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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa CENTRO HOSPITALAR PSIQUIÁTRICO DE LISBOA Relatório de Atividades 2015

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

CENTRO HOSPITALAR PSIQUIÁTRICO DE LISBOA

Relatório de Atividades 2015

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 2

ÍNDICE

1. Enquadramento Geral 4

2. Missão, Valores e Visão 4

3. Caracterização da Instituição 5

3.1 Área de Influência 5

3.2 Modelo Organizacional 8

3.3 Estruturas Comunitárias do CHPL 17

3.4 Projetos Inovadores de Saúde Mental 21

3.5 Parcerias 23

3.6 Comunicação Interna e Externa 26

3.7 Sustentabilidade 26

3.8 Recursos Humanos 27

4. Evolução da Principal Atividade Desenvolvida 32

4.1 Atividade Assistencial Global 32

4.2 Internamento 32

4.3 Ambulatório 37

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4.4 Serviços de Apoio à Ação Clínica 56

5. Gestão Hospitalar – PE Contratualizado 64

5.1 Grau de Cumprimento de Metas Fixadas 64

6. Análise Económica e Financeira 68

6.1 Análise Económica 69

6.2 Análise Patrimonial e Financeira 78

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 4

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, criado pela Portaria nº 1373/2007 de 19 de Outubro, integra

o universo de estabelecimentos públicos do Serviço Nacional de Saúde dotado de personalidade

jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, regendo-se pelo Decreto-Lei n.º

188/2003 de 20 de Agosto e pelas normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde.

Tem sede na Avenida do Brasil, nº 53, no Parque de Saúde de Lisboa, onde aproximadamente 40%

das estruturas edificadas se encontram ocupadas por outras entidades do Ministério da Saúde ou com

ele relacionadas.

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa tem como missão a prestação de cuidados especializados

de psiquiatria e saúde mental a todos os cidadãos adultos, no âmbito das responsabilidades e

capacidades das unidades hospitalares que o integram, de acordo com os princípios definidos na Lei

36/98 de 24 de julho (Lei de Saúde Mental) e no Decreto-lei 304/2009 de 22 de outubro (Estabelece os

princípios orientadores da organização, gestão e avaliação dos serviços de psiquiatria e saúde mental),

dando execução às orientações de política de saúde mental a nível nacional e regional, aos planos

estratégicos e decisões superiormente aprovadas, designadamente as previstas no Plano de Ação para

Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental.

2. Missão, Valores e Visão

1. Enquadramento

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 5

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa responde de acordo com as áreas de influência e redes de

referenciação, cumprindo os contratos-programa celebrados, em articulação com as demais

instituições integradas na rede de prestação de cuidados de saúde, desenvolvendo ainda atividades

complementares como as de ensino pós-graduado, investigação e formação.

Na sua atuação, o Centro Hospitalar pauta-se pela prossecução de objetivos estratégicos como a

prestação de cuidados de saúde humanizados, de qualidade e em tempo oportuno, o aumento da

eficiência e eficácia, num quadro de equilíbrio económico e financeiro sustentável, bem como, a

implementação de medidas que visem a melhoria e humanização na prestação de cuidados aos

doentes residentes e desenvolvimento de programas de reabilitação adaptados às necessidades

específicas dos mesmos com vista a promover a respetiva reinserção sócio-familiar e na comunidade.

3.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA

Na área de influência direta do Centro Hospitalar residem 815.580 habitantes (Censos 2011- Definitivo)

encontrando-se identificada nas alíneas a) e b) do nº 1 do Despacho nº 7527/99 de 26 de Março de

1999, da Ministra da Saúde, publicado no DR nº 88 – II Série de 15/04/1999, excetuando-se as

freguesias do Concelho de Almada e Concelhos do Médio Tejo, com uma população de 401.067

habitantes, entretanto integradas nas áreas geodemográficas do Hospital Garcia de Orta e do Centro

Hospitalar Médio Tejo. A área entretanto transferida para o Hospital Beatriz Ângelo (287.119 habitantes,

Censos de 2011- Definitivo) em 2012 e a área transferida para o Serviço de Psiquiatria do Hospital de

vila Franca de Xira, em Maio de 2013, traduziu-se em menos 244.377 habitantes (Censos 2011- Definitivo).

3. Caracterização da Instituição

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 6

Portalegre

Évora

Beja

A área de influência indireta compreende os distritos de Beja, Évora e Portalegre onde residem 748.699

habitantes (Censos 2011, Estimativas Provisórias de População), tendo o CHPL sido responsável até junho de

2015 pela resposta em internamento à população do distrito de Beja.

Na Área de Influência Direta no distrito de Lisboa, a percentagem da população entre os 18 e os 64

anos situa-se nos 65,7 %. Por sua vez, a percentagem de população superior a 64 anos é de 19,1%.

A Região do Alentejo (Distrito Portalegre/ Évora/ Beja), caracteriza-se por ter uma taxa de população

com idade superior a 64 anos, de 23,9% e uma taxa da população entre os 18 e os 64 anos de 62,6%.

Distrito Portalegre / Évora / Beja

Pop. 748.699

Fig. 1 – Área de Influência – Direta 815.580 habitantes. Fig. 2 – Área de Influência – Indireta Portalegre / Évora / Beja –

748.699 habitantes.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 7

GRÁFICO I

DISTRIBUIÇÃO DE HABITANTE POR DISTRITO / FAIXA ETÁRIA (ÁREA DIRETA/ÁREA INDIRETA)

Em termos globais pode‐se afirmar que a população da Área de Influência Direta/Indireta, caracteriza‐

se da seguinte forma: 64,2% têm idades compreendidas entre os 18 a 64 anos, 21,4% têm idade

superior a 64 anos e 14,4% têm idade inferior a 18 anos (Gráfico II).

GRÁFICO II

DISTRIBUIÇÃO DE HABITANTES POR FAIXA ETÁRIA (ÁREA DIRETA/ÁREA INDIRETA)

15,2%

65,7%

19,1%13,5%

62,6%

23,9%

00,10,20,30,40,50,60,7

< 18 18 – 64 > 64

Distrito de Lisboa (Área de Influência Directa)

Distrito de Portalegre/ Evora /Beja (Área de Influência Directa-Internamento/ Indirecta-Ambulatório)

Grupo Etário

%

< 18; 14,38%

18 – 64; 64,21%

> 64; 21,42%

< 18

18 – 64

> 64

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3.2 MODELO ORGANIZACIONAL

3.2.1 Organograma

No ano de 2015, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, encontrava-se organizado de acordo com

o seu Regulamento Interno e Organograma, da seguinte forma:

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3.2.2 Estrutura Orgânica

São órgãos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa:

O Conselho de Administração (C.A), nomeado pelo Despacho 914/2014 de 21 de Janeiro:

As Direções e Coordenações de Serviços e Unidades de Acão Clínica e de Apoio Clinico:

Dr. José Salgado Clínica 1 (SETA)

Dra. Inês Cunha Clinica 2 (NDP)

Dr. António Bento Clínica 3 (PGT)

Dra. Teresa Mota Clínica 4 (AND)

Dra. Alice Nobre Clínica 5 (PA e POC)

Dra. Maria João Carnot Clínica 6 (PE)

Dr. Manuel Cruz Psiquiatria Forense

Dra. Ana Caixeiro

Dra. Ercília Duarte

Dra. Isabel Tinoco

Dr. Santana Leite

Dra. Sara Alexandre

Dra. Inês Cunha

Dr. Alberto Leal

Reabilitação e Residentes

Psicologia e Psicoterapia Comportamental

Patologia Clinica

Radiologia

Farmácia

Eletroconvulsivoterapia

Eletroencefalografia

Dra. Isabel Paixão Presidente do Conselho de Administração

Dra. Sandra Silveira Vogal Executiva

Dr. José Salgado Diretor Clínico

Enf. Caetano Luís Galhanas Enfermeiro Diretor

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Decorrente da alteração da rede de referenciação em Psiquiatria e Saúde Mental da região de Lisboa

e Vale do tejo e da Zona Sul do País, nomeadamente com a abertura de serviços locais de Psiquiatria

e Saúde Mental em Hospitais Gerais, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, instituição psiquiátrica

com um longo e rico historial no tratamento de cidadão adultos com patologia do foro mental, assume

um papel de maior relevância na prestação de cuidados diferenciados integrados e de qualidade. É

com base nesta premissa que o CHPL deu continuidade em 2015 ao processo de acreditação de dois

serviços no Modelo de Acreditação de Unidades de Saúde ACSA promovido pela Direção Geral de

Saúde através do Departamento da Qualidade na Saúde, envolvendo numa fase inicial o Serviço de

Psiquiatria Forense e o Serviço de Psiquiatria Geral e Transcultural - Clinica 3.

Como estrutura monovalente, vocacionada para a prevenção em vários níveis, principalmente

secundária e terciária, mas também, primária, foi sentida a necessidade de adaptar a sua organização,

de forma a continuar a sua missão; tratar, de forma cada vez mais eficiente e integrada, as pessoas

adultas que sofrem de patologia psiquiátrica.

A consolidação da reorganização dos serviços clínicos, designadamente do Internamento de Agudos,

manteve como objetivo recentrar o papel do CHPL, adequando-o às novas realidades e necessidades

assistenciais, nomeadamente as decorrentes das alterações entretanto operadas na rede prestadora

de cuidados especializados de psiquiatria e saúde mental, disponibilizando assim respostas orientadas

por patologia através de 6 Clinicas assistenciais:

Clínica 1 (SETA – Serviço de Estabilização e Triagem de Agudos de 1º Surto Psicótico);

Clínica 2 (NPD – Neuropsiquiatria e Demências);

Clínica 3 (PGT- Psiquiatria Geral e Transcultural);

Clínica 4 (AND – Alcoologia e Novas Dependências Coordenadora);

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Clínica 5 (PA e POC – Patologia Afetiva e Perturbação Obsessiva Compulsiva);

Clínica 6 (PE – Patologia Esquizofrénica).

Relativamente aos serviços de internamento de outras tipologias destinados a doentes com quadros

clínicos diferenciados, o Centro Hospitalar dispõe de um Serviço de Doentes de Evolução Prolongada,

um Serviço de Reabilitação Psicossocial e um Serviço de Psiquiatria Forense, bem como, na vertente

de ambulatório, de um Serviço de Psicologia e Psicoterapias, além de Unidades de MCDT,

designadamente, de Neurofisiologia, de Eletroconvulsivoterapia, Patologia Clínica e de Radiologia.

O Serviço de Doentes de Evolução Prolongada, atendendo às alterações registadas nos últimos anos

no perfil dos doentes internados, consequência de fatores ligados ao envelhecimento, com

manifestações ao nível do grau de autonomia, autocuidado, características comportamentais/funcionais

e evolução do quadro psicopatológico, encontra-se organizado por graus de dependência e

comorbilidades associadas, resultante da avaliação criteriosa, multifatorial e multidisciplinar de todos

os doentes internados nestas unidades.

O Serviço de Reabilitação Psicossocial com uma resposta diversificada e integrada de programas

ambulatórios, inclui também unidades de internamento; uma Unidade de Convalescença, uma Unidade

de Treino Residencial, seis Unidades de Vida Apoiada, e três Unidades de Vida Autónoma na

comunidade (três apartamentos localizados fora do Centro Hospitalar), nos bairros residenciais de

Alvalade e Marvila. Este Serviço desenvolve programas de Reabilitação Psicossocial, designadamente

de Treino de Atividades de Vida Diária, Terapia Ocupacional, Formação Profissional e de Emprego

Protegido, promovendo a realização de atividades terapêuticas de teatro, atividades enquadradas na

dinamização de programas de rádio, de participação em exposições, para doentes em diferentes fases

do processo de reabilitação.

O Serviço Regional de Psiquiatria Forense tem como missão essencial a implementação dos mais

diferenciados e completos programas de tratamento, segurança e reabilitação a cidadãos sentenciados

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pelo Tribunal através da intervenção de uma equipa multidisciplinar diferenciada e especialmente

vocacionada, possuindo também uma atividade avaliativa com realização de exames periciais médico-

legais em psiquiatria e psicologia solicitados pelos tribunais e INML. Com outras atividades descrevem-

se as funções de consultadoria em psiquiatria e psicologia forense, formação estruturada de médicos

e psicólogos na referida área forense, realização de avaliações de incapacidade temporária protocolada

com instituições públicas. Dispõe de internamento de média-baixa segurança com intervenção

assistencial integrada destinado a residentes na área geodemográfica do CHPL e da região sul do País,

com lotação de 32 camas.

O Hospital de Dia sendo uma unidade de internamento parcial para o tratamento, estabilização

integração e socialização de doentes com patologia do foro psiquiátrico e mental, presta,

maioritariamente, cuidados após o internamento.

O Atendimento Psiquiátrico de Urgência é realizado na Urgência Metropolitana de Psiquiatria de Lisboa,

localizada no Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital de S. José, continuando a ser assegurado

por recursos humanos do CHPL, nos turnos médicos de dia e em colaboração com profissionais de

Hospitais da Península de Setúbal nos turnos da noite. Os recursos humanos de enfermagem e

assistentes operacionais são disponibilizados exclusivamente pelo CHPL.

3.2.2.1 COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO

Através da atuação da Comissão da Qualidade e Segurança (CQS), o CHPL tem instituído uma cultura

de segurança aberta e consensual, coordenando as diversas comissões afetas à CQS através de

reuniões periódicas com os coordenadores das comissões, promovendo ações de formação em cultura

e segurança do doente, melhoria de resposta às reclamações, e simultaneamente tem moderado e

dado apoio a 2 unidades de gestão clínica em processo de acreditação pelo modelo ACSA da DGS,

através da monitorização da implementação dos standards da Qualidade.

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Neste sentido tem colocado a tónica no objetivo estratégico de melhorar a qualidade e o acesso efetivo

dos cidadãos aos cuidados de saúde, quer a nível da organização quer ao nível da prestação, sendo

apoiada pelos membros do núcleo executivo e consultivo, e dinamizadores locais da qualidade das

seguintes subcomissões:

Comissão de Informatização e Divulgação de Normas Clinicas – Efetuou divulgação de Normas

emitidas pela DGS, divulgou a criação de norma específica do CHPL sobre a Diabetes Mellitus proposta

pela UID (Unidade Integrada da Diabetes), e realizou auditorias às plataformas WEB do CHPL

propondo a melhoria dos registos eletrónicos.

Gabinete do Cidadão – Realizou o tratamento, avaliação e monitorização do cumprimento das

respostas dadas às exposições, reclamações e sugestões apresentadas pelos cidadãos. Incentivou ao

preenchimento do campo referente às propostas de melhoria a implementar nos serviços, na sequência

dos problemas identificados nas reclamações dos utentes. Assegurou ainda a realização e análise do

Inquérito à Satisfação dos Utentes e Profissionais em 2015, em conjunto com a Comissão de

Humanização e Qualidade.

Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos

Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) - Monitorizou o cumprimento das Orientações/Normas no âmbito do

Controlo de Infeção; supervisionou e corrigiu as práticas de prevenção e controlo de infeção, através

dos Dinamizadores Locais da Qualidade; articulou-se com a Comissão de Farmácia e Terapêutica na

apreciação das justificações das prescrições de antibióticos, assim como implementou práticas locais

de isolamentos para contenção de Agentes multiresistentes. Colaborou na divulgação do Plano de

contingência da Gripe e nas ações de formação sobre Primeiros Socorros efetuadas a Assistentes

Operacionais. Efetuou Reuniões periódicas com todos os membros dinamizadores locais (MDL) para

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preparação da campanha “Higiene das Mãos”. Foi Colocado na Intranet, Área de Consulta Fácil, do

subsite do GCL-PPCIRA um conjunto de procedimentos recomendados perante casos de doentes

infetados ou colonizados com MRSA, nomeadamente a nível do isolamento, precauções básicas de

controlo de infeção e transmissão de infeção cruzada. Elaborou o “Protocolo de manutenção e

desinfeção periódica dos pontos de água no combate à Legionella”, e efetuou relatórios trimestrais

sobre o estado de cumprimento do mesmo.

Fez divulgação das regras ditadas pela nova legislação sobre certificados de óbito de doentes com

doença infeciosa, com recomendação para alteração à Norma interna sobre falecimentos; Divulgação

de informação sobre precauções com Clostridium Difficile, divulgação de cartazes sobre Etiqueta

Respiratória; Promoção e acompanhamento de radiorrastreio de tuberculose a 166 doentes, com

pesquisas de BK a 40 doentes internados; Promoção e acompanhamento da aquisição e formação no

uso de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e atuação em caso de doença por Ébola;

Acompanhamento de técnicos do Centro de Saúde de Sete Rios, com a responsável dos SIE, durante

as colheitas de água para análise bacteriológica e de cloro residual; Contactos com o departamento de

Saúde Pública da ARSLVT e com a USP Lisboa Norte, no sentido de apoiar a criação de um programa

de análises básicas à água na instituição; Acompanhamento de casos de dois doentes portadores de

MRSA num serviço de internamento; Realização da Ação de Formação “Critérios de Seleção de

Material e Tratamento de Feridas – Uma Abordagem Focada na Evidência”, devido à deteção de

disparidade de critérios na utilização de material de tratamento de feridas; Organização e realização da

formação sobre utilização adequada de MENTABACT (desinfetante); Planeamento de ação de

formação em “Antibioterapia”, dirigida a médicos; Emissão de Parecer de esclarecimento sobre a mais

segura forma de descartar frascos de medicação; Auditoria Interna ao Cumprimento das Precauções

Básicas de Controlo de Infeção”, em 8 unidades de gestão clínica, com os instrumentos e modelos

inclusos na Norma da DGS n.º 029/2012, de 29/12/2012, atualizada a 31/10/2013; emissão de parecer

sobre vacinação contra infeções por Streptococcus Pneumoniae. Articulação com a Comissão de

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Gestão do Risco (CGR), para clarificação do papel de cada comissão, tendo sido acordado que o GCL-

PPCIRA audita a qualidade das intervenções limpeza e estado dos materiais enquanto a CGR audita

a mesma situação em termos da segurança apresentada para os doentes e pessoal. Contatos com

Infarmed para correção de dados, sobretudo no caso dos consumos de Quinolonas. Promoção de

campanha sobre a importância de uma correta lavagem antisética das mãos, especialmente dirigida a

visitas de familiares e utentes da consulta externa, tendo participado nas sessões práticas 239 pessoas,

sendo 167 utentes e 72 profissionais. Controlo da doença do legionário, em especial sobre o controle

e monitorização das temperaturas dos reservatórios de água quente. Promoção da aquisição de

serviços ao INSA para realização de análises periódicas para despiste de Legionella, nas águas

quentes sanitárias. Auditoria aos pedidos de análises clínicas, no sentido de perceber se há suspeitas

de infeções não notificadas.

Comissão de Gestão de Risco – Divulgou orientações/informações emitidas pela DGS relativas à

segurança do doente; Implementou estratégia local para o armazenamento e identificação de

medicamentos LASA (Look Alike Sound Alike); Implementou o registo de incidentes com os

medicamentos LASA, e incentivou o registo interno dos incidentes e eventos adversos ocorridos no

âmbito da segurança do doente; propôs implementação do uso de pulseira de identificação inequívoca

do doente em situação aguda. Identificou necessidades de formação aos doentes, relativas à sua

segurança em ambiente hospitalar; dinamizou a elaboração de procedimentos relativos a quedas e

ulceras de pressão.

Implementou o uso da Escala de Braden para avaliação das Ulceras de Pressão em Unidades com

doentes mais dependentes; Foram realizadas 104 formações pela CGR que tiveram como objetivo

sensibilizar os profissionais para a segurança/qualidade dos cuidados em saúde, e dar formação

relativa às notificações e conhecimentos acerca das alterações na plataforma interna de registos;

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Foram efetuadas 2 auditorias ao acondicionamento dos medicamentos termolábeis do CHPL e

elaborada lista de medicamentos de alerta máximo.

Comissão de Catástrofe e Emergência Interna - promoveu formação inicial e contínua em Suporte

Básico de Vida com e sem Desfibrilhador Automático Externo, e formulou pedido de aquisição de

serviços externos para atualização de planos de emergência nos edifícios e no Centro Hospitalar.

Comissão de Humanização e Qualidade de Serviços – Realizou a Dinamização de eventos de carácter

periódico relativos aos utentes; Conclusão do guia de acolhimento ao utente; Revisão da Norma "Envio

de doentes em situação urgente ao Hospital Geral", e publicitação da mesma. Auscultação aos Serviços

no âmbito da humanização e qualidade.

Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho – Desenvolveu um inquérito para avaliar os

riscos e segurança dos profissionais, que está em discussão. Efetuou divulgação da plataforma da DGS

para registo das ocorrências sobre violência contra profissionais.

A 10 de Dezembro de 2015 foi criada a Comissão de Gestão de Pensões do Serviço Regional

Psiquiatria Forense (SRPF).

Em 2015 foram aprovados os seguintes Regulamentos:

Regulamento da Unidade de Promoção da Atividade do Voluntariado no CHPL - aprovado a

26 de Março de 2015;

Regulamento da Comissão de Catástrofe e Emergência Interna (CCEI) – aprovado a 21 de

Maio de 2015;

Regulamento da Comissão Ética para a Saúde – aprovado a 27 de Agosto de 2015.

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3.3 ESTRUTURAS COMUNITÁRIAS DO CENTRO HOSPITALAR PSIQUIÁTRICO DE

LISBOA

Em 2015, deu-se continuidade ao processo organizativo, a fim de reforçar e adequar as respostas

ambulatórias de proximidade:

O Conselho de Administração deliberou a 19 de Março de 2015, proceder à reconfiguração

funcional da Unidade Comunitária de Odivelas, passando a denominar-se CCSMO - Centro de

Saúde Mental em Odivelas, promovendo o reforço da articulação/complementaridade com o

Hospital Beatriz Ângelo e com os agentes locais.

A 18 de Maio de 2015, fruto de uma parceria com o ACES Oeste Sul e a Camara Municipal de

Mafra, o CHPL inaugurou mais uma estrutura comunitária, sedeada na cidade de Mafra, com

a designação MESMO – Mafra Espaço de Saúde Mental e Ocupacional.

O Centro Hospitalar dispõe atualmente de 6 Estruturas na comunidade destinadas à prestação de

respostas integradas ambulatórias de proximidade e ainda de um Fórum, localizado no Bairro da Graça

em Lisboa orientado para doentes internos e externos.

As referidas 6 estruturas comunitárias possuem, entre outras, as seguintes finalidades:

Garantir respostas integradas e especializadas de proximidade;

Assegurar a Integração da Psiquiatria e Saúde Mental nas estruturas locais de saúde;

Promover e facilitar o acesso a informação da situação social e clínica do utente, alcançada através

da maior proximidade dos utentes inseridos no seu contexto sócio-cultural;

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Centro Comunitário de Saúde Mental em Odivelas

Promover a redução do número de internamentos e facilitar o procedimento da alta psiquiátrica

bem como o acompanhamento do utente em fase posterior;

Intervir por forma a fomentar a prevenção da estigmatização do doente mental, entre os técnicos

de saúde, doente, famílias e da comunidade no seu conjunto;

Assegurar a melhoria da adesão terapêutica, nomeadamente à terapêutica DEPOT;

Assegurar o aumento da realização de consultas de triagem com supervisão médica;

Promover a humanização dos cuidados prestados em Psiquiatria e Saúde Mental.

O Centro Comunitário de Saúde Mental em Odivelas (912m2), tem como principal missão a de intervir

no processo reabilitativo de pessoas portadoras de doença mental, referenciadas pelo CHPL, quer por

entidades de saúde e locais, proporcionando “um suporte estruturado ao desenvolvimento da sua

autonomia, num leque alargado de situações de vida quotidiana”, disponibiliza as seguintes atividades:

Consulta Externa: Psiquiatria e Psicologia e Atendimentos Complementares de Enfermagem e

Serviço Social;

Área de Dia;

As Unidades Comunitárias, tendo como objetivo a prestação de cuidados de proximidade de

psiquiatria e saúde mental em regime ambulatório na área assistencial compreendida pelos concelhos

abrangidos pela área de referenciação direta, possuem as seguintes localizações: Dispõem de

equipas multidisciplinares especializadas, constituídas por médicos, psicólogos, enfermeiros,

terapeutas ocupacionais e técnicos de serviço social.

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CINTRA - Centro Integrado de Tratamento e Reabilitação em Ambulatório Equipa de

Saúde Mental de Sintra do CHPL

ETC – Espaço Terapêutico Comunitário de Vila Franca de Xira

Centro de Competências;

Intervenções Domiciliárias, desenvolvidas por uma equipa multidisciplinar;

Reuniões com parceiros, Intervenções em estruturas sediadas na comunidade;

O CINTRA (780,7m2 distribuídos por dois edifícios), disponibiliza atendimento nas seguintes áreas:

Consulta Externa: Psiquiatria e Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e

Serviço Social

Intervenções Domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

Hospital de Dia;

Área de Dia.

O Espaço Terapêutico Comunitário de Vila Franca de Xira (215m2), disponibiliza as seguintes áreas de

atividade:

Consulta Externa: Psiquiatria/Psicologia, Atendimentos Complementares (Enfermagem e Serviço

Social);

Visitas domiciliárias realizadas por equipa multidisciplinar;

Área de Dia.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 20

Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos dos Olivais

Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Torres Vedras

MESMO – Mafra Espaço de Saúde Mental e Ocupacional

Na Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos dos Olivais (81,77m2), identificam-se as seguintes

áreas de atividade:

Consulta de Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

Visitas domiciliárias são desenvolvidas pela equipa multidisciplinar;

Área de Dia.

A Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Torres Vedras (106 m2), disponibiliza aos utentes

desta área as seguintes valências:

Consulta Externa: Psiquiatria e Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e

Serviço Social;

Intervenções Domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

Área de Dia.

O MESMO (cerca de 130m2), disponibiliza aos utentes desta área geodemográfica as seguintes

valências:

Consulta Externa de Psiquiatria, Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 21

Fórum Sócio Ocupacional – Casa da Graça

Intervenções Domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

Atividades Reabilitativas.

A unidade sócio – ocupacional Casa da Graça é uma unidade de suporte à Reintegração Social

Comunitária, criada em 2008, de intervenção psicossocial dirigida a utentes em processo de

desinstitucionalização/reabilitação.

3.4 Projetos Inovadores de Saúde Mental- Intervenção Domiciliária Articulada

Na área dos Programas Inovadores do Plano Nacional de Saúde Mental (PISM) deu-se continuidade

no ano de 2015, a dois projetos iniciados em 2010, cuja linha de financiamento específico terminara no

final do 1º semestre de 2012, tendo continuado a decorrer as respetivas atividades tal como planeado.

No 2º trimestre de 2015 concluiu-se o envolvimento do CHPL no Projeto de Intervenção em Saúde

Mental anteriormente promovido no Centro Hospitalar Oeste Norte, tendo como principal objectivo,

prevenir, detetar precocemente e tratar a doença mental, diminuindo o impacto das perturbações

mentais.

O “Pro-Actus – Projeto de articulação da UCCPO com os cuidados de Saúde Primários de Odivelas –

criação de Rede Pró-Ativa” presta cuidados de psiquiatria e saúde mental na comunidade (concelho de

Odivelas) a pessoas com doença mental grave, de que resulte incapacidade psicossocial e que se

encontrem em situação de dependência, numa perspetiva de pró-atividade, assegurando a adesão ao

projeto terapêutico quando comprometido e intervêm precocemente na suspeita de Patologia

Psiquiátrica Grave. O CHPL tem vindo, tal como contratualizado, a assegurar a continuidade ao projeto,

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 22

sendo previsível no futuro o alargamento a outras áreas de referenciação do Centro Hospitalar. A

equipa do “Pró-Actus” realizou 1.918 intervenções domiciliárias em 2015.

Fig. 3 – Viaturas de Apoio aos Projetos Pro-Actus e Pretrarca

O Projeto “Pretrarca – Prevenir e tratar em casa” dinamizado através da equipa da Clinica 5 (PA e POC)

é constituído por uma equipa móvel, que garante o tratamento e prevenção de recaídas dos doentes,

numa perspetiva que associa o tratamento farmacológico a uma vertente terapêutica psicossocial,

realizada na residência dos doentes, sendo os técnicos que procuram os doentes. Aos enfermeiros,

associam-se outros técnicos, médicos, assistentes sociais e psicólogos, de acordo com as

necessidades dos doentes. Também neste caso o CHPL deu continuidade ao projeto, tal como estava

contratualmente previsto.

A Equipa de Domiciliária PRETRARCA efetuou 2.516 intervenções domiciliárias em 2015.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 23

3.5 PARCERIAS

3.5.1 Parcerias Internas

Tílias Cooperativa

A Cooperativa Tílias-Coop, constituída inicialmente por profissionais do HJM, é uma empresa de

inserção profissional que opera nas áreas da Formação e Profissionalização em Manutenção e

Conservação de Espaços Verdes.

Sedeada no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, a Tílias-coop tem como principal objetivo a

inserção de doentes mentais na sociedade, um processo complexo para o qual esta cooperativa

contribui de forma consolidada desde 1999, através da criação e manutenção de emprego.

ARIA

A ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda é uma Instituição Particular de Solidariedade

Social (IPSS), sem fins lucrativos, tem com missão principal ajudar a pessoa com problemas de saúde

mental a adquirir os recursos necessários à sua reabilitação psicossocial e integração socioprofissional.

A ARIA exerce a sua atividade empenhada em contribuir para um futuro melhor para as pessoas que

apresentam situações clinicas enquadráveis na psiquiatria e saúde mental e que se encontrem em

contexto precário do ponto de vista psicossocial, fomentando a oferta de serviços especializados e

qualificados que possam traduzir-se numa melhoria de qualidade de vida dos que precisem dos seus

serviços.

3.5.2 Parcerias Externas

CPCJ`s

Atendendo ao reconhecimento por parte das CPCJ`s do papel do Serviço de Psicologia Clinica e

Psicoterapia do CHPL, deu-se continuidade á implementação do protocolo celebrado com a Comissão

de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCR), na formação, supervisão aos técnicos e

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 24

diagnóstico das situações do ponto de vista individual, familiar e social das crianças e jovens

sinalizados, bem como no aconselhamento de respostas mais adequadas aos casos concretos, das

CPJ`s da Amadora, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Benavente, Cascais, Mafra, Salvaterra de magos,

Sintra Ocidental e Oriental e VFX.

Município de Lisboa e NPISA

O CHPL, a par de um conjunto diversificado de Entidades, de que são exemplo a CML, a SCML e a

Comunidade Vida e Paz, integrou em 2015 o Núcleo de Planeamento e Intervenção para as Pessoas

Sem-Abrigo (NPISA), tendo enquanto parceiro especializado tido um papel relevante na intervenção

articulada dirigida às pessoas sem-abrigo da cidade de Lisboa portadoras de doença mental.

Comissão Social de Freguesia - Junta de Freguesia de Alvalade

Em 2015 o CHPL passou a integrar a Rede Social de Lisboa e a Comissão Social de Freguesia de

Alvalade, tendo inclusivamente sido eleito pelos diversos parceiros como membro do órgão executivo

desta última. Neste âmbito foi já constituída uma plataforma de planeamento e coordenação da

intervenção de proximidade, juntando as instituições públicas, privadas e do setor social sedeadas na

área geográfica da Junta de Freguesia de Alvalade

A Arte Bruta Portuguesa e Doença Mental

Na sequência do convite endereçado pela Diretora do Kunsthaus Kannen Museum de arte bruta

(Hospital Psiquiátrico Alexianer-Krakenhaus) ao Atelier de Artes Plásticas do Centro Hospitalar

Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), em parceria com a P28 – Associação para o Desenvolvimento Criativo

e Artístico para representar a arte outsider nacional no 2x2 Forum European Outsider Art, que decorreu

na Alemanha, surgiram diversas propostas em resultado dessa participação para expor o trabalho de

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 25

artistas-doentes portugueses noutras instituições e eventos culturais, resultando numa programação

que se estende até 2017.

O Atelier d’Artes Plásticas tem desenvolvido um trabalho a nível artístico com alguns doentes que

frequentam a U.T.O. de que resulta a organização e promoção de mostras temáticas e exposições dos

seus trabalhos, mas também de outros artistas, por forma a assegurar um intercâmbio criativo ao juntar

artistas consagrados e premiados com “artistas doentes”.

Camara Municipal de Lisboa -

“ Pintura do Muro” (muro

CHPL)

Conclusão do projeto de natureza

artística e social, niciado em 2012, com

intervenções de arte urbana ao longo da

zona exterior do muro que delimita o

Parque de Saúde de Lisboa, resultado

da parceria celebrada com o Gabinete de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa.

Pavilhão do Conhecimento – Exposição Loucamente

Participação do Atelier d’Artes da Terapia Ocupacional, com uma mostra de trabalhos de pintura,

desenho e escultura.

Instituto dos Museus e da Conservação

No âmbito do Protocolo de colaboração entre o Instituto dos Museus e da Conservação, a Direcção-

Geral de Arquivos e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa deu-se continuidade às tarefas de

salvaguarda e promoção do acervo documental, fotográfico e artístico que o CHPL dispõe e que importa

Fig. 4 - Local: Rua das Murtas (muro CHPL)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 26

preservar, tendo no âmbito do protocolo que envolve as três entidades sido efectuado um esforço

conjunto de defesa do património inestimável, só possível com a articulação entre as entidades

envolvidas.

3.6 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA

Tendo em vista a interligação e divulgação das iniciativas junto da comunidade continuou o processo

de dinamização da página de internet do CHPL em 2015, mediante a utilização de especificações

técnicas e aplicações informáticas adequadas por forma a disponibilizar aos utilizadores em geral, aos

utentes, seus familiares e profissionais, de modo apelativo e intuitivo, diversos conteúdos informativos,

tendo-se promovido a atualização constante desses mesmos conteúdos.

Ao nível da comunicação interna, que visa promover a integração dentro da organização e a troca de

informações com o público interno, tem-se privilegiado a intranet como ferramenta quotidiana para

divulgação de diversos conteúdos e documentos relevantes para o CHPL e seus colaboradores.

3.7 SUSTENTABILIDADE

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) enquanto entidade do SNS integrante do Setor

Público Administrativo, procura otimizar os recursos humanos e materiais de que dispõe, com o objetivo

da melhoria contínua dos seus níveis de eficácia e eficiência, apostando na qualidade e segurança do

serviço prestado.

A reorganização das equipas de trabalho e a afetação de profissionais às mesmas, tem sido uma

preocupação constante, o que nos tem permitido ganhos de eficiência consideráveis, como se

perceberá da análise detalhada dos rácios de eficiência, que adiante desenvolvemos.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 27

Em 2015, deu-se continuidade às medidas relevantes de combate ao desperdício e de racionalização

de custos, no âmbito do “Guia de Combate ao Desperdício”, num esforço de contenção da despesa,

de que são exemplos, a área de recursos hídricos, de energia e utilização de papel. Na área dos

recursos hídricos iniciou-se um procedimento para a substituição da obsoleta e ineficiente rede de rega

do Parque Saúde de Lisboa.

Divulgação do Manual de Boas Práticas Ambientais, com o objetivo de criar uma ferramenta de

sensibilização de todos os utilizadores e incorporar as boas práticas ambientais; concretamente

eficiência energética, gestão de resíduos, redução de emissões atmosféricas, utilização racional dos

recursos naturais, dos transportes e, em geral, para a sustentabilidade das atividades em saúde.

3.8 RECURSOS HUMANOS

A 31 de Dezembro de 2015, o total de efetivos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa situava-se

nos 627 profissionais (menos 2,5% do que em 2014), 75% dos quais vinculados na modalidade de

relação jurídica de emprego público com contrato de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado.

A distribuição dos efetivos em referência, por grupo profissional e tipo de vinculação encontrava-se

estruturada da seguinte forma:

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 28

QUADRO I

Nº DE EFECTIVOS POR GRUPO PROFISSIONAL E TIPO DE VÍNCULO

31.12.2015

Grupo Etário

Observando o Quadro II referente à distribuição por grupos etários e que não integra os prestadores

de serviço, verifica-se que no final do ano de 2015, 299 profissionais tinham idades situadas entre os

25 e os 49 anos, o que representa 53% do total de efetivos, enquanto os restantes 266 tinham mais de

50 anos (47% do total de trabalhadores).

Grupo ProfissionalCTF tempo

IndeterminadoCT Termo

Prestação

ServiçosTotal

Dirigentes 10 10

Médico 54 44 6 104

Técnico Superior Saúde 20 29 49

Técnico Superior 18 1 7 26

Informática 3 2 5

Enfermeiros 149 1 8 158

Técnico Diagnóstico e Terapeutica 25 1 9 35

Assistentes Técnicos 49 8 3 60

Assistentes Operacionais 137 13 7 157

Outros 3 20 23

Total 468 97 62 627

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 29

QUADRO II

Nº DE EFECTIVOS POR FAIXA ETÁRIA

(Sem Prestadores de Serviço)

31.12.2015

Importa sublinhar que o impacto do défice do ratio de pessoal que se acentuou em 2015 só não teve

consequências marcadamente negativas ao nível do cumprimento dos objetivos da instituição, devido

à reorganização sistemática dos serviços e dos procedimentos que permitiram otimizar os recursos

humanos, situação que contudo se encontra no limite atendendo às solicitações que permanente são

feitas para melhorar e aumentar a capacidade de resposta do CHPL.

O Serviço de Formação e Desenvolvimento tem como missão planear e organizar as ações de

formação dirigidas aos colaboradores.

As atividades formativas organizadas pretendem-se relevantes para a prática profissional e que

contribuam para o desenvolvimento de competências e para a melhoria da qualidade dos serviços

prestados. A merecer referência a atividade desenvolvida no âmbito da Formação Interna de Recursos

Humanos, conforme se descrimina:

Grupo Profissional 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 Total

Dirigentes 1 3 1 5

Médico 19 27 9 2 3 10 18 7 4 99

Técnico Superior Saúde 17 13 10 1 3 4 1 49

Técnico Superior 1 6 6 1 3 2 5 24

Informática 1 1 1 3

Enfermeiros 18 18 22 32 28 19 12 2 151

Técnico Diagnóstico e Terapeutica 4 5 5 3 5 3 1 26

Assistentes Técnicos 3 5 9 10 9 16 4 1 57

Assistentes Operacionais 4 6 10 29 40 32 24 4 149

Outros 1 1 2

Total 19 57 66 68 89 101 94 59 12 565

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 30

QUADRO III

PLANO DE FORMAÇÃO INTERNO

ANO 2015

A Autoformação, pela importância e volume que representa, é evidenciada no Quadro seguinte:

Ação de FormaçãoNº Horas

TotalNº Acções

Participantes

Critérios de Seleção de material e tatamento de feridas - Uma abordagem focada na evidência

(Módulo I)10,5 1 15

Critérios de Seleção de material e tatamento de feridas - Uma abordagem focada na evidência

(Módulo II)10 1 14

Atelier "Cuidar de quem cuida" 8 1 8

Noções Básicas de Primeiros Socorros 4 1 9

Noções Básicas de Primeiros Socorros 4 1 12

Noções Básicas de Primeiros Socorros 4 1 9

Noções Básicas de Primeiros Socorros 4 1 9

Noções Básicas de Primeiros Socorros 4 1 3

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 5

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 5

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 10

Workshop de Outono: Gestão da Ansiedade 3,45 1 8

Workshop de Outono: Competências Pessoais e Sociais 3,45 1 4

Workshop de Outono: Codependência - Dependência Emocional 4,3 1 10

Workshop de Outono: Fibromialgia 3 1 9

TOTAL 80,7 15 130

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 31

QUADRO IV

COMISSÕES GRATUITAS DE SERVIÇO

ANO 2015

A ausência dos trabalhadores no seu posto de trabalho, traduziu-se no ano de 2015 em 11.073.

QUADRO V

ABSENTISMO POR GRUPO PROFISSIONAL a)

ANO 2015

a) (não inclui os dias de férias)

Grupo Profissional EspecialidadeNº.

Pedidos

N.º Dias

Úteis

Psiquiatria 51 108

Neurologia 4 8

Medicina Interna 2 3

Internos Psiquiatria 118 274

37 62

Psicologia 34 50

Farmácia 2 7

12 22

1 1

1 1

1 3

263 539Total

Pessoal Dirigente

Pessoal Médico

Pessoal Técnico Superior Saúde

Pessoal de Enfermagem

Pessoal Técnico Diagnóstico e Terapeutica

Pessoal Assistente Técnico

Pessoal Docente

Grupo Profissional Nº dias úteis

Dirigentes 149

Médico 1.489

Técnico Superior Saúde 833

Técnico Superior 483

Informática 6

Enfermeiros 3.590

Técnico Diagnóstico e Terapeutica 469

Assistentes Técnicos 598

Assistentes Operacionais 3.396

Outros 60

Total 11.073

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 32

4.1. ATIVIDADE ASSISTENCIAL GLOBAL

No período em análise, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa assistiu 19.156 utentes,

independentemente da diversidade e modalidade de serviços clínicos que lhes foram prestados, tendo

registado um crescimento de 33,8% no n.º de utentes do Hospital de Dia/Áreas de Dia e uma diminuição

no número de utentes assistidos no internamento e na consulta externa (-2,5% e -2,4%

respetivamente).

QUADRO VI

Nº DE UTILIZADORES DO HOSPITAL/ACESSIBILIDADE

2014/2015

4.2 INTERNAMENTO

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa iniciou o ano de 2015 com a lotação de 391 camas, tendo

desenvolvido a sua atividade nesse período com uma lotação média praticada de 392 camas.

Como se depreende da análise do gráfico seguinte, a lotação praticada no final do ano foi de 396

camas.

2014 2015 Var % 2014 2015 Var % 2014 2015 Var % 2014 2015 Var %

Área de Influência 244 290 18,9% 1.182 1.240 4,9% 11.556 11.851 2,6% 11.946 12.255 2,6%

Fora da Área de Influência 208 315 51,4% 723 618 -14,5% 7.195 6.447 -10,4% 7.702 6.901 -10,4%

TOTAL 452 605 33,8% 1.905 1.858 -2,5% 18.751 18.298 -2,4% 19.648 19.156 -2,5%

N.º de Utilizadores do

CHPL

Hospital de Dia Internamento Consulta Externa TOTAL

4. Evolução da Principal Atividade Desenvolvida

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 33

GRÁFICO III

LOTAÇÃO A 31/12

2014 / 2015

No Serviço de Reabilitação, em novembro, reabriu a Casa das Tílias, passando de Treino de Autonomia

(com 8 camas) para Apoio Moderado (com 12 camas) e procedeu-se ao aumento da lotação em 1

cama do Apoio Mínimo – Pav.18ª 1º. Tais reajustamentos espelham o constante compromisso por parte

do Centro Hospitalar em privilegiar a disponibilização de recursos para internamento na vertente

reabilitativa destinada a prevenir a institucionalização e cronicidade de novos doentes mentais e a

fomentar programas de desinstitucionalização, atuando como agente facilitador na reinserção sócio-

familiar do doente.

QUADRO VII

INTERNAMENTO – DADOS ACUMULADOS 2014 /2015

121136

102

32

121136

107

32

0% 0%

5%

0% 0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense

Var

%

Lota

ção

Fin

al P

rati

cad

a

Serviços2014 2015

121 121 0,0% 35.508 37.998 7,0% 2.029 1.995 -1,7% 18,3 19,9 8,8% 80,4% 86,0% 5,6%

136 136 0,0% 47.685 45.993 -3,5% 202 201 -0,5% 701,3 541,1 -22,8% 96,1% 92,7% -3,4%

102 107 4,9% 31.758 31.590 -0,5% 120 118 -1,7% 962,4 987,2 2,6% 86,1% 84,1% -2,0%

32 32 0,0% 11.520 11.747 2,0% 39 39 0,0% 1.645,7 1.957,8 19,0% 98,6% 100,6% 2,0%

391 396 1,3% 126.471 127.328 0,7% 2.376 2.347 -1,2% 62,2 62,9 1,1% 88,8% 89,0% 0,2%

Serviço de Agudos

Serviço de Evolução Prolongada

Total do Hospital

Serviço de Reabilitação

Serviço de Forense

Serviços

Dias Internamento

2014

Taxa de Ocupação

Var

Abs.

Demora Média

2015 Var %2014 Var % Var % 20142015

Lotação Final Praticada

2014 2015 Var %

Doentes Tratados

2014 2015 2015

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 34

No ano transato dos 2.004 doentes entrados 20% corresponderam a internamentos compulsivos, o que

se traduziu em 410 doentes internados neste regime, mais 63 que no período homólogo.

GRÁFICO IV

DIAS DE INTERNAMENTO

2014 / 2015

Nos serviços de agudos registou-se, comparativamente com o ano anterior, um aumento de 2.490 dias

de internamento e a numa variação negativa de 1,7% de doentes tratados, traduzindo-se num aumento

da demora média em 8,8%. Não obstante a implementação de um programa efetivo de planeamento

de altas, levada a efeito com o envolvimento alargado de uma equipa multidisciplinar, foi claramente

condicionada pela inexistência de respostas de uma rede nacional de cuidados continuados integrados

de saúde mental e nas alternativas de acolhimento e reintegração existentes na família, revelando-se

a este nível ser necessário promover a existência de alternativas de acolhimento e reintegração na

comunidade, por forma a diminuir o diferencial médio atualmente existente entre a data da alta clinica

e a respetiva alta social.

7%

-4%

-1%

2%

-6%

-4%

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

0

20.000

40.000

60.000

Agudos EvoluçãoProlongada

Reabilitação Forense

Var

%

Dia

s d

e In

tern

amen

to

Serviços

2014 2015 Var%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 35

GRÁFICO V

DOENTES TRATADOS

2014 / 2015

GRÁFICO VI

DEMORA MÉDIA

2014 / 2015

No Serviço de Evolução Prolongada verificou-se um decréscimo da demora média em 23%, e no

Serviço de Reabilitação registou-se um aumento de 3%. A Psiquiatria Forense regista um aumento de

19% na Demora Média, sendo que a atividade registada neste serviço decorre de decisões judiciais

com vista à execução de medidas privativas da liberdade aplicadas a inimputáveis, visando a

-2%

0%

-2%

0%

-2%

-2%

-1%

-1%

-1%

-1%

-1%

0%

0%

0%

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

Agudos EvoluçãoProlongada

Reabilitação Forense

Var

%

Do

ente

s Tr

atad

os

Serviços2014 2015 Var%

9%

-23%

3%

19%

-25%

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

0

300

600

900

1.200

1.500

1.800

2.100

Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense

Var

%

Dem

ora

Méd

ia

Serviços

2014 2015 Var%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 36

reabilitação do internado e a sua reinserção no meio familiar e social, por forma a prevenir a prática

eventual de outros factos ilícitos, servindo a defesa da sociedade e da vítima em especial.

GRÁFICO VII

TAXA DE OCUPAÇÃO

2014 / 2015

Observaram-se alterações do número de doentes tratados por cama nos serviços de agudos (-2%) e

nos Serviços de Reabilitação (-8%) face ao período homólogo, sendo que os Serviços de Evolução

Prolongada e o Serviço Forense manteve-se constante face a 2014.

GRÁFICO VIII

DOENTES TRATADOS POR CAMA

2014 / 2015

6%

-3%

-2%

2%

-4%-3%-2%-1%0%1%2%3%4%5%6%7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Agudos EvoluçãoProlongada

Reabilitação Forense

Var

%

Taxa

de

Ocu

paç

ão

Serviços2014 2015 Var%

-2%

0%

-8%

0%

-9%

-8%

-7%

-6%

-5%

-4%

-3%

-2%

-1%

0%

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

Serviço de Agudos Serviço de EvoluçãoProlongada

Serviço deReabilitação

Serviço de Forense

Var

%

Do

ente

s tr

atad

os/

cam

a

Serviços

2014 2015 Var%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 37

4.3 AMBULATÓRIO

4.3.1 Consulta Externa

As Consultas Médicas registaram um aumento de 2,1% no número total de consultas médicas de

psiquiatria realizadas, o que representa um acréscimo de 1.284 consultas, face a 2014.

Nas primeiras consultas médicas de psiquiatria, registou-se um ligeiro crescimento de 0,1%,

verificando-se assim que o peso percentual de primeiras consultas sobre o total foi de 6,7%.

Conforme demonstra o Quadro seguinte verificou-se que as consultas médicas de psiquiatria realizadas

em estruturas na comunidade registaram um crescimento significativo de 5,1% no seu total e de 9,6%

nas primeiras consultas, sendo que o peso percentual de primeiras consultas sobre o total aumentou

de 5,9% em 2014 para 6,1% em 2015. Verifica-se ainda que as consultas não médicas de psicologia

realizadas na instituição registaram um ligeiro aumento, sendo de salientar que destas o maior

crescimento foi registado pelas consultas de psicologia clínica (+25,4%)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 38

QUADRO VIII

TOTAL DE CONSULTAS POR ESPECIALIDADES 2014 / 2015

O Gráfico IX traduz a decomposição das primeiras consultas, destacando-se pela sua significância

relativa, o expressivo aumento das “Outras consultas médicas” realizadas.

2014 2015 % Var. 2014 2015 % Var. 2014 2015 % Var. 2014 2015

2.246 2.151 -4,2% 26.892 26.408 -1,8% 29.138 28.559 -2,0% 7,7% 7,5%

1.296 1.421 9,6% 20.790 21.794 4,8% 22.086 23.215 5,1% 5,9% 6,1%

1 0 -100,0% 185 0 -100,0% 186 0 -100,0% 0,5% -

133 139 4,5% 569 585 2,8% 702 724 3,1% 18,9% 19,2%

99 92 -7,1% 704 1.070 52,0% 803 1.162 44,7% 12,3% 7,9%

226 224 -0,9% 4.518 4.285 -5,2% 4.744 4.509 -5,0% 4,8% 5,0%

17 6 -64,7% 1.371 1.834 33,8% 1.388 1.840 32,6% 1,2% 0,3%

33 30 -9,1% 356 330 -7,3% 389 360 -7,5% 8,5% 8,3%

8 27 237,5% 146 232 58,9% 154 259 68,2% 5,2% 10,4%

4 1 -75,0% 207 314 51,7% 211 315 49,3% 1,9% 0,3%

6 0 -100,0% 0 0 - 6 0 -100,0% 100,0% -

10 5 -50,0% 96 107 11,5% 106 112 5,7% 9,4% 4,5%

27 7 -74,1% 71 56 -21,1% 98 63 -35,7% 27,6% 11,1%

0 8 - 0 144 - 0 152 - - 5,3%

0 0 - 0 25 - 0 25 - - 0,0%

4.106 4.111 0,1% 55.905 57.184 2,3% 60.011 61.295 2,1% 6,8% 6,7%

79 70 -11,4% 625 426 -31,8% 704 496 -29,5% 11,2% 14,1%

98 165 68,4% 1.404 1.418 1,0% 1.502 1.583 5,4% 6,5% 10,4%

72 69 -4,2% 479 527 10,0% 551 596 8,2% 13,1% 11,6%

39 34 -12,8% 0 2 - 39 36 -7,7% 100,0% 94,4%

288 338 17,4% 2.508 2.373 -5,4% 2.796 2.711 -3,0% 10,3% 12,5%

1.965 1.911 -2,7% 17.302 17.465 0,9% 19.267 19.376 0,6% 10,2% 9,9%

777 554 -28,7% 11.254 10.058 -10,6% 12.031 10.612 -11,8% 6,5% 5,2%

154 152 -1,3% 17.031 16.520 -3,0% 17.185 16.672 -3,0% 0,9% 0,9%

111 129 16,2% 1.263 1.378 9,1% 1.374 1.507 9,7% 8,1% 8,6%

3.007 2.746 -8,7% 46.850 45.421 -3,1% 49.857 48.167 -3,4% 6,0% 5,7%

7.401 7.195 -2,8% 105.263 104.978 -0,3% 112.664 112.173 -0,4% 6,6% 6,4%

Anestesiologia

CONSULTAS NÃO MÉDICAS

Psicologia no Hospital

Psicologia em Estruturas na Comun.

Enfermagem

Dietética / Nutrição

Sub-Total

Perturbação Obsessiva Compulsiva

Consulta Tratamento Compulsivo

TOTAL GERAL

OUTRAS CONSULTAS MÉDICAS

Endocrinologia

Neurologia

Sexologia

Sub-Total

Sub-Total

Neuropsiquiatria

Risco Tabágico

CONSULTAS

Consulta de Diabetes

Grupo Terap. Apoio ao Luto

Consulta Medicina do Sono

CONSULTAS MÉDICAS PSIQUIATRIA

Hospital

Estruturas na Comunidade

Psiquiatria Geriátrica

UTRA

Psicoterapia de Grupo

Stress Traumático

Hiperactividade

Gestão do Stress Socio-Laboral

Primeiras Subsequentes TOTAL% das primeiras

consultas no total

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 39

GRÁFICO IX

EVOLUÇÃO 1ªs CONSULTAS

2014 / 2015

4.3.2 Hospital de Dia / Áreas de Dia

O Hospital de Dia é um Serviço de Internamento Parcial, para doentes que necessitam

acompanhamento diário, onde recebem de forma programada, cuidados de saúde, permanecendo sob

vigilância num período inferior a 24h.

Está especialmente indicado para doentes em fase de recuperação de episódio agudo que determinou

internamento completo, mas ainda a necessitar de cuidados diários (transitando dos internamentos).

Também é útil no controlo de crises ou episódios em início ou que não tenham critérios para

internamento completo, ou de doentes de controlo difícil ou com resistência ao tratamento (vindos dos

ambulatórios ou da urgência).

0%

17%

-9%

-3%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

Consultas MédicasPsiquiatria

Outras ConsultasMédicas

Consultas NãoMédicas

Total PrimeirasConsultas

Var

%

N.º

de

Co

nsu

ltas

Consultas

Primeiras Consultas 2014 Primeiras Consultas 2015 %Var

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 40

O Hospital de Dia está em articulação próxima e recebe doentes das unidades ou serviços

subespecializadas do CHPL.

A admissão é voluntária e será sempre precedida de uma consulta médica de triagem. O internamento

parcial em Hospital de Dia constitui um Programa de tratamento com Planos de Tratamento

Individualizados e explícitos e Atividades em Grupo com finalidades diagnósticas e terapêuticas mas

também na preparação do após a alta, da reabilitação social e ocupacional.

Como serviço do CHPL está disponível para todos os utentes do Hospital referenciados pelas outras

unidades e serviços existentes.

Para além do internamento parcial, o Hospital de Dia desenvolve outros programas e atividades de

grupo, integração sensorial, psicodrama e psicodança, assim como consultas e atendimentos

individuais, para doentes e cuidadores.

As Áreas de Dia desenvolvem atividades em várias áreas, nomeadamente, através de grupos de apoio

a doentes e familiares, grupos de auto-ajuda, grupos de treino de aptidões, organização e dinamização

de diversos ateliers sendo todas as atividades acompanhadas por profissionais que promovem e

orientam as diversas tarefas no conjunto das 7 Áreas de Dia que o CHPL disponibiliza, das quais 4

funcionam em estruturas autónomas e distantes da sede (Odivelas, Graça, Sintra e Vila Franca de

Xira).

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 41

QUADRO IX

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DO H. DIA / ÁREA DE DIA

2014 / 2015

No ano transato, em termos de atividade registou-se nos Hospitais de Dia e Áreas de Dia um aumento

de 3,8% do número de sessões e de 32,8% no n.º de utentes.

4.3.3 Intervenção Domiciliária

As Intervenções Domiciliárias são realizadas por Equipas de Apoio Domiciliário, estas caracterizam-se

por serem equipas de intervenção multidisciplinar constituídas por diferentes grupos profissionais:

médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de serviço social, e terapeutas ocupacionais; tendo como

principal objetivo contribuir para a promoção da saúde mental da população residente nas freguesias

abrangidas, assegurando a prestação de cuidados mais próximos das pessoas e encontrando

mecanismos de agilização os quais visam uma maior participação da comunidade, dos utentes e das

suas famílias.

2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR.

3.971 3.791 -4,5 112 102 -8,9 35,5 37,2 4,8

3.736 4.652 24,5 64 179 179,7 58,4 26,0 -55,5

1.900 2.728 43,6 62 101 62,9 30,6 27,0 -11,9

586 990 68,9 28 34 21,4 20,9 29,1 39,1

3.958 2.816 -28,9 103 82 -20,4 38,4 34,3 -10,6

348 471 35,3 2 3 50,0 174,0 157,0 -9,8

1.972 2.016 2,2 24 23 -4,2 82,2 87,7 6,7

259 - 39 - 6,6 -

3.674 3.744 1,9 28 33 17,9 131,2 113,5 -13,5

255 170 -33,3 18 17 -5,6 14,2 10,0 -29,4

5.595 5.399 -3,5 84 91 8,3 66,6 59,3 -10,9

706 686 -2,8 12 9 -25,0 58,8 76,2 29,6

26.701 27.722 3,8 537 713 32,8 49,7 38,9 -21,8

EspecialidadesSessões Doentes

Terapia Ocupacional

Rádio Aurora

Total

Sessões/Doente

Casa da Graça

Vila Franca de Xira

Sardinheiras

Formação Profissional

Grupo Teatro Terapêutico

Hospital de Dia

Sector A

Sector S

Psicogeriatria

Alcoologia

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 42

O apoio no domicílio visa a promoção de uma relação terapêutica entre utente/família e os profissionais

prestadores de cuidados, através da avaliação de situações que possam comprometer ou alterar o

estado de saúde mental da pessoa/família, realizando intervenções psico-educativas no âmbito do

reconhecimento precoce de sinais e sintomas de descompensação. Contribui deste modo para

melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde mental na comunidade. Durante o ano de 2015, foram

realizadas 5.783 visitas (3.838 deslocações) pelas diferentes Equipas de Apoio Domiciliário

(representou um aumento de 2,4% face ao período homologo).

No âmbito da implementação de projetos promovidos no âmbito dos Programas Inovadores do Plano

Nacional de Saúde Mental (PISM), o “Pro-Actus” realizou 1.918 visitas domiciliárias (inclui consulta –

médico), mais 16,38% face ao período homólogo, representado 33,17 % do número de deslocações

realizadas pelo CHPL. A Equipa de Domiciliária PRETRARCA, efetuou 2.516 no decorrer de 2015, que

refletiu num decréscimo de 0,71 %, face ao período homólogo, representando 43,51% do número de

visitas domiciliárias efetuadas pelo CHPL.

GRÁFICO X

EVOLUÇÃO DAS VISITAS DOMICILIÁRIAS

2014 / 2015

74,19%

-1,77%

8,68%

-10%0%10%20%30%40%50%60%70%80%

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Consulta - Médico Enfermeiros Outros ProfissionaisNº de Visitas 2014 Nº de Visitas 2015 Var % (2014/2015)

de

Vis

itas

Do

mic

iári

as -

Gru

po

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 43

4.3.4 Urgência

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa assegurou, em 2015, a Urgência Metropolitana de

Psiquiatria no Centro Hospitalar Lisboa Central (Hospital de S. José).

4.3.5 Psiquiatria Forense

Em 2015, o Serviço de Psiquiatria Forense, responsável pelo tratamento de doentes em cumprimento

de pena privativa de liberdade assegurou o internamento, tratamento e reabilitação de doentes mentais

inimputáveis do sul do país, referenciados pelo Ministério da Justiça.

É constituído por:

- Uma enfermaria, com lotação média praticada de 32 camas, com vista à aplicação de um plano

terapêutico de tratamento e de reabilitação, estruturado em função das necessidades, aptidões

individuais e avaliação de risco, reabilitação e inserção social de doentes do sexo masculino,

sob medidas de segurança, determinadas. No ano de 2015, a atividade desta enfermaria

traduziu-se em 39 doentes tratados, com 11.747 dias de Internamento;

- Um Gabinete de Perícias Forenses, destinado a dar resposta a todos os pedidos de realização

de exames periciais, solicitados pelos tribunais e demais organismos da Administração Pública

e que registou a seguinte atividade:

O Serviço recebeu 482 solicitações para a realização de exames médicos legais e avaliações

psicológicas e a sua atividade distribuiu-se do seguinte modo:

Nº. de Exames Distribuídos em 2015: Psiquiatria 325 / Psicologia 99

o Nº. de Relatórios realizados: Psiquiatria 346 / Psicologia 57

o Nº. de Desistências: Psiquiatria 28 / Psicologia 14

o Nº. de Relatórios efetuados no exterior: Psiquiatria 27 / Psicologia 0

Nº. de Relatórios realizados, referentes a períodos anteriores: Psiquiatria 149 / Psicologia 33

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 44

N.º de relatórios efetuados no exterior, referentes a períodos anteriores: Psiquiatria 18 /

Psicologia 0

Total de exames concluídos ............................................................ Psiquiatria 346 / Psicologia 57

4.3.6 Serviço de Reabilitação – Unidades Ambulatórias

4.3.6.1 Unidade de Terapia Ocupacional

A Unidade de Terapia Ocupacional (UTO), orienta a sua atividade na prevenção e reabilitação da

disfuncionalidade, com vista a proporcionar ao utente o máximo de desempenho e autonomia nas suas

atividades; gestão doméstica, gestão de dinheiro, participação social, lazer, atividades produtivas,

educativas, profissionais ou de voluntariado. Promovendo também a prevenção de

recaídas/cronicidade, associadas ao não envolvimento ocupacional.

A sua abordagem é centrada na pessoa, proporcionando-lhe um leque variado e abrangente de

oportunidades de envolvimento ocupacional que vão de encontro às suas necessidades, objetivos,

interesses e valores individuais e que permitem: exploração de novos contextos, interesses e

ocupações, treino de competências e desempenhos em contexto real, interiorização de novos hábitos

e papeis, estabelecimento de rotinas de participação ativa.

Para a concretização destes objetivos promovem-se programas de intervenção, de acordo com os seus

projetos de vida e os seus papéis ocupacionais, tais como: Integração na vida ativa e encaminhamento

para formação profissional, ministrada no CHPL, em tecnologias de informação, costura e

engomadoria, ou outras, disponíveis no exterior.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 45

Para proporcionar todos estes envolvimentos, dispõe a Unidade de Terapia Ocupacional de uma equipa

própria especializada de terapeutas ocupacionais e outros técnicos, conta ainda com o apoio de outro

pessoal não técnico de apoio ao trabalho desenvolvido nesta Unidade, num total de 11 elementos.

Os terapeutas ocupacionais promovem outras intervenções, do estrito foro da terapia ocupacional,

atividades especializadas de avaliação e intervenção, utilizando instrumentos próprios padronizados,

intervindo nas várias etapas do tratamento do utente enquanto internado ou em ambulatório,

intervenções essas que podem ser desenvolvidas individualmente ou em grupo proporcionando assim

o desenvolvimento de competências de comunicação e socialização, são disso exemplo o trabalho com

o grupo de participantes na atividade dos Roteiros de Lisboa, no Espaço Casa e no Treino de

Competências Sociais.

A atividade dos terapeutas ocupacionais não se limita à intervenção na UTO Integrando também os

diversos serviços assistenciais do CHPL.

Paralelamente a estas abordagens intervêm outros técnicos, da área da Dança – Movimento – Terapia.

As intervenções como modelo de abordagem são preferencialmente em grupo, salvo justificação em

contrário

Esta unidade dispõe no seu funcionamento do suporte de um conjunto de Ateliers a saber:

Carpintaria, onde estão integrados uma média diária 12 utentes, neste atelier restaura-se algum

mobiliário, do CHPL e de clientes internos e externos, e efetuam-se trabalhos de emolduramento.

Carpintaria

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 46

Atelier d’Artes Plásticas desenvolve trabalho a nível

artístico com alguns utentes que frequentam a U.T.O.

Frequentam uma média diária de 10 utentes,

organiza e promove mostras e exposições dos seus

trabalhos conjuntamente com artistas consagrados

nos diversos espaços expositivos do CHPL e no exterior.

Atelier de Fotografia promove mostras e exposições dos seus trabalhos recorrendo ao registo dos

eventos ou mostras expositivas.

Atelier d’Artes Plásticas

Atelier de Fotografia

Fig. 5 – Atelier d’Artes Plásticas

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 47

Projetos Desenvolvidos e Apresentados no Ano de 2015

Espaço expositivo do Pav.31

O Tempo e Modo

Gustavo Sumpta - Instalação

Hugo Canoilas- Instalação

João Tabarra - Vídeo

Margarida Correia- Print 5, Fotografia 45

Maria Trabulo - Instalação

Nuno Ramalho - Instalação Moedas Cêntimo

Pedro Barateiro - Instalação

Pedro Ventura - Fotografia 1

Renato Ferrão - Instalação

Augusto Brázio - Fotografia/Suporte vídeo

Valter Vinagre - Fotografia/Suporte vídeo

Nelson D Aires - Fotografia/Suporte vídeo

Paulo Pimenta - Fotografia/Suporte vídeo

The Invisible Hand

Pedro Cabral Santo - Instalação

Pedro Ventura – Fotografia 12

Luís Lemos - Fotografia 8

Gromicho- Desenho 11,

António Costa- Desenho 4

Artur Moreira- Blocos 36

Francisco Gromicho - Blocos 7

Luís Lemos- Vídeo

Pedro Ventura- Vídeo

Close Up

Pintura – 160; Desenhos – 150; Escultura – 5

Instalação- 1; Fotografia- 4.

Deslocado

Fotografia-4; Instalação-9; Escultura-10; Pintura-4;

Colagem-3.

Espaço expositivo do Átrio – Pav.11

Miguel Nunes - Pintura 23

Maria José - Desenho 11

INFARMED

Maria José -Desenhos 11

Outras Participações:

Participação na exposição “ Saúde

Mental e Arte”- no Alentejo, em

Portalegre e Évora,

Acervo da Unidade de Terapia

Ocupacional.

Núcleo Cultura da Faculdade Farmácia

Fotografia

Desenhos

Semana Cultural INR,IP

Calouste Gulbenkian.

Pinturas do Acervo da Unidade de

Terapia Ocupacional.

Exposições e Mostras Artísticas

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 48

A AR’COS é uma estrutura configurando um Fórum com atividades sócio ocupacionais dirigidas a

utentes do CHPL, funciona em espaço próprio e tem integrados uma média diária de 10 doentes.

Constitui-se como uma resposta social, tendo como principal objetivo promover e disponibilizar aos

utentes condições que contribuam para uma vida com melhor qualidade, através do desempenho de

atividades ocupacionais e socialmente úteis.

As modalidades de atividades ocupacionais compreendem:

Atividades socialmente úteis – atividades que proporcionam a valorização pessoal e o máximo

aproveitamento das capacidades e potencial da pessoa, no sentido da sua autonomia,

facilitando sempre que possível uma transição para programas de integração sócio-

profissional;

Atividades estritamente ocupacionais - atividades que visam manter a pessoa ativa e

interessada, favorecendo o seu equilíbrio e bem-estar físico, emocional e social.

Neste âmbito tem a Ar’Cos promovido exposições e venda dos artefactos confecionados pelas utentes

ali integradas; artesanato e da costura, malhas, malas e bijuteria,

Este fórum promove ainda de forma aberta o arranjo de peças de vestuário

Na época Natalícia esta Unidade esteve representada num dos Quiosques em Alvalade numa iniciativa

promovida pela Junta de Freguesia de Alvalade, participa também no evento NATALIS e no mesmo

período realiza uma mostra de presépios originais.

A AR’COS

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 49

O Atelier do Papel, desempenha um “papel” importante na vida da instituição dado que executa diversos

trabalhos de reprografia, cartonagem e encadernação, fornecendo aos armazéns gerais as cópias dos

diversos formulários em uso nos serviços do hospital. Tem integrados uma média diária de 10 doentes.

Mantém em execução o projeto denominado Recriar Arte em que estão a ser recriadas algumas peças

inspiradas no trabalho da artista plástica Joana Vasconcelos mas no âmbito de uma vivência hospitalar.

A Lavandaria funciona como emprego protegido, para alguns doentes aí integrados, fornecendo

serviços de tratamento de roupa a todos os utentes (num total de 80) que vivem nas unidades

residenciais do Serviço de Reabilitação, tem integrados uma média diária de 12 doentes.

O Quiosque do Parque instalado num espaço ajardinado junto à consulta externa funciona como

emprego protegido para 2 utentes aí integrados, sendo a sua gestão auto-suficiente, oferece ao público

produtos de cafetaria, doces, sopa e salgados. Integra 3 doentes diariamente.

Na Unidade de Terapia Ocupacional desenvolvem-se atividades de Vida Diária, como a Culinária, onde

são confecionados bolos, salgados, sopa e doces, integra uma média diária de 10 utentes. Estes

produtos são depois consumidos no Quiosque ou no Bar desta Unidade, que dispõe de um serviço de

pré-pagamento e de atendimento ao balcão onde estão integrados 5 utentes diariamente, esta atividade

Atelier do Papel

Lavandaria

Quiosque do Parque

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 50

de bar tem diversos objetivos, como o treino vocacional, desenvolvimento e treino ou manutenção de

competências.

A Unidade de Terapia Ocupacional, recebe uma média diária de 75 doentes provenientes dos pavilhões

de internamento de agudos, doentes externos provenientes das consultas externas, ou em seguimento

nos pós alta, doentes residentes em todas as unidades do serviço de reabilitação e outros da área de

intervenção do CHPL.

Esta Unidade tem mensalmente um movimento médio de 154 doentes, em que 48 são utentes externos,

39 são residentes, 52 das unidades de reabilitação e 15 dos internamentos de agudos.

4.3.6.2 Grupo de Teatro Terapêutico

O Grupo de Teatro Terapêutico registou durante o ano de 2015 um movimento total de 15 doentes em

regime ambulatório, dos quais 14 transitaram de 2014, 3 entraram de novo e 2 tiveram alta. Dos 14

doentes: 7 eram utentes do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, 2 tinham acompanhamento em

consultórios privados, 1 era proveniente do Hospital de Santa Maria, 2 do Centro das Taipas e 1

Hospital Amadora-Sintra e 1 do Hospital Beatriz Ângelo.

Para além destes utentes em regime ambulatório, o GTT contou com a presença assídua de 2 utentes

internados no Serviço de Residentes.

No âmbito do trabalho terapêutico, foram realizadas várias reuniões para discussões de casos, quer

dentro do GTT, quer com os técnicos das equipas que acompanham os doentes. Assim como a

participação da terapeuta ocupacional na reunião de equipa alargada do Serviço de Reabilitação, uma

vez por mês.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 51

Janeiro 2015

2 Sessões de leitura encenada da peça LIMIAR no Pavilhão do Conhecimento no âmbito da

Exposição LOUCAMENTE.

Fevereiro 2015

2 Sessões de leitura encenada da peça LIMIAR no Pavilhão do Conhecimento no âmbito da

Exposição LOUCAMENTE.

Abril 2015

Apresentação pública do documentário LIMIAR, no Anfiteatro do CHPL, a cerca do GTT,

realizado por um grupo de alunos da ETIC – Escola de Tecnologias Inovação e Criação;

Apresentação de uma comunicação sobre o trabalho desenvolvido pelo GTT, num encontro

promovido pelo GAC – Grupo de Animação Comunitária (Campo de Ourique). Realizado na

Padaria do Povo, e apresentado por um grupo de utentes;

1ª Leitura pública do texto da nova peça TORCICOLO, realizada no Salão Nobre do CHPL para

pessoas convidadas.

Junho 2015

Leitura encenada do texto da peça NOTURNOS no evento Tertúlia das Banalidades, promovida

pelo Santiago Alquimista;

Julho 2015

Apresentação ao público da peça LIMIAR no Salão Nobre do CHPL, em duas sessões (3 e 4

Julho);

Projetos Executados em 2015

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 52

Outubro 2015

Apresentação de leitura encenada do texto da nova peça TORCICOLO no Centro de Artes de

Espetáculo, em Portalegre, no âmbito do Projeto Saúde Mental e Arte 2015, promovido pela

Direção Geral da Saúde;

Dezembro 2015

Apresentação de comunicação e participação em debate de alguns utentes do GTT no EN’Arte

– 7º Encontro Nacional de Técnicos e Pessoas com Deficiência, promovido pela ANACED.

Para além das ações descritas colaborámos com várias escolas e universidades apoiando estudantes

na elaboração de trabalhos de âmbito académico: ETIC, Salesianos de Lisboa – Oficinas de S. José,

Universidade Lusófona, Escola de Teatro do Teatro Experimental de Cascais, Escola Secundária D.

Pedro V.

Registou-se também colaboração com outras instituições em diversas iniciativas: Comunidade Vida e

Paz numa ação de informação para técnicos da Quinta do Espírito Santo, Pavilhão do Conhecimento

em outras iniciativas ligadas à Exposição LOUCAMENTE.

4.3.6.3 Unidade de Formação Profissional

A Unidade de Formação Profissional, integrada no Serviço de Reabilitação e Residentes, registou 38

novas inscrições em 2015, tendo sido avaliados 37 candidatos com vista à admissão nas 15 ações de

formação previstas e realizadas, abrangendo um total de 31 formandos.

As ações realizadas traduziram-se num volume de 28.061 horas de formação, tendo sido registado um

total de 15.581 procedimentos de terapêutica.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 53

Para esta atividade, a Unidade de Formação Profissional recebeu financiamento do Fundo Social

Europeu (50,6%), através da Medida “Qualificação das Pessoas com Deficiência e Incapacidades” e

do Estado Português (49,4%), de um total anual de 162.789,20 euros.

4.3.6.4 Rádio Aurora – A Outra Voz

Fundada a 6 de Março de 2009, a Rádio Aurora – A Outra

Voz é o primeiro programa de rádio português produzido

e realizado por pessoas com um diagnóstico psiquiátrico.

Situada na Unidade de Convalescença do Centro

Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, utiliza a comunicação

social (a Radiodifusão) e as novas tecnologias da

comunicação (Internet) na reabilitação e reinserção social das pessoas com doença mental.

A Rádio Aurora – A Outra Voz procura colaborar num processo de mudança a dois níveis que se

influenciam mutuamente: no plano individual e na comunidade em geral.

Integração de cada utente num grupo com uma organização horizontal permitindo realizar

escolhas e tomar decisões de modo ativo e democrático;

Transformar o isolamento e a adoção de um papel passivo característicos dos processos de

institucionalização prolongada numa atitude criativa, coletiva e ativa de defesa dos direitos e

da dignidade das pessoas com diagnóstico psiquiátrico;

Contribuir para a diminuição da sintomatologia negativa pela estimulação dos processos de

comunicação e organização do pensamento;

Facilitar a consciência crítica (insight) a partir da identificação a um grupo homogéneo,

organizado em torno da existência de um psicodiagnóstico;

Ao nível do Utente:

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 54

Promover a desinstitucionalização através da contacto regular com entidades e pessoas

externas ao meio psiquiátrico;

Promover o acesso e a utilização das novas tecnologias da comunicação (plataforma Web,

Facebook).

Informar e sensibilizar a sociedade civil para as questões relativas à Saúde Mental

Diminuir os processos de estigmatização e exclusão social;

Contribuir para a prevenção ao nível da Saúde Mental através da conjugação dos fatores acima

mencionados.

No plano interno, ao nível da adesão e participação, estiveram envolvidos mais de 40 utentes do CHPL

(em situação de internamento ou em consulta externa).

Atualmente, a Rádio Aurora - A Outra Voz emite em parceria com 22 estações de rádio locais

distribuídas por todo o país e uma rádio na Argentina, a “Rádio La Colifata”, cumprindo um total de

cerca de 20 horas de emissão semanal.

Em termos quantitativos foram realizadas:

Ao nível da Comunidade:

Mais de 2080 emissões;

Numa frequência média de 40 emissões semanais (vinte horas de emissão semanal);

Totalizando mais de 1040 horas de emissão;

Ao longo de 2015 foram entrevistadas cerca de 30 pessoas de diferentes áreas de

intervenção (Saúde, Cultura, Política, etc..).

Resultados:

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 55

Eventos externos:

Participação na exposição “LoucaMente”, realizada no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa,

sob a forma de sessões mensais de rádio ao vivo de Janeiro a Julho de 2015;

Comunicação intitulada “Rádio Aurora-A Outra Voz” apresentada no Colóquio “Saúde Mental

e Ciclo de Vida Familiar: Relações Cruzadas” dia 06 de Maio de 2015;

Participação no 1º Encontro Luso-Galaico de Rádios Alternativas, nos dias 01 e 02 de Outubro

de 2015 em Ourense, Galiza;

Participação no Congresso “Horatio 2015. Discovering Horizons and Bridges in Care, a convite

da Ordem dos Enfermeiros e da European Association for Psychiatric Nurses, dia 09 de

Outubro de 2015;

Participação na Caminhada da Saúde Mental, dia 10 de Outubro de 2015;

Participação nos Dias do Desassossego a convite da Fundação Saramago e da Casa Fernando

Pessoa nos dias 27, 28 e 29 de Novembro de 2015.

Disseminação nos Media:

Reportagem realizada pela Antena 1, no dia 13/02/2015 “Da varanda nasce "Uma outra

voz" através da Rádio Aurora”

Participação no Programa Prova Oral da Antena 3 sobre o tema “Pára-me de repente o

pensamento” 14/05/2015

Reportagem realizada pela Antena 1, no dia 20/07/2015;

Entrevista ao Programa Ciência e Saúde na Rádio Horizonte FM, dia 05/12/2015.

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4.4 SERVIÇOS DE APOIO À AÇÃO CLÍNICA

4.4.1 Neuropsicologia

A Unidade de Neuropsicologia, que funciona no pavilhão 17 A do CHPL e que integra 4 psicólogos,

desenvolve como atividade principal o diagnóstico neuropsicológico e a estimulação/reabilitação dos

compromissos da atividade nervosa complexa. Responde a solicitações de assistência que são

provenientes da Psiquiatria, Neurologia, Neurocirurgia e da Medicina Geral e Familiar.

A unidade promove ainda um espaço de atendimento aos cuidadores com objetivos de Compensação

Psico-Emocional e de Treino Domiciliário entre consultas, que se realizam uma por semana, para cada

paciente. Os elementos da equipa da Unidade têm procurado divulgá-lo nos vários “fóruns” em que

têm, regularmente, participado.

Em 2015 a unidade de Neuropsicologia registou um total de 3.142 consultas, menos 12,9% do que o

verificado no período homólogo. No entanto, o acesso às primeiras consultas registou um aumento de

4,2%, o que se traduziu em 650 primeiras consultas (+ 26 do que em 2014).

4.4.2 Neurofisiologia

A Unidade de Neurofisiologia continuou a diversificação e atualização técnica na área da

Neurofisiologia Clínica, procurando não só dar resposta às solicitações internas do hospital mas

também situá-lo como uma Unidade de referência do Serviço Nacional de Saúde.

De destacar a unidade de Electroconvulsivoterapia que tem como objetivo o tratamento de quadros

psiquiátricos graves, sendo de primeira linha no tratamento da Catatonia e da Depressão Psicótica.

Tem indicação no tratamento dos casos mais graves de Doença Afetiva, em particular na Melancolia e

Mania, e na Esquizofrenia Paranoide e Doença Esquizoafetiva, quando resistentes à terapêutica

medicamentosa. O seu uso tem-se mostrado uma mais-valia em casos pontuais de perturbação do

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 57

impulso e comportamento inseridos em diferentes doenças psiquiátricas, não controláveis com

medicação.

Conforme se verifica no quadro seguinte, os exames de Electroencefalografia e

Electroconvulsivoterapia realizados para utentes do CHPL registaram um aumento de 11,1% e 29,5%

respetivamente:

QUADRO X

NEUROFISIOLOGIA - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EXAMES REALIZADOS

2014 / 2015

4.4.3 Serviço de Psicologia e Psicoterapias

O Serviço de Psicologia e Psicoterapias desenvolveu como atividade principal a avaliação e diagnóstico

psicológico, a orientação clínica, terapêutica, vocacional e profissional dos utentes. São atendidos no

Serviço Central de Psicologia os utentes provenientes, sobretudo, dos Centros de Saúde, da consulta

externa, do Serviço de Psiquiatria Forense, do Instituto de Medicina Legal – Delegação de Lisboa, de

Tribunais, de Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco bem como de diversos

subsistemas de saúde.

Os psicólogos afetos ao serviço efetuaram 5.193 consultas em 2015 (mais 6,5% que o período

homólogo), sendo que 517 foram primeiras consultas e 4.676 consultas subsequentes (10% de 1ª

consultas/total).

2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR.

1.020 1.133 11,1 779 770 -1,2 1.799 1.903 5,8

81 62 -23,5 2 5 150,0 83 67 -19,3

509 659 29,5 616 558 -9,4 1.125 1.217 8,2

Electroencefalografia

Estudo do Sono

Electroconvulsivoterapia

DesignaçãoExames realizados para CHPL Exames realizados para Exterior Total Exames Realizados

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 58

4.4.4 Unidade de Patologia Clínica

A Unidade de Patologia Clínica registou um aumento de 10,6% face ao período homólogo. Os exames

realizados aos utentes do CHPL registaram um aumento de 23,3%.

QUADRO XI

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EXAMES REALIZADOS

2014 / 2015

4.4.5 Unidade de Radiologia

O CHPL dispõe de uma Unidade de Radiologia, munida com equipamento destinado à realização de

exames de radiologia convencional, permitindo dar uma resposta adequada às necessidades do

Hospital, bem como às solicitações do exterior. Esta Unidade conta com a colaboração de um médico

(em tempo parcial), um assistente técnico e de um assistente operacional, a tempo parcial e de uma

técnica de diagnóstico e terapêutica a tempo completo.

QUADRO XII

EVOLUÇÃO DOS EXAMES REALIZADOS

2014 / 2015

Foram realizados 1.943 exames e à semelhança do anterior período homólogo, a produção do serviço

foi dirigida maioritariamente para o exterior, representando as solicitações internas apenas 23% do total

de exames realizados.

2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR.

60.186 74.222 23,3 15.225 9.219 -39,4 75.411 83.441 10,6Patologia Clínica

DesignaçãoExames realizados para CHPL Exames realizados para Exterior Total Exames Realizados

2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR. 2014 2015 % VAR.

473 452 -4,4 1.537 1.491 -3,0 2.010 1.943 -3,3

Total Exames Realizados

Radiologia

DesignaçãoExames realizados para CHPL Exames realizados para Exterior

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 59

4.4.6 Serviços Farmacêuticos (SF)

Os Serviços Farmacêuticos são responsáveis por assegurar a terapêutica instituída aos utentes do

CHPL, com qualidade, eficiência e segurança.

Integrando as equipas multidisciplinares, os SF colaboram na reflexão sobre as necessidades de cada

doente, promovem a utilização racional de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos.

Em 2015, dentro das suas funções mais relevantes, destacaram-se:

Participação na definição da política do medicamento em vigor no CHPL, no âmbito da

Comissão de Farmácia e Terapêutica;

Participação na abordagem global do risco, promoção de um ambiente seguro e de melhoria

contínua dos cuidados de saúde prestados, no âmbito da Comissão de Gestão de Risco;

Participação na área da prevenção e controlo de infecção e da resistência aos antimicrobianos,

no âmbito da GCL-PPCIRA;

Implementação e monitorização das políticas do medicamento, aprovadas no CHPL,

nomeadamente, Protocolos de Utilização de Medicamentos e Formulário de Medicamentos do

CHPL;

Seleção, aquisição, gestão de stocks e armazenamento de medicamentos, produtos

farmacêuticos e dispositivos médicos;

Elaboração e manutenção de sistemas de informação, na área do medicamento;

Reembalagem de medicamentos;

Revisão e validação da medicação prescrita em internamento;

Intervenção clínica em diversos planos, no sentido de melhorar a qualidade dos tratamentos

(Plano de Formação Interna, Reconciliação da Terapêutica, Seguimento Farmacoterapêutico,

Informação sobre medicamentos aos profissionais de saúde e aos utentes, entre outros);

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Distribuição de medicamentos e produtos farmacêuticos, em dose unitária para todos os

doentes internados; distribuição também, nalguns casos, dirigida a doentes em ambulatório;

Operacionalização do circuito de manutenção das malas de emergência;

Recolha, analise, avaliação e disponibilização de informação sobre medicamentos a

profissionais de saúde e a utentes, visando seu uso racional;

Participação na Comissão de Ética para a Saúde;

Formação contínua;

Ensino graduado e pós-graduado, nomeadamente, em colaboração com faculdades de

farmácia e escolas superiores de tecnologias da saúde.

4.4.6.1 Análise ABC

A análise ABC revela a manutenção do padrão de distribuição dos artigos e dos custos pelas 3 classes:

aproximadamente 80% do valor do consumo global de medicamentos e produtos farmacêuticos é

representado por aproximadamente 6% dos artigos movimentados.

QUADRO XIII

ANÁLISE ABC

2014 / 2015

N.º ArtigosValor das

saídas (€)% N.º Artigos

Valor das

saídas (€)%

A 79 412.151,8 80,0% 82 395.990,3 80,0%

B 157 77.994,6 15,0% 165 74.265,4 15,0%

C 625 25.985,9 5,0% 650 24.651,0 5,0%

861 516.132,3 897 494.906,7

Ano 2014 Ano 2015

Cla

ss

e

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4.4.6.2 Análise por Grupo Farmacoterapêutico

Em 2015, o Grupo Farmacoterapêutico com maior impacto financeiro continua a ser, como seria de

aguardar, o dos medicamentos do Sistema Nervoso Central, representando aproximadamente 75,6%

da totalidade do custo.

Registe-se o facto do valor total de consumo de medicamentos e outros produtos farmacêuticos,

expresso no quadro XIV, ter alcançado em 2015 o montante de 494.906,73 euros, significando

comparativamente ao anterior período comparativo uma diminuição de 4,11% dos custos anuais com

a aquisição de medicamentos e outros produtos farmacêuticos.

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QUADRO XIV

GRUPOS FARMACOTERAPÊUTICOS COM MAIOR IMPACTO FINANCEIRO

2014 / 2015

(valores em euros)

Sistema Nervoso Central 408.834,4 373.975,3 75,56% -8,5%

Anti-infecciososos 11.355,5 9.725,6 1,97% -14,4%

Nutrição 15.482,8 19.391,6 3,92% 25,2%

Aparelho digestivo 13.066,9 21.757,1 4,40% 66,5%

Medicamentos usados em afecções cutâneas 11.296,7 10.321,6 2,09% -8,6%

Material de penso, gases medicinais e outros produtos 11.060,8 10.273,6 2,08% -7,1%

Aparelho Cardiovascular 10.758,7 10.258,7 2,07% -4,6%

Correctivos da Volémia e das alterações electrolíticas 4.093,7 4.654,2 0,94% 13,7%

Sangue 6.629,2 11.195,8 2,26% 68,9%

Aparelho Respiratório 4.240,6 4.893,1 0,99% 15,4%

Hormonas e medicamentos usados no tratamento de

doenças endócrinas4.693,8 6.989,8 1,41% 48,9%

Medicação antialergica 1.031,4 976,8 0,20% -5,3%

Meios de diagnóstico 2.430,6 2.432,4 0,49% 0,1%

Aparelho Genitourinário 2.471,2 2.328,7 0,47% -5,8%

Aparelho locomotor 1.125,8 980,4 0,20% -12,9%

Outros 7.560,2 4.752,1 0,96% -37,1%

Valor total do consumo de medicamentos e outros

produtos farmacêuticos516.132,3 494.906,7

Grupo Farmacoterapêutico (Classificação do FHNM) 2014 2015

% do

valor total

do

consumo

% VAR

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 63

GRÁFICO XI

ENCARGOS POR GRUPOS FARMACOTERAPEUTICOS

2015

Relativamente aos medicamentos do Sistema Nervoso Central, destaca-se pelo peso relativo o sub-

grupo dos Antipsicóticos com mais de 60% do custo total daquele grupo de medicamentos.

QUADRO XV

GRUPOS FARMACOTERAPÊUTICOS - MEDICAMENTOS COM ACÇÃO NO SISTEMA NERVOSO

CENTRAL

2014 / 2015

75,6%

2,0% 3,9%4,4% 2,1%

2,1%

2,1%

7,9%

Sistema Nervoso Central Anti-infecciososos

Nutrição Aparelho digestivo

Medicamentos usados em afecções cutâneas Material de penso, gases medicinais e outros produtos

Aparelho Cardiovascular Outos Grupos

Medicamentos com Acção no Sistema

Nervoso Central2014 % Consumo Total 2015 % Consumo Total

Antipsicoticos 329.532,7 63,8% 300.248,5 60,7%

Antiepilepticos e Anticonvulsivantes e

Estabilizadores do Humor38.675,0 7,5% 35.723,7 7,2%

Antidepressores e lítio 8.913,6 1,7% 8.858,5 1,8%

Ansioliticos, sedativos e hipnoticos 8.459,5 1,6% 8.222,7 1,7%

Antiparkinsónicos 7.880,8 1,5% 7.146,1 1,4%

Medicamento usados nos tratamentos das

alterações das f. cognitivas6.244,3 1,2% 3.423,1 0,7%

Outros Sub grupos SNC 9.128,5 1,8% 10.352,9 2,1%

Total grupo SNC 408.834,4 79,2% 373.975,3 75,6%

Total de Grupos Farmacoterapêuticos 516.132,3 494.906,7

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Constata-se no seguinte gráfico a expressão de tal peso relativo:

GRÁFICO XII

GRUPO FARMACOTERAPÊUTICO –

MEDICAMENTOS COM ACÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

5.1 GRAU DE CUMPRIMENTO DE METAS FIXADAS

O Hospital tem vindo a adequar a estrutura dos seus serviços de modo a corresponder plenamente às

necessidades das populações que serve, privilegiando a prestação de cuidados em ambulatório e de

proximidade (Consultas Externas de psiquiatria geral e especializadas, Hospital de Dia/ Área de Dia,

Cuidados Domiciliários, Reabilitação Psicossocial) e a reinserção dos utentes no seu meio. Nesse

sentido, destaca-se no ano de 2015:

- Crescimento do ambulatório e em particular aumento do número de sessões de Hospital de Dia;

- Crescimento do número de Consultas Externas Médicas.

0,7%

2,1%

Antipsicoticos

Antiepilepticos e Anticonvulsivantes e Estabilizadores do Humor

Antidepressores e lítio

Ansioliticos, sedativos e hipnoticos

Antiparkinsónicos

Medicamento usados no tratamento s. das alterações das f. cognitivas

Outros Sub grupos SNC

60,7%

7,2% 1,8%

1,7%1,4%

0,7%

2,1%

AntipsicoticosAntiepilepticos e Anticonvulsivantes e Estabilizadores do HumorAntidepressores e lítioAnsioliticos, sedativos e hipnoticosAntiparkinsónicosMedicamento usados no tratamento s. das alterações das f. cognitivas

5. Gestão Hospitalar – Plano Estratégico Contratualizado

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5.1.1 Grau de Cumprimento do Plano Estratégico – Atividade Total

Conforme se constata através da leitura dos elementos apresentados no Quadro XVI, no qual é possível

avaliar a execução do Plano Estratégico 2015 e que serviu de base à negociação do Contrato-

Programa, a taxa de ocupação de Agudos atingida superou claramente a meta prevista, já demora

média deste internamento expressa a influência determinante do número de casos sociais no

comportamento do indicador, constituindo um fator decisivo que explica o desvio existente face ao

estimado no plano de desempenho.

QUADRO XVI

GRAU DE CUMPRIMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO

2015

Taxa de Ocupação 86,0 79,2 108,6%

Demora Média 19,9 17,2 86,4%

Nº de Dias de Internamento 45.993 45.680 99,3%

Taxa de Ocupação 92,7 98,3 94,3%

Nº de Dias de Internamento 31.590 32.399 102,6%

Taxa de Ocupação 84,1 86,6 97,1%

Nº de Dias de Internamento 11.747 14.300 121,7%

Consulta Externa

Nº Consultas Externas Médicas * 64.006 61.547 104,0%

1as consultas 4.449 4.267 104,3%

Subsequentes 59.557 57.280 104,0%

Nº Consultas Externas Não Médicas 48.167 52.878 91,1%

1as consultas 2.746 3.036 90,4%

Subsequentes 45.421 49.842 91,1%

Total Consultas 112.173 114.425 98,0%

Nº de Sessões Hospital de Dia 27.722 26.100 106,2%

Serviço Domiciliário

Visitas Domiciliárias 5.783 5.927 97,6%

*Sem Medicina no trabalho

Linha de Actividade Assistêncial Realizado 2015Plano Estratégico

2015

Taxa de Execução

PE

Internamento

Hospital de Dia/ Área de Dia

Internamento Doentes - Residentes

Internamento - Doentes de Psiquiatria Forense

Internamento Doentes - Agudos

Reab Psicossocial

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 66

Nas linhas de atividade assistencial de ambulatório, regista-se o cumprimento dos objetivos expressos

em sede de plano de desempenho, em particular o comportamento do nº de Sessões de Hospital de

Dia.

De uma forma geral, foi possível concretizar, e na maioria dos indicadores, ultrapassar as metas

traçadas e contratualizadas. No caso das Primeiras Consultas Médicas, cuja meta foi atingida em

números absolutos, apesar da perda de área de influência para o Hospital Beatriz Ângelo e Hospital de

Vila Franca de Xira verifica-se, todavia, a melhoria inequívoca do acesso.

De salientar também, para além do alcançar das metas traçadas inicialmente para a realização do total

das consultas médicas, o comportamento meritório verificado à realização de atividade registada no

Hospital de Dia / Área de Dia, contribuindo assim para a obtenção global de taxas de execução muito

encorajadoras na área de atividade de ambulatório, de acordo aliás com a planificação estratégica

desenvolvida pelo CHPL.

5.1.2 Grau de Cumprimento do Contrato Programa – Indicadores de Qualidade e

Eficiência

No decurso de 2015, destaca-se o aumento do consumo de embalagens de medicamentos genéricos,

verificando-se nesta área que o CHPL cumpriu em 2015 os objetivos delineados para as instituições

do SNS. Como contributo genérico, o facto de terem vindo a ser desenvolvidas várias ações e

implementados procedimentos com vista a simplificar os circuitos do doente no hospital,

nomeadamente:

Requisição Eletrónica de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;

Prescrição Eletrónica de Terapêutica Medicamentosa;

Envio de mensagens por SMS, para alerta dos utentes da marcação de consulta;

Reconfiguração do SITE do CHPL;

Consulta a Tempo e Horas.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 67

Como se pode constatar no quadro XVII, as metas fixadas para os objetivos traçados nos indicadores

de acesso, globalmente foram cumpridas sendo que, no desempenho assistencial, registaram-se taxas

de execução superiores ao contratualizado em quase todos os indicadores em apreço, destacando-se

o rácio de primeira consultas médicas sobre o total de consultas médicas e ainda o rácio dias de

internamento de agudos sobre os dias de internamento de residentes e reabilitação.

No indicador Embalagens de Medicamentos Genéricos versus Medicamentos de Marca, a proporção

de embalagens de Genéricos sobre total de embalagens tem vindo a aumentar de forma progressiva

(3,41 p.p), sendo que a percentagem do n.º de embalagens de medicamentos genéricos sobre o total

registado no ano 2015 (50,69%) é superior à percentagem expressa em 2014 (47,27%).

QUADRO XVII

GRAU DE CUMPRIMENTO DO CONTRATO PROGRAMA

Percentagem de primeiras consultas médicas no total de consultas

médicas7,0% 6,9% 100,7%

Demora Média 19,9 17,2 86,4%

Dias de Internamento Completo/Sessões de Internamento parcial 2,7 2,7 100,5%

Dias de Internamento Agudos/Sessões de Hospital de Dia 1,4 1,3 94,8%

Dias de Internamento Agudos/Dias de Internamento Residentes e

Reabilitação Psicossocial0,49 0,44 111,3%

Taxa de Ocupação de Internamentos de Agudos 86,0% 79,2% 108,6%

Taxa de Ocupação de Internamento Residentes 92,7% 98,3% 94,3%

Taxa de Ocupação Reabilitação Psicossocial 84,1% 86,6% 97,1%

Percentagem de consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no

total de embalagens de medicamentos50,7% 50,4% 100,6%

Objectivos NacionaisCP/ Contratual.

2015Realizado 2015

Taxa de

Execução

Acesso

Desempenho Assistencial

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 68

Como já foi referido anteriormente, a estratégia desenvolvida no ano de 2015, teve por base o Plano

Estratégico do CHPL 2014-2016 e o Contrato Programa de 2015, que foram aprovados pela tutela,

alinhados com a estratégia da ARSLVT, quanto à definição da carteira de serviços e responsabilidades.

Deu-se continuidade ao preconizado no Plano de Ação para a Restruturação e o Desenvolvimento dos

Serviços de Saúde Mental em Portugal (Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016), que se tem vindo

a implementar ao longo dos últimos oito anos, com uma visão ajustada ao atual contexto

socioeconómico e às alterações da carteira de serviços regional.

A gestão criteriosa dos recursos alocados continua a ser uma preocupação constante, comprovada

pelas atividades, objetivos e resultados alcançados ao longo dos anos, não obstante a redução das

transferências do OE, que nos foi sucessivamente acompanhando, e que em 2014 sofreu uma redução

de 9% comparativamente com o ano de 2013. Em 2015, registou-se um acréscimo das transferências

do OE, embora não tenha sido suficiente para fazer face às necessidades do CHPL, pelo que a ACSS

procedeu a atribuição de um reforço no montante de 2,4 milhões de euros. Acresce referir que aquelas

reduções não acompanharam a evolução positiva da atividade assistencial, como se constata da

análise discriminada nos pontos anteriores. Perante as dificuldades, inclusive de tesouraria, em darmos

cumprimento ao nosso Plano de Ação, foram-nos concedidos reforços que permitiram, minimamente,

manter o cumprimento de pagamentos inadiáveis.

No que toca a constrangimentos, para além do que foi anteriormente referido, salienta-se, mais uma

vez, que durante o ano de 2015 se continuou a garantir, a expensas próprias, o novo modelo de

funcionamento da Urgência Metropolitana de Psiquiatria no Centro Hospitalar de Lisboa Central

(CHLC), afetando para o efeito, diariamente, para além dos recursos médicos, enfermeiros e

assistentes operacionais, sem que nos seja reembolsado qualquer montante despendido para essa

atividade, apesar do Protocolo celebrado entre a ARSLVT e com os Hospitais que integram a Urgência

Metropolitana de Psiquiatria, prever o reembolso dos encargos com os recursos médicos. Não podemos

6. Análise Económica e Financeira

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 69

faturar a produção, nem sequer registá-la, uma vez que é contabilizada e faturada pelo CHLC. A dívida

do CHLC no final de 2015 é de 556 mil de euros.

Salienta-se também a baixa taxa de cobrança quer do próprio ano, quer de anos anteriores,

principalmente em resultado da divida do Ministério da Justiça/ Direção Geral de Reinserção dos

Serviços Prisionais que em 31 de dezembro de 2015 ascendia a 6,9 milhões de euros, acrescida de

juros de mora.

Debatemo-nos ainda, com pesados encargos com a aquisição de serviços e de manutenção do Parque

Saúde de Lisboa, nomeadamente, segurança, manutenção das suas zonas verdes, tratamento de

resíduos, arruamentos, muros, calçadas, iluminação e taxas, sem que parte das Entidades que aqui se

encontram sedeadas contribuam adequadamente.

Não podemos deixar de voltar a referir, que a especificidade e especialização dos cuidados que

prestamos, não estão refletidas no modelo de pagamento próprio vigente.

A análise económica e financeira que de seguida retratamos, espelha os resultados obtidos pelo Centro

Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) no exercício de 2015, após o oitavo ano completo da sua

constituição, bem como uma análise comparativa com o exercício económico do ano anterior.

6.1 ANÁLISE ECONÓMICA

6.1.1 Decomposição dos Resultados

Os resultados em 2015 registam uma evolução positiva, conforme se pode comprovar pelo quadro

seguinte.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 70

QUADRO XVIII

2014/2015

Os resultados financeiros apresentam em 2015 um saldo positivo, de 249 mil euros, exclusivamente

justificado pela incorporação de 299 mil euros em receitas próprias de espólios de doentes, não

reclamados.

Apenas os resultados extraordinários registam um agravamento que decorre de uma perda com os

acréscimos do vencimento do mês de férias e do subsídio de férias, cuja estimativa estava

subestimada.

Se aos resultados operacionais adicionarmos o valor das amortizações do imobilizado e as provisões

constituídas em 2015, obteremos o EBITDA (Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and

Amortization), que neste ano regista um valor positivo de 3.485 mil euros.

6.1.2 Análise de Proveitos e Ganhos

Os proveitos totais tiveram uma variação positiva ligeira de 1,67%, face ao ano anterior, tendo os

proveitos operacionais atingido a verba de 24.365 mil euros.

RESULTADOS 2014 2015 ∆ %

Resultados operacionais -5.424.837 -970.155 -82,12%

Resultados financeiros 50.938 299.556 488,08%

Resultados extraordinários -87.409 -641.652 634,08%

Resultado liquido do exercício -5.461.308 -1.312.251 -75,97%

EBITDA 2.743.785 3.485.418 27,03%

(euros)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 71

QUADRO XIX

2014/2015

O quadro seguinte apresenta detalhadamente os proveitos:

QUADRO XX

2014/2015

As transferências do tesouro representaram 73% do total dos proveitos, sofreram um aumento de

7,48%, revertendo o que vinha sucedendo nos anos anteriores 2013/2014 (uma redução de 1.734 mil

euros). O facto do orçamento do CHPL não estar adequado às nossas necessidades, foi em 2015 e

PROVEITOS 2014 2015 ∆ %

Proveitos operacionais 24.160.148 24.365.167 0,85%

Proveitos financeiros 51.747 300.291 480,30%

Proveitos extraordinários 64.001 15.642 -75,56%

Total 24.275.896 24.681.099 1,67%

(euros)

PROVEITOS 2014 2015 ∆ %

Prestações de serviços 1.566.824 1.583.230 1,05%

Internamento 1.236.056 1.279.619 3,52%

Consulta 6.252 2.236 -64,23%

MCDT 317.867 295.498 -7,04%

Taxas moderadoras 6.649 5.877 -11,61%

Proveitos suplementares 580.861 554.831 -4,48%

Transferências OE 16.849.186 18.109.284 7,48%

Transferências ACSS 3.116.239 2.363.517 -24,15%

Outros subsídios 121.264 436.907 260,30%

Outros proveitos e ganhos operacionais 1.925.774 1.317.398 -31,59%

Proveitos e ganhos financeiros 51.747 300.291 480,30%

Proveitos e ganhos extraordinários 64.001 15.642 -75,56%

Total 24.275.896 24.681.099

(euros)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 72

em 2014, atenuado através de reforços, respetivamente no valor de 2.364 e 3.145 mil euros, destinados

a pagamentos inadiáveis e essenciais para o cumprimento da LCPA.

Em 2015 as prestações de serviços totalizaram 1.583 mil euros, representando 6,4% do total dos

proveitos.

O serviço de internamento, com uma faturação de 1.280 mil euros (faturação maioritariamente para a

DG Serviços Prisionais) representam 80,82% das prestações de serviços, seguindo-se os Meios

Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, com 18,66%.

A Consulta Externa registou uma redução significativa, totalizando apenas 2 mil euros. No entanto esta

linha de produção representa apenas 0,14% da prestação de serviços.

As Taxas Moderadoras, com uma faturação de cerca de 6 mil euros, representam apenas 0,37% do

total das prestações de serviços e continuaram a manifestar a tendência de decréscimo, já verificada

em anos anteriores. De notar que a maior parte dos utentes está dispensado do pagamento da taxa

Moderadora, conforme previsto na alínea b) do Artº. 8º. do Decreto-Lei nº. 113/2011 de 29 de

Novembro.

Relativamente a subsídios, é de referir ainda a atribuição de verbas do POPH, no valor de 95 mil euros

para a Formação Profissional a Pessoas com Deficiência e de 340 mil euros do Fundo de Reabilitação

e Conservação Patrimonial, para a substituição do sistema de aquecimento do PSL.

No que se refere aos outros proveitos operacionais, na sua maioria prendem-se com reembolsos de

vencimentos e de despesas com água/eletricidade/outros encargos de manutenção do Parque da

Saúde. A redução face a 2014, deve-se a faturação emitida em 2014 referente a anos anteriores.

6.1.3 Análise Custos e Perdas

Os custos totais, em 2015, atingindo um total de 25.993 mil euros, revelam uma redução de 12,59%

face a 2014, justificada pela constituição de uma provisão para incobráveis (3.790 mil euros) feita nesse

ano, relativa a dívidas por cobrar de anos anteriores.

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 73

QUADRO XXI

2014/2015

Relativamente aos custos operacionais, é de referir o decréscimo quer nos custos com pessoal quer

nos consumos de materiais, conforme se encontra espelhado no quadro seguinte.

QUADRO XXII

2014/2015

Em 2015, foi efetuada uma provisão de 104 mil euros relativa a dívidas de clientes não Estado com

mais de 365 dias.

CUSTOS 2014 2015 ∆ %

Custos operacionais 29.584.985 25.335.322 -14,36%

Custos financeiros 809 735 -9,22%

Custos extraordinários 151.410 657.293 334,12%

Total 29.737.204 25.993.350 -12,59%

(euros)

CUSTOS 2014 2015 ∆ %

Custo M V e Matérias Consumidas 819.701 747.848 -8,77%

Subcontratos 625.468 626.650 0,19%

Fornecimentos e serviços 5.563.440 5.749.975 3,35%

Custos com o pessoal 14.327.142 13.712.333 -4,29%

Outros custos e perdas operacionais 80.612 42.943 -46,73%

Amortizações do exercício 4.377.661 4.351.961 -0,59%

Provisões do exercício 3.790.961 103.612 -97,27%

Custos e perdas financeiras 809 735 -9,22%

Custos e perdas extraordinários 151.410 657.293 334,12%

Total 29.737.204 25.993.350 -12,59%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 74

No que se refere aos custos extraordinários, foi contabilizada uma perda por insuficiência da verba

estimada para especialização do vencimento das férias e do subsídio de férias, no valor de 525 mil

euros.

Nos pontos seguintes apresentam-se em maior detalhe as principais rubricas de custos.

6.1.3.1 Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

A redução de consumos evidenciada em 2015, cerca de 72 mil euros (-8,77%), manifestou-se na

maioria dos tipos de produtos e materiais consumidos e resulta de medidas de racionalização e, no

caso dos produtos farmacêuticos, da redução do preço dos medicamentos, embora menor que no ano

anterior, e da obrigatoriedade da prescrição através do Formulário Interno, impondo que as exceções

sejam devidamente justificadas e sujeitas a prévia autorização.

QUADRO XXIII

2014/2015

CUSTOS 2014 2015 ∆ %

Produtos farmacêuticos 632.540 560.265 -11,43%

Medicamentos 495.506 421.992 -14,84%

Reagentes 116.408 127.591 9,61%

Material de consumo clínico 74.217 77.597 4,55%

Produtos alimentares 165 696 322,76%

Material de consumo hoteleiro 45.086 52.254 15,90%

Material de consumo administrativo 33.980 30.037 -11,61%

Material de manutenção e conservação 30.330 26.411 -12,92%

Outro material de consumo 3.383 588 -82,62%

Total 819.701 747.848 -8,77%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 75

Ainda no que respeita ao consumo de produtos farmacêuticos é importante referir que o consumo real

totalizou 621.490€ e que a este valor foi abatido o montante recebido de notas de crédito relativas ao

acordo de 2015 com a APIFARMA, no montante de 61.225€. Se se excluírem as notas de crédito a

redução no consumo foi de 1,75%.

6.1.3.2 Custos com Fornecimentos e Serviços Externos

Os custos com fornecimentos e serviços externos, incluindo subcontratos registaram em 2015, face a

2014, um acréscimo (mais 188 mil euros).

No que se refere aos subcontratos a variação é muito ligeira, apesar dos MCDT requisitados ao exterior

registarem um aumento de 21,87%.

QUADRO XXIV

2014/2015

O quadro seguinte compara a evolução dos fornecimentos e serviços em 2014 e 2015, em que se

regista um aumento global de 3,35%. Esta rubrica tem um peso de 22% no total dos custos do CHPL.

SUBCONTRATOS 2014 2015 ∆ %

MCDT 36.306 44.248 21,87%

Internamento 576.995 571.082 -1,02%

Transporte de doentes 11.825 11.172 -5,52%

Outros subcontratos 342 148 -56,80%

Total 625.468 626.650 0,19%

(euros)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 76

QUADRO XXV

2014/2015

Os fornecimentos e serviços I sofreram um acréscimo de muito significativo, no valor de 78 mil euros,

decorrente do aumento dos encargos com o fornecimento de água (+189 mil euros), uma vez que quer

a eletricidade quer os combustíveis registam quebras.

O grupo de fornecimentos e serviços II diminuiu 40 mil euros, face à variação na rubrica das

comunicações, em resultado de um processo de racionalização, quer nas comunicações fixas quer nas

comunicações móveis. Este processo irá continuar em 2016 com a introdução de VOIP em todas as

estruturas de prestação de cuidados do CHPL (Sede e NICS).

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS 2014 2015 ∆ %

FSE I 1.863.224 1.941.210 4,19%

Electricidade 537.672 469.813 -12,62%

Combustíveis 821.487 776.365 -5,49%

Água 343.238 532.351 55,10%

Rendas 159.242 162.475 2,03%

FSE II 777.667 737.325 -5,19%

Comunicações 120.565 67.854 -43,72%

Honorários 644.326 656.521 1,89%

FSE III 2.907.094 3.053.801 5,05%

Conservação e reparação 265.362 322.839 21,66%

Limpeza, higiene e conforto 597.586 565.638 -5,35%

Vigilância e segurança 194.831 197.476 1,36%

Alimentação 998.682 1.079.333 8,08%

Lavandaria 273.994 277.751 1,37%

Serviços técnicos de recursos humanos 205.185 217.465 5,98%

Outros trabalhos especializados 323.381 344.218 6,44%

Outros fornecimentos e serviços 15.455 17.639 14,13%

Total 5.563.440 5.749.975 3,35%

(euros)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 77

Os fornecimentos e serviços III apresentam aumento de 147 mil euros, distribuindo-se pelas várias sub-

rubricas. A rubrica “conservação e reparação” sofreu um aumento de gastos de 57 mil euros em

resultado do acréscimo das assistências técnicas (+23 mil euros) e encargos de conservação (+34 mil

euros).

Os encargos com a alimentação dos utentes registaram um aumento de 81 mil euros devido ao

aumento de preços, em contrapartida foi possível reduzir os encargos com limpeza, higiene e conforto

em 32 mil euros.

6.1.3.3 Custos com Pessoal

Os custos com pessoal totalizaram 13.712 mil euros, face aos 14.327 mil euros do ano anterior, o que

se traduziu num decréscimo de 4,29%, ou seja, menos 615 mil euros. Esta variação negativa deve-se

a uma redução de efetivos, nomeadamente por aposentação.

O decréscimo nos outros custos com pessoal, deve-se a não se terem verificado rescisões por

cessação de funções, no âmbito do respetivo Programa.

QUADRO XXVI

2014/2015

CUSTOS 2014 2015 ∆ %

Remunerações dos orgãos de direção 171.871 173.923 1,19%

Remuneração de pessoal 8.645.606 8.534.663 -1,28%

Horas Extraordinárias 5.876 7.038 19,79%

Prevenções 860 2.196 155,43%

Noites e Suplementos 321.082 312.586 -2,65%

Outros Suplementos 570.599 565.212 -0,94%

Prestações sociais diretas 62.997 54.328 -13,76%

Subsídios de férias e de Natal 1.522.250 1.468.697 -3,52%

Pensões 251.677 100.106 -60,22%

Encargos sobre remunerações 2.611.197 2.457.045 -5,90%

Outros custos com pessoal 163.128 36.538 -77,60%

Total 14.327.142 13.712.333 -4,29%

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 78

6.2 ANÁLISE PATRIMONIAL E FINANCEIRA

6.2.1 Balanço e Estrutura Patrimonial

O Ativo Líquido ascendeu a 54.869 mil euros no final de 2015, apresentando uma variação negativa de

3,17% relativamente ao ano anterior, conforme quadro seguinte. Esta diminuição é justificada com a

redução do imobilizado líquido devido à depreciação anual.

O Ativo Circulante (existências + dividas de terceiros + disponibilidades) totalizou 10.845 mil euros e

registou um aumento de 1.053 mil euros face a 2014, que decorre praticamente do valor anual da

fracturação à Direção Geral dos Serviços Prisionais. Acresce que o valor das disponibilidades é na

quase totalidade relativo às contas dos utentes (2.379 mil euros), cuja gestão compete ao CHPL.

QUADRO XXVII

2014/2015

Em 2015 foram efetuados acréscimos de proveitos no total de 262 mil euros relativos a reembolsos dos

encargos de manutenção do Parque da Saúde e contabilizados custos diferidos, no montante de 12.876

euros, para as rendas e seguros relativos a 2016.

BALANÇO 2014 2015 ∆ %

Imobilizado 46.862.703 43.749.047 -6,64%

Existências 264.024 254.687 -3,54%

Dívidas de terceiros 7.062.919 8.209.303 16,23%

Disponibilidades 2.464.756 2.380.583 -3,42%

Acréscimos e diferimentos 12.284 275.059 2139,16%

Total Activo 56.666.686 54.868.679 -3,17%

Património 547.811 547.811 0,00%

Reservas 63.207.707 63.210.207 0,00%

Resultados transitados -7.723.758 -13.173.870 70,56%

Resultado do exercício -5.461.307 -1.312.251 -75,97%

Subtotal Fundo Patrimonial 50.570.453 49.271.897 -2,57%

Provisões 3.790.961 3.894.573 2,73%

Dívidas a terceiros 4.460.306 3.440.677 -22,86%

Acréscimos e diferimentos 1.635.927 2.156.105 31,80%

Subtotal Passivo 9.887.194 9.491.355 -4,00%

Total F. Próprios e Passivo 56.666.686 54.868.679 -3,17%

(euros)

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Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 79

No que se refere ao Passivo, as dívidas a terceiros registam uma diminuição significativa, -1.020 mil

euros, e foi efetuada uma provisão de 104 mil euros relativas às dívidas de clientes não Estado

superiores a 365 dias.

Em acréscimos de custo está especializado um total de 1.832 mil euros para fazer face ao vencimento

das férias e subsídio de férias a pagar em 2016. Em proveitos diferidos estão contabilizados 324 mil

euros que transitam de anos anteriores associados a subsídios de investimento.

6.2.2 Fluxos Financeiros

O quadro seguinte apresenta a demonstração dos fluxos de caixa.

QUADRO XXVIII

2014/2015

FLUXOS DE CAIXA 2014 2015 ∆ %

ACTIVIDADES OERACIONAIS

Recebimento de clientes 210.992 329.303 56,07%

Pagamento a Fornecedoes 7.666.889 8.454.976 10,28%

Pagamentos ao Pessoal 14.313.317 13.747.262 -3,95%

Fluxo 1-Actividades Operacionais -21.769.213 -21.872.935 0,48%

Transferências e subsídios Correntes obtidos 20.086.689 20.909.708 4,10%

Ourtros Recebim. rel. à actividade corrente 7.534.159 6.130.066 -18,64%

Ourtros Pagam. rel. à actividade corrente 5.538.630 4.541.508 -18,00%

Fluxo 2-Actividades Operacionais 313.004 625.331 99,78%

Recebimentos rúbr. Extraord. 97.569 35.862 -63,24%

Pagamentos rúbr. Extraord. 4.550 4.359 -4,19%

Fluxo 3-Actividades Operacionais 406.023 656.834 61,77%

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimento de Proveitos Financeiros 51.750 300.324 480,33%

Pagamento de Investimentos 401.400 1.040.420 159,20%

Fluxo Actividades de Investimento -349.650 -740.096 111,67%

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos de Activ. Financiamento 0

Pagamentos de Activ. Financiamento 809 911 12,57%

Fluxo Actividades de financiamento -809 -911 12,57%

Variação de Caixa e seus equivalentes 55.564 -84.173 -251,49%

Saldo inicial de Caixa e Equivalentes 2.409.193 2.464.756 2,31%

Saldo Final de Caixa e Equivalentes 2.464.756 2.380.583 -3,42%

(euros)

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O valor do saldo final de caixa corresponde na quase totalidade ao saldo da conta bancária dos utentes,

no total de 2.379.206,80€, cuja gestão compete ao CHPL, conforme já foi atrás referido.

6.2.3 Análise de Indicadores

A análise dos rácios transcritos no quadro abaixo, revela uma melhoria financeira, ao longo do último

ano, conforme quadro.

QUADRO XXIX

2014/2015

O rácio de autonomia financeira apura a proporção dos ativos que são financiados com capitais

próprios. C.

O rácio de liquidez geral mede a capacidade de fazer face às responsabilidades de curo prazo. Quanto

mais alto maior a solvabilidade, sendo desejável que ultrapasse pelo menos o valor1.

O rácio de liquidez imediata compara as disponibilidades imediatas com o passivo a curto prazo.

Quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade.

O rácio de solvabilidade, compara os capitais próprios com os capitais alheios (passivo), pelo que

quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade.

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, em 22 de abril 2016

 RACIOS 2014 2015

Autonomia Financeira 0,89 0,89

Liquidez Geral 2,20 3,15

Liquidez Imediata 0,55 0,69

Solvabilidade 5,11 5,19