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RAVENGAR FRANZONI JÚNIOR Projeto de dissertação de MBA: GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

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RAVENGAR FRANZONI JÚNIOR

Projeto de dissertação de MBA:

GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Belo Horizonte

2009

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RAVENGAR FRANZONI JÚNIOR

Projeto de dissertação de MBA:

GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Projeto de Dissertação para o Curso de

Gestão Avançada de Projetos, MBA

Especialização, IETEC - Instituto de

Educação Tecnológica, para o ano de 2009.

Orientador: Prof. João Carlos Boyadjian

Área de Concentração: Gerenciamento de

projetos

Linha de Pesquisa: Bibliográfica e Campo

Belo Horizonte

2009

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Dedicatória

Aos meus pais, Ravengar e Nadir. O primeiro me ensinou o sentido da

vida e a não ter medo até na hora da sua morte. Minha mãe me

protegeu toda a sua vida e até na hora da sua morte.

Página 3

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Agradecimentos

A minha filha Júlia pela severidade da correção dos meus textos

e o seu incentivo.

Ao meu filho Pedro pela compreensão total dos meus textos.

Ao meu amigo Guilherme pelas críticas construtivas.

Página 4

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Epígrafe

“Toda a técnica, por mais técnica que pareça, está a serviço de alguma

ideologia. Acho que poderia ser legal também você destacar isso. O que

está por além desse método que quer elaborar? Por que ele é mais

legal? Só porque é mais eficiente? Por que ser mais eficiente? Só para

ser mais competitivo? Ser mais competitivo pra que? Pra lucrar mais?

Lucrar mais para que? Para gastar mais? Para melhorar a vida dos

empregados? Pra desenvolver "produtos" tecnologicamente

responsáveis com a natureza, o homem e sei lá o que? Você disse mais

adequada às necessidades nacionais. Isso é meio vago. Quais são elas?

Isso deveria ser também um ponto da sua pesquisa: traçar, dentro da

sua proposta, quais são as necessidades nacionais mais urgentes. Logo,

os projetos de inovação tecnológica só serão metodologicamente

responsáveis, legais, bacanas e construtivos caso respeitem e busquem

atender a essas necessidades.”

Comentários da minha filha Julia Franzoni ao meu Resumo, futura

mestranda em Políticas Públicas

“Mil vezes a experiência tem demonstrado mesmo em pessoas não

particularmente dadas a reflexão, que a melhor maneira de chegar a uma

boa idéia é ir deixando discorrer o pensamento ao sabor dos seus

próprios acasos e inclinações; mas vigiando-o com uma atenção que

convém parecer distraída, como se estivesse a pensar noutra coisa, e de

repente salta-se em cima do desprevenido achado como um tigre sobre a

presa.”

O Evangelho Segundo Jesus Cristo (71), José Saramago

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RESUMO

Em recente pesquisa elaborada pelo CONFEA – Conselho Federal de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia, foram constatadas as dificuldades para contratação de

tecnólogos e o pouco grau de interesse em desenvolvimentos tecnológicos. Por

outro lado, a globalização e o avanço tecnológico são uma característica

predominante no mundo atual, o que faz com que as empresas, na busca por

sucesso, procurem cada vez mais obter benefícios dessas mudanças tecnológicas

na consecução de seus negócios.

É neste contexto que a Gestão de Tecnologia e da Inovação torna-se tanto mais

importante, fazendo com que a variável tecnológica seja integrada ao

planejamento estratégico da empresa, espalhando-se por todas as unidades de

negócio da organização. A Gestão da Tecnologia, numa abordagem mais

abrangente, e a gestão do conhecimento permitem às empresas inovadoras

diferenciar-se por meio de seus produtos ou de processos mais eficientes a fim de

obter maiores vantagens competitivas.

Este trabalho procura definir um procedimento para a Gestão da Inovação

Tecnológica, na busca pelos melhores projetos para comporem seus portfólios.

Para tanto, é apresentado um processo de como gerenciar os portfólios de

projetos tecnológicos nas empresas, como parte integrante de sua estratégia.

O principal enfoque é apresentar um levantamento das metodologias de gestão

utilizadas por empresas brasileiras para a geração de projetos de inovação. Serão

realizadas comparações entre as metodologias identificadas, confrontando-as com

as metodologias encontradas nas práticas de gestão de projetos. Finalmente,

serão feitas recomendações para o estabelecimento de um método de geração de

projetos de inovação tecnológica mais adequada às necessidades nacionais.

Palavras - Chave: Gestão tecnológica, Gestão da inovação tecnológica, Inovação,

P&D.

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RESUMO EN ESPAÑOL

En una investigación reciente elaborado por CONFEA - Consejo Federal de

Ingeniería, Arquitectura y Agronomía, se encontraron dificultades en la

contratación de tecnología y bajo nivel de interés en los avances tecnológicos.

Además, la globalización y los avances tecnológicos son una característica

predominante en el mundo de hoy, lo que significa que las empresas en la

búsqueda de éxito, buscando ganar cada vez más del cambio tecnológico en el

logro de sus negocios.

En este contexto, la gestión de la tecnología y la innovación se hace más

importante, haciendo que la variable de la tecnología se incorpora en la

planificación estratégica de la empresa, se extendió a todas las unidades de

negocio de la organización. La Dirección de Tecnología, en un enfoque más

amplio, y la gestión del conocimiento que permitan a las empresas innovadoras a

través de diferenciar sus productos o procesos más eficientes con el fin de lograr

una mayor ventaja competitiva.

Este documento pretende definir un procedimiento para la Gestión de la

Innovación Tecnológica en la búsqueda de los mejores proyectos para añadir sus

carteras. Por lo tanto, un proceso de cómo administrar las carteras de proyectos

en empresas de tecnología como parte de su estrategia. El objetivo principal es

proporcionar una visión general de los métodos de gestión utilizados por las

empresas brasileñas para la generación de proyectos de innovación. Se hacen

comparaciones entre las metodologías identificadas, se enfrentan con los métodos

se encuentran en la práctica de la gestión de proyectos. Por último, se formulan

recomendaciones para establecer un método de generación de proyectos de

innovación tecnológica más adecuada a las necesidades nacionales.

Palabras - clave: Gestión de la tecnología, la Gestión de la Innovación

Tecnológica, La Innovación, P&D.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: A Relações do Conhecimento

Figura 2: O Contexto da Inovação Tecnológica

Figura 3: Modelo Conceitual do processo de Avaliação e Seleção de Projetos de

Inovação Tecnológica

Figura 4 – Exemplo de um Fluxogarama de Processo de Inovação gerado no

BizAgi

Figura 5 - Exemplo da Modelagem exportado para o Word

Figura 6 – O Ciclo PDCA

Figura 7 – Modelo de Pontuação [23]

Figura 8 – Visão de Alto Nível

TABELAS

Tabela 1 – Práticas/Ferramentas de Gestão de Tecnologia.

Tabela 2 – Praticas de Gestão da inovação propostas pela INNOREGIO [9].

Tabela 3: - Estrutura de inovação das técnicas de Gestão e Inovação [11]

Tabela 4 – Fases do processo Seis Sigmas após a modelagem pelo BPM

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

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SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO1.1 Problema, Hipóteses e Justificativas

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivos Gerais

1.2.2 Objetivos Específicos

1.3 Metodologia

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 Práticas/Ferramentas de Gestão de Tecnologia e Inovação

2.2 Projeto de Inovação Tecnológica pela PROTEC

2.3 Gerenciamento De Projetos

2.4 Gerenciamento de Projetos, Programas e Portfólios

2.5 BPMN e Seis Sigmas

2.6 O Ciclo PDCA

2.7 Técnica de Seleção de Projetos de Inovação

2.8 Gestão de Múltiplos Projetos.

3. A INOVAÇÃO TECNOLOGISTA NO BRASIL3.1 Situação Atual conforme AMPEI

3.2 Estudo de Casos

3.3 Referências Organizações Nacionais Ligadas a Gestão Tecnológicas

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS5. A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO 6 CONCLUSÃO7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

Xenofobia é o medo (fobia, aversão) que o ser humano

normalmente tem ao que é diferente (para este

indivíduo).Este medo esta presente no dia a dia das

nossas vidas. Temos medos, culturais, raciais e incluo

tambem as Inovações Tecnológicas.

Desde o início de minha vida profissional, no princípio dos anos setenta, tenho

sido testemunha de experiências de implementação de Melhoria de Qualidade em

diversas empresas, sobretudo nas pertencentes a grupos multinacionais. Todas

elas foram colocadas em prática de acordo com modelos propostos por

especialistas estrangeiros e, na maioria dos casos, o esforço empreendido em sua

execução não foi compensado com bons resultados, ocasionando um progressivo

abandono das mesmas. Não obstante, técnicos e especialistas continuam

tentando adequar estes métodos – que estão disponíveis no mercado sob

diversos nomes e denominações – à realidade brasileira. Por que teorias com

práticas supostamente tão eficazes têm aplicação tão difícil em nossa realidade?

Quais os fatores que poderiam nos aproximar de algum sucesso e,

conseqüentemente, permitir a continuidade na implementação das atividades?

No tocante às metodologias propostas pelos especialistas, pode-se dizer que elas

compartilham uma espinha dorsal comum, correspondente ao que entendemos

como "método científico". Assim, é possível argumentar que são variações

originadas de uma mesma raiz; evoluções tonais de uma mesma melodia. Equipes

de sucesso não se caracterizam pela aplicação obsessiva de métodos. No

complexo jogo das relações sociais, outros aspectos complementares tendem a se

impor e a configurar fatores mais decisivos. Dentre estes aspectos, podemos citar

o ambiente de trabalho em uma empresa, o fator humano e as complexidades

técnicas e relacionais da vida cotidiana.

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Ao longo da minha vida, aprendi que as pessoas agem a partir de um mecanismo

de rejeição a qualquer tipo de mudança, e isso vale também para o ambiente de

trabalho. Aprendi também que instabilidades psicológicas elevam o risco do erro, o

que só corrobora a idéia do mecanismo de rejeição, ulteriormente inibidor do

sucesso. Portanto, se quisermos aumentar as chances de sucesso e as

probabilidades de continuidade, temos que dedicar atenção especial à

neutralização dos efeitos destes mecanismos mentais e psicológicos.

Por outro lado muitas pessoas, e me somo a elas, se debruçam hoje sobre o tema

da gestão do conhecimento com uma forte impressão de que se trata de algo

totalmente novo, algo revolucionário, que está mudando radicalmente a estratégia

das organizações, sendo o seu domínio imprescindível, e assim por diante. Se

fizermos pesquisas no mundo da internet ficaremos impressionados com os

milhares de páginas dedicadas ao tema.

Na verdade, a gestão do conhecimento tem ocupado um espaço privilegiado nos

cenários de preocupações ascendentes de nossa época. Mas qual seria a razão,

ou melhor, as razões? Dificilmente conseguirei enumerar todas elas, mas talvez

seja interessante ponderar sobre algumas.

O tratamento do conhecimento não é, absolutamente, algo de novo. Poderíamos

até dizer que ele é tão antigo quanto o ser humano. Imagino que, quando o

homem desceu das árvores e olhou para o alto, iniciou anotações sobre o

comportamento dos astros. Os sofistas e/ou pré-socráticos, a cultura milenar

chinesa e outros povos então ignorados pela civilização ocidental já se

preocupavam em registrar e transmitir seus pensamentos e interpretações sobre

os acontecimentos a sua volta.

Este intróito pode parecer óbvio e desnecessário, mas é importante que nos

lembremos de que estamos lidando com um velho problema, que já era fonte de

preocupações para Platão: como gerir o conhecimento? E mais: se este

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conhecimento e a sua gestão são tão antigos, por que estão ocupando espaço

cada vez maior na pauta do dia?

Em meu ponto de vista, os elementos que compõem a atual idéia de gestão de

conhecimento foram agregados em momentos diferentes. O início da revolução

industrial, por exemplo, contribuiu para que houvesse um significativo avanço

metodológico, a partir do enfoque no conhecimento dos processos e nas

tecnologias. Hoje, esta preocupação cedeu lugar à convicção de que

conhecimento verdadeiro está nas pessoas.

Por outro lado, desde o início do processo chamado globalização, as empresas

brasileiras têm se defrontado com ambientes competitivos, complexos e instáveis,

que se configuram como permanente desafio estratégico, sobretudo em função

das incertezas. As empresas são obrigadas a uma constante adaptação de suas

estratégias organizacionais ao contexto interno e externo. Para sobreviver, devem

interagir com seu meio através do atendimento ideal ao cliente e de um

posicionamento adequado em seu mercado. Desta forma, é necessário que

estejam sempre buscando a inovação, seja em seu produto, processo ou serviço.

A inovação, como elemento crucial de vantagem competitiva, ocorre, por exemplo,

através de lançamentos de novos produtos que, por sua vez, garantem a captura

de parcelas de mercado, bem como a manutenção de clientes ávidos por

novidades, gerando, portanto, retornos de investimento às empresas. Exemplos

que já são clássicos mostram que empresas conseguem vantagens significativas

ao se dedicarem à inovação, como o Citibank, pioneiro dos serviços por caixas

eletrônicos, ou a Benetton, pelo uso de sofisticados sistemas de tecnologia de

informação.

BLECHER (1998) começa seu artigo na Revista Exame fazendo os seguintes

questionamentos:

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“Qual a questão mais vital para as empresas hoje? Capital? Estratégia? Produtos

inovadores? Tecnologia de Ponta? São, todos eles, itens poderosos. Mas

subitamente perdem a intensidade e a força quando confrontados com outro

tópico: o talento. Nada é tão vital na agenda das empresas, hoje, como o talento.

Porque sem talento, o resto - capital, estratégia, produtos inovadores e o que mais

se queira - simplesmente não se consegue. Ou se consegue apenas em doses

insuficientes para estes ásperos e perigosos tempos de competição exacerbada.

Guerra do talento. Foi assim que a americana McKinsey, a maior consultoria

mundial de gestão, batizou um recente estudo no qual foram investigadas 77

empresas e ouvidos mais de 6000 executivos. A principal conclusão: atrair e

segurar talentos são desde já o principal desafio para as empresas nos próximos

dez anos. Talento, segundo a McKinsey, será a mais importante vantagem

competitiva com que uma corporação poderá contar no próximo milênio (107-

114).”

Portanto, nos dias de hoje, o que realmente importa às empresas é a busca de

gente de primeiríssima qualidade para a sobrevivência dos negócios. Como tudo

muda muito rapidamente, está também mudando a maneira como as grandes

empresas recrutam boas cabeças.

Para SANTOS (2000), a Gestão do Conhecimento:

“É o segmento da administração que trata das questões críticas de adaptação,

sobrevivência e competência organizacional face ao processo turbulento de

mudanças. Tem como objetivo: reunir processos organizacionais que produzam

combinações sinérgicas entre dados, capacidade de processamento de

informações e capacidade criativa e inovadora de recursos humanos. Tem como

missão: orientar a empresa inteira para produzir conhecimento, o bem mais

valioso da nova economia e descobrir formas para aproveitar, difundir, combinar

e lucrar com o conhecimento. Gestão do Conhecimento vai além da Gestão da

Inovação de produto e processo, incluindo a Gestão do conhecimento sobre

mercados, tendências nos processos de desenvolvimento tecnológico, legislação

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relacionada à empresa e outros fatores que determinam a vantagem competitiva

da empresa, aprimorando-se de técnicas e métodos de Inteligência Competitiva.”

VALLIM (2000), no entanto, já se reporta à Gestão do Conhecimento como uma

"filosofia que vem tomando conta do mundo corporativo". Para a autora, a Gestão

do Conhecimento é apenas o gerenciamento inteligente, ordenado, sistematizado

e eficaz de tudo aquilo que a empresa sabe e que agregue valor ao negócio. O

que a empresa sabe e que conhecimento é este? São os processos, os produtos,

as matérias-primas; é o que está contido nos documentos, nas publicações e é

também o know-how, a experiência, a criatividade, as habilidades que fazem parte

do conhecimento tácito ou implícito, difícil de ser mensurado ou mesmo

reconhecido.

DRUCKER (1997), na Seção Dossiê, da HSM Management, também pondera

sobre a produtividade do "trabalhador do conhecimento", termo criado por ele há

41 anos, em seu livro The Landmarks of Tomorrow. De acordo com ele, o

conhecimento generalizado não existe mais. "Para ser efetivo, o conhecimento

tem de ser especializado. Isso quer dizer que o ‘chefe’ já não poderá saber o que

o seu subordinado está ou deveria estar fazendo. Isso enfatiza a figura do operário

do conhecimento (...)" (p. 63-80).

Não faz parte deste trabalho a discussão sobre o tema Gestão de Conhecimento.

Intenta-se aqui mostrar que inovação sem Gestão do Conhecimento não é um

procedimento adequado. Apresenta-se, neste sentido, um método de

Gerenciamento da Inovação Tecnológica, considerando que a inovação

tecnológica está numa cadeia ligada à Gestão do Conhecimento, como

demonstrado na figura abaixo.

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Figura 1 : A Relações do Conhecimento

O Planejamento da Qualidade, em qualquer que seja o segmento ou cenários,

estará sempre ligado à criatividade e, conseqüentemente, à inovação. A inovação

busca melhores alternativas; busca um caminho distinto daquele que

rotineiramente utilizamos; busca criar processos ou produtos que tragam

benefícios a todos interessados: às empresas, à sociedade e ao planeta. Assim

sendo, a Gestão de Projetos de Inovação Tecnológica também deve conter algo

de inovador.

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1..1 Problema, Hipóteses e Justificativas

Estudo da Anpei – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e

Engenharia das Empresas Inovadoras, denominado Inovação Tecnológica no

Brasil (2006) traz uma série de informações de interesse para o trabalho ora

desenvolvido.

No Sumário Executivo do referido estudo, página 7, lê-se que: “salvo raras

exceções, as empresas brasileiras ainda não atribuem valor estratégico à

tecnologia”. Entre as razões levantadas estão o porte da empresa e a origem do

capital.

Comparado aos de outros países, o quadro no Brasil é pouco alentador para a

utilização da Gestão do Conhecimento como ferramenta competitiva. Um recente

estudo do CONFEA conclui que somente 39% das empresas brasileiras contratam

engenheiros tecnólogos. O restante delas considera que tal mão de obra tem

limitado potencial de crescimento e desenvolvimento futuro. Ainda assim, alguns

setores, como os eletrônicos, químicos e mecânicos, apresentam taxas razoáveis

de investimentos em P&D e inovação.

Dentro do quadro exposto, há necessidade de uma melhoria na Gestão do

Conhecimento e, também, de novas Metodologias para o Gerenciamento de

Projetos de Inovação Tecnológica. TORNATZKY e FLEISCHER (1990)

apresentam um modelo de inovação tecnológica em que a organização, a

tecnologia e o meio ambiente externo fazem parte de um esquema que envolve o

processo de tomada de decisão para inovação tecnológica.

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Figura 2: O Contexto da Inovação Tecnológica, adaptado de Tornatzky e Fleischer [6]

Assim, surge a questão norteadora para esta dissertação: de que forma o

Gerenciamento de Projetos de Inovação Tecnológica deve ser articulado em suas

diversas etapas para orientar esforços e recursos?

Pretendemos, com esta dissertação, contribuir com:

• Gerentes de Projeto em inovação tecnológica, apresentando estudos

atuais e relevantes como fundamentação teórica sobre o tema em

estudo;

• Empreendedores e diretores de organizações, uma vez que provê

orientações para o estabelecimento de boas práticas de gerenciamento,

frente a uma realidade de mudanças permanentes e aceleradas;

• O corpo gerencial de organizações, indicando ações a serem

implementadas de acordo com as necessidades e possibilidades da

empresa, em conformidade com seu ciclo de vida;

• Indivíduos e grupos de organizações, pois discute formas de participação

e retorno das atividades organizacionais, promovendo a criação de uma

cultura própria e favorável à inovação e à realização no trabalho.

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• A gestão da inovação tecnológica, pois associa elementos estáticos de

gestão ao dinamismo do processo evolutivo das organizações.

1.2 Objetivos

Por trás dos novos produtos e tecnologias de sucesso há um trabalho sistemático

de gerenciamento da inovação tecnológica. Pode-se afirmar que alguns autores

têm, como premissa básica para a definição dos critérios de adoção de novas

tecnologias, a relação sistêmica entre capacidades e experiências tecnológicas

com experiências adquiridas, procurando mostrar que os determinantes de uma

estrutura tecnológica envolvem, basicamente, o ambiente externo e interno, a

evolução tecnológica, a definição da estratégia e as formas de manutenção. O

objetivo de nossa dissertação é o estabelecimento e análise destes critérios dentro

de um plano de Gerenciamento.

1.2.1 Objetivos Gerais

Descrever os principais aspectos relacionados ao gerenciamento de

Projetos de Inovação Tecnológica;

Propor um modelo de gerenciamento para as empresas nacionais

industriais; baseado em ferramentas de práticas do PMBOK.

1.2.2 Objetivos Específicos

Descrever os principais aspectos relacionados à execução de projetos,

enfatizando-se as atividades de planejamento e estruturação

organizacional, conforme a teoria existente, em organizações-padrão;

Levantar práticas de gerenciamento de projetos em organizações de

tecnologia, bem como reconhecer os processos e ferramentas do mesmo;

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Estabelecer premissas básicas para o gerenciamento de projetos de

inovação.

1.3 Metodologia

Esta dissertação é uma tentativa de entendimento dos fatores de sucesso ou

insucesso no âmbito das empresas que intentam criar conhecimentos para gerar

vantagens competitivas e, conseqüentemente, gerar inovações, sejam elas

radicais ou incrementais. Far-se-á um estudo comparativo abrangente sobre o

processo de criação de conhecimento empresarial a partir dos modelos existentes,

a fim de teorizar acerca de um "modelo brasileiro". Para entrevistar os envolvidos

nos projetos das empresas selecionadas, elaborou-se um roteiro que leva em

conta aspectos de demanda por informação e formação em gerência de projetos.

O roteiro foi dividido em seções: informações gerais, fundamentação teórica,

estudo de casos em projetos e nossas proposições . Como pilar da dissertação,

será utilizado às metodologias inseridas no “TEMA GUIDE: Pautas Metodológicas

en Gestión de la Tecnología y de la Innovación para Empresas (1998)” [8]

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Práticas/Ferramentas de Gestão de Tecnologia e Inovação

De acordo com o Temaguide [8], a gestão da tecnologia pode ser organizada de

modo sistemático antecipando-se a futuros requisitos, ou de modo flexível

respondendo as necessidades urgentes ou novas necessidades que vão surgindo.

Para suprir as necessidades da gestão tecnológica, as ferramentas (praticas)

segundo Temaguide (1999) de modo prático auxiliam no:

Gerenciamento de projetos;

Preparação antecipada de um novo projeto;

Preparação do lançamento do produto no mercado;

Aumento do rendimento da empresa;

Outros.

A palavra “ferramenta” e utilizada por ser um termo simples e também por ser uma

expressão que indica um beneficio pratico direto, alem de indicar que o usuário da

ferramenta controla o como deve ser aplicado e como se utiliza. As ferramentas ou

praticas selecionadas a seguir são descritas pela fundação Cotec – Fundacíon

para La Innovacíon Tecnológica[10] no trabalho de Temaguide [8] foram

desenvolvidas com o intuito de sistematizar a maneira como as praticas de GTI

(Gestão de Tecnologia da Inovação) são aplicadas e são agrupadas em “cluster”

ou grupos de praticas, normalmente referenciadas como TM Tools. As

ferramentas descritas pela Cotec são um processo de seleção de varias técnicas

utilizadas por varias empresas (estudo de caso), cujo propósito e auxiliar os

usuários na gestão da tecnologia e inovação. Algumas dessas ferramentas são

conceitos de técnicas que se tornaram usuais ou novas formas de aplicação de

uma ferramenta bem conhecida, como e o caso do benchmarking, não utilizada

especificamente para a gestão da tecnologia, mas adaptadas para cada processo.

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A seguir são descritas as praticas com o objetivo especifico e as técnicas formais

normalmente utilizadas.

TM Tools - Ferramentas de GTI

Objetivo Técnicas formais

1. Analise de Mercado Analisar todos os aspectos do mercado, e em

particular comportamento e necessidades do

cliente, a fim de obter informação valiosa para

alimentar o processo de inovação, por

exemplo, com o objetivo de identificar e avaliar

especificações de novos produtos.

• Analise conjunta

• Usuário Líder

• QFD

2. Prospecção Tecnológica Empresas precisam estar cientes de

desenvolvimentos tecnológicos interessantes e

revisar a relevância destes desenvolvimentos

para o negocio da empresa. Eles devem

fornecer oportunidades estratégicas ou

ameaças ao negocio. Atividades de previsão e

prospecção são caminhos para coletar

inteligência sobre tecnologia e organizações.

• Técnicas de previsão

• Técnicas prospectivas

• Método Delphi

• Arvore de Relevância

3. Analise de Patentes Obter e avaliar informação de patente o que

encontra varias aplicações para gestão

estratégica da tecnologia: Monitorar competidor

tecnológico, gestão de P&D, Aquisição de

tecnologia externa, Gestão do portfólio de

patentes, Vigilância da Área do Produto, gestão

de recursos humanos

• Portfólio de Patentes no Nível

corporativo

• Portfólio de patentes no nível

técnico

• Previsão tecnológica

4. Benchmarking Benchmarking e o processo de melhorar o

desempenho continuamente identificando,

compreendendo, e adaptando praticas

proeminentes e os processos encontrados

dentro e fora de uma organização (companhia,

organização publica, universidade, faculdade,

etc.).

• Competitivo

• Funcional

• Genérico

• Industrial

• Desempenho

• Estratégico

• Tático

5. Auditoria Tecnológica Auditorias de habilidades, tecnologia e

inovação são ferramentas de diagnostico que

podem ser integradas em varias funções

tecnológicas.

• Auditoria de competências

• Auditoria de tecnologias

• Auditoria de inovação

6. Gestão de Propriedade intelectual

Ajudar na protecao e gestao de direitos

(patentes) os quais podem ser reforcados em

produtos da mente humana obtida como

resultado de inovacoes.

• Sistema de patentes

• Vantagens do primeiro entrante

• Segredos industriais

• Licenciamento

• Transferência

• Contratos em Consórcios

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7. Gestão ambiental Melhorar como a empresa identifica e endereça

questões ambientais e Recursos no processo

produtivo

• Minimização de Lixo

• Design sustentável do produto

• Marketing Ambiental

• Analise do Ciclo de Vida

• Ecossistema industrial

• Sistemas de Gestão Ambiental

• Gestão Total da Qualidade

Ambiental

• Auditorias ambientais

• Contabilidade total dos custos

• Relatórios ambientais

8. Gestão de Projetos Apoiar no processo de aplicação de recursos

escassos para atingir metas estabelecidas em

tempo e custos restritos. Apoiar a equipe e

assegurar que comprometimento e mantido por

todas as pessoas. Assegurar que informação

apropriada e comunicada para todas as partes

interessadas para permitir que boas decisões

sejam feitas

• Estrutura de Desmembramento

de trabalho

• Fluxogramas

• Cronogramas

• Redes baseadas em atividades

• Acompanhamentode marcos

9. Avaliação de Projetos Fornecer informação para estimar o valor de

um projeto potencial com referencia particular

para estimação de custos, recursos e

benefícios, a fim de obter uma decisão sobre

prosseguir ou não com um projeto. Um

segundo uso e para monitorar e terminar

projetos.

• Analise de fluxo de caixa

• Checklists

• Arvores de Relevância

10. Gestão de Portfólio Técnicas de Gestão de Portfólio (PM) são

maneiras sistemáticas de olhar um conjunto de

projetos de P&D, atividades ou ate áreas de

negocio, com o objetivo de atender um

equilíbrio entre risco e retorno, estabilidade e

crescimento, atratividade e reveses em geral,

fazendo o melhor uso dos recursos disponíveis.

A definição de ótimo varia de acordo com

ambições, competência, visão e cultura de

empresas individuais.

• Matrizes 2D e 3D

• Valor esperado x probabilidade de

sucesso

• Impacto de P&D na posição

competitiva x familiaridade do

mercado

• Conhecimento da tecnologia x

mercado competitiva x maturidade

• Posição tecnológica industrial

• Orçamento anual x impacto

competitivo da tecnologia

11. Networking Dispor e manter cooperação entre empresas e

entre organizações de negócios e

organizações de P&D, incluindo universidades,

a fim de obter acesso a idéias e tecnologias e

compartilhar habilidades, recursos, informação

e expertise

• Alianças estratégicas de longo

prazo

• Colaboração de curto prazo

• Elos informais e contatos nao

planejados

• Acordos

12. Criatividade Criatividade e uma característica de indivíduos, • Criatividade e gestão estratégica

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grupos e organizações. Técnicas de

criatividade podem ajudar indivíduos

particulares ou grupos a se tornarem mais

criativos ou usar sua originalidade de

pensamento ou inventividade para situações

particulares. Resolução criativa de problemas

de uma aplicação da criatividade e técnicas de

criatividade para problemas e para

oportunidades de melhoramento.

• MPIA

13. Criação de Equipes Desenvolver a cultura da organização em que

times precisam operar Decidir a de habilidades

e experiências Trabalhando composição de

equipes especifica recrutando e gerindo

indivíduos para assegurar um mix apropriado

com a equipe para melhorar níveis de

confiança, cooperação e entendimento sobre

as tarefas a serem cumpridas

• Equipes fixas

• Equipes espontâneas

• Equipes de projeto

• Equipes com mudanças freqüentes

• Grupos com trabalho disperso

resolução de problemas

• Equipes para melhoria da

qualidade

14. Gestão de Mudanças Um meio estruturado de programar mudança

na empresa, sempre que envolve

transformação organizacional na maneira como

a empresa faz as coisas.

• Fases do processo para realizar

mudanças bem sucedidas

15. Gestão de Interface Transpor barreiras ou fomentar e encorajar a

cooperação entre entidades separadas

departamentos, pessoas ou ate diferentes

(organizações) durante o processo inovativo.

• Técnicas relacionadas a estrutura

organizacional e processos.

16. Produção Enxuta Analisar todas as atividades dentro de um

processo (dentro ou fora da empresa)

identificando e eliminando “lixo”,definido como

atividades que não agregam valor

• Just-in-time

• Layout de produção

• Kanban

17. Melhorias Continuas Ferramentas para apoiar a uma organização baseada no aprendizado e empresa a ser

tornar aprimoramento continuo, conforme

preceituado pelo “Kaizen”

• Ciclo de resolução de problema

• Brainstorming

• Diagramas de causa e efeito

• Diagramas de fluxo

• Planilhas de verificação

Desmembramento de

Desmembramento de

Tabela 1 – Práticas/Ferramentas de Gestão de Tecnologia – TM Tools. Fonte: TEMAGUIDE[8]

Alem da Temaguide (8), existem outras propostas de praticas para a GTI, como e

o caso da Innoregio [9] cuja proposta também e auxiliar as empresas no processo

de inovação através da implementação de técnicas de gestão da inovação. A

Innoregio é um projeto de cooperação transregional com a participação de

organizações acadêmicas e tecnológicas, cujo objetivo e o desenvolvimento e

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difusão de técnicas e métodos que auxiliam organizações na implementação de

sistemas de regionais de inovação. Neste projeto, foram elaborados materiais de

auxilio a implementação de 20 praticas ou técnicas de gestão da inovação,

divididas em 4 áreas, cada uma com suas ferramentas especificas, demonstradas

no quadro a seguir.

Área Técnica/PráticaInvestigação e Desenvolvimento 1. Criatividade

2. Gestão dos Recursos Humanos

3. Vigilância Tecnológica

4. Marketing de Inovação

5. Envolvimento dos Empregados

Transferência de Tecnologia 6. Auditoria Tecnológica

7. Benchmarking

8. Avaliação de Tecnologias

9. Clinicas Tecnológica

Desenvolvimento de novos Produtos eServiços

10. Propriedade Intelectual, patente e Licenciamento

11. Gestão de Projetos

12. Desenvolvimento e Design de Produtos

13. Re-engenharia de Processos de Negócios

14. Plano de Necessidades de Materiais -MRP

15. Computer Aided Design – CAD

16. Gerenciamento da Qualidade total

17. Gerenciamento de Recursos Humanos

Networking e Cooperação Inter-Empresas 18. Analise do Valor

19. Comercio Eletrônico

20. Gestão da Cadeia de Fornecedores

Tabela 2 – Praticas de Gestão da inovação propostas pela INNOREGIO [9].

Ja TIDD, BESSANT & PAVITT [10] propõem 54 praticas, ferramentas ou técnicas

que auxiliam no trabalho de inovação em uma organização. Essas ferramentas

propostas neste trabalho podem ser aplicadas em áreas distintas

(Desenvolvimento e estratégias de inovação, (Estratégias de suporte

organizacional, Mecanismos de implementacao efetivos dentre outros) ou em toda

a empresa em geral. Os autores colocam como uma “enciclopédia” geral de

ferramentas que podem ser escolhidas em diferentes temas associados com o

desenvolvimento da capacidade de gerenciamento da inovação. Podem ser

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encontradas ferramentas que em outros trabalhos como no do Temaguide (1999)

são colocadas somente como técnicas utilizadas no auxilio a uma determinada

ferramenta. Especificamente para Pequenas e Medias Empresas (PMEs), Mattos

e Guimaraes (2005, p. 96), propõem técnicas de Gestão da Inovação de

aplicabilidade comprovadas por projetos da União Européia, através de um

modelo interessante, no qual as ferramentas são agrupadas em diferentes áreas

de foco, como mostrado a seguir:

Área de foco Técnicas de Gestão da InovaçãoConstruindo condições para a inovação 1. Auditoria tecnológica

2. Liderança, organização do trabalho e funcionalidade de

equipes

3. Gerencia de projetos

Aprimorando a competitividade operacional 4. Planejamento das necessidades de materiais

5. Gestão da cadeia de suprimentos

Aprendendo e projetando o futuro 6. Benchmarking

7. Inteligência competitiva

8. Vigilância tecnológica

Sistematizando a inovação 9. Estimulo a criatividade

10. Marketing da inovação

11. Avaliação tecnológica

Tabela 3: Estrutura de inovação das técnicas de Gestão e Inovação [11]

Segundo os autores, as áreas de foco estão interligadas através dos processos,

bens e serviços que indicam os meios e os produtos os quais a empresa atende

ou explora uma oportunidade de negocio e também interligadas por informações e

conhecimento do cliente como estratégia de sobrevivência e competitividade do

mercado. Para as técnicas propostas acima, os autores não recomendam que as

empresas “abram múltiplas frentes, simultaneamente, pois acabara tendo de

gerenciar as conseqüências das mudanças, em vez de se beneficiar de seus

resultados”.

2.2 Projeto de Inovação Tecnológica pela PROTEC [16]

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“A Protec Pro Inovação Tecnológica, é uma associação civil em prol da inovação

tecnológica nacional, tem como objetivo estimular, fomentar e mobilizar os

diversos segmentos da sociedade e do poder público em toda e qualquer atividade

que promova a pesquisa e o desenvolvimento de inovações tecnológicas

realizadas no País, procurando elevar a competitividade e a eficiência das

empresas em geral na produção de bens, processos e serviços.”

A Protec no seu curso de “Projetos de Inovação Tecnológica “, o qual é

disponibilizado gratuitamente a sociedade propõe uma metodologia que listamos

abaixo.

1. Objetivo: É a formulação resumida, em palavras chaves, do resultado

almejado com o projeto. O que se quer com o Projeto?

2. Justificativa: É o arrazoado em que o idealizador ou o responsável pelo

projeto defende sua idéia e oferece elementos de convencimento quanto a

conveniência de a organização incorrer nos gastos necessários para sua

execução. A justificativa deve abordar as questões intrínsecas quanto às

estratégias e as questões econômicas e financeiras e os impactos

extrínsecos.

3. Escopo: Indica o alcance do Projeto. De onde ele parte e até onde ele vai.

4. Metodologia de Inovação Tecnológica: Mostra a maneira pela qual se

espera atingir os resultados almejados.

5. Atividades: Atividades que fazem parte da execução do projeto:

Levantamento Bibliográfico

Busca no Sistema Internacional de patentes

Desenvolvimento em Laboratório de Protótipo

Contratação de assistência técnica

Desenvolvimento em escala piloto

Produção de protótipos em escala Piloto

Projeto de Engenharia

Comercialização Pioneira

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Etc.

6. Identificação dos Recursos Necessários: Listagem estimada de todos onde

incidirão custos

7. Cronograma Físico: Cronograma atividades no tempo

8. Orçamento: Previsão estimada dos gastos a serem incorridos em cada item

do projetoFluxo de caixa: Resultado líquido dos valores dos ingressos e

dispêndios, no tempo, ao longo da execução do projeto.

9. Identificação das Fontes de Financiamento: Recursos próprios, aportes de

acionistas, capital de risco, capital semente, financiamentos, subvenção,

poder de compra dos estados

2.3 Gerenciamentos de Projetos

A Gestão de Projetos deve ser feita construindo uma nova forma de

Gerenciamento e ao mesmo tempo desativando   pouco a pouco a forma anterior.

Deve-se sempre "transformar"  o  sistema anterior na nova forma de gerenciar.

Para isto é fundamental  os  profissionais  que trabalham no sistema anterior, pois

eles é que melhor  poderão  contribuir para esta metamorfose. Finalmente quer

pelo  aparecimento  de  novas  contribuições,  quer  pelo domínio dos  estágios  , 

será  sempre  necessário  para  uma   empresa, manter uma vigilância sobre as

mudanças, para que as transformações sejam administradas. Dia a dia surgem

novas idéias e novos recursos e um desejo de incorporar ou trocar tais benefícios.

Esta abordagem é o que significa o termo “gestão organizacional dos projetos” (ou

gestão por projetos), que pode ser definida como “a aplicação do conhecimento,

habilidades, ferramentas e técnicas às atividades de todos os projetos da

organização para alcançar os resultados dos seus negócios e atender aos seus

objetivos estratégicos”.

Enquanto os projetos individuais podem ser considerados táticos, a gerência

organizacional dos projetos é, por definição, estratégica porque, usada

corretamente, reflete uma estratégia de negócios da organização, fornecendo uma

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perspectiva e política de alto nível em relação ao uso dos recursos críticos da

empresa que impactam diretamente os resultados financeiros. Vista de uma forma

clara, a gestão organizacional dos projetos é uma vantagem estratégica em uma

economia altamente competitiva.

A pergunta, então, torna-se: Como uma organização pode melhor se capacitar e

obter as melhorias desejadas na área de gestão organizacional dos projetos?

Primeiramente, a organização necessita saber quais práticas específicas -

conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas - para a gestão

organizacional dos projetos são comprovadamente úteis para a

organização;

Em segundo lugar, a organização necessita avaliar o seu estado atual na

gestão organizacional de projetos de acordo com estas práticas desejadas;

e

Terceiro, se a organização desejar, de fato, seguir o caminho para a

melhoria, ela deve empreender os esforços necessários para aumentar as

capacidades específicas que forem identificadas como requisitos dessa

melhoria.

Qual é o problema?

Sabemos que projetos são importantes e críticos na empresa. Será que temos

respostas as seguintes perguntas sobre os nossos projetos?

Quantos projetos estão sendo realizados?

Quantos foram concluídos no último ano, mês?

Quantos projetos devem ser iniciados?

Qual o tamanho dos projetos?

Qual o custo dos projetos?

Qual o tempo dos projetos?

Qual a qualidade dos projetos?

Quais os recursos necessários para realizar os projetos?

Quais os riscos dos projetos?

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Como os projetos estão sendo gerenciados?

Os projetos dão lucro/prejuízo?

Qual o desempenho da organização em realizar os projetos?

Qual o nível de satisfação dos clientes com os projetos?

Quais são os projetos mais importantes?

Quais são os benefícios esperados?

Dada a importância que os projetos representam no atendimento das

necessidades e soluções aos clientes, os benefícios de melhorias que podem ser

obtidas na gestão de projetos podem ser classificados em:

Financeiros - através da redução de custos com projetos em atraso.

Processos Internos - com o aumento da produtividade no desenvolvimento

dos projetos; melhoria na alocação de recursos críticos aos projetos; e

redução do retrabalho.

Inovação e Melhoria Contínua - obtendo-se a unificação da gestão de

projetos com os processos de comercialização, desenvolvimento e

operação.

Clientes - atendendo aos requisitos definidos para o projeto; e com o

alinhamento dos projetos com as estratégias da organização.

Pessoas - com a busca da maturidade no processo de gestão como

garantia de que as pessoas possam desenvolver suas capacidades e terem

uma melhor satisfação no trabalho realizado.

Cenário Atual

A forma da produção e a complexidade dos resultados pretendidos com o trabalho

empregado têm influenciado a estrutura das organizações. Encontramos desde

pequenas organizações, onde cada um é responsável direto pela execução de

todo o trabalho a ser realizado, até grandes grupos institucionais, onde a divisão

do trabalho se dá através do estabelecimento de departamentos compostos por

especialistas em uma tarefa ou tecnologia. A administração por resultados tem

sido uma tendência mundial que tem adotado a realização dos empreendimentos

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através da implantação de projetos, e escolhido a competência na gerência de

projetos como uma das suas metas.

2.4 Gerenciamento de Projetos, Programas, Portfólios e Governança

Com tudo que vimos até agora, é preciso ter em mente que um Projeto de

Inovação Tecnológica deve ser administrado consciente e estrategicamente, para

que venha a integrar o negócio da empresa, cumprindo, assim, os seus propósitos

mais importantes. Ao apresentar-se breve análise dos projetos e suas

características principais, passou-se a analisar a ótica do conjunto, que engloba as

definições de programa e portfólio e seus respectivos processos de

gerenciamento, que serão tratados a seguir. Programa, segundo o PMI (2004,

p.374), é um “grupo de projetos relacionados, gerenciados de modo coordenado

para a obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se eles

fossem gerenciados individualmente.” Similarmente, portfólio é “um conjunto de

projetos e/ou programas e outras tarefas que são agrupadas para facilitar o

alcance dos objetivos estratégicos de forma efetiva”. Num portfólio, os projetos ou

programas não precisam necessariamente ser interdependentes ou relacionados

diretamente entre si.

O gerenciamento de projetos é, então, a aplicação do conhecimento, habilidades,

ferramentas e técnicas nas atividades dos projetos. O gerenciamento de programa

é a gestão centralizada e coordenada de um determinado programa para atingir os

objetivos estratégicos e os benefícios daquele programa, enquanto gerenciamento

de portfólio é a gestão centralizada de um ou mais portfólios, que inclui

identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos,

programa e outros trabalhos relacionados, para atingir os objetivos estratégicos

específicos do negócio (PMI, 2003).

Conforme discutido nos itens anteriores, o gerenciamento de portfólio é uma

ferramenta que promove a materialização dos objetivos estratégicos da empresa

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por meio da alocação de recursos em diferentes projetos e negócios, baseada em

métodos e critérios definidos a partir da própria estratégia empresarial. Por isso,

os métodos de seleção e priorização de projetos representam um importante

instrumento de agregação de valor, melhoria da qualidade e aumento da

competitividade das organizações.

Em Soares [15] “Conforme mostrado na FIG.3, esse processo começa com a

geração de uma idéia que se torna uma proposta de projeto. Nessa fase, uma

técnica de triagem deve ser executada a fim de avaliar preliminarmente e

selecionar aquelas idéias que se mostram com potencial de aprovação. As

propostas que passam pela etapa de triagem são conduzidas a uma investigação

mais elaborada, com mais profundidade, procurando-se levantar o valor de cada

projeto. Nessa fase utilizam-se técnicas mais quantitativas, o que requer mais

investimentos a obtenção dos dados que serão submetidos a uma análise futura.

Como etapa final, procede-se análise das propostas novas juntamente com os

projetos em andamento, com o objetivo de equilibrar a carteira dos projetos a

serem executados. Nessa fase busca-se escolher os projetos de mais

consistência com as políticas e objetivos da empresa. Neste ponto é que se define

se a estratégia tecnológica será mais agressiva ou conservadora em termos de

mercado, se contemplará projetos mais estratégicos e de longo prazo ou se será

projetos incrementais e com o foco no operacional. Essa última etapa não se

resume somente na aplicação de técnicas quantitativas. Trata-se de uma análise

articulada harmonicamente com as prioridades, políticas e estratégias da

empresa. “

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Figura 3: Modelo Conceitual do processo de Avaliação e Seleção de Projetos de INOVAÇÃO TEVCNOLÓGICA – Soares [15]

Outro aspecto importante na condução do Gerenciamento de Projetos de

Inovação é a Governança Corporativa. A adoção das práticas de Governança

Corporativa traz vantagens competitivas.

2.5 BPMN e Seis Sigmas – Uma proposta de otimização do Fluxograma de Processo de Inovação Tecnológica

Em recente artigo, Harmon, Paul [21] fala das três iniciativas de gestão de

processos mais adotadas atualmente: BPM, Seis Sigma e Automação de

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Processos. Analisam também quais são as suas características e como elas

podem ser disciplinas bastante complementares no programa de gestão por

processos das empresas.

Atualmente, é crescente e quase inevitável a existência de alguma iniciativa de

gestão de processos nas corporações, seja para resolver algum problema

específico ou para melhorar o controle e análise sobre as atividades realizadas

pelas pessoas. De acordo com a realidade da empresa no momento e com as

suas necessidades de gestão, alguma metodologia de gestão dos processos é

selecionada visando melhorar o desempenho dos mesmos e, conseqüentemente,

do negócio como um todo. Dentre elas, os que mais estão sendo utilizados, como

colocam Harmon, Paul (21) são:

1. Seis Sigma: que tem o objetivo principal de melhorar a qualidade e

consistência das saídas de um processo, seja ele administrativo ou

produtivo. Normalmente acaba trabalhando de maneira focada em um sub-

processo específico, sendo que a base do trabalho está na capacitação das

pessoas em ferramentas da qualidade para análise e solução de

problemas, dentro de uma metodologia bastante prática e objetiva.

2. BPM ou Gestão de Processos de Negócio: que tem a preocupação de

enxergar toda a organização como uma cadeia de valor de processos que

devem ser medidos e analisados quanto ao seu desempenho e à sua

contribuição para o desempenho da organização. É feita a gestão de todo o

portifólio de processos, priorizando as ações de mapeamento e implantação

de melhorias.

3. Automação de Processos: que consiste nas iniciativas de adoção de

sistemas para automação de fluxos de trabalho (conhecidos como BPMs),

visando trazer maior produtividade, agilidade e flexibilidade aos processos.

Em outras palavras, significa maior controle sobre as informações dos

processos e redução de custos operacionais.

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As iniciativas são complementares e, de certa forma, se sobrepõem em alguns

pontos. Entretanto, todas partilham de um objetivo comum, visando o melhor

controle e gestão do negócio para melhoria dos seus processos. Sendo assim, é

imprescindível que as três iniciativas (bem como outras que venham a existir)

sejam planejadas de forma conjunta e ordenadas dentro da empresa, buscando

aperfeiçoar os recursos disponíveis para implantação dos trabalhos. O caminho da

gestão de processos é quase inevitável. É ideal trilhá-lo da melhor forma desde o

começo.

Em acordo com o exposto podemos utilizar as duas tecnologias para modelar o

processo e aperfeiçoar-lo. Elaboramos o fluxograma com a ferramenta BPMN e

em seguida utilizamos o 6 Sigmas para otimizar o processo.

2.5.1 Exemplo de Modelagem BPMN para Fluxograma com a Ferramenta BizAgi

BizAgi Process Modeler[16]: O conceito da ferramenta de BPM BizAgi é o de gerar

automaticamente um aplicativo de fluxograma de processo baseado na Web, sem

programação. Para conseguir isto, o BizAgi BPM Suíte gerencia o ciclo de vida

completo dos processos empresariais: Modelagem, Automação, Execução e

Melhoria Contínua. Cada uma destas fases é administrada através de vários

componentes, o que permite, através de um ambiente gráfico dinâmico, construir

uma solução baseada em processos. O primeiro passo para criar soluções BizAgi

é definir processos. Por isso, utilizamos a BizAgi Process Modeler. Esse

componente é uma aplicação que pode ser baixada gratuitamente a partir da

Internet e utilizada em PC. O BizAgi permite elaborar gráficos e documentar

processos de uma forma fácil, além de formatar os processos empresariais de

acordo com um padrão global de aceitação BPMN .

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Figura 4 – Exemplo de um Fluxogarama de Processo de Inovação gerado bo BizAgi

Figura 5 - Exemplo da Modelagem exportado para o Word

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2.5.2 Usando os Seis Sigmas com o resultado da modelagem do Processo

Podemos dividir a gestão de processos de modelagem do BPM para inovação

tecnológica e aplicarmos os procedimentos seis Sigmas conforme a tabela abaixo:

Definição do processo Análise do Processo

Objetivos Objetivos

Determinar o processo a ser analisado Identificar problemas

Mapear as Ações Buscas Causas

Conhecer o desempenho atual Definir oportunidades de melhora

Planejar Mudanças Desenvolver planos de melhoria

Identificar requisitos clientes Buscar Base para Implantação

Ações Ações

Organizar-se Avaliar alternativas

Conversar com o cliente Desenvolver soluções

Entender o Processo Criar parcerias

Definir Prioridades Finalizar planos

Melhoria do processo Verificar os custos do processo

Objetivos Objetivos

Implantar planos de melhoria Apresentar desempenho global do processo

Obter primeiros resultados Quando avaliado, auditado ou certificado, ser

reconhecido como superior em relação ao

ambiente externo do negócio

Corrigir e ajustar para implantação Definir oportunidades de melhoria

Analisar Feedbacks

Ações: Ações:

Testar a solução Obter resultados

Gerenciar o processo Desenvolver soluções

Verificar os custos do processo Criar parcerias

Tabela 4 – Fases do processo Seis Sigmas após a modelagem pelo BPM

Com o resultado obtido, ou seja, uma nova modelagem utilizamos o BPMN e

assim sucessivamente em parceria com outras áreas da empresa até se ter um

resultado otimizado.

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2.6 O Ciclo PDCA

O ciclo PDCA , ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming [22] é uma técnica que

possibilita tornar os processos envolvidos em gestão se tornarem mais facilitados

e mais claros.

O PDCA é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão de qualquer

empresa ou processo e o vemos com uma boa ferramenta na utilização de

Gerenciamento de Projetos de Inovação Tecnológica.

O ciclo PDCA é um método que visa controlar e conseguir resultados eficazes e

confiáveis nas atividades de uma organização. É um eficiente modo de apresentar

uma melhoria no processo. Padroniza as informações do controle da qualidade,

evita erros lógicos nas análises, e torna as informações mais fáceis de se

entender. Pode também ser usado para facilitar a transição para o estilo de

administração direcionada para melhoria contínua.

Este ciclo está composto em quatro fases básicas: Planejar, Executar, Verificar e

Atuar corretivamente.

Figura 6 – O Ciclo PDCA

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2.7 Técnica de Seleção de Projetos de Inovação

Selecionar projetos para uma empresa é uma função extremamente importante

devido às exigências competitivas e à necessidade de se trazer um maior valor à

organização.

2.7.1 Critérios de Avaliação [23]

Impacto sobre o desenvolvimento e foco na maioria: os projetos de inovações

devem promover os efeitos positivos do desenvolvimento econômico. Alguns dos

critérios selecionamos abaixo.

Inovação: grau de criatividade das novas soluções

Resposta à necessidade: O projeto ou inovação deve basear-se na

identificação prévia de uma necessidade empresarial

Capacidade de expansão e reprodução: os projetos devem ter potencial

para serem reproduzidos ou adaptados a necessidades mais amplas.

Sustentabilidade: os projetos devem demonstrar que são economicamente

duráveis e que as inovações são viáveis do ponto de vista financeiro.

Qualidade e viabilidade: adequação ao orçamento e plano do projeto,

viabilidade da inovação

2.7.2 Procedimento para o Modelo de Avaliação

Dentre os vários Modelos para avaliação de projetos escolhemos o Modelo de

Pontuação para definição da escolha de Projetos de Inovação. O Modelo de

Pontuação nos parece o mais adequado, pois ele envolve a participação todos os

responsáveis. Este modelo envolve os processos de iniciar, criar, ponderar,

calcular e selecionar.

A figura abaixo exemplifica um Modelo de Participação.

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Figura 7 – Modelo de Pontuação [24]

Os pesos podem ser gerados por uma técnica disponível denominada Delphi [26].

Nesta técnica os responsáveis são levados a responderem questionamentos

sobre estes os critérios e os pesos e este processo é repetido até se obter um

consenso.

2.8 Gestão de Múltiplos Projetos.

A Gestão da Inovação é uma Gestão de Múltiplos Projetos. Para fazer frente à

operação tática de deste Gerenciamento deve-se utilizar as práticas sugeridas.

O sucesso na execução de projetos é fundamental para as empresas atingirem

seus objetivos. Nesse contexto, o gerente de projeto assume um papel de

destaque no cenário de negócios. Suas habilidades são exigidas ao máximo para

garantir a conclusão do projeto dentro do prazo, do orçamento e do escopo. Num

cenário empresarial, os projetos são gerenciados de três formas distintas e em

três níveis: portfólio, programas e projetos. Nesta linha os projetos são definidos

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como estratégicos independentes e táticos. Para cada forma de gerenciamento é

necessário um conjunto de habilidades do gerente de projeto. Os programas de

inovação a nível de prrtfólio e programasque são compostos por projetos múltiplos

exigem mais habilidades dos gerentes para tratar de interdependências e

interações entre projetos.

Os gerentes de projetos múltiplos de inovação devem ter foco em atividades e

processos dos projetos gerenciados tendo extrema atenção nas

interdependências e interações entre os projetos. Para os gerentes de projetos

múltiplos, além das características típicas de um gerente de projeto tradicional

eles devem possuir habilidades complementares e típicas desse contexto. Esse

gerente não tem tempo para se dedicar profundamente aos detalhes de cada

projeto e deve se apoiar em ferramentas bem estruturadas para garantir

acompanhar o desenvolvimento dos projetos. O gerente de projeto múltiplo,

diferente do gerente de projeto tradicional, deve exercer tipos de lideranças de

acordo com a característica do projeto e das pessoas envolvidas.

3. A INOVAÇÃO TECNOLOGISTA NO BRASIL

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Este trabalho foi iniciado antes da chamada “Crise Financeira” que atualmente

mudaram totalmente o cenário econômico mundial. Portanto todas as informações

coletadas poderão ter atualmente outra configuração. Não temos idéia dos novos

cenários e como irão se comportar as estratégias empresariais e para onde vão se

direcionar seus investimentos.

3.1 Situação Atual conforme AMPEI

Nas pesquisas da AMPEI [17,18,19] - Associação Nacional de Pesquisa,

desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras embora as amostras

pesquisadas não sejam ideais, os indícios fornecidos pela pesquisa vão contra a

idéia geral de que a privatização tenha se constituído um mecanismo suficiente

para dinamizar o desenvolvimento tecnológico das empresas. Além disso, é

preocupante o fato de as empresas privatizadas manifestarem uma opção mais

forte pela compra de tecnologia, em vez de reforçar seus projetos estratégicos de

geração autônoma de inovações. A base de informações desse esforço analítico é

a pesquisa de inovação do IBGE (Pintec), divulgada pela primeira vez em 2002,

para o período 1998 a 2000, e reeditada em 2005, para o período 2001 a 2003. Os

resultados das duas pesquisas confirmaram o conhecido diagnóstico de que, salvo

raras exceções, as empresas brasileiras ainda não atribuem valor estratégico à

tecnologia[17].

Esta situação em parte bate em parte com pesquisas de campo. De uma forma

geral as empresas não seguem boas praticas de Gerenciamento de Projetos,

Programas e Portfólios para a Inovação Tecnológica. Os Projetos são designados

a um Gerente normalmente ligado ou não a uma Diretoria de Tecnologia ou não.

Por outro lado as empresas de Energia Elétrica por legislação são obrigadas a

investir 0,5% do da sua renda bruta em projetos de P&D´s. As referências de

Cherchiglia [13], Fernandino [14] e Soares[15] dão uma visão muito boa do

Processo de P&D´s no setor elétrico.

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3.2. Estudo de Casos

Para confrontar os dados obtidos com uma pesquisa de campo inicialmente

procuramos dados sobre quais as empresas brasileiras que mais investem em

Tecnologia. De posse destes dados tentamos contato com todas elas e poucas

foram às respostas. Acreditamos que estas dificuldades são temporais e fazem

parte do momento atual.

A tabela no Anexo 1 mostra os resultados da pesquisa.

3.3 Referências de Organizações Nacionais Ligadas a Gestão Tecnológicas

ABDI - Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial - http://www.abdi.com.br/

Abipti - Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica - http://www.abipti.org.br/

ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia

das Empresas Inovadoras - http://www2.anpei.org.br/

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Ciência, Tecnologia e Inovação -

http://www1.cgee.org.br/index.php

MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia - http://www.mct.gov.br/

Portal Inovação - http://www.portalinovacao.mct.gov.br/pi/

Protec – Pro- Inovação Tecnológica - http://www.protec.org.br/

GETEC - http://www.fearp.usp.br/getec/

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS

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A Gestão de Projetos de projetos de Inovação Tecnológica em empresas de

médio e grande porte deve ser encarada como um processo de Gestão de

Portfólio onde haja Gestão de Programas e Gestão de projetos.

Encontramos nos procedimentos do TEMAGUIDE [8] um procedimento completo

para uma Gestão de Projetos de Inovação Tecnológica. O Procedimento da

PROTEC [18] nos pareceu um procedimento já mais focado para Gestão de

Projetos para pequenas empresas onde a carteira de investimentos é pequena e

os recursos de investimento tem origem nos fomentos governamentais.

O resultado do Anexo 1 apontam para os resultados da AMPEI, ou seja, as

empresas nacionais ainda não adquiriram um grau de maturidade necessário para

adoção de práticas de Gerenciamento de Projetos de Inovação. Tal informação é

também referendada pelo PMI Brasil, através do seu Estudo de Benchmarking em

Gerenciamento de Projetos 2008 [25], onde somente 19% das empresas

pesquisadas utilizam Modelos de Maturidade em Gerenciamento de Projetos.

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5. A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO

Com a Ferramenta BizAgi [16] e as atividades citadas principalmente no

Temaguide [8] desenvolvemos um Modelo o qual propomos como nossa proposta.

A modelagem desenvolvida pela ferramenta encontra-se no Anexo 2.

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6 CONCLUSÃO

6.1 Conclusões Gerais

O objetivo principal deste trabalho foi o de buscar um modelo para

Gerenciamento de Projetos de Inovação tecnológica.

As referências sobre Gerenciamento de Projetos de Inovação quando se trata de

projetos isolados são vastas, mas quando se trata de projetos de inovação

estratégicos em empresas de grande porte as referências poderíamos dizer que

são muito poucas. As únicas referências encontradas são em algumas empresas

de energia elétricas estatais.

O Gerenciamento de Projetos de inovação deve ser tratado como uma mudança

estratégica onde o modelo de maturidade deve ser adotado com prática

estratégica. Assim todas as práticas aqui referidas sugerimos como uma forma de

se chegar perto de um modelo otimizado.

6.2 Contribuições Secundárias

Os gestores às vezes olham para os erros cometidos nas organizações e

interroga-se sobre o que deviam ter feito para evitá-los. Mas esses erros são,

muitas vezes, sintomas naturais do amadurecimento das organizações, e são

conducentes ao desenvolvimento que trouxe a organização para a sua maturidade

atual. O que acontece é que novas circunstâncias requerem novas práticas de

gestão. Se práticas obsoletas se mantêm depois da razoabilidade da sua

aplicação, resultam em decisões erradas.

Tecnologias para modelamento de processos como o BPMN, 6 Sigmas e outros

aliadas a Governança Corporativa, Gestão de Portfólios, Programas e as boas

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praticas de Gerenciamento de Projetos devem ser buscadas constantemente. A

figura abaixo mostra de forma prática uma melhor visão do que nos referimos.

Figura 8 – Visão de Alto Nível [26]

3.3 Considerações FinaisNeste trabalho buscamos investigar e desenvolver da forma mais completa possível alguns dos principais aspectos relacionados ao conjunto de adaptações sugeridas na as boas práticas. Contudo, algumas questões ainda merecem investigações mais detalhadas. Uma dessas questões diz respeito aos paradigmas das novas tecnologias que por serem propostas relativamente recentes, ainda possuem características que necessitam de melhor avaliação.

Como a Inovação é hoje a busca estratégica para uma melhor competitividade mercadológica, as novas tecnologias devem fazer parte dos comitês de avaliação empresarial.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Arruda, Mauro, Roberto Velmulm, Sandra Hollanda,Inovação Tecnológica no Brasil:A indústria em

busca da competitividade global / Anpei, São Paulo, Brasil 2006.

2. BLECHER, Nelson. O fator humano. Revista Exame, ano 32, n. 17., p. 107-114, 12 ago.

1998.

3. SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos. Métodos e ferramentas para gestão de

inteligência e do conhecimento. Perspect. Cienc. Inf., Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 205-215,

jul./dez. 2000.

4. DRUCKER, Peter. Admirável mundo do conhecimento. HSM-Management - Dossiê. - n. 1,

p. 63-80, mar/abr. 1997.

5. VALLIM, Mirtis de Aguiar. Conhecimento: ativo de muito valor. Banas Qualidade, ano IX, n.

93, p. 24-29, fev. 2000.

6. TORNATZKY and FLEISCHER. The Processes of Technological Innovation, Lexington

Books, 1990.

7. http://www.cotec.es/index.jsp?seccion=36&id=200505110048

8. http://innoregio.urenio.org/index.asp

9. http://www.cotec.es/index.jsp?seccion=9

10. TIDD, Joe; BESSANT, Jonh; PAVITT, Keith. Managing Innovation: Integrating Technological,

Market and Organizational Change. 3. ed., 2005.

11. MATTOS, J. R. L. de; GUIMARÃES, L. dos S. Gestão da tecnologia e inovação: uma

abordagem prática. São Paulo. Saraiva. 2005

12. Cherchiglia, Luiz Carlos Leal , Geração de projetos de inovação tecnológica: estudo

comparativo das metodologias adotadas pelas distribuidoras brasileiras de energia

elétrica / Luiz Carlos Leal Cherchiglia. Belo Horizonte, 2008. 167f.

13. Fernandino, Jaeltom Avelar, Arquiteturas Organizacionais para Estruturação da Área de

P&D em Empresas do setor Elétrico Brasileiro/Jaelton Avelar Fernandino. Belo

Horizontem, 2007. 144f

14. Soares, Frederico Bruno Ribas, Análise do processo de gerenciamento de portfólio de

projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D): caso CEMIG / Frederico Bruno Ribas

Soares. Belo Horizonte, 2007. 105f.

15. http://www.protec.org.br/

16. ANPEI. Indicadores empresariais de inovação tecnológica: resultados da base de dados

ANPEI. ANPEI, v. 7, dez. 1998. 68 p.

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17. ANPEI. Tabulações especiais realizadas pela ANPEI e cedidas ao Núcleo Gerencial e

Tecnológico do Curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFMG. [S. l.], 1999.

18. BIONDI, A. O Brasil privatizado – um balanço do desmonte do Estado. 4. ed. [S. l.] :

Fundação Perseu Abramo, 1999. 48 p.

19. BNDES. Secretaria Geral de Apoio à Desestatização (Rio de Janeiro). Programa Nacional

de Desestatização-Sistema de Informações. [Rio de Janeiro] , 1999.

20. http://thebpmexperience.wordpress.com/2006/06/06/seis-sigma-e-gestao-e-automacao-

de-processos/

21. http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info80/80.html

22. http://www.iadb.org/Innovation/Criteria.cfm?lang=pt

23. Dornellas, Professor Carlos Augusto - Técnicas de Seleção de Projetos – Apostila MBA

Gestão Avançada de Projetos – IETEC – 2008

24. http://www.pmi.org.br/benchmarking/2008/00Benchmarking_GP_2008_Visao_Geral.pdf

25. http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR660482_9280.pdf

26. Michalick, Professor Ivo M. – Gerenciamento de Programas e Governança Corporativa –

Apostila MBA Gestão Avançada de Projetos – IETEC – 2009

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ANEXOS

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ANEXO 1

Pesquisa Grandes Empresas Industriais

Empresas de Energia Elétrica

Existe na empresa um departamento específico para Gerenciamento de Projetos de Inovação Tecnológica – P&D?

Em algumas empresas existem

vários centros de P&D e para

estes não existem um

departamento de gestão da

inovação e sim um pequenos

núcleo de pessoas que fazem

este papel. De forma geral as

empresas estão em um processo

de aprendisagem.

Usualmente existe a Gerência

de Gestão Tecnológica,

subordinada à Superintendência

de Tecnologia e Alternativas

Energéticas em algumas

empresas estatais

O Gerenciamento do Projeto de Inovação segue algum direcionamento como o do PMBOK?

Até hoje fazem o planejamento

em planilha Excel, com um

mínimo da abordagem do

PMBOK. Algumas empresas

usam ferramentas de software em

acordo com o padrão da sua TI.

Também em sua maioria os

projetos são de curta duração e

informam que não carecem de

grande sofisticação gerencial.

Não existem diretrizes para que

sejam utilizadas metodologias

específicas de gerenciamento

dos projetos, uma vez que o

tamanho e complexidade dos

mesmos são muito variados. A

escolha da ferramenta de

gestão do projeto fica a cargo

de seu gerente.

As atividades são como o fluxograma abaixo? Observação: o fluxograma indicado é o mesmo mostrado na Figura 4 deste trabalho.

Não existem referências Em sua maioria

Como nascem as propostas de inovação?

Iniciativas isoladas e algumas.

Pretendem implantar a

metodologia de inovação.

As demandas tecnológicas são

definidas envolvendo as

diversas áreas da empresa e é

feita a captação de propostas de

projetos de P&D e inovação

tecnológica através de

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parcerias, com chamada pública

se a empresa for estatal. Essas

propostas podem ser induzidas,

demandadas pelos parceiros ou

espontâneas desses potenciais

parceiros.

Existem estudos preliminares de seleção?

Sim, fazem reuniões periódicas

de priorização. Os principais

filtros utilizados são: gráficos

VPL VS alinhamento estratégico

e Viabilidade técnica VS impacto

no negocio

Em sua maioria

Como é feita a escolha dos Projetos? Existe um estudo de viabilidade para cada projeto?

Muito preliminar no principio,

sofisticando à medida que vai

evoluindo

Em sua maioria a escolha é feita

no âmbito do Comitê de Gestão

Estratégica, que tem

representantes de todas as

áreas da empresa. Atualmente,

algumas começam a utilizar a

metodologia de gestão de

portfólio.

Com é feita a escolha da empresa que ira desenvolver o Projeto de Inovação?

Pode ser um desenvolvimento

interno ou contratado. Esta

discussão é feita internamente na

aprovação do projeto. Depende

da disponibilidade da expertise e

do tempo dos pesquisadores.

Nas empresa estatais, os

projetos são captados através

de chamada pública e as

propostas são normalmente

feitas por entidades de pesquisa

ou empresas

Os projetos buscam fomentos governamentais?

Usualmente não Normalmente os projetos de P&

compõem o Programa de P&D

que as concessionárias de

energia elétrica são obrigadas a

ter, conforme a Lei 9.991 e que

é supervisionado pela ANEEL.

Alguns projetos podem ser

financiados pelo Fundo Setorial

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de Energia (CTEnerg), através

da FINEP.

Utilizam alguma ferramenta de Gerenciamentos de Projetos?

Primavera e MsProject De uma maneira geral, utilizam

alguma Metodologia de Gestão.

Algumas usam a Estratégica de

Tecnologia – GET do Grupo de

gestão tecnológica da

Faculdade de Economia e

Administração da USP.

Os projetos são Gerenciados caso a caso com um Gerente para cada Projeto?

Normalmente um engenheiro

gerencia mais de 1 projeto

Em sua maioria

Utilizam a metodologia de Gerenciamento de Múltiplos Projetos?

Usualmente não Nas que usam o GET a gestão

do Programa de P&D envolve

centenas de projetos

(concluídos, em andamento e

planejados).

Exigem das empresas que desenvolvem o projeto de inovação o Gerenciamento do Projeto?

Usualmente não O gerente do projeto nas

estatais, até mesmo por

determinação da ANEEL, tem

que pertencer à concessionária

de energia. Nas privadas

utilizam parceiros

Usam alguma tecnologia para modelar e aperfeiçoar os processos de gerenciamento?

Não. Algumas empresas usam o

6 Sigmas em unidades produtivas

Não

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ANEXO 2

Novo modelo Inovação

BizAgi Process Modeler

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Índice

1 DIAGRAMA .............................................................................................................41.1 PORTFÓLIO............................................................................................................4

1.1.1.1 Prospecção Tecnológica..........................................................................51.1.1.2 Análise de patentes...............................................................................51.1.1.3 Análise de Mercado.................................................................................51.1.1.4 Bench Marqueting...................................................................................51.1.1.5 Gestão de Portfólio..................................................................................51.1.1.6 PMO.....................................................................................................5

1.2 PROGRAMAS...........................................................................................................51.2.1.7 Avaliação de Projetos..............................................................................61.2.1.8 Gestão Programas...................................................................................61.2.1.9 PMO........................................................................................................61.2.1.10 Programa Ambiental............................................................................71.2.1.11 Programa da PI....................................................................................71.2.1.12 Programa de Alianças..........................................................................71.2.1.13 Programa de Inovação.........................................................................71.2.1.14 Programa Melhorias.............................................................................71.2.1.15 Programa Mudanças............................................................................71.2.1.16 Programa Qualidade Mudanças...........................................................7

1.3 PROJETO................................................................................................................71.3.1.3 Gestão de Projeto...................................................................................71.3.1.4 PMO........................................................................................................7

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D I A G R A M A D I A G R A M A

Versão: 1 Autor: Ravengar Franzoni

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P O R T F Ó L I O

ELEMENTOS DO PROCESSO

Prospecção Tecnológica

Empresas precisam estar cientes de desenvolvimentos tecnológicos

interessantes e revisar a relevância destes desenvolvimentos para o negocio

da empresa. Eles devem fornecer oportunidades estratégicas ou ameaças ao

negocio. Atividades de previsão e prospecção são caminhos para coletar

inteligência sobre tecnologia e organizações.

Técnicas Formais• Técnicas de previsão

• Técnicas prospectivas

• Método Delphi

• Arvore de Relevância

Análise de patentes

Obter e avaliar informação de patente o que encontra varias aplicações para

gestão estratégica da tecnologia: Monitorar competidor tecnológico, gestão de

P&D, Aquisição de tecnologia externa, Gestão do portfólio de patentes,

Vigilância da Área do Produto, gestão de recursos humanos

Técnicas Formais• Portfólio de Patentes no Nível corporativo

• Portfólio de patentes no nível técnico

• Previsão tecnológica

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Análise de Mercado

Analisar todos os aspectos do mercado, e em particular comportamento e

necessidades do cliente, a fim de obter informação valiosa para alimentar o

processo de inovação, por exemplo, com o objetivo de identificar e avaliar

especificações de novos produtos.

Técnicas Formais• Analise conjunta

• Usuário Líder

• QFD

Bench Marqueting

Benchmarking e o processo de melhorar o desempenho continuamente

identificando, compreendendo, e adaptando praticas proeminentes e os

processos encontrados dentro e fora de uma organização (companhia,

organização publica, universidade, faculdade, etc.).

Técnicas Formais• Competitivo

• Funcional

• Genérico

• Industrial

• Desempenho

• Estratégico

• Tatico

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Gestão de Portfólio

A gestão de Portfólio de Inovações visa a obtenção de informações padronizadas

para caracterização de projetos alem de tornar a análise de propostas e uma

verificação mais criteriosa e menos subjetiva. Suporta também decisões de

entrada de novos projetos e priorização da os investimentos alocados.

Técnicas de Gestão de Portfólio (PM) são maneiras sistemáticas de olhar um

conjunto de projetos de P&D, atividades ou ate áreas de negocio, com o objetivo

de atender um equilíbrio entre risco e retorno, estabilidade e crescimento,

atratividade e reveses em geral, fazendo o melhor uso dos recursos disponíveis. A

definição de ótimo varia de acordo com ambições, competência, visão e cultura de

empresas individuais.

O Portfólio de Projetos de uma organização é um conjunto de projetos e programas que visa atingir as estratégias da empresa. Portanto, é preciso fazer escolhas certas que agreguem valor e que façam jus aos investimentos destinados.

O PMI, através dos processos de gestão de portfólio descritos no The Standard for Portfólio Management apresenta um padrão que vai ajudar você a avaliar, classificar e selecionar a melhor carteira de projetos.

Técnicas Formais• Matrizes 2D e 3D

• Valor esperado x probabilidade de sucesso

• Impacto de P&D na posição competitiva x familiaridade do mercado

• Conhecimento da tecnologia x mercado competitiva x maturidade

• Posição tecnológica industrial

• Orçamento anual x impacto competitivo da tecnologia

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Funções do PMO

• Suporte administrativo

• Apoio na produção, consolidação e distribuição e arquivamento de

documentos/relatórios

• Consultoria e orientação

• Apoio aos responsáveis

• Auxílio na recuperação de projetos com problemas

• Desenvolvimento de Metodologias

• Desenvolvimento e implantação de Metodologia

• Identificar, desenvolver e garantir a aderência a padrões e

procedimentos

• Alinhamento às estratégias organizacionais

• Gerenciamento de portfólio

• Identificação, criação e gestão de indicadores de desempenho dos

projetos

• Treinamento em Gerenciamento de Projetos

• Identificação de habilidades necessárias aos gerentes de projetos

• Coordenar e conduzir programas de treinamento

• Gerenciamento de Projetos

• Treinamento e Estratégia Organizacional em boas práticas

• Definição de softwares, técnicas

• Atuação na resolução de conflitos

• Auditoria

• Avaliação de resultados em relação ao planejado

• Alimentação da base de dados de lições aprendidas

• Garantia da qualidade dos projetos

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P R O G R A M A S

ELEMENTOS DO PROCESSO

Avaliação de Projetos

O Critério de avaliação de Projetos de Inovação deve levar em conta uma

serie os interesses da organização e os benefícios que poderão ser obtidos.

Deve fornecer informação para estimar o valor de um projeto potencial com

referencia particular para estimação de custos, recursos e benefícios, a fim de

obter uma decisão sobre prosseguir ou não com um projeto. Um segundo uso

e para monitorar e terminar projetos.

Técnicas Formais• Sistema de pontuação

Gestão ProgramasO foco principal de um Programa de Inovação é a obtenção de Benefícios

que tendem a estar totalmente aderentes aos objetivos estratégicos e

corporativos.

Com um modelo de Governança estabelecido conforme abaixo, as equipes e

envolvidos no Programa se utilizarão destes procedimentos como guias para

a gestão, visando a probabilidade de sucesso em busca dos objetivos

traçados pela Organização, permitindo executar, monitorar e controlar todas

as fases do Programa, acompanhando os investimentos, progressos, desvios,

ações e principalmente os Benefícios, quando estes começarem a se

evidenciar.

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Técnicas Formais• Gerenciamento de Benefícios

• Gerenciamento de Interessados

• Governança de Programas

PMO

O PMO a deve se identificar com as atividades definidas em PMO de Portfólio

adequadas a Gestão de Programas

Programa Ambiental

Melhorar como a empresa identifica e endereça questões ambientais e

Recursos no processo produtivo

Técnicas Formais• Sistema de Gestão Ambiental

Programa da Propriedade Intelectual - PII

Ajudar na proteção e gestão de direitos (patentes) os quais podem ser

reforçada em produtos obtidos como resultado de inovações.

Técnicas Formais• Sistema de patentes

• Vantagens do primeiro entrante

• Segredos industriais

• Licenciamento

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• Transferência

• Contratos em Consórcios

Programa de Alianças

Dispor e manter cooperação entre empresas e entre organizações de

negócios e organizações de P&D, incluindo universidades, a fim de obter

acesso a idéias e tecnologias e compartilhar habilidades, recursos,

informação e expertise

Técnicas Formais• Alianças estratégicas de longo prazo

• Colaboração de curto prazo

• Elos informais e contatos nao planejados

• Acordos

Programa de Inovação

Desenvolver a cultura da organização em que as equipes possam operar e

decidir. Trabalhar a composição de equipes específicas recrutando e gerindo

indivíduos para assegurar um mix apropriado para melhorar níveis de

confiança, cooperação e entendimento sobre as tarefas a serem cumpridas.

Definir Projetos os gerentes.

Técnicas Formais• Equipes fixas

• Equipes espontâneas

• Equipes de projeto

• Equipes com mudanças freqüentes

• Grupos com trabalho disperso resolução de problemas

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• Equipes para melhoria da qualidade

Programa Melhorias

Desenvolver a criatividade na solução de problemas e aplicação de técnicas

de para problemas e para oportunidades de melhoramento.

Técnicas Formais• Sistema de Gestão Estratégica

• Desenvolver maneiras de encontrar e compartilhar informação

Programa Mudanças

Um meio estruturado de programar mudança na empresa, sempre que

envolve transformação organizacional na maneira como a empresa faz as

coisas.

Técnicas Formais• Sistema de Gestão de Mudanças

Programa Qualidade

Analisar todas as atividades dentro dos processos identificando e eliminando

“lixo”,definido como atividades que não agregam valor.

Técnicas Formais• Sistema de Gestão de Qualidade

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P R O J E T O

ELEMENTOS DO PROCESSO

Gestão de Projeto de InovaçãoTodos os documentos gerados deverão ter como pilares a documentação

gerada nos níveis de Programas e Portfólios.

Termo de Abertura do ProjetoO termo de abertura do projeto é o documento que ira autoriza formalmente

um projeto e concede ao gerente de projetos a autoridade para aplicar os

recursos organizacionais nas atividades do projeto.

Declaração de Escopo PreliminarA declaração do escopo preliminar do projeto é desenvolvida a partir das

informações fornecidas pelo iniciador ou pelo patrocinador.

Plano de Gerenciamento do EscopoO desenvolvimento do plano de gerenciamento do escopo do projeto e o

detalhamento desse escopo do projeto se iniciam pela análise das

informações contidas na Declaração do Projeto, pela declaração do escopo

preliminar do projeto, pela última versão aprovada do plano de gerenciamento

do projeto, pelas informações históricas contidas nos ativos de processos

organizacionais e por quaisquer fatores ambientais relevantes para a

empresa.

Declaração de Escopo Detalhada

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Segundo o guia PMBOK, a declaração de escopo deve conter todos os

seguintes elementos:

Objetivos do projeto Descrição do escopo do produto Entregas do projeto Requisitos do projeto Fronteiras do projeto Critérios de aceitação do produto Restrições do projeto Premissas do projeto Organização inicial do projeto Riscos inicialmente definidos Cronograma de marcos Limitações de fundos Estimativa de custos Requisições do gerenciamento de configurações do projeto Especificações do projeto Requisitos para Aprovação

EAP e DicionárioEm Gerência de projetos, uma Estrutura Analítica de Projetos (EAP) é uma

ferramenta de decomposição do trabalho do projeto em partes manejáveis. É

estrutura em árvore exaustiva, hierárquica (de mais geral para mais

específica) de entregáveis e tarefas que precisam ser feitas para completar

um projeto.O documento gerado pelo processo Criar EAP que dá suporte à

EAP é denominado dicionário da EAP e é um documento complementar da

EAP.

Plano de Gerenciamento de PessoalO plano de gerenciamento de pessoal, junto com o cronograma do projeto,

identifica os períodos de tempo em que cada membro da equipe do projeto

será necessário e outras informações importantes para contratação ou

mobilização da equipe do projeto.

Matriz de Responsabilidade

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Definidas a EAP, a equipe de gestão do projeto deve fazer o cruzamento das

tarefas definidas na WBS versus os seus responsáveis. Essa matriz,

normalmente uma tabela, apresenta uma coluna das tarefas e outras colunas

com as entidades funcionais do projeto, incluindo aqui uma identificando o

cliente. É possível então verificar se nenhuma tarefa ficou sem um

responsável. Evita-se, ou melhor, minimizam-se os imprevistos quanto a não

se saber quem é responsável pelo que. As divisões de responsabilidade

devem ser identificadas por: I – quem deve prover a informação para aquela

tarefa; R – quem é o responsável pelo produto daquela tarefa; A – quem

aprova aquela tarefa.

OrganogramaOrganograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma

organização. Os organogramas mostram como estão dispostos os órgãos ou

setores, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre eles.

Lista da Equipe do ProjetoUma lista documentada dos membros da Equipe do Projeto, sua funções no

projeto e informações de comunicação.

Descrição dos Recursos Serem ContratadosDemais recursos necessários a serem contratados, compatíveis com as

necessidades do projeto.

Gestão de CompetênciasA Gestão por Competências é uma filosofia de desenvolvimento de talentos

nas empresas. Através dela podemos orientar as ações das pessoas no

intuito de se construir uma organização eficaz, ou seja, aquela que atinge as

suas metas e seus objetivos traçados.

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Plano de TrabalhoO plano de trabalho se traduz nos compromissos iniciais expressos pelos

objetivos, prioridades e estratégias para a consecução dos objetivos

PMOO PMO a deve se identificar com as atividades definidas em PMO de Portfólio

adequadas a Gestão de Projetos

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