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Relatório & Contas 2014 BBVA IFIC, Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Relatório & Contas 2014 - BBVA Corporate relatorio... · Valores em milhares de euros. ... atividade económica e da melhoria das condições do mercado de ... níveis de endividamento

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1. Principais Indicadores

2. Órgãos Sociais

2.1 Mesa da Assembleia Geral

2.2 Conselho de Administração

2.3 Fiscal Único

3. Relatório de Gestão

3.1 Síntese da Atividade

3.2 Enquadramento Macroeconómico

3.3 Mercado Automóvel

3.4 Modelo de Negócio

3.5 Evolução do Negócio

3.6 Gestão do Risco de Crédito

3.7 Análise Financeira

3.8 Gestão de Riscos

3.9 Balanço Social

3.10 Perspetivas para 2015

3.11 Proposta de Aplicação de Resultados

3.12 Notas Finais

4. Demonstrações Financeiras

4.1 Demonstrações Financeiras

4.2 Anexo às Demonstrações Financeiras (em 31 de dezembro de 2014)

Honorários faturados pelo Revisor Oficial de Contas

Seguros

5. Anexos

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Índice

O Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. no cumprimento das suas obrigações legais e estatutárias de informação, vem apresentar à Assembleia Geral, relativamente ao exercício de 2014, o seu Relatório sobre as atividades e resultados da Sociedade, bem como as contas, acompanhadas do parecer do Fiscal Único e da respetiva Certificação Legal.

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Lisboa, março de 2015

BBVA IFIC, Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Relatório & Contas 2014

Base de Reporte:

Individual

Periodicidade:

Anual

Data de Referência:

31 dezembro de 2014

Sede

Edifício Infante

Av. D. João II, nº35 F/G/H - 2º Piso

Parque das Nações

1990-083 Lisboa, Portugal

Tel.: +(351) 21 798 57 00

Fax: +(351) 21 798 58 91

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Principais Indicadores

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Principais Indicadores

(1) Crédito com incumprimento: inclui o crédito vencido a mais de 90 dias e o crédito de cobrança duvidosa abrangido pela definição da carta circular 99/03 do Banco de Portugal.

2013 2014 Variação %

Ativo líquido 301.778 265.311 -12%Crédito sobre clientes 283.106 243.658 -14%Situação líquida 45.760 45.936 0,3%Capital financiado no ano 61.193 64.566 6%Produto bancário 15.829 14.201 -10%Custos Operacionais 9.770 9.053 -7%Resultado líquido 1.885 1.872 -1%Rácio de eficiência 45,90% 51,78% -Rácio de adequação de fundos próprios de base 18,30% 21,30% -ROA 0,56% 0,66% -ROE 4,10% 4,08% -

Crédito vencido com mais de 90 dias/crédito total (1) 5,42% 6,16% -Rácio de Cobertura 115% 116% -Número de efetivos 58 59 -

Valores em milhares de euros

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Órgãos Sociais

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Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Abílio José Ruas da Silva Resende

Secretário da Mesa

Lia Navarro Azriel Menéres Pimentel

Conselho de Administração

Presidente

Javier Cruz Veira

Vogais

Abílio José Ruas da Silva Resende

Alberto Charro Pastor

José Miguel Blanco Martin

Susana Nereu de Oliveira Ribeiro

Fiscal Único

Fiscal Único

Deloitte & Associados – SROC, S.A.

Suplente

Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro, ROC

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Relatório de Gestão3.1 Síntese da Atividade

3.2 Enquadramento Macroeconómico

3.3 Mercado Automóvel

3.4 Modelo de Negócio

3.5 Evolução do Negócio

3.6 Gestão do Risco de Crédito

3.7 Análise Financeira

3.8 Gestão de Riscos

3.9 Balanço Social

3.10 Perspetivas para 2015

3.11 Proposta de Aplicação de Resultados

3.12 Notas Finais

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3.1 Síntese da Atividade

A atividade ao longo do ano de 2014 manteve-se pressionada por um enquadramento económico e de mercado adverso para o setor bancário e financeiro (com uma tendência de melhoria a partir do 2º semestre), nomeadamente na atividade de concessão de crédito a particulares e empresas.

Os efeitos da “ressaca” da crise internacional mantiveram-se presentes durante o atual exercício. A Atividade económica, o consumo privado, o investimento privado bem como as exportações mantém-se em níveis significativamente inferiores aos verificados no pré crise (apesar dos crescimentos positivos verificados) e os riscos de crédito na economia agravaram-se (apesar dos crescimentos serem marginais) como prova a subida do rácio de incumprimento total tanto no setor particular como das empresas.

Por outro lado, a implementação das medidas de contenção orçamental (choque fiscal e redução da massa salarial) em Portugal para repor o equilíbrio das contas públicas ocasionou uma redução/estabilização da procura interna e do crescimento económico.

Neste contexto de adversidade, a Sociedade deu continuidade às medidas adotadas de maior disciplina na Gestão de Riscos, Gestão do Pricing, no Controlo de gastos e de Eficiência, focando-se especialmente na gestão dinâmica das suas Redes de Distribuição.

As principais medidas foram as seguintes:

• No que refere ao pricing, foi adotado um programa de ajustamento de preços em função das condições de mercado, do risco de crédito do cliente final e do canal de distribuição;

• Ao nível da Gestão do Risco de Crédito, continuaram a ser adotados critérios rigorosos na concessão de crédito, em particular no segmento de empresas, uma vez que a degradação da qualidade de crédito neste segmento tem sido mais acentuada, prevendo-se a sua estabilização a prazo;

• Em termos da recuperação de crédito, prorrogou-se o esforço iniciado em anos anteriores, de reforço ao nível das várias plataformas de recuperação: pré-contencioso, telefónica e presencial.

• Na gestão da eficiência, a Sociedade continuou a implementação da sua plataforma tecnológica (PRM- plataforma de conetividade para entrada de propostas e comunicação com as redes de distribuição) que garante um maior nível de eficiência e redução do risco operacional.

Relativamente à gestão comercial, a Sociedade manteve-se fiel à estratégia do modelo de gestão por segmentos de negócio, bem como do reforço dos meios tecnológicos à disposição das equipas comerciais que permite um acompanhamento das redes de distribuição ajustada às suas necessidades desempenhando assim um papel mais ativo no relacionamento com os nossos parceiros.

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3.2 Enquadramento Macroeconómico

O enquadramento macroeconómico que se segue, visa fundamentar as previsões que são integradas também nos cenários definidos no âmbito do processo de autoavaliação da adequação do capital interno da Sociedade - exercício ICAAP.

Para o efeito, foram consultadas as versões mais atualizadas das seguintes publicações do Banco de Portugal: Boletim Económico; Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito e os Indicadores de Conjuntura; o Economic Outlook, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico - OCDE, o World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional - FMI, e o Monthly Bulletin, do Banco Central Europeu - BCE.

Importa reforçar que, dada a existência de alguma incerteza e instabilidade quanto à conjuntura económica europeia atual, com impactos a nível nacional, ditam que as previsões apresentadas no enquadramento macroeconómico poderão sofrer alterações num curto período de tempo.

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Enquadramento Macroeconómico Internacional

Em maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF). Durante os três anos de vigência do PAEF, verificou-se um conjunto de importantes ajustamentos na economia portuguesa, ao nível da consolidação orçamental e da desalavancagem do setor privado não financeiro, com reflexo significativo na desalavancagem do setor bancário e na correção do desequilíbrio externo.

A supervisão do sistema financeiro e a solvabilidade das instituições de crédito foram reforçadas e foram iniciadas reformas estruturais com o objetivo de reforçar o crescimento económico potencial. Apesar do progresso alcançado, permanecem vulnerabilidades na economia portuguesa que podem amplificar os efeitos inerentes à materialização de riscos sobre a estabilidade financeira.

Estas vulnerabilidades requerem a prossecução e, em algumas áreas, o aprofundamento do processo de ajustamento. Entre essas vulnerabilidades destaca-se o reduzido crescimento potencial da economia portuguesa. Apesar da recente recuperação da atividade económica e da melhoria das condições do mercado de trabalho, as baixas taxas de crescimento observadas e previstas para o futuro próximo, a par de níveis reduzidos de inflação, representam um desafio para a atividade e para a rendibilidade do setor financeiro. Ao contexto de baixo crescimento económico acrescem os ainda elevados níveis de endividamento dos setores privado e público, que constituem, por sua vez, uma restrição ao crescimento económico. Garantir um processo de ajustamento que promova a desalavancagem nos vários setores da economia portuguesa e, simultaneamente, crescimento económico, assente em investimento em setores com níveis de produtividade elevados e que beneficiem de uma procura sustentável, é claramente um dos maiores desafios na atualidade. O setor bancário deverá ter um papel fundamental na reafetação de recursos aos referidos setores, condição indispensável para o sucesso do referido processo de ajustamento da economia portuguesa.

A evolução dos vários setores residentes apresentou, no entanto, algumas diferenças. Nos particulares, a taxa de poupança aumentou significativamente e o endividamento reduziu-se. O ajustamento foi assinalável, tendo em conta que ocorreu num contexto de diminuição do rendimento disponível. As sociedades não financeiras tiveram uma evolução menos positiva do que os particulares. Num conjunto significativo de empresas, os níveis de endividamento permanecem excessivos. Esta situação condiciona consideravelmente o investimento necessário à promoção do crescimento potencial da economia portuguesa. No que se refere ao setor público, verificou-se, no decurso do PAEF, um ajustamento no saldo orçamental estrutural sem precedente. Porém, os elevados níveis de dívida pública não permitem o aliviar dos esforços de consolidação orçamental.

A situação de liquidez e de solvabilidade do setor bancário melhorou significativamente e o ajustamento observado nos restantes setores de economia refletiu-se na desalavancagem das instituições de crédito. No entanto, permanecem fragilidades quanto à sustentabilidade da estrutura de financiamento e à recuperação da rendibilidade. Para promover o crescimento económico, torna-se fundamental prosseguir as reformas estruturais, cujo alcance terá ficado, em algumas dimensões, aquém dos objetivos inicialmente fixados. Este processo é essencial para incrementar a produtividade e a mobilidade dos fatores, para absorver os níveis ainda elevados de desemprego e para aumentar a competitividade

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externa da economia, propiciando um crescimento económico sustentável, baseado no aumento da capacidade produtiva e na consolidação do desempenho registado durante o PAEF nas exportações de bens e serviços. Igualmente essencial se torna a definição de uma estratégia coerente e abrangente que permita lidar com o ainda elevado endividamento de um conjunto alargado de empresas portuguesas, de forma a libertar recursos que possam impulsionar o crescimento económico.

Os níveis de endividamento registados requerem uma atuação a vários níveis, acelerando os processos de reestruturação de empresas que, apesar de endividadas, se mantêm viáveis, permitindo reforçar o processo de desalavancagem num contexto de estabilidade financeira e fomentando a capitalização das empresas não financeiras. Só é possível compatibilizar investimento, crescimento económico e desalavancagem se as empresas estiverem adequadamente capitalizadas. Apesar dos sinais positivos refletidos na melhoria dos resultados que têm vindo a ser apresentados pela maioria das principais instituições de crédito – parte dessa melhoria baseada num esforço de reestruturação e contenção de custos é fundamental que o processo de ajustamento da rendibilidade do setor bancário se aprofunde e consolide, ainda que condicionado pela evolução da atividade económica.

Este processo deve acompanhar a correção dos desequilíbrios macroeconómicos que ainda se observam em Portugal. A recuperação da rendibilidade não pode decorrer de uma excessiva assunção de riscos nem basear-se numa excessiva concentração em determinadas atividades ou mercados. Será importante que as instituições ajustem os seus modelos de negócio a um contexto macroeconómico caraterizado, previsivelmente, por um reduzido crescimento potencial, por taxas de juro tendencialmente baixas e, no caso específico do setor bancário, por um acréscimo de concorrência decorrente da concretização da União Bancária. No enquadramento descrito, a transição para os novos requisitos regulamentares coloca também desafios importantes às instituições financeiras em termos de custo e de volume de financiamento, atendendo nomeadamente aos requisitos acrescidos em matérias relevantes como sejam a liquidez, a divulgação de informação sobre ativos onerados e a definição de um montante mínimo de passivos bail-in-able no balanço. Os desenvolvimentos recentes da economia portuguesa acima descritos têm sido enquadrados por um contexto internacional de crescimento moderado das principais economias e de baixas taxas de inflação. Neste quadro, as principais autoridades monetárias têm mantido políticas acomodatícias, conduzindo as taxas de juro de referência (sem risco) a níveis muito reduzidos.

Este enquadramento tem levado a uma tomada de risco financeiro – na medida em que alguns investidores procuram alternativas com rendibilidades mais elevadas, ainda que associadas a um maior risco (comportamento de search for yield) – e, consequentemente, à compressão dos prémios de risco, o que tem favorecido os países sob pressão da área do euro. Apesar da manutenção das taxas de juro do mercado monetário em valores muito reduzidos ter contribuído para a diminuição da rendibilidade dos bancos portugueses – devido ao facto de uma significativa parte da carteira de crédito estar indexada a essas taxas de juro, com baixos níveis de spread – os agentes económicos internos têm acedido a financiamento em condições relativamente favoráveis. Este enquadramento tem também contribuído para a valorização das carteiras de títulos de dívida a taxa fixa, particularmente afetadas no período mais agudo da crise da dívida soberana na área do euro, e constitui uma oportunidade a ser aproveitada pelas instituições de crédito no

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sentido de obterem financiamento não colateralizado com um custo relativo reduzido e por maturidades longas.

Neste contexto, a reversão deste movimento de search for yield poderá ter consequências adversas para a estabilidade financeira. Esta reversão poderá ser desencadeada por diversos fatores. A nível internacional pode existir uma reavaliação do valor relativo dos ativos da área do euro associada à incerteza quanto à recuperação económica da região ou uma possível dissonância entre as expetativas do mercado e as indicações dos bancos centrais em termos de política monetária. A nível nacional, esses riscos poderão passar pela possibilidade de se verificar uma evolução económica mais desfavorável do que a antecipada nos atuais cenários de previsão. Conforme já referido, apesar do ajustamento que teve lugar durante a vigência do PAEF, a economia portuguesa está dependente das alterações da perceção externa sobre um conjunto de vulnerabilidades específicas que continuam a persistir. Assim, o aprofundamento do processo de ajustamento dos vários setores da economia é fundamental para manter a credibilidade externa do país e limitar a subida do custo de financiamento dos vários setores da economia. A possibilidade de perdas de valor nas carteiras das instituições financeiras afeta outras categorias de ativos, além dos títulos de dívida.

A elevada exposição das instituições financeiras a ativos imobiliários representa um risco adicional, que necessita de ser monitorizado. Com efeito, a exposição dos bancos e das seguradoras ao risco imobiliário tem aumentado, quer pela utilização dos imóveis como colateral em operações de crédito (no caso dos bancos), quer pela detenção direta de imóveis ou de participações em fundos de investimento imobiliário. Apesar dos sinais de recuperação registados no mercado imobiliário e da evidência que aponta para o alinhamento dos preços dos ativos imobiliários residenciais com alguns determinantes fundamentais, não será de excluir uma possível diminuição dos preços. Esta evolução, podendo estar ela própria associada a um processo de ajustamento dos bancos que conduza a uma mais célere venda destes ativos e/ou a uma possível situação económica e financeira mais adversa, poderá ter um impacto significativo sobre o balanço dos bancos. A elevada exposição ao risco imobiliário requer, assim, uma permanente monitorização das carteiras do setor bancário, através de inspeções regulares e abrangentes, e um adequado registo de imparidades, em linha com as ações que têm vindo a ser desenvolvidas pelo Banco de Portugal desde 2011 e com o exercício mais recentemente levado a cabo pelo BCE no contexto da criação do Mecanismo Único de Supervisão. Por fim, é necessário preservar a confiança dos agentes económicos, um pilar essencial da estabilidade financeira. A conduta das instituições financeiras não pode colocar em causa a confiança no sistema. A salvaguarda da estabilidade financeira e a preservação do interesse público competem a todos os agentes económicos. Neste contexto, assume particular importância a criação de um quadro de incentivos e a definição de matrizes organizacionais e de atuação, internas e externas às instituições financeiras, que favoreçam o alinhamento dos interesses individuais com os coletivos. Torna-se também importante, no atual contexto, monitorizar de perto as consequências decorrentes da súbita redução dos níveis de solvabilidade do Banco Espírito Santo que, por sua vez, determinou a aplicação da medida de resolução a esta instituição. Sendo certo que a evolução de um conjunto significativo de indicadores demonstra que o impacto sobre os mercados financeiros foi temporário, há que assegurar o acompanhamento da situação garantindo a manutenção da confiança dos agentes económicos e a estabilidade do sistema financeiro nacional.

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As taxas de juro do mercado monetário do euro desceram marginalmente em dezembro. No dia 12 de janeiro, as taxas de juro Euribor situavam-se em 0,01 por cento no prazo de 1 mês, 0,07 por cento nos 3 meses, 0,17 por cento nos 6 meses e 0,32 por cento nos 12 meses, o que corresponde a uma redução de 1 ponto base (p.b.) em todas as maturidades face ao final do mês de novembro.

A taxa de câmbio efetiva nominal do euro depreciou 2,3 por cento entre o final de novembro e o dia 12 de janeiro. Esta evolução refletiu depreciações de 5,4 por cento face ao dólar, 4,8 por cento em relação ao iene, 2,0 por cento face à libra esterlina e 0,1 por cento face ao franco suíço.

O preço internacional do petróleo voltou a descer acentuadamente em dezembro. No dia 12 de janeiro, o preço do barril de Brent situava-se em 49,9 dólares (42,3 euros), o que representa uma redução de 32,9 por cento face ao nível verificado no final do mês de novembro (redução de 29,0 por cento em euros).

De acordo com a estimativa preliminar do Eurostat, a taxa de variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) da área do euro foi de -0,2 por cento em dezembro, após 0,3 por cento em novembro. Esta evolução refletiu uma diminuição expressiva dos preços da energia (-6,3 por cento em termos homólogos, que compara com uma taxa de -2,6 por cento em novembro), ao passo que o preço dos bens alimentares e dos bens industriais não-energéticos registaram taxas de variação de 0,0 por cento (após 0,5 e -0,1 por cento, respetivamente). Por seu lado, o crescimento dos preços dos serviços manteve- se em 1,2 por cento. Excluindo os bens alimentares e os energéticos, o IHPC da área do euro subiu 0,1 pontos percentuais (p.p.) para 0,8 por cento.

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Em dezembro de 2014, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da atividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, estabilizou face ao mês anterior. No mesmo período, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado, calculado pelo Banco de Portugal, registou uma diminuição face ao mês anterior.

De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, no quarto trimestre de 2014, o indicador de sentimento económico registou um aumento relativamente ao terceiro trimestre do ano. Esta evolução refletiu melhorias nos indicadores de confiança dos consumidores e na construção, registando-se uma relativa estabilização dos indicadores de confiança nos setores da indústria transformadora, dos serviços e do comércio a retalho.

Consumo Privado

Relativamente ao consumo privado, no trimestre terminado em novembro de 2014, o índice de volume de negócios no comércio a retalho, divulgado pelo INE, registou uma taxa de variação homóloga de 1,0 por cento em termos reais, após o aumento de 1,4 por cento no terceiro trimestre do ano. No quarto trimestre de 2014, as vendas de veículos ligeiros de passageiros, incluindo veículos todo-o-terreno, aumentaram 33,5 por cento, em termos homólogos, após uma variação de 29,8 por cento no terceiro trimestre do ano.

Comércio

Relativamente à formação bruta de capital fixo, no quarto trimestre de 2014, as vendas de veículos comerciais ligeiros aumentaram 19,8 por cento, em termos homólogos (59,5 por cento no terceiro trimestre), enquanto as vendas de veículos comerciais pesados registaram um aumento de 10,7 por cento (41,9 por cento no terceiro trimestre). No mesmo período, as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram 7,9 por cento, em termos homólogos, após uma queda de 8,9 por cento no terceiro trimestre do ano. No trimestre terminado em novembro de 2014, as importações nominais de bens de equipamento excluindo material de transporte aumentaram 8,5 por cento, após um crescimento homólogo de 7,9 por cento no terceiro trimestre de 2014. Segundo a informação relativa ao comércio internacional de bens, divulgada pelo INE, em novembro de 2014 as exportações nominais diminuíram 0,4 por cento em termos homólogos, enquanto as importações aumentaram 2,8 por cento. No mesmo período, as exportações excluindo combustíveis diminuíram 0,1 por cento enquanto as importações cresceram 5,4 por cento. Em termos acumulados desde o início do ano, as exportações registaram um crescimento de 1,7 por cento face a igual período do ano anterior e as importações aumentaram 3,3 por cento. No mesmo período, e excluindo combustíveis, as exportações e as importações aumentaram 4,1 e 6,7 por cento, respetivamente.Relativamente ao comércio internacional de serviços, em outubro de 2014 as exportações e as importações aumentaram 8,7 e 11,0 por cento em termos homólogos, respetivamente.

Enquadramento Macroeconómico Nacional

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Em termos acumulados desde o início do ano, as exportações de serviços registaram um aumento de 6,1 por cento face a igual período do ano anterior, enquanto as importações aumentaram 9,4 por cento.

IPC

Em dezembro de 2014, o IHPC registou uma variação homóloga de -0,3 por cento, diminuindo 0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior. A taxa de variação anual diminuiu 0,1 p.p., situando-se em -0,2 por cento. A variação homóloga refletiu uma queda dos preços dos bens, que mais do que compensou o aumento dos preços dos serviços. No mesmo período, o IPC apresentou uma variação homóloga de -0,4 por cento, enquanto a taxa de variação anual diminuiu 0,1 p.p., para -0,3 por cento.

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Orçamento de Estado

De acordo com a Síntese da Execução Orçamental da Direção Geral do Orçamento de novembro de 2014, o défice das administrações públicas em contabilidade pública até novembro ascendeu a 6420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9186 milhões de euros).

A receita fiscal do Estado aumentou 6,2 por cento entre janeiro e novembro de 2014 face a igual período do ano anterior (6,6 por cento corrigindo do efeito base associado ao montante do perdão fiscal registado em novembro de 2013). Esta evolução representa uma desaceleração face ao crescimento verificado até outubro (6,8 por cento), em virtude da evolução da receita dos impostos diretos, que aumentou 6,4 por cento (7,9 por cento até outubro). Em igual período, o crescimento da receita de impostos indiretos foi de 6,0 por cento, um valor próximo do observado até outubro. O crescimento da coleta dos impostos diretos reflete a evolução da receita do IRS, que apresentou um crescimento de 9,0 por cento em termos homólogos nos primeiros 11 meses de 2014, enquanto a cobrança do IRC diminuiu 5,0 por cento. No que respeita aos impostos indiretos, a coleta do IVA apresentou até novembro uma taxa de crescimento elevada (7,0 por cento), mantendo-se a tendência de forte queda dos reembolsos evidenciada até outubro.

Adicionalmente, a cobrança da generalidade dos restantes impostos indiretos continuou a apresentar taxas de crescimento elevadas, com destaque para os impostos sobre veículos e sobre o tabaco que aumentaram 33,7 e 7,7 por cento, respetivamente, no período em análise. De destacar que a receita do imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos apresentou um ligeiro aumento até novembro e que a contração na receita do imposto de selo neste período (-3,2 por cento) foi bastante menos expressiva do que até outubro (-6,7 por cento).

Relativamente à receita das contribuições para o Regime Geral da Segurança Social observou-se uma ligeira desaceleração face ao verificado até outubro (de 3,3 para 3,1 por cento). Entre janeiro e novembro de 2014, a despesa primária das administrações públicas diminuiu 2,4 por cento face a igual período do ano anterior, intensificando a tendência de queda verificada até outubro (-0,9 por cento). De destacar, em particular, a despesa com remunerações certas e permanentes que apresentou uma redução de 2,8 por cento, invertendo o crescimento observado até ao mês anterior. Esta evolução advém, designadamente, do diferente perfil de pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores das administrações públicas em 2013 e 2014.

Relativamente à despesa com aquisição de bens e serviços e ao investimento, observaram--se, até novembro, reduções de 3,5 e 31,5 por cento, respetivamente. A despesa com pensões do Regime Geral da Segurança Social aumentou 2,8 por cento, mantendo-se a tendência de desaceleração observada nos três meses anteriores, enquanto a despesa com a generalidade das restantes prestações sociais continuou a decrescer, com destaque para a despesa com o pagamento de subsídios de desemprego e apoio ao emprego, que recuou 17,8 por cento até novembro.

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Finalmente, a despesa com pensões e abonos da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações aumentou até novembro 1,5 por cento, tendo desacelerado fortemente em comparação com a execução até outubro (8,3 por cento), em virtude do efeito base associado ao pagamento de parte dos subsídios de férias aos pensionistas deste subsistema, em novembro de 2013.

Mercado de Crédito

Em novembro, a taxa de variação anual do crédito total ao setor privado não financeiro residente concedido por entidades residentes e não residentes manteve-se inalterada em -4,2 por cento. Esta evolução tem subjacente uma estabilização da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras (em -3,7 por cento) e uma diminuição marginal da taxa de variação anual do crédito total a particulares (de -4,8 para -4,9 por cento).

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se uma estabilização da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (em -3,1 por cento) e um aumento da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas (de -18,1 para -17,6 por cento). No que se refere ao crédito a particulares, observou-se uma estabilização da taxa de variação anual do crédito total para aquisição de habitação (em -3,8 por cento) e uma diminuição da taxa de variação anual do crédito total para consumo e outros fins (de -6,8 para -7,1 por cento).

Em novembro, a taxa de variação anual dos empréstimos concedidos ao setor não monetário residente (excluindo administrações públicas) por bancos residentes diminuiu de -4,4 para -4,6 por cento. Esta evolução resulta de uma diminuição, quer da taxa de variação anual dos empréstimos a instituições financeiras não monetárias (de -3,6 para -5,4 por cento), quer da taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro (de -4,4 para -4,6 por cento). Por seu turno, esta evolução reflete uma diminuição da taxa de variação anual dos empréstimos a sociedades não financeiras (de -5,1 para -5,6 por cento) e um aumento marginal da taxa de variação anual dos empréstimos a particulares (de -4,0 para -3,9 por cento). A taxa de variação dos empréstimos a particulares para aquisição de habitação manteve-se inalterada em -3,9 por cento, enquanto a taxa de variação anual dos empréstimos para consumo e outros fins aumentou de -4,6 para -3,9 por cento.

Em novembro, a taxa de variação em termos homólogos dos depósitos bancários do setor privado não monetário em bancos diminuiu de 2,8 para 2,4 por cento. No mesmo sentido, a taxa de variação homóloga dos depósitos de particulares diminuiu de 1,0 para 0,5 por cento.

Em novembro, observou-se uma diminuição da taxa de juro média sobre saldos de empréstimos a sociedades não financeiras, de 4,01 para 3,96 por cento. No que se refere aos empréstimos a particulares, observou-se uma ligeira diminuição da taxa de juro de empréstimos para aquisição de habitação (de 1,46 para 1,43 por cento) e uma estabilização virtual nos empréstimos para consumo e outros fins (de 8,18 para 8,17 por cento). No que diz respeito às operações passivas, a taxa de juro média sobre saldos de depósitos e equiparados com prazo até 2 anos diminuiu 5 p.b., para 1,61 por cento,

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enquanto a taxa relativa aos depósitos com prazo superior a 2 anos diminuiu 7 p.b., para 2,67 por cento.

Em novembro, a taxa de juro média sobre novas operações de empréstimos a sociedades não financeiras diminuiu face ao observado em outubro (de 4,76 para 4,63 por cento). No que diz respeito à taxa de juro média sobre novas operações de empréstimos a particulares para aquisição de habitação registou-se uma estabilização (em 3,01 por cento). Por seu turno, a taxa de juro de empréstimos a particulares para consumo e outros fins registou um aumento (de 6,90 para 7,21 por cento).

Relativamente à taxa de juro sobre novos depósitos a prazo de sociedades não financeiras e particulares, observou-se um ligeiro aumento, passando de 1,02 para 1,05 por cento.

Em dezembro, a taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro com maturidade residual de 10 anos diminuiu 16 p.b. face ao nível observado no final do mês anterior, situando-se em 2,69 por cento. No mesmo período o diferencial face à taxa de rendibilidade das obrigações alemãs de maturidade comparável permaneceu inalterada em 215 p.b.. No decurso de janeiro, a taxa de rendibilidade da dívida pública portuguesa diminuiu, situando- se em 2,60 por cento no dia 12 deste mês. O diferencial face à taxa de rendibilidade das obrigações alemãs diminuiu para 213 p.b. no mesmo período. Em dezembro, o índice PSI Geral registou, em valores de fim de período, uma desvalorização de 7,0 por cento relativamente ao mês anterior, tendo acumulado uma desvalorização de 21,2 por cento em termos homólogos. O índice Dow Jones Euro Stoxx registou uma desvalorização de 2,7 por cento face ao mês anterior, tendo acumulado uma valorização de 1,4 por cento em termos homólogos. Entre o final de dezembro e o dia 12 de janeiro, o índice bolsista português registou uma desvalorização de 1,9 por cento.

31

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

3.3 Mercado AutomóvelMercado de Veículos Ligeiros

O mercado de Veículos Ligeiros registou em 2014 uma melhoria significativa, com uma subida de 36,2%, comparativamente com o ano anterior, contrariando as expetativas iniciais, que apontavam para um aumento menos acentuado do setor Automóvel.

Com vendas totais na ordem das 169.026 unidades de veículos ligeiros em 2014, o mercado ultrapassou as expetativas iniciais.

Total do Mercado de Veículos Ligeiros (1)

Total Veículos Ligeiros

(1) Fonte: ACAP - Associação Automóvel de

Portugal

Mercado de Veículos Ligeiros de Passageiros

O mercado de Ligeiros de Passageiros encerrou o ano de 2014 com 142.827 unidades comercializadas, ou seja, mais 34,9% do que no ano anterior. Para este resultado contribuiu a melhoria da procura, motivada pela expetativa do ambiente económico vigente.

Total do Mercado de Veículos Ligeiros de Passageiros (1)

Total Veículos Ligeiros (2)

(1) Fonte: ACAP - Associação Automóvel de

Portugal

(2) Inclui: Lig. Passageiros, Todo-o-Terreno e

Monovolumes com + de 2.300 kg

169.026

2013

124.122

2014

Variação

36,18%

142.827

105.898

2013 2014

Variação

34,9%

32

Relatório & Contas 2014

Mercado de Veículos Comerciais Ligeiros

O mercado de Veículos Comerciais Ligeiros também registou no ano de 2014 uma su-bida de 43,8% face a igual período do ano anterior, o que corresponde a um total de 26.199 unidades comercializadas no país.

Total do Mercado de Veículos Comerciais Ligeiros (1)

Total Veículos Comerciais Ligeiros (2)

(1) Fonte: ACAP - Associação Automóvel de

Portugal

(2) Não Inclui: monovolumes com + de

2.300 kg

A evolução do mercado Automóvel foi positiva, mas ainda num nível abaixo dos valores normais de mercado.

26.199

2013

18.224

2014

Variação

43,8%

35

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

3.4 Modelo de NegócioA atividade da BBVA IFIC é desenvolvida em três segmentos: Financiamento Automóvel, Financiamento de Equipamento Produtivo e Cartões de Crédito, através de parcerias estratégicas com marcas e distribuidores.

A Sociedade reforçou o modelo de negócio baseado na oferta de produtos aos clientes finais, através de redes de distribuição dos nossos parceiros.

Foi dada especial atenção a estratégia de segmentação dos negócios com afetação de equipas comerciais específicas a cada um dos segmentos de atividade, mantendo uma rigorosa política de seleção dos canais de distribuição.

A Instituição mantém um seguimento individualizado de cada um dos canais de distribuição em todos os segmentos da atividade, de forma a assegurar uma rendibilidade e exposição relativa consideradas adequadas. A gestão dos canais de distribuição é efetuada de forma dinâmica, assegurando a abertura de novas parcerias ou o encerramento de parcerias, em qualquer caso obedecendo a critérios internos de avaliação de desempenho. Desta forma, a estratégia de risco assumida em cada canal de distribuição e em cada parceiro é periodicamente avaliada e ajustada tendo em consideração a estratégia e critérios da Sociedade.

36

Relatório & Contas 2014

Canais de Distribuição

1. Mercado automóvel

O financiamento automóvel representa uma parte muito significativa da atividade, obedecendo a sua gestão ao princípio da segmentação em função da tipologia dos clientes e parceiros.A gestão comercial é também baseada na segmentação das respetivas equipas comerciais.Esse modelo de gestão do negócio, garante um adequado acompanhamento comercial dos parceiros e dos seus canais de distribuição e um adequado controlo e gestão dos diferentes riscos que cada um representa, bem como a rendibilidade associada.

A estratégia implementada garante ainda que a Sociedade mantém um adequado controlo sobre a sua exposição relativa a cada um dos segmentos, tendo dessa forma uma forte capacidade de adaptação à envolvente externa, reagindo rapidamente a alterações de mercado ou dos canais de distribuição.

Concessionários Oficiais – PrimeSegmento de negócio com a responsabilidade da gestão de parcerias com grupos de distribuição de grande dimensão a nível nacional, constituído por representantes oficiais das marcas no mercado português.

Concessionários Oficiais – MiddleSegmento de negócio responsável pela gestão das parcerias com grupos do retalho automóvel de média e pequena dimensão com representação oficial das diversas marcas.

Concessionários UsadosSegmento de negócio responsável pelo gestão de parcerias com concessionários do retalho automóvel que funcionam em regime generalista sem vinculo associado às marcas.Trata-se de atividade centrada no financiamento de viaturas usadas.

2. Mercado de equipamento

Como atividade complementar a Sociedade desenvolve o financiamento de equipamentos produtivos, através de acordos de parceria com marcas e importadores nacionais.

A atividade está basicamente centrada no financiamento de:

• Equipamento de transporte terrestre de mercadorias;• Tratores agrícolas;• Equipamento de movimentação de terras;• Equipamento de movimentação de cargas.

37

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3. Cartões de Crédito

Esta linha de negócio tem em vista o lançamento de programas co-branded de cartões de crédito, garantindo uma diversificação do negócio.

O desenvolvimento desta atividade é centrado em acordos com parceiros da grande distribuição.

A Sociedade manterá neste setor uma atividade acessória com uma exposição controlada, tendo em consideração a situação de mercado e os objetivos estratégicos do plano de negócios.

4. Outros canais

De forma residual a Sociedade mantém uma distribuição baseada em operação de Tele-marketing, tendo como objetivo a gestão da sua base de clientes particulares em função de regras comportamentais pré-definidas, disponibilizando ofertas de crédito pessoal para financiamento de necessidades de consumo (Revolving) e de crédito para repetição do financiamento automóvel.

39

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

3.5 Evolução do NegócioCarteira de Gestão

A carteira de gestão de contratos de financiamento registou uma redução, tendo atingido um valor total de 253.903 milhares de euros, verificando-se um decrescimento homólo-go de 12,4%.

Carteira sob Gestão Total por Tipo de Negócio

Automóvel Equipamento

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Revolving Cartões

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

245.969

2013

278.421

2014

Variação

-11,7%

5.861

2013

9.289

2014

Variação

-36,9%

917

2013

1.146

2014

Variação

-20%

990

2013

777

2014

Variação

27,5%

40

Relatório & Contas 2014

Consumo Motos

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Total % Automóvel

Valores em Milhares de Euros

37

2013

51

2014

129

2013

82

2014

Variação

-27,2%

253.903

2013

289.766

2014

Variação

-12,4%

97%

2013

96%

2014

Relativamente à segmentação da Carteira, assume especial significado o financiamento Automóvel que, no seu conjunto, representa 97% do total da carteira sob gestão (contra 96% do ano anterior).

No que refere à evolução da carteira por Tipologia de cliente, manteve-se a tendência crescente do peso do segmento de Particulares em detrimento das Empresas e Empresários em nome individual (ENI’s).

Durante os últimos anos, a Sociedade adotou uma estratégia de redução da exposição no financiamento a empresas, como consequência da evolução negativa dos indicadores de crédito desse setor.

Em 2014, o segmento de particulares representava, na carteira da Sociedade, 84% do total do crédito concedido (contra 82% do ano anterior).

Variação

58,2%

41

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Carteira sob Gestão Total por Tipo de Cliente

Empresas e ENI’s Total

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Particulares

Valores em Milhares de Euros

Particulares %

40.090

2013

51.190

2014

Variação

-21,7%

253.903

2013

289.766

2014

Variação

-12,4%

213.813

2013 2014

Variação

-10,4%

84%

2013

82%

2014

43

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Nova Produção

A nova produção de 2014 ascendeu a 64.566 milhares de euros, observando-se um aumento homólogo de 10,7%, devido ao crescimento da atividade económica global e em particular da sociedade.

Nova Produção Total por Tipo de Negócio

Automóvel Equipamento Cartões

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Revolving Total

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Tendo em consideração a conjuntura adversa, em 2014 manteve-se a adoção de critérios seletivos na admissão de novas operações de financiamento.

64.003

2013

57.783

2014

Variação

10,8%

407

2013

332

2014

Variação

22,4%53

2013

55

2014

4

2013

31

2014

Variação

-88,7%

64.566

2013

58.348

2014

Variação

10,7%

Variação

-3,7%

44

Relatório & Contas 2014

Nova produção Automóvel

No financiamento Automóvel, a nova produção da Sociedade registou um aumento de 10,8%. Em número de contratos celebrados o crescimento foi de 9%, tendo a Sociedade formalizado 4.052 novos contratos.

O valor médio do contrato celebrado foi de 15.8 mil euros, verificando-se um ligeiro aumento do montante médio por contrato (1,6%) sobre o ano anterior.

Nova Produção Automóvel

Nova produção Nº de Contratos Montante Médio por Contrato

Valores em Milhares de Euros

O financiamento Automóvel Novo (em função do estado do bem) representa 56,7% do total da nova produção Automóvel (contra 55,1% do ano anterior).

A gestão do peso do financiamento Automóvel em estado novo reflete a política da Sociedade na gestão dos diferentes canais de distribuição, bem como a sua prudência na assunção de Risco numa conjuntura económica adversa.

64.003

2013

57.783

2014

Variação

10,8%

4.052

2013

3.716

2014

.

Variação

9%

15.80

2013

15.55

2014

.

Variação

1,6%

45

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Nova Produção Automóvel Conforme Estado do Bem

Novo Usado

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Total Peso Novo

Valores em Milhares de Euros

Por tipo de produto financiado, os contratos de Locação Financeira constituíram 31,2% da nova produção Automóvel, o que compara com 32,5% relativamente ao ano anterior.

36.312

2013

31.815

2014

.

Variação

14,1%

27.691

2013

25.968

2014

Variação

6,6%

64.003

2013

57.783

2014

Variação

10,8%

56,7%

2013

55,1%

2014

46

Relatório & Contas 2014

Nova Produção Automóvel Por Tipo de Produto Financiado

Locação Crédito

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

Total Peso Locação

Valores em Milhares de Euros

A maior concentração da carteira de crédito no segmento de Particulares conduziu a um peso relativo maior do crédito em detrimento da locação, em função do tipo de preferências dos clientes desse segmento.

19.968

2013

18.806

2014

Variação

6,2%

44.035

2013

38.977

2014

Variação

13%

64.003

2013

57.783

2014

Variação

10,8%

31,2%

2013

32,5%

2014

47

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Quota de mercado

Conforme os dados divulgados pela associação representativa do setor (ASFAC), nos segmentos relevantes para a Sociedade (financiamento de Automóvel novo e usado), o mercado registou uma subida do novo capital financiado em cerca de 28%.

Esta subida de mercado aliada ao ambiente económico condicionou de forma importante o setor do crédito especializado, exigindo a todos os Players uma grande capacidade de adaptação em função do seu apetite ao Risco. Nesse sentido, assistiu-se, ao longo do ano, a um reposicionamento estratégico de alguns dos operadores como foi o caso da Sociedade.

No segmento do financiamento de Automóvel (novo), o mercado registou uma evolução positiva de 39,8%. No segmento do financiamento de Automóvel (usado) verificou-se uma subida de cerca de 18,8%.

Quotas de Mercado Sobre a Nova Produção do Ano

Automóvel NovoQM BBVA IFIC

Automóvel UsadoQM BBVA IFIC

No financiamento Automóvel novo a Sociedade deteve uma quota de mercado de 6% (contra os 7% do ano anterior).

No financiamento Automóvel usado, a Sociedade deteve uma quota de mercado de 3,8% (contra os 4,5% do ano anterior).

A posição relativa da Sociedade em ambos os segmentos reflete a estratégia que foi definida para o negócio automóvel, baseada na seletividade dos canais de distribuição e na política de gestão de Risco, quer com os canais de distribuição, quer com os clientes finais.

6%

2013

7%

2014

3,8%

2013

4,5%

2014

50

Relatório & Contas 2014

3.6 Gestão do Risco de CréditoAo longo dos últimos anos, a gestão do Risco de Crédito tem sido, de forma consistente, pautada pelo rigor na seleção dos Canais de Distribuição, pela prudência na admissão do Risco, pela antecipação às alterações de mercado e uma segregação funcional entre as Direções Comercias e a Direção de Risco.

A este respeito, destaca-se:

• Uma orientação e enfoque no negócio core da Sociedade (financiamento Automóvel);• Uma maior exigência ao nível dos dados para análise da solvabilidade do Cliente final e das garantias contratadas;

• Um circuito de validação e confirmação prévia dos dados das propostas e Prevenção de fraudes;

• Uma redução da exposição média por Cliente, com focalização do negócio no finan-ciamento a Particulares;

• Existência limitada (quase nula) de exposição a produtos de financiamento de tesoura-ria, nomeadamente financiamento de stocks e adiantamentos à produção.

Em resultado de uma gestão rigorosa da Carteira de Crédito, manteve-se:

• Uma gestão criteriosa na constituição e antecipação de provisões para cobertura de Riscos de delinquência da carteira, totalmente suportado pela margem de exploração da Sociedade;

• Uma antecipação de mora e saneamentos nos Clientes de maior Risco;• Uma ampla cobertura da Carteira com provisões e colaterais;• Rácios de incumprimento nos vários segmentos de negócio que comparam de forma favorável com o mercado.

51

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Evolução do número de propostas

Em 2014, registou-se um forte abrandamento do número de novas propostas entradas, em resultado do maior rigor na seleção dos canais de distribuição dentro do negócio core da Sociedade.

Evolução das Novas Propostas Entradas por Tipo de Negócio

Automóvel Equipamento

Valores em Unidades Valores em Unidades

Cartões Total

Valores em Unidades Valores em Unidades

Globalmente, a Sociedade registou uma redução de 35,5% nas novas propostas entradas. Essa redução foi contudo, seletiva. Enquanto no negócio de Cartões verificou-se uma redução de 74,4% no número de propostas e no negócio de Revolving não foram efetuadas novas ofertas aos clientes, no negócio Automóvel o número de propostas sofreu uma ligeira redução de 0,8%.

11.17611.091

2013 2014

Variação

0,8%

5766

2013 2014

Variação

-13,6%

2.660

10.380

2013 2014

Variação

-74,4%

13.893

21.537

2013 2014

Variação

-35,5%

52

Relatório & Contas 2014

Evolução das taxas de aprovação No que refere à Taxa de Aprovação sobre as novas propostas entradas, a Sociedade man-teve uma gestão prudente e disciplinada.

Evolução das Taxas de Aprovação por Tipo de Negócio

Automóvel Equipamento

Valores em Percentagem Valores em Percentagem

Cartões Consolidado

Valores em Percentagem Valores em Percentagem

No negócio Automóvel a taxa de aprovação foi de 60,9% (contra os 58,4% do ano anterior).

No negócio de Equipamento, em consequência de uma Política rigorosa no sentido da redução da concentração da exposição por Cliente, a taxa de aprovação foi de 58,4%.

No negócio de Cartões (ainda marginal no balanço da Sociedade) a taxa de aprovação sobre as propostas entradas foi de 58,6%.

60,9%58,4%

2013 2014

Variação

4,3%

58,4%

39,6%

2013 2014

Variação

47,6%

58,6%59,0%

2013 2014

Variação

-0,6%

50,5%52,3%

2013 2014

Variação

-3,5%

54

Relatório & Contas 2014

3.7 Análise FinanceiraResultados

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das Operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº1/2005, de 21 de fevereiro e das instruções nº9/2005 e nº23/2004, emitidos pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo nº 3 do artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras, aprovada pelo Decreto - Lei nº298/92, de 31 de dezembro.

O Resultado Líquido da Sociedade cifrou-se em 1,872 milhões de euros em 2014, face aos 1,885 milhões de euros apurados no período homólogo de 2013. A margem financeira totalizou 8,49 milhões de euros em 2014, comparando com 9,15 milhões de euros apurados no período homólogo de 2013. O comportamento da margem financeira foi determinado fundamentalmente pelo abrandamento da atividade comercial que se traduziu na redução do Crédito concedido. A taxa de margem financeira situou-se em 3,2% em dezembro 2014, comparando com 3,03% em dezembro 2013.

Margem Financeira Resultado Líquido

Valores em Milhares de Euros Valores em Milhares de Euros

A Margem de Serviços situou-se em 5,7 milhões de euros em 2014, comparando com 6,7 milhões de euros relevados em igual período de 2013 (-14,5%). O comportamento da margem de serviços foi condicionado essencialmente pela diminuição dos rendimentos de serviços e comissões.

8.489

9.147

2013 2014

Variação

-7,2%

1.8721.885

2013 2014

Variação

-0,7%

55

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Rendimentos de serviços e comissões

Encargos com serviços e comissões

Resultados na alienação de outros ativos

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Outros resultados de exploração

Total

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Os Custos Operacionais, que agregam os custos com pessoal, os gastos administrativos e as amortizações do exercício, decresceram 7,3% face ao período homólogo, situando-se em 9,053 milhões de euros em 2014 (9,770 milhões de euros em igual período de 2013). Este decréscimo deveu-se, essencialmente, à variação negativa de 11,3% dos Gastos Gerais de Administrativos. Em 2014 esta rúbrica ascendeu a 6,002 milhões de euros, enquanto no período homólogo de 2013 totalizou 6,766 milhões de euros. Os Custos com Pessoal totalizaram 2,860 milhões de euros em 2014, registando uma ligeira subida de 1,06% face aos 2,830 milhões de euros contabilizados em 2013. As amortizações do exercício cifraram-se em 191 mil euros em 2014, verificando-se um acréscimo de 9,6% face aos 174 mil euros contabilizados no período homólogo de 2013. Esta evolução reflete o maior volume de investimentos em imobilizações corpóreas e incorpóreas efetuadas pela Sociedade durante o exercício de 2014.

379

732

2013 2014

Variação

-48,3%

(722)(848)

2013 2014

Variação

-14,8%

(108)(317)

2013 2014

Variação

-65,9%

6.1647.115

2013 2014

Variação

-13,4%

5.713

6.682

2013 2014

Variação

-14,5%

56

Relatório & Contas 2014

Custos com pessoal

Gastos gerais administrativos

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Amortizações do exercício

Total

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Em resultado do exposto, o Rácio de Eficiência situou-se em 63,7%.

As correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de recuperações) cifraram-se em 2,4 milhões de euros em 2014, comparando com 3,0 milhões de euros no período homólogo de 2013. Esta diminuição (de 20,6%) das dotações totais resulta do facto da Sociedade adotar uma postura de maior rigor na seleção dos canais de distribuição, bem como na introdução de critérios mais rigorosos na seleção do perfil de Risco dos clientes finais.

(2.860)(2.830)

2013 2014

Variação

1,06% (6.002)

(6.766)

2013 2014

Variação

-11,29%

(191)

(174)

2013 2014

Variação

9,56%

(9.053)

(9.770)

2013 2014

Variação

-7,34%

57

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Provisões líquidas de reposições e anulações

Correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Valores em Milhares

de Euros

Balanço

O Ativo total perfaz 265,3 milhões de euros em dezembro 2014, comparando com os 301,8 milhões de euros apurados em igual data em 2013. O Crédito a Clientes atingiu os 243,6 milhões de euros em dezembro de 2014, evidenciando um decréscimo de 13,9% face aos 283,1 milhões de euros revelados no final de dezembro de 2013. Esta evolução foi condicionada pela redução do crédito concedido no segmento Automóvel e Equipamento.

A estrutura da carteira de crédito manteve-se estável e equilibrada, entre dezembro de 2013 e de 2014, com o crédito ao segmento Automóvel novo a continuar a representar cerca de 81% do crédito total.

Automóvel Novo Frotas Equipamento

Valores em Percentagem Valores em Percentagem Valores em Percentagem

542

306

2013 2014

Variação

77,0%(2.422)

(3.050)

2013 2014

Variação

-20,6%

16

137

2013 2014

Variação

-88,3%

81,0%

2013

80,2%

2014

2,0%

2013

2,1%

2014

2,3%

2013

3,2%

2014

58

Relatório & Contas 2014

Revolving Automóvel Usado Cartões

Valores em Percentagem Valores em Percentagem Valores em Percentagem

A Qualidade da carteira de crédito, avaliada com base nos indicadores de incumprimento, nomeadamente pela proporção de crédito vencido há mais de 90 dias em função do crédito total, situou-se dentro dos parâmetros previstos para a atual conjuntura económico financeira, tendo-se fixado em 6,16% em dezembro de 2014.

O Rácio de Cobertura do crédito vencido há mais de 90 dias atingiu 116% em dezembro de 2014.

Os Recursos de outras instituições de crédito totalizaram 201,3 milhões de euros em dezembro de 2014, comparando com os 240,1 milhões de euros relevados em igual data de 2013. Os recursos de balanço diminuíram 16,1% face a dezembro de 2013, justificados pela redução do crédito concedido a clientes.

No que refere à gestão de Liquidez, ao longo do ano de 2014, a Sociedade, continuou a privilegiar o acesso a fontes de tomada de fundos dentro do Grupo BBVA.

Capital

O Rácio de Solvabilidade, apurado de acordo com a Instrução n.º 23/2007, em dezembro de 2014, situou-se em 21,3% que compara com 18,3% do ano anterior.

A relação entre os níveis de capital disponível (Fundos Próprios), regulamentar (Pilar 1) e interno (sem diversificação e com diversificação), patente no capítulo de Gestão de Riscos, evidencia que a BBVA IFIC dispõe de recursos adequados ao perfil de Risco assumido.

0,4%

2013

0,4%

2014

13,9%

2013

13,8%

2014

0,4%

2013

0,3%

2014

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Relatório & Contas 2014

3.8 Gestão de RiscosFunção de Gestão de Riscos

A Gestão de Riscos é indiscutivelmente um pilar importantíssimo da estratégia da BBVA IFIC, que se escora continuamente nos princípios emanados pelo Grupo BBVA e ventila, cada vez mais, o crescimento, a rendibilidade e a sustentabilidade do seu negócio.

As políticas de Risco convergem em plena conformidade com os requisitos e as definições legais e regulamentares vigentes associadas, designadamente, com a determinação do nível de fundos próprios adequado à exposição aos diversos riscos a que a Sociedade se encontra sujeita.

Ao longo do último exercício, destaca-se a formalização do Apetite ao Risco, através da implementação de uma Ferramenta de suporte que promove e fomenta uma gestão partilhada e proativa de todos os Riscos em que a Sociedade incorre.

Apetite ao Risco

A Função de Risco no Grupo BBVA – Global Risk Management carateriza-se por ser uma função única, independente e global, assente nos seguintes princípios:

• Os Riscos assumidos deverão ser compatíveis com o nível de Solvência definido, devendo estar identificados, medidos e avaliados. Deverão existir procedimentos claros para a sua Gestão e Seguimento, para além de sólidos mecanismos de Controlo e Mitigação;

• Todos os Riscos deverão ser geridos de forma integrada durante o seu ciclo de vida, com um tratamento diferenciado de acordo com a sua tipologia e com uma gestão de carteiras baseada numa medida comum: Capital Económico;

• As áreas de Negócio são responsáveis por propor e manter o Perfil de Risco dentro da sua autonomia e limite de atuação Corporativo (definido como o conjunto de políticas e procedimentos de Riscos), através de uma infraestrutura de Riscos adequada;

• A infraestrutura de Riscos deverá ser consistente no que respeita a Pessoas, Ferramentas, Bases de dados, Sistemas de informação e Procedimentos, de modo a garantir uma definição clara de papéis e responsabilidades, assegurando uma afetação eficiente de Recursos entre a área Corporativa de Risco e as Unidades de Riscos inseridas nas áreas de Negócio.

Alicerçado nestes princípios, o Grupo BBVA desenvolveu um sistema de Gestão Integral dos Riscos, que se encontra estruturado em três eixos fundamentais:

• Conjunto de Ferramentas, Circuitos e Procedimentos que estabelecem esquemas de gestão diferenciados;

• Um sólido Sistema de Controlo Interno;• Uma estrutura corporativa de Governance, com Delegações de Poderes e Segregação de Funções e Responsabilidades.

Desta forma, a BBVA IFIC considera que a gestão de Riscos visa sobretudo gerir ativamente a exposição à incerteza de modo a otimizar a sua rendibilidade.

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Para alcançar tal objetivo, desenhou e implementou uma Função de Gestão de Riscos que assegura que todos os Riscos são devidamente Identificados, Medidos e Avaliados, garantindo que a variável Risco está presente em todas as decisões que se tomam e contribuindo para configurar o Perfil de Risco desejado. Nas atividades financeiras assumem-se continuamente diversas tipologias de Riscos, pelo que a sua gestão global é imperativa para alcançar um conhecimento profundo dos respetivos níveis de exposição, mantendo a Solvência na busca do equilíbrio do binómio Risco-Rendibilidade.O Perfil de Risco da Sociedade encontra-se totalmente alinhado com os objetivos gerais do Grupo onde se insere, fixando limites de exposição com o objetivo último de criação de valor para os acionistas. Esse alinhamento pode traduzir-se através do seguinte decálogo que agrupa os princípios básicos da visão de Risco no Grupo BBVA: 1. Independência e Transversalidade no cerne da Função de Gestão de Riscos que

assegura uma adequada informação para a tomada de decisão a todos os níveis;2. Objetividade na tomada de decisões, incorporando todos os fatores de Risco relevantes

(quantitativos e qualitativos);3. Gestão ativa da vida do Risco vivo, desde a sua análise prévia até ao seu cancelamento

(gestão do continuum de Risco);4. Clareza nos Processos e Procedimentos, revistos periodicamente em função das novas

necessidades e com vetores de responsabilidade bem definidos;5. Gestão integrada de todos os Riscos através da sua identificação e quantificação e

gestão homogénea com base numa medida comum (Capital Económico);6. Diferenciação do tratamento do Risco, com Circuitos e Procedimentos próprios de

acordo com as caraterísticas do mesmo;7. Desenho, implementação e disseminação de Ferramentas avançadas de apoio à decisão

que, com uma utilização eficaz das novas tecnologias, facilitem a gestão do Risco;8. Descentralização da tomada de decisão em função das Metodologias e Ferramentas

disponíveis;9. Inclusão da variável Risco nas decisões de negócio em todos os âmbitos: Estratégico,

Tático e Operativo;10. Alinhamento dos objetivos da Função de Gestão de Riscos e dos indivíduos que a

compõem com os do Grupo, visando a maximização da criação de valor. Para o desempenho das suas competências fundamentais, a Função de Gestão de Riscos da Sociedade tem reunido todos os esforços para, de modo contínuo, dotar-se dos Instrumentos Qualitativos (estrutura, sistemas e procedimentos) e Quantitativos (metodologias e ferramentas) necessários. A Sociedade dispõe ainda de uma Estrutura Organizacional que, assente nos moldes de uma gestão avançada de Riscos, preserva a independência da função, mantendo a proximidade às áreas de Negócio onde se originam e admitem os Riscos. Essa estrutura fortalece a responsabilidade orgânica e funcional dos distintos órgãos institucionais e executivos da Sociedade, de acordo com as melhores práticas e recomendações das autoridades normativas e supervisoras.

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Relatório & Contas 2014

Importa reforçar que a complexidade e globalidade dos atuais cânones que regem os mercados financeiros obrigaram a uma gestão dinâmica e integrada do Risco, que implicou o desenvolvimento de diferentes metodologias de aferição de Risco para todas as suas tipologias e negócios que, incorporando os efeitos de diversificação, convergem numa medida comum: Capital Económico. O conceito de Capital Económico ou Capital em Risco reside no vínculo estreito que existe entre o volume de capital necessário de uma entidade financeira e os Riscos a que esta incorre: um maior nível de Risco deve associar-se a médio prazo a um maior volume de capital, quando se pretende manter o mesmo grau de Solvabilidade. Desta forma, quanto maiores forem os Riscos assumidos, maior será o Capital Económico imputado e maior deverá ser o benefício necessário para rentabilizar tal capital.

A avaliação da exposição ao Risco, em termos de Capital Económico, permite melhorar o conhecimento do Perfil global dos Riscos incorridos, bem como conhecer com maior precisão a rendibilidade económica dos negócios e a sua contribuição ajustada ao Risco nos resultados da Sociedade. Em suma, a consistência e a continuidade da Função de Gestão de Riscos visa uma Gestão Interna sã e inteligente, tanto no âmbito corporativo, como no âmbito competitivo das suas Unidades de Negócio, de modo a dispor-se de novos elementos que agilizem a tomada de decisões orientada para a consecução do objetivo prioritário da Sociedade: a criação sustentada de valor para os seus acionistas e parceiros de negócio.

Principais Instrumentos

Importa destacar os seguintes instrumentos adotados pela Sociedade, não só pelo seu relevo ao nível das Políticas Internas da Gestão de Risco, como pelo seu caráter de utilização dinâmico, contínuo e transversal a toda a sua atividade:

Função de Gestão de Riscos, de acordo com as orientações expressas no Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, assegurando um adequado e efetivo ambiente de Controlo Interno, com responsabilidades claras e assertivas, nomeadamente:

• Alinhar a Função de Gestão de Riscos com a estratégia e perfil de risco da Sociedade, com a política de Grupo e a sua conformidade com os requisitos regulamentares;• Promover uma cultura efetiva de gestão de riscos a que a Sociedade se encontra sujeita, constituindo-se como a área interna de referência;• Tornar acessível a informação a todos os Colaboradores, através da dinamização e responsabilização transversal da Sociedade;• Atuar como assessor junto das áreas funcionais no sentido de emitir pareceres e recomendações, assegurando um elevado padrão no desenvolvimento de politicas, metodologias e ferramentas de gestão de risco;• Melhorar continuamente a eficiência da Função de Gestão de Riscos através da monitorização das atividades e emissão de recomendações.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Função de Compliance de acordo com as orientações oriundas do Aviso n.º 5/2008 e do Aviso 5/2013 do Banco de Portugal, visa identificar continuamente as necessidades de cumprimento do normativo vigente garantindo:

• Alinhar a Função de Compliance com a estratégia da Sociedade, com a política de Grupo e a sua conformidade com os requisitos regulamentares, nomeadamente no que diz respeito a P-BC&FT;

• Gerir a relação com as entidades reguladoras e com outros parceiros da Sociedade no âmbito de Compliance, servindo de elo de ligação com as autoridades competentes sobre temas de BC&FT;

• Tornar acessível a informação de Compliance a todos os Colaboradores, nomeadamente a que diga respeito à P-BC&FT;

• Atuar como assessor junto das áreas funcionais no sentido de emitir pareceres e recomendações, assegurando um elevado nível de conformidade;

• Melhorar continuamente a eficiência da Função de Compliance através da monitorização das atividades e emissão de recomendações.

Sistema de Controlo Interno, através de uma sua revisão constante, alinhada com a visão Corporativa do BBVA:

• Constituíram-se e/ou melhoraram-se ferramentas no sentido de assegurar o balanço entre os objetivos de crescimento da BBVA IFIC e Riscos associados, visando a maximização do valor criado para os seus acionistas e, consequentemente, a maximização do valor da Sociedade;

• Atualizaram-se as políticas (transpostos para Normativos Internos e Manuais), consubstanciados num processo contínuo e transversal a toda a Sociedade e alinhados com a sua estratégia de modo a proporcionar uma gestão do Risco dentro dos níveis pretendidos pelas altas instâncias hierárquicas;

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Relatório & Contas 2014

• Fortaleceram-se procedimentos de modo a identificar e gerir todos os eventos com impacto potencial na sua atividade corrente e na prossecução dos objetivos propostos, assegurando o cumprimento das normas e regulamentos vigentes e instituindo um sistema de Reporting fidedigno;

• Analisaram-se os resultados da Autoavaliação do Grau de Maturidade do Sistema de Controlo Interno de modo a permitir a identificação de diferentes oportunidades de melhoria para as quais se definiu um conjunto de iniciativas que visam fortalecê-lo e aproximá-lo cada vez mais das Best Practices do setor.

Sistema de Controlo Interno

Os principais objetivos e requisitos subjacentes ao Sistema de Controlo Interno da BBVA IFIC integram-se nos moldes corporativos e coadunam-se com os requisitos legais vigentes, sendo consistentes com o racional definido no Integrated Framework of Committee of Sponsoring Organizations of the Treaway Commission (COSO).

Ambiente de controlo

O ambiente de controlo da BBVA IFIC segue as orientações traçadas pelo Grupo BBVA, encontrando-se definidos e implementados satisfatoriamente os seus pilares base, bem como o detalhe das funções e responsabilidades dos Quadros Diretivos e de todos os colaboradores. Adicionalmente, a Instituição possui um código de conduta detalhado e totalmente disseminado.

Estrutura organizacional

A BBVA IFIC mantém uma estrutura organizacional bem definida, transparente e percetível, que serve de suporte ao desenvolvimento da atividade e à implementação de um Sistema de Controlo Interno adequado e eficaz, no sentido de assegurar que a gestão e o controlo das operações são efetuados de forma prudente, contando com:

• Normas e manuais de estrutura detalhados e corretamente divulgados pelos colaboradores através de aplicações internas, que incluem objetivos e responsabilidades para cada unidade de estrutura, linhas de reporte e critérios de delegação de poderes;

• Uma função de Compliance autónoma e independente, que controla o cumprimento das obrigações e deveres legais a que a BBVA IFIC se encontra sujeita, bem como o acompanhamento de temas relacionados, como a emissão de novos requisitos regulamentares, respeito pelo código de conduta, entre outros;

• Uma função de Gestão de Riscos autónoma e independente e é responsável pela gestão integrada dos Riscos, promovendo a adequada identificação, avaliação, controlo e acompanhamento;

• Uma função de Auditoria Interna assegurada pelo Grupo BBVA de acordo com a avaliação realizada pela metodologia Risk Assessment, cujos trabalhos assentam na

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avaliação da adequação das diversas componentes do Sistema de Controlo Interno, através de uma atuação preventiva e corretiva e na avaliação contínua do grau de cumprimento das normas e procedimentos instituídos;

• Um comité que suporta o Órgão de Administração na avaliação da qualidade e fiabilidade da informação contabilística e financeira e no acompanhamento permanente da atividade.

Cultura organizacional

A cultura organizacional da BBVA IFIC alicerça-se em elevados padrões de ética, integridade e profissionalismo, em linha com as disposições emanadas pelo Grupo BBVA, e garante que todos os colaboradores reconhecem a importância do Controlo Interno e contribuem para a sua execução, de modo a assegurar uma gestão sã e prudente da atividade.

Para promover uma adequada cultura organizacional e garantir que todos os colaboradores têm conhecimento do seu papel no Sistema de Controlo Interno, a BBVA IFIC mantém os seguintes instrumentos:

• Código de conduta, que reflete os princípios de integridade, valores éticos e regras deontológicas da BBVA IFIC;

• Estatutos da Instituição, que regulam o âmbito de funcionamento e competências dos seus Órgãos Sociais e identificam inequivocamente o seu papel na definição e gestão do Sistema de Controlo Interno;

• Manuais de procedimentos, devidamente formalizados e documentados, divulgados a todos os colaboradores envolvidos nos respetivos procedimentos e atualizados periodicamente;

• Catálogos de processos, Riscos e controlos, onde se encontram documentados de forma estruturada todos os processos da BBVA IFIC. Para cada processo são ainda identificados e documentados os Riscos a que a Sociedade se encontra sujeita, bem como as ações de controlo definidas para a sua prevenção ou deteção.

Planeamento estratégico

O Sistema de Controlo Interno visa garantir que a estratégia definida pela BBVA IFIC é sustentável a longo prazo, para a sua atividade, para o seu perfil de Risco e para o retorno desejado pelos acionistas, contando com:

• Objetivos estratégicos definidos para todas as áreas funcionais, alinhados com a missão e visão, e devidamente comunicados junto dos colaboradores e clientes;

• Política e perfil de Risco do Grupo BBVA que determina as políticas globais de Gestão de Risco e o perfil de Risco em consonância com os objetivos traçados;

• Orçamento anual conforme os objetivos e estimativas de evolução e processo de controlo orçamental que avalia periodicamente os resultados e os desvios potenciais;

• Políticas de sistema de informação que contribuem para a correta implementação dos

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Relatório & Contas 2014

sistemas de suporte aplicacional e para uma correta utilização por parte de todos os colaboradores envolvidos na utilização e/ou gestão dos sistemas da Instituição;

• Plano de continuidade de negócio que visa mitigar os impactos em caso de falha dos sistemas de informação ou em caso de catástrofe, detalhando os planos de ação e estratégias que assegurem os serviços mínimos da Instituição e o restabelecimento da sua atividade normal.

Sistema de Gestão de Riscos

A BBVA IFIC concetualizou e implementou uma função de Gestão de Risco, visando:

• O desenvolvimento de políticas de gestão de Riscos que estabeleçam orientações globais e específicas para cada área funcional nesta matéria;

• O desenvolvimento e manutenção de metodologias e ferramentas de gestão de Riscos, adotando as melhores práticas nesta matéria;

• A monitorização de indicadores de Risco (Key Risk Indicators) e do perfil de Risco da Sociedade; garantir a conformidade do apetite e da tolerância ao Risco com as suas estratégias e às expetativas dos vários stakeholders, através da análise e controlo preventivo dos mesmos;

• Promover a melhoria contínua da eficiência da gestão de Riscos através da monitorização das atividades e emissão de recomendações;

• Promover a divulgação de normas e procedimentos internos de forma a garantir uma adequada e sustentada gestão dos Riscos, dinamizando uma cultura de responsabilização transversal de toda a Instituição.

Os mecanismos anteriores estabelecerão indicadores que irão permitir formalizar o apetite e tolerância ao Risco da Instituição, cuja gestão transparece uma postura perfeitamente prudente e conservadora.

Identificação dos Riscos

A eficácia do Sistema de Gestão de Riscos da BBVA IFIC depende da existência de um processo de identificação dos fatores, internos e externos à Instituição, que, em relação a cada categoria de Risco, possam afetar a sua capacidade para atingir os objetivos definidos. Desta forma, a Sociedade mantém os seguintes procedimentos:

• Identificação dos Riscos materialmente relevantes, onde o racional de aferição utilizado tem por base indicadores de natureza quantitativa e qualitativa, através da identificação da percentagem de ativos e passivos expostos aos diversos Riscos e à relevância empírica dos mesmos;

• Acompanhamento do contexto económico, de mercado e regulamentar, onde são identificadas tendências ou fatores que possam ter impacto no negócio ou implicar uma revisão ou ajuste estratégico;

• Adicionalmente, são tempestivamente identificadas todas as alterações na legislação com impacto direto na atividade e cujo desconhecimento ou incumprimento possa acarretar perdas para a Instituição.

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Avaliação dos Riscos

O Sistema de Gestão dos Riscos da Sociedade requereu a implementação e desenvolvimento de um processo de avaliação da probabilidade de ocorrência de perdas e da respetiva magnitude em relação a cada categoria de Risco. O processo de avaliação de Riscos da BBVA IFIC encontra-se suportado por análises, qualitativas e/ou quantitativas, baseadas em metodologias adequadas à natureza e magnitude do Risco e à complexidade e dimensão da atividade desenvolvida, contando com os seguintes instrumentos:

• Modelos de cálculo de perdas por imparidade, suportados num modelo estatístico que determinam probabilidades de perda com base em análises históricas;

• Modelo de cálculo do capital regulamentar, que permite uma gestão prudente da base de capital, de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugal e os princípios de Basileia II. Atualmente a BBVA IFIC utiliza o método standard de cálculo de requisitos de capital para Risco de crédito e o método do indicador básico para Risco operacional;

• Modelo de Stress Testing, baseado em análises de sensibilidade, para avaliar efeitos potenciais resultantes de alterações de um fator de Risco em função de acontecimentos excecionais;

• Modelo de Avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP), cumprindo com os requisitos regulamentares ao abrigo da Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal e os princípios definidos no Pilar II de Basileia. O ICAAP constitui uma ferramenta essencial para melhorar a identificação e quantificação dos Riscos, sendo concretizado no montante necessário para suportar Riscos específicos assumidos e as conclusões do processo de avaliação do capital interno devidamente integradas na gestão da atividade corrente.

Acompanhamento dos Riscos

Encontra-se definido um processo de acompanhamento dos Riscos que inclui a elaboração de relatórios periódicos, com informação clara, fiável e substantiva, relativos à exposição da Instituição a cada uma das categorias de Risco. A Sociedade tem desenvolvido metodologias e iniciativas que permitem um acompanhamento tempestivo dos Riscos, que incluem:

• Procedimentos de acompanhamento dos Riscos e da situação financeira, que permitem prever situações indesejadas, nomeadamente, através da permanente consulta da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal;

• Relatórios com Indicadores Chave de Risco (KRI) que permitem, para todos os Riscos materialmente relevantes, a monitorização e acompanhamento dos níveis de Risco, avaliando se os mesmos estão em conformidade com os objetivos definidos pela Instituição.

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Relatório & Contas 2014

Controlo dos Riscos

Identificação dos controlos através da análise de processos com base na metodologia Sarbanes Oxley, que resulta na documentação de todas as atividades de controlo e na associação dos controlos aos Riscos que mitigam, bem como na tipificação do tipo de controlo, da evidência, periodicidade, prevenção/deteção. Neste sentido, todos os processos da BBVA IFIC estão documentados numa lógica sequencial de tarefas estruturadas num catálogo de processos hierarquizado em Macroprocessos, Processos e Atividades. Toda esta informação referente ao Risco operacional encontra-se documentada em ferramenta STORM.

Informação e comunicação

O Sistema de Controlo Interno da Sociedade mantém um conjunto de sistemas e procedimentos com o objetivo de garantir a existência de informação financeira e de gestão fiáveis, nomeadamente:

• Um Sistema de Informação de Gestão e Contabilístico, que garante a existência de informação substantiva, tempestiva e fiável, através da recolha, tratamento e processamento de dados que originam relatórios de informação relevantes à tomada de decisão;

• Gestão documental, que otimiza procedimentos e recursos, através do registo, classificação, tratamento, digitalização e arquivo de documentos.

Para assegurar uma adequada comunicação, interna e externa, ao nível do Sistema de Controlo Interno a BBVA IFIC dispõe de procedimentos formais para assegurar o reporte do Relatório Anual de Controlo Interno, bem como outros Relatórios internos e externos, assegurando a transmissão adequada da informação para os intervenientes e destinatários apropriados.

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Monitorização

O Sistema de Controlo Interno da BBVA IFIC prevê a existência de um processo de monitorização que visa assegurar a avaliação das atividades desenvolvidas, com o objetivo de identificar deficiências no sistema, quer na sua conceção, quer na sua execução ou utilização. Assim, encontram-se implementados os seguintes instrumentos:

Execução de um procedimento de Autoavaliação do Sistema de Controlo Interno, através de questionários, formações e workshops, dirigidos aos colaboradores que participam na gestão ou execução do Sistema de Controlo Interno. Existem ainda diversas entidades na BBVA IFIC responsáveis pela execução de iniciativas de monitorização, nomeadamente:

• Da Função Compliance, as quais compreendem a elaboração de um relatório anual que sintetiza os preceitos regulamentares identificados e implementados e, em particular, a atividade de monitorização;

• Da Função Gestão de Riscos, as quais compreendem a elaboração de um relatório anual com uma síntese das principais atividades de gestão de Riscos, indicando os novos Riscos identificados, os controlos instituídos para os mitigar ou prevenir e eventuais debilidades identificadas ao nível do Sistema de Gestão de Riscos;

• Da Função Auditoria Interna, as quais compreendem a elaboração de um relatório anual destinado à Direção Geral, com uma síntese das atividades desenvolvidas, indicando as debilidades identificadas e propondo as medidas corretivas necessárias;

• Da utilização efetiva das recomendações, debilidades ou oportunidades de melhoria consubstanciadas nos relatórios efetivados pelo Órgão de Fiscalização (entidade externa), o qual emite um parecer sobre a adequação da eficácia do Sistema de Controlo Interno e do processo de preparação e divulgação financeira.

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Capital económico

A identificação de todos os Riscos materiais inerentes à atividade de uma instituição financeira e a respetiva quantificação e gestão – tendo presente os eventuais efeitos de correlação entre os diversos Riscos – constitui um dos principais desafios colocados por Basileia II e requer o desenvolvimento de metodologias internas de avaliação do Risco. O Pilar II de Basileia II, no quadro do Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP), tem implícita a existência de sistemas de gestão e de controlo de Riscos das instituições financeiras e da sua gestão de capital, que sejam adequados ao seu perfil de Risco.

O processo de cálculo dos requisitos de capital interno encontra-se assente num conjunto de condições de partida que orientam a aplicação das diversas metodologias de cálculo, ajustando-as ao grau de conservadorismo desejado e de conforto face ao Risco assumido com que se pretende levar a cabo a gestão da atividade. A concretização destas metodologias permite apurar as necessidades de requisitos de capital interno por Risco e, consequentemente, após a agregação destes, analisar a adequabilidade do Risco assumido face ao capital interno disponível.

Deste modo, considerando as orientações emitidas pelo acionista (Grupo BBVA) e os processos de negócio atualmente instituídos, o exercício do ICAAP tem subjacente a identificação dos Riscos materialmente relevantes, tendo em conta a natureza, dimensão e complexidade da atividade desenvolvida. Assim, procedeu-se à identificação dos Riscos a que a BBVA IFIC se encontra exposta e à necessária quantificação dos requisitos de capital interno subjacentes a cada um desses Riscos, tendo sido desenvolvidas metodologias internas próprias para o efeito.

O racional utilizado para aferir a materialidade dos Riscos teve por base indicadores de natureza quantitativa e qualitativa, através da identificação da percentagem de ativos e passivos expostos aos diversos Riscos e à sua relevância empírica. Ressalve-se que, não existindo exposição quer ao Risco de mercado, quer ao Risco de taxa de câmbio, não foram desenvolvidas quaisquer metodologias internas para a sua avaliação.

Risco de crédito

Para o cálculo dos requisitos de capital interno para cobertura do Risco de crédito adotou-se uma metodologia que conjuga a utilização do método padrão (standard) e do método das notações internas (IRB – Internal Ratings Based), estabelecidos no Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. O cálculo dos requisitos de capital interno para Risco de crédito, segundo a metodologia IRB + standard pressupõe a análise da carteira de crédito utilizada no cálculo da imparidade.

O cálculo dos montantes das posições ponderadas pelo Risco é executado tendo em conta o tipo de contraparte e de ativo. Deste modo, de acordo com a tipologia de contratos e clientes atualmente existente, o cálculo dos ponderadores de Risco da carteira de crédito é realizado individualmente para cada contrato utilizando apenas a fórmula disponibilizada pelo Banco de Portugal para a carteira de retalho.

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Por outro lado, a avaliação, acompanhamento e controlo do Risco de crédito decorre da aplicação quer de ferramentas próprias, quer de políticas internas que regem o processo de concessão, acompanhamento e recuperação das operações de crédito.

Entre os mecanismos de análise da carteira de crédito realça-se a utilização de modelos de Scoring de concessão e a utilização do Modelo de Imparidade, o qual permite estimar, regularmente e sempre que necessário, as perdas esperadas associadas à carteira. Este procedimento é particularmente relevante enquanto promotor de um maior controlo das exposições da carteira de crédito sujeitas a análise individual.

Paralelamente, o controlo do Risco de crédito é assegurado pelas políticas internas existentes, nomeadamente a exigência de garantias para colaterizar os montantes aprovados ou a existência de estruturas próprias para análise da admissão e acompanhamento do Risco de crédito.

Risco de Taxa de Juro

A metodologia adotada para o cálculo dos requisitos de capital interno para Risco de taxa de juro consiste na análise de sensibilidade do Fair Value (justo valor) dos ativos e passivos da BBVA IFIC, encontrando-se estruturada ao longo de etapas distintas.

A primeira consiste na atualização de todos os cash-flows futuros descontados a uma taxa de juro de mercado para um instrumento financeiro semelhante. Deste modo, no primeiro passo desta metodologia procede-se à atualização de todos os cash-flows futuros, ativos e passivos, com base nos valores de mercado dos indexantes de referência.Para tornar possível o cálculo das perdas inesperadas e tendo em conta o grau de conservadorismo desejado para o exercício, define-se um choque sobre as taxas indexantes de referência, o qual ocorrerá logo na data de referência para efeitos da taxa de atualização e apenas na data de repricing para efeitos do cálculo dos cash-flows dos ativos e passivos a taxa variável.

Finalmente, para se proceder ao cálculo dos requisitos de capital interno para cobertura de Risco de taxa de juro é necessário calcular a diferença entre o justo valor de referência, de acordo com as taxas de mercado, e o justo valor stressado, o qual assume um grau de conservadorismo pelo facto de incorporar um choque desfavorável nos indexantes de referência.

Toda a informação disponível relativa ao Risco de Taxa de Juro é analisada periodicamente, tomando-se diferentes medidas conducentes à sua eficaz cobertura, com destaque para a atuação ao nível da realização de operações de cobertura junto do Grupo BBVA para fazer face aos créditos concedidos a taxa fixa com o intuito de mitigar significativamente o Risco de taxa de juro subjacente. Simultaneamente, são realizadas análises de sensibilidade periódicas dos ativos e passivos face a variações nas taxas dos indexantes de referência.

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Risco de Liquidez

Para proceder ao cálculo dos requisitos de capital interno associados a este Risco, a Sociedade procedeu à definição de uma metodologia que pretende aferir o custo adicional de financiamento que teria de ser assumido decorrente de alterações no spread a que a Instituição se financia junto do mercado, podendo esta alteração ser provocada por movimentos de pricing dos mercados ou pela necessidade de recorrer a financiamentos de valor superior ao que era inicialmente expetável.

Os requisitos de capital interno para cobertura do Risco de liquidez dependem do montante de financiamento externo a que a BBVA IFIC necessita de recorrer para financiar a sua atividade e do spread adicional expetável para fazer face a esse mesmo financiamento, pelo que os requisitos corresponderão à ponderação da diferença entre as massas de ativo e de passivo pelo rácio de financiamento externo e pelo spread adicional.

O acompanhamento deste Risco é exercido numa base regular sobre as necessidades de liquidez da Sociedade, estando em contato permanente com o Grupo e analisando as projeções e a produção efetiva, de modo a gerir da forma mais conveniente as respetivas necessidades em cada momento.

Risco Operacional

No âmbito do cálculo dos requisitos de capital interno para cobertura do Risco operacional, no qual se incluem os Riscos de Compliance e de Sistemas de Informação, a BBVA IFIC utiliza uma metodologia que procura conjugar e adaptar as metodologias regulamentares ”Indicador Básico“ e ”Método Standard”.

Atualmente, encontra-se implementada Metodologia de Gestão do Risco Operacional desenvolvida pelo Grupo BBVA, existindo um Comité de Gestão de Risco Operacional na BBVA IFIC. Por outro lado, a Instituição já realizou vários exercícios de identificação e quantificação de eventos potenciais de Risco operacional. Neste âmbito, no ano transato, procedeu-se à constituição de um repositório (Loss Data Collection), centralizado e homogéneo, que permite o registo, atualização, acompanhamento e controlo de eventos de Risco operacional.

A estrutura orgânica e funcional atualmente em vigor permite, em tempo útil, através da validação de informação por meio de atividades de controlo, detetar falhas operacionais. Tendo em conta o potencial de exposição ao Risco de fraude externa, e com o objetivo de minimizá-lo, foi constituída recentemente uma área de Prevenção de Fraude que assegura a validação de propostas de crédito de forma a poder detetar atempadamente eventuais irregularidades.

A redução do Risco associado à segurança física das instalações e dos trabalhadores está assegurada através do cumprimento de normas internas e da legislação relevante em vigor em matéria de higiene e segurança no trabalho.

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Relatório & Contas 2014

Risco de Reputação

Neste âmbito foi desenvolvida internamente uma metodologia de natureza qualitativa que visa apurar o requisito de capital interno necessário para fazer face ao Risco de Reputação. À semelhança do processo seguido na quantificação do Risco operacional, esta metodologia cumpre dois objetivos distintos: a quantificação dos requisitos de capital interno tendentes à cobertura do Risco de Reputação e o controlo e mitigação do Risco associado.

Racional da metodologia Add-on + Qualitative Assessments

Pelo facto de entendermos que os potenciais impactos deste Risco se manifestam ao nível dos restantes Riscos, consideramos que a concretização da metodologia poderá assentar em quatro pilares:

• Agregação da quantificação dos potenciais impactos nos restantes Riscos aplicáveis (crédito, operacional, taxa de juro e liquidez), causados por danos na reputação da Instituição. Esta quantificação é obtida através da aplicação de um ponderador aos requisitos de capital interno calculados por Risco, sendo designada por Add-on Reputacional;

• Determinação de um fator de mitigação baseado na avaliação das práticas de gestão do Risco Reputacional existentes;

• Aplicação de um ponderador resultante do nível de awareness público esperado, que reflete o grau de atenção e interesse manifestado pela opinião pública relativamente aos temas que envolvam o setor financeiro;

• Adição de um montante que reflita o custo associado à necessidade de recorrer a um plano de contingência para mitigar eventuais danos na reputação da BBVA IFIC.

O montante final representa o valor líquido do Risco Reputacional e corresponde às necessidades de capital interno para cobertura deste Risco.

Este método assenta não só na atribuição de uma percentagem aos requisitos calculados para os demais Riscos que consideramos refletir os potenciais impactos que a reputação poderá causar, mas também na avaliação do grau de maturidade da gestão do Risco de reputação, tendo por referência o conjunto de melhores práticas do setor financeiro nesta matéria. Tal avaliação é levada a cabo de forma idêntica à do Risco operacional, ou seja, com base na recolha de respostas a questionários endereçados aos elementos responsáveis pela gestão deste Risco, pelo que, o racional de cálculo do grau de maturidade é também idêntico ao do Risco operacional.

Como referido aquando da análise da metodologia adotada para o Risco operacional, a utilização de questionários de avaliação do grau de maturidade do sistema de gestão de Riscos permite avaliar a sua conformidade face às melhores práticas identificadas. Cumpre-se, assim, o propósito de controlo e mitigação através: da avaliação, quanto à existência e adequabilidade, das práticas instituídas para controlo deste Risco, as quais permitem mitigar e controlar os respetivos impactos; do acompanhamento do sistema de gestão de Risco de reputação pela identificação das suas insuficiências e empreendimento de medidas necessárias para a sua colmatação; da existência de procedimentos definidos

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

e documentados de gestão das reclamações de clientes; da existência de ações definidas para a avaliação do grau de satisfação do cliente interno e externo; da integração num Grupo internacional sólido que desenvolve com regularidade iniciativas neste âmbito; da existência de um código de conduta aplicável a todos os elementos da Instituição.

Risco de Estratégia

Com o intuito de avaliar o Risco de estratégia, procedeu-se à adoção da metodologia Risks Expected Evolution. Esta metodologia consiste na replicação, sempre que aplicável, das metodologias adotadas para os restantes Riscos, atendendo aos valores prospetivos para a atividade no decorrer de 2014. No cálculo dos requisitos de capital interno para o Risco de estratégia não são replicadas as metodologias para cobertura dos Riscos de Liquidez (stress do custo de funding) e Taxa de Juro (fair value stress), uma vez que estas já incorporam a projeção da atividade.

Os dados de evolução da atividade resultam do planeamento anual, o qual contempla a evolução esperada da BBVA IFIC, quer em termos quantitativos (e.g. rubricas do balanço e da demonstração de resultados), quer em termos qualitativos. Assim, o resultado obtido por Risco ilustra aqueles que seriam os requisitos de capital interno face à evolução preconizada e à estratégia delineada.

Face à natureza distinta da metodologia desenvolvida, devem ser consideradas como técnicas de controlo e mitigação de Riscos as medidas mencionadas para cada um dos Riscos incorporados na presente metodologia (Risco de Crédito, Operacional e de Reputação).

Adicionalmente, considera-se que todos os procedimentos internos, empreendidos periodicamente para aferir a concretização do plano e do orçamento, e todas as análises da situação atual da BBVA IFIC realizadas quer pelas diversas Direções, quer em sede de Comité de Direção, constituem-se como mecanismos de controlo e mitigação do Risco de estratégia.

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Relatório & Contas 2014

• Fundos Disponíveis

• Requisitos de Capital Interno sem Diversificação

• Requisitos de Capital Regulamentar

• Requisitos de Capital Interno com Diversificação

Valor em Euros

RISCOS MATERIALMENTE RELEVANTES

Método de Agregação

Requisitos de Capital

Interno (Sem Diversificação)

Efeito de Diversificação

Requisitos de Capital

Interno (Com diversificação)

Total

Risco de Crédito

Matriz de Correlações

9.004.121 -75.357 8.928.765

10.421.564Risco de Operacional 1.592.295 -772.341 819.954Risco de Taxa de Juro 31.668 -21.361 10.307Risco de Estratégia 604.508 58.030 662.538Risco de Reputação Soma

Simples410.833 - 410.833

1.088.848Risco de Liquidez 678.015 - 678.015

Requisitos de Capital Interno da BBVA IFIC 12.321.441 -811.029 11.510.412

0M€

10M€

20M€

30M€

40M€

50M€

11.510.413 12.321.441

44.063.876

16.585.403

Riscos Materialmente Relevantes

O gráfico seguinte apresenta os principais resultados do exercício referente a 31 de dezembro de 2014, no que refere à indicação dos níveis de Fundos Próprios e Requisitos de Capital:

A tabela que se segue apresenta os resultados obtidos antes e depois do Processo de Agregação de Riscos, bem como o Montante Final de requisitos de Capital Interno para cobertura dos diversos Riscos:

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3.9 Balanço SocialA média etária do Capital Humano da Sociedade situa-se nos 46 anos.

A distribuição por género não apresenta praticamente variação face ao ano anterior, com 46% de colaboradores do sexo masculino e 54% do feminino.

No que refere ao nível de habilitações literárias, a Sociedade apresenta 47% do total de colaboradores com formação superior.

Prosseguindo uma política de constante e crescente capacitação e desenvolvimento de competências e conhecimentos dos seus recursos humanos, a Sociedade realizou ao longo do exercício, ações de formação puramente técnica e formação mista, complementando a mesma com ações de desenvolvimento ao nível dos conhecimentos financeiros e orientação comportamental.

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Relatório & Contas 2014

3.10 Perspetivas para 2015Num contexto de grande incerteza relativamente aos contornos da esperada retoma económica, é particularmente importante, para a atividade da Sociedade, o acompanhamento da evolução global do Mercado Automóvel e dos indicadores de evolução da qualidade do crédito concedido a empresas e particulares.

Num período de incerteza e volatilidade dos últimos anos, a Sociedade tem demonstrado uma evolução sustentada tanto em resultados, como na atividade comercial.

Essa evolução positiva, baseia-se num modelo forte de negocio, caraterizado por:

• Focalização em negócios core e, mantendo um forte peso relativo de negócios recorrentes evitando o Risco de concentração;

• Incentivar uma visão de longo prazo no desenvolvimento de relações com parceiros e clientes finais, baseada na confiança, para a qual é indispensável uma sólida cultura de princípios;

• Gestão de forma prudencial do balanço da Sociedade, baseado essencialmente numa política de crédito dirigida a ativos com valor intrínseco e a clientes do segmento particular, reduzindo dessa forma a concentração por cliente;

• Manter uma adequada gestão dos canais de distribuição, áreas de negócio e segmentos de clientes;

• Dedicar atenção permanente ao controlo de custos, melhorando os níveis de eficiência do negócio.

Não obstante as dificuldades criadas pela conjuntura socioeconómica, a Sociedade visa manter a posição relevante que alcançou no mercado do financiamento Automóvel, em particular do segmento de Automóvel novo.

A otimização de processos, a racionalização de meios, a gestão adequada do Risco de crédito e um acompanhamento permanente dos canais de distribuição, merecerão uma atenção especial para que a BBVA IFIC continue a crescer de forma rentável e a merecer a confiança dos seus clientes e parceiros.

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Relatório & Contas 2014

3.11 Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração aprovou a seguinte proposta de aplicação de resultados, referente ao exercício económico de 2014, a submeter em Assembleia Geral da Sociedade, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 376.º do Código das Sociedades Comerciais.

A BBVA IFIC encerrou o exercício económico de 2014 com um resultado líquido positivo de 1.871.647 €.

Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração propõe que os referidos resultados positivos tenham a seguinte distribuição:

• Reserva Legal: 187.165 €;• Dividendos: 1.684.482 €.

3.12 Notas FinaisÀs pessoas e entidades que permitiram a consecução das metas e objetivos definidos para este exercício, nomeadamente às Autoridades Monetárias e Financeiras, aos nossos clientes e parceiros, a todos os Quadros e colaboradores, assim como aos restantes titulares dos Órgãos Sociais, quer o Conselho de Administração deixar expresso os seus agradecimentos pela colaboração demonstrada.

Lisboa, 24 de fevereiro de 2015

O Conselho de Administração

PresidenteJavier Cruz Veira

VogaisAbílio José Ruas da Silva ResendeAlberto Charro PastorJosé Miguel Blanco MartinSusana Nereu de Oliveira Ribeiro

PB8282

83PB

Demonstrações Financeiras4.1 Demonstrações Financeiras

4.2 Anexo às Demonstrações Financeiras (em 31 de dezembro de 2014)

Honorários faturados pelo Revisor Oficial de Contas

Seguros

85

90

130

130

83

85

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4.1 Demonstrações FinanceirasBalanços a 31 de dezembro de 2014 e 2013

2014 2013

VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

ATIVO Notas Valor antes de Imparidade e Amortizações

Amortizações,Provisões e Imparidade

ValorLíquido

ValorLíquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 23 250 - 250 250Disponibilidades em outras instituições de crédito 23 8.119.682 - 8.119.682 1.010.666Aplicações em instituições de crédito 23 22.149 - 22.149 2.640.892Crédito a clientes 3 263.610.514 (19.952.439) 243.658.075 283.105.894Ativos não correntes detidos para venda 4 253.712 (132.507) 121.205 259.632Outros ativos tangíveis 5 1.451.867 (924.965) 526.902 445.115Ativos intangíveis 5 3.542.737 (3.542.737) - -Ativos por impostos diferidos 6 2.955.704 - 2.955.704 3.081.703Outros ativos 7 9.906.870 - 9.906.870 11.233.877

Total do Ativo 289.863.485 (24.552.648) 265.310.837 301.778.029

2014 2013

VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA NOTAS

Recursos de outras instituições de crédito 8 201.393.181 240.119.144Provisões 9 6.187.152 6.759.007Passivos por impostos correntes 6 543.466 307.532Outros passivos 10 11.251.516 8.832.389

Total do Passivo 219.375.315 256.018.072

Capital 11 29.903.045 29.903.045Outras reservas e resultados transitados 11 14.160.830 13.972.377Resultado líquido do exercício 1.871.647 1.884.535

Total do Capital Próprio 45.935.522 45.759.957

Total do Passivo e do Capital Próprio 265.310.837 301.778.029

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Relatório & Contas 2014

Demonstrações do Rendimento Integral para os Exercícios findos em dezembro de 2014 e 2013

2014 2013

VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

NOTAS

Juros e rendimentos similares 13 18.557.761 21.389.070Juros e encargos similares 14 (10.069.049) (12.242.490)

Margem financeira 8.488.712 9.146.580

Rendimentos de serviços e comissões 15 378.743 732.445Encargos com serviços e comissões 16 (721.969) (847.588)Resultados na alienação de outros ativos 17 (107.612) (317.161)Outros resultados de exploração 18 6.163.569 7.114.769

Produto bancário 14.201.443 15.829.045

Custos com o pessoal 19 (2.860.414) (2.830.107)Gastos gerais administrativos 20 (6.002.339) (6.765.936)Amortizações do exercício 5 (190.733) (174.332)Provisões líquidas de reposições e anulações 9 542.368 306.285Correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

9 (2.422.137) (3.049.544)

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 9 16.188 136.607

Resultado antes de impostos 3.284.376 3.452.018

ImpostosCorrentes 6 (1.510.213) (1.455.008)Diferidos 6 97.484 (112.475)

(1.412.729) (1.567.483)

Resultado líquido e Rendimento integral do exercício 1.871.647 1.884.535

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Demonstrações de Alterações nos Capitais Próprios para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013

Capital ReservaLegal

Reservas Livres

Resultados Transitados

Total de Reservas e Resultados Transitados

Resultado Líquido do

exercício

Capitais Próprios

Saldos em 31 de dezembro de 2012 29.903.045 2.045.724 1.059.096 10.612.912 13.717.732 2.546.468 46.167.245

Aplicação de resultados:

Distribuição de Dividendos

- -

- - - (2.291.823) (2.291.823)Incorporação em Reservas - 254.645 - - 254.645 (254.645) -Rendimento integral do exercício de 2013 - - - - - 1.884.535 1.884.535

Saldos em 31 de dezembro de 2013 29.903.045 2.300.369 1.059.096 10.612.912 13.972.377 1.884.535 45.759.957

Aplicação de resultados:

Distribuição de Dividendos

- -

- - - (1.696.082) (1.696.082)Incorporação em Reservas - 188.453 - - 188.453 (188.453) -Rendimento integral do exercício de 2014 - - - - - 1.871.647 1.871.647

Saldos em 31 de dezembro de 2014 29.903.045 2.488.822 1.059.096 10.612.912 14.160.830 1.871.647 45.935.522

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Relatório & Contas 2014

Demonstrações de Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em dezembro de 2014 e 2013

2014 2013

ATIVIDADES OPERACIONAISJuros e comissões recebidas 18.926.842 21.903.071Pagamento de juros e comissões (9.701.491) (10.337.265)Pagamentos ao pessoal e a fornecedores (7.570.649) (8.927.039)Recuperações de créditos incobráveis 1.162.889 953.402Outros recebimentos relativos à atividade operacional 5.055.792 5.996.481

Resultados operacionais antes das alterações nos ativos e passivos operacionais 7.873.383 9.588.650

Diminuições / (aumentos) de ativos operacionais:

Créditos sobre clientes 37.485.002 54.682.732

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Fornecedores de bens para locação 848.380 388.782

Caixa líquida das atividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento 46.206.765 64.660.164Impostos sobre o rendimento pago (1.050.796) (1.175.624)

Caixa líquida das atividades operacionais (1) 45.155.969 63.484.540

ATIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de:

Ativos tangíveis 128.351 48.392Aplicações financeiras 2.618.743 3.033.300

2.747.094 3.081.692

Pagamentos respeitantes a:Ativos tangíveis (350.108) (345.835)

Fluxos das atividades de investimento (2) 2.396.986 2.735.857

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOPagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (38.747.857) (64.820.511)

Dividendos (1.696.082) (2.291.823)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (40.443.939) (67.112.334)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 7.109.016 (891.937)Caixa e seus equivalentes no início do exercício (Nota 23) 1.010.916 1.902.853Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (Nota 23) 8.119.932 1.010.916

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Relatório & Contas 2014

4.2 Anexo às Demonstrações Financeiras (em 31 de dezembro de 2014)

Nota Introdutória

A BBVA, Instituição Financeira de Crédito, S.A. (adiante designada “BBVA IFIC” ou “Sociedade”) foi constituída por escritura pública em maio de 1992, com a denominação de BBVA Leasing – Sociedade de Locação Financeira, S.A. (BBVA Leasing).

Durante o exercício de 2003, foi celebrada a escritura de fusão por incorporação na BBVA Leasing da BBVA SFAC – Sociedade Financeira de Aquisições a Crédito, S.A., a qual produziu efeitos contabilísticos com referência a 1 de janeiro de 2003. Simultaneamente foi alterada a denominação da Sociedade e o seu objeto social.

A BBVA IFIC tem por objeto o exercício das atividades legalmente consentidas às Instituições Financeiras de Crédito, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 186/2002, de 21 de agosto, nomeadamente a prática de todas as operações permitidas aos bancos, com exceção da receção de depósitos. Em 31 de dezembro de 2014, a atividade da BBVA IFIC encontra-se segmentada nas vertentes de locação financeira mobiliária e financiamento da aquisição a crédito de bens e serviços.

Conforme indicado na Nota 11, a BBVA IFIC é integralmente detida pela Corporacion General Financiera, S.A. e pelo Banco Bilbao Viscaya & Argentaria, S.A., entidades pertencentes ao Grupo BBVA. Consequentemente, as operações e transações da BBVA IFIC são influenciadas pelas decisões do Grupo a que pertence. Os principais saldos e transações com empresas do Grupo BBVA encontram-se detalhados na Nota 12.

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1. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

1.1.Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro e das Instruções nº 9/2005 e nº 23/2004, emitidos pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do Aviso nº 1/2005, existem as seguintes exceções com impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra Pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior. Neste sentido, a Sociedade está a reconhecer estes proveitos e custos, nomeadamente as comissões pagas a fornecedores pela angariação de operações de crédito e as subvenções recebidas de fornecedores no início das operações de crédito, ao longo das operações subjacentes, de forma proporcional ao reconhecimento dos respetivos juros; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - são definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de fevereiro (Nota 1.2);

iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS I6 – “Ativos fixos tangíveis”. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

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Relatório & Contas 2014

As demonstrações financeiras da BBVA IFIC relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de fevereiro de 2015. Estas demonstrações financeiras estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração da BBVA IFIC admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

1.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Crédito a clientes

Crédito concedido

O crédito concedido a clientes através de locações financeiras é reconhecido nos termos da Norma IAS 17 – “Locações”, dado que as locações efetuadas pela BBVA IFIC transferem substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade dos bens locados para o locatário, a saber:

• A locação transfere a propriedade do ativo para o locatário no fim do prazo da locação; ou• O locatário tem a opção de comprar o ativo por um preço mais baixo do que o justo valor à data em que a opção se torna exercível; ou

• O prazo de locação refere-se à maior parte da vida económica do ativo mesmo que o título de propriedade não seja transferido; ou

• No início da locação, o valor presente dos pagamentos mínimos da locação ascende a pelo menos substancialmente todo o justo valor do ativo locado; ou

• Os ativos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário os pode usar sem grandes modificações.

Desta forma, a BBVA IFIC reconhece os contratos celebrados como locações financeiras registando uma conta a receber por uma quantia igual ao investimento líquido na locação. Assim, o custo dos bens locados, líquido de quaisquer descontos obtidos ou antecipações de rendas, é registado como crédito concedido.

Adicionalmente, o financiamento de aquisições a crédito é registado como crédito concedido.

A amortização do crédito concedido é calculada usando o critério da amortização financeira, tendo em consideração a taxa de juro implícita, resultante do capital desembolsado, plano de rendas acordado e valor residual dos contratos. Esta rubrica regista igualmente os adiantamentos para aquisição de bens que se destinem a ser objeto de contratos de locação financeira.

O capital vincendo associado a contratos não rescindidos, mesmo que tenham rendas e outros valores vencidos, mantém-se classificado como crédito em situação normal.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Crédito e juros vencidos

Nesta rubrica são registados o capital, juros, Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e outros valores vencidos e não cobrados relativos a contratos ainda em vigor, deduzidos dos juros anulados. Estes montantes são registados por classes temporais contadas a partir da data de início do incumprimento.

As rendas e outros valores vencidos e não cobrados, relativos a um mesmo contrato, são registados na classe de risco em que se encontram os montantes por cobrar há mais tempo.

Nesta rubrica são ainda registados os créditos relativos a operações de locação financeira cujos contratos tenham sido rescindidos mas cujos bens não tenham ainda sido recuperados. Nestas situações, o valor registado em crédito e juros vencidos inclui também o capital vincendo na data da rescisão.

Reconhecimento de custos e proveitos diretos ao custo amortizado

Nos termos do IAS 39 – “Instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração”, os proveitos e custos diretamente relacionados com a contratação das operações de crédito são reconhecidos ao custo amortizado com base no método da taxa de juro efetiva, ao longo do período das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos (ver Notas 3, 13 e 14).

A BBVA IFIC tem como custos e proveitos diretamente relacionados com as operações de crédito:

• Comissões pagas a fornecedores pela angariação de operações de crédito;• Rappel pago a fornecedores pela angariação de operações de crédito;• Despesas de reserva de propriedade pagas a terceiros;• Subvenções recebidas de fornecedores no início das operações de crédito e; • Despesas de início de contrato recebidas de clientes quando da celebração dos con-tratos de crédito.

b) Provisões para riscos de crédito e outras

Estas provisões são constituídas de acordo com o Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, de 30 de junho, alterado pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de janeiro e demais instruções e normas aplicáveis, emitidas pelo Banco de Portugal.

Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do capital, juros e outros valores vencidos e não cobrados. O seu montante é apurado através da aplicação de percentagens mínimas de provisão, segundo a antiguidade dos saldos vencidos e não cobrados e tendo em conta a existência ou não de garantias. São excluídos da base de cálculo desta provisão os créditos concedidos ao Setor Público Administrativo.

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Relatório & Contas 2014

Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do capital vincendo relativo a contratos que apresentem prestações em mora numa das seguintes situações:

i) excederem 25% do capital em dívida acrescido dos juros vencidos; ou

ii) estarem em incumprimento há mais de: (i) seis meses nas operações com prazo inferior a cinco anos; (ii) doze meses nas operações com prazo igual ou superior a cinco e inferior a dez anos; e (iii) vinte e quatro meses nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Nestas situações, o capital vincendo destes contratos é provisionado com base nas mesmas percentagens aplicáveis ao crédito vencido.

São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos sobre um mesmo cliente, se o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos. Nesta circunstância, os créditos de cobrança duvidosa são provisionados com base em metade da percentagem aplicável aos créditos vencidos.

Provisões para riscos e encargos – riscos gerais de crédito

Trata-se de uma provisão de natureza genérica destinada a fazer face aos riscos associados à realização da carteira de crédito concedido, não identificados especificamente.

Esta provisão é determinada pela aplicação de uma percentagem de 1% sobre a totalidade do crédito concedido a empresas e 1,5% sobre a totalidade do crédito concedido a particulares, excluindo o que tenha sido objeto de constituição de provisões para crédito e juros vencidos e para créditos de cobrança duvidosa, bem como o que tenha sido concedido a entidades do Setor Público Administrativo. Esta provisão não é aceite como custo para efeitos fiscais.

Outras provisões

Tratam-se de provisões destinadas a fazer face a outros encargos e a contingências decorrentes da atividade da BBVA IFIC. Em geral, estas provisões não são aceites como custo fiscal.

c) Especialização de exercícios

A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.

A BBVA IFIC anula os juros incluídos nas rendas em atraso com mais de 90 dias, com exceção dos montantes que não excedam o presumível valor de mercado dos bens

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locados, deduzido do capital vincendo dos respetivos contratos. Uma vez anulados, os juros só são registados quando recebidos, na rubrica “Outros resultados de exploração – Recuperação de créditos incobráveis” (Nota 18).

d) Ativos não correntes detidos para venda

Nos termos do IFRS 5 – “Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas”, os ativos (ou grupos de ativos) não correntes são classificados como detidos para venda sempre que seja expetável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;• O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual;• Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do ativo nesta rubrica.

Os ativos não correntes detidos para venda (Nota 4), referem-se aos bens recuperados na sequência da rescisão de contratos de locação financeira, os quais são inicialmente registados pelo valor do capital em dívida à data da rescisão. É registada imparidade sempre que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em preços de mercado para viaturas usadas ou, quando não aplicável, com base em avaliações de peritos independentes.

As mais-valias potenciais em ativos não correntes detidos para venda não são reconhecidas no balanço.

e) Ativos tangíveis

Nos termos do IAS 16 – “Ativos fixos tangíveis”, os ativos tangíveis utilizados pela Sociedade para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado dos bens, como segue:

Anos de vida útil8

4 a 844

Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Material de transporte

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Relatório & Contas 2014

f) Ativos intangíveis

Nos termos do IAS 38 – “Ativos intangíveis”, os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição e respeitam a software informático. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, ao longo do período de vida útil estimado dos bens, o qual corresponde a um período de três anos.

g) Benefícios dos empregados

A Sociedade não subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical para o Setor Bancário, pelo que não tem quaisquer responsabilidades pelo pagamento aos seus trabalhadores ou familiares, de pensões de reforma ou complementos de pensões.

Em 2013, parte dos bónus pagos pela Sociedade aos órgãos sociais e aos diretores (“Risk takers”), passou a incorporar ações do acionista da Sociedade – “Cash-settled share-based payment”. Anualmente, a Sociedade regista na demonstração dos resultados (“Gastos com o pessoal” – Nota 20) o valor dos bónus atribuídos no ano, por contrapartida da rubrica “Outros passivos – Custos administrativos – Remunerações variáveis” (Nota 10). O pagamento dos bónus ocorre durante os quatro anos seguintes. Pela aquisição das ações do acionista, a Sociedade regulariza “Outros passivos – Custos administrativos – Remunerações variáveis”. A variação no justo valor das ações atribuídas e ainda não adquiridas é reconhecido na demonstração dos resultados.

h) Impostos sobre lucros

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e correspondente Derrama Municipal, cuja taxa agregada no exercício de 2014 foi de 24,5% e em 2013 foi de 26,5%.

Com a publicação da Lei nº 12 – A/2010, de 30 de junho, foi introduzida a Derrama Estadual. As taxas de Derrama Estadual correspondem a uma taxa variável sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC de acordo com os escalões abaixo indicados:

• Menor do que 1.500 mEuros - 0%;• Entre 1.500 mEuros e 7.500 mEuros - 3%;• Entre 7.500 mEuros e 35.000 mEuros - 5%; (em 2013, 5% para a parte do lucro tributável superior a 7.500 mEuros);

• Maior do que 35.000 mEuros - 7%.

Na sequência da promulgação da Lei 82-B/2014 de 31 de dezembro a taxa de IRC sobre a matéria coletável, acima referida, para o ano de 2015 passará a ser de 21%.

Desta forma, a acima referida alteração implicou que a taxa de imposto utilizada pela Sociedade no apuramento e registo de impostos diferidos no exercício de 2014 fosse de 24,5% (27% no exercício de 2013).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

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O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais.

As situações que originam diferenças temporárias ao nível da Sociedade correspondem essencialmente a provisões não aceites para efeitos fiscais. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, na medida em que as transações que os originaram são refletidas igualmente nos resultados do exercício.

As autoridades têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Sociedade durante um período de quatro anos (exceto quanto a exercícios de reporte de prejuízos fiscais, em que o prazo de caducidade é de seis anos), designadamente em sede de IRC e de Imposto sobre o Valor Acrescentado, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios de 2011 a 2014.

Dada a natureza das eventuais correções que poderão ser efetuadas pelas autoridades fiscais, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que qualquer liquidação adicional, relativamente aos exercícios acima indicados, seja significativa para as demonstrações financeiras anexas.

i) Seguros

As despesas com seguros são registadas inicialmente na rubrica “Outros ativos – Seguros a imputar” (Nota 7). O reconhecimento em resultados como custo, na rubrica “Gastos gerais administrativos – Serviços de terceiros – Seguros” (Nota 20), é efetuado de forma linear durante o período de vigência da apólice.

Os seguros são faturados mensalmente aos clientes, sendo o proveito reconhecido na rubrica “Outros rendimentos de exploração – Seguros faturados a clientes” (Nota 18).

Pela atividade de comercialização de seguros juntos dos seus clientes, a Sociedade

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Relatório & Contas 2014

recebe comissões que são registadas aquando do recebimento, na rubrica de proveitos “Rendimento de serviços e comissões – Comissões de seguros” (Nota 15). Com base na análise histórica de anulação de contratos de seguros por parte dos seus clientes, a Sociedade regista uma estimativa de comissões a devolver na rubrica “Outros passivos – Estimativa de comissões de seguros a restituir” por contrapartida de uma redução à rubrica de proveitos “Rendimentos de serviços e comissões – Estimativa de comissões de seguros a restituir” (Notas 10 e 15).

Adicionalmente, a Sociedade paga comissões aos fornecedores pela angariação de seguros junto dos seus clientes, sendo o respetivo custo reconhecido na rubrica “Encargos com serviços e comissões – Comissões de seguros” (Nota 16).

1.3. Adoção de novas Normas (IAS/IFRS) ou revisão de Normas já emitidas

Exceto no que diz respeito a matérias reguladas pelo Banco de Portugal, tal como referido na Nota 1.1, em 2014 a Sociedade utilizou as Normas e Interpretações emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) que são relevantes para as suas operações e efetivas para os períodos iniciados a partir de 1 de janeiro de 2014, desde que aprovadas pela União Europeia.

Normas, interpretações, emendas e revisões que entraram em vigor no exercício

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adotadas (“endorsed”) pela União Europeia têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2014:

NORMA / INTERPRETAÇÃO Aplicável nos exercíciosiniciados em ou após

IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas

01-jan-14 Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspetos, a norma IAS 27 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 - Consolidação - Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.

IFRS 11 - Acordos Conjuntos 01-jan-14 Esta norma substitui a IAS 31 - Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 - Entidades Controladas Conjuntamente - Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.

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IFRS 12 - Divulgações Sobre Participações Noutras Entidades

01-jan-14 Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.

IAS 27 - Demonstrações Financeiras Separadas (2011)

01-jan-14 Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicações da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas.

IAS 28 - Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)

01-jan-14 Esta emenda vem garantir a consistência entre IAS 28 - Investimentos em Associadas e as novas normas adotadas, em particular a IFRS 11 - Acordos Conjuntos.

Emenda às normas: • IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas• IFRS 12 - Divulgações Sobre Participações Noutras Entidades (Entidades de investimento)

01-jan-14 Esta emenda vem introduzir uma dispensa de consolidação para determinadas entidades que enquadrem na definição de entidade de investimento. Estabelece ainda as regras de mensuração dos investimentos detidos por essas entidades de investimento.

Emenda à norma IAS 32 - Compensação entre ativos e passivos financeiros

01-jan-14 Esta emenda vem clarificar determinados aspetos da norma relacionados com a aplicação dos requisitos de compensação entre ativos e passivos financeiros.

Emenda à norma IAS 36 - Imparidade (Divulgações sobre a quantia recuperável de ativos não financeiros)

01-jan-14 Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com goodwill ou intangíveis com vida indefinida alocados nos períodos em que não fora registada qualquer perda por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os ativos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor menos custos para vender.

Emenda à norma IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Reformulação de derivados e continuação da Contabilidade de cobertura)

01-jan-14 Esta emenda vem permitir, em determinadas circunstâncias, a continuação da contabilidade e cobertura quando um derivado designado como instrumento de cobertura é reformulado.

IFRIC 21 - Pagamentos ao Estado 01-jan-14 Esta interpretação vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados.

Não foram produzidos efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Sociedade no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, decorrentes da adoção das normas e revisões acima referidas.

Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em

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Relatório & Contas 2014

exercícios económicos futuros e aplicáveis à Sociedade foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

NORMA / INTERPRETAÇÃO Aplicável nos exercíciosiniciados em ou após

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2011-2013)

01-jan-15 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com as normas IFRS 1 - Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro,IFRS 3 - Concentração de Atividades Empresariais, IFRS 13 - Mensuração ao Justo Valor e IAS 40 - Propriedades de Investimento.

Normas, interpretações, emendas e revisões ainda não adotadas pela União Europeia

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

NORMA / INTERPRETAÇÃO

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (2009) e emendas posteriores

Esta norma insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os requisitos para a classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura.

IFRS 14 - Ativos regulados Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adotem pela primeira vez as IFRS/IAS, aplicáveis a ativos regulados.

IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes

Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes.

Emenda à norma IFRS 11 - Acordos Conjuntos

Esta emenda vem clarificar a IFRS 3 ser aplicada quando um investidor adquire um interesse numa entidade conjuntamente controlada quando a mesma consiste num negócio conforme definido pela referida norma. A aplicação da IFRS 3 é requirida na aquisição do interesse inicial e na aquisição subsequente de interesses.

Emenda às normas IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis e IAS 38 - Ativos Intangíveis

Estas emendas vêm clarificar quais os métodos de amortização de ativos fixos tangíveis e de ativos intangíveis que são permitidos.

Emendas às normas IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis e IAS 40 - Agricultura

Estas emendas vêm estabelecer que os ativos biológicos que se enquadram na definição de plantas portadoras devem ser contabilizados como ativos fixos tangíveis.

Emenda à norma IAS 19 - benefícios dos empregados

Esta emenda vem clarificar em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo.

Emendas às normas IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 - Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)

Estas emendas vêm eliminar um conflito existente entre as referidas normas, relacionado com a venda ou com a contribuição de ativos entre o investidor e a associada ou a entidade conjuntamente controlada.

Emenda à norma IAS 27 - Demonstrações Financeiras Separadas (2011)

Esta emenda vem introduzir a possibilidade de aplicação do método de equivalência patrimonial, na valorização de investimentos em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas, nas demonstrações financeiras separadas de uma entidade que apresenta demonstrações financeiras consolidadas.

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Emendas às normas IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 - Divulgações Sobre Participações Noutras Entidades e IAS 28 - Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)

Estas emendas contemplam a clarificação de diversos aspetos relacionados com a aplicação da exceção de consolidação por parte de entidades de investimento.

Emenda à norma IAS 1 - Apresentação de Demonstrações Financeiras (Divulgações)

Esta emenda vem introduzir um conjunto de indicações e orientações que visam melhorar e simplificar as divulgações no contexto dos atuais requisitos de relato das IFRS.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclos 2010-2012 e 2012-2014)

Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas.

Estas normas não foram ainda adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram aplicadas pela Sociedade no exercício findo em 31 de dezembro de 2014.

2. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

A preparação das demonstrações financeiras requer a realização de estimativas e a adoção de pressupostos por parte do Conselho de Administração da Sociedade. Estas estimativas são subjetivas por natureza e podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados.

As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras individuais da Sociedade incluem as abaixo apresentadas.

Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Sociedade com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objetiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Sociedade sobre o correto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto suscetível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

Determinação de perdas por imparidade em ativos financeiros

No que respeita às provisões para crédito a clientes, a Sociedade cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal (Nota 1.2.). No entanto, sempre que considerado necessário, estas provisões são complementadas de forma a refletir a estimativa da Sociedade sobre o risco de incobrabilidade associado aos clientes. Esta avaliação é efetuada de forma casuística pela Sociedade com base no conhecimento específico da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

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Relatório & Contas 2014

3. CRÉDITO A CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Crédito vincendo:

Crédito ao consumo 177.083.782 195.955.648

Locação financeira mobiliária 59.331.845 76.310.744Outros créditos 816.282 1.557.472

237.231.909 273.823.864Crédito e juros vencidos 16.682.573 16.953.884Total de crédito concedido 253.914.482 290.777.748Juros a receber de crédito concedido 732.499 834.822Comissões e despesas diferidas associadas ao custo amortizado (Nota 1.2. a):

Comissões de angariação de operações de crédito 9.165.091 9.208.418Rappel por angariação de operações de crédito 643.602 773.829Despesas de reserva de propriedade 497.698 511.564Subvenções (juros suportados pelo fornecedor) (41.010) (58.269)Despesas de início de contrato faturadas aos clientes (1.301.848) (1.545.477)

8.963.533 8.890.065

263.610.514 300.502.635Provisões (Nota 9):

Para crédito de cobrança duvidosa (5.469.068) (3.457.861)Para crédito e juros vencidos (14.483.371) (13.938.880)

(19.952.439) (17.396.741)

243.658.075 283.105.894

Para fazer face a problemas de realização da carteira de crédito concedido, em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a Sociedade dispõe ainda de uma provisão para riscos gerais de crédito nos montantes de 3.387.406 Euros e 3.875.575 Euros, respetivamente, registada no âmbito das provisões para riscos e encargos do passivo (Nota 9).

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a distribuição do crédito concedido por setores de atividade, era a seguinte:

2014 2013

Crédito

Vincendo

Crédito e juros

vencidos

Total Crédito

Vincendo

Crédito e juros

vencidos

Total

Comércio 11.119.567 2.084.645 13.204.212 15.565.106 2.489.102 18.054.208Indústria 3.642.790 436.250 4.079.040 5.094.166 462.582 5.556.748Construção e obras públicas 2.233.029 1.518.932 3.751.961 3.476.309 1.314.341 4.790.650Agricultura 539.499 265.242 804.741 860.934 276.641 1.137.575Outros 16.029.099 2.059.562 18.088.661 20.381.267 2.074.537 22.455.804Particulares 203.667.925 10.317.942 213.985.867 228.446.082 10.336.681 238.782.763

237.231.909 16.682.573 253.914.482 273.823.864 16.953.884 290.777.748

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais contratuais até à maturidade dos créditos concedidos, excluindo o crédito e juros vencidos, são como segue:

2014 2013Até 3 meses 2.287.410 3.048.415De 3 meses a 1 ano 9.715.234 11.040.546De 1 a 2 anos 24.617.603 29.243.394De 2 a 5 anos 98.908.124 120.011.039Mais de 5 anos 101.703.538 110.480.470

237.231.909 273.823.864

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a reconciliação entre o investimento bruto na locação (pagamentos mínimos da locação acrescidos do valor residual não garantido) e o valor presente dos pagamentos mínimos, bem como o montante de rendimento financeiro não obtido, é como segue:

2014

Pagamentosmínimos

(I)

Valorresidual

(II)

Investimentobruto

(III)=(I)+(II)

Valor presente dos pagamentos

mínimos(IV)

Investimentolíquido

(V)=(II)+(IV)

Rendimentofinanceiro

não obtido(VI)=(III)-(V)

Até 3 meses 404.592 581.401 985.993 347.275 928.676 57.317De 3 meses a 1 ano 4.541.335 1.749.319 6.290.654 3.238.463 4.987.782 1.302.872De 1 a 2 anos 11.231.195 1.978.263 13.209.458 7.990.725 9.968.988 3.240.470De 2 a 5 anos 37.763.003 3.044.269 40.807.272 25.732.992 28.777.261 12.030.011Mais de 5 anos 20.462.473 884.150 21.346.623 13.784.988 14.669.138 6.677.485

74.402.598 8.237.402 82.640.000 51.094.443 59.331.845 23.308.155

2013

Pagamentosmínimos

(I)

Valorresidual

(II)

Investimentobruto

(III)=(I)+(II)

Valor presente dos pagamentos

mínimos(IV)

Investimentolíquido

(V)=(II)+(IV)

Rendimentofinanceiro

não obtido(VI)=(III)-(V)

Até 3 meses 313.998 686.298 1.000.296 229.781 916.079 84.217De 3 meses a 1 ano 5.553.973 2.008.267 7.562.240 4.131.856 6.140.123 1.422.117De 1 a 2 anos 12.647.633 2.443.198 15.090.831 9.165.386 11.608.584 3.482.247De 2 a 5 anos 51.152.594 4.526.369 55.678.963 36.321.377 40.847.746 14.831.217Mais de 5 anos 23.296.664 964.700 24.261.364 15.833.512 16.798.212 7.463.152

92.964.862 10.628.832 103.593.694 65.681.912 76.310.744 27.282.950

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Relatório & Contas 2014

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o crédito e juros vencidos apresentava a seguinte estrutura por antiguidade de saldos:

2014 2013Até 3 meses 1.072.373 1.409.498De 3 a 6 meses 355.917 472.429De 6 a 12 meses 706.997 1.819.326De 1 a 3 anos 5.757.680 8.237.631Mais de 3 anos 8.789.606 5.015.000

16.682.573 16.953.884

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o capital vincendo associado a contratos com prestações vencidas há mais de três meses, ascendia a 2.028.423 Euros e 1.721.331 Euros, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as provisões constituídas para fazer face ao risco de crédito podem ser analisadas como segue:

2014

Créditoe juros

vencidos

Créditos decobrançaduvidosa

Riscosgerais de

crédito

Total

Locação financeira mobiliária 5.150.088 38.062 780.772 5.968.922Crédito ao consumo 9.333.283 124.886 2.606.634 12.064.803Provisão económica - 5.306.120 - 5.306.120

14.483.371 5.469.068 3.387.406 23.339.845

2013

Créditoe juros

vencidos

Créditos decobrançaduvidosa

Riscosgerais de

crédito

Total

Locação financeira mobiliária 5.149.631 81.584 982.687 6.213.902 Crédito ao consumo 8.789.249 69.889 2.892.888 11.752.026 Provisão económica - 3.306.388 - 3.306.388

13.938.880 3.457.861 3.875.575 21.272.316

105

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

4. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS

PARA VENDA

Conforme indicado na Nota 1.2. d), encontram-se registados nesta rubrica os bens recuperados na sequência da rescisão de contratos de locação financeira. O movimento nesta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

Saldo em31-12-2013

Aumentos Reduções Saldo em31-12-2014

Valor bruto 541.888 748.244 (1.036.420) 253.712Imparidade (Nota 9) (282.256) (180.001) 329.750 (132.507)

259.632 568.243 (706.670) 121.205

Saldo em31-12-2012

Aumentos Reduções Saldo em31-12-2013

Valor bruto 865.525 1.429.344 (1.752.981) 541.888Imparidade (Nota 9) (398.393) (124.722) 240.859 (282.256)

467.132 1.304.622 (1.512.122) 259.632

Em 31 de dezembro de 2014 existiam viaturas e equipamentos recuperados com uma antiguidade superior a um ano, cujos valores brutos e imparidade totalizavam 97.774 Euros e 57.965 Euros, respetivamente (106.667 Euros e 33.581 Euros, respetivamente, em 31 de dezembro de 2013).

5. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nestas rubricas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte:

2014

Saldos em 31-12-2013 Abates e alienações Saldos em 31-12-2014

Valorbruto

Amortizaçõesacumuladas

Valorlíquido

Aquisições Valor bruto

Amortizaçõesacumuladas

Amortizações do execício

Valorbruto

Amortizaçõesacumuladas

Valorlíquido

ATIVOS TANGÍVEISMobiliário e material 60.394 (59.982) 412 - - - (182) 60.394 (60.164) 230Máquinas e ferramentas 15.788 (15.788) - - - - - 15.788 (15.788) -Equipamento informático 601.743 (601.698) 45 72.608 - - (16.134) 674.351 (617.832) 56.519Material de transporte 813.804 (369.146) 444.658 277.500 (389.970) 312.382 (174.417) 701.334 (231.181) 470.153

1.491.729 (1.046.614) 445.115 350.108 (389.970) 312.382 (190.733) 1.451.867 (924.965) 526.902

ATIVOS INTANGÍVEISSistemas de tratamento automático de dados (software) 3.542.737 (3.542.737) - - - - - 3.542.737 (3.542.737) -

5.034.466 (4.589.351) 445.115 350.108 (389.970) 312.382 (190.733) 4.994.604 (4.467.702) 526.902

106

Relatório & Contas 2014

2013

Saldos em 31-12-2012 Abates e alienações Saldos em 31-12-2013

Valorbruto

Amortizaçõesacumuladas

Valorlíquido

Aquisições Valor bruto

Amortizaçõesacumuladas

Amortizações do execício

Valorbruto

Amortizaçõesacumuladas

Valorlíquido

ATIVOS TANGÍVEISMobiliário e material 60.394 (59.800) 594 - - - (182) 60.394 (59.982) 412Máquinas e ferramentas 15.788 (15.788) - - - - - 15.788 (15.788) -Equipamento informático 601.743 (588.823) 12.920 - - - (12.875) 601.743 (601.698) 45Material de transporte 622.018 (332.309) 289.709 345.835 (154.049) 124.438 (161.275) 813.804 (369.146) 444.658

1.299.943 (996.720) 303.223 345.835 (154.049) 124.438 (174.332) 1.491.729 (1.046.614) 445.115

ATIVOS INTANGÍVEISSistemas de tratamento automático de dados (software) 3.542.737 (3.542.737) - - - - - 3.542.737 (3.542.737) -

4.842.680 (4.539.457) 303.223 345.835 (154.049) 124.438 (174.332) 5.034.466 (4.589.351) 445.115

6. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o imposto corrente a pagar, foi determinado como segue:

2014 2013Estimativa de imposto sobre lucros do exercício 1.407.099 1.282.700Pagamentos por conta (815.499) (916.224)Pagamentos adicionais por conta (47.942) (58.944)Imposto a recuperar (192) -

Passivo por imposto corrente 543.466 307.532

O movimento nos impostos diferidos ativos e passivos durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

2014

Saldos em 31-12-2013 Reforços líquidos de realizações / anulações

Diminuição dataxa de imposto

Transferência para imposto

corrente

Saldos em 31-12-2014

Base Imposto Base Imposto Base ImpostoATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOSProvisões / imparidade temporariamente não aceites como custo fiscal:

Riscos gerais de crédito 3.875.575 1.046.405 (488.175) (119.603) (96.889) - 3.387.400 829.913Cobrança duvidosa 3.306.388 892.724 1.999.732 489.934 (82.659) - 5.306.120 1.299.999Outras provisões 1.065.702 287.740 (43.862) (10.737) (26.643) - 1.021.840 250.360Crédito vencido com garantia hipotecária

966.247 260.887 (966.247) (37.404) - (223.483) - -

9.213.912 2.487.756 501.448 322.190 (206.191) (223.483) 9.715.360 2.380.272

Estimativa de comissões de seguros a restituir 2.199.801 593.947 148.903 36.481 (54.996) - 2.348.704 575.432

11.413.713 3.081.703 650.351 358.671 (261.187) (223.483) 12.064.064 2.955.704

107

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os impostos diferidos ativos foram calculados tendo em consideração o acréscimo na taxa de imposto resultante da Derrama Estadual e a legislação aprovada ou substancialmente aprovada para os exercícios seguintes. Neste sentido, foi utilizada uma taxa de 24,5% e 27%, respetivamente (Nota 1.2 h).

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como segue:

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como segue:

2014 2013Impostos correntesDo exercício 1.407.099 1.282.700Contribuição sobre o Setor Bancário 195.633 172.484Insuficiência/(Excesso) de estimativa de impostosobre o rendimento do exercício anterior

(66.845) (176)

Recebimento de tributação autónoma de 2008 (25.674)

1.510.213 1.455.008Impostos diferidos Registo de diferenças temporárias (97.484) 112.475

Total de impostos reconhecidos em resultados 1.412.729 1.567.483

Lucros antes de Impostos 3.284.376 3.452.018Carga Fiscal 43,01% 45,41%

2013

Saldos em 31-12-2012 Reforços líquidos de realizações / anulações

Diminuição dataxa de imposto

Transferência para imposto

corrente

Saldos em 31-12-2013

Base Imposto Base Imposto Base ImpostoATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOSProvisões / imparidade temporariamente não aceites como custo fiscal:

Riscos gerais de crédito 4.631.575 1.355.523 (756.000) (204.120) (104.998) - 3.875.575 1.046.405Cobrança duvidosa 2.774.887 811.715 531.501 143.505 (62.496) - 3.306.388 892.724Outras provisões 1.178.728 354.078 (113.026) (13.578) (35.821) - 1.065.702 287.740Crédito vencido com garantia hipotecária

384.045 107.864 582.202 157.195 (4.172) (16.939) 966.247 260.887

8.969.235 2.629.180 244.677 83.002 (207.487) - 9.213.912 2.487.756

Estimativa de comissões de seguros a restituir 1.988.373 581.937 211.428 57.086 (45.076) (16.939) 2.199.801 593.947

10.957.608 3.211.117 456.105 140.088 (252.563) (16.939) 11.413.713 3.081.703

108

Relatório & Contas 2014

Com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de dezembro, a Sociedade passou a estar abrangida pelo regime de contribuição sobre o setor bancário. A contribuição sobre o setor bancário incide sobre:

a) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos próprios de base (Tier 1) e complementares (Tier 2) e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos e pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (este último, apenas incluído no Orçamento do Estado para 2012). Ao passivo apurado são deduzidos:

• Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis, sejam reconhecidos como capitais próprios;

• Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;

• Passivos por provisões;• Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;• Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes as operações passivas e;

• Passivos por ativos desconhecidos em operações de titularização.

2014 2013

Taxa Imposto Taxa ImpostoResultado antes de impostos 3.284.376 3.452.018

Imposto apurado com base na taxa nominal:- até 1.500.000 Euros 24,50% 367.500 26,50% 397.500- Superior a 1.500.000 Euros 27,50% 490.703 29,50% 575.845

26,13% 858.203 28,20% 973.345

Custos não aceites fiscalmente:Multas e outras penalidades 0,10% 3.444 0,07% 2.315Provisões 0,24% 7.946 1,29% 44.658Outros 1,32% 43.396 2,76% 95.339

Menos-valias 0,13% 4.391 0,13% 4.447Mais-valias (0,43%) (14.099) (0,28%) (9.537)Benefícios fiscais (0,07%) (2.375) (0,07%) (2.563)Tributação autónoma 2,55% 83.770 0,84% 29.150Recebimento de excesso de Tributação autónoma de 2008

(0,78%) (25.674) 0,00% -

Contribuição sobre o setor bancário 5,96% 195.633 5,00% 172.484Excesso de estimativa do ano anterior (2,04%) (66.845) (0,01%) (176)Redução da taxa de imposto para apuramento dos impostos diferidos (2,5% em 2014 e 2% em 2013) 7,95% 261.187 7,32% 252.563Outros 1,94% 63.752 0,16% 5.458

43,01% 1.412.729 45,41% 1.567.483

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos passivos, com exceção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.

As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores variam entre 0,01% e 0,07%, e 0,00010% e 0,00030%, respetivamente, em função do valor apurado (0,01% e 0,05%, e 0,00010% e 0,00020% em 2013). As taxas em vigor para os exercícios de 2014 e 2013 ascenderam, a 0,07% e 0,05%, respetivamente.

7. OUTROS ATIVOS

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Seguros a imputar 9.336.672 10.831.936Devedores por alienação de equipamento 156.045 94.625Contratos de assistência técnica - software 92.560 86.138Adiantamentos a advogados 23.859 47.166Outros 297.734 174.012

9.906.870 11.233.877

A rubrica “Seguros a imputar” corresponde aos prémios de seguros pagos às seguradoras pela BBVA IFIC no início dos contratos de locação, os quais são incluídos nas rendas a pagar pelos clientes, de forma linear ao longo do período de vida de cada contrato.

8. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013A prazo ou com pré-aviso:

No estrangeiroEmpréstimos de médio-longo prazo 201.400.101 240.147.858

Juros a pagar 140.643 168.146Juros pagos antecipadamente (147.563) (196.860)

201.393.181 240.119.144

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os empréstimos de médio-longo prazo vencem juros às taxas médias anuais brutas de 2,1% e 2,3%, respetivamente.

110

Relatório & Contas 2014

9. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento nas provisões e na imparidade durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras provisões” tem a seguinte composição:

2014 2013Contingências fiscais 1.757.906 1.686.346Processos judiciais em curso 869.465 969.843Multas contratuais 34.006 34.006Outros 138.369 193.238

2.799.746 2.883.432

A provisão para processos judiciais destina-se a fazer face aos encargos que poderão resultar de um processo movido por antigos clientes de cursos financiados pela Sociedade, os quais não foram realizados na sequência do encerramento da entidade prestadora do serviço.

Durante os exercícios de 2007, 2010 e 2011 a Sociedade recebeu os relatórios das inspeções fiscais efetuadas aos exercícios de 2003, 2004, 2008 e 2009 em sede de IRC, IVA e Imposto do Selo. As correções efetuadas, em sede de IRC, ao resultado fiscal dos

2014

Saldos em 31-12-2013

Dotaçõeslíquidas

Utilizações Transferências Saldos em 31-12-2014

Créditos de cobrança duvidosa (Nota 3) 3.457.861 2.011.207 - 5.469.068 Crédito e juros vencidos (Nota 3) 13.938.880 410.930 - 133.561 14.483.371

17.369.741 2.422.137 - 133.561 19.952.439

Ativos não correntes detidos para venda (Nota 4) 282.256 (16.188) - (133.561) 132.507

17.678.997 2.405.949 - - 20.084.946

Provisões:Riscos gerais de crédito (Nota 3) 3.875.575 (488.175) - 6 3.875.406 Outras 2.883.432 (54.193) (29.493) - 2.799.746

6.759.007 (542.368) (29.493) 6 6.187.152

24.438.004 1.863.581 (29.493) 6 26.272.098

2013

Saldos em 31-12-2012

Dotaçõeslíquidas

Utilizações Transferências Saldos em 31-12-2013

Créditos de cobrança duvidosa (Nota 3) 2.965.209 492.652 - - 3.457.861 Crédito e juros vencidos (Nota 3) 11.402.458 2.556.892 - (20.470) 13.938.880

14.367.667 3.049.544 - (20.470) 17.396.741

Ativos não correntes detidos para venda (Nota 4) 398.393 (136.607) - 20.470 282.256

14.766.060 2.912.937 - - 17.678.997

Provisões:Riscos gerais de crédito (Nota 3) 4.631.575 (756.000) - - 3.875.575 Outras 2.811.364 449.715 (377.647) - 2.883.432

7.442.939 (306.285) (377.647) - 6.759.007

22.208.999 2.606.652 (377.647) - 24.438.004

111

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

exercícios de 2003 e 2004 ascenderam a 605.821 Euros (correção aos prejuízos fiscais declarados). Em resultado das mesmas, foram emitidas liquidações adicionais de IRC e juros compensatórios referentes aos exercícios de 2006 e 2007, no montante total de 56.543 Euros. Em sede de IVA e de Imposto do Selo, as correções ascenderam a 814.340 Euros e 26.470 Euros, respetivamente. A Sociedade liquidou parte das correções efetuadas em sede de IVA no montante total de 97.854 Euros e a totalidade das correções efetuadas em sede de Imposto do Selo.

Para fazer face a estas situações, a Sociedade constituiu uma provisão que em 31 de dezembro de 2014 ascende a 1.757.906 Euros, que inclui o montante do imposto resultante das correções efetuadas, respetivas coimas e juros, bem como o potencial impacto nos exercícios ainda não revistos.

Adicionalmente, a Sociedade tem registado na rubrica “Outros passivos – Regularização do Pro rata do IVA” o montante de 214.021 Euros, correspondente ao diferencial de IVA Pro rata relacionado com um reembolso de IVA efetuado pela Administração Fiscal durante o exercício de 2005, e o IVA Pro rata que estava estimado pela Sociedade (Nota 10).

112

Relatório & Contas 2014

10. OUTROS PASSIVOS

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Estimativa de comissões de seguros a restituir (Nota 15) 2.348.704 2.199.801Fornecedores de imobilizado para vendas a crédito 1.907.198 964.943Estimativa de comissões e rappel a pagar por angariação de operações de crédito

1.676.001 785.688

Fornecedores de imobilizado para locação financeira 852.810 586.726Remessas não identificadas 746.826 606.402Prémios de seguros a liquidar 661.633 448.885Credores diversos 551.121 658.684Estimativa de encargos a pagar com gastos gerais administrativos

443.653 358.299

IVA a pagar 415.467 819.556Custos administrativos:

Remunerações variáveis 419.461 356.472Provisão para férias e subsídio de férias 328.422 313.472

Regularização do Pro rata do IVA (Nota 9) 214.021 214.021Imposto do Selo 108.028 91.637Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares 48.871 45.238Contribuição para a Segurança Social 48.679 51.624Outros 480.021 330.941

11.251.516 8.832.389

A rubrica “Estimativa de comissões de seguros a restituir” reflete o montante estimado de comissões recebidas por angariação de seguros a devolver no futuro, nos termos dos contratos em vigor.

A rubrica “Remessas não identificadas” corresponde a recebimentos de clientes, os quais se encontravam pendentes de imputação aos respetivos contratos.

A rubrica “Prémios de seguros a liquidar”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, encontra-se líquida do valor das comissões a receber das seguradoras, o qual ascende a 86.604 Euros e 176.332 Euros, respetivamente (Nota 25 – Seguros – f).

A rubrica “Remunerações variáveis” refere-se à estimativa constituída para fazer face às remunerações adicionais a pagar pela Sociedade, relativas ao desempenho dos colaboradores durante o exercício. Em 31 de dezembro de 2014, esta rubrica inclui a parte dos bónus de 2013, que será liquidada durante os anos de 2015 a 2018.

113

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

11. CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o capital da Sociedade encontrava-se representado por 29.903.045 ações de valor nominal de 1 Euro cada, encontrando-se totalmente subscrito e realizado.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o capital da BBVA IFIC era detido pelas seguintes entidades:

Corporacion General Financiera, S.A. 50,1%Banco Bilbao Viscaya & Argentaria, S.A. 49,9%

100%Na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 31 de março de 2014, foi deliberado que a aplicação do resultado líquido referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, fosse a seguinte:

Distribuição de dividendos 1.696.082Reserva Legal 188.453

1.884.535Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 as rubricas de reservas e resultados transitados tinham a seguinte composição:

2014 2013Reservas- Reserva legal 2.488.822 2.300.369- Outras reservas 1.059.096 1.059.096Resultados transitados 10.612.912 10.612.912

14.160.830 13.972.377

De acordo com a legislação em vigor, a Sociedade deverá destinar uma fração não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não está disponível para distribuição, exceto em caso de liquidação da Sociedade, podendo apenas ser utilizada para aumentar o capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.

114

Relatório & Contas 2014

12. SALDOS E TRANSAÇÕES COM EMPRESAS DO GRUPO

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os principais saldos do balanço e da demonstração dos resultados mantidos com empresas do Grupo BBVA eram os seguintes:

2014

BBVA Portugal Banco Bilbao Viscaya & Argentaria

BBVA Automercantil

Total

ATIVODisponibilidades em outras instituições de crédito

8.119.682 - - 8.119.682

Aplicações em instituições de crédito - 22.149 - 22.149 PASSIVORecursos de outras instituições de crédito (Nota 8)

- 201.393.181 - 201.393.181

RESULTADOSJuros e rendimentos similares (Nota 13) 1.546 31.971 - 33.517 Juros e encargos similares (Nota 14) 2.988 4.941.961 - 4.944.949 Encargos com serviços e comissões (Nota 16) 330.454 - - 330.454 Gastos gerais administrativos (Nota 20) - - 509.609 509.609

2013

BBVA Portugal Banco Bilbao Viscaya & Argentaria

BBVA Automercantil

Total

ATIVODisponibilidades em outras instituições de crédito

1.010.666 - - 1.010.666

Aplicações em instituições de crédito - 2.640.892 - 2.640.892 PASSIVORecursos de outras instituições de crédito (Nota 8)

- 240.119.144 - 240.119.144

Outros passivos (Nota 10)RESULTADOS Juros e rendimentos similares (Nota 13) 5.108 103.974 - 109.082 Juros e encargos similares (Nota 14) 5.315 6.014.276 - 6.019.591 Encargos com serviços e comissões (Nota 16) 384.302 - - 384.302 Gastos gerais administrativos (Nota 20) 78.848 - 459.294 538.142

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

13. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2013 2014Crédito internoCrédito ao consumo 13.776.352 15.523.759Locação financeira mobiliária 2.353.726 2.910.362ALD financeiro 1.116.951 1.331.031

17.247.029 19.765.152Crédito vencido 444.166 420.139Juros de aplicações em instituições de crédito (Nota 12) 31.971 103.974Outros juros e proveitos equiparados (Nota 12) 1.546 5.108

17.724.712 20.294.373Comissões associadas ao custo amortizado (Nota 1.2. a)Comissões por abertura de contratos 833.049 1.094.697

18.557.761 21.389.070

Nos exercícios de 2014 e 2013, os montantes recebidos e os montantes reconhecidos em resultados relativos a subvenções recebidas de fornecedores e a comissões cobradas na abertura de contratos de crédito apresentam a seguinte composição:

2014 2013Subvenções recebidas 17.597 25.370Subvenções reconhecidas em proveitos (“Juros e proveitos equiparados – de crédito interno”) 34.856 56.146Comissões por abertura de contratos recebidas 554.564 521.132Comissões por abertura de contratos reconhecidas em proveitos 798.193 1.038.419

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Relatório & Contas 2014

14. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Instituições de crédito no país:BBVA Portugal (Nota 12) 2.988 5.315Instituições de crédito no estrangeiro:Banco Bilbao Viscaya & Argentaria, S.A. (Nota 12) 4.941.961 6.014.276

4.944.949 6.019.591Comissões pagas associadas ao custo amortizado (Nota 1.2. a)Comissões por angariação de contratos 4.331.277 5.276.755Rappel 377.176 468.497Despesas com reserva de propriedade 368.162 418.178

5.086.615 6.181.430Bónus/Comissões 47.485 41.469

10.069.049 12.242.490

Nos exercícios de 2014 e 2013, a Sociedade anulou comissões a pagar com antiguidade superior a um ano no montante de 167.503 Euros e 296.381 Euros, respetivamente.

Nos exercícios de 2014 e 2013, os montantes pagos ou imputados e os montantes reconhecidos em resultados relativos a comissões de angariação de contratos, rappel e despesas de reserva de propriedade apresentam a seguinte composição:

2014 2013Comissões imputadas por angariação de contratos 4.287.950 3.594.902Comissões por angariação de contratos reconhecidas em custos 4.331.277 5.276.755Rappel imputado 246.949 348.622Rappel reconhecido em custos 377.176 486.497Despesas pagas com reserva de propriedade 354.296 348.622Despesas com reserva de propriedade reconhecidas em custos 368.162 418.178

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15. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Comissões de seguros 518.331 880.722Estimativa de comissões de seguros a restituir (Nota 10) (148.903) (211.428)Participação nos resultados de seguros - 55.065Outros 9.315 8.086

378.743 732.445

A rubrica “Comissões de seguros” refere-se a comissões recebidas pela Sociedade pela atividade de comercialização de seguros junto dos seus clientes.

16. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Comissões de seguros 342.639 427.064Comissões pagas por serviços bancários (Nota 12) 330.454 384.302Outros 48.876 36.222

721.969 847.588

A rubrica “Comissões de seguros”, refere-se a comissões pagas pela Sociedade a fornecedores pela angariação de seguros junto dos seus clientes.

118

Relatório & Contas 2014

17. RESULTADOS NA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Rendimentos na alienação de outros ativos:

Ativos não correntes detidos para venda e bens associados a operações de crédito 207.106 144.049

Outros ativos tangíveis 53.596 33.822

260.702 177.871Encargos na alienação de outros ativos:

Ativos não correntes detidos para venda e bens associados a operações de crédito (365.481) (495.032)

Outros ativos tangíveis (2.833)

(368.314) (495.032)

(107.612) (317.161)

As mais e menos valias na alienação de ativos não correntes detidos para venda e bens associados às operações de crédito são determinadas face ao valor bruto de balanço, sendo revertida a imparidade registada.

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18. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Outros rendimentos de exploração:

Seguros faturados a clientes 3.520.522 3.941.143Reembolso de despesas:

Portes 814.644 914.788Por recuperação de crédito 638.235 335.081Reenvios - 435.827Outras 166.347 171.924

Recuperação de créditos incobráveis 1.162.889 953.402Cartões - Repsol 112.394 132.116Regularização de saldos a pagar 18.731 409.501Outros 89.366 327.124

6.506.128 7.620.906Outros encargos de exploração:

Ofertas a clientes (131.689) (40.336)Contribuição para o fundo de Resolução (33.537) (59.905)Regularização de saldos a receber (31.622) (225.055)Perdas relativas a exercícios anteriores (13.844) (49.515)Regularizações associadas a contratos de crédito (166) (16.604)Correções após inspeções tributárias - (322)Outros (131.701) (114.400)

(342.559) (506.137)

6.163.569 7.114.769

Fundo de Resolução

O Decreto-lei nº 24/2013, de 19 de fevereiro, estabeleceu o regime de contribuições das Instituições de Crédito para o novo Fundo de Resolução criado com a finalidade de prevenção, mitigação e contenção do risco sistémico. De acordo com o Aviso nº 1/2013 e as Instruções nº 6/2013 e nº 7/2013, do Banco de Portugal, a Sociedade pagou uma contribuição inicial e paga contribuições periódicas anuais para o Fundo de Resolução. O normativo em vigor prevê ainda que, caso os recursos do Fundo de Resolução se mostrem insuficientes para o cumprimento das suas obrigações, pode ser determinado por diploma próprio que as instituições participantes efetuem contribuições especiais, e definidos os montantes, prestações, prazos e demais termos dessas contribuições. Durante o ano de 2014 foi determinada a resolução do Banco Espírito Santo, S.A. (“BES”), tendo a generalidade da atividade e do património do BES sido transferida para o Novo Banco S.A.. Encontra-se atualmente em curso o processo com vista à alienação do Novo Banco, S.A., não estando disponível nesta data informação que permita avaliar o eventual impacto desta situação.

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Relatório & Contas 2014

19. CUSTOS COM PESSOAL

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Salários e vencimentos:

Retribuição base 1.899.538 1.877.188Outras remunerações 358.797 352.213Subsídio de almoço 81.276 82.362

2.339.611 2.311.763Encargos sociais obrigatórios 460.196 459.309Encargos sociais facultativos 60.607 59.035

520.803 518.344

2.860.414 2.830.107

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o número de efetivos ao serviço da BBVA IFIC era o seguinte:

2014 2013Administração 1 1Quadros diretivos 9 8Quadros técnicos 36 35Administrativos 13 14

59 58

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

20. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Nos exercícios de 2014 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013Fornecimentos de terceiros 58.344 52.880Serviços de terceiros:

Seguros 2.863.709 3.680.248Rendas e alugueres:

Despesas debitadas pela BBVA Automercantil (Nota 12) 509.609 459.294Custos com trabalho independente 591.948 621.259Conservação e reparação de equipamento 200.213 185.003Despesas judiciais, contencioso e notariado 165.643 253.545Comunicação e despesas de expedição 172.484 137.577Deslocações e estadas 165.554 33.549Serviços especializados:

Gestão de clientes (Call center) 321.924 326.924Consultoria 235.677 241.483Informática 165.101 153.380Recuperação de crédito 153.462 193.753Recuperação de viaturas 98.098 144.558Cedência de pessoal (Nota 12) - 78.848Outros 300.574 203.635

6.002.339 6.765.936

A rubrica “Seguros” corresponde aos encargos com prémios de seguro liquidados pela Sociedade e reconhecidos como custo. Estes valores são faturados aos clientes ao longo das operações de crédito subjacentes, sendo reconhecidos como proveito na rubrica “Outros rendimentos de exploração – Seguros faturados a clientes” (Nota 18).

A rubrica “Cedência de pessoal” corresponde aos encargos suportados pela BBVA IFIC relativamente aos colaboradores cedidos pelo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal) S.A.. Durante o exercício de 2013, o único colaborador que se encontrava cedido à Sociedade pelo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal) S.A. foi integrado na Sociedade através do regime de pluralidade contratual.

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Relatório & Contas 2014

21. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

No decurso da sua atividade, a Sociedade está sujeita a riscos vários. O controlo dos riscos da atividade da Instituição é efetuado com base em normas e orientações internas específicas definidas pela Sociedade, bem como pelo grupo bancário em que está inserida.

Risco de Crédito

O risco de crédito corresponde ao risco da contraparte de um instrumento financeiro causar uma perda financeira à Sociedade em resultado de incumprimento das obrigações.

Avaliação do risco

Cada proposta de negócio é previamente analisada na Área Comercial das Divisões de Negócio existentes, sendo de seguida enviada para a Direção de Risco.O risco de crédito associado a cada proposta de negócio é quantificado pelos analistas de crédito com a aplicação dos critérios de análise definidos pela Direção de Risco, a qual procede à aprovação final de todas as propostas de negócio. Está ainda disponível um modelo de credit-scoring que permite uma avaliação automática do perfil de alguns proponentes.

A Sociedade classifica os seus clientes da seguinte forma:

i) “Perigoso” - clientes que tenham contratos com classificação do Banco de Portugal superior a 2 (saldo vencido há mais de 90 dias);

ii) “Preocupante” - clientes que tenham contratos com saldo vencido há mais de 30 dias (classe 1 do Banco de Portugal) ou que tenham tido, nos últimos 6 meses, duas ou mais rendas pagas com atraso superior a 30 dias;

iii) “A vigiar” - clientes que tenham tido nos últimos 12 meses duas ou mais rendas com atraso superior a 30 dias.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a exposição em balanço apresenta a seguinte repartição:

2014 2013

CRéDITO VINCENDO

CRéDITO E JUROS

VENCIDOS

TOTAL CRéDITO VINCENDO

CRéDITO E JUROS

VENCIDOS

TOTAL

Perigoso 3.413.698 15.247.047 18.660.745 2.566.732 15.395.222 17.961.954Preocupante 9.685.565 945.191 10.630.756 10.030.588 605.302 10.635.890A vigiar 3.062.697 51.625 3.114.322 3.616.740 72.022 3.688.762Sem risco 221.069.949 438.710 221.508.659 257.609.804 881.338 258.491.142

237.231.909 16.682.573 253.914.482 273.823.864 16.953.884 290.777.748

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Estão definidos vários níveis de autorização, em função das habilitações e da experiência anterior do colaborador, existindo operações cuja decisão final tem de ser tomada em comité com a participação da Administração.

O controlo do risco de crédito é assegurado através do acompanhamento diário dos limites que estão autorizados, quer os mesmos sejam estabelecidos pelos órgãos de gestão ou pelas entidades de supervisão.

Tanto o rácio de “Impagado” (quociente entre responsabilidade vencida há menos de 90 dias e a responsabilidade total do cliente), como o rácio de “Mora” (quociente entre responsabilidade vencida há mais de 90 dias e a responsabilidade total do cliente) revelam uma tendência de estabilização do incumprimento de curto prazo e um aumento do incumprimento de médio e longo prazo. Durante os exercícios de 2014 e 2013, estes rácios apresentam a seguinte evolução:

2014

IMPAGADO JAN-14 FEV-14 MAR-14 ABR-14 MAI-14 JUN-14 JUL-14 AGO-14 SET-14 OUT-14 NOV-14 DEz-14Concessionários Novos

0,29% 0,37% 0,34% 0,39% 0,40% 0,44% 0,40% 0,40% 0,36% 0,31% 0,40% 0,35%

Concessionários Usados

0,50% 0,63% 0,53% 0,62% 0,59% 0,69% 0,59% 0,56% 0,61% 0,53% 0,59% 0,54%

Consumo 0,19% 0,56% 0,48% 0,71% 0,50% 0,88% 0,85% 0,91% 0,44% 0,77% 0,85% 0,09%Cartões 5,38% 6,31% 0,25% 0,59% 0,70% 1,09% 0,90% 0,62% 0,98% 0,97% 0,90% 0,42%Equipamento 1,28% 1,25% 0,87% 1,01% 1,50% 1,29% 1,02% 1,07% 1,00% 0,71% 0,98% 1,09%Frotas 0,59% 0,26% 0,30% 0,66% 0,40% 0,45% 0,45% 0,36% 0,46% 0,38% 0,39% 0,51%Opera 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%Revolving 0,72% 0,64% 0,76% 0,69% 0,62% 0,82% 1,69% 0,46% 0,27% 0,33% 0,41% 0,50%

Global 0,37% 0,45% 0,38% 0,45% 0,46% 0,50% 0,44% 0,44% 0,41% 0,36% 0,44% 0,40%

2014

MORA JAN-14 FEV-14 MAR-14 ABR-14 MAI-14 JUN-14 JUL-14 AGO-14 SET-14 OUT-14 NOV-14 DEz-14Concessionários Novos

0,34% 3,49% 3,54% 3,56% 3,62% 3,65% 3,68% 3,71% 3,72% 3,70% 3,63% 3,63%

Concessionários Usados

9,86% 10,07% 10,22% 10,31% 10,55% 10,68% 10,99% 11,18% 11,31% 11,53% 11,96% 1,77%

Consumo 0,16% 0,31% 0,45% 0,76% 1,07% 1,05% 1,82% 2,13% 3,05% 3,64% 4,35% 7,59%Cartões 15,48% 15,28% 17,21% 16,70% 16.78% 17,22% 17,33% 17,58% 18,34% 17,99% 17,56% 15,54%Equipamento 31,87% 33,38% 34,44% 36,22% 36,68% 37,94% 39,66% 41,03% 41,98% 44,74% 48,56% 49,93%Frotas 3,35% 3,40% 3,50% 3,52% 3,58% 3,58% 3,70% 3,78% 3,92% 4,03% 4,04% 4,05%Opera 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%Revolving 68,99% 70,11% 71,23% 72,07% 73,82% 75,55% 77,06% 78,18% 79,48% 79,56% 80,39% 81,29%

Global 5,51% 5,62% 5,69% 5,75% 5,82% 5,87% 5,97% 6,04% 6,07% 6,14% 6,20% 6,16%

124

Relatório & Contas 2014

2013

IMPAGADO JAN-13 FEV-13 MAR-13 ABR-13 MAI-13 JUN-13 JUL-13 AGO-13 SET-13 OUT-13 NOV-13 DEz-13Concessionários Novos

0,42% 0,52% 0,53% 0,47% 0,33% 0,35% 0,32% 0,28% 0,38% 0,32% 0,31% 0,32%

Concessionaários Usados

0,74% 0,92% 0,69% 0,85% 0,60% 0,58% 0,61% 0,50% 0,65% 0,55% 0,54% 0,53%

Consumo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,84% 0,00% 1,62% 0,55% 0,37% 0,50% 0,23% 0,70%Cartões 5,18% 5,14% 5,01% 4,82% 4,89% 4,98% 4,84% 4,66% 5,02% 4,48% 4,61% 5,11%Equipamento 1,10% 1,63% 1,86% 1,50% 1,88% 1,13% 0,94% 1,50% 1,30% 1,11% 1,78% 1,36%Frotas 0,34% 0,26% 0,44% 0,60% 0,24% 0,27% 0,21% 0,22% 0,52% 0,23% 0,34% 0,40%Opera 92,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%Revolving 1,48% 1,40% 1,33% 1,40% 1,41% 1,27% 1,31% 0,92% 1,01% 0,94% 0,87% 1,00%

Global 0,51% 0,63% 0,62% 0,58% 0,44% 0,43% 0,39% 0,37% 0,46% 0,39% 0,41% 0,40%

2013

MORA JAN-13 FEV-13 MAR-13 ABR-13 MAI-13 JUN-13 JUL-13 AGO-13 SET-13 OUT-13 NOV-13 DEz-13Concessionários Novos

2,54% 2,62% 2,69% 2,79% 2,96% 3,07% 3,10% 3,18% 3,23% 3,28% 3,30% 3,40%

Concessionários Usados

6,87% 6,99% 7,34% 7,51% 7,85% 8,15% 8,41% 8,73% 8,93% 9,10% 9,40% 9,69%

Consumo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,11% 0,00%Cartões 19,85% 20,13% 19,83% 19,29% 18,93% 18,81% 18,93% 18,14% 18,31% 18,04% 17,50% 17,02%Equipamento 17,23% 17,99% 18,75% 19,89% 21,23% 23,29% 24,47% 25,35% 26,31% 27,62% 28,05% 30,43%Frotas 2,65% 2,79% 2,83% 3,09% 3,08% 3,12% 3,05% 2,95% 3,04% 3,05% 3,17% 3,29%Opera 7,43% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%Revolving 47,96% 50,78% 52,30% 53,65% 55,37% 57,67% 59,27% 60,99% 62,61% 64,32% 66,12% 67,77%

Global 4,02% 4,13% 4,25% 4,41% 4,63% 4,82% 4,90% 5,03% 5,12% 5,21% 5,27% 5,42%

No que respeita ao financiamento automóvel, o método utilizado para determinação do justo valor do colateral associado ao crédito, foi a “Cotação de Compra” dada pelo Eurotax. Relativamente à restante carteira (equipamento) não foi possível determinar o justo valor ou preço de mercado do colateral. Em 31 de dezembro de 2014, para os contratos com rendas vencidas há mais de 90 dias e para os quais se obteve a “Cotação de compra – Eurotax”, o montante da exposição em balanço, o justo valor do colateral e o gap ascendiam a 11.277.019 Euros, 10.866.200 Euros e (410.819) Euros, respetivamente (9.979.581 Euros, 10.389.300 Euros e 409.719 Euros, respetivamente, em 31 de dezembro de 2013).

Risco de Liquidez

O risco de liquidez corresponde à incapacidade da Sociedade cumprir as suas obrigações financeiras.

Avaliação do risco

A Sociedade está integrada no grupo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, instituição que disponibiliza a abertura de linhas de crédito assumindo a gestão dos riscos de liquidez de modo a imunizar os referidos risco ao nível da Sociedade. Desta forma, centraliza-se a gestão daqueles riscos dentro do grupo.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais contratuais até à maturidade dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição:

125

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

2014

à VISTA ATé 3 MESES

DE 3 MESES A 1 ANO

DE 1 A 5 ANOS

MAIS DE 5 ANOS

INDETERMINADO OUTROS (1) TOTAL

AtivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais

250 - - - - - - 250

Disponibilidades em outras instituições de crédito

8.119.682 - - - - - - 8.119.682

Aplicações em instituições de crédito

- - 22.149 - - - - 22.149

Crédito a clientes - 2.287.410 9.715.234 123.525.727 101.703.538 16.682.573 9.596.132 263.510.614

8.119.932 2.287.410 9.737.383 123.525.727 101.703.538 16.682.573 9.596.132 271.652.695

PassivoRecursos de outras instituições de crédito

- 1.343 1.939.170 54.720.706 144.738.882 - (6.920) 201.393.181

Gap de liquidez 8.119.932 2.286.067 7.798.213 68.805.021 (43.035.344) 16.682.573 9.603.052 70.259.514

2013

à VISTA ATé 3 MESES

DE 3 MESES A 1 ANO

DE 1 A 5 ANOS

MAIS DE 5 ANOS

INDETERMINADO OUTROS (1) TOTAL

AtivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais

250 - - - - - - 250

Disponibilidades em outras instituições de crédito

1.010.666 - - - - - - 1.010.666

Aplicações em instituições de crédito

- - 2.618.743 22.149 - - - 2.640.892

Crédito a clientes - 3.048.415 11.040.546 149.254.433 110.480.470 16.953.884 9.724.887 300.502.635

1.010.916 3.048.415 13.659.289 149.276.582 110.480.470 16.953.884 9.724.887 304.154.443

PassivoRecursos de outras instituições de crédito

- 81.209 844.089 57.425.591 181.796.970 - (28.715) 240.119.144

Gap de liquidez 1.010.916 2.967.206 12.815.200 91.850.991 (71.316.500) 16.953.884 9.753.602 64.035.299

1) - A Coluna “Outros” inclui juros a receber e a pagar e valores já recebidos ou pagos que estão a ser diferidos.

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro corresponde ao risco do justo valor ou dos cash-flows futuros de um instrumento financeiro sofrerem flutuações em virtude de alterações nas taxas de juro de mercado.

Avaliação do risco

O risco de taxa de juro encontra-se acautelado, uma vez que a carteira de crédito é composta com taxa indexada e adicionalmente possui uma margem bastante confortável relativamente às linhas de crédito em vigor. No caso de haverem alterações substanciais podem ser despoletados mecanismos de cobertura adequados, conjuntamente com o BBVA Portugal.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o tipo de exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:

126

Relatório & Contas 2014

A análise de sensibilidade das variações na taxa de juro de referência (Euribor), tem como objetivo avaliar a exposição da Sociedade ao risco de taxa de juro e a sua capacidade de absorção de variações adversas nas taxas de juro às quais se encontra exposta, dado que uma elevada percentagem dos ativos e passivos estão sujeitos a flutuações nas taxas de juro, e eventuais movimentos adversos das mesmas poderão condicionar negativamente os resultados ou o seu capital.

Neste sentido, a metodologia de análise tem como base a deslocação paralela da taxa de juro, através de um choque nas taxas de juro das operações passivas e ativas. A metodologia de cálculo consiste na análise de sensibilidade das carteiras, ativa e passiva, às variações da taxa de juro de referência (Euribor). O choque nos indexantes de referência (Euribor) apenas tem impacto nos ativos ou passivos a taxa variável, verificando-se esse impacto apenas após a data de repricing. Dado que se trata de uma análise de sensibilidade em que só varia um fator de risco, assume-se que as posições com exposição ao risco de taxa de juro se mantêm ao longo do ano. Com base nesta metodologia, uma subida da taxa de juro base em 0,5%, teria um impacto positivo na situação patrimonial da Sociedade de, aproximadamente, 161.748 Euros (impacto positivo de, aproximadamente, 128.239 Euros, em 31 de dezembro de 2013).

2014

NÃO SUJEITO A TAxA DE JURO

TAxA FIxA TAxA VARIáVEL

TOTAL

AtivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 250 - - 250Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 8.119.682 8.119.682Aplicações em instituições de crédito - 22.149 - 22.149Crédito a clientes - 84.355.364 179.255.150 263.610.514

250 84.377.513 187.374.832 271.752.595

PassivoRecursos de outras instituições de crédito - (84.443.441) (116.949.740) (201.393.181)

250 (65.928) 70.425.092 70.359.414

2013

NÃO SUJEITO A TAxA DE JURO

TAxA FIxA TAxA VARIáVEL

TOTAL

AtivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 250 - - 250Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.010.666 1.010.666Aplicações em instituições de crédito - 2.640.892 - 2.640.892Crédito a clientes - 107.214.922 193.287.713 300.502.635

250 109.855.814 194.298.379 304.154.443

PassivoRecursos de outras instituições de crédito - (108.176.539) (131.942.605) (240.119.144)

250 1.679.275 62.355.774 64.035.299

127

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Justo valor

O justo valor tem por base os preços de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, como acontece, por exemplo, no caso do crédito concedido a clientes, o justo valor é calculado com recurso a modelos internos, assentes na técnica de desconto de cash-flows, utilizando as taxas de juro contratadas pela Sociedade durante o último mês do ano.

Deste modo, os principais pressupostos utilizados no apuramento do justo valor são os seguintes:

• Para cálculo do justo valor, a Sociedade, dividiu a sua carteira de crédito concedido a clientes, tendo em conta as classes homogéneas segundo o tipo de bem financiado (Concessionários, Equipamento, Frota, Usados, Cartões e Revolving).

• Foram calculadas, para cada classe homogénea, taxas de juro nominais médias, para operações negociadas no último mês do ano.

• O cálculo do justo valor foi efetuado operação a operação, sendo numa primeira fase feita uma projeção do cash-flow com base nas condições contratuais e no valor dos indexantes a 31 de dezembro de 2014, seguindo-se uma atualização dos cash-flows à taxa nominal média das operações realizadas em dezembro de 2014.

• No caso do crédito vencido, considerou-se que o valor de balanço líquido de provisões para crédito vencido (2.199.202 Euros – Nota 3), constitui uma aproximação ao seu justo valor.

Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor da carteira de crédito concedido em 31 de dezembro de 2014, é inferior ao valor bruto contabilístico (237.231.909 Euros - Nota 3), em aproximadamente 150.193 Euros. Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor da carteira de crédito concedido é inferior ao valor bruto contabilístico (273.823.864 Euros – Nota 3), em aproximadamente 2.443.441 Euros. Esta comparação não considera as provisões para riscos gerais de crédito, que em 31 de dezembro de 2014 e 2013 ascendem a respetivamente, 3.387.406 Euros e 3.875.575 Euros (Nota 3).

No caso dos recursos de outras instituições de crédito, a metodologia de apuramento do seu justo valor, foi:

• Para os empréstimos de médio e longo prazo, o cálculo do justo valor foi efetuado operação a operação, sendo numa primeira fase feita uma projeção do cash-flow com base nas condições contratuais, seguindo-se uma atualização dos cash-flows à taxa média das operações realizadas no último trimestre de 2014.

• Para o cálculo do Fair Value da carteira de funding a taxa fixa, a taxa de atualização utilizada é calculada de acordo com a taxa de juro nominal média, ponderada pelo capital em dívida à data dos contratos realizados nos 3 meses anteriores à data de referência;

128

Relatório & Contas 2014

• Para os empréstimos a taxa variável, a taxa de atualização utilizada é calculada de acordo com a taxa de juro nominal média, ponderada pelo capital em dívida à data, dos contratos realizados nos 3 meses anteriores à data de referência.

Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor dos recursos de outras instituições de crédito em 31 de dezembro de 2014, é superior ao valor bruto contabilístico (201.393.181 Euros – Nota 8), em aproximadamente 6.122.976 Euros. Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor dos recursos de outras instituições de crédito, é inferior ao valor bruto contabilístico (240.119.144 Euros – Nota 8), em aproximadamente 18.426.615 Euros.

22. PROVEITOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS E LINHAS DE NEGÓCIO

Todos os proveitos gerados pela atividade da BBVA IFIC nos exercícios de 2014 e 2013 resultaram de operações realizadas em Portugal. Por outro lado, no que se refere ao modelo de segmentação por linhas de negócio anexo à Instrução nº 11/2003, do Banco de Portugal, a atividade da BBVA IFIC enquadra-se integralmente no âmbito da categoria denominada de “Banca comercial”.

23. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, e a reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constantes do balanço naquela data, apresenta-se da seguinte forma:

2014 2013Numerário 250 250Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 8.119.682 1.010.666

8.119.932 1.010.916

Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade dispunha de um depósito a prazo junto do Banco Bilbao Viscaya & Argentaria, S.A. para cobertura de risco de taxa de juro dos contratos de crédito a taxa fixa, no montante de 22.149 Euros. Esta aplicação tem vencimento em 27 de julho de 2015 e vence juros à taxa anual fixa de 2,204%. Em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade dispunha de dois depósitos a prazo junto do Banco Bilbao Viscaya & Argentaria, S.A. para cobertura de risco de taxa de juro dos contratos de crédito a taxa fixa, nos montantes de 2.468.913 Euros e 171.979 Euros. A maturidade das referidas aplicações era de 44 meses e 75 meses, respetivamente. Estes depósitos venciam juros à taxa anual fixa de 2,450% e 2,204%, respetivamente.

129

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

24. GESTÃO DE CAPITAL

Os procedimentos adotados para o cálculo dos rácios e limites prudenciais da Sociedade são os que resultam das disposições emanadas do Banco de Portugal, de modo semelhante ao que se verifica para todas as questões que se insiram no âmbito das funções de supervisão do sistema bancário. Essas normas representam o enquadramento legal e regulamentar das diversas matérias de natureza prudencial.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos fundos próprios da Sociedade apresenta-se de seguida:

2014 2013Capital 29.903.045 29.903.045Reservas e resultados transitados 14.160.830 13.972.377Imobilizações incorpóreas - -Fundos próprios de base 44.063.875 43.875.422Fundos próprios complementares - -Deduções - -

Fundos próprios totais 44.063.875 43.875.422

Requisitos de Fundos PrópriosAtivos ponderados 184.706.120 215.254.079Extrapatrimoniais ponderadas - -Outros riscos ponderados - -Ativos ponderados totais (Risco de crédito) 184.706.120 215.254.079

8% 8%Requisitos de Fundos próprios para Risco de crédito 14.776.490 17.220.326Requisitos de Fundos próprios para Risco operacional 1.808.913 2.007.415

Requisitos de Fundos próprios totais 16.585.403 19.227.741

Rácio de solvabilidade 21,3% 18,3%

130

Relatório & Contas 2014

25. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Honorários faturados pelo Revisor Oficial de Contas

Os honorários totais faturados no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 pelo Revisor Oficial de Contas ascenderam a 143.137 Euros, sendo detalhados conforme se segue:

Revisão legal das contas anuais 50.021Outros serviços de garantia de fiabilidade 64.826Consultoria fiscal 28.290

143.137

Seguros

A Sociedade para além da sua atividade principal consentida às Instituições Financeiras de Crédito, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 186/2002, de 21 de agosto, nomeadamente a prática de todas as operações permitidas aos bancos, com exceção da receção de depósitos, exerce também a atividade de Mediação de Seguros, estando registada no I.S.P. na categoria de Mediador de Seguros Ligado com o nº 207231498.

Conforme requerido pela norma ISP nº. 15/2009, de 30 de dezembro, artigo 4º, apresenta-se em seguida a informação que se aplica à Sociedade:

Alínea a) - Reconhecimento dos proveitos e dos custos

As políticas seguidas pela Sociedade no reconhecimento dos proveitos e custos com comissões encontram-se descritas na Nota 1.2. i).

Alínea b) - Total das remunerações recebidas, desagregadas por natureza e por tipo:

2014

COMISSõES HONORáRIOS OUTRAS REMUNERAÇõESNatureza - Numerário 431.727 - -Natureza - Espécie - - -

2013

COMISSõES HONORáRIOS OUTRAS REMUNERAÇõESNatureza - Numerário 704.390 - -Natureza - Espécie - - -

131

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Alíneas c) e d) - Total de comissões desagregadas por ramos e por seguradores

2014

EMPRESA DE SEGUROS RAMO VIDA OUTROS RAMOS NÃO VIDA

TOTAL

Liberty Seguros 341.474 3 341.477Mapfre Asistencia - 15.333 15.333Cardif Assurance Vie (8.917) - (8.917)Cardif Assurances Risques Divers - (4.683) (4.683)AxA Portugal - 88.517 88.517

332.557 99.170 431.727

2013

EMPRESA DE SEGUROS RAMO VIDA OUTROS RAMOS NÃO VIDA

TOTAL

Liberty Seguros 624.004 3.141 627.145Mapfre Asistencia - 36.274 36.274Cardif Assurance Vie 4.248 - 4.248Cardif Assurances Risques Divers - (2.197) (2.197)AxA Portugal - 38.920 38.920

628.252 76.138 704.390

Alínea e)

Não se aplica – Na qualidade de Mediador de Seguros Ligado, a Sociedade não tem poderes de cobrança, pelo que os prémios dos seguros são pagos na totalidade pela Sociedade (enquanto Tomador de Seguro) diretamente ao Segurador.

Alínea f) – Total das remunerações a receber, desagregadas por natureza e por tipo

2014

COMISSõES HONORáRIOS OUTRAS REMUNERAÇõES

Natureza - Numerário 86.604 - -Natureza - Espécie - - -

2013

COMISSõES HONORáRIOS OUTRAS REMUNERAÇõESNatureza - Numerário 176.332 - -Natureza - Espécie - - -

132

Relatório & Contas 2014

Alíneas g) - Total de comissões a receber desagregadas por ramos e por seguradores

2014

RAMO VIDA OUTROS RAMOS NÃO VIDA TOTAL

AxA Portugal - 21.957 21.957Liberty Seguros 54.423 2.241 56.664Mapfre Asistencia - 10.978 10.978Cardif Assurances Risques Divers - (1.402) (1.402)Cardif Assurance Vie (1.593) - (1.593)

52.830 33.774 86.604

2013

RAMO VIDA OUTROS RAMOS NÃO VIDA TOTAL

AxA Portugal - 98.452 98.452Liberty Seguros 74.512 274 74.786Mapfre Asistencia . 4.256 4.256Cardif Assurances Risques Divers . (3.304) (3.304)Cardif Assurance Vie 2.142 - 2.142

76.654 99.678 176.332

Alíneas h, i), j), k) e l)

Não se aplicam à Sociedade.

Divulgações qualitativas

a) Política de gestão de risco de crédito (incluindo gestão do risco de concentração)

Políticas ContabilísticasAs políticas contabilísticas associadas ao crédito e às respetivas provisões encontram-se descritas na Nota 1.2. alíneas a) e b).

Gestão de Risco de CréditoO Risco de Crédito corresponde ao risco da contraparte de um instrumento financeiro causar uma perda financeira à Sociedade em resultado de incumprimento das obrigações.

133

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Atualmente, todas as propostas oriundas de qualquer tipo de Negócio detêm um Modelo de Scoring associado, facto que permite um maior controlo e homogeneidade de aplicação dos critérios de Risco, como também a captura de informação relevante para estudos posteriores ou reestimações de modelos matemáticos. Por outro lado, uma equipa de analistas de crédito detém a responsabilidade de decidir todas as propostas que não tenham sido decididas por Scoring ou efetuar, se bem fundamentados, os respetivos overrides.

Estão definidos vários níveis de autorização (delegação de Poderes), em função das habilitações e da experiência anterior do colaborador, existindo operações cuja decisão final tem de ser tomada em Comité com a participação da Administração.

O controlo do risco de crédito é assegurado através do acompanhamento diário dos limites que estão autorizados, quer sejam estabelecidos pelos órgãos de gestão ou pelas entidades de supervisão.

Por outro lado, a Sociedade classifica, para efeitos de gestão interna, todos seus clientes da seguinte forma:

• “Perigoso” - clientes que tenham contratos com classificação do Banco de Portugal superior à classe 2 (saldo vencido há mais de 90 dias);

• “Preocupante” - clientes que tenham contratos com saldo vencido há mais de 30 dias (classe 1 do Banco de Portugal) ou que tenham tido, nos últimos 6 meses, duas ou mais rendas pagas com atraso superior a 30 dias;

• “A vigiar” - clientes que tenham tido nos últimos 12 meses duas ou mais rendas com atraso superior a 30 dias.

Ao longo dos últimos anos, a Gestão do Risco de Crédito tem sido, de forma consistente, pautada pelo rigor na seleção dos canais de distribuição, prudência na admissão do risco, antecipação às alterações de mercado e uma segregação funcional entre as Direções Comercias e a Direção Financeira e Risco.

Na sua gestão e, no exercício transato, destaca-se:

• Orientação e focalização no negócio core da sociedade (financiamento automóvel);• Maior exigência ao nível dos dados para análise da solvabilidade do cliente final e das garantias contratadas;

• Validação e confirmação prévia dos dados das propostas e controle de fraudes;• Redução da exposição média por cliente, com focalização do negócio no financiamento a particulares;

• Exposição praticamente nula a produtos de financiamento de tesouraria, nomeadamente financiamento de stocks e adiantamentos à produção.

134

Relatório & Contas 2014

Em resultado de uma gestão rigorosa da carteira de crédito, o ano de 2014 ficou marcado por:

• Um forte esforço na constituição e antecipação de provisões para cobertura de riscos de delinquência da carteira, totalmente suportado pela margem de exploração da sociedade;

• Antecipação de incumprimento e saneamentos em clientes de maior risco;• Ampla cobertura com provisões e colaterais;• Rácios de incumprimento nos vários segmentos de negócio que se comparam de forma extraordinariamente favorável com o mercado.

Em suma, a BBVA IFIC carateriza-se atualmente como tendo uma postura prudente na Gestão do Risco de Crédito e considera que o seu sistema de gestão deste risco é adequado às necessidades despoletadas pela execução das estratégias de negócio.

Por outro lado, a Direção Financeira e Risco encontra-se responsável pela admissão e seguimento do crédito e, como suporte, são utilizados Modelos de Scoring e um Modelo de cálculo das perdas por Imparidade.

O modelo de governação deste Risco encontra-se assente em manuais, onde se encontram definidos todos os processos, procedimentos e técnicas de identificação, avaliação, acompanhamento e controlo do risco de crédito.

Acresce referir que, a Sociedade considera que a avaliação do risco de crédito é suficiente face à estratégia de negócio empreendida, salientando a:

• Existência de procedimentos de avaliação das perdas inesperadas (exercício do ICAAP);• Existências de técnicas complementares de quantificação do impacto/magnitude das perdas potenciais (exercícios de Stress Tests e Reverse Stress Tests).

Risco de Concentração

Modelo de Governação

À semelhança dos restantes Riscos e, sendo a gestão do Risco de Concentração um tema transversal à BBVA IFIC, definiu-se um modelo que procura garantir, no curto prazo, a sua exequibilidade e uma visão e gestão integradas e a médio prazo a incorporação dos resultados obtidos na gestão diária da Sociedade.

Definição

Entende-se por Risco de Concentração de Crédito uma exposição, ou grupo de exposições em Risco, com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da Sociedade ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em particular, o Risco de Concentração de Crédito decorre da existência de fatores de Risco comuns ou correlacionados entre diferentes Clientes, de tal modo que a deterioração daqueles fatores implica um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada um daqueles Clientes.

135

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

• Exposições significativas a um Cliente individual, ou grupo relacionado – Single name concentration risk;

• Exposições significativas a grupos de Clientes cuja probabilidade de entrarem em incumprimento resulta de fatores subjacentes comuns;

• Exposições de crédito indiretas, resultantes da aplicação de técnicas de redução de Risco. [Risco não aplicável à Sociedade]

Tal como para os outros Riscos, também a eficácia da Gestão deste Risco depende da existência de um processo de identificação dos fatores, internos e externos à Sociedade, que possam afetar a sua capacidade para implementar a estratégia ou atingir os objetivos definidos.

Para efeitos de Risco de Concentração, considera-se que o mesmo é materialmente relevante se, e só se, o somatório da Exposição total direta bruto de Provisões dos 20 maiores Clientes ou Grupos de Clientes (medidos sob a mesma variável) for superior a 8% do valor total dos Ativos da Sociedade.

Em dezembro de 2014, a percentagem correspondente ao somatório da Exposição total direta bruto de Provisões dos 20 maiores Clientes/Grupos de Clientes correspondia a 1,6% do valor total de Ativos da BBVA IFIC.

Não obstante o facto de o Risco não ser materialmente relevante, a Sociedade procura incorporar na sua estratégia, como limites de referência relativamente aos Setores de Atividade Económica, os valores correspondentes ao benchmark construído a partir da informação do total de crédito concedido pela globalidade do sistema financeiro português divulgada pelo Banco de Portugal (Estatísticas Monetárias e Financeiras).

Por outro lado, caso se verifique a existência materialmente relevante do Risco de Concentração, a Sociedade procederá à implementação de medidas de mitigação do mesmo.

Avaliação

O processo de avaliação de riscos da BBVA IFIC encontra-se suportado por análises, qualitativas e/ou quantitativas, baseadas em metodologias adequadas à natureza e magnitude do risco e à complexidade e dimensão da atividade desenvolvida.

Controlo

As atividades de Controlo deste Risco deverão ser asseguradas em duas plataformas

inter-relacionadas: Admissão e Acompanhamento.

136

Relatório & Contas 2014

Controlo - Admissão

Na fase de Admissão do Risco de Crédito, o controlo do Risco de Concentração é assegurado pela existência de:

• Delegações: a existência de diferentes Delegações promove um controlo adequado e prudente deste Risco, na medida em que a aprovação de montantes elevados obriga à análise por parte de diferentes níveis hierárquicos;

• Plafonds: a atribuição de Plafonds a Cliente(s) ou Grupo(s) de Clientes é feita com base em análises consubstanciadas num documento que é sujeito a aprovação mediante o esquema de Delegações vigente;

• Alertas: todas as análises de Risco são efetuadas através de um documento interno (ADO) que inclui sempre, entre muitas outras informações, o valor do Limite do Plafond atribuído e a respetiva data de validade e que permite ao Analista a sua visualização imediata;

• Comité Técnico de Operações: trata-se de um eficaz mecanismo de Controlo, uma vez que, para além das habituais análises de Operações que superem um determinado valor (de acordo com o esquema de Delegações), também promove o debate com diversas unidades de estrutura relativamente à concessão de Crédito a Clientes ou Grupos Económicos de Clientes.

Controlo – Acompanhamento

As atividades de Controlo deste Risco são asseguradas, operacionalmente, pela Direção de Financeira e Risco, Direção Assessoria Jurídica, Contencioso e Recuperações e pela Direção Comercial em sede de Comité Técnico de Operações.

Assim, sempre que se verifique uma existência de Risco de Concentração desajustado do seu perfil, as Unidades de Estrutura supracitadas procedem, em sede de Comité Técnico de Operações a:

• Uma análise mais detalhada da exposição a um determinado fator de Risco;• Revisão do desempenho e capacidade económico-financeira de determinados Clientes/Grupos de Clientes;

• Proposta de revisão das Políticas de Aprovação de novos créditos;• Proposta de revisão dos métodos e técnicas adotadas para a redução deste Risco, com destaque para os aspetos ligados à valorização e ao vínculo jurídico.

Por outro lado e, periodicamente, este Comité reúne e analisa os resultados dos Relatórios de Avaliação, tendo em vista as possibilidades de procedimentos mencionados no parágrafo anterior.

137

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

b) Política de Write-Off de créditos

Sempre que existam Write-off’s, o Responsável da Direção Financeira deverá enviar para a Contabilidade, via email, uma listagem com o detalhe de todos os write-off’s a efetuar. A referida listagem tem informação dos contratos em causa por centro de custo. A contabilização dos write-off’s é efetuada pela Área de Informática de forma automática. O colaborador da AC deverá imprimir a listagem recebida e comparar com os lançamentos contabilísticos efetuados.

Após impressão e assinatura da nota de lançamento da aplicação Lease, o colaborador da AC deverá proceder ao seu arquivo juntamente com a listagem previamente impressa.

O tratamento dos write-off’s é efetuado segundo os procedimentos contabilísticos. O Modelo de Imparidade não calcula Imparidade para esta tipologia de créditos, no entanto, os mesmos são mantidos nas séries históricas utilizadas na prossecução do cálculo dos Fatores de Risco.

c) Política de reversão de imparidade

Não são efetuadas reversões nos Contratos/Clientes/Grupos de Clientes do Modelo de Imparidade. Caso se efetue esse procedimento, deverá ser aprovado em sede de Comité de Gestão de Riscos. Todas as restantes reversões de provisões possíveis deverão ser efetuadas de acordo com os procedimentos contabilísticos vigentes.

d) Política de conversão de dívida em capital do devedor

Não aplicável à Sociedade.

e) Descrição das medidas de reestruturação aplicadas e respetivos riscos associados, bem como os mecanismos de controlo e monitorização dos mesmos

Quando existem indícios de dificuldades financeiras de um cliente ou mesmo situações de incumprimento, a BBVA IFIC pode apresentar soluções para reestruturação dos contratos, com o objetivo de adequar os encargos do financiamento aos rendimentos ou proveitos do cliente.

Estas situações, que passam frequentemente por uma extensão do prazo do contrato, significam uma alteração ao risco de crédito que lhe está associado pelo que carecem sempre de uma autorização prévia por parte da área de Recuperações (DAJUCR), seja pela área de Risco & Prevenção de Fraude (DFR).

Na BBVA IFIC existem 3 tipologias diferentes de situações em que são efetuadas reestruturações financeiras, para as quais se definiram “produtos” específicos, dado que têm condições de aplicação diferenciadas:

Produto Solução I – aplicado na reestruturação de contratos em que à data da alteração financeira não existem situações de incumprimento. A aprovação destas alterações é

138

Relatório & Contas 2014

efetuada pela área de Risco & Prevenção de Fraude (DFR);

Produto Solução II – aplicado na reestruturação de contratos em que à data da alteração financeira existem situações de incumprimento por um prazo inferior a 90 dias. A aprovação destas alterações é efetuada pela área de Recuperações (DAJUCR);

Produto Resgate – aplicado na reestruturação de contratos em que à data da alteração financeira existem situações de incumprimento por um prazo superior ou igual a 90 dias. A aprovação destas alterações é efetuada pela área de Recuperações (DAJUCR).

f) Descrição do processo de avaliação e de gestão de colaterais

A avaliação de colaterais é feita mediante a informação proveniente da base de dados Eurotax.

g); h); i); j); k); l) Natureza dos principais julgamentos, estimativas e hipóteses utilizados na determinação da imparidade

As provisões registadas contabilisticamente correspondem à aplicação das percentagens definidas pelo Banco de Portugal para créditos vencidos, de cobrança duvidosa e em situação normal, sendo complementadas por provisões constituídas acima destes montantes mínimos, quando considerado adequado.

A Sociedade detém uma metodologia de cálculo de perdas por imparidade no âmbito da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS). Neste sentido, e dando cumprimento às linhas de orientação definidas pelo IAS 39, a imparidade estimada resulta da diferença entre o valor de balanço dos créditos em imparidade e o respetivo cash-flow esperado atualizado, sendo utilizadas as taxas de juro dos créditos no desconto financeiro.

O cálculo das perdas por imparidade foi efetuado segundo duas metodologias complementares, existindo operações de crédito sujeitas a análise individual e operações de crédito sujeitas a análise coletiva.

Para efeitos da análise individual, a Sociedade considerou os clientes ou grupos de clientes com uma exposição total superior a 375.000 Euros. Este montante corresponde ao limite a partir do qual o crédito é obrigatoriamente sujeito a aprovação pelo Comité Técnico de Operações.

Para os clientes para os quais são identificados indícios de imparidade, a expetativa de recuperação futura foi apurada pelos analistas de risco de recuperação, tendo em consideração a sua experiência, a exposição do cliente e o valor de mercado do equipamento associado. Foram ainda consideradas as informações constantes na central de risco do Banco de Portugal (mora, contencioso, créditos abatidos ao ativo e renegociações), informação de incidentes obtida junto da Credinformações (ações judiciais contra o cliente), classificação interna do cliente (“perigoso”, “preocupante” e “a vigiar”) e incidentes internos (incumprimentos e/ou default nos últimos 12 meses). A imparidade atribuída consistiu na diferença entre o valor de balanço e a expetativa de recuperação total.

139

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Os clientes não incluídos na análise individual, bem como os clientes para os quais não sejam apuradas perdas por imparidade ao nível da análise individual, são incluídos numa análise coletiva.

Para este efeito a carteira de crédito concedido foi segmentada nos seguintes grupos de operações (grupos homogéneos):

• Concessionários Novos; • Concessionários Usados; • Frotas; • Equipamento; • Opera; • Consumo/Revolving;

As responsabilidades totais por cliente dentro de cada um destes segmentos foram divididas em três subsegmentos, com base na situação de incumprimento:

• Clientes com incumprimento superior a 90 dias (operações em default): O cash-flow esperado corresponde ao valor em dívida dos créditos multiplicado pelas expetativas de recuperação futuras descontadas à taxa de juro dos contratos. As expetativas futuras de recuperação correspondem ao complementar da Loss Given Default (LGD);

• Clientes com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias (operações com indícios de imparidade): a imparidade é determinada com base na probabilidade destas operações ultrapassarem os 90 dias de incumprimento (Probability of Default – PD), e nas expetativas de recuperação futuras. Em ambos os casos os cash-flows serão descontados às taxas de juro dos respetivos contratos. Este subsegmento inclui também, todos os clientes classificados internamente como “A vigiar” ou “Preocupante”, mesmo que não apresentem incumprimento;

• Crédito sem incumprimento: os cash-flows esperados resultam da aplicação do método descrito para os créditos com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias. No entanto, para efeito da determinação da imparidade, o diferencial entre o valor de balanço do crédito e o cash-flow esperado obtido com base no método descrito para o segmento anterior foi multiplicado pela probabilidade de entrada em indício no horizonte temporal de 6 meses (Probabilidade de indício – PI).

As expetativas futuras de recuperação após incumprimento aos 90 dias são obtidas através da análise histórica do comportamento de um conjunto de operações iniciadas num determinado intervalo de tempo com uma determinada profundidade.

Adicionalmente, a Sociedade incorporou no modelo uma estimativa de custos externos a incorrer com a recuperação por via de contencioso, assente num estudo de periodicidade anual.

Os fatores de risco são atualizados anualmente com referência a 30 de junho de cada ano, e a metodologia utilizada na determinação dos Fatores de Risco que determinam o cálculo do cash-flow esperado, ou seja, PD, PI e LGD é a seguinte:

140

Relatório & Contas 2014

Probabilidade de Default (PD)

Para efeitos do cálculo das PD’s consideram-se em situação de incumprimento todas as operações que, segundo os registos internos da Sociedade, apresentem morosidade igual ou superior a 30 dias e dívida superior a 50 Euros. A avaliação efetuada visa calcular a probabilidade destas operações ultrapassarem os 90 dias em incumprimento, tendo em consideração o período de tempo decorrido desde a ocorrência do incumprimento.

São calculadas curvas diferentes de probabilidades de default, em cada grupo homogéneo de risco, consoante os clientes tenham ou não tido default no passado. Probabilidade de Indício (PI)

A avaliação efetuada visa calcular a probabilidade de operações sem incumprimento/indício passarem a uma situação de Indício. O cálculo é efetuado tendo por objetivo determinar qual a probabilidade de ocorrer essa migração num determinado Período de emergência.

São calculadas curvas diferenciadas de probabilidades de Indício para cada grupo homogéneo de risco, consoante os clientes tenham ou não tido indícios ou default no passado. Perda em caso de incumprimento (Loss Given Default – LGD)

As expetativas futuras de recuperação podem materializar-se através de cobranças posteriores ao incumprimento aos 90 dias (recuperação “normal”) e/ou da retoma dos bens objeto de contrato de leasing e crédito e subsequente alienação (recuperação “contenciosa”).

As expetativas de recuperação são calculadas para cada segmento a partir das cobranças registadas na aplicação informática de contabilidade com natureza de capital e juros, excluindo outras despesas.

Para cada grupo homogéneo de risco, são calculadas curvas de LGD’s distintas. As LGD’s são estimadas de forma diferenciada para cada Grupo Homogéneo.

Para o conjunto de operações que não se enquadrem nos Grupos Homogéneos definidos, o valor de Imparidade deverá ser igual ao valor das Provisões regulamentares de acordo com o Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

No caso de um Cliente ou Grupo de clientes apresentar contratos classificados em diferentes grupos homogéneos de risco, todos os contratos são classificados segundo o grupo de contratos que estiver na pior situação.

141

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

m) Descrição do(s) período(s) emergente utilizado para os diferentes segmentos e justificação da sua adequação

O Conselho de Administração da Sociedade considera adequado o período de emergência de 6 meses atendendo ao tipo de crédito concedido (financiamento automóvel e ao consumo), ao facto das prestações serem mensais e de não existirem carências.

n) Descrição detalhada do custo associado ao risco de crédito, incluindo divulgação das PD, EAD, LGD e taxas de cura

Ver alínea g)

o) Conclusões sobre as análises de sensibilidade ao montante de imparidade a alterações nos principais pressupostos

Efetuaram-se dois testes no âmbito da Análise de Sensibilidade sobre a Carteira de Crédito, de acordo com os seguintes pressupostos:

Cenário I

Simulação de um enquadramento que provoque um aumento acentuado da probabilidade de incumprimento dos clientes, com o agravamento das Probabilidades de Indício (PI) e das Probabilidades de Default (PDs) utilizadas no cálculo da Imparidade. A análise é efetuada através do recálculo da Imparidade com base nas PIs e PDs agravadas com um choque de 50%.

Cenário II

Simulação que reflete uma maior dificuldade nos processos de recuperação dos montantes em incumprimento.

Importa salientar que por desvalorização entende-se a queda do valor de mercado de uma garantia, a diminuição da capacidade da Instituição em convertê-la em liquidez e a diminuição da capacidade dos clientes de regularizar a situação quando não há garantias. O efeito dessa desvalorização foi materializado num agravamento das curvas de Loss Given Default (LGD) com um choque de 50%.

Conclusões

Os resultados das análises efetuadas enquadram-se dentro das expetativas. Confirma-se que o Modelo é mais sensível a uma variação no Parâmetro das LGD’s do que nas PD’s ou PI’s.A área de negócio mais sensível a um choque nas Probabilidades é a de Concessionários Novos. A área de negócio mais sensível a um agravamento na curva de LGD’s é a OPERA (negócio já descontinuado).

142

Relatório & Contas 2014

Divulgações quantitativas

a) Detalhe das exposições e imparidade constituída por segmento

2014

Exposição 31-12-2014 Provisões 31-12-2014

Exposição Total Crédito em Cumprimento

Do qual reestruturado

Crédito em Incumprimento

Do qual restruturado

Provisões Contabilísticas

Crédito em Cumprimento

Crédito em Incumprimento

SEGMENTOSConcessionários Novos 205.738.007 196.661.709 7.164.405 9.076.298 865.290 9.747.022 2.816.672 6.930.350Concessionários Usados 35.268.034 30.467.985 1.468.707 4.800.049 290.024 4.171.167 443.459 3.727.708Concessionários Frotas 5.072.939 4.822.880 185.704 250.060 11.643 257.956 62.115 195.842Equipamentos 5.863.346 2.843.440 607.780 3.019.906 833.933 2.951.283 40.805 2.910.287

Opera 367 - - 367 - 367 - 367Consumo 958.216 177.742 34.454 780.474 81.941 755.506 2.676 752.830Outros 1.013.573 860.416 640 153.158 - 150.424 5.318 145.105

Subtotal 253.914.482 235.834.172 9.461.690 18.080.310 2.082.831 18.033.725 3.371.045 14.662.680

Provisão económica - - - - - 5.306.120 - -

Total 253.914.482 235.834.172 9.461.690 18.080.310 2.082.831 23.339.845 3.371.045 14.662.680

2014

Exposição 31-12-2014

Provisões Contabilisticas

Provisões 31-12-2014

Exposição TotalCrédito em Cumprimento Crédito em Inumprimento Crédito em Cumprimento Crédito em Inumprimento

Sem Indícios Com Indícios Dias de atraso <=90

Dias de atraso >90

Sem Indícios Com Indícios Dias de atraso <=90

Dias de atraso >90

SEGMENTOSConcessionários Novos 205.738.007 187.349.869 9.311.841 308.977 8.767.320 9.747.022 2.680.197 139.475 4.299 6.926.051Concessionários Usados 35.268.034 27.854.128 2.883.857 130.285 4.669.763 4.171.167 401.871 41.588 1.884 3.725.823Concessionários Frotas 5.072.939 4.596.452 226.427 - 250.060 257.956 59.622 2.493 - 195.842Equipamentos 5.863.346 2.436.272 407.168 13.757 3.006.149 2.951.283 36.265 4.540 191 2.910.287Opera 367 - - - 367 367 - - - 367Consumo 958.216 132.571 45.171 4.249 776.224 755.506 1.954 722 64 752.766Outros 1.013.573 840.939 19.476 - 153.158 150.424 5.139 179 - 145.105

Subtotal 253.914.482 222.940.231 12.893.940 457.269 17.623.041 18.033.725 3.185.047 185.997 6.438 14.656.241

Provisão económica - - - - - 5.306.120 - - - -

Total 253.914.482 222.940.231 12.893.940 457.269 17.623.041 23.339.845 3.185.047 185.997 6.438 14.656.241

143

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

b) Detalhe da carteira de crédito por ano de produção e por segmento

2014

Concessionários Novos Concessionários Usados

Nº de Operações Exposição Provisões Nº de Operações

Exposição Provisões

ANO DE PRODUÇÃO<=2004 7 2.302 2.300 - - -

2005 44 104.321 95.640 - - -2006 145 548.515 423.756 29 144.560 126.4252007 446 1.975.071 1.134.207 110 544.166 420.8382008 1.663 7.469.194 1.991.844 461 2.472.458 1.069.0252009 3.794 20.369.050 2.238.379 707 4.104.258 1.233.7132010 4.293 26.970.402 1.156.849 748 4.904.549 444.7012011 4.155 31.481.072 884.639 760 6.176.043 490.7762012 3.955 35.926.943 689.140 641 5.341.963 195.9122013 2.831 33.268.163 493.258 519 4.699.493 79.7982014 3.340 47.622.974 637.010 640 6.880.544 109.978

Total 24.673 205.735.007 9.747.022 4.615 35.268.034 4.171.167

Concessionários Frotas Equipamentos

Nº de Operações Exposição Provisões Nº de Operações

Exposição Provisões

ANO DE PRODUÇÃO<=2004 - - - - - -

2005 - - - 10 156.817 150.6842006 - - - 27 543.529 542.8772007 11 73.390 59.406 53 582.516 531.1382008 26 141.240 49.536 108 1.114.626 641.9042009 47 266.055 27.723 114 1.388.215 907.8862010 59 354.926 39.049 81 678.564 143.2292011 123 775.304 26.247 58 891.313 17.1492012 105 957.925 24.304 28 254.929 12.9992013 89 1.214.681 15.334 8 50.073 6862014 86 1.289.419 16.357 16 202.764 2.731

Total 546 5.072.939 257.956 503 5.863.346 2.951.283

Opera Consumo

Nº de Operações Exposição Provisões Nº de Operações

Exposição Provisões

ANO DE PRODUÇÃO<=2004 - - - - - -

2005 - - - - - -2006 1 367 367 103 224.013 216.5032007 - - - 69 252.106 238.3582008 - - - 67 241.685 221.0542009 - - - 47 84.774 64.6782010 - - - 39 - -2011 - - - 53 - -2012 - - - 3 90.704 9.9822013 - - - - 53.867 4.5742014 - - - - 11.066 357

Total 1 367 367 381 958.216 755.506

144

Relatório & Contas 2014

Outros Total

Nº de Operações Exposição Provisões Nº de Operações

Exposição Provisões

ANO DE PRODUÇÃO<=2004 102 (132.594) 6.712 109 (130.292) 9.012

2005 50 1.526 15 104 262.664 246.3392006 92 2.145 227 397 1.463.129 1.310.1562007 98 2.111 29 787 3.429.360 2.383.9762008 222 26.046 1.391 2.547 11.465.249 3.974.7542009 2.711 384.299 71.473 7.420 26.596.651 4.543.8522010 293 57.637 11.273 5.513 32.966.077 1.795.1022011 1.658 179.418 34.245 6.807 39.503.150 1.453.0562012 1.704 123.048 14.388 6.436 42.695.512 946.7252013 2.306 252.518 8.545 5.753 39.538.795 602.1952014 748 117.419 2.125 4.830 56.124.186 768.559

Total 9.984 1.013.573 150.424 40.703 253.914.482 18.033.725

Provisão Económica 5.306.120

c) Detalhe do valor da exposição bruta de crédito e imparidade avaliada individualmente e coletivamente, por segmento, setor, geografia

Por setor de atividade

Setores de Atividade

Agricultura Comércio Construção Indústria Outros Particulares Total

Base Exposição Provisões Exposição Provisões Exposição Provisões Exposição Provisões Exposição Provisões Exposição Provisões Exposição Provisões

Total 804.741 255.963 13.204.212 2.020.923 3.751.961 1.515.360 4.079.040 448.317 18.088.661 2.062.009 213.985.867 11.731.152 253.914.482 18.033.725

Provisão Económica 5.306.120

Por geografiaA atividade da Sociedade é desenvolvida em Portugal.

31-12-2014

Crédito em Cumprimento Crédito em Inumprimento Total

MedidaNº

OperaçõesExposição Provisões Nº

OperaçõesExposição Provisões Nº

OperaçõesExposição Provisões

Extensão de Prazo 1.209 9.461.690 134.716 248 2.082.831 1.417.708 1.457 11.544.521 1.552.424

Total 1.209 9.461.690 134.716 248 2.082.831 1.417.708 1.457 11.544.521 1.552.424

As alíneas e), f), g), h), i) e j) não são aplicáveis à Sociedade

23.339.845

23.339.845

d) Detalhe da carteira de reestruturados por medida de reestruturação aplicada

PB146146

147PB 147

AnexosANEXO 1

Certificação Legal das Contas

ANEXO 2

Relatório e Parecer do Fiscal Único

ANEXO 3

Política de Remunerações do Grupo BBVA

149

152

155

PB148

149

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Anexo 1

Certificação Legal das Contas

149

Anexo 2

Relatório e Parecerdo Fiscal Único

152

Anexo 3

Política de Remuneraçõesdo Grupo BBVA

155

CAPÍTULO IPolítica de Remunerações do Grupo BBVA

1. Enquadramento

2. Princípios gerais da Política Retributiva

3. Estrutura do sistema Retributivo

3.1 Remuneração Fixa

3.2 Remuneração Variável

3.2.1 Modelo de Retribuição Variável

3.2.2 Sistema de liquidação da Retribuição Variável Anual

4. Alinhamento com os interesses dos Acionistas e gestão

prudente de risco

5. Comissão de Remunerações

CAPÍTULO IIPolítica de Remunerações da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

1. Política retributiva aplicável aos membros executivos do

Órgão de Administração Remunerados pela Sociedade

2. Política retributiva aplicável aos Colaboradores que, não sendo

membros do Órgão de Administração ou Fiscalização, auferem

uma remuneração variável e exercem a sua atividade profissional

no âmbito das funções de Controlo previstas no Aviso 5/2008 do

Banco de Portugal, exercem outra atividade profissional que possa

ter impacto material no perfil de risco da Sociedade, ou

situações em que eventualmente a sua remuneração os coloque

no mesmo escalão de remuneração que os membros do Órgão

de Administração ou Fiscalização

2.1 Política Retributiva específica para os colaboradores que

exercem a sua atividade profissional no âmbito das funções

de controlo previstas no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal

2.2 Política Retributiva específica para os colaboradores que

exercem outra atividade profissional que possa ter impacto

material no perfil de risco da Sociedade

2.3 Política Retributiva específica para os colaboradores cuja

remuneração os coloque no mesmo escalão de remuneração

que os membros do Órgão de Administração

3. Comissão de Remunerações

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Índice

CAPÍTULO IIIDeclaração sobre Política de Remuneração

1. Introdução

2. Princípios gerais da Política Retributiva

3. Remuneração dos órgãos de administração e fiscalização

4. Informação Quantitativa

CAPÍTULO IVPolítica retributiva aplicável aos membros executivos do Órgão

de Administração da Sociedade BBVA Instituição Financeira de

Crédito, S.A. que desempenhem funções ou cargos em outras

Entidades do Grupo BBVA e sejam por estas remunerados

CAPÍTULO V Política retributiva aplicável aos membros não executivos do

Órgão de Administração da Sociedade BBVA Instituição

Financeira de Crédito, S.A. que desempenhem funções ou

cargos em outras Entidades do Grupo BBVA e sejam por estas

remunerados

CAPÍTULO VI Sistema Retributivo do Órgão de Fiscalização da

Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Ficha Técnica

Índice

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Relatório & Contas 2014

CAPÍTULO I POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DO GRUPO BBVA

1. Enquadramento

A Política de Remunerações da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. está alinhada com as políticas de remuneração definidas de forma centralizada pelas áreas globais do Grupo BBVA, aplicando-se-lhe os Princípios Gerais adotados corporativamente e que estão devidamente publicados na Política de Remunerações dos Conselheiros do BBVA.

O Conselho de Administração do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A. (BBVA ou “Casa-Matriz”) aprovou no passado dia 3 de fevereiro de 2015 o Relatório sobre a Política de Remunerações dos Conselheiros do BBVA assim como a política do “coletivo sujeito” para os exercícios 2015, 2016 e 2017 que lhe havia submetido a Comissão de Remunerações, tendo-se acordado também, que o mesmo fosse submetido a votação na Junta Geral de Acionistas de 13 de março de 2015. O Relatório foi aprovado com 95,41% dos votos emitidos e encontra-se disponível na página Web do Banco ( www.bbva.com ).

Nesta conformidade e, dentro do enquadramento regulamentar aplicável, entendeu a Casa-Matriz, serem as linhas mestras e princípios vertidos em tais políticas, de aplicação a todos os países onde o BBVA esteja estabelecido, maxime à BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A..

Desta forma, os princípios gerais referidos na política retributiva do BBVA aplicar-se-ão às sociedades filiais conforme decorre do exposto da Diretiva CRDIV.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

2. Princípios gerais da Política Retributiva

Em total concordância com as orientações definidas pelo Grupo BBVA em matéria de remunerações, a Sociedade considera a política de remuneração como um elemento chave para a criação de valor. Para tal, adota um sistema retributivo avançado, baseado na criação recíproca de valor para os colaboradores e para a Sociedade, alinhado com os interesses dos acionistas e subordinado a uma gestão prudente do risco, que acolhe os seguintes princípios:

• Criação de valor a longo prazo;• Recompensa pela consecução de resultados baseados numa assunção prudente e responsável dos riscos associados ao negócio;

• Captação, reconhecimento e capacidade de retenção dos melhores profissionais;• Recompensa pela atribuição de níveis de responsabilidade mais elevados e pela evolução profissional;

• Assegurar a equidade interna e a competitividade externa;• Tomar em consideração as referências de mercado através das análises realizadas por empresas reconhecidas no setor como líderes em matérias de consultoria de esquemas de remuneração;

• Assegurar a transparência da sua política retributiva.

A partir destes princípios gerais o Grupo BBVA e, consequentemente a BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., definiu uma política retributiva que consiste em:

• Uma retribuição fixa, baseada no nível de responsabilidade que se assume, constituindo uma parte relevante da remuneração total;

• Uma retribuição variável, vinculada à consecução de objetivos previamente estabelecidos, observando uma gestão prudente dos riscos, baseada num esquema de incentivo que se ajuste aos interesses a longo prazo da Sociedade, tendo em conta os riscos atuais e futuros;

• E regras especiais aplicáveis de maneira específica ao coletivo de pessoas que dentro do Grupo desenvolvam atividades profissionais que possam incidir de maneira importante no perfil de risco da Sociedade ou que exerçam funções de controle, entre os quais se incluem os Órgãos Executivos do Conselho de Administração e os membros do Comité de Direção.

Para além do exposto, e tal como se referiu anteriormente, o sistema de decisão no âmbito retributivo existente no Grupo BBVA e que se aplica de forma corporativa à Sociedade, encontra-se ajustado às melhores práticas internacionais de bom governo, contando a Casa-Matriz com uma Comissão de Remunerações, composta exclusivamente por conselheiros externos, com uma maioria de independentes que, entre outras funções, determinam a retribuição dos membros executivos dos Órgãos de Administração do BBVA e estabelecem uma política retributiva para o coletivo de colaboradores que no Grupo desenvolvem atividades profissionais que poderão incidir de maneira significativa no perfil de risco da Entidade ou exerçam funções de controlo (“Coletivo de Risk Takers”), garantindo o adequado equilíbrio no processo de decisão em matéria retributiva.

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Relatório & Contas 2014

Desta forma, o Grupo conta com uma política avançada e adaptada aos mais elevados padrões internacionais que, não obstante, se encontra em constante evolução e melhoria.

Com base nestes pressupostos, o Grupo BBVA definiu corporativamente um sistema retributivo que se aplica com caráter geral a todos os colaboradores, adaptando-se em cada posto às variáveis de responsabilidade e evolução profissional.

3. Estrutura do sistema retributivo:

O sistema retributivo aplicado pelo Grupo BBVA e adotado corporativamente pela Sociedade, integra os elementos que infra se detalham:

3.1. Remuneração Fixa

A remuneração fixa estabelece-se tomando em consideração o nível de responsabilidade e o percurso profissional do colaborador no Grupo, fixando-se uma referência salarial para cada função, que reflete o valor da mesma dentro da Organização. Esta referência salarial define-se mediante uma análise de equidade interna e o contraste com o mercado, através da assessoria de empresas especializadas, líderes em matéria de remunerações.

Na retribuição total do colaborador, a componente fixa constituirá uma parte suficientemente elevada, de forma a permitir a máxima flexibilidade no que respeita às componentes variáveis.

3.2. Remuneração Variável

A remuneração variável constitui um elemento chave na política retributiva, visando retribuir a criação de valor dentro do Grupo através de cada uma das Áreas e Unidades que o configuram, recompensando os contributos individuais, o contributo das equipas e a agregação de todos eles aos resultados recorrentes do Grupo.

3.2.1 Modelo de Retribuição Variável

O modelo de retribuição variável adotado pelo Grupo (adiante denominada por “Retribuição Variável Anual”) e, consequentemente aplicado na Sociedade, baseia-se na fixação de indicadores de criação de valor para cada Unidade de Negócio, que aliados à evolução do resultado da Unidade e Área a que pertence o colaborador e do próprio Grupo no seu conjunto, determinam a retribuição variável a repartir pelos integrantes dessa mesma Unidade, realizando-se a distribuição entre eles com base no desempenho individual, relativamente a cada indicador.

Os mencionados indicadores de Unidade são de dois tipos: financeiros e não-financeiros.

O Grupo BBVA, bem como a Sociedade, considera a gestão prudente do risco como um elemento determinante dentro da sua política de retribuição variável, tendo estabelecido o

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Beneficio Económico Acrescentado (BEA) como um dos principais indicadores financeiros para efeitos do cálculo da Retribuição Variável dos seus colaboradores.

Tecnicamente, este indicador resulta de subtrair ao Benefício Económico o produto do capital utilizado em cada negócio, pelo custo do mesmo ou a taxa de retorno esperada pelos investidores. O Benefício Económico distingue-se do Benefício Contabilístico pela utilização de critérios económicos, face a critérios contabilísticos regulatórios em determinadas operativas.

Poderá dizer-se que, concetualmente, o BEA é o benefício económico recorrente gerado acima das expetativas do mercado, em termos da remuneração do capital. Este indicador foi considerado como estando em conformidade com o estabelecido no Guia emitido pelo Comité Europeu dos Supervisores Bancários, adotado pelo Banco de Espanha, como uma medida adequada da evolução dos resultados, por incorporar ajustes por riscos presentes e futuros e custo de capital.

No caso particular das unidades que realizam funções de Controlo (Auditoria Interna, Cumprimento Normativo, Global Accounting & Informational Management, Secretaria Geral, Riscos e Recursos Humanos) foi estabelecido que os indicadores próprios destas unidades terão um maior peso que os indicadores financeiros, reforçando a independência dos colaboradores que realizem estas funções, face às áreas que supervisionam.

Desta forma, a Retribuição Variável no Grupo BBVA, e por consequência na Sociedade, configura-se combinando os resultados do colaborador (financeiros e não financeiros), com os da sua Unidade, os da Área a que pertence e os do Grupo no seu conjunto e utiliza, como principal indicador financeiro o BEA que, para além de incorporar os riscos presentes e futuros, considera também o custo de capital necessário para a obtenção destes benefícios.

3.2.2 Sistema de liquidação da Retribuição Variável Anual

(i) O Grupo BBVA conta com um sistema específico de cálculo e pagamento da Retribuição Variável Anual para os colaboradores que realizem atividades profissionais que possam incidir de forma significativa no perfil de risco da Entidade, ou exerçam funções de controlo, incluindo os membros executivos do Conselho de Administração do BBVA e os membros do Comité de Direção do BBVA.

Este sistema, que foi definido de forma a fomentar uma gestão prudente dos riscos no Grupo, está adaptado às exigências regulamentares no que respeita a este tipo de remuneração e tem as seguintes regras:

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Relatório & Contas 2014

• Em cada pagamento da Retribuição Variável Anual, pelo menos 50% do total será atribuído em ações BBVA;

• O pagamento de 40% da Retribuição Variável Anual, tanto da parte em efetivo como da parte constituída por ações, será diferido no tempo, abonando-se a importância diferida ao final de três anos;

• A percentagem diferida será incrementada, no caso dos membros executivos do Conselho de Administração do BBVA e dos membros do Comité de Direção do BBVA até 50% da sua Retribuição Variável Anual;

• O montante devido e a liquidação das quantidades diferidas estará submetido ao cumprimento de uma série de indicadores plurianuais relacionados com a evolução da ação e as métricas fundamentais de controlo e gestão dos riscos do Grupo, relativas a solvência, liquidez e rentabilidade, e que serão estabelecidas pelo Conselho de Administração e calculadas ao longo do período dos três anos de diferimento;

• Estes indicadores de Avaliação Plurianual poderão dar lugar a uma redução da quantidade diferida podendo esta, inclusivamente, chegar a ser zero, não sendo possível, em nenhum caso, aumentar a mencionada retribuição diferida;

• As ações que sejam distribuídas ficarão indisponíveis durante o período de seis meses, a contar da data da sua entrega, aplicando-se esta retenção sobre o valor líquido das ações, uma vez descontada a parte necessária para fazer frente ao pagamento dos impostos devidos pelas ações recebidas;

• Não poderão realizar-se operações de cobertura sobre as ações que sejam atribuídas a título de Retribuição Variável Anual.

(ii) Adicionalmente, estabelece-se que as partes da Retribuição Variável Anual que se encontrem diferidas e pendentes de ser creditadas de acordo com as regras anteriormente enunciadas, não serão pagas quando uma das seguintes circunstâncias ocorra antes da data de pagamento:

• Se o beneficiário não tiver direito à Retribuição Variável Anual de um determinado exercício, como consequência dos efeitos nos resultados do exercício, de operações contabilizadas em exercícios anteriores nos quais se gerou o direito à cobrança da Retribuição Variável Anual;

• Nos casos em que o beneficiário haja sido sancionado por incumprimento grave do Código de Conduta e demais regras legais ou normativas internas a que se encontre vinculado, em particular as relativas a riscos;

• Caso ocorra a extinção da relação contratual, salvo nos casos de reforma, pré-reforma, despedimento sem justa causa, declaração de incapacidade laboral permanente em todos os seus graus ou morte, casos estes em que se manterá o direito à sua cobrança nos mesmos termos como se estivesse no ativo.

(iii) Se num determinado exercício o Grupo BBVA registar resultados financeiros negativos (perdas), sem considerar os resultados extraordinários, os beneficiários não receberão nem a Retribuição Variável Anual que corresponda ao exercício a que se refiram as perdas,

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

nem as quantias diferidas que lhes correspondessem no exercício em que se aprovem as contas anuais que reflitam tais resultados negativos.Em todo o caso, a retribuição variável pagar-se-á unicamente se tal resultar sustentável de acordo com a situação do Grupo BBVA em seu conjunto e caso se justifique em função dos resultados da Entidade.

(iv) No âmbito da política do Grupo, as partes da Retribuição Variável Anual que tenham sido diferidas de acordo com o anteriormente exposto, serão objeto de atualização nos termos que sejam estabelecidos pelo Conselho de Administração do BBVA, ficando esta sujeita, em todo caso, às mesmas condições que as previstas para o pagamento da retribuição variável diferida que lhe correspondam.

(v) Adicionalmente, estabelece-se que, para o grupo de Risk Takers, a componente de remuneração variável correspondente a um exercício, não poderá exceder a componente de remuneração fixa, salvo no caso de que tal seja autorizado por acordo da Junta Geral, sendo que neste caso, não poderá exceder o valor equivalente a duas vezes a componente fixa.

4. Alinhamento com os interesses dos Acionistas e gestão prudente de risco

Tal como indicou nos pontos anteriores, a política retributiva do Grupo BBVA está alinhada com os interesses dos seus acionistas e com uma gestão prudente dos riscos, pelo que assume os seguintes elementos:

• Utilização, como métrica principal de avaliação dos resultados financeiros que servem de base à determinação da Retribuição Variável Ordinária, do Beneficio Económico Acrescentado (BEA) que considera o nível de risco assumido e o custo de capital, medindo a geração de valor sustentado para o acionista e seguindo o princípio de gestão prudente do risco;

• Consideração na medição do desempenho de medidas financeiras e não financeiras, que ponderam tanto os aspetos individuais da gestão como os objetivos da Unidade e do Grupo;

• Na medição do desempenho das Unidades de Controle, estabelece-se um maior peso dos objetivos relacionados com as suas próprias funções face aos objetivos financeiros e do Grupo, favorecendo a independência relativamente às áreas de negócio que supervisionem.

No que se refere especificamente aos colaboradores que realizam atividades profissionais que possam incidir de maneira significativa no perfil de risco da Entidade ou exerçam funções de controlo, incluindo os membros executivos dos Órgãos de Administração e os membros do Comité de Direção, estabelecem-se, adicionalmente, os seguintes elementos:

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Relatório & Contas 2014

• Pagamento em ações de, pelo menos, 50% da sua retribuição variável;

• Cláusulas de diferimento, desenhadas de forma a que uma parte substancial da retribuição variável – entre 40% e 50% – se difira por um período de três anos, tendo em conta o ciclo económico e os riscos inerentes ao negócio;

• Períodos obrigatórios de retenção, de quaisquer ações que tenham sido entregues como resultado da retribuição variável, de forma a que os beneficiários não possam dispor livremente das mesmas até um ano após a sua entrega, quer no caso dos membros executivos dos Órgãos de Administração, quer para os restantes;

• Cláusulas que impedem ou limitam o pagamento da retribuição variável diferida e daquela que possa ter que se pagar no decurso de um exercício concreto, como consequência tanto de atuações relativas ao indivíduo como aos resultados do Grupo no seu conjunto (Cláusulas “malus”);

• Com efeitos a 2015, estabelece-se que a Retribuição Variável Anual dos membros executivos do Órgão de Administração não poderá exceder a sua Retribuição Fixa salvo no caso de que tal seja autorizado por acordo da Junta Geral, sendo que neste caso, não poderá exceder o valor equivalente a duas vezes a componente fixa.

Tal como anteriormente se referiu, todo o sistema de tomada de decisões no âmbito retributivo está centralizado ao nível da Casa-Matriz, assegurando a observância da política retributiva do Grupo por parte de todas as Sociedades filiais.

5. Comissão de Remunerações

A regulamentação do funcionamento e respetivas funções da Comissão de Remunerações do BBVA encontra-se disponível no Relatório sobre a Política de Remunerações mencionado no presente Capítulo, ponto 1.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DA SOCIEDADE BBVA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A.

1. Política Retributiva Aplicável aos Membros Executivos do Órgão de Administração Remunerados pela Sociedade

A política retributiva dos membros executivos do Órgão de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. está alinhada com a política retributiva geral do Grupo e considera, entre outros, os seguintes elementos:

Retribuição Fixa

A retribuição fixa dos membros executivos do Órgão de Administração tem em conta o nível de responsabilidade destas funções, garantindo o caráter competitivo com aquela que é aplicada a funções equivalentes no conjunto das principais instituições financeiras internacionais, nos principais países europeus e nos Estados Unidos.

Desta forma, e pelo efeito de alinhamento supra referido, na determinação e nas possíveis atualizações desta componente retributiva garante-se a adequação e manutenção duma estrutura retributiva na qual o peso da componente fixa constitui uma parte suficiente sobre o total, de forma a remunerar o nível de responsabilidade e as caraterísticas de cada posto.

A retribuição fixa dos membros executivos do Órgão de Administração é deliberada em sede de Assembleia Geral.

Retribuição Variável Anual

(i) A Remuneração Variável Anual aprovada para os membros executivos do Órgão de Administração contém os elementos do sistema estabelecidos com caráter geral para o Grupo BBVA e as regras aplicáveis aos colaboradores que desenvolvem funções que poderão ter impacto significativo no perfil de risco da Sociedade ou exerçam funções de controlo, conforme mencionado no Capítulo I, tendo em conta as suas especificidades próprias, do qual resulta um esquema próprio dentro do marco corporativo.Desta forma, aplica-se um Sistema especial de liquidação da Remuneração Variável Anual aos membros executivos do Órgão de Administração que, com caráter geral é aquele que se descreve em seguida:

• Em cada um dos pagamentos da Retribuição Variável Anual, pelo menos 50% do total será atribuído em ações BBVA;

• O pagamento da percentagem de 50% da RVA, tanto na parte em efetivo como na parte constituída por ações, será diferido no tempo, abonando-se a importância diferida por terços, durante os três anos seguintes;

• As ações que sejam abonadas ficarão indisponíveis até ao final do mandato em curso à data da sua entrega, aplicando-se esta retenção sobre o valor líquido das ações,

CAPÍTULO II

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Relatório & Contas 2014

uma vez descontada a parte necessária para fazer frente ao pagamento dos impostos devido pelas ações recebidas.

• Não se poderão realizar operações de cobertura sobre as ações que se recebam a título de Retribuição Variável.

• Com efeitos a 2015, estabelece-se que a Retribuição Variável Anual dos membros executivos do Órgão de Administração não poderá exceder a sua Retribuição Fixa.

(ii) Adicionalmente, estabelece-se que as partes da Retribuição Variável Anual que se encontrem diferidas e pendentes de ser creditadas de acordo com as regras anteriormente enunciadas, não serão pagas quando uma das seguintes circunstâncias ocorra antes da data de pagamento:

• Se o beneficiário não tiver direito à Retribuição Variável de um determinado exercício, como consequência dos efeitos nos resultados do exercício, de operações contabilizadas em exercícios anteriores nos quais se gerou o direito à cobrança da Retribuição Variável;

• Nos casos em que o beneficiário haja sido sancionado por incumprimento grave do Código de Conduta e demais regras legais ou normativas internas a que se encontre vinculado, em particular as relativas a riscos;

• Caso ocorra a extinção da relação contratual, salvo nos casos de reforma, pré-reforma, declaração de incapacidade laboral permanente em todos os seus graus ou morte, casos estes em que se manterá o direito à sua cobrança nos mesmos termos como se estivesse no ativo.

(iii) Se num determinado exercício o Grupo BBVA registar resultados financeiros negativos (perdas), sem considerar os resultados extraordinários, os beneficiários não receberão nem a Retribuição Variável Anual que corresponda ao exercício a que se refiram as perdas, nem as quantias diferidas que lhes correspondessem no exercício em que se aprovem as contas anuais que reflitam tais resultados negativos.Em todo o caso, a retribuição variável pagar-se-á unicamente se tal resultar sustentável de acordo com a situação do Grupo BBVA em seu conjunto e caso se justifique em função dos resultados da Entidade.

(iv) No âmbito da política do Grupo, as partes da Retribuição Variável Anual que tenham sido diferidas de acordo com o anteriormente exposto, serão objeto de atualização nos termos que sejam estabelecidos pelo Conselho de Administração do BBVA, ficando esta sujeita, em todo caso, às mesmas condições que as previstas para o pagamento da retribuição variável diferida que lhe correspondam.

No caso em que o Membro do Conselho de Administração faça parte do coletivo definido ao nível do Grupo (conforme Capítulo I), o esquema de liquidação e pagamento da retribuição variável seguirá os princípios gerais do Grupo BBVA para este coletivo, descritos no Capítulo I ou as regras estabelecidas no Capítulo II, caso estas sejam mais restritivas.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Outras Retribuições

Os membros executivos do Órgão de Administração têm direito a receber os sistemas de incentivos que se estabeleçam com caráter geral ao nível do Grupo BBVA, bem como ser beneficiários de contratos de Seguros de Vida específicos para este grupo de altos diretivos.

2. Política retributiva aplicável aos Colaboradores que, não sendo membros do Órgão de Administração ou Fiscalização, auferem uma remuneração variável e exercem a sua atividade profissional no âmbito das funções de Controlo previstas no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal, exercem outra atividade profissional que possa ter impacto material no perfil de risco da Sociedade, ou situações em que eventualmente a sua remuneração os coloque no mesmo escalão de remuneração que os membros do Órgão de Administração ou Fiscalização

A política de remunerações aplicável ao grupo de Colaboradores, na aceção vertida no Aviso do BdP nº 10/2011 que, não sendo membros dos Órgãos de Administração ou Fiscalização, estão abrangidos por aquela regulamentação, rege-se pelos princípios gerais anteriormente enunciados no Capítulo I, com exceção daqueles que o Aviso identifica como auferindo o mesmo escalão de remuneração que os Membros do Órgão de Administração e Fiscalização, em virtude de tal não ser aplicável na Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A..

A estrutura da política de remuneração do Grupo, também aplicável no caso concreto, poderá ser consultada no Relatório referido no Capítulo I, no ponto 1, e assenta nas seguintes traves mestras:

• Uma remuneração fixa, baseada no nível de responsabilidade e que constitui uma parte significativa da remuneração;

• Uma remuneração variável, associada à consecução dos objetivos previamente estabelecidos e a uma gestão prudente dos riscos.

2.1 Política Retributiva específica para os colaboradores que exercem a sua atividade profissional no âmbito das funções de controlo previstas no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal

As funções de controlo, como tal, definidas no Aviso nº 5/2008 do BdP, a saber, a função de Gestão de Riscos, a função de Compliance e a função de Auditoria Interna, estão na

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Relatório & Contas 2014

BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. inseridas dentro de Unidades Orgânicas Globais do Grupo BBVA, que estabelecem as diretrizes macro a serem observadas pelas Unidades Regionais, com respeito pelo quadro legal e regulamentar específico da Sociedade.

Desta forma, ao nível local e no que à Sociedade em concreto se refere, estas funções são exercidas pelos seguintes responsáveis:

Função de Auditoria Interna:

A “pessoa sujeita” designada para o presente efeito é o responsável pela Auditoria Interna no BBVA Portugal, encontrando-se tal área integrada funcionalmente numa Unidade Global do Grupo BBVA denominada Auditoria de Negócios Espanha & Portugal.

Os responsáveis máximos desta Unidade são membros do Comité de Direção de Auditoria Interna estando os mesmos igualmente abrangidos pelos Princípios Gerais da Política de Remunerações do Grupo BBVA para o coletivo sujeito, descrito no Capítulo I.

Neste quadro de exercício, não está prevista a remuneração da atividade desta “pessoa sujeita”, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A..

Função de Compliance:

A “pessoa sujeita” para o efeito é o responsável pela função de Compliance na BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., encontrando-se tal área integrada funcionalmente numa Unidade Global do Grupo BBVA, denominada Unidad de Cumplimiento Holding.Os responsáveis máximos desta Unidade estão abrangidos pelos Princípios Gerais da Política de Remunerações do Grupo BBVA para o coletivo sujeito, descrito no Capítulo I.Realizando-se o exercício desta função na Sociedade, a remuneração da “pessoa sujeita” cumprirá as seguintes regras:

• A componente da retribuição variável correspondente a um exercício não poderá exceder a componente fixa;

• O pagamento em ações, de 50% do total da Retribuição Variável Anual;• O diferimento no tempo do abono de 40% da retribuição variável, em terços, quer seja na parte em efetivo, quer em ações, por um período de três anos;

• A aplicação do período de retenção de seis meses das ações entregues;• A impossibilidade de opções de cobertura sobre as ações atribuídas;• A aplicação de cláusulas de impedimento ou limitação do pagamento da retribuição diferida, de acordo com o Capítulo I, ponto 3.2.2, alínea (ii).

Adicionalmente, esta regulamentação é ainda reforçada pela aplicação de critérios diferenciados no que respeita à avaliação de desempenho dos responsáveis das presentes funções, estabelecendo-se um maior peso dos objetivos relacionados com as suas próprias funções, face aos objetivos financeiros da Sociedade e do Grupo, favorecendo a independência relativamente às áreas de negócio supervisionadas, conforme estipulado no anterior Capítulo I, ponto 4.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Função de Gestão de Riscos:

A “pessoa sujeita” para o efeito é o responsável pela função de Gestão de Riscos na BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A..Realizando-se o exercício desta função na Sociedade, a remuneração da “pessoa sujeita” cumprirá as seguintes regras:

• A componente da retribuição variável correspondente a um exercício não poderá exceder a componente fixa;

• O pagamento em ações, de 50% do total da Retribuição Variável Anual;• O diferimento no tempo do abono de 40% da retribuição variável, em terços, quer seja na parte em efetivo, quer em ações, por um período de três anos;

• A aplicação de períodos de retenção de seis meses das ações entregues;• A impossibilidade de opções de cobertura sobre as ações atribuídas;• A aplicação de cláusulas de impedimento ou limitação do pagamento da retribuição diferida, de acordo com o Capítulo I, ponto 3.2.2, alínea (ii).

Adicionalmente, esta regulamentação é ainda reforçada pela aplicação de critérios diferenciados no que respeita à avaliação de desempenho dos responsáveis das presentes funções, estabelecendo-se um maior peso dos objetivos relacionados com as suas próprias funções, face aos objetivos financeiros da Sociedade e do Grupo, favorecendo a independência relativamente às áreas de negócio supervisionadas, conforme estipulado no anterior Capítulo I, ponto 4.

2.2 Política Retributiva específica para os colaboradores que exercem outra atividade profissional que possa ter impacto material no perfil de risco da Sociedade

O BBVA, na qualidade de Casa-Matriz, determinou e comunicou ao Banco de Espanha, um coletivo de Risk Takers seguindo o Regulamento Delegado da Comissão Europeia (EU 604/2014), sendo que este coletivo identificado será aquele que cumpre os requisitos estabelecidos ao nível do Grupo.

No âmbito da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., e de acordo com o previsto na normativa portuguesa, consideraram-se como fazendo parte do coletivo abrangido, atento o acesso regular a informação privilegiada e na sua participação nas decisões sobre gestão negocial da Sociedade (não obstante os centros de decisão estratégica se encontrarem ao nível da Casa-Matriz) os membros do Comité de Direção da Sociedade.

Aos mencionados colaboradores da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. aplicam-se as seguintes regras:• A componente da retribuição variável correspondente a um exercício não poderá

exceder a componente fixa; • O pagamento em ações, de 50% do total da Retribuição Variável Anual;• O diferimento no tempo do abono de 40% da retribuição variável, em terços, quer seja

na parte em efetivo, quer em ações, por um período de três anos;

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Relatório & Contas 2014

• A aplicação de períodos de retenção de seis meses das ações entregues;• A impossibilidade de opções de cobertura sobre as ações atribuídas;• A aplicação de cláusulas de impedimento ou limitação do pagamento da retribuição diferida, de acordo com o Capítulo I, ponto 3.2.2, alínea (ii).

2.3 Política Retributiva específica para os colaboradores cuja remuneração os coloque no mesmo escalão de remuneração que os membros do Órgão de Administração

Não aplicável no âmbito do BBVA Instituição Financeira de Crédito S.A..

3. Comissão de Remunerações A Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. não preenche nenhum dos requisitos que obrigam à criação de uma Comissão de Remunerações1.

1Conforme disposto no Artº 4º do Decreto-Lei nº 88/2011 e no Artº 7º, nr.1, do Aviso do BdP Nº 10/2011.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

CAPÍTULO III DECLARAÇÃO SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

Nos termos da Lei nº 28/2009, de 19 de junho, do Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de julho, do Aviso 10/2011, de 29 de dezembro e do Regulamento (EU) N. o 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013 vem o Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito S.A. apresentar a seguinte informação:

1. Introdução

O Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito SA., (a Sociedade), está consciente da importância que tem para as grandes instituições contar com um Sistema de Governo Corporativo que estabeleça os parâmetros que orientem a estrutura e o funcionamento dos seus órgãos sociais, acautelando os interesses da Sociedade e dos seus acionistas. Um dos principais objetivos da Sociedade é a criação de valor a longo prazo e uma das principais premissas para alcançar a realização desse objetivo é a existência de um sistema de governo corporativo adequado.

A Lei nº28/2009, de 19 de junho, veio impor que entidades de interesse público enumeradas no Decreto-lei nº225/2008 de 20 de Novembro, submetam anualmente, à aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização.

Em cumprimento no estabelecido na referida Lei, no Aviso 10/2011 do Banco de Portugal, de 29 de dezembro e no Regulamento (EU) N. o 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, a presente declaração sobre política de remuneração dos membros dos respetivos órgãos de administração e fiscalização será submetida à aprovação da Assembleia Geral da Sociedade.

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2. Princípios gerais da Política de Remuneração

A Política de Remuneração é definida de forma centralizada pelas áreas globais do Grupo BBVA, aplicando-se os Princípios Gerais, de forma corporativa, à Sociedade.

Ao nível local, não existe participação do órgão de administração ou de qualquer Colaborador na definição de tal política. A seleção dos consultores externos que participam na elaboração e avaliação desta mesma política é feita pelos órgãos centrais do Grupo.

Não foi constituída uma Comissão de Remunerações, em virtude de a Sociedade não preencher nenhum dos requisitos que obrigam à criação da mesma.

Em total concordância com as orientações definidas pelo Grupo BBVA em matéria de remunerações, a Sociedade considera a política de remuneração como um elemento chave para a criação de valor. Para tal, adota um sistema retributivo avançado, baseado na criação recíproca de valor para os colaboradores e para a Sociedade, alinhado com os interesses dos acionistas e subordinado a uma gestão prudente do risco, que acolhe os seguintes princípios:

• Criação de valor a longo prazo;• Recompensa pela consecução de resultados baseados numa assunção prudente e

responsável dos riscos associados ao negócio;• Captação, reconhecimento e capacidade de retenção dos melhores profissionais;• Recompensa pela atribuição de níveis de responsabilidade mais elevados e pela

evolução profissional;• Assegurar a equidade interna e a competitividade externa;• Tomar em consideração as referências de mercado através das análises realizadas

por empresas reconhecidas no sector como líderes em matérias de consultoria de esquemas de remuneração;

• Assegurar a transparência da sua política retributiva.

A partir destes princípios gerais o Grupo BBVA e, consequentemente a BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., definiu uma política retributiva que consiste em:

• Uma retribuição fixa, baseada no nível de responsabilidade que se assume, constituindo uma parte relevante da remuneração total;

• Uma retribuição variável, vinculada à consecução de objetivos previamente estabelecidos, observando uma gestão prudente dos riscos, baseada num esquema de incentivo que se ajuste aos interesses a longo prazo da Sociedade, tendo em conta os riscos atuais e futuros;

• E regras especiais aplicáveis de maneira específica ao coletivo de pessoas que dentro do Grupo desenvolvam atividades profissionais que possam incidir de maneira importante no perfil de risco da Sociedade ou que exerçam funções de controle, entre os quais se incluem os Órgãos Executivos do Conselho de Administração e os membros do Comité de Direção.

Para além do exposto, e tal como se referiu anteriormente, o sistema de decisão no âmbito

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

retributivo existente no Grupo BBVA e que se aplica de forma corporativa à Sociedade, encontra-se ajustado às melhores práticas internacionais de bom governo, contando a Casa-Matriz com uma Comissão de Remunerações, composta por exclusivamente por conselheiros externos, com uma maioria de independentes que, entre outras funções, determinam a retribuição dos membros executivos dos Órgãos de Administração do BBVA e estabelecem uma política retributiva para o coletivo de colaboradores que no Grupo desenvolvem atividades profissionais que poderão incidir de maneira significativa no perfil de risco da Entidade ou exerçam funções de controle (“Coletivo de Risk Takers”), garantindo o adequado equilíbrio no processo de decisão em matéria retributiva.

Desta forma, o Grupo conta com uma política avançada e adaptada aos mais elevados padrões internacionais que, não obstante, se encontra em constante evolução e melhoria.

Com base nestes pressupostos, o Grupo BBVA definiu corporativamente um sistema retributivo que se aplica com caráter geral a todos os colaboradores, adaptando-se em cada posto às variáveis de responsabilidade e evolução profissional.

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3. Remuneração dos órgãos de administração e fiscalização

Política retributiva aplicável aos membros executivos do Órgão de Administração remunerados pela Sociedade

A política retributiva dos membros executivos do Órgão de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., no exercício do ano 2014, esteve alinhada com a política retributiva geral do Grupo e considerou, entre outros, os seguintes elementos:

1. Remuneração Fixa

A remuneração fixa considera o nível de responsabilidade e o percurso profissional do colaborador no Grupo, fixando-se uma referência salarial para cada função, que reflete o valor da mesma dentro da Organização. Esta referência salarial define-se mediante uma análise de equidade interna e o contraste com o mercado, através da assessoria de empresas especializadas, líderes em matéria de remunerações.Na retribuição total do colaborador, a componente fixa constitui uma parte suficientemente elevada, de forma a permitir a máxima flexibilidade no que respeita às componentes variáveis.A retribuição fixa dos membros executivos do Órgão de Administração é deliberada em sede de Assembleia Geral.

2. Remuneração Variável

A remuneração variável constitui um elemento chave na política retributiva, visando retribuir a criação de valor dentro do Grupo através de cada uma das Áreas e Unidades que o configuram, recompensando os contributos individuais, o contributo das equipas e a agregação de todos eles aos resultados recorrentes do Grupo.

A Retribuição Variável Anual constituiu-se, no exercício do ano 2014, por uma retribuição variável ordinária em cash e um incentivo específico em ações para a Equipa Diretiva do Grupo BBVA, e foi desenhada de maneira a estar alinhada com os interesses dos acionistas, assim como, com a gestão prudente de riscos e a geração de valor a longo prazo para a Entidade.

Os aspetos essenciais desta retribuição pormenorizando-se em seguida:

a) Retribuição Variável Ordinária O modelo de retribuição variável ordinária adotado pelo Grupo e, consequentemente aplicado na Sociedade no exercício de 2014, baseou-se na fixação de indicadores de criação de valor para cada Unidade de Negócio, que aliados à evolução do resultado da Unidade e Área a que pertencia o colaborador e do próprio Grupo no seu conjunto, determinaram a retribuição variável a repartir pelos integrantes dessa mesma Unidade, realizando-se a distribuição entre eles com base no desempenho individual, relativamente a cada indicador. Os mencionados indicadores de Unidade foram de dois tipos: financeiros e não-financeiros. O Grupo BBVA, bem como a Sociedade, considera a gestão prudente do risco como

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um elemento determinante dentro da sua política de retribuição variável, tendo estabelecido, para o exercício do ano 2014, o Beneficio Económico Acrescentado (BEA) como um dos principais indicadores financeiros para efeitos do cálculo da Retribuição Variável Ordinária dos seus colaboradores.

Tecnicamente, este indicador resulta de subtrair do Benefício Económico o produto do capital utilizado em cada negócio, pelo custo do mesmo ou a taxa de retorno esperada pelos investidores. O Benefício Económico distingue-se do Benefício Contabilístico pela utilização de critérios económicos, face a critérios contabilísticos regulatórios em determinadas operativas.

Poderá dizer-se que, concetualmente, o BEA constitui-se como o benefício económico recorrente gerado acima das expectativas do mercado, em termos da remuneração do capital.

Este indicador foi considerado uma medida adequada da evolução dos resultados, por incorporar ajustes por riscos presentes e futuros e custo de capital.

Desta forma, a Retribuição Variável Ordinária no Grupo BBVA, e por consequência na Sociedade, configurou-se combinando os resultados do colaborador (financeiros e não financeiros), com os da sua Unidade, os da Área a que pertencia e os do Grupo no seu conjunto e utilizou, como principal indicador financeiro o BEA que, para além de incorporar os riscos presentes e futuros, considera também o custo de capital necessário para a obtenção destes benefícios.

b) Retribuição Variável em ações De forma a lograr um maior alinhamento com os interesses dos acionistas e favorecer a geração de valor a longo prazo, o Grupo entendeu, para o exercício do ano 2014, que deveria manter um sistema de retribuição variável em ações específico para o Coletivo de Diretivos do Banco, incluindo os membros executivos do Órgão de Administração, considerando a sua especial incidência na estratégia e resultados do Grupo. Esta retribuição variável específica constituiu, para além disso, um elemento essencial para conseguir a maior motivação e compromisso possível por parte dos membros deste coletivo.

Este sistema baseou-se num incentivo para a Equipa Diretiva (adiante denominado por “Incentivo para a Equipa Diretiva” ou “Incentivo”) que consiste na atribuição anual a cada Diretivo de um número de unidades que servem de base para determinar o número de ações a entregar na data de liquidação do incentivo, e que esteve associado ao nível de cumprimento de uma série de indicadores, a nível do Grupo, determinado em cada ano.

Para o ano 2014, os indicadores mencionados estiveram relacionados com:

• O Total Shareholders Return (TSR), que mede o retorno do investimento para o acionista, traduzindo-se na soma da variação da cotização da ação com os dividendos e outros conceitos similares recebidos pelo acionista durante o período considerado;

• O Benefício Económico Acrescentado (BEA) recorrente do Grupo sem extraordinários que, como anteriormente se referiu, incorpora ajustes por riscos atuais e futuros; e,

• O Benefício Atribuído ao Grupo, sem extraordinários.

O número de unidades atribuídas inicialmente a cada beneficiário do sistema dividir-se-ia em três partes, cada uma associada a um indicador em função da ponderação deste e multiplicar-se-ia por coeficientes entre 0 e 2, em função de uma escala definida anualmente para cada um deles.

No caso do TSR, definiu-se que o coeficiente aplicado será 0 sempre que o BBVA ocupe, no período em causa, posições inferiores à mediana do grupo de referência, reforçando, desta forma, o alinhamento da retribuição variável da Equipa Diretiva com os interesses dos acionistas.

O cálculo do número de ações que, em cada caso, corresponderia entregar à Equipa Diretiva como

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consequência do Incentivo, determinar-se-ia anualmente, ficando as ações daí resultantes sujeitas, com caráter geral e salvo as exceções que se mencionam na alínea c) infra, aos seguintes critérios de retenção:

• 40% das ações recebidas seriam livremente transmissíveis pelos beneficiários no momento da sua entrega;

• 30% das ações recebidas seriam transmissíveis decorrido o período de um ano, desde a data de liquidação do incentivo; e,

• restantes 30% seriam transmissíveis a partir do segundo aniversário sobre a data de liquidação do incentivo.

Para efeitos de apuramento do incentivo do exercício de 2014 o TSR mediu-se num período de três anos, desde 1 de janeiro de 2012, avançando para um sistema que permitisse, a medição do TSR num período de três anos, reforçando o caráter plurianual dos elementos retributivos.

Com a seleção de estes indicadores e o método de cálculo para efeitos de Incentivo, o Grupo BBVA pretendeu aumentar o alinhamento do sistema retributivo da sua Equipa Diretiva com os interesses dos acionistas, reforçando a gestão prudente de risco, incluindo como indicador o BEA recorrente, e determinando uma relação direta entre a retribuição variável dos seus Diretivos e os resultados a longo prazo da Entidade, considerando o cálculo plurianual de TSR e a aplicação do BEA recorrente.

c) Sistema de cálculo e liquidação da Retribuição Variável Anual

i) O Grupo BBVA e, consequentemente a Sociedade, contou no exercício do ano 2014 com um sistema específico de cálculo e pagamento da Retribuição Variável Anual para membros executivos do Conselho de Administração.

Este sistema, que foi definido de forma a fomentar uma gestão prudente dos riscos no Grupo, apresentou-se como adaptado às exigências regulamentares no que respeita a este tipo de remuneração e apresentou as seguintes regras de aplicação aos membros executivos do Órgão de Administração remunerados pela Sociedade:

• Em cada pagamento da Retribuição Variável Anual, pelo menos 50% do total seria atribuído em ações BBVA;

• O pagamento de 40% da Retribuição Variável Anual, tanto da parte em cash como da parte constituída por ações, seria diferido no tempo, abonando-se a importância diferida por terços durante o período dos três anos seguintes;

• A percentagem diferida seria incrementada, no caso dos membros executivos do Conselho de Administração até 50% da sua Retribuição Variável Anual;

• As ações abonadas ficaram indisponíveis até ao final do mandato em curso à data da sua entrega, aplicando-se esta retenção sobre o valor líquido das ações, uma vez descontada a parte necessária para fazer frente ao pagamento dos impostos devido pelas ações recebidas.

ii) Adicionalmente, estabeleceu-se que as partes da Retribuição Variável Anual que se encontrassem diferidas e pendentes de ser creditadas de acordo com as regras

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

anteriormente enunciadas, não seriam pagas quando uma das seguintes circunstâncias ocorresse antes da data de pagamento:

• Se o beneficiário não tivesse direito à Retribuição Variável Ordinária de um determinado exercício, como consequência dos efeitos nos resultados do exercício, de operações contabilizadas em exercícios anteriores nos quais se gerou o direito à cobrança da Retribuição Variável Ordinária;

• Nos casos em que o beneficiário tivesse sido sancionado por incumprimento grave do Código de Conduta e demais regras legais ou normativas internas a que se encontrasse vinculado, em particular as relativas a riscos;

• Caso ocorresse a extinção da relação contratual, salvo nos casos de reforma, pré-reforma, declaração de incapacidade laboral permanente em todos os seus graus ou morte, casos estes em que se manteria o direito à sua cobrança nos mesmos termos como se estivesse no ativo.

iii) Se num determinado exercício o Grupo BBVA registasse resultados financeiros negativos (perdas), sem considerar os resultados extraordinários, os beneficiários não receberiam nem a Retribuição Variável Anual que correspondesse ao exercício a que se referiam as perdas, nem as quantias diferidas que lhes correspondessem no exercício em que se aprovassem as contas anuais que refletiriam tais resultados negativos.

Em todo o caso, a retribuição variável pagar-se-ia unicamente se tal resultasse sustentável de acordo com a situação do Grupo BBVA em seu conjunto e caso se justificasse em função dos resultados da Entidade.

iv) No âmbito da política do Grupo, as partes da Retribuição Variável Anual que viessem a ser diferidas, de acordo com o anteriormente exposto, seriam objeto de atualização nos termos que fossem estabelecidos pelo Conselho de Administração do BBVA, ficando esta sujeita, em todo caso, às mesmas condições que as previstas para o pagamento da retribuição variável diferida que lhe correspondessem.

3. Outras Retribuições

Os membros executivos do Órgão de Administração teriam direito a receber os sistemas de incentivos que se estabelecessem com caráter geral ao nível do Grupo BBVA, bem como ser beneficiários de contratos de Seguros de Vida específicos para este grupo de altos diretivos.

Política retributiva aplicável aos membros executivos do Órgão de Administração da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. que desempenharam funções ou cargos em outras Entidades do Grupo BBVA e foram por estas remuneradas

Decorrente da aplicação corporativa dos Princípios Gerais da Política Retributiva, não existe remuneração, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., dos membros executivos do Órgão de Administração, que exerçam cargos ou funções noutras Entidades pertencentes ao Grupo BBVA e sejam pelas mesmas remuneradas.

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Por este motivo, não foram remunerados pela Sociedade os membros executivos que se

encontravam nesta condição.

Política retributiva aplicável aos membros não executivos do Órgão de Administração da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. que desempenharam funções ou cargos em outras Entidades do Grupo BBVA e foram por estas remuneradas

Decorrente da aplicação corporativa dos Princípios Gerais da Política Retributiva, não existe remuneração, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., dos membros não executivos do Órgão de Administração, que exerçam cargos ou funções noutras Entidades pertencentes ao Grupo BBVA e sejam pelas mesmas remuneradas. Por este motivo, não foram remunerados pela Sociedade os membros não executivos que se encontravam nesta condição.

Sistema Retributivo do Órgão de Fiscalização da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

As funções de Fiscal Único da Sociedade foram desempenhas por um Revisor Oficial de Contas externo à mesma, tendo a sua remuneração sido definida através de contrato de prestação de serviços.A remuneração da Deloitte & Associados, SROC S.A. pelo exercício da revisão legal das contas da Sociedade para o exercício de 2014 foi definida através de contrato de prestação de serviços, e ascendeu a 50.021 Euros.

Política Retributiva específica para os colaboradores cuja remuneração os coloque no mesmo escalão de remuneração que os membros do Órgão de Administração

Não aplicável no âmbito do BBVA Instituição Financeira de Crédito S.A..

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

4. Informação Quantitativa

As quantidades correspondentes aos membros executivos do órgão de administração, no exercício de 2014, a cargo de sociedades do Grupo BBVA, enquanto trabalhadores das mesmas, foram os seguintes:

Nome Sociedade Remuneração Global

Remuneração Variávelpaga em efetivo

Remuneração Variávelpaga em Ações

Remuneração Variáveldiferida e não paga

Alberto Charro Pastor Banco Bilbao Viscay a Argentaria (Portugal), S.A. 567 408,72 42 296,00 63 576,42 22 780,19

Susana Nereu Banco Bilbao Viscay a Argentaria (Portugal), S.A. 154 271,18 12 732,00 15 963,22 8 596,74

José Miguel Blanco Banco Bilbao Viscay a Argentaria (Portugal), S.A. 215 858,20 7 918,00 8 249,15 7 387,94

Nome Sociedade Remuneração Global

Remuneração Variávelpaga em efetivo

Remuneração Variávelpaga em Ações

Remuneração Variáveldiferida e não paga

Abílio José Ruas da Silva Resende BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. 160 085,02 8 961,00 9 320,20 13 991,98

A Remuneração Variável paga aos membros mencionados no quadro supra, representa 50% da Remuneração Anual Variável correspondente a 2013, e inclui as quantidades diferidas da remuneração variável de exercícios anteriores, sendo que a parte entregue em ações ficará indisponível de acordo com as regras aplicáveis previstas na Política de Remunerações do BBVA Portugal, S.A. em vigor.

A entrega dos restantes 50% da Remuneração Variável Anual correspondente ao exercício de 2013, será diferida por um período de três anos, de forma a que seja recebida em cada um dos exercício de 2015 a 2017, observando também as regras de indisponibilidade aplicáveis previstas na Política de Remunerações do BBVA Portugal, S.A. em vigor.

As retribuições diferidas só serão entregues caso não se produza nenhum dos pressupostos estabelecidos na Política mencionada no parágrafo anterior.

A Remuneração paga, em 2014, ao membro executivo do órgão de administração, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., enquanto trabalhador da mesma, foi a seguinte:

A Remuneração Variável paga ao membro mencionado no quadro supra, representa 50% da Remuneração Anual Variável correspondente a 2013, e inclui as quantidades diferidas da remuneração variável de exercícios anteriores, sendo que a parte entregue em ações ficará indisponível de acordo com as regras aplicáveis previstas na Política de Remunerações da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. objeto da presente Declaração.

A entrega dos restantes 50% da Remuneração Variável Anual correspondente ao exercício de 2013, está sujeita ao diferimento por um período de três anos, para que seja recebida em cada um dos exercícios de 2015 a 2017, observando também as regras aplicáveis

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Relatório & Contas 2014

previstas na Política de Remunerações da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. objeto da presente Declaração. O montante agregado pago pela Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A, em 2014, ao grupo de colaboradores que integraram o coletivo de Risk Takers I, enquanto trabalhadores da mesma, foi o seguinte:

Nome Sociedade Remuneração Global

Remuneração Variávelpaga em efetivo

Remuneração Variávelpaga em Ações

Remuneração Variáveldiferida e não paga

Risk Takers I BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. 514 099,24 30 125,00 30 115,56 40 184,43

O grupo de colaboradores mencionados no quadro anterior é composto por 9 pessoas.

A Remuneração Variável paga aos colaboradores mencionados no quadro supra, representa 60% da Remuneração Anual Variável correspondente a 2013, sendo que a parte entregue em ações ficará indisponível de acordo com as regras aplicáveis previstas na Política de Remunerações da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A..

A entrega dos restantes 40% da Remuneração Variável Anual correspondente ao exercício de 2013, será diferida por um período de três anos, para que seja recebida em cada um dos exercícios de 2015 a 2017, observando também as regras de indisponibilidade aplicáveis previstas na Política de Remunerações da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.. Em 2014 não foram pagas quaisquer indemnizações a ex-administradores.

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BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.

Política retributiva aplicável aos membros não executivos do Órgão de Administração da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. que desempenhem funções ou cargos em outras Entidades do Grupo BBVA e sejam por estas remunerados

Decorrente da aplicação corporativa dos Princípios Gerais da Política Retributiva, tal como se refere no Capítulo I do presente documento, não existe remuneração, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., dos membros não executivos do Órgão de Administração, sempre que estes que exerçam cargos ou funções em quaisquer outras Entidades pertencentes ao Grupo BBVA e sejam pelas mesmas remunerados.

Sistema Retributivo do Órgão de Fiscalização da Sociedade BBVA

Instituição Financeira de Crédito, S.A.

As funções de Fiscal Único da Sociedade são desempenhadas por um Revisor Oficial de Contas externo à mesma, sendo a sua remuneração definida através de contrato de prestação de serviços.

Capítulo V

Capítulo IV

Capítulo VI

Política retributiva aplicável aos membros executivos do Órgão de Administração da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. que desempenhem funções ou cargos em outras

Entidades do Grupo BBVA e sejam por estas remunerados

Decorrente da aplicação corporativa dos Princípios Gerais da Política Retributiva, tal como se refere no Capítulo I do presente documento, não existe remuneração, por parte da Sociedade BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A., dos membros executivos do Órgão de Administração, sempre que estes que exerçam cargos ou funções em quaisquer outras Entidades pertencentes ao Grupo BBVA e sejam pelas mesmas remunerados.

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