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No dia 25 de Março realizou-se em Sines mais uma edição da Procis- são do Senhor dos Passos, organi- zada pela Santa Casa da Misericór- dia e pela Paróquia de Sines. Com início na Igreja Matriz, a Pro- cissão incluiu dois cortejos: o da Nossa Senhora das Dores que per- correu a Praça Tomás Ribeiro e as Ruas Serpa Pinto e Francisco Luís Lopes, e o do Senhor dos Passos, que passou pelas Ruas Cândido dos Reis, Marquês de Pombal e Praça da República. O ponto de encontro aconteceu no Largo 5 de Outubro e daí em diante, os corte- jos seguiram juntos até à Igreja (Continua na página 3) À Conversa com… Jaime Gonçalves À Conversa com… Jaime Gonçalves pág. 8 pág. 8 Homenagem a Funcionárias Homenagem a Funcionárias pág. 4 pág. 4 PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS 496º Aniversário da S.C.M.Sines 496º Aniversário da S.C.M.Sines pág. 4 pág. 4 DESTAQUES Janeiro Fevereiro Março 2012 RENASCER boletim informativo Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº37 Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org

RENASCER 37

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Boletim Informativo Nº37. Edição de Janeiro, Fevereiro e Março de 2012.

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Page 1: RENASCER 37

No dia 25 de Março realizou-se em

Sines mais uma edição da Procis-

são do Senhor dos Passos, organi-

zada pela Santa Casa da Misericór-

dia e pela Paróquia de Sines.

Com início na Igreja Matriz, a Pro-

cissão incluiu dois cortejos: o da

Nossa Senhora das Dores que per-

correu a Praça Tomás Ribeiro e as

Ruas Serpa Pinto e Francisco Luís

Lopes, e o do Senhor dos Passos,

que passou pelas Ruas Cândido

dos Reis, Marquês de Pombal e

Praça da República. O ponto de

encontro aconteceu no Largo 5 de

Outubro e daí em diante, os corte-

jos seguiram juntos até à Igreja

(Continua na página 3)

À Conversa com… Jaime Gonçalves À Conversa com… Jaime Gonçalves pág. 8pág. 8 Homenagem a Funcionárias Homenagem a Funcionárias pág. 4pág. 4

PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS

496º Aniversário da S.C.M.Sines496º Aniversário da S.C.M.Sines pág. 4pág. 4

DESTAQUES

Janeiro

Fevereiro

Março

2012

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº37

Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org

Page 2: RENASCER 37

Recentemente estive presente na

Assembleia Geral das Misericór-

dias Portuguesas, em Fátima, ten-

do como principais pontos da

Ordem de Trabalhos: Informações

do Secretariado Nacional; Aprecia-

ção, Discussão e Votação do Rela-

tório e Contas 2011; Sustentabili-

dade das Misericórdias.

Foi também aprovado por unani-

midade e aclamação um voto de

louvor ao Presidente da U.M.P.,

Dr. Manuel Lemos, pelo trabalho

desenvolvido à frente da organiza-

ção.

Dentro da minha limitada expe-

riência, devo dizer que esta foi a

maior, ou das maiores assembleias

a que já assisti na U.M.P., uma vez

que se esgotaram todos os lugares

sentados, tendo o pessoal que se

atrasou ficado de pé, numa

demonstração clara das preocupa-

ções que grassam pela generalida-

de dos Provedores e Misericórdias.

Através das informações veicula-

das pelo Presidente e restantes

membros do Secretariado Nacional

da U.M.P. e intervenções dos pro-

vedores presentes, ficou bem

patente a preocupação generaliza-

da sobre as medidas de austerida-

de implementadas no país que se

começam a reflectir nas Misericór-

dias.

Perante esta conjuntura, era evi-

dente a avidez das pessoas presen-

tes em ter conhecimento sobre o

que se iria ouvir na assembleia,

com a esperança de surgir alguma

boa notícia de forma a apaziguar

as incertezas e angústias. Na reali-

dade, a maior parte do tempo da

assembleia foi ocupado com

números e preocupações, mas

infelizmente sem soluções imedia-

tas, a não ser a promessa de se ir

reforçar, mais uma vez, as acções

junto do governo, de forma a ace-

lerar os compromissos assumidos

de apoio às Misericórdias mais

debilitadas.

Sendo as Misericórdias uma Irman-

dade, podemo-nos interrogar

sobre o porquê da desigualdade

entre Misericórdias. Então porque

é que as Misericórdias mais fortes

não ajudam as mais fracas? Os

desequilíbrios terão a ver com as

competências dos Provedores, ou

com a dimensão da generosidade

que os cerca? Ou então ainda das

condições técnicas e humanas de

que dispõem? Enfim, qualquer

destas questões pode ter influên-

cia nas actuais circunstâncias.

Dentro deste contexto, como é do

conhecimento geral, infelizmente

existem Misericórdias com meses

de salários em atraso, enquanto há

outras que estão orgulhosamente

a trabalhar para a Certificação da

Qualidade, entre outros projectos

de melhoria e expansão. Estando a

falar em extremos de instituições

irmãs, poderemos considerar que

o nosso caminho solidário ainda

tem um longo percurso à sua fren-

te, uma vez que ainda estamos um

pouco “cada um por si”, embora já

se tenham dado passos sólidos na

partilha de apoios e conhecimen-

tos, especialmente da parte da

U.M.P. e Misericórdias, apesar de

ainda claramente insuficientes.

Sendo desejável que todas as

Misericórdias possuam as suas

próprias autonomias com dignida-

de, pois é a forma de melhor cum-

prirem as suas Missões Sociais, é

também saudável haver Misericór-

dias mais avançadas para servirem

como modelo, tanto de qualidade

de serviços prestados como capa-

cidade de gestão organizacional e

económica, desde que possam

transmitir os seus métodos e expe-

riências às mais frágeis, ajudando-

as a criar novos caminhos e pers-

pectivar soluções alternativas.

Houve um grande enfoque na

redução de custos, terminando o

Dr. Manuel de Lemos com um ape-

lo às Misericórdias no sentido de

se esforçarem e unirem de forma a

comprarem em conjunto, para que

volumes mais elevados conduzam

à redução de preços.

Apesar de não conhecer em por-

menor as grandes dificuldades que

algumas Misericórdias atravessam,

é notório que as maiores aflições

se concentram nas instituições que

anuíram aos Cuidados Continua-

dos, não só pelos avultados inves-

timentos feitos e responsabilida-

des assumidas, como pelo incum-

primento por parte das Entidades

responsáveis.

De registar ainda a mensagem final

da Presidente da Mesa de Assem-

bleia, Dra. Maria Belém, alertando

para que as preocupações econó-

mico/ financeiras demonstradas,

não ponham em causa a verdadei-

ra missão do Compromisso das 14

Obras das Misericórdias.

Em conclusão, podemos constatar

que face às preocupações da

esmagadora maioria dos portugue-

ses, entidades e governo, causadas

pelas restrições das medidas de

austeridade, também as Misericór-

dias não conseguem ficar isentas,

sendo esta assembleia uma

demonstração clara da necessida-

de de se fazerem ouvir na procura

de soluções para a sua viabilidade

e sustentabilidade.

Um Bem-haja a todos.

ED

ITO

RIA

L

Luís Maria Venturinha de Vilhena

Provedor da Misericórdia de Sines

2

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

PREOCUPAÇÕES, AUTERIDADE E SUSTENTABILIDADE

Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES

Periodicidade Trimestral

Número 37

Edição Janeiro | Fevereiro | Março 2012

Director Luís Maria Venturinha de Vilhena

Redacção Rita Camacho

Revisão de Texto José Mouro, Rita Camacho

Fotografia Ricardo Batista, Rita Camacho

Grafismo | Montagem | Paginação Ricardo Batista, Rita Camacho

Tiragem 300 exemplares

Depósito legal 325965/11

Distribuição Gratuita

Ficha Técnica

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

Page 3: RENASCER 37

PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS

Matriz, pela rua Gago Coutinho.

A Procissão do Senhor dos Passos

é a celebração da Paixão de Jesus

Cristo, sendo evocado o sofrimen-

to que antecedeu a sua morte e

posterior ressurreição. Este acon-

tecimento religioso constitui uma

tradição bastante antiga, que se

realiza em Sines de dois em dois

anos.

Muitos fiéis acompanharam a edi-

ção 2012 da Procissão do Senhor

dos Passos, incluindo grupos uten-

tes jovens e idosos da Santa Casa

da Misericórdia.

3

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

Celebração que antecedeu a saída da Procissão

Cortejo da Nossa Senhora das Dores Cortejo do Senhor dos Passos

O actual Provedor da SCMS integrando o cortejo

Page 4: RENASCER 37

4

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

COLABORADORAS HOMENAGEADAS

Ester Louzerio, Maria Ânge-

la Lino, Beatriz Oliveira,

Paula Cova, Olívia Silva,

Maria Helena Santos e

Maria Manuela Silva foram

as sete colaboradoras

homenageadas pelos 25

anos ao serviço da Institui-

ção. Numa pequena entre-

vista, o “Renascer” recolheu

os seus testemunhos sobre

o trabalho na Santa Casa.

«Lembro-me perfeitamente

do meu primeiro dia de tra-

balho e posso dizer que gos-

tei de cá estar desde o pri-

meiro minuto. As coisas

eram muito diferentes do

que são hoje, tínhamos

menos utentes e fazíamos

de tudo um pouco. Cuidáva-

mos dos idosos, fazíamos

limpezas, enfim, tudo o que

fosse necessário. Actual-

mente, tenho outras fun-

ções, sou encarregada do

Lar Anexo II, mas a minha

postura é a mesma. Sempre

respeitei todos os que estão

à minha volta. Sinto que o

tempo passou depressa e

parece impossível já traba-

lhar aqui há 25 anos. Passei

por muitas situações ao lon-

go deste tempo, umas boas

e outras menos boas, mas o

saldo é positivo. Não penso

abandonar o serviço porque

gosto muito do que faço.

Sempre gostei!»

Maria Helena Santos

«Antes de vir para a Miseri-

córdia nunca tinha traba-

lhado com crianças. Vim

primeiro para o serviço de

limpeza e passados dois

anos passei para auxiliar de

acção educativa. Sinto-me

muito grata por fazer 25

anos de serviço. Apesar de

hoje a Instituição estar dife-

rente, o gosto e a dedicação

da minha parte mantêm-se.

Espero ainda trabalhar cá

muito tempo e poder conti-

nuar com a minha rotina

diária. Quero continuar a

receber os meus meninos

todos os dias, dar-lhes o

almoço, mudar-lhes as fral-

das, adormece-los, brincar

com eles, ler-lhes histórias e

dar-lhes miminhos. Temos

um carinho enorme por

estas crianças, é como se

elas fossem da nossa famí-

lia.»

Beatriz Oliveira

«Quando comecei a traba-

lhar na Misericórdia já

conhecia o pessoal e isso

facilitou a minha integra-

ção. No primeiro dia fui

muito satisfeita para casa e

continuo a ir porque gosto

muito do que faço. Há

dezoito anos que trabalho

na cozinha e há sete que

sou cozinheira. Faço a comi-

da para as crianças com

muito carinho. Temos de ter

atenção porque um não

come peixe, outro não come

carne, outro não come ver-

duras, mas é muito engra-

çado. Nestes 25 anos o

Infantário mudou muito,

mas para melhor. Hoje são

mais crianças e é bonito ver

que já temos cá algumas

que são filhas de pais que já

por aqui passaram. Conheci

os pais e agora conheço os

496º ANIVERSÁRIO DA MISERICÓRDIA DE SINES

No dia 22 de Fevereiro a Misericórdia de Sines fez 496

anos. A data foi assinalada com a realização de uma

Missa na Capela da Misericórdia e com a actuação do

Grupo Coral da Santa Casa nos lares e centro de dia

da Instituição. Além disso, foi feita uma homenagem

às sete colaboradoras que em 2011 completaram 25

anos de serviço prestado na Santa Casa da Misericór-

dia de Sines.

Estava prevista a realização de uma Festa de Aniversá-

rio no Salão Social da Misericórdia, durante a tarde do

dia 22, no entanto, devido a um surto de gripe, essa

festa foi cancelada.

Celebração da Missa na Capela da SCMS Actuação do Grupo Coral no Infantário

Page 5: RENASCER 37

filhos. Daqui a dois anos

penso reformar-me mas

continuarei a vir cá visitar

as colegas e os meninos,

pois sempre me dei bem

com toda a gente.»

Ester Louzeiro

«Antes de ser funcionária

da Misericórdia de Sines era

funcionária da Casa dos

Pescadores. Trabalhava

como empregada de limpe-

za na época em que, além

de lar de terceira idade,

existia, neste edifício,

maternidade e salas de

estudo. Era muito nova nes-

sa altura e o trabalho exigia

muita responsabilidade. Eu

estava sempre com medo

que alguma coisa pudesse

não correr bem. Há cerca de

24 anos, depois de uma bre-

ve passagem pela cozinha,

passei a ter as funções de

ajudante de lar. Gosto mui-

to do trabalho que faço. Ao

longo destes anos conheci

muitas pessoas que recordo

com carinho. Nós dedicamo

-nos aos utentes como se

eles fossem da nossa famí-

lia e isso é muito gratifican-

te. O que mais gosto no

meu trabalho é o facto de

sentir-me útil às pessoas

que mais precisam, sobretu-

do as que estão na enfer-

maria e que são mais

dependentes.»

Maria Ângela Lino

«Vim trabalhar para o Lar

Anexo II quando ele ainda

estava em obras. Inicial-

mente fiz limpezas e depois

comecei a cuidar dos ido-

sos, quando eles para lá

foram. Eramos praticamen-

te uma família, e em oca-

siões especiais até trazía-

mos os nossos filhos e pas-

sávamos bons momentos

com os idosos, a brincar e a

contar anedotas. Hoje pos-

so dizer, do coração, que

gosto muito daquilo que

faço. Penso até que, quando

me reformar, vou continuar

a cuidar de idosos. Gosto

muito de ajudar e quando

há um familiar, um amigo

ou um vizinho que precisa,

eu ajudo no que posso. Vim

trabalhar para a Misericór-

dia porque foi o emprego

que encontrei, mas fiquei a

gostar muito desta profis-

são.»

Maria Manuela Silva

«O meu primeiro dia de tra-

balho foi uma coisa estra-

nha porque não estava

habituada a este serviço e

quando cheguei a casa pen-

sei “se calhar não tenho

perfil e vou desistir”. Mas

não desisti e já lá vão 25

anos como ajudante de lar.

É um trabalho que alguém

tem de fazer e eu aprendi a

gostar dele. Trabalhar tanto

tempo no mesmo sítio é

bom porque habituamo-nos

às situações e, neste caso,

ficamos a conhecer o que é

a velhice. Tive sempre boa

camaradagem com as

minhas colegas e um espiri-

to positivo e brincalhão,

pois tento lidar o melhor

possível com aquilo que é

menos positivo, até mesmo

com a morte. No início ia

para casa a pensar muito

nas coisas, mas a experiên-

cia ajudou-me a encaixar

melhor as situações. A

Misericórdia hoje está dife-

rente, o trabalho é mais

organizado e já não é tão

custoso. Lembro-me de

andar ao frio e à chuva com

as minhas colegas para

levarmos roupa e comida

do Lar Prats para o Lar Ane-

xo II. Tínhamos umas alco-

fas e em dias de vendaval

as tampas voavam ladeira

abaixo e mais tarde os fun-

cionários da Guarda Fiscal é

que as devolviam à Institui-

ção. Eram tempos difíceis,

mas felizmente as coisas

mudaram para melhor.»

Olívia Silva

«Adorei o meu primeiro dia

de trabalho. Vim logo aqui

para o Infantário, tinha

então 17 anos e o que eu

mais queria era trabalhar

com crianças. Tinha o dese-

jo de ser educadora, mas

como não foi possível senti-

me realizada na mesma por

vir trabalhar para cá. Quan-

do se gosta mesmo daquilo

que se faz, 25 anos a traba-

lhar no mesmo sítio é bom.

Sinto-me satisfeita por aju-

dar as crianças a crescer e é

muito bonito cuidar de dife-

rentes gerações, pois já

aconteceu cuidar de crian-

ças cujos pais também fre-

quentaram o nosso Infantá-

rio. As melhores recorda-

ções que tenho destes 25

anos de trabalho na Miseri-

córdia estão relacionadas

com o facto de poder acom-

panhar as crianças desde

que têm poucos meses de

vida até irem para a Escola

Primária. Todas as idades

são especiais por motivos

diferentes, todas têm a sua

magia e é muito gratifican-

te vê-los crescer dia-a-dia.

No futuro quero continuar

nestas funções enquanto

puder, porque gosto mesmo

muito daquilo que faço.»

Paula Cova

5

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

O Provedor com as funcionárias homenageadas no dia 22 de Fevereiro

Page 6: RENASCER 37

No passado dia 3 de Março o pro-

grama de rádio da Misericórdia de

Sines, “Juntos na Solidariedade”,

completou um ano desde a sua pri-

meira emissão. Como forma de

assinalar a data, no dia 7 de Março,

foram feitas várias ligações em

directo à emissão da Rádio Sines, a

partir das instalações da Santa

Casa. Ao longo de todo o dia foram

entrevistados alguns colaboradores

que, além de caracterizarem a

Misericórdia, também falaram

sobre o dia-a-dia na Instituição.

O Provedor Luís Venturinha foi um

dos intervenientes, num dos direc-

tos, tendo apresentado aos ouvin-

tes o projecto “Prats Senior”. Luís

Cruz, professor da Escola de Artes

de Sines, foi outro dos entrevista-

dos, uma vez que trabalha directa-

mente com os idosos, numa Ofici-

na de Teatro. Esta oficina decorre

semanalmente, às quartas-feiras à

tarde, no Salão Social da Misericór-

dia.

O programa “Juntos na Solidarieda-

de” passa semanalmente na Rádio

Sines, às quintas-feiras às 10h40,

com repetição às sextas-feiras às

16h35 e aos domingos depois das

09h00. Ao longo do último ano

foram emitidos 54 programas que

deram voz aos utentes, colabora-

dores, órgãos sociais, voluntários e

demais parceiros da Misericórdia,

sempre com o objectivo de fortale-

cer a ligação entre a Misericórdia e

a comunidade local.

6

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

1º ANIVERSÁRIO DO PROGRAMA “JUNTOS NA SOLIDARIEDADE”

Luís Venturinha foi um dos intervenientes numa das ligações em directo

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES

Avenida 25 de Abril, n.º 2

Apartado 333

7520-107 SINES

Site: www.scmsines.org

E-mail: [email protected]

Secretaria Tel. 269630460 | Fax. 269630469

E-mail: [email protected]

Horário de Atendimento: 09h00-13h00 | 14h00-16h00

Acção Social (Lares, Centro de Dia, Apoio Domiciliário) Tel. 269630460 | Fax. 269630469

E-mail: [email protected]

Horário de Atendimento: 9h00-13h00 | 14h00-17h00

Infantário “Capuchinho Vermelho” Tel. 269630466 | Telm. 967825287

E-mail: [email protected]

Horário de Funcionamento: 07h45-19h45

Informações Úteis

Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de

Sines na Rádio Sines

QUINTAS-FEIRAS ÀS 10:40 | SEXTAS-FEIRAS ÀS 16:35

Page 7: RENASCER 37

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

7

BREVES

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

SESSÃO SOBRE ALCOOLISMO

No dia 30 de Março realizou-se no

Salão Social da Misericórdia uma

Assembleia-Geral, muito participa-

da, onde foi aprovado o Relatório

e Contas do Exercício do Ano de

2011. Além disso foi também

autorizado o recurso a um emprés-

timo bancário para financiar a

construção do novo Lar da Santa

Casa da Misericórdia de Sines. As

obras deste novo Lar deverão ter

início no próximo mês de Junho.

APROVAÇÃO DE CONTAS

Como habitualmente a Mesa

Administrativa da Santa Casa assi-

nalou o Dia Internacional da

Mulher, esse ano através da distri-

buição de flores a todas as colabo-

radoras e utentes da Instituição. É

de referir que na Misericórdia tra-

balham 178 mulheres e entre o

universo de 322 utentes adultos,

200 são do sexo feminino.

Dia 27 de Janeiro o Salão Social da

Misericórdia acolheu uma Sessão

de Esclarecimento sobre Alcoolis-

mo organizada pelos Alcoólicos

Anónimos de Portugal em parceria

com a Associação Espiga e com o

Núcleo Local de Inserção de Sines.

Esta sessão, aberta ao público em

geral, contou com a participação de

técnicos e utentes da Santa Casa

que puderam não só debater a

temática do consumo excessivo de

álcool, mas também escutar o tes-

temunho de dois ex-alcoólicos.

PUB

Page 8: RENASCER 37

Em 1939 a cidade de Setúbal viu

nascer Jaime da Costa Gonçalves,

mais conhecido por “Jaime Setuba-

lão”, alcunha que se ficou a dever à

sua naturalidade. Com 8 anos, Jai-

me e a família fixaram-se em Sines,

a terra onde sempre viveu. As

recordações mais antigas que lhe

preenchem a memória, levam-no

obrigatoriamente ao mar, seu com-

panheiro de vida. «O meu pai era

motorista de uma empresa de

transporte de peixe e insistiu comi-

go para o acompanhar nessa acti-

vidade, mas eu não me sentia bem

preso dentro de um carro. Desde

pequenino sempre fui um apaixo-

nado pelo mar». Jaime Gonçalves

recorda-se de, com apenas 10 anos

de idade, fugir de casa e ir para o

mar nas embarcações de pesca.

«Nessa altura a minha situação era

clandestina e andava constante-

mente de barco em barco, porque

ainda não tinha a cédula maríti-

ma.» Quando obteve este docu-

mento essencial para a actividade

piscatória, Jaime Gonçalves tinha

então 13 anos. «Lembro-me do dia

em que consegui a minha cédula

marítima como se fosse hoje! O

capitão do Porto de Sines era ami-

go do meu pai e perguntou-me se

não queria tratar da documenta-

ção para obter a cédula marítima.

Eu nem queria acreditar, nesse dia

não fui ao mar, fui logo à Capitania

de Sines, fui com a minha mãe tirar

fotografias na antiga Fotocorreia e

tratei de tudo. Ainda demorou uns

dias até ter o documento pronto,

mas assim já podia trabalhar sem

problemas. Quando me deram a

cédula marítima foi uma grande

satisfação e a partir daí deixei de

ser clandestino e qualquer embar-

cação me podia dar trabalho.»

A única actividade em que Jaime

Gonçalves trabalhou, ao longo de

toda a vida, foi na pesca.

«Trabalhei até aos 67 anos em

várias embarcações, mas aquela

onde estive mais tempo foi na trai-

neira “Glória de Sines”. Trabalhei lá

20 anos como gelador. Era eu, com

a ajuda de um colega, quem sepa-

rava e guardava o peixe nos tan-

8

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ...

Jaime GonçalvesJaime Gonçalves

Page 9: RENASCER 37

ques que existiam no porão do bar-

co. Éramos responsáveis por fazer

com que o peixe chegasse a terra o

mais fresco possível. E não é para

me gabar, mas sempre fiz o meu

trabalho de forma perfeita.» Jaime

Gonçalves afirma que este era um

trabalho muito duro, mas ao mes-

mo tempo reconhece, sem hesitar,

que tinha muito entusiasmo pela

sua actividade profissional. «Tenho

muitas saudades da vida do mar e

do tempo em que trabalhava de

manhã à noite e passava a maior

parte dos dias em cima das ondas.

A traineira onde trabalhava pesca-

va ao largo de Marrocos. Vínhamos

a casa só uma vez por mês e era

raro ficarmos em terra mais do que

três dias. Quase nem conhecíamos

a família e as datas festivas eram

sempre passadas no mar.»

Nas palavras de Jaime Gonçalves a

pesca de antigamente, era uma

actividade próspera. «Pescávamos

toneladas e toneladas de peixe-

espada, chaputa, safio, cherne,

enfim, toda a qualidade de peixe, e

ganhava-se bom dinheiro. A trai-

neira “Glória de Sines”, onde eu

trabalhava, tinha 23 metros de

comprimento, era um barco muito

grande, e quando íamos a Marro-

cos carregávamos o barco até ao

máximo. Trabalhavam 20 homens

a bordo da traineira e outros 8 fica-

vam em terra, a fazer outras activi-

dades, por exemplo, safar apare-

lho. Por ser em grande quantidade,

vendíamos o peixe na Lota em Lis-

boa e o que restava vendíamos em

Sines.»

Apesar de por vezes o mar ser trai-

çoeiro, Jaime Gonçalves nunca sen-

tiu medo ao longo dos quase 60

anos de profissão. Nem mesmo

quando sofreu um grave acidente

de trabalho, a sua motivação

esmoreceu. «Tinha 30 anos quan-

do caí duma altura de sete metros

no porão do barco. Parti uma ver-

tebra, fui levado para um hospital

em Marrocos e depois, como a

situação era grave, fui transferido

de avião para Lisboa. Andei 2 anos

com um colete de gesso no tronco,

mas assim que recuperei voltei ao

mar. A minha mãe não queria, mas

esse era o meu maior desejo. Sem-

pre tive um grande entusiasmo por

essa vida e nunca senti medo. Pos-

so mesmo dizer que quando o tem-

po estava bom até pedíamos que

viesse uma pequena tempestade

para quebrar a monotonia.»

O mar deu a Jaime Gonçalves as

melhores recordações da vida, mas

também lhe roubou a oportunida-

de de saber ler e escrever. «Não fui

à escola porque só queria ir para o

mar. Os meus pais insistiram comi-

go para frequentar a escola, mas

eu fugia assim que me apanhava

no recreio. Apenas aprendi a escre-

ver o meu nome e foi a minha irmã

quem me ensinou.» Ao longo da

vida, os tempos livres sempre

foram escassos e Jaime Gonçalves

recorda-se esporadicamente de

participar em bailes e ao domingo

assistir aos jogos de futebol. Benfi-

quista de coração, chegou a jogar

na equipa de reservas do Vasco da

9

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

Jaime Gonçalves numa visita à Assembleia da República

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10

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

Gama e recorda-se perfeitamente

de, em pequeno, ainda não tinha

10 anos, ter ido a pé de Setúbal a

Évora ver o Vitória de Setúbal jogar.

«Foi tudo por causa de uma apos-

ta. Eu e outro rapaz fomos a pé,

descalços, ver o Vitória de Setúbal

jogar com o Lusitano de Évora.

Demorámos 3 dias a chegar lá.

Tínhamos um mapa que nos fize-

ram, fomos sempre pela estrada e

dormimos e comemos onde calhou.

A sorte foi que quando chegámos a

Évora encontrámos um jogador do

Vitória de Setúbal que nos deu

comida, roupa e nos arranjou um

bilhete de comboio para regressar-

mos, depois do jogo. Foi uma histó-

ria tão engraçada que veio no jor-

nal e tudo, pois as pessoas não

acreditavam que tínhamos sido

capazes de ir a pé de Setúbal a Évo-

ra. E nunca me hei-de esquecer que

foi nessa ocasião que pela primeira

vez calcei um par de ténis.»

Nos seus tempos de juventude Jai-

me Gonçalves coleccionou alguns

namoricos, não muitos, casou aos

28 anos e tem duas filhas e uma

neta, que são o seu maior orgulho.

Em 2008 veio viver para o Lar Ane-

xo II da Misericórdia de Sines, por

razões de saúde e porque vivia

sozinho. «Quando vim para a Mise-

ricórdia não andava e hoje já consi-

go dar as minhas voltinhas só com

a ajuda de uma muleta. Poder vol-

tar a andar foi uma das melhores

coisas que me aconteceu ultima-

mente. E em relação a estar aqui

no lar posso dizer que me sinto cá

bem, tenho boa companhia e é

como se as pessoas que estão aqui

comigo fossem a minha família,

uma família como nunca tive.»

Apesar de confessar que é doloro-

so pensar na diferença entre a vida

de antigamente e a de hoje em dia,

Jaime Gonçalves deseja que o futu-

ro lhe reserve coisas boas, princi-

palmente saúde para poder conti-

nuar a dar os seus pequenos pas-

seios.

No passado mês de Mar-

ço 3 utentes do Apoio

Domiciliário da Misericór-

dia de Sines foram con-

templados com equipa-

mentos de Teleassistên-

cia, no âmbito de uma

parceria com a União das

Misericórdias Portugue-

sas e a Portugal Telecom.

Estes utentes vivem sozi-

nhos, necessitam de

acompanhamento médi-

co frequente e através

deste novo serviço gratui-

to dispõem de assistência

24 horas por dia. O equi-

pamento de Teleassistên-

cia funciona como um

telefone normal, está liga-

do directamente a um call

center, onde o atendi-

mento é feito por médi-

cos e enfermeiros, tem

uma tecla de SOS e possui

um pendente sem fios,

com alcance até 30

metros. A nível nacional a

União das Misericórdias

Portuguesas e a Portugal

Telecom ofereceram 1000

equipamentos de Teleas-

sistência com o intuito de

combater a solidão dos

mais velhos.

NOVO SERVIÇO DE TELEASSISTÊNCIA

Cândido Correia foi um dos utentes contemplados com este serviço

Jaime Gonçalves com 25 anos

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11

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

PUB

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12

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

A APAV – Associação Portuguesa

de Apoio à Vítima apoiou, em

2011, mais de 6500 vítimas de vio-

lência doméstica, sendo esta uma

problemática bastante actual cujos

impactos na sociedade são minimi-

zados por diferentes Associações e

Instituições Particulares de Solida-

riedade Social.

Desde 2003 que a Misericórdia de

Sines se associou a esta causa ao

dispor de um Centro de Acolhi-

mento Temporário que hospeda,

de forma segura e confidencial,

mulheres vítimas de violência

doméstica, com ou sem filhos, que

se encontrem em situação de risco

ou não tenham suporte familiar.

Este centro funciona em Sines,

numa moradia que é propriedade

da Misericórdia, e dispõe de 14

vagas, que presentemente estão

totalmente preenchidas. As uten-

tes do “Porto D’Abrigo” podem

permanecer na Instituição no

máximo durante um ano e nesse

período é definido, de forma con-

junta, o projecto de vida de cada

uma delas de modo a que se

encontre uma resposta adequada

em termos da sua integração

socioprofissional.

Durante o tempo em que as

mulheres permanecem no Centro

“Porto D’Abrigo” é-lhes dado apoio

ao nível da alimentação, alojamen-

to, apoio psicológico e psiquiátrico,

protecção, segurança e apoio jurí-

dico. A equipa técnica deste Centro

é constituída por uma Directora

Técnica, licenciada em Sociologia,

e seis auxiliares de acção educati-

va, quatro a tempo inteiro e duas

em part-time, que asseguram um

acompanhamento a todas as uten-

tes durante 24 horas.

Desde que foi inaugurado o Centro

de Acolhimento Temporário “Porto

D’Abrigo” já apoiou 40 agregados

familiares afectados por violência

doméstica .

O “Renascer” visitou o “Porto D’A-

brigo” e recolheu o testemunho de

uma das suas utentes, que apesar

das dificuldades deixou uma men-

sagem de esperança. «Tenho 24

anos e estou no “Porto D’Abrigo”

há quase 3 meses. Vim para cá

porque infelizmente o meu marido

maltratou-me. Pedi ajuda, e a

Segurança Social encaminhou-me

aqui para o “Porto D’Abrigo”. Toda

a situação que vivi foi muito difícil

e entristece-me, mas tento superar

as coisas com a ajuda das funcio-

nárias e das outras utentes do

“Porto D’Abrigo”. Fui muito bem

recebida e as pessoas que aqui

encontrei são como uma família

para mim, damo-nos todas muito

bem. Estou a tentar arranjar

emprego e em conjunto com a Ins-

tituição estou a fazer todos os pos-

síveis trazer a minha filha para

perto de mim. Neste momento só

vejo a minha filha ao fim-de-

semana e o meu maior sonho era

poder tê-la comigo. Se assim fosse,

tudo seria mais fácil. No futuro

O NOSSO “PORTO D’ABRIGO”

Imagem do interior da casa

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13

imagino-me a trabalhar aqui em

Sines, com a minha filha perto de

mim e com um cantinho só para

nós. Ter vindo para o “Porto D’Abri-

go” foi muito bom, mudou a minha

vida e até a relação com a minha

família melhorou. Quando me for

embora vou levar boas recorda-

ções. A melhor será certamente a

maneira especial como as funcio-

nárias nos tratam. Elas são como

verdadeiras mães, orientam-nos,

têm toda a calma do mundo con-

nosco e tratam-nos com carinho e

amizade.»

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

PASSEIO POR LISBOA

No passado dia 04 de

Abril os jovens mais

velhos do Lar “A Âncora”

foram passear a Lisboa

acompanhados dos técni-

cos da Instituição. O

objectivo desta visita foi

proporcionar aos jovens

um contacto com a cida-

de, de forma a familiariza-

rem-se com o ritmo e

modo de vida da capital.

As viagens de metro pro-

porcionaram o contacto

com este meio de trans-

porte, para alguns desco-

nhecido, o que para além

do conhecimento geral da

rede, permitiu-lhes

aprender a tirar os títulos

de transporte e carrega-

mentos, bem como o fun-

cionamento do sistema.

O passeio centrou-se na

zona da Baixa lisboeta:

Avenida da Liberdade,

Restauradores, Rossio,

Terreiro do Paço, Chiado e

Bairro Alto. A pé, olhar a

cidade e prestar atenção

aos sítios de referência,

sentir o ritmo e observar

outras formas de estar.

Todos gostaram e querem

voltar para gradualmente

se poderem movimentar

num grande centro urba-

no.

Os rapazes do Lar “A Âncora” de visita a Lisboa

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O local onde hoje está ins-

talada a Santa Casa da

Misericórdia de Sines aco-

lheu, em finais do século

XIX e inícios do século XX,

a Fábrica de Cortiça de

José Narciso Francisco

Prats. Em testamento, José

Prats doou as actuais ins-

talações da Misericórdia à

vila de Sines e deixou indi-

cações expressas sobre o

que pretendia que aconte-

cesse:

«(…) Deixo esta fábrica e

terrenos em Sines, com os

seus edifícios e todas as

máquinas e inventário (…)

à vila de Sines (Portugal)

com encargo de usar este

legado unicamente para

um sanatório que deve ter

o nome de “Sanatório

Prats”. (…) O fim do Sana-

tório será o de criar um

lugar de recreio e balneá-

rio para pessoas de ambos

os sexos. Os edifícios serão

instalados e dispostos de

maneira que ao princípio

contenham pelo menos

vinte dormitórios e depois

tantos quantos forem

necessários. (…) As pes-

soas que forem admitidas

no Sanatório pagarão em

princípio uma pensão ade-

quada. (…) Se em qualquer

tempo houver excedente

de receitas no Sanatório

(…) esse excedente será

empregado para socorrer

os pobres da vila de Sines.

O Sanatório terá sempre

dois administradores. Meu

desejo é que este cargo

seja desempenhado pelos

que nesta época são páro-

cos católicos e pelo presi-

dente da Câmara Munici-

pal (alcaide) de Sines, mas

se estes senhores não se

acharem dispostos a isso,

então deve sê-lo por dois

senhores que vivam em

Portugal e, se for possível,

em Sines, e que sejam pro-

postos um pelo pároco

católico de Sines e outro

por meus testamenteiros.

(…)»

excerto do testamento de José

Prats, depositado sob o número

15973 no Tribunal de Primeira

Instância de Hamburgo em 28 de

Janeiro de 1916

14

RENASCER

bo le t im in fo rmat i vo

DANÇA, CANTO E TEATRO TODAS AS SEMANAS NO SALÃO SOCIAL

Antigo edifício do actual Lar Prats

A Oficina de Dança com o professor Bruno Alexandre

A NOSSA HISTÓRIA...

Lar Prats, antiga Casa dos Pescadores

Desde início de 2012 que a

Santa Casa trabalha em

parceria com a Escola de

Artes de Sines, na realiza-

ção de oficinas de arte des-

tinadas aos idosos da Insti-

tuição. Às segundas-feiras

de tarde decorre no Salão

Social a Oficina de Dança,

às terças-feiras de manhã,

no mesmo espaço, tem

lugar a Oficina de Canto e

às quartas-feiras de tarde é

a vez da Oficina de Teatro

também no Salão Social.

Cátia Leonardo, Bruno Ale-

xandre e Luís Cruz são, res-

pectivamente os professo-

res de canto, dança e tea-

tro, que dinamizam estas

aulas. Os idosos têm aderi-

do de forma significativa a

estas oficinas, criadas com

o objectivo de alargar a

actividade da Escola de

Artes de Sines e ao mesmo

tempo estimular a popula-

ção idosa a nível cognitivo

e motor. Outro dos objecti-

vos é o de despertar o inte-

resse e a curiosidade dos

idosos por actividades

artísticas.

Page 15: RENASCER 37

15

RENASCER bo le t im in fo rmat i vo

No dia 11 de Abril a Misericórdia

de Sines assinou um protocolo

com a Ordem dos Médicos de for-

ma a poder apoiar os residentes da

Casa do Médico de São Rafael em

Sines, que se encontrem em situa-

ção de dependência. De acordo

com Pereira Coelho, Presidente do

Concelho Regional do Sul da

Ordem dos Médicos, este Protoco-

lo «permite alargar os serviços

prestados pela Casa do Médico de

São Rafael, na medida em que

todos os médicos que se encon-

trem diminuídos nas suas capaci-

dades, e que por isso dependam de

terceiros, serão apoiados pela San-

ta Casa da Misericórdia de Sines.

Esta era uma limitação que existia,

a Ordem dos Médicos tinha cons-

ciência dela, e por isso foi estabele-

cido este Protocolo. A partir de

agora será mais fácil promover a

utilização da Casa de São Rafael.»

Esta casa foi inaugurada em 2008 e

destina-se a acolher médicos, seus

familiares ou quem com eles viva

em regime de união de facto, de

ambos os sexos, em regime de

residência prolongada.

VISITA DA DIRECTORA DA SEGURANÇA SOCIAL DE SETÚBAL

ÚLTIMAS

Ana Clara Birrento, Directora do

Centro Distrital de Setúbal da

Segurança Social há cerca de

quatro meses, visitou as insta-

lações da Misericórdia de Sines

no dia 11 de Abril. O objectivo

da visita, que aconteceu no

mesmo dia em que Ana Birren-

to visitou outras Misericórdias

do Litoral Alentejano, passou

por conhecer a realidade da Insti-

tuição e tomar contacto com as

suas necessidades mais premen-

tes. A Directora da Segurança

Social visitou os três lares de ido-

sos e o Lar de Rapazes “A Âncora”,

na companhia do provedor Luís

Venturinha, de membros da Mesa

Administrativa e dos Direc-

tores Técnicos das diferen-

tes respostas sociais da Ins-

tituição. No final Ana Bir-

rento deixou uma mensa-

gem de agradecimento

pelo trabalho desenvolvido

na Instituição e prometeu

colaborar com as altera-

ções necessárias para

melhorar a qualidade de vida dos

utentes da Misericórdia.

Ana Birrento de visita à SCMS

PROTOCOLO COM A ORDEM DOS MÉDICOS

PÁSCOA NA MISERICÓRDIA DE SINES

No dia que antecedeu a Sexta-feira

Santa foram distribuídos por todos

os utentes da Misericórdia as tradi-

cionais amêndoas da Páscoa. Além

disso os utentes provaram também

os folares, típicos desta época do

ano.

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RENASCER

bo l e t im i n f o rmat i v o

AGRADECIMENTOS

O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuíram para que este meio de comuni-

cação da nossa Instituição se tornasse uma realidade.

Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informativo,

assim como aumentar a sua tiragem e, consequentemente, divulgá-lo junto de um público cada vez mais

vasto, revela-se de grande importância o apoio destes e de outros patrocinadores.

Obrigada por nos ajudarem a sermos melhores!

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CEMETRA

Centro de Medicina do Trabalho da Área de Sines

Rua Júlio Gomes da Silva, n.º 15 7520-219 SINES Tel.: 269633014 Fax: 269633015

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MATERIAL MÉDICO-HOSPITALAR, LDA.

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Telf.: 284 41 41 39 Fax: 284 41 41 67

Contribuinte nº 503 841 455

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