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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
JOSÉ RENATO PINTO – RU – 282693
ANDRÉIA SOLDATI - RU – 444.106
RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ENSINO FUNDAMENTAL
ASTOLFO DUTRA
2010
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
JOSÉ RENATO PINTO – RU – 282693
ANDRÉIA SOLDATI – RU - 444106
RELATÓRIO DE ESTÁGIO –ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho apresentado à disciplina de Estágio – Ensino fundamental, no curso de Pedagogia a Distância da Faculdade
Internacional de Curitiba – FACINTER.
Adriana
Astolfo Dutra
ASTOLFO DUTRA2010
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA ......................................................... 4
2.1 LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA ........................................................................................ 4
2.2 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................... 4
2.3 NÍVEIS DE ATENDIMENTO ......................................................................................... 4
3 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO .......................................................... 5
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL ................................................................................................................. 6
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................14
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO
O estágio, se podemos assim dizer, é um período em que o estagiário
tem a sua grande oportunidade de estudar praticando para a aprendizagem e
experiência e envolvendo ainda, supervisão, revisão e correções necessárias
para um melhor ajustamento do aprendizado teórico com o aprendizado
prático.
Quando este estágio é visto como uma atividade que pode trazer
incontáveis benefícios para a aprendizagem, para a melhoria do ensino e para
o estagiário, no que diz respeito à sua formação, certamente trará resultados
positivos. Estes resultados se tornam ainda mais importantes quando se é
consciente.
Após estes dias na escola onde nos foi concedida a oportunidade de
colaborar, interagir, ajudar e observar, numa verdadeira interação estagiário-
aluno - professora, o que nos possibilitou compreender melhor os diferentes
níveis, diferentes valores culturais e diferentes ritmos de cada aluno, o que nos
facilitou a nossa busca do conhecimento na relação entre as explicações pré-
existentes e os dados novos que a realidade nos impõe e que só são
percebidas quando assumimos uma postura investigativa.
É esta visão mais abrangente e contextualizada que forma um bom
profissional que pensa criticamente e que é capaz de enxergar o caráter
coletivo e social de cada indivíduo em particular.
Ser um estagiário, na verdadeira acepção da palavra, é estar sempre
atento, demonstrando o conhecimento pela teoria aprendida, realizar o
trabalho com dignidade, procurando dentro de sua área de atuação, mostrar
que tem competência, simplicidade, humildade e firmeza, lembrando sempre,
que ser humilde é saber ouvir para melhor aprender, ser simples, ter conceitos
claros e saber colocá-los de uma maneira o mais cordial possível.
Este estágio, veio com certeza, ampliar o meu horizonte quanto às
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oportunidades de trabalho que o curso oferece, mostrando o lado da
pedagogia que coloco em primeiro lugar pois, a pedagogia na área
educacional me parece mais interessante pelo fato de lidar com diferentes
tipos de aprendizagem.
O objetivo do ESTÁGIO – ENSINO FUNDAMENTAL é aprender in loco
como são diferentes os ritmos de cada aluno. Aprende-se ali, vendo, ajudando,
interagindo e comprovando como estas crianças tem uma enorme capacidade
de formar novas aprendizagens e adaptá-las na sua memória cognitiva sempre
que lhes são apresentados novos saberes.
O ESTÁGIO – ENSINO FUNDAMENTAL fez com pudesse avaliar
melhor, o trabalho do educador, o dia - a - dia de uma escola e entender os
aspectos fundamentais que ela envolve, a vontade de trabalhar em prol da
aprendizagem, constatar a dedicação de todos os segmentos e profissionais
de uma escola, a grande diversidade cultural presente nas escolas, a rotina de
uma sala de aula e, a influência que a comunidade exerce no seu cotidiano.
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2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
2.1 LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA
Escola Municipal “Dr. Francisco de Barros”
Praça Governador Valadares – s/nº
Astolfo Dutra – MG
Centro
CEP.:36780-000
Tel.: (32)3451-1586
Email : [email protected]
2.2 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Manhã: 07:00 às 11:25 h.
Tarde: 12:25 às 16:30 h.
Noite: 19:00 às 21:30 h.
2.3 NÍVEIS DE ATENDIMENTO
A Escola Municipal “Dr. Francisco de Barros atende aos seguintes níveis:
Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano e Educação de Jovens e
Adultos.
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3 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO
A concepção pedagógica da Escola Municipal “Dr. Francisco de Barros” leva
em conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional – LDB 9.394/96, a
Constituição Federal Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o disposto
nos Parâmetros Curriculares nacionais – PCN – os cadernos do CEALE e dos
Descritores do SIMAVE.
A proposta pedagógica da Escola Municipal “Dr Francisco de Barros”,
privilegia o ensino enquanto construção do conhecimento, o desenvolvimento pleno
das potencialidades do aluno e sua inserção no ambiente social utilizando para isso,
os conteúdos curriculares da base nacional comum e os temas transversais,
trabalhados em sua contextualização e tendo como objetivos:
. Construir a compreensão da cidadania e participação social.
. Desenvolver o pensamento crítico e ético.
. Possibilitar a construção do conhecimento sobre o Brasil em todas as suas
dimensões, valorizando a pluralidade do seu patrimônio sócio-cultural.
. desenvolver no educando o auto-conhecimento, a auto-confiança, a auto-
valorização e a sua percepção como agente questionador e transformador da
realidade.
. Construir a capacidade de utilização das diferentes linguagens, da lógica, da
criatividade, da instituição para a construção do conhecimento.
. Orientar sobre a utilização dos vários meios de informação.
. O trabalho de língua portuguesa será realizado de acordo com os objetivos
trabalhados nos PCNs, no Guia do Alfabetizador, nos Cadernos do Ceale e na Matriz
de Referência do Proeb e Prova Brasil.
. O trabalho de matemática será desenvolvido de acordo com os PCNs, a Matriz de
Referência do Proeb e Prova Brasil.
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4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO
A Escola Municipal “Dr. Francisco de Barros”, está localizada no centro da
cidade, próximo ao comércio, igreja, praça, enfim, é uma escola muito bem
localizada.
As datas em que ocorreram as observações de estágio foram: 18/06/2010,
21/06/2010, 25/06/2010 e 28/06/2010.
A turma por nós estagiada foi a de 5[ª série do Ensino Fundamental. Os
alunos na sua grande maioria são de classe média, são saudáveis e inteligentes. As
aulas observadas ocorreram em um ambiente de tranquilidade. A princípio, os
alunos tiveram uma grande curiosidade mas, com o tempo foram se acostumando
com a nossa presença.
A sala de aula por nós estagiada tem uma área de 36 M² para um número de
28 alunos (1,29 M² por aluno), portanto, abaixo do recomendado por lei que é de 1,5
M² por aluno.
A sala de aula tinha uma boa iluminação, bem ventilada, limpa, com moveis
em bom estado de conservação, o prédio também era bem conservado, com boa
acústica e bem situada. A escola tem uma cozinha bem equipada, com fogão
industrial, freezers e geladeiras em bom estado, onde são preparadas as refeições
para os alunos, pátio para educação física, refeitório, quadra de esportes e horta
cuidada pelos alunos.
A sala de aulas por nós estagiada é composta de 28 alunos, sendo 14 do
sexo masculino e 14 do sexo feminino. Notamos que os alunos, principalmente as do
sexo feminino, salvo exceções dentro da sala de aula, demonstram mais interesse
na aprendizagem, bem disciplinadas e na maioria são mais atentas ao que a
professora dizia, se interessando mais pela parte que envolvia o ensino da
matemática.
A comunicação entre os alunos e a professora é excelente, com uma
linguagem de fácil compreensão. A professora não raramente se utiliza de
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expressões não orais para facilitar o aprendizado. As ideias entre a professora e os
alunos foi por nós classificada como de boa qualidade visto pelo interesse dos
alunos e, esta comunicação era feita com muita frequência, não deixando que
faltasse ou diminuísse o interesse pelas aulas.
Os alunos em sua grande maioria eram tranquilos, com atitude respeitosa
entre si e a professora, com duas ou três exceções que eram com uma certa
frequência alertados pela professora. Havia entre eles um aluno mais extrovertido
mas que atrapalhava as aulas e este aluno não tinha nenhum interesse pela
aprendizagem. Notamos que a turma o isolou e não havia interação entre ele e os
demais alunos. Os alunos salvo exceção eram animados, seguros nas suas
respostas quando questionados, alegres, curiosos, amáveis e atenciosos entre eles
e aceitavam com prazer e atenção as nossas interações que eram sempre
autorizadas pela professora.
Na escola notamos através de observações que existem grupos separados na
hora do recreio mas, estes grupos existem por se conhecerem pois esta é uma
cidade pequena onde todos se conhecem e são vizinhos de rua o que gera uma
cumplicidade na hora das brincadeiras.
Notamos também, que até aqueles alunos que foram isolados dentro da sala
de aula, no intervalo(recreio) interagem normalmente com os outros colegas
brincando com desenvoltura e prazer. Achamos que este é o motivo de não haver
animosidade dentro da sala de aula. Mas, notamos uma separação quase que total
entre meninos e meninas nas brincadeiras.
A professora é tranquila e conhecedora dos conteúdos que são passados aos
alunos com simplicidade e de forma direta.Ela, a professora soube ser enérgica
quando foi necessário, amável e atenciosa para com os alunos. Ela era extrovertida,
animada, segura, transmitindo suas aulas com animação, alegria, afável e paciente
durante todo o tempo. Sua voz não era nem muito grave nem muito aguda mas sim ,
num tom agradável e fácil de ser ouvida, falando numa velocidade condizente com a
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faixa etária, com uma ótima entonação, transmitindo em uma linguagem padrão,
usando as mãos e expressões faciais para facilitar a compreensão da transmissão
de suas ideias.
O ambiente é utilizado pela professora com muita criatividade devido ao
pouco espaço que ela tem para se locomover e podemos ver que ela se move com
desenvoltura entre ao alunos mesmo com o pouco espaço existente para ela. Isto,
muitas vezes dificulta que o processo de transmissão dos conteúdos sejam
passados para os alunos com mais simplicidade e muitas vezes teve que se utilizar
deste pequeno espaço para se locomover e se melhor fazer entender.
A professora se veste adequadamente para o exercício de docência. Suas
roupas eram adequadas para lhe permitir uma boa mobilidade dentro da sala de
aula.
Para nos fazer melhor entender, tentaremos aqui passar uma informação para
descrever mais sucintamente as aulas assistidas.
O nosso estágio se iniciou no dia 18/06/2010 em uma turma da 5ª série do
Ensino Fundamental. Era uma turma bem heterogênea. Ao chegarmos à sala de
aulas, a professora nos apresentou aos alunos que nos receberam com muitas
perguntas e carinho. Muitos deles já conhecíamos por se tratarem de ex-alunos de
xadrez. Nesta primeira aula, ouvimos mais e analisamos o comportamento dos
alunos e da professora dentro da sala de aula. Nesta primeira aula houve correção
de deveres de casa que era a tarefa do dia anterior. Recebemos cópias destas e das
próximas tarefas para que pudéssemos interagir junto à turma e a professora.
Na próxima aula que se deu no dia 21/06/2010, já devidamente apresentados
na aula anterior, iniciou-se a aula diretamente na correção de deveres. Ajudamos a
professora ao interagirmos com os alunos e ajudamos também na correção dos
exercícios de matemática. Nas aulas de ciências ajudamos a professora dando
exemplos para que melhor entendessem a matéria que era ensinada pela
professora.
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No dia 25/06/2010, houve uma grande interação entre ao alunos, a professora e nós
estagiários. Fomos chamados na frente da sala de aula e nos foi dado a chance de
respondermos a várias perguntas dos alunos referente à matéria “O meio
ambiente”que a professora estava passando para os alunos. Após esta interação,
voltamos para os nossos lugares e continuamos com o nosso estágio. Fizemos mais
umas interações, ajudamos à professora mais algumas vezes e interagimos mais
algumas vezes também com os alunos.
No nosso último dia de estágio, no dia 28/06/2010, foi marcado por
percebermos o carinho e respeito que os alunos tinham para conosco. Neste dia
houve também correção de deveres, interação e ajuda aos alunos e à professora.
Houve execução de exercícios dentro da sala de aulas.
Tentando a caracterização das aulas assistidas quanto ao conteúdo, podemos
dizer que a professora demonstrou pleno domínio sobre os conteúdos trabalhados
dentro da sala de aula e notamos que estes mesmos conteúdos eram
completamente adequados à faixa etária da turma estagiada que era na sua maioria
crianças de nove e dez anos.
Para melhor nos fazer entender quanto a caracterização das aulas assistidas
quanto à metodologia, notamos que, sempre antes de se iniciar a aprendizagem dos
conteúdos, das aulas propriamente ditas a professora se utilizava de pequenas mas
eficiente dinâmicas na apresentação dos assuntos que seriam tratados naquela aula.
A metodologia era condizente com a faixa etária da turma por nós estagiada. Esta
certeza nos foi dada pela quantidade de perguntas que os alunos faziam sempre que
esta explanação terminava. Notamos também que estas apresentações não eram
acompanhadas de nenhum recurso tecnológico ou audiovisual. Os conteúdos eram
apresentados de forma unilateral porém aceitas todas as interferências que os
alunos faziam. A.exposição dos conteúdos foram feitas de um modo direto por meio
de recursos.mais lúdicos e também por meio de gravuras e desenhos em folhas A4
feitas em copiadoras. A utilização de recursos pedagógicos foi sempre usado nas
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aulas por nós assistidas. Durante as aulas que assistimos, nos surpreendemos
quando vimos que os conteúdos que seria ensinados neste dia, teria a ajuda de um
esqueleto humano para que os alunos melhor entendessem a matéria que estava
sendo passada para eles. A professora promoveu a participação dos alunos,
chamando-os de dois a dois na frente de todos onde eram questionados sobre a
consequência na vida de todo o ser humano de uma má alimentação e o desrespeito
à natureza e o meio ambiente. A cada resposta dos dois, a professora se dirigia aos
demais alunos e os questionava sobre ser ou não verdadeira a resposta. Esta
maneira de se apresentar um conteúdo nos surpreendeu por vermos que nas aulas
anteriores não houve nenhuma aula com este tipo de apresentação da matéria a ser
passada aos alunos. Notamos que a cada resposta os olhos das crianças brilhavam
como se estivessem descobrindo algo de novo a cada resposta correta.
Para caracterizar as interações ocorridas nas aulas por nós assistidas,
podemos dizer que os alunos nos pareceram bastante seguros quanto aos
conteúdos e que estavam ali aprendendo e aceitavam sem reclamar que aquelas
eram verdades. O clima social de maneira alguma interferia no processo de
aprendizagem pois não notamos nenhuma discriminação entre eles.
Em cada uma das quatro aulas por nós assistidas, houve uma media de duas
a três atividades de avaliação que a professora já trazia pronta para a sala de aulas
e que eram distribuídas aos alunos, principalmente nas matérias de matemática,
português e ciências.
Estas atividades eram passadas aos alunos e logo após era feita a leitura do
conteúdo para que qualquer dúvida fosse eliminada antes de se iniciar a execução
do mesmo. O tempo de duração de cada uma destas atividades não passava de
meia hora.
Sinteticamente falando, queremos aqui demonstrar alguns pontos relevantes
que notamos nestes quatro dias de nosso estágio. Em primeiro lugar, o processo de
aprendizagem nesta escola está dentro dos padrões das escolas do interior do
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Brasil. Ele segue o que foi estabelecido no seu Projeto Pedagógico, Acreditamos e
quase com certeza os alunos aprendem sem saber o que farão com todo este
aprendizado e notamos também que alguns alunos não têm nenhuma noção do que
querem. São como robôs recebendo informações que vão se acumulando em suas
mentes. A maioria do que aprendem são esquecidas pois não há nenhuma utilização
pra o que aprendem fora da escola.
È de se lamentar a inutilidade dos conteúdos ensinados nas escolas
brasileiras. Noventa por cento do que se ensina nas escolas públicas neste nosso
Brasil no Ensino Fundamental não se sabe para que se aprende tal assunto. Isto na
nossa opinião só faz aumentar o já alto desinteresse dos alunos em aprender.
Podemos aqui citar um exemplo: para que se ensina em português se uma oração é
subordinada ou coordenada, se um verbo é transitivo ou não, se o sujeito é oculto ou
não. Achamos que se perde muito tempo ensinando algo inútil quando poderia usar
este tempo em leitura e interpretação de textos. Achamos que deveria se abrir uma
nova matéria dentro do português, talvez com o nome de INTERPRETAÇÃO quem
sabe? Isto que estão ensinando nas escolas somente vai ocupar a memória dos
alunos com algo inútil para o resto de suas vidas. Enquanto não houver uma
verdadeira revolução ou reforma nos conteúdos, estaremos criando uma geração de
robôs com uma memória pequena e recheada de conteúdos desnecessários.
Ensina-se que p peixe é bom para a saúde mas não se ensina o porquê. Notamos
que aqui, como em todas as escolas foram enviados pelo governo jogos de xadrez
para as crianças mas, não se contrata professore para ensinar. Isto é um brincadeira
com o povo. O que adianta? Perguntamos e lançamos aqui um desafio para que
apareça alguém que nos diga para que serve este jogo se ninguém sabe como joga?
4.1 Quanto aos conteúdos e as práticas de ensino. Os conteúdos e as práticas de
ensino observadas por nós nestes dias de estagio, comparando com o que
aprendemos na teoria, estão sempre de acordo com o que é estabelecido por leis,
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referendos, acordos e determinações do governo. As práticas estão dentro do que se
aprende nas universidades. Este não é o problema da nossa educação de jovens do
Ensino Fundamental. Temos excelentes professores mas, sem uma boa ferramenta
que os auxiliem nesta nobre tarefa de ensinar e transmitir os conteúdos aos alunos.
Para demonstrar o que estamos dizendo, vamos aqui apresentar um plno de estágio
do professor:
Tema: O JOGO DE XADREZ NAS ESCOLAS
Justificativa:
É sabido que a prática do jogo de xadrez desde o início da aprendizagem das
crianças, por se tratar de uma modalidade esportiva onde os alunos aprendem a
analisar, tomar decisões, criar estratégia, saber escolher o momento certo para agir,
saber prever movimentos, antecipá-los, se socializarem e entender que sem
concentração, sem esforço de memória, irão sempre perder.
Objetivos:
Dentre outras:
- desenvolver o raciocínio lógico.
- aumentar a capacidade de memorização.
- aumentar a capacidade de se resolver problemas.
- aumentar a capacidade de concentração.
- aumentar a socialização.
Proposta de trabalho:
Para se atingir os objetivos acima, é necessário incluir a prática do jogo de
xadrez desde as primeiras séries do Ensino fundamental. Seria necessário incluir o
xadrez como uma matéria na grade escolar das escolas públicas.
Após esta ação, deve-se contratar professores especialistas em xadrez, preparar um
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sistema de disputas e permanentes entre os alunos além de se incentivá-los na
prática deste jogo com ações de distribuição de medalhas aos participantes dos vári
os campeonatos durante o ano letivo.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notamos que as crianças quando entram para a escola, vão com ideias
utópicas de que estão em um mundo de aprendizagem e que irão adquirir
conhecimentos que usarão em suas vidas futuras. Infelizmente, a verdade é muito
mais dura e cruel do que se imagina. A maioria dos alunos que abandonam a escola
após a conclusão da 5ª série do Ensino Fundamental, o fazem na maioria por não se
interessarem por um currículo maçante, ridículo e sem fundamento teórico e prático.
A universalização do ensino é um desafio sem tamanho e, a realidade
brasileira tem seu agravante na alta taxa de evasão escolar, de repetência, na falta
de professores mais críticos, de um sindicato forte, na falta de professores em
disciplinas essenciais e, pasmem, de um currículo de uma total inutilidade. O baixo
investimento na educação é mais um fator que preocupa. Hoje, sabemos através de
vários órgãos do governo que este investimento não passa de 4,6 a 4,7% do PIB e
que deveria ser no mínimo de 10%. Os conselhos escolares não cumprem com sua
função ou melhor, na maioria das cidades, eles simplesmente não funcionam.
Existem conselhos municipais que são compostos geralmente por indicação dos
prefeitos. Assim não podemos esperar que este conselho seja uma representação
da base da sociedade. A culpa é de quem? Perguntamos. Talvez seja do próprio
povo, devido a já conhecida apatia e o total desinteresse quanto à educação dos
seus filhos.
A desmoralização da profissão de professor é sistêmica no nosso país. Os
baixos salários são uma vergonha internacional. O que querem? Um professor
necessita de um salário digno que o possibilite acompanhar a desenvolvimento da
ciência. Porque não o pagam satisfatoriamente? São muitas perguntas e nenhuma
resposta.
Nesta escola em que estagiamos, notamos que o currículo é também de um
inutilidade atroz em seu conteúdo.
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Podemos dizer com a nossa pouca experiência nesta área de educação que
as autoridades não estão se importando se o aluno está aprendendo ou não pois
aquele que pode pressionar, que são as pessoas de alto poder aquisitivo, mandam
seus filhos para as melhores escolas onde o currículo é atualizado e lá se
preocupam e levam em consideração o futuro do aluno pois a concorrência pode
tirar a escola do mercado. É o sistema. A escola virou um comércio como outro
qualquer.
Aqui nesta escola em que estagiamos, os alunos na sua maioria não sabem o
por que de se aprender a maioria dos conteúdos apresentados durante o ano letivo.
Quando chega o final do ano, estão desanimados e sem nenhum incentivo a
continuar.
O excesso na contratação de professores pelo Estado, em detrimento aos
efetivados por concurso, enfraqueceu os sindicatos que estão sem nenhum poder de
pressão. Estes contratados não pressionam o estado por temerem a perda de seu
emprego. A conseqüência é a piora na qualidade do ensino nas escolas públicas e
consequentemente o aumento no desinteresse dos alunos e a incapacidade destes
educadores em transmitirem o saber.
Porém, alguma esperança ainda nos resta. As verdadeiras pessoas, aquelas
que gostam realmente e têm o prazer em ensinar ainda estão esperando que o povo
abra os olhos e reaja e que os governos olhem mais para a educação. Não podemos
aceitar que um país como o nosso que almeja uma cadeira permanente na ONU,
que almeja ser a 5ª potencia mundial até 2020, tenha uma educação .pior do que o
nosso vizinho Paraguai. É humilhante que assim o seja. Temos que dar a volta por
cima e restabelecer o que a educação perdeu neste inúmeros erros de governo
durante décadas seguidas.
6 REFERÊNCIAS
Lopes, Roberto Sérgio (2007)
Viana, Ricardo Luiz (2007)
Lopes, Shiderlene Vieira de Almeida Met. Do Ensino da Matemática – IBPEX-
Curitiba.
Salles, Gilsani Dalzoto (2007-2010) Met. Do Ensino de Ciências Biológicas e da
Natureza – IBPEX – Curitiba
Portella, Romualdo - www.cartanaescola.com.br.