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RELAÇOES PUBLICAS (ETICA MORAL VALORES E VIRTUDES) 20 PAGINAS

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IDJêõNCURSOS & EMPREGOS

CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES E

VIRTUDES

. CONCEITOÉtica é "o estudo dos juizos de apreciação que se

referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente àdeterminada sociedade, seja de modo absoluto".

O Que é Ética?"Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que

são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguémpergunta".

(VALLS. Álvaro L.M. O Que é ética. 7" edição Ed. Brasiliense. 1993. p.7). Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda,

ÉTICA é"o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinadasociedade, seja de modo absoluto".

Alguns diferenciam ética e moral de vários modos: 1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas

específicas;2. Ética é permanente, moral é temporal;3. Ética é universal, moral é cultural;4. Ética é regra, moral é conduta da regra;5. Ética é teoria, moral é prática.Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos",

e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.

Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ÉTICA: OS pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores Cristãos (Patristicos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich etc.

Passamos, então, a considerar a questão da ética a partir de uma visão pessoal através do seguinte quadro comparativo:

.

.

Ética Ética EticaNormativa Teleológica SituacionalÉtica Moral Ética Moral Ética Moral

Baseia-se em Baseia-se na ética Baseia-se nasprincípios e dos fins: "Os fins circunstâncias.

regras morais . justificam os Tudo é relativo e

fixas meios" . temporal.

Etica ÉticaProfissional e

Econômica:Ética Política:

Ética Religiosa:As regras O que importa é Tudo é possível,devem ser

o capital.pois em política

obedecidas. tudo vale.

Conclusão:ÉTICA é algo que todos precisam ter.Alguns dizem que têm.Poucos levam a sério.Ninguém cumpre à risca...Então, Ética enquanto forma de vida adquirida ou

conquistada pelo homem é norma, ou seja, aquilo que deve ser.

Moral vem do latim mos ou mores, "costume" ou "costumes" no sentido de conjunto de regras adquiridas por hábito. A moral se refere, ao comportamento adquiridoou modo de ser, conquistado pelo homem.

Moral- costume, realização da ação.Assim, portanto, originariamente, ethos e mos, "ca

ráter" e "costume", assentam-se num modo de comportamento que não corresponde a uma disposição natural, mas que é algo adquirido ou conquistado por hábito. E precisamente esse caráter não natural, mas cultural da maneira de ser do homem que, na Antigüidade, lhe confere sua dimensão moral.

Existe alguma diferença entre ética e moral? A função da ética é a mesma de toda a teoria:

explicar, esclarecer ou investigar uma determinada reali-dade, elaborando os conceitos correspondentes.

Ela busca o fundamento das normas morais sendo que elas devem valer para uma sociedade grega, medievaiou moderna. Portanto são fundamentos para a moral grega ou moderna. Por exemplo: a grega é orientada para a virtude de polis, a medieval pressupõe uma essência constante; a moderna como uma moral individual.

A função teórica da ~ti!?a evita exatamente de torná-Ia ou reduzi-Ia a uma disciplina normativa ou pragmática. O valor da ética como teoria está naauilo aue explica. e não no fato de recomendar ou prescrever com vistas à acão em situacões concretas. Exemplos: Ela não diz em que situação deve fazer o bem, mas o que é o bem e porque é um valor fundamental para a pessoa. Da mesma forma em relação à justiça, respeito, liberdaqe, equidade, distribuição, prudência, etc.

A essência da ética é definir os traços essenciais ou a essência do comportamento moral, à diferença de outras formas de comportamento humano, como a reli-gião, a política, o direito, a atividade científica, a arte, o trato social, etc.

O problema da essência do ato moral envia a outro problema importantíssimo: o da responsabilidade. Esta questão está ligada ao problema da vontade, por isso, é inseparável da responsabilidade.

Decidir e agir numa situação concreta é um problema prático-moral; mas investigar o modo pelo qual a responsabilidade moral se relaciona com a liberdade e com o ~ determinismo ao qual os nossos atos estão sujeitos é um ~problema teórico, cujo estudo é competência da ética. W

Por que falamos em ética hoje? ~Não é por modismo nem por idealismo. Temos f3

que discutir por uma questão de sobrevivência. Anseios '8 que estão em jogo. São os anseios da humanidade: ~

I . I II I: I

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~êõNCURSOS&EMPREGOS

.

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1. Dignidade humana.2. Vida qualidade; sobrevivência; grito pela digni

dade humana. É o tema mais ecumênico que existe.

3. Felicidade; realização humana. Vai além da re-alização subjetiva: Política, social, cultural, pro-fissional, em nível de esperança e fé. Começa-mos a gritar no fundo do poço: Grito por dignidade. Bioética: A saúde autêntica a infra-estrutura da felicidade.

A realidade moral varia historicamente e, comela, variam os princípios e a suas normas. A pretensão de formular princípios e normas universais, deixando de lado a experiência moral histórica, afastaria da teoria precisamente a realidade que deveria explicar.

Ética e ideologia: muitas doutrinas éticas do pas-sado são não uma investigação ou esclarecimento da moral como comportamento efetivo, humano, mas justifi-cação ideológica de determinada moral, correspondente a necessidades sociais, e, para isso, eleva seus princípi-os e as suas normas categoria de princípios e normas universais, válidos para qualquer moral.

As relações internacionais não são éticas, sãoideológicas.

Ética e moralA palavra "ética" relaciona-se com "ethos", que em

grego significa hábito ou costume. A palavra é usada em vários sentidos relacionados, que é necessário distinguir para evitar confusões.

1. Em ética normativa, é a investigação racional, ou uma teoria, sobre os padrões do carreto e incorreto, do bom e do mau, com respeito ao caráter e à conduta, que uma classe de indivl-duos tem o dever de aceitar. Esta classe pode ser a humanidade em geral, mas podemos também considerar que a ética médica, a ética empresarial, etc., são corpos de padrões que os profissionais em questão devem aceitar e observar. Este tipo de investigação e a teoria que dai resulta (a ética kantiana e a utilitarista são exemplos amplamente conhecidos) não descrevem o modo como as pessoas pensam ou se comportam; antes prescrevem o modo como as pessoas devem pensar e comportar-se. Por isso se chama ética normativa: o seu objetivo principal é formular normas válidas de conduta e de avaliação do caráter. O estudo sobre que normas e padrões gerais são de aplicar em situações-problema efetivos chama-se também ética aplicada. Recentemente, a expressão "teoria ética" é muitas vezes usada neste sentido. Muito do que se chama filosofia moral é ética normativa ou aplicada.

2. A ética social ou religiosa é u.....corpo de doutrina que diz respeito o que é ca...eto e "'correta,boa e má, relativamente ao cará~r e à conduta. Afirma implicitamente que he é de. da obediên

cia geral. Neste sentido, há, por exemplo, uma ética confucionista, cristã, etc. É semelhante à ética normativa filosófica ao afirmar a sua validade geral, mas difere dela porque não pretendeser estabelecida unicamente com base na in-vestigação racional.

3. A moralidade positiva é um corpo de doutrinas, a que um conjunto de indivíduos adere geralmen-te, que dizem respeito ao que é carreto e incor-re'to, bom e mau, com respeito ao caráter e àconduta. Os indivíduos podem ser os membros de uma comunidade (por exemplo, a ética dos índios Hopi), de uma profissão (certos códigos de honra) ou qualquer outro tipo de grupo social. Pode-se contrastar a moralidade positiva com a moralidade critica ou ideal. A moralidade positiva de uma sociedade pode tolerar a escravatura, mas a escravatura pode ser considerada intolerável à luz de uma teoria que supostamente terá a autoridade da razão (ética normativa) ou à luz de uma doutrina que tem o apoio da tradição ou da religião (ética social ou religiosa).

4. Ao estudo a partir do exterior, por assim dizerde um sistema de crenças e práticas de um grupo social também se chama ética, mais especificamente ética descritiva, dado que um dos seus objetivos principais é descrever a ética do grupo. Também se lhe chama por vezes étnoéticae é parte das ciências sociais.

5. Chama-se metaética ou ética ana/ftica a um tipo de investigação ou teoria filosófica que se dis-tingue da ética normativa. A metaética tem como objeto de investigação filosófica os conceitosproposições e sistemas de crenças éticos. Ana-lisa os conceitos de carreto e incorreto, bom e mau, com respeito ao caráter e à conduta, assim como conceitos relacionados com estes como, por exemplo, a responsabilidade moraa virtude, os direitos. Inclui tambéfT' a epistemologia moral: o modo como a verda~ ética pode ser conhecida (se é que o pode ,. e aontologia moral: a questão de saber se há.. . .3realidade moral que corresponde às nossas C7e'"ças e outras atitudes morais. As questões c: saber se a moral é subjetiva ou objetiva, rela: aou absoluta, e em que sentido o é, pertence..::metaética.

A palavra "moral" e as suas cognatas referem-se a: que é bom ou mau, carreto ou incorreto, no caráter:_ conduta humana. Mas o bem moral (ou a correção~"'~ =

o único tipo de bem; assim, a questão é saber COIT'C :. :. tinguir entre o moral e o não moral. Esta questão é cb s-.=. de discussão. Algumas respostas são em termos de C~-teúdo. Uma opinião é que as preocupações moras~: unicamente as que se relacionam com o,sexo. Mais ~3-slvel é a sugestão de que as questões morais são...'"' ::.:mente as que afetam outras pessoas. Mas há tev""" a: (Aristóteles, Hume) que

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con sider ariam que meslT'o es:=

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demarcação é excessivamente redutora. Outras respos-tas fornecem um critério formal: por exemplo, que as exigências morais são as que têm origem em Deus, ou que as exigências morais são as que derrotam quaisquer outros tipos de exigências ou, ainda, que os juízos morais são universalizáveis.

A palavra latina "moralis", que é a raiz da palavra portuguesa, foi criada por Cícero a partir de "mos" (plural "mores"), que significa costumes, para corresponder ao termo grego "ethos" (costumes). É por isso que em mui\os co"\~'k\os, mas "~m s~m~\"~, os te\"mos "moral/ético", "moral idade/ética" , "filosofia moral/ética" são sinônimos. Mas as duas palavras têm também sido usadas para fazer várias distinções:

1. Hegel contrasta a Moralitãt (moralidade) com a Sittlichkeit ("eticalidade" ou vida ética). Segun-do Hegel, a moral idade tem origem em Sócrates e foi reforçada com o nascimento do cristianismo, a reforma e Kant, e é o que é do interesse do indivíduo autônomo. Apesar de a moralidade envolver um cuidado com o bem-estar não apenas de si, mas também dos outros, deixa muito a desejar por causa da sua incompatibilidade potencial com valores sociais estabelecidos e comuns, assim como com os costumes e instituições que dão corpo e permitem a manutenção desses valores. Viver numa harmonia não forçada com estes valores e instituições é a Sittlichkeit, na qual a autonomia do indivíduo, os direitos da consciência individual, são reconhecidos, mas devidamente restringidos;

2. De modo análogo, alguns autores mais recentes usam a palavra "moralidade" para designar um tipo especial de ética. Bernard Williams (Ethics and the Limits of Philosophy, 1985), por exemplo, argumenta que "a instituição da moralidade" encara os padrões e normas éticas como se fossem semelhantes a regras legais, tornando-se por isso a obediência ao dever á única virtude genuína. Esta é uma perspectivaque, na sua opinião, deve ser abandonada a favor de uma abordagem da vida ética menos moralista e mais humana e sem restrições;

3. Habermas, por outro lado, faz uma distinção que está também implícita na Teoria da Justiça de Rawls entre ética, que tem a ver com a vida boa (que não é o mesmo para todas as pessoas), e a moralidade, que tem a ver com a dimensão social d~ vida humana e, portanto com princípios de conduta que podem ter aplicação universal. A ética ocupa-se da vida boa, a moralidade da conduta carreta.

ÉTICA- PRINCíPIOS E VALORESO que está incluído no "padrão ético?".Tomado em geral, um "padrão ético" a partir do qual

se avalia a atuação de um grupo no sentido apontado compreende, fundamentalmente, valores, princípios,

ideais emlCõNCURSOS & EMPREGOS

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regras. Fixar o padrão ético, assim significa explicitar os valores que afirmamos, os princípios que guiam nossos juízos, os ideais que nos permitem construir nossa identidade como grupo e as regras que definem nossas obrigações.

Um valor é, genericamente, tudo aquilo que afirmamos merecer ser desejado. Afirmamos, em primeiro lugar, que determinados fins devem ser desejados ou buscados. Dizemos, por exemplo, que ter saúde, ter felicidade, ter um grau razoável de conforto material, ter uma boa educação, etc. são coisas qL!e merecem ser buscadas ou desejadas. Saúde, felicidade, conforto, educação, assim, são valores para nós. Também afirmamos que determinadas características das pessoas ou de suas ações metec.em set a?tQvadas. Dizemos, por exemplo, que uma pessoa honesta ou veraz, uma ação corajosa ou uma pessoa temperante, etc, têm mérito. Honestidade, veracidade, coragem, temperança, etc., são, para nós, também valores.

Os valores funcionam em geral como orienta dores de nossas escolhas e decisões. Determinando quais são aquelas coisas que merecem ser desejada, podemos mais facilmente estabelecer nossas preferências e, em função disso, escolher e decidir. Daí a importância de ter claro quais são nossos valores.

"Princípio", muitas vezes, é usado como sinônimo para "valores" segundo a definição proposta acima. É assim, por exemplo, na Constituição Federal, que, no art. 37, estabelece que são "princípios" da administração pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, querendo, com isso, afirmar que essas características ou qualidades devem ser buscadas ou merecem ser desejada (ou seja, são valores fundamentais, de acordo com a definição proposta acima). Mas podemos também entender "princípios" de outra forma, útil também para fixarmos nosso padrão. Um princípio, como o próprio nome já indica, é um começo: é algo que é posto no início, como base ou fundamento. Há princípios de vários tipos, em vários domínios. Há princípios matemáticos (os axiomas, por exemplo), há princípios lógicos (o da não-contradição, por exemplo) e há princípios morais. Princípios morais poderiam ser descritos, genericamente, como regras de aplicação muito geral.

Há muitos princípios morais, alguns de origem religiosa, outros de origem filosófica. A famosa "regra de ouro", por exemplo, encontrável, em várias versões, em inúmeras tradições religiosas, é um princípío, no sentido definido antes. Na tradição filosófica, dois princípios são parti-cularmente importantes. Um deles é o "princípio da maior felicidade", proposto pelos filósofos chamados de "utilitaristas", que diz que devemos agir de tal maneira a promover a maior felicidade (entendida por eles, em geral, em termos de bem-estar) do maior número possível dos afetados por nossa ação. Outro é o "imperativo categórico", proposto pelo filósofo alemão I. Kant, que diz que devemos agir de tal modo que possamos querer que a regra escolhida para nossa ação possa ser uma lei universal e que nunca devemos tratar as outras pessoas apenas como meios, mas sempre como fins. Essas são re- ~gras gerais, aplicáveis a todos os casos. i=

Os princípios, entendidos assim, como regras mui- ~to gerais, são úteis para guiar nosso raciocínio sobre ques- c

tões éticas. Muitas vezes, encontrar um princípio geral ~que subsuma o caso particular sobre o qual julgamos justifi- '&ca nosso juízo particular. Além desse papel de justificação, ~

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os princípios funcionam também como elementos de previsibilidade, servindo como barreiras contra a arbitrariedade. Quando dizemos de alguém que é uma "pessoa de princípios", estamos querendo dizer também que é uma pessoa que age de forma regrada e não de forma arbitrária, de tal maneira que, com ela, pode-se interagir e cooperar. Finalmente, princípios também servem para guiar nossas escolhas, funcionando como elementos de previsão. Assim, fixar nossos princípios, tal como fixar nossos valores, é importante para orientar nossas decisões e escolhas, bem como para pôr às claras as bases éticas de nossa convivência.

Ideais estão intimamente relacionados aos valo-res. O conjunto de valores (fins ou objetivos, caracterlsti-cas e traços de caráter ou "virtudes", etc.) compõe, no conjunto, uma concepção do que, para nós como grupo ou como membros desse grupo, é considerado bom. Essa concepção do que é bom é o que estamos chamando aqui de ideal, individual ou coletivo. Um "padrão ético" implica, assim, um ideal aplicável seja à totalidade do grupo a que se refere (por exemplo, ao serviço público: o que deve buscar alcançar, como deve fazê-Io, como os valores se incorporam a sua estrutura, etc.), seja aos indivíduos que o compõem (que qualidades ou virtudes deve possuir um servidor público, por exemplo). Esses ideais, em geral, aparecem na forma de modelos ou exemplos a serem seguidos ou imitados. É com referência a esses ideais, ou seja, dessas concepções gerais do que, para nós, constitui o bem, que um grupo pOde definir sua identidade como grupo.

Finalmente, o "padrão ético" vai conter um número de regras ou normas particulares aplicáveis às várias situações e problemas encontráveis na vida do grupo a que se aplica. Essas regras procuram orientar mais de perto a conduta, aplicando e dando maior concretude aos valores afirmados.

Freqüentemente, essas regras aparecem organizadas na forma de códigos de ética ou de conduta.

Valor: Genericamente, valor é tudo aquilo que afirmamos merecer ser buscado.

Valores pOdem ser:Fins: bem-estar, felicidade, prosperidade... Caracterlsticas: honestidade, justiça, generosidade,

coragem...Princípios: Princlpios morais são regras de apli

cação muito geralExemplos:A Regra de Ouro: "Não faça ao outro o que você

não quer que seja feito a você"O PrincIpio da Utilidade: "Aja de tal maneira a promover

a maior felicidade do maior número de pessoas atingidas por sua açAo"

Ideais: O conjunto de valores que afirmamos compõeum Ideal ou uma concepção do que, para nós, é bom.

Ideais sAo também aqueles comportamentos que, embora valorizados, vAo além do que é estritamente exigido pelas regras (p. ex., a solidariedade).

Regras: Enunciam obrigações ou proibições apli-cáveis às várias situações e problemas encontrados na vida do grupo a que se dirige. Em geral, procuram traduzir os valores e princlpios em orientações concretas para a ação.

Valores, prlnclplos, Ideais e regras funcionam orientando nossas escolhas e decisOes.

~CõNCURSOS & EMPREGOS

ÉTICA APLICADA: NOÇÕES DE ÉTICAI

EMPRESARIAL E PROFISSIONAL;

Ética EmpresarialA ética empresarial por sua vez abraça a idéia de

coletividaae. A ética de uma corporação é a maneira de como ela deve proceder em sociedade, e o que a define ou a constrói é a soma das éticas pessoais que a compõem. Sendo assim, a ética corporativa é formada por indivlduos unidos por um fim comum de pensamentos e idéias, que possuem uma mesma concepção no modo de realizá-Ios, estando sujeitos a "regulamentos" que vão fornecer procedimentos adequados a serem seguidos. A busca pela ética nas empresas também impõe limites: a empresa realmente está adotando uma postura ética ou está apenas fazendo um trabalho de marketing? Poderíamos citar inúmeros exemplos de empresas que ajudam a sociedade nos mais variados programas, mas muitas vezes isso acaba sendo uma simples ação de seu interesse próprio e não um trabalho social. Por outro lado, podemos dizer que algumas empresas de fato apresentam uma boa conduta, estando preocupadas com a disposição correta de resíduos gerados por seus processos produtivos, na verificação de se os produtos que vêm desenvolvendo podem ser nocivos ao ser humano e ao meio ambiente, entre outros. Isso caracteriza corporações que dão exemplos à comunidade e aos seus colaboradores do que é ter uma boa conduta ética. Uma das conseqüências positivas desta boa conduta, é que essas pessoas, ao incorporarem a imagem correta de ética, estenderão esses conceitos para dentro de suas casas e continuarão dando bons exemplos para a vizinhança próxima. Quando tratamos de corporações éticas, podemos usar o jargão "o exemplo deve vir de cima". Se os superiores não realizam suas atividades dentro dos padrões morais da sociedadecomo eles poderão exigir que seus funcionários façalTl ::::

mesmo? Este é um dos desafios que as corpo rações precisam enfrentar. É necessário que os seus superior~ .

sejam exemplos, referências de boa índole, para que desse modo todos os membros da corporaçAo entrem ":::: espírito

ético "da empresa".

Uma das primeiras preocupações éticas no êlTlb :~

empresarial que se tem conhecimento revela-se pe ~~

debates ocorridos especialmente nos países de origealemA,

na década de 60.

(Pretendeu-se e/evaro trabalhador à condiçSo de pa',

ticipante dos conselhos de administraçSo das organizaçõe.>

Alguns temas especlficos da Ética Empresarial sã: a

corrupção, a liderança e as responsabilidade ~ corporativas.

(Arruda; Wh/taker & Ramos, 2003).

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mlêõAcURSOS& EMPREGOS

Visão tradicionalA função principal de uma empresa é criar va

lor por meio da produção de bens e serviços requeridos pela sociedade, gerando lucro para os seus pro-prietários e acionistas, assim como bem estar para a sociedade, em particular na geração contínua de em-pregos.

Constituintes da empresa:clientes;empregados;financiadores;fornecedores;comunidades;a sociedade em geral;e acionistas.A responsabilidade com todos esses constituintes

no total resulta na responsabilidade social da corporação, tornando-a viável econômica e social-mente e assegurando a sua legitimação social.

Baron, 2000[1993}, p.569

Ética ProfissionalA ética profissional funciona como uma bússola

para um indivíduo, orientando-o a proceder conforme um juízo de valor pré-adotado por ele mesmo. A sua liberdade de pensamento cria no íntimo de sua consciência uma espécie de "laboratório privado", onde situações passam por análises internas que visam moldar sua concepção sobre um determinado assunto. Este molde é o seu ponto de vista, não necessariamente imutável e definitivo, pois a ética de interpretá-Io vai depender da ótica que o indivíduo estiver adotando. Em se tratando de limites no campo da ética pessoal, podemos citar o respeito que devemos ter à ética adotada pelo próximo, o respeito à dignidade humana e aos princípios de cada cultura. Temos que estar sempre atentos para não invadirmos a liberdade do próximo, pois o que pode estar certo para você pode não estar para o outro.

PADRÃO ÉTICO DO SERViÇO PÚBLICO Posto isso, em geral, qual deve ser agora o padrão

ético do serviço público? Não nos cabe aqui ditar qual seja esse padrão (só o conjunto dos servidores públicos deve poder fixar seu padrão ético), mas podemos, em todo caso, apresentar algumas reflexões preliminares sobre alguns aspectos desse padrão, em especial sobre os valores associados a ele. O ponto fundamental, que deve ser antes de mais nada bem compreendido, é que o padrão ético do serviço público decorre de sua própria natureza. Os valores fundamentais do serviço público decorrem primariamente do seu caráter público e de sua relação com o público. De um ponto de vista normativo (ou seja, do ponto de vista do "dever ser"), que é o que nos interessa aqui, podemos imaginar que o Estado (e a estrutura administrativa que o torna funcional) foi instituído com o propósito de realizar determinados fins daqueles que o instituíram.

Podemos imaginar que existe uma espécie de "pacto" (para usar, mesmo que um pouco imprecisamente, uma idéia sugerida por alguns filósofos e teóricos políticos) entre aqueles que governam e administram o Estado e aqueles que, em certo sentido, concederam-Ihes a autoridade suficiente para agir de modo a garantir a realização daqueles fins. Como sugerem alguns, deveríamos pensar que essa autoridade é concedida como que "em depósito": os governantes e administradores da coisa pública recebem como um depósito feito em confiança à autoridade de que dispõem. Nesta maneira de ver, é essa confiança que "autoriza" os governantes: sem ela, a autoridade desfaz-se ou torna-se arbitrária.

Essa idéia é sumarizada de forma particularmente feliz (e por isso lembramos aqui o exemplo) nos Padrões de Conduta Ética para Funcionários do Poder Executivo, principal documento norte-americano relativo à ética no serviço público. O principio fundamental, do qual decorre a obrigação básica do serviço público, é que esse serviço é um public trust, isto é, envolve uma espécie de "depósito de confiança" por parte do público. O padrão ético do serviço público, assim, deve refletir, em seus valores, princípios, ideais e regras, a necessidade primária de honrar essa confiança.

Da mesma forma, a necessidade do respeito a essa confiança depositada pelo público está implícita nos "principios" (ou valores fundamentai~) da administração pública afirmados pela Constituição Federal. Afirmar o valor da legalidade, por exemplo, implica reconhecer na lei uma das mais importantes condições de possibilidade da vida em comum. Em um Estado cujo ordenamento juridico pode ser minimamente caracterizado como correto (ou seja, as normas juridicas têm origem em um processo legitimo, estão postas em uma estrutura que as relaciona e Ihes dá sentido, respeitam principios gerais de justiça, etc.), seguir as leis é garantia da liberdade no sentido político. O ordenamento jurídico estabelece um sistema público de regras que, definindo direitos e deveres, torna possivel que se afaste a arbitrariedade da vida em comum ao mesmo tempo que garante a cada um a possibilidade de realizar seus projetos de vida ao permitir um controle razoável dos conflitos e ao possibilitar a cooperação. O compromisso do serviço público com a lei é ainda maisestreito: é o serviço público, afinal, que é responsável por traduzir uma boa parte desse sistema público de regras tS

em ações. Não pode, assim, deixar de orientar-se pelo Jj valor fundamental do respeito às leis - pelo valor da lega- ~ lidade - sem negar sua própria razão de ser, sem negar o

ffi

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compromisso implícito que, de certa forma, presidiu sua 'g.

instituição. Z

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~êõNCURSOS&EMPREGOS

o valor da impessoalidade está ainda mais diretamente associado ao caráter público do serviço público. "Público" é também aquilo que é comum: nesse sentido, contrapõe-se a "privado". Os laços que constituem a co-munidade no sentido público são diferentes daqueles que constituem o domínio privado. Afirmar, então, que o servi-ço público deve caracterizar-se pela impessoalidade sig-nifica dizer que as relações em que está de algum modo envolvido são de caráter diferente das que caracterizam o domínio privado. Um ponto importante é que, nesse domlnio privado, as relações são freqUentemente caracterizadas pela diferença, pelas preferências: as relações entre pais e filhos, entre irmãos ou entre amigos envolvem em geral aspectos (afetivos, biográficos, etc.) que as tornam irrepetíveis, únicas.

Parece natural, neste domlnio privado, que um pai trate de forma privilegiada seus próprios filhos ou um amigo dê preferência a outro amigo. Dizer que o serviço público deve ser impessoal significa dizer que essas preferências, esses privilégios, essas diferenças não cabem mais no domínio público - justamente porque, nesse domínio, trata-se daquilo que é comum, trata-se daquilo que é devido a cada um não do ponto de vista. particular de suas peculiaridades, mas do ponto de vista geral da cidadania. O valor da impessoalidade, assim, vem acompanhado de perto pelos valores da igualdade e da imparcialidade. Todos são iguais no sentido em que todos têm o mesmo valor como pessoas morais ou como cidadãos e, assim, merecem, em princípio, o mesmo tratamento. Todos os casos, mesmo aqueles que, por suas características, são os mais peculiares, devem ser considerados do ponto de vista imparcial de qualquer um.

O valor da impessoalidade visto assim em conexão com a idéia de imparcialidade, supõe uma distinção clara entre aquilo que é público e aquilo que é privado. Um dos pontos mais enfatizados nos programas de promoção da ética pública nos mais variados palses é, justamente, o do conflito de interesses - os conflitos que podem surgir entre o interesse comum, público, e os interesses particulares dos servidores. Administrar esses conflitos - ou seja, evitar que a perspectiva privada imponha-se sobre a comum e, assim, perca-se a perspectiva imparcial a partir da qual deve ser considerado o interesse público - éuma necessidade imposta também pela afirmação do valor da impessoalidade.

O valor da moralldade impõe-se já pelo que foidito anteriormente. O padrão que define a conduta ética

I dos servidores públicos não pode ir de encontro ao pa

Idrão ético mais geral da sociedade.

I Esse padrão ético mais geral resume a

moralidadevigente em uma sociedade. É, tal como o ordenamento

ct jurldico, um sistema público de valores, princlpios, ideais~ e regras. E, ainda tal como o ordenamento jurldico, é ou.~ tra condição de possibilidade da vida em comum. A faltac de respeito a esse padrão implica, portanto, uma violação

,ffi direta da confiança depositada pelo público, uma vez que

8. atenta contra aquilo mesmo que torna possível sua exis~ tência como comunidade.

Mais do que todos, o valor da publicidade liga-se ao aspecto público do serviço público. A esse valor pode-mos associar, por exemplo, a idéia de transparência e a da necessidade de prestar contas diante do público.

A esses valores foi acrescentado o da eficiência, que decorre não tanto do aspecto público do serviço pú-blico, mas do fato de que é um serviço prestado. Em todo caso, é uma obrigação do serviço público, assumida di-ante daqueles que o mantêm - diante do público, portan-to -, ser o mais eficiente posslvel na utilização dos meios (públicos) que são postos à sua disposição para a reali-zação das finalidades que lhe cabem realizar. A confiança do público varia também em função da eficiência do serviço que Ihes é prestado.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERViÇO PÚBLICO DECRETO N. o 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atri-

buições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo

em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n. o 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n. o 8.429. de 2 de junho de 1992,

DECRETA:Art. 10 . Fica aprovado o Código de Ética Profissio

nal do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal que com este baixa.

Art. 20 . Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em ses-senta dias, as providências necessárias à plena vigênaa do Código de Ética, inclusive mediante a constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servido-res ou empregados titulares de cargo efetivo ou empreg::: permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.

Art. 30 . Este decreto entra em vigor na data de s...a publicação.

Brasllia, 22 de junho de 1994, 1730 da Independê.....

cia e 1060 da República.

ITAMAR FRANCO

Romi/do Canhím

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ANEXO Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder'Executivo Federal

CAPíTULO I Seção I

Das Regras DeontológicasI - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a

consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

11- O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e. o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e 6 inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III-Amoralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acrésci-mo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI- A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito l1a vida funcional.

VII- Salvo os casos de segurança nacional, inves-tigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em proces-so previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII- Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-Ia ou falseá-Ia, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má von-tade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-Ios.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam atémesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII- Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII- O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e càda concidadão, colabora e de toqos pode receber colaboração, pois sua atividade públic'à é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Seção 11

Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,

função ou emprego público de que seja titular;b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e

rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser,B[.Obo,. reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, ~ condição essencial da gestão dos bens, direitos e servi- Ojços da coletividade a seu cargo;. ~

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, ~aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com "8o público; ~

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f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada pres-tação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-Ihes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum te-mor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierár-quicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou aéticas e denunciá-Ias;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

I) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza deque sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,

refletindo negativamente em todo o sistema;m) comunicar imediatamente a seus superiores todo

e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se re

Ii lacionem com a melhoria do exercício de suas funções,......tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão ondeexerce suas funções;

r) cumprir, de acor.do com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t} exercer; com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê10 contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o êeu integral cumprimento.

Seção 11I

Das Vedações ao Servidor Público

xv - E vedado ao servidor público;a) o uso do cargo ou função, facilidades, amiza

des, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan-do-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científi-cos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendi-mento do seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal inter-firam no trato com o público, com os jurisdicionados ad-ministrativos ou com colegas hierarquicamente superio-res ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos quedeva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

I) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no seNiço ou fora delehabitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar oseu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.CAPITULO /I Das

Comissões de Ética

XVI- Em todos os órgãos e entidades da Adminis-tração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exer-ça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de

procedimento susceptivel de censura.\

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XVII- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou cooduta que considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servi-dor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas.

XVIII- A Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carrlC!)ira dos servidores, os registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de Estado.

XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, por exerclcio profissional, o servidor público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e providências.

XXI-As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da consciência ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República.

XXII- A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

XXIII - A Comissão. de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princlpios éticos e morais conhecidos em outras profissões;

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que,

por força de lei, contrato ou de qualquer ato j..lríd co. p-es-te serviços de natureza permanente, temporária Ou ex-cepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as soci-edades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver de tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princlpios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes.

A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS

Afinal, para que a ética? Qual o sentido da preocu-pação cada vez mais generalizada, no Brasil e no mundo, com a ética na vida pública? Que razões, afinal, nós temos para promover a ética no serviço público? Vamos tentar responder a essas questões por duas vias. Primeiramente, se aceitamos, como um postulado, que os limites impostos pela moralidade são uma condição sine qua non da vida em sociedade, pode ser útil tentar ver, a partir da própria natureza da moralidade considerada desde esta perspectiva, qual o sentido de afirmarmos padrões éticos em geral. Em seguida, é preciso ver, no contexto mais restrito do serviço público, por que se justifica a preocu-pação com a promoção da étiaa.

Vamos chamar aqui de moralidade o sistema de re-gras, valores, ideais e princípios que corresponde ao pa-drão ético geral de uma sociedade. Tal como o ordenamento jurldico, esse sistema de regras caracteriza-se por ser público, isto é, comum a todos e de conhecimento de todos. Para que uma comunidade exista com o mínimo de coesão e estabilidade é necessário que exista um tal sistema, que todos o conheçam e que todos acreditem que pelo menos a maior parte das pessoas, na maior parte do tempo, está disposta a segui-Io. Parte substancial de ambos os sistemas - o juridico e o moral - tem a finalidade de regular o comportamento de cada um na medida em que suas ações afetam os interesses dos outros. Essa regulação em geral aparece como uma limitação imposta às possibilidades de agir de cada um. O ordenamento jurídico e a moralidade têm a função de assinalar, dentre as inúmeras possibilidades de ação abertas a um agente, quais as que são aceitáveis, tendo em vista a forma como essas açõesafetam os interesses de outros agentes. Vista assim, a c( moralidade é, substancialmente, um sistema de exigênci- ~as mútuas que tem a finalidade de garantir o respeito aos .ti vários interesses dos indivíduos que compõem uma socie- ~ dade. O objetivo é, de certa forma, diminuir o mal ou o dano ~ que poderia ser causado a esses interesses na ausência '8 de tais limites. A fixação e a explicitação do padrão ético, ~

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assim, cumpre uma função geral de justificação: o padrão serve justamente para ajudar-nos a decidir ou identificar quais são as exigências e limitações justificadas e quais não o são.

O que vale para o padrão ético geral (a moralidade vigente) de uma determinada sociedade vale para o padrão ético mais restrito, no sentido em que aparece no contexto das "éticas profissionais".

Também eles visam a possibilitar a escolha de al-ternativas de ação dentre as várias existentes. Tambémcumprem uma função de justificação: é sempre em rela-Çao a esses padrões que podemos justificar as exigências que erguemos uns aos outros em nossa convivência -exigências que tornam mesmo essa convivência possível. Se por "promover a ética" entendermos o esforço de fixar, explicitar e tornar efetivo, nas ações, o padrão ético, então a promoção da ética é absolutamente necessária para a coesão e a estabilidade do grupo a que se dirige, para a redução da possibilidade de dano e para a eliminação da arbitrariedade na imposição necessária de limites, em função das exigências mútuas que erguemos.

Mas no caso específico do serviço público, uma outra série de razões reforça a preocupação com a pro-moção da ética. Essa série de razões provém agora das relações entre o serviço público e o público que é servido por ele e está ligada à idéia de confiança, a que já aludimos antes mais acima.

Confiança tem um duplo aspecto. Liga-se, por um lado, à idéia de legitimidade: a crença do público na inte-gridade do serviço público é um componente fundamentalda crença na legitimidade das instituições, em geral. Por outro lado, parece haver uma relação direta entre a confiança do público nas Instituições e a capacidade delas de responder adequadamente às suas necessidades. Esses dois aspectos da confiança - o aspecto normativo da legitimidade e o aspecto da eficácia - aparecem sempre nas tentativas mais recentes de justificar a preocupação com a promoção da ética pública. Essa preocupação, assim, liga-se à necessidade de responder às demandas dos cidadãos - demandas por integridade e correção, exigldas em contra partida à confiança depositada nas instituições, e demandas por resultados, por eficiência e eficácia dos serviços prestados.

Outra razão geralmente apresentada para justificar a preocupação crescente com a ética pública diz respeito às transformações pelas quais vem passando a administração pública. Para responder mais rápida e eficazmente a um ambiente complexo de mudanças cada vez mais velozes, muitos países vêm adotando reformas substanciais em suas administrações. Uma ênfase maior nos resultados vem, em geral, nessas reformas, acompanhada por maior flexibilidade e descentralização na administração. Essa situação, por sua vez, põe nova pressão sobre o dever dos administradores públicos de responder e prestar contas, diante do público, por suas ações e resultados.

A fixação de um padrão de conduta para os servidores públicos e sua efetiva promoção, assim, responde a Imperativos de várias ordens. Responde, antes de mais

nada, a um imperativo da própria moralidade: padrões impõem-se na medida em que precisamos justificar 1"'05sas ações diante dos demais. Responde ainda a imperativos ligados às idéias de democracia e de cidadania. Pc-" fim, responde aos imperativos de eficiência e eficácia :.. preocupação com a ética, enfim, longe de ser uma pre<r cupação acessória ou periférica, justifica-se pela próp~a natureza e finalidades do serviço público.

Dentro de- um novo contexto de relacionamel"todas relações entre o setor público e o privado, exigiu-se 2 criação de uma nova dimensão, a qual veio a ser cha~2r da de terceiro setor. O terceiro setor permitiria assuma melhor coexistência dos interesses públicos :: :':-: interesses privados.

No que toca à estrutura de decisões dentre =a Administração Pública, o que se viu foi uma tentat: . a :~ se centralizar as decisões politicas estratégicas e des-centralizar a sua efetivação. Já se falava, então, na cria-ção de estruturas que possibilitem controle popular sob"e a ação governamental.

Outro ponto relevante das reformas iniciadas àq~eIa época foi à atenção dada às escolas de governo. Es:.as escolas foram criadas com o intuito de formar, aperFe ~--ae aumentar a profissionalização dos agentes púb,"ccs :::= Administração. Capacitação e sistema de carre.ras S~ destacavam no contexto de implantação então cnsCG

No tocante à ética e governo, Dória registra a ~cupação crescente existente nos meios acadê"" ccs !! nos meios formadores de opinião a respe te :õ

governabilidade.O caso seria de se solidificar a auto..~de do poder público, sob pena de não se ter capaa da=e de manutenção das coisas como estão e resistir às P"e5sões sociais.

Doria lembra o seguinte pensamento Chares ~-: Secondat (Barão de Montesquieu): "todo aquele que ~etém poder tende a abusar dele e assim procederá e~quanto nSo encontrar limites". E conclui que é caraC'.s" stico do sistema republicano justamente estes meca" smos adequados ao controle politico. É por parte dos age'">tes públicos que passaria a responsabilidade de derrc:a: a indiferença cotidiana. E indica um caminho:

"Isto somente pode ser feito se houver uma lT'uda-ça radical na cultura da própria sociedade e, mais espe:-

ficamente, na cultura pública. E um dos valores f........,::mentais para esta "virada" é a ética, não obstante es'; referencial tenha permanecido latente nos últimos a"'::S no Brasil".

Seguindo Max Weber, a reafirmação da ética es3ria associada à legitimidade, ou seja, a Identidade e"'::: um grupo e seu lider. A legitimidade posteriormente acabou se transformando na pura legalidade.

Esta transformação teria se passado pela simp ,es assimilação de que a relação entre lider e grupo passasse a ser feita por meio de representantes escolhidos o..seja, por meio dos legisladores escolhidos para criar os documentos escritos com as normas que representas-sem os anseios populares. Desta forma, a ética foi afas-tada como referencial da vida politica e foi substituída pe,a

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simples escusa de que o que era feito, o era em nome de se alcançar resultados específicos, por bem ou por mal. Exemplo disto é a aceitação de certos políticos mediante o trocadilho: "rouba mas faz".

Entretanto, o mundo mudou de forma que hoje a pressão pela alteração do Estado para um patamar mais democrático e eficiente é decisiva. Com isso, se os resultados propostos não forem alcançados, a cobrança é imediata sob alegação de falta de ética causadora da ingovemabilidade.

CONFLITO DE INTERESSES

Os padrões de qualidade do atendimento são com

promissos públicos assumidos pel_a organização para com o

cidadão, no que se refere aos serviços que ela presta. O

conjunto de padrões estabelecido por uma organização deve

ser compreendido como uma carta de obrigações da

organização ou uma carta de direitos do cidadão.

O estabelecimento de padrões de qualidade do aten-

dimento é uma experiência exitosa em diversos paises da

Europa, tais como França, Espanha e Inglaterra. Ele deriva da

premissa básica de que o controle social, ou seja, a

disponibilização de condições para que os cidadãos possam

avaliar os serviços de atendimento que Ihes são oferecidos e

cobrar do Estado a melhoria desses serviços, constitui-se em

fator decisivo para a evolução da administração pública.

Padrões EstabelecidosO Decreto n. o 3.507 de 13/06/2000, define as dire

trizes normativas para o estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento prestado pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, indi-reta e fundacional que atendem diretamente aos cidadãos.

Os padrões devem ser uma descrição sucinta, objetiva e de fácil entendimento das caracteristicas do atendimento que o usuário deverá receber da organização. Esses compromissos assumidos pela organização precisam ser factíveis e realistas, adequados à situação de cada organização, não devendo gerar nos usuários expectativas que não possam de fato ser atendidas.

Estímulo à participação do cidadãoA participação do cidadão é uma estratégia essen

cial na busca da melhoria do atendimento prestado pelo setor público ao cidadão. É necessário que as organiza-ções públicas federais estabeleçam canais de comunicação com os usuários, para que estes possam manifestarse quando os padrões de qualidade estabelecidos não forem cumpridos, bem como que as organizações definam procedimentos para o atendimento das reclamações e sugestões féitas por seus usuários. Exemplos desses canais são as ouvidorias, call-center, caixas de sugestões / reclamações, etc.

Avaliação da satisfação do cidadãoÉ necessário, ainda, que as organizações públicas

federais realizem consultas aos cidadãos a respeito de sua satisfação com o atendimento recebido, por meio de pesquisa, pelo menos anualmente, e divulguem o resultado dessa consulta à sociedade, conforme determina o Decreto Presidencial.

Relacionamento com clienteAtendimento ao público com qualidade enquanto

relacionamento com cliente, para servidores, é o atendi-mento dirigido com exclusividade para uma pessoa, e

compreende duas subcategorias a seguir:- Postura dos servidores- Satisfação do público (clientes)

Postura dos servidores - Nesta subcategoria, aten-dimento ao público com qualidade para os servidores coloca-se como sendo umas atitudes corteses, educadas e atentas em relação ao cliente, evidenciado nas suas falas.

Observa-se, nestas falas, que os dois grupos pesquisados percebem a postura do servidor/relaciona-mento com cliente, enquanto atendimento ao público com qualidade, sob a mesma ótica, onde a forma de tratar bem o cliente é determinante, possibilitando ao cliente uma imagem positiva da organização mesmo que não tenha obtido o que deseja.

A contribuição da relação servidor e órgão é tão grande no que concerne ao atendimento com qualidade que é preciso repensar a relação psicológica entre estes dois grupos, já que ela afeta a ~ualidade da relação psicológica entre o empregado e o cliente.

Satisfação do Cliente - Reflete-se, a seguir, sobre o atendimento ao público cem qualidade, enquanto satisfação do cliente, por parte dos servidores e empre-sas, como a habilidade de atender às necessidades explicitas e implícitas do cliente.

Os dois grupos revelam que a satisfação do cliente independe da obtenção do que foi solicitado.

Formação ProfissionalEsta categoria compreende atendimento ao públi

co com qualidade enquanto formação profissional para servidores como sendo um processo permanente de aprendizado, com treinamento contínuo para obtenção de profissionais capacitados e qualificados para o cargo, evidenciado nas falas apenas dos servidores. Observou-se nas falas dos servidores a importãncia atribuida à formação profissional. A qualidade no serviço de atendimento ao público está relacionada diretamente com a qualidade da formação profissional para este grupe.

A respeito disso, em muitos casos, o problema não é com o treinamento, nem com o funcionário. A questão é que não há consistência entre o discurso feito no treinamento e as ações de fato praticadas na empresa.

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Relação servidor com a empresa Atendimento ao público com qualidade enquanto

relação com o servidor e com a empresa é apreendido como sendo o crescimento da empresa que dispõe de uma equipe de funcionários que a defenda e esteja sem-pre disponivel a atender clientes dentro das normas estabelecidas.

As falas apreendidas nesta categoria refletem que para o pessoal do atendimento, com maior freqüência, atendimento com qualidade é atender as necessidades da empresa.

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Organização do serviçoAtendimento ao público com qualidade enquanto

organização do serviço é compreendido pelos servidores e empresas como sendo a execução do serviço de forma padronizada, diretamente com o cliente, com eficiência e eficácia.

A padronização do atendimento é condição para que haja eficácia e eficiência, contudo sabe-se que o que deve haver é o fornecimento de padrões claros de desempenho, como um roteiro de atendimento que traduza os fundamentos, de suas atribuições, porém preservando a autonomia dos funcionários para evitar um atendimento mecanizado.

Portanto, sabe-se que o incomum não se e,ncontra em manuais. E no atendimento com qualidade o servidor preçisa estar preparado para o incomum, para entãoobter a eficácia e eficiência desejada.

Recepção do problema· O atendimento ao público com qualidade, enquan

\to recepção de problema, é percebido pelos servidores e empresas como sendo a habilidade e aptidão de reç;epcionar e procurar resolver os problemas dos clientes"e a principal função do setor de atendimento ao público, cabe n"otar que na visão destas funcionárias o atendimen-to e o problema se confundem. A compreensão de que aro\\na d\ár\a se esgo\a em receber prob\emas édesmotivadora. A percepção que o servidor tem do atendimento

é a que e)a Irá transml\lr ao c))ente. É necessário, portanto que

o servidor tenha a visão de que o atendimento é algo mais do

que apenas lidar com problemas.

DECRETO N° 3.507, DE 13 DE JUNHO DE 2000. Publicado no DOU de 14/06/2000

Dispõe sobre o estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento prestado aos cidadãos pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, e dá outras providéncias.

o PRESID.ENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribui~ão

que lhe confere o art. 84, inciso VI, da Constituição,

rn!êõN~URSOS&EMPREGOS

DECRETA:

Art. 1° - Ficam definidas as diretrizes normativas para o estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento prestado pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional que atendem diretamente aos cidadãos.

Art. 20... Os padrões de qualidade do atendimentoa que se refere o artigo anterior deverão ser:

I - observados na prestação de todo e qualquer serviço aos cidadãos-usuários;

11 - avaliados e revistos periodicamente;11I - mensuráveis;IV - de fácil compreensão; e.V - divulgados ao público.Art. 3° - Os órgãos e as entidades públicas fede

rais deverão estabelecer padrões de qualidade sobre:I - a atenção, o respeito e a cortesia no tratamento

a ser dispensado aos usuários;II - as prioridades a serem consideradas no

atendimento;111 - o tempo de espera para o atendimento;IV - os prazos para o cumprimento dos serviços; V - os mecanismos de comunicação com os usuários; VI - os procedimentos para atender a reclamações; VII - as formas de identificação dos servidores; VIII - o sistema de sinalização visual; e.X - as condições de limpeza e conforto de suas de

pendências.Art. 4° - Fica instituido o Sistema Nacional de Avaliação

da Satisfação do Usuário dos Serviços Públicos, a ser implantado sob a coordenação da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. § 1 ° Os critérios, as metodologias e os procedimentos a

serem utilizados no Sistema serão estabelecidospe\a '&ecTe\aT\a àe ~es\=ão, 'riO ,?'i'à"Z..o àe 'Um 'à'rlO .. 'à

contar da data de publicação deste Decreto.§ 2° Os órgãos e as entidades públicas federais deverão

aferir o grau de satisfação dos seus usuários co.... o atendimento recebido, pelo menos anualmente

§ 3° As metodologias a serem utilizadas para avaliar asatisfação dos usuários deverão ser nomo\ogaàa5por um comitê de certificação, a ser constituldo ~âmbito do Sistema.Art. 5°. Os órgãos e as entidades públicas feóe

rais deverão divulgar, pelo menos uma vez por ano. os resultados da avaliação de seu desempenho, em rela~ aos padrões de qualidade do atendimento fixados.

Art. 6°. Os órgãos e as entidades públicas fede-rais deverão implementar os padrões de qualidade do atendimento, de acordo com as diretrizes estabeleci das neste Decreto, no prazo de um ano, a contar da data de sua publicação, bem como divulgar amplamente esses padrões de qualidade junto aos cidadãos-usuários.

Art. 7°. A Secretaria de Gestão compete fornece" as orientações para o cumprimento das diretrizes estabelecidas neste Decreto e realizar o controle de se.. atendimento.

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rnJCõRCURSOS & EMPREGOS

Art. 80 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de junho de 2000; 1790 da Independência e 1120 da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIALOs negócios assumem hoje dimensões muito com

plexas. Os fenômenos da globalização, das inovações tecnológicas e da informação apresentam-se como desafios aos empresários, já que altera comportamentos, e também serve como um novo paradigma na busca de melhor entendimento sobre as mudanças que estamos enfrentando.

Segundo Kunsch (1999, p.74) "é exatamente no âmbito desses cenários mutantes e complexos que as organizações operam, lutam para se manter.e para cumprir sua missão e visão e para cultivar seus valores(...).".

O atual ambiente empresarial aponta para dois pontos extremos: o aumento da produtividade, em função das novas tecnologias e da difusão de novos conhecimentos, que leva as empresas a investir mais em novos processos de gestão, buscando a competitividade. Ao mesmo tempo, temos um aumento nas disparidades e desigualdades de nossa sociedade, que obrigam a repensar o sistema econômico, social e ambiental.

Neste contexto de mudanças e de transformações sociais, econômicas e tecnológicas, pelo qual passam as organizações, percebe-se uma grande preocupação em estabelecer padrões de ética e responsabilidade social em suas atividades. Conforme coloca Ashley (2002, p.50), "parece licito afirmar, que hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só a suas responsabilidades econômicas e legais, mas também as suas responsabili-dades éticas, morais e sociais".

Nos últimos anos, esses conceitos têm sido incor-porados à vida das organizações, procurando estabelecer uma harmonia entre o lucro e a sua atuação diante de seus públicos.

No cenário de preocupação com o social e a ética, que envolve mudança de atitudes e de valores por parte das organizações, é fundamental destacar a atuação dos profissionais de comunicação. Os comunicadores têm uma função estratégica dentro das empresas, no sentido de planejar e divulgar as ações sociais que passam a fazer parte das organizações e estabelecer padrões éticos no relacionamento com os públicos, pois como diz Pinto (2001, p.28), "ações duradouras, comunicadas de forma adequada, trazem frutos duradouros(...)".

Neste sentido, uma nova postura das empresas

implica em uma nova realidade de atuação dos

comunicadores. É necessário que a comunicação das

organizações reflita este novo ambiente empresarial. As

empresas que pretendem sobreviver no mercado e obter

sucesso, terão que adotar uma atitude transparente

diante de seus públicos. Cada vez mais se torna

fundamental apresentar, de forma clara e objetiva, a

filosofia e a missão econômica e social da organização

através da comunicação empresarial.

A empresa ética precisa solidificar seu relaciona-

mento com os públicos com base na honestidade. Quan-

do afirmamos isso, estamos ressaltando o papel das re-

lações públicas na efetivação de uma postura ética por

parte das organizações. Para NASH (1993), entre os va-

lores compreendidos pela conduta ética nos negócios

estão a honestidade, justiça, respeito pelos outros,

serviço, palavra, prudência e confiabilidade.

As ações de responsabilidade social praticadas

pelas empresas devem ser reforçadas pelas estratégias

de comunicação, já que é através delas que a empresa

se mostra. Para isso, é fundamental a definição de um

posicionamento junto aos seus públicos. Segundo Ries e

Trout (1999, p.14)"0 posicionamento é um sistema orga-

nizado para se encontrar uma janela para a mente. Ba-

seia-se no conceito de que a comunicação só pode ter

lugar no momento certo na circunstância certa". E é isso

que as empresas socialmente responsáveis e éticas pre-

cisam: ter um lugar na vida e na mente de seus públicos,

onde elas sejam lembradas como empresas

comprometidas com os problemas sociais.

Segundo Henriques (2001), "na cena contemporâ-

nea, às Relações Públicas será facultada a missão de

interagir entre os interesses das comunidades e da em-

presa, detectando necessidades e alternativas de desen-

volvimento social e econômico das populações,

propondo e desenvolvendo formas de solucionar

problemas sociais, articulando o apoio e promovendo a

elaboração de proje

tos que visem erradicar carências sociais de todo o tipo". i IA partir do planejamento e execução de ações soci-

almente responsáveis, que consolidem projetos relaciona f i dos ao meio ambiente, à melhoria do ambiente de trabalho,

Jentre outros, um novo posicionamento empresarial e novas

Lrelações, fundamentadas numa atuação ética, deverão ser ~ estabelecidas com funcionários, consumidores, comunida- .fi

de, enfim com todos os parceiros. Percebe-se, desta for- ~ ma, que os profissionais de comunicação passam a de- m

senvolver junto às organizações uma postura social e ética 18

mais voltada à qualidade de vida da sociedade. ~~---~._----_...

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~CÓDIGO ÉTICO DA CAIXA

Código de ÉticaO Código de Ética da CAIXA é o balizador e conta

com o compromisso moral dos empregados da CAIXA, proporcionando elevado padrão de comportamento éticocapaz de assegurar, em todos os casos, a lisura e a

transparéncia dos atos praticados na condução dos negócIos, em sinal de respeito à sociedade.

NOSSA MISSÃO

Promover a melhoria continua da qualidade de vida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros de qualquer natureza, atuando, prioritariamente, no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infra-estrutura, e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social, tendo como valores fundamentais:

.

Direcionamento de ações para o aten~imento das expectativas da sociedade e dos clientes; Busca permanente de excelência na qualidade de serviços;Equilibrio financeiro em todos os negócios; Conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade;Respeito e valorização do ser humano..

VALORES DO CÓDIGO DE ÉTICA DA CAIXA

RESPEITO

As pessoas na CAIXA sAo tratadas com ética, jus

tiça, respeito, cortesia, Igualdade e dignidade.

Exigimos de dirigentes, empregados e parceiros da

CAIXA absoluto respeito pelo ser humano, pelo bem público,

pela sociedade e pelo meio ambiente. Repudiamos todas as

atitudes de preconceitos relacionadas à origem, raça, gênero,

cor, idade, religião, credo, classe social, incapacidade flsica e

quaisquer outras formas de discriminação.

Respeitamos e valorizamos nossos clientes e seus

direitos de consumidores, com a prestação de informações

corretas, cumprimento dos prazos acordados e oferecimento de

alternativa para satisfação de suas necessidades de negócios

com a CAIXA.

Preservamos a dignidade de dirigentes, empregados e

parceiros,em qualquer circunstância, com a determinação de

eliminar situações de provocação e constrangimento no

ambiente de trabalho que diminuam o seu amor próprio e a sua

integridade moral.

Os nossos patroclnios atentam para o respeito aos

costumes, tradições e valores da sociedade, bem como a

preservação do meio ambiente.

~F=

'WW Q

ffi'0<> oZ

~CÔNCURSOS&~PREGOS

HONESTIDADENo exercício profissional, os interesses da CAIXA

estão em 1° lugar nas mentes dos nossos empregados e dirigentes, em detrimento de interesses pessoais, de grupos ou de terceiros, de forma a resguardar a lisura dos seus processos e de sua imagem.

Gerimos com honestidade nossos negócios, os recursos da socjedade e dos fundos e programas que administramos~-oferecendo oportunidades iguais nas transações e relações de emprego.

Não admitimos qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resulte em conflito de interesses e que estejam em desacordo com o mais alto padrão ético.

Não admitimos práticas que fragilizem a imagemda CAIXA e comprometam o seu corpo funcional.

Condenamos atitudes que privilegiem fornecedorese prestadores de serviços, sob qualquer pretexto.

Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais ou valores a parceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto.

.

COMPROMISSOOs dirigentes, empregados e parceiros da CAIXA

estão comprometidos com a uniformidade de procedimentos e com o mais elevado padrão ético no exercicio de suas atribuições profissionais.

Temos compromisso permanente com o cumprimento das leis, das normas e dos regulamentos internos e externos que regem a nossa Instituição. Pautamos nosso relacionamento com clientes, fornecedores, correspondentes, coligadas, controladas, patrocinadas, associações e entidades de classe dentro dos princlpios deste Código de Ética.

Temos o compromisso de oferecer produtos e ser-viços de qualidade que atendam ou superem as expec-tativas dos nossos clientes.

Prestamos orientações e informações corretas aos nossos clientes para que tomem decisões conscientes em seus negócios. Preservamos o sigilo e a segurança das informações.

Buscamos a melhoria das condições de seguran-ça e saúde do ambiente de trabalho, preservando a qualidade de vida dos que nele convivem.

Incentivamos a participação voluntária em ativida-des sociais destinadas a resgatar a cidadania do povo brasileiro.

.

.

.

..

."

TRANSPARÊNCIAAs relações da CAIXA com os segmentos da soci

edade são pautadas no principio da transparência e na adoção de critérios técnicos.

Como empresa pública, estamos comprometidos com a prestação de contas de nossas atividades, dos recursos por nós geridos e com a integridade dos nossos controles.

..

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IDJCõNCURSOS& EMPREGOS

Aos nossos clientes, parceiros comerciais, forne-cedores e à mídia dispensamos tratamento equânime na disponibilidade de informações claras e tempestivas, por meio de fontes autorizadas e no estrito cumprimento dos normativos a que estamos subordinados.

Oferecemos aos nossos empregados oportunida-des de ascensão profissional, com critérios claros e do conhecimento de todos.

Valorizamos o processo de comunicação interna, disseminando informações relevantes relacionadas aos negócios e às decisões corporativas.

RESPONSABILIDADEDevemos pautar nossas ações nos preceitos e

valores éticos deste Código, de forma a resguardar a CAIXA de ações e atitudes inadequadas à sua missão e imagem e a não prejudicar ou comprometer dirigentes e empregados, direta ou indiretamente.

Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações, dos bens, equipamentos e demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão eficaz dos nossos negócios.

Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos quais participamos, por entendermos que a vida depende diretamente da qualidade do meio ambiente.

Garantimos proteção contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a quem denun-ciar as violações a este Código, como forma de preser-var os valores da CAIXA.

Exercícios I

CESPE/UNB Julgue os itens seguintes, relativos à qualidade de atendimento ao público.

1. A queda do padrão de qualidade do atendimento ao público pode comprometer a imagem e a eficácia dos serviços de uma organização.

2. O longo tempo de espera do cliente e a falta de cortesia na prestação das informações são os principais indicadores da perda de qualidade do serviço de atendimento. ,

CESPElUNB No que se refere à qualidade do atendimento ao público julgue os itens seguintes:

3. Para o bom atendimento ao público, são necessá-rios conhecimentos e habilidades, que podem ser treinados, adquiridos ou desenvolvidos ~

4. Em um atendimento de qualidade, busca-se satis-fazer o público, tornar o atendimento gratificante apenas para quem o executa e manter valorizada a imagem da organização. I

II

5. A qualidade do atendimento é definida, principal-mente, pela 9.-uantirl::uie de informações que o atendente detém, pela presteza e urbanidade apresentados. ~

CESPE/UNB O atendimento ao público é um canal especializado por meio do qual a organização expressa o que oferece à sociedade. A propósito desse assunto, julgue os itens a seguir:

6. É atribuição do atendente buscar formas possíveis de solucionar dificuldades do cliente em sua relação com a organização. ,

7. Para bem atender as necessidades do público, é imprescindível que o atendente conheça detalhadamente cada setor da organização. g

8. Para suprir eventuais falhas de informação, o atendente deve recorrer aos manuais, folhetos in-formativos e resoluções da sua organização. ç

CESPE/UNB Considere por hipótese, que umatendente de um órgão público presencie um colega de trabalho faltar com o respeito a um casal de idosos de baixo nível socioeconômico ao lhe prestar atendimento. Acerca dessa hipótese, julgue os seguintes itens.

9. O atendente agirá de forma antiética se informar ofato a seu supervisor. .

10. Os idosos podem pleitear que o funcionário que os desrespeitou seja responsabilizado pelo seu com-portamento, podendo o mesmo vir a sofrer punição no trabalho.

CESPE/UNB (TST-2003) Julgue os itens a seguir, relativos ao trabalho em equipe e ao comportamento interpessoal dentro de uma organização.

11. O sucesso nas relações humanas depende do graude compreensão entre os indivíduos. Quando há com- I Ipreensão mútua, as pessoas comunicam-se melhor I I e

conseguem resolver conflitos de modo saudável. i

12. A capacidade de desenvolver trabalhos em equipe, com postura profissional participativa e aceitação da premissa de que cada pessoa tem uma contri-buição a oferecer, é uma competência exclusiva-mente gerencial. ~

13.IP

ara que o comportamento interpessoal seja efi- icaz, é necessário saber ouvir, eximindo-se, contu-do, de buscar o significado subjetivo das palavras e da linguagem corporal do outro.

14. As pessoas devem sempre reagir ao outro no nível emocional, privilegiando as circunstâncias do fato em detrimento dos sentimentos nele envolvidos

l~c C1)... ot>....Z

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mJêõAcURSOS& EMPREGOS

CESPE/UNB (T JBA-2003) A respeito do trabalho em equipe, julgue os itens subseqüentes.

15. A gestão do trabalho em equipe pressupõe o despojamento da arrogância, da vaidade e dasuperestimação do cargo por parte dos supervisares. ti

16. Aeficácia e a eficiência do trabalho em equipe são, igualmente, resultantes do empenho indMdual e coletivo.

17. No trabalho em equipe, a subordinação enseja atitudes de lealdade, dedicação, disciplina e colaboração com os pares e com a gerência.

CESPE/UNB (TST-2003) Em relação à organiza-ção do trabalho, às atitudes e à prioridade em serviço, julgue os itens subseqüentes.

23.

24.

o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, ?,aput, e § 4°, da Constituição Federal.

Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, não causando grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

18. A organização do trabalho envolve a divisão de tare-fas entre as pessoas e o agrupamento dessas ta-refas em unidades ou setores de acordo com a si-milaridade entre elas.

25. Toda ausência do servidor de seu local de trabalho

é fator de desmoralização do serviço público, o que

quase sempre conduz à desordem nas relações

humanas.

19. O trabalho bem coordenado exige metas claramente estabelecidas e definição da melhor forma de alcançá-Ias.

20. Em uma organização, o sucesso do trabalho de-pende exclusivamente das seguintes condições asseguradas aos empregados: reconhecimento do trabalho realizado, possibilidade de aperfeiçoamento, participação nas decisões e relacionamento Interpessoal saudável. .

Quando se exige ética no serviço público ou na vida

pública em geral, o que se está pedindo é, antes de mais

nada, que se fixe um padrão a partir do qual podemos, em

seguida, julgar a atuação dos servidores públicos ou das

pessoas envolvidas na vida pública.

Com relação à ética no serviço público, observe os

itens seguintes:

Com relação aos deveres fundamentais do

servidor público, analise os itens seguintes:

26. Todo servidor público não deve jamais retardar qual-quer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletivida-de a seu cargo. .

27. O respeito à hierarquia é peça fundamental dentro do serviço público. Porém, o servidor não deve ter nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal.

28. O servidor deve ter consciência de que seu trabalho é regido por princlpios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos. \."

21.

O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe-rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

Toda pessoa tem direito à verdade. Porém, o servidor

observando o interesse do Estado, pode omitiIa ou

falseá-Ia, ainda que contrária aos interesses da própria

pessoa interessada. :

29.

30.

O servidor deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, eximindo-se de exigir providências cablveis, pois somente ao superior cabe decidir sobre tal. ti,

O servidor não deve abster-se de exercer sua fun-ção, poder ou autoridade, mesmo em finalidade es-tranha ao interesse público, devendo somente ob-servar as formalidades legais e não cometendo vio-lação expressa à lei. :.

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rn!êõAcURSOS& EMPREGOS

;.

..

Com relação às Comissões de Ética, julgue os itens seguintes.

31. Cada Comissão de Ética é integrada por três servi-dores públicos e respectivos suplentes. é

32. As Comissões de Ética só poderão instaurar pro-cesso sobre ato, fato ou conduta que considerar passivel de infringência, mediante autorização da autoridade competente.

33. É vedado às Comissões de Ética fornecer informações sobre conduta de servidor público.

34. A Comissão de Ética não poderá se eximir de funda-mentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-Ihe recorrer à analogia, aos costumes e aos principioséticos e morais conhecidos em outras profissões.

35. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C C C E E C E C E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C E E E C_ C' C. C C_ E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C E C E E C. C C E E

31 32 33 34 35

E E C C C

Exercícios 11

"

As questões 01 e 02 foram extraidas da prova para o concurso público "Técnico Administrativo" Agência Nacional de Petróleo -ANP - realizado pela CESGRANRIO em março/2005.

01. O Código de Ética Profissional do Servidor Público

Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n.o 1.171/94, prevê a criação de Comissão de Ética em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta, autárquica e fundacional. A penalidade aplicável por essa Comissão ao servidor público é a de:a.() censura.b.( ) advertênciá.c.( ) suspensão.d.( ) demissão.e.( ) aposentadoria compulsória.

"'"I

]

02. O Código de Ética do Servidor Público faz referência expressa à observância do principio da moralidade administrativa. Nesse contexto, aduz que o conceito de moral idade da Administração Pública está intrinsecamente relacionado à idéia de que a sua finalidade é sempre o(a):a.( ) bom conceito na vida funcional.b.(~ bem comum.c.( ) esforço pela disciplina.d.( ) respeito à hierarquia.e.( ) harmonia com a estrutura organizacional.

03. (UnS/Assist. Adm./IGEPREV/PA/8/5/05) Se procu-rarmos bem, encontraremos ramificações éticas na maior parte de nossas escolhas. A ética está presente nas questões que nos confrontam diariamente: quais são as nossas responsabilidades para com os pobres? Justifica-se que tratemos os animais como nada além de máquinas que produzem carne para a nossa alimentação? Devemos continuar usando papel não reciclado? E por que, afinal, devemos nos preocupar em agir de acordo com principios morais? Outros problemas, como o aborto e a eu-tanásia, felizmente, não constituem, para a maior parte de nós, decisões a serem tomadas todos os dias; mas são problemas que podem surgir a qual-quer momento de nossas vidas. Portanto, dizem respeito a todos, e qualquer participante ativo do processo de tomada de decisões em nossa socie-dade deve refletir sobre eles.PeterSinger. Ética prática. Jefferson Luiz Camargo (trad.).

São Paulo: Martins Fontes, 2002 (com adaptações). Considerando o texto acima, assinale a opção correta. a.( ) A ética pode ser definida como uma série de proibições ligadas ao sexo.

b.()Atribuir aos interesses alheios o mesmo pesoque se atribui aos próprios é um principio ético. c.( ) A ética pode ser reduzida a um sistema de normas simples e breves, do tipo: Não minta, não roube e não mate.d.( )Aética é algo compreensivel somente no con-texto da religião.e.( ) A ética é um sistema ideal de nobreza na teoria, mas inaproveitável na prática.

04. (Cespe/UnS Téc. Judiciário/TRT 168 Região 2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética relativa à ética no serviço público, seguida de uma assertiva a ser julgada. 1- Sueli, servidora pública, apresenta bom desempenho e tem boas relações interpessoais no trabalho. Devido a seus vinculos de amizade no ambien- ct te de trabalho, Sueli, algumas vezes, acoberta irre- ~ gularidades, de diversas naturezas, praticadas por Wdeterminados colegas. Nessa situação, a conduta ~de Sueli é antiética, pois privilegia aspectos pesso- f3ais em detrimento de aspectos profissionais e da '8ética no serviço público. ~

_._,~ ..~------~~~~--

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'.'

11- Mariana, servidora pública, tem entre suas atribuições a tarefa de prestar atendimento ao público. Muitas vezes, por estar assoberbada de trabalho interno, Mariana, embora forneça informações corretas, tem má vontade e trata as pessoas sem cortesia no atendimento. Nessa situação, a conduta de Mariana é considerada ética, pois ela oferece informações fidedignas e sua descortesia é justificada pela sobrecarga de trabalho.É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: a.() I;b.( ) II;c.( ) I e II;d.( ) nenhuma.

Gabarito 11

~ 01.A 02.8 03.8 04. A".~

.,. Dúvidas e Anotações