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ANO I N˚ 6 ABRIL DE 2010 www.smarja.com.br Implantada em 2008, a fiscaliza- ção de mineração de areia por meio de sistema de posicionamento global (GPS, na sigla em inglês) recebeu aval, por pelo menos mais três anos, de em- presas do setor e de órgãos públicos. Em meados de abril, foi renovado o contrato para manutenção do serviço em embarcações que operam na ex- tração de areia do Rio Jacuí. O contra- to inicial teve prazo de vigência de dois anos. A renovação prevê três anos. A aplicação da tecnologia GPS à fiscalização tem o objetivo de comba- ter a ação de piratas na extração ilegal do minério em rios gaúchos. O siste- ma permite a fiscais ambientais mo- nitorar, em tempo real, se a dragagem está sendo realizada dentro das espe- Renovado contrato para uso de GPS Sustentabilidade. Dezesseis letras que, reunidas, têm consti- tuído, nos 16 anos de existência da empresa, a tônica da atuação da Sociedade dos Mineradores do Rio Jacuí (Smarja). A preocu- pação com sustentabilidade está na gênese da formação da Smar- ja, motivada pela necessidade de dar condições a pequenos mine- radores de operar com o que há de mais moderno na extração responsável de areia. Nesta edi- ção do informativo Grão de Areia, são apresentados alguns resulta- dos deste compromisso. Comemoramos, por exemplo, a renovação do contrato para utilização de GPS na fiscalização da mineração em rios gaúchos (leia reportagem nesta página), uma iniciativa que, desde o pri- meiro momento, teve apoio in- tegral da Smarja. Na página cen- tral, exibimos com orgulho os resultados da pesquisa de opi- nião sobre a atividade de mine- ração de areia. As conclusões do estudo demonstram que a serie- dade aplicada pela Smarja e ou- tras empresas do setor tem ob- tido reconhecimento por parte da sociedade gaúcha. A palavra-chave FISCALIZAÇÃO Sistema garante eficiência no controle de operação de barcos que operam na extração de areia em rios gaúchos cificações legais. Caso ocorra flagran- te de operação irregular, o equipa- mento minerador pode ser desligado por controle remoto. Trinta e três embarcações a servi- ço da Smarja estão equipadas com o sistema. O geólogo Ivan Zanette cal- cula que, no Estado, cerca de 80 bar- cos têm o equipamento a bordo. A diretora financeira da Smarja, Jussara Schelp, salienta que o GPS é uma fer- ramenta que, além de garantir a efi- cácia da fiscalização, facilita a ativida- de do minerador. “Com o GPS, fica muito mais fácil posicionar o barco da melhor maneira para executar a ex- tração. E a melhor maneira é aquela que minimiza eventuais impactos am- bientais”, afirma.

Renovado contrato para uso de GPS · Ambientalista “Porto Alegre tem uma situação privilegiada, pois tem ... cerá lancha e piloto, que serão mantidos pela prefeitura, para reforçar

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Page 1: Renovado contrato para uso de GPS · Ambientalista “Porto Alegre tem uma situação privilegiada, pois tem ... cerá lancha e piloto, que serão mantidos pela prefeitura, para reforçar

ANO I N˚ 6 AbrIl DE 2010

w w w. s m a r j a . c o m . b r

Implantada em 2008, a fiscaliza­ção de mineração de areia por meio de sistema de posicionamento global (GPS, na sigla em inglês) recebeu aval, por pelo menos mais três anos, de em­ presas do setor e de órgãos públicos. Em meados de abril, foi renovado o contrato para manutenção do serviço em embarcações que operam na ex ­tra ção de areia do Rio Jacuí. O contra­ to inicial teve prazo de vigência de dois anos. A renovação prevê três anos.

A aplicação da tecnologia GPS à fiscalização tem o objetivo de comba­ter a ação de piratas na extração ilegal do minério em rios gaúchos. O siste­ma permite a fiscais ambientais mo­nitorar, em tempo real, se a dragagem está sendo realizada dentro das espe­

Renovado contrato para uso de GPS

Sustentabilidade. Dezesseis letras que, reunidas, têm consti-tuído, nos 16 anos de existência da empresa, a tônica da atuação da Sociedade dos Mineradores do Rio Jacuí (Smarja). A preocu-pação com sustentabilidade está na gênese da formação da Smar-ja, motivada pela necessidade de dar condições a pequenos mine-radores de operar com o que há de mais moderno na extração responsável de areia. Nesta edi-ção do informativo Grão de Areia, são apresentados alguns resulta-dos deste compromisso.

Comemoramos, por exemplo, a renovação do contrato para utilização de GPS na fiscalização da mineração em rios gaúchos (leia reportagem nesta página), uma iniciativa que, desde o pri-meiro momento, teve apoio in-tegral da Smarja. Na página cen-tral, exibimos com orgulho os resultados da pesquisa de opi-nião sobre a atividade de mine-ração de areia. As conclusões do estudo demonstram que a serie-dade aplicada pela Smarja e ou-tras empresas do setor tem ob-tido reconhecimento por parte da sociedade gaúcha.

A palavra-chave

FiSCAlizAção

Sistema garante eficiência no controle de operação de barcos que operam na extração de areia em rios gaúchos

cificações legais. Caso ocorra flagran­te de operação irregular, o equipa­mento minerador pode ser desligado por controle remoto.

Trinta e três embarcações a servi­ço da Smarja estão equipadas com o sistema. O geólogo Ivan Zanette cal­cula que, no Estado, cerca de 80 bar­cos têm o equipamento a bordo. A di retora financeira da Smarja, Jussara Schelp, salienta que o GPS é uma fer­ramenta que, além de garantir a efi­cácia da fiscalização, facilita a ativida­de do minerador. “Com o GPS, fica muito mais fácil posicionar o barco da melhor maneira para executar a ex-tração. E a melhor maneira é aquela que minimiza eventuais impactos am-bientais”, afirma.

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Formadores de opinião e re-presentantes de instituições am-bientais – privadas e públicas –, políticas e de esportes náuticos aprovam a atividade de minera-

ção fluvial de areia no Estado. Este é o resultado de estudo reali-

zado pelo Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO) sob encomenda da

Smarja. Para a pesquisa de caráter qualitativo, o IPO entrevistou 28 per-

sonalidades com expressiva atuação ou representa-ção com interesse direto no processo de extração do minério, em ações de proteção ambiental e no uso dos principais cursos d’água do Rio Grande do Sul.

De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados defende uma posição de equilíbrio entre preservação ambiental e atividades econômi-cas, com a adoção de modelo sustentável. A areia é reconhecida como bem valioso, cuja extração é apro-vada desde que realizada dentro da lei e com uso de tecnologia para preservar o meio ambiente. “Es-

PRodução e edição

joRnaliSta ReSPonSável Poti Silveira Campos (Reg. 8.407)

RePoRtaGem Cleidi Pereira e Débora Gama

tiRaGem 600 exemplaresRua júlio de Castilhos, 1.001/801 – Centro – lajeado/RS

95.900-000 – 51 3710.2311 – [email protected]

estudo aponta imagem positiva da mineração de areiaPesquisa

Levantamento encomendado pela Smarja ouviu representantes de instituições de proteção ambiental

As opiniões Algumas manifestações de entrevistados na pesquisa:“Uma empresa que trata o ambiente de forma sustentável não pode competir com uma empresa que depreda o meio ambiente.”Vereador

“Areia hoje é insubstituível.”Ambientalista

A areia é indispensável à construção civil.CoNCluSõeS DA PeSquiSA

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estudo aponta imagem positiva da mineração de areiaPesquisa

te entendimento representa justamente a prática da Smar-ja desde a fundação da empresa”, diz o presidente San-dro de Almeida.

Na avaliação de Almeida, as principais críticas ao processo de extração resultam do desconhecimento de técnicas e métodos empregados na atividade. “A pesqui-sa indicou que eventuais posições contrárias à mineração são justificadas por problemas que o setor solucionou há muito tempo. Tais críticas resultam, antes de tudo, do fato de haver muito mais divulgação, por parte da mídia, de ações negativas, realizadas por clandestinos, do que

As opiniões Algumas manifestações de entrevistados na pesquisa:

das atitudes positivas de empresas sérias do segmento”, afirma Almeida.

Tema de debate constante na sociedade porto-ale-grense, a extração de areia no Lago Guaíba também foi examina da pela pesquisa. A maioria dos entrevistados pelo Insti tuto de Pesquisas de Opinião (IPO) aprovou a atividade des de que realizada com planejamento, or-ganização, le gis lação e fiscalização. Também foi apon-tada a importân cia de realização de estudos técnicos para assegurar a adequação ambiental e garantir a sus-tentabilidade do negócio.

“A mineração de areia, muitas vezes, tem a pecha da destruição. Ela causa impacto, como qualquer atividade de extração, mas tem um equilíbrio relativo. Muitos dos impactos a ela atribuídos, na verdade, não são dela.”Dirigente de entidade de classe

“O Guaíba tem uma das maiores reservas de areia. Sem dúvida, merece uma condição que não seja de liberdade total e nem uma proibição de extrair.”Ambientalista

“Porto Alegre tem uma situação privilegiada, pois tem áreas que permitem a exploração de areia. Porto Alegre recebe muita areia de outras partes e que acabam se depositando no fundo do lago.”Ambientalista

“A sociedade tem que discutir se vai pegar areia do Lago Guaíba ou se vai continuar pegando areia de lugares mais distantes. Lugares mais distantes implicam em custos maiores.”Dirigente de órgão de regulação setorial

A mineração sustentável mantém políticas de compensação ambiental.

A sociedade é favorável à mineração com planejamento e fiscalização.

A extração de areia dos rios favorece a navegação.

A mineração de areia é importante para o desenvolvimento.

CoNCluSõeS DA PeSquiSA

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Parceria pela fiscalizaçãoParceria entre a prefeitura municipal de Butiá e o Centro de instrução de Butiá irá intensificar a fiscalização da minera-ção de areia no Rio Jacuí. o CiB forne-cerá lancha e piloto, que serão mantidos pela prefeitura, para reforçar a atuação de fiscais tributários e ambientais do município distante 79 quilômetros de Porto Alegre. Na avaliação do presiden-te da Smarja, Sandro de Almeida, “a ação beneficia a mineração, pois a fis-calização é fundamental para garantir a sustentabilidade do setor”.

Painel em São JerônimoCom seis metros quadrados, um painel de publicidade da Smarja será afixado no Clube 1º de Maio, em São Jerônimo, município distante 65 quilômetros de Porto Alegre. Fundado há 56 anos, o Clube 1º de Maio dispõe hoje do maior salão de festas da Região Carbonífera, com capacidade para acomodar confor-tavelmente 250 casais, sem ocupar es-paço da pista de dança. o salão foi to-talmente reformado. A obra contou com o apoio da Smarja, que contribuiu para a instalação de guarda-corpo no mezanino.

MiNeRAção

Consultora ambiental aprova método de trabalho da Smarja

O método de trabalho e as técnicas utilizados pela Smarja receberam o aval da consultora ambiental Sarah Glathar, 27 anos, de Portland, Oregon (EUA). Engenheira quí mica, Sarah orienta empresas e projetos nos Estados Unidos para assegu rar a sustentabilidade em empreendimentos desenvol­vidos naquele país. Há dois anos, um dos principais trabalhos da consul­tora é controlar a colocação de areia na Ilha Ross, no Rio Willamette, em Portland. A ilha sofreu consi derável processo de destruição em razão de ação de dragagem do rio reali za da incorretamente. A empresa responsável pela dragagem desenvolve ho je programa de recuperação do local.

“A Smarja atua preventivamente para evitar problemas como o que ocorreu no Rio Willamette”, disse Sarah, depois de visitar os locais de mineração da em­ presa no Rio Jacuí. “Da retirada ao transporte da areia, o processo é mui to bom”, avaliou Sarah, acompanhada do marido, Anthony Glathar, 27, en genheiro de produção. A consultora salientou a importância e a eficácia da uti lização de sistema de posicionamento global (GPS, na sigla em inglês) como ferra­menta para fiscalização de operações de barcos mineradores no Rio Jacuí.

Smarja na internetno portal da Smarja, você encontra todas as edições do informativo Grão de Areia, notícias sobre mineração e outras de interesse de responsabilidade social e ambiental, artigos sobre estes temas, previsão do tempo, entre muitos outros assuntos. visite www.smarja.com.br

A americana Sarah Glathar visitou área de mineração no Rio Jacuí, com o marido, Anthony