de materiais e serviços constem dos processos licitatórios de maneira clara, completa e detalhada;

IV - receber, analisar e elaborar parecer sobre impugnações de editais, pedidos de esclarecimentos e recursos administrativos, submetendo-os ao Ordenador de Despesas para ratificação de seus atos, quando for o caso;

V - atentar para os pareceres emitidos pelos Órgãos que promovem a análise jurídica do edital e demais documentos dos procedimentos licitatórios, adotando as medidas recomendadas;

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VI - orientar as atividades das equipes de apoio durante a execução dos procedimentos na modalidade pregão;

VII - credenciar os interessados;

VIII - receber os envelopes das propostas de preços e a documentação de habilitação;

IX - efetuar a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu exame e a classificação dos proponentes;

X - conduzir os procedimentos relativos aos lances e à escolha da proposta ou do lance de menor preço;

XI - adjudicar para o autor da proposta de menor preço;

XII - elaborar ata da reunião;

XIII - conduzir os trabalhos da equipe de apoio;

XIV - receber, examinar e decidir sobre recursos; e, ainda, encaminhar o processo devidamente instruído, após a adjudicação, à autoridade superior, visando à homologação e à contratação;

§ 1º O pregoeiro contará com a colaboração de uma equipe de apoio que será indicada e designada pela autoridade competente ainda na fase preparatória da licitação, devendo estar integrada, em sua maioria, por agentes ou auxiliares da administração, integrantes do quadro efetivo da UG licitante.

§ 2º A equipe de apoio não possui atribuições que importem em julgamento ou deliberação, sendo tais atos de responsabilidade exclusiva do pregoeiro, mas nada impede de realizar o exame de propostas quanto aos aspectos formais, sugerindo a classificação ou a desclassificação.

§ 3º A escolha e a designação do pregoeiro não poderá e não deverá ser feita de forma aleatória, indicando-se qualquer agente da administração que esteja disponível ou que se ofereça para a função, mas somente poderá atuar como pregoeiro agente da administração que tenha realizado capacitação específica para desempenhar essa atribuição.

§ 4º A capacitação específica é referente à preparação específica do agente para o desempenho desta função, a ser ofertada previamente pela Administração e não deverá limitar-se ao conhecimento da legislação própria, mas também deve compreender o domínio específico de técnicas de condução do certame e de negociação.

§ 5º O pregoeiro deverá reunir, não só conhecimentos da legislação específica e geral, como também ser detentor de habilidades que lhe permitam instaurar o certame e conduzir de forma efetiva e real as negociações, estimulando a competição que se pretende seja normalmente instalada nessa modalidade de licitação através dos lances verbais.

§ 6º O agente da administração, no exercício da função de pregoeiro, não poderá fazer parte de comissão de recebimento de bens e de serviços, nem tampouco exercer o

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encargo de fiscal de contratos e tampouco deverá participar do processo de pagamento da OM, exceto quando justificada a impossibilidade de designação de outro agente.

XV - cumprir e fazer cumprir as normas emitidas pelos Órgãos competentes relacionados ao tema.

CAPÍTULO III DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Seção I Das Generalidades

Art. 63 A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.

Art. 64 O ato de delegação, que será expedido a critério da autoridade delegante, indicará a autoridade delegada, as atribuições objeto da delegação e, quando for o caso, o prazo de vigência, que, na omissão, ter-se-á por indeterminado.

§ 1º A delegação poderá ser feita a autoridade não diretamente subordinada ao delegante.

§ 2º A mudança do titular do cargo não acarreta a cessação da delegação.

Art. 65 A delegação de competência não envolve a perda, pelo delegante, dos correspondentes poderes, sendo-lhe facultado, quando entender conveniente, exercê-los mediante avocação do caso, sem prejuízo da validade da delegação.

Art. 66 As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Seção II Da Delegação de Competência no COMAER

Art. 67 É facultado às autoridades da Administração do COMAER delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme disposto neste Regulamento e de acordo com as exceções contidas nas legislações pertinentes.

Parágrafo único. Para obtenção de maior efeito descentralizador, o ato de delegação poderá autorizar a subdelegação, à qual se aplicam todas as disposições relativas à delegação.

Art. 68 O Comandante de OM, quando oficial-general ou oficial superior no comando de Unidade, poderá delegar competência, no todo ou em parte, para o exercício das atividades correspondentes à função de Agente Diretor, ao oficial ou servidor civil de nível equivalente subordinado, preferencialmente, mais graduado que os demais Agentes da Administração, desde que possuam qualificação para o exercício da referida função.

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Art. 69 Ressalvados os casos previstos em Regulamento ou em Regimento Interno, o Comandante de OM poderá delegar competência para o exercício das atividades correspondentes à função de Ordenador de Despesas, preferencialmente, ao Agente da Administração ou Servidor civil de nível equivalente, de maior grau hierárquico que os demais agentes subordinados, exceto em relação ao Agente Diretor delegado, desde que possuam qualificação para o exercício da referida função.

Art. 70 As atividades de que tratam os art. 68 e 69 poderão ser delegadas a um único oficial ou servidor civil de nível equivalente.

Art. 71 O ACI poderá delegar parte de suas competências a oficial ou servidor civil de nível equivalente subordinado, e aos responsáveis diretos dos Agentes ou Gestores Executores, observada, preferencialmente, a precedência hierárquica.

Art. 72 Os oficiais poderão delegar a militar ou servidor público, seus subordinados, competência para responder pelo controle e pela escrituração dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro, reparáveis e intangíveis ou incorpóreos, incluindo os de informática, sob sua responsabilidade.

Art. 73 O delegante deverá exercer a fiscalização e acompanhar, a atuação do seu agente delegado, de forma a certificar-se de que as diretrizes e os dispositivos regulamentares estão sendo cumpridos.

Art. 74 Os Agentes da Administração e seus agentes delegados respondem em todas as esferas (administrativa, civil e penal) pelos seus respectivos atos de acordo com as normas pertinentes, na medida de suas respectivas responsabilidades.

Art. 75 O ato da delegação de competência é específico, impessoal e, limitado no tempo, ou seja, guarda relação com as competências funcionais.

§ 1o O ato de delegação será publicado em boletim interno e, quando for o caso, na imprensa oficial, constando os cargos, funções ou encargos do delegante e do delegado, as competências delegadas e o prazo de vigência da delegação.

§ 2o O ato de delegação poderá ser revogado a qualquer tempo pelo delegante.

§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

§ 4o O ato de delegação não perderá a validade no caso de substituição do delegado no cargo correspondente à delegação.

§ 5o A delegação de competência à autoridade não subordinada ao delegante só poderá ser efetivada pelo CMTAER.

CAPÍTULO IV DA SUBSTITUIÇÃO DOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 76 A substituição de Agentes da Administração na Aeronáutica obedece ao disposto neste Regulamento.

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Art. 77 A substituição poderá ser:

I - definitiva: quando houver afastamento definitivo do detentor do cargo;

II - interina: quando, mantendo o cargo, há previsão de o militar afastar-se da função por período previsto superior a trinta dias; e

III - eventual: quando o militar se afasta do cargo por período de até trinta dias.

§ 1º A substituição interina obedece ao Princípio Geral de Hierarquia, respeitados os quadros e especialidades.

§ 2º A substituição por motivo de férias é eventual.

Art. 78 Na substituição eventual responde pelo cargo o substituto legal ou na falta deste, o militar para tal designado.

§ 1º Na substituição eventual do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, responde o Oficial-General de maior grau hierárquico em exercício de cargo no COMAER, não incluído em categoria especial.

§ 2º Nas demais Organizações o substituto legal do Comandante será o militar de maior grau hierárquico após o titular possuidor das qualificações previstas no Regulamento ou Regimento Interno da OM.

§ 3º Caso não exista no efetivo da Unidade oficial possuidor das condições exigidas para substituir o Comandante deverá ser designado oficial habilitado e pertencente a OM imediatamente acima na estrutura regimental vigente.

Art. 79 As substituições definitiva, interina ou eventual serão publicadas em boletim interno.

Art. 80 Para efeito das substituições definitivas, interinas ou eventuais, deverá ser seguido o previsto neste Regulamento no que diz respeito à transmissão de bens, valores e dinheiros de qualquer ordem.

Parágrafo único. Ao substituto eventual não será permitida iniciativa que venha alterar ordens expressas do titular do cargo.

Art. 81 Nas OM somente concorrem às substituições os militares prontos para exercer o cargo, encargo ou a função do militar substituído.

Art. 82 Os aspirantes-a-oficial concorrem às substituições como se fossem oficiais subalternos, a critério do Comandante da OM, observando-se as normas sistêmicas em vigor.

Parágrafo único. Excepcionalmente, a critério do CMTAER e mediante edição de ato normativo, os suboficiais poderão substituir os oficiais subalternos no desempenho de cargos e das funções de chefia onde prestam serviço, em atendimento às necessidades administrativas, até que haja a substituição, de acordo com o previsto neste Regulamento.

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Art. 83 Quando, por motivo de substituição do Comandante da OM, permanecer na organização oficial de outro quadro, de grau hierárquico superior ao do substituto, aquele fica adido ao escalão superior, continuando a prestar serviço na unidade ou no órgão a que pertence.

Parágrafo único. Neste caso os pedidos de providências relacionados com as suas atribuições lhe serão encaminhados em forma de solicitação e não poderão deixar de ser atendidos.

Art. 84 A gestão das OM, no que tange à execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil, bem como o gerenciamento de recursos humanos, materiais, tecnológicos, entre outros, não sofrem solução de continuidade, em casos ou circunstâncias que determinarem ou impuserem a substituição de Agentes da Administração.

§ 1o Para assegurar que o andamento das atividades administrativas e gerenciais da OM tenham a continuidade devida, o Comandante deverá designar substitutos, com o encargo específico de darem continuidade aos atos, no impedimento de seus titulares, não caracterizando, estas designações, nas substituições previstas nos 85 e 86 deste Regulamento, tampouco em delegação de competência.

§ 2o Para a movimentação bancária, trato de assuntos em instituições financeiras e assuntos correlatos de ordem financeira deverá ser designado um Ordenador de Despesas substituto e um Gestor de Finanças substituto, para atuarem somente nos impedimentos dos titulares.

§ 3o Para a conferência de atos e fatos de gestão praticados na UG poderá ser designado um ACI substituto, para atuar somente nos impedimentos do titular. Para outros casos poderá haver a delegação de competência prevista neste Regulamento, para o exercício da função de ACI delegado.

§ 4o Para as demais situações, poderá haver a delegação de competência prevista neste Regulamento, de acordo com as necessidades e demandas das UG, para o exercício dos cargos e funções dos titulares.

Art. 85 Na substituição definitiva ou interina, a responsabilidade sobre bens, valores, encargos e documentos será transmitida ao substituto.

Art. 86 Na substituição eventual, os valores serão transmitidos ao substituto, se a situação o exigir.

§ 1o Os bens móveis ficarão sob a responsabilidade de Agente Auxiliar e sob a supervisão do substituto, sem necessidade de transmissão.

§ 2o Na substituição eventual do Gestor de Finanças, por qualquer prazo, ocorrerá, sempre e obrigatoriamente, a transmissão de responsabilidade relativa aos valores, de toda ordem, e respectiva escrituração, mediante a publicação em boletim interno de Termo de Responsabilidade do agente substituído ao agente substituto eventual.

§ 3o O Termo de Responsabilidade a que se refere o parágrafo anterior conterá a especificação sintética dos valores e das garantias, se houver, em poder do agente titular que passará a responsabilidade, na substituição eventual, ao agente substituto.

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Art. 87 O agente substituto interino ou eventual responde pelos seus atos em todas as esferas (administrativa, civil e penal), como se efetivo fosse.

Art. 88 Nas transmissões definitivas e interinas de cargo, será lavrado Termo de Transmissão e Assunção de Cargo (TTAC), no qual serão registrados, sinteticamente, todos os bens, valores e dinheiros transmitidos e constará a ratificação integral ou restrita do substituto, conforme disposto neste Regulamento e na legislação pertinente.

§ 1o O TTAC se aplicará, obrigatoriamente, também às substituições sem bens ou valores a transmitir.

§ 2o O TTAC será transcrito, obrigatoriamente, na íntegra, em boletim interno, devendo constar das alterações pessoais do agente substituto e do agente substituído.

§ 3o Será da responsabilidade do Agente da Administração substituído a elaboração do TTAC, bem como o acompanhamento de toda a sua tramitação.

§ 4o Em se tratando de transmissão de cargo por motivo de movimentação, o desligamento do Agente da Administração será condicionado, obrigatoriamente, também, à transcrição e à publicação do TTAC no boletim interno.

§ 5º Deverá constar do TTAC a transmissão de toda a documentação pertinente ao setor, especialmente no que se referir aos processos e aos termos contratuais, encerrados ou em andamento, bem como os balancetes, inventários (analíticos e sintéticos) e outros demonstrativos de escrituração do setor, registrando-se, inclusive, as ressalvas ou inconsistências encontradas, para fins de eventuais apurações por parte da autoridade competente.

§ 6º Quando o cargo acumular o exercício de determinada função não contemplada no Regimento Interno, esta condição deverá constar expressamente do TTAC.

§ 7º O exercício de funções de Agentes Auxiliares dispensam a emissão do TTAC, podendo ser feito por meio de designação e apresentação em boletim interno.

Art. 89 O substituto definitivo ou interino será considerado investido no cargo, encargo ou função a partir da data de assunção expressamente declarada no correspondente TTAC, independente do dia em que forem apostas as assinaturas dos demais Agentes envolvidos.

§1º Com a finalidade de evitar que o processo não sofra solução de continuidade no desempenho das atribuições inerentes ao respectivo cargo, encargo ou função, a data mencionada no caput deste artigo deverá corresponder a mesma expressamente declarada pelo seu antecessor.

§2º O TTAC deverá ser encaminhado ao ACI, que providenciará sua transcrição em boletim, após homologação do Agente Diretor, observados os prazos previstos na legislação pertinente.

Art. 90 A escrituração de bens e de valores será referida à data anterior à da efetiva da substituição do Agente da Administração.

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Art. 91 A substituição de Agente da Administração, com transmissão de bens patrimoniais móveis permanentes, incluindo-se os de informática, reparáveis, intangíveis ou incorpóreos, de consumo de uso duradouro e/ou de consumo em estoque (para uso imediato ou distribuição), obrigará a conferência do material, seguida de confronto com a escrituração centralizada da UG e anexação dos correspondentes inventários.

Parágrafo único. A critério do Agente Diretor, a conferência do material será acompanhada por, no mínimo, um militar ou servidor público sem qualquer vínculo com ambas as partes, podendo, neste caso e preferencialmente, designar uma comissão específica para a realização da conferência, em especial quando se tratar de depósitos, armazéns, paióis, entre outros, observando-se as disposições contidas neste Regulamento.

Art. 92 Os prazos para as transmissões definitivas ou interinas de cargo, encargos ou funções e a entrega de bens, valores e dinheiros, dos agentes e dos servidores de níveis equivalentes, têm, a contar da data da publicação em boletim interno da dispensa do agente substituído, a seguinte duração:

I - até 08 dias úteis, quando não houver bens ou valores a transmitir;

II - até 10 dias úteis, quando houver bens ou valores a transmitir;

III - até 25 dias úteis, quando se tratar de ACI ou agente ou servidor de nível equivalente detentor de bens ou valores, nos quais pode se evidenciar a necessidade da realização de um inventário, inclusive, se necessário, com a constituição de comissão específica, dependendo do vulto e da qualificação dos bens ou valores; e

IV - até 30 dias úteis, quando se tratar de Agente Diretor.

§ 1º A contagem do prazo de que trata este artigo iniciar-se-á na data em que cessar, para o agente ou servidor de nível equivalente, as condições de baixa hospitalar, gozo de férias ou de licença ou de cumprimento de punição disciplinar, quando for o caso.

§ 2º Os prazos fixados neste artigo poderão ser prorrogados pelo Comandante da UG em despacho fundamentado, por um período igual ao previsto nos incisos anteriores, desde que não ultrapasse ao fixado em legislação para os casos de movimentação de pessoal.

§ 3º Os prazos fixados neste artigo, à exceção do parágrafo 2º, poderão ser prorrogados por Oficial-General da respectiva cadeia de comando de subordinação, em despacho fundamentado do Comandante da UG, por mais um período igual ao previsto nos incisos anteriores, desde que não ultrapasse ao fixado em legislação para os casos de movimentação de pessoal.

§ 4º Para se evitar o acúmulo de cargos por outro agente ou servidor de nível equivalente não designado ou mesmo fora da sua especialidade de formação, as substituições, de caráter definitivo, far-se-ão somente após a apresentação do substituto legal e previsto para o exercício do cargo, encargo ou função.

§ 5º Os prazos para transmissão das responsabilidades de que trata este capítulo são contados a partir da data da publicação dos correspondentes atos de designação e de dispensa dos agentes substituto e substituído.

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Art. 93 Os prazos para transmissão das responsabilidades de que trata este capítulo, mediante solicitação devidamente fundamentada dos agentes substituto e substituído, poderão ser prorrogados pelo Agente Diretor da UG, consoante previsto no artigo anterior.

§ 1º Quando os prazos para a passagem de materiais, transmissão de encargos e de valores não forem cumpridos, poderá ser concedida, pelo Agente Diretor, mediante apresentação de justificação circunstanciada, uma prorrogação de, no máximo, metade do prazo originalmente estabelecido.

§ 2º Caso o prazo concedido pela prorrogação não seja cumprido, a passagem de que trata o artigo anterior deverá ser realizada por uma comissão designada, pelo Agente Diretor, conforme disposto neste Regulamento.

§ 3º A comissão disporá dos mesmos prazos estabelecidos no artigo anterior e poderá desenvolver seus trabalhos a partir da situação em que a passagem foi interrompida ou, se julgar necessário, iniciá-los desde a origem.

Art. 94 Se houver acúmulo de cargos, encargos ou funções, os prazos serão contados separadamente para cada transmissão de responsabilidade, observado o limite disposto no art. 92.

Art. 95 Nos casos de afastamento súbito, tais como: extravio, deserção, doença, falecimento, suspensão das funções, desligamento urgente, acidente, sequestro e outras situações semelhantes, a transmissão definitiva ou interina do cargo, encargo ou função e a entrega de bens, valores, encargos e documentos serão processadas por uma comissão especificamente designada e com atribuições definidas no ato formal da designação de, no mínimo, três membros, pelo Agente Diretor, imediatamente após o conhecimento do ato ou fato.

§ 1o A comissão designada observará os prazos fixados neste Regulamento, e os resultados apurados indicarão, se for o caso, a responsabilidade do agente ou servidor de nível equivalente substituído.

§ 2o Ocorrendo o afastamento súbito do Comandante ou do Agente Diretor delegado ou do Ordenador de Despesas delegado, o substituto legal assumirá o cargo ou a função, após a realização de uma Reunião extraordinária da Administração, com registro em Ata específica e publicação em boletim interno.

PARTE ESPECIAL

LIVRO I DO PATRIMÔNIO E ADMINISTRAÇÃO

TÍTULO I DO PATRIMÔNIO

CAPÍTULO I DOS RECURSOS MATERIAIS

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Seção I Dos Bens Patrimoniais

Art. 96 Todos os bens patrimoniais incluídos na dotação de qualquer OM da Aeronáutica pertencem à União.

Parágrafo único. As providências para a manutenção dos bens patrimoniais, sejam móveis, imóveis ou intangíveis, incluindo os de informática, são da responsabilidade da UG que mantém sua guarda, obedecidas as prescrições contidas neste Regulamento e em normas vigentes.

Art. 97 Os bens patrimoniais da União, quanto à natureza, dividem-se em:

I - móveis;

II - imóveis; e

III - intangíveis ou incorpóreos.

Seção II Dos Bens Patrimoniais Móveis

Art. 98 Os bens patrimoniais móveis, incluindo os de informática (hardware, periféricos e outros de mesmo gênero ou categoria), entendidos como tais os suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, compreendem as seguintes categorias:

I - bem móvel permanente - é todo artigo, equipamento ou conjunto de itens que tem durabilidade presumida superior a dois anos de utilização, quando em utilização, e que não perde a sua identidade física nem se incorpora a outro bem, em razão do seu uso;

II - bem móvel de consumo de uso duradouro - é todo artigo, equipamento, conjunto de itens, ou item de durabilidade presumida próxima àquela do bem móvel permanente, cujo valor individual justifique um controle escritural e responsabilidade pela sua guarda e conservação;

III - bem móvel de consumo - é todo item, peça, artigo ou gênero que se destine à aplicação, transformação, utilização ou emprego e que, quando em uso, tenha sua vida útil presumida de até dois anos de utilização, no máximo; aquele que perde suas características individuais e isoladas quando empregado; e, ainda, aquele que, pela sua fragilidade, possua estrutura quebradiça, deformável ou danificável; e

IV - bem móvel reparável - é todo material suscetível de recuperação, mediante a substituição ou a restauração dos seus componentes, durante a sua vida útil presumida, cujo valor justifique o controle individualizado.

§ 1º Os bens móveis de consumo, quando em estoque, deverão ser escriturados.

§ 2º É atribuição da respectiva OM provedora o estabelecimento dos critérios de seleção dos bens móveis reparáveis que serão controlados individualmente.

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§ 3º Os bens de informática (hardware, periféricos e outros de mesmo gênero ou categoria) deverão ter controle específico, em estrita observância às normas legais quanto à aquisição e à gestão de serviços de infraestrutura, desenvolvimento e suporte de Tecnologia da Informação (TI), de acordo com a legislação vigente e as normas emanadas do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente.

Art. 99 Os bens móveis permanentes serão escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os administram, por meio de sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER, tendo os seus valores contabilizados sinteticamente no SIAFI, de conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o A escrituração de que trata o caput deste artigo efetuada por processos informatizados, será periodicamente listada e submetida à conformidade do Agente Diretor e ao ACI.

§ 2o O cancelamento físico e contábil desses bens está sujeito, compulsoriamente, a processo de exame de material, ou de causas, conforme o caso, e a processo de alienação, quando houver matéria-prima aproveitável.

§ 3º As Representações da Aeronáutica no Exterior são responsáveis pela escrituração analítica dos bens móveis permanentes em sistema patrimonial de bens móveis do COMAER e pela prestação de contas dos saldos, inventários e movimentações de entradas e saídas de bens. A contabilização sintética, no SIAFI, é realizada pelas Comissões Aeronáuticas no Exterior com base nos dados dos relatórios analíticos das Representações.

Art. 100 Os bens móveis de consumo serão escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados sinteticamente, no SIAFI ou em sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER, em conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o Na escrituração analítica, para que seja resguardada a consistência, serão identificados todos os documentos que deram origem às entradas e saídas.

§ 2o Se utilizados processos informatizados para a sua escrituração e controle, as alterações registradas no prazo máximo de dois dias úteis, e as listagens serão submetidas ao ACI para conhecimento das alterações.

Art. 101 Os bens móveis de consumo de uso duradouro e os bens móveis reparáveis serão escriturados e contabilizados na forma dos bens móveis de consumo e controlados, por meio de sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER e submetidas ao ACI.

Art. 102 Os saldos contábeis de movimentação de entrada e saída dos bens móveis de consumo serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

Parágrafo único. Os bens móveis de consumo de uso duradouro, em uso, e os bens móveis reparáveis, aguardando recuperação ou em recuperação, serão apenas inventariados, analiticamente, no encerramento do exercício.

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Art. 103 São atribuições específicas das organizações provedoras a padronização e a classificação dos materiais e dos bens móveis de sua competência, inclusive definindo o tempo mínimo de duração dos bens.

Seção III Dos Bens Patrimoniais Imóveis

Art. 104 Os bens patrimoniais imóveis, sob a responsabilidade do COMAER, entendidos como tais aqueles que não podem ser transportados sem alteração de sua substância, dividem-se em:

I - de natureza exclusivamente militar; e

II - de natureza comum.

Art. 105 São de natureza exclusivamente militar:

I - os quartéis e todas as suas instalações;

II - os depósitos e paióis;

III - os hangares e garagens;

IV - os campos de exercício e de prova para armamentos, munições e engenhos espaciais; e

V - todos aqueles destinados ao funcionamento de suas organizações.

Art. 106 São de natureza comum:

I - as residências e os conjuntos residenciais destinados ao pessoal e respectivas famílias;

II - os terrenos situados na parte externa dos quartéis e outros; e

III - as instalações escolares, recreativas e congêneres.

Art. 107 A localização das benfeitorias de uma OM é regulada por seu Plano Diretor.

§ 1o O Plano Diretor será aprovado pelo CEMAER, por demanda do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente.

§ 2o Caberá ao Órgão Central do Sistema ou Órgão competente, baixar instruções normativas para a elaboração de propostas do Plano Diretor.

Art. 108 As alterações ocorridas nos valores dos bens patrimoniais imóveis, em razão de reforma, recuperação ou conservação, serão objeto de publicação em boletim interno e de registro no SIAFI, para a devida incorporação destes valores ao patrimônio do COMAER.

Parágrafo único. As alterações ocorridas nas características dos bens imóveis, também, deverão ser publicadas em boletim interno, para o devido registro patrimonial, de

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acordo com as instruções do Órgão Central do Sistema que trata do patrimônio da Aeronáutica (SISPAT) ou Órgão competente.

Art. 109 É da competência dos Órgãos Regionais do SISPAT, além de prestar o assessoramento técnico, manter, em ordem e em dia, os registros cadastrais dos bens imóveis referentes às UG de sua responsabilidade.

Art. 110 É competência do Órgão Central do SISPAT manter o registro cadastral atualizado de todos os bens imóveis sob responsabilidade do COMAER, bem como remeter ao órgão central do patrimônio da União todas as informações previstas na legislação pertinente.

Art. 111 Os bens patrimoniais imóveis serão escriturados analiticamente e controlados pelas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores registrados sinteticamente no SIAFI, pelas UG EXEC, que abrigam os saldos contábeis.

Art. 112 Os saldos contábeis de movimentação de entrada e saída dos bens imóveis serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

Seção IV Dos Bens Patrimoniais Intangíveis

Art. 113 Bens patrimoniais intangíveis ou incorpóreos, incluindo-se os de informática (software e outros de mesmo gênero ou categoria), são os que não têm existência concreta.

§ 1º Os bens patrimoniais intangíveis ou incorpóreos, incluindo-se os de informática, não possuem materialidade, todavia são entendidos como objetos de direitos e de obrigações.

§ 2º Os bens de informática deverão ter controle específico, em estrita observância às normas legais quanto à aquisição e à gestão de serviços de infraestrutura, desenvolvimento e suporte de TI, de acordo com a legislação vigente e as normas emanadas do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente.

Art. 114 São bens intangíveis, dentre outros:

I - royalties;

II - patentes;

III - o conhecimento técnico-científico ou expertise adquirido em decorrência da realização de curso (s), pelos militares e servidores civis, demandados com recursos da União ou decorrente (s) de experiência (s) e prática (s) assimilada (s) pela rotina de sua (s) atribuição (ões) funcional (ais); e

IV - bens culturais imateriais.

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Art. 115 Os bens patrimoniais intangíveis ou incorpóreos serão escriturados, analiticamente, nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados, sinteticamente, no SIAFI, de conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

Art. 116 Os saldos contábeis da movimentação de entrada e saída dos bens intangíveis ou incorpóreos serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

CAPÍTULO II DA MOVIMENTAÇÃO

Seção I Da Entrega, Recebimento e Remessa

Art. 117 Todo material destinado à OM ou a ela recolhido para qualquer fim deverá ser entregue no local previamente estabelecido, acompanhado de documento de entrega.

Art. 118 No documento de entrega constarão a quantidade, a especificação detalhada do material, os preços unitários e totais e, quando for o caso, o estado físico e os motivos do recolhimento.

Art. 119 Considera-se documentos para formalizar a entrega de bens e serviços:

I - nota de empenho acompanhada, obrigatoriamente, de nota fiscal eletrônica (NFe) ou nota fiscal (1° e 2º vias ou 2 vias) ou documento fiscal equivalente, onde conste, pelo menos, os dados mínimos de especificação do bem ou serviço, o valor e o destinatário, consoante disposto no empenho ou no procedimento licitatório;

II - termo de cessão provisória ou definitiva;

III - 1º via da ordem de serviço, 1º via da ordem de compra ou 1º via do documento equivalente expedido pela administração;

IV - guia de movimentação de material (1a e 2a vias); e

V - portaria de fornecimento de material (1a e 2a vias) ou ordem de fornecimento.

Art. 120 A UG remetente e qualquer outra unidade envolvida com remessa de material são responsáveis pela guarda, translado, controle, estocagem, conservação, quantidade, estado, acondicionamento e embalagem do material remetido, até que este seja recebido pela unidade de destino.

Art. 121 A UG remetente comunicará o envio do material, indicando a quantidade de volumes remetidos, e o destinatário acusará o seu recebimento, ambos no prazo de cinco dias úteis, contados a partir dos respectivos atos de expedição e recebimento.

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Parágrafo único. Para fins de recebimento do material, a data a ser considerada para contagem do prazo especificado no caput deste artigo será aquela registrada no protocolo de entrada da UG e lançada no documento de entrada do material.

Art. 122 O material entregue ficará dependendo, para a sua aceitação, dos exames qualitativo e quantitativo, a cargo do gestor ou da comissão designada para o recebimento.

Art. 123 O recebimento de material, na sua totalidade ou de forma fracionada, em que o valor final do processo de compra for de um montante igual ou superior ao limite estabelecido para a modalidade de licitação, do tipo convite, para compras ou serviços, deverá, obrigatoriamente, ser processado por uma comissão de, no mínimo, três membros, conforme disposições deste Regulamento.

Art. 124 Para o material que exigir exame qualitativo (parecer técnico ou exame de laboratório), será designada comissão composta por três membros, conforme disposições deste Regulamento, sendo, neste caso, o prazo para recebimento de, no máximo, dez dias úteis, contados da data da entrega.

Parágrafo único. O prazo estabelecido no caput deste artigo poderá ser prorrogado por até dois períodos iguais, caso se trate de bem cujo exame seja de comprovada complexidade, em despacho fundamentado pela comissão ao Agente Diretor.

Art. 125 As comissões de recebimento de que tratam os artigos 123 e 124, deste Regulamento, deverão ser compostas, no mínimo, pelos seguintes elementos:

I - Membro Administrativo;

II - Membro Técnico; e

III - Membro Requisitante.

§ 1º O Membro Administrativo deverá ser Agente da Administração com conhecimento das atividades administrativas envolvidas no processo de recebimento.

§ 2º O Membro Técnico deverá ser Agente da Administração com conhecimento técnico-especializado do bem a ser recebido.

§ 3º O Membro Requisitante deverá ser Agente da Administração, do setor solicitante ou por ele indicado, em condições de verificar a adequação do bem a ser recebido no que se referir à funcionalidade pretendida.

Art. 126 Ressalvada a hipótese prevista no artigo 123, o material que, por sua natureza, não depender de exame qualitativo poderá ser recebido e aceito pelo agente ou gestor ou por comissão específica designada no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da data da entrega.

Art. 127 O material entregue, se considerado aceito, será recebido para todos os fins de direito, mesmo se os recebimentos se efetivarem fora dos prazos estabelecidos.

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Parágrafo único. Quando a entrega do material ocorrer em desacordo com o prazo previsto no instrumento contratual, o agente ou o gestor ou a comissão específica designada deverá registrar a ocorrência do fato, no documento de recebimento ou equivalente; informar, de imediato, à autoridade superior de subordinação e ao ACI, para as providências de apuração e regularização do processo.

Art. 128 Caberá ao agente ou ao gestor, ou à comissão designada para o recebimento do material, a responsabilidade pelo cumprimento dos prazos estabelecidos, devendo estes se manifestarem antecipadamente, sempre que, os prazos forem inexequíveis ou insuficientes para o recebimento previsto.

Art. 129 O material não poderá, sem exceção, ser utilizado antes da realização dos exames citados no art. 124, atribuindo-se aos agentes ou gestores responsáveis pela conduta do seu uso prematuro os eventuais prejuízos, inconsistências ou danos causados em decorrência desse fato, além da apuração no campo disciplinar.

Art. 130 No caso de aquisição de material no exterior, em atendimento à solicitação de UG no Brasil, é competência das Comissões e das Representações da Aeronáutica no exterior realizar a conferência documental no ato do recebimento do material e das organizações destinatárias, os exames qualitativo e quantitativo.

Art. 131 A quitação referente ao recebimento do material será lavrada no respectivo documento de entrega ou em termo próprio, pelo agente ou gestor ou comissão especifica designada, conforme o caso.

Art. 132 As faltas ou defeitos, constatados durante os exames, serão registrados nos respectivos termos ou nos documentos previstos para a quitação, pelo agente ou gestor ou comissão especifica designada, conforme o caso, independentemente da apuração, por meio de procedimento administrativo, para fins de regularização das inconsistências detectadas.

Art. 133 Nos casos de falta imputável ao órgão remetente, a UG recebedora registrará ou relacionará no seu patrimônio somente o material que for efetivamente aceito, comunicando imediatamente ao órgão remetente a falta verificada, para a adoção de procedimento para apuração da falta constatada.

Art. 134 As disposições sobre a entrega, o exame e o recebimento de material, estabelecidas neste Regulamento, serão extensivas aos serviços, inclusive as obras e os serviços de engenharia ou correlatos, no que for aplicável, observada a legislação vigente e as orientações dos respectivos Órgãos Centrais dos Sistemas ou Órgãos competentes que tratam da matéria.

Parágrafo único. A designação de comissões para o recebimento de materiais ou de serviços, de que trata esta seção, não desobriga as Organizações de COMAER quanto à designação de agentes da administração incumbidos da realização das atividades de gestão, acompanhamento e fiscalização de instrumentos contratuais eventualmente pactuados para o atendimento de suas necessidades.

Art. 135 As transferências patrimoniais serão, obrigatoriamente, registradas no SIAFI e em sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER,

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pelos órgãos provedores ou remetentes, no prazo de até cinco dias úteis, contados da data da remessa do bem, quando também a UG de destino será informada da transferência.

Parágrafo único. Para transferências patrimoniais que, eventualmente, não possam ser realizadas no prazo estipulado no caput deste artigo, o Comandante da OM poderá, excepcionalmente, mediante justificativa fundamentada, dilatar este prazo por até mais 30 (trinta dias), desde que conste o registro no processo patrimonial e que o (s) destinatário (s) da (s) transferência (s) seja (m) formalmente cientificado (s), de forma a se evitar que a exceção constitua regra neste procedimento.

Art. 136 Os recebimentos das transferências patrimoniais serão registrados no SIAFI e em sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER, com prazo contado da data do recebimento do bem, observados os arts. 124 a 126 deste Regulamento.

Seção II Da Inclusão e Exclusão ou Desfazimento

Art. 137 Os bens patrimoniais móveis adquiridos, recebidos em doação ou cessão, fabricados ou recuperados pela UG ou encontrados em excesso nas conferências, serão incluídos no patrimônio ou relacionados, sendo contabilizados com base no documento correspondente, registrando-se a nomenclatura detalhada do material, quantidade, valor unitário e valor total.

§ 1o Na falta de preço unitário, tomar-se-á por base o preço vigente no comércio.

§ 2o Se não existir produto correspondente no comércio, a avaliação será procedida por um agente com conhecimento adequado ou comissão nomeada pelo Agente Diretor.

§ 3º Os materiais encontrados em excesso deverão ser objeto de procedimento de apuração interna, visando esclarecer os motivos e/ou as causas prováveis do fato e evitar um possível novo registro ou duplicidade de lançamento.

§ 4º Quando houver conveniência para OM, o recebimento e exame de material, poderá ser feito no próprio local de procedência, por meio de gestor competente ou de comissão específica designada.

§ 5º Quando a entrega for parcelada, uma via ou cópia da nota fiscal ou documento equivalente ficará anexada a uma via do documento que autorizou a despesa, para efeitos de conferência do material de cada partida e conferência final, após a conclusão da entrega.

§ 6º O recebimento do material será participado, por escrito, pelo agente executor que o recebeu individualmente ou pelo presidente da comissão especificamente designada ao ACI, que fará o despacho com o Agente Diretor para fins de inclusão em carga ou registro do material.

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Art. 138 A movimentação dos bens móveis permanentes e intangíveis ou incorpóreos, tais como inclusão, atualização, avaliação, reavaliação, transferência, descarga ou exclusão, será objeto de publicação imediata em boletim interno até o mês subsequente em que ocorreu a movimentação.

Parágrafo Único: Quando a movimentação dos bens móveis permanentes e intangíveis ou incorpóreos, tais como: inclusão, atualização, avaliação, reavaliação, transferência, descarga ou exclusão ou desfazimento, for da alçada de uma UG apoiada, esta deverá acompanhar junto à UG apoiadora toda a movimentação, por meio dos agentes ou gestores responsáveis pelo seu controle e guarda.

Art. 139 O bem móvel permanente, ou intangível ou incorpóreo, aceito e recebido, será incluído no patrimônio até o mês subsequente em que ocorreu o recebimento.

Art. 140 Nos casos de bem de consumo, de bem de consumo de uso duradouro e de bem reparável, os mesmos serão contabilizados e escriturados até o mês subsequente em que ocorreu o recebimento.

Art. 141 Nos depósitos das organizações provedoras, o bem móvel permanente ou de consumo de uso duradouro, adquirido e destinado a fornecimento, será registrado, escriturado e controlado, devendo ser transferido para o patrimônio da Unidade de destino e incluído após ter sido recebido formalmente, de acordo com o previsto neste Regulamento e nas normas dos Órgãos Centrais do sistema ou Órgão competente.

Art. 142 A exclusão ou desfazimento dos bens móveis permanentes e intangíveis ou incorpóreos se originará de processo regular, no qual constarão a nomenclatura completa, as quantidades e as datas do recebimento, os valores e o motivo da exclusão.

Parágrafo único. Se o material tiver que ser submetido a exame de laboratório ou a qualquer experiência, os responsáveis pelo recebimento tomarão as providências necessárias, para sua aceitação. Quando a UG não dispuser de laboratório (s), os responsáveis pelo recebimento tomarão as providências para que, mediante solicitação ao Agente Diretor, o exame seja feito na OM mais próxima que possuir recursos para tal fim.

Art. 143 Quando houver responsabilidade individual ou solidária, pela prática de atos lesivos ao patrimônio público, tanto por parte de Agentes da Administração de uma UG apoiadora ou de uma UG apoiada, apurada em procedimento administrativo competente (Sindicância, PAD, PARE, IPM, TCA ou TCE), que resulte em reposição ou indenização, estas serão especificadas no mesmo ato que determinar a exclusão do bem, observada a legislação em vigor e o previsto neste Regulamento.

§ 1o Na impossibilidade de reposição de bem patrimonial móvel por outro idêntico, o recebimento de bem semelhante será precedido da realização de exame na forma do art. 122 deste Regulamento.

§ 2o Só em última instância, a indenização será feita preterindo a reposição e, quando realizada, deverá ser de forma que compense integralmente o dano causado ao conjunto.

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Art. 144 As peças acessórias ou partes componentes de jogo ou coleção de bem móvel permanente, de consumo de uso duradouro ou reparável não poderão ser excluídas, isoladamente, cabendo aos responsáveis pelo seu extravio ou inutilização repô-las, de modo a integralizar o conjunto, precedida de procedimento administrativo de apuração competente.

Art. 145 Na impossibilidade de reposição das peças acessórias ou partes componentes de jogo ou coleção, a indenização será feita pelo valor atualizado com base nos preços de mercado, não se dispensando a apuração em procedimento administrativo vigente.

Parágrafo único. Em se tratando de bem de procedência estrangeira, a indenização será feita com base no valor atualizado, considerando-se o câmbio vigente na data de sua efetivação.

Art. 146 O desfazimento dos bens patrimoniais móveis permanentes deverá ser precedido de:

I - exame do material:

a) para o bem que tiver completado o tempo mínimo de duração presumível nas respectivas tabelas e que não mais esteja em condições de ser utilizado;

b) para aquele bem que, por motivo de força maior ou caso fortuito, se tenha tornado imprestável antes de completar o seu tempo mínimo presumível de duração, ou quando não haja tempo de duração fixado;

c) para o bem inservível para o fim a que se destina, não sendo suscetível de reparação ou recuperação;

d) para o bem que se pretenda alienar, por se achar disponível e sem probabilidade de aplicação próxima ou remota;

e) para o bem cuja recuperação ou alienação for considerada antieconômica ou inconveniente, em razão dos custos envolvidos; e

f) para o bem deteriorado ou inutilizado em depósito, resultante de incúria, imprudência, ou imprevidência dos responsáveis.

II - exame de causas:

a) para o bem extraviado ou desaparecido; e

b) para o bem extorquido, roubado, furtado ou saqueado.

§ 1º No desfazimento dos bens patrimoniais móveis permanentes, bens móveis de consumo de uso duradouro e dos bens móveis reparáveis, deverá ser observado o prescrito na legislação em vigor quanto às práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços, quando da destinação final desses itens no âmbito do OM.

§ 2º O desfazimento dos bens patrimoniais móveis de consumo deverá ser precedido dos exames previstos nos incisos I e II deste artigo quando da prática de atos lesivos ao patrimônio público, observada a legislação vigente.

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Art. 147 As exclusões dos bens móveis de consumo de uso duradouro e dos bens móveis reparáveis, das suas respectivas relações, serão formalmente solicitadas e devidamente justificadas, pelos detentores, ao Agente Diretor.

§ 1o Em se tratando de bem móvel reparável, de valor igual ou superior ao limite estabelecido para a modalidade de licitação convite, para compras e serviços, deverá ser observado o disposto no art. 146 deste Regulamento.

§ 2o No caso de bem móvel reparável, cujo valor seja inferior ao previsto no § 1o deste artigo, deverá ser observado, também, o disposto no art. 146 deste Regulamento.

Art. 148 Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de bem patrimonial móvel classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados ao patrimônio.

Art. 149 A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes, de qualquer natureza, para a Administração Pública Federal.

§ 1º A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência dos setores especializados, de forma a ter sua eficácia assegurada.

§ 2º São motivos para a inutilização dos bens patrimoniais móveis, dentre outros:

a) a sua contaminação por agentes patológicos, sem a possibilidade de recuperação por assepsia;

b) a sua infestação por insetos nocivos, com o risco para outro material;

c) a sua natureza tóxica ou venenosa;

d) a sua contaminação por radioatividade; e

e) o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros.

§ 3º A inutilização do bem patrimonial móvel, que não for objeto de alienação, poderá ser a destruição ou a incineração, desde que sejam atendidos os dispositivos previstos em legislação quanto à segurança das instalações e à preservação do meio ambiente.

Art. 150 Além da inutilização, a renúncia ao direito de propriedade do material pode se dar por abandono, mediante justificativa circunstanciada da autoridade competente quanto à impossibilidade ou inconveniência de sua alienação.

Art. 151 A inutilização e o abandono de material serão documentados mediante lavratura de Termo de Inutilização ou de Termo de Justificativa de Abandono, os quais integrarão o respectivo processo de desfazimento.

Art. 152 O documento básico para que seja ordenado o exame do material ou o

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exame de causas, ou ambos, será a parte ou documento equivalente circunstanciado do respectivo agente ou gestor ou responsável direto pelo bem, acompanhada de uma relação onde constem, pelo menos, as seguintes informações:

I - especificação detalhada do bem;

II - tempo de duração previsto e data da inclusão no patrimônio;

III - quantidade e unidade;

IV - valor unitário histórico e atualizado;

V - motivo do exame, fundamentado pelo requisitante; e

VI - outros esclarecimentos julgados necessários.

Parágrafo único. Em caso de o material classificado como ocioso ou recuperável poderá ser cedido a outros órgãos que dele necessitem, mediante Termo de Cessão, do qual constarão a indicação de transferência de carga patrimonial, da unidade cedente para a cessionária e o valor de aquisição ou custo de produção.

Art. 153 Os Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional informarão, mediante ofício ou meio eletrônico, neste caso desde que certificado digitalmente por autoridade certificadora, credenciada, no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP BRASIL), à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ou Órgão equivalente, a existência de microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças-parte ou componentes, classificados como ociosos, recuperáveis, antieconômico ou irrecuperáveis ou disponíveis para reaproveitamento.

Parágrafo único. Não ocorrendo a manifestação por parte da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ou Órgão equivalente, no prazo de trinta dias, o órgão ou entidade que houver prestado a informação a que se refere o caput poderá proceder ao desfazimento dos materiais.

Art. 154 O exame de material ou de causas será realizado por comissão composta, no mínimo, três membros, dos quais um, pelo menos, tenha conhecimento especializado ou técnico do material a examinar, conforme disposições contidas neste Regulamento.

Art. 155 O resultado do exame de material ou de causas deverá constar em termo específico, lavrado pela comissão especificamente designada, que contenha todos os dados necessários à decisão do Agente Diretor, indicando as partes do bem suscetíveis de aproveitamento.

Parágrafo único. O termo de exame de material ou de causas é o documento formal para amparar as baixas patrimoniais e deverá ser emitido independentemente dos procedimentos administrativos competentes para responsabilização, os quais, no entanto, podem-lhe servir de subsídios.

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Art. 156 Será dispensado de qualquer exame o bem patrimonial móvel cujo valor do dano esteja apurado e identificado o responsável por sua reposição ou ressarcimento.

Art. 157 Tratando-se de bem patrimonial móvel existente nos órgãos sediados no exterior, as providências serão executadas pelos respectivos chefes, sempre que o efetivo não comportar a nomeação de comissão, de conformidade com o previsto neste Regulamento.

Art. 158 Quando se tratar de deterioração ou inutilização de bem patrimonial móvel em depósito, a comissão para exame do material será nomeada logo que o Agente Diretor tenha conhecimento do fato, apurando-se a responsabilidade.

Art. 159 Caberá aos órgãos provedores a elaboração das tabelas de tempo de duração dos bens que lhes são afetos, bem como a atualização e divulgação periódica dos dados existentes.

Art. 160 Para o bem que não tiver completado o tempo mínimo de duração, ou que não tenha sido fixado, a comissão designada, depois dos exames e diligências realizadas, lavrará termo, do qual constarão, pelo menos as seguintes informações, para decisão da autoridade competente:

I - o estado em que o bem se encontra, o dano sofrido e o seu valor;

II - a causa do dano;

III - a ocorrência, ou não, de caso fortuito ou motivo de força maior;

IV - o grau de responsabilidade do detentor do bem;

V - outros responsáveis pelo estrago ou pela inutilização; e

VI - a possibilidade de recuperação e, em caso negativo, se existe parte e/ou matéria-prima aproveitável ou passível de alienação.

Art. 161 No caso de o material já ter completado seu tempo mínimo de duração previsto e ter sido considerado inservível para o uso, o resultado do exame será declarado sucintamente pela comissão no verso da própria relação, para decisão autoridade da competente.

Art. 162 No Termo de Exame de Causas ou de Material serão evidenciadas e registradas as ocorrências, as circunstâncias e outros esclarecimentos julgados necessários, para decisão da autoridade competente.

Art. 163 Os exames de causas e de material não dispensam a apuração obrigatória de procedimento administrativo competente, o que o fato comportar.

Art. 164 O bem será examinado no local em que se achar depositado ou distribuído.

Parágrafo único. Havendo necessidade de remoção do material para exames técnicos específicos, a comissão específica designada elaborará termo circunstanciado sobre o

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estado do bem e os motivos que recomendam a sua remoção, encaminhando-o à apreciação e decisão do Agente Diretor.

Art. 165 Com base no termo de exame, o Agente Diretor decidirá em despacho fundamentado no próprio documento:

I - imputar o prejuízo à União ou responsabilizar o culpado;

II - mandar excluir do patrimônio e dar baixa na escrituração ou recuperar o bem; e

III - indicar o destino a ser dado ao bem, determinando a abertura de processo de alienação ou outra forma de desfazimento, mediante inutilização ou abandono, conforme o caso, observado o inciso VI do art. 160 deste Regulamento.

§ 1º Nenhum material poderá ser alienado ou abandonado sem prévia destituição de suas características eminentemente militares.

§ 2º O material destinado à alienação ou ao abandono deverá estar descaracterizado para resguardar o COMAER de qualquer responsabilidade por danos materiais ou pessoais decorrentes de utilizações indevidas ou inapropriadas por parte de terceiros.

§ 3º A documentação relativa à exclusão dos bens patrimoniais móveis permanentes deverá compor PAG específico, a ser arquivado no Setor de controle interno da UG, para fins de verificação dos Órgãos de Controle.

Art. 166 O prazo entre o fato gerador da realização de exame do material ou de causas e a publicação das conclusões, em boletim interno, será, no máximo, de trinta dias, podendo, a critério do Ordenador de Despesas, desde que fundamentado, ser prorrogado por até mais 30 (trinta) dias.

Art. 167 O bem móvel permanente uso na UG será marcado, sempre que possível, de maneira a permitir a sua pronta identificação, facilitando os controles.

Parágrafo único. O bem móvel de consumo de uso duradouro será marcado sempre que for possível.

CAPÍTULO III DA ALIENAÇÃO

Art. 168 Os bens imóveis disponíveis e os bens móveis inservíveis ou excluídos, bem como a matéria-prima aproveitável, oriunda de exclusão, sempre que não tiverem aplicação na OM e desde que não haja interessados de outras UG, serão alienados.

Art. 169 A alienação de bens, subordinada à existência de interesse da Administração, devidamente justificada e fundamentada, será precedida de processo de vistoria, avaliação e licitação, dispensada esta no caso de doação, permitida exclusivamente para fins de uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação.

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Art. 170 O bem patrimonial móvel incluído na dotação de uma OM da Aeronáutica, quando considerado inservível, deverá ser classificado como:

I - ocioso - quando, em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado pela OM ou, ainda, aquele cuja demanda de utilização não se verifique em função de sua obsolescência ou por se tratar de material supérfluo;

II - recuperável - quando sua recuperação for possível e indicada em razão do custo ou especificidade do material;

III - antieconômico - quando sua manutenção for onerosa ou seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado ou desgaste prematuro, mediante justificativa formal; e

IV - irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação, mediante justificativa formal.

Art. 171 A avaliação do bem a ser alienado será realizada por comissão, especificamente designada, de, no mínimo, três membros, cujo resultado será registrado em termo próprio.

Parágrafo único. A documentação relativa à alienação de bens patrimoniais deverá, obrigatoriamente, compor PAG aberto exclusivamente para tal fim, a ser arquivado no Setor de controle interno da UG, para fins de verificação pelos Órgãos de Controle.

Art. 172 A comissão de avaliação deverá conter, dentre seus membros, pelo menos um com conhecimento técnico-especializado do bem, a quem caberá a assessoria pelo laudo de avaliação, conforme disposições regulamentares deste Regulamento.

Art. 173 A UG que não possuir em seu efetivo nenhum Agente da Administração em condições de avaliar tecnicamente o bem disponível deverá solicitar a gestão de outro órgão que disponha de tais condições ou mesmo solicitar a contratação de terceiros, caso as UG do COMAER não disponham de profissionais com capacidade para atuarem no processo, conforme previsto neste Regulamento.

Art. 174 A Administração poderá, em casos especiais, contratar, por prazo determinado, serviço de empresa ou profissional especializado para assessorar a comissão quando se tratar de material de grande complexidade, vulto, valor estratégico ou cujo manuseio possa oferecer risco a pessoas, instalações ou ao meio ambiente, desde que motivado e justificado pelo Ordenador de Despesas no processo, por solicitação da referida comissão.

Art. 175 Para o bem a ser alienado, o termo evidenciará, pelo menos os seguintes quesitos:

I - o estado real do material;

II - o valor de aquisição;

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III - o valor constante do Termo de Avaliação, de conformidade com preços atualizados e praticados no mercado;

IV - os motivos da disponibilidade; e

V - a oportunidade ou conveniência da alienação fundamentada, para análise e decisão da autoridade competente.

Art. 176 O resultado da avaliação conduzirá a comissão à modalidade de licitação apropriada para a alienação.

Art. 177 A alienação de bens imóveis obedecerá ao que prescreve a legislação pertinente e, de acordo com cada caso, dependerá de procedimento licitatório pertinente.

Art. 178 A alienação de bens móveis, em função da modalidade de licitação correspondente ao valor avaliado, dependerá de autorização de autoridade superior competente.

Art. 179 A alienação de aeronave, material bélico e seus equipamentos específicos deverá ser proposta pelo respectivo Órgão de Direção Setorial ao CMTAER, mediante relatório ou parecer técnico-operacional emitido pelo operador e análise favorável do EMAER.

Art. 180 Para a alienação de bens imóveis, nos casos previstos na legislação, e de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto para a licitação na modalidade de tomada de preços, deverá ser adotada, obrigatoriamente, a modalidade de leilão.

Art. 181 Para a realização de leilão, deverá ser solicitada, obrigatoriamente, a indicação de profissional especializado ao correspondente órgão ou entidade de classe ou mesmo a contratação de terceiro especializado, justificada no processo pelo Ordenador de Despesas ou a designação de Agente da Administração, devendo obedecer ao procedimento previsto na legislação pertinente.

Art. 182 O laudo ou termo técnico de avaliação é parte constitutiva do processo de alienação.

Art. 183 Os valores arrecadados nas alienações destinam-se ao Fundo Aeronáutico, na forma da legislação pertinente.

Art. 184 A permuta, permitida exclusivamente entre Órgãos ou Entidades da Administração Pública, poderá ser realizada sem limitação de valor, desde que as avaliações dos lotes sejam coincidentes e haja interesse público.

Art. 185 No interesse público, devidamente justificado pela autoridade competente, o material disponível a ser permutado poderá entrar como parte do pagamento de outro a ser adquirido, condição esta que deverá constar do edital de licitação.

Art. 186 A doação, presente razões de interesse social, poderá ser efetuada pelos Órgãos integrantes da Administração Pública Federal Direta, pelas Autarquias e Fundações, após a avaliação de sua oportunidade e conveniência, relativamente à escolha de

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outra forma de alienação, podendo ocorrer, em favor dos órgãos e entidades indicados, quando se tratar de material:

I - ocioso ou recuperável, para outro Órgão ou Entidade da Administração Pública Federal Direta, Autárquica ou Fundacional ou para outro órgão integrante de qualquer dos demais Poderes da União;

II - antieconômico, para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal, empresas públicas, sociedade de economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS);

III - irrecuperável, para instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS);

IV - adquirido com recursos de convênio celebrado com Estado, Território, Distrito Federal ou Município e que, a critério do Ministro de Estado, do dirigente da autarquia ou fundação, seja necessário à continuação de programa governamental, após a extinção do convênio, para a respectiva entidade convenente; e

V - destinado à execução descentralizada de programa federal, aos Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e aos consórcios intermunicipais, para exclusiva utilização pelo órgão ou entidade executora do programa, hipótese em que se poderá fazer o tombamento do bem diretamente no patrimônio do donatário, quando se tratar de material permanente, lavrando-se, em todos os casos, registro no processo administrativo competente.

CAPÍTULO IV DO ARROLAMENTO

Art. 187 O arrolamento para acerto patrimonial constitui medida excepcional, somente autorizada pelo CMTAER, em atendimento a expediente devidamente fundamentado pelo proponente ao ODS da cadeia de subordinação, que emitirá o seu posicionamento no processo e no qual serão, obrigatoriamente, identificadas as causas e definidas as responsabilidades dos agentes causadores do evento, nas respectivas esferas de atuação (civil, penal e administrativa), mediante instauração de procedimento administrativo de apuração, conforme legislação vigente.

§1º o Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica acompanhará todo o processo de arrolamento em coordenação com o respectivo ODS.

§ 2º para o ODG e os OA deverá ser adotado o mesmo rito disposto no caput deste artigo.

Art. 188 Proceder-se-á ao arrolamento nos seguintes casos:

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I - estado caótico da escrituração, sem possibilidade de normalização pelos meios regulares;

II - dano à escrituração, consequente de caso fortuito ou motivo de força maior; e

III - ao término de operações de combate, real ou simulado.

CAPÍTULO V DA CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Art. 189 É responsabilidade direta do detentor, agente ou gestor da administração, de qualquer bem do patrimônio público adotar as providências necessárias, no sentido de garantir a guarda, a conservação e a manutenção, em adequadas condições de uso.

Art. 190 O material em estoque será transmitido ao substituto pelo substituído no mesmo estado em que foi recebido, ressalvados os casos fortuitos ou motivos de força maior, devidamente comprovados.

Art. 191 As providências para recuperação do material são de responsabilidade da UG que o mantém sob a sua guarda, dentro dos recursos de que dispõe, observado o aspecto econômico da recuperação.

Art. 192 Quando ocorrer reforma de bem móvel permanente, que lhe altere as características, estas deverão ser publicadas em boletim interno e registradas nos controles da OM, para as conferências posteriores.

TÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E CONTÁBIL

CAPÍTULO I DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

Art. 193 As UG, para atender às suas necessidades, podem dispor de:

I - créditos orçamentários; e

II - créditos adicionais.

Art. 194 Créditos Orçamentários são os consignados na LOA e atribuídos, por meio do Plano de Ação elaborado pelo EMAER, aos diversos agentes responsáveis por ação orçamentária ou plano orçamentário sob a responsabilidade do COMAER.

Parágrafo único. De posse dos créditos relativos às suas ações orçamentárias e planos orçamentários, os agentes responsáveis procedem a sua distribuição às UG do COMAER para o cumprimento de sua missão, em conformidade com seus respectivos PLANSET e os demais planejamentos organizacionais que os constituem.

Art. 195 Créditos Adicionais são autorizações de despesas não contempladas ou insuficientemente dotadas na LOA e classificam-se em suplementares, especiais e extraordinários.

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Art. 196 Na execução orçamentária, serão observadas a sistemática estabelecida em legislação própria, especialmente a Lei de Responsabilidade Fiscal, normas e instruções complementares pertinentes.

Art. 197 A descentralização de créditos orçamentários e adicionais à UG é efetuada por meio de Provisão e Destaque, pelo Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER e pelas organizações autorizadas.

Art. 198 A autoridade competente para conceder provisão de crédito poderá anulá-la no todo ou em parte, conforme o caso.

Art. 199 Feita a provisão ou a distribuição de créditos, a movimentação dos recursos financeiros, necessários à execução das despesas, será efetuada conforme as normas de programação financeira estabelecida pelo Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

Art. 200 Os recursos financeiros referentes a créditos orçamentários e adicionais serão transferidos por meio de Conta Única do Governo Federal ou, em casos especiais, serão creditados em contas específicas, de acordo com a programação financeira do governo.

CAPÍTULO II DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 201 O produto das arrecadações ou recebimentos ocorridos será depositado na Conta Única do Governo Federal, ou, em casos especiais, creditado em contas específicas, no máximo dentro de dois dias úteis, a contar da correspondente geração ou do recebimento pelo agente da administração ou gestor competente, observadas as orientações do Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

Art. 202 Os recursos financeiros, no país, sob a responsabilidade de uma UG, serão mantidos na Conta Única do Governo Federal no Banco do Brasil S/A e movimentados somente por intermédio daquele Banco.

Parágrafo único. A utilização de outra instituição bancária, se necessária, somente poderá ocorrer após autorização obtida através do Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

Art. 203 As transferências autorizadas de recursos financeiros entre UG serão efetuadas por meio da Conta Única do Governo Federal, de acordo com instruções do Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

CAPÍTULO III DAS DESPESAS

Art. 204 A despesa compreende três fases: empenho, liquidação e pagamento. Art. 205 Nenhuma despesa será realizada sem a existência de crédito específico

que a comporte dentro do respectivo exercício financeiro.

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Art. 206 É vedada, sob qualquer forma, a realização de qualquer tipo de despesa sem a existência de prévio empenho ou sem a existência de dotação orçamentária prevista e aprovada.

Art. 207 O empenho de despesa, identificado segundo sua natureza ou finalidade, poderá ser:

I - ordinário - corresponde ao montante exato do compromisso;

II - global - próprio das despesas contratuais e outras, sujeitas à entrega parcelada dos bens ou serviços e obras, correspondendo ao valor exato do compromisso; e

III - estimativo - referente à despesa, cuja importância exata não se possa previamente determinar.

Art. 208 A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor e será feita tendo por base:

I - a nota de empenho acompanhada, obrigatoriamente, de nota fiscal eletrônica (NFe) ou de nota fiscal (1° e 2º vias ou 2 vias) ou documento fiscal equivalente, onde conste, pelo menos, os dados mínimos de especificação do bem ou serviço, o valor e o destinatário, consoante disposto no empenho ou no procedimento licitatório;

II - os comprovantes de entrega do material ou prestação efetiva do serviço; e

III - a execução total ou parcial do objeto do contrato ou documento correspondente.

Art. 209 Quando for necessário cancelar o empenho, será emitida nota de anulação de empenho pela mesma autoridade que emitiu a nota de empenho ou por seu substituto legal.

Art. 210 A anulação total ou parcial do empenho ocorrerá, desde que regularmente registrada no processo correspondente, quando:

I - a despesa empenhada for superior à despesa efetivamente realizada;

II - não ocorrer a prestação do serviço contratado;

III - o bem adquirido não for entregue total ou parcialmente; ou

IV - a nota de empenho for emitida com impropriedade.

Art. 211 O empenho, a liquidação e o pagamento de despesa na Aeronáutica serão regulados pela legislação e normas aplicáveis à espécie, complementadas por instruções do Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

CAPÍTULO IV DAS LICITAÇÕES E DOS CONTRATOS

Art. 212 As licitações e os instrumentos formais de dispensa e de inexigibilidade legalmente previstos, bem como as contratações decorrentes, serão realizados

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de conformidade com as normas legais e com as instruções complementares vigentes no âmbito do COMAER.

Parágrafo único. Instruções específicas serão expedidas e atualizadas, sempre que necessário, por iniciativa do Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER, e do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, inclusive para as Comissões e as Representações do COMAER no exterior.

Art. 213 Todas as minutas de editais e termos ou instrumentos contratuais, congêneres e afins ou correlatos elaborados pelas UG (Apoiadoras e Apoiadas) deverão ser previamente examinados e aprovados, sob o aspecto legal, nos termos da legislação pertinente e vigente, pelas Consultorias Jurídicas da União (CJU) do Estado em que sediada a (s) UG assessorada (s) ou pela Consultoria Jurídica Adjunta ao Comando da Aeronáutica (COJAER), para as UG localizadas em Brasília-DF.

§ 1º A análise das minutas de editais, contratos, instrumentos congêneres e afins ou correlatos, de responsabilidade do CMTAER, ficará a cargo da COJAER.

§ 2º A análise das minutas de editais, contratos, instrumentos congêneres e afins ou correlatos, das Representações e das Comissões da Aeronáutica no exterior, ficará a cargo da COJAER.

§ 3º Os Assessores e Adjuntos Jurídicos militares ou civis, lotados nas UG, não possuem competência legal para emitir pareceres e informações, podendo apenas auxiliar os trabalhos jurídicos dos membros da AGU para o fim a que se destina o caput deste artigo.

§ 4º Os Assessores e Adjuntos Jurídicos militares ou civis, lotados nas UG, podem prestar apoio jurídico aos Comandantes e a outros agentes da administração quanto aos aspectos legais e formais de atos a serem praticados por estes, ressalvando-se, entretanto, não possuírem caráter vinculativo.

CAPÍTULO V DOS PAGAMENTOS

Art. 214 Os pagamentos de despesas a terceiros, obedecidas a legislação, normas e instruções complementares pertinentes, serão feitos por ordem bancária ou relação bancária ou documento equivalente autorizado.

Art. 215 Quando houver despesa não atendível pela via bancária, o pagamento poderá ser por meio de suprimento de fundos, na forma da legislação pertinente.

Art. 216 O pagamento de despesas observará a ordem cronológica da sua liquidação, considerada em relação à correspondente fonte de recursos, e os prazos estabelecidos na legislação pertinente, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa do Ordenador de Despesas da UG no PAG, devidamente publicada.

Art. 217 Para a realização do pagamento de despesa, deverão ser observadas as seguintes etapas:

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I - nota de empenho da despesa acompanhada, obrigatoriamente, de nota fiscal eletrônica (NFe) ou de nota fiscal (1° e 2º vias ou 2 vias) ou documento fiscal equivalente, onde conste, pelo menos, os dados mínimos de especificação do bem ou serviço, o valor e o destinatário, consoante disposto no empenho ou no procedimento licitatório;

II - recebimento e aceitação do material ou serviço;

III - liquidação da despesa com indicação do documento de entrega (nota fiscal ou documento fiscal equivalente); e

IV - conferência dos documentos que compõem o processo pelo setor de controle interno, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único. A emissão da Ordem Bancária ficará condicionada à verificação do cumprimento das etapas acima elencadas, verificadas pelo Setor de controle interno da UG e, posteriormente, pelo Gestor de Finanças.

CAPÍTULO VI DOS REGISTROS

Seção I Da Contabilidade

Art. 218 A Contabilidade no COMAER é praticada conforme normas estabelecidas pelo Órgão Central do Sistema de Contabilidade Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e disciplinada pelo Órgão Central do SISCONTAER, a SEFA.

Seção II Da Escrituração

Art. 219 Os bens patrimoniais, de qualquer natureza, adquiridos, transferidos ou recebidos pela UG, inclusive em doação ou permuta, serão escriturados na conta contábil apropriada do SIAFI e em sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER.

Art. 220 A escrituração contábil, referente à execução orçamentária, financeira e patrimonial, será analítica e sintética, devendo ser registrada por meio do SIAFI e de outros processos complementares.

§ 1o A escrituração analítica registrará, de modo cronológico e sistemático, os atos e fatos administrativos e será realizada pela UG à qual está creditado o orçamento aprovado.

§ 2o A escrituração sintética, com base na escrituração analítica, evidenciando o estado da administração, será realizada pelo Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER.

Art. 221 Uma escrituração estará em ordem quando:

I - observar os modelos em vigor;

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II - estiver de acordo com princípios gerais de contabilidade; e

III - cumprir as disposições que regulam o assunto.

Art. 222 Uma escrituração estará em dia quando registrar todas as alterações ocorridas até dois dias úteis anteriores à data de verificação.

Parágrafo único. Os bens móveis serão escriturados no prazo de até cinco dias úteis contados a partir da data do recebimento.

Art. 223 A escrituração será feita de forma simplificada e racional, segundo normas, modelos e orientações de cada sistema.

Parágrafo único. Para a realização da escrituração, poderá ser utilizado qualquer tipo de equipamento ou processo (mecanizado ou informatizado), inclusive com a assinatura digital, desde que observadas as normas estabelecidas.

Art. 224 A escrituração dos bens patrimoniais deverá representar com exatidão o existente na OM, observando o disposto no art. 219.

Art. 225 Os bens patrimoniais serão escriturados, inicialmente, pelo valor histórico ou de aquisição.

§ 1o Todos os bens patrimoniais sob a responsabilidade de UG constarão, na escrituração, com o respectivo valor em moeda nacional e serão avaliados ou reavaliados quando determinado em legislação pertinente ou a qualquer tempo, por determinação da autoridade competente.

§ 2o Os bens patrimoniais, cujos valores históricos sejam desconhecidos, serão incluídos no patrimônio com o valor de sua avaliação, efetuada por comissão especificamente designada.

Art. 226 Os bens móveis de consumo, quando iguais ou semelhantes, mas de valores diferentes, serão reunidos, escriturados e inventariados pelo preço médio ponderado, por ocasião de sua inclusão.

Art. 227 A especificação dos bens patrimoniais móveis, quanto ao peso, dimensão, superfície e volume, basear-se-á, em princípio, no sistema de pesos e medidas em vigor.

Parágrafo único. No que diz respeito à sua nomenclatura, deverá ser completa e detalhada, observando-se a ortografia oficial.

Art. 228 O material importado será escriturado no SIAFI e em sistema informatizado de controle patrimonial de bens móveis do COMAER, com os seus valores em moeda nacional.

§ 1o A taxa de câmbio utilizada para conversão será aquela registrada no SIAFI, referente ao último dia do mês anterior, em relação à data de certificação do recebimento na comissão ou na representação da Aeronáutica no exterior do item ou lote constante do documento fiscal.

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§ 2o Os bens móveis que constituam partes de um mesmo conjunto, recebidos em remessas separadas, terão os seus valores inseridos no SIAFI, de conformidade com o disposto no caput e no § 1o deste artigo, em conta específica, vinculada a contrato, ou não, conforme o caso.

§ 3o A inclusão no patrimônio de itens e peças sobressalentes recebidos separadamente, cujo produto final, agregado de serviços especializados de montagem e instalação, constitua um bem móvel claramente identificado, será processada pelo preço do somatório dos documentos fiscais registrados, de conformidade com o § 1o e § 2o deste artigo.

§ 4o A escrituração no sistema patrimonial de bens móveis permanentes do COMAER, do material importado existente no patrimônio das Representações e das Comissões da Aeronáutica no exterior, bem como sua contabilização no SIAFI, se fará pela conversão da moeda nacional para dólar americano.

Art. 229 Os relatórios, gerados de forma mecânica ou informatizada, referentes a posições de natureza patrimonial ou financeira, conterão os totais parciais e gerais, em cada folha, e serão assinados, inclusive digitalmente, no encerramento e rubricados nas demais folhas, pelos agentes responsáveis por sua gestão e controle.

Art. 230 O registro contábil dos fatos administrativos de natureza financeira será feito de acordo com as especificações constantes da LOA e dos créditos adicionais.

Seção III Dos Documentos e dos Processos

Art. 231 Os documentos deverão ser arquivados sob a forma de processo, observada a numeração única de processo (NUP), conforme legislação pertinente, sendo devidamente autuados, indexados e tendo as folhas sequencialmente numeradas e rubricadas, de modo a atender prontamente às necessidades do serviço.

Art. 232 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo claro, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

Art. 233 A assinatura, firma ou rubrica em documentos e processos deverá ser seguida da repetição completa do nome do signatário e indicação da respectiva função ou cargo, por meio de impressão ou carimbo, conforme o previsto nas normas do COMAER.

§ 1º A sigla da Unidade na qual o agente exerça suas atividades sucederá a indicação da função ou cargo, caso não conste identificada nos timbres dos documentos e processos.

§ 2º De forma impressa ou manuscrita, a indicação da localidade e a data precederão a assinatura.

Art. 234 Poderá ser usada assinatura digital ou similar, chancela mecânica, mediante a reprodução exata da assinatura, firma ou rubrica da autoridade administrativa competente, na autenticação de documentos em série ou de emissão repetitiva, na documentação diária ou livros, fichas (se houver ou for utilizada) ou outros equivalentes.

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Art. 235 A autoridade administrativa fixará, em ato próprio (item de boletim, portaria, outros), as condições técnicas quanto ao controle e a segurança do sistema e, também, será responsável pela legitimidade e valor dos processos, documentos e papéis autenticados na forma do artigo anterior.

Seção IV Dos Erros e das Retificações

Art. 236 A entrelinha, rasura, emenda, omissão, espaço em branco e quaisquer outras inconsistências ou irregularidades na documentação, conforme o caso, terão sua ressalva validada com a assinatura da maior autoridade responsável pela elaboração do documento ou do seu substituto legal, sendo objeto das seguintes correções:

I - a tinta vermelha;

II - por meio de estorno;

III - com lançamento supletivo; ou

IV - com declaração "em tempo".

§ 1o Na retificação feita com tinta vermelha, a parte a corrigir será cancelada com um ou dois traços horizontais, escrevendo-se logo acima o que for certo, tudo disposto de maneira que deixe ver as palavras ou algarismos pré-existentes.

§ 2o A correção mencionada no § 1o deste artigo será acompanhada de ressalva, também com tinta vermelha, confirmada e lançada à margem ou em lugar que não prejudique a clareza do documento.

§ 3o A retificação, por meio de estorno, será justificada mediante histórico sucinto do engano.

§ 4o O lançamento supletivo, destinado a sanar omissões ou deficiências, será feito de maneira que não deixe qualquer dúvida sobre a sua exatidão.

§ 5o A retificação feita por meio de declaração "em tempo" será realizada com o lançamento desta declaração no fim do documento e assinada por todos aqueles que o subscreveram anteriormente.

§ 6o O espaço em branco será preenchido ou cancelado por meio de traços, de forma a não permitir lançamentos posteriores.

§ 7o Qualquer documento emitido por sistema informatizado não poderá ser emendado, devendo ser retificado, por lançamento no próprio sistema, na forma do inciso II deste artigo, e emitido outro com a correção correspondente, se necessário, ressalvadas as exceções previstas nos respectivos manuais.

Art. 237 Na retificação que se fizer necessária na escrituração de documentos de receita e despesa, serão observados, ainda, os princípios de contabilidade normalmente aceitos.

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Art. 238 A correção que importar em alteração em balanços, balancetes, demonstrativos e seus documentos de suporte, quando estes já tiverem produzido os efeitos necessários, será feita da seguinte forma:

I - retificação dos balanços, balancetes, demonstrativos e seus documentos de suporte, com as devidas ressalvas e assinaturas pelos agentes por ele responsáveis;

II - lançamento da diferença resultante das correções feitas, no débito ou crédito, na data em que ocorreram; e

III - remessa das vias dos balanços, balancetes, demonstrativos corrigidos para as organizações competentes, caso este procedimento ainda esteja em uso, ou comunicação formal aos respectivos destinatários da documentação acerca das correções efetuadas.

Art. 239 Ocorrendo erro ou omissão nos dizeres manuscritos dos carimbos, a correção será feita por meio de nova aplicação, sendo o anterior cancelado, em tinta vermelha, mediante a aposição de dois traços paralelos ou na forma de “X”, consideradas as extremidades do carimbo.

LIVRO II DAS RESPONSABILIDADES

TÍTULO I DAS COMPROVAÇÕES

CAPÍTULO I DA REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 240 Os Agentes da Administração da (s) UG (Executoras e Credoras) reunir-se-ão, obrigatória e periodicamente ou a qualquer tempo, por convocação e sob a presidência do Comandante, para tratar, entre outros: de assuntos pertinentes à situação econômico-financeira e patrimonial, do andamento dos serviços administrativos, do andamento dos planos da Administração e a todos os assuntos correlatos que tenham relação com a administração da UG.

Art. 241 Tomarão parte, obrigatoriamente, da Reunião da Administração da (s) UG (Executoras e Credoras) o Comandante, o Agente Diretor (titular e delegado, se houver), o Ordenador de Despesas (titular e delegado, se houver) e o ACI (titular e delegado, se houver).

§ 1o Os demais Agentes da Administração da (s) UG (Executoras e Credoras) deverão estar presentes para exporem a parte relativa às suas atividades e responsabilidades, sendo dispensados após, a critério do Comandante.

§ 2o Outros servidores públicos e assemelhados da (s) UG (Executoras e Credoras), não gestores, poderão ser convidados pelo Comandante, a assistirem às Reuniões da Administração.

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Art. 242 Será lavrada ata concisa dos trabalhos realizados na reunião da Administração.

Parágrafo único. Os documentos ratificados pelos agentes ou gestores ou servidores de níveis equivalentes responsáveis serão tratados de forma a cumprirem as rotinas e os procedimentos estabelecidos pelos Órgãos Centrais de Sistemas afetos às atividades da OM ou Órgãos competentes, na forma e nos prazos estabelecidos na legislação e normas pertinentes, conforme o caso.

CAPÍTULO II DA PRESTAÇÃO DE CONTAS MENSAL

Art. 243 Os Agentes da Administração da (s) UG (Executoras e Credoras) responsáveis por bens, valores e dinheiros, inclusive os detentores de suprimento de fundos e os fiscais de contratos e instrumentos congêneres ou afins ou correlatos, de qualquer ordem, deverão prestar contas mensais, na forma da legislação pertinente, para:

I - comprovar a utilização desses bens, valores e dinheiros, justificar o seu emprego e demonstrar as disponibilidades dos mesmos;

II - comprovar a realização de despesas por meio de suprimento de fundos; e

III - posicionar os Agentes da Administração quanto ao andamento da fiscalização referente aos contratos e instrumentos congêneres e afins ou correlatos pactuados pela (s) UG.

Art. 244 As contas dos agentes responsáveis pela gestão dos bens, valores e dinheiros da (s) UG (Executoras e Credoras) que compõem o processo de Prestação de Contas Mensal (PCM), serão apresentadas ou demonstradas:

I - ao Comandante, por ocasião da Reunião da Administração ou a qualquer tempo, por convocação, a seu critério, pelos diversos agentes ou gestores, pelos detentores de suprimento de fundos e pelos fiscais de contratos e instrumentos congêneres e afins ou correlatos;

II - ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas (titulares ou delegados) pelos respectivos agentes da administração ou gestores, pelos detentores de suprimento de fundos e pelos fiscais de contratos e instrumentos congêneres e afins ou correlatos, com a presença do ACI, por ocasião das substituições (interinas ou definitivas) ou a qualquer tempo, a critério daqueles;

III - ao Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER, de acordo com instruções específicas;

IV - ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno ou elos do SISCONI, no que referir à comprovação dos atos de gestão, em verificações, “in loco”, quando este (s) julgar (em) necessário ou por demanda interna ou externa e de acordo com instruções específicas;

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V - aos Órgãos Centrais dos demais sistemas corporativos formalmente instituídos no COMAER, nas suas esferas de competência, quando estes julgarem necessários e de acordo com instruções específicas pertinentes aos temas relacionados; e

VI - às comissões especificamente designadas para a realização de processos de Tomadas de Contas Especiais (TCE).

Parágrafo único. A SEFA, com base no fechamento mensal do SIAFI, estabelecerá e divulgará as datas limites do calendário de Prestação de Contas Mensal (PCM).

Art. 245 A SEFA, como Órgão Central do SISFINAER, SISCONTAER e do SISCOMAER, é a responsável pela verificação sintética da comprovação mensal da execução orçamentária financeira, patrimonial e contábil, executada no SIAFI, por parte das UG EXEC.

Parágrafo único. A comprovação mensal da execução orçamentária financeira, patrimonial e contábil no SIAFI é definida pela SEFA.

Art. 246 A documentação que compõe o processo de Prestação de Contas Mensal da (s) UG poderá ser analisada e certificada pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno e elos do SISCONI, de acordo com instruções específicas.

Art. 247 Os responsáveis por bens patrimoniais, de qualquer ordem, deverão manter atualizada a contabilidade respectiva.

Parágrafo único. Estes responsáveis prestam contas, analiticamente, à respectiva UG, e esta aos Órgãos competentes, na forma das disposições pertinentes.

Art. 248 Os processos de prestação de contas anuais são regulados pelo TCU, por meio de instruções específicas que serão divulgadas às UG pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno, nas datas oportunas.

Art. 249 O Agente Diretor deverá designar, por indicação do ACI, por ocasião do encerramento do exercício financeiro, comissões de, no mínimo, três membros, compostas por elementos estranhos à atividade de cada setor, para realizar os inventários analíticos dos bens patrimoniais (imóveis, móveis permanentes, incorpóreos ou intangíveis, incluindo-se os de informática, móveis de consumo de uso duradouro e de consumo em estoque).

§ 1º Sem prejuízo de outras normas dos sistemas competentes, a UG poderá utilizar, como instrumento gerencial, o Inventário Rotativo, que consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais existentes em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso, feito de acordo com uma programação, de forma a que todos os itens sejam recenseados ao longo do exercício.

§ 2º Para acervo de grande porte, poderá também ser utilizado o Inventário por

Amostragem, com levantamento em bases mensais, de amostras de itens de material de um determinado grupo ou classe, inferindo os resultados para os demais itens do mesmo grupo ou classe.

§ 3º Para fins deste Regulamento, entenda-se acervo de grande porte aquele que possui mais de duzentos itens sob o controle de um agente ou gestor.

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CAPÍTULO III DA TOMADA E DO PROCESSO DE CONTAS

Art. 250 Para o disposto neste Regulamento, considera-se:

I - Processo de Contas - é o processo de trabalho do Controle Externo que, com base em documentos, informações e demonstrativos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, obtidos direta ou indiretamente, destina-se a avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gestão: a) de qualquer pessoa física, órgão ou entidade que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta assuma obrigações de natureza pecuniária; b) daqueles que derem causa a perda, a extravio ou a outra irregularidade de que resulte danos ao Erário; e c) de todos aqueles que devam prestar contas ao TCU ou cujos atos estejam sujeitos à sua fiscalização por expressa disposição legal;

II - Relatório de Gestão - são os documentos, informações e demonstrativos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, organizado para permitir a visão sistêmica do desempenho e da conformidade da gestão dos responsáveis por uma ou mais unidades jurisdicionadas durante um exercício financeiro;

III - Processo de Contas Ordinárias - é o processo de contas referente a exercício financeiro determinado, constituído pelo TCU segundo critérios de risco, materialidade e relevância;

IV - Processo de Contas Extraordinárias - é o processo de contas constituído por ocasião da extinção, liquidação, dissolução, transformação, fusão, incorporação ou desestatização de unidades jurisdicionadas, dos responsáveis citados no inciso I deste artigo; e

V - Unidade Jurisdicionada é a UG sujeita a prestar contas ao TCU.

Art. 251 Diante da omissão no dever de prestar contas; da não comprovação da aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio, contrato de repasse, ou instrumento congênere; da ocorrência de desfalque, alcance, desvio ou desaparecimento de dinheiro, bens ou valores públicos; ou da prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, a autoridade competente deverá, imediatamente, antes da instauração da TCE, adotar medidas administrativas para caracterização ou elisão do dano, observados os princípios norteadores dos processos administrativos e a legislação vigente.

Art. 252 Todo agente público, em sua esfera de atuação, deverá adotar medidas administrativas imediatas com vistas ao ressarcimento de danos ao Erário.

Art. 253 A TCE somente deverá ser instaurada depois de esgotadas as providências administrativas internas e se verificar a impossibilidade do ressarcimento integral ao Erário, conforme o previsto na legislação vigente.

Art. 254 Esgotadas as medidas administrativas para caracterização ou elisão do dano, a autoridade competente deverá solicitar, ao ODS a que estiver subordinado, a imediata instauração de TCE, mediante a autuação de processo de apuração específico.

Art. 255 O Agente da Administração, ao tomar conhecimento de ato ou fato administrativo que tenha causado prejuízo ao Erário, deverá comunicar, formal e

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obrigatoriamente, seguindo a sua cadeia de subordinação, ao Comandante da OM, para a adoção das medidas administrativas cabíveis, observada a legislação em vigor, sob pena de incorrer em eventual responsabilização solidária.

§ 1o Quando houver indício de que o ato ou fato administrativo comunicado envolva a cadeia de comando, o Agente da Administração deverá oficiar à autoridade imediatamente superior àquela envolvida, após, obrigatoriamente, ter dado ciência deste procedimento, por meio de parte circunstanciada, ao Comandante da OM.

§ 2o A autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à apuração dos fatos, a identificação dos responsáveis e a quantificação do dano, além da instauração de procedimentos próprios para a apuração das responsabilidades nas esferas devidas (disciplinar, funcional e criminal, se for o caso), observada a legislação vigente.

Art. 256 Na ocorrência de perda, extravio ou outra irregularidade, e se o dano for imediatamente ressarcido, a autoridade administrativa competente deverá registrar e manter adequadamente organizadas as informações sobre as medidas administrativas adotadas com vistas à caracterização ou elisão do dano.

Art. 257 As UG deverão manter a guarda dos documentos comprobatórios de cada exercício, incluídos os de natureza sigilosa, de acordo com os seguintes prazos:

I - dez anos, contados a partir da apresentação do Relatório de Gestão ao TCU, para as Unidades Jurisdicionadas não relacionadas para constituição de processo de contas no exercício; e

II - cinco anos, contados a partir da data do julgamento das contas dos responsáveis pelo TCU, para as Unidades Jurisdicionadas relacionadas para constituição de processo de contas no exercício.

CAPÍTULO IV DAS GENERALIDADES

Art. 258 Os documentos comprobatórios de receita e despesa serão examinados sob os seguintes aspectos:

I - moral, compreendendo o emprego judicioso dos valores públicos, observadas as prescrições legais vigentes;

II - aritmético, que tem em vista a exatidão das operações expressas em algarismos; e

III - formal, abrangendo exigências legais de forma e conteúdo nos documentos.

Art. 259 A responsabilidade dos Agentes da Administração, no exercício de cargos, encargos, funções ou comissões, na gestão de bens, valores e dinheiros sob a sua

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guarda será efetuada por meio de acompanhamento permanente dos responsáveis pelo controle, tomada de contas, prestação de contas ou quaisquer outros instrumentos de controle.

Art. 260 A Unidade Administrativa deverá manter em arquivo, incluindo a forma digital e controlar toda a documentação relativa à administração e gestão da OM, observando-se as normas e cumprindo os prazos estabelecidos na legislação vigente.

Parágrafo único. A documentação relativa aos recolhimentos de impostos, taxas, contribuições ou outros tributos deverá ser mantida e controlado em arquivo, incluindo a forma digital e controlar, observando-se os prazos estabelecidos nas legislações específicas.

Art. 261 Os exames, as auditorias, as verificações e as inspeções internas deverão ser utilizadas como instrumentos de controle para avaliar a situação das UG, identificando as inconsistências, as vulnerabilidades, as impropriedades e as eventuais

irregularidades e, propondo as correções e as apurações necessárias, se for o caso, observando-se as normas legais e infralegais aplicáveis.

TÍTULO II DAS RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

Art. 262 A responsabilidade dos Agentes da Administração no COMAER, quando no exercício de cargos, encargos ou funções, previstas na estrutura regimental do COMAER ou comissões, decorre do Princípio da Prevalência e Relevância do Interesse Público e do Princípio da Transparência dos atos e dos fatos administrativos praticados pelos agentes na gestão das atividades da Organização.

§ 1º As disposições deste Regulamento são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo Agente da Administração, induza ou concorra para a prática de atos de improbidade ou que dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indireta.

§ 2º Todo Agente da Administração, investido em função, cargo ou encargo/comissão, que vier a causar prejuízos à União, as pessoas físicas e/ou jurídicas ou ao serviço, terá sua responsabilidade administrativa, civil e/ou criminal, vinculadas às omissões ou atos ilegais em que incorrer ou praticar.

§ 3º A responsabilidade civil não isenta o responsável da sanção administrativa e/ou criminal relativa ao evento.

§ 4º A responsabilidade civil imputada ao agente ou auxiliar culpado acarretará o ressarcimento dos danos ou prejuízos causados à União ou a terceiros, com as cominasses legais.

Art. 263 Os oficiais, os graduados e os servidores civis em geral, além de seus encargos funcionais, poderão ser designados para integrarem grupos de trabalhos, comissões,

representações e outras missões na área da administração, desde que sejam compatíveis com as suas habilitações e posições hierárquicas.

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Art. 264 Os Agentes da Administração são obrigados a zelar pela estrita observância, entre outros aspectos, principalmente, dos Princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da Publicidade, da Transparência, da Eficácia, da Economicidade e da Eficiência no trato dos assuntos que lhe são afetos:

I - quanto à legalidade: o administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso;

II - quanto à impessoalidade: o administrador público deve objetivar o interesse público, sendo, em consequência, inadmitido o tratamento privilegiado aos amigos e o tratamento recrudescido aos inimigos;

III - quanto à moralidade: está necessariamente subordinada à observância de parâmetros ético-jurídicos, impondo limitações ao exercício do poder estatal, legitimando o controle jurisdicional de todos os atos do Poder Público que transgridam os valores éticos que devem pautar o comportamento dos agentes e órgãos governamentais;

IV - quanto à publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos: deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos; e

V - quanto à eficiência na Administração Pública: deve concretizar suas atividades com vistas a extrair o maior número possível de efeitos positivos ao administrado, analisando a relação custo-benefício, buscando a excelência de recursos.

Art. 265 A apuração das irregularidades administrativas será realizada mediante Sindicância ou Inquérito Policial-Militar.

Art. 266 Aos agentes apontados pelas de irregularidades serão assegurados sempre o Direito da Ampla Defesa e do Contraditório, com os meios e recursos a ela inerentes, inclusive, mas não necessariamente obrigatório, contando com a participação de advogado.

Art. 267 O pessoal da Aeronáutica, no exercício das atribuições inerentes ao cargo, encargo/comissão ou função e no desempenho de qualquer atividade administrativa, será responsabilizado essencialmente:

I - pela ineficiência na execução dos seus deveres funcionais;

II - pelas consequências da inobservância, por inércia de sua parte, de disposições legais ou de ordens emanadas de autoridades competentes;

III - pelas omissões nos seus deveres funcionais;

IV - pelo emprego irregular de bens e de valores públicos, inclusive daqueles sob sua guarda;

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V - pelos compromissos que assumir em nome da OM sem que, para isso, esteja autorizado;

VI - pelo desempenho incorreto das obrigações decorrentes do exercício de seu cargo, encargo/comissão ou função;

VII - pelos atos em desconformidade com a legislação e normas internas que praticar no exercício de seu cargo, encargo/comissão ou função;

VIII - pelas despesas ordenadas sem dotação orçamentária prevista e aprovada ou em desacordo com a classificação orçamentária devida;

IX - pela constituição e guarda de numerário não contabilizado e concessão de liberalidades não previstos;

X - pelos erros de cálculo e por outros que resultem em pagamentos ou recebimentos indevidos;

XI - pela classificação inadequada de registro de receita, de despesa ou patrimonial, em relação às formalidades básicas exigidas pelas disposições pertinentes;

XII - pelo cumprimento de ordem de natureza administrativa, ilegal, em desacordo com as normas ou prejudicial à União, sem a adoção de medidas acautelatórias de seu alcance e de sua responsabilidade;

XIII - pelos atos ilegais praticados por agentes subordinados se, previamente comunicado, não tenha adotado providências, em tempo, para evitar e corrigir esses atos;

XIV - pela omissão de descontos ou indenizações devidas;

XV - pelo atraso que causar às conferências de escrituração, prestação de contas, passagem e transmissão de cargo, transmissão de valores e de bens, remessa de documento às organizações do sistema e andamento dos processos;

XVI - pela falta de arrecadação de receita pública, quando de sua competência, bem como pelo pagamento, recolhimento ou remessa de qualquer importância fora do prazo fixado;

XVII - pela apresentação da escrituração desordenada e desatualizada;

XVIII - pela falta de adoção de medidas adequadas na apuração da responsabilidade dos agentes e dos gestores;

XIX - pela falta de iniciativa para solucionar casos não previstos, cuja ação seja de sua alçada e competência;

XX - pelas faltas e irregularidades apuradas nas passagens de cargo, transmissão de bens, valores e dinheiros, tomadas de contas, prestação de contas, conferência de escrituração e no recebimento, distribuição, remessa, inclusão, exclusão ou saída de material;

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XXI - pelas irregularidades ou inconsistências na escrituração que lhe esteja afeta, sem a observância das medidas corretivas aplicáveis; e

XXII - pela ineficiência de sua administração em qualquer cargo, encargo/comissão ou função.

CAPÍTULO II DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Art. 268 A responsabilidade dos Agentes da Administração que participarem de determinado caso ou evento será solidária quando, em uma mesma obrigação, houver mais de um responsável pelo seu cumprimento, só não abrangendo aquele que, por meio da indispensável argumentação, seguida de registro escrito, deixar definida a sua discordância com relação ao caso ou evento considerado.

Art. 269 Todos os membros das comissões serão responsabilizados quando praticarem qualquer ato lesivo aos interesses da União, de terceiros, ou contrários às disposições pertinentes.

Parágrafo único. O voto vencido, obrigatoriamente justificado e formalizado em documento, isenta de responsabilidade aquele que o emitiu.

Art. 270 As comissões, incluindo as de TCE, os agentes encarregados por auditorias, inspeções ou fiscalização serão responsabilizados, solidariamente, com os Agentes da Administração quando, apuradas as irregularidades cometidas, ficar provado que dispunham de elementos para responsabilizar os faltosos e não o fizeram.

Art. 271 Participará da responsabilidade solidária qualquer agente que deixar de comunicar a seu superior imediato as faltas e omissões que seu subordinado houver praticado ou nelas tiver incorrido.

CAPÍTULO III DA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL OU PESSOAL

Art. 272 Quando o Comandante, o Agente Diretor ou Ordenador de Despesas, salvo conivência e o disposto nos incisos pertinentes ao art. 267, decidir com fundamento em informações ou parecer incompleto, incorreto ou inverídico, a responsabilidade recairá somente no autor da informação ou parecer.

Art. 273 O Comandante, o Agente Diretor ou o Ordenador de Despesas, salvo conivência, não será responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.

Art. 274 Apurada qualquer divergência na conferência de bens, valores e dinheiros em procedimento de TCE, ou por ocasião da substituição do respectivo agente ou gestor, ser-lhe-á imputada a responsabilidade pelo ressarcimento dos eventuais danos ou prejuízos verificados, assegurando-lhe, sempre, o Direito da Ampla Defesa e do Contraditório, com os meios e recursos inerentes, inclusive, mas não necessariamente obrigatório, contando com a participação de advogado.

Art. 275 O agente responsável por bens, valores e dinheiros públicos e de

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terceiros responderá:

I - pelas quantias recebidas, até que justifique o seu emprego;

II - pelos pagamentos ou distribuições que efetuar;

III - pelos erros de cálculo; e

IV - pelo emprego indevido dos bens, valores e dinheiros sob a sua guarda.

Art. 276 O agente que subscrever qualquer documento administrativo será responsável pela autenticidade das informações nele contidas.

Art. 277 O agente incumbido de conferir documento administrativo responderá pela exatidão dos cálculos e das importâncias nele registradas.

Art. 278 A sanção administrativa, contra o Agente ou Auxiliar da Administração responsável, poderá se processar mediante as seguintes providências:

I - imediato afastamento do cargo, quando, com base em provas documentais, tornar-se incompatível com o exercício deste, por ter cometido ações prejudiciais aos interesses da Fazenda Nacional, por desídia, condescendência ou má-fé;

II - suspensão imediata do cargo ou encargo/comissão, pelo prazo que se fizer necessário à apuração da irregularidade e normalização do serviço quando deixar de cumprir, dentro de 8 (oito) dias úteis, as exigências para corrigir faltas verificadas nas suas prestações de contas de recursos, valores e outros bens;

III - desconto das importâncias pagas indevidamente;

IV - desconto das importâncias desviadas para constituírem caixas ilegais, revertendo ainda o saldo destas ao Estado, como receita da União;

V - desconto das importâncias relativas as concessões ou liberalidade feitas à conta de recursos públicos; e

VI - desconto das importâncias que se refiram a quaisquer erros que deram origem a prejuízos ao Estado ou a terceiros.

Parágrafo único. A sanção administrativa não elide a aplicação da sanção disciplinar prevista no Regulamento Disciplinar da Aeronáutica (RDAer).

Art. 279 A isenção de culpa, quando for o caso, só caberá ao responsável que tenha adotado providências adequadas e oportunas e de sua alçada para evitar o prejuízo ou dano.

Art. 280 O fato de uma inspeção, verificação, auditoria ou tomada de contas ter considerada regular a situação de qualquer agente da administração, não impede que o mesmo se torne responsável por irregularidades apuradas posteriormente.

Parágrafo único. Neste caso, o (s) agente (s) encarregado (s) pela inspeção, auditoria, verificação ou tomada de contas, compartilharão da responsabilidade em que tiver

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incorrido o (s) agente (s) se for verificado que dispunham de elementos para tornar efetiva a responsabilidade.

Art. 281 Compete ao Agente Diretor ou ao Comandante da OM determinar a realização dos descontos decorrentes dessas sanções, ou ainda aos órgãos competentes, “ex-

offício”, quando constatarem, no exame dos processos, que os descontos não foram executados.

Art. 282 Os Agentes Auxiliares da Administração respondem perante os respectivos Chefes diretos.

Art. 283 A responsabilidade que resultar de perda, dano ou extravio de recursos, valores ou outros bens entregues aos Agentes Auxiliares do Agente da Administração, será a estes imputada, exceto se ficar comprovada a culpa de seu chefe ou de outrem.

CAPÍTULO IV DOS CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR

Art. 284 Os casos fortuitos e os motivos de força maior podem ser considerados para fins de isenção de responsabilidade do Agente da Administração.

Art. 285 Os casos fortuitos e os motivos de força maior verificam-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis de serem evitados ou impedidos.

§ 1o Podem ser considerados, para fins de isenção de responsabilidade, do Agente da Administração, dentre outros:

I - incêndio, sinistro aéreo, fluvial, marítimo ou terrestre;

II - inundação, submersão, terremoto ou outras intempéries;

III - epidemia ou moléstia contagiosa;

IV - saque ou destruição pelo inimigo ou destruição ou abandono forçados pela aproximação deste;

V - estrago produzido em armas, ou em quaisquer outros bens, por explosão ou acontecimento imprevisível; e

VI - inutilização involuntária do bem em serviço ou em instrução.

§ 2o Ocorrendo a situação, o responsável direto ou indireto levará imediatamente o fato ao conhecimento da autoridade a que estiver diretamente subordinado, em parte escrita, prestando-lhe todas as informações e esclarecimentos necessários à justificativa das circunstâncias em que o mesmo tenha ocorrido.

§ 3o Os casos previstos no caput deste artigo serão objeto de apuração de responsabilidade do agente ou usuário quanto à ação, à omissão, ou, ainda, à falta de atenção, cuidado ou erro na execução, devendo ser a solução publicada em boletim interno.

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CAPÍTULO V DOS DANOS E IMPUTAÇÕES

Art. 286 Os bens, valores e dinheiros da União, quando sofrerem danos ou prejuízos, ressalvados os casos considerados fortuitos ou de motivo de força maior, serão reparados, repostos ou ressarcidos, na forma da legislação vigente.

§ 1o Caberá à Administração definir a forma de recomposição do patrimônio da União observado o previsto no caput deste artigo e no art. 143 deste Regulamento.

§ 2o No caso em que a Administração decidir pela reparação ou pela reposição do bem, o recebimento será feito na forma prevista no art. 122 deste Regulamento.

§ 3o Havendo participação de mais de um agente, o valor correspondente ao dano será restituído, recomposto ou reposto de forma solidária, podendo ser rateado entre os agentes responsáveis, caso haja a concordância entre estes.

Art. 287 O valor do material, para efeitos de indenização, será aquele que permita sua reposição por outro idêntico ou semelhante, observados os critérios estabelecidos pelos órgãos competentes ou, quando não provido por estes, mediante levantamento formal efetuado no mercado, por comissão específica designada.

Parágrafo único. Serão considerados, no momento da reposição, todos os custos e as despesas necessários ao pleno funcionamento, operação e, ainda, o transporte do bem para o local de sua instalação original.

Art. 288 Os descontos referentes às importâncias devidas pelas indenizações resultantes de alcance, multas, cargas, restituições ou recebimentos indevidos serão, preferencialmente, realizados de uma só vez e, na impossibilidade de assim proceder, mediante descontos mensais nos vencimentos, proventos, remuneração ou reparação econômica dos responsáveis ou nas quantias que os responsáveis pela indenização recebam da União, nos limites da lei, desde que atualizados monetariamente.

§ 1o A indenização, devida à União, que não puder ser feita pela via administrativa, por opção voluntária do agente responsável, será objeto de cobrança judicial ou executiva, na forma da legislação pertinente.

§ 2o O disposto no caput deste artigo incidirá sobre os agentes responsáveis pelo pagamento indevido, quando não for possível alcançar o beneficiado, não se dispensando a apuração administrativa do fato em procedimento pertinente.

§ 3o Os descontos serão realizados até os limites da margem consignável, salvo quando, por opção voluntária e formal do agente responsável, ocorrer a indenização de forma mais expedita, atualizados monetariamente.

§ 4o Os saldos remanescentes, resultantes das indenizações cobradas parceladamente, serão atualizados na forma da lei.

Art. 289 Os descontos atribuídos a militar que deva ser excluído, na forma do art. 94 da Lei no 6.880, de 9 de dezembro de 1980, serão processados de maneira a possibilitar

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a indenização total antes da sua exclusão do serviço ativo, observados os limites e as demais disposições da legislação vigente.

Art. 290 As sanções, para efeitos de responsabilidade pecuniária ou disciplinar, serão aplicadas aos Agentes da Administração:

I - ao Agente Diretor, pela autoridade do Escalão Superior da cadeia de subordinação ou pelo CMTAER; e

II - aos agentes executores, pelo Agente Diretor ou pelas autoridades referidas no item anterior.

Art. 291 Quando, por ocasião de uma inspeção, auditoria ou visitas forem apuradas irregularidades administrativas motivadas por desídia, condescendência, dolo ou má-fé dos Agentes da Administração, a autoridade inspecionada poderá ordenar ou propor o imediato afastamento do cargo, encargo/comissão ou função, em caráter provisório, dos agentes implicados até a decisão final da autoridade competente.

Art. 292 Ressalvados os casos previstos em legislação específica, em particular o disposto no art. 116 da Lei no 6.880, de 1980, a falta da quitação de débito com o Erário, por parte de militar que deva ser excluído do serviço ativo, não impedirá a sua exclusão, sem prejuízo de medidas administrativas acauteladoras e ações legais de cobrança pertinentes.

Art. 293 O servidor público em débito com o Erário que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de até sessenta dias corridos para quitar a dívida.

Parágrafo único. A falta da quitação do débito, por parte do servidor público, no prazo previsto, implicará, obrigatoriamente, sua inscrição na Dívida Ativa da União (DAU), pela UG onde for efetivo, com base em procedimento administrativo previsto e disposições vigentes.

CAPÍTULO VI DAS GENERALIDADES

Art. 294 Todo militar ou servidor público investido de cargo, encargo/comissão ou função que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, vier a causar prejuízos à União ou a terceiros responderá por suas condutas nas esferas administrativa, civil e criminal.

Parágrafo único. A responsabilidade do agente que der causa a prejuízos deverá ser apurada em procedimento administrativo competente, observada a legislação vigente.

Art. 295 A responsabilidade será, também, civil quando a conduta do Agente da Administração resultar em obrigação de reparar os prejuízos causados à União ou a terceiros.

Parágrafo único. A responsabilidade civil não exime o Agente da Administração da sanção administrativa ou criminal cabível, apurada em procedimento administrativo pertinente, observada a legislação vigente.

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Art. 296 O COMAER responderá pelos danos que os Agentes da Administração causarem a terceiros, cabendo-lhe ação regressiva contra os agentes responsáveis, nos casos de culpa ou dolo, apurados em procedimentos administrativos pertinentes, observada a legislação vigente.

Art. 297 Os casos fortuitos ou motivos de força maior, quando comprovados mediante procedimento administrativo competente, isentarão de responsabilidade os agentes.

§ 1o Ocorrendo roubo, furto, extorsão, incêndio ou dano material, a isenção da responsabilidade ficará subordinada à ausência de culpa do Agente da Administração.

§ 2o A isenção de culpa, quando for o caso, só beneficiará o responsável que tenha tomado as providências adequadas e da sua alçada para evitar o prejuízo.

Art. 298 Todo agente responsável pelo cumprimento de ordens que, a seu ver, impliquem prejuízo à União ou que contrariem dispositivos legais deverá ponderar a respeito com a autoridade que as determinou, ressaltando as consequências da sua execução.

§ 1o Se, apesar da ponderação, a autoridade persistir na ordem, o subordinado a cumprirá, mediante determinação por escrito, e, a seguir, participará, também por escrito, que a ordem em causa foi executada de acordo com o disposto no caput deste artigo, ficando, por consequência, isento de responsabilidade.

§ 2o Procedimento análogo caberá sempre que se tornar necessária a execução de medida ou providência legal, que não tenha sido tomada oportunamente.

Art. 299 A sanção civil será aplicada, observada a legislação pertinente:

I - ao agente responsável direto pelo dano ou prejuízo apurado; e

II - aos agentes que tenham agido com imprudência, imperícia ou negligência em relação às providências de suas atribuições, no sentido de responsabilizar o agente culpado.

Art. 300 Qualquer agente, ao tomar conhecimento de irregularidade administrativa, adotará, obrigatoriamente, as providências cabíveis junto à autoridade competente, objetivando a apuração de responsabilidade, sob pena de eventual responsabilização solidária.

Art. 301 Os agentes auxiliares responderão perante os respectivos chefes diretos.

Art. 302 A responsabilidade resultante de perda, dano ou extravio de valores e de bens entregues a qualquer agente será a este imputada, após apuração por meio de procedimento administrativo competente, observada a legislação vigente.

Art. 303 Nenhum agente responsável estará isento de prestar contas que, se necessário, serão tomadas tendo em vista os superiores interesses da União.

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Art. 304 Todos os atos e os fatos praticados pelos Agentes da Administração, no exercício dos cargos, funções ou encargos/comissões estarão sujeitos a exame do Sistema de Controle Interno do Comando da Aeronáutica (CENCIAR), do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos Órgãos correlatos, na forma da legislação em vigor.

Art. 305 Os Órgãos Centrais dos diversos sistemas corporativos ou Órgãos competentes ao apurarem quaisquer irregularidades em suas respectivas áreas, deverão determinar às UG responsáveis a adoção imediata das providências para apuração, conforme disposto neste Regulamento e nas normas vigentes que disciplinam os referidos procedimentos.

LIVRO III DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 306 A revisão, a atualização, as modificações e a forma de apresentação deste Regulamento é de responsabilidade da SEFA, por delegação de competência e far-se-á sempre que fatos justifiquem a adoção desta medida administrativa ou por determinação do CMTAER.

Art. 307 As disposições deste Regulamento aplicam-se no âmbito do COMAER, observado o previsto na legislação vigente, respeitando-se o princípio da hierarquia de normas.

Art. 308 No prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, a contar da entrada em vigência deste Regulamento: os ODGSA; o Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica; e os Órgãos Centrais dos diversos Sistemas da Aeronáutica ou Órgãos competentes, nas respectivas áreas de interesse, se for necessário, emitirão ou atualizarão as suas normas ou orientações, em complemento ou em adição aos dispositivos constantes das matérias tratadas neste Regulamento, visando a harmonização com este normativo.

Art. 309 Os casos não previstos ou omissos neste Regulamento serão submetidos à SEFA, para análise e emissão de parecer e solucionados pelo CMTAER.

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GLOSSÁRIO

ADMINISTRAÇÃO - trata-se da prática de atos necessários à gestão de recursos humanos, patrimoniais, materiais, orçamentários e financeiros disponíveis, visando a alcançar os objetivos preestabelecidos pela Organização ou pela cadeia de comando superior;

ADMINISTRAÇÃO DIRETA - conjunto formado pelos órgãos, serviços e agentes públicos que possuem competência legal para o exercício da função administrativa sob a responsabilidade do Estado;

ADMINISTRAÇÃO FEDERAL - trata-se da Administração Pública que atua no âmbito da União;

ADMINISTRAÇÃO FUNDACIONAL - a exercida pelas Fundações Públicas;

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA - é o conjunto de Entidades Públicas dotadas de personalidade jurídica própria, compreendendo: as Autarquias, as Empresas Públicas, as

Sociedades de Economia Mista e as Fundações Públicas;

ADMINISTRAR - consiste na prática dos atos necessários à gestão dos recursos humanos, orçamentários, financeiros e patrimoniais da Organização, visando à consecução de seu planejamento de modo a alcançar os objetivos organizacionais almejados;

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO (AGU) - instituição que, diretamente ou

através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as

atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo;

ATIVIDADES DE APOIO ADMINISTRATIVO - são atividades relacionadas com assuntos orçamentários, econômicos, financeiros, de patrimônio, de contratos, de processamento de dados e de recursos humanos, destinadas a garantir o pleno funcionamento das OM;

AUTORIDADE AERONÁUTICA MILITAR - conforme disposto no Parágrafo Único, do art. 18, da Lei Complementar nº 97, de 1999, o Comandante da Aeronáutica (CMTAER) foi designado autoridade Aeronáutica Militar, para os assuntos constantes do referido dispositivo legal;

AUTORIDADE DE AVIAÇÃO CIVIL - conforme disposto no art. 5º, da Lei nº 11.182/2005, a ANAC atuará como Autoridade de Aviação Civil, assegurando-se lhe, nos termos desta Lei, as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de sua competência;

AUTORIZAÇÃO DE USO - é a forma pela qual o COMAER consente a prática de determinada atividade incidente em imóvel ou benfeitoria sob a sua jurisdição, a título gratuito ou oneroso, por curto período de tempo, para realizar eventos ou atividades com vistas à utilidade pública, mas no interesse do particular;

CENTRO DE CONTROLE INTERNO DA AERONÁUTICA (CENCIAR) - é o Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Comando da Aeronáutica (SISCONI). O SISCONI é composto do Órgão Central (CENCIAR), Órgãos Regionais e dos ACI nas UG;

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CESSÃO DE USO PARA ATIVIDADES DE APOIO - é a forma pela qual o COMAER faculta a terceiros, a título oneroso ou gratuito, mediante instrumento contratual, a utilização de imóveis sob sua jurisdição, visando dar suporte as suas atividades, a critério do Comandante da OM e do Ordenador de Despesas;

CESSÃO POR ARRENDAMENTO - é a forma de utilização pela qual o COMAER cede a terceiros um imóvel sob sua jurisdição, para fins de exploração de frutos ou prestação de serviços, na forma gratuita ou onerosa, nesta última, mediante o pagamento de quantia periódica denominada aluguel;

CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA (CBA) - trata-se do conjunto de normas legais de Direito Público (Interno e Externo), em matéria aeronáutica, organizadas de forma sistemática pela Lei n° 7.565, de 19/12/1986, com base nos Tratados e Convenções internacionais dos quais o Brasil faz parte;

CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (CC) - regra geral, trata-se de normativo codificado que encerra o conjunto de normas legais materiais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Direito Civil Brasileiro;

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO (CPC) - regra geral, trata-se do normativo codificado que encerra o conjunto de normas processuais legais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Processo Civil Brasileiro;

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO (CP) - regra geral, trata-se normativo codificado que encerra o conjunto de normas materiais legais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Direito Penal Brasileiro;

CÓDIGO PENAL MILITAR (CPM) - regra geral, trata-se normativo codificado que encerra o conjunto de normas materiais legais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Direito Penal Militar Brasileiro;

CÓDIGO PROCESSO PENAL BRASILEIRO (CPP) - regra geral, trata-se normativo codificado que encerra o conjunto de normas processuais legais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Processo Penal Brasileiro;

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR (CPPM) - regra geral, trata-se normativo codificado que encerra o conjunto de normas processuais legais sistemáticas que regulam, de forma unitária, o Processo Penal Militar Brasileiro, em tempo de paz como em tempo de guerra, ressalvado disposições em legislação especial;

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO - são Agentes da Administração que recebem, na forma de comissão, atribuição temporária e específica, designada pela autoridade competente, definida em ato próprio, para acompanhar e fiscalizar a execução de instrumentos contratuais (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), desde o início até o término da sua vigência, celebrados pela Administração com terceiros ou com Órgãos e Entidades da própria Administração Pública, observadas as prescrições emanadas do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente e de demais normativos pertinentes à matéria;

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COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIOS - são Agentes da Administração, designados pela autoridade competente, que recebem, em comissão, atribuição temporária e específica, definida em ato próprio, para acompanhar e fiscalizar a execução de convênios ou denominação equivalente ou instrumentos equivalentes, desde o início até o término da sua vigência, celebrados pela Administração com terceiros ou com Órgãos e Entidades da própria Administração Pública, observada a legislação que trata da matéria e as orientações emanadas das esferas competentes;

COMISSÃO DE RECEBIMENTO DE BENS OU SERVIÇOS - são Agentes da Administração, designados pela autoridade competente, que recebem, em comissão, a atribuição temporária e específica, definida em ato próprio, para o recebimento de bens ou serviços pactuados entre a Administração com terceiros ou com Órgãos e Entidades da própria Administração Pública, por meio de instrumentos contratuais (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), observada a legislação que trata da matéria e as orientações emanadas das esferas competentes;

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO - a composição mínima de uma Comissão de Fiscalização será de três membros, preferencialmente, que detenham conhecimentos administrativos e técnicos que os capacitem à realização de atos de acompanhamento e de fiscalização do instrumento contratual, em conformidade com o disposto na legislação vigente e as prescrições emanadas do Órgão Central do Sistema ou Órgão competente. É permitida, desde que fundamentado pelo Ordenador de Despesas, a contratação de terceiros para assisti-la e assessorá-la de informações pertinentes às atribuições definidas no ato da designação, ou mesmo comporem a comissão, em situações em que o conhecimento técnico desta não for suficiente para o exercício pleno do encargo atribuído e desde que não haja na OM agente (s) com o (s) perfil (s) técnico (s) requerido (s) e tampouco em outras OM da Força onde se possa recorrer. O Fiscal Administrativo e o Fiscal Técnico do contrato poderão compor a Comissão de Fiscalização do Contrato como agente (s) adicional (ais) e colaborador (es) do encargo;

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIOS - a composição mínima de uma Comissão de Fiscalização de Convênios será de três membros, preferencialmente, que detenham conhecimentos administrativos e técnicos que os capacitem à realização de atos de acompanhamento e de fiscalização de convênios ou denominação equivalente, em conformidade com o disposto na legislação vigente. É permitida, desde que fundamentado pelo Ordenador de Despesas, a contratação de terceiros para assisti-la e assessorá-la de informações pertinentes às atribuições definidas no ato da designação, ou mesmo comporem a comissão, em situações em que o conhecimento técnico desta não for suficiente para o exercício pleno do encargo atribuído e desde que não haja na OM agente (s) com o (s) perfil (s) técnico (s) requerido (s) e tampouco em outras OM da Força onde se possa recorrer;

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES - a composição mínima de uma Comissão de Licitações será de três membros, preferencialmente, que detenham conhecimentos administrativos e técnicos que os capacitem a receber, a examinar e a julgar todos os documentos e os procedimentos relativos ao cadastramento de licitantes, à habitação e ao julgamento das licitações, entre outros aspectos, em conformidade com o disposto na legislação vigente;

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COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE RECEBIMENTO DE BENS OU SERVIÇOS - a composição mínima da Comissão de Recebimento de Bens ou Serviços será de três membros, sendo um deles, preferencialmente, possuidor de conhecimento técnico e dois membros “estranhos” ao setor a que se destina o bem para estoque ou consumo ou ao setor beneficiado pelo bem ou serviço a ser recebido que, por intermédio da UG contratante, representante do Comando da Aeronáutica junto à empresa contratada que tem como atribuição, definida no ato da designação, efetuar o recebimento do objeto, seja ele bem material ou serviço, nas condições pré-estabelecidas no ato convocatório, empenho, instrumento contratual, outros;

CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO RESOLÚVEL - é a forma pela qual a União cede um imóvel público, não edificado, a terceiros, a título oneroso ou gratuito, para instalação de gasoduto, oleoduto, rede de energia elétrica, canalização de água e esgoto e similares, industrialização, cultivo de terra ou outra utilização de interesse social;

CONFORMIDADE CONTÁBIL - consiste na certificação dos demonstrativos contábeis gerados pelo Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), relacionados aos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial;

CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTÃO - consiste na certificação dos registros dos atos e dos fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações. A Conformidade dos Registros de Gestão, suporte ao registro da Conformidade Contábil, é o procedimento voltado para a averiguação da adequabilidade dos documentos emitidos no SIAFI com a documentação suporte, não se confundindo com a análise da legalidade do ato, cuja responsabilidade é de quem o ordenou;

CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL - é a conta mantida junto ao Banco Central do Brasil (BC) destinada a acolher todas as disponibilidades financeiras da União, inclusive de Fundos, de suas Autarquias e Fundações;

CONTRATO DE GESTÃO - é o instrumento passível de ser firmado entre a União/UG do COMAER e as entidades privadas sem fins lucrativos qualificadas como Organizações Sociais (OS), com vistas à formação de parceria entre as partes, para o fomento e a execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1º da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998. Os termos de parceria representam uma despesa para a União/UG do COMAER;

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU) - é o Órgão de Controle Interno do Governo Federal que tem como missão “zelar pela boa e regular aplicação dos

recursos públicos”;

DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE - é o mais grave tipo de sanção administrativa. Veda a participação de proponentes em procedimentos licitatórios e a pactuação de contratos com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da sanção ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade;

DETENTOR DIRETO - é o Agente da Administração que responde pela guarda e manutenção de bens patrimoniais e pela respectiva escrituração;

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DETENTOR INDIRETO - é o Agente ou Auxiliar da Administração designado em Boletim Interno, que responde, perante seu Chefe imediato, pela guarda e manutenção de bens patrimoniais e pela execução da escrituração de sua Seção;

EMPRESA PÚBLICA (EP) - é a Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, constituída por lei específica, em qualquer uma das modalidades empresariais admitidas em direito, com a finalidade de prestar serviço público sem, contudo, ser titular do serviço prestado ou com a finalidade de exercer exploração de atividade econômica, quando houver relevante interesse coletivo ou imperativos da segurança nacional;

ENTIDADE SUPERVISIONADA - é a Entidade da Administração Indireta Federal que integra a Lei Orçamentária Anual (LOA);

FISCAL ADMINISTRATIVO DE CONTRATO - é o Agente ou Auxiliar da Administração, designado pela autoridade competente, com conhecimento administrativo do objeto contratado, para auxiliar o Gestor do Contrato ou o Gestor de Licitações, quando este exercer este encargo ou não houver a designação daquele, na fiscalização dos aspectos administrativos relativos aos contratos pactuados pela UG (empenhos, contratos, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros). Não poderá exercer o encargo de Fiscal pleno de contrato de obras e serviços de engenharia mas poderá compor a Comissão de Fiscalização deste, como um agente adicional a mais, colaborador do encargo. Não substituí o Fiscal Técnico de contrato ou o Fiscal de contrato;

FISCAL DE CONTRATO OU DE INSTRUMENTO CONTRATUAL - é o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, com conhecimento técnico ou específico do objeto contratado, para atuar como representante da Unidade no acompanhamento e na fiscalização da execução de instrumentos contratuais (empenhos, contrato, termo de ajuste, termo aditivo, termo de acordo, instrumentos congêneres, outros), desde o início até o término da sua vigência. Nos contratos referentes as obras e serviços de engenharia, o fiscal do contrato deverá, entre outros tantos aspectos, além de cumprir e de fazer cumprir as regras de procedimentos emanadas pelo Órgão Central do Sistema ou Órgão competente e de demais normativos que tratam da matéria: verificar e acompanhar o cronograma físico da obra ou serviço; conferir e controlar o cronograma físico-financeiro; atestar as faturas, as medições, as notas fiscais ou os documentos equivalentes; visitar regularmente os canteiros de obras; aferir o registro no diário de obras; atestar o recebimento provisório ou o definitivo; aferir os produtos ou os serviços prestados; entre outros. É permitida, desde que fundamentado pelo Ordenador de Despesas, a contratação de terceiros para assisti-lo e assessorá-lo de informações pertinentes às atribuições definidas no ato da designação, em situações em que o conhecimento técnico do Fiscal de contrato não seja suficiente para o exercício pleno do encargo atribuído e desde que não haja na OM agente com o perfil técnico requerido e tampouco em outras OM da Força onde se possa recorrer. O Fiscal de contrato poderá, se necessário, caso a Administração não tenha determinado, solicitar à autoridade competente a designação de um Fiscal Administrativo e/ou de um Fiscal Técnico, além de outros agentes auxiliares das especialidades afetas ao contrato, para, em comissão, exercerem, dentro dos seus campos específicos de atuação, as atribuições definidas no ato da designação. Neste caso, assume o Fiscal de contrato o encargo de Presidente da Comissão de Fiscalização. Para os demais contratos, normalmente de ordem administrativa, tais como: conservação e limpeza, serviços com terceiros em geral, arrendamentos de bens imóveis, serviços de reprografia, manutenção de ar condicionado ou refrigeração, manutenção

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de informática, de segurança, outros, o Fiscal Administrativo ou o Fiscal Técnico de contrato poderá, se não houver outro agente ou servidor especificamente designado, exercer o encargo, evitando-se, preferencialmente, o acúmulo de encargos de fiscalização sobre um mesmo agente. O Fiscal de contrato tem a função operacional de acompanhar e de fiscalizar a execução do contrato, relatando os fatos à autoridade competente, anotar as ocorrências em registro próprio (Livro de ocorrências) e determinar a regularização de faltas ou defeitos observados. As atribuições genéricas do Fiscal do contrato encontram-se previstas no próprio artigo nº 67 da Lei nº 8.666/93;

FISCAL TÉCNICO DE CONTRATO - é o Agente ou Auxiliar da Administração, designado pela autoridade competente, com conhecimento técnico do objeto contratado, para auxiliar o Gestor do Contrato ou o Gestor de Licitações, quando este exercer este encargo ou não houver a designação daquele, na fiscalização da execução do objeto contratual (empenhos, contratos, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros). Não poderá exercer o encargo de Fiscal pleno de contrato de obras e serviços de engenharia mas poderá compor a Comissão de Fiscalização deste, como um agente adicional a mais, colaborador do encargo. Não substituí o Fiscal Administrativo de contrato ou o Fiscal de contrato;

ILÍCITO ADMINISTRATIVO - qualquer ação ou omissão voluntária de agente da Administração, ou de terceiros que com ela se relacione, ainda que por negligência, imprudência ou imperícia, que atente contra regras ou Princípios da Administração Pública, causem prejuízo ao Erário ou importem em enriquecimento indevido;

IMPEDIMENTO DE LICITAR E DE CONTRATAR COM A ADMINISTRAÇÃO - sanção administrativa instituída em lei aplicável nos procedimentos licitatórios, assim como nos instrumentos contratuais firmados em decorrência destes;

INDICADOR - é o instrumento capaz de medir o desempenho e a evolução de um Projeto ou Atividade. Deve ser passível de aferição, coerente com o objetivo estabelecido, sensível à contribuição das principais ações e apurável em tempo oportuno. Permite, portanto, a mensuração dos resultados alcançados com a execução de um Projeto ou Atividade. É geralmente apresentado como uma relação ou taxa entre variáveis relevantes;

INSTRUMENTOS CONGÊNERES A CONVÊNIOS - são os instrumentos que possuem características semelhantes aos convênios, como a conjugação de esforços e/ou de recursos, a mútua cooperação e a reciprocidade de interesses. São ajustes, com quaisquer denominações, em que os interesses não se contrapõem, ambos os partícipes têm interesse na realização do objeto e não há intuito lucrativo;

LIMITE DE PAGAMENTO - é o valor estabelecido, anualmente, para cada Órgão, por meio do Decreto de Programa Orçamentário e Financeiro, para o pagamento das despesas do exercício, inclusive dos Restos a Pagar (RP) dos exercícios anteriores, dos Créditos Suplementares e Especiais abertos no exercício e dos Créditos Especiais reabertos no exercício;

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - ocorre quando a parte ou interveniente que, no processo, age de forma maldosa, como dolo ou culpa, causando dano processual à parte contrária. É o denominado “improbus litigator”, que se utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou que, sabendo ser difícil ou impossível vencer, prolonga deliberadamente o andamento do processo procrastinando o feito;

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MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) - instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do

regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis;

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) - é um dos ramos do Ministério Público da União (MPU) que tem como missão promover a realização da justiça, a bem da

sociedade e em defesa do estado democrático de direito;

MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR (MPM) - é um dos ramos do Ministério Público da União (MPU) que tem como missão defender o regime democrático, a ordem

jurídica, os interesses sociais e individuais indisponíveis, buscando a justiça social, o pleno

exercício da cidadania e a observância dos princípios basilares das Forças Armadas, a

hierarquia e a disciplina;

NEXO DE CAUSALIDADE (ENTRE A CONDUTA E O DANO) - evidências de que a conduta do responsável contribuiu significativamente para o resultado ilícito, ou seja, de que foi uma das causas do resultado;

NORMA DE SISTEMA DO COMANDO DA AERONÁUTICA (NSCA) - instrução emitida por um Órgão Central de Sistema e aprovada por autoridade competente, visando disciplinar ou regulamentar determinada atividade ligada ao sistema considerado;

NORMA PADRÃO DE AÇÃO (NPA) - documento utilizado para padronizar os procedimentos rotineiros a serem seguidos em uma atividade determinada. É aprovada pelo Comandante da OM, quando elaborada por órgão ou setor subordinado. Sua efetivação, suas alterações e seu cancelamento deverão constar no boletim interno;

ÓRGÃO GESTOR - é o Órgão técnico normativo incumbido de superintender as atividades ligadas ao suprimento, à manutenção e ao controle específico de materiais, colocados sob sua gestão;

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) - é o contrato administrativo de concessão que tem por objeto: a) a execução de serviço público precedido ou não de obra pública, remunerada mediante tarifa paga pelo usuário e contraprestação pecuniária do parceiro público, ou b) a prestação de serviço de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, com ou sem execução de obra e fornecimento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público. É um contrato administrativo de longo prazo, celebrado em regime de compartilhamento de riscos, remunerado após a efetiva oferta de obra ou serviço pelo parceiro privado, responsável pelo investimento, pela construção, pela operação ou pela manutenção da obra ou do serviço, em contrapartida a garantias de rentabilidade e exploração econômica assegurada pelo Poder Público;

PERMISSÃO DE USO - é a forma pela qual o COMAER consente a prática de determinada atividade incidente em imóvel ou benfeitoria sob a sua jurisdição, a título precário, na forma gratuita ou onerosa, por curto período de tempo, para realizar eventos ou atividades com vistas à utilidade pública, mas no interesse público, de natureza recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou educacional;

PREPOSTO - representante da contratada ou do contratante, responsável por acompanhar a execução de instrumento contratual pactuado pela Administração Pública (empenhos, contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), com terceiros ou com Órgãos e Entidades da própria

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Administração e atuar como interlocutor principal junto à contratante ou contratada, incumbido de receber, de diligenciar, de encaminhar e de responder as questões técnicas, legais, operacionais e administrativas referentes ao instrumento. O preposto da contratante não se confunde com a figura do Fiscal do Contrato, do Fiscal Administrativo ou Técnico do Contrato. Representa o agente que interage com a contratada nos contatos iniciais ou preliminares;

PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA - a Administração não está obrigada, ao contrário do que pode aparentemente parecer, a contratar o licitante vencedor;

PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA - defrontando-se com equívocos, cometidos no exercício da atividade administrativa, pode a Administração revê-los para restaurar a situação de regularidade;

PRINCÍPIO DA CELERIDADE - recentemente positivado no ordenamento jurídico (Inciso LXXVIII, do Art. 5º da Constituição Federal) determina que os processos devem desenvolver-se em tempo razoável, de modo a garantir a utilidade do resultado alcançado ao final da demanda;

PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE - a Administração não pode adotar medidas ou criar regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação;

PRINCÍPIO DA FINALIDADE - a Administração não existe como um fim em si mesmo, sua existência, suas ações e suas prerrogativas são justificadas pela finalidade para as quais ela foi criada, ou seja, prover os interesses da coletividade;

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE - é o que não pertence a uma pessoa especial, ou seja, aquilo que não pode ser voltado especialmente a determinada pessoa;

PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO - os bens e os interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes. Compete-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade;

PRINCÍPIO DA ISONOMIA - a Administração deve dispensar idêntico tratamento a todos os administrados que se encontrem na mesma situação jurídica;

PRINCÍPIO DA PROBIDADE - a atuação do Administrador Público deve, em qualquer hipótese, pautar-se pelos Princípios da Honestidade e da Moralidade, quer em face dos administrados, quer em face da própria Administração;

PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE - objetiva coibir excessos desarrazoados, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, para evitar restrições desnecessárias ou abusivas;

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE - é a qualidade do que é razoável, ou seja, aquilo que se situa dentro de limites aceitáveis, ainda que os juízos de valores que provocaram a conduta possam dispor de forma diversa;

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA - tem por fundamento a necessária previsibilidade dos atos administrativos e estabilização das relações jurídicas. É preciso evitar

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que situações jurídicas permaneçam por todo o tempo em nível de instabilidade, o que, evidentemente, provoca incertezas e receios entre os indivíduos;

PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO - as atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado em benefício da coletividade;

PRINCÍPIO DA VANTAJOSIDADE - a maior vantagem ocorrerá quando a Administração assumir o dever de realizar a prestação menos onerosa e o particular se obrigar a realizar a melhor e mais completa prestação;

PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO - as regras estabelecidas para o procedimento devem ser fielmente cumpridas por todos;

PRINCÍPIO DO CONTROLE JUDICIAL - todos os atos administrativos podem submeter-se à apreciação judicial quanto ao aspecto da legalidade e esse é o natural corolário do Princípio da Legalidade;

PRINCÍPIO DO FORMALISMO MODERADO - a Administração não deve ser formalista a ponto de fazer exigência inúteis e desnecessárias;

PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO - os critérios e fatores seletivos previstos no edital devem ser adotados, inafastavelmente, para o julgamento, evitando-se, assim, qualquer surpresa para os participantes da competição;

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO: trata-se de ação ou método estabelecido pela Administração Pública para a realização das atividades administrativas necessárias ao cumprimento de suas atribuições institucionais, de forma padronizada e sistematizada;

PROCEDIMENTOS COMUNS DE FISCALIZAÇÃO OU DE COMISSÕES (FISCALIZAÇÃO, RECEBIMENTO, CARGA, DESCARGA, EXAME, ALIENAÇÃO, OUTRAS) - além das atribuições gerais deste Regulamento, a Fiscalização ou a Comissão (Fiscalização, Recebimento, Descarga, Exame, Alienação, outras) deverá cumprir e fazer cumprir as orientações operacionais e específicas emitidas pelos Órgãos Centrais dos diversos sistemas instituídos pelo COMAER. A Fiscalização ou a Comissão de Fiscalização de Contratos, em especial, deverá comparecer, mensalmente, à Reunião da Administração da UG para prestar contas dos assuntos que lhe estão afetos;

PROCEDIMENTOS PARA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES ADMINISTRATIVAS OU DISCIPLINARES - são aqueles utilizados pela Administração do COMAER para apuração de irregularidades administrativas ou disciplinares: Sindicância, Inquérito Policial-Militar (IPM), Processo Administrativo Disciplinar (PAD), Termo Circunstanciado Administrativo (TCA), Processo Administrativo de Ressarcimento ao Erário (PARE) e Tomada de Contas Especial (TCE), de acordo com as finalidades a que se destinam, consoante legislação vigente e as disposições constantes neste Regulamento;

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (PGFN) - órgão administrativamente subordinado ao titular do Ministério da Fazenda (MF). É um dos ramos da Advocacia-Geral da União (AGU) e tem como missão assegurar recursos para as políticas

públicas, no exercício de função essencial à justiça, recuperando e defendendo o crédito

público, primando pela justiça fiscal e garantindo o cumprimento da ordem jurídica em prol

da sociedade;

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PROGRAMA DE TRABALHO RESUMIDO (PTRES) - corresponde à codificação resumida do Programa de Trabalho, de forma a facilitar e agilizar sua utilização, sobretudo quanto às consultas do SIAFI. Essa codificação é atribuída automaticamente pelo sistema para cada programa de trabalho;

RECEITA PÚBLICA - é todo ingresso de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o Erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias;

RECOLHIMENTO - consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, responsável pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa;

RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO OU DE COMISSÕES (FISCALIZAÇÃO, RECEBIMENTO, CARGA, DESCARGA, EXAME, ALIENAÇÃO, OUTRAS) - os integrantes da Fiscalização e das Comissões, no exercício das suas atribuições, responderão pelos atos de qualquer natureza por ele isoladamente praticados. A responsabilidade dos integrantes da Fiscalização e das Comissões no exercício das suas atribuições é solidária, somente não abrangendo aquele que, por meio de indispensável argumentação prévia, seguida de comunicação escrita, deixar definida sua discordância com relação à situação considerada;

RISCO - é a expressão da probabilidade de ocorrência e do impacto de eventos futuros incertos que têm potencial para influenciar o alcance dos objetivos de uma organização. Em termos simples e não acadêmicos, risco é todo o evento que pode atrapalhar ou impedir que se atinja o alvo pretendido;

SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO (SPU) - é o Órgão legalmente imbuído de administrar, fiscalizar e outorgar a utilização, nos regimes e condições permitidos em lei, dos imóveis da União, ligada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG);

SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA FEDERAL - é a organização das atividades de programação financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira, que visa ao equilíbrio econômico-financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. O Órgão Central dos Sistema de Administração Financeira Federal é a Secretaria do Tesouro Nacional (STN);

SISTEMA DE CADASTRAMENTO UNIFICADO DE FORNECEDORES (SICAF) - constitui o registro cadastral informatizado do Poder Executivo Federal e é mantido pelos Órgãos e Entidades que compõem o Sistema de Serviços Gerais (SISG), consoante dispõe legislação vigente e própria;

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SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL - é a organização das atividades de Contabilidade Federal que visa a evidenciar as situações orçamentária, financeira e patrimonial da União com a finalidade de registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União;

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DOS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL DA UNIÃO (SPIUnet) - é uma ferramenta que garante apoio à administração dos imóveis de uso especial da União com o objetivo de manter atualizado e operacional o cadastro dos imóveis e seus respectivos usuários, UG ou locatários e arrendatários. Permite o gerenciamento e arrecadação de receitas patrimoniais devidas de aluguel e arrendamento, além de padronizar os procedimentos operacionais das Gerências Regionais do Patrimônio da União;

SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL (SPOF) - é a organização das atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas. O Órgão Central dos Sistema de Planejamento e Orçamento Federal é o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); no âmbito do COMAER, o Órgão Central do SPOF é o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER);

SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS (SIASG) - sistema corporativo informatizado instituído pelo Governo Federal de apoio às atividades operacionais, utilizado pelos Órgãos e pelas Entidades da Administração Federal Direta, Autárquica e Fundacional. Possui três módulos básicos: o Catálogo Unificado de Materiais e Serviços, o Cadastro Unificado de Fornecedores e o Registro de Preços de Bens e Serviços;

SUSPENSÃO TEMPORÁRIA - é a sanção administrativa imposta a fornecedor destinada a impedir que este participe de licitações ou pactue instrumentos contratuais com a Administração Pública enquanto perdurarem os seus efeitos, com prazos máximos definidos em lei;

TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO (TRD) - documento circunstanciado, lavrado por Agente da Administração, de forma isolada ou em comissão, designado pela autoridade competente, para atestar o recebimento definitivo de objeto contratual (bens ou serviços), após a verificação de todas as disposições previstas no procedimento licitatório e/ou nos instrumentos celebrados pela Administração Pública (contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), com terceiros ou com Órgãos ou Entidades da própria Administração;

TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO (TRP) - documento circunstanciado, lavrado por Agente da Administração, de forma isolada ou em comissão, designado pela autoridade competente, para atestar o recebimento provisório de etapa (s) contratual (ais), concomitante à verificação da conformidade do material e/ou serviço aplicado com a especificação definida no procedimento licitatório e nos instrumentos celebrados pela Administração Pública (contratos, convênios, acordos, ajustes, termos de ajustes, termos de cooperação, instrumentos congêneres, outros), com terceiros ou com Órgãos ou Entidades da própria Administração;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO (TCE) - instituição prevista na Constituição Federal para exercer o Controle Externo nos Estados e no Distrito Federal,

conforme disposição nas Constituições Estaduais (CE) de cada ente federado;

UNIDADE ADMINISTRATIVA AUTÔNOMA: é a que dispõe de organização e meios para exercer plena administração própria e tem competência para praticar todos os atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de bens da União e de terceiros, bem como estudar, encaminhar, dar parecer e julgar direitos; e

UNIDADE ADMINISTRATIVA SEMI-AUTÔNOMA: é a que fica vinculada a uma UA autônoma para fins administrativos específicos, tendo, porém, competência para exercer, de forma autônoma, determinadas atividades administrativas.