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1 Hospital Geral Prado Valadares RELATÓRIO PRELIMINAR DE FECHAMENTO DO PRIMEIRO MANDATO E PLANEJAMENTO DO SEGUNDO Jequié-BA Novembro/2010

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Hospital Geral Prado Valadares

RELATÓRIO PRELIMINAR DE FECHAMENTO DO PRIMEIRO MANDATO

E PLANEJAMENTO DO SEGUNDO

Jequié-BA

Novembro/2010

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2 © 2010 Secretaria Estadual de Saúde da Bahia. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodu ção parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Elaboração, distribuição e informações: SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DA BAHIA Hospital Geral Prado Valadares Rua São Cristóvão, s/n - Centro CEP: 45.203-110, Jequié – BA E-mail: [email protected] Home page: www.saude.ba.gov.br/hgpv

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Gilmar Barros Vasconcelos DIRETOR GERAL

Silvio Arcanjo Matos Filho

DIRETOR ADMINISTRATIVO

Rita Adriana Britto Santos DIRETORA DE ENFERMAGEM

Manoel Almeida e Silva Filho

DIRETOR CLÍNICO

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1. Apresentação

Desafios e resultados de uma gestão inovadora comprometida com o SUS

Depois de três anos e sete meses de condução da gestão do Hospital Geral Prado Valadares percebo que

consegui formar uma equipe de trabalho que atingiu resultados importantes, os quais foram possíveis com

o apoio direto da Secretaria Estadual de Saúde.

De forma semelhante ao nível central o HGPV se encontrava no início de 2007 com problemas graves de

gestão, o funcionamento administrativo e assistencial eram precários, o hospital tinha pouca inserção no

Sistema Único de Saúde, mesmo fazendo parte da rede estadual de saúde, a comunidade não reconhecia o

hospital e tampouco este cumpria o seu papel.

O sucateamento do HGPV era visível, não posso inferir a quais interesses serviam esta situação de total

abandono do poder público e dos gestores. A estrutura física estava bastante degradada, a pediatria em

ruínas e desativada provocando desassistência pediátrica na região, a UTI recém inaugurada apresentava

problemas graves que restringia seu funcionamento a 40 ou 50% da capacidade instalada, a maior parte

dos equipamentos e mobiliários estavam impróprios para o uso e não existia contrato de manutenção dos

mesmos.

As dificuldades vivenciadas pelo Prado Valadares levou os gestores anteriores a reduzir a capacidade

instalada desativando leitos, enfermarias e serviços. Mesmo assim, se prestava um serviço de baixa

complexidade/resolutividade aos usuários que não tivessem alternativa. A recusa da comunidade em ser

atendida no HGPV era algo comum, observavam-se atitudes clientelistas e eleitoreiras em determinadas

situações.

Em 1992 o Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HGPV foi desativado e o fluxo de pacientes

direcionado a uma Clínica Credenciada ao SUS da cidade, entretanto a porta de entrada de urgência e

emergência continuou sendo o Pronto Socorro do Prado Valadares, os pacientes dessa especialidade faziam

o pré-operatório na enfermaria do HGPV e eram transferidos para as Clínicas Privadas/Credenciadas ao SUS

da cidade de acordo com o interesse do médico especialista das referidas clínicas, os quais também faziam

parte do corpo clínico do HGPV.

A carência de recursos humanos era algo crítico, o corpo de enfermagem era composto por 28 enfermeiros

e 145 auxiliares e técnicos. O corpo clínico era também muito limitado e apesar disso existiam profissionais

desenvolvendo jornada sobreposta no mesmo horário sob a justificativa de escassez de médicos e assim

seria mais atrativo e manteria o profissional no hospital. As escalas de plantões de especialidades essenciais

a exemplo da obstetrícia, anestesiologia e cirurgia geral apresentavam vacâncias em determinados dias da

semana, ou às vezes quando existia o cirurgião não existia o anestesista e vice-versa.

A assistência ao paciente grave na emergência ou nas intercorrências de enfermaria era caótica. A maior

parte dos médicos plantonistas do Pronto Socorro não possuía habilidades para realizar intubação

orotraqueal, além disso, existiam apenas dois laringoscópios disponíveis; um na UTI e outro no Centro

Cirúrgico. Nas enfermarias sequer havia ambu disponível.

O exposto demonstra de forma tácita a falta de respeito à vida humana, o que justificaria de fato a recusa

das pessoas em ser conduzida ao Hospital Geral Prado Valadares, além de macular a imagem do hospital.

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5 Assumimos a gestão do HGPV em 09 de março de 2007 com o desafio de implantar melhorias neste

hospital de potencial e importância sem igual para os usuários do SUS da Microrregião de Jequié. Além

disso, resgatar a imagem do hospital a partir da demonstração de dignidade e respeito aos seus usuários.

Durante este espaço de tempo foi possível implantar diversos serviços novos e estruturar os existentes,

ampliando desta forma a capacidade instalada. Foram adquiridos equipamentos diversos, desde

mobiliários até equipamentos de alta complexidade com tecnologia de ponta. A estrutura física do hospital

teve grande parte já reformada e outras estão em curso.

Foi implantada uma nova forma de administrar à luz da legislação vigente, primando pelos princípios da

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, balizando-se pela probidade

administrativa. A assistência aos usuários do SUS passou por mudanças importantes e necessárias com

contratação de profissionais das diversas atividades e especialidades, mesmo que ainda insuficientes.

Diversas ações estratégicas foram desenvolvidas para melhoria da qualidade dos serviços, a exemplo da

Educação Permanente.

Percebo que existem perspectivas favoráveis para a consolidação da gestão e melhoria do hospital, para

isto temos de ampliar serviços essenciais no HGPV assegurando o financiamento necessário e contratação

de recursos humanos suficientes, tanto da assistência quanto da área administrativa. Hoje as pessoas e

inclusive os médicos já dizem; “se acontecer algo comigo me leve para o HGPV, porque sei que é lá onde

existe a melhor assistência e o maior preparo, tanto em tecnologia quanto de especialidades médicas”.

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2. Realizações no período 2007-2010

2.1 Síntese das realizações implementadas no período

Implantação de Novos Serviços

O Prado Valadares passa a resolver mais e define qualidade na atenção

especializada...

1. Implantação do Serviço de Cardiologia Clínica com a contratação de médicos cardiologistas

diaristas para enfermarias;

2. Implantação do Programa de Internação Domiciliar;

3. Implantação do Serviço de Pneumologia com a contratação de especialista para

interconsultas/consultorias e realização de broncoscopias;

4. Implantação do Serviço de Otorrinolaringologia 24 horas com a contratação de

especialistas;

5. Implantação do Serviço de Endoscopia Digestiva Alta 24 horas com a contratação de

especialistas e aquisição de equipamento;

6. Re-implantação do Serviço de Ortopedia e Traumatologia com contratação de especialistas

e aquisição de Órteses e Próteses Médicas e Equipamentos;

7. Implantação do Serviço de Cirurgia Vascular 24 horas com contratação de especialista e

aquisição de material para revascularizações;

8. Implantação do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial 24 horas e rotina de enfermarias;

9. Implantação do Ambulatório de Neurologia com oferta de 60 atendimentos semanais;

10. Implantação do Serviço de Ultrassonografia 24 horas com contratação de especialistas;

11. Implantação do Serviço de Anatomia Patológica com a contratação de especialista -

capacidade de produção de 85 procedimentos por mês;

12. Implantação do Serviço de Terapia Ocupacional com contratação de profissionais

Terapeutas Ocupacionais;

13. Implantação do Serviço de Fonoaudiologia com a contratação de profissional

fonoaudiólogo;

14. Implantação do Serviço de Saúde Ocupacional com a contratação de médico do trabalho e

disponibilidade de assistente social e psicólogo;

15. Implantação da Classe Hospitalar com a contratação de um Psicopedagogo;

16. Implantação da Ouvidoria com atendimento presencial em horário administrativo por

profissional habilitado, nos demais horários por telefone 0800 284 0011 através da

Ouvidoria Geral do Estado e pela Internet pelo OuvidorSUS do Ministério da Saúde;

17. Implantação do Acolhimento com Classificação de Risco 24 horas no Pronto Socorro com

equipe exclusiva (enfermeiro e técnico de enfermagem);

18. Implantação do Serviço de Psicologia para todo o hospital com contratação de 5 psicólogos;

19. Ampliação e estruturação do Serviço de Fisioterapia para todo o hospital;

20. Implantação do Serviço de Neurocirurgia e Neurociências com a contratação de médico

Neurocirurgião e aquisição de materiais e equipamentos;

21. Implantação do Ambulatório Especializado de Neurocirurgia (para pacientes egressos);

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22. Implantação do Serviço de Terapia Nutricional com aquisição de nutrição enteral e

parenteral;

23. Aumento da velocidade do link de internet de 128 Kbps para 1 Mbps e interligação em

todos os computadores;

24. Implantação da rede de computadores (física e lógica) com dois servidores (rede e dados).

25. Implantação do Serviço de Mamografia;

26. Implantação da Linha do Cuidado à Mama –único serviço da microrregião de Jequié;

27. Implantação da equipe multiprofissional de Linha Vermelha;

28. Implantação do Serviço de UTI Móvel para transferências de pacientes graves e realização

de exames fora da unidade;

Estruturação de Serviços

Ações estruturantes definem novo perfil ao Prado Valadares...

1. Reforma da UTI com substituição das redes de gases medicinais (ar comprimido, oxigênio e vácuo)

possibilitando ativar os 10 leitos;

2. Estruturação do Serviço de Obstetrícia com dois plantonistas mediante contratação de mais médicos

obstetra;

3. Estruturação do Serviço de Anestesiologia com dois plantonistas mediante contratação de mais especialistas;

4. Estruturação do Serviço de Urologia com a aquisição de mais um profissional;

5. Estruturação do Serviço de Cirurgia Geral com dois plantonistas mediante contratação de mais especialistas;

6. Estruturação do Serviço de Clínica Médica com a vinculação de mais profissionais para evolução/prescrição;

7. Estruturação do Serviço de Nefrologia com a contratação de mais um especialista;

8. Estruturação do Serviço de Oftalmologia com contratação de mais especialistas cobrindo 24 horas;

9. Estruturação da Assistência Farmacêutica com a inclusão de novos medicamentos, contratação de dois

farmacêuticos e reforma geral do espaço físico da Farmácia;

10. Automação do Laboratório com aquisição de máquinas e recomposição do quadro de Bioquímicos e Técnicos

em Patologia;

11. Estruturação do Serviço de Enfermagem com a contratação de Enfermeiros e Auxiliares/Técnicos de

Enfermagem e colocação de Coordenações por Unidade de Produção;

12. Estruturação do Serviço de Bioimagem com recomposição do quadro de Técnicos em Radiologia e aquisição

de novos equipamentos (arco cirúrgico, mamógrafo, raio-x e ultrason);

13. Estruturação do Serviço Social com contratação de mais profissionais;

14. Estruturação do Serviço de Urgência e Emergência com implantação daequipe de Linha Vermelha e

ampliação do número de leitos de reanimação de 1 para 3 (2 adulto e 1 pediátrico) além da implantação

de oito leitos de Semi-Intensiva/estabilização na Emergência devidamente equipados com monitores

multiparamétricos e ventiladores microprocessados;

15. Estruturação do Serviço de Higienização e Lavanderia com a recomposição do quadro de funcionários;

16. Substituição da rede de esgotamento sanitário do HGPV.

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Ampliação da Capacidade Instalada

Aquisição de equipamentos, introdução de tecnologias de ponta, novas instalações, amplia

serviços essenciais na região de Jequiée definem gestão de resultados do governo Wagner

através do Prado Valadares...

1. Ampliação do Estacionamento em 13 vagas;

2. Reforma e reativação da Pediatria com 18 leitos de internação;

3. Reforma do Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado;

4. Construção de Quiosque e Brinquedoteca na Pediatria;

5. Instalação de mais 90 pontos de gases medicinais;

6. Ativação de mais 5 leitos de UTI adulto;

7. Implantação de mais dois leitos de reanimação;

8. Implantação de Central Reserva de Ar Comprimido e conserto da existente com colocação de novo

secador por adsorção;

9. Implantação de Central de Vácuo com acionamento duplo;

10. Implantação de Central Telefônica Digital com Digitronco de 30 linhas;

11. Aquisição de equipamentos Automáticos para o Laboratório (Bioquímica, Hematologia,

Hemogasometria e Marcadores Cardíacos);

12. Informatização de todas as Unidades e Produção;

13. Aquisição de uma UTI Móvel equipada;

14. Aquisição de novas Ambulâncias Básicas;

15. Aquisição de novos Veículos Administrativos;

16. Aquisição de Mesas Cirúrgicas (cinco);

17. Substituição de quase todas as Camas Fowler do hospital;

18. Conserto da Central de Monitorização da UTI;

19. Aquisição de novas máquinas de lavar e centrífuga para a Lavanderia;

20. Substituição do Tanque de Oxigênio de 1.796m3 para 3.956m3;

21. Aquisição de aparelho de Ultrassonografia;

22. Aquisição e instalação de Autoclave de 360 litros;

23. Aquisição de aspiradorescirúrgicos portáteis;

24. Aquisição de incubadoras e berços aquecidos;

25. Aquisição de Monitores Multiparamétricos;

26. Aquisição de Ventiladores Pulmonar;

27. Aquisição de mesas de cabeceira;

28. Aquisição de Arco Cirúrgico para os Serviços de Ortopedia/Traumatologia e Neurocirurgia;

29. Aquisição e instalação de novo equipamento de Raios X de 630 mA;

30. Aquisição de equipamentos de ar condicionado para as enfermarias e setores diversos do hospital;

31. Dentre vários outros equipamentos essenciais para a assistência aos usuários do SUS.

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Organização Administrativa e Assistencial

Resultados positivos de ações organizadas do governo Wagner demonstram capacidade da

Gestão do Prado Valadares...

1. Capacitação e designação de Pregoeiro oficial e equipe de apoio;

2. Realização de Pregões Presenciais para as compras de medicamentos, materiais e serviços com

contratação de empresas para pagamentos e entregas parceladas;

3. Utilização do Registro de Preços do Estado/SESAB para as compras quando disponíveis;

4. Licitação e contratação de empresas especializadas na gestão de frota para manutenção de veículos

e abastecimento;

5. Realização de contratos de manutenção de equipamentos;

6. Eleição da Comissão de Ética Médica;

7. Implantação do Comitê Hospitalar de Prevenção da Morte Materna, Infantil e Perinatal;

8. Criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica;

9. Recondução dos funcionários em desvio de função para as funções afins;

10. Readequação do organograma e das funções de coordenação;

11. Designação de Direções para as áreas médicas;

12. Criação da Coordenação de Recursos Humanos;

13. Criação da Coordenação de Compras;

14. Criação da Coordenação de Informática;

15. Criação da Assessoria em Tecnologia da Informação;

16. Criação da Coordenação de Apoio Administrativo;

17. Criação da Coordenação de Material Permanente;

18. Contratação de profissional especialista em Administração Hospitalar;

19. Assegurado os direitos dos trabalhadores a férias, licenças prêmio, licenças médicas,

aposentadorias, etc.

20. Contratações através de processo seletivo público para o REDA;

21. Implantação do SIMPAS no Setor de Compras, Licitação, Almoxarifado e Farmácia;

22. Implantação do controle de acesso de acompanhantes e visitantes;

23. Organização do acesso de funerárias nas dependências ou áreas internas do Hospital Geral Prado

Valadares, o que se dá mediante autorização expressa do familiar do paciente que for a óbito;

24. Implantação de Normas e Rotinas de Enfermagem nas Unidades de Produção;

25. Implantação de protocolos assistenciais da área médica na Emergência;

26. Implantação de fluxogramas de atendimento para prevenir transmissão vertical de HIV e Sífilis;

27. Implantação do protocolo de atendimento ao paciente com suspeita de Dengue;

28. Implantação do Censo Hospitalar Diário por Unidade de Produção cujos indicadores seguem

orientação da Portaria do Ministério da Saúde nº 312 de 30/04/02 publicada no DOU de

02/05/02: Taxa de Ocupação Hospitalar, Tempo Médio de Permanência, Taxa de Mortalidade

Geral, Taxa de Mortalidade Institucional, índice de Rotatividade e Índice de Intervalo de

Substituição.

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Ações estratégicas para melhoria da qualidade

Serviços com melhor qualidade é o resultado de ações estratégicas do governo do Estado na

Gestão do Prado Valadares...

1. Desenvolvimento da Política Nacional de Humanização;

2. Criação do site oficial do HGPV - www.saude.ba.gov.br/hgpv

3. Criação do Boletim Informativo;

4. Elaboração e avaliação do Planejamento Estratégico do HGPV;

5. Normatização de Estágios;

6. Levantamento do perfil do usuário do Pronto Socorro;

7. Realização de pesquisa de Satisfação do Usuário;

8. Criação e implantação do Núcleo de Educação Permanente;

9. Implantação da Política de Educação Permanente;

10. Ampliação do quadro de médicos em aproximadamente 60 novos profissionais das diversas

especialidades;

11. Implantação do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia e credenciamento à rede nacional do

Ministério da Saúde;

12. Implantação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes;

13. Elaboração e revisão do Plano de Contingência para Epidemia de Influenza;

14. Elaboração e implantação do Plano de Contingência para Epidemia de Dengue;

15. Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS;

16. Início da implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem;

17. Criação do Comitê Hospitalar de Amamentação;

18. Implantação do monitoramento eletrônico por câmeras;

19. Climatização de enfermarias;

20. Implantação do Partograma na Maternidade;

21. Ampliação dos Recursos Orçamentários/Financeiros destinados ao HGPV de 250 para 830 mil reais

por mês;

22. Iniciada a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).

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2.2 Balanço da produção de serviços

2.2.1 PRODUÇÃO AMBULATORIAL

TABELA 01: PRODUÇÃO FÍSICA POR SUBGRUPO APRESENTADA E APROVADA PELO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES NO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO

DE 2010.

SUBGRUPO DE PROCEDIMENTO QTD. APROVADA

VALOR APROVADO

QTD. APRESENTADA

VALOR APRESENTADO

DIFERENÇA DE VALOR

0101 -Ações coletivas/individuais em saúde 152 0 152 0 0

0201 -Coleta de material 59 0 59 0 0

0202- Diagnóstico em laboratório clínico 22730 62940,2 60076 180550,9 0

0204 -iagnóstico por radiologia 10516 85935,07 23343 206484,6 0

0205- Diagnóstico por ultra-sonografia 1531 45637,35 3054 98911,45 0

0209 -Diagnóstico por endoscopia 225 10836 225 10836 0

0211 -Métodos diagnósticos em especialidades 250 1287,5 256 1318,4 0

0214- Diagnóstico por teste rápido 624 0 624 0 0

0301 -Consultas / Atendimentos / Acompanhamentos 89262 669340,3 124942 960190,5 36590

0302- Fisioterapia 3031 15901,97 4712 25769,92 0

0303- Tratamentos clínicos (outras especialidades) 2273 77104,45 5091 164608,2 0

0307- Tratamentos odontológicos 65 0 65 0 0

0401- Pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa

4185 99640,08 6585 171643,3 0

0404- Cirurgia das vias aéreas superiores, da cabeça e do pescoço

7 184,94 7 184,94 0

0408- Cirurgia do sistema osteomuscular 996 38530,02 1578 60684,08 0

0414 -Cirurgia oro-facial 68 0 68 0 0

Total 135974 1107338 230837 1881182 36590

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sia/cnv/qaba.def. situação do Banco de dados em 16/11/2010.

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GRÁFICO 01: COMPARATIVO ENTRE A PRODUÇÃO (FÍSICA E ORÇAMENTÁRIA) APRESENTADA

E APROVADA NO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES, JANEIRO A SETEMBRO DE 2010.

FONTE: FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sia/cnv/qaba.def. Situação do Banco de

dados em 16/11/2010.

TABELA 02: COMPARATIVO ENTRE A PRODUÇÃO (FÍSICA E ORÇAMENTÁRIA) APRESENTADA E

APROVADA NO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES NO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO

DE 2008-2010.

ANO PROCESSAMENTO

VALOR APROVADO

QUANTIDADE APRESENTADA

VALOR APRESENTADO

DIFERENÇA DE VALOR

2008 587751,50 135126 1.343.214,00 0

2009 885203,80 250355 1.689.038,00 4.282,50

2010 1.107.338,00 230837 1.881.182,00 36.590,00

Total 2.580.293,00 616318 4.913.435,00 40.872,50

FONTE: FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sia/cnv/qaba.def. Situação do Banco de

dados em 16/11/2010.

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2.2.2 PRODUÇÃO HOSPITALAR

TABELA 03: DEMONSTRATIVO DA PRODUÇÃO HOSPITALAR (AIH PAGAS) NO HOSPITALA

GERAL PRADO VALADARES, POR FORMA DE ORGANIZAÇÃO, NO PERÍODO DE JANEIRO A

JUNHO DE 2010.

FORMA ORGANIZAÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN TOTAL

030106- Consulta/Atendimento ás urgências (em geral)

5 0 1 2 2 1 11

030301- Tratamento de doenças infecciosas e parasitárias

45 50 37 39 52 52 275

030302 -Tratamento de doenças do sangue, órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

11 8 6 4 6 6 41

030303 -Tratamento de doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais

19 22 14 7 14 13 89

030304- Tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico

74 59 40 43 38 47 301

030306- Tratamento de doenças cardiovasculares 65 55 52 32 31 50 285

030307- Tratamento de doenças do aparelho digestivo

45 26 25 33 27 37 193

030308 -Tratamento de doenças da pele e do tecido subcutâneo

9 12 12 6 5 7 51

030309- Tratamento de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo

3 5 0 1 0 0 9

030310 -Tratamento durante a gestação, parto e puerpério

42 50 33 35 17 20 197

030311- Tratamento de malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas

0 0 1 0 1 0 2

030314 -Tratamento de doenças do ouvido/apófise mastóide e vias aéreas

74 46 26 37 46 43 272

030315 -Tratamento das doenças do aparelho geniturinário

16 8 9 9 7 7 56

030316- Tratamento de algumas afecçõess originadas no período neonatal

38 33 28 26 10 32 167

030317 -Tratamento dos transtornos mentais e comportamentais

54 36 63 41 40 30 264

030410- Gerais em oncologia 14 6 3 11 9 12 55

030502- Tratamento em nefrologia em geral 23 11 3 4 5 8 54

030801- Traumatismos 25 29 14 8 4 20 100

030802 -Intoxicações e envenenamentos 12 8 9 14 10 7 60

030803 -Outras consequências de causas externas 2 1 0 0 0 0 3

030804- Complicações consequentes a procedimentos em saúde

3 2 1 1 1 6 14

031001- Parto e nascimento 151 255 167 156 135 121 985

040102- Cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa

3 0 0 1 1 0 5

040301- Trauma e anomalias do desenvolvimento 0 0 0 1 0 3 4

040401- Cirurgias de ouvido, nariz e garganta 1 0 0 0 0 1 2

040402- Cirurgia da face e do sistema estomatognomático

1 0 0 0 0 1 2

040701- Esôfago, estômago e duodeno 1 1 0 0 0 0 2

040702- Intestinos , reto e anus 21 16 19 16 15 12 99

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14

040703- Pâncreas, baço, fígado e vias biliares 6 3 2 3 1 2 17

040704 -Parede e cavidade abdominal 13 9 5 4 2 4 37

040801- Cintura escapular 2 0 1 0 0 0 3

040802- Membros superiores 11 13 11 4 11 10 60

040804- Cintura pélvica 3 0 2 0 1 3 9

040805- Membros inferiores 23 33 20 12 14 12 114

040806- Gerais 9 0 0 1 4 3 17

040901- Rim, ureter e bexiga 1 0 0 1 0 0 2

040904 -Bolsa escrotal, testículos e cordão espermático

1 0 1 1 0 1 4

040906 -Útero e anexos 4 4 2 1 3 4 18

040907- Vagina, vulva e períneo 0 0 1 1 0 0 2

041001- Mama 0 2 0 0 6 9 17

041101- Parto 85 106 114 125 83 110 623

041102 -Outras cirurgias relacionadas com o estado gestacional

41 47 30 31 23 23 195

041203- Pleura 0 0 1 0 0 1 2

041204- Parede torácica 8 3 8 0 3 7 29

041301- Tratamento de queimados 2 4 1 4 2 2 15

041304- Outras cirurgias plásticas/reparadoras 2 0 0 0 0 0 2

041401- Buco-maxilo-facial 0 0 0 1 0 0 1

041501- Múltiplas 4 4 6 5 2 6 27

041503- Politraumatizados 16 12 13 19 22 21 103

041504- Procedimentos cirúrgicos gerais 4 5 4 5 2 5 25

TOTAL 992 984 785 745 655 759 4.920

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiba.def. Situação do Banco de dados em

16/11/2010.

TABELA 04: DEMONSTRATIVO DE AIH PAGAS, INTERNAÇÕES, VALOR TOTAL E VALOR MÉDIO

DE AIH NO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES, POR FORMA DE ORGANIZAÇÃO, NO

PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DE 2010.

FORMA ORGANIZAÇÃO AIH

PAGAS VALOR TOTAL

VALOR MÉDIO AIH

030106 -Consulta/Atendimento ás urgências (em geral) 11 546,96 49,72

030301- Tratamento de doenças infecciosas e parasitárias 275 119210,8 433,49

030302 -Tratamento de doenças do sangue, órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

41 12221,6 298,09

030303 -Tratamento de doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais

89 38574,48 433,42

030304- Tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico

301 163556,3 543,38

030306- Tratamento de doenças cardiovasculares 285 256376,8 899,57

030307- Tratamento de doenças do aparelho digestivo 193 85601,98 443,53

030308 -Tratamento de doenças da pele e do tecido subcutâneo

51 15971,79 313,17

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15

030309 -Tratamento de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo

9 1754,25 194,92

030310- Tratamento durante a gestação, parto e puerpério 197 29073,34 147,58

030311 -Tratamento de malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas

2 1328,72 664,36

030314 -Tratamento de doenças do ouvido/apófise mastóide e vias aéreas

272 193025,6 709,65

030315- Tratamento das doenças do aparelho geniturinário 56 15896,58 283,87

030316- Tratamento de algumas afecçõess originadas no período neonatal

167 57051,54 341,63

030317 -Tratamento dos transtornos mentais e comportamentais

264 15317,76 58,02

030410 -Gerais em oncologia 55 25195,84 458,11

030502 -Tratamento em nefrologia em geral 54 26354,91 488,05

030801- Traumatismos 100 22061,45 220,61

030802- Intoxicações e envenenamentos 60 18845,48 314,09

030803 -Outras conseqüências de causas externas 3 463,32 154,44

030804 -Complicações conseqüentes a procedimentos em saúde

14 3525,01 251,79

031001- Parto e nascimento 985 461030,1 468,05

040102-Cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa 5 814,11 162,82

040301- Trauma e anomalias do desenvolvimento 4 31001,05 7750,26

040401 -Cirurgias de ouvido, nariz e garganta 2 11179,36 5589,68

040402- Cirurgia da face e do sistema estomatognomático 2 897,03 448,51

040701- Esôfago, estômago e duodeno 2 2077,62 1038,81

040702- Intestinos , reto e anus 99 70154,79 708,63

040703- Pâncreas, baço, fígado e vias biliares 17 13172,89 774,88

040704 -Parede e cavidade abdominal 37 33833,12 914,41

040801- Cintura escapular 3 1040,53 346,84

040802- Membros superiores 60 24123,97 402,07

040804- Cintura pélvica 9 13336,85 1481,87

040805- Membros inferiores 114 89668,34 786,56

040806 -Gerais 17 4799,87 282,35

040901- Rim, ureter e bexiga 2 1208,58 604,29

040904- Bolsa escrotal, testículos e cordão espermático 4 1278,34 319,58

040906- Útero e anexos 18 10873,79 604,1

040907- Vagina, vulva e períneo 2 761,86 380,93

041001- Mama 17 6567,9 386,35

041101 -Parto 623 392191,8 629,52

041102 -Outras cirurgias relacionadas com o estado gestacional 195 42700,02 218,97

041203- Pleura 2 14172,6 7086,3

041204- Parede torácica 29 35690,88 1230,72

041301- Tratamento de queimados 15 14515,44 967,7

041304- Outras cirurgias plásticas/reparadoras 2 1491,77 745,88

041401- Buco-maxilo-facial 1 1347,18 1347,18

041501- Múltiplas 27 98612,82 3652,33

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16

041503 -Politraumatizados 103 178268,6 1730,76

041504 -Procedimentos cirúrgicos gerais 25 14216,98 568,68

TOTAL 4920 2672983 543,29

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiba.def. Situação do Banco de dados em

16/11/2010.

TABELA 05: DEMONSTRATIVO DE AIH PAGAS, INTERNAÇÕES, VALOR TOTAL E VALOR MÉDIO

DE AIH NO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES, POR FORMA DE ORGANIZAÇÃO, NO

PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DE 2010.

ANO PROCESSAMENTO VALOR MÉDIO DE AIH NÚMERO DE AIH APROVADAS

2008 399,97 2412

2009 509,67 4324

2010 543,29 4920

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiba.def. Situação do Banco de dados em

16/11/2010.

GRÁFICO 02: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO VALOR MÉDIO DA AIH NO HOSPITAL GERAL

PRADO VALADARES NO PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DOS ANOS 2008 A 2010.

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiba.def. Situação do Banco de dados em

16/11/2010.

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17

GRÁFICO 03: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE AIH PAGAS NO HOSPITAL

GERAL PRADO VALADARES NO PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DOS ANOS 2008 A 2010.

FONTE: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiba.def. Situação do Banco de dados em

16/11/2010.

Os gráficos e tabelas apresentadas delineiam um perfil da produção ambulatorial do Hospital

Geral Prado Valadares no período de janeiro a setembro e da produção de internamentos

hospitalares no período de janeiro a junho de 2010, bem como os compara com os anos 2008

e 2009. Assim, na tabela 01 e gráfico 01 verificamos que no ano 2010, no período de janeiro a

outubro, o HGPV apresentou um total de 230.837 procedimentos, tendo sido aprovado apenas

135.974, ou seja, 58,90%. Este índice apresentou melhoria em relação ao ano anterior, uma

vez que foi observada uma aprovação de apenas 49,37%. No que se refere aos valores

financeiros, respectivamente, apresentamos R$ 1.881.182, tendo sido aprovado apenas

1.107.338 (58,86%).

A tabela 02 apresenta um comparativo destes mesmos dados no período de 2008 a 2010.

Verificamos que, ano a ano, houve um incremento comparável da produção de serviços em

todas as categorias, excetuando a quantidade apresentada entre os anos de 2009 e 2010. Este

fenômeno deve-se à realização de ajustes no perfil assistencial da unidade, sendo este

processo implementado principalmente pelo serviço de acolhimento com classificação de

risco. Nestes casos, muitos usuários com perfil de atendimento em unidades de saúde da

família do município foram contra-referenciados para suas unidades de origem. Com este

processo a unidade pôde direcionar sua assistência para pacientes em situação de maior

gravidade, com a realização de procedimentos de maior complexidade, o que justifica a não

diminuição do valor financeiro. Assim, comparando o ano de 2008 em relação a 2009

registramos um incremento financeiro de 20,47% na produção apresentada e 33,60% na

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aprovada; no ano de 2009 em relação a 2010 registramos um aumento de 10,21% na produção

apresentada e 20,00% na produção aprovada.

Ressalvamos que a produção realizada e apresentada pela unidade foi superior aos valores

mostrados, uma vez que muitos procedimentos sequer aparecem na categoria apresentados,

já que não constam na FPO. Isto, de modo semelhante aos anos anteriores, deve-se ao fato da

FPO utilizada pelo Gestor Municipal para processar a produção apresentada pela unidade

encontrar-se adversa da atual realidade assistencial deste hospital, o que gera grandes

prejuízos, tanto do ponto de vista financeiro, quanto no que tange à produção de séries

históricas compatíveis com a capacidade instalada da unidade.

As tabelas 03 a 05 e gráficos 02 e 03 nos trazem um demonstrativo da produção do

internamento hospitalar no período de janeiro a junho de 2010. Assim, na tabela 03

verificamos que os meses de janeiro e fevereiro apresentaram produções superiores aos

demais meses, sendo tal fato explicado pela liberação de laudos de AIH que ficaram retidos na

Secretaria Municipal de Saúde nos meses anteriores. Na mesma figura observa-se que nos

outros meses a produção foi relativamente uniforme. A tabela 04 nos mostra os comparativos

das AIH pagas, seus valores totais e valor médio de AIH por forma de organização da Tabela

SUS. Nesta, da observação das produções físicas e orçamentárias, percebemos que a

assistência ao trauma e as causa externas de morbidade representam um grande força na

produção de serviços, o que só vem reafirmar o importante papel desta unidade no nível

microrregional. Na tabela 05 e gráfico 03 verificamos que houve ampliação significativa, tanto

no que se refere aos aspectos quantitativos (número de AIH) e qualitativos (valor médio dos

internamentos). Creditamos estes aumentos a melhorias na assistência prestada, com a

inclusão de novos profissionais e tecnologias à unidade, o que permite realizar procedimentos

de maior complexidade (e conseqüentemente de valor na Tabela SUS), bem como ao

aperfeiçoamento do faturamento hospitalar, mesmo com as grandes dificuldades.

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19

GRÁFICO 04: COMPARATIVO DO TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA POR UNIDADE DE

PRODUÇÃO DO HGPV NOS ANOS DE 2009 E 2010*

Fonte: NHE-HGPV * Dados de janeiro a setembro de 2010.

A relação entre o total de pacientes/dia e o total de pacientes que tiveram saída do hospital

em determinado período, incluindo os óbitos representa o tempo médio em dias que os

pacientes ficaram internados no hospital. Neste sentido das 8 Unidades de Produção do HGPV

apenas a UTI e Clínica de Neurociências aumentaram a media de permanência em relação ao

ano anterior, o que se explica pela alteração do perfil do paciente atendido nestas duas

unidades, visto que em 2010 foi o ano de implantação do Serviço de Neurocirurgia, quando

todos o TCEs são resolvidos no HGPV, e não mais são encaminhados a hospitais da capital do

Estado. As demais Unidades apresentam redução significativa do TMP, demonstrando

resolutividade do hospital e racionalização de custos. A Clínica Especializada em Dengue

funcionou até junho de 2009, a qual foi transformada na Clínica de Neurociências no mês de

julho.

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20

GRÁFICO 05: COMPARATIVO DA TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR DAS UNIDADES DE

PRODUÇÃO DO HGPV NOS ANOS DE 2009 E 2010*

Fonte: NHE-HGPV * Dados de janeiro a setembro de 2010.

Analisando o gráfico 05 observa-se que 50% das Unidades de Produção do HGPV apresentaram

superação da Taxa de Ocupação Hospitalar de 2009 para 2010, atingindo indicador próximo de

100%, o que representa eficiência na utilização da capacidade instalada.

Este indicador representa a relação percentual entre o número de pacientes/dia e o número

de leitos/dia em determinado período, porém considerando-se para o cálculo dos leitos/dia no

denominador os leitos instalados e constantes do cadastro do hospital, incluindo os leitos

bloqueados e excluindo os leitos extras.

A baixa ocupação da Psiquiatria vem corroborar com a proposta de melhor utilização da

capacidade instalada com a conversão de parte dos leitos e espaço em uma Unidade de

Cuidados Prolongados.

Já a redução da taxa de ocupação da Unidade Neonatal demonstra melhoria da qualidade da

assistência neonatal, reduzindo portanto, o número de Recém Nascidos internados no HGPV, o

que vem reforçar o projeto de implantação da UTI Neonatal para absorção dos casos externos

que possuem perfil de terapia intensiva e não são acolhidos pelo HGPV por não dispor desse

tipo de serviço.

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21

GRÁFICO 06:

Fonte: Serviço de Acolhimento com Classificação de Risco, SAME e NHE/HGPV

Observando o gráfico 06 verifica-se que a medida que os pacientes classificados verde se reduz os classificados em amarelo e

vermelho aumentam, com mais expressão os classificados em amarelo.

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Os pacientes classificados em azul eram muito expressivos em novembro de

2007 para a porta de uma urgência e emergência, com o passar do tempo tem

melhorado, contudo ainda apresento uma incidência maior que os pacientes de

classificação vermelha. Isto demonstra que ainda chega mais pessoas com

necessidade ambulatorial do que de Emergência na porta de entrada do Pronto

Socorro do HGPV. Esses usuários na sua maioria referem que não têm acesso

à rede básica, não encontram médico ou procedimentos (tipo curativo, retirada

de pontos, drenagem de abcesso, troca de sonda vesical, etc.) e procuram o

HGPV.

Desde que foi implantada a Classificação de Risco dos pacientes na porta de

entrada do Pronto Socorro do Hospital Geral Prado Valadares, o risco amarelo

(Urgência Maior) atingiu no mês de setembro de 2009 o seu mais alto

percentual – 49%. Este indicador iniciou em 2007 com 22% e caiu para 17%

em abril/08, chegou a 35% em dezembro deste mesmo ano. Em 2009 a sua

menor pontuação foi de 30% em janeiro, daí em diante apresentou uma

tendência crescente e em dezembro de 2009 pontuou 48%. Em 2010 tem

apresentado tendência de queda chegando a uma diferença de apenas 3

pontos percentuais em relação à Urgência Relativa no mês de junho. A

proporção de Urgência Relativa teve redução nos últimos sete meses de 2009,

quando as tendências dos gráficos amarelo e verde inverteram-se, mas em

2010 o gráfico verde volta a crescer e o amarelo reduzir.

Os pacientes de Classificação verde (urgência relativa) se mantém devido à

pouca resolubilidade da rede em relação a serviços especializados (ortopedia,

neurologia, pediatria, ginecologia, etc.)

A proporção de pacientes ambulatoriais voltou a crescer em 2010 chegando a

19% em maio e se manteve na casa dos 18% nos meses de julho, agosto e

setembro.

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23

3. Ações a serem implementadas no próximo período 2011-

2014

3.1. Prioridades

Apontamos a seguir as prioridades para 2011-2014 no sentido de ampliar serviços,

consolidar o perfil e melhorar ainda mais o desempenho do Prado Valadares...

1. Implantação da Unidade de Cuidados Prolongados com 12 leitos (conversão de leitos

de psiquiatria);

2. Conclusão da reforma interna do hospital;

3. Reforma da Lavanderia;

4. Ampliação e Reforma da Emergência;

5. Implantação do Serviço de Tomografia Computadorizada intra-hospitalar;

6. Habilitação junto ao Ministério da Saúde do Serviço de Alta Complexidade em Terapia

Nutricional;

7. Habilitação junto ao Ministério da Saúde do Serviço de Alta Complexidade em

Ortopedia e Traumatologia;

8. Habilitação junto ao Ministério da Saúde do Serviço de Neurocirurgia de Alta

Complexidade;

9. Realização de Termo de Parceria entre a Secretaria de Educação de Jequié e a SESAB

para funcionamento oficial da Classe Hospitalar;

10. Implantação de UTI Neonatal com 10 leitos;

11. Implantação do Serviço de Neurociências e Linha do Cuidado ao paciente com AVC;

12. Implantação do Colegiado de Gestão Participativa;

13. Implantação de Ambulatório Especializado da área Cardiovascular;

14. Implantação da Unidade de Dor Torácica na nova Emergência do HGPV;

15. Implantação da Unidade de Assistência Cardiovascular de Alta Complexidade;

16. Implantação do Protocolo de Manchester;

17. Incorporação dos Princípios da Política Nacional de Humanização aos Processos de

Trabalho das Unidades de Produção;

18. Ampliação do Almoxarifado do hospital;

19. Aquisição de Equipamentos ainda necessários;

20. Regulação de leitos (parceria com o município de Jequié);

21. Construção de um novo módulo de enfermarias com capacidade para 100 leitos;

22. Continuar trabalhando para a integração da rede;

23. Implantação de Serviços Ambulatoriais para atender Portarias de credenciamento dos

serviços de alta complexidade;

24. Organização do processo de implantação do Internato do Curso de Medicina da UESB;

25. Preparação do Projeto de implantação de Residência Médica no HGPV;

26. Credenciamento do HGPV como Hospital Amigo da Criança;

27. Implantação do Acolhimento com Classificação de Risco na Emergência Obstétrica;

28. Implantação de Equipe de Pediatras de Sala de Parto;

29. Implantar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e elaborar o PCMSO e o

PPRA;

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30. Implantar em parceria com o IML a Comissão de Verificação de Óbitos;

31. Reorganizar a Comissão de Verificação de Prontuários.

Sobre as prioridades vale detalhar um pouco mais o que fora dito nos tópicos

anteriores:

A implantação da Unidade de Cuidados Prolongados com 12 leitos a partir da readequação do

espaço da Psiquiatria vai utilizar melhor o espaço ocioso e ajudar a desafogar leitos de Clínica

Médica que ficam com um Tempo Médio de Permanência alto (10 dias), propiciando maior

rotatividade de leitos de Clínica Médica;

A conclusão da reforma interna do HGPV abre espaço para que o hospital inicie outras obras

que estão planejadas.

A reforma da Lavanderia Hospitalar é algo primordial, visto que o hospital adquiriu um novo

perfil com maior demanda de processamento de artigos.

A ampliação e reforma da Emergência foi licitada e contratada empresa de Arquitetura para

elaboração do Projeto Executivo, o que possibilitará em 2011 a licitação e execução da obra.

Juntamente com o projeto de ampliação da Emergência está a previsão de espaço para

implantação do Tomógrafo intra-hospitalar do HGPV, o qual já está em processo de compra,

sendo previsto um Multslice de dois cortes.

O credenciamento de Serviços de Alta Complexidade é conseqüência do desenvolvimento das

diversas ações citadas neste documento, tendo levado inclusive ao recebimento do Alvará

Sanitário pelo HGPV, visto que o último datava de 2000. O credenciamento de Serviços de Alta

Complexidade está previsto para Terapia Nutricional visto que o hospital dispões de médico

Nutrologista no seu corpo clínico e já realiza os procedimento de nutrição enteral e parenteral;

Ortopedia e Traumatologia já totalmente estruturado e realizando procedimento de alta

complexidade a exemplo de anel pélvico e quadril, onde a CIB já aprovou a sua Habilitação

junto ao Ministério da Saúde na última reunião (189ª), o de Neurocirurgia também

estruturado e em funcionamento aguarda contratação de mais um Neurocirurgião para

solicitar a Habilitação junto ao Ministério da Saúde, visto que já tem parecer favorável da CIB e

da Câmara Técnica de Neuro da Bahia.

O Termo de Parceria entre a SESAB e Secretaria de Educação de Jequié vai ajudar no

aproveitamento dos estudos pelas crianças que ficam internadas na Pediatria do HGPV e são

acompanhadas por profissional Psicopedagogo durante todo o período, evitando atrasos no

calendário escolar da criança e/ou até mesmo a perda do ano letivo no caso de uma

internação prolongada.

A implantação da UTI Neonatal no HGPV representa um dos maiores avanços, visto que o

hospital já realiza partos de rico e possui uma Unidade Neonatal de Cuidados Intermediários

que mantém Recém Nascidos prematuros com gravidade e na região não existe serviço dessa

especialidade, corroborando inclusive com a redução da mortalidade infantil, atendo ao Pacto

Nacional, além disso, o HGPV já recebeu os equipamentos do Ministério da Saúde para a

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implantação da UTI Neonatal, aguarda apenas adequação de espaço físico já identificado e a

contratação das equipes médica e de enfermagem principalmente para iniciar a atividade.

O HGPV implantou a Clínica de Neurociências em julho de 2008 e em 2009 contratou o

neurocirurgião que possui larga experiência na Europa na área de AVC, o qual apresentou

projeto de implantação da Linha do Cuidado ao paciente com AVC, onde lá em Portugal é

denominado de “Via Verde do AVC”, cujo projeto foi bem avaliado e aprovado pela direção do

HGPV e será implantado a partir do desenvolvimento de ações transformadoras no hospital e

na região.

O Colegiado de Gestão Participativa com presença de membros da comunidade, instituições

de ensino, gestores, etc., está criado legalmente desde 2007, mas até então funciona apenas o

colegiado das unidades de produção, até foi tentada a implantação do CGP, mas as instituições

não encaminharam as suas representações, mas neste ano de 2011 será priorizada a

implantação deste colegiado, dada a sua importância.

O HGPV possui o Projeto de Implantação da Unidade de Alta Complexidade em Assistência

Cardiovascular/Hemodinâmica, a qual ficou de ser estruturada no segundo governo Wagner

conforme pactuação em reunião na DGRP, para isto será necessário estruturar as bases para

este serviço a partir da criação de serviços ambulatoriais e da unidade de dor torácica para

melhor classificação e acolhimento dos pacientes dentro da “janela” prevista.

A implantação do Protocolo de Manchester no HGPV já foi discutida algumas, mas a estrutura

física da unidade não permitiu, com a ampliação e reforma da unidade de emergência isto será

possível, visto que já foi planejada com esta previsão. No momento é utilizado o protocolo do

Ministério da Saúde.

A incorporação da PNH aos processos de trabalho foi algo proposto nas reuniões do colegiado

das unidades de produção durante o Planejamento Estratégico e vem reforçar a importância

do desenvolvimento desta Política na instituição, e ainda acreditamos que através da

valorização do “trabalho vivo em ato” poderemos transformar as práticas de trabalho.

A ampliação do almoxarifado do HGPV será necessária, visto que o almoxarifado atual já não

mais comporta a demanda do HGPV, mesmo comprando para entrega de forma parcelada.

Diversos equipamentos solicitados ainda não foram adquiridos por conta do grande déficit que

tinha o HGPV, a exemplo de Cardiotocógrafo, Videoendoscópio/colonoscópio, Tomógrafo.

A regulação de leitos em Jequié ainda é incipiente, ou seja, quase todos os pacientes são

encaminhados ao HGPV.

Como a regulação não tem solucionado o problema de superlotação e não se observa

perspectivas a curto prazo neste aspecto é factível a construção no HGPV de um novo módulo

com novas enfermarias com capacidade para 100 leitos de internação, pois a ampliação da

emergência por si só não resolverá a superlotação do hospital, pelo contrário, poderá

aumentar ainda mais a demanda, visto que as Clínicas Privadas Credenciadas ao SUS na cidade

não possuem suporte para tratar pacientes com gravidades de média complexidade a exemplo

de oxigenoterapia nasal, dentre outras que são motivo para a transferência do paciente, o que

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ocorre muitas vezes de forma desordenada, a revelia da central de regulação municipal,

mesmo não tendo vaga no HGPV. Isto tem causado a redução da qualidade da assistência

mesmo com o esforço redobrado que estamos fazendo para melhorá-la.

O HGPV tem buscado se integrar na rede e cumprir o seu papel, mas para isto os gestores

municipais têm de se responsabilizarem com a gestão da atenção básica em suas localidades,

evitando a superlotação da emergência do HGPV com pacientes que não deveriam estar ali,

para verificar uma Pressão Arterial ou Diabetes descompensada, realizar uma troca de sonda

vesical, ou realizar outro procedimento ambulatorial que soma em torno de 17,2% da

demanda atual, sem falar dos pacientes a procura de consulta especializada, que também não

é demanda para hospital, correspondendo a 29%, portanto 46,2% da demanda da Emergência

Geral do HGPV não tem perfil para atendimento, de acordo com informações coletadas no

período de janeiro a setembro de 2010. Na Emergência Obstétrica é semelhante, somente 50%

são atendimentos de mulheres em trabalho de parto, a outra metade são atendimentos

ambulatoriais de mulheres que não tiveram acesso a exames complementares ou consulta

médica nas Unidades Básicas.

As portarias de credenciamento dos serviços de alta complexidade em Ortopedia e

Traumatologia, Neurocirurgia, Terapia Intensiva, etc., exigem disponibilidade de serviços

ambulatoriais em diversas áreas, neste sentido o HGPV estará implantando esses serviços para

atender à norma.

A organização e implantação de um internato para os estudantes do curso de Medicina da

UESB é algo necessário e que deveremos iniciar o seu planejamento já em 2011 em parceria

com a IES.

Com relação à preparação do Projeto de Implantação de Residência Médica no HGPV acredito

ser possível e necessário iniciar já em 2011, no sentido de atingir com a brevidade possível ao

requisito do inciso II do artigo 7º da Portaria INTERMINISTERIAL Nº 2.400, de 2 de outubro de

2007 que diz ser obrigatório para a certificação como Hospital de Ensino abrigar, em caráter

permanente e contínuo, programas de Residência Médica regularmente credenciados pela

Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

O credenciamento do HGPV como Hospital Amigo da Criança será algo natural e importante

devido às diversas ações realizadas na unidade no sentido de cumprir os requisitos para isto,

inclusive já encaminhamos profissional para capacitação e articulação dos procedimentos.

A implantação do Acolhimento com Classificação de Risco na Emergência Obstétrica se faz

necessário pelo elevado número de gestantes que procuram a Maternidade do HGPV para

realizar consultas ambulatoriais ou Ultrassonografias eletivas (em torno de 300 por mês) pelo

fato de terem dificuldade de acesso a médico e exames de imagem na rede.

Outras 300 mulheres dão entrada na Maternidade do HGPV em trabalho de parto, e grande

parte destas apresentam gestação de risco, os partos são acompanhados por médicos

obstetras e Enfermeiros também especialistas em obstetrícia, mas não dispomos de pediatra

na sala de parto para a reanimação neonatal nos casos necessários, dificultando ou até mesmo

impossibilitando uma atenção mais qualificada ao recém nascido. Diante do exposto se faz

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necessária a implantação imediata de equipe de médicos pediatras para acompanhar sala de

parto na Maternidade do HGPV, no sentido de reduzir óbitos e asfixias perinatais, bem como

captar os clientes para a UTI Neonatal que está em fase de estruturação/implantação. Saliento

que já identificamos os profissionais, certamente com a abertura do novo orçamento em 2011

a SESAB realizará as contratações necessárias.

A implantação da CIPA é algo importante para os trabalhadores do hospital além de

cumprirmos determinação legal, o Médico do Trabalho do Serviço de Saúde Ocupacional do

HGPV já está elaborando o PCMSO e logo estaremos providenciando o PPRA.

A Comissão de Verificação de Óbitos é uma necessidade da região de Jequié e através do HGPV

em parceria com o IML poderá trazer benefícios epidemiológicos e científicos para a

comunidade, estudantes e as instituições de saúde. Já foi discutido sobre o assunto com os

três médicos legistas da cidade e os mesmos estão dispostos a montar o Serviço, dependemos

de definir forma de remuneração dos profissionais e o local de funcionamento.

A Comissão de Verificação de Prontuários já funciona, mas não possui médico com dedicação

para este serviço, possui dois enfermeiros e conta com a ajuda do Diretor Clínico, será

necessário designar profissional médico com carga horária necessária ao desempenho das

atividades.