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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICADEM 550 – ESTÁGIO CURRICULARDEM 550 – ESTÁGIO CURRICULAR
MARCELO DANTAS DE OLIVEIRAMARCELO DANTAS DE OLIVEIRA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADORELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
NATAL, 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICADEM 550 – ESTÁGIO CURRICULARDEM 550 – ESTÁGIO CURRICULAR
Aluno: Marcelo Dantas de Oliveira
Curso: Engenharia Mecânica
Empresa: Companhia das Américas de Bebida – AMBEV
Período: 05/08/2010 a 13/03/2011
Supervisor: Antônio Luis de Lima e Silva – (84) 3087-4127
Professor Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Oliveira Fontes
APRESENTAÇÃO
Relatório apresentado ao coordenador do curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o objetivo de obtenção de nota
na disciplina “DEM 550 – estágio curricular” mostrando as atividades desenvolvidas
no período de estágio, que foi realizado na empresa Companhia das Américas de
Bebida – AMBEV, na cidade de São Gonçalo do Amarante, no período de Agosto de
2010 a Março de 2011.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O processo do estágio iniciou-se com uma seleção realizada na própria
empresa da AmBev. Logo após a aprovação na seleção e feitos os exames
necessários, o estágio teve inicio no dia 5 de Agosto. Inicialmente é obrigatória a
passagem por uma integração na companhia e na função a ser exercida pelo
estagiário, onde será visto como funciona a produção de cerveja, a historia da
Ambev, noções de segurança e meio ambiente, em seguida, será apresentadas
todas as áreas da fábrica, como brassagem, adegas, filtração, utilidades,
manutenção, logística, meio ambiente, packaging, gente e gestão.
O presente estágio foi realizado no setor de PCM (planejamento e controle de
manutenção). Setor este que programa toda a manutenção da fabrica, garantindo
rapidez de serviço, qualidade e com baixo custo.
A engenharia de manutenção é o ramo da engenharia direcionado para a
aplicação dos seus conceitos à otimização dos equipamentos, dos processos e dos
orçamentos, de modo a alcançar uma melhor confiabilidade e disponibilidade dos
equipamentos.
A manutenção e, conseqüentemente, a engenharia de manutenção têm vindo
a ganhar uma importância crescente devido ao aumento do número de
equipamentos, aparelhos, sistemas, máquinas e infraestruturas que tem vindo a
ocorrer constantemente, desde a Revolução Industrial. O seu elevado número e
diversidade requerem um conjunto crescente de profissionais e sistemas
especializados na sua manutenção.
Com a abertura do mercado brasileiro e aumento da pressão competitiva, as
organizações têm buscado incessantemente a melhoria de desempenho de seus
processos produtivos. Os clientes tornaram-se mais exigentes e passaram a
direcionar as ações das empresas; controle de custos, melhoria da qualidade e o
aumento da produtividade tornaram-se fatores críticos de competitividade, exigindo
investimentos em tecnologia, automação, controle de processos e capacitação das
pessoas.
A manutenção, mesmo passando despercebida pela maioria das pessoas, é
uma operação de fundamental importância para que tanto os produtos quanto os
serviços venham a ser executados com qualidade, segurança, lucratividade etc.
2. AMBEV – COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS
A história da Companhia de Bebidas das Américas, a Ambev, nasceu em 1999,
quando as centenárias Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica anunciaram a
decisão de juntar esforços.
O surgimento da companhia impulsionou o setor de bebidas brasileiro,
possibilitou a entrada no mercado de novas marcas tanto da Ambev como da
concorrência, ampliou o leque de produtos de qualidade a preços acessíveis,
incentivou o lançamento de inovações e mais que dobrou o nível de empregos e a
geração de impostos.
Na época da fusão, as duas empresas empregavam 16 mil pessoas.
Atualmente, a Ambev tem mais de 40 mil funcionários, dos quais aproximadamente
26 mil só no Brasil. Sua cadeia produtiva emprega, de ponta a ponta, cerca de 6
milhões de pessoas. Hoje, mais de 100 profissionais brasileiros ocupam cargos de
liderança em todas as operações da AB InBev no mundo (EUA, Europa, China,
Rússia).
3. ESTADO DA ARTE
3.1. Introdução a Manutenção Industrial
A manutenção, embora despercebida, sempre existiu, mesmo nas épocas
mais remotas. Começou a ser conhecida com o nome de manutenção por volta do
século XVI na Europa central, juntamente com o surgimento do relógio mecânico,
quando surgiram os primeiros técnicos em montagem e assistência.
Nos últimos anos, com a intensa concorrência, os prazos de entrega dos
produtos passaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a
motivação para se prevenir contra as falhas de máquinas e equipamentos. Essa
motivação deu origem à manutenção preventiva.
Pode-se entender manutenção como o conjunto de cuidados técnicos
indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas, equipamentos,
ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação,
a restauração, a substituição e a prevenção. A responsabilidade pelos serviços de
rotina não é somente do pessoal da manutenção, mas também de todos os
operadores de máquinas.
A manutenção ideal de uma máquina é a que permite alta disponibilidade
para a produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo
adequado.
3.2. Tipos de Manutenção
Há dois tipos de manutenção: a planejada e a não planejada. A manutenção
planejada classifica-se em quatro categorias: preventiva, preditiva, TPM e
Terotecnologia.
A manutenção preventiva consiste no conjunto de procedimentos e ações
antecipadas que visam manter a máquina em funcionamento. A manutenção
preditiva é um tipo de ação preventiva baseada no conhecimento das condições de
cada um dos componentes das máquinas e equipamentos. Esses dados são obtidos
por meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de conjuntos de
máquinas e de equipamentos. Testes periódicos são efetuados para determinar a
época adequada para substituições ou reparos de peças. Exemplos: análise de
vibrações, monitoramento de mancais
A TPM (manutenção produtiva total) foi desenvolvida no Japão. É um modelo
calcado no conceito “de minha máquina, cuido eu”, também conhecido como
“Manutenção Autônoma”
A Terotecnologia é uma técnica inglesa que determina a participação de um
especialista em manutenção desde a concepção do equipamento até sua instalação
e primeiras horas de produção. Com a terotecnologia, obtêm-se equipamentos que
facilitam a intervenção dos mantenedores.
A manutenção não planejada classifica-se em duas categorias: a corretiva e a
de ocasião. A manutenção corretiva tem o objetivo de localizar e reparar defeitos em
equipamentos que operam em regime de trabalho contínuo. A manutenção de
ocasião consiste em fazer consertos quando a máquina se encontra parada.
3.3. Planejamento, Programação e Controle
Nas instalações industriais, as paradas para manutenção constituem uma
preocupação constante para a programação da produção. Se as paradas não forem
previstas, ocorrem vários problemas, tais como: atrasos no cronograma de
fabricação, indisponibilidade da máquina, elevação dos custos etc.
Para evitar esses problemas, as empresas introduziram, em termos
administrativos, o planejamento e a programação da manutenção. No Brasil, o
planejamento e a programação da manutenção foram introduzidos durante os anos
60.
A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para executá-
los e tomar decisões. A função programar significa determinar pessoal, dia e hora
para execução dos trabalhos.
Um plano de manutenção deve responder às seguintes perguntas:
– Como?
– O quê?
– Em quanto tempo?
– Quem?
– Quando?
– Quanto?
As três primeiras perguntas são essenciais para o planejamento e as três
últimas, imprescindíveis para a programação.
O plano de execução deve ser controlado para se obter informações que
orientem a tomada de decisões quanto a equipamentos e equipes de manutenção.
O controle é feito por meio de coleta e tabulação de dados, seguidos de
interpretação. É desta forma que são estabelecidos os padrões ou normas de
trabalho.
3.4. Tagueamento
O tagueamento, também conhecido como tag, significa etiqueta de
identificação e nas indústrias de transformação representa a identificação da
localização das áreas operacionais e seus equipamentos.
O tag é a base da organização da manutenção, com eles conseguimos
planejar e programar a manutenção de uma forma mais rápida, além de
conseguirmos extrair informações por tag, como números de quebra,
disponibilidade, custos, obsolescência, etc. E também é possível o mapeamento da
unidade fabril.
Uma empresa de médio porte poderá optar por cinco níveis de Tag para a
estrutura de seu tagueamento, sendo o nível mais alto reservado para as Gerências;
o segundo as áreas destas; o terceiro aos sistemas; o quarto aos aglutinadores, e
por último a posição dos equipamentos, assim como mostra a figura abaixo
Figura 1 – Estrutura dos níveis de tagueamento
Figura 2 – Fluxograma exemplar de uma cervejaria
TAG – NÍVEL 1(Gerências):
Observando o processo de fabricação da cervejaria, podemos dividi-la em
três gerências operacionais:
o GC – Gerência de Cerveja: beneficia as matérias-primas, processando-
as e fornecendo ao final cerveja pilsen filtrada.
o GU – Gerência de Utilidades: Produz insumos necessários para o
processo de fabricação da cerveja, e para o seu envase. Os insumos
são vapor, ar comprimido, amônia, água cervejeira e gás carbônico.
o GE – Gerência de Envase (Packaging): Responsável pelo
acondicionamento do produto final, que, no nosso caso, serão garrafas
de vidro de 1L.
Cada um desses macroprocessos subdivide sua atuação em várias etapas,
na qual podemos determinar as áreas das gerências.
TAG – NÍVEL 2(Áreas):
O tag nível 2 será formado por três letras indicando a área, e três dígitos, o
primeiro da esquerda para a direita, indicando a fase do projeto; como a
cervejaria X não expandiu suas instalações, este dígito será 0. Os dois digitos
seguintes serão a Unidade de Propriedade. UP – A sua função será análoga ao
CEP usado nos correios.
Figura 3 – Estrutura exemplar dos tags nível 2
TAG – NÍVEL 3(Sistemas):
Passamos agora aos sistemas, e tomaremos a área LIE – 009 da Gerência de
envase como exemplo; isto porque estará no envase a maior quantidade de
equipamentos
Figura 4 – Esquema de funcionamento do envase de cerveja
Teremos oito sistemas, pois o arrolhador e inspetor de garrafas cheias foram
reunidos, para efeito de tagueamento, no sistema enchedora.
Figura 5 – Esquema de tags para o nível 3
TAG – NÍVEL 4(Aglutinadores):
Com os sistemas definidos, devemos agora os aglutinadores de cada um
deles; o aglutinador será o tag responsável por reunir vários equipamentos no
mesmo endereço. O aglutinador está para a gerência, como a rua está para a
cidade. Tomando o sistema ECH-009, definiremos seus aglutinadores, e seus
tags serão o do sistema, acrescido de um seqüencial de três números.
Figura 6 – Esquema de tags para o nível 4
A Codificação de um equipamento tem como objetivo individualizá-lo para
receber manutenção, bem como para o acompanhamento de sua vida útil, o seu
histórico de quebras, intervenções, custos, etc. Estaremos, ao codificar, registrando
o equipamento, da mesma forma que o número de uma carteira de identidade.
Deve-se estipular um padrão para esse registro, e a sugestão dada é que tal
padrão seja composto de três letras, um hífen e quatro algarismos, da seguinte
forma:
(A) (B)Figura 7 – Padrão de Tafg (a); Exemplo de controle de tag
3. METODOLOGIA E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1. Integração na Cia e na Função
A primeira semana de estágio foi preenchida por uma integração na
companhia e na função a ser exercida pelo estagiário.
Inicialmente, foi visto como funciona a produção de cerveja e a historia da
companhia, também foi ministradas palestras sobre segurança e meio ambiente,
evidenciando a importância que a empresa dá para esses dois tópicos.
Posteriormente foi apresentado o código de conduta da companhia e todos os
benefícios oferecidos aos funcionários.
Seguidamente viu-se a importância das boas práticas de fabricação, como a
higienização pessoal, pois as mãos são o maior veiculo de contaminação, podendo
alterar a integridade do alimento produzido (Cerveja). Em seguida foi apresentado
noções básicas sobre manutenção autônoma. Posteriormente, nos falaram sobre o
VPO (Voyager Plant Optimization), que uma ferramenta de gestão, em que define os
caminhos que a Cia. deve seguir, visando o alcance das metas de forma
sustentável, sendo ele composto por alguns pilares, como o de G&G, Segurança,
Qualidade, Manutenção, Logística e Meio Ambiente
Em seguida, foram apresentadas todas as áreas da fábrica, tais como:
Brassagem: recebe o malte de cevada e mistura com água e lúpulo,
formando o chamado mosto.
Adegas: onde se faz a fermentação e a maturação da cerveja
Filtração: onde se deixa a cerveja límpida e cristalina
Utilidades: onde se fornece o frio, vapor, CO2, ar comprimido e energia
elétrica para toda a fábrica
Manutenção: setor responsável pela solução dos problemas de
equipamentos de ordem mecânica, elétrica, instrumentação e automação.
Logística: onde se controla a disponibilidade de todos os produtos
necessários para produção de cerveja.
Meio ambiente: setor responsável pela destinação adequada dos
subprodutos gerados na fabricação da cerveja, pelo fornecimento de água
cervejeira e controle de efluentes industriais.
Packaging: onde se faz o engarrafamento da cerveja
Gente e Gestão: também conhecido como recursos humanos, onde se
controla tudo sobre os colaboradores e seu ambiente de trabalho.
Para finalizar a integração na função, acompanhou-se a rotina do ATP
(técnico de planejamento), Supervisor de manutenção mecânica e manutenção
elétrica, o supervisor de utilidades. Obtendo-se assim uma visão geral de como tudo
funciona dentro da Cia.
3.2. Tagueamento
O tagueamento, assim como já foi dito antes, é parte fundamental para que o
sistema de manutenção funcione corretamente. Na AmBev não é diferente, lá
existem diversos padrões corporativos que explicam tudo, para que todas as
unidades da companhia executem o procedimento de forma correta e padronizada.
Quando cheguei na fabrica, já existiam os tags, porem todos fora do padrão.
Pois o padrão de tagueamento da companhia mudou e com ele o modelo do tag
também mudou, como mostra a figura 8, abaixo.
Figura 8 – Exemplar do modelo de TAG de um equipamento em 4° nível.
Desta forma, foi necessário refazer todo o tagueamento da fábrica, além de
levantar a descrição de localização de aplicação de cada equipamento, por exemplo,
existem 2 bombas na caldeira, primeiro teria que refazer os tags, depois descrever a
localização delas, de forma sucinta e clara, por fim descrever a função de cada uma,
como sucção e descarga de água.
Inicialmente foram levantados todos tags existentes no sistema SAP-PM para
confrontar com o que estava realmente fixado na máquina. Algumas vezes se fazia
necessário criar novos tags, ou como também eliminá-los, para que se mantivesse
uma sequência lógica e garantir que todos os equipamentos fossem tagueados. Fiz
este trabalho com auxílio de um estagiário de engenharia elétrica e um menor
aprendiz.
Após todo o levantamento, digitalizei todo o apanhado para uma planilha de
Excel e disponibilizei na rede para que todos pudessem ter acesso a essas
informações. Ou seja, hoje em dia, quando alguém pergunta, qual o tag do motor
principal da enchedora 01? Não será mais necessário ir ao local para conferir, basta
apenas abrir o arquivo e pesquisar, como mostra figura 9. Sem esquecer-se de
revisar ou complementar periodicamente, sempre que alterações substanciais se
fizerem necessárias.
Enchedora 1Sub-Conjunto Descrição Tag Situação
Bomba Vácuo B501037 OKBomba CIP B501039 OKBomba HDE B501020 IMPRIMIRBomba de Produto Cerveja - na filtração BPDT501001 TAGUEARMotor Elétrico de Bomba Vácuo MB501016 OKMotor Elétrico de Bomba CIP MB501018 OKMotor Elétrico de Bomba HDE MB501020 IMPRIMIRMotor Elétrico de Bomba Cerveja - na filtração MB501047 IMPRIMIRMedidor de oxigênio Enchedora 01 OIT501001 OKFoto-celula Saída da enchedora BX501080 OK
Figura 9 – Parte da planilha de controle do tagueamento.
3.3. Planos de Manutenção
Os planos de manutenção da AmBev foram divididos pelas criticidades dos
equipamentos, relacionando o impacto dele a segurança dos operadores e a
qualidade do produto. Assim os planos de manutenção dos equipamentos
classificados como critico A, foram elaborados pelo CENG (Centro de Engenharia da
Ambev), desta forma cada unidade deve avaliar os planos e aplicar 100% deles,
para que seja geradas automaticamente ordens de manutenção para estes
equipamentos.
Inicialmente analisamos os planos para estes equipamentos, nas planilhas
fornecidas pelo CENG, como mostra exemplo abaixo.
Figura 10 – Parte dos Planos de criticidade A
Em seguida realizamos a aplicabilidade desses planos no sistema corporativo
ou diretamente no SAP-PM, garantindo que todos os equipamentos críticos estejam
como todos os planos carregados no sistema de forma correta, atentando
principalmente para o local de instalação que os planos devem ser aplicados, para
que sejam criadas as ordens de manutenção preventiva automaticamente.
Cód. Ordem Equipamento Modelo Tipo de OrdemTipo de Atividade Periodicidade TempoExecutante 1Título da Tarefa (máx 40 caracteres) Sub-Conjunto
OBM008 CALDEIRA Caldeira Gás Natural / Biogás Periódica Inspeção Preventiva P1M-Mensal 15 Operador P1M-Inspeção de vazamentos de vapor Nível Acima
OBM009 CALDEIRA Caldeira Gás Natural / Biogás Periódica Inspeção Preventiva P1M-Mensal 15 Operador P1M-Inpeção de vazamentos de gás quente Nível Acima
OBM011 CALDEIRA Caldeira Gás Natural / Biogás Inspeção Inspeção de Rota Elétrica P1M-Mensal 60 Eletricista P1M-Inspeção de rota elétrica Nível Acima
3.4. Controle de Manutenção Preditiva
Na AmBev existe um acompanhamento de manutenção preditiva muito bom,
o serviço é realizado por uma empresa externa chamada SEMEQ (Serviço de
Monitoramento de Equipamentos).
A SEMEQ vem desde 1994 oferecendo a seus clientes o melhor em
monitoramento de equipamentos, com o uso das técnicas de análise de vibração,
inspeção termográfica, análise de óleo, emissão acústica e análise magnética. Com
a integração das técnicas de Monitoramento somado com a Engenharia de
Lubrificação e Engenharia de Confiabilidade, passando a oferecer aos seus clientes
Inteligência em Saúde de Máquinas.
Para melhorar ainda mais este serviço, elaborei uma planilha de controle dos
serviços da SEMEQ, subdividida em analises de vibração, óleo lubrificante,
termografia e MCE, apresentada na figura abaixo. Ela funciona da seguinte forma,
após o monitoramento do técnico da SEMEQ é gerado um relatório digital de
intervenção, em seguida ele é disponibilizado no internet, então analisamos cada
RDP e abrimos notas para que a atividade possa ser detalhada, programada e
executada. Só após o aceite técnico do supervisor de manutenção que é baixado a
RDP do sistema. Fechando o ciclo do monitoramento preditivo.
Figura 11 – Planilha de controle do monitoramento preditivo.
Após a implantação desta planilha para o controle da manutenção preditiva,
que foi no mês de dezembro de 2010, nós tivemos algumas melhorias, como
Área Setor Conjunto Equipamento Data Lim. Nota Ordem Data Med. Nº RDPStatus
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICE-01 MSP-141001 MOTOR 24/jun 20376030 05/2011 00424 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICE-03 MVCE-3B MOTOR - Tag: MSP-141011 24/jun 20376057 05/2011 00425 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICE-03 MVCE-3C MOTOR - Tag: MSP-141012 24/jun 20376062 05/2011 00426 Programar
PROCESSO - 201 / 211 / 311 AMOINHO MH 211001 ACIONAMENTO DUPLO MOTOR - Tag: 211030 24/jun 20376072 05/2011 00427 Programar
LINHA 501 D / E LAVADORA DE GARRAFASMOTOR/REDUTOR PRINCIPALREDUTOR 24/jun 20376079 05/2011 00428 Programar
LINHA 501 D / E ENCHEDORA 01 BOMBA ENVIO C. 01 MOTOR 24/jun 20376085 05/2011 00429 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICOMPRESSOR AMÔNIA CN 04COMPRESSOR 4 MOTOR - Tag: C-141003 Imediato 20375123 05/2011 00430 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICOMPRESSOR AMÔNIA CN 06COMPRESSOR 6 MOTOR - Tag: C-141001 Imediato 20375151 05/2011 00431 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICE-01 MSP-141002 MOTOR 1/jul 20376093 05/2011 00432 Programar
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICE-01 MSP-141003 MOTOR 1/jul 20376097 05/2011 00433 Programar
Área Setor Conjunto Equipamento Data Lim. Nota Ordem Data Med. Nº RDPStatus
LINHA 521 G - CHOPP BOMBAS BOMBA SODA MOTOR - Tag: MB-521004 1487688 19086200 08/2010 00377 Realizado
PROCESSO - 201 / 211 / 311 AMOINHO MH 211001 ACIONAMENTO DUPLO MOTOR - Tag: 211030 18979121 08/2010 00380 Realizado
LINHA 501 D / E ENCHEDORA 01 ECH-501001 MOTOR 18972934 09/2010 00384 Realizado
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICALDEIRA 02 MOTO-BOMBA BOMBA - Tag: MB-131003 18997018 10/2010 00385 Realizado
UTILIDADES - 121/131/141/151 ICALDEIRA 01 MOTO-BOMBA BOMBA - Tag: MB-131009 1488001 19086208 10/2010 00386 Programar
RDPs geradas no mês atual
RDPs - Pendêntes
agilidade de execução destas atividades, rapidez de busca dessas ordens no
sistema e criação de um histórico de manutenção, o que é muito importante para o
planejamento e controle da manutenção.
Isso é evidenciado também nos gráficos do índice de execução das OM
preditivas, apresentados abaixo, por tipo de monitoramento. O gráfico 1 mostra o
índice de execução das ordens geradas pelo monitoramento de vibração, mostrando
que houve um aumento na execução nos meses de dezembro de 2010 a janeiro de
2011.
Gráfico 1 – Índice de execução das ordens geradas por monitoramento de vibração
Já o gráfico 2 mostra o índice de execução das OM geradas pelo
monitoramento de análise de óleo lubrificante. Apresentando um aumento elevado
deste índice, saindo de uma média de 55% para uma média de 96% de execução.
Gráfico 2 - Índice de execução das ordens geradas por monitoramento de analise de óleo lubrificante
Por fim, o índice de execução das OM geradas pelo monitoramento de
termografia é apresentado no gráfico 3. Evidenciando que houve um aumento
relativo de execução das OM, porém ainda representa um valor muito baixo. Isto se
deve ao fato de que a maioria destes monitoramentos pedem a troca de contactores,
disjuntores e cabos, e que nem sempre temos com facilidade. Outro fato é que a
maioria dos painéis elétricos não podem ser totalmente desligados, pois há instalado
num painel elétrico, comandos para mais de uma maquina, e geralmente quando
para uma não para a outra.
Gráfico 3 – Índice de execução das ordens geradas por monitoramento de termografia
4. CONCLUSÃO
As atividades realizadas na Ambev foram de extrema importância para a
formação profissional e técnica.
Na formação técnica foi possível ver na prática muito dos conhecimentos
adquiridos no curso, como a gestão de manutenção industrial, aplicação da
termodinâmica em sistemas de refrigeração e em máquinas térmicas, sistemas
eletropneumáticos e também se pode ver questões de administração da produção.
Já a parte profissional foi vivenciada a primeira experiência de trabalho,
conhecendo as políticas e regras de uma grande empresa, desempenhando
responsabilidades e ações exigidas de um futuro profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ambev, disponível em: http//www.ambev.com.br – acessado em 04/07/2011;
Rezende, A. C., Curso Técnico Mecânico – Manutenção Industrial. Edição 2008, SENAI – MG;
Biasotto, E., Indicadores de Desempenho para o Gerenciamento da Manutenção de Classe Mundial. IV Congresso Nacional de Engenharia Mecânica 2006, Recife-PE;
Costa, H. L. A., Indicadores de Desempenho: uma Leitura do “Painel de Controle” da Manutenção Industrial. IV Congresso Nacional de Engenharia Mecânica 2006, Recife-PE;