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Santos Populares Santos Populares pág. 16 pág. 16 DESTAQUES EDIÇÃO ESPECIAL Abril Setembro 2013 RENASCER boletim informativo Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 42 Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org Torneio de Boccia Senior Torneio de Boccia Senior pág. 6 pág. 6 NOITE DE FADOS NO SALÃO SOCIAL À Conversa com… Domingos Casa Branca À Conversa com… Domingos Casa Branca pág. 10 pág. 10 No dia 1 de Junho o Salão Social da Santa Casa encheuse para uma Noite de Fados cujos protagonistas foram artistas da região. Sandra Tomás, Rute Belga, Joana Luz, Armando Casal, Eduardo Serrão, Chico Malafaia e Albano Miguel foram os fadistas convidados que tiveram a companhia de Carlos Silva na viola e João Núncio na guitarra. Cerca de 150 pessoas assistiram ao espectáculo, entre eles um grupo de idosos da Misericórdia, assim como colaboradores, voluntários, amigos e membros dos órgãos sociais da Santa Casa. Ao longo da noite foi servido o tradicional caldo verde e a linguiça assada. No final do espectáculo o provedor Luís Venturinha enalteceu a boa vontade do fadista Armando Casal, assim como do restante elenco, na ajuda à Misericórdia. O provedor destacou também a calorosa e atenta participação do público e manifestou um reconhecido agradecimento aos participantes e organizadores da Noite de Fados. No futuro fica a certeza de que todos acolherão da melhor forma outras iniciativas deste género.

RENASCER 42

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Boletim Informativo Nº42. Edição Especial de Abril a Setembro de 2013.

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Page 1: RENASCER 42

Santos PopularesSantos Populares pág. 16pág. 16

DESTAQUES

EDIÇÃO ESPECIAL 

Abril 

Setembro 

2013 RENASCERb o l e t i m i n f o r m a t i v o

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 42 

Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org 

Torneio de Boccia SeniorTorneio de Boccia Senior pág. 6pág. 6

NOITE DE FADOS NO SALÃO SOCIAL

À Conversa com… Domingos Casa BrancaÀ Conversa com… Domingos Casa Branca pág. 10pág. 10

No  dia  1  de  Junho  o  Salão  Social  da 

Santa Casa  encheu‐se para uma Noite 

de  Fados  cujos  protagonistas  foram 

artistas da  região. Sandra Tomás, Rute 

Belga,  Joana  Luz,  Armando  Casal, 

Eduardo Serrão, Chico Malafaia e Alba‐

no Miguel foram os fadistas convidados 

que tiveram a companhia de Carlos Sil‐

va na  viola  e  João Núncio na  guitarra. 

Cerca  de  150  pessoas  assistiram  ao 

espectáculo,  entre  eles  um  grupo  de 

idosos  da  Misericórdia,  assim  como 

colaboradores,  voluntários,  amigos  e 

membros  dos  órgãos  sociais  da  Santa 

Casa.  Ao  longo  da  noite  foi  servido  o 

tradicional  caldo  verde  e  a  linguiça 

assada. 

No final do espectáculo o provedor Luís 

Venturinha enalteceu a boa vontade do 

fadista Armando Casal, assim como do 

restante  elenco,  na  ajuda  à Misericór‐

dia.  O  provedor  destacou  também  a 

calorosa e atenta participação do públi‐

co e manifestou um  reconhecido agra‐

decimento  aos  participantes  e  organi‐

zadores  da Noite  de  Fados. No  futuro 

fica  a  certeza  de que  todos  acolherão 

da melhor forma outras  iniciativas des‐

te género. 

Page 2: RENASCER 42

Como alguém disse “ O cami‐

nho  faz‐se  caminhando”  só 

que nem  sempre  o  caminho 

é  tão direto e  fácil conforme 

é desejável. É assim na vida e 

nos  projectos  em  que  nos 

envolvemos. Pela sua dimen‐

são  e  representatividade 

para a Misericórdia, sentimo‐

nos na obrigação de comuni‐

car  à  nossa  irmandade  e 

população em geral o contra‐

tempo  com  o  decorrer  da 

obra  da  construção do  novo 

Lar Prats Sénior.   

Por  ter  havido  várias  condi‐

cionantes  por  parte  do 

empreiteiro,  que  penaliza‐

vam  o  bom  andamento  da 

obra  e  de  alguma  forma  a 

Misericórdia,  decidiu‐se,  de 

acordo  com  a  conjuntura, 

avançar  para  uma  rescisão 

amigável  do  contrato,  sendo 

justo  destacar  a  disponibili‐

dade do mesmo para o efei‐

to. Neste interregno, decidiu‐

se  aproveitar  a  oportunida‐

de, ao abrigo do Decreto‐Lei 

67/2012  que  permitia  o 

aumento  de  capacidade  de 

camas, fazer a transformação 

do  projecto  de  60  para  80 

camas. 

Lamentamos todas estas con‐

trariedades,  mas  perante  os 

infortúnios  somos  obrigados 

a arranjar soluções, e esta foi 

a  única  forma  de  se  tratar 

deste  procedimento  com  o 

mínimo  de  riscos  e  custos 

para todas as partes.  

Entretanto, estamos a desen‐

volver  acções  preparatórias 

para  lançamento  do  novo 

concurso  de  reprogramação 

para  a  conclusão  da  obra, 

com  preocupação  e  empe‐

nho,  para  que  esta  volte  a 

arrancar breve, assim que as 

condições  técnicas  e  regula‐

mentares o permitam. 

Neste  sentido,  gostaria  de 

convidar  a  população  de 

Sines  a  juntar‐se  a  nós  na 

valorização  da  nossa  obra 

social  desenvolvida  em  prol 

da assistência aos mais desfa‐

vorecidos.  

Aproveito  também a oportu‐

nidade para apelar às entida‐

des,  empresas  e  pessoas  de 

boa  vontade,  para  que  den‐

tro  das  suas  possibilidades 

encarem  a  Misericórdia 

como  uma  instituição  que, 

nos tempos que correm, pre‐

cisa  de  todos  para  melhor 

também  servir  todos,  não 

dando  ouvidos  a  muitas 

vozes mal informadas sobre a 

Misericórdia  ser  apoiada 

pelos  lucros  dos  jogos  da 

Santa  Casa  da  Misericórdia 

de Lisboa. 

Acredito  que  a  Misericórdia 

de Lisboa apoie algumas  ins‐

tituições,  embora  ela  tam‐

bém  tenha  as  suas  próprias 

necessidades, e daí absorver 

boa parte das verbas despen‐

didas, não podendo por  isso 

chegar a  todos os necessita‐

dos, como até agora tem sido 

o nosso caso. Quero com isto 

dizer que a nossa sustentabi‐

lidade se baseia somente nas 

receitas  familiares  e  institu‐

cionais, o que pela sua insufi‐

ciência  obriga  a  grandes 

esforços  na  contenção  de 

despesas, em paralelo com o 

esforço de  se  criar  e prestar 

as melhores condições possí‐

veis aos nossos utentes.  

Também  sabemos  que  as 

dificuldades  gerais  impostas 

pelas actuais políticas de aus‐

teridade  geram  muitas 

necessidades  e  insegurança 

na população em geral, e por 

arrasto alguma revolta e faci‐

lidade  às  críticas  negativas. 

No  que  nos  toca,  sabemos 

que  também  não  podemos 

fugir  à  regra,  pois  estamos 

muito  expostos  e  limitados 

na  forma  como  combater  e 

demonstrar eficazmente mui‐

tas  inverdades  que  possam 

ser ditas, ou seja, bem gosta‐

ríamos  de  poder  ajudar  a 

transformar atitudes de uma 

maneira  mais  construtiva 

salutar e humana. 

É nosso lema tentar bem ser‐

vir,  de  preferência  com  a 

qualidade  e  o  humanismo 

possíveis,  investindo  dentro 

das  nossas  condicionadas 

possibilidades,  em  melhoria 

de  equipamentos,  melhoria 

na prestação de serviços com 

base  na  formação  profissio‐

nal,  através  de workshops  e 

nos  conhecimentos  adquiri‐

dos  pelos  funcionários  ao 

longo dos anos.  

A  nossa  e  sua missão  é  aju‐

darmos  a  melhor  servir  os 

outros, para que no amanhã 

quando  nós,  hoje  no  activo, 

precisarmos, também termos 

quem melhor  cuide  de  nós. 

Por isso, aceitamos com espí‐

rito aberto todos os apoios e 

críticas, de preferência  cons‐

trutivas,  porque  nos  ajudam 

a sermos melhores, hoje e no 

futuro.  

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES  

Periodicidade  Trimestral  

Número  42  

Edição EDIÇÃO ESPECIAL ‐ Abril | Setembro 2013 

Director Luís Maria Venturinha de Vilhena  

Redacção  Rita Camacho  

Revisão de Texto  José Mouro, Rita Camacho  

Fotografia Ricardo Batista, Rita Camacho 

Grafismo | Montagem | Paginação  Ricardo Batista, Rita Camacho  

Tiragem  300 exemplares  

Depósito legal  325965/11  

Distribuição  Gratuita 

Ficha Técnica

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO

ED

ITO

RIA

L

Luís Maria Venturinha de Vilhena Provedor da Misericórdia de Sines

Page 3: RENASCER 42

“Nascido  nos  contextos  populares  da 

Lisboa oitocentista, o Fado encontrava‐

se presente nos momentos de convívio 

e  lazer.  Manifestando‐se  de  forma 

espontânea,  a  sua  execução  decorria 

dentro  ou  fora  de  portas,  nas  hortas, 

nas esperas de  touros, nos  retiros, nas 

ruas  e  vielas,  nas  tabernas,  cafés  de 

camareiras e casas de meia‐porta. Evo‐

cando  temas  de  emergência  urbana, 

cantando  a  narrativa  do  quotidiano,  o 

fado  encontra‐se,  numa  primeira  fase, 

vincadamente  associado  a  contextos 

sociais  pautados  pela marginalidade  e 

transgressão, em ambientes  frequenta‐

dos  por  prostitutas,  faias,  marujos, 

boleeiros e marialvas. 

E  se as primeiras  letras de Fado eram, 

na  sua  maioria,  anónimas,  sucessiva‐

mente  transmitidas  pela  tradição  oral, 

esta  situação  inverter‐se‐ia  definitiva‐

mente a partir de meados da década de 

20, época em que surge uma plêiade de 

poetas populares como Henrique Rego, 

João da Mata, Gabriel de Oliveira, Fre‐

derico  de  Brito,  Carlos  Conde  e  João 

Linhares  Barbosa,  que  consagrará  ao 

fado particular atenção. (…) A partir dos 

anos 50 do século XX o fado cruzar‐se‐á 

definitivamente  com  a  poesia  erudita 

na voz de Amália Rodrigues. A partir do 

contributo decisivo do compositor Alain 

Oulman, o fado passará a cantar os tex‐

tos de poetas com formação académica 

e  obra  literária  publicada  como  David 

Mourão‐Ferreira,  Pedro  Homem  de 

Mello,  José  Régio,  Luiz  de Macedo  e, 

mais  tarde,  Alexandre  O’Neill,  Sidónio 

Muralha,  Leonel  Neves  ou  Vasco  de 

Lima Couto, entre muitos outros. 

(…) Já nos anos 90 o fado consagrar‐se‐

ia,  definitivamente  nos  circuitos  da 

World  Music  (Música  do  Mundo)”. 

internacional com Mísia e Cristina Bran‐

co, respectivamente no circuito  francês 

e na Holanda. Também nos anos 90, um 

outro nome que se destaca no panora‐

ma  do  Fado  é  Camané,  com  grande 

consagração. Desde a década de 90 e já 

no  dealbar  do  século  surge  uma nova 

geração de talentosos intérpretes como 

Mafalda  Arnauth,  Katia  Guerreiro, 

Maria Ana Bobone, Joana Amendoeira, 

Ana  Moura,  Ana  Sofia  Varela,  Pedro 

Moutinho,  Helder  Moutinho,  Gonçalo 

Salgueiro,  António  Zambujo,  Miguel 

Capucho,  Rodrigo  Costa  Félix,  Patrícia 

Rodrigues, ou Raquel Tavares. No circui‐

to  internacional porém, Mariza assume 

protagonismo  absoluto,  desenhando 

um  percurso  fulgurante,  ao  longo  do 

qual  tem  legitimamente colhido  suces‐

sivos  prémios  na  categoria  de  World 

Music (Música do Mundo)”.  

 

O  fado  foi  considerado  em 2011  Patri‐

mónio  Imaterial  da  Humanidade  pela 

UNESCO. 

 

Excertos do texto: 

Pereira, Sara (2008), “Circuito Museoló‐

gico”, in Museu do Fado 1998‐2008, Lis‐

boa: EGEAC/Museu do Fado.  

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

FADO, PATRIMÓNIO MUNDIAL

A actuação da fadista Rute Belga 

O Salão Social encheu‐se para uma noite diferente 

Page 4: RENASCER 42

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

09:00 - Recepção aos participantes 09:30 - Cerimónia de Abertura

Luís Venturinha - Provedor da SCMS, Ana Clara Birrento - Directora do CDSS de Setúbal, Cecília Gil - Directora do Centro de Saúde de Sines, representante da Câmara Municipal de Sines (a designar)

10:00 - “Ambientes Terapêuticos para pessoas com deterioração cognitiva” Arq.ª Angelina Santos (Segurança Social)

10:30 - Intervalo para café 10:45 - “Lidar com a doença de Alzheimer - Ocupação”

Representantes da Associação Alzheimer Portugal

11:45 - “Funcionamento dos gabinetes de apoio a familiares de pessoas com doença de Alzheimer” Representantes da Associação Alzheimer Portugal

12:45 - Debate 13:00 - Almoço Livre 14:30 - “Animação nos Idosos”

Dr. Luís Jacob (Socialgest, Rutis)

15:30 - “Snoezelen e o Alzheimer - Estimulação Sensorial” Dra. Amélia Martins (Lar Santa Beatriz da Silva)

16:30 - Debate 17:00 - Encerramento

Organização:

Membro do NLI - Núcleo Local de Inserção

Page 5: RENASCER 42

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

MISERICÓRDIA ACOLHE “ESTUDANTES CICLISTAS” Em  Junho,  a  Santa  Casa  acolheu 

um  grupo  de  11  estudantes  e  4 

professores  da  Escola  Básica  Inte‐

grada  de  Apelação,  em  Loures. 

Com  idades  compreendidas  entre 

os 15 e os 18 anos de  idade, estes 

alunos  fazem parte de uma  turma 

especial  criada  ao  abrigo  do  Pro‐

grama  Integrado  de  Educação  e 

Formação  (PIEF),  com  o  objectivo 

de reduzir o abandono e o insuces‐

so escolar.  

Como forma de assinalar o final do 

ano  lectivo, os professores organi‐

zaram  uma  actividade  extra‐

curricular  original,  denominada 

PIEF  Bike  Tour  2013,  que  levou 

este  grupo  a  viajar  de  bicicleta 

entre  Tróia  e  Lagos.  A  primeira 

paragem  aconteceu  em  Sines,  no 

dia 2 de  Junho,  levando‐os  a per‐

noitar no Salão Social da Misericór‐

dia. 

Eládio Gouveia,  professor  de  Edu‐

cação  Física  e  um  dos  mentores 

deste projecto, em conversa com o 

“Renascer”  explicou  que  «estas 

turmas  funcionam  como  a  última 

oportunidade  para  que  estes  alu‐

nos,  em  risco  de  exclusão  social, 

concluam o 6º ou 9º ano.» Eládio 

Gouveia  acrescentou  ainda  que 

«ao  longo  do  ano  lectivo  arranja‐

mos estratégias que motivem estes 

alunos, sendo esta actividade uma 

espécie de ‘prémio’, mas não só. O 

PIEF  Bike  Tour  é  também  um 

momento  de  aprendizagem,  no 

qual são colocados em prática con‐

teúdos  leccionados  ao  longo  do 

ano, como, por exemplo, a preven‐

ção rodoviária. Além disso, há tam‐

bém a questão da motivação e da 

capacidade  que  estes  alunos  têm 

de se superarem. Muitos deles não 

acreditam que são capazes de ir de 

bicicleta  de  Tróia  a  Lagos  e,  no 

final,  ficam  surpreendidos  consigo 

próprios.»  

Esta  não  foi  a  primeira  edição  do 

PIEF  Bike  Tour,  tal  como  referiu  o 

professor de Educação Física. «Em 

anos  anteriores  já  organizámos 

outras  edições  desta  aventura  e, 

no  final,  é  visível  a  satisfação  de 

todos  os  intervenientes. Nós,  pro‐

fessores, ficamos com a certeza de 

que  é  uma  actividade  que marca 

os alunos para sempre.» 

No  final  da  estadia  na Misericór‐

dia,  Eládio  Gouveia  enalteceu  o 

apoio  da  comunidade  a  este  pro‐

jecto e o espírito de solidariedade 

entre  todos.  «Há  uma  grande 

envolvência  da  parte  da  escola  e 

até  mesmo  de  particulares,  que 

nos  emprestam  bicicletas  ou  que 

nos acompanham ao longo do per‐

curso.  Depois  há  também  uma 

enorme boa vontade de quem nos 

acolhe  gratuitamente  e  de  braços 

abertos, como foi o caso da Miseri‐

córdia de Sines.» 

Além de ter acolhido este grupo de 

alunos  e  professores,  tem  sido 

hábito nos últimos meses a Miseri‐

córdia  acolher,  durante  a  noite, 

grupos de escuteiros e de peregri‐

nos que procuram apoio na nossa 

Instituição cuja missão também é a 

de  “dar  pousada  aos  peregri‐

nos”  (4ª obra corporal das Miseri‐

córdias).  

O grupo de estudantes e professores antes da partida 

Page 6: RENASCER 42

Os  idosos  da Misericórdia  de  Sines 

praticam  de  forma  regular,  desde 

2012,  a  modalidade  de  Boccia. 

Todas  as  terças  e  quintas‐feiras  de 

manhã  o  Salão  Social  enche‐se  de 

utentes empenhados em alcançar o 

melhor  resultado  nas  sessões  de 

Boccia  organizadas  pelo  serviço  de 

Educação  Especial  e  Reabilitação. 

Estas sessões servem de treino para 

algumas  competições  nas  quais  a 

Misericórdia já tem participado. 

No  dia  4  de  Junho  um  grupo  de 

quatro  utentes  esteve  presente  na 

primeira  edição  do  torneio 

“Masters Boccia Senior” que decor‐

reu no Pavilhão Multiusos de Odive‐

las.  O  torneio  foi  organizado  pela 

Federação  Portuguesa  de Desporto 

para  Pessoas  com  Deficiência  e  a 

Misericórdia  alcançou  o  36º  lugar 

entre 49 equipas participantes. 

Dia 16 de  Julho  foi a vez da Miseri‐

córdia organizar, no Salão Social, um 

intercâmbio com um grupo de joga‐

dores  do  Montijo.  Estiveram  pre‐

sentes  4  atletas,  com  bastante 

experiência na modalidade de Boc‐

cia, que têm como treinador Gabriel 

Potra, atleta paralímpico de atletis‐

mo,  várias  vezes  medalhado.  No 

final,  todos  os  elementos  envolvi‐

dos  na  competição  mostraram  o 

seu  contentamento,  sendo  de  des‐

tacar um saudável convívio e espíri‐

to competitivo. 

BOCCIA, UMA MODALIDADE EM CRESCIMENTO NA SCMS

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

O grupo de utentes que participou no Torneio em Odivelas 

BOCCIA, O QUE É? O Boccia é um jogo de lançamento de bolas, inspirado num jogo praticado na antiga Grécia do qual derivaram jogos 

como o bowling e a petanca. O Boccia foi originalmente concebido para ser jogado por pessoas com paralisia cere‐

bral, mas tornou‐se tão popular que, hoje em dia, é praticado por muitas outras pessoas, nomeadamente em idade 

sénior.  

EQUIPAMENTO NECESSÁRIO Bolas de Boccia (6 vermelhas, 6 azuis e 1 branca) 

Dispositivo de medida 

Quadro de resultados 

Indicador da cor Vermelha/Azul (permite aos jogadores ver claramente qual o lado que deve jogar) 

REGRAS BÁSICAS Pode ser jogado individualmente ou em equipas (3 elementos), sendo mais comum a competição por equipas. 

É necessária a presença de 1 árbitro. 

Joga‐se num campo delimitado (com 12,5m de comprimento por 6m de largura) que inclui “casas” para os jogadores 

e uma área onde a bola alvo é inválida (linha em “V”). 

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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

PUB 

Os utentes da SCMS em acção 

Cada jogador ou equipa dispõe de 6 bolas vermelhas, dispondo a equipa ou jogador adversário de 6 bolas azuis. 

A bola alvo é branca e é atirada à vez por cada uma das equipas ou jogadores. 

O objectivo é lançar as bolas de cor o mais próximo possível da bola branca. 

Cada jogo possui 4 parciais, no caso de ser jogado individualmente, ou 6 parciais, na competição por equipas. 

Em cada parcial todas as bolas são lançadas pelos jogadores.  

Os pontos contam‐se no final de cada parcial, sendo atribuído um ponto por cada bola que esteja mais próxima da 

bola branca.  

Page 8: RENASCER 42

ENTREVISTA COM RUI PINTO SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DO PHC

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

A empresa Acidados presta 

serviços de auditoria, con‐

sultadoria e implementação 

de projectos na área das 

Tecnologias da Informação e 

da Comunicação. A propósi‐

to de uma parceria com a 

Santa Casa na implementa‐

ção de um novo software de 

gestão o Renascer esteve à 

conversa com Rui Pinto, 

administrador da empresa. 

 

Renascer  ‐  Há  uma  reestru‐

turação  que  está  a  ser  feita 

na SCMS a nível da gestão da 

Instituição.  Que  contributo 

está a ser dado pela empresa 

Acidados  nessa  reestrutura‐

ção? 

Rui  Pinto  ‐  Tudo  estamos  a 

fazer para que esse contribu‐

to seja muito positivo. A Aci‐

dados  foi  contratada  para 

implementar  e  aprimorar 

uma  instalação  do  software 

PHC  já  existente,  nas  áreas 

de  Pessoal, Gestão, Contabi‐

lidade  e  Imobilizado. 

O nosso contributo começou 

por  ser meramente  técnico, 

na  área  de  software,  mas 

com  o  desenrolar  da  imple‐

mentação passou a  ser mais 

abrangente,  incluindo  neste 

momento toda a área organi‐

zativa de processos e de ser‐

viços  ou  valências.  Não 

tomamos  qualquer  decisão, 

mas  contribuímos,  e  muito, 

para  a  discussão  e  para  a 

implementação  e  melhora‐

mento  de  processos,  junta‐

mente com a Direcção Finan‐

ceira  e  com  o  Provedor  da 

Instituição.  Todo  o  trabalho 

de  implementação  do  soft‐

ware  PHC  está  a  ser  feito 

com base na análise de pro‐

cessos  que  existiam  e  que 

propusemos  que  fossem 

modificados  para  uma 

melhor  percepção  da  Insti‐

tuição  e  dos  seus  responsá‐

veis. Por tudo  isto, considero 

que o nosso contributo para 

a  organização  da  gestão  da 

Santa Casa  está a  ser positi‐

vo,  com obstáculos que  têm 

sido desafiantes, mas a con‐

clusão do projecto trará, sem 

dúvidas,  mais‐valias  para  a 

Instituição  no  seu  todo. 

 

R ‐ Em breve pretende‐se que 

o  software  PHC  venha  a  ser 

utilizado por  todos ou quase 

todos os  funcionários da  Ins‐

tituição.  De  forma  o  mais 

simples  possível,  explique 

que  ferramenta  de  trabalho 

é esta? 

RP  ‐ O  software  PHC  é uma 

aplicação  informática  de 

Gestão (ERP ‐ Enterprise Res‐

source  Planning)  que  abran‐

ge muitas áreas de trabalho, 

entre  as  quais  a  facturação, 

compras,  recebimentos, 

pagamentos,   vencimentos 

de  funcionários, stocks,  imo‐

bilizado e contabilidade. Mas 

para  que  toda  a  informação 

colocada  no  programa  seja 

útil é preciso que  seja  intro‐

duzida  de  forma  rápida,  efi‐

ciente e que depois seja utili‐

zada em análises. É para  isto 

que todos ou quase todos os 

funcionários  da  Instituição 

vão trabalhar, estando alguns 

deles já a fazê‐lo. O processo 

de  implementação  do  soft‐

ware PHC vai abranger todas 

as  áreas  da  Misericórdia.  A 

título  exemplificativo,  quan‐

do  alguém  chegar  à  Institui‐

ção e quiser fazer uma inscri‐

ção  numa  das  valências,  o 

processo será feito dentro do 

software  PHC  e,  utilizando 

ferramentas do próprio  soft‐

ware,  será  desencadeada 

uma  série  de  informação  a 

tratar  pelo  responsável  de 

cada área. 

Outro  dos  processos  que 

estamos  a  desenvolver  é  o 

dos  cuidados  aos  utentes. 

Qualquer  tipo  de  cuidado 

prestado  será  registado pelo 

funcionário, para que se con‐

siga, em qualquer altura, for‐

necer  informação  aos  técni‐

cos,  aos  responsáveis  de 

valência  e  aos  familiares, 

sobre  de  que  forma  foram 

prestados  os  cuidados,  por 

quem,  a  que  horas  e  a  que 

dias. 

A  nível  dos  funcionários 

vamos  ter  um  processo  de 

registo  de  refeições 

(marcações e consumo) para 

uma melhor  organização  do 

sector da cozinha, que deve‐

rá saber diariamente quantas 

refeições  tem de  preparar  e 

quantas  marcações  de  fun‐

cionários  existem.  Neste 

momento  toda  a  correspon‐

dência  que  chega  à  institui‐

ção  já é digitalizada e envia‐

da pelo software PHC para os 

respectivos  destinatários, 

poupando‐se assim um enor‐

me valor em cópias. Todas as 

requisições  ao  armazém 

também  já são feitas por um 

processo  interno  registado 

no software PHC após valida‐

ção  do  departamento  finan‐

ceiro.  As  respectivas  entre‐

gas  são  igualmente  regista‐

das  dentro  do  software 

PHC. Em suma, com o registo 

dos  processos  no  software 

todos (de acordo com as res‐

pectivas  autorizações)  terão 

acesso  à  informação  que 

necessitam  de  forma  rápida 

e útil. É  importante a envol‐

vência de todos os colabora‐

dores para que a  implemen‐

tação do PHC tenha sucesso, 

e é para isso que temos esta‐

do  a  trabalhar. 

 

R ‐ De que  forma o PHC será 

Rui Miguel Pinto 

Administrador ACIDADOS 

Page 9: RENASCER 42

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES Avenida 25 de Abril, n.º 2 Apartado 333 7520‐107 SINES 

Site: www.scmsines.org Email: [email protected]  

Provedoria Tel. 269630462 | Fax. 269630469  Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Secretaria Tel. 269630460 | Fax. 269630469  Email: [email protected] Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

 

Acção Social (Lares, Centro de Dia, Apoio Domiciliário) Tel. 269630460 | Fax. 269630469 Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐17h00  

Infantário “Capuchinho Vermelho” Telem. 967825287  Email: [email protected]  Horário de Funcionamento: 07h45‐19h45  

Outros Contactos: Animação: [email protected]  Gabinete de Informação: 

gab‐[email protected]  Gabinete de Psicologia: gab‐[email protected]  Recursos Humanos: 

[email protected]  

Informações Úteis

utilizado  pelos  funcionários 

da  Instituição? 

RP ‐ Hoje em dia a tendência 

do mercado  é a mobilidade. 

Todos  nós  usamos  equipa‐

mentos  que  nos  permitem 

aceder  de  forma  rápida  à 

informação,  entre  eles  os 

tablets  ou  os  smartphones. 

Conforme  a  área  de  inter‐

venção  dos  funcioná‐

rios   assim  será o  acesso  ao 

registo  de  informação.  Em 

termos  práticos  aquilo  que 

estamos  a  idealizar  é  o 

seguinte:  a  funcionária  res‐

ponsável  pelos  cuidados  de 

higiene  de  um  utente,  terá 

na sua posse um equipamen‐

to  com  leitura  NFC 

(Comunicação  de  Campo 

Próximo  ‐  Near  Field  Com‐

munication)  que  irá  permi‐

tir identificar o quarto onde 

irá  realizar  a  tarefa,  conse‐

quentemente  irá, neste mes‐

mo  equipamento,  ter  a pos‐

sibilidade  de  identificar  o 

utente e  iniciar a  sua  tarefa, 

identificando  os  materiais  e 

o  tempo  gastos  para  execu‐

ção da mesma.  Após o  final 

da  tarefa, esta  ficará  regista‐

da  no  software  PHC,  a  res‐

ponsável de área sabe assim 

de  uma  forma  rápida  que  a 

mesma foi executada e quan‐

tas mais faltam executar. Este 

exemplo  tem  a  ver  com  os 

cuidados  de  higiene,  mas 

aplica‐se  também  às  tarefas 

relacionadas  com  a medica‐

ção,  situações  de  urgência, 

actos médicos,  refeições,  no 

fundo tudo o que diz respei‐

to  ao  trabalho  directo  com 

os utentes nas instalações da 

SCMS.  O  Serviço  de  Apoio 

Domiciliário,  terá  acesso  à 

mesma  tecnologia,  havendo 

registo  da  entrega  de  refei‐

ções,  permitindo,  por  exem‐

plo, que em caso de ausência 

do utente se possa ter a cer‐

teza que o Serviço de Apoio 

Domiciliário  lá  esteve 

(utilizando  georreferencia‐

ção)  e  assim  eserá  enviada 

uma  mensagem  SMS  aos 

familiares,  alertando  para 

esta  situação. Nas  áreas  em 

que  a  mobilidade  não  é 

necessária usar‐se‐ão os  tra‐

dicionais  computadores 

como  forma  de  aceder  ao 

PHC. 

R  ‐  Sendo  que  a  SCMS  tem 

pessoas  como  "matéria‐

prima",  não  acha  que  o 

modelo de gestão que está a 

ser  implementado  poderá 

contribuir para uma desuma‐

nização  dos  cuidados? 

RP  ‐  A primeira  tendência  é 

exactamente essa, a de pen‐

sar‐se  que  tudo o que  esta‐

mos a desenvolver e a imple‐

mentar  é  uma  desumaniza‐

ção  dos  cuidados,  mas  na 

minha  perspectiva  quanto 

mais  registos  e  informação 

existir melhor  se  pode deci‐

dir  e  actuar,  corrigindo 

acções  e  humanizando mais 

os  cuidados  aos  utentes. 

Cada  vez  é mais  importante 

o  rápido  acesso  à  informa‐

ção, nos dias de hoje é mes‐

mo crucial ter dados a tempo 

e horas. A SCMS, na figura do 

seu  Provedor,  tem  como 

preocupação  principal  a 

melhoria  contínua  no 

desempenho  dos  colabora‐

dores e prestadores de servi‐

ços e a procura constante de 

soluções no que diz  respeito 

ao bem‐estar e conforto dos 

utentes. É neste sentido que 

estamos  a  desenvolver  o 

nosso  trabalho,  queremos 

dotar  os  colaboradores  de 

meios  tecnológicos para que 

possam  cada  vez  prestar 

melhor  os  serviços  necessá‐

rios  para  que  os  utentes  se 

sintam melhor e mais acom‐

panhados. Isto do nosso pon‐

to  de  vista  não  desumaniza 

os cuidados, muito pelo con‐

trário,  aproxima  os  utentes 

da  Instituição,  pelos  bons 

serviços prestados.  

Page 10: RENASCER 42

Domingos  António  Casa 

Branca, poeta popular de 

76  anos,  nasceu  a  1  de 

Junho de 1937 no Monte 

dos  Salgados  da  Várzea, 

na  freguesia de Cercal do 

Alentejo. Os tempos mais 

remotos  da  sua  vida  não 

lhe  deixaram  boas  recor‐

dações,  já que perdeu os 

pais  demasiado  cedo.  «A 

minha mãe morreu, tinha 

eu 6 anos de  idade e por 

isso  fiquei a viver só com 

o meu pai. Eramos a com‐

panhia um do outro e eu 

ajudava‐o  sempre  que 

podia.  Recordo‐me  que 

migava  pão  caseiro  para 

fazer  sopas,  e  levava‐as 

ao  campo,  onde  o  meu 

pai  trabalhava.  Nesse 

tempo  chamavam‐me  ‘o 

puto  do  Ti  Casa  Branca’. 

Mais  tarde,  aos  9  anos, 

voltei  a  sofrer  um  duro 

golpe  quando  o meu  pai 

morreu  de  repente.  Foi 

uma  infelicidade.»  Da 

mãe,  Domingos  Casa 

Branca  ficou  com  uma 

leve recordação, ao passo 

que do pai  lhe  ficaram as 

melhores  referências. 

«Lembro‐me  perfeita‐

mente  de  um  dia  estar 

sentado ao  Sol, ao pé de 

casa, e a minha mãe che‐

gar  com  um  passarinho 

na mão  e  dizer‐me:  ‘Não 

podes estar aí ao Sol por‐

que  faz‐te  mal.  Não  vês 

este  passarinho,  também 

esteve  muito  tempo  ao 

Sol  e  agora  já  não  pode 

voar!  A  sua  sorte  fui  eu, 

que  o  salvei.’  É  a  única 

lembrança  que  tenho 

dela. Do meu pai guardo 

as melhores  recordações, 

era um homem  trabalha‐

dor,  não  sabia  ler  nem 

escrever, mas  isso  não  o 

impedia de tocar guitarra, 

cantar e fazer poesia, gos‐

to que passou para mim, 

e  que  ao  que  sei  até  já 

vinha  do meu  avô  pater‐

no.» 

Antes  do  falecimento  de 

seu  pai, Domingos  recor‐

da, ainda que vagamente, 

as  brincadeiras  de  crian‐

ça. «Não havia  condições 

para  brincadeiras,  ainda 

assim  não  me  esqueço 

que  gostava  muito  de 

brincar com um arquinho 

em  ferro,  que  se  equili‐

brava com um gancho.» A 

sua  família,  como  quase 

todas  nesse  tempo,  era 

numerosa.  Domingos 

tinha 9 irmãos, 7 da parte 

da mãe  e  2  da  parte  do 

pai, por  isso a necessida‐

10 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ... Domingos Casa BrancaDomingos Casa Branca

Page 11: RENASCER 42

de de ajudar no  sustento 

da  casa  afastou‐o  da 

escola  e  levou‐o  a  traba‐

lhar  no  campo,  desde 

muito cedo. «A morte dos 

meus pais  foi o que mais 

me  marcou  na  minha 

infância.  Quando  me  vi 

sozinho  no  mundo  –  os 

meus  irmãos  eram  todos 

mais  velhos  e  já  tinham 

as suas vidas orientadas – 

senti‐me  muito  infeliz. 

Estive quase para  ir para 

a  Casa  Pia, mas  fui  viver 

com  uma  das  minhas 

irmãs e aí comecei a  tra‐

balhar  no  campo.  Eu 

tinha apenas 10 anos e o 

meu  cunhado,  que  não 

era  muito  meu  amigo, 

queria  que  trabalhasse 

com  uma  charrua  e  que 

cuidasse do gado. Era um 

trabalho muito duro para 

mim e que me obrigava a 

passar muito  tempo  sozi‐

nho.»  Ao  fim  de  quase 

um  ano  a  viver  com  a 

irmã  e  com  o  cunhado, 

Domingos  Casa  Branca 

decidiu  procurar  outro 

rumo  para  a  sua  vida. 

«Numa  madrugada  de 

Novembro fugi de casa da 

minha  irmã. Não me sen‐

tia  feliz  e  tinha  muito 

medo  do  meu  cunhado. 

Por isso ‘fiz‐me à estrada’, 

levando  pouco  mais  do 

que  a  roupa  do  corpo. 

Passei fome e frio e andei 

muito a pé, até  chegar a 

casa dos meus padrinhos 

em Cercal do Alentejo. Foi 

aí  que  a  minha  vida  se 

modificou.»  Domingos 

passou  então  a  viver  no 

lugar  dos  Salgadinhos  na 

companhia de seus padri‐

nhos.  Por  lá  se  manteve 

até  completar  16  anos, 

ocupando‐se  do  trabalho 

no  campo  e  a  pastorear 

animais.  «Ajudava  os 

meus  padrinhos,  que 

eram  pessoas  remedia‐

das.  Tenho boas  recorda‐

ções  dos  tempos  em  que 

vivi  com  eles.  Nunca me 

faltou  nada  daquilo  que 

precisava  para  viver. 

Quando fiz 16 anos, era já 

homem  feito,  tomei  a 

decisão  de  sair  de  casa 

deles  porque  queria 

ganhar  o  meu  dinheiri‐

nho,  formar  família  e  ter 

casa  própria.»  Este  seu 

desejo acabou por se con‐

cretizar  quando  Domin‐

gos  Casa  Branca  casou, 

tinha então 25 anos, vivia 

na zona de São Domingos 

da  Serra  e  trabalhava 

como  pastor.  «Casei,  fui 

viver  para  uma  casinha 

simples,  alugada  e  que 

não  tinha  mordomias, 

mas  era  suficiente  para 

viver  com  dignidade.  Do 

meu  casamento  nasce‐

ram  as  minhas  duas 

filhas,  que  são  a  sorte 

maior que tive na vida.» 

Por  volta  dos  34  anos, 

uma grave doença impos‐

sibilitou  Domingos  Casa 

Branca  de  trabalhar,  sen‐

do  assim  possível  a  con‐

cretização  de  um  sonho 

antigo.  «Nessa  altura 

aprendi a  ler e a escrever 

com um  senhor que ensi‐

nava os adultos em casa. 

Foi  uma  satisfação  enor‐

me  pois  pude  finalmente 

pôr  em  prática  a  minha 

veia  de  poeta.»  A  partir 

dessa  altura,  mas  princi‐

palmente  depois  de  se 

reformar,  aos  51  anos, 

Domingos  Casa  Branca 

escreveu  todos  os  poe‐

mas  que  lhe  preenchiam 

o pensamento e em 2001, 

já  com mais  de  60  anos, 

editou  o  primeiro  livro 

autobiográfico  intitulado 

“Minha vida meu desgos‐

to”. Em 2008 publicou um 

segundo  livro,  também 

este  autobiográfico,  ao 

qual  decidiu  chamar 

11 

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

Domingos Casa Branca na companhia de outros utentes da Misericórdia 

Page 12: RENASCER 42

12 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

“Tempos  passados  na 

minha  vida”.  «Os  livros 

que publiquei  têm poesia 

e prosa sobre tudo o que 

aconteceu  de  bom  e  de 

mau na minha vida. Até a 

minha vinda para a Santa 

Casa  da  Misericórdia  de 

Sines  está  lá  retratada.» 

A  vinda  de  Domingos 

Casa  Branca  para  o  Lar 

Anexo  1  da  Misericórdia 

de  Sines  aconteceu  a  10 

de  Maio  de  2004.  Hoje, 

mais de 9 anos passados, 

este utente está perfeita‐

mente  adaptado,  sendo 

até  um  dos  idosos  mais 

activos e que mais partici‐

pa  nas  actividades  que 

diariamente se organizam 

na  Instituição. «Vim para 

a  Santa  Casa  por  razões 

de saúde e para não ficar 

dependente  das  minhas 

filhas. Tenho aqui um sítio 

onde a comida, a cama e 

a  roupa  lavada  são  uma 

certeza.  Nem  tudo  calha 

bem,  mas  isso  nem  em 

nossa casa acontece. Dou 

as minhas voltinhas, par‐

ticipo nas actividades que 

mais me agradam e o que 

posso  dizer  é  que  nunca 

tinha  tido  uns  dias  tão 

bons  como  os  que  tenho 

nesta  casa.  São dias  sem 

preocupações.» 

Do  passado,  Domingos 

Casa Branca  recorda  com 

saudade  um  modo  de 

vida  diferente.  «Não  sei 

explicar muito  bem, mas 

antigamente  as  pessoas, 

apesar  de  pobres  –  raro 

era  por  exemplo  aquele 

que possuía uma bicicleta 

–, não eram esmorecidas. 

Vivia‐se  com  alegria,  até 

mesmo no  trabalho,  e as 

pessoas  conviviam  e  aju‐

davam‐se mais. Trabalha‐

va‐se muito, do Sol nascer 

ao  Sol  posto,  sem  férias 

nem  folgas, mas o dia‐a‐

dia era passado a cantar. 

Desses  aspectos  tenho 

saudades, agora das  tris‐

tezas e da dureza da vida 

não tenho nenhumas.» 

Quanto ao  futuro Domin‐

gos Casa Branca não  tem 

muito  a  dizer  pois  de 

acordo com as suas pala‐

vras «sabe‐se  lá o  tempo 

que  ainda  temos  para 

viver…»  No  entanto,  um 

excerto  de  um  dos  seus 

poemas  ilustra  a  visão 

que  este  idosos  tem  do 

futuro:  

Será o que Deus quiser 

Eu não posso é esmorecer  

Vou  brigando  para  me 

defender 

A tudo aquilo que eu puder 

O que o destino a mim me 

der 

Eu não posso dizer que não 

Peço que me escutem com 

atenção 

Tenham dó deste velhinho  

Tratem‐me com paciência e 

carinho 

Esta é a última solução  

PUB 

Domingos Casa Branca na sua actividade de pastor 

Domingos Casa Branca com  

cerca de 20 anos 

Page 13: RENASCER 42

13 

 

bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Sines na Rádio Sines 

TERÇAS-FEIRAS 11:15 | SEXTAS-FEIRAS 15:40 | DOMINGOS depois das 09:00

Eu não sou poeta afamado 

Comecei já de velha idade 

Mas faz rir a sociedade 

O que eu deixo escriturado 

Eu sou um autor apurado 

Faço a minha poesia certa 

De minha ideia faço mais esta 

Não posso o meu dote perder 

Tenho feito por eu saber 

A poesia bem completa  

II 

É preciso eu não errar 

E pensar antes de eu escrever 

Para erros eu não os ter 

Nunca posso o ponto pisar 

Escrevo o ponto em seu lugar 

Na poesia que pertencer 

Para o leitor quando vai ler 

Lê a obra bem apurada 

Esta poesia bem trabalhada 

Nem todos a sabem fazer  

III 

Para qualquer lado que me volte 

Eu faço a minha poesia 

Nasci com esta sabedoria 

Faço uma quadra e o mote 

Digo em poesia o meu dichote 

Sou pessoa muito honesta  

E gosto de ouvir quem se manifesta 

Quem acerta não errou 

E todos os pontos bem versou 

O poeta pr’a ser poeta  

IV 

Quem é poeta poetisa 

Faz cantigas bonitas e canções 

E faz obra óptima em condições 

De sua ideia improvisa 

Faz a poesia como é precisa 

Tem um bonito proceder 

E sabe a poesia bem conhecer 

Se está bem ou está mal 

E tem o nome de profissional 

É o poeta que sabe ser. 

Domingos Casa Branca

POESIA Prestando homenagem a todos os amantes de poesia e porque nesta edição o Renascer destaca a vida de um 

dos poetas populares que reside na Misericórdia de Sines, publicamos um poema de sua autoria sobre o gosto 

de fazer poesia. 

Esta quadra fiz eu dedicada ao poeta. Como gosto de ouvir poesia dos outros, também gosto de fazer poesia 

minha Mote 

A poesia bem completa 

Nem todos a sabem fazer 

O poeta pr’a ser poeta 

É o poeta que sabe ser 

Page 14: RENASCER 42

NOVA COLABORAÇÃO COM VOLUNTÁRIAS DA POLÓNIA

14 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

Durante  o  mês  de  Junho,  duas 

voluntárias  vindas  da  Polónia  esti‐

veram a colaborar com a Misericór‐

dia  de  Sines,  dinamizando  acções 

com  os  idosos.  Maria,  pintora,  e 

Jadwinga,  coreografa,  desenvolve‐

ram actividades relacionadas com a 

obra  “O  Principezinho”  de  Saint 

Exupéry. Os idosos além de ficarem 

a  conhecer  a história,  fizeram pin‐

turas,  flores  de  papel  e  pequenos 

trabalhos  manuais.  Além  disso 

ensaiaram  exercícios  que  culmina‐

ram  numa  apresentação  feita  no 

Salão  Social,  no  dia  27  de  Junho, 

último  dia  em  que  as  voluntárias 

marcaram presença na Instituição. 

Esta  colaboração  aconteceu  mais 

uma  vez  no  âmbito  do  projecto 

“Grundtvig – Promover a Educação 

ao longo da vida”, projecto comuni‐

tário do qual a Associação Prosas – 

Universidade Sénior de Sines é par‐

ceira.  

Carla  Camocho,  responsável  pelo 

Serviço  de Animação  Sociocultural 

na Misericórdia e Assunção Duque, 

presidente da Direcção da Associa‐

ção  Prosas,  deixaram  o  seu  teste‐

munho  sobre  esta  actividade  que 

muito  entusiasmou  os  utentes  da 

Misericórdia. 

«Apesar  de  não  ser  possível  uma 

comunicação  directa  entre  os  ido‐

sos  e  as  voluntárias,  e  de  muitos 

deles  não  conhecerem  a  obra  “O 

Principezinho”,  estas  semanas 

foram muito positivas. As activida‐

des  foram bem aceites pelos uten‐

tes e com algum entendimento ges‐

tual à mistura, as  coisas  correram 

bem. Esta parceria  foi um sucesso, 

foi também uma mais‐valia para a 

Instituição e penso que  igualmente 

para as voluntárias.» 

Carla Camocho  

«Esta iniciativa foi um encanto e as 

voluntárias encantaram! A história 

“O Principezinho” é muito bonita e 

eu  recomendo  às  pessoas  que  a 

leiam e que partilhem o sonho e as 

emoções que a história transporta. 

Embora  houvesse  a  barreira  lin‐

guística,  conseguiu‐se  transmitir  o 

espírito  e,  na  apresentação  final, 

fiquei  totalmente  encantada  por 

ver os  idosos da Santa Casa a  inte‐

ragirem e actuarem com as volun‐

tárias.  Foi  muito  gratificante!  O 

projecto já acabou, tivemos cá três 

grupos  diferentes  de  voluntários  e 

agradecemos à Santa Casa a forma 

como nos receberam. Para o Prosas 

foi muito bom em  termos de emo‐

ções e de partilha do nosso  tempo 

e da nossa disponibilidade  com os 

que mais precisam.» 

Assunção Duque    

Actuação dos utentes com as voluntárias polacas 

Os alunos do Prosas também participaram na actividade 

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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

15 

BREVES

25 DE ABRIL A Revolução de Abril foi, mais uma vez, comemorada na 

Santa  Casa  com  a  presença  da  Banda  Filarmónica  da 

Sociedade Musical União Recreio  e  Sport  Sineense, no 

dia 25 de Abril. A Banda presenteou os utentes da Mise‐

ricórdia com uma actuação no Salão Social e no Lar Ane‐

xo II. No final houve distribuição de cravos por parte da 

direcção  da  Instituição. Os  utentes  também  assistiram 

ao  filme  “Capitães  de  Abril”,  de  Maria  de  Medeiros, 

recordando  com  entusiasmo  esse  momento  único  da 

história de Portugal em que também foram participantes 

activos.  

VISITA A FÁTIMA No dia 30 de Abril os elementos do grupo coral da Mise‐

ricórdia, alguns voluntários e utentes da Instituição via‐

jaram até Fátima para visitarem o Santuário e o Museu 

“Vida de Cristo”. Esta viagem, organizada pelo Serviço de 

Animação Sociocultural, aconteceu como forma de agra‐

decimento à dedicação dos membros do grupo  coral e 

dos voluntários da nossa Instituição.  

V OUTLET Dias  5  e  6 de  Julho  a Misericórdia organizou mais um 

Outlet,  no  qual  foram  disponibilizados  ao  público  em 

geral e aos utentes da Instituição artigos novos que são 

doados  à  Misericórdia.  Esta  iniciativa  aconteceu  mais 

uma vez no  Salão  Social onde  estiveram  expostas  rou‐

pas, calçado e alguns artigos para o  lar. Muitas pessoas 

visitaram a Misericórdia nesse dia,  incentivando a reali‐

zação de futuras edições do Outlet.   

O NOSSO MANJERICO

A Misericórdia de Sines participou no concurso “Não há manjerico melhor que o meu” pro‐

movido pela Câmara Municipal de Sines, com um manjerico elaborado por colaboradores, 

voluntários e utentes. O manjerico esteve exposto no dia 22 de  Junho,  junto aos antigos 

correios, na Feira dos Santos Populares.   

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16 

RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

A época dos Santos Populares não 

passou em branco na Misericórdia 

de  Sines.  Como  habitualmente,  a 

Instituição  engalanou‐se  para 

comemorar  o  Santo  António,  no 

dia 13 de Junho. 

Nesse  dia,  o  Salão  Social  acolheu 

grande parte dos idosos da Institui‐

ção  que  se  juntaram  para  partici‐

par num baile popular  abrilhanta‐

do  pelo  acordeonista  da  região, 

Nuno Silva. As crianças do  Infantá‐

rio “Capuchinho Vermelho” partici‐

param  igualmente na  festa, conta‐

giando todos com a sua alegria e, a 

convite da Santa Casa, utentes do 

Centro de Dia de Porto Covo e da 

Casa do Povo de Melides  também 

marcaram presença. 

Durante o baile, o  lanche foi servi‐

do no Salão Social e incluiu linguiça 

assada,  sandes,  alguns  bolos  e 

outros  doces,  sangria  e  os  tão 

apreciados caracóis. 

No dia 13 de Junho, para além da 

festa  de  Santo  António,  a Miseri‐

córdia  de  Sines  comemorou  tam‐

bém  o  aniversário  da  sua  utente 

mais velha,  Isabel Meco, que cele‐

brou, nesse mesmo dia, 103 prima‐

veras. Além do tradicional bolo de 

aniversário, esta nossa utente con‐

tou  com  a  presença  de  amigos  e 

familiares  que  com  ela  quiseram 

partilhar o momento. 

No final da festa as utentes Idalina 

Rosa  e  Luísa  Duarte  deixaram  as 

suas  opiniões  acerca  da  comemo‐

ração do Santo António:  

«O  baile  de  hoje  fez‐me  recordar  os 

meus  tempos  de  menina  em  que  se 

fazia  o mastro  na  rua,  enfeitado  com 

pão,  e  todos  cantavam  e  dançavam. 

Juntavam‐se  muitas  raparigas  e  era 

tudo muito bonito. Nalgumas ocasiões 

até se lançavam foguetes e quase sem‐

pre se  fazia uma  fogueira, com rosma‐

ninho,  e  eu  até  era moça  capaz  para 

saltar a fogueira… Não tinha medo! Era 

tudo  muito  divertido,  só  ficava  triste 

quando  o meu  pai  não  nos  deixava  ir 

ao baile. 

Hoje correu tudo muito bem, gostei de 

ver  as  pessoas  de  fora  que  cá  estive‐

ram.  O  bailarico  esteve  muito  bom, 

comi muitos caracóis, até encher a bar‐

riguinha, e uma fatia de bolo da aniver‐

sariante. Gostei muito!» 

Idalina Rosa, 80 anos  

«Antigamente  comemoravam  o  Santo 

António  fazendo  um  mastro  no  qual 

todos  cantavam,  pois  não  havia  acor‐

deonistas  como  há  hoje.  As  raparigas 

cantavam versos aos  rapazes e eles às 

raparigas,  e  assim  se  arranjavam 

namoricos.  O  Mastro  ficava  feito  do 

Santo  António  ao  São  João.  Era  tudo 

muito composto e muito divertido, mas 

diferente do que é hoje. Os bailes dura‐

vam  até  de manhã,  e  recordo‐me  que 

ninguém se cansava! Não havia dores e 

as  raparigas não podiam “dar cabaço” 

aos rapazes, ou seja, não podiam recu‐

sar  um  pedido  para  dançar.  No  dia 

seguinte  íamos  trabalhar  logo  cedo… 

Eram outros tempos…  

Hoje  o  baile  foi  muito  bom  e  bonito. 

Quem  pôde,  dançou,  o  lanche  estava 

muito  composto,  com  fartura  de  cara‐

cóis  e  outras  coisas  boas.  Podiam  ser 

todos os dias assim… dias de festa!» 

Luísa Rodrigues, 88 anos  

OS SANTOS POPULARES NA MISERICÓRDIA

Comemoração do 103º Aniversário de Isabel Meco que completou 103 anos 

O baile  

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17 

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RENASCER 

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FOTOREPORTAGEM - UTENTES SEMPRE EM ACTIVIDADE

Banho 29  

Dia dos Avós  

Visita ao Parque das Águas Visita ao Parque das Águas Visita ao Parque das Águas    

Intercâmbio entre Misericórdias (Santiago do Cacém)  Tarde Dançante  

Oficina dos Sentidos  

Visita a Fátima 

Visita de jovens do C. S. do CatujalVisita de jovens do C. S. do CatujalVisita de jovens do C. S. do Catujal   

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bo le t im in fo rmat i vo RENASCER 

PARTICIPAÇÃO NA FEIRA NA AVENIDA

MATERIAL MÉDICO-HOSPITALAR, LDA.

Rossio da Estação, nº 11 7940-196 CubaTelf.: 284 41 41 39 Fax: 284 41 41 67 Contribuinte nº 503 841 455

E-mail: [email protected]

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Entre os dias 14 e 18 de Agosto, a 

Misericórdia de  Sines marcou pre‐

sença na Feira na Avenida organiza‐

da pela Câmara Municipal de Sines, 

na  Avenida  Vasco  da  Gama.  Este 

certame  contou  com  várias  diver‐

sões, stands de artesanato e produ‐

tos  tradicionais.  A  participação  da 

Misericórdia consistiu na exposição 

de  diferentes  trabalhos  manuais 

elaborados pelos utentes, entre os 

quais  rendas,  bordados,  trabalhos 

em madeira, pinturas  e malhas. O 

stand  da  Misericórdia  recebeu 

vários visitantes e os nossos idosos 

tiveram  inclusivamente a oportuni‐

dade  de  trabalhar  ao  vivo. Muitas 

pessoas  adquiriram  os  artigos 

expostos ajudando assim a Miseri‐

córdia e os seus utentes, e  incenti‐

vando estes a fazerem novos traba‐

lhos para uma participação futura. 

Os utentes de visita à Feira 

Os trabalhos feitos pelos utentes 

O stand da Misericórdia 

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RENASCER 

bo le t im in fo rmat i vo

AGRADECIMENTO  

O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuíram para que este meio de comunicação da nossa Instituição se tornasse uma realidade. 

Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informati‐vo, assim como aumentar a sua tiragem e, consequentemente, divulgá‐lo junto de um público cada vez 

mais vasto, revela‐se de grande importância o apoio destes e de outros patrocinadores. Obrigada por nos ajudarem a sermos melhores!  

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 CEMETRA

Centro de Medicina do Trabalho da Área de Sines 

Rua Júlio Gomes da Silva, n.º 15   7520‐219 SINES Tel.: 269633014    Fax: 269633015 

E‐mail: [email protected] Site: www.cemetra.pt