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Escola Básica e Secundária de Velas RELATÓRIO APOIOS EDUCATIVOS 2014/2015

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RELATÓRIO

APOIOS EDUCATIVOS

2014/2015

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Índice

Introdução ...................................................................................................................................... 2

1. Pedagogia diferenciada na sala de aula .................................................................................. 4

2. Apoio pedagógico ..................................................................................................................... 4

3. Apoio individualizado............................................................................................................ 135

4. Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE) ..................................................... 21

5. Estratégias pedagógicas e organizativas específicas ......................................................... 212

6. Atividades de acompanhamento e estudo ............................................................................. 22

7. Apoio ao estudo .................................................................................................................... 24

8. Aulas de Substituição ............................................................................................................. 25

9. Reposição de aulas ................................................................................................................ 26

10. Atividades de complemento curricular ……………………………………………………………26

11. Medidas de Promoção do Sucesso Escolar ......................................................................... 33

12. Tutoria .................................................................................................................................. 339

13. Apoio psicopedagógico .......................................................................................................... 41

14. Apoio da equipa multidisciplinar da unidade orgânica ........................................................... 42

15. Apoio do Gabinete de Pedagogia Social ............................................................................... 44

16. Modalidades de apoio educativo para o próximo ano letivo .............................................. 4445

17. Objetivos e estratégias para a implementação das diferentes modalidades de apoio

educativos ................................................................................................................................... 46

Conclusão .................................................................................................................................... 48

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2

Introdução

O presente relatório tem como objetivo proceder a uma apreciação global

de todos os apoios disponibilizados, nos diversos níveis de ensino, pela Escola

Básica e Secundária de Velas. Assim sendo, esta unidade orgânica elaborou o

projeto de apoio educativo a 21 de julho de 2014, aprovado pelo Conselho

Executivo a 25 de julho de 2014, revisto a 22 de setembro de 2014, apreciado

pelo Conselho Pedagógico a 24 de setembro de 2014 e novamente aprovado

pelo Conselho Executivo a 25 de setembro de 2014.

Este foi devidamente enquadrado no Projeto Educativo de Escola, o qual

define um conjunto de estratégias e atividades de apoio de caráter pedagógico

e didático, organizado de forma integrada, para complemento e adequação do

processo de ensino e aprendizagem.

Deste modo, o projeto de apoio educativo da Escola Básica e Secundária

de Velas visava contribuir para o aumento do sucesso educativo dos alunos

através da melhoria da aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento das

competências e capacidades, atitudes e valores consagrados nos currículos

em vigor, bem como partilhar com os pais e encarregados de educação a

responsabilidade pela educação e cumprimento da escolaridade obrigatória,

devendo pôr em prática medidas necessárias à promoção do sucesso

educativo de todos os alunos.

Para ir ao encontro dos interesses dos alunos, do seu sucesso e

contribuir para a igualdade de oportunidades, esta unidade orgânica age de

acordo com o estipulado no capítulo III do Decreto Legislativo Regional nº

13/2013/A, de 30 de agosto, e com o consagrado no capítulo VIII da Portaria nº

75/2014, de 18 de novembro, os quais determinam o dever de proporcionar

apoio educativo aos alunos que revelam maiores dificuldades ou carências de

aprendizagem em qualquer área ou estejam em risco de exclusão e abandono

escolar precoce.

Face ao exposto, a Escola Básica e Secundária de Velas estipulou as

seguintes Modalidades de Apoio Educativo:

Pedagogia diferenciada na sala de aula.

Apoio pedagógico.

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Apoio pedagógico individualizado.

Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE).

Estratégias pedagógicas e organizativas específicas.

Atividades de acompanhamento e estudo.

Apoio ao estudo.

Aulas de Substituição.

Reposição de aulas.

Atividades de complemento curricular.

Medidas de Promoção do Sucesso Escolar.

Tutoria.

Apoio psicopedagógico.

Apoio da equipa multidisciplinar da unidade orgânica.

Apoio do Gabinete de Pedagogia Social.

Todas estas modalidades foram realizadas em horário próprio, compatível

com o horário da turma e dos alunos envolvidos.

Ao longo deste relatório, pretende-se refletir, de forma global, sobre o

trabalho pedagógico desenvolvido nos apoios educativos, nos diversos

estabelecimentos de ensino da unidade orgânica, ao longo do ano letivo de

2014/2015.

Neste sentido, foi fundamental a organização de todos os intervenientes

do processo educativo tendo em conta as sugestões efetuadas no ano anterior,

assim como as dificuldades diagnosticadas ao longo do ano letivo em cada

turma.

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1. Pedagogia diferenciada na sala de aula

No que concerne à pedagogia diferenciada na sala de aula, esta foi

realizada de acordo com as necessidades dos alunos das turmas, no decorrer

das atividades letivas, e definidas pelo Conselho de Turma, de acordo com o

projeto curricular de escola (PCE) no ensino básico.

É de salientar que as maiores evidências deste tipo de apoio encontram-

se na turma que beneficiou de um projeto curricular adaptado (PCA), como foi

o caso de um grupo de alunos da turma C do 9º ano, bem como na turma A do

5º ano que beneficiou de um projeto curricular diferenciado (PCD). Refiram-se,

ainda, os alunos que beneficiaram de medidas do regime educativo especial:

dois alunos da turma B do 5º ano; cinco alunos da turma C do 5º ano; um aluno

da turma B do 6º ano; três alunos da turma C do 6º ano; três alunos da turma A

do 7º ano; e um aluno da turma B do 8º ano.

2. Apoio pedagógico

Relativamente aos pontos fortes e fracos desta modalidade de apoio

educativo constatou-se que:

Pontos fortes Pontos fracos

- Ensino mais direcionado a cada aluno,

tendo em conta as suas dificuldades;

- A cooperação entre professor titular e

professor de apoio;

- Relação professor/aluno.

- Elevada carga burocrática;

- Grupos constituídos por um número

elevado de alunos;

- Falta de docentes para dar resposta a

todos os alunos propostos;

- Desinteresse por parte de alguns

alunos.

O apoio pedagógico é uma medida proposta por decisão do conselho de

turma/núcleo, tendo em vista colmatar as dificuldades de um aluno ou de um

grupo de alunos, do mesmo nível ou similar, consistindo em aulas de apoio

suplementar a Língua Portuguesa / Português, Matemática e outras disciplinas.

Estas aulas tiveram a duração de um tempo semanal de 45 minutos.

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O apoio pedagógico também funcionou em contexto de sala de aula, num

trabalho cooperativo entre o docente titular da disciplina e o docente de apoio

educativo.

Este apoio teve como principal objetivo, ajudar os alunos a superarem as

suas dificuldades, adaptando as estratégias às dificuldades por eles sentidas.

Tendo em conta as dificuldades diagnosticadas pelos docentes de cada

disciplina e as apresentadas pelos alunos, foram desenvolvidas diversas

atividades consideradas adequadas.

2.1. Apoio pedagógico - 2º Ciclo

2.1.1. Apoio pedagógico fora do contexto da sala de aula

2.1.1.1 Matemática

Os docentes da disciplina de Matemática diagnosticaram dificuldades ao

nível do raciocínio lógico e abstrato, resolução de problemas, interpretações de

diferentes representações matemáticas, noções de cálculo, análise, síntese e

avaliação de situações, comunicação matemática, resolução e interpretação de

enunciados, operações com números racionais, prática compreensiva de

procedimentos diversificados e uso de instrumentos auxiliares (régua,

esquadro, compasso e transferidor), motivo pelo qual o apoio pedagógico a

esta disciplina foi ministrado por 5 docentes, tendo beneficiado um total de 46

alunos: 24 alunos do 5º ano e 22 alunos do 6º ano (tabela 1).

TURMAS Docente

responsável Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

5º A1 Patrícia Picas 6 4 4 100,0

5º B Ana Gil 10 7 1 14,3

5º C Isabel Leite 8 5 3 60,0

6º A Marta

Rodrigues 10 6 3 50,0

6º B Isabel Ramos 6 4 4 100,0

6º C Isabel Leite 7 5 5 100,0

Tabela 1 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Matemática do 2º ciclo.

1 Os alunos propostos deixaram de usufruir desta medida de apoio, visto ter sido autorizada a

implementação do Projeto Curricular Diferenciado nesta turma, por despacho da Direção Regional da Educação, datado de doze de dezembro de dois mil e catorze.

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Na turma A do 5º ano, dois alunos foram excluídos do apoio pedagógico

por falta de interesse e empenho nas tarefas propostas no primeiro período.

Na turma B do 5º ano, três alunos deixaram de beneficiar da medida de

apoio por terem ultrapassado as suas dificuldades.

Na turma C do 5º ano, um aluno foi excluído por falta de assiduidade e

outros dois deixaram de beneficiar do apoio uma vez que ultrapassaram a

maior parte das dificuldades diagnosticadas.

Na turma A do 6ºano, quatro alunos deixaram de beneficiar da medida de

apoio por terem ultrapassado as suas dificuldades.

Na turma B do 6ºano, dois alunos deixaram de beneficiar da medida de

apoio por terem ultrapassado as suas dificuldades.

Na turma C do 6ºano, um aluno foi excluído por falta de assiduidade e

outro por ter superado as suas dificuldades.

Nesta disciplina, para colmatar as dificuldades evidenciadas, foram

executadas atividades que incentivassem e reforçassem os métodos de

estudo/hábitos de trabalho, dando ênfase à resolução de exercícios de

consolidação de conteúdos lecionados, fichas de trabalho para aplicação de

conhecimentos e também foram efetuados jogos didáticos sobre a matéria

lecionada, com vista a aumentar a motivação dos alunos face a esta área

curricular. Procurou-se promover a atenção e concentração, a leitura e

interpretação de enunciados, a comunicação e o desenvolvimento do

raciocínio, criando mais oportunidades de aprendizagem e fomentando a

consolidação de conhecimentos. Procurou-se, ainda, abordar determinados

conteúdos programáticos de forma diferente às atividades letivas, recorrendo a

exemplos do quotidiano, criatividade e história da Matemática. Os docentes

procuraram promover a atenção/concentração, a leitura e interpretação de

enunciados, a comunicação e o desenvolvimento do raciocínio, criando mais

oportunidades de aprendizagem e fomentando a consolidação de

conhecimentos.

No gráfico 1 constata-se que o apoio pedagógico à disciplina de

Matemática do 2º ciclo surtiu efeito, à exceção da turma B do 5º ano de

escolaridade.

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Gráfico 1 – Sucesso do apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Matemática do 2º ciclo.

2.1.1.2. Português

O apoio pedagógico de Português foi ministrado por 2 docentes da

disciplina, tendo beneficiado um total de 20 alunos: 13 alunos do 5º ano e 7

alunos do 6º ano (tabela 2).

Na área curricular de Português, as principais dificuldades diagnosticadas

prenderam-se essencialmente com a compreensão / interpretação de

enunciados orais e escritos, o domínio de regras gramaticais, a expressão

escrita e a leitura.

TURMAS Docente

responsável Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

5º A2 Ana Paula Silva 3 1 1 100,0

5º B Ana Paula Silva 8 4 4 100,0

5º C Ana Paula Silva 2 1 1 100,0

6º A Alberto Bettencourt 4 4 4 100,0

6º B --------- --------- --------- --------- ---------

6º C Alberto Bettencourt 3 2 2 100,0

Tabela 2 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Português do 2º ciclo.

2 Os alunos propostos deixaram de usufruir desta medida de apoio, visto ter sido autorizada a

implementação do Projeto Curricular Diferenciado nesta turma, por despacho da Direção Regional da Educação, datado de doze de dezembro de dois mil e catorze.

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Na turma A do 5º ano, dois alunos foram excluídos do apoio pedagógico

por falta de assiduidade no primeiro período.

Na turma B do 5º ano, três alunos deixaram de beneficiar da medida de

apoio por terem ultrapassado as suas dificuldades e um aluno foi excluído do

apoio por falta de assiduidade.

Na turma C do 5º ano, um aluno foi excluído por nunca ter comparecido

às sessões de apoio.

Na turma C do 6ºano, um aluno não frequentou o apoio, uma vez que a

encarregada de educação não autorizou.

No sentido de superar as principais dificuldades diagnosticadas, no apoio

pedagógico de Português realizaram-se atividades de leitura, interpretação e

produção de textos; fichas de trabalho com exercícios gramaticais; exercícios

de produção escrita; aumento da frequência de interações verbais

estimulantes; incentivo aos hábitos de estudo e métodos de trabalho.

No gráfico 2 constata-se que o apoio pedagógico à disciplina de

Português do 2º ciclo surtiu efeito.

Gráfico 2 – Sucesso do apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Português do 2º ciclo.

2.1.1.3. Inglês

As principais dificuldades diagnosticadas à disciplina de Inglês

prenderam-se com a interpretação e produção de diferentes tipos de texto na

língua-alvo, a utilização dos elementos e regras do funcionamento da língua

para criação de um discurso coerente, a aquisição de vocabulário específico

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relacionado com o quotidiano, a redação de textos curtos e simples

relacionados com aspetos da vida quotidiana, a produção de enunciados orais

simples correspondendo a necessidades específicas de comunicação e a

identificação de sinais da cultura anglo-americana.

Assim sendo, o apoio pedagógico foi proposto para 22 alunos do 2º ciclo,

não tendo sido atribuído, no entanto, aos alunos do 5º ano. Portanto, das 22

propostas, apenas 15, que correspondem às propostas para alunos do 6º ano,

obtiveram resposta por parte da escola (tabela 3).

As sessões de apoio estiveram sob a responsabilidade de dois docentes

da disciplina.

TURMAS Docente

responsável Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

5º A ------------- ------------- ------------- ------------- -------------

5º B ------------- ------------- ------------- ------------- -------------

5º C ------------- ------------- ------------- ------------- -------------

6º A Anabela Sousa 7 7 5 71,4

6º B Maria Carvalho

CarvalhoAnabela

2 2 1 50,0

6º C Anabela Sousa 7 2 2 100,0

Tabela 3 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Inglês do 2º ciclo.

Na turma C do 6º ano, cinco alunos foram excluídos por falta de

assiduidade.

Para que os alunos superassem as dificuldades diagnosticadas,

realizaram-se exercícios de sistematização e aplicação de conteúdos

lecionados nas aulas, nomeadamente ao nível do vocabulário, de leitura e

compreensão de textos e exercícios de gramática. Deu-se prioridade às

dúvidas colocadas pelos alunos. Fizeram-se também algumas atividades

lúdicas no intuito de criar motivação para a disciplina. Verificou-se que, em

alguns casos, as dificuldades evidenciadas pelos alunos agravaram-se pela

falta de hábitos de estudo e métodos de trabalho, sendo esta a principal causa

do seu insucesso escolar.

No gráfico 3 constata-se que o apoio pedagógico à disciplina de Inglês

surtiu efeito nas turmas do 6º ano de escolaridade.

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Gráfico 3 – Sucesso do apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Inglês do 2º ciclo.

2.2. Apoio pedagógico - 3º Ciclo

2.2.1. Apoio pedagógico fora de sala de aula

Através da análise da tabela 4, verifica-se que, no 3º ciclo, houve um

número elevado de propostas de apoio pedagógico à área curricular de

Matemática que ficou sem resposta por parte da escola. Na área curricular de

Português não foi atribuído qualquer apoio pedagógico.

Apoio Pedagógico Ano Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que beneficiaram de apoio

pedagógico

Nº de alunos que não beneficiaram de apoio

pedagógico

Português

7º Ano 4 0 4

8º Ano 6 0 6

9º Ano 9 0 9

Subtotal 19 0 19

Matemática

7º Ano 10 9 1

8º Ano 6 0 6

9º Ano 14 6 8

Subtotal 30 15 15

Inglês

7º Ano ------------- ------------- -------------

8º Ano ------------- ------------- -------------

9º Ano 6 6 0

Subtotal 6 6 0

TOTAL 55 21 34

Tabela 4 – Número de alunos propostos versus número de alunos que beneficiaram de apoio pedagógico fora da sala de aula, no 3º ciclo do ensino básico.

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2.2.1.1. Matemática

Os docentes da disciplina de Matemática diagnosticaram dificuldades ao

nível do raciocínio lógico-abstrato, comunicação matemática, cálculo mental,

resolução e interpretação de enunciados, resolução de problemas, aplicação

de conhecimentos e uso de processos e técnicas elementares de cálculo

aritmético na resolução de questões colocadas em diferentes contextos,

contudo só a turma B do 7º ano usufruiu de apoio fora da sala de aula.

Apesar da turma A do 8º ano não ter beneficiado de apoio fora da sala de

aula, pois não foi atribuído docente de apoio, os alunos propostos frequentaram

a Oficina de Matemática. Na turma B do 8º ano, houve um apoio de noventa

minutos semanais, à turma, em contexto de sala de aula.

Nas turmas A, B e C do 9º ano foi lecionado apoio pedagógico acrescido

em contexto sala de aula, com o objetivo de suprimir as dificuldades dos alunos

na realização das diferentes atividades da aula.

TURMAS Docente

responsável Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

7º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

7º B Susana Melo 10 9 1 11,1

7º C -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

8º A Não atribuído 6 -------------- -------------- --------------

8º B -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

9º A Não atribuído 7 -------------- -------------- --------------

9º B Susana Melo 6 6 2 33,3

9º C Não atribuído 1 -------------- -------------- --------------

Tabela 5 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Matemática do 3º ciclo.

Na turma B do 7º ano, um aluno deixou de usufruir da medida de apoio

por ter ultrapassado as suas dificuldades.

Nesta disciplina, para colmatar as dificuldades evidenciadas, foram

executadas atividades que incentivassem e reforçassem os métodos de

estudo/hábitos de trabalho, dando ênfase à resolução de exercícios de

consolidação de conteúdos lecionados e de fichas de trabalho para aplicação e

relacionamento de conhecimentos. Procurou-se promover a atenção e

concentração, a leitura e interpretação de enunciados, a comunicação e o

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desenvolvimento do raciocínio, criando mais oportunidades de aprendizagem e

fomentando a consolidação de conhecimentos. Procurou-se, ainda, abordar

determinados conteúdos programáticos de forma diferente das atividades

letivas, recorrendo a exemplos do quotidiano, criatividade e história da

Matemática, de forma a motivar os alunos.

2.2.1.2. Português

As principais dificuldades dos alunos à disciplina de Português

verificaram-se na capacidade de produzir discursos orais corretos, usando

vocabulário e estruturas diversificadas e recorrendo a mecanismos de coesão

discursivas; registar, tratar e reter informação; interpretar textos de diferentes

tipologias e graus de complexidade; redigir textos com coerência e correção

linguística; escrever para expressar conhecimentos; conhecer classes de

palavras; analisar e estruturar unidades sintáticas e explicitar aspetos

fundamentais da sintaxe do Português.

TURMAS Docente

responsável

Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

7º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

7º B Não atribuído 4 -------------- -------------- --------------

7º C -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

8º A Não atribuído 1 -------------- -------------- --------------

8º B Não atribuído 5 -------------- -------------- --------------

9º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

9º B Não atribuído 6 -------------- -------------- --------------

9º C Não atribuído 3 -------------- -------------- --------------

Tabela 6 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Português do 3º ciclo.

Nesta disciplina não se verificou nenhum apoio pedagógico fora da sala

de aula.

2.2.1.3. Inglês

As principais dificuldades dos alunos à disciplina de Inglês relacionaram-

se com a interpretação de diferentes tipos de texto na língua-alvo, a utilização

de vocabulário específico, a utilização dos elementos e regras do

funcionamento da língua para a criação de um discurso coerente, a redação de

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textos simples, a produção de enunciados orais simples e identificação de

sinais da cultura anglo-americana.

O apoio pedagógico de Inglês foi proposto para 6 alunos da turma B do 9º

ano.

TURMAS Docente

responsável

Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

7º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

7º B -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

7º C -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

8º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

8º B -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

9º A -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

9º B Raquel Furtado 6 6 5 83,3

9º C -------------- -------------- -------------- -------------- --------------

Tabela 7 – Apoio pedagógico fora da sala de aula à disciplina de Inglês do 3º ciclo.

Nesta disciplina, para colmatar as dificuldades evidenciadas, foram

executadas as seguintes atividades: leitura e compreensão de textos diversos;

escrita de textos sobre variados temas; realização de exercícios de

consolidação de conteúdos gramaticais; realização de esquemas / resumos e

listas de vocabulário novo e fundamental de cada unidade temática e apoio na

realização dos trabalhos de casa.

2.2.2. Apoio pedagógico em contexto de sala de aula

No que diz respeito a este tipo de apoio, três turmas beneficiaram de

apoio pedagógico em contexto sala de aula, no terceiro ciclo, à área curricular

de Matemática.

Este apoio pedagógico implicou a organização/gestão de um trabalho

cooperativo entre os dois docentes, isto é, o docente do apoio educativo e o

docente da disciplina, de forma a disponibilizar um conjunto de estratégias e

atividades de caráter pedagógico e didático que, organizadas de forma

integrada, complementassem e adequassem o processo de ensino e

aprendizagem de cada um dos alunos.

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Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio Pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docente responsável de Apoio

7ºA Matemática 15 Susana Melo

8ºB Matemática 22 Marleen Rocha

9ºA Matemática 11 Vítor Bernardes

Tabela 8 – Apoio pedagógico em contexto de sala de aula.

Na turma A do 7º ano, o apoio em contexto de sala de aula permitiu que

os alunos, que, na sua maioria, eram pouco autónomos, tirassem as suas

dúvidas de forma mais individualizada e tivessem um acompanhamento mais

personalizado. Estas aulas foram de cariz mais prático que teórico, para que a

docente de apoio, em conjunto com o docente titular, incutisse nos alunos

métodos de trabalho, através da prática de exercícios que, simultaneamente,

lhes promovessem o desenvolvimento do cálculo mental e o auxílio na

resolução de problemas, quer numéricos, quer geométricos. Os docentes

fizeram um balanço final satisfatório da aplicação do apoio de que a turma

beneficiou.

Na turma B do 8.º ano, foi prestado um apoio de noventa minutos

semanais, à turma, em contexto de sala de aula. De uma forma geral, os

alunos apresentaram falta de atenção e concentração, dificuldades na

aquisição, compreensão e aplicação de conhecimentos, bem como, na

interpretação de enunciados escritos, no cálculo mental e no raciocínio lógico-

matemático o que inviabilizava a obtenção de níveis de aproveitamento

superiores. Todavia, ao longo do ano, verificou-se de uma forma geral, uma

alteração na postura adotada face à predisposição para a resolução das tarefas

propostas, tomando consciência que um comportamento adequado na sala de

aula promove o sucesso do processo de ensino aprendizagem. Verificou-se,

também, uma melhoria ao nível da iniciativa, no que diz respeito à

apresentação de dúvidas às docentes e à adoção de uma prática de hábitos e

métodos de estudo mais regulares e mais eficazes. Consequentemente,

verificou-se uma ligeira melhoria nos resultados obtidos pelos alunos, tendo

este apoio surtido os efeitos desejados.

Na turma A do 9º ano, os alunos beneficiaram de um apoio pedagógico

acrescido em contexto sala de aula, com o objetivo de suprimir as dificuldades

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15

dos alunos na realização das diferentes atividades da aula. Ao longo das

diferentes sessões procurou-se estimular o processo cognitivo dos alunos,

sobretudo nos que demonstraram mais dificuldades, através de uma maior

contextualização dos conceitos matemáticos e da sua aplicabilidade prática,

bem como desenvolver competências, capacidades e habilidades necessárias

à aprendizagem da Matemática. Por forma a criar/aumentar os hábitos de

estudo à disciplina de Matemática, consolidar os conhecimentos e diagnosticar

as dificuldades sentidas, realizaram-se fichas de trabalho que os alunos

entregaram ao longo da lecionação dos diferentes conteúdos. Fichas estas que

foram corrigidas pelo professor de apoio, tendo-lhes sida atribuída uma

cotação.

2.2.3. Par pedagógico em contexto de sala de aula

As aulas de Matemática das turmas C do 6º ano, B e C (ensino regular)

do 9º ano funcionaram em par pedagógico devido às grandes dificuldades que

os alunos evidenciaram.

Este implicou a organização/gestão de um trabalho cooperativo entre os

dois docentes, de forma a disponibilizar um conjunto de estratégias e

atividades de caráter pedagógico e didático que, organizadas de forma

integrada, complementassem e adequassem o processo de ensino e

aprendizagem de cada um dos alunos.

Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio Pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docentes

6ºC Matemática 16 Isabel Ramos / Ana Gil

9ºB Matemática 18 Susana Melo /Isabel leite

9ºC (ensino

regular) Matemática 11 Priscila Ferreira / Vítor Bernardes

Tabela 9 – Par pedagógico em contexto de sala de aula.

3. Apoio individualizado

O apoio individualizado é uma medida proposta por decisão do conselho

de turma / núcleo, tendo em vista minimizar as dificuldades de aprendizagem

comprometedoras do processo de ensino / aprendizagem e visa explicitar

conteúdos insuficientemente apreendidos na aula ou trabalhar competências

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deficitárias no desenvolvimento dos alunos. Destina-se, igualmente, a alunos

com Português como língua não materna.

Relativamente aos pontos fortes e fracos desta modalidade de apoio

educativo constatou-se o seguinte:

Pontos fortes Pontos fracos

- Ensino mais direcionado a cada aluno,

tendo em conta as suas dificuldades;

- A cooperação entre professor titular e

professor de apoio;

- Relação professor/aluno.

- Ausência do docente de apoio em

virtude de se encontrar a fazer

substituições nas turmas do 1º ciclo, o

que inviabiliza a continuidade do mesmo.

3.1. Apoio individualizado – 1º ciclo

No 1º ciclo do ensino básico existiram 3 docentes de apoio individualizado

e 3 educadoras com as mesmas funções.

As docentes prestaram apoio ao seguinte número de alunos conforme

indica a tabela 10:

Estabelecimento de ensino Docente responsável Nº de alunos

EB1/JI de Velas Clara Cabeceiras

4 Alunos - 1º Ano

4 Alunos - 2º Ano

5 Alunos- 3º Ano

EBS de Velas Clara Cabeceiras 9 Alunos – 4º Ano

EB1/JI de Velas

Olga Silveira 1 Aluno - 1º Ano

1 Aluno - 2º Ano

1 Aluno – 3º Ano

EB1/JI de Beira Olga Silveira 4 Alunos - 1º Ano

2 Alunos - 3º Ano

EB1 de Urzelina Vanda Oliveira 1 Aluno – 1ºAno

5 Alunos – 2º Ano

EB1/JI de Beira Rosa Sousa Grupo (Pré-escolar)

EB1/JI de Velas Fátima Simas Grupo (Pré-escolar)

EB1/JI de Santo Amaro Regina Aguiar Grupo (Pré-escolar)

Tabela 10 - Apoio individualizado no 1º ciclo.

Ao longo deste ano letivo as docentes de apoio prestaram apoio

pedagógico individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem e

insucesso escolar visando colmatar dificuldades específicas, utilizando

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estratégias e atividades adequadas às competências pretendidas para o 1º

ciclo do ensino básico.

Este apoio teve também como objetivo reforçar as estratégias utilizadas

na turma, estimular e reforçar o desenvolvimento das competências e aptidões

envolvidas na aprendizagem e reforçar a aprendizagem de conteúdos

lecionados no seio da turma.

O trabalho desenvolvido pelas docentes de apoio incidiu, essencialmente,

nas áreas de Português e Matemática. Na área de Estudo do Meio, o apoio

ocorreu particularmente na orientação e organização do estudo dos temas

tratados na sala de aula.

Relativamente à área de Português foram desenvolvidas atividades de

desenvolvimento da consciência fonológica, através de lengalengas e trava-

línguas, foi efetuada a exploração ideológica de imagens e histórias para o

desenvolvimento da oralidade e da produção escrita, realizou-se a leitura e

interpretação/compreensão de textos e efetuaram-se exercícios de

consolidação das regras gramaticais.

Na área de Matemática, foram consolidados os temas “Números e

Operações”, através da resolução de exercícios que permitiram a leitura e

escrita de números, contagens progressivas e regressivas, composições e

decomposições de números; “Geometria e Medida” com os tópicos, dinheiro,

comprimento, massa, capacidade e área e organização e tratamento de dados,

através da realização de exercícios práticos variados e de fichas de trabalho.

Nesta área foram, ainda, realizadas atividades que permitiram aos alunos um

maior desenvolvimento do raciocínio e cálculo, através da resolução de

situações problemáticas.

As atividades efetuadas nas diferentes turmas pelas docentes de apoio

obedeceram sempre às orientações dadas pelas docentes titulares, assim

como a matéria que se encontrava a ser lecionada na sala de aula.

Os recursos, as estratégias e metodologias utilizadas no âmbito do apoio

prestado aos alunos permitiram favorecer a sua autoestima, o reforço curricular

de conteúdos, treinar diferentes exercícios de aplicação, proporcionar leitura de

textos de vários géneros, experimentar múltiplas situações que desenvolveram

o gosto pela leitura e escrita, proporcionar situações de cooperação, orientação

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nos trabalhos de casa, treinar exercícios de aplicação de conhecimentos, fazer

jogos de cálculo mental, realizar jogos de raciocínio lógico e refletir sobre as

aprendizagens, bem como favorecer atitudes de civismo, responsabilidade e

interesse.

Houve sempre a preocupação de adequar as metodologias e estratégias,

de maneira a criar condições para que os alunos desenvolvessem a sua

capacidade de autonomia, adquirindo hábitos de trabalho e desenvolvessem as

suas competências. De uma maneira geral, os alunos alcançaram progressos

na sua aprendizagem sobretudo na leitura, na organização e sequenciação de

ideias, autonomia e organização dos trabalhos elaborados, obtendo, deste

modo progressos.

Perante os resultados obtidos nas diversas turmas pode concluir-se que

esta modalidade de apoio foi adequada, uma vez que a maioria dos alunos

obteve resultados satisfatórios.

De referir ainda que este apoio pedagógico prestado nem sempre teve a

frequência desejada, uma vez que os docentes de apoio envolvidos tiveram

que assegurar os impedimentos de outros docentes que constituem os

conselhos de turma das turmas do 1º ciclo. Este fator implicou que os

professores de apoio se encarregassem das turmas dos professores titulares,

comprometendo, deste modo, o ritmo de trabalho e a continuidade do mesmo.

3.2. Apoio Individualizado – 2º ciclo

No 2º ciclo, foi prestado apoio individualizado por 2 docentes, fora da sala

de aula, a 3 alunos (tabela 11).

Estabelecimento de ensino Docente responsável Nº de alunos

EBS de Velas Ângela Medeiros 1 (5º A)

EBS de Velas Anabela Sousa 2 (6º B)

Tabela 11 – Apoio individualizado no 2º ciclo.

Na turma A do 5º ano, um aluno beneficiou de apoio individualizado a

Português, fora da sala de aula, mas deixou de usufruir do mesmo, visto ter

sido autorizada a implementação do Projeto Curricular Diferenciado nesta

turma, por despacho da Direção Regional da Educação, datado de doze de

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dezembro de dois mil e catorze. Este apoio visou superar as dificuldades

diagnosticadas: ler em voz alta palavras e textos; compreender o sentido dos

textos; redigir corretamente; desenvolver uma caligrafia legível; aplicar regras

de ortografia e de acentuação; reconhecer classes de palavras e explicitar

aspetos fundamentais da morfologia. No sentido de superá-las, realizaram-se

atividades de leitura e interpretação de textos diversos, realização de

exercícios gramaticais, bem como de produção e revisão de textos escritos.

Na turma B do 6º ano, dois alunos beneficiaram de apoio pedagógico

individualizado de Português, fora da sala de aula. As atividades desenvolvidas

com um dos alunos foram a cópia e o ditado de pequenos textos para o

aperfeiçoamento da caligrafia, o respeito de margens e linhas, ritmo de escrita,

treino e aperfeiçoamento da escrita das letras do alfabeto manuscrito

(maiúsculas e minúsculas). No que diz respeito ao outro aluno, este

desenvolveu atividades práticas, como ditados de pequenos textos para o

aperfeiçoamento da caligrafia e o respeito de margens e linhas. Também foi

trabalhado com o aluno o treino da escrita/ortografia (inversão/troca de letras,

confusão entre grafemas e fonemas e grafia irregular), através de ditados e

exercícios de treino das letras do alfabeto manuscrito (maiúsculo e minúsculo).

3.3. Português Língua Não Materna – 2º ciclo

O apoio de PLNM foi ministrado a três alunos do 6º ano. As sessões de

apoio estiveram sob a responsabilidade de uma docente.

Embora ambos os alunos se tivessem enquadrado no nível de proficiência

B1 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR),

revelaram dificuldades significativas na articulação de expressões adequadas à

intenção da mensagem, na leitura e interpretação de textos, na ortografia e na

escrita (tabela 12).

TURMAS Docente responsável Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a três

Percentagem de sucesso

(%)

6º B Ângela Medeiros 2 2 2 100,0

6º C Ângela Medeiros 1 1 1 100,0

Tabela 12 – Apoio de PLNM no 2º ciclo.

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Foram desenvolvidas atividades ao nível da leitura e compreensão,

expressão escrita e oralidade, nomeadamente a exploração de textos de

diferentes tipologias, realização de exercícios de sistematização e aplicação de

conteúdos gramaticais, bem como de produção e revisão de textos escritos.

Deu-se atenção ao esclarecimento de dúvidas colocadas pelos alunos, não só

no âmbito da disciplina de Português, mas também relativas a outras áreas

curriculares, no que dizia respeito ao uso da língua portuguesa. Também se

procedeu à resolução e, posterior, correção de provas finais de ciclo de

Português Língua Não Materna de anos transatos, visto os alunos terem de

realizar a prova.

3.4. Apoio individualizado – 3º ciclo

Neste ano letivo, no 3º ciclo, não foi prestado apoio individualizado.

3.5. Português Língua Não Materna – 3º ciclo

Neste ano letivo, no 3º ciclo, não foi prestado apoio individualizado de

Português Língua Não Materna.

3.6. Apoio individualizado – Secundário

Neste ano letivo, no ensino secundário, a partir do segundo período, foi

prestado apoio individualizado à disciplina de Português, pela docente Rosa

Duarte, a um aluno da turma B do décimo segundo ano, visto este ser

considerado um jovem talento e apresentar dificuldades na compreensão oral e

escrita de textos; na compreensão de enunciados escritos; na interpretação de

textos, bem como na produção escrita de frases / textos (estrutura e articulação

de ideias) e domínio de regras gramaticais.

O aluno foi assíduo e pontual, demonstrou interesse e participou com

alguma dificuldade nas atividades propostas: resolveu questionários com

questões de exame; treinou exercícios gramaticais; esclareceu as suas dúvidas

e ainda trabalhou métodos e hábitos de estudo /organização (sublinhar as

ideias principais de um texto; resumir conteúdos lecionados relacionando a

informação do caderno diário com a informação do manual e ainda

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complementar o estudo com pesquisa na internet). Todas as atividades

desenvolvidas reforçaram os conteúdos lecionados na disciplina.

Pode-se concluir que o mesmo surtiu efeito, uma vez que o aluno

esforçou-se para superar as suas dificuldades e atingiu o nível positivo.

4. Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE)

No 1º e 2º ciclo do ensino básico, houve alunos que beneficiaram de

apoio do Núcleo de Educação Especial (NEE), prestado por 6 docentes, os

quais usufruíram das seguintes medidas: Apoio Pedagógico Personalizado

(APP); Currículo Específico Individual (CEI); Adequações Curriculares

Individuais (ACI); Adequações no Processo de Avaliação (APA) e Adequações

no Processo de Matrícula (APM).

Estabelecimento de ensino Docente responsável Nº de alunos

EB1/JI de Beira Maria Natal Machado

1 Aluno – CEI Int. 1 º Ano

2 Alunos – 1 º ano - APP

1 Aluno CEI - Int. 3º Ano

2 Alunos CEI – Int. 4º Ano

1 Aluno – 4 º Ano - APP/APA

EB1/JI de Urzelina Filomena Gomes

1 Aluno – 2º Ano – APP/ ACI

1 Aluno – 3º ano – APP/ APA/ ACI

1 Aluno – CEI Int. 3º Ano

1 Aluno – 4º Ano - APP

EB1/JI de Santo Amaro Filomena Gomes

2 Alunos – Int. 2º Ano – CEI

1 Aluno – 2º Ano – APP

1 Aluno -2º ano – APP/ ACI

EB1/JI de Velas Marcela Almada

1 Aluno - CEI - Int. 2º Ano

1 Aluno – 2º ano - APP/ APA

3 Alunos – 3º Ano – APP/ APA

EBS de Velas Maria Adelaide Silveira

3 Alunos do 4º Ano – APP e APA

1 Aluno CEI Int. 4º Ano

Tabela 13 – Alunos integrados no REE no 1º ciclo.

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Estabelecimento de ensino Docente responsável Nº de alunos

EBS de Velas Maria Adelaide Silveira

1 (5ºA) APP/APA

1 (5ºB) APP/APA

1 (5ºC) APP/APM

EBS de Velas Margarida Fernandes 1 Aluno - CEI - Int. 5º B

EBS de Velas Aida Vieira

3 (5ºC) APP/APA/APM

1 (6º B) APP/APA

3 (6º C) APP/APA/ACI

Tabela 14 – Alunos integrados no REE no 2º ciclo.

5. Estratégias pedagógicas e organizativas específicas

No presente ano letivo foram integrados num Projeto Curricular

Diferenciado, os alunos da turma A do 5º ano e num Projeto Curricular

Adaptado sete alunos da turma C do 9º ano de escolaridade.

6. Atividades de acompanhamento e estudo

No início do ano letivo foi atribuído um tempo semanal de 45 minutos

destinado às áreas curriculares de Físico-Química e de Ciências Naturais do 7º

ano de escolaridade. Durante o segundo período foi atribuído um tempo

semanal de 45 minutos destinado à área curricular de Português do 9º C

regular (tabela 15). Esta modalidade de apoio teve como objetivo orientar e

criar métodos de trabalho / estudo que promovessem a aprendizagem e a

melhoria dos resultados escolares nestas áreas.

Turmas Disciplina Docente responsável Nº de alunos

Nº de alunos que obtiveram nível

igual ou superior a três

Percentagem de sucesso (%)

7º A

Físico-Química Sandra Pedroso 15 8 53,3

Ciências

Naturais Zélia Melo

15 12 80,0

7º B

Físico-Química Sandra Pedroso 21 14 67,7

Ciências

Naturais Zélia Melo

21 17 81,0

7ºC

Físico-Química Sandra Pedroso 20 20 100,0

Ciências

Naturais Zélia Melo

20 18 90,0

9ºC (Regular) Português Cláudia Botelho 11 7 63,6

Tabela 15 – Atividades de acompanhamento e estudo no 3º ciclo.

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No que se refere às atividades de acompanhamento e estudo às

disciplinas de Físico-Química e de Ciências Naturais do 7º ano de escolaridade

pode-se fazer um balanço positivo da sua aplicação. Estas atividades

decorreram num tempo de 45 minutos semanais, para cada disciplina, e, no

âmbito das mesmas, foram utilizadas estratégias para a consolidação dos

conhecimentos lecionados através da realização de fichas de trabalho e

exercícios do manual, com o intuito de superar simultaneamente as

dificuldades na compreensão de conhecimentos e na aplicação a novas

situações, bem como, algumas dificuldades inerentes à interpretação e

compreensão de enunciados escritos. Sempre que possível, foram

desenvolvidas atividades de cariz mais prático. Os alunos beneficiaram de um

apoio individualizado, monitorizando os métodos de trabalho e de organização.

Nas atividades complementares de Português (gramática), foram

desenvolvidas diversas atividades, a saber: realização de fichas de trabalho de

gramática com o intuito de consolidar os conteúdos lecionados, resolução de

exercícios gramaticais retirados dos testes intermédios e provas finais,

resolução de provas finais de Português e esclarecimento de dúvidas.

Gráfico 4 – Sucesso das atividades de acompanhamento e estudo no 3º ciclo.

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Escola Básica e Secundária de Velas

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7. Apoio ao estudo

7.1. 1º ciclo

Esta modalidade de apoio foi destinada à realização de atividades

dirigidas para o sucesso educativo, nomeadamente de orientação, de

estratégias de estudo, de pesquisa e de realização de diferentes trabalhos

(casa/grupo). Funcionou como um espaço onde os alunos desenvolveram

atividades delineadas e definidas que ajudaram a ultrapassar determinadas

dificuldades. Os tempos destinados para o apoio ao estudo foram repartidos

pelas áreas de Matemática e Português, de acordo com as dificuldades de

cada grupo/turma. Nestes tempos destinados ao apoio (90 minutos semanais),

em todas as turmas do 1º ciclo, procurou-se consolidar conhecimentos,

sistematizar conteúdos e tirar dúvidas aos alunos.

De referir que este apoio se refletiu de uma forma muito positiva nos

resultados das áreas mencionadas, razão pela qual apenas são mencionados

pontos fortes.

Pontos fortes Pontos fracos

- Consolidação de conhecimentos nas

áreas de Português e Matemática;

- Cumprimento dos programas;

- Resultados mais positivos.

- Não evidentes.

7.2. 2º e 3º ciclo (sala de estudo)

Espaço de apoio educativo direcionado à realização de atividades

orientadas para o sucesso educativo, designadamente de orientação, de

estratégias de estudo, de pesquisa e de realização de diferentes trabalhos

(casa/grupo).

Este ano letivo o referido apoio funcionou com caráter pontual, havendo

alunos propostos como medida de apoio educativo, outros encaminhados como

medida disciplinar e ainda outros que frequentaram voluntariamente a sala de

estudo.

Relativamente aos alunos propostos pelo conselho de turma, realizaram

atividades delineadas e definidas que ajudassem a ultrapassar determinadas

dificuldades.

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Escola Básica e Secundária de Velas

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O grupo de docentes, independentemente da sua área de lecionação,

prestou apoio aos alunos nos vários trabalhos por eles realizados e no

esclarecimento de dúvidas nas várias áreas curriculares.

Os discentes que frequentaram a sala de apoio ao estudo tiveram à sua

disposição o acompanhamento de um ou mais docentes e o material existente

na mesma (fichas de trabalho das várias áreas curriculares, livros, dicionários,

computadores, uma impressora e material diverso).

8. Aulas de Substituição

Em relação a esta modalidade, no ensino pré-escolar e no 1º ciclo, no

impedimento das docentes titulares de turma as aulas foram assegurados

pelas educadoras de apoio Regina Aguiar, Rosa Sousa e Fátima Simas e pelas

docentes do primeiro ciclo Olga Silveira, Marcela Almada e Clara Cabeceiras.

Estas docentes realizaram atividades de substituição necessárias para

preencher a ausência dos docentes titulares, o que permitiu assim a

continuidade das atividades letivas dos alunos em questão, de modo a não

prejudicar todo um processo de ensino. Estas substituições foram baseadas

em planos de aula facultados pelos docentes impedidos ou, em imprevistos de

última hora, pela capacidade de “improvisação” das docentes de apoio.

Em relação ao 2º e 3º CEB estas aulas foram asseguradas nos termos

legais. Para esta função, foi destacado um número heterogéneo e alargado de

professores (21), de forma a dar uma resposta eficaz e abrangente, em termos

de áreas curriculares, para os vários níveis de ensino. Os critérios de

lecionação das aulas foram definidos do seguinte modo: em primeiro lugar, o

professor da mesma área curricular; em segundo lugar, um docente do

conselho de turma; em terceiro lugar, o professor que tivesse horário para o

efeito. Se o professor substituto se enquadrasse numa das duas primeiras

hipóteses, ou seja, se fosse da mesma área curricular ou da turma, seria dada

aula, sumariada e numerada.

Sempre que estas aulas eram lecionadas pelo professor da própria turma,

surtiam o efeito desejado uma vez que permitia o avanço na matéria.

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Deve-se realçar que, sempre que os professores titulares deixavam

atividades a serem desenvolvidas na aula, esta produzia mais efeito, uma vez

que os alunos participavam de forma mais interessada e empenhada.

Pontos fortes Pontos fracos

- Diferentes métodos de trabalho;

- Continuidade das atividades letivas dos

alunos, de modo a não prejudicar o

processo de ensino aprendizagem.

- Diferentes métodos de trabalho;

- Ausência de atividades, deixadas pelo

professor titular, a desenvolver na sala

de aula.

9. Reposição de aulas

Este estabelecimento de ensino facultou esta modalidade de apoio com a

obrigatoriedade de se cumprir um total de 90% de horas letivas efetivamente

ministradas. Através dos mecanismos previstos no artigo 37º da RGAPA,

puderam ser propostas aulas de reposição ao Conselho Executivo, em

requerimento próprio e devidamente fundamentado.

O Conselho Executivo desenvolveu todos os mecanismos para a

reposição de aulas não dadas de forma de proporcionar aos alunos a

lecionação de matérias não dadas por ausência de docente, conforme ilustrado

na seguinte tabela.

TURMAS Docente

responsável Disciplina

Nº de aulas repostas

Nº de aulas previstas

Percentagem de aulas repostas

(%)

7º A Pedro Meireles História 4 66 6,0

7º B Pedro Meireles História 6 66 9,0

7º C Pedro Meireles História 3 62 4,8

8º A Pedro Meireles História 4 101 3,9

8º B Pedro Meireles História 3 101 2,9

10º A Mário Lopes Filosofia 4 126 3,2

11º B Pedro Meireles História A 8 190 4,2

Tabela 16 – Reposição de aulas

10. Atividades de complemento curricular

Atividades não curriculares que têm por natureza uma vertente lúdica,

formativa, cultural e desportiva, com o objetivo de proporcionar aos alunos

oportunidades de aprendizagem e de participação na vida cívica e no caso do

1º CEB (EB1/JI das Velas) possibilitar, igualmente, o prolongamento do horário

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até às 17.00h. Estas atividades visam a promoção da educação em áreas que

se consideram relevantes para a formação integral do cidadão, devidamente

definidas no projeto curricular de escola (PCE) e permitem aos alunos aprender

/ fazendo com responsabilidade, mas com uma certa liberdade criativa,

possibilitando o aproveitamento das capacidades dos alunos, através de

realizações práticas e do desenvolvimento de projetos que não possam ser

realizados nas aulas curriculares.

Para estas atividades poderão ser propostos alunos pelos conselhos de

turma, desde que as mesmas contribuam para o desenvolvimento de

competências e superação de dificuldades identificadas, ao longo do ano letivo,

podendo integrar as estratégias a promover a nível dos conselhos de turma.

10.1. Pré-escolar

10.1.1. Brincar, Crescer e Descobrir

O projeto Brincar, Crescer e Descobrir desenvolvido ao longo do presente

ano letivo envolveu os Departamentos de Ciências Físicas e Naturais e

Matemática e Novas Tecnologias, em que se pretendia a promoção de

atividades destinadas à Educação Pré-escolar. Estas atividades tiveram como

objetivos, desenvolver o espírito crítico, sensibilizar para as ciências,

desenvolver o raciocínio lógico-matemático, assim como, a imaginação e a

criatividade.

Os alunos realizaram, ao longo do ano, todas as atividades propostas,

manifestando muito empenho, interesse e curiosidade. Exploraram diversos

temas e trabalharam conteúdos diversificados, que permitiram, aos alunos,

adquirir conhecimentos e realizar experiências práticas e estimulantes sobre os

temas em estudo, nas diferentes áreas e domínios de conteúdo. Foram criadas

situações e contextos significativos e promovidas práticas que promoveram a

experimentação, o raciocínio matemático e a comunicação das aquisições

fundamentais para o desenvolvimento integral da criança.

É de referir que as atividades realizadas foram sempre adequadas a

todos os níveis etários, proporcionando um grande envolvimento, expectativa e

interesse por parte de todos os alunos.

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10.2. 1º Ciclo

10.2.1. À Descoberta da Ciência

Relativamente ao projeto educativo “À Descoberta da Ciência” os alunos

participaram com muito interesse nas atividades, pelo que se fez um balanço

positivo do mesmo. As atividades tiveram um caráter motivador, lúdico,

despertando um forte interesse nos alunos e aumentando a capacidade de

aprendizagem, pois funcionaram como meio de envolver os alunos nos temas

em estudo. As atividades desenvolvidas contribuíram, assim, para ampliar e

construir habilidades de pesquisa, despertar nos alunos o interesse e o gosto

pela pesquisa e pela descoberta; promover a curiosidade e motivar a

interatividade dos alunos.

As atividades realizadas promoveram e proporcionaram não só o

desenvolvimento do raciocínio lógico, do espírito crítico e científico dos alunos

de forma lúdica, como também a capacidade de observação e verificação de

hipóteses através de experiências. É de referir que as atividades realizadas

foram sempre adequadas a todos os níveis etários, proporcionando um grande

envolvimento, expectativa e interesse por parte de todos os alunos.

10.2.2. Eu e a Minha Terra

Relativamente à atividade de complemento curricular Eu e a Minha Terra,

nas turmas do 1º e 2º anos (EB1/ JI Velas) os alunos que frequentaram esta

oficina foram assíduos e pontuais.

De um modo geral, estiveram atentos e participaram com interesse em

todas as atividades que lhes foram propostas. Ao longo do ano letivo,

realizaram-se pequenos trabalhos de pesquisa sobre a localidade e a região

onde vivem, no que se refere a costumes e tradições, flora e fauna, formas de

relevo e meios aquáticos, principais atividades do meio local e dos produtos e

espécies existentes. As atividades foram desenvolvidas através da observação

e exploração de imagens, fotografias, ilustrações; visionamento de filmes e

vídeos.

No início do ano estavam inscritos 23 alunos, 15 no 1º ano e 8 no 2º ano,

mas, uma vez que a frequência não era de caráter obrigatório, ao longo do ano,

alguns alunos deixaram de frequentar esta atividade.

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10.2.3. Estudo Orientado

Relativamente à atividade de complemento curricular, Estudo Orientado,

nas turmas do 1º e 2º anos (EB1/ JI Velas), os alunos que frequentaram esta

atividade foram assíduos e pontuais.

De um modo geral, participaram de forma interessada e empenhada na

realização de todas as atividades propostas. Realizaram atividades de

consolidação das aprendizagens, assim como, exploraram e desenvolveram a

abordagem de determinados conteúdos programáticos utilizando estratégias

diversificadas. Há a salientar a importância dada aos métodos de trabalho e de

estudo contribuindo assim para um melhor desempenho escolar dos alunos.

No início do ano estavam inscritos 25 alunos, 12 no 1º ano e 13 no 2º

ano, mas, uma vez que a frequência não era de caráter obrigatório, ao longo do

ano, alguns alunos deixaram de frequentar esta atividade.

10.2.4. Clube de Xadrez

O clube de xadrez do 1º ciclo foi um espaço onde os alunos do quarto ano

de escolaridade da EBS de Velas tiveram a oportunidade de continuar a

promover a prática desta modalidade. Este clube teve como objetivos:

incentivar os alunos a participar em jogos de xadrez; fomentar o

associativismo; dinamizar relações de convívio, de camaradagem e de respeito

mútuo; desenvolver a autoestima e a capacidade de superação, valorizando o

próprio progresso na aprendizagem e adquirindo um nível adequado de

autoconfiança. Os doze alunos inscritos dispuseram de uma sessão semanal,

com o acompanhamento da docente Marta Rodrigues.

Os alunos mostraram interesse pelo xadrez, desenvolveram a capacidade

de atenção e o poder de concentração, a criatividade e a imaginação, as suas

capacidades intelectuais e esforçaram-se para aceitar desportivamente o

resultado das partidas.

10.2.5. Plano Regional de Leitura

O trabalho efetuado pelo Plano Regional da Leitura do 1º ciclo (EB1/ JI

Velas) seguiu a planificação feita no início do ano letivo, em estreita

colaboração com a biblioteca e tendo em conta as indicações da comissão

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coordenadora do PRL. O trabalho pautou-se pelos principais objetivos do PRL

delineados, tais como “construir um ambiente escolar, familiar em que o livro e

a leitura ocupassem um lugar de destaque no imaginário regional; promover a

leitura de autores nacionais e, em especial, os regionais”. Os alunos

participaram ativamente nas atividades propostas, revelaram interesse,

curiosidade e empenho na realização de todas as tarefas, nas sessões. Foram

desenvolvidas as seguintes atividades: leitura de histórias; partilha de livros;

leitura expressiva; leitura de livros 3D; troca de livros; leitura a pares; reconto

de histórias; ilustrações; comemoração do dia da criança e participação na

Escola Dinâmica. Foram ainda lidos livros, alguns pertencentes ao Plano

Regional de Leitura e promovido o diálogo com os alunos sobre as obras lidas

acerca do significado e da mensagem transmitida por cada obra.

No primeiro ano estiveram inscritos 8 alunos que dispuseram de uma

sessão semanal com a docente Olga Silveira. No segundo e terceiro anos

estiveram inscritos 19 alunos (2º ano – 6; 3ºano – 13) que dispuseram de uma

sessão semanal com a docente Rosa Duarte. No quarto ano, dez alunos

usufruíram desta atividade de complemento curricular e dispuseram de uma

sessão semanal com a docente Ana Almeida. No total frequentaram o Plano

Regional de Leitura 37 alunos.

Tabela 17 – Número de alunos do 1º ciclo que frequentaram o Plano Regional de Leitura.

10.3. Oficina da Matemática

A Oficina da Matemática do 1º ciclo foi um espaço onde os alunos tiveram

a oportunidade de desenvolver o raciocínio lógico e estimular o pensamento

independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Tendo em

conta tais aspetos e atendendo também a que um número muito considerável

de alunos não apresentou muito interesse pela Matemática, tornou-se uma

mais-valia a utilização de jogos para complementar o estudo, a aquisição de

Plano Regional de Leitura 1º Ciclo

ano

ano

3º 4º

ano ano

Alunos a frequentar 8 6 13 10

TOTAL 37

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conteúdos e desenvolver o cálculo mental. Desta forma, as docentes

responsáveis concentraram-se em aumentar a motivação para a aprendizagem

da disciplina, desenvolver a autoconfiança, organização, concentração,

atenção, raciocínio lógico-dedutivo e sentido cooperativo, aumentando a

socialização e as interações pessoais. Através dos jogos, foi possível

proporcionar experiências, aceitar normas e hierarquias e fomentar o trabalho

em equipa e o respeito pelos outros. No primeiro, segundo e terceiro anos,

estiveram inscritos 22 alunos (1º ano – 7; 2ºano – 6; 3ºano - 9) que dispuseram

de uma sessão semanal, com acompanhamento da docente Isabel Leite. No

quarto ano, 14 alunos usufruíram desta Oficina com o acompanhamento da

docente Patrícia Picas, numa sessão semanal.

A Oficina da Matemática do 2º e 3º CEB foi um espaço onde os alunos

puderam esclarecer dúvidas, consolidar conhecimentos e onde se pretendeu

aumentar a motivação dos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem e

estimular/enriquecer aqueles que já tinham o gosto pela mesma. Os discentes

dispuseram de um bloco de 90 minutos, com acompanhamento de duas

docentes da disciplina, Ana Gil e Isabel Ramos, no 2º ciclo e de duas docentes,

Luísa Matos e Susana Melo, no 3º ciclo.

Frequentaram a Oficina da Matemática 77 alunos, dos quais 32

pertenciam ao 2º ciclo e 45 alunos ao 3º ciclo (tabela 18).

Oficina de Matemática 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

ano

ano

ano

ano

B

C

A

B

C

7

B

C

A

B

A

C

Alunos a frequentar 7 6 9 14 9 8 1 11 3 7 7 10 9 1 11

TOTAL 36 32 45

Tabela 18 – Número de alunos que frequentaram a Oficina da Matemática.

10.4. Atividades desportivas escolares

As atividades desportivas escolares foram desenvolvidas no 1º ciclo, 2º

ciclo e no 3º ciclo (tabela 19).

Atividades Desportivas

Escolares 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Alunos a frequentar 32 35 24

Tabela 19 – Número de alunos que frequentaram as ADE´s.

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No 1º ciclo as atividades desenvolvidas ao longo deste ano letivo

englobaram jogos pré-desportivos, modalidades desportivas coletivas (futebol,

Minibasquetebol, Mini Voleibol e Andebol) e individuais (ginástica) de acordo

com o projeto das Atividades Desportivas Escolares. Foram desenvolvidos os

domínios socioafetivo, psicomotor e cognitivo com vista a melhorar a prestação

desportiva dos alunos. De um modo geral, os alunos participaram com bastante

empenho e motivação nas atividades desportivas propostas, verificando-se

uma grande assiduidade por parte dos alunos inscritos.

No 2º ciclo, as atividades desenvolvidas ao longo deste ano letivo

englobaram atividades desportivas, tais como, Torneios de Basquetebol,

Voleibol, Futebol, Atletismo (salto em altura), e uma sessão foi destinada à

preparação para o mega salto e mega sprint), foi igualmente realizada a prova

de Corta Mato, Mega Sprinter e Mega Salto, fase de escola. Foram

desenvolvidos os domínios socioafetivo, psicomotor e cognitivo com vista a

melhorar a prestação desportiva dos alunos. De um modo geral, os alunos

participaram com bastante empenho e motivação nas atividades desportivas

propostas, verificando-se uma grande assiduidade por parte dos alunos

inscritos.

No 3º ciclo, as atividades desenvolvidas ao longo deste ano letivo

englobaram modalidades desportivas coletivas (andebol, voleibol, basquetebol

e futsal) e individuais (ginástica e atletismo) de acordo com o projeto das

Atividades Desportivas Escolares. Foram desenvolvidos os domínios

socioafetivo, psicomotor e cognitivo com vista a melhorar a prestação

desportiva dos alunos. Foram sempre bastante participativos e empenhados

nas atividades propostas.

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Gráfico 5 - Número de alunos que frequentaram as atividades desportivas escolares.

11. Medidas de Promoção do Sucesso Escolar

Este programa específico de recuperação foi implementado para os

alunos retidos do 6º e 9º anos de escolaridade e consistiu na implementação

de medidas que foram dinamizadas no horário da área curricular não disciplinar

de Cidadania. Este programa teve como objetivo o desenvolvimento de

competências sociais e pessoais promovidas pelo Serviço de Psicologia e

Orientação; a promoção de projetos específicos de leitura e escrita no 6º ano

de escolaridade e da oficina da escrita no 9º ano de escolaridade; jogos

matemáticos no 6º e 9º ano de escolaridade; e ações específicas de tutoria,

estas tinham como objetivo combater a desorganização do percurso escolar

dos alunos e promover a autonomia no estudo, facilitando a apropriação de

estratégias essenciais de construção das aprendizagens.

Competiu aos Conselhos de Turma a definição da forma de

funcionamento do estipulado anteriormente, podendo-se verificar que este

funcionou como um sistema rotativo mensal, uma vez que os horários foram

comuns a todos os docentes envolvidos.

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11.1. Medidas de Promoção do Sucesso Escolar - 6º ano

TURMAS Nº de alunos

propostos

Responsáveis

Competências Pessoais e Sociais

Oficina de Leitura e Escrita

Jogos Matemáticos Tutoria

6º A 1 Tânia Radich Natalie Borges/ Luís

Gonçalves Marta Rodrigues António Azevedo

6º B 1 Tânia Radich

Natalie Borges/ Luís

Gonçalves Marta Rodrigues António Azevedo

6º C 1 Tânia Radich Natalie Borges/ Luís

Gonçalves Marta Rodrigues António Azevedo

Tabela 20 – Número de alunos do 6º ano que frequentaram as Medidas de Promoção do Sucesso Escolar e docentes responsáveis.

11.1.1. Jogos Matemáticos

Na generalidade, ao longo do ano letivo, nas oito sessões dinamizadas,

os alunos foram assíduos e pontuais, participando com empenho e revelando

um bom comportamento nas atividades propostas.

Nas sessões realizadas a docente disponibilizou exercícios/ jogos que

exigiram atenção e concentração, assim como dominós de áreas, supertmatik e

jogo do 24, a fim de estimular o raciocínio, cálculo mental e estimular os alunos

a expor as suas dificuldades e problemas.

Os alunos mostraram-se interessados e cooperantes, no entanto

mostraram algumas dificuldades ao nível de atenção e concentração.

11.1.2. Oficina de Leitura e Escrita

Durante as seis sessões dinamizadas, os alunos foram assíduos e

pontuais, tendo participado com interesse e empenho nas atividades propostas:

leitura e interpretação de um texto narrativo, produção de um texto narrativo, de

opinião e livre com base na leitura de um texto anterior e realização de um

PowerPoint sobre um ídolo (obedecendo a instruções específicas) e posterior

apresentação do mesmo.

De um modo geral, os alunos revelaram algumas dificuldades nos

trabalhos propostos e, em alguns casos, aprenderam estratégias para poderem

melhorar os seus resultados.

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35

Dois dos alunos, no terceiro período, não frequentaram nenhuma das

sessões previstas em virtude de terem participado numa atividade com a turma

no âmbito da organização e tratamento de dados (Matemática).

11.1.3. Competências Pessoais e Sociais

Os alunos foram assíduos às seis sessões dinamizadas e, ao nível do seu

desempenho, realça-se a postura correta, embora, num dos casos, passiva e

pouco autónoma, a pertinência dos seus comentários bem como a boa relação

que mantiveram com os outros elementos, aderindo muito bem às tarefas de

grupo.

Um dos alunos manifestou muita facilidade de compreensão, no entanto

quando lhe foi sugerido a mudança de eventuais comportamentos relacionados

com os conteúdos que foram abordados nas sessões, este manifestou alguma

resistência à mudança. O outro revelou alguma dificuldade de expressão de

sentimentos, agravada por alguma falta de vocabulário, no entanto revelou

abertura à mudança de eventuais comportamentos relacionados com os

conteúdos que foram abordados nas sessões. Por fim, o terceiro manifestou

muita facilidade de compreensão e abertura à mudança de eventuais

comportamentos relacionados com os conteúdos que foram abordados nas

sessões. Este teve capacidade de introspeção e analisa com correção os seus

comportamentos. Ao longo do ano foi tomando consciência da necessidade da

sua implicação pessoal para alcançar o sucesso escolar, tendo alterado o seu

sistema de crenças de sucesso escolar.

11.1.4. Tutoria

Durante as dez sessões dinamizadas, o docente dialogou com os alunos

a fim de orientá-los nas formas de utilização dos manuais e de outros

instrumentos de estudo; elaboração de planos de estudo com referência a

diferentes técnicas de estudo; pesquisa, seleção e tratamento de dados para a

elaboração de trabalhos: individuais, pares e grupo; organização do caderno

diário; preparação de diferentes momentos de avaliação e promoção/ aquisição

de hábitos de trabalho e estudo regulares. Para além disso, essas sessões

tiveram como objetivo a melhoria dos resultados escolares dos mesmos.

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36

Os alunos foram assíduos e pontuais e mostraram-se empenhados,

participativos e colaborantes.

11.2. Medidas de Promoção do Sucesso Escolar - 9º ano

TURMAS Nº de alunos

propostos

Responsáveis

Competências Pessoais e Sociais

Oficina de Leitura e Escrita

Jogos Matemáticos

Tutoria PRL

9º A 2 Tânia Radich Cláudia Botelho Paulo Couto Salomé Nico Elisa Vicente

9º B 3 Tânia Radich Cláudia Botelho Paulo Couto Salomé Nico Elisa Vicente

9º C 7 Tânia Radich Ana Teresa

Gonçalves Priscila Ferreira

António Soares

/Pedro Meireles Elisa Vicente

Tabela 21 – Número de alunos do 9º ano que frequentaram as Medidas de Promoção do Sucesso Escolar e docentes responsáveis.

11.2.1. Jogos Matemáticos

Nas turmas A e B do nono ano, ao longo do ano letivo, foram dinamizadas

nove sessões, os alunos propostos, de uma forma geral, foram assíduos,

revelaram um bom comportamento e mostraram interesse nas tarefas,

interagindo entre si de forma positiva e contribuindo positivamente para que

desenvolvessem, de uma forma lúdica e didática, o cálculo e o raciocínio lógico

e abstrato.

Para isso, foram promovidos testes e jogos de inteligência, de cálculo

mental, resolução de exercícios envolvendo equações do segundo grau e

fichas de trabalho envolvendo conteúdos sobre “Geometria na circunferência”.

No terceiro período, sendo o nono ano um ano terminal de ciclo e atendendo a

que os alunos seriam sujeitos à Prova Final de Ciclo à disciplina de

Matemática, aplicou-se tarefas adaptadas de itens de exame de anos letivos

anteriores.

De uma forma geral, o docente fez um balanço anual positivo das

sessões de “jogos matemáticos”, uma vez que contribuíram para motivar os

alunos para a disciplina de Matemática, através de atividades lúdicas, e que

permitiu superar ou, pelo menos, atenuar algumas lacunas graves que se

revelaram ao longo do ano, principalmente ao nível de resolução de equações

do segundo grau, aplicação de fórmulas trigonométricas e resolução de

problemas.

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Na turma C do nono ano, a medida “jogos matemáticos” pretendeu o

aprofundamento de conhecimentos tal como a resolução de exercícios do

manual, resolução de fichas de trabalho, resolução de exercícios dos temas

tratados de testes intermédios e provas finais e o esclarecimento de dúvidas.

Ao longo do ano letivo, alguns alunos do grupo frequentaram as nove

sessões dinamizadas de forma contrariada e, como tal, recusaram-se a realizar

qualquer atividade proposta. Para estes alunos a medida “jogos matemáticos”

não surtiu qualquer efeito, pois estes apresentaram total apatia, mantendo ao

longo do ano classificação negativa.

Uma vez que apenas três alunas do grupo realizaram com interesse as

atividades propostas, logo no primeiro período, foi decidido que haveria reforço

da medida, “jogos matemáticos”, para estas alunas, com o objetivo de lhes

proporcionar maior capacidade de concentração e a possibilidade de

esclarecimento de dúvidas. Este desdobramento permitiu a estas alunas

confiar nas suas capacidades de trabalho, de organização e de

responsabilidade. Estas conseguiram colmatar algumas dificuldades e o

esforço e a autoestima, ao longo do ano, foram evoluindo de forma positiva.

11.2.2. Oficina de Escrita

Ao longo do ano letivo, a oficina de escrita teve como objetivo o

desenvolvimento do domínio da escrita, por isso foi um espaço que privilegiou

a planificação, textualização e revisão de textos de tipologias diversas

necessários para o prosseguimento de estudo e para a vida ativa.

Nas oito sessões dinamizadas, foram trabalhados, ao longo do ano letivo,

o texto argumentativo, a crónica, o texto narrativo, o texto de opinião, o texto

expositivo e questões de ortografia e caligrafia, dando-se privilégio àqueles que

aparecem frequentemente nas provas finais de ciclo de Português.

De um modo geral, nas turmas A e B, os alunos, por vezes, realizaram as

tarefas propostas sem qualquer empenho e interesse. Na turma C, à exceção

das alunas do grupo, os alunos nem sempre realizaram as tarefas propostas ou

fizeram-no sem revelarem qualquer empenho e interesse.

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38

11.2.3. Plano Regional de Leitura

Os alunos, inicialmente, manifestaram alguma relutância em relação à

frequência destas aulas, pois diziam não gostar de ler e por ter caráter de

obrigatoriedade. Posteriormente, a situação modificou-se e, na generalidade,

os alunos aderiram às atividades.

Os alunos foram, no geral, assíduos e pontuais e a maior parte participou

com empenho e interesse nas atividades propostas.

Este espaço permitiu a realização de algumas atividades que visaram

incrementar os hábitos de leitura, bem como aumentar a criatividade, o espírito

crítico dos alunos e tentar colmatar as dificuldades ao nível da expressão oral e

escrita, da capacidade de compreensão (oral e escrita) das ideias essenciais.

Das atividades realizadas, salienta-se a leitura individual e coletiva de obras

sugeridas pelo programa da área curricular de Português e a realização de

fichas de consolidação de conhecimentos. Normalmente, a primeira parte das

sessões foi destinada ao esclarecimento de dúvidas ou ajuda em tarefas

desenvolvidas na área curricular de Português e a segunda parte às restantes

atividades de leitura.

Na turma A do nono ano foram dinamizadas trinta e sete sessões, na B

quarenta sessões e na C trinta e duas sessões.

11.2.4. Competências Pessoais e Sociais

De um modo geral, ao longo do ano letivo, os alunos colaboraram

ativamente nas seis sessões dinamizadas e interagiram com correção entre

pares. As temáticas abordadas foram alvo de ponderação pessoal e discutidas

em grupo.

Realça-se que, apesar de reconhecerem práticas menos positivas nas

relações interpessoais, nem todos os alunos se mostraram recetivos à

alteração dos comportamentos e ponderaram sobre o que necessitavam para

alcançarem o mercado de trabalho nas áreas em que cada um se imaginava a

trabalhar.

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39

11.2.5. Tutoria

Nas turmas A e B do nono ano, ao longo do ano letivo, os alunos

beneficiaram de seis sessões. Inicialmente foi feita uma auscultação junto dos

discentes para que estas sessões fossem ao encontro das suas necessidades

e expetativas e, posteriormente, elaborado um plano próprio para os alunos em

questão. As sessões consistiram no esclarecimento de dúvidas, apoio na

realização de trabalhos de casa e preparação dos momentos de avaliação.

Na turma C do nono ano, ao longo das seis sessões dinamizadas, os

alunos cumpriram, com algumas dificuldades e falta de empenho, as tarefas

sugeridas. De um modo geral, demonstraram cumprimento das regras de sala

de aula, sendo contudo de sublinhar, a constante tendência para as conversas

paralelas e falta de concentração. No seu conjunto, os alunos foram assíduos,

mas apenas as alunas foram pontuais. Nas sessões dinamizadas realizaram

trabalhos de pesquisa na biblioteca para a execução de trabalhos diversos e

elaboraram um cartaz publicitário.

TURMAS Nº de alunos que

frequentaram

Nº de alunos que

frequentaram a medida e

transitaram

Percentagem

de sucesso

(%)

6º A 1 1 100,0

6º B 1 1 100,0

6º C 1 1 100,0

9º A 2 2 100,0

9º B 3 3 100,0

9º C 7 6 85,7

Tabela 22 – Número de alunos que frequentaram as Medidas de Promoção do Sucesso Escolar do 6º e 9º anos

12. Tutoria

O programa tutoria procurou ajudar os alunos em risco de desorganização

do percurso escolar, a manter o rumo e a construir o seu próprio projeto de

aprendizagem, nomeadamente no apoio a estratégias de estudo, orientação e

aconselhamento do aluno. Tratou-se de um recurso ao serviço do conselho de

turma, como dispositivo pedagógico especialmente orientado para estes

alunos, sendo dado a conhecer ao encarregado de educação e foi ministrado

dentro e fora da sala de aula.

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40

De acordo com a modalidade previamente aprovada pelos órgãos

próprios, a tutoria pretendeu prosseguir os seguintes objetivos:

- Prevenir os riscos de desorganização do percurso escolar, em oposição

a uma escola compartimentada nos saberes e afetos;

- Atender a diferentes tipos de necessidades dos alunos que vão surgindo

ao longo do processo de escolaridade;

- Contribuir para a valorização da imagem do aluno perante si mesmo, os

seus colegas, os seus professores e restante comunidade escolar;

- Favorecer a interação do aluno na turma e na escola;

- Promover a autonomia no estudo, facilitando a apropriação pelo aluno

de estratégias essenciais de construção das aprendizagens.

Assim, no decurso do presente ano letivo foram 23 os alunos que

beneficiaram do apoio tutorial: 3 alunos do 5º ano (2 da turma A e 1 da turma

B); 2 alunos do 7º ano da turma A e 1 aluno do 8º ano da turma B (tabela 23).

TURMAS Docente responsável Nº de alunos Nº de alunos que

transitaram Percentagem de

sucesso (%)

5º A Mário Lopes 2 2 100,0

5º B Fátima Oliveira 1 1 100,0

7º A Bruno Oliveira 2 2 100,0

8º B Fátima Oliveira 1 1 100,0

Tabela 23 – Alunos que frequentaram a tutoria.

Genericamente, os alunos foram propostos para acompanhamento

tutorial, pelos respetivos conselhos de turma, por diversas razões,

nomeadamente de indisciplina dentro da sala de aula, falta de interesse e

empenho e falta de atenção/concentração, e ainda, noutros casos, por

manifestarem dificuldades de aprendizagem.

Foram implementadas as medidas delineadas para os alunos, nos

respetivos Planos de Ação Tutorial (PAT), as quais surtiram efeitos positivos,

tanto no desempenho escolar como no comportamento dos referidos alunos.

É do parecer dos professores tutores, que o trabalho desenvolvido no

âmbito do apoio tutorial foi benéfico para os alunos, opinião partilhada pelos

próprios tutorados, que salientaram o benefício que adveio das sessões

frequentadas ao longo do ano letivo. A ação positiva do apoio tutorial (gráfico 6)

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Escola Básica e Secundária de Velas

41

pode assim estender-se por vários anos, com um acompanhamento mais

profundo dos alunos com necessidades e problemas vários, consolidando,

nalguns casos, os resultados obtidos em anos anteriores.

Gráfico 6 – Sucesso dos alunos que frequentaram a tutoria.

13. Apoio psicopedagógico

O apoio psicopedagógico foi prestado pela psicóloga, Dr.ª Tânia Radich,

no Serviço de Psicologia e Orientação desta unidade orgânica (SPO). O

trabalho realizado dividiu-se em:

Acompanhamento psicológico (foram acompanhados 36 alunos ao longo

do ano letivo cuja intervenção foi do domínio emocional e da gestão de

comportamentos).

Apoio/discussão de estratégias eficazes com 8 encarregados de

educação.

Dinamização de uma atividade relativa às profissões, dirigida aos alunos

do 9º ano, turma A (22 alunos).

Intervenção em crise (21 situações).

Intervenção na gestão de conflitos (5 intervenções).

Orientação vocacional a alunos das turmas A, B e PCA do 9º ano (27

alunos).

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Dinamização de sessões semanais, ao longo do ano letivo, de

Promoção de Competências Pessoais e Sociais para os alunos do 9º

ano (PCA).

Dinamização de sessões mensais, ao longo do ano letivo, de Promoção

de Competências Pessoais e Sociais para os alunos que se

encontravam pela segunda vez no 6º e 9º anos de escolaridade (21

alunos).

Deu-se parecer, fundamentado no percurso escolar e na exploração

vocacional, para encaminhamento de alunos para percursos paralelos

de escolaridade (11 alunos).

Orientação/ exploração de cursos e estabelecimentos de ensino superior

para futuro ingresso de alunos a frequentar o ensino secundário (15

alunos).

Rastreio dos alunos das EB1/JI de Velas, Santo Amaro e Beira que no

próximo ano ingressarão no 1º Ciclo (19 alunos).

Articulação com as educadoras, professores da turma e diretores de

turma, no âmbito da promoção do bem estar/sucesso dos alunos.

14. Apoio da equipa multidisciplinar da unidade orgânica

A equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo executa as políticas de

combate à exclusão social e de apoio socioeducativo aos alunos,

nomeadamente, a prevenção do abandono escolar, o acompanhamento de

alunos carenciados e dos seus agregados familiares e a verificação da

aplicação das medidas da ação social escolar.

Esta equipa é formada pelos seguintes elementos: um elemento do

Conselho Executivo, um elemento do Serviço de Psicologia e Orientação da

Escola, um elemento da Associação de Pais e Encarregados de Educação da

Escola, um elemento do Centro de Saúde, dois elementos da Assembleia de

Escola, um técnico da Ação Social Escolar, um representante do Instituto da

Ação Social, um elemento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em

Risco, um elemento do Instituto de Santa Catarina, um elemento da Santa

Casa da Misericórdia e um elemento da Casa de Repouso João Inácio de

Sousa (Isabel Marques, Tânia dos Santos Radich, Berta Vieira, Maria dos

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43

Santos, Alda Padrela Silveira, Janete Fonseca, António Faustino Borges,

Lorena Freitas, Márcia Azevedo, Paulo Prudêncio, Maria Helena Roque e

Paulo Silveira).

Até ao final do segundo período, a equipa multidisciplinar de apoio

socioeducativo reuniu três vezes e, para além destas reuniões ordinárias, todos

os elementos da equipa estiveram disponíveis no âmbito das suas

competências para executar as medidas de combate ao absentismo escolar, as

políticas de combate à exclusão social e de apoio socioeducativo aos alunos.

Efetuaram as seguintes ações:

Comunicação com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em

Risco de todos os casos de falta de assiduidade.

Elaboração do plano integrado de combate à exclusão social e

prevenção do abandono escolar, dando-se prioridade, ao absentismo e

abandono escolar, sem esquecer outras carências dos alunos desta

escola, nomeadamente carências alimentares, higiene e de material

escolar.

Coordenação da execução do plano integrado de combate à exclusão

social e prevenção do abandono escolar, através da receção de

comunicações dos diretores de turma/professores titulares sobre o

incumprimento da escolaridade obrigatória, bem como do apoio a todos

os alunos que se encontravam em risco de exclusão social.

Revisão dos escalões da ação social escolar promovendo uma correta

atribuição dos escalões.

Criação de mecanismos destinados a apoiar alunos e os seus

agregados familiares tendo como objetivo a diminuição da exclusão

social.

Promoção do sucesso escolar com acompanhamento de alunos em

absentismo escolar.

Acompanhamento das medidas de ação social escolar nomeadamente o

fornecimento do pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar a alunos

carenciados mesmo durante as interrupções letivas.

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A equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo trabalhou com o objetivo

de realizar todas as atividades previstas no plano anual de atividades, tendo

sempre presente a necessidade do trabalho em equipa entre toda a

comunidade escolar.

Nota: Ainda não foram disponibilizados dados relativos ao terceiro período.

15. Apoio do Gabinete de Pedagogia Social

No início do terceiro período letivo do corrente ano foram propostos pelos

diretores de turma e pela Assessora Técnica – Pedagógica onze alunos

matriculados nesta unidade orgânica para aconselhamento e acompanhamento

individual pela técnica de educação do Gabinete de Pedagogia Social, sendo

que dez eram do sexo masculino e uma do sexo feminino.

Dos onze alunos propostos, com idades compreendidas entre os doze e

os dezassete anos, só um encarregado de educação não assinou o pedido de

autorização para o acompanhamento do seu educando, havendo também um

pedido de desistência de um encarregado de educação de uma aluna após a

realização da primeira sessão.

Relativamente ao número de sessões, este dependeu em larga medida

da data em que iam chegando ao Gabinete de Pedagogia Social as propostas

para acompanhamento, bem como das problemáticas identificadas nos alunos.

No entanto, poder-se-á estimar que estavam previstas entre cinco a nove

sessões para cada aluno.

Neste sentido, foram identificadas como problemáticas: absentismo

escolar; desmotivação/desinteresse escolar; dificuldades na

realização/organização das tarefas escolares; insucesso escolar; baixa

autoestima; mau comportamento; problemas de higiene e autoexclusão. Tendo

em conta as problemáticas identificadas foram desenvolvidas/abordadas as

seguintes temáticas/ conteúdos: causas e consequências do insucesso e

absentismo escolar; importância da escolarização no desenvolvimento e

formação do ser humano; conceitos de respeito, responsabilidade e

assiduidade, bem como a sua relevância; conceito de autoexclusão e exclusão

social; importância da socialização e inclusão social; importância da gestão do

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tempo – elaboração de um horário de tarefas/estudo e dicas para um estudo

eficaz; regras básicas de higiene; bem como regras de conduta/

comportamento.

No que concerne às técnicas/estratégias utilizadas pela técnica de

educação para abordar as temáticas, estas centraram-se sobretudo no diálogo,

em discussão de dilemas, na apresentação de problemas e na resolução

destes pelos alunos, bem como na elaboração e assinatura de um contrato de

aprendizagem e comportamento.

É de salientar que dos dez alunos que efetivamente usufruíram dos

serviços prestados pelo gabinete supramencionado, somente cinco alunos

realizaram as sessões que estavam previstas para si. Os restantes cinco

somente compareceram à primeira sessão, e à exceção da aluna que

apresentou o pedido de desistência assinado pelo seu encarregado de

educação, os outros alunos não apresentaram qualquer tipo de justificação.

Face ao exposto, e tendo em conta a especificidade do caso de cada

aluno, poder-se-á dizer que, à exceção dos cinco alunos que somente

compareceram à primeira sessão, foi possível verificar nos restantes alunos

progressos consideráveis e positivos relativamente às problemáticas

identificadas.

16. Modalidades de apoio educativo para o próximo ano letivo

Pedagogia diferenciada na sala de aula.

Apoio pedagógico.

Apoio individualizado.

Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE).

Estratégias pedagógicas e organizativas específicas.

Atividades de acompanhamento e estudo.

Apoio ao estudo.

Aulas de Substituição.

Reposição de aulas.

Atividades de complemento curricular.

Medidas de Promoção do Sucesso Escolar.

Tutoria.

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Apoio psicopedagógico.

Apoio da equipa multidisciplinar da unidade orgânica.

Apoio do Gabinete de Pedagogia Social.

Oficina de Matemática.

Oficina de Leitura.

Projeto Fénix.

Professor DA.

Projeto Tutal.

17. Objetivos e estratégias para a implementação das diferentes

modalidades de apoio educativos

Possibilitar que todos os alunos se tornem leitores e escritores

competentes.

Envolver os pais e outros elementos da comunidade nas atividades

de leitura.

Recorrer à Biblioteca Escolar em tempos letivos para o

desenvolvimento de atividades de leitura.

Promover a partilha de leituras e a participação em atividades

relacionadas com a leitura.

Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver problemas

diversos para compreensão dos conceitos.

Identificar os conhecimentos matemáticos estimulando o interesse, a

curiosidade, a investigação e a capacidade de resolver problemas do

quotidiano.

Desenvolver formas de raciocínio, fazer analogias e estimativas

utilizando conceitos de procedimentos matemáticos.

Desenvolver no aluno hábitos e métodos de estudo.

Sugerir métodos de organização.

Utilizar os reforços positivos e estimular a autoestima e a autonomia.

Promover a predisposição para aprender.

Estabelecer regras claras e precisas.

Aplicar metodologias ativas e diversificadas nas sessões de apoio.

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Estimular a persistência no trabalho.

Ajudar os alunos a desenvolverem um projeto de vida.

Estimular as atividades além das escolares.

Reduzir o insucesso escolar.

Incutir nos alunos a valorização do saber/ser e estar, assim como o

saber/fazer.

Não existem estratégias padrão. Cada caso é um caso. O professor deve

ser o catalisador do autoaperfeiçoamento do aluno, pois compete-lhe conduzir

o aluno para que ele se sinta responsável e cooperante. As diferentes

modalidades de apoio devem ser estruturadas de forma a ter diferentes

estratégias para beneficiar os diferentes alunos.

Estratégias a considerar

Conhecer o aluno, analisar o aluno física e emocionalmente, o seu

percurso escolar, o seu meio familiar, a sua relação com os outros

(alunos, professores, funcionários, comunidade...).

Estimular e reforçar as competências e aptidões envolvidas na

aprendizagem.

Reforçar positivamente as boas atitudes e o sucesso.

Responsabilizar os alunos.

Diferenciar o apoio, indo ao encontro das necessidades dos alunos.

Diversificar materiais didáticos.

Reduzir o número de alunos por grupo de apoio.

Afetar um maior número de professores às modalidades de apoio.

Limitar o número de alunos com NEE por turma.

Envolver os encarregados de educação no processo ensino-

aprendizagem.

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Conclusão

O presente relatório engloba as diferentes modalidades de apoio

disponibilizadas aos alunos de forma a que estes realizassem as

aprendizagens, desenvolvessem as competências / metas curriculares e se

auto responsabilizassem pelo seu processo de aprendizagem. Este documento

não se limitou a avaliar, mas também a sistematizar o trabalho desenvolvido

nesta Unidade Orgânica ao longo do ano letivo.

Os pontos fortes e fracos descritos ao longo deste relatório deverão ser

entendidos como linhas orientadoras para a implementação das diferentes

modalidades de apoio, reforçando os pontos fortes e definir estratégias

mitigadoras dos pontos fracos.

Espera-se que a análise/balanço feito do trabalho desenvolvido e dos

resultados obtidos durante este ano letivo venha a ser uma mais-valia para a

elaboração do projeto de apoio educativo do próximo ano letivo.

Velas, 14 de julho de 2015

A equipa dos apoios educativos

Aprovado em reunião do Conselho Pedagógico no dia 23 de julho 2015

Pelo Conselho Pedagógico,

(O Presidente)

(João Manuel Amaral da Silva)