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Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP Agrupamento de Centros de Saúde - Lisboa Central RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DO ARCO Elaborado: 03/03/2016 Aprovado: 04/03/2016 Aprovado: 05/03/2016 Responsáveis: Equipa multiprofissional Conselho Técnico Reunião de Equipa

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015 UNIDADE DE SAÚDE … · Figura 2 | Estrutura etária dos utentes da USF do Arco, por género e grupo etário Tabela 2 | Distribuição dos utentes da

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Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP

Agrupamento de Centros de Saúde - Lisboa Central

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2015

UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DO ARCO

Elaborado: 03/03/2016 Aprovado: 04/03/2016 Aprovado: 05/03/2016

Responsáveis: Equipa

multiprofissional Conselho Técnico Reunião de Equipa

ii

ÍNDICE GERAL

Introdução ..................................................................................................................................... 1

Caraterização da USF do Arco ....................................................................................................... 2

1. Localização, Caraterísticas e Enquadramento............................................................... 2

2. Listagem de Recursos Humanos afetos à Unidade Funcional ....................................... 3

3. Descrição Sumária da População Inscrita ..................................................................... 4

4. Descrição das Patologias de maior incidência na população inscrita ........................... 8

Indicadores Contratualizados em 2015 ....................................................................................... 13

Consultas Médicas Realizadas ..................................................................................................... 17

Contactos de Enfermagem realizados ......................................................................................... 19

Cobertura Vacinal ........................................................................................................................ 22

Taxas Moderadoras Cobradas e em Dívida nas diversas plataformas ........................................ 25

Programa de Formação e Desenvolvimento Profissional ........................................................... 27

Produção das diferentes Áreas (Psicologia, Serviço Social, Fisioterapia e Terapia Ocupacional)

..................................................................................................................................................... 31

Reflexão Final .............................................................................................................................. 32

Apêndice I .................................................................................................................................... 34

Anexo I ......................................................................................................................................... 36

iii

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 | Número de profissionais por categoria profissional .................................................... 3

Tabela 2 | Distribuição dos utentes da USF do Arco, por género e grupo etário ......................... 5

Tabela 3 | Indicadores Demográficos da USF do Arco, do ACES Lisboa Central e de Portugal .... 6

Tabela 4 | Unidades Ponderadas, por grupo etário da USF do Arco ............................................ 6

Tabela 5 | Grupos etários com necessidades específicas ............................................................. 7

Tabela 6 | Distribuição dos utentes inscritos por médico de família da USF do Arco .................. 8

Tabela 7 | Prevalência da de algumas patologias selecionadas, de acordo com a codificação

ICPC-2, na USF do Arco .................................................................................................................. 9

Tabela 8 | Resultados dos Indicadores Institucionais para a USF e para o ACES Lisboa Central 16

Tabela 9 | Número de consultas médicas realizadas por programa de saúde ........................... 17

Tabela 10 | Número de consultas médicas por programa de saúde por médico em 2015........ 17

Tabela 11 | Número total de consultas por médico em 2014 e 2015 (inclui domicílios) ........... 18

Tabela 12 | Número total de visitas domiciliárias por médico em 2014 e 2015 ........................ 18

Tabela 13 | Número de contactos de enfermagem por local de contacto ................................. 19

Tabela 14 | Taxa de utilização global de enfermagem ............................................................... 19

Tabela 15 | Número de contactos por programa de saúde de enfermagem ............................. 20

Tabela 16 | Cumprimento do PNV nas crianças de 2, 7 e 14 anos em 2015 na USF do Arco ..... 23

Tabela 17 | Cobrança de Taxas Moderadoras em 2015 ............................................................. 25

Tabela 18 | Número de notas de débito emitidas em 2014 / 2015 ........................................... 26

Tabela 19 | Análise Comparativa da Cobrança de Taxas Moderadoras 2014 / 2015 ................. 26

Tabela 20 | Sessões clínicas apresentadas na USF do Arco em 2015 ......................................... 28

Tabela 21 | Formação externa realizada em 2015 pela equipa da USF do Arco ........................ 29

Tabela 22 | Consultas realizadas por outros profissionais ......................................................... 31

Tabela 23 | Plano anual integrado de formação contínua, segundo as necessidades formativas

dos profissionais da USF do Arco em 2015 ................................................................................. 34

iv

Tabela 24 | Plano anual integrado de formação contínua, segundo as necessidades formativas

dos profissionais da USF do Arco em 2015 (continuação) .......................................................... 35

Tabela 25 | TOP 50 dos MCDT prescritos por custo PVP em 2015 na USF do Arco ................... 36

v

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACES Agrupamento de Centros de Saúde

ACES LC Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Central

ARSLVT Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

HTA Hipertensão Arterial

MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Tratamento

MGF Medicina Geral e Familiar

MIF Mulheres em Idade Fértil

MIM@UF Módulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais

PNV Programa Nacional de Vacinação

RCV Registo Centralizado de Vacinas

SAPE Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem

SIARS Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde

SINUS Serviço de Informação Nacional para Unidades de Saúde

TC Tomografia Computorizada

UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UP Unidades Ponderadas

USF Unidade de Saúde Familiar

1

INTRODUÇÃO

O presente Relatório de Atividades da Unidade de Saúde Familiar (USF) do Arco referente ao ano de

2015, à imagem do elaborado nos anos anteriores, é mais uma vez um instrumento de reflexão sobre

a prática clínica, bem como sobre a nossa maturação enquanto equipa, tendo em conta a análise

crítica das atividades realizadas, de acordo com as boas práticas, e o contributo que a melhoria

progressiva do trabalho em equipa tem no cumprimento da Carta de Compromisso.

Analisamos e refletimos sistematicamente, quer sobre os indicadores contratualizados, quer sobre os

monitorizados pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES).

2

CARATERIZAÇÃO DA USF DO ARCO

1. LOCALIZAÇÃO, CARATERÍSTICAS E ENQUADRAMENTO

A USF do Arco pertence à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e

integra o ACES de Lisboa Central (ACES LC). Fica situada na Travessa do Noronha n.º 5A - R/C, 1250-

169 Lisboa.

Na constituição desta USF, que iniciou atividade a 1 de Agosto de 2012, fizeram parte 17

profissionais: 6 médicos, 6 enfermeiros e 5 assistentes técnicas e, de acordo com o disposto no art.º

12º do DL n.º 298/2007 de 22 de agosto, mantém como coordenadora, reeleita em 2015, a Dra.

Maria da Graça Moreira Ferreira de Morais Sousa Santos, Assistente Graduada Sénior de Medicina

Geral e Familiar (MGF).

Figura 1 | Freguesias do concelho de Lisboa

3

Desde a reorganização das freguesias de Lisboa em Outubro de 2013 (decisão administrativa que não

teve em conta as áreas de prestação de cuidados de saúde), as freguesias de São Mamede, Coração

de Jesus e São José formam a nova freguesia de Santo António (Figura 1). Esta alteração geográfica

faz da USF do Arco a única Unidade de Saúde existente na freguesia, criando um constrangimento à

inscrição de novos utentes residentes, uma vez que as listas dos médicos da USF se encontram

completas.

Na prática, a USF do Arco presta cuidados, maioritariamente, à população residente nas antigas

freguesias de São Mamede e de Santa Isabel (pertencente atualmente a Campo de Ourique), já

pertencentes às listas de utentes dos médicos que integraram a USF, ou que foram transferidos no

decurso de 2013/2014 das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Luz Soriano ou

Coração de Jesus, por encerramento das mesmas.

2. LISTAGEM DE RECURSOS HUMANOS AFETOS À UNIDADE FUNCIONAL

No ano de 2015, no que diz respeito aos recursos humanos afetos à USF do Arco, houve algumas

mudanças, mas a unidade permaneceu relativamente estável face a anos anteriores (Tabela 1).

Tabela 1 | Número de profissionais por categoria profissional

Categoria 31-12-2014 31-12-2015 2014_2015

Assistente MGF 5 5 0

Assistente Operacional 2 1 -1

Assistente Técnico 4 4 0

Assistente Graduado Sénior MGF 1 1 0

Enfermeiro 2 2 0

Enfermeiro (Médico-Cirúrgica) 1 1 0

Enfermeiro (S. Infantil e Pediátrica) 1 1 0

Enfermeiro (S. Materna e Obstétrica) 2 2 0

Interno MGF 6 8 +2

Total 24 25 +1

Relativamente à equipa de Assistentes Técnicos, não houve mudanças. Há somente a referir que o

Assistente Operacional André Lima, que havia iniciado funções em novembro de 2014, foi mobilizado

para outro departamento do ACES LC no fim de janeiro de 2015, contando a USF atualmente com

menos este elemento.

4

No que diz respeito à equipa de enfermagem, há a salientar a continuação da ausência de um

elemento por licença de maternidade (desde 11 de novembro de 2014 até julho de 2015).

Efetivamente o pleno funcionamento da equipa, com os 6 enfermeiros, ocorreu a partir de Setembro

de 2015, com o elemento que retomou as suas funções com redução de horário para amamentação.

Este período significativo do ano de 2015 exigiu assim empenho e esforço acrescidos diariamente na

intersubstituição da profissional ausente, quer no âmbito da prestação de cuidados programados e

não programados, quer nas áreas e programas de saúde que lhe estavam atribuídas (saúde infantil,

vacinação e formação).

Relativamente à equipa médica, não houve variação do número de Assistentes, mas nos meses de

janeiro a outubro de 2015 a Dra. Vera Carvalho esteve ausente da USF por licença de maternidade,

tendo a resposta assistencial sido dada pelos restantes elementos.

A variação do número de Internos de MGF deve-se à entrada de duas novas internas, a Dra. Joana

Gomes e Dra. Mónica Fonseca. Durante o ano de 2015 a Dra. Ana Bragança e o Dr. Martino Gliozzi

concluíram o Internato Médico. Ambos foram colocados na UCSP São Nicolau em setembro de 2015.

3. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA POPULAÇÃO INSCRITA

A distribuição dos 10.864 utentes frequentadores inscritos na nossa unidade a 31 de Dezembro de

2015, é indicada na Figura 2 e Tabela 2, segundo dados do Sistema de Informação da Administração

Regional de Saúde (SIARS). O total corresponde a um decréscimo de 158 utentes face ao período

homólogo do ano transato.

5

Figura 2 | Estrutura etária dos utentes da USF do Arco, por género e grupo etário

Tabela 2 | Distribuição dos utentes da USF do Arco, por género e grupo etário

Idade Masculino Feminino Total % Masc % Fem

0 - 4 anos 342 285 627 3,15% 2,62%

5 - 9 anos 336 234 570 3,09% 2,15%

10 - 14 anos 290 289 579 2,67% 2,66%

15 - 19 anos 212 278 490 1,95% 2,56%

20 - 24 anos 221 275 496 2,03% 2,53%

25 - 29 anos 251 303 554 2,31% 2,79%

30 - 34 anos 317 423 740 2,92% 3,89%

35 - 39 anos 402 539 941 3,70% 4,96%

40 - 44 anos 371 472 843 3,41% 4,34%

45 - 49 anos 291 432 723 2,68% 3,98%

50 - 54 anos 275 396 671 2,53% 3,65%

55 - 59 anos 254 336 590 2,34% 3,09%

60 - 64 anos 242 366 608 2,23% 3,37%

65 - 69 anos 249 347 596 2,29% 3,19%

70 - 74 anos 211 311 522 1,94% 2,86%

75 -79 anos 152 308 460 1,40% 2,84%

80 - 84 anos 128 275 403 1,18% 2,53%

>= 85 anos 100 351 451 0,92% 3,23%

Total 4.644 6.220 10.864 42,75% 57,25%

Fonte: SIARS

6

Constata-se que prestamos cuidados a uma população envelhecida, com um Índice de

Envelhecimento (136,9%) superior ao Nacional (118,9%), tendência mantida em todos os Índices de

Dependência (Tabela 3).

Tabela 3 | Indicadores Demográficos da USF do Arco, do ACES Lisboa Central e de Portugal

Indicador USF do

Arco ACES Lisboa

Central (2015) Portugal (2011)

Índice de envelhecimento 136,9% 158,4% 118,9%

Índice de dependência total 63,2% 61,2% 51,4%

Índice de dependência de idosos 36,5% 37,5% 27,0%

Índice de dependência de jovens 26,7% 23,7% 22,6%

% da população entre os 15 e os 64 anos 61,3% 62,0% 66,8%

%população acima dos 64 anos 22,4% 23,3% 19,3%

% da população residente do sexo feminino 57,3% 54,9% 52,8%

Fontes: SIARS / Portugal - EUROSTAT, INE via PORDATA

Embora o Índice de Envelhecimento da nossa unidade seja inferior ao valor médio do ACES LC, tal

não se traduz numa diminuição dos Índices de Dependência. A justificação prende-se com o facto de

a população entre os 15 e os 64 anos inscrita não ter dimensão suficiente que compense de forma

robusta os extremos etários, que, no nosso caso, apresentam proporções significativas (16,3% de

jovens e 22,4% de idosos, como é visível pela forma da estrutura etária da Figura 2).

Na nossa unidade, a proporção de população residente do género feminino é superior à do ACES LC e

à de Portugal, o que, à semelhança das crianças e idosos, se traduz numa maior necessidade e

procura de cuidados de saúde.

A distribuição etária da população reflete necessidades específicas para cada grupo. Tal justifica a

atribuição de diferentes Unidades Ponderadas (UP) consoante o grupo etário. Aos 10.864 utentes

inscritos correspondem 14.380 UP, estando 31,8% das UP atribuídas aos extremos etários, conforme

consta na Tabela 4.

Tabela 4 | Unidades Ponderadas, por grupo etário da USF do Arco

Idade Masculino Feminino Total UP

0 - 6 anos 474 380 854 1.281

7 - 64 anos 3.330 4.248 7.578 7.578

65 - 74 anos 460 658 1.118 2.236

>=75 anos 380 934 1.314 3.285

Total 4.644 6.220 10.864 14.380

7

Tabela 5 | Grupos etários com necessidades específicas

Grupo Masculino Feminino Total

[0 - 1[ anos 67 61 128

[1 - 2[ anos 76 55 131

MIF [15 - 55[ anos - 3.118 3.118

População alvo para Rastreio Oncológico

Mamografia [50 - 70[ anos - 1.445 1.445

Citologia [21 - 65[ anos - 3.494 3.494

Cancro cólon e reto [50 - 75[ anos 1.231 1.756 2.987

MIF: Mulheres em Idade Fértil

Das Tabela 4 e Tabela 5 podemos estimar as necessidades dos grupos específicos, para uma taxa de

cobertura de 100%, ou seja:

1. Pelo menos 6 consultas no 1º ano de vida a 128 lactentes;

2. Pelo menos 3 consultas no 2º ano de vida a 131 crianças;

3. Pelo menos uma consulta médica ou de enfermagem anual a 3.118 mulheres em idade

fértil, no âmbito da saúde reprodutiva;

4. Pelo menos uma consulta médica bienal a 1.445 mulheres no âmbito do rastreio do

cancro da mama;

5. Pelo menos uma consulta médica trienal a 3.494 mulheres no âmbito do rastreio do

cancro do colo do útero;

6. Pelo menos uma consulta médica bienal a 2.987 utentes no âmbito do rastreio do cancro

colo-rectal (se realizado com pesquisa de sangue nas fezes);

7. Uma elevada taxa de intensidade de uso repetido na população com mais de 64 anos,

especialmente dos grandes idosos (≥75 anos, n=1314) devido a presença de

pluripatologia e maior fragilidade.

Embora as necessidades sejam mutáveis e ajustadas às características locais, como por exemplo, ao

nível socioeconómico e escolaridade da população, à taxa de desemprego, à proporção de idosos e

grandes idosos em famílias unitárias, é primordial, a partir das características demográficas da

população alvo, programar a oferta assistencial à comunidade, tendo em conta os recursos

disponíveis.

Os 10.864 utentes inscritos encontram-se distribuídos pelos 6 médicos da unidade, conforme

indicado na Tabela 6, correspondendo a cada lista de utentes uma média de 2.396,7 UP. A nossa

unidade não tem utentes sem médico de família.

8

Tabela 6 | Distribuição dos utentes inscritos por médico de família da USF do Arco

Médico 2014* 2015*

Ana Maria Moinhos 1.848 1.825

Ana Rita Tato 1.853 1.819

Andre Tome 1.845 1.841

Maria Graça Santos 1.875 1.847

Sofia Moura 1.744 1.718

Vera Carvalho 1.857 1.814

Fonte: SIARS; * Inscritos a 31-12

O elevado número de UP representa um esforço diário acrescido na prestação de cuidados

programados e não programados, prejudicando significativamente as atividades preventivas, de

intervenção na comunidade e de investigação clínica. Parece-nos importante avaliar e refletir a

médio / longo prazo qual o impacto da atual dimensão das listas de utentes nos determinantes de

saúde e risco de burnout dos profissionais.

4. DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS DE MAIOR INCIDÊNCIA NA POPULAÇÃO INSCRITA

Apesar do título deste capítulo, que corresponde a um dos itens a discutir no Relatório de Atividades

de 2015, as tabelas disponibilizadas pelo ACES LC são relativas a prevalência e não incidência, pelo

que doenças / sintomas do foro agudo poderão ter sido excluídos por não serem considerados, na

maioria das vezes, problemas crónicos nas consultas de continuidade.

A Tabela 7 apresenta a prevalência de algumas das patologias codificadas na USF do Arco em 2014 e

2015. Além da tabela fornecida e para melhor compreender as patologias mais prevalentes, assim

como os episódios de saúde, avaliámos também os dados correspondentes do Módulo de

Informação e Monitorização das Unidades Funcionais (MIM@UF). Destacaremos as patologias de

maior impacto na atividade clinica diária e responsáveis pelo grande consumo de atos médicos e de

enfermagem.

9

Tabela 7 | Prevalência da de algumas patologias selecionadas, de acordo com a codificação ICPC-2, na USF do Arco

2014 2015 2014_2015

Área ICPC Problema N.º Prev. N.º Prev. N.º Prev.

Aparelho circulatório

DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA COM ANGINA 88 0,80% 85 0,78% -3 -0,02

DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA SEM ANGINA 152 1,38% 167 1,54% +15 +0,16

ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO 79 0,72% 75 0,69% -4 -0,03

HIPERTENSÂO COM COMPLICAÇÕES 341 3,09% 388 3,57% +47 +0,48

HIPERTENSÃO SEM COMPLICAÇÕES 1 853 16,81% 1 889 17,39% +36 +0,58

ISQUÉMIA CEREBRAL TRANSITÓRIA 18 0,16% 22 0,20% +4 +0,04

TROMBOSE / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 110 1,00% 130 1,20% +20 +0,20

Aparelho digestivo

DOENÇA DO ESÓFAGO 127 1,15% 148 1,36% +21 +0,21

DOENÇAS DOS DENTES / GENGIVAS 243 2,20% 301 2,77% +58 +0,57

NEOPLASIA MALIGNA DO CÓLON / RECTO 52 0,47% 61 0,56% +9 +0,09

SINAIS / SINTOMAS DOS DENTES / GENGIVAS 51 0,46% 69 0,64% +18 +0,17

Aparelho genital feminino (incluindo mama)

NEOPLASIA BENIGNA DA MAMA 67 0,61% 73 0,67% +6 +0,06

NEOPLASIA MALIGNA DO COLO 18 0,16% 22 0,20% +4 +0,04

NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA 113 1,03% 120 1,10% +7 +0,08

Aparelho genital masculino HIPERTROFIA PROSTÁTICA BENIGNA 275 2,50% 294 2,71% +19 +0,21

NEOPLASIA MALIGNA DA PRÓSTATA 56 0,51% 56 0,52% +0 +0,01

Aparelho respiratório

ASMA 256 2,32% 286 2,63% +30 +0,31

BRONQUITE CRÓNICA 63 0,57% 73 0,67% +10 +0,10

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA 113 1,03% 145 1,33% +32 +0,31

RINITE ALÉRGICA 381 3,46% 456 4,20% +75 +0,74

Endócrino, metabólico e nutricional

ALTERAÇÕES DO METABOLISMO DOS LÍPIDOS 1 902 17,26% 2 035 18,73% +133 +1,48

DIABETES INSULINO-DEPENDENTE 25 0,23% 31 0,29% +6 +0,06

DIABETES NÃO INSULINO-DEPENDENTE 530 4,81% 562 5,17% +32 +0,36

EXCESSO DE PESO 794 7,20% 990 9,11% +196 +1,91

OBESIDADE 979 8,88% 1 180 10,86% +201 +1,98

Psicológico

ABUSO AGUDO DO ÁLCOOL 22 0,20% 22 0,20% +0 +0,00

ABUSO CRÓNICO DO ÁLCOOL 138 1,25% 169 1,56% +31 +0,30

ABUSO DO TABACO 1 655 15,02% 1 817 16,72% +162 +1,71

DEMÊNCIA 95 0,86% 93 0,86% -2 -0,01

DISTÚRBIO ANSIOSO / ESTADO DE ANSIEDADE 523 4,75% 601 5,53% +78 +0,79

PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS 824 7,48% 949 8,74% +125 +1,26

SENSAÇÃO DE ANSIEDADE / NERVOSISMO / TENSÃO 183 1,66% 211 1,94% +28 +0,28

Sistema músculo-esquelético OSTEOARTROSE DO JOELHO 379 3,44% 429 3,95% +50 +0,51

OSTEOPOROSE 225 2,04% 233 2,14% +8 +0,10

Fonte: dados fornecidos pelo ACES LC

10

Segundo os dados do SIARS quanto à HTA (K86 ou K87), registamos uma prevalência de 20,96%

(25,9% na população adulta) em 2015, muito inferior à encontrada no estudo PHYSA (42,2% na

população portuguesa adulta),1 mas mais próximo da encontrada pelo Prof. Espiga Macedo em 2013

(26,9%)2. Esta diferença pode ser explicada pelo sub-registo na população utilizadora, pela inscrição

de novos utentes (expurgo de não frequentadores em setembro de 2015) ou ainda por classificação

de alguns hipertensos como tendo tensão arterial elevada e não hipertensão, enquanto aguardam

nova avaliação. Registamos contudo um acréscimo de 83 novos casos.

Relativamente à Diabetes Mellitus (T89 ou T90) a prevalência foi em 2015 de 5,46% (6,75% na

população adulta), com 38 novos casos diagnosticados / codificados. Este valor é inferior ao

encontrado no Relatório do Observatório Nacional de Diabetes 2015 (13,1%),3 igualmente pela

inscrição de novos utentes, mas também pelo provável subdiagnóstico. Em 2016 será necessária uma

maior atenção no âmbito desta patologia, em especial na vigilância clínica dos utentes com risco

aumentado de desenvolver diabetes.

Quanto às Alterações do Metabolismo dos Lípidos (T93) registámos uma prevalência de 18,73%

(23,2% na população adulta), com acréscimo de 133 casos diagnosticados. Este valor está ainda

aquém do esperado, segundo o estudo HIPOCRATES (56% na população portuguesa adulta).4

Na população portuguesa a prevalência de Obesidade atinge os 13,8% e a de Excesso de Peso

38,6%.5 Na USF obtivemos em 2015 uma prevalência de 10,86% de obesos e de 9,11% de indivíduos

com excesso de peso, com registo de 196 e 201 novos casos, respetivamente. Uma maior

preocupação na codificação desta patologia, sobretudo quanto ao excesso de peso poderá aproximar

a prevalência encontrada aos dados da DGS.

1 Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Portuguese HYpertension and SAlt Study. J Hypertens 2005.

2 Macedo, Mário Espiga; Ferreira, Rui Cruz. A HTA em Portugal 2013, Análise epidemiológica nos Cuidados de Saúde Primários. Programa Nacional para as Doenças Cerebro-cardiovasculares. Direcção-Geral da Saúde 2013. 3 Relatório Anual do Observatório Nacional de Diabetes, 2015. 4 Perdigão C., Duarte J., Santos A. Prevalência e caracterização da hipercolesterolémia em Portugal. Estudo HIPOCRATES. Revista Factores de Risco 2010;17:12-19. 5 Direcção-Geral da Saúde. Programa nacional de combate à obesidade. Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2005.

11

Os dados do Registo Oncológico Nacional de 2008 referentes aos tumores com maior incidência

revelam que os mais frequentes são o da próstata no homem e mama na mulher, surgindo em

segundo lugar, comum a ambos os sexos, o cancro colo-rectal, seguido dos cancros da traqueia /

brônquios / pulmões no sexo masculino, tiróide no feminino e estômago para ambos.6 No entanto,

sendo os nossos dados de prevalência e não incidência, não serão comparáveis. Relativamente aos

dados da USF a prevalência de Cancro da Mama (X76 - 1,10%) é superior ao Cancro Colo-rectal (D75

- 0,56%) e Cancro do Colo do Útero (X75 - 0,2%), o que incentiva a educação e informação acerca dos

rastreios oncológicos instituídos.

Quanto a hábitos de consumo, as prevalências de Abuso Crónico do Álcool (P15) e de Abuso do

Tabaco (P17) foram em 2015, respetivamente, de 1,56% e 16,72%. Enquanto a primeira está de

acordo com a relatada no documento da DGS “Saúde Mental em números 2014”,7 a relativa ao

tabagismo está muito aquém da mencionada pela DGS (28,2%),8 alertando-nos para um sub-registo

provável.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (R95) pelo seu impacto na qualidade de vida e exacerbações

associadas constitui um problema de saúde relevante. Esta patologia tem uma prevalência na nossa

unidade de 1,33% (1,65% na população adulta), ou ligeiramente superior se considerarmos que a

alguns dos utentes com DPOC poderá ter sido atribuído o código de “Bronquite Crónica”. Mesmo

assim, tratam-se de números abaixo do estudo de prevalência da doença pulmonar obstrutiva

crónica em Lisboa,9 de 14,2%.

Ao avaliar a prevalência da patologia osteoarticular e tendo em conta a noção que, na prática clínica,

as queixas deste foro são uma constante em consulta sobretudo na população idosa, a equipa da USF

do Arco ficou algo surpreendida por não ver esta área em realce na tabela fornecida. No entanto, ao

avaliar a prevalência global de patologia osteoarticular de acordo com os dados do MIM@UF,

6 Direcção-Geral da Saúde. Portugal: Doenças oncológicas em números 2013. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2013. 7 Direcção-Geral da Saúde. Portugal: Saúde Mental em números 2014. Programa Nacional para a Saúde Mental Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2014. 8 Direcção-Geral da Saúde. Portugal: Prevenção e controlo do tabagismo em números 2014. Programa Nacional para a Prevenção e controlo do tabagismo Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2014. 9 Bárbara C., Rodrigues F. et al. Prevalência da doença pulmonar obstrutiva crónica em Lisboa, Portugal: estudo Burden of Obstructive Lung Disease. Rev Port Pneumol. 2013;19(3):96-105.

12

incluindo da coluna, membros inferiores e superiores, esta aproxima-se da encontrada no estudo

EpiReumaPt, segundo o qual cerca de metade da população portuguesa sofre de pelo menos uma

doença reumática.10

Outras doenças com grande impacto na saúde dos utentes e na gestão do tempo de consulta são as

do foro psiquiátrico, sobretudo o Distúrbio ansioso / estado de ansiedade (P74) com uma

prevalência de 5,53% em 2015 na nossa unidade e as Perturbações depressivas (P76) com 8,74%. O

documento da DGS “Saúde Mental em números 2014” já citado aponta uma prevalência de 7,9%

para estas últimas; o número superior encontrado na USF do Arco pode estar relacionado com o

acompanhamento transversal e contínuo característico do médico / enfermeiro de família,

permitindo um conhecimento mais aprofundado dos utentes, logo uma maior deteção deste tipo de

patologia. As perturbações de ansiedade terão em Portugal uma prevalência de 16,5%, sendo de

refletir em equipa a possibilidade de subvalorização das queixas deste foro e consequente sub-

registo em detrimento de outros problemas de saúde.

Uma população progressivamente mais idosa e as plurimorbilidades associadas tornam cada vez

mais complexos os cuidados de saúde necessários. A manutenção da qualidade de registos e a

codificação de problemas implica um trabalho diário rigoroso da parte dos profissionais de saúde

desta unidade.

10 Epireumat- Estudo epidemiológico das doenças reumatológicas em Portugal. Reuma Census 2011-2013

13

INDICADORES CONTRATUALIZADOS EM 2015

Mais uma vez nos congratulamos com os resultados obtidos neste ano, apesar dos condicionalismos

de recursos já enunciados anteriormente. A equipa foi ao longo do ano aperfeiçoando o trabalho

colaborativo das “micro equipas”, que se objetiva claramente como mais eficaz e uma mais-valia

quer nos resultados obtidos e maturação da equipa, quer na prevenção do burnout dos seus

profissionais. Não podemos deixar de salientar a colaboração e o empenho dos médicos internos em

formação na USF.

Dos 21 indicadores contratualizados, 15 foram atingidos, com um grau de cumprimento superior a

100%, 4 pontuados e 2 não foram cumpridos (Tabela 8). Analisaremos em seguida os indicadores em

que o grau de cumprimento foi inferior a 100%, ou em que o resultado nos mereça algum

comentário.

Realçamos a estabilização do indicador “Taxa de utilização de consultas médicas nos últimos 3

anos” em 3 anos consecutivos (74,6% em 2013; 74,8% em 2014 e 76,3% em 2015), o que cremos se

prende com o facto da população inscrita na USF ser mais jovem que a do ACES e com algum poder

económico, o que lhes permite dispor e utilizar seguro de saúde em detrimento dos serviços da USF.

O ligeiro aumento de 1,5% no ano em análise parece-nos dever-se ao expurgo dos não

frequentadores.

O indicador “Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1000 inscritos” teve um grau de

cumprimento de 118,29% (mais 241 consultas que em 2014), pelo facto de termos tido, de forma

não previsível no momento da contratualização, alguns utentes com patologia terminal com grande

agravamento da sua capacidade funcional e necessitando de cuidados no domicílio várias vezes por

semana.

De todo o modo e porque as visitas domiciliárias não devem assumir um carácter exclusivamente

curativo, mas ir de encontro às necessidades da população de uma forma geral, a equipa aumentou

no ano em análise as visitas a grupos de risco (diabéticos e hipertensos), puérperas e recém-

nascidos, estratégia que pretendemos manter caso os recursos o permitam. Os resultados obtidos

14

neste indicador têm superado continuamente os resultados do ACES com um diferencial de mais

40,42%, no ano em análise.

O único indicador com grau de cumprimento inferior a 90% (79,77%), a ”Proporção de utentes com

HTA, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg”, cremos dever-se

a ter-nos sido exigido um valor contratualizado muito elevado (53%) contra toda a evidência

científica, facto devidamente explicitado por nós na ata da contratualização. Corroboram o nosso

resultado (42,28%), os valores dos estudos nacionais de 2003 (Espiga de Macedo) e 2012 (PHYSA),

que encontram 11,2% e 42% respetivamente.

Relativamente ao indicador ”Proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HbA1c

inferior ou igual a 8%”, apesar da meta para 2015 ter aumentado em exigência (59,1% em 2014 e

67,0% em 2015), conseguimos aumentar o número de diabéticos bem controlados, tendo o grau de

cumprimento atingido 98,82% (valor este 30,13% acima do resultado do ACES).

O indicador mais problemático dada a sua elevada ponderação e que nos penalizou muito o Índice de

Desempenho Global atingido, foi o referente à “Despesa média de MCDT´s prescritos, por utente

utilizador (baseado no preço convencionado)”, em que nos foi exigida uma diminuição de

2,7€/utente utilizador, face ao valor inicialmente acordado. Apesar de acima do contratualizado, o

resultado que obtivemos (54,02€/utilizador) está 9,74€ abaixo do obtido na globalidade do ACES.

Realçamos que de um modo genérico solicitámos menos 729 Meios Complementares de Diagnóstico

e Tratamento (MCDT) que em 2014, tendo o custo global aumentado cerca de 6.000 € relativamente

ao mesmo ano. A Equipa médica tem sido cada vez mais rigorosa na adequação dos pedidos de

MCDT, não podendo deixar de realçar que a exigência de diminuição sistemática neste indicador se

pode revelar desadequada e mesmo penalizadora da boa prática médica, o que a médio / longo

prazo poderá gerar maiores gastos pelas complicações / patologias potencialmente não prevenidas

ou diagnosticadas atempadamente.

Em termos de custos, no “Top 50 MCDT por custo PVP 2015” (Anexo I) surgem o ecocardiograma, a

colonoscopia, o hemograma, a mamografia, a urinocultura e a PSOF como os exames mais onerosos.

Estes, no entanto, estão relacionados com as boas práticas, com os rastreios oncológicos e com o

acompanhamento adequado de patologias como HTA e DM.

15

A USF do Arco tem registados 2.275 hipertensos, 386 dos quais já com complicações (prevalência de

26,5% para a população ≥20 anos), tendo 68% destes um acompanhamento adequado (apesar do

indicador não ser contratualizado). Os 715 ecocardiogramas pedidos justificam-se pelo seguimento

adequado às boas práticas dos 267 utentes com registo de sopro cardíaco, dos 386 utentes com HTA

com complicações, dos 134 utentes com fibrilhação auricular e dos restantes utentes com HTA sem

complicações.

Relativamente à Diabetes Mellitus o número de utentes registado é de 593 (prevalência para a

população ≥20 anos de 6,9%) e, à semelhança da HTA, apesar de não contratualizado o indicador de

acompanhamento adequado é de 74%.

Entendemos ter como explicações para o resultado obtido neste indicador, para além do que atrás

ficou dito:

o elevado número de MCDT prescritos que não chegaram a ser realizados (por extravio,

esquecimento ou caducidade das credenciais), que vêm a ter que ser reemitidas e assim

contabilizadas 2 vezes, uma vez que não temos possibilidade de as anular se prescritas há

mais de 30 dias;

o aumento médio de 4,61% das taxas de rastreio atingidas para os cancros da mama, colo-

rectal e do colo do útero, tendo neste âmbito aumentado significativamente os gastos com

colonoscopias (mais 96 pedidos do que em 2014);

o facto de cerca de 40% das UP dos inscritos na USF do Arco se deverem aos utentes ≥65

anos (5.521 UP), com elevada prevalência de patologia dos capítulos ICPC

“Endocrinometabólico e nutricional”, “Músculo-esquelético” e do “Aparelho circulatório”,

justifica os custos significativos em MCDT referentes ao acompanhamento adequado às boas

práticas nestes utentes, de que se realçam os gastos com ecocardiogramas ou holter, bem

como análises clínicas de controlo da patologia endocrinometabólica e gastos em

imagiologia da patologia Osteoarticular, quer degenerativa, quer traumática (610 Fraturas,

479 Síndromes da coluna com irradiação, 429 Osteoartroses do Joelho, 232 Osteoartroses da

Anca, 233 utentes com Osteoporose, 450 utentes com Bursite/Tendinite, entre outras).

O significativo número de Tomografias Computorizadas (TC) do abdómen superior, pode dever-se

quer ao diagnóstico, quer ao estadiamento / acompanhamento dos numerosos utentes com

patologia maligna dos vários órgãos, dos quais se realçam 120 da mama feminina, 90 do tubo

digestivo, 56 da próstata, 35 do aparelho urinário e 33 do aparelho respiratório.

16

Por último, no indicador “Proporção de utentes com Diabetes tipo 2, em terapêutica com insulina”

tivemos um resultado de 73,21%, o que tendo em conta a mudança do BI do indicador em 2015 e

não dispormos de histórico, consideramos um resultado bom face ao valor contratualizado.

Os restantes indicadores tiveram todos um grau de cumprimento igual ou superior a 100%.

O Índice de Desempenho Global foi de 92,1%.

Tabela 8 | Resultados dos Indicadores Institucionais para a USF e para o ACES Lisboa Central

Designação Meta Numerador Denominador Resultado

Grau de Cumprimento

∆ Mês Anterior

∆ Período Homólogo

Resultado ACES

∆ UF_ACES

FX Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos

77,5 8.289 10.862 76,31 98,46% +0,39 +1,55 72,56 +3,75

FX Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1.000 inscritos

125,0 1.744 11.761 148,29 118,63% +11,59 +17,53 107,87 +40,42

FX Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos

70,0 6.581 9.199 71,54 102,20% +0,34 +3,50 39,18 +32,36

FX Proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na área do planeamento familiar

0,629 1.782 2.721 0,650 103,34% 0,00 #N/D 0,400 +0,25

FL Proporção de grávidas, com acompanhamento adequado

0,648 38 43 0,880 135,80% +0,01 #N/D 0,480 +0,40

FX Proporção de crianças com 1 ano de vida com acompanhamento adequado na área da saúde infantil durante o 1º ano de vida

0,681 63 81 0,780 114,54% 0,00 #N/D 0,560 +0,22

FX Proporção de utentes com hipertensão arterial, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg

53,0 301 712 42,28 79,77% +4,04 -5,00 34,11 +8,17

FX Proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HgbA1c inferior ou igual a 8,0 %

67,0 390 589 66,21 98,82% +4,39 -1,66 36,08 +30,13

FX

Proporção de utentes com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, no período em análise

68,0 1.701 2.431 69,97 102,90% -0,23 +2,12 69,09 +0,88

FX Despesa média de medicamentos prescritos por utente utilizador (baseado no PVP)

135,8 754.492 6.524 115,65 114,84% +5,71 -11,14 148,77 -33,12

FX Despesa média de MCDTs prescritos, por utente utilizador (baseado no preço convencionado)

50,6 352.454 6.524 54,02 93,24% +1,38 -1,24 63,76 -9,74

FX Proporção de mulheres entre [50; 70[ anos, com mamografia registada nos últimos dois anos

58,0 853 1.445 59,03 101,78% +1,57 +2,00 40,09 +18,94

FX Proporção de utentes com idade entre [50; 75[ anos, com rastreio de cancro do colon e reto efetuado

53,5 1.666 2.986 55,79 104,28% +0,56 +4,08 25,71 +30,08

FX Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpocitologia nos últimos 3 anos

50,0 1.464 2.900 50,48 100,96% +1,21 +3,20 25,52 +24,96

FL Proporção de utentes com diabetes tipo 2, em terapêutica com insulina

80,0 41 56 73,21 91,51% +0,99 -4,15 67,89 +5,32

FX Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 HgbA1c no último ano, desde que abranjam os 2 semestres

67,2 399 560 71,25 106,03% +5,41 +2,08 30,63 +40,62

FX Proporção de utentes obesos e com idade igual ou superior a 14 anos, a quem foi realizada consulta de vigilância de obesidade nos últimos 2 anos

85,0 948 1.122 84,49 99,40% +0,59 +1,62 65,74 +18,75

FX

Proporção de utentes com hipertensão arterial (sem doença cardiovascular nem diabetes), com determinação de risco cardiovascular nos últimos 3 anos

60,0 910 1.462 62,24 103,73% +0,44 +8,93 27,04 +35,20

FX Proporção de utentes com diabetes, com registo de gestão do regime terapêutico (3 itens) no último ano

55,0 422 589 71,65 130,27% +1,55 +19,48 16,09 +55,56

FX

Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos e com hábitos tabágicos, a quem foi realizada consulta relacionada com tabagismo, no último ano

40,0 800 1.797 44,52 111,30% +1,83 +5,27 15,61 +28,91

FX Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação do consumo de álcool, registado nos últimos 3 anos

70,0 6.527 9.199 70,95 101,36% +0,35 +3,91 38,96 +31,99

Fonte: SIARS, referente a 31/12/2015

17

CONSULTAS MÉDICAS REALIZADAS

Durante o ano de 2015 a equipa médica da USF do Arco deu resposta assistencial às 6 listas de

utentes da unidade, apesar de durante os primeiros nove meses deste ano ter tido menos um

elemento, como já referido anteriormente.

Não obstante, verificou-se um aumento de 1.546 consultas (6,6%) relativamente a 2014, o que revela

o esforço acrescido e a flexibilidade dos médicos para manter a resposta assistencial a todos os

utentes, com ou sem médico de família disponível (Tabela 9 a Tabela 11). Na prática, cada assistente

disponibilizou 2 vagas por dia de Saúde de Adulto na sua agenda, para consulta programada aos

utentes da lista da Dra. Vera Carvalho, tendo a prestação de cuidados a grupos específicos (Saúde

Infanto-Juvenil, Saúde Materna e Planeamento Familiar) sido assegurada pelas internas de 3º e 4º

ano da formação específica em Medicina Geral e Familiar. Entre Maio e Agosto, o recém-especialista

Dr. Martino Gliozzi assegurou na íntegra a prestação de cuidados aos utentes desta lista.

Tabela 9 | Número de consultas médicas realizadas por programa de saúde

Consulta 2014 2015 2014_2015

Saúde Adultos 19.013 20.053 +1.040

Planeamento Familiar 1.036 1.202 +166

Saúde Materna 539 438 -101

Saúde Infantil 2.823 3.264 +441

Total 23.411 24.957 +1.546

Fonte: SIARS

Tabela 10 | Número de consultas médicas por programa de saúde por médico em 2015

Saúde Adultos Planeamento Familiar Saúde Materna Saúde Infantil

Total Geral Médico 1ª Ano

Seguin-tes

Total 1ª Ano Seguin

-tes Total 1ª Ano

N/ Espec.

Seguin-tes

Total 1ª Ano Seguin-

tes Total

Ana Moinhos 1.030 2.954 3.984 149 60 209 9 10 75 94 244 488 732 5.019

Ana Rita Tato 1.008 2.403 3.411 137 70 207 6 4 29 39 186 366 552 4.209

André Tome 1.133 3.158 4.291 122 46 168 8 4 67 79 178 312 490 5.028

Maria Graça Santos 1.065 2.998 4.063 211 108 319 10 7 47 64 250 496 746 5.192

Martino Gliozzi 217 740 957 28 21 49 1 1 3 5 43 112 155 1.166

Sofia Moura 776 1.751 2.527 112 82 194 16 12 123 151 165 314 479 3.351

Vera Carvalho 111 709 820 32 24 56 3 - 3 6 21 89 110 992

Total 5.340 14.713 20.053 791 411 1.202 53 38 347 438 1.087 2.177 3.264 24.957

Fonte: SIARS

18

Tabela 11 | Número total de consultas por médico em 2014 e 2015 (inclui domicílios)

2014 2015

Médico SA PF SI SM Total SA PF SI SM Total 2014_2015

Ana Moinhos 3.902 230 567 90 4.789 3.984 209 732 94 5.019 +230

Ana Rita Tato 3.426 198 548 87 4.259 3.411 207 552 39 4.209 -50

André Tome 3.802 156 412 36 4.406 4.291 168 490 79 5.028 +622

Maria Graça Santos 3.696 196 686 174 4.752 4.063 319 746 64 5.192 +440

Martino Gliozzi - - - - - 957 49 155 5 1.166 +1.166

Sofia Moura 1.009 42 127 47 1.225 2.527 194 479 151 3.351 +2.126

Vera Carvalho 3.178 214 483 105 3.980 820 56 110 6 992 -2.988

Total 19.013 1.036 2.823 539 23.411 20.053 1.202 3.264 438 24.957 +1.546

Fonte: SIARS; SA - Saúde de Adultos; PF - Planeamento Familiar; SM - Saúde Materna; SI - Saúde Infantil

No que se refere mais especificamente à atividade assistencial médica ao domicílio, patente na

Tabela 12, verifica-se um acréscimo de 39 domicílios (17,4%) relativamente a 2014, sobretudo pela

maior complexidade clínica dos utentes dependentes a quem foram prestados cuidados.

Tabela 12 | Número total de visitas domiciliárias por médico em 2014 e 2015

Médico 2014 2015 2014_2015

Ana Moinhos 38 62 +24

Ana Rita Tato 40 44 +4

André Tome 48 60 +12

Maria Graça Santos 47 54 +7

Martino Gliozzi - 2 +2

Sofia Moura 7 30 +23

Vera Carvalho 44 11 -33

Total 224 263 +39

Fonte: SIARS

19

CONTACTOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS

No decorrer do ano de 2015, tal como já foi referido anteriormente, a equipa de enfermagem da USF

do Arco esteve reduzida a menos um elemento, o que implicou um esforço individual e trabalho de

equipa acrescidos, de forma a dar resposta ao compromisso assistencial estabelecido. Não obstante,

foi possível aplicar no ano transato a metodologia de enfermeiro de família, fator que consideramos

ter sido determinante para atingir os resultados obtidos.

Comparativamente ao ano anterior, verificou-se um aumento de 10% na taxa de utilização global de

enfermagem e um acréscimo no total de números de contactos de enfermagem por local de

contacto de quase mais 4.500 (Tabela 13 e Tabela 14).

Tabela 13 | Número de contactos de enfermagem por local de contacto

Local 2014 2015 2014_2015

Centro de Saúde 7.433 9.208 +1.775

Contacto por carta 32 137 +105

Contacto telefónico 856 2.338 +1.482

Domicílio 1.474 1.724 +250

Correio eletrónico 7 121 +114

Hospital - 1 +1

Não presencial 162 890 +728

Outros - 1 +1

Total 9.964 14.420 +4.456

Tabela 14 | Taxa de utilização global de enfermagem

2013 2014

N.º Utilizadores 3.591 4.664

N.º Inscritos 11.022 10.864

Taxa de Utilização Global de Enfermagem 32,6% 42,9%

No que se refere aos contactos por carta, contactos telefónicos e correio eletrónico, verificou-se um

aumento significativo. Esta subida estará associada ao facto de cada micro equipa ter recorrido a

estas vias como uma das estratégias organizativas, para atualização do Programa Nacional de

Vacinação (PNV) e rastreios oncológicos. Esta estratégia, nomeadamente em relação aos rastreios de

cancro, associada ao empenho de toda equipa na sensibilização e educação para a saúde dos utentes

a rastrear, refletiu-se nos resultados alcançados pela USF.

20

O contacto não presencial também evidencia uma subida, face ao ano anterior, pela necessidade de

consultar processos e atualizar registos. São exemplos deste domínio, a avaliação da cobertura

vacinal nos utentes hipertensos e a atualização no SINUS dos utentes vacinados fora da instituição.

Em relação ao número de contactos por programa de saúde de enfermagem, também se constata,

na sua globalidade, um aumento comparativamente a 2014 de acordo com a Tabela 15.

Tabela 15 | Número de contactos por programa de saúde de enfermagem

Programa de Saúde 2014 2015 2014_2015

Apoio Domiciliário Integrado (Adi) 30 - -30

Dependentes 1.292 1.398 +106

Domicílio - 1.441 +1.441

P.N. Diabetes 1.397 2.195 +798

P.N. Saúde das Pessoas Idosas 3.586 4.858 +1.272

P.N.D.C.C. Risco - Cardiovascular 93 51 -42

P.N.D.C.C. Risco: Hipertensão 2.702 4.056 +1.354

P.N.D.O. Rastreio do cancro do colo do útero 828 2.241 +1.413

P.N.L.C.T. Acompanhamento de Conviventes de Doentes Com Tuberculose 2 10 +8

P.N.L.C.T. Acompanhamento de Doentes Com Tuberculose 1 10 +9

P.N.S.E.: Estilos de Vida 1 - -1

P.N.S.E.: Saúde Individual e Coletiva 1 2 +1

P.N.S.I.J. Saúde Infantil 2.772 4.407 +1.635

P.N.S.I.J. Saúde Juvenil 258 317 +59

P.N.S.R. e Planeamento Familiar 1.762 2.322 +560

P.N.S.R. Puerpério 201 364 +163

P.N.S.R. Saúde Materna 436 343 -93

Reabilitação 5 3 -2

Saúde da Comunidade - 3 +3

Saúde do Adulto 3.395 5.252 +1.857

Tratamento Feridas / Úlceras 3.413 4.051 +638 P.N. - Programa Nacional; P.N.D.C.C - Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares; P.N.D.O. - Programa Nacional para as Doenças Oncológicas; P.N.L.C.T. - Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose; P.N.S.E. - Programa Nacional de Saúde Escolar; P.N.S.I.J. - Programa Nacional de Saúde Infanto Juvenil; P.N.S.R. - Programa Nacional de Saúde Reprodutiva

Evidenciam-se os contactos relativos ao Rastreio do Cancro do Colo do Útero, os Grupos Vulneráveis

(SI e PF) e Grupos de Risco (HTA e Diabetes). Em crescente, mas com um aumento mais ligeiro, o

Tratamento de Feridas.

Em relação à Taxa de Domicílios, os resultados apresentados revelam um aumento de 18,53% face ao

ano transato. Ao analisarmos a população a quem foi prestado este tipo de cuidados, verificamos

que 27,9% apresenta um grau de dependência moderada e 41,17% apresenta alto risco de queda.

Face à heterogeneidade da população assistida, 45,6% dos utentes assistidos apresentam elevado

risco de úlcera de pressão. Salientamos no entanto que, pela oscilação da população de dependentes

21

e incerteza nas diferentes áreas de intervenção (por exemplo na vigilância e promoção da saúde), os

resultados a alcançar no próximo ano podem apresentar uma grande variabilidade.

Ainda assim e não obstante a significativa evolução nos resultados obtidos, consideramos que ainda

persiste um longo caminho a percorrer, nomeadamente nos registos informáticos. Na prática clínica

poderá ter ocorrido sub-registo de dados, quer por dúvidas decorrentes da ausência de formação da

equipa no sistema informático SAPE / SClínico, quer pela dificuldade na interpretação dos dados

fornecidos, visto que cada contacto pode ser associado a mais do que um programa de saúde.

22

COBERTURA VACINAL

A vacinação mantém-se como um dos programas transversais da USF do Arco, em que todos os

profissionais de saúde continuam empenhados e envolvidos. O horário pós-laboral, o esclarecimento

de dúvidas, a consulta do Registo Centralizado de Vacinas (RCV), da Plataforma de Dados da Saúde, o

pedido dos boletins de vacinas pelas assistentes técnicas aquando da inscrição das famílias na USF e

a convocatória dos utentes incumpridores (por telefone, carta e visita domiciliária), continuam a

representar as medidas estratégicas no acompanhamento / monitorização do cumprimento do PNV

da população que assistimos.

No entanto, no ano de 2015 verificaram-se algumas intercorrências, nomeadamente: a rutura de

stock da vacina DTPaVIP, da BCG e de outras vacinas (exigindo recorrentes pedidos de reposição de

stock); dificuldades no acesso ao RCV; o expurgo de utentes (adultos) não frequentadores, mas cujos

filhos permanecem como utentes da USF; e a admissão de novos utentes. Na Tabela 16 está exposto

o cumprimento do PNV em 2015 para as crianças nas coortes dos 2, 7 e 14 anos.

Verificamos com frequência situações em que as crianças / jovens não cumprem o esquema de

vacinação atempado por motivo de doença, porque vêm do estrangeiro, onde o esquema vacinal

realizado é diferente do nosso ou se inscrevem na unidade sem qualquer registo vacinal ou com

esquemas vacinais incompletos.

23

Tabela 16 | Cumprimento do PNV nas crianças de 2, 7 e 14 anos em 2015 na USF do Arco

Coorte Nascidos de

01/01 a 31/12 de …

Vacinas Total de fichas de

vacinação (n)

Total de pessoas

vacinadas (n)

PNV cumprido (sobre o total) %

Total de crianças com recusa de vacinação* (n)

Total de crianças com contraindicação formal à

vacinação ** (n)

PNV cumprido (sem as recusas /

contraindicações) %

2013

BCG

116 109 94,0 0 0 94

DTPa

VHB

VASPR

VIP

Hib

MenC

2008

BCG

119 89 74,8 1 0 75,4

DTPa

VHB

VASPR

VIP

MenC

2001

Td

131 101 71,1 0 0 77,1

VHB

VASPR

VIP

MenC

Notas: * - Nº de casos de recusa da vacinação com dissentimento assinado pelos responsáveis; ** - Nº de crianças com contraindicação formal a uma ou mais vacinas (com declaração médica)

Relativamente ao cumprimento do PNV nas coortes expostas:

Proporção de crianças com PNV atualizado aos 2 anos (94%): temos 116 crianças inscritas,

vacinaram-se 109. Das incumpridoras temos uma situação de recusa parental, de acordo com

registo efetuado no SINUS; quanto às restantes foram mobilizadas as estratégias para adesão

acima mencionadas, no entanto, até à data, estas não compareceram ou contactaram a USF

para regularizar ou informar do seu esquema vacinal;

Proporção de crianças com PNV atualizado aos 7 anos (74,8%): temos 119 crianças inscritas,

vacinaram-se 89. Entre as crianças incumpridoras, temos uma situação de recusa parental,

assim como crianças sem contacto nos últimos 5 anos ou mesmo sem qualquer contacto

efetuado com a USF11. Foram igualmente mobilizadas as estratégias para adesão acima

11 Identificam-se os seguintes utentes, com 7 anos, sem contacto recente com a USF: NOP 1073904 (último contacto em 2010 - consulta

de enfermagem); NOP 1638003 (último contacto em 2008 - consulta de enfermagem); NOP 649306 (último contacto com a USF em agosto

de 2012 - consulta médica); NOP 1048905 (último contacto com a USF em 2013 - consulta médica); NOP 1770403 (sem contactos no SINUS

ou SClínico); NOP 1539932 (sem contactos no SINUS ou SClínico); NOP 1635603 (sem contactos no SINUS ou SClínico).

24

mencionadas, no entanto, até à data, estas não compareceram ou contactaram a USF para

regularizar ou informar do seu esquema vacinal;

Proporção de crianças com PNV atualizado aos 14 anos (71,1%): temos 131 crianças/jovens

inscritas, vacinaram-se 101. Das crianças incumpridoras, detetamos vários casos sem

contacto com profissionais da USF nos últimos 5 anos ou mesmo sem qualquer contacto

efetuado, bem como um caso em que a criança é o único elemento do agregado familiar

inscrito (pais expurgados).12 Mesmo assim, foram mobilizadas as estratégias de incentivo à

adesão acima explicitadas.

Importa referir que muitas das crianças com o PNV não atualizado e cujas estratégias não têm sido

eficazes, ou elas ou os seus pais, têm nacionalidade estrangeira, não sendo possível contactar quer as

crianças quer as suas famílias.

Como comentário adicional ao nível de cumprimento do PNV, a equipa de enfermagem identificou à

data de realização do Relatório de Atividades de 2015 uma discrepância entre os dados que nos

foram fornecidos e as listagens de crianças não cumpridoras retiradas mensalmente do Módulo

SINUS Vacinação para convocatória (disponíveis em suporte papel no dossier Vacinação, Separador

Estatísticas, presente no gabinete de vacinação, da USF). Esta diferença deve-se a um erro

informático que impede a extração das listagens na sua totalidade e que, possivelmente, também

justifica os valores percentuais obtidos em anos transatos. Desde então foi implementada uma

estratégia para ultrapassar esta anomalia, sempre que a mesma ocorra.

12 Identificam-se os seguintes utentes, com 14 anos, sem contacto recente com a USF: NOP 945303 (sem contactos no SINUS ou SClínico);

NOP 1758403 (sem contactos no SINUS ou SClínico); NOP 944705 (último contacto em 2006 - consulta de enfermagem - registo apenas no

SINUS); NOP 1026106 (último contacto em 2003 - consulta médica); NOP 1081903 (último contacto em 2010 - consulta médica); NOP

658703 (último contacto em 2010 - consulta médica); NOP 975801 (único elemento do agregado familiar inscrito).

25

TAXAS MODERADORAS COBRADAS E EM DÍVIDA NAS DIVERSAS

PLATAFORMAS

Da consulta da Tabela 17 verifica-se que no ano de 2015 a percentagem de consultas médicas que

não se logrou conseguir a liquidação terminado o ano civil, são em número pouco significativo (237)

em relação ao total de consultas realizadas (12.179). No que respeita aos atos de enfermagem,

revelou-se superior a percentagem não paga (7,15%). Porém, há que referir que o pagamento dos

atos de enfermagem não é feito previamente à sua realização, conforme acontece com as consultas

médicas.

Tabela 17 | Cobrança de Taxas Moderadoras em 2015

UNIDADE FUNCIONAL

SINUS Nº CONTACTOS NÃO ISENTOS

MARTA Nº CONTACTOS NÃO ISENTOS

TOTAL Nº CONTACTOS NÃO ISENTOS MONTANTE

TOTAL EM DÍVIDA (€) PAGOS

NÃO PAGOS

% NÃO PAGOS

PAGOS NÃO

PAGOS % NÃO PAGOS

PAGOS NÃO

PAGOS % NÃO PAGOS

USF ARCO 11.942 237 1,95% 1.233 95 7,15% 13.175 332 2,46% 11.942€

ACES LISBOA CENTRAL 234.860 2.614 1,10% 40.005 4.010 9,11% 274.865 6.624 2,35% 234.860€

Nota: Os dados constantes acima referem-se ao ano de 2015 e até 18.02.2016

Não obstante as profissionais administrativas terem mantido o cumprimento da norma que obriga ao

envio mensal de notas de débito para cobrança de pagamentos em falta (único modo de recuperação

posterior de taxas em dívida em vigor no ACES LC), este não se verificou totalmente eficaz, face ao

objetivo pretendido de não existirem taxas em dívida. Objetiva-se que em 2015 o número de total

notas de débito remetidas mensalmente aos utentes foi de 860, número muito superior ao do ano de

2014 (Tabela 18).

Da Tabela 19 conclui-se ainda que a Equipa de Secretárias Clínicas tem mantido o esforço e empenho

na recuperação dos valores em dívida, não obstante a percentagem de taxas por pagar tenha

aumentado de 1,6% em 2014, para 2,46% em 2015.

26

Tabela 18 | Número de notas de débito emitidas em 2014 / 2015

Meses

Nº de Notas de Débito

2014

Nº de Notas de Débito

2015

Janeiro 48 97

Fevereiro 46 75

Março 50 66

Abril 60 90

Maio 62 63

Junho 45 59

Julho 10 72

Agosto 63 55

Setembro 120

73

Outubro 83

Novembro 74 75

Dezembro 76 52

Total 657 860

Tabela 19 | Análise Comparativa da Cobrança de Taxas Moderadoras 2014 / 2015

Nº CONSULTAS MÉDICAS / ENFERMAGEM

E ATOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS

(UTENTES NÃO ISENTOS)

TOTAL DE TAXAS MODERADORAS

DEVIDAS

TOTAL DE TAXAS MODERADORAS

EFETIVAMENTE RECEBIDAS

TAXAS MODERADORAS EM

DÍVIDA

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

12.408 13.507 51.801,43€ 57.215,90€ 50.989,03€ 55.580,20€ 812,40€ 1.635,70€

27

PROGRAMA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

No sentido de identificar as necessidades formativas da equipa e de consequentemente delinear o

Plano Anual de Formação, foi elaborado um inquérito individual por grupo profissional e, no final do

ano, foi avaliado o cumprimento do plano (Apêndice I).

A formação interna é fundamentalmente sustentada por reuniões de interesse comum e onde

participam os diversos elementos da equipa. Os principais objetivos destas reuniões são: a) obviar as

necessidades formativas sentidas como prioritárias; b) estimular o espírito de equipa e c) contribuir

para o aumento da satisfação profissional dos elementos da equipa. Realizam-se semanalmente, às

quartas-feiras das 14.00 às 15.30 horas, onde são abordados temas de ordem organizacional,

elaboração de documentos da USF e / ou apresentação de sessões clínicas (com a respetiva

elaboração de ata da reunião de serviço, convocatória para a reunião seguinte e emissão de

certificado individual de apresentação / participação em sessão clínica).

Mensalmente a equipa discute igualmente a evolução dos indicadores (se disponibilizados pelo SIARS

/ MIM@UF), sendo sempre que necessário propostas medidas de otimização / correção da atividade

desenvolvida.

As sessões clínicas apresentadas em 2015 estão indicadas na Tabela 20.

Como proposto, foram apresentados diversos trabalhos relevantes para a Medicina Familiar atual

(alguns previamente identificados como necessidades formativas), cumprindo cerca de metade das

necessidades identificadas pela equipa. Acrescentam-se as comunicações orais realizadas pelo Dr.

André Tomé (ainda não apresentadas à equipa), “Sobreviventes: uma população crescente! Desafios

e oportunidades, A visão do médico de família” (autor) e “Comunicação e Perceção de Risco -

Diferentes Modos de Comunicar, Diferentes Modos de Partilhar a Decisão Clínica (em coautoria)13 e é

de realçar a produção científica dos internos de MGF da USF do Arco, perfazendo um total de 11

trabalhos apresentados em congressos ou jornadas promovidos por entidades reconhecidas pela

qualidade científica. Propomo-nos em 2016 intensificar a produção de trabalhos científicos,

nomeadamente de investigação, com a participação de todos os grupos profissionais, procurando

colmatar as necessidades formativas de todos.

13 André Tomé - RODRIGUES, Ricardo et al. Comunicação e percepção de risco: diferentes modos de comunicar, diferentes modos de

partilhar a decisão clínica. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, [S.l.], v. 31, n. 2, p. 125-33, mar. 2015. ISSN 2182-5173. Disponível em: <http://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/11468>. Acesso em: 07 mar. 2016.

28

Tabela 20 | Sessões clínicas apresentadas na USF do Arco em 2015

Título Tipo de

trabalho Preletor / Autor Categoria profissional

Vacinação anti meningocócica Bexsero© RBE Margarida Cunha

António Trigo Internos do Ano Comum

Kaizen Lean - Redução do desperdício e melhoria contínua da qualidade Qualidade André Tomé Assistente de MGF

Terapêutica médica não farmacológica na osteoartrose RBE Marta Bispo Pimenta Interna do Ano Comum

Medicina do Viajante Revisão

narrativa Ana Luísa Proença Interna do Ano Comum

MFR em ambulatório, sistema de classificação de utentes Esclarecimento André Tomé Assistente de MGF

Partilha de conceitos após estudo para exame final de especialidade MGF Resumo pessoal Martino Gliozzi Assistente de MGF

Mental Health for All Relato de

Prática Soraia Reis Interna do 4.º ano MGF

Saúde Oral em MGF Revisão

narrativa Joana Ferrão Interna do Ano Comum

Uma rutura muscular complicada Relato de caso Joana Gomes Interna do 1.º ano MGF

Psoríase Relato de caso Mónica Fonseca Interna do 1.º ano

MGF

Flúor e Cárie Dentária Revisão

narrativa Mónica Fonseca

Interna do 1.º ano MGF

Recursos comunitários** Esclarecimento Inês Carolo TAS da freguesia de Santo

António

Varfarina versus Novos hipocoagulantes na Fibrilhação auricular crónica RBE João Capelo Interno do Ano Comum

Resultados do Questionário Satisfação Chat Qualidade André Tomé Assistente de MGF

Modelo de Intervenção em Enfermagem Comunitária: Suporte teórico para uma prática clínica de enfermagem sustentada

Revisão narrativa

Pedro Rego Luísa e Daniela Vidinha

Enfermeiro Alunas de enfermagem

Screening Pelvic Examination Journal Club André Tomé Assistente de MGF

Gender Dysphoria* Revisão

narrativa Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

A man diagnosed with Parkinson Disease develops a psychotic disorder characterized by delusions of injury*

Relato de caso Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

To treat or not to treat bereavement - clinical case [poster]* Relato de caso Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

How to communicate with patients about future illness progression and end of life: a systematic review*

Journal Club Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Rastreio do cancro do cólon e reto Panfleto Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Formação técnica sobre utilização do aparelho MAPA Esclarecimento Nuno Cunha Engenheiro

representante da marca

Desafios no tratamento do idoso com perturbações depressivas* Relato de caso Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Quedas e benzodiazepinas no idoso* Relato de caso Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Eficácia e segurança no uso da domperidona no aumento da lactação* RBE Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Multimorbilidade em cuidados de saúde primários - o que há de novo? Journal Club Soraia Reis Interna de 4.º ano MGF

Exercício Físico como um método de prevenção de queda no idoso* RBE Joana Teles Fazendeiro Interna de 3.º ano MGF

Critérios de referenciação a ORL Revisão

narrativa Joana Teles Fazendeiro Interna de 3.º ano MGF

Tabela de referência utilizada em pequena cirurgia, material cirúrgico (H. São José)

Divulgação Joana Teles Fazendeiro Interna de 3.º ano MGF

Prevenção de quedas no idoso Panfleto Joana Teles Fazendeiro e

Mariana Bismarck Interna de 3.º ano MGF

Medicina Desportiva e Prescrição do Exercício Físico em consulta Revisão

narrativa Joana Teles Fazendeiro Interna de 3.º ano MGF

Registos de Enfermagem no SClínico Esclarecimento Sónia Perdigão Enfermeira

Descontinuação de Benzodiazepinas* RBE Joana Teles Fazendeiro

Mariana Bismarck Internas de 3.º ano MGF

RBE - Revisão Baseada na Evidência; *Com apresentação em congresso/jornada; ** Sessão proposta pelo formador externo.

A formação externa desenvolvida pela equipa encontra-se resumida Tabela 21.

29

Tabela 21 | Formação externa realizada em 2015 pela equipa da USF do Arco

Título Entidade formadora / promotora Nº de horas

Nº de elementos / grupo profissional

Curso de Insulinoterapia na diabetes tipo2 Endocrinologia Hospital Curry Cabral 4,5 1 médico

XI Congresso GAIF, sabemos tratar feridas? GAIF 16 1 médico

Ética aplicada à decisão clínica Comissão de Farmácia e Terapêutica da

ARSLTV / CIMGF Sul 16 1 médico

Aconselhamento nos Cuidados de Saúde Primários APMGF 30 2 médicos

IV Curso de Geriatria e Gerontologia de Almada Sociedade Portuguesa de Geriatria e

Gerontologia 12 2 médicos

Insulina A2 - Iniciar Lilly® 6 1 médico

IV Workshop de Neurologia para Não Neurologistas - de Internos para Internos

Serviço de Neurologia do Hospital Garcia de Horta

6 3 médicos

32.º Encontro Nacional de MGF APMGF NQ 2 médicos

A Mulher e a Diabetes APDP 6 1 enfermeiro

Curso Menopausa, terapêutica hormonal: para quem, quando e como

Maternidade Alfredo da Costa NQ 2 enfermeiros

I Reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria Sociedade Portuguesa de Medicina Interna 6 1 médico

XVI Congresso da Sociedade Portuguesa de MFR Sociedade Portuguesa de Medicina Física e

de Reabilitação 3 1 médico

Gestão do stress IPO de Lisboa 2 1 enfermeira

International Mental Health Congress “Mental Health for All: Connecting People and Sharing Experience”

World Federation for Mental Health, French Psychiatrists Partners

NQ 1 médico

XVIII Encontro Nacional e 2º Congresso Internacional da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras

Associação Portuguesa dos enfermeiros Obstetras

16 1 enfermeira

19.º Congresso Nacional de MGF e 14º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família

APMGF NQ 4 médicos

I Jornadas de Dermatologia Pediátrica CUF Descobertas NQ 1 médico

Heartbeat - recriar para salvar desconhece 4 1 médico

15ºs Jornadas Nacionais de Urologia em Medicina Familiar Prismédica NQ 1 médico

I Jornadas da Clinica - O Doente Idoso no Ambulatório CUF Belém NQ 3 médicos

16ªs Jornadas de Pneumologia em Medicina Familiar Prismédica NQ 1 médico

9º Congresso do Idoso Admédic NQ 1 médico

4ªs Jornadas da USF do Parque USF do Parque NQ 2 médicos

5º Curso Úlceras de Pressão IPO Lisboa 1 médico

Curso de Conselheiras em Aleitamento Materno Clínica Amamentos/ Curso reconhecido

pela OMS e UNICEF 40 2 médicos

Programa de Processamento de Reembolsos ACES LC 3 2 Assistentes Técnicas

Formação sobre Cobrança de Análises Clínicas ACES LC 2 2 Assistentes Técnicas

Aplicação de Questionário de Satisfação aso Utentes ACES LC 2 1 Assistente Técnica

Procedimentos do Serviço Aprovisionamento / Património ACES LC 3 2 Assistentes Técnicas

Preenchimento e Divulgação de Cheque Higienista (SISO) ACES LC 1 1 Assistente Técnica

Novo Programa de encomendas (PGIS) ACES LC 1 1 Assistente Técnica

APDP - Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal; APMGF - Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar; CIMGF - Coordenação do Internato de Medicina Geral e Familiar; GAIF - Grupo Associativo de Investigação em Feridas; IPO - Instituto Português de Oncologia; NQ - Não Quantificado; PGIS - Programa de Gestão Interna de Stocks; SISO - Sistema de Informação para Saúde Oral

É facilmente identificado o investimento formativo em áreas relevantes na prática clínica e

organizativa. Embora com tendência crescente, em 2015 não foi ainda procedimento sistemático a

comunicação (escrita ou oral) de um resumo do conteúdo das formações externas efetuadas por

cada elemento da equipa, facto que pretendemos cumprir em 2016, otimizando assim os

conhecimentos / competências da equipa.

Consideramos também essencial a disponibilização de mais formações promovidas pelo ACES LC e

ARSLVT, para todos os grupos profissionais, nomeadamente em Suporte Básico de Vida e Controlo de

30

Infeção. Contudo, verificamos com agrado o crescente número no último ano das formações por eles

promovidas, embora por vezes divulgadas com pouca antecedência o que dificulta a organização

interna, sem prejuízo da oferta assistencial.

Mantivemos uma participação ativa na formação pré e pós graduada (alunos de enfermagem, de

medicina, internos do ano comum e de formação específica em MGF), atividade que pretendemos

manter, de acordo com a capacidade formativa da nossa unidade.

31

PRODUÇÃO DAS DIFERENTES ÁREAS (PSICOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL,

FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL)

A Tabela 22 apresenta os números de contactos com utentes referentes às atividades de outros

profissionais que se articulam com a USF do Arco, nomeadamente do Serviço Social, Psicologia,

Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Tabela 22 | Consultas realizadas por outros profissionais

2014 2015 2014_2015

1ª CONS. SEGUINTES TOTAL 1ª CONS. SEGUINTES TOTAL

SERVIÇO SOCIAL 70 39 109 64 29 93 -16

CAROLINA SANCHES 70 39 109 40 17 57 -52

SUSANA GONÇALVES - - - 24 12 36 +36

PSICOLOGIA 130 217 347 132 377 509 +162

FILIPA NUNES 49 79 128 132 377 509 +381

ISABEL CORUCHE 81 138 219 - - - -219

FISIOTERAPIA 12 23 35 15 111 126 +91

HELENA BRAZ 12 23 35 2 5 7 -28

MARGARIDA MARTINS - - - 13 106 119 +119

TERAPIA OCUPACIONAL 5 21 26 13 186 199 +173

VIRGINIA CALADO 5 21 26 13 186 199 +173

Durante o ano de 2015 alguns profissionais estiveram ausentes das suas atividades, pelo que houve

necessidade de intersubstituição, nomeadamente da Técnica de Serviço Social (TSS) Carolina Sanchez

pela TSS Susana Gonçalves e da Psicóloga Filipa Nunes pela Psicóloga Isabel Coruche (em ambas as

situações por licença de maternidade).

Ainda por reorganização no ACES LC dos profissionais que prestam cuidados de Fisioterapia no

domicílio, os cuidados prestados pela Dra. Helena Braz foram posteriormente assumidos pela Dra.

Margarida Martins.

32

REFLEXÃO FINAL

Este ano prevemos manter a estabilidade da equipa, continuando a consolidação de procedimentos

e maturação do trabalho, essenciais para a prestação dos melhores cuidados de saúde à população e

ao cumprimento do compromisso assistencial contratualizado.

Neste contexto, a equipa está empenhada e decidiu por unanimidade iniciar a candidatura para USF

modelo B em 2016.

33

Ana Maria de Freitas Moinhos Maria da Graça Moreira Ferreira de Morais Sousa Santos

Ana Rita Aguiar Fernandes Tato Maria Amélia Correia Dias Pereira

Ana Sofia Borges de Moura Maria de Fátima dos Reis Pereira

André José Sousa Tomé Maria Helena Alves Félix Santos de Jesus Amparo

Carla Alexandra Frederico Constâncio Pedro Miguel Martins Rego

Carlos Miguel Paiva da Silva Saraiva Sandra Eugénia Pereira

Joana Rita Guarda da Venda Rodrigues Sónia Borrego Perdigão

Filomena Maria Gomes Costa da Mata Gonçalves Vera Susana Pacheco Carvalho

Graça Cristina Ascenção Torrado Lucas

Lisboa, 09 de Março de 2015

34

APÊNDICE I

Tabela 23 | Plano anual integrado de formação contínua, segundo as necessidades formativas dos profissionais da USF do Arco em 2015

Necessidade formativa Grupo

profissional Estratégia Cumprimento

Asma e DPOC -otimização da acuidade diagnóstica e gestão terapêutica farmacológica

M

Partilha de informação após formação específica de

elemento(s) da equipa; análise crítica dos indicadores de desempenho relacionados

Efetividade dos rastreios da mama, CCR e próstata e comunicação com utentes

M e E

Discussão em equipa baseada na evidência e aconselhamento da

população alvo (folhetos; esclarecimento em consulta)

Partilha de conceitos após estudo para exame final de especialidade

MGF (resumo); Folheto sobre rastreios oncológicos

Aconselhamento em luto M Partilha de experiências em equipa

/ casos clínicos To treat or not to treat

bereavement – clinical case

Abordagem do doente em Cuidados continuados

M e E

Partilha de informação após formação específica de

elemento(s) da equipa; partilha em reuniões de enfermagem de

procedimentos para referenciação de utentes à RNCCI

Comunicação com utentes - más notícias e aconselhamento para mudança de comportamento

M e E

Partilha de informação após formação específica de

elemento(s) da equipa; Partilha de experiências em equipa / casos

clínicos

How to communicate with patients about future illness progression and end of life: a

systematic review

Abordagem das feridas em CSP

M e E

Partilha de informação após formação específica de

elemento(s) da equipa; trabalho de investigação sobre úlcera venosa (a

decorrer)

Partilha de resumo escrito da formação externa e de bibliografia específica

Formação em SBV com DAE

M e A

Pedido escrito de formação ao ACES de formação destinada ao

grupo administrativo e a uma médica, não contemplados na

formação de 2013

Pedido efetuado, aguardamos resposta

Controlo de infeção M e E Partilha de informação em reunião

de serviço após formação específica de elementos da equipa;

Pedido efetuado, aguardamos resposta

Prescrição de exercício físico

M e E Partilha de informação após

formação específica de elementos da equipa

Medicina Desportiva e Prescrição do Exercício Físico em consulta

(revisão narrativa); Exercício Físico como um método de

prevenção de queda no idoso (RBE)

Gestão de tempo / tarefas

M Discussão em equipa, partilha de

experiência c/ pesquisa bibliográfica prévia

Sessão clínica “Kaizen Lean”

Oxigenoterapia - indicações

M Revisão conjunta de NOC e

bibliográfica atualizada

Abordagem do utente com insuficiência cardíaca

M Revisão conjunta de NOC e

bibliográfica atualizada; discussão de casos clínicos

M - médico; E - Enfermagem; RBE - Revisão Baseada na Evidência; NOC - Normas de Orientação Clínica; OE - Ordem dos Enfermeiros

35

Tabela 24 | Plano anual integrado de formação contínua, segundo as necessidades formativas dos profissionais da USF do Arco em 2015 (continuação)

Necessidade formativa Grupo

profissional Estratégia Cumprimento

Gestão do utente com síndrome demencial

M Revisão conjunta de NOC e

bibliográfica atualizada; discussão de casos clínicos

Análise crítica de pedidos de MCDTs e prescrição de fármacos e MFR

M Revisão conjunta de NOC e

bibliográfica atualizada; discussão de casos clínicos

Terapêutica médica não farmacológica na Osteoartrose

(RBE); MFR em ambulatório, sistema de classificação de utentes (esclarecimento);

Aconselhamento em amamentação

M e E Realização de formação externa

Gestão de conflitos com utente

E

Pedido escrito de formação ao ACES de formação destinada a

toda a equipa; propor formação com Psicóloga do ACES

Critérios de qualidade na prestação de cuidados de enfermagem em CSP

E Formação externa Sessão organizada pela OE para

os interlocutores de enfermagem.

Terapia Compressiva E Formação interna organizada pelo

ACES

Pé Diabético E Formação interna organizada pelo

ACES

Registos de enfermagem no SClínico

E Formação interna organizada pelo

ACES Sessão de esclarecimento de para

a equipa

Obstetrícia E Formação externa XVIII Encontro Nacional & 2º

Congresso Internacional da APEO

M - médico; E - Enfermagem; RBE - Revisão Baseada na Evidência; NOC - Normas de Orientação Clínica; OE - Ordem dos Enfermeiros

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ANEXO I

Tabela 25 | TOP 50 dos MCDT prescritos por custo PVP em 2015 na USF do Arco

MCDT N.º

Exames 2014

Custo 2014 N.º

Exames 2015

Custo 2015 Var. N.º Exames

Var. Custo SNS

ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO BIDIMENSIONAL 602 24.500,00 € 715 29.103,00 € +113 +4.603,00 €

COLONOSCOPIA, PACOTE DE PROCEDIMENTOS (PODE INCLUIR UM OU MAIS DOS

CÓDIGOS SEGUINTES 101.5 A 108.2; OS CÓDIGOS 101.5 E 102.3 SÃO MUTUAMENTE

EXCLUSIVOS)

154 13.432,00 € 250 21.806,00 € +96 +8.374,00 €

HEMOGRAMA COM FÓRMULA LEUCOCITÁRIA (ERITROGRAMA, CONTAGEM DE

LEUCÓCITOS, CONTAGEM DE PLAQUETAS, FÓRMULA LEUCOCITÁRIA E MORFOLOGIA), S 3.525 17.625,00 € 3.422 17.110,00 € -103 -515,00 €

MAMOGRAFIA BILATERAL, DUAS INCIDÊNCIAS POR MAMA 782 16.033,00 € 655 13.433,00 € -127 -2.600,00 €

URINA - EXAME DIRECTO, CULTURAL, IDENTIFICAÇÃO E TSA (UROCULTURA) 927 13.821,00 € 870 12.974,00 € -57 -847,00 €

SANGUE OCULTO NAS FEZES, FEZES 1.766 15.894,00 € 1.221 10.989,00 € -545 -4.905,00 €

ALBUMINA DE BAIXA CONCENTRAÇÃO, L/U/LCR 1.639 10.162,00 € 1.468 9.102,00 € -171 -1.060,00 €

ECOGRAFIA MAMÁRIA 568 8.239,00 € 512 7.429,00 € -56 -810,00 €

ANTICORPOS PARA VIH 1 E 2 (INCLUI CONFIRMAÇÃO) 421 5.790,00 € 483 6.642,00 € +62 +852,00 €

ECOGRAFIA DO ABDÓMEN SUPERIOR 347 6.981,00 € 329 6.621,00 € -18 -360,00 €

HEMOGLOBINA A1C (GLICADA) 910 6.645,00 € 862 6.295,00 € -48 -350,00 €

HORMONA TIROSTIMULANTE (TSH), S 1.292 6.460,00 € 1.245 6.225,00 € -47 -235,00 €

ECOGRAFIA GINECOLÓGICA POR VIA ENDOCAVITÁRIA (INCLUI AVALIAÇÃO PÉLVICA VIA

SUPRAPÚBICA) 301 5.811,00 € 305 5.889,00 € +4 +78,00 €

URINA, ANÁLISE SUMÁRIA (INCLUI ANÁLISE DO SEDIMENTO) 1.934 5.609,00 € 1.965 5.700,00 € +31 +91,00 €

PRIMEIRA CONSULTA EM MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO 338 4.686,00 € 398 5.521,00 € +60 +835,00 €

TRIGLICÉRIDOS, S/U/L 2.811 5.341,00 € 2.737 5.200,00 € -74 -141,00 €

COLESTEROL DA FRACÇÃO HDL, S 2.796 5.312,00 € 2.717 5.163,00 € -79 -149,00 €

TC DA COLUNA LOMBAR 60 4.661,00 € 64 4.971,00 € +4 +310,00 €

ECOGRAFIA DE PARTES MOLES 480 4.460,00 € 486 4.515,00 € +6 +55,00 €

TC DO CRÂNIO 51 3.783,00 € 60 4.450,00 € +9 +667,00 €

TIROXINA LIVRE (FT4), S 744 4.391,00 € 748 4.416,00 € +4 +25,00 €

ECG SIMPLES DE 12 DERIVAÇÕES 1.152 4.459,00 € 1.121 4.339,00 € -31 -120,00 €

COLESTEROL TOTAL, S/L 3.190 4.466,00 € 3.030 4.243,00 € -160 -223,00 €

TC DO ABDÓMEN SUPERIOR 33 2.970,00 € 47 4.230,00 € +14 +1.260,00 €

DOPPLER DO SECTOR VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES, CADA MEMBRO 146 3.483,00 € 166 4.010,00 € +20 +527,00 €

GLUCOSE, DOSEAMENTO, S/U/L 3.399 4.078,00 € 3.277 3.930,00 € -122 -148,00 €

CREATININA, S/U 3.048 3.964,00 € 2.946 3.829,00 € -102 -135,00 €

ANTIGÉNIO DE VÍRUS DA HEPATITE B - HBS 331 4.303,00 € 288 3.744,00 € -43 -559,00 €

ECOGRAFIA RENAL E SUPRA-RENAL 183 3.690,00 € 183 3.689,00 € +0 -1,00 €

ÁCIDO FÓLICO (FOLATOS) FOLATOS, S 323 3.396,00 € 346 3.636,00 € +23 +240,00 €

GAMAGLUTAMIL TRANSFERASE (gama GT) 1.948 3.115,00 € 2.085 3.337,00 € +137 +222,00 €

REGISTO DE HOLTER ATÉ 24 HORAS COM ANÁLISE INTERATIVA DO PERFIL RÍTMICO E DO

SEGMENTO ST, PODENDO INCLUIR VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 139 4.819,00 € 93 3.222,00 € -46 -1.597,00 €

TC DO TÓRAX 27 2.185,00 € 39 3.153,00 € +12 +968,00 €

AMINOTRANSFERASE DO ASPARTATO (AST), S 2.038 2.853,00 € 2.208 3.091,00 € +170 +238,00 €

ECOGRAFIA DA TIRÓIDE 202 2.890,00 € 216 3.089,00 € +14 +199,00 €

ECOGRAFIA PÉLVICA POR VIA SUPRA PÚBICA 173 3.341,00 € 158 3.050,00 € -15 -291,00 €

VITAMINA B12 (CIANOCOBALAMINA) 366 3.000,00 € 367 3.008,00 € +1 +8,00 €

ENDOSCOPIA ALTA 108 3.705,00 € 86 2.951,00 € -22 -754,00 €

EXAME CITOLÓGICO CERVICO-VAGINAL 514 2.786,00 € 525 2.845,00 € +11 +59,00 €

EXSUDADO VAGINAL - EXAME BACTERIOLÓGICO, MICOLÓGICO E PARASITOLÓGICO,

IDENTIFICAÇÃO E TSA 159 2.515,00 € 164 2.595,00 € +5 +80,00 €

PROVA DE ESFORÇO EM BICICLETA ERGOMÉTRICA OU EM TAPETE ROLANTE COM

MONITORIZAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA CONTÍNUA, REGISTO DE ECG EM CADA

ESTÁDIO

124 3.416,00 € 91 2.509,00 € -33 -907,00 €

IONOGRAMA (NA, K, CL), S/U 1.624 2.598,00 € 1.538 2.461,00 € -86 -137,00 €

DOPPLER DO SECTOR ARTERIAL DOS MEMBROS INFERIORES, CADA MEMBRO 108 2.502,00 € 106 2.456,00 € -2 -46,00 €

TC PÉLVICA 13 803,00 € 36 2.218,00 € +23 +1.415,00 €

FERRITINA, S 306 1.992,00 € 318 2.069,00 € +12 +77,00 €

TC DOS SEIOS PERINASAIS 7 497,00 € 28 1.990,00 € +21 +1.493,00 €

ÁCIDO ÚRICO, S/U/L 1.199 1.679,00 € 1.411 1.975,00 € +212 +296,00 €

PROTEÍNAS (TOTAL) E ELECTROFORESE, S 385 1.847,00 € 408 1.959,00 € +23 +112,00 €

ESPIROMETRIA, INCLUINDO GRÁFICOS, CURVA DÉBITO VOLUME, CAPACIDADE VITAL,

VOLUME EXPIRATÓRIO MÁXIMO NO 1º SEGUNDO, DÉBITO EXPIRATÓRIO MÁXIMO E MÉDIO

E VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA POR MINUTO

91 1.589,00 € 111 1.937,00 € +20 +348,00 €

ANTICORPOS PARA TOXOPLASMA GONDII - IGM 179 1.969,00 € 172 1.892,00 € -7 -77,00 €

Total Geral 43.963 274.546,00 € 43.076 281.011,00 € -887 +6.465,00 €

Fonte: SIARS (leitura fevereiro 2016)