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DIÁRIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XLV - N 9 56 , TERÇA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 1990 BRAsÍLIA - DF /'< CAMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO 1- ATA DA 64- SESSÃO DA 4- SES- SÃO LEGISLATIVA DA 48- LEGISLA- TURA EM 28 de MAIO DE 1990 I- Abertura da Sessão U :.... Leitura e Assinatura da ata da ses- são anterior UI - LeituJ,"a do Expediente OFÍCIOS N. 33/90 - Do Senhor Deputado IB- o SEN PINHEIRO, Líder PMDB, comuni- cando alteração no quadro da Comissão de Economia, Indústria e Comércio. N. 431190 - Do Senhor Deputado RI- CARDO FIUZA, Líder do PFL, comuni- cando alteração no quadro dás Comis- sões. N. 432/90 - Do Senhor Deputado RI- CARDO FIUZA, Líder do PFL, comuni- cando alteração no quadro das Comis- sões. REQUERIMENTO Do Senhor Deputado ARNALDO PRIETO, solicitando a anexação de Pro- ,jetos de Lei. COMUNICAÇÃO Do Senhor deputado MICHEL TE- MER, comúnicando que está reassumin- do o mandato de Deputado Federal. MENSAGENS Mensagem n" 260, qe 1990 (Do Poder Executivo) .-:- Submete: à apreciação do Congresso Nacional o ato que "Outorga concessão à Rádio Princesa do Vale Lt- da., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, servi-' ço de radiodifusão em onda média, na cidade de Itaobim, Estado de Minas Ge- rais". Mensagem n· 420, de 1990 (Do Poder Executivo) - Submete à consideração do Congresso Nacional o texto da Conven- ção Destinada a Evitar a Dupla Tribu- tação e Prevenir a Evasão Fiscal em Maté- ria de Imp0sto sobre a Renda, celebrado 'entre a República Federativa do, Brasil e o Reino dos Países Baixos, em Brasília, em 8 de março de 1990. PROJETOS APRESENTADOS Projeto de Resolução n· 220, de 1990 (Do Sr. Paulo Mincarone) - Dispõe so- bre a execução do Programa de Assis- tência e Educação Pré-Escolar, de que trata o Ato da Mesa n" 27, de 1987. Projeto de Lei n. 5.035, de 1990 (Do Sr. José Carlos Coutinho) - Dispõe so- bre direito de aposentadoria ao trabalha- o dor rural. Projeto de Lei n· 5.038, de 1990 (Da Sra. Lurdinha Savignon) - Dispõe sobre a lice,nça-gestante à mulher empregada e dá outras providências. Projeto de Lei n. 5.041, de 1990 (Do Sr. Osvaldo Bender) - Autoriza a dedu- "ção de 5% (cinco por cento) do recolhi-' mento da parte patronal do INPS às em- presas que contemplarem seus emprega- dos com assistência direta ou indireta de serviços de saúd.e. Projeto de 'Lei 5.044, de 1990 (Do Sr. Fausto Fernandes) - Dispõe sobre a criação da Escola Agrotécnica Federal de 2· Grau, no Município de Uruará, no Estado do Pará, e dá outras providências. Projeto de -Lei 5.046, de 1990 (Do Sr. Octávio Elísio) - Dispõe sobre a cir- culação interna de minerais garimpáveis e dá outras providências. Projeto de Lei n· 5.047, de 1990 (Do Sr. Floriceno Paixão) - Dispõe sobre Co- missão de Segurança do Trabalho a bordo dos navios mercantes naciona,is. Projeto de Lei n. 5.053, de 1990 (Do Sr. Francisco Amaral) - Dispõe sobre o voto em trânsito. Projeto de Lei n· 5.055, de 1990 (Do Sr. Ricardo Izar) - Concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, na aquisição de veículos de trans- porte de escolares e dá outras providên- cias. Projeto de Lei n· 5.056, de 1990 (Do Sr. José Luiz de Sá) - Dispõe sobre con- cessão comercial entre produtores e distri- buidores de cervejas, refrigerantes, cho- pes e xaropes de refrigerantçs. o Projeto de Lei n. 5.057, de 1990 (Do Sr. José Luiz de Sá) - Dispõe sobre isen-

República Federativa do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD29MAI1990.pdfProjeto de Lei n. 5.053, de 1990 (Do Sr. Francisco Amaral) - Dispõe sobre

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DIÁRIORepública Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

ANO XLV - N9 56 , TERÇA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 1990 BRAsÍLIA - DF

/'<

CAMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

1- ATA DA 64- SESSÃO DA 4- SES­SÃO LEGISLATIVA DA 48- LEGISLA­TURA EM 28 de MAIO DE 1990

I - Abertura da Sessão

U :.... Leitura e Assinatura da ata da ses­são anterior

UI - LeituJ,"a do Expediente

OFÍCIOS

N. 33/90 - Do Senhor Deputado IB-o SEN PINHEIRO, Líder PMDB, comuni­cando alteração no quadro da Comissãode Economia, Indústria e Comércio.

N. 431190 - Do Senhor Deputado RI­CARDO FIUZA, Líder do PFL, comuni­cando alteração no quadro dás Comis­sões.

N. 432/90 - Do Senhor Deputado RI­CARDO FIUZA, Líder do PFL, comuni­cando alteração no quadro das Comis­sões.

REQUERIMENTO

Do Senhor Deputado ARNALDOPRIETO, solicitando a anexação de Pro­

,jetos de Lei.

COMUNICAÇÃO

Do Senhor deputado MICHEL TE­MER, comúnicando que está reassumin­do o mandato de Deputado Federal.

MENSAGENS

Mensagem n" 260, qe 1990 (Do PoderExecutivo) .-:- Submete: à apreciação do

Congresso Nacional o ato que "Outorgaconcessão à Rádio Princesa do Vale Lt­da., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi-'ço de radiodifusão em onda média, nacidade de Itaobim, Estado de Minas Ge­rais".

Mensagem n· 420, de 1990 (Do PoderExecutivo) - Submete à consideração doCongresso Nacional o texto da Conven­ção Destinada a Evitar a Dupla Tribu­tação e Prevenir a Evasão Fiscal em Maté­ria de Imp0sto sobre a Renda, celebrado'entre a República Federativa do, Brasile o Reino dos Países Baixos, em Brasília,em 8 de março de 1990.

PROJETOS APRESENTADOS

Projeto de Resolução n· 220, de 1990(Do Sr. Paulo Mincarone) - Dispõe so­bre a execução do Programa de Assis­tência e Educação Pré-Escolar, de quetrata o Ato da Mesa n" 27, de 1987.

Projeto de Lei n. 5.035, de 1990 (DoSr. José Carlos Coutinho) - Dispõe so­bre direito de aposentadoria ao trabalha- o

dor rural.

Projeto de Lei n· 5.038, de 1990 (DaSra. Lurdinha Savignon) - Dispõe sobrea lice,nça-gestante à mulher empregada edá outras providências.

Projeto de Lei n. 5.041, de 1990 (DoSr. Osvaldo Bender) - Autoriza a dedu­"ção de 5% (cinco por cento) do recolhi-'

mento da parte patronal do INPS às em­presas que contemplarem seus emprega­dos com assistência direta ou indireta deserviços de saúd.e.

Projeto de 'Lei n· 5.044, de 1990 (DoSr. Fausto Fernandes) - Dispõe sobrea criação da Escola Agrotécnica Federalde 2· Grau, no Município de Uruará, noEstado do Pará, e dá outras providências.

Projeto de -Lei n· 5.046, de 1990 (DoSr. Octávio Elísio) - Dispõe sobre a cir­culação interna de minerais garimpáveise dá outras providências.

Projeto de Lei n· 5.047, de 1990 (DoSr. Floriceno Paixão) - Dispõe sobre Co­missão de Segurança do Trabalho a bordodos navios mercantes naciona,is.

Projeto de Lei n. 5.053, de 1990 (DoSr. Francisco Amaral) - Dispõe sobreo voto em trânsito.

Projeto de Lei n· 5.055, de 1990 (DoSr. Ricardo Izar) - Concede isenção doImposto sobre Produtos Industrializados- IPI, na aquisição de veículos de trans­porte de escolares e dá outras providên­cias.

Projeto de Lei n· 5.056, de 1990 (DoSr. José Luiz de Sá) - Dispõe sobre con­cessão comercial entre produtores e distri­buidores de cervejas, refrigerantes, cho­pes e xaropes de refrigerantçs. o

Projeto de Lei n. 5.057, de 1990 (DoSr. José Luiz de Sá) - Dispõe sobre isen-

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5766 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

ção do Imposto de Renda em fãvor dosidosos.

Projeto de Lei n" 5.061, de 1990 (DoSr. José Carlos Coutinho) - Dispõe so­bre prisão especial para professores dequalquer nível ou grau de ensino.

Projeto de Lei n" 5.064, de 1990 (DoSr. Harlan Gadelha) - Autoriza o PoderExecutivo a transformar em autarquias asEscolas Agrotécnicas Federais dos Muni­cípios de Vitória do Santo Antão, BeloJardim, Barreiros e Petrolina, no Estado·de Pernambuco.

Projeto de Lei n" 5.069, de 1990 (DoSr. José Moura) - Altera a redação daLei n" 8.000, de 13 de março de 1990,que "concede isenção do Imposto sobreProdutos Industrializados - IPI, na aqui­sição de automóveis de passageiros e dáoutras providências.

Projeto de Lei n" 5.071, de 1990 (DoSr. Fábio Feldmann) - Dispõe sobre a

. proteção das cavidades naturais subterrâ,neas, em conformidade com os arts. 20,inciso X, e 216, inciso V, da ConstituiçãoFederal e dá outras providências.

Projeto de Lei n" 5.076, de 1990 (DoSr. João Paulo Pires) - Dispõe sobre osprocedimentos para a determinação dosalário- mínimo, estabelece provisoria­mente o valor do salário mínimo e dá ou­tras providências.

Projeto de Lei n" 5.079, de 1990 (DoSr. Hélio Rosas) - Dispõe sobre o exer­cício da profissão de Detetive Profissionale determina outras providências.

Projeto de Lei n" 5.081, de 1990 (DoSr. Hélio Costa) - Regulamenta o direitodos detentores de passagens aéreas pagasà vista ou com cartões com saldo.

IV - Pequeno Expediente

ANTÓNIO MARIZ - Apoio do Go:vemo Federal aos agricultores do Nor-

deste, em face da seca iminente na Re­gião.

MOZARILDO CAVALCANTI ­Abertura de crédito especial de emergên­cia para a Universidade Federal de Rorai­ma, Estado de Roraima.

GONZAGA PATRIOTA - Crise nosetor de saúde do País. Excelência dosserviços prestados pelo Centro de Reabili­tação Sarah Kubitschek, em Brasília, Dis­trito Federal.

NEY LOPES - Reajuste das presta­ções da casa própria.

PAULO MACARINI - Apelo ao Go­verno Federal para normalização do paga­mento dos proventos dos aposentados.Transcurso do 40" aniversário da Anfip- Associação Nacional dos Fiscais deContribuições Previdenciárias.

ROSÁRIO CONGRO NETQ - Pro­testo contra demissão de funcionários naRede Ferroviária S/A.

NILSON GIBSON - Importancia daimediata elaboração, pelo Congresso Na­cional, de nova política salarial.

JOSÉ FERNANDES - Prioridade navotação, pela Câmara dos Deputados, donovo Estatuto dos Servidores Públicoscom definição de regime jurídico único.Estabelecimento de plano de carreira pa­ra o magistério.

RUBEM BRANQUINHO - Impor­tância de adoção, pelo Governo Federal,de urgentes providências para erradicaçãodo analfabetismo no Estado do Acre.

ANTÓNIO CÁMARA - Liberação,pelo Ministério da Saúde, de recursos des­tinados à Fundação Nacional de Saúde.para atendimento ao Hospital de Caicó,Estado do Rio Grande do Norte.

V - Comunicações de Lideranças

(Não há oradores inscritos)

VI - Grande Expediente

PAULO MACARINI - Razões justi­ficadoras da apresentação de projeto de

lei autorizativo da desapropriação por in­teresse social, para fins de reforma agrá­ria, dos imóveis rurais da área de influên­cia da Ferrovia Norte - Sul.

ALOÍSIO VASCONCELOS - Artigode autoria do jornalista Carlos Chagas,a respeito do papel do Congresso Nacio­nal na atual conjuntura política. Conve­niência de reabertura do debate, pela so­ciedade brasileira, sobre a adoção da penade morte no Brasil.

WALMOR DE LUCA - Denúncia doliquidante do Departamento Nacional deObras e Saneamento, SI. Roberto VieiraMacedo, sobre conseqüências da extinçãodo DNOS. Correspondência da Associa­ção Beneficente dos Servidores da 14' Di­retoria Regional.

EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Conveniência·.de urgente elaboração,pelo Governo Federal, de programa deinvestimentos para_o setor energético.

VII - Comunicações Parlamentares

(Não há oradores inscritos)

FLÁVIO MARCÍLIO (Pela ordem)­Elogio a Irma Alvim, funcionária da Câ­mara dos Deputados, recentemente apo­sentada.

PRESIDENTE (Nilson Gibson) - So­lidariedade da Mesa aos elogios feitos àfuncionária Irma Alvim.

VIII - Encerramento

Discurso proferido pelo DeputadoPAES LANDIM nas Comunicações deLideranças do dia 24-5-90: Importânciada Atuação do Ministro Francisco Rezekà frente da Chancelaria brasileira.

2 - MESA (Relação dos membros)3 - LÍDERES E VÍCE.LÍDERES (Re, ­

lação dos membros)4 - COMISSÕES TÉCNICAS (Rela­

ção dos membros)

Ata da 64~ Sessão, em 28 de m~io de 1990Presidência dos Srs.: Nilson Gibson e Gonzaga Patriota

§ 2q do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 13:30 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:

José Melo

Acre

Geraldo Fleming - PMDB; Osmir Lima- PMDB; Rubem Branquinho - PL.

Amazonas

Ézio Ferreira - PFL; José Fernandes ­.PST.

Rondônia

Chagas Neto - PTB.

Tocantins

Eduardo Siqueira Campos - PDC.

Maranhão

EilOC Vieira - PFL; Haroldo Sabóia ­PDT; Joaquim Haickel- PTB; Onofre Cor­rêa-PMDB.

Piauí

Paes Landim - PFL.

Ceará

Flávio Marcílio - PDS; Furtado Leite­PFL.

Rio Grande do Norte

Antônio Câmara - PRN; Marcos Formiga- PST; Ney Lopes - PFL.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5767

Paraíba

Antonio Mariz - PMDB; João Agripino-PRN.

Pernambuco

Gonzaga Patriota - PDT; José Tinoco ­PFL; Nilson Gibson - PMDB; Osvaldo Coe­lho-PFL.

Alagoas

Renan Calheiros - PRN.

Bahia

João Alves - P.FL; Prisco Viana ­PMDB.

Espírito Santo

Nyder Barbosa - PMDB; Pedro Ceolin-PFL.

Minas Gerais

Aloísio Vasconcelos - PMDB; Gil Cesar-PMDB.

são Paulo

Aristides Cunha - PDC; João Rezek ­PMDB; Maluly Neto - PFL.

Goiás

Luiz Soyer - PMDB.Distrito Federal

Augusto Carvalho - PCB; Geraldo Cam­pos - PSDB; Jofran Frejat - PFL; MárciaKubitschek - PRN; Maria de Lourdes Aba­dia - PSDB; Sigmaringa Seixas - PSDB;Valmir Campelo - PTB.

Mato Grosso do Sul

Rosário Congro Neto - PSDB.Santa Catarina

Eduardo Moreira - PMDB; Paulo Maca­rini - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.

Rio Grande do Sul

Ivo Lech - PMDB.Amapá

Annibal Barcellos - PFL.Roraima

Chagas Duarte - PDT; Mozarildo Caval­canti -PFL.

I - ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - .

A lista de presença registra o comparecimen­to de 51 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do

povo brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.. O SI. Secretário procederá à leitura da atadá sessão anterior. _

fi - LEITURA DA ATA

O SR. JOSÉ FERNANDES, servindo como2" Secretário, procede à leitura da ata da ses-

são antecedente, a qual é, sem observações,aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Passa-se à leitura do expediente.

O SR. GONZAGA PATRIOTA, servindocomo I" Secretário procede à leitura do se­guinte

111 - EXPEDIENTE

OFÍCIOSDo Sr. Deputado Ibsen Pinheiro, Líder do

PMDB, nos seguintes termos:OF/IlLID/N" 133/90.

Brasília, 24 de maio de 1990Exm" SI.Deputádo Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Tenho a honra de comunicar a Vossa Exce­

lência que o Deputado Climério Velloso pas­sa a integrar, na qualidade de titular, a Co­missão de Economia, Indústria e Comércio,em vaga decorrente do desligamento do De­putado Francisco Carneiro do Partido do Mo­vimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Na oportunidade, renovo a Vossa Exce­lência protestos de estima e consideração. ­Deputado Ibsen Pinheiro.

Do Sr. Deputado Ricardo Fiuza, Líder do .PFL, nos seguintes termos:Ofício n" 431-L-PFLl90

Brasília, 24 de maio de 1990A Sua Excelência o Senhor·Deputado Paes de Andrade .DD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex' que o Deputado Ney

Lopes, membro titular da Comissão de Cons­tituição e Justiça e Redação, volta a integrara referida Comissão, bem como o DeputadoFurtado Leite retoma como membro efetivo,à Comissão de Defesa Nacional.

Na oportunidade, renovo a V. Ex' protes­tos de elevado apreço e distinta consideração.- Deputado Ricardo Fiuza.

Do Sr. Deputado Ricardo Fiuza, nos seguin­tes termos:Ofício n" 432·L-PFLl90

Brasília, 24 de maio de 1990A Sua Excelência o SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

.SI. Presidente,Comunico a V. Ex' que o Deputado Ete­

valdo Nogueira, membro suplente da Comis­são de Constituição e Justiça e Redação, voltaa integrar a referida Comissão, bem comoo Deputado Paulo Pimentel retoma, comomembro efetivo, à Comissão de Ciência eTecnologia, Comunicação e Informática.

Na oportunidade, renovo a V. Ex' protes­tos de elevado apreço e distinta consideração.- Deputado Ricardo Fiuza, Líder do PFL.

REQUERIMENTODo Sr. Deputado Arnaldo Prieto, nos se·

guintes termos:

REQUERIMENTO N" 2, DE 1990

Excelentíssimo SenhorDeputado Antônio Paes de AndradeDigníssimo Presidente da Câmara dos Depu­tados

Nos termos do art. 142, do Regimento In­terno da Câmara dos Deputados, solicito aV. Ex' promover a tramitação em conjuntocom o Projeto de Lei n" 602/83, das seguintesproposições: PL 982/88 - PL 1.971/89 - PL2.227/89 - PL 2.607/89 - PL 3.105/89 ­PL 3.711/89 - PL 4363/89.

N. TermosP. Deferimento.Brasília, 23 de maio de 1990. - Arnaldo

Prieto.

COMUNICAÇÃODo Sr. Deputado Michel Temer, nos seguin·

tes termos:Brasília, 28 de maio de 1990

A Sua Excelência o SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos Deputados

Sr. Presidente,Tendo em vista o afastamento do Sr. Depu­

tado Ralph Biasi, comunico a Vossa Exce­lência que, nesta data, reassumo o mandatode Deputado Federal, pela bancada do Parti­do do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB), da representação do Estado de SãoPaulo.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de estima e apré­ço. - Deputado Michel Temer.

MENSAGENS

MENSAGEM N' 260, DE 1990(Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que outorga concessão àRádio Princesa do Vale Ltda., para ex­plorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de radio·difusão sonora em onda média, na cida­de, de Itaobim, Estado de Minas Gerais.

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redl!ção.)

Excelestíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional.

Nos termos do artigo 49" inciso XII, com­binado com o § I" do artigo 223, da Consti­tuição Federal, tenho a honra de submeterà apreciação do Congresso Nacional, acom­panhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado das Comunicações, o atoconstante do Decreto nQ 99.161, de 12 de mar­ço de 1990, publicado no Diário Oficial daUnião do dia 13 de março de 1990, que "ou­torga concessão à Rádio Princesa do ValeLtda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)

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5768 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

.anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média, nacidade de ltaobim, Estado de Minas Gerais".

Brasília, 14 de março de 1990. -José Saro .neyEXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N"1l4/90, DE

3 DE MARÇO DE 1990, DE SENHORMINISTRO DE ESTADO DAS COMU­NICAÇÕES.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública,

De conformidade com as atribuições legaise regulamentares cometidas a este Ministé­rio, determinei' a publicação do Edital n"70/89, com vistas à implantação de uma esta­ção de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Itaobim, Estado de Minas Ge­rais...1. No prazo estabelecido pela lei, acorre­

ram as seguintes entidades:Rádio Princesa do Vale Ltda.,

- Global Comunicação Ltda eLeal e Nedir Ltda.

3. Os órgãos competentes deste Ministérioconcluíram no sentido de que, sob os aspectostécnico e jurídico, as entidades proponentessatisfizeram às exigências do Edital e aos re­quisitos da legislação específica de radiodi­fusão.

4. Nessas condições, à vista das entidadesque se habilitaram à execução do serviço ob­jeto do edital (quadro anexo), tenho a honrade submeter o assunto a Vossa Excelência,para fins de decisão, nos termos do artigo16 e seus parágrafos do Regulamento dos Ser­viços de Radiodifusão, com a redação dadapelo Decreto n" 91.837, de 25 de outubrode 1985. O ato de outorga somente virá aproduzir seus efeitos legais após deliberaçãodo Congresso Nacional, na forma do pará­grafo terceiro, do artigo 223, da Constituição.

.Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

DECRETO N" 99.114, DE 9 DEMARÇO DE 1990

Outorga concessão à Global Comuni·cação Ltda., para explorar serviço de ra·diodifusão sonora em onda média, na ciodade de Itaobim, Estado de Minas Ge·rais.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe conferem o artigo 84, itemIV, da Constituição, e o artigo 29 do Regula­mento dos Serviços de Radiodifusão, apro­vado pelo Decreto nO 52.795, de 31 de outu­bro de 1963, com a redação dada pelo Decre­to nO 88.067, de 26 de janeiro de 1983, etendo em vista o que consta do Processo MCn9 29000-004984/89, (Edital nO 70/89), decre­ta: .

Art. 19 Fica outorgada concessão à Glo­bal Comunicação Ltda., para explorar, peloprazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusi­vidade, serviço de radiodifusão sonora emonda média, na cidade d e Itaobim, Estadode Minas Gerais.

'Parágrafo único. A concessão ora outor­'gada reger-se-á pelo Código Bras\leiro de Te-

lecomunicações, leis subseqüentes, regula­mentos e obrigações assumidas pela outor­gada em sua proposta.. Art. 2" Esta concessão somente produ­zirá efeitos legais após deliberação do Con­gresso Nacional, na forma do artigo 223, pa­rágrafo terceito, da Constituição.

Art. 3" O contrato decorrente desta con­cessão deverá ser assinado dentro de 60 (ses­senta) dias, a contar da data de publicaçãoda deliberação de que trata o artigo anterior,sob pena de se tornar nulo, de pleno direito,o ato de outorga.

Art. 4" Este decreto entra em vigor nadata de sua publciação.

Brasília-DF, 9 de março de 1990; 169'.' daIndependência e 102" da República. - JOSÉSARNEY, Antonio Carlos Magalhães.Aviso n" 264-SAP.

Brasília, 14 de março de 1990A Sua Excelência o SenhorDeputado Luiz HenriqueDD. Primeiro Secretário da Câmara dos De­'putadosBrasília (DF)

Excelentíssimo Senhor Primero Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n" 99.161, de 12de março de 1990, que "outorga concessãoà Rádio Princesa do Vale Uda., para explo­rar, trela prazo de 10 (dez) anos, sem direitode exclusividade,· serviço de radiodifusão so­nora em onda média, na cidade de Itaobim,Estado de Minas Gerais".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Luiz Roberto Ponte, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil.

MENSAGEM N' 420, DE 1990(Do Poder Executivo)

Submete à consideração do CongressoNacional o texto da Convenção Destinadaa Evitar a Dupla Tributação e Prevenira Evasão Fiscal em Matéria de Impostosobre a ·Renda, celebrado entre a Repú.blica Federativa do Brasil e o Reino dosPaíses Baixos, em Brasília, em 8de marçode 1990.

(Às Comissões de Relações Exterio­res; de Constituição e Justiça e de Reda­ção; e Finanças e Tributação.)

Excelentíssimos Senhores membros doCongresso Nacional:

De conformidade com o disposto no artigo49, inciso I, da Constituição Federal, tenhoa honra de submeter à elevada consideraçãode Vossas Excelências, acompanhado de Ex­posição de Motivos do Senhor Ministro deEstado das Relações Exteriores, o texto daConvenção Destinada a Evitar a Dupla Tri­butação e Prevenir a Evasão Fiscal em Maté­ria de Imposto sobre a Renda, celebrado en­tre a República Federativa do Brasil e o Rei-

no dos Países Baixos, em Bras(Jja, em 8 demarço de 1990.

A importância da Convenção pode ser ex­plicada, "inter alia", pelo fato de que os Paí­ses Baixos são um dos quatro grandes parcei­ros comerciais do Brasil; com os quais seme­lhante acordo ainda não havia sido assinado.Os Países Baixos são ainda o principal portode destino de mercadorias brasileiras na Eu­ropa e poderão em virtude da Convençãovir a aumentar significativamente seus inves­timentos no Brasil.

Brasília, 18 de maio de 1990. - FernandoCollor.

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

TÍTULO IVDa Organização dos Poderes

CAPÍTULO IDo Poder Legislativo

SEçÃonDas Atribuições do Congresso Nacional

..........................................................Art. 49. É da competência exclusiva do

Congresso Nacional:I - resolver definitivamente sobr.e trata­

dos, acordos ou atos internacionais que acar­retem encargos ou compromissos gravosos aopatrimônio nacional;

..........................................................EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO SR. MI·

NISTRO DE ESTADO DAS RELA­ÇÕES EXTERIORES NoDPFIDAII105/PAIN-LOO-H23

Em 9 de maio de 1990.A Sua Excelência o SenhorFernando CollorPresidente da República

Senhor Presidente,Tenho a honra de submeter à alta conside­

ração de Vossa Excelência o anexo texto daConvenção entre a República Federativa doBrasil e o Reino dos Países Baixos destinadaa evitar a Dupla Tributação e prevenir a Eva­são Fiscal em Matéria de Imposto sobre aRenda, assinada em Brasília, em 8 de marçode 1990.

2. A assinatura da Convenção levou a bomtermo um processo negociador que se haviainiciado em 1965, quando divergências depontos de vista aparentemente inconciliáveishaviam sido detectados, tendo o esforço ne­gociador porém prevalecido após 15 anos deconversações.

3. A importância do acordo pode ser expli·cada, "inter alia~', pelo fato de que os PaísesBaixos são um dos quatro grandes parceiroscomerciais do Brasil com os quais semelhante

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acordo ainda não havia sido assinado. Os Paí­ses Baixos são o principal porto de destinode mercadorias brasileiras na Europa, e po­derão, em virtude da Convenção, vir aumen­tar significativamente seus investimentos noBrasil.

4. Nessas condições, submeto à elevadaconsideração de Vossa Excelência o anexoprojeto de Mensagem ao Congresso Nacio­nal, para o encaminhamento do texto da refe­rida Convenção à apreciação do Poder Legis­lativo.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência, Senhor Presidente, os pro­testos do meu mais profundo respeito. ­Francisco Resek.

CONVENÇÃO ENTRE A REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL E O

REINO DOS PAÍSES BAIXOSDESTINADA A EVITAR A DUPLA

TRIBUTAÇÃO E PREVENIR AEVASÃO FISCAL EM MATÉRIADE IMPOSTO SOBRE A RENDA

O Governo da República Federativa doBrasil e

O Governo do Reino dos Países Baixos,Desejando concluir uma Convenção desti­

nada a evitar a dupla tributação e prevenira evasão fiscal em matéria de impostos sobrea renda,

Acordam o seguinte

CAPÍTULO IAbrangência da Convenção

ARTIGO 1Pessoas Visadas

Esta Convenção aplica-se a pessoas quesão residentes de um ou de ambos os EstadosContratantes.

ARTIGO 2Impostos Visados

1. Esta Convenção aplica-se aos impostossobre a renda estabelecidos por um dos Esta­dos Contratantes, independentemente damaneira pela qual se efetua a respectiva co­brança.

2. Os impsotos atuais aos quais se aplicaa Convenção são:

a) no caso do Brasil:- o imposto federal sobre a renda, excluí­

dos o imposto suplementar de renda e o im­posto sobre atividades de menor importância,(doravante designado "imposto brasileiro"

b) no caso da Holanda:- O imposto de renda;-o imposto sobre salários;- o imposto sobre sociedade, inclusive a

participação do Governo nos lucros líquidosda exploração de recursos naturais, cobradaconforme o Mijnwet 1810 (Lei de Mineração,de 1980) relativamente a concessões feitasa partir de 1967, ou conforme o Mijnwet Con­tinental Plat 1965 (Lei de Mineração na Plata­forma Continental do Reino dos Países Bai­xos de 1965);

- o imposto sobre dividendos (doravantedesignado como "imposto holandês").

3. A Convenção aplica-se também a quais­quer impostos idênticos ou substancialmentesemelhantes que forem estabelecidos após adata de sua assinatura, adicionalmente ou emsubstituição aos impostos mencionados' noparágrafo 2. As autoridades competentes dosEstados Contratantes notificar-se-ão mutua­mente sobre quaisquer modificações substan­ciais que ocorram em suas respectivas legisla­ções tributárias.

CAPÍTULO 11Definições

ARTIGO 3Definições Gerais

1. Para os efeitos desta Convenção, a me­nos que o seu contexto imponha interpre­tação diversa:

a) a expressão "Estado Contratante" de­signa o Brasil ou a Holanda, conforme re­queira o contexto; a expressão "Estados Con­tratantes" designa o Brasil e a Holanda;

b) o termo "Brasil" significa o territóriocontinental e insular da República Federativado Brasil, incluindo seu mar territorial, talcomo definido pela Convenção das NaçõesUnidas sobre o Direito do Mar, e os corres­pondentes leito do mar e subsolo, assim comoqualquer área marítima além do mar territo­rial, incluindo o leito do mar e o subsolo,'na medida em que nessa área o Brasil, deconformidade com o Direito Internacional,exerce direitos em relação à exploração e aoaproveitamento dos recursos naturais;

c) o termo "Holanda" designa a parte doReino dos Países Baixos situada na Europa,incluindo a parte do leito do mar e seu subsolo'sob o Mar do Norte, na medida em que talárea, conforme o direito internacional, tenhasido ou, doravante, nos termos da legislaçãoholandesa, possa ser designada como áreasobre a qual a Holanda possa exercer certosdireitos a respeito da exploração e exportaçãodos recursos naturais do leito do mar ou doseu subsolo;

d) o termo "nacionais" designa:I) todas as pessoas físicas que possuam a

nacionalidade de um Estado Contratante;2) todas as pessoas jurídicas, sociedades

de pessoas e associações constituídas de acor­do com as leis em vigor em um Estado Con­tratante;. e) o termo "pessoa" compreende uma pes­soa física, uma sociedade ou qualquer outrogrupo de pessoas;

O o termo "sociedade" designa qualquerpessoa jurídica ou qualquer entidade que, pa­ra fins tributários, seja considerada como pes­soa jurídica;

g} as expressões "empresa de um EstadoContratante" e "empresa do outro EstadoContratante" designam, respectivamente,uma empresa explorada por um residente deum Estado Contratante e uma empresa ex­plorada por um residente do outro EstadoContratante;

h) a expressão "tráfego internacional" de­signa qualquer transporte efetuado por navioou aeronave explorados por uma empresa cu­ja sede de direção 'efetiva esteja situada em

um Estado Contratante, exceto quando o na­vio ou a aeronave sejam explorados apenasentre locais situados no outro Estado Contra­tante;

i) o termo "imposto" designa o impostobrasileiro ou o imposto holandês. consoanteo contexto;

j) a expressão "autoridade competente"designa:

1) no Brasil: o Ministro da Fazenda. o Se­cretário da Receita Federal ou seus represen­tantes autorizados;

2) na Holanda: o Ministro das Finançasou seu representante devidamente autoriza­do.

2. Para a aplicação desta Convenção porum Estado Contratante, qualquer expressãoque nela não esteja definida terá o significadoque lhe é atribuído pela legislação desse Esta­do, relativamente aos impostos aos quais seaplica a Convenção, a não ser que o contextoimponha interpretação diversa.

ARTIGO 4

Residente

1. Para os fins desta Convenção, a ex­pressão "residente de um Estado Contratan­te" designa qualquer pessoa que, em virtudeda legislação desse Estado, esteja aí sujeitaa imposto em razão do seu domicílio, residên­cia, sede de direção ou qualquer outro crité­rio de natureza análoga.

2. Quando, por força do que dispõe oparágrafo 1, uma pessoa física for residentede ambos os Estados Contratantes, sua situa­ção será assim determinada:

a} será considerada residente do Estadoem que disponha de moradia permanente;se dispuser de moradia permanente em am­bos os Estados, será considerada residentedo Estado com o qual suas relações pessoaise econômicas forem mais estreitas (centro deinteresses vitais);

b) se o Estado no qual tiver o seu centrode interesses vitais não puder ser determi­nado, ou se não dispuser de moradia perma­nente em um ou outro Estado. será conside­rada residente do Estado em que permanecerhabitualmente;

c) se permanecer habitualmente em ambosos Estados, ou se não permanecer habitual­mente em nenhum deles, será consideradoresidente do Estado de que for nacional;

d) se for nacional de ambos os Estadosou se não o for de nenhum deles, as autori­dades competentes dos Estados Contratantesresolverão a questão de comum acordo.

3. Quando, por força do disposto no pa­rágrafo 1, uma pessoa, que não seja uma pes­soa física, for residente de ambos os EstadosContratantes, será considerada residente doEstado no qual estiver situada a sua sede dedireção efetiva.

ARTIGOS

Estabelecimento Permanente

1. Para os efeitos desta Convenção, a ex­pressão "estabelecimento permanente" de­signa uma instalação fixa de negócios em que

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a empresa exerça toda ou parte de sua ativi­dade.

2. A expressão "estabelecimento perma-nente" abrange especialmente:

a) uma sede de direção;b) uma sucursal;c) um escritório;d) uma fábrica;e) uma oficina;O uma mina, um poço de petróleo ou gás,

uma pedreira, ou qualquer outro local de ex­tração de recursos naturais.

3. Um canteiro de edificação, uma cons­trução, um projeto em montagem ou instala­ção, constituem um estabelecimento perma­nente apenas se tiverem duração superior aseis meses.

4. Não obstante o que dispõe este artigonos parágrafos precedentes, a expressão "es­tabelecimento permanente" não compreen­de:

a) a utilização de instalações unicamentepara fins de armazenagem, exposição ou en­trega de bens ou mercadorias pertencentesà empresa;

b) a manutenção de um estoque de bensou mercadorias pertencentes à empresa uni­camente para fins de armazenagem, expo­sição ou entrega;

c) a manutenção de estoque de bens oumercadorias pertencentes à empresa unica­mente para fins de transformação por outraempresa;

d) a manutenção de uma instaladora fixade negócios unicamente para fins de comprarbens ou mercadorias, ou obter informaçõespara a empresa;

e) a manutenção de uma instalação fixade negócios unicamente para fins de levara cabo qualquer outra atividade de caráterpreparatório ou auxiliar para a empresa.

5.. Não obstante o disposto nos parágra­fos 1 e 2, quando uma pessoa - desde quenão seja um agente independente de que tratao parágrafo 7- agir num Estado Contratantepor conta de uma empresa do outro EstadoContratante, e se tiver, o exercer habitual­mente, no primeiro Estado Contratante, po­deres para celebrar contratos em nome daempresa, considera-se que esta empresa pos­sui estabelecimento permanente naquele Es­tado primeiramente mencionado relativa­mente a quaisquer atividades exercidas poraquela pessoa, no interesse da empresa; amenos que tais atividades se limitem àquelasmencionadas no parágrafo 4, as quais, seexercidas por meio de uma instalação fixade negócios, não transformariam esta instala­ção fixa de negócios, conforme dispõe aqueleparágrafo, num estabelecimento permanen­te.

6. Não obstante o que dispõe este artigono~ parágrafos anteriores, considera-se queexceto nos casos de resseguros, uma empresaseguradora de um Estado Contratante temestabelecimento permanente no outro Esta­do Contratante se ela cobrar prêmios no terri­tório daquele outro Estado, ou se segurarriscos, ali situados, por intermédio <Ie pessoa

diversa do agente independente de que tratao parágrafo 7.

7. Não se considera que uma empresa deum Estado Contratante possui estabeleci­mento permanente no outro Estado Contra­tante apenas pelo fato de realizar negócios,naquele outro Estado, por intermédio de cor­retor, comissário geral ou qualquer outroagente de situação independente, desde quetais pessoas atuem no âmbito de suas ativi­dades normais.

8. O fato de uma sociedade residente deum Estado Contratante controlar ou ser con­trolada por sociedade residente no outro Es­tado Contratante, ou exercer suas atividadesnaquele outro Estado (quer por meio de umestabelecimento permanente, ou por outromodo), não será, por si só, bastante parafazer de uma dessas sociedades estabeleci­mento permanente da outra.

CAPÍTULO III

Tributação de Rendimentos

ARTIGO 6

Rendimentos de Bens Imobiliários

1. Os rendimentos obtidos por residentede um Estado Contratante provenientes debens imobiliários (inclusive rendimentos pro­venientes da exploração agrícola ou florestal)situados no outro Estado Contratante, po­dem ser tributados neste outro Estado.

2. A expressão -"bens imobiliários" temo sentido dado pela legislação do Estado Con­tratante em que os bens em questão estiveremsituados. A expressão abrange, em qualquercaso, a propriedade acessória à propriedadeimóvel, o gado e o equipamento utilizadona exploração agrícola e florestal, os direitosaos quais se apliquem as disposições do direi­to privado relativas à propriedade territorial,o usufruto de bens imobili;írios e os direitosa pagamentos variáveis ou fixos pela explo­ração ou pela concessão da exploração dejazidas minerais, fontes e outros recursos na­turais. Os navios e aeronaves não são consi­derados bens imobiliários.

3. O disposto no parágrafo 1 aplica-se aosrendimentos derivados da exploração direta,do arrendamento ou de qualquer outa formade exploração dos bens imobiliários.

4. O disposto nos parágrafos 1 e 3 apli­ca-se igualmente aos rendimentos de bensimobiliários de uma empresa e aos rendimen­tos de bens imobiliários utilizados para oexercício de profissão liberal.

ARTIGO 7

Lucros das Empresas

1. Os lucros de uma empresa de um Esta­do Contratante só são tributáveis nesse Esta­do; a não ser que a empresa exerça sua ativi­dade no outro Estado Contratante, por meiode um estabelecimento permanente .ali situa­do. Se a empresa exerce suas atividades naforma indicada, seus lucros podem ser tribu­tados no outro Estado, mas unicamente namedida em que forem atribuíveis àquele esta­belecimento permanente.

2. Ressalvado o disposto no parágrafo 3,quando uma empresa de um Estado Contra­tante exercer sua atividade no outro EstadoContratante por meio de um estabelecimentopermanente ali situado, serão atribuídos, aesse estabelecimento permanente, em cadaEstado Contratante, os lucros que obteria sefosse uma empresa distinta e separada, exer­cendo atividades iguais ou similares, sob con­dições iguais ou similiares e transacionandocom absoluta independência com a empresada qual é estabelecimento permanente.

3. Na determinação dos lucros de um es­tabelecimento permanente, é permitido de­duzir as despesas incorridas para a consecu­ção dos seus objetivos, inclusive as despesasde direção e os encargos gerais de adminis­tração assim realizados.

4. Nenhum lucro será atribuído a um es­tabelecimento permanente pelo simples fatode comprar bens ou mercadorias para a em­presa.

5. Quando os lucros compreendem ele­mentos de rendimentos disciplinados separa­damente em outros artigos desta Convenção,o disposto em tais artigos não é prejudicadopejo que dispõe este artigo.

ARTIGO 8

Navegação Marítima e Aérea

1. Os lucros prevenientes da exploração,no tráfego internacional, de navios ou aero­naves só são tributáveis no Estado Contra­tante em que estiver situada a sede da direçãoefetiva da empresa.

2. Se a sede da direção efetiva da empresaestiver situada a bordo de um navio conside­ra-se situada no Estado Contratante em quefor matriculado o navio ou, não havendo ma­trícula, no Estado Contratante em que residiro armador dó navio. .

3. O disposto no parágrafo 1 aplica-se aoslucros provenientes da participação em 'um"pool", uma associação ou em uma agênciade operação internaiconaI.

ARTIGO 9

Empresas Associadas

Quando:a) uma empresa de um Estado Contratan­

te participa direta ou indiretamente da dire­ção, controle ou capital de uma empresa deoutro Estado Contratante, ou .

b) as mesmas pessoas participam direta ouindiretamente da direção, controle ou capitalde uma empresa de um Estado Contratantee de uma empresa do outro Estado Contra­tante, e, em ambos os casos, as duas empresasestão ligadas, nas suas relações comerciaisou financeiras, por condições aceitas ou im­postas que difiram das que se estabeleceriamentre empresas independentes, os lucros que,na ausência dessas condições, teriam siGO ob­tidos por uma dessas empresas, mas que nãoo foram devido a tais condições, podem serincluídos nos lucros dessa empresa, e comotais tributados.

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ARTIGO 10

Dividendos

1. Os dividendos pagos por uma socie­dade residente em um Estado Contratantea um residente no outro Estado Contratantepodem ser tributados nesse outro Estado.

2. Todavia, esses dividendos podem tam­bém ser 'tributados no Estado Contratanteonde reside a sociedade que os paga, e nostermos da lei desse Estado; mas, se a pessoaque os receber for o beneficiário efetivo dosdividendos, o imposto assim incidente nãopoderá exceder 15% (quinze por cento) domontante bruto dos dividendos. O dispostoneste parágrafo não prejudica a tributaçãoda sociedade, no que diz respeito aos lucrosdos quais se originaram os dividendos pagos.

3. O termo "dividendos", empregado nopresente artigo, designa os rendimentos pro­venientes de ações ou direitos de fruição;ações de empresas mineradoras; partes defundador ou outros direitos de participaçãoem lucros, com exceção de créditos, bem co­mo rendimentos de outras participações decapital assemclhados aos rcndimentos deações pela legislação tributária do Estado emque reside a sociedade que realiza a distri­buição.

4. Não se aplica o, disposto nos parágrafos1 e 2 se o beneficiário dos dividendos, resi­dente em um Estado Contratante, realiza ne- ,gócios no outro Estado Contratante em quereside a sociedade que paga os dividendos,por intermédio de estabelecimento perma­nente ali situado, e se a participação, em vir­tude da qual os dividendos são pagos, se rela­ciona efetivamente aos estabelecimentos per­manente. Nesse caso aplica-se o disposto noArtigo 7.

5. Quando um residente em um EstadoContratante tiver um estabelecimento per­manente no outro Estado Contratante, esteestabelecimento permanente pode estar, ali,sujeito a imposto retido na fonte, nos termosda legislação daquele Estado. Todavia, talimposto não excederá 15% (quinze por cen­,to) do montante bruto dos lucros do estabele­cimento permanente, apurado após o paga­mento do imposto de renda de sociedades,incidente sobre aqueles lucros.

6. Quando uma sociedade ,residente emum Estado Contratante recebe lucros ou ren­dimentos do outro Estado Contratante, esseoutro Estado Contratante não poderá cobrarqualquer imposto sobre os dividendos pagospela sociedade, exceto se tais dividendos fo­rem pagos a residente desse outro Estado,ou sea participação em virtude da qual osdividendos são pagos, relacionar-se efetiva­mente a um estabelecimento permanente si­tuado nesse outro Estado; nem poderá sujei­tar os lucros não distribuídos da sociedadea imposto sobre lucros não distribuidos, aindaque os dividendos pagos ou os fucros nãodistribuídos consistam, no total ou parcial­mente, de lucros ou rendimentos provenien­tes desse outro Estado.

7. As limitações da alíquota do, impostoprevista nos parágrafos 2 e 5 não se aplicam

aos dividendos ou lucros pagos antes do finaldo primeiro ano calendário seguinte ao anode assinatura desta Convenção.

ARTIGO 11

Juros

1. Os juros provenientes de um EstadoContratante e pagos a um residente do outroEstado Contratante podem ser tributadosnesse outro Estado.

2. Todavia, esses juros podem ser tam­bém tributados no Estado de que provême nos termos das leis desse Estado; mas sequem os receber for o beneficiário efetivodos juros, o imposto assim incidente não po­derá exceder:

a) 10% (dez por cento) do montante brutodos juros, se quem os receber for um bancoe se o empréstimo for concedido por um pra­zo mínimo de 7 anos e relacionado com acompra de equipamento industrial, com estu­do, compra ou instalação de unidades indus­triais ou científicas, o bem como com o finan­ciamento de obras públicas;

b) 15% (quinze por cento) do montantebruto dos juros, nos demais casos.

3. Não obstante o que dispõem os pará­grafos 1 e 2, os juros .provenientes de umEstado Contratante e pagos ao Governo dooutro Estado Contratante a uma sua subdi­visão política, ou a qualquer agência (inclu­sive uma instituição financeira) pertencenteàquele Governo ou subdivisão política, sãoisentos do imposto no primeiro Estado.

4, O termo "juros" empregado neste Ar­tigo,designa os rendimentos de títulos da dívi­da pública; de títulos ou debêntures, com ousem garantia hipotecária e com ou sem direitoa participação em lucros, e de créditos dequalquer natureza, bem como qualquer outrorendimento que, nos te.rmos da lei tributáriado Estado Contratante do que provenha, seassemelha aos rendimentos do empréstimo.

5: ' Não se aplica o disposto nos parágrafos1 e '2 se o beneficiário efetivo dos juros, resi­dente em um Estado Contratante, realizarnegócios no outro Estado Contratante de on­de provêm os juros, por intermédio de umestabelecimento permanente alí situado, e sea dívida, em virtude da qual, os juros sãopagos, se relacionar efetivamente ao estabe­lecimento permanente. Nesse caso, aplica-seo dispostro no Artigo 7.

6. A limitação de alíquota do impostoprevista no parágrafo 2 não se aplica aos jurosprovenientes de um Estado Contratante, pa­gos a estabelecimentos permanente de em­presa do outro Estado Contratante, situadoem terceiro Estado:

7. Consideram-se provenientes de umEstado Contratante os juros pagos por essepróprio Estado, uma sua subdivisão política,urna autoridade local ou um residente desseEstado. Todavia, se o devedor dos juros, resi·dente em um Estado Contratante ou não,tiver num Estado Contratante estabelecimen­to permanente pelo qual tenha sido contraídaa obrigação que dá origem aos juros, e estessão pagos por esse estabelecimento perma­nente, tais juros consideram-se provenientes

do Estado em que o estabelecimento perma­nente estiver situado.

S. Se, em conseqüência de relações espe­ciais existentes entre o devedor e o benefi­ciário efetivo, ou entre ambos e terceiros,o montante dos juros, tendo em conta o cré·dito pelo qual são pagos, exceder o que teriasido acordado entre o devedor e o credorna ausência de tais relações, o disposto nesteArtigo só se aplica a este último montante.Neste caso, a parte excedente dos pagamen­tos é tributável nos termos das leis de cadaEstado Contratante, observadas as demaisdisposições desta Convenção.

ARTIGO 12

Royalties

1. Os royalties provenientes de um Esta­do Contratante e pagos a um residente nooutro Estado Contratante podem ser tributa­dos nesse outro Estado.

2. Todavia, esses royalties podem sertambém tributados no Estado Contratante deque provêm, e nos termos da lei desse Estado;mas se a pessoa que os receber for o benefi­ciário cfctivo dos royalties, o imposto inci­dente não poderá exceder a:

a) 25% (vinte e cinco por cento) do mon­tante bruto dos royalties provenientes do usoou do direito de usar marcas de indústria oude comércio;

b) 15% (quinze por cento) do montantebruto dos royalties, nos demais casos.

3. O termo royalties, empregado nesteArtigo, designa pagamentos de qualquer na­tureza efetuados em contrapartida pelo usoou pelo direito ao uso de direitos autoraissobre obra literária, artística ou científica (in­clusive filmes cinematográficos, filmes ou fi­tas para transmissão de rádio ou televisão);sobre qualquer patente, marca de indústriaou de comércio, desenho ou modelo, plano,fórmula ou processo secretos; ou pelo usoou pelo direito ao uso de equipamentos indus­trial, comercial ou científico; ou pela infor­mação relativa à experiência industrial, co­merciai ou científica.

4. Não se aplica o disposto nos parágrafos1 e 2 se o beneficiário efetivo dos royalties,residente em um Estado Contratante, reali­zar negócios no outro Estado Contratante,de onde provêm os royalties, por intermédiode um estabelecimento permanente ali situa­do, e se o direito ou a propriedade, a cujorespeito os royalties são pagos, se relacionarefetivamente ao estabelecimento permanen­te. Nesse caso aplica-se o disposto no Arigo7.

5. Consideram-se provenientes de umEstado Contratante os royalties pagos por es­se próprio Estado, uma sua subdivisão polí­tica, uma autoridade local ou um residentenaquele Estado. Todavia, se o devedor dosroyalties, sendo ou não residente em um Esta­do Contratante, tiver, num Estado Contra­tante, um estabelecimento permanente emrelação ao qual haja sido contraída a obriga­ção de pagar os royalties, e caiba a esse esta­belecimento permanente a obrigação de fazê­lo, consideram-se tais royalties provenientes

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do Estado em que o estabelecimento Rerma­nente estiver situado.

6. Se, em conseqüência de relações espe­ciais existentes entre o devedor e o benefi­ciário efetivo, ou entre ambos e terceiros,o montante dos royalties, relativo ao uso, di­reito ou informação em razão dos quais sãopagos, exceder o montante que teria sidoacordado entre o devedor e o beneficiárioefetivo na ausência de tais relações, o dispos­to neste Artigo só se aplica a este últimomontante. Neste caso, a parte excedente dospagamentos é tributável segundo as leis decada Estado Contratante, observadas as de­mais disposições desta Convenção.

7. A limitação de alíquotas do impostoprevista no subparágrafo b do parágrafo 2,deste Artigo, não se aplica aos royalties pagosantes do final do primeiro ano calendário,seguinte ao ano da assinatura desta Conven­ção, quando pagos a um residente de um Es­tado Contratante que detenha, direta ou indi­retamente, no mínimo cinqüenta por centodo capital votante da sociedade que efetuao pagamento dos royalties.

ARTIGO 13

Ganhos de Capital

1. Os ganhos obtidos por um residenteem um Estado Contratante na alienação debem imobiliário, dos que trata o Artigo 6,situado no outro Estado Contratante, podemser tributados naquele outro Estado.

2. Os ganhos provenientes da alienaçãode bem mobiliário que faça parte do ativode um estabelecimento permanente que umaempresa de um Estado Contratante possuirno outro Estado Contratante, inclusive os ga­nhos provenientes da alienação desse estabe­lecimento permanente (isoladamente ou como conjunto da empresa), podem ser tributa­dos naquele outro Estado~ Todavia, os ga­nhos provenientes da alienação de navios ouaeronaves operados no tráfego internacional,ou da propriedade móvel relacionada à ope­ração de tais navios ou aeronaves, só serãotributados no Estado Contratante em que es­tiver situada a sede da direção efetiva da em­presa.

3. Os ganhos provenientes da alienaçãode qualquer bem diverso daqueles a que sereferem os parágrafos 1 e 2 podem ser tributa­dos em ambos os Estados Contratantes.

ARTIGO 14

ProfISsões Independentes

1. Os rendimentos obtidos por um resi­dente em um Estado Contratante, pelo exer­cício de profissão liberal ou por outras ativi­dades de natureza independente, só são tribu­tados nesse Estado; a não ser que a remune­ração por tais serviços ou atividades seja pagapor sociedade residente do outro EstadoContratante, ou caiba a estabelecimento per­manente ali situado. Nesse caso, os rendi­mentos podem ser tributados nesse outro Es-tado. .

2. A expressão "profissão liberal" abran­ge, em especial, atividades independentes de

caráter científico, técnico, literário, artístico,educacional ou pedagógico, bem como as ati­vidades independentes de médicos, advoga­dos, engenheiros, arquitetos, dentistas e con­tadores.

ARTIGO 15

Profissões Dependentes

1.. Ressalvado o que dispõem os Artigos16,18,19 e 20, os salários, ordenados e outrasremunerações similares, recebidas por um re­sidente em um Estado Contratante em razãode emprego, só são tributáveis nesse Estado,salvo se o emprego for exercido no outroEstado. Nesse caso, a remuneração assim re­cebida pode ser tributada nesse outro Estado.

2. Não obstante o que dispõe o parágrafo1, a remuneração recebida por um residenteem um Estado Contratante, em razão de em­prego exercido no outro Estado Contratante,só é tributada no primeiro se:

a) o beneficiário permanecer no outro Es­tado por um período ou períodos que nãoexcedam, no total, a 183 dias no ano fiscalem questão;

b) a remuneração for paga por um empre­gador ou em nome de um empregador quenão é residente no outro Estado, e

c) a remuneração não recair sobre estabe­lecimento permanente que o empregador te­nha no outro Estado.

3. Não obstante as disposições preceden­tes deste Artigo, a remuneração recebida poremprego exercido a bordo de navio ou aero­nave operada no tráfego internacional podeser tributada no Estado Contratante em queestiver situada a sede da direção efetiva daempresa.

ARTIGO 16

Remuneração de Diretor

As remunerações de diretores e outros pa­gamentos regulares recebidos por um resi­dente em um Estado Contratante na condiçãode membro do conselho de administração oude qualquer outro conselho de uma sociedaderesidente no outro Estado Contratante, po­dem ser tributados nesse outro Estado.

ARTIGO 17

Artistas e Atletas

1. Não' obstante o disposto nos Artig~s14 e 15, ou rendimentos obtidos por um resi­dete em um Estado Contratante na condiçãode profissional de espetáculos, tal como um,artista de teatro, do cinema, de rádio ou de!televisão, ou um músico, ou como um atleta,e em razão de suas atividades pessoais, exer­cidas no outro Estado Contratante, podemser tributados nesse outro Estado.

2. Quando os rendimentos provenientesde atividades pessoais, exercidas por um pro­fissional de espetáculos ou por um atleta nodesempenho de suas funções, não são atribuí­dos ao próprio profissional de espetáculo ouao próprio atleta, mas a outra pessoa, aquelesrendimentos podem ser tributados no EstadoContratante em que as atividades do profis­.sional de espetáculo ou do atleta foram exer-

cidas, não obstante o que dispõem os Artigos7, 14e 15.

ARTIGO 18Pensões

1. Ressalvado o que dispõe o parágrafo2 do Artigo 19, qualquer pensão ou outraremuneração semelhante, paga em razão deemprego pretérito, em montante não supe­rior a US$ 5,000.00, durante um ano calen­dário, e qualquer anuidade ou pensão alimen­tícia paga a residente de um Estado Contra­tante, só são tributados nesse Estado. O monotante dessa remuneração que exceda o supra­mencionado limite pode também ser tribu­tado no outro Estado Contratante, se for pro­veniente daquele Estado.

2. O termo "anuidade" designa umaquantidade determinada. pagável periodica­mente, em prazos determinados, durante avida ou durante período de tempo específicoou determinável, em decorrência de compro­misso de efetuar tais pagamentos em contra­partida a um pleno e adequado valor em di­nheiro ou avaliávetem dinheiro.

3. Qualquer pagamento, efetuado con­forme as disposições de um sistema de seguri­dade social de um Estado Contratante a umresidente no outro Estado Contratante, s6é tributável no primeiro Estado.

ARTIGO 19Pagamentos Governamentais

1. a) As remunerações, exceto pensões,pagas por um Estado Contratante ou umasua subdivisão política ou autoridade locala uma pessoa física, em decorrência de servi­ços prestados a esse Estado, subdivisão ouautoridade, só são tributáveis nesse Estado.

b) Todavia, tais remunerações são tributá­veis apenas no outro Estado Contratante seos serviços forem prestados nesse outro Esta- I

do, e a pessoa física beneficiária for um resi­dente naquele Estado, que

1) seja nacional dequele Estado; ou,2) não se tenha tornado um residente da­

quele Estado unicamente com a finalidadede prestar tais serviços.

2. a) Qualquer pensão paga, a uma pes­soa física, por um Estado Contratante, umasua subdivisão política ou autoridade local,quer diretamente., quer com recursos de fun­dos por eles constituídos, em conseqüênci~

de serviços prestados a esse Estado, subdi­visão ou autoridade, só é tributável nesse Es­tado.

b) Todavia, tal pensão só é tributada nooutro Esta?o Contratante se a pessoa físicafor um reSidente e um nacional desse outroEstado.

3. Aplica-se o disposto nos Artigos 15,16, e 18 às remunerações e pensões pagasem conseqüência de serviços prestados relati­vamente a negócios praticados por um EstadoContratante, uma sua subdivisão.. política ouautoridade local.

ARTIGO 20Professores

1. Os pagamentos recebidos por um pro­fessor, que é um residente em um Estado

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5773

Contratante e que esteja presente tempora­riamente no outro Estado Contratante porum período máximo de dois anos, com a fina-

. lidade de lecionar ou pesquisar em uma tmi­versidade, escola ou outro estabelecimento

-voltado, nesse outro Estado, ao ensino oupesquisa científica, não é tributado nesse ou­tro Estado desde que os pagamentos sejamfeitos pelo primeiro Estado ou por uma pes­soa residente nesse primeiro Estado.

2. O disposto neste Artigo não se aplicaa rendimentos relacionados a pesquisa quenão seja realizada no interesse público, masem benefício de pessoa ou pessoas especí­ficas.

ARTIGO 21Estudantes

Os pagamentos que receba para fins demanutenção, educação e treinamento, um es­tudante ou um estagiário que é, ou foi imedia­tamente antes de visitar um dos Estados Con­tratantes, um residente no outro Estado, eque está no primeiro Estado apenas com opropósito de educação ou treinamento, nãosão tributados naquele Estado, desde que es­ses pagamentos provenham de fontes situa­das fora daquele Estado.

ARTIGO 22Outros Rendimentos

Os rendimentos de um residente e um Esta­do Contratante, provenientes do outro Esta­do Contratante e não disciplinados nos Arti·gos precedentes desta Convenção, podem sertributados nesse outro Estado.

CAPÍTULO IVEliminação da Dupla Tributação

ARTIGO 23Eliminação da Dupla Tributação

1. Ao tributar os seus residentes, a Ho­landa pode incluir na base de cálculo os rendi­mentos que, nos termos desta Convenção,podem ser tributados no Brasil.

2. Todavia, quando um residente na Ho­landa receber rendimentos que, nos termosdo que dispõem o Artigo 6, o Artigo 7, oparágrafo 4 do Artigo 10, o parágrafo 5 doArtigo 11, o parágrafo 4 do Artigo 12, osparágrafos 1 e 2 do Artigo 13, o Artigo 14,o Artigo 15, o Artigo 16 e o Artigo 19 destaConvenção, podem ser tributados no Brasile integram a base de cálculo de que tratao parágrafo 1, a Holanda isentará de impostostais rendimentos, conforme as acima mencio­nadas disposições desta Convenção, e nos ter­mos das normas relativas à forma de aplica­ção, inclusive as relativas à compensação de·prejuízos, constantes de seus regulamentosinternos destinados a evitar a dupla tribu­tação.

3. Além disso, a Holanda permitirá umadedução do imposto holandês calculado so­bre os rendimentos que podem ser tributadosno Brasil e de que tratam o parágrafo 2 doArtigo 10, o parágrafo 2 do Artigo 11, o pará­grafo 2 do Artigo 12, o parágrafo 3 do Artigo13, o Artigo 17, o parágrafo 1 do Artigo18 e o Artigo 22 desta Convenção, desde que

tais rendimentos sejam incluídos na base decálculo de que trata o parágrafo 1. O mon­tante dessa dedução será igual ao valor doimposto pago no Brasil sobre aqueles rendi­mentos, mas não excederá o montante daredução que seria permitida se tais rendimen­tos fossem os únicos isentos do imposto ho­landês, nos termos do que dispõe a lei holan·desa destinada a evitar a dupla tributação.

4. Para os efeitos do que dispõe o pará­grafo 3, o imposto pago no Brasil será consi­derado:

a) relativamente aos dividendos de quetrata o parágrafo 2 do Artigo 10, 25% (vintee cinco por cento) de tais dividendos, se fo­rem pagos a uma sociedade holandesa quedetenha no mínimo 10% (dez por cento) docapital votante da sociedade brasileira, e 20%(vinte por cento) nos demais casos;

°b)' relativamente aos juros de que tratao parágrafo 2 do Artigo 11, 20% (vinte porcento) de tais juros;

o c) relativamente aos royalties de que tra­ta o parágrafo b, o parágrafo 2 do Artigo12, 25% (vinte e cinco por cento) de taisroyalties, se forem pagos a uma sociedadeHolandesa que detenha, direta ou indireta­mente, no mínimo 50% (cinqüenta por cento)do capital votante de uma sociedade brasi­leira, desde que não sejam dedutíveis na apu­ração do lucro tributável da sociedade queefetua o pagamento, e 20% (vinte por cento)nos demais casos.

5. Quando um residente no Brasil rece­ber rendimentos que, nos termos desta Con­venção, possam ser tributados na Holanda,o Brasil permitirá, como dedução do imposto o

de renda dessa pessoa, um valor igual ao im­posto de renda pago na Holanda. Todavia,a dedução não será maior do que.a parcelado imposto que seria devido antes da inclusãodo crédito correspondente aos rendimentosque podem ser tributados na Holanda.

CAPÍTULO VDisposições Especiais

ARTIGO 24Não-Discriminação

1. Os nacionais de um Estado Contra­tante não estão sujeitos, no outro EstadoContratante, a nenhuma tributação ou obri­gação correspondente, diferente ou mais one­rosa do que aquelas a que estiverem ou pude­rem estar sujeitos os naciOJ~ais desse outroEstado, nas mesmas circunstâncias.

2. A tributação de um estabelecimentopermanente que uma empresa de um EstadoContratante tiver no outro Estado Contra­tante não será menos favorável, nesse outroEstado, do que a das empresas desse outroEstado que exerçam as mesmas atividades.Esta norma não será interpretada no sentidode obrigar um Estado Contratante a conce­der, às pessoas residentes de outro EstadoContratante as deduções pessoais, abatimen­tos e reduções para efeitos fiscais, atribuídosaos seus próprios residentes, em função doestado civil e encargos familiares.

3. As empresas de um Estado Contra­tante cujo capital, no todo ou em parte, per-

tença a um ou mais residentes no outro Esta­do Contratante, ou seja por eles direta ouindiretamente controlado, não estarão sujei­tas, no Estado primeiramente mencionado,a qualquer tri~utação ou obrigação corres­pondente, diferente ou mais onerosa do queaquelas a que estiverem ou puderem estarsujeitas as empresas similares desse primeiroEstado.

4. O termo "tributação" abrange, nesteArtigo, os tributos aos quais se aplica estaConvenção.

ARTIGO 25Procedimento Amigável

1. Quando um residente em um EstadoContratante considerar que as medidas toma­das por um ou por ambos os Estados Contra­tantes resultem ou possam resultar em tribu·tação em desacordo com o que dispõe estaConvenção, pode, independentemente dasmedidas previstas pela lei doméstica dessesEstados, apresentar o seu caso à apreciaçãoda autoridade competente do Estado Contra­tante de que é um residente. O caso deveser apresentado dentro de cinco anos conta·dos da data da primeira notificação do atode qual resulta a tributação em desacordocom as disposições desta Convenção.

2. Se a reclamação se lhe afigurar justifi­cada e não estiver em condições de lhe darsolução satisfatória, a autoridade competenteesforçar-se-á por resolver a questão de co­mum acordo com a autoridade competentedo outro Estado Contratante, com o objetivode evitar a tributação que esteja em desa­cordo com esta Convenção.

3. As autoridades competentes dos Esta­dos Contratantes esforçar-se-ão por resolverde comum acordo quaisquer dificuldades ou

o dúvidas relativas à interpretação ou aplicaçãodesta Convenção, inclusive seu Artigo 9.

4. As autoridades competentes dos Esta­dos Contratantes poderão comunicar-se dire­tamente, a fim de chegarem a acordo. nostermos dos parágrafos anteriores.

ARTIGO 26Troca de Informações

1. As autoridades competentes dos Esta­dos Contratantes intercambiarão as informa­ções necessárias para aplicar esta Convenção.Todas as informações assim trocadas serãoconsideradas secretas e tratadas como tal,e só poderão ser comunicadas às pessoas ouautoridades (inclusive tribunais) encarrega·das do lançamento e cobrança dos impostosvisados por esta Convenção ou dos proéedi­mentos referentes à apuração de infração ouda apreciação dos respectivos recursos.

2. O disposto no parágrafo 1 não poderá,em caso algum, ser interpretado no sentidode impor a um Estado Contratante a obriga­ção de:

a) adotar medidas administrativas contrá­rias às leis e às práticas administrativas, suasou do outro Estado Contratante;

b) fornecer informações que não possamser obtidas com base nas leis ou no âmbitonormal da prática administrativa, suas ou dooutro Estado Contratante;

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5774 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990 .

c) fornecer informações reveladoras de se­gredos comerciais, empresariais, industriais?u profissionais, ou processos comerciais, oumformações cuja revelação seja contrária àordem ~ública.

ARTIGO 27Funcionários Diplomáticos e Consulares

Nada na presente Convenção prejudicaráos privilégios fiscais dos funcionários diplo·máticos ou consulares, decorrente de regrasgerais do direito internacional ou de dispo­sições de acordos especiais.

CAPÍTULO VIDisposições Finais

ARTIGO 28Entrada em Vigor

1. Esta Convenção será ratificada, e osInstrumentos de Ratificação serão trocadostão logo quanto possível.

2. Esta Convenção entrará em vigor nadata da troca dos Instrumentos de Ratifica­ção. e suas disposições serão aplicadas pelaprimeira vez:

a) com relação aos impostos retidos nafonte, às importâncias pagas ou creditadasa partir de I" de janeiro do ano calendárioimediatamente seguinte ao da entrada em vi­gor desta Convenção;

b) com relação aos demais impostos de quetrata esta Convenção, ao período-base inicia­do a partir de I" de janeiro do ano calendárioimediatamente seguinte ao da entrada em vi­gor desta Convenção.

ARTIGO 29Denúncia

Qualquer dos Estados Contratantes podedenunciar esta Convenção após decorrido umperíodo de 5 anos, contado a partir da datada sua entrada em vigor, mediante um avisoescrito de denúncia, entregue ao outro Esta­do Contratante por via diplomática. desdeque tal aviso somente seja dado até o trigé­simo dia de junho de qualquer ano calen­dário.

Neste caso, esta Convenção será aplicadapela última vez:

a) com relação aos impostos retidos nafonte, às importâncias pagas ou creditadasantes do final do ano calendário em que forfeita a notificação;

"1)-) com relação aos demais impostos de qu~trata esta Convenção, às importâncias recebi­das durante o período base iniciado duranteo ano calendário em que o aviso de denúnciafoi entregue.

Em testemunho do que, os abaixo assina­dos, para isso devidamente autorizados, fir­maram a presente Convenção e a ela afixaramseus selos.

Feito em Brasília aos 8 dias do mês demarço de 1990, em dois exemplares em portu­guês, holandês e inglês, sendo os três textosigualmente autênticos. Em caso de divergên­cia de interpretação, prevalecerá o texto eminglês.

Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Roberto de Abreu Sodré. - Pelo Go-

vemo do Reino dos Países. Baixos: RainierFlash.

PROTOCOLO

Por ocasião da assinatura da Convençãoentre a República Federativa do Brasil e oReino dos Países Baixos, Destinada a Evitara Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fis­cal em Matéria do Imposto sobre a Renda,os abaixo assinados, para isso devidamenteautorizados, convieram nas seguintes disposi­ções, que constituem parte integrante daConvenção.

1. Com referência ao Artigo 7Fica entendido que se aplica o disposto no

parágrafo 3 do Artigo 7 se as despesas alimencionadas ocorrerem. quer no EstadoContratante em que se situa o estabelecimen­to permanente, quer em outro local.

2. Com referência aos Artigos 10, 11 e12

a) quando ocorrer retenção na fonte, emvalor superior ao previsto nos Artigos 10,11 e 12, os pedidos de restituição do mon­tante do imposto pago em excesso devem serformulados à autoridade competente do Es·tado Contratante em que se deu a retenção,no período de até 5 anos contados do finaldo ano calendário em que se deu a retenção.

b) a autoridade competente de um EstadoContratante pode estabelecer o processo deaplicação dos Artigos 10, 11 e 12.

3. Com referência aos Artigos 10 e 23Fica entendido que o valor das ações emiti­

das por uma companhia de um Estado Con·tratante, e recebidas por um residente no ou­tro Estado Contratante, não está sujeito aImposto de Renda em qualquer dos Estados.

4. Com referência ao Artigo 11a) fica entendido que as comissões pagas

por um residente do Brasil a um banco ouinstituiçãoJinanceira, relativamente a servi·ços prestados por esse banco ou instituiçãofinanceira, são considerados juros e, como

tal, sujeitos ao que dispõem os parágrafos2 e 3 do Artigo 11;

b) com relação ao parágrafo 3 do Artigo11, as autoridades competentes podem desig­nar, de comum acordo outras instituições go­vernamentais às quais aquele dispositivo seaplica.

5. Com referência ao Artigo 12, parágrafo3

Fica entendido que o disposto no parágrafo3 do Artigo 12 aplica-se a qualquer espéciede pagamento recebido em contraprestaçãode serviços e assistência técnica.

6. Com referência ao Artigo 19Fica entendido que o disposto no subpará­

grafo a, do parágrafo 1, e subparágrafo ado parágrafo 2 do Artigo 19 não impedema Holanda de aplicar o disposto nos pará­grafos 1 e 2 do Artigo 23 desta Convenção.

7. Com referência ao Artigo 24, parágrafo2

Fica entendido que o disposto no parágrafo5 do Artigo 10 não está em desacordo como disposto no parágrafo 2 do Artigo 24.

8. Com referência ao Artigo 24, parágrafo3

Fica entendido que:a) o disposto na lei brasileira, proibindo

que os royalties, tais como definidos no pará­grafo 3 do Artigo 12, pagos por uma socie­dade residente do Brasil a um residente naHolanda, que detenha no mínimo 50% (cin­qüenta por cento) do capital votante daquelasociedade, sejam deduzidos por ocasião daapuração do lucro tributável da sociedade re­sidente do Brasil, não está em desacordo como que dispõe o parágrafo 3 do Artigo 24 destaConvenção;

b) na eventualidade do Brasil, após a assi­natura desta Convenção, permitir, quer emvirtude de sua lei interna, quer mediante con­venção internacional tributária, que os royal.ties pagos por empresa residente no Brasila empresa residente em terceiro Estado situa­do fora da América Latina, a qmil detenha,no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) docapital votante da empresa residente no Bra­sil, sejam deduzidos por ocasião da apuraçãodo lucro tributável dessa empresa, uma igualdedução será automaticamente aplicável, emcondições similares, a uma empresa residenteno Brasil que pague royalties a urna empresaresidente na Holanda.

Em testemunho do que, os abaixo assina­dos, para isso devidamente autorizados, assi­naram o presente Protocolo, apondo-lhe seusselos.

Feito em Brasília aos 8 dias do mês demarço do ano de 1990, em dois exemplares,em português, holandês e inglês, sendo ostrês textos igualmente autênticos. Em casode divergência da interpretação, prevaleceráo texto em inglês_

Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Roberto de Abreu Sodré.

Pelo Governo do Reino dos Países Baixos:Rainier Flash.

Aviso n" 609 - AL/SG.

Brasília, 18 de maio de" 1990A Sua Excelência o SenhorDeputado Luiz HenriqueDD. Primeiro Secretário da Câmara dos De­putadosBrasHia - DF.

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Relações Exteriores, relativaao texto da Convenção Destinada a Evitara Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fis­cal em Matérias de Imposto sobre a Renda,celebrado entre o Governo da República Fe­derativa do Brasil e o Reino dos Países Bai­xos, em Brasília, em 8 de março de 1990.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Marcos Coimbra, Secretá­rio-GeraI da Presidência da República.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5775

PROJETO DE RESOLUÇÃON' 220, DE 1990

(Do Sr. Paulo Mincarone)

Dispõe sobre a execução do Programade Assistência e Educação Pré-Escollir,de que trata o Ato da Mesa n' 27, de1987.

(À Mesa)

A Câmara dos Deputados resolve:Art. l' A execução do Programa de As­

sistência e Educação Pré-Escolar da Câmarados Deputados, de que trata o ato da Mesan' 27, de 1987, será feita em regime de admi­nistração direta, a cargo do Departamentode Pessoal.

Art. 2' Fica rescindido, no prazo de trin­ta dias, a contar da publicação desta resolu­ção, o convênio firmado entre a Câmara ea Ascade, em 30 de novembro de 1987, paraa execução do programa de que trata o artigoanterior.

Parágrafo único. A Mesa da Câmara pro­videnciará, na data da publicação desta reso­lução, a comunicação prevista no parágrafoúnico da cláusula vigésima primeira do convê­nio firmado com a Ascade.

Art. 3' Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.

Art. 4' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O Ato da Mesa n' 27/87 que criou o Progra­ma de Assistência e Educação Pré-Escolarda Câmara dos Deputados, destinado a pro­piciar creche aos dependentes menores dosservidores do Quadro da Câmara e do Secre­tariado Parlamentar, foi baixado pelo ex-Pre­sidente da Câmara, "ad referendum" da Me­sa anterior, o mesmo ocorrendo com o convê­nio firmado com a Ascade (Associação dosServidores da Câmara dos Deputados). Poressa razão, nenhum dos dois instrumentosfoi previamente examinado e aprovado pelocolegiado que dirige a Casa.

Em face dessa circunstância, a administra­ção do Programa foi entregue à Associaçãodos Servidores, a um custo de 10% (dez porcento) de seu total, como prevê a cláusulaDécima Quarta do Convênio firmado entrea Câmara e a Ascade, muito embora estaCasa do Congresso disponha de pessoal quali­ficado para administrá-lo, já que o custeiode todas as empresas é feito à conta de recur­sos orçamentários próprios.

Nos primeiros dias do corrente ano, foia Casa surpreendida por notícia veiculada pe­lo Jornal do Brasil, segundo a qual, a pretextode dar execução à cláusula oitava do convê­nio, que prevê a fiscalização das creches con­tratadas, se promoveu um verdadeiro festivalde contratação de parentes de Diretores daCâmara e da Ascade, numa burla ostensivae impudente ao que dispõe o art. 37, incisoI da Constituição, segundo o qual os cargose funções públicas são acessíveis a todos osbrasileiros, devendo ser preenchidos median­te concurso público de provas ou de provase títulos.

Muito embora não se trate nem de cargosnem de funções públicas, é inquestionávelque se trata de empregos remunerados peloscofres públicos, o que torna jurídica, legale moralmente insustentável a contratação fei­ta em benefício próprio por esses Diretores.Se não for adotada uma medida corretiva,como a prevista no presente projeto de reso­lução este será um episódio a mais a contri­buir para desmoralizar a instituição perantea opinião pública do País.

Na grave crise por que passa o País, nãohá por que não administrar a própria Câmarao Programa de seu interesse, promovendo-se,se necessário, concurso público para o provi­mento dos cargos que se fizerem necessáriosà sua fiscalização.

O acolhimento desta proposta há de contri­buir, certamente, para resguardar a dignida­de da Câmara, tão duramente atingida poressa atitude anti-ética de Diretores da Casaque, devendo por dever de ofício, contribuirpara a sua preservação, terminam por desser­vi-Ia de forma tão ostensiva.

Sala das Sessões, de março de 1990. ­Paulo Mincarone - Ademar de Barros Filho- Adroaldo Streck - Adauto Pereira Lima- Adylson Mota - Adolfo Oliveira - AécioNeves - Aécio de Borba - Afif Domingos- Angelo Magalhães - Airton Cordeiro ­Alarico Abib - Álvaro Antônio - ÁlvaroVale - Alexandre Puzyna - Alyson Pauli­

.nelli - Alércio Dias - Alcides Lima ­Aloysio Vasconcelos - Aluísio Campos ­Aluísio Chaves - Amaral Neto - AmilcarMoreira - Anna Maria Rattes - AntônioCâmara - Antônio Carlos Konder Reis ­Antônio Ferreira - Antônio Gaspar - An­tônio Perosa - Antônio Salim Curiati - An­tônio Ueno - Artenir Werner - ArnaldoFária de Sá - Arnaldo Prietto - Antôniode Jesus - Arnaldo Moraes - Arolde Oli­veira - rnold Fioravante - Arnaldo Martins- A,ry Valadão - Annibal Barcelos - risti­des Cunha - Artur Lima Cavalcanti - ÁtilaLira - Agripino de liveira Lima - AugustoCarvalho - Assis Canuto - Asdrubal Ben­tes - Basílio Vilani - Beth Azize - BenitoGama - Benedita da Silva - Benedictoonteiro - Bezerra de Melo - Bocayuva Cu­nha - Bosco França - Borges da i1veira- Bonifácio de Andrada - Carlos AlbertoCaó - Carlos Benevides - Caio Pompeu- Carlos Cardinal - Carlos Vinagre - Car­los Virgílio - Carlos Mosconi - Célio deCastro - Celso Dourado - Cesar Cals Neto- Cesar Maia - Carrel Benevides - ChagasNeto - Chico Humberto - Cláudio Ávila- Cristovão Chiaradia - Cleonâncio Fon­seca - Costa Ferreira - Cunha Bueno ­Dalton Canabrava - Daso Coimbra - Del­fin Neto - Dionísio Hage - Dionísio DalPrá - Délio Brás - Del Bosco Amaral ­Dirce Tutu Quadros - Djenal Gonçalves ­Doreto Campanari - Domingos Juvenil ­Edvaldo Holanda - Edvaldo Mota ­Eduardo Moreira - Edmilson Valentim­Eraldo Tinoco - Edésio Frias - Enoc Vieira- Ervin Bonkoski - Edmundo Galdino ­Eduardo Siqueira Campos - Elias Murad

- Eliel Rodrigues - Eliezer Moreira ­Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - ÉzioFerreira - Eunice Michiles - Etevaldo No­gueira - Eurico Ribeiro - Expedito Macha­do - Fausto Rocha - Fábio Feldemann ­Farabulini Júnior - Felipe Mendes - FeresNader - Fernando Bezerra Coelho - Fer­nando Cunha - Fernando Velasco - FlávioPalmier da Veiga - Flávio Rocha - Flori­ceno Paixão - Francisco Benjamin - Fran­cisco Carneiro - Francisco Coelho - Fran­cisco Diógenes - Francisco Küster - 'Fran­cisco Pinto - Francisco Rolim - FranciscoSales - Freire Júnior - Furtado Leite ­Gabriel Guerreiro - Gastone Righi - Gan­di Jamil - Gidel Dantas - Giovani Borges- Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Fle­ming - Geraldo Marcondes - Gerson Peres- Gilson Machado - Gilberto Carvalho ­Genésio Bernardino - Gonzaga Patriota ­Harlan Gadelha - Haroldo Lima - HélioCosta - Hélio Rosas - Henrique EduardoAlves - Henrique Córdova - Horácio Fer­raz - Iberê Ferreira de Souza - IbrahimAbi-Ackel- Ismael Wanderley - Israel Pi­nheiro -Ivo Cersósimo - Ivo Lech - IvoVanderlinde - Iturival Nascimento - JaciScanagatta - Jales Fontoura - Jayme Cam­pos - Jayme Paliarin - Jayme Santana ­Jairo Cordeiro - Jesus Tajra - JesualdoCavalcanti - Joaci Góis - Jairo Azi - Joa­quim Haickel - Joaquim Sucena - JoãoCarlos Bacelar - João de Deus Antunes­João Machado Rollemberg - João Natal ­João Rezeck -Jonas Pinheiro -Jones San­tos Neves - Jonival Lucas - Jofran Frejat- José Carlos Vasconcelos - José CarlosCoutinho - José Carlos Grecco - José Car­los Martinez - José Camargo .-'- José daConceição - José Dutra - José Elias Mo­reira - José Egreja - José Fernandes ­José Freire - José Geraldo - José Gomes- José Lins - José Luiz Maia - José Luizde Sá - José Jorge - José Maria Eymael- José Mendonça Bezerra - José Mendonçade Moraes - José Queiroz - José Santanade Vasconcelos - José Tavares - José Tino- 'co - José Thomaz Nonô - José Teixeira,- José Viana - José Ulisses de Oliveira'- Jorge Arbage - Jorge Leite - JovaniMasinni - Júlio Campos - Jutahy Júnior- Koiu Iha - Leomar Quintanilha - LaelVarella - Leonel Júlio - Leopoldo Bessone- Leopoldo Sousa - Leur Lomanto - LevyDias - Lésio Sathler - Lúcia Costa - LúcioAlcântara - Luiz Alberto Rodrigues - LuizLeal- Luiz Marques - Luiz Roberto Ponte- Luiz Soyer - Lélio Sousa - Maluly Neto- Manoel Castro - Manoel Moreira - Ma-nuel Domingos - Marcos Formiga - Mar­cos Lima - Marcos Queiroz - Maria deLourdes Abadia - Maria Lúcia - MárioAssad - Mário de Oliveira - Mário Lima- Mário Martins - Márcio Braga - Mar­luce Pinto - Matos Leão - Mateus Iesen- Maurício Campos - Maurício Nasser ­Maurício Fuet - Mauro Sampaio - MauroMiranda - Marcelo Cordeiro - Max Rosen­mann - Milton Barbosa - Miriam Porteia- Melo Freire - Melo Reis - Mendes Bote-

Page 12: República Federativa do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD29MAI1990.pdfProjeto de Lei n. 5.053, de 1990 (Do Sr. Francisco Amaral) - Dispõe sobre

5776 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

lho - Mendes Thame - Messias Gois ­Messias Soares - Milton Lima - MiltonReis - Miraldo Gomes - Miro Teixeira ­Moisés Avelino - Moisés Pimentel - Mu­rilo Leite - Mussa Demes - Naphtali Alvesde Sousa - Nelson Alves Aguiar - NelsonJobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas ­Nestor Duarte - Nilson Gibson - NilsoSguarezi - Narciso Mendes - Ney Lopes- Nyder Barbosa - Orlando Bezerra - Or­lando Pacheco - Oscar Correa - Osmir Li­ma - qsmundo Rebouças - Osvaldo Ben­der - Osvaldo Coelho - Osvaldo Sobrinho- Oswaldo Almeida - Oswaldo Lima Filho- Osmar Leitão - Otomar Pinto - PaesLandim - Paulo Almada - Paulo Macarini- Paulo Marques - Paulo Mourão - PauloPimentel - Paulo Roberto - Paulo Sidnei- Paulo Silva - Paulo Ramos - Paulo Zar­zur - Pedro Ceolin - Pedro Canedo - Per­cival Muniz - Plínio Martins - Prisco Viana- Ralph Biasi - Raul Ferraz - RaimundoRezende - Raul Belém - Renato Viana- Renato Bernardi - Renato Johnson ­Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado- Roberto Cardoso Alves - Roberto Bales­tra - Roberto Brant - Roberto Jefferson- Roberto Augusto - Roberto Rollemberg- Roberto Torres - Roberto Vital-Rodri-gues Palma - Ronaldo Carvalho - RonaroCorrea - Rosário Congro Neto - Rosa Pra­ta - Rose de Freitas - Rubem Branquinho- Rubem Medina - Sadie Hauache - Sala­tiel Carvalho - Saulo Coelho - Sandra Ca­valcanti - Sérgio Britto - Sérgio Carvalho- Sérgio Werneck - Santinho Furtado ­Sílvia Abreu - Sigmaringa Seixas - SimãoSessim - Solon Borges dos Reis - SoteroCunha - Stélio Dias - Tadeu França ­Tarzan de Castro - Teodoro Mendes - TeI­mo Kirst - Ubiratan Spinelli - Valter Perei­ra - Vieira da Silva - Vingt Rosado ­Viétor Faccioni ----:. Victor Fontana - VictorTrovão - Vinícius Cansanção - WaldeckOrnellas - Valmor de Luca - Waldir Pu­gliesi - Wagner Lago - Ziza Valadares.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

.................... 'TíTuLO'iú·· .. ·················Da Organização do Estado

··················cAPfrÜLO·vii··················Da Administração Pública

SEÇÃO IDisposições Gerais

Art. 37. A administração pública direta,indireta ou fundacional, de qualquer dos Po­deres da União, dos Estados, do Distrito Fe­deral e dos Municípios obedecerá aos princí­pios de legalidade, impessoalidade, morali­dade, publicidade e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e f'1nções públicassão acessíveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabelecidos em lei.

ATO DA MESA N' 27, DE 1987

Dispõe sobre o Programa de Assistên­cia e Educação Pré-Escolar.

A Mesa da Câmara dos Deputados, no usode suas atribuições legais, resolve:

Art. 1" Fica instituído o Programa de As­sistência e Educação Pré-Escolar - PAE,em caráter supletivo às obrigações de família,para atender aos dependentes legais dos ser­vidores da Câmara dos Deputados, na faixaetária de até seis anos e fração, que venhama matricular-se, em regime de tempo integralou parcial, nos estabelecimentos dâ área depré-escola, existentes no Distrito Federal eem torno.

§ l' São beneficiários do Programa osdependentes de servidores em atividade, ocu­pantes de cargos, empregos ou funções doQuadro e Tabela Permanentes, Tabela Espe­cial e Secretariado Parlamentar.

§ 2" Consideram-se dependentes aquelesdefinidos no § I" do art. 163 da Resoluçãon" 67, de 1962, que assim tenham sido regular­mente reconhecidos perante o Departamentode Pessoal.

§ 3" Por unidades de atendimento com­preendem-se as instituições materno-infantisou estabelecimentos pré-escolares, públicosou particulares, regulllrmente autorizados afuncionar, que venham a ser conveniados oucontratados pela entidade gestora para aprestação de serviços a que visa o Programa.

Art. 2" O Programa tem por objetivoprecípuo fomentar oportunidade de adequa­da assistência e educação pré-escolar aos de­pendentes dos servidores, que não dispo­nham de meios para deixar os filhos em segu­rança nem de condições propícias ao seu de­senvolvimento integral, durante a jornada detrabalho.

Art. 3" As finalidades sociais do Progra­ma serão alcançadas mediante pagamentodas mensalidades cobradas aos servidores,por seus dependentes matriculados nas uni­dades de atendimento.

Parágrafo único. A inscrição dos benefi­ciários no Programa, assim como a matrículadas crianças nas unidades de atendimento porele abrangidas, não impõe outras obrigaçõesou encargos à Câmara dos Deputados ou àentidade gestora além daqueles expressa­mente previstos neste ato.

Art. 4" A execução do Programa far-se-áem regime de administração contratada pelaAssociação dos Servidores da Câmara dosDeputados - Ascade, a quem caberá sub­contratar as unidades de atendimento.

Art. 5° A administração e fiscalizaçãodas atividades do Programa incumbem à Di­retoria da Ascade, especificamente atravésde sua Diretoria de Assistência Social coma participação do Conselho Consultivo e asupervisão da Diretoria Geral da Câmara dosDeputados.

Art. 60 Ao Diretor-Geral compete su­pervisionar o Programa, resolver os casos

omissos e, especialmente, intermediar entrea Câmara dos Deputados e a Ascade a aloca­ção dos recursos materiais, financeiros e hu­manos necessários ao funcionamento do sis­tema.

Art. 7" A Diretoria da Ascade, como ór-'gão gestor do Programa e no que couber,exercerá suas funções na forma do Estatutoda Entidade, incumbindo-lhe basicamente:

I - inscrever e selecionar os beneficiários,mantendo registros individuais por servidorese dependentes assistidos;

II - velar pela boa utilização dos recursosalocados ao Programa;

III - manter registro dos valores de men­salidades ou semestralidades vigentes nasunidades de atendimento, devidamente ho­mologados pelos ConseIlíos de Educação ouórgãos governamentais competentes;

IV - fiscalizar a freqüência dos beneficiá­rios e a efetiva prestação de serviços pelasunidades de atendimento contratadas ou con­veniadas;

V - examinar as proposições e reclama­ções oriundas do Conselho Consultivo ou dos

.próprios interessados, diligenciando o que forcabível ou intermediando as providências queexcedam de sua alçada;

VI - inspecionar; para efeito de contra­tação ou convênio, as instituições materno­infantis e estabelecimentos pré-escolares, as­segurando-se dos padrões mínimos de quali­dade de prestação de serviços e demais condi­ções de funcionamento regular;

VII - impor sanções às unidades conve­niadas ou contratadas ou rescindir os respec- .tivos instrumentos, por sua iniciativa ou reco­mendação do Conselho Consultivo, em casode inadimplência grave às obrigações pactua­das ou quando incorram em deficiência insa­nável de atendimento.

VIII - submeter ao Diretor-Geral:a) previsão orçamentária própria do Pro­

grama e proposta de dotação a ser incluídano orçamento da Câmara dos Deputados, pa­

. ra o exercício subseqüente, na época determi-nada pelo Departamento de Finanças e deControle Interno;

b) pedido de repasse da dotação orçamen­.tária específica, tendo em vista as cotas esta­belecidas no cronograma de desembolso fi­nanceiro da Câmara dos Deputados;

c} liberação de recursos materiais e finan­ceiros ou do pessoal suplementar indispen­sável às atividades do Programa;

d} prestação de contas anual, acompanha­da de balanço geral e relatório de atividades.

Art. 8' O Conselho Consultivo constituiórgão auxiliar da administração do Progra­ma, com o objetivo de colaborar na realiza­ção de seus fins e na fiscalização dos serviços.prestados pelas unidades de atendimento.

Parágrafo único. O Conselho Consultivo .acolherá como subsídio relevante e comple­mento necessário ao exercício pleno de suasatribuições a atuação' dos Conselhos de Paisou órgãos assemelhados, no âmbito das uni­dades de atendimento, com os quais conju­gará seus esforços visando a assegurar o bOIJlêxito do Programa.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5777

Art. 9" Integram o Conselho Consultivo:I -'- um Deputado Federal indicado pela

Mesa, que o presidirá, com direito tambéma voto de desempate;

II - um representante da administraçãoda Câmara dos Deputados, designado peloDiretor-Geral;

III - um representante da Ascade, desig­nado por sua Diretoria, dentre os profissio­nais ou técnicos a serviço do Programa;

IV - um representante com mandato dedois anos, podendo ser reconduzido, para ca­da região abrangida pelo Programa, a ser elei­to pelos servidores cujos dependentes este­jam matriculados nas unidades locais de aten­<Iimento.

§ 1" Extingue-se automaticamente omandato, na hipótese do inciso IV deste arti­go, se o membro falecer, renunciar, perdera representação perante o Conselho, afas­tar-se do exercício do cargo, emprego o~ fun­ção na Câmara dos Deputados, ou cujo de­pendente se desvincular do Programa.

§ 2" Juntamente com os titulares, serãoescolhidos ou indicados os respectivos su­plentes, que os substituirão em caso de impe­dimento ou ausência e, em se tratando doinciso IV deste artigo, também os sucederãoem caso de vacância.

§ 3" O Conselho decide por maioria sim­ples, presente a maioria de seus membros,em primeira convocação, ou com qualquernúmero, em segunda convocação.

Art. 10. O Conselho Consultivo tem co­mo atribuições:

I - prestar ampla cooperação de caráterpermanente aos órgãos, dirigentes e técnicoscomprometidos com a execução e controledo Programa;

II -intermediar entre os pais, mães ouresponsáveis e a Diretoria de Assistência So­cial da Ascade os assuntos relacionados comproposições, reivindicações ou reclamaçõesde interesse individual ou coletivo pertinen­tes ao Programa;

III - reunir-se pelo menos uma vez semes­tralmente ou sempre que convocado pelo pre­sidente ou por metade de seus membros;

IV - representar a comunidade de servi­dores e seus dependentes participantes doPrograma perante a Ascade e a Câmara dosDeputados;

V - apresentar sugestões e solicitar provi­dências às unidades conveniadas ou contra­tadas que contribuam para o aperfeiçoamen­to e melhoria da qualidade dos serviços edas condições de atendimento;

VI - examinar as sugestões e críticas ema­nadas dos conselhos de pais ou órgãos congê­neres no âmbito das unidades de atendimen­to, incentivar e apoiar suas iniciativas, refor­çando o papel que exercem de subsidiar aatuação do próprio Conselho.

Art. 11. Ao órgão gestor incumbe orga­nizar e implementar a fiscalização do Progra­ma, coadjuvada por profissionais e técnicosde nível superior, que tenham experiênciaou especialização nas modalidades de servi­ços prestados pelas unidades de atendimento.

Art. 12. A fiscalização será descentrali­zada por regiões que agrupem as unidadeslocais de atendimento, podendo compreen­der uma ou mais localidades do Distrito Fede­ral e entorno, tendo por objeto:

I - inspecionar as instituições materno-in­fantis e os estabelecimentos pré-escolares, notocante à estrutura de serviços, os recursosmateriais e humanos e a qualidade do atendi­mento, para fins de contratação ou convênio;

II - fiscalizar a qualidade dos serviçosprestados, as condições ambientais e o estadodas instalações, equipamentos e dependên­cias reservadas às crianças nas unidades deatendimento, nos casos de reclamações deprogenitores ou por recomendação do Conse­lho Consultivo;

III - controlar os mapas de freqüência dascrianças, promovendo contato com a famíliaquando ocorram ausências não comunicadaspreviamente;

IV - elaborar relatórios e estatísticas eprestar informações sobre serviços e ativida­des realizados.

Art. 13. A entidade gestora implemen­tará os serviços auxiliares, gerais ou de apoiotécnico-administrativo do Programa, aosquais ficarão afetas as seguintes atividadesbásicas:

I - executar o conjunto de serviços deapoio burocrático e de secretaria, comuni­cações e outros;

II - promover o transporte de equipes téc­nico-profissionais de inspeção ou fiscaliza­ção;

III - proceder à escrituração contábil eelaboração de demonstrativos;

IV - acompanhar a movimentação finan­ceira do Programa, formar e instruir proces­sos de pagamento e promover o recebimentodas receitas;

V - armazenar e recuperar informaçõesatravés do sistema eletrônico de processa­mento de dados.

Art. 14. O programa está dimensionadopara o atendimento das crianças dos seguintesgrupos etários:

I - berçário: de Oa 2 anos;II -maternal: de 2 a 4 anos;III - jardim: de 4 a 6 anos e fração.

Art. 15. A entidade gestora manterá nú­cleos de atendimento aos participantes doPrograma no edifício-sede da Ascade, naAvenida L-2 Sul, Quadra 609/610, Con]. C,em dependência da Câmara dos Deputados,durante o horário normal de expediente, nosdias úteis.

Art. 16. A participação do servidor noPrograma, sujeita à seleção a que se refereo a rtigo subseqüente, será efetivada median­te apresentação dos seguintes documentos:

a) formulário de inscrição devidamentepreenchido, de dependente infante cuja ida­de máxima seja de seis anos e seis mesesaté o dia primeiro de agosto do ano em curso:

b) comprovação de matrícula do benefí­ciário em unidade de atendimento convenia­da ou contratada, de livre escolha do seusprogenitores ou responsáveis;

c) autorização para desconto em folha depagamento ou débito em conta corrente ban­cária, da respectiva contribuição mensal percapita.

§ 1" A dependência legal do beneficiárioe a renda familiar do servidor, declaradasno formulário referido na alínea "a", serãoatestadas respectivamente pelo Departamen­to de Pessoal e Departamento de Finançase de Controle Interno.

§ 2-,' A inscrição de beneficiário poderáser feita a qualquer época, atualizando-se se­mestralmente ou sempre que haja mudançade unidade de atendimento.

§ 3" Além das exigências referidas nesteartigo, a inscrição e permanência da criançano Programa implicam a aceitação, pelo ser­vidor responsável, das normas e diretrizes defuncionamento do sistema, assim como dasdisposições regulamentares ou contratuais es­tabelecidas pelas unidades de atendimento.

Art. 17. O Programa observará os se­guintes critérios sucessivos de seleção, quan­do o número··de inscritos for maior que asdisponibilidades de recursos:

I - menor reJ1da familiar;II - servidor e cônjuge exercem atividades

profissionais fora do lar;III - maior número de dependentes le"

gais;IV - só o servidor exerce atividade profis­

sional fora do lar;V - o maior tempo de serviço na Câmara

dos Deputados.Parágrafo único. A aferição dos critérios

enunciados neste artigo e a respectiva deter­minação das prioridades obedecerão a proce­dimentos técnicos de análise e classificação,com utilização de informações devidamentecomprovadas e processadas.

Art. 18. Os casos sociais especiais serãoexaminados individualmente pela Diretoriade Assistência Social da Ascade, ouvido oConselho Consultivo.

Art. 19. O desligamento do beneficiário,com a perda do direito do servidor respon­sável, verificar-se-á quando:

I - a criança faltar por 10 (dez) dias conse­cutivos sem motivo justo ou comunicação àDiretoria de Assistência Social ou à unidadede atendimento;

II - constatar-se sua inassiduidade reite­rada ao longo do semestre;

III - por solicitação da unidade de atendi­mento, em caso de atrasos constantes naapresentação ou retirada diária da criança;

IV - a criança apresentar enfermidadeque não permita a sua permanência na unida­de de atendimento;

V - o servidor afastar-se do efetivo exer­cício na Câmara dos Deputados;

VI - o servidor assim o requerer.§ 1" Para cancelamento da inscrição de

seu dependente, o servidor deverá comuni­car-se por escrito com a Diretoria de Assis­tência Social. obrigando-se ao pagamento dacontribuição per capita até o efetivo desliga­mento.

§ 2" _ O reingresso da criança no Programacondiciona-se a novo processo seletivo.

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5778 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990,

Art. 20. A freqüência das crianças àsunidades de atendimento obedecerá aos res­pectivos calendários e períodos de funciona­mento, fazendo-se os necessários registrosdiários e controles para comprovação mensalà administração do Programa.

§ 1" Os pais, mães ou responsáveis deve­rão comunicar por escrito às unidades deatendimento eventuais ausências das crian­ças, e também justificadamente à Diretoriade Assistência Social, quando o afastamentofor igualou superior a dez dias.

§ 2" As ausências superiores a dez dias,exceto por motivo de saúde das crianças, fé­rias ou recesso dos servidores, importam odesligamento do dependente do Programa.

Art. 21. O custeio do Programa far-se-áatravés de:

1.-dotações consignadas no orçamento daCâmara dos Deputados e transferidas, porcotas mensais, à Ascade, e os créditos adicio­nais autorizados pela Mesa, para reforço dedotação orçamentária;

n- doações, auxílios e subvenções rece­bidas pela Câmara dos Deputados ou pelaAscade e vinculadas às finalidades do Pro­grama;

III - receitas de natureza operacional,provenientes de contribuições dos servidorspor dependentes assistidos pelo Programa,na forma do art. 23;

IV - recursos provenientes de receitas di­versas e eventuais.

Parágrafo único. Os saldos verificados aofim de cada exercício passarão como disponi­bilidades para o exercício seguinte e serãolevados a crédito do Programa, como receitado referido exercício, constituindo fonte desuplementação orçamentária.

Art. 22. O custeio anual do Programadeverá abranger a estimativa de despesas como pagamento de mensalidades às unidadesde atendimento referidas no art. 4", bem co­mo as de administração do sistema.

A.rt. .23. Os servidores participantes doPrograma contribuirão mensalmente com aimportância, por dependente atendido, equi­valente a 2% (dois por cento) dos vencimen­tos ou salários básicos correspondentes às re­ferências e cargos, empregos ou funções deque sejam ocupantes, cessando seu recolhi­mento apenas após o efetivo desligamentoda criança.

§ 1" A contribuição dos servidores seráefetuada mediante desconto em folha de pa­gamento e consignação em favor da Ascade;na impossibilidade eventual de consignação,o pagamento será feito mediante débito emconta corrente bancária e, excepcionalmente,por depósito em conta especial do Programa.

§ 2" O valor da contribuição mensal, pa­ra cada novo dependente atendido concomi­tantemente pelo Programa, gozará de abati­mento de 25% (vinte e cinco por cento), deforma cumulativa', ou seja, adicionando-se ospercentuais de redução incidentes a partir dosegundo beneficiário.

§ 3" Além da contribuição mensal per ca­pita, os servidores deverão ressarcir ao Pro­grama a diferença entre o valor máximo de

custeio fixado pelo órgão gestor e o montantereal das semestralidades pagas às unidadesconveniadas ou contratadas; dita parcela ex­cedente será recolhida da mesma forma pre­vista no § 1"

Art. 24. O Programa efetuará o paga­mento integral das despesas, por criança as­sistida, relativas às mensalidades vigentes emcada unidade de atendimento, que lhes serãodiretamente creditadas pelo órgão gestor.

Parágrafo único. Excluem-se dos encargosdo Programa as despesas referentes a ativi­dades extracurriculares ou extraordinárias,de matrícula facultativa em cada unidade deatendimento, bem como as necessárias àaquisição de uniformes, roupas, calçados,materiais de uso pessoa: ou pedagógico,transporte ou acompanhamênto das criançasentre seu domicílio e as instituições matemo­infantis ou estabelecimentos pré-escolares.

Art. 25. Os recursos do Programa serãorecolhidos ao Banco do Brasil S.A., a créditode conta especial, a conta e ordem da Ascadee movimentada na forma do Estatuto da Enti­dade.

Art. 26. O regime orçamentário, finan­ceiro e contábil do Programa observará asnormas e procedimentos adotados pela admi­nistração da Câmara dos Deputados.

Parágrafo único. O Programa ficará sujeitoà auditoria interna exercida pelo órgão com­petente da Câmara dos Deputados, o qualexpedirá certificado de regularidade para osfins de instruções da prestação de contas aser apresentada pelo órgão gestor.

Art. 27 Este Ato vigora a partir de suapublicação.

Art. 28. Revogam-se as disposições emcontrário.

Sala das Reuniões, em 16 de setembro de1987. - Ulysses Guimarães, Presidente daCâmara dos Deputados.

PROJETO DE LEI N' 5.035, DE 199í1(Do Sr. José Carlos Coutinho)

Dispõe sobre direito de aposentadoriaao trabalhador rural.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação (ADM); e de SeguridadeSocial e Família - art. 24, n.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Os trabalhadores rurais, assim

considerados os inscritos no Funrural, terãocomputado, para fins de aposentadoria porvelhice. invalidez e pensão, seus direitosequiparados aos trabalhadores urbanos e àLei n" 6.226 de 14 de julho de 1975 que disci­plina a matéria.

Art. 2'" O Poder Executivo, ouvido o Mi­nistério da Previdência e Assistência Social,regulamentará esta Lei no prazo de 60 dias.

Art. 3" Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

A Lei n" 6.226 de 14 de julho de 1975 quedispõe sobre contagem recíproca de tempode serviço público e atividade privada, para

efeito de aposentadoria, excluiu de seus be­nefícios os trabalhadores rurais, flagrante in­justiça, eis que, atualmente muitos seguradosda Previdência Social, trabalhadores urba­nos, que exerceram anteriormente atividadescomo rurícolas,'sob a égide da legislação per­tinente ao Funrural, havendo também traba­lhadores rurais que antes foram obreiros ur­banos, estes, entretanto, em menor número.

Para corrigir essa falha, pretendemos comeste Projeto, introduzir contagem recíprocaentre o tempo de serviço prestado pelo traba­

'lhador rural e pelo empregado urbano, e vice­versa.

Trata-se de medida de justiça social, queeliminará absurda discriminação contra o tra­balhador rural, temos plena convicção quenossa iniciativa merecerá acolhimento.

Sala das Sessões, 7 de maio de 1990. -JoséCarlos Coutinho

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

LEI N° 6.226, DE 14 DE JULHO DE 1975

Dispõe sobre a contagem recíproca detempo de serviço público federal e de ati­vidade privada, para efeito de aposen·tadoria.

O Presidente da República,Faço saber que o Congresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1" Os funcionários públicos civis de

órgãos da Administração Federal Direta edas Autarquias Federais que houverem com­pletado 5 (cinco) anos de efetivo exercícioterão computado, para efeito de aposenta­doria por invalidez, por tempo de serviço ecompulsória, na forma da Lei n" 1.711, de28 de outubro de 1952, o tempo de serviçoprestado em atividade vinculada ao regimeda Lei n" 3.807, de 28 de agosto de 1960,e legislação subseqüente.

Art. 2" Os segurados do Instituto Nacio­nal de Previdência Social (INPS) que já hou­verem realizado 60 (sessenta) contribuiçõesmensais terão comput~do, para todos os be­nefícios previstos na Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960, com as alterações contidasna Lei n" 5.890, de 8 de junho de 1973,ressalvado o disposto no art. 6', o tempo deserviço público prestado à Administração Fe­deral Direta eàs Autarquias Federais.

Art. 3' (Vetado)Art. 4' Para os efeitos desta Lei, o tempo

de serviço ou de atividade, conforme o caso,será computado de acordo com a legislaçãopertinente, observadas as seguintes normas:

I - não será admitida a contagem de tem­po de serviço em dobro ou em outras condi­ções especiais;

II - é vedada a acumulação de tempo deserviço público com o de atividade privada,quando concomitante;

III - não será contado por um sistema,o tempo de serivço que já tenha servido debase para concessão de aposentadoria pelooutro sistema.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5779

IV - o tempo de serviço relativo à filiaçaodos segurados de que trata o art. 5", item!lI, da Lei n" 3.807, de 26 de agosto de 1960,bem como o dos segurados facultativos, dosdomésticos e dos trabalhadores autônomos,só será contado quando tiver havido recolhi­mento, nas épocas próprias, da contribuiçãoprevidênciaria correspondente aos períodosde atividade.

Art. 59 A aposentadoria por tempo deserviço, com aproveitamento da contagem re­cíproca, autorizada por esta Lei, somente se­rá concedida ao funcionário público federalou ao segurado do Instituto Nacional de Pre­vidência Social (INPS), que contar ou venhaa completar 35 (trinta e cinco) anos de servi­ço, ressalvadas as hipóteses expressamenteprevistoss na Constituição Federal, de redu­ção para 30 (trinta) anos de serviço, se mulherou juiz, e para 25 (vinte e cinco) anos, seex-combatente.

Parágrafo único. Se a soma dos temposde serviço ultrapassar os limites previstos nes­te artigo, o excesso não será considerado paraqualquer-efeito.

Art. 69 O segurado do sexo masculino,beneficiado pela contagem recíproca de tem­po de serviço na forma desta Lei, não farájus ao abono mensal de que trata o item lI,do § 49, do art. 10, da Lei n9 5.890, de 8de junho de 1973.

Art. 7' As disposições da presente Leiaplicam-se aos segurados do Serviço de Assis­tência e Seguro Social dos Economiários(Sasse), observadas as normas contidas noart. 99•

Art. 89 As aposentadorias e demais be­nefícios de que tratam os arts. 1'·' e 29 , resul­tantes da contagem recíproca de tempo' deserviço previstos nesta Lei, serão concedidose pagos pelo sistema a que pertencer o inte­ressado ao requerê-los e seu valor será calcu­lado na forma da legislação pertinente.

Parágrafo único. O ônus financeiro de­corrente caberá, conforme o caso, integral­mente ao Tesouro Nacional, à Autarquia Fe­deral ou ao Sasse, à conta de dotações orça­mentárias próprias, ou ao INPS, à conta derecursos que lhe forem consignados pelaUnião, na forma do inciso IV, do art. 69,da Lei n9 3.807, de 26 de agosto de 1960,com a redação que lhe deu a Lei n' 5.890,de 8 de junho de 1973.

Art. 99 A contagem de tempo de serviçoprevistos nesta Lei, não se aplica às aposenta­dorias já concedidas nem aos casos de opçãoregulados pelas Leis n~ 6.184 e 6.185, de 11de dezembro de 1974, em que serão obser­vadas as disposições específicas.

Art. 10. Esta Lei entrará em vigor noprimeiro dia do terceiro mês seguinte ao desua publicaçao, revogados a Lei n9 3.841, de15 de dezembro de 1960, o Decreto-Lei n"367, de 19 de dezembro de 1968, e demaisdisposições em contrário.

Brasília, 14 de julho de 1975; 154· da Inde­pendência e 879 da República. - Ernesto Gei·sei - Armando Falcão - Geraldo AzevedoHenning - Sylvio Frota - Antônio FranciscoAzeredo da Silveira - Mário Henrique Si·

monsen - Dyrceu Araújo Nogueira - Alys­son Paulinelli - Ney Braga - Arnaldo Prieto- Paulo Sobral Ribeiro Gonçalves - Paulode Almeida Machado - Severo Fagundes Go·mes - Shigeaki Ueki - João Paulo dos ReisVeIloso - Maurício Rangel Reis - EuclidesQuandt de Oliveira - Hugo de AndradeAbreu - Gilberto Monteiro Pessôa - JoãoBaptista de Oliveira Figueiredo - AntonioJorge Corrêa - L. G. do Nascimento e Silva.

PROJETO DE LEI N. 5.038, DE 1990(Da Sr' Lurdinha Savignon)

Dispõe sobre a licença-gestante à mu­lher empregada e dá outras providências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Trabalho,de Administração e Serviço Público; ede Seguridade Social e Família - art.24, lI.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1· A mulher empregada, urbana ou

rural terá direito à licença gestante por umperíodo de cento e vinte dias, nos termosem que dispõe o art. 7", inciso XVIII da Cons­tituição Federal.

§ 1· A mulher trabalhadora rural terá di­reito à licença-gestante nos termos do caput­deste artigo.

§ 2" Considera-se mulher trabalhadorarural aquela que desempenha atividade ruralindividualmente ou em regime de economiafamiliar e que não possa ser caracterizadacomo empregada rural.

Art. 2" E facultada à mulher gestante aopção pela data em que a licença de que trataesta lei deve ser iniciada, sendo vedado aoempregador o afastamento compulsório dagestante.

Parágrafo único. A opção de que tratao caput deste artigo poderá se manifestadapela gestante a partir do oitavo mês de gesta­ção, sendo necessário para tanto a simplesnotificação ao empregador.

Art. 39 É obrigatório, para os fins destaLei, a aceitação de quaisquer atestados médi­cos, para o efeito de justificação de faltasao serviço, decorrentes do estado de saúdeda gestante.

Art. 49 A mulher, empregada gestante,poderá requerer ao empregador, a partir do69 mês de gravidez a sua transferência, defunção ou local de trabalho, sem prejuízodos vencimentos, devendo o empregador, noprazo máximo de 15 (quinze) dias definir asolicitação, providenciando a transferência.

Art. 59 É proibido o trabalho da mulhergestante, ou em período de amamentação,em áreas insalubres e atividades perigosas,ou penosas.

§ 1" Inelui-se na proibição estabelecidano caput deste artigo o trabalho que impliquecontato com substâncias agro-tóxicas.

§ 2· O descumprimento deste artigo im­porta em multa de 1.000 (um mil) BTN aoempregador, que será convertida a favor daempregada lesada.

§ 39 A inobservância do disposto nesteartigo implica responsabilização penal do in­frator.

Art. 69 Nos casos de gravidez de risco,comprovado mediante atestado médico deórgão de saúde pública, a empregada ficarádispensada do trabalho, tendo sua falta abo­nada, pelo tempo necessário à sua saúde edo nascituro, sem prejuízo de seu salário ouvencimento, ficando o empregador com o di­reito de fazer a devida compensação juntoa Previdência Social.

Parágrafo único. O tempo de dispensa as­segurado neste artigo não é contado comode licença-gestante.

Art. 7· A empregada que assumir a con­dição de mãe adotiva tem direito a licença­gestante de cento e vinte dias, nos termosem que dispõe o art. 1".

Parágrafo único. Para ter direito ao bene­fício deste artigo, a empregada deve notificaro empregador com 15 (quinze) dias de antece­dência.

Art. 89 Revogam-se as disposições emcontrário.

Art. 99 .Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

JustificaçãoA Constituição de 1988 deu um avanço im­

portante, contemplando em seu texto o direi­to à licença-gestante de 120 dias.

Este reconhecimento representa para asmulheres, principalmente para as de menorpoder aquisitivo, uma conquista social de lar­go alcance.

Ao chamar o homem para participar destesmomentos, assegurando ao pai a licença-pa­ternidade, o texto constitucional quebra umatradição cultural que fazia com que pesasseapenas sobre os ombros da mulher, esta res­ponsabilidade.

Incluímos, ainda, como beneficiária dà li'cença-gestante, a mulher produtora rural as­sim definida no art. 195, § 8· da Constituição.

Por outro lado, ao reconhecer a funçãoda maternidade coloca-a no mesmo status dasoutras prestações de serviço que os indivíduospossam prestar à sociedade.

O direito à licença-gestante não é um direi­to da mulher ou do homemm, é sobretudoum direito da criança. Neste sentido, ela deveser estendida àquelas que assumem a opçãoda a doção, contribuindo com sua dedicaçãopara minorar a grave seqüela social, que éa do abandono de menores, desassistidos pelafalta de vontade política do Esta do. Estejá vem sendo o entendimento de numerososemprega dores, que incluíram ria sua práticaa concessão do direito gestante à mãe a doti­va, que com este projeto queremos norma­tizar.

Entendemos que o verdadeiro desenvol­vimento de uma Nação não se mede apenaspelos avanços econômicos e se deve refletirnecessariamente no bem-estar do conjuntoda população, o que inclui as condições degestação e primeiros anos de vida de um novoser, o que aqui procuramos defender.

Esperamos o acolhimento de nossa pro­posta nas Comissões competentes e sua apro­vação.

Sala das Sessões, 8 de maio de 1990. ­Lurdinha Savignon.

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5780 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

LEGISLAÇÃO CITADA, ~NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

···················TfTÜLOÚ·····················Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO 11Dos Direitos Sociais

...A;~"';;;" 'sã~' 'd'i;~it~'~' d~;' t~~b~ih'a doresurbanos e rurais, além de outros que visemà melhoria de sua condição social:

XVIII - licença à gestante, sem prejuízodo emprego e do salário, com a duração decento e vinte dias;

····················TfTü'Lo·vii·i··················.Da Ordem Social

................... 'CApíTuLO' ii' .Seguridade Social

SEÇÃO IDisposições Gerais

···A;t.. ·úí5.. ···A·~~g~;id~d~·~~~i~i·~~;á·fi~·~;;-ciada por toda a sociedade, de forma diretae indireta, nos termos da lei, mediante recur­sos provenientes dos orçamentos da Uniã~,

dos Esta dos, do Distrito Federal e dos Mum­cípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - dos emprega dores, incidente sobrea folha de salários, o faturamento e o lucro;

11 - dos trabalha dores;111 -sobre a receita de concursos de prog­

nósticos.

... §" 8; .. O·~;~·d~~~;:·~·p~;~~i~~:·~·~~~i~~· ~o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal bem como os respectivos côn­juges, que ex~rçam suas atividades em regimede economia familiar, sem emprega dos per­manentes, contribuirão para a seguridade so­cial mediante a aplicação de uma alíquotasobre o resulta do da comercialização da pro­dução e farão jus aos benefícios nos termosda lei.

PROJETO DE LEI N' 5.041, DE 1990(Do Sr. Osvaldo Bender) .

Autoriza a dedução de 5% (cinco porcento) do recolhimento da parte patronaldo INPS às empresas que contemplaremseus empregados com assistência diretaou indireta de serviços de saúde.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Econ~­

mia, Indústria e Comércio; e de Segun­dade Social e Família - art. 24, 11.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' As empresas que contemplarem

seus empregados com serviço de assistência

à saúde de forma direta ou indireta, ficamautorizadas a deduzir 5% (cinco por cento)do recolhimento da parte patronal do INPS.

Art. 2" Os serviços de saúde poderão serrealizados pela própria empresa, ou mediantea celebração de convênio com a empresa es­pecializada na prestação de saúde.

Art. 3" O benefício concedido aos em­pregados, obrigatoriamente será estendidoaos seus dependentes e englobará assistênciamédica, odontológica, psicológica e hospita­lar.

Art. 4' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 5' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O atendimento médico e hospitalar temsido precário ultimamente. Os que pagamINPS não têm tido o direito de ter uma assis­tência médica decente. Quando mais necessi­tam, acabam tendo de custear as suas pró­prias despesas. Não é justo que aqueles quenunca contribuíram tenham direito atravésdos serviços de filantropia, custeados pelosrecursos das contribuições dos previdenciá­rios. Lamentavelmente, se os segurados nãopagarem, não terão um atendimento. ~atisf~­tório. Grande parte das empresas Ja estaodando esta prestação de serviços, onde namaioria das vezes o trabalhador e a empresamais uma vez pagam, a ambos tendo maisum desconto mensal para na hora da necessi­dade terem esta assistência gratuita, o quealiás deveria ser prestado pelo INPS. Coma contribuição por parte do INPS no valorde 5% (cinco por cento) das contribuiçõesda parte patronal, acredito que esta la::u!?aserá solucionada. Assim, a grande malOnadas empresas passaria a assumir um compr.o­misso direto para com a saúde de seus funCIO­nários, qu~ implicaria pequena ~e~~esa paraa Previdência e de solução defmltlva paraos trabalhadores.

Sala das Sessões, 19 de abril de 1990. ­Deputado Osvaldo Bender.

PROJETO DE LEI N' 5.044, DE 1990(Do Sr. Fausto Fernandes)

Dispõe sobre a criação da Escola agro­técnica Federal de 2' Grau, no Municípiode Vruará, no Estado do Pará, e dá ou­tras providências.

(Às Comissões de Constituiçã? e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Fmançase Tributação (ADM); e de Educação,Cultura e Desporto - art. 24, 11.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' É criada a Escola Agrotécnica .

Federal de 2' Grau, no Município de Uruará,Estado do Pará, destinada à formação de téc­nicos de nível médio em agricultura e pe­cuária.

Art. 2' A Escola Agrotécnica Federal deUruará será diretamente vinculada ao Minis­tério da Educação, que promoverá a sua ins­talação, nos termos do estatuto a ser baixadopor decreto do Presidente da República.

Art. 3" Os encargos financeiros necessá­rios à instalação, funcionamento e contrata­ção de pessoal do estabelecimento do ensinoora criado, correrão por conta de dotaçõesespecíficas a serem consignadas no Orçamen­to da União para os exercícios seguintes àaprovação da presente lei.

Art. 4" O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei no prazo de 90 (noventa) dias,contados a partir de sua vigência.

Art. 5" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 6' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

A abertura das rodovias Belém-Brasília eTransamazônica provocou o aparecimento decorrentes migratórias, possibilitando uma ati­va colonização indispensável ao progressoeconômico do Pará, e articulando-o à políticafederal vigente.

Por outro lado, a ocupação desordenadado interior do Estado trouxe uma série deproblemas, como o desmatamento, quetransformou grande trechos da floresta emterrenos improdutivos, e as disputas entreposseiros e negociantes de terras, gerandoinquietações sociais, choques entre os pró­prios posseiros e os índios, além dos choquesde culturas diferentes nos métodos de cultivoagropastoril.

Situado na região da Transamazônica, oMunicípio de Uruará é um exemplo vivo des­sa diversidade cultural. .

O grande eldorado da Transamazônica estana faixa de Terra Roxa em toda a extensãodo Município de Uruará, onde, graças as bra­vuras de mais de 60 mil brasileiros, com umtrabalho todo especial feito pela Ceplac, oMunicípio certamente será um dos mais prós­peros do Estado do Pará, com a grande cultu­ra cacaueira, produto que gera divisas aoPaís. Não só o cacau mas também a pimenta­do-reino está sendo o grande êxito daqueleMunicípio, não se falando ainda na pecuária.

A implantação de uma Escola Agrot.écnicaFederal no Município de Uruará, propostaneste projeto de lei, será a solução econômicapara a adoção de práticas agropastoris unifor­mes atualizadas e portanto, mais produtivas,ben~ficiando não só aquele Município, comotoda'a região da Transamazônica sob sua in­fluência.

Além do aspecto econômico, temos aindaa considerar os benefícios advindos com aEscola Agrotécnica de Uruará, do ponto devista educacional, elevando o nível de conhe­cimento da população; social, por servir deponto de convergência de interesses regio­nais; cultural, por difundir uma nova menta­lidade e mudanças de comportamento e ma­neira de pensar e planejar; por último, a ins­talação de um estabelecimento de ensino des­sa categoria, além de representar uma molapropulsora do progresso, serve de motivaçãopara a fixação do homem no seu, próprio a.m­biente, afastando a ameaça do exodo da JU­ventude para os grandes centros urbanos, embusca do estudo e de melhores condições devida.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5781

Abrir "escolas agrotécnicas" é, acima detudo, a melhor pedagogia para formação dasnovas gerações; é transformar este imensoPaís em produtor mundial de alimentos; éensinar a trabalhar adequadamente a terrae dela colher os seus frutos.

São estas as razões que nos motivam paraapresentação deste projeto de lei, que espera­mos venha a merecer a aprovação dos ilustresmembros do Congresso Nacional.

Sala das Sessões, 8 de maio de 1990. ­Deputado Fausto Fernandes.

PROJETO DE LEI N' 5.046, DE 1990(Do Sr. Octávio Elísio)

Dispõe sobre a circulação interna deminerais garimpáveis e dá outras provi·dências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação; e de Minas e Energia- art. 24, lI.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1° O art. 21 da Lei n° 7.80S, de 18

de julho de 1989, passa a vigorar com o àcrés­cimo dos seguintes parágrafos, transforman­do o atual parágrafo único em § 1°: '

"Art. 21. .§ 1' .§ 2' A circulação interna de mine­

rais garimpáveis será feita medianteacompanhamento de guia específica, ex­pedida pelo Departamento Nacional daProdução Mineral - DNPM, dela cons­tando necessariamente os dados referen­tes ao produto, ao bem mineral, à origeme ao destino da mercadoria, a quantidadee a rota de transporte.

§ 3' O número da guia específica de­verá constar, obrigatoriamente, da notafiscal de venda ou de transferência damercadoria.

§ 4' Tipifica o crime de contrabandoou descaminho a infração ao dispostonos §§ 2' e 3' deste artigo bem comoa circulação em rota que se diferencieda razoavelmente exigida para a entregada mercadoria. "

Art. 2' O Poder Executivo regulamenta­rá o disposto nesta lei no prazo de sessentadias de sua publicaçao.

Art. 3' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Através da Lei n' 7.80S/89 'foi criado o regi­mede permissão de lavra garimpeira. Foimedida das mais acertadas mas que necejisitaser aperfeiçoada em certo e determinadoponto: evitar-se o contrabando de mineraisgarimpáveis. ~.

Todo o País sabe que o contrabando dessasriquezas é um fato embora estejam sendotomadas medidas rigorosas para combatê-lo.

Ocorre que um caminhão, por exemplo,que esteja viajando em região de fronteira,com nota fiscal legalmente extraída, não po­der ser detido pela fiscalização fazendária ou

pela polícia embora todos os indícios encami­nhem o raciocínio para um provável contra­bando. Não se sabe, por exemplo, a origemexata do mineral; se de garimpo autorizadoa funcionar ou se oriundo de alguma ativi­dade clandestina. E mais: a rota escolhidapelo caminhoneiro pode ser, até mesmo, mui­to mais longa do que a razoavelemnte exigidapara a entrega da mercadoria. Mas fica extre­mamente difícil caracterizar-se o contraban­do.

Vou citar o que vem ocorrendo, em grandeescala, no setor estanífero nacional e que éextremamente preocupante. Conforme os

'nobres congressistas bem sabem, isso podeser perfeitamente extrapolado para o ouro,as gemas e os demais minerais.

No ano de .1989, estima-se que o contra­bando de origem brasileira era da ordem de9.SOO toneladas de estanho, o que representa:40% da produção da área, 20% da produçãobrasileira, 27,S% das exportações oficiais eS% do consumo mundial de estanho. O desti­no desse contrabando tem tido como destinoos países abaixo discriminados:

Bolívia: 4.000 t de estanho contido emconcentrados;

Peru: 1.000 t de estanho contidos emconcentrados; e

Malásia/Singapura/Coréia: + I.S00 tono deestanho contido em concentrados, e

EUA/Europa: 3.000 t de estanho metá-lico já industrializado:

Em confirmação, pode-se acrescentar quea produção boliviana de estanho contida emconcentrados, em 1988, foi de 1O.S00 tone­ladas enquanto que, em 1989, sem nenhumanova mina, a produção já atingiu o patamarde 14.400 toneladas.

Segundo informações da Malásia, em 1989,'as fundições de estanho localizadas na cidadede Penang receberam 1.600 toneladas de es­tanho contido em concentrados, através elegrandes traders internacionais e que operamno Brasil. Pelas especificações dos concen­trados, é fácil concluir que procedem de Ari­quemes, em Rondônia.

Exportações ilícitas, também via tradersinternacionais para Miami e Europa, de lin­gotes de estanho sem marca, mas que pelaforma do lingote bem como pela análise quí­mica e fácil reconhecer que se trata de mate­rial oriundo do Brasil. A via de escoamentomais usada é o Aeroporto de Guarulhos, emSão Paulo.

Os efeito desse contrabando, apenas relati­vamente ao estanho, são estarrecedores:

Evasão de divisas 73,1 milhões US$.Sonegação de impostos e de contribuições

14,7 milhões US$.Redução de ingresso de divisas em face .

da redução do preço diante do contrabando,provocado pelo ~xcesso de oferta 14,0 mi­lhões US$.

Total Geral 101,7 milhões US$ (pratica­mente .3S% do ingresso oficial de divisas).

É preciso por fim a esse estado de coisas.O crescimento da produção não é baseadona expansão da atividade de mineração por

empresas organizadas e constituídas legal­mente mas, sim, através de empresas clandes­tinas travestidas de garimpeiros, em comple­to desrespeito à Constituição e à legislaçãoordinária e complementar vigentes. O au­mento da produção ilegal é ainda mais preo­cupante pois além dos prejuízos sócio-eco­nômicos o Brasil arcará com enorme danosao ecossistema (meio ambiente amazônico)e às populações indígenas.

As medidas constantes neste Projeto deLei evitarão que as empresas clandestinaspossam prosperar. A guia específica, expe­dida pelo DNPM, conterá dados relativos àorigem e ao destino da riqueza mineral, aquantidade e a rota do transporte devendoo número dessa guia específica constar danota fiscal de venda ou de transferência damercadoria.

Verificada qualquer ilegalidade quanto aessa exigência, estará tipificado o crime decontrabando. E, como uma das conseqüên­cias, haverá a perda dos bens em favor daUnião.

Creio que este Projeto de Lei, pela impor­tância de seus dispositivos, merecerá o maisamplo apoio de todos os nobres pares.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Otávio Elísio.

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÓES PERMANENTES

LEI N' 7.80S., DE 18 DE JULHO DE 1989

Altera o Decreto·Lei n' 227, de 28 defevereiro de 1967, cria o regime de per·missão de lavra garimpeira, extingue oregime de matrícula, e dá outras provi.dências.

Art. 21. A realização de trabalhos de ex­tração de substânéias minerais, sem a compe­tente permissão, concessão ou licença, cons­titui crime, sujeito a pena de reclusão de 3(três) meses a 3 (três) anos e multa.

Parágrafo único. Sem prejuízo da açãopenal cabível, nos termos deste artigo, a ex­tração mineral realizada sem a competentepermissão, concessão ou licença acarretaráa apreensão do produto mineral, das máqui­nas, veículos e equipamentos utilizadps, osquais, após transitada em julgado a sentençaque condenar o infrator, serão vendidos emhasta pública e o produto da venda recolhidoà conta do Fundo Nacional de Mineração,instituído pela Lei n' 4.42S, de 8 de outubrode 1964.

PROJETO DE LEI N' 5.047, DE 1990

(Do Sr. F1oriceno Paixão)

Dispõe sobre Comissão de Segurançado Trabalho a bordo dos navios mercan·tes nacionais.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); e de Traba­lho, de Administração e Serviço Público- Art. 24,11.)

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5782 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

o Congresso Nacional decreta:Art. l' É obrigatória a instituição da Co­

missão de Segurança do Trabalho (Costab)a bordo dos navios mercantes de bandeiranacional de 500 ou mais toneladas de arquea­gem bruta, sem prejuízo do cumprimento pe­las empresas de outras disposições concer­nentes à Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 2' Funcionará a Costab sob orien­tação e apoio técnico dos serviços especia­lizados em engenharia e Segurança e Medi­cina do Trabalho.

Art. 3' Será a Costab presidida pelo co­mandante da embarcação e integrada pelosseguintes tripulantes:

-imediato;- chefe de máquinas;- segundo-oficial de náutica;-mestre do navio;-um graduado (o enfermeiro de bordo,

sempre que constar da lotação);-um não graduado (escolhido pela tripu­

lação).§ l' Nas embarcações com menos de 15

tripulantes de lotação, a Costab será reduzidapara três integrantes: comandante, chefe demáquinas e mestre do navio.

§ 2' Por sugestão da maioria dos seusmembros e sempre que a natureza do temaindicar como necessário, poderá participarda Costab, a convite de seu presidente, qual­quer membro da tripulação.

Art. 4' São atribuições da Costab:

a) agregar· esforços de toda a tripulaçãopara que o navio possa ser considerado localseguro de trabalho;

b) manter procedimentos que visem à pre­servação do meio ambiente;

c) melhorar as condições de segurança dotrabalho e o bem-estar a bordo, atuando deforma preventiva; .

d) recomendar modificações e receber su­gestões técnicas que visem à garantia da segu­rança dos trabalhos realizados a bordo;

e) prevenir acidentes do trabalho e discutire analisar suas causas e conseqüências;

f) cuidar para que as empresas mantenhamà sua disposição informações, normas e reco­mendações atualizadas em matéria- de pre­venção de acidentes, doenças profissionais.enfermidades infecto-contagiosas e outras decaráter médico social;

g) desenvolver e aperfeiçoar a mentalida­de prevencionista nas relaç,ões de trabalhoa bordo;

h) assegurar o cumprimento das noramssobre segurança do trabalho;

i) avaliar medidas em vigor para preven­ção de acidentes;

j) elaborar sugestões, proposições e reco­mendações no sentido de serem adotadas me­didas de segurança do trabalho, especialmen­te quando se tratar de atividade de alto risco;

I) verificar o correto funcionamento dossistemas e equipamentos de segurança; .

m) analisar os acidentes ocorridos, fazen­do recomendações necess~riaspara evitar suarepetição;

n) elaborar, mensalmente, quadros esta­tísticos de sua atividade;

o) participar do planejamento e execuçãodos exercícios regulamentares de segurança,tais como abandono, combate e incêndio eemergências em geral, avaliando os resulta­dos e propondo medidas corretivas;

p) reivindicar das empresas e aquisição depublicações e recursos audiovisuais sobre se­gurança do trabalho, bem-estar, e à vida abordo;

q) reivindicar das empresas a promoção,a bordo, de palestras e debates de carátereducativo, bem assim a distribuição de carti­lhas, folhetos e outros impressos relacionadoscom suas finalidades;

r) participar, junto às empresas, da elabo­ração e da programação de cursos e outrasformas de treinamento sobre segurança dotrabalho e preservação do meio ambiente.

Art. 5' Reunir-se-á a Costab, em sessãoordinária, de caráter obrigatório, pelo menosuma vez a cada trinta dias ou a intervalosmenores sempre que as circunstâncias acon­selharem, de tal modo que a periodicidadeseja suficiente para assegurar que a pautanão fique acumulada e que as providênciassugeridas sejam adotadas.

Art. 6' Reunir-se-á a Costab em sessão.extraordinária:

a) por iniciativa do presidente, quando,por ele, for julgado copveniente;

b) à vista de solicitação de dois terços deseus membros;

c) à vista de manifesto de carga antes dezarpar do porto, quando o navio transportarcargas perigosas ou de volumes e/ou peso uni­tário excepcionais;

d) quando da ocorrência de acidentes detrabalho tendo como conseqüência óbito oulesão grave do acidentado;

e) em caso de avaria que cause risco ele­vado.

Art. 7' O comandante, na qualidade depresidente da Costab tomará, as providênciasnecessárias para assegurar total apoio às deli­berações desta.

Art. 8' Ao término de cada reunião daCostab será elaborado documento referenteà matéria tratada que passará a constituir amemória da Costab e da qual será extraídacópia por envio imediato à empresa.

Art. 9' Semestralmente, em porto nacio­nal escolhido pela empresa, reunir-se-á aCostab, a bordo, com a representação do ór­gão de segurança da empresa para exame,acompanhamento e avaliação das atividadesda Comissão.

Art. 10. Compete ao presidente da Cos­tab:

a) comunicar e divulgar as normas que atripulação deve conhecer e cumprir em maté­ria de segurança do trabalho a bordo;

b) dar conhecimento à tripulação das san­ç,ões legais que poderão ser aplicadas pelodescumprimento das decisões da Costab enormas regulamentares no que t-ange ao tra­balho a bordo;

c) comunicar imediatamente após zarpardo porto, ao Serviço de Segurança e Medicinado Trabalho do porto de destino e à adminis-

tração do referido porto e eventual transportede carga perigosa;

d) comunicar o Serviço de Segurança eMedicina do Trabalho do porto onde o navioestiver atracado ou do porto mais próximo,quando houver acidentes de trabalho com le­sões que reclamem atendimento em terra ouóbito.

Art. 11. Compete à direção da empresa;a) tornar efetivas as propostas da Costab;b) quando a .ação e/ou correção proposta

não sejam adequadas ou não possam ser leva­das a efeito num período razoável de tempo,apresentar as razões para o não cumprimentodas propostas da Costab;

c) semestralmente, em caráter obrigató­rio, encaminhar ao Serviço de Segurança eMedicina do Trabalho da jurisdição onde suasede estiver localizada, bem como à Federa­ção Nacional dos Trabalhadores em Trans­portes Marítimos e Fluviais e Pescadores ava­liação das atividades da Costab, evidenciandoas estatísticas de acidentes do trabalho, suascausas e medidas adotadas para evitá-los.

Art. 12. Compete aos Serviço de Segu­rança e Medicina do Trabalho, à vista de in­formações recebidas.:

a) tomar as providências julgadas neces­sárias em seu âmbito, com a urgência queo comunicado indicar;

b) encaminhar à Secretaria de Segurançae Medicina do Trabalho do Ministério do Tra­balho os assuntos cujas providências dela de­pendam;

c) encaminhar, semestralmente, à Secre­taria referida na letra anterior, com parecercrítico, os relatórios das atividades da Costab.

Art. 13. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 14. Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O presente projeto nos foi encaminhado.por especialistas na matéria e tem como obje­tivos melhorar as condições a bordo de naviosde frota mercante, levando em consideraçãoas peculiaridades do trabalho a bordo e ascondições sob as quais o mesmo se realizae que tornam de difícil aplicação as normasvigentes para outros órgãos de prevenção deacidentes e, finalmente, tendo em vista a ne­cessidade de adequação das normas nacionaissobre segurança do trabalho às convençõesinternacionais.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Deputado Floriceno Paixão.

PROJETO DE LEI N' 5.053, DE 1990

(Do Sr. Francisco Amaral)'

Dispõe sobre o voto em trlinsito.(Á Comissão de Constituição e Justiça

e de Redação.)

O Congresso Nacional decreta:Art. l' É autorizado o voto em trânsito

nas eleições.Art. 2' O Tribunal Superior Eleitoral

baixará instruções para exercício do direitoassegurado por esta lei.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5783

Art. 3· Esta lei entra em vigor na datade sua· publicação.

Justificação

Impõe-se hoje mais do que nunca a oficiali­zação do voto em trânsito, abolido para evitarfraudes hoje, entretanto, praticamente im­possíveis diante, sobretudo, da informatiza­ção do processo eleitoral que permite rápidaapuração e cruzamento de informações.

Sala das Sessões, 2 de maio de 1990. ­Deputado Francisco Amaral.

PROJETO DE LEI N. 5.055, DE 1990(Do Sr. Ricardo Izar)

Concede isenção de Imposto sobre Pro­dutos Industrializados (IPI), na aquisiçãode veículos de transporte de escolares edá outras providências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Finançase Tributação (ADM), e de Economia,Indústria e Comércio - art. 24, 11.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1· Ficam isentos do Imposto sobre

Produtos Industrializados (IPI), os veículosde transporte de escolares, da Tabela de Inci­dência do Imposto sobre Produtos Industria­lizados IPI, quando adquiridos por:

I - transportadores autônomos de escola­res, que na data da publicação desta lei, exer­

. çam, comprovadamente, em veículo de sua, propriedade, e, devidamente autorizados pa­

ra a exploração do serviço de transporte esco­lar, a atividade de transportador autônomode escolares, na condição de titular da autori­zação do poder concedente, e desde que des­tinem o veículo à utilização nessa atividade,na categoria de aluguel;

11 - pessoas jurídicas enquadradas comomicroempresas de transportes de escolares,que na data da publicação desta lei, exerçam,comprovadamente, em veículos de sua pro­priedade, e, devidamente autorizadas paraexploração de serviço de transporte escolar,à atividade de transporte de escolares, e des­de que destinem o veículo à utilização nessaatividade, na categoria de aluguel.

§ 1· Ressalvados os casos excepcionaisem que ocorra destruição completa de veícu­lo, o benefício previsto neste artigo somentepoderá ser utilizado uma única vez.

§ 2· Fica assegurada a manutenção docrédito do Imposto sobre Produtos Industria­lizados - IPI, relativo- às matérias-primas,aos produtos intermediários e ao material deembalagem, efetivamente utilizados na in­dustrialização dos produtos a que se refereo artigo anterior.

§ 3· O imposto incidirá, normalmente,sobre quaisquer acessórios opcionais, quenão sejam equipamentos originais do modelode veículo adquirido.

Art. 4· A alienação do veículo, adquiri­do com isenção, antes de três (3) anos de

•sua aquisição, à pessoas que não satisfaçamos requisitos e as condições estabelecidas no'art. 1· desta lei, implicará o pagamento, peloalienante, do tributo· dispensado, corrigidomonetariamente.

§ 1· A inobservância do disposto nesteartigo acarretará além da exigência do paga­mento do tributo, corrigido monetariamente,a cobrança de multa e juros monetários pre­vistos na legislação própria, para a hipótesede fraude na falta de pagamento do impostodevido.

§ 2· O previsto neste artigo não será exi­gido em casos de sinistro, em que ocorra adestruição total do veículo.

Art. 5· Esta lei vigorará a partir da datade sua publicação.

Art. 6. Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

O transporte público urbano representaum dos maiores desafios enfrentados pela ad­ministração pública.

As cidades congestionadas por um serviçode transportes urbanos ineficiente e caótico,necessita ter esse setor analisado e dimensio­nado em suas diversas matizes, para chegar­se à uma solução global.

Nesse contexto, o transporte de nossascrianças em idade escolar, toma-se priorida­de com reflexos imediatos nas áreas de saúdee cultural e benefícios sociais irrefutáveis.

Os transportadores escolares e os mi­croempresários de transporte de escolares,com a promulgação da nova Constituiçãoconseguiram finalmente,. organizarem seupróprio Sindicato de Classe, onde levanta­ram-sea situação da categoria.

O maior problema detectado é o da situa­ção precária da frota de veículos que é utili­zado para o transporte dos escolares, avalia­do na média de dez (10) anos de uso.

Com esse fato, o fator segurança-criançaextremamente cobrado pelas autoridadesconcedentes do serviço de transporte de esco­lares fica completamente prejudicado e semeficácia.

Somente com a renovação da frota suca­teada ora existente é que se poderá pensarnuma melhoria na prestação dos serviços nosetor, bem como na recomposição do capitalque o transportador escolar aplicou na suaatividade.

Urgente, urgentíssimo se faz portanto, estí­mulos dos poderes públicos, para evitar apaulatina extinção do transporte de escola­res, atividade que emprega grande contin­gente de pessoas que trabalham com seus veí­culos com a maior matéria-prima de umà na­ção: a criança-escolar, a preocupação do pre­sente para o nosso grande futuro. .

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Deputado Ricardo Izar.

PROJETO DE LEI N· 5.056, De 1990(Do Sr. José Luiz de Sá)

Dispõe sobre concessão comercial entreprodutores e distribuidores de cervejas,refrigerantes, chopes e xaropes de refri·gerantes.

(Às Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); e de Econo­mia, Indústria e Comércio - art. 24, 11.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1· A distribuição de cervejas, refri­gerantes, chopes e xaropes de refrigerantes.efetivar-se-á através de concessão comercialentre produtores e distribuidores disciplinadapor esta lei, no que não a contrariem, pelasconvenções nela previstas e disposições con­tratuais.

Art. 2. Considera-se:I - produtor, a empresa industrial que

realiza a fabricação de cervejas, refrigeran­tes, chopes e xaropes de refrigerantes;

II - distribuidor, a empresa comercialpertencente à respectiva categoria econômia,que realiza a comercialização de cervejas, re­frigerantes, chopes e produtos correlatos,presta assistência comercial a esses produtose exerce outras funções pertinentes à ativi­dade;

III - cerveja, o produto fabricado e emba­lado em garrafa de vidro, lata ou qualqueroutro recipiente, de diversos tamanhos e for­mas;

IV -refrigerante, o produto fabricado eembalado em.garrafa de vidro, lata ou qual­quer outro recipiente, de diversos tamanhose formas;

V -chope, o'produto fabricado e emba­lado em barris de metal, madeira ou outromaterial de diversas formas e litragens;

VI - produtos correlatos, gás carbônico,gelo, aparelho para extração do chope;

VII - xarope, produto fabricado e emba­lado em recipiente próprio.

Parágrafo único. Para fins desta lei:a) intitula-se também o produtor de conce­

dente e o distribuidor concessionário;b) caracterizar-se-ão as diversas ciasses de

cervejas, refrigerantes, chopes e xaropes pe­las categorias econômicas de produtores edistribuidores, e os produtos, diferenciadosem cada marca, pelo produtor e sua redede distribuição, em conjunto.

Art. 3· Constitui objeto da concessão:I - a comercialização de cervejas, refrige­

rantes chopes e xaropes e componentes fabri­cado~ ou fornecidos;

II - a entrega dos produtos comercializa­dos, nos pontos de venda;

III - o uso gratuito da marca do conce­dente, como identificação.

§ 1· A concessão poderá, em cada caso:a) ser estabelecida para uma ou mais clas­

ses de produtos;b) vedar a comercialização de produtoS' de

idêntico sabor praticados ou fornecidos poroutro produtor.

§ 2· Quanto aos produtos lançados peloconcedente:

a) se forem da mesma classe daqueles com­preendidos na concessão ficarão nesta incluí­dos automaticamente;

b) se forem de classes diversas, o conces­sionário terá preferência em comercializá­los, se atender as condições prescritas peloconceden,te para esse fim.

§ 3· E facultado ao concessionário parti­cipar das modalidades auxiliares de vendaque o concedente promover ou adotar, taispromoções, bonificações, sorteios e planosde financiamento.

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5784 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Art. 4" Constitui direito do concessioná­rio também a comercialização de:

I - águas minerais, aguardentes, vinhos,móveis e artigos promocionais, geladeirás co­merciais;

II - mercadorias de qualquer naturezaque se destinem à atividade da concessão.

Parágrafo único. Poderá a concessioná­rio ainda comercializar outros bens e prestaroutros serviços, compatíveis com a conces­são.

Art. 5' São inerentes a concessão:I - área demarcada para o exercício das

atividades concessionário, o que não poderáoperar além dos seus limites;

11 - distâncias mínimas entre estabeleci­mentos de concessionários da mesma rede,fixadas segundo critérios de potencial de mer­cado.

§ l' A área demarcada não poderá con­ter mais de um concessionário da mesma re­de.

§ 2' Na eventualidade de venda de cerve­jas, refrigerantes, chopes ou xaropes a com­prador domiciliado em outra área demarca­da, o concessionário que a tiver efetuado des­tinará margem de comercialização ao conces­sionário da área do domicílio do adquirente.

§ 3' Poderá o concessionário abrir filiais,agências ou dependências secundárias, cir­cunscritas às distâncias mínima entre o esta­belecimento de concessionários e atendidasas condições objeto de ajuste entre o produ­tor e sua rede de distribuição.

Art. 6' É assegurado ao concedente acontratação de nova concessão:

I - se o mercado de cervejas, refrigeran­tes, chopes e xaropes de marca na área de­marcada apresentar as condições justificati­vas da contratação que tenham sido ajustadosentre o produtor e sua rede de distribuição;

11 - pela necessidade de provar vaga deconcessão extinta.

§ 1' Na hipótese do inciso I deste artigoo concedente dará aos respectivos concessio­nários da área demarcada direito de prefe­rência, quanto à nova concessão, o qual cadu­cará pelo seu não início no prazo de sessentadias, contato da notificação para esse fim.

§ 2' A nova contratação não poderá serestabelecida em condições que de algum mo­do prejudiquem os concessionários de marca.

Art. 7' Compreende-se concessão a quo­ta de cervejas, refrigerantes, chopes e xaro­pes, assim estabelecida:

I - o concedente estimará sua produçãodestinada ao mercado interno para o períodotrimestral subseqüente, por produto diferen­ciado e consoante expectativa de mercadoda marca;

II - a quota corresponderá a uma parteda produção estimada compondo-se de pro­dutos diferenciados e independentes entre si,inclusive quanto às respectivas quantidades;

111 - o concedente e o concessionárioajustarão a quota que a este caberá, consoan­te a respectiva capacidade empresarial e de­sempenho de comercialização e conforme acapacidade do mercado de sua área demar­cada.

§ 1" O ajuste da quota independe dos es­toques mantidos pelo concessionário, nos ter­mos da presente lei.

§ 2' A quota será revista trimestralmen­te, podendo reajustar-se conforme os ele­mentos constantes dos incisos deste artigo ea rotatividade dos estoques do concessioná­rio.

§ 3" Em seu atendimento, a quota de cer­vejas, refrigerantes, chopes e xaropes com­portará ajustamentos decorrentes de even­tuais diferenças entre a produção efetiva ea produção estimada.

§ 4' É facultado incluir na quota as quan­tidades de cervejas, refrigerantes, chopes exaropes comercializados através das modali­dades auxiliares de venda a que se refere oart. 3", § 3'

Art. 8' Integra a concessão a fidelidadede compra de cervejas, refrigerantes, chopes,e xaropes dela, objeto, facultado ao conces­sionário haver de outro produto ou conces­sionário da mesma marca, (art. 12, parágrafoúnico, letra a, localizado em qualquer parteda Federação quanto o seu fornecimento naregião se apresentar insuficiente para atendi­mento à área de distribuição.

Parágrafo único. Não estão sujeitas a fi­delidade de compra ao concedente, os produ­tos de terceiros por ele comercializados quenão integrem a sua linha de produção.

Art. 9' Os pedidos dos concessionáriose os fornecimentos do concedente deverãocorresponder à quota de cervejas, refrigeran­tes, chopes e xaropes.

§ l' Os fornecimentos dos concedentesse circunscreverão a pedidos formulados porescrito e respeitarão os limites mencionadosno art. 10, §§ I' e 2"

§ 2' O concedente deverá atender ao pe­dido no prazo fixado e se não o fizer, poderáo concessionário cancelá-lo.

Art. 10. O concedente poderá exigir doconcessionário a manutenção de estoque pro­porcionaI à rotatividade dos produtos objetoda concessão, e adequado à natureza dosclientes do estabelecimento, respeitados oslimites prescritos nos §§ l' e 2" seguintes.

§ 1- É facultado ao concessionário limi­tar seu estoque:

a) de cervejas em geral a três dias de vendada atribuição mensal das quotas trimestrais,por produto diferenciado;

b) de refrigerantes em geral a cinco diasda venda da atribuição mensal das quotastrimestrais, por produto diferenciado;

c) de chopes e xaropes em geral a doisdias de venda da atribuição mensal das quotastrimestrais, por produto diferenciado;

d) de produtos correlatos o valor que nãoultrapasse o preço pelo qual adquiriu aquelesque vendeu a varejo nos últimos três dias.

§ 2" Para efeito dos limites previstos noparágrafo anterior, em suas alíneas a, b ec, a cada três meses será comparada a quotacom a realidade do mercado do concessio­nário, segundo a comercialização por esteefetuada, reduzindo-se os referidos limites naproporção de eventual diferença a menor dasvendas em relação às atribuições mensais,

consoante os critérios estipulados entre o pro­duto e sua rede de distribuição.

§ 3- O concedente reparará o concessio­nário do valor do estoque que alterar ou dei­xar de fornec6r, mediante sua recompra porpreço atualizado à rede de distribuição ousubstituição por outros produtos indicadospelo concessionário, devendo a reparaçãodar-se em três meses da ocorrência do fato.

Art. 11. O pagamento do preço das mer­cadorias fornecidas pelo concedente não po­derá ser exigido, notado ou em parte antesdo faturamento.

Art. 12. o concessionário só poderá rea­lizar a venda de cervejas, refrigerantes, cho­pes e xaropes diretamente ao consumidor,vedada a comercialização para fins de reven­da fora de sua área demarcada.

Parágrafo único. Ficam excluídas da dis­posição deste artigo:

a) operações entre concessionários damesma rede de distribuição;

b) vendas que o concessionário destinar aomercado externo;

c) vendas que o concessionário efetuar emárea livre de concessão.

Art. 13. As mercadorias objeto da con­cessão deverão ser vendidas pelo concessio­nário ao preço fixado pelo concedente ou porórgão oficial do governo.

Parágrafo único. A esses preços poderáser acrescido o valor do frete, seguro e outrosencargos variáveis de remessa da mercadoriaao concessionário e deste para o respectivoadquirente.

Art. 14. A margem de comercializaçãodo concessionário nas mercadorias objeto daconcessão terá seu percentual incluído nopreço ao consumidor.

Parágrafo único. É vedada a redução pe­lo concedente da margem percentual de co­mercialização.

Art. 15. O concedente poderá efetivarvendas de cervejas, refrigerantes, chope e xa­ropes:

I - independentemente de atuação ou pe­dido do concessionário:

a) à Administração Pública, Direta ou In­direta ou ao Corpo Diplomático, por motivode forma maior;

b) a outros compradores especiais, nos li­mites que forem previamente ajustados comsua rede de distribuição;

11 - através da rede de distribuição:

a) às pessoas indicadas no inciso I, alíneaa, incumbindo o encaminhamento do pedidoa concessionário que tenha esta atlibuição;

b) a supermercados atacadistas e adegas,expressamente caracterizados, cabendo uni­camente 'los concessionários objetivar ven­das desta natureza;

c) a outros compradores especiais, facul­tada a qualquer concessionário a apresenta­ção do pedido.

§ I' Nas vendas diretas, o concessionáriofará jus ao valor da contraprestação relativaaos serviços de transporte que prestar, hipó­tese do inciso I, ou ao valor da margem decomercialização correspondente à mercado-

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5785

ria vendida, na hipótese do jnciso II desteartigo.

§ 2' A incidência das vendas diretas atra­vés de concessionário, sobre a respectiva quo­ta de cervejas, refrigerantes, chope e xaro­pes, será estipulada entre o concedente e suarede de distribuição.

Art. 16. A concessão compreende aindao resguardo da integridade da marca e dosinteresses coletivos do concedente e da redede distribuição, ficando vedadas:

I - prática de atos pelos quais o conce­dente vincule o concessionário a condiçõesde subordinação econômica, jurídica ou ad­ministrativa ou estabeleça interferência nagestão de seus negócios;

II - exigência entre concedente e conces­sionário de obrigação que não tenha sidoconstituída por escrito ou' de garantias acimado valor das obrigações contraídas;

III - diferenciação de tratamento entreconcedente e concessionário quanto a encar­gos financeiros e quanto a prazo de obriga­ções que se possam equiparar.

Art. 17. As relações objeto desta lei se­rão também reguladas por convenção que,mediante solicitação do produtor ou de qual­quer uma das entidades adiante indicadas,deverão ser celebradas com força de lei;en­tre:

I - as categorias econômicas de produto­res e distribuidores de cervejas, refrigerantes,chope e xaropes, cada uma representada pelarespectiva entidade civil ou, na falta desta,por outra entidade competente, designadasconvenções das categorias econômicas;

II - cada produtor e a respectiva rede dedistribuição esta através da entidade civil quea representa, designadas convenções da'mar­ca.

§ l' Qualquer dos signatários dos atos re­feridos neste artigo poderá proceder ao seuregistro no Cartório competente do DistritoFederal e à sua publicação no Diário Oficialda União, a fim de valerem também contraterceiros em todo o território nacional.

§ 2' Independentemente de convenções,a entidade representativa da categoria econô­mica ou da rede de distribuição da respectivamarca poderá diligenciar a solução de dúvidase controvérsias, no que tange as relações en­tre concedente e concessionário.

Art. 18. Celebrar-se-ão convenções dascategorias econômicas para:

I - explicitar princípios e normas de inte­resse dos produtores e distribuidores de cer­veja, refrigerantes, chope e xaropes;

II - declarar a entidade civil representa­tiva da rede de distribuição;

III - resolver, por decisão arbitral, asquestões que lhe forem submetidas pelo pro­dutor e a entidade representativa da rede dedistribuição;

IV -disciplinar, por Juízo declaratório,assuntos pertinentes às convenções da marca,por solicitação do produtor ou entidade re- .presentativa da respectiva rede de distribui-

. ção.

Art. 19. Celebrar-se-ão convenções damarca para estabelecer normas e procedi­mentos relativos a:

I - atendimento de cervejas, refrigeran­tes, chope e xaropes, danificados ou impró­prios para o consumo (art. 3', inciso lI);

II - uso gratuíto da marca do concedente(art. 3", inciso III);

III - inclusão na concessão de produtoslançados na sua vigência e modalidades auxi­liares de venda (art. 3', § 2", alínea a; § 3');

IV - comercialização de outros bens eprestação de outros serviços (art. 4''', pará­grafo único);

V -fixação de área demarcada e distân­cias mínimas, abertura de filiais e outros esta­belecimentos (art. 5', incisos I e lI, § 3');

VI - novas concessões e condições demercado para sua contratação ou extinção.de concessão existente (art. 6', incisos I elI);

VII - quotas de cervejas, refrigerantes,chope e xaropes, reajustes trimestrais, ajusta­mentos cabíveis, abrangência quanto à moda­lidade auxiliares de venda (art. 7', §§ 1', 2',3' e 4°) e incidência de vendas diretas (art.15, § 2');

VIII - pedidos e fornecimentos de merca­dorias (art. 9');

IX - estoques dos concessionários (art.10, §§ I' e 2");

X - alteração de época de pagamento(art. 11);

XI - cobrança de encargos sobre o preçoda mercadoria (art. 13, parágrafo único);

XII - margem de comercialização, inclu­~ve quanto a sua alteração em casos excep­cionais (art. 14, parágrafo único) seu percen­tual atribuído ao concessionário de domicíliodo comprador;

'XIII - vendas diretas, com especificaçãode compradores esptrciais, limites das vendaspelo concedente sem mediação de concessio­nário, atribuição de faculdade a concessio­nários para venda à Administração Públicae ao Corpo Diplomático, valor da margemde comercialização e demais regras de proce­dimento (art. 15, § 1');

XIV - regime de penalidades gradativos(art. 22, § 1');

XV - especificação de outras reparações(art. 24, inciso IV);

XVI - contratação para prestação de as­sistência comercial e comercialização de pro­dutos correlatos (art. 28);

XVII - outras matérias previstas nesta leie as que as partes julgarem de interesse co­mum.

Art. 20. A concessão comercial entreprodutores e distribuidores de cervejas, refri­gerantes, chope e xaropes será ajustada emcontrato que obedecerá forma escrita padro­nizada e especificará produtos, área demar­cada, distância mínima e quota de produtos,bem como as condições relativas a requisitosfinanceiros, organização administrativa econtábil, capacidade técnica, instalações,equipamentos e mão-de-obra especializadado concessionário.

Art. 21. A concessão comercial entreprodutor e distribuidor de cervejas, refrige­rantes, chope e xaropes será de prazo indeter­minado e somente cessará nos termos destalei.

Parágrafo único. O contrato poderá serinicialmente ajustado por prazo determina­do, não inferior a cinco anos, e se tornaráautomaticamente de prazo indeterminado senenhuma das partes manifestar à outra inten­ção de não prorrogá-lo, antes de cento e oi­tenta dias do seu termo final e mediante noti­ficação por escrito devidamente provada.

Art. 22. Dar-se-á a resolução do contra­to:

I - por acordo das partes ou força maior;

II - pela expiração do prazo determinado,estabelecido no início da concessão, salvo seprorrogado nos termos do art. 21, parágrafoúnico;

III - por iniciativa da parte inocente, emvirtude da infração a dispositivo desta lei,das convenções ou do próprio contrato, con­siderada infração também a cessação das ati­vidades do contratante.

§ I" - A resolução prevista neste artigo,inciso III, deverá ser procedida de aplicaçãode penalidades gradativas.

§ 2' - Em qualquer caso de resolução.contratual, as partes disporão do prazo neces-'sário à extinção das suas relações e das opera-'ções do concessionário, nunca inferior a cen-,to e vinte dias, contados da data da resolução.:

Art. 23. O concedente que não prorro­gar o contrato ajustados nos termos do art.21, parágrafo único, ficará obrigado peranteo concessionário a:1- readquirir-lhe o estoque de produtos.

pelo preço de venda à rede de distribuição,vigente na data da requisição;

II - comprar-lhe os vasilhames, garrafei­ras, veículos, equipamentos e instalações des­tinadas à concessão, pelo preço de mercadocorrespondente ao estado em que se encon­tram e cuja aquisição o concedente deter­minara ou dela tivera ciência por escrito semlhe fazer oposição imediata e documentada,excluídos desta obrigação os imóveis do con­cessionário.

Parágrafo único. Cabendo ao concessio­nário a iniciativa de não prorrogar o contrato,ficará desobrigado de qualquer indenizaçãoao concedente.

Art. 24. Se o concedente der causa à res­cisão do contrato de prazo indeterminado,deverá reparar o concessionário:

I - readquirindo-Ihe o estoque de cerve­jas, refrigerantes, chope, xaropes, águas mi­nerais, aguardentes e produtos correlatos,pelo preço de venda ao consumidor, vigentena data da rescisão contratual;

II - efetuando-lhe a compra prevista noart. 23, inciso lI;

III - pagando-lhe perdas e danos, à razãode 4% (quatro por cento) do faturamentoprojetado para um período correspondenteà soma de uma parte fixa de três meses porqüinqüênio de vigência da concessão, que oconcessionário tiver realizado nos dois anosanteriores à rescisão;

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5786 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

IV - satisfazendo-lhe outras reparaçõesque forem eventualmente ajustadas entre oprodutor e sua rede de distribuição.

Art. 25. Se a infração do concedente mo­tivar a rescisão do contrato de prazo determi­nado, previsto no art. 21, parágrafo único,o concessionário fará jus às mesmas repara­ções estabelecidas no artigo anterior, sendoque:

I - quanto ao inciso III da clásula anterior,será a indenização calculada sobre o fatura­mento projetado até o término do contratoe, se a concessão não tiver alcançado doisanos de vigência, a projeção tomará por baseo faturamento até então realizado;

II - quanto ao inciso IV da cláusula ante­rior, serão satisfeitas as obrigações vincendasaté o termo final do contrato rescindido.

Art. 26. Se o concessionário der causaà rescisão do contrato, pagará ao concedentea indenização correspondente a 5% (cincopor cento) do valor total das mercadorias quedele tiver adquirido nos últimos quatro mesesde contrato.

Art. 27. Os valores devidos nas hipóte­ses dos art'. 23,24, 25 e 26 deverão ser pagosdentro de sessenta dias da data da extinçãoda concessão e, no caso de mora, ficarão su­jeitos aos acréscimos legais, a partir do venci­mento.

Art. 28. As contratações do concedenteque tenha, por objetivo preencher áreas va­gas ou novas distribuições dependerão deajustes com a rede de distribuição de cerve­jas, refrigerantes, chope e xaropes que este­jam atendendo a esta área e deverão, emqualquer caso, respeitar os direitos e inte­resses desta.

Parágrafo único. A infração a que se refe­re este artigo, será aplicado o disposto noart. 24, inciso lII.

Art. 29. A presente lei aplica-se às situa­ções existentes entre concedentes e conces­sionários, sendo consideradas nulas as cláusu­las dos contrato em vigor que a contrariem.

§ 1" As redes de distribuição e os conces­sionários individualmente, continuarão amanter os direitos e garantias que lhes sejamassegurados perante os respectivos produto­res por ajustes de qualquer natureza, espe­cialmente no que se refere a áreas demar­cadas, competência da convenção da marcade tais ajustes.

§ 2" As entidades civis a que se refereo art. 17, inciso lI, existente à data em queesta lei entra em vigor, representarão a res­pectiva rede de distribuição.

Art. 30. Torna-se-ão de prazo indeter­minado, nos termos do art. 21, as relaçõescontratuais entre produtores e distribuidoresde cervejas, refrigerantes, chope e xaropes,que já tiveram somando três anos de vigênciaà data em que a presente lei entra em vigor.

Art. 31. Se não estiver completo o lapsode três anos a que se refere o artigo anterior,o distribuidor poderá optar:

I - pela prorrogação do prazo de contratovigente por mais cinco anos, contados da datae<.m que esta lei entra em vigor;

II - pela conservação do prazo contratualvigente.

§ I" A opção a que se refere este artigodeverá ser feita em noventa dias, contadosda data em que esta lei entra em vigor, ouaté o término do contrato, se menor prazolhe restar.

§ 2° Se a opção não se realizar, prevale­cerá o prazo contratual vigente.

§ 3" Torna-se-á de prazo indeterminadonos termos do art. 21, o contrato que forprorrogado até cento e oitenta dias antes dovencimento de cinco anos, na hipótese doinciso II ou do § 2° deste artigo.

§ 4' Aplicar-se-á o disposto no art. 23,se o contrato não for prorrogado nos prazosmencionados no parágrafo anterior.

Art. 32. Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

. Justificação

Na elaboração do presente projeto obser­vamos as sugestões formuladas pela Associa­ção dos Revendedores de Cervejas e Refrige­rantes do Estado do Rio de Janeiro, em virtu­de de Projeto com mesmo teor do DeputadoDenisar Arneiro ter sido arquivado.

O acelerado desenvolvimento econômicoocorrido no Brasil nas últimas décadas, possi­bilitou em vários setores a evolução de umacentuado processo de concentração indus­trial. A indústria brasileira de cervejas e refri­gerantes, que já ocupa uma posição de grandedestaque entre os países produtores, é umexemplo indiscutível de crescimento marcadopor forte tendência à concentração. Hoje,o mercado de oferta de cervejas e refrige­rantes no Brasil é caracterizado por umaestrutura acentuadamente oligopolítica, comtrês grandes fabricantes dominando pratica­mente todo'o mercado: a Brahma e a Antarc­tica, que p,rtencem a grupos nacionais, con­seguiram ao longo do tempo a liderança abso­luta do mercado de cervejas, chope e refrige­rantes (exceto os de sabor cola), consolidadapela compra de todas as grandes concorrentesnacionais, inclusive, recentemente, a Skol,a última de grande porte. Já a Coca-Cola,controlada por uma multinacional lidera omercado de refrigerantes de sabor cola, emassociação com a Pepsi, controlada por outramultinacional. Além disso, a Coca-Cola con­trola a Kaiser, que fabrica cerveja.

O gigantismo do mercado, aliado a um altograu de concentração, gerou como conse­qüência uma elevada soma de poder econô­mico depositado nas mãos de poucas empre­sas, que o exercem para controlar inteira­mente o mercado, não hesitando até no usode práticas danosas para os intervenientes domercado. Isto é particularmente verdadeiroem relação aos distribuidores de cervejas erefrigerantes das marcas Brahma e Antarc­tica, que se constituem em mais de 1.800 pe­quenas e médias empresas autônomas, espa­lhadas por tod~s as regiões do Brasil e cujaimportância econômica e social é ponderável,por gerarem mais de 57 mil empregos diretose centenas de. milhares de empregos indire-

tos, pois atingem a mais de 550 mil pontosde venda, utilizando mais de 23 mil veículos.Além disso geram salários diretos e encargosda ordem de 673 milhões de cruzeiros e arre­cadam tributos - ICM, ISS e Imposto de Ren­da - da ordem de 1 bilhão de cruzeiros. Taisempresas estão completamente submetidasao poderio econômico dos fabricantes. Aoarbítrio dos fabricantes, os distribuidores sãoobrigados a manter estoques muito acima desuas necessidades, pagam suas compras ante­cipadamente, indenizam as quebras e perdasocorridas, arcam com os custos dos vasilha­mes defeituosos que lhes são repassados, so­frem a cobrança discricionária de participa­ções promocionais, além de outras práticasdanosas que lhes diminuem a margem de lu­cratividade a níveis intoleráveis. *Dados refe­rentes ao ano de 1986.

O projeto de lei que ora submetemos àconsideração de nossos pares objetiva regula­mentar a concessão comercial entre produ­tores e distribuidores de cervejas, chope, re­frigerantes e xaropes de refrigerantes, visan­do discipliná-Ias e assim proJeger os legítimosinteresses comerciais das partes intervenien­tes, tornando-se independentes das pressõesprovenientes do poder ec(;mômico. Nunca ~e­

rá demais ressaltar que é esse um dos obJe­tivos de uma sociedade democrática aberta,que garante direitos iguais a todos e que go­verne sob o império da lei.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Deputado José Luiz de Sá.

PROJETO DE LEI N' 5.057, DE 1990(Do Sr. José Luiz de Sá)

Dispõe sobre isenção do Imposto deRenda em favor dos idosos.

(Apense-se ao Projeto de Lei n" 4.241,de 1989.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1. Não incidirá o Imposto de Renda

sobre os rendimento~ e proventos de .qual­quer natureza dos que tenham oitenta oumais anos de idade.

Art. 2. Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogando-se as disposi­ções «m contrário.

Justificação

Entre as numerosas inovações de carátersocial contidas na Constituição de 1988 está,todos o sabem, a proteção devida aos idosos.

Insere-se nessa linha o presente projetoque concede aos idosos, assim consideradosos que, em número aliás bastante reduzido,atingem a idade de oitenta anos, isenção inte­grai em relação ao Imposto de Renda.

Nossa proposição busca amenizar a injus­tiça imposta aos idosos aposentados que alémde terem seus rendimentos substancialmentecorroídos ainda estão sujeitos a uma injustacarga tributária.

Sala das Sesões, 9 de maio de 1990. ­Deputado José Luiz de Sá.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5787

PROJETO DE LEI N' 5.061, DE 1990(Do Sr. José Carlos Coutinho)

Dispõe sobre prisão especial para pro·fessores de qualquer nível ou grau de en·sino.

(Apense-se ao .Projeto de Lei n' 929,de 1988.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' O art. 295, do Código de Pro­

cesso Penal, instituído pelo Decreto-Lei n'3.689 de 3 de outubro de 1941, passa a vigeracrescido do seguinte inciso XII:

"Art. 295.

XII - Os integrantes do Magistériode qualquer nível ou grau de ensino."

Art. 2' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 3' Revogam~se as disposições emcontrário.

Justificação

O direito à prisão especial é asseguradoa várias categorias profissionais, assim como,a diplomados em curso superior pelo art. 295do Código de Processo Penal, entretanto sãoexcluídos ou ignorados dessa benesse os inte­grantes do Magistério Primário ou de outroscursos, que não freqüentaram instituição deensino superior.

Nosso propósito é corrigir uma injustiça,eis que a exclusão de mestres não se justifica,configurando absurda discriminação contraintegrantes de uma das mais importantes pro­fissões e que, em sua maioria, a exercem co­mo verdadeiro sacerdócio e com vil remu­neração.

Propondo o acréscimo de dispositivo aoInstituto Penal, incluindo no contexto do be­nefício de prisão especial todos os integrantesdo Magistério, estamos certos de praticar atode justiça e para tanto contamos com o acor­do de nosso pares, com a convicção do seuacolhimento.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­José Carlos Coutinho.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÓES PERMANENTES

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

DECRETO-LEI N' 3.689, DE 3 DEOUTUBRO DE 1941

TíTULO IXDa Prisão e da Liberdade Provisória

CAPíTULO IDisposições Gerais

....................................................... 'V

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis oua prisão especial, à disposição da autoridadecompetente, quando sujeitos a prisão antesde condenação definitiva:1-o's Ministros de Estado;II - os governadores ou interventores de

Estados e TerritÓrios, o Prefeito do Distrito'Fed.eral, seus respectivos secretários, os pre-

feitos municipais, os vereadores e chefes dePolícia;

III - os membros do Parlamento Nacio­nal, do Conselho de Economia Nacional edas Assembléias Legislativas dos Estados;

IV -os cidadãos inscritos no "Livro deMérito";

V - os oficiais das Forças Armadas e doCorpo de Bombeiros;

VI - os magistrados;VII - os diplomados por qualquer das fa-

culdades superiores da República;VIII - os ministros de confissão religiosa;IX - os Ministros do Tribunal de Contas;X - os cidadãos que já tiverem exercido

efetivamente a função de jurado, salvo quan­do excluídos da lista por motivo de incapa­cidade para o exercício daquela função;

XI - os delegados de polícia e os guardas­civis dos Estados e Territórios, ativos e ina­tivos.

PROJETO DE LEI N' 5.064, DE 1990(Do Sr. Harlan Gadelha)

Autoriza o Poder Executivo a trans·formar em autarquias as Escolas Agro­técnicas Federais dos Municípios de Vitó­ria do Santo Antão, Belo Jardim, Bar·reiros e Petrolina, no Estado de Pernam·buco.

(Apense-se ao Projeto de Lei n' 4.562,de 1989.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' Fica o Poder Executivo autori­

zado a transformar em autarquias, com auto­nomia administrativa, as Escolas Agrotécni­cas Federais dos Municípios de Vitória deSanto Antão, Belo Jardim, Barreiros e Petro­lina, no Estado de Pernambuco.

Art. 2' As despellas decorrentes datransformação de que trata o artigo anterior,correrão por conta de dotações específicasa serem consignadas no Orçamento daUnião, para os exercícios seguintes à aprova­ção da presente lei.

Art. 3' O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei no prazo de 90 (noventa) dias,contados a partir da sua publicação. ,

Art. 4' Esta lei entra em vigor ha datade sua publicação.

Art. 5' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

As Escolas Agrotécnicas Federais são insti­tuições de ensino vinculadas ao Ministérioda Educação, através da Secretaria de Ensinode Segundo Grau - SES -, diferentementedas Escolas Técnicas Federais, dotadas deautonomia administrativa.

Desempenhando com competência suafunção de formar pessoal qualificado paraatenuação no setor primário da economia,as Escolas Agrotécnicas Federais atuam co­rno verdadeiros centros de desenvolvimentorural, apoiando, inclusive, atividades de edu-

. cação comunitária e básica, contribuindo as-

sim para o crescimento da agropecuária locale regional.

Adotando a metodologia do sistema "esco­la-fazenda" , em regime de internato, semi­internato e externato, essas escolas buscamfazer da experiência do "trabalho-orientado"um elemento integrante do processo educa­tivo, formando o educando para que possaatuar nas áreas de produção - que vão doplantio, do trato das culturas e dos animais,do combate às doenças e pragas, até a colhei­ta e o armazenamento.

O agrotécnico atua ainda como agente dedifusão de tecnologia, nas áreas de créditorural, cooperativismo, agroindústria, exten­são, etc.

Considerando-se a abrangência de açõespedagógicas e a complexidade gerencial queenvolvem o funcionamento de uma EscolaAgrotécnica Federal, conclui-se que a auto­nomia administrativa é a melhor providênciapara o bom desempenho dessas instituições,a exemplo das Escolas Técnicas Federais, ain­da que a medida implique ampliação de en­cargos.

Por essa razão, ao propormos, neste proje­to de lei, a transformação em autarquias, dequatro Escolas Agrotécnicas Federais do Es­tado de Pernambuco, cuidamos de prever,no art. 2' do projeto, a fonte de custeio dasdespesas decorrentes da transformação admi­nistrativa.

Considerando tratar-se de medida razoávele objetiva, esperamos que a presente pro­posta legislativa venha a receber o apoio dosilustres memJ:>ros do Congresso Nacional.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Deputado Harlan Gadelha.

PROJETO DE LEI N' 5.069, DE 1990(Do Sr... José Moura)

Altera a redação da Lei n' 8.000, de13 de março de 1990, que "concede isen·ção do Imposto sobre Produtos Industria·Iizados - IPI, na aquisição de automó·veis de passageiros e dá outras providên­cias.

(Apense-se ao Projeto de Lei n'1.115,de 1988.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I' Os arts. 1', 3' e 5' da Lei n' 8.000,

de 13 de março de 1990, passa a vigorar comas seguintes alterações:

"Art. I' .

1- " .11- .Ul- ..IV- .V - pessoas jurídicas ou equiparadas,

que sejam permissionárias de transpor­tes público de passageiros, na categoriade aluguel (táxi), cujos veículos se desti·nem à utilização nessa atividade.

Art. 3' .1- .11- .IH- ..

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5788 Terça-feira 29 . DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

IV - para as pessoas jurídicas ouequiparadas, de acordo com o capital in­tegralizado:

a) até 100.000 BTN: 2 (dois) carros;b) de 101.000 até 200.000 BTN: 4

(quatro) carros;c) de 201.000 até 400.000 BTN: 8 (oi­

to) carros;d) de 400.000 em diante: 16 (dezes­

seis) carros;

Art. 5" :..1- ..11 - ..lU - .IV- ..V- .VI - para as pessoas jurídicas ou

equiparadas;a) ato constitutivo da sociedade e suas

alterações. "

Art. 2" Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 3" Revogam-se as disposições e~contrário.

Justificação

O presente projeto de lei é a readaptaçãoà nova legislação (Lei n" 8.000, de 13 de mar­ço de 1990) do Projeto de Lei n" 248, de1987, do ilustre Deputado Joaquim Francis­co, que "estende o benefício da Lei n" 7.613,.de 13 de julho de 1987, às pessoas que men­ciona".

Em sua justificação, assim se expressou:

"A recente Lein"7.613, de 13 de julhode 1987, que "concede isenção do Im­posto sobre Produtos Industrializados(IPI) na aquisição de automóveis de pas­sageiros e dá outras providências", noseu art. 1', estabelece os beneficiáriosda medida exonerativa, deixando de in­cluir, entre elas, as pessoas jurídicasequiparadas, cuja atividade é a de pres­tação de serviço público de transportesem veículos de aluguel, ou táxis.

Ora, a não inclusão dessas J1essoas ju­rídicas ou equiparadas entre as demaisbeneficiárias, além de constituir violaçãodo princípio constitucional da ison0!TIia,pune, injustamente, milhares de pessoasque trabalham nessa atividade, cujo cus­to financeiro elevado, não reduzido exa­tamente porque foram excluídas do be­nefÍcio, determinará a paralisação dosserviços, com os conseqüentes prejuízoseconômicos, financeiros e sociais.

Na realidade, trata-se de pequenas emicro empresas do setor, que absorvemmão-de-obra humilde e modesta de mi­lhares de profissionais, cujas famílias de­pendem dessa fonte de sustento para so­breviverem.

Imagine-se a desigua\dade de situa­ções entre, por exemplo, um motoristaautônomo ou uma cooperativa de traba~

lho, que adquirem o veículo a preço re-

duzido pelo benefício fiscal e põdem co­brar um preço menor pela corrida e aempresa de táxis, que paga mais que odobro do preço do veículo e deverá co­brar o mesmo valor da bandeirada e doquilômetro rodado, para competirem emcondições desiguais no mercado.

De outra parte é de se levar em contaque as leis municipais, disciplinadoras daprestação desses serviços, são mais exi­gentes com as empresas do que com osprofissionais autônomos. Impõem, por·exemplo, que os veículos tenha, no máxi­mo, cinco anos de uso; que disponhamde área mínima de 500 ui para estaciona­mento e manobra dos automóveis e de150 m" de área coberta para escritório.Exigem, ademais, manutenção da frotaem atividade no período diurno e, pelomenos, 50% dela no período noturno,além das obrigações sociais e tributáriasa que estão sujeitas.

Do motorista autônomo, exige-se tão­somente, a manutenção do veículo emcondições de tráfego e o cumprimentode suas obrigações de ordem tributária.Não há, portanto, nenhuma obrigatorie­dade para o trabalho diurno, noturno,aos sábados, domingos e feriados, ou sobchuva. O autônomo trabalha quandoquer.

Da simples comparação dessas dife­rentes situações, pode-se constatar queo desgaste e a depreciação dos veículosdas empresas, pelo uso excessivo e per­manente, são bem mais elevados, obri­gando a renovação mais rápida da frota.

Não se pode esquecer os aspectos rela­tivos à segurança na prestação dos servi­ços. É sabido que os usuários de táxisdão preferência àqueles cujo controle efiscalização dos serviços sejam mais ga­rantidos e seguros, como ocorre com asempresas.

Por fim, é de se insistir que o presenteprojeto, além de reparar uma injustiçae uma falha da lei, perante o princípioconstitucional da isonomia, pretende es­tender o benefício a um universo de re­duzidas e pequenas empresas, muitas dasquais operam em cidades das RegiõesNorte e Nordeste do País, sob condiçõesjá por si adversas, mas cuja sobrevivên­cia é indispensável à de inúmeras famí­lias.

A questão, na realidade, deve ser en­carada menos do ponto de vista econô­mico, que, no caso do segmento que es­tamos tratando é nada significativo emtermos da economia nacional, do quesob o prisma social, este sim, também o

no caso, sujeito a iminente e dramáticacrise. "

Esperamos, pois, contar com a colabora-o ção de nossos ilustres Pares no sentido deaperfeiçoar e aprovar o presente projeto delei.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. '­Deputado José Moura.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÓES PERMANENTES

LEI N" 8.000, DE 13 DEMARÇO DE 1990

Concede isenção do Imposto sobre Pro­dutos Industrializados - IPI na aquisi­ção de automóveis de passageiros e dáoutras providências.

O Presidente da República:Faço saber que o Congresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1" São isentos do Imposto sobre

Produtos Industrializados - IPI os automó­veis de passageiros de até 127 HP de potênciabruta (SAE), quando'adquiridos para uso naatividade de transporte áutônomo de passa­geiros (táxis), por:

I - motoristas profissionais q\le, em 19 defevereiro de 1990, exerciam, efetivamente,em veículo próprio, atividade de condutorautônomo de passageiros;

U - motoristas profissionais que, em 19de fevereiro de 1990, fossem titulares de per- o

. missão ou concessão para exploração da ativi­dade de condutor autônomo de passageirose que se encontravam impedidos de exercê­las, em virtude de furto, roubo ou destruiçãodo veículo anteriormente utilizado na referi­da, atividade;

lU - cooperativas de trabalho permissio­nárias ou concessionárias de transporte públi­co de passageiro, na categoria de aluguel (tá­xis).

§ 1" O Imposto sobre Produtos Indus­trializados incidirá normalmente sobre quais­quer acessórios opcionais que não sejamequipamentos originais do.veÍculo adquirido.

§ 2" É assegurada a manutenção do cré­dito do Imposto sobre Produtos Industria­lizados - IPI, relativo às matérias-primas,aos produtos intermediários e ao material deembalagem efetivamente utilizados na indus­trialização dos produtos referidos nesta lei.

§ 3" Os estabelecimentos industriais ouos a eles equiparados concederão desconto,no preço respectivo, em valor equivalente aodo cr~dito refe~do nq p~rágqlfo anterior.. .

Art. 3" O benefício fiscál, previsto nestàlei, somente poderá ser utilizado uma únicavez, obedecidas as seguintes condições:

I - para os condutores autônomos de pas­sageiros, na aquisição de um automóvel depassageiros;

II - para as cooperativas de trabalho per­missionárias ou concessionárias de transportepúblico de passageiros na categoria de alu­gueI (táxis), na aquisição de um automóvelde passageiros para cada um de seus associa­dos, desde que estes não utilizem esta isençãocomo condutores autônomos de passageiros;

III - para os paraplégicos e pessoas porta­doras de deficiências físicas, observados osrequisitos previstros nesta lei, na l!-quisiçãode um automóvel de passageiros.

Parágrafo único. O direito à isenção con­cedida nesta lei será restabelecido se, nos pra­zos nela fixados, ocorreram casos de sinistroque importem na destruição completa dos

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5789

veículos adquiridos com o benefício fiscal,bem como nos casos de furto ou roubo dosmesmos............. ............... . . ............... . .............

Art. 5" A isenção prevista nesta lei seráreconhecida pela Secretaria da Receita Fede­ral - SRF, que autorizará a aquisição deveículo no prazo máximo de 15 (quinze) dias,a contar da data da entrada de pedido, efetua­do pelo interessado, instruído com os seguin­tes elementos:

I - para os condutores autônomos de pas­sageiros, declaração expedida pela entidadesindical representativa da categoria de condu­tores autônomos de passageiros, ou, na faltadesta, por duas testemunhas que exerça"!,efetivamente, a atividade de condutor auto­nomo de passageiros, devidamente qualifi­cadas, na qual seja atestado o efetivo exer­cício da atividade necessária ao uso da isen­ção;

II - para os associados às cooperativas detrabalho;

a) ato constitutivo da cooperativa e suasalterações;

b) comprovação do efetivo exercício daatividade necessária para o uso da isenção,através de' declaração passada pela entidadesindical representativa da categoria de condu­tor autônomo de passageiros, ou, na faltadesta, por duas testemunhas que exerça~,efetivamente, a atividade de condutor auto­nomo de passageiros, devidamente qualifi­cadas;

III - para os paraplégicos e pessoas porta­doras de defeitos físicos:

a) laudo expedido por Departamento deTrânsito ou órgão equivalente, nos termosdo § 2" do art. 4" desta lei;

b) declaração firmada pelo próprio inte­ressad~ reconhecendo que preenche as con­dições estabelecidas nesta lei, à qual juntarácomprovantes de renda e declaraçôes de bensrespecflvos;

IV - nos casos de sinistro, roubo ou furtode veículo, nos termos do parágrafo únicodo art. 3" desta lei, a ocorrência policial res­pectiva;

V - para os transportadores autônomosde carga:

a) declaração passada pela entidade sindi­cal representativa da categoria de transpor­tadores autônomos de carga, ou, na falta des·ta, por duas testemunhas que exerçam, efeti.vamente, a atividade de transportador autô­nomo de cargas, devidamente qualificadas,atestando o efetivo exercício da atividade ne.cessária ou uso da isenção.....................................................................................................................

PROJETO DE LEI No 5.071, DE 1990(Do Sr. Fábio Feldmann)

Dispõe sobre a proteção das cavidadesnaturais subterrâneas, em conformidadecom os artigos 20, inciso X, e 216, incisoV, da Constituição Federal e dá outrasprovidências.

(Às Comissôes de Constituição e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Defesa

do Consumidor, Meio Ambiente e mino­rias; e de Educação, Cultura e Desporto- Art. 24, lI:)

O Congresso Nacional decreta:

Art. I" As cavidades naturais subterrâ·neas existentes no território nacional são bensda União, consideradas patrimônio culturale natural do povo brasileiro, dependendo suautilização e exploração de autorização do Ins­tituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recur­sos Naturais Renováveis - IBAMA.

§ I" É da competência da União, dos Es­tados, do Distrito Federal e dos Municípiosa proteção e fiscalização das cavidades natu·rais subterrâneas.

Art. 2" Para os efeitos desta lei, conside­ralQ.-se:

I - cavidades naturais subterrâneas - osespaços conhecidos como cavernas, pene!rá­veis pelo homem, desde que suas formaçoessejam devidas a processos naturais, indepen­dentemente do tipo de rocha encaixante oude suas dimensões, incluindo seu ambiente,seu conteúdo mineral e hídrico, as comuni·dades animais e vegetais ali abrigadas e ocorpo rochoso onde se inserem;

II - gruta - todas as cavernas com desen­volvimento predominantemente horizontaligualmente para toca e lapa;

1I1 - abismo - todas as cavernas com de­senvolvimento predominantemente vertical,analogamente para furna, fossa e buraco;

IV - sítios espeleológicos - as áreas geo­morfologicamente identificáveis onde ocor·rem cavernas e outras feições superficiais ousubterrâneas a elas associadas;

V - área circunvizinha - área próxima àcavidade natural subterrânea e de seu conjun­to, onde as ações possam exercer efeitos so­bre o complexo cavernícola e este sobre seuentorno, necessária para a manutenção doequilíbrio ecológico e da integridade físicadesse patrimônio; .

VI -sistema cavernícolas - conjunto decavidades distintas de uma mesma área quesejam interconectadas por um sistema de dre­nagem ou por microespaços no corpo rocho­so.

Art. 3° Nas cavidades naturais subterrâ­neas somente serão permitidos estudos de or­dem científica, tecnológica e de atividadesde lazer e turismo mediante à apresentaçãode projeto devidamente analisado e apro.adopelo Ibama, que emitirá certificado de autori­zação.

§ 1° Os usos turístico e de lazer das cavi­dades naturais subterrâneas de modo inten­sivo deverá ser compatibilizado com progra·mas de educação ambiental previstos no PIa­no de Manejo.

§ 2° Será sempre exigido Estado Préviode Impacto Ambiental quando, na área deinfluência do projeto, obra ou atividades,houver cavidade natural subterrânea, preser­vando-se integralmente as que tenham valorcientífico, cultural, histÓrico ou paisagístico.

Art. 4° Nas áreas circunvizinhas às cavi­dades naturais subterrâneas, em um raio mí­nimo de 500 metros, ficam proibidas:

I~ a implantação e funcionamento de in­dústrias capazes de afetar o solo e ? subsolo;

II - a realização de obras que Importemem sensível alteração das condições ecoló­gicos locais;

11I - o exercício de atividades capazes deprovocar uma acelerada erosão das terras,acentuado assoreamento ou poluição das co­leções hídricas; . .

IV - as atividades de pesquisa e lavra mi­neral;

V-o exercício de atividades que amea­cem extinguir na área protegida o ambient.epropício à conservação das caVidades naturaissubterrâneas;

VI - estradas e ferrovias.Art. 5" Caberá ao Ibama, em conjunto

com entidades públicas e privadas, espe.cial­mente o Instituto Brasileiro do PatnmoOloCultural - IBPC - , e o Serviço do Patri·mônio da União-SPU, com a participaçãode especialistas das áreas de i~teresse, proce­der ao levantamento das caVidades naturaissubterrâneas ~stentes em todo o territórionacional, implantando o Cadastro Nacionaldo Patrimônio Espeleológico. .. .

§ 1° O Cadàstro Nacional do PatnmoOloEspeleológico, entre outras finalidades, visa­rá a elaboração de planos e programas a se:rem desenvolvidos nas cavidades, de acordocom as diretrizes estabelecidas no ProgramaNacional de Proteção ao Patrimônio Espeleo­lógico, aprovado pela Resolução n" 005/87do Conama.

§ 2" Para efeito de cadastro citado, serãoconsideradas as informações prestadas pelaSociedade Brasileira de Espeleologia ­SBE, e de outras entidades especializadas emespeleologia.

§ 3" Ficam obrigados os órgãos e empre­sas que executem ou administrem ~xpl~t~­

ções de recursos naturai~ o~ construçoes CIVISa informar ao Ibama a eXlstencla de caVidadesnaturais subterrâneas nas áreas de suas ativi­dades, sob pena de pagamento das mult~s

estabelecidas no artigo 8° desta lei e cassaçaoda licença ambiental de empreendimento.

Art. 6" Os orgãos federais financiadores'de pesquisas e projetos, nas áreas de atuaç~oreferidas no artigo anterior, darão espeCialatenção à apreciação de trabalhos a seremrealizados nas cavidades naturais subterrâ­neas.

Art. 7° A utilização do Patrimônio Eipe­leológico em desacordo com o disposto nestaLei constituiu dano ao meio ambiente e aopatrimônio da União, esta?d~ legitimadospara a promoção da ação pnnclpal ou caute­lar as pessos e entidades mencionadas no art.5° da Lei 7.346, de 24 de julho de 1985.

Art. 8° A retirada sem autorização dematerial biológico, geológico, arqueológicoou paleontológico de cavidades ~atura~s sub­terrâneas, bem como as demaiS mfraçoes es­tabelecidas nesta Lei sujeitarão ao infratorao pagamento de multa no valor de 100 (cem)a 1000 (mil) BTN, ou de outro índice oficialequivalente que o substitua, ou de até 10%(dez por cento) do valor do empreendimentoe apreensão do material proibido, sem pre-

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5790 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

juízo de outras penalidades previstas em leie da reparação do dano cusado.

§ I' As multas serão aplicadas em dobroem caso de reincidência.

§ 2' No caso de infração continuada, quese caracterize pela permanência da ação ouomissão inicialmente Pl.mida, as multas serãoaplicadas diariamente até cessar a atividadedegradadora.

§ 3' Ficam também as autoridades com­petentes que deixem de promover as medidasnecessárias a impedir as infrações mencio­nadas nesta Lei sujeitas as penalidades pre­vistas neste artigo, sem prejuízo das adminis­trativamente cabíveis.

Art. 9' O Poder Público instituirá unida­des de conservação ou outras formas de acau­telamento e proteção das cavidades naturaissubterrâneas de maior relevância que estejamna iminência de destruição por atividades an­trópicas, bem como de suas áreas de entorno.

Art. 10. Ficam revogados e sem efeitoquaisquer atos administrativos de licença, au­torização e alvarás de pesquisas ou lavra mi­neral que coloquem em risco a integridadedo Patrimônio Espeleológico.

Art. 11. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Justificação

O Art. 20, inciso X, da Constituição Fede­ral, classifica as "cavidades subterrâneas eos sítios arqueológicos e pré-históricos" comobens da União. O art. 216, no seu caput,afirma: "Constituem patrimônio cultural bra­sileiro os bens de natureza material e imate­rial, tomados individualmente ou em conjun-.to, portadores de referência à identidade, àação, à memória dos diferentes grupos forma­dores da sociedade brasileira nos quais se in­cluem: (...) V -os conjuntos urbanos e sítiosde valor histórico, paisagístico, artístico, ar­queológico, paleontológico, ecológico e cien­tífico".

Na internsecção desses dois dispositivos es­tá uem tema relegado às preocupações dosespecialistas até ser alçado, pela Constitui­ção, a bem público, cultura e material, notá­vel. O patrimônio espeleológico brasileiro éformado por cavernas de importância cientí­fica do ponto de vista da biologia, da arqueo­logia e da paleontologia, além de ser umagrande atração potencial para a atividade tu­rística responsável.

Como muitos outros recursos' naturais,nossas cavernas têm sido depredadas ao lon­go da história da ocupação do território na­cional. A mineração foi e continua sendo omaior inimigo do uso desequilibrado do sub­terrâneo. Já na Colônia e no Império, a buscado salitre para o fabrico de pólvora foi a pri­meira atividade econômica a explorar e des­truir cavernas.

A ela juntau-se, aos poucos, a ação preda­dora da construção de grandes obras em dis­tritos espeleológicos, a utilização de grutase abismos como depósitos de dejetos e po­luentes domésticos, agrícolas e industriais; odesmatamento, o turismo de massa e as pró-

prias atividades espeleológicas realizadas demodo inadequado.

Essa é uma das perdas ecológicas poucodiscutidas e divulgadas, o que não reflete suareal dimensão. As cavernas são as guardiãsdos últimos segredos intocados do planeta,vestígios fundamentais para conhecermos asalterações de relevo, mudanças climáticas,evolução da fauna e da própria raça humana.São santuários onde podem ser estudadosverdadeiros documentos frágeis e únicos queauxiliam a compreender toda a história daTerra, o que justifica que sejam tratadas comrespeito, sabedoria e usadas inadequadamen­te.

No Brasil, a própria coleção Lund teriasido irremediavelmente arrasada se o sábiodinamarquês não tivesse dedicado grandeparte de sua vida a pesquisar as ~'grutas desalitre" da região do Rio das Velhas, em Mi­nas Gerais. A Lapa Vermelha com importan­tíssimos depósitos de material arqueológicoe paleontológico, foi, como várias outras,transformada em sacos de cimento.

Como o salitre, por vezes ocorrem outrosminerais em cavernas ou na rocha onde elasse inserem. É o caso, por exemplo, de mine­ralização de cobre, cuja exploração foi res­ponsável pela destruição de duas pequenas,mas importantíssimas, grutas do sul do Esta­do de São Paulo. Uma delas foi encontradadurante a exploração mineral na mina de San­ta Blandina, em Itapeva e reunia estalactitesazuis e verdes de malaquita (carbonato decobre), crizocola e azurita (Guimarães,1966). A gruta foi totalmente destruída e des­ses espeleotemas que representam raridadesmundiais, só restaram algumas peças reco­lhidas ao Museu do Instituto Geológico deSão Paulo.

Igual fim teve a Gruta da Fenda Azul, des­truída por mineração irregular de calcário noParque Estadual e Turístico do Alto Ribeira­PETAR, na mesma região. Nessa cavidade,além de estalactites, ocorriam flores de calci­ta e aragonita, helictites, espirocones e inú­meros outros espeleotemas azulados por saisde cobre.

Além dos minérios por vezes contidos nossolos - cobre, chumbo - as cavernas, porserem formadas em sua grande maioria emrochas calcáreas, são permanentementeameaçada~pela exploração desse minério.

Não existem levantamentos suficientes pa­ra que se tenha um número exato de grutascalcárias já destruídas por atividades minerá­rias no país. Pelo que se depreende de regis­tos históricos e relatórios recentes, esse nú­mero atinge a casa de algumas dezenas. E,ainda mais grave, essas cavernas, em suamaioria, não chegaram a ser exploradas emapeadas e, muito menos exploradas cientifi­camente.

Cabe salientar que não apenas em áreaslongínquas, em grutas desconhecidas ou empassado remoto, a mineração de calcáro vemdestruindo cavernas. O problema é grave eatual. Muitos são os exemplos.

Além do caso da Lapa Vermelha de LagoaSanta, cinco cavernas conhecidas domo

"Grutas do Trevo" foram destruídas pela mi­neraçáo ao norte de Belo Horizonte; as grutasda "Lapa de Pedra", em Formosa, DistritoFederal, só não tiveram o mesmo fim pelaação integtada dos espeleólogos de Brasília,conjuntamente com a Secretaria do Patrimô­nio Histórico e Artístico Nacional ­SPHAN, por se tratarem de sítios arqueo­lógicos protegidos. Seu entorno continua, to­davia, sendo minerado, descaracterizando apaisagem e retirando muito de seu valor comosítio arqueológico.

A mesma ameaça de dinamitação paira so­bre diversas grutas, segundo levantamentode 1988, incluindo-se entre elas a Gruta doTamboril, em Unaí, a Gruta da Igrejinha emOuro Preto e a Gruta da Lagoa Rica, emParacatu, todas em Minas Gerais.

No Paraná, segundo informações do.GEEP-Açungui existem, na Região Metro­politana de Curitiva, 18 cavernas ameaçadas,destruídas total ou parcialmente pela minera­ção de calcário. Estes números significam que29% das cavernas desta região foram afetadaspor ação antrópica. .

Entre estas citam-se a Gruta de Toquinhase a da Lancinha, esta última tombada pelaSecretaria do Estado da Cultura do PR, comoexemplos da ação nefasta da mineração semplanejamento.

Menos aparente que a destruição direta decavernas provocada pela mineração, masigualmente agressiva, é a execução de gran­des obras de engenhari.a em regiões cársticas.

Exemplo triste disto aconteceu na regiãode Confins e Lagoa Santa (MG), ao norteda capital mineira, onde se construiu o Aero­porto Internacional de Confins. Apesar dagrande mobilização popular e da comunidadecientífica, em sentido contrário, a obra foirealizada sem que haja sequer o monitora­mento de prováveis alterações ambientais so­bre as inúmeras grutas e sítios arqueológicosda região. O Parque do Sumidouro, prome­tido para a preservação das cavernas da área,também não foi criado.

Uma caverna não é um simples túnel esca­vado entre rochas, vazio e escuro. Seu am­biente, assim como suas formas de vida ea própria formação dos espeleotemas estãointimamente ligados ao meio ambiente exter­no que a circunda. Por isso, qualquer altera­ção na superfíce reflete no mundo subter­râneo.

A degradação dos ambientes subterrâneos,portanto, se dá também por vias indiretas,com a destruição do entorno das cavernase a poluiçãÇl das águas que percorrem as redescársticas. E íntima a relação entre os ecossi­temas cavernícolas e os de superfície, umavez que praticamente todo o alimento paraa fauna do interior da caverna é trazido domeio externo.

Assim, o represamento ou o desvio de umrio que entre em uma caverna, a poluiçãode suas águas por pesticidas usados na agri­cultura, rejeitas de mineração (sedimentos,metais), esgotos e dejetos domésticos e urba­nos, ou ainda afluentes industriais, podemdizimar toda a vida nesses ambientes.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5791

As atividades ligadas à útilização direta doespaço interior podem, por outro lado, serealizadas de modo inadequado, descaracte­rizar o meio cavernícola e prejudicar o seufrágil equilíbrio ecológico.

O turismo espeleológico não é recente seincluirmos nessa atividade as visitas espor­tivas, eventureiras ou de cunho religioso, quehá séculos ocorrem nessas cavidades. Bastalembrar que no Brasil, já em 1690, se inicia­ram romarias e visitas à Gruta de Bom Jesusda Lapa no interior da Bahia.

Trata-se neste caso, porém, de um turismoincipiente, irregular ou restrito a poucas épo­cas do ano. Já o turismo de massa em caver­nas, e mesmo em outros ambientes, é umfenômeno bastante recente.

O turismo irregular é normalmente respon­sável por quebra de estalactites, inscriçõesnas paredes, poluição por lixo e pisoteio deornamentações do solo.' Também a expulsãoou morte de morcegos são comuns nessas visi­tas.

No Brasil, distribuídas por quase todos ospontos de nosso território, existem aproxima­damente 50 cavernas que são utilizadas parafestas religiosas e recebem durante o ano umgrande público, atraído pelas belezas de suasornamentações. Dessas todas, apenas quatropossuem uma estrutura turística em condi­ções razoáveis, como por exemplo, ilumina­ção artificial, serviço de guia, etc. São elas:Gruta de Maquiné-MG, localizada no muni­cípio de Cadisburgo; Gruta da Lapinha(MG); Gruta de Ubajara (CE), dentro doParque Nacional de Ubajara; Caverna doDiabo(SP), localizada no município de Eldo­rado.

Infelizmente em todos estes lugares, os vi­sitantes acabam destruindo parte da área 'ocu­pada. No Ceará, por exemplo, a Gruta deUbajara está sendo sensivelmente desfigura­da em virtude de inscrições de nomes e datasfeitas em suas paredes. Nestas cavernas exis­tem as mais variadas formas de dejetos espa­lhados pelos cantos. São restos de comida,latas, plásticos, pilhas, etc., numa verdadeiraagressão ambiental.

No Paraná, as grutas de Lancínha, !tape­rassu, Pinheiro Seco e Bacaetava, sofrem dosmesmos problemas acima descritos.

A iluminação das cavernas feita de formaerrada é possivelmente o maior problemacriado nas cavernas turísticas, alterando subs­tancialmente o ambiente cavernícola. A colo­cação de holofotes com luzes fixas e cons­tantes interferirá tanto na temperatura am­bientai como na umidade do ar, fatores geral­mente imutáveis ao longo dos anos. Essasmodificações poderão ser sentidas no desapa·recimento de certos animais, na alteração deseus hábitos e comportamento, no crescimen­to de vegetação c1ore/filada no entorno, dosholofotes, na decomposição de espeleote­mas, etc. A iluminação com luzes coloridasagrava mais essa situação, pois além de causaras alterações citadas, descaracteriza toda apaisagem, e, convém lembrar que se pretendemostrar ao visitante a obra da natureza, enão as obras do homem na natureza.

Embora sejam inúmeros os problemas re­lacionados ao turismo em cavernas, não jul­gamos que essa atitude deva ser combatidade forma preconceituosa. Há que se ter emmente o papel educativo que essa visitaçãopode cumprir, se realizada com os necessárioscuidados.

Qualquer planejamento que procure im­plantar uma infra-estrutura turística deve, an­tes de mais nada, dar um exemplo conserva­cionista. O visitante deve ser estimulado apreservar esses ambientes e não ser levadoa contribuir para sua destruição, como ocorrena maioria dos caos.

A existência de cavernas turísticas é nor­malmente um importante meio de sedivulgar a espeleogia e garantir a preservaçãodo patrimônio espelológico. Somente com ofortalecimento de uma mentalidade preserva­cionista podemos evitar que bens naturaisainda existentes sejam destruídos em nome'de interesses imediatistas e em prejuízo daspróximas gerações. Além disso, esses atrati­vos podem representar recursos de impor-'tância econômica para a região e até mesmoum incentivo à implantação efetiva de par­ques e outras Unidades de Conservação emáreas de cavernas.

Fica patente, portanto, que as inúmerasimplicações do uso das cavernas aqui citadasjustificam que a lei as proteja, estabelecendoregras que lhes garantam o manejo correto.

O presente projeto é decorrência da dedi­cação e de contribuições técnicas de um gran­de número de especialistas e ambientalistaspreocupados com o futuro do patrimônio es­peleológico brasileiro....A Sociedade Brasileira de Espeleologia de­

sencadeou um processo de reuniões e simpó­sios a partir do qual foram elaborados docu­meptos que são a base para esta proposta.A justificativa que apresentamos é, exata­mente, um resumo do excelente trabalho ela­borado pela Comissão de Estudos para a Pro­teção do Patrimônio Espeleológico, da qualparticiparam o Movimento Ecológico Mater­Natura, o Grupo de Estudos Ecológicos doParaná, o Instituto de Estudos Amazônicos(PR), Grupo Espeleológico Bambuí (MG),apoiados por 88 entidades ecológicas, muita~delas dedicadas a estudos espeleológicos. Epreciso registrar também a colaboração dojurista Márcio Castro de Farias, na elabo­ração final da proposta ora apresentada àapreciação dos Senhores Deputados.

Sala das Sessões, 9 de maio de 1990. ­Deputado Fábio Feldmann.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELO AUTOR

LEI N" 7.347, DE 24 DEJULHO DE 1985

Disciplina a ação civil pública de respon­sabilidade por danos causados ao meioambiente, ao consumidor, a bens e direi­tos de valor artístico, estético, histórico,turístico e paisagístico (vetado), e dá ou­tras providências.

O Presidente da República:

Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1" Regem-se pelas disposições destalei, sem prejuízo da ação popular, as açõesde responsabilidade por danos causados.

I - ao meio ambiente;II - ao consumidor;III - a bens e direitos de valor artístico,

estético, histórico, turístico e paisagístico;IV -(Vetado).Art. 2" As ações previstas nesta lei serão

propostas no foro do local onde ocorrer odano, cujo juízo terá competência funcionalpara processar e julgar a causa.

Art. 3" A ação civil poderá ter por objetoa condenação em dinheiro ou o cumprimentode obrigação de fazer ou não fazer.

Art. 4" Poderá ser ajuizada ação cautelarpara os fins desta lei, objetivando, inclusive,evitar o dano ao meio ambiente, ao consu­midor aos bens e direitos de valor artístico,estético, histórico, turístico e paisagístico (ve­tado).

Art. 5"' A ação principal e a cautelar po­derão ser propostas pelo Ministério Público,pela União, pelos Estados e Municípios. Po­derão também ser propostas por autarquia,empresa pública, fundação, sociedade deeconomia mista ou por associação que:

I - esteja constituída há pelos menos umano, nos termos da lei civil;

11 - inclua, entre suas finalidades institu­cionais, a proteção ao meio ambiente, ao con­sumidor, ao patrimônio artístico, estético,histórico, turístico e paisagístico (vetado):

§ 1" O Ministério Público, se não inter­vier no processo como parte, atuaTá obrigato­riamente como fiscal da lei.

S 2' Fica facultado ao Poder Público ea outras associações legitimadas nos termosdeste artigo habilitar-se como litisconsortes'de qualquer das partes.

§ 3" Em caso de desistência ou abandonoda ação por associação legitimada, o Minis­tério Público assumirá a titularidade ativa.

Art. 6" Qualquer pessoa poderá e o ser­vidor público deverá provocar a inicÍativa doMinistério Público, ministrando-lhe informa­ções sobre fatos que constituem objeto daação civil e indicando-lhe os elementos deconvicção.

Art. 7" Se, no exercício de suas funções,os juízes e tribunais tiverem conhecimentode fatos que possam ensejar a propositurada ação civil, remeterão peças ao MinistérioPúblico para as providências cabíveis.

Art. 8" Para instruir a inicial, o interes­sado poderá requerer às autoridades compe­tentes as certidões e informações que julgarnecessárias, a serem fornecidas no prazo de15 (quinze dias.

§ 1" O Ministério Público poderá instau­rar, sob sua presidência, inquérito civil, ourequisitar, de qualquer organismo público ouparticular, certidões, informações, examesou perícias, no prazo que assinalar, o qualnão poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis.

§ 2" Somente nos casos em que a lei im­puser sigilo; poderá ser negada certidão ou'informação, hipótese em que a ação poderá

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5792 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

ser proposta desacompanhada daqueles do­cumentos, cabendo ao juiz requisitá-los.

Art. 99 Se o órgão do Ministério Público,esgotadas todas as diligências, se convencerda inexistência de fundamento para a propo­situra da ação civil, promoverá o arquiva­mento dos autos do inquérito civil ou daspeças infirmativas, fazendo-o fundamentada­mente.

§ 19 Os autos do inquérito civil ou daspeças de informação arquidas serão reme­tidos, sob pena de se incorrer em falta grave,no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Supe­rior do Ministério Público.

§ 2' Até que, em sessão do Conselho Su­perior do Ministério Público, seja homolo­gada ou rejeitada a promoção de arquiva­mento, poderão as associações legitimadasapresentar razões escritas ou documentos,que serão juntados aos autos do inquéritoou anexados às peças de informação.

§ 3' A promoção de arquivamento serásubmetida a exame e deliberação do Conse­lho Superior do Ministério Público, conformedispuser o seu Regimento.

§ 4' Deixandõ o Conselho Superior dehomologar a promoção de arquivamento, de­signará desde logo, outro órgáo do MinistérioPúblico para o ajuizamento da ação.

Art. io. Constitui crime, punido com pe­na de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos,mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obriga­ções Reajustáveis do Tesouro Nacional ­ORTN, a recusa, o retardamento ou a omis­são de dados técnicos indispensáveis à propo­situra da ação civil, quando requisitados peloMinistério Público. .

Art. 11. Na ação que tenha por objetoo cumprimento de obrigação de fazer ou nãofazer, o juiz determinará o cumprimento daprestação da atividade devida ou a cessaçãoda atividade nociva, sob pena de execuçãoespecífica ou de cominação de multa diária,se esta for suficiente ou compatível, indepen­dentemente de requerimento do autor.

Art 12. Poderá o juiz conceder mandadoliminar, com ou sem justificação prévia, emdecisão sujeita a agravo.

§ I' A requerimento de pessoa jurídicade direito público interessada, e para evitargrave lesão à ordem, à saúde, à segurançae à economia pública, poderá o Presidentedo Tribunal a que competir o conhecimentodo respectivo recurso suspender a execuçãoda liminar, em decisão fundamentada, daqual caberá agravo para uma das turmas jul­gadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partirda publicação do ato.

§ 2' A multa cominada liminarmente s6será exigível do réu após o trânsito em julga­do da decisão favorável ao autor, mas serádevida desde o dia em que se houver configu­rado o descumprimento.

Art. 13. Havendo condenação em di­nheiro, a indenização pelo dano causado re­verterá a um fundo gerido por um ConselhoFederal ou por Conselhos Estaduais de queparticiparão necessariamente o MinistérioPúblico e representantes da comunidade,

sendo seus recursos destinados á reconstitui­ção dos bens lesados.

Parágrafo único. Enquanto o fundo nãofor regulamentado, o dinheiro ficará deposi­tado em estabelecimento oficial de crédito,em conta com correção monetária.

Art. 14. O juiz poderá conferir efeitosuspensivo aos recursos, para evitar dano ir­reparável à parte.

Art. 15. Decorridos 60 (sessenta) dias dotrânsito em julgado da sentença condenat6­ria, sem que a associação autora lhe promovaa execução, deverá fazê-lo o Ministério PÚ­blico.

Art. 16. A sentença civil fará coisa julga­da erga omnes, exceto se a ação for julgadaimprocedente por deficiência de provas, hi­pótese em que qualquer legitimado poderáintentar outra ação com idêntico fundamen­to, valendo-se de nova prova.

Art. 17. O juiz condenará a associaçãoautora a pagar ao réu os honorários advoca­tícios arbitrados na conformidade do § 4' doartigo 20 da Lei n9 5.869, de 11 de janeirode 1973 - C6digo de Processo Civil, quandoreconhecer que a pretensão é manifestamen­te infundada.

Parágrafo único. Em caso de litigância demá fé, a associação autora e os diretores res­ponsáveis pela propositura da ação serão soli-'dariamente condenados ao décuplo das cus­tas, sem prejuízo da responsabilidade porperdas e danos.

Art. 18. Nas ações de que trata esta leinão haverá adiantamento de custas, emolu­mentos, honorários periciais e quaisquer ou­tras despesas.

Art. 19. Aplica-se à ação civil pública,prevista nesta lei, o Código de Processo Civil,aprovado pela Lei n' 5.869, de 11 de janeirode 1973, naquilÇ) em que não contrarie suasdisposições. '

Art. 20. 00 fundo de que trata o artigo13 desta lei será regulamentado pelo PoderExecutivo no prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 21. Esta lei entra em vigor na datade sua publicação. .

Art. 22. Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, 24 de julho de 1985,; 164' da Inde­pendência e 97' da República. - JOSÉ SAR­NEY - Fernando Lyra.

PROJETO DE LEI N' 5.076, DE 1990(Do SI. João Paulo Pires)

Dispõe sobre os procedimentos para adeterminação do salário-mínimo, estabe­lece provisoriamente o valor do salário­mínimo e dá outras providências.

(Apense-se ao Projeto de Lei n' 4.854,de 1990.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O valor po salário mínimo, nacio­

nalmente unificado, será fixado em lei combase no custo dos produtos e serviços indis­pensáveis ao' atendimento das necessidadesvitais básicas do trabalhador e de sua famíliacom moradia, alimentação, educação, saúde,lazer, vestuário; higiene, transporte e previ-

dência social, na forma do art. 79 inciso IV. da Constituição Federal.

Parágrafo único. O valor do salário míni­mo será reajustado periodicamente com basena variação do custo dos produtos e serviçosde que trata o "caput" deste artigo.

Art. 29 Compete a uma comissáo tempo­rária, formada por 3 (três) representantes doPoder Executivo, 3 (três) representantes dasCentrais Sindicais, e 3 (três) representantesdas entidades patronais, assessorada pelasinstituições oficiais e sindicais competentes,elaborar projeto de lei definindo:

I -o conjunto de bens e serviços cujo cus­to define o valor do salário mínimo, nos ter­mos do art. I";

11 - os critérios de cálculo do valor saláriomínimo, bem como os procedimentos a seremobservados em seu reajuste periódico;

111 - os procedimentos a serem adotàdospara a ade'quação do valor efetivo do saláriomínimo a seu valor nos termos definidos noart. 1', observado um período de adaptaçãoinferior a 3 (três) anos;

IV - outras matérias relativas ao saláriomínimo que a comissão julgar necessárias econvenientes.

§ l' A comissão de que trata este artigoserá instalada no prazo máximo de 30 (trinta)dias a contar da publicação desta lei.

§ 2' Os representantes do Poder Execu­tivo serão nomeados pelo Presidente da Re­pública.

§ 3' Os representantes das centrais sindi­cais serão por elas nomeados de comum acor­do.

§ 4' Os representantes das entidades pa­tronais serão por elas nomeados de comumacordo.

§ 5' O Ministério do Trabalho e Previ­dência Social fornecerá o apoio necessárioao funcionamento da comissão.

§ 6' O projeto de lei de que trata esteartigo será enviado ao Congresso Nacional,através do Presidente da República, no prazomínimo de 120 (cento e vinte) dias a contar

. da publicação desta lei.

Art. 3' Até q.ue seja aprovado e publi­cado o projeto de lei a que se refere o artigoanterior, o valor do salário mínimo sera fixa­do com base nos seguintes critérios:1-no mês da publicação desta lei, o valor

do salário mínimo corresponderá a Cr$6.000,00 (seis mil cruzeiros), corrigidos pelavariação do Índice de Custo de Vida do De­partamento Intersindical de Estatística e Es­tudos Sócio-Econômicos (ICV-D1EESE),calculado para a faixa de renda de 1 (um)a 3 (três) salários mínimos, entre abril de1990 e o mês imediatamente anterior à publi­cação desta lei;

II - nos meses subseqüentes o valor dosalário mínimo será corrigido pela variaçãodo ICV-DIEESE no mês imediatamente an­terior, acrescido de um incremento real de'3% (três por cento) ao mês.

Art. 4' O Poder Executivo regulamenta­rá o disposto nesta lei no prazo de 15 (quinze)dias.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5793

Art. 59 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 69 Revogam-se as disposições emcontrário.

Sala das Sessões, 10 de maio de 1990. ­Deputado João Paulo Pires

Justificação

O presente projeto de lei visa dar cumpri­mento ao disposto no art. 79, inciso IV, daConstituição Federal, segundo o qual é direi­to dos trabalhadores urbanos e rurais: "salá­rio mínimo, fixado em lei, nacionalmente uni­ficado, capaz de atender as suas necessidadesvitais básicas e às de sua família com moradia,alimentação, educação, saúde, lazer, vestuá­rio, higiene, transporte e previdência social,com reajustes periódicos que lhe preservemo poder aquisitivo, sendo vedada sua vincu­lação para qualquer fim".

A Constituição é explícita ao vincular ovalor do salário mínimo a uma cesta de prod'u­tos e serviços, o que é um critério objetivo,uma vez que esta cesta de produtos e serviçosesteja definida. Entretanto, o que temos vistoseja nas iniciativas do Legislativo, seja nasiniciativas do Executivo, é uma discussão cen­trada nos critérios de reajuste do salário míni­mo, ou, quando muito, uma discussão absolu-

· tamente subjetiva do valor do salário míni­mõ. Assim é que aLei n"7.789 definiu subjeti­vamente um valor de NCz 120,00 para osalário mínimo, além de prever correção mo­netária mensal pelo IPC, e ganho real de6,09% ao bimestre. No mesmo sentido, a Lei

· n" 8.030 vincula os reajustes do salário míni-· mo à variação do custo de uma cesta de pro­dutos básicos, sem no entanto vincular o valordo salário mínimo ao custo de aquisição destacesta..

Enquanto inexistirem parâmetros objeti­vos definindo o valor do salário mínimo esta­remos não apenas desrespeitando a Consti­tuição, como sujeitos a uma série de manipu­lações e discussões sobre seu valor e seuscritérios de reajustes, como ocorreu recente-

mente com o expurgo do IPC de março ede abril do rcajustes dos salário mínimo.

Em vista dos argumentos acima entende-sea premência e a enorme importância desteprojeto de lei, que determina o cumprimentoda Constituição e a determinação do valordo salário mínimo com base no custo de umacesta de produtos e serviços essenciais.

Dada a grande complexidade que envolvea definiçiio de uma cesta básica de produtose serviços, bem como dos critérios de corre­ção do salário mínimo com base no valor des­ta cesta, o presente projeto de lei delega auma comissão - composta por membros doExecutivo, das centrais sindicais e das entida­des patronais, e assessOFada pelo DIESSEe pelo IBGE - a incumbência de elaborare remeter ao Congresso Nacional um projetode lei sobre a matéria. Ao mesmo tempo defi­nimos um prazo máximo de 120 dias parao envio deste projeto de lei ao CongressoNacional.

Tendo consciência da dificuldade da adap­tação imediatado valor efetivo do salário mí­nimo a seu valor constitucionalmente deter-

o minado) estabelecemos um prazo de três anospara que ocorra, gradualmente, esta adequa­ção.

Por fim, e como medida de emergência,fixamos. de maneira provisória e arbitraria­mente o valor do salário mínimo ate que sejaaprovada a lei que vincula seu valor ao custodos produtos e serviços previstos na Consti­tuição. Os critérios adotados foram os seguin­tes:

a) fixação do salário mínimo em Cr$6.000,00 em maio, corrigido-se este valor pe­lo ICV-DIEESE até o mês de publicação des­ta lei;

b)correção do salário mínimo nos mesessubseqúntes pelo ICV-DIEESE, além de umaumento real de 3% ao-mês.

Os motivos que nos levam a este aumentoimediato do salário mínimo são evidentes:embora este tenha incorporado aumentos de6,09% ao bimestre acima da correção mone­tária, a aceleração da inflação ao longo doano passado foi tão brutal que o poder de

SAlARIO HIHIllO HOllINAL E REAL1~86 - 1990

compra do salário mínimo caiu brutalmente.Segundo o DIEESE, o salário mínimo atin­giu, em ~ril de 1990, seu valor real maisbaixo, desde que foi criado em 1940. Natabe­la e no gráfico anexos vemos a evolução dosalário mínimo real de janeiro de 1986 a abrilde 1990, ficando evidente a tendência de que­da ao longo destes anos, e especialmente aolongo do segundo semestre de 1989 e iníciode 1990.

O inflator utilizado foi o índice de Custode Vida do DIEESE devido à respeitabili­dade desta instituição, e devido ao fato desua metodologia de cálculo não ter sido alte­rada ao longo dos últimos anos. O critérioadotado para o cálculo dos valores reais foio de competência, ou seja, o salário de ummês foi comparado com a média dos preçosdaquele mês. Existe muita discussão a respei­to do critério correto para a deflação de salá­rios, havendo quem defenda que o saláriode um mês deve ser comparado com o índicede preços do mês subseqüente, uma vez queos salários de um mês só são recebidos e gas­tos ao longo do mês seguinte. De nosso pontode vista este raciocínio é incorreto, seja por­que, especialmente no caso do salário míni­mo, muitos trabalhadores recebem diaria­mente ou semanalmente; seja porque váriosvalores pagos em um mês correspondem apreços do mês anterior, éomo é o caso dosaluguéis ou das tarifas públicas; seja pelaquestão moral de que um salário efetivamen­te corresponde ao mês trabalhado e não aomês .em que é recebido.

A partir destes criterios adotamos comoreferência para o salário mínimo a ser ado­tado em maio seu valor em junho de 1989,que foi o último valor ratificado pelo Legisla­tivo, que na época 'Considerava este comoum patamar mínimo para a sobrevivência dotrabalhador. Conforme vemos na tabela ane­xa, o salário mínimo em junho de 89 corres­pondia a Cr$ 5.987,42, a preços de abril de1990, de onde o valor fixado em nosso projetode lei de Cr$ 6.000,00 para maio deste ano.

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5794 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

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Out 2,64000 559,95 4786,71 Out 381,73 6B111,30 5690, li

3,00600 627,69 4B57,08 557,33 U0l16,aO 5651,83

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5795

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

..........................................................TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO IIDos Direitos Sociais

Art. 7" São direitos dos trabalhadoresurbanos e rurais, além de outros que visemà melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacio·nalmente unificado, capaz de atender as suasnecessidades vitais básicas e às de sua famíliacom moradia, alimentação, educação, saúde,lazer, vestuário, higiene, transporte e previ·dência social, com reajustes periódicos quelhe preservem o podfer aquisitvo, sendo ve­dada sua vinculação para qualquer fim;

LEI N" 7.789, DE 3 DEJULHO DE 1989

Dispõe sobre o salário mínimo.

LEI N" 8.030, DE 12 DEABRIL DE 1990

Institui nova sistemática para reajustede preços e salários em geral e dá outrasprovidênias.

...........................................................

PROJETO DE LEI N' 5.079, DE 1990(Do SI. Hélio Rosas)

Dispõe sobre o exercício da profissãode Detetive Profissional e determina ou­tras providências.

(Apense-se ao Projeto de Lei n' 1.353,de 1988.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" É acrescentada a categoria "De­

tetive Profissional" ao Quadro das Ativida­des e Profissões do Grupo da ConfederaçãoNacional das Profissões Liberais, anexo àConsolidação das Leis do Trabalho.

Art. 2' Define-se como Detetive Profis­sional o mandatário em busca de provas, queserão obtidas em investigações satisfatórias,reservadas e confidenciais, privadas e públi­cas, para quaisquer fins de provas judiciais,por procuração.

Parágrafo único. Os profissionais de quetrata esta lei somente poderão exercer suasatividades se inscritos nos Conselhos Federale Regionais'da categoria, a cuja jurisdiçãoestejam subordinados.

Art. 3' É extinta a categoria de DetetiveParticular, ressalvados os direitos dos que aexerciam de exercerem a profissão de Dete­tive Profissional.

Art. 4' O Poder Executivo regulamenta­rá esta lei no prazo de 90 (noventa) dias desua publicação, inclusive criando os Conse­lhos Federal e Regionais da categoria.

Art. 5' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 6' Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Em raião das exposições de motivos e dasreivindicações a mim apresentadas pelas lide­ranças nacionais e regionais dos detetives queexercem esta profissão com dedicação e com­petência há já bastante tempo, e que desejamver suaprofissão devidamente regulamenta­da, estou apresentando o presente projetode lei, que espero seja aprovado e transfor­mado em lei o mais depressa possível.

Toda pessoa que se der ao trabalho de pes­quisar nos arquivos policiais de qualquer me­trópole do mundo, certamente confirmará aexistência de inúmeros casos policiais cujasolução se deve, em grande parte, à coope­ração anônima de profissionais liberais dedi­cados, profissional e cientificamente, à fasci­nante tarefa da investigação criminal.

São muitos os exemplos de verdadeiros"Sherlocks Holmes", imortalizado na criaçãoda genialidade de Conan Doyle ao redor domundo, e também no Brasil. Apesar disto,entretanto, os Detetives Profissionais aindanão lograram obter o reconhecimento legale o disciplinamento da profissão, o que seráfeito através da aprovação desta lei.

Sala das Sessões, 10 de maio de 1990. ­Deputado Hélio Rosas.

PROJETO DE LEI N' 5.081, 'DE 1990(Do SI. Hélio Costa)

Regulamenta o direito dos detentoresde passagens aéreas pagas à vista ou comcartões com saldo.

(Apense-se ao Projeto de Lei n' 4.752,de 1990.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I" As passagens aéreas, nacionais

ou internacionais, adquiridas com pagamentoà vista ou com cartões de crédito com saldoigualou superior ao valor da compra, têmvalidade por um ano a contar da data de suaemissão.

Art. 2' Toda e qualquêr passagem aéreaemitida em território nacional terá de contera data do último dia de sua validade.

Justificação

Em todo o mundo é reconhecido o direitodo usuário de pagar antecipadamente por umserviço ou mercadoria.

Ao reajustar os preços de passagens aéreascompradas a vista, após um mês de sua emis­são, as empresas aéreas estão imputando umprejuízo injusto ao consumidor, pois agindoassim deveriam, computar também os jurosde'vidos ao usuário, do dinheiro pago pelapassagem, no período compreendido entrea compra da passagem e o reajuste.

É imperativo que este abuso seja coibido,mesmo que para isto seja necessária a implan­tação desta lei.

Sala das Sessões, 10 de maio de 1990. ­Deputado Hélio Costa.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Finda a leitura do expediente, passa-se ao

IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Antônio Mariz.

O SR. ANTÔNIO MARIZ (PMDB - PB.Sem revisão do orador.) - SI. Presidente,Srs. Deputados, volto ao tema da seca noNordeste, inteiramente caracterizada ao finaldo mês de maio. Ao contrário do que supõeo Secretário do Desenvolvimento Regional,SI. Egberto Batista, a seca não se define pelafalta absoluta de água, mas pela frustraçãodas safras. É o que vem ocorrendo, pois operíodo normas das chuvas encerra-se justa­mente neste mês. Quaisquer chuvas que por­ventura ainda venham a cair já em nada in­fluenciarão sobre as perspectivas de safra.Está, pois, perfeitamente delineado o quadroda estiagem, da seca, com todo o seu cortejode males, de sofrimentos e de miséria paraa região nordestina.

É surpreendente a abosoluta inércia doGoverno Federal diante deste quadro, a suaabsoluta insensibilidade para com a angústiade milhões de agricultores nordestinos que,perdidas suas safras, não têm outro caminhosenão o de buscar na cidade a oportunidadede trabalho e de sustento. O que clama aoscéus é a completa insensibilidade dos órgãosgovernamentais diante de um problema que,se é secular, não encontrou até o presentemomento solução suficiente para tornar a re­gião capaz de resistir a estes longos períodosde estio.

Quando se lêem as declarações do Secre­tário da Ciência e Tecnologia, nomeado peloPresidente da República para conduzir umasuposta Comissão de Estudos do Nordeste,e do Secretário do Desenvolvimento Regio­nal, causa espanto o absoluto desconheci­mento da probemática regional. É incrívele inaceitável que pessoas qualificadas, comoo físico nuclear José Goldemberg, possamadiantar opiniões que se chocam com a reali­dade e em nada refletem as característicasdo Nordeste. Poderia S. S' agir com maiorhumildade. De formação científica, deveriasaber que o conhecimento específico lhe esca­pa, pois não é o Nordeste um campo de expe­riências nucleares, mas a sede de uma gente,de uma população, de uma civilização quese forjou ao longo dos séculos. Quando lemosnos jornais que esses eminentes representan­tes do Governo Federal consideram a regiãoimprópria para a existência humana, e quan­do chegam a propor, de forma cruel, o despo­voamento da região sertaneja, revelam umaabsoluta ignorância sobre o fenômeno nor­destino, sobre o fenômeno das secas.

Ali se instalou um povo que construiu uma'sociedade complexa, com uma economiaigualmente complexa, que está fundamenta­da na atividade agrícola, sim, mas também

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5796 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

na produção de serviço's, na atividade indus­trial e na existência de uma cultura autôno­ma.

A seca atinge diretamente a atividade agrí­cola, provocando o desemprego e a frustra­ção das safras lança às cidades a populaçãorural, os pequenos produtores e os trabalha­dores das fazendas. Mas, com toda a sua gra­vidade e profundidade, esta é uma questãolocalizada, e é assim que precisa ser vista,Propor o despovoamento do sertão, da regiãosemi-árida, revela o desconhecimento de to­da a história de uma região e de um povoque soube construir suas cidades, sua vidae sua cultura.

No final do século passado, a economianordestina era o carro-chefe da economia na­cionaL Quando São Paulo ainda lançava osfundamentos do seu desenvolvimento, era doNordeste que emanavam os recurs~s que sus­tentavam a economia brasileira. E uma re­gião que tem dado uma contribuição imensapara o progresso' nacional, náo fora o fatode que, por longos anos, toda a produçãobrasileira de petróleo dali saiu, sem que aregião se beneficiasse disso, sem que as divi­sas economizadas revertessem em favor deseu progresso.

Os planos de desenvolvimento fracassa­ram, até agora, pelas distorções permitidaspelo Governo Federal. Não cabe aos Srs. JoséGoldemberg e Egberto Batista lançar os no­vos fundamentos de uma política nordestina,pois esses estudos foram feitos e as análisesforam produzidas mediante trabalhos realiza­dos pela Sudene, pelo Banco do Nordeste,pelo DNOCS e pelos Governos estaduais.Todo o diagnótico da questão nordestina estáfeito. Cabe ao Governo Federal, em assoçia­ção com os Governos dos Estados e Municí­pios, pôr em prática as diretrizes traçadasà base destes dados provenientes da reali­dade, destes dados científicos, frutos da expe­riência e da pesquisa.

O Nordeste, hoje vivendo o drama da seca,vive também o drama das políticas mal-orien­tadas. Há cerca de três anos cessaram todasas linhas de crédito para a agricultura nordes­tina, tanto de custeio como de investimento.As agências do Banco do Brasil e do Bancodo Nordeste transformaram-se em meroscaptadores de recursos para a ciranda finan­ceira, e esse quadro persiste até hoje. Poroutro lado, a economia se vê flagelada pelainsânia das políticas de impacto até agoraadotadas nos vários planos destinados a com­bater a inflação.

Em 1986, na esteira do otimismo e da eufo­ria criados pelo Plano Cruzado, na expec­tativa de inflação zero, agricultores do Nor­deste, de todas as dimensões, fossem peque­nos, médios ou grandes proprietários, vale­ram-se da esperança renovada para investirna terra, para empreender novas atividades,e víram-se surpreendidos pela quebra docompromisso do Governo Federal, pelo des­moronamento do Plano Cruzado, pela reto­mada da inflação, estando, hoje, a braçoscom ações executivas do Banco do Brasil,do Banco do Nordeste e de outros agentes

financeiros, que os ameaçam com a tomadaiminente das glebas onde trabalham.

Este drama não é dos latifundiários; é dospequenos agricultores. Vi, em recente pere­grinação pelo semi-árido paraibano, a tragé­dia desses proprietários de 10 ou 20 hectaresde terra, que estão enfrentando hasta públicapara o ressarcimento de empréstimos toma­dos a custo zero, em termos de inflação, noano de 1986. Os índices apavorantes da infla­ção elevaram suas dívidas de tal forma, queo produto agrícola foi incapaz de acompanharo desenfreado aceleramento do custo do di­nheiro.

Portanto, SI. Presidente, são duas ques-tões: uma, de caráter emergencial, que é oatendimento às vítimas da seca, que foramobrigadas a abandonar suas terras, a irempara as cidades, e a outra é a questão perma­nente do subdesenvolvimento nordestino. OGoverno Federal deve fazer, naquela região,investimentos que permitam reverter o qua­dro de pobreza crônica ali existente. O Go­verno pode constituir quantas comissões qui­ser para fixar políticas de longo prazo, masé preciso não esquecer Keynes, quando dizque, a longo prazo, todos estaremos mortos.Na verdade,vive-se, hoje, no semi-árido, nosertão da Paraíba e em todo o Nordeste, osproblemas do desemprego, da frustraç,ão dassafras e da fome aguda, que não podem espe­rar por estudos científicos; exigem medidasimediatas do Governo Federal e das demaisesferas da administração pública.

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PL- RR. Pronuncia o seguinte discurso.) ­SI;.. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, a Uni­versidade Federal de Roraima - UFRR, foiinstituída pelo Decreto n. 98.127, de 8 desetembro de 1989, nos termos da Lei n. 7.364,(de,minha autoria), de 12 de setembro de1985, que autorizou 'Sua criação.

Essa universidade representa um anseioantigo da comunidade roraimense e é o resul­tado da fé, do trabalho e da perseverançade muitas gerações que, com muito sacrifício,têm lutado pelo desenvolviomento auto-sus­tentado do extremo Norte do nosso País. Osquatro anos de defasagem entre a autorizaçãodo Congresso Nacional (1985) e sua instala­ção pelo Executivo (1989) representam atra­so no sistema educacional e cultural para aRegião Norte.

O Prof. Hamilton Gondim, PhD em econo­mia, ex-Pró-Reitor de Planejamento da Uni­versidade Federal do Ceará, membro doConselho Federal de Educação, por quatroanos foi designado Reitor Pró Tempore, pelaPortaria Ministérial n· 514, de 21 de setembrode 1989, com a missão de "adotar as medidascabíveis para a implantação da UniversidadeFederal de Roraima" (art. 8. do Decreto n.98.127/89).

O projeto de universidade que se está im­plantando surge como uma proposta nova pa­ra atender às necessidades de desenvolvimen­to regional, com base no respeito aos valoresétnicos, éticos e ecológicos e em consonâniacom os anseios e tradições dos povos da re­gião, sem perder de vista a formação de cons-

ciência cívica nacional e o caráter universaldo saber.

Partindo de uma racionalidade crítica noscontextos social, regional e ecológico, elapretende desempenhar um papel dinâmicoe dinamizador da sociedade ao direcionarsuas atividades de pesquisa, extensão e ensi­no, visando à melhoria da qualidade de vidados povos da região, pela melhor e mais racio­nal utilização dos recursos naturais disponí­veis.

A importância econômica e estratégica donovo Estado de Roraima é inconteste e cres­cente, tanto no plano nacional quanto no in­ternacionaL Tem sido grande o interesse detodos em acompanhar os movimentos na re­gião, quer no sentido da expansão da fron­teira agrícola, quer visando à exploração dosrecursos naturais existentes. Naturalistas eecologistas têm chamado a atenção de todoo mundo para os efeitos negativos dessa ex­ploração nos ecossistemas da Região Amazô­nica, principalmente no que diz respeito àpreservação" dos variados grupos étnicos quecaracterizam os povos nativos. Foi com basenessa realidade e enfatizando a necessidadede se apresentarem soluções práticas que via­bilizem a coexistência do desenvolvimento in­tegrado e ordenado da região com a preser­vação da ecologia e o respeito às populaçõesindígenas, trazendo-as de forma científica pa­ra as conquistas do mundo civilizado, quea Universidade Federal de Roraima assentouas diretrizes do seu nascimento e da sua exis­tência e do seu papel dentro da comunidadeque a abriga. E será assim, com suaface volta­da para as necessidades da regiãD, que elacaminhará, ainda que passo a passo, lenta­mente, como a própria humanidade, para odestino que a fez surgir; ajudar Roraima aser um Estado economicamente forte e so­cialmente justo.

Graças à competência e dedicação da pe­quena equipe coordenada pelo Prof. Hamil­ton e à compreensão da importância do em­preendimento por parte do Executivo Fede­ral, do Legislativo Federal, do Governo doEstado, do Conselho Federal de Educaçãoe da comunidade local, pôde-se, em apenastrês meses, alcançar resultados impressionan­tes que, em parte, contrabalançam o atrasoocorrido para a implantação da UniversidadeFederal de Roraima.

A título de ilustração e sem querer serexaustivo, seguem os principais feitos dessestrês mes"s iniciais de vida da novel univer­sidade:

1. O Estatuto da UFRR foi aprovado pelaPortaria Ministerial n. 578, de 24 de outubrode 1989, que homologou o Parecer n. 817/89,do Conselho Federal de Educação.

2. O Governo do Estado de Roraima doouuma área de 250 mil metros quadrados, comtrês blocos em construção, para servir decampus universitário.

3. O Presiodente da República, acatandoos argumentos da Exposição de Motivos n·192, de 31 de outubro de 1989, do SI. Ministroda Educação, considerou imprescindível aaprovação do quadro de pessoal da UFRR;

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5797

a fim de possibilitar o início das providênciaspara recrutamento e seleção do pessoal ne­cessário, ao baixar a Medida Provisória n"104, de 13 den:6vembro de 1989, criandoos empregos e funções comissionados.

4. O Congresso Nacional, ao transformara Medida Provisória n" 104/89 na Lei n"7.909,de 6 de dezembro de 1989, referendou a cria­ção do Quadro de Pessoal da Universidade.

5. Novamente, em 12 de dezembro de1989, o Congresso Nacional considerou fun­damentai a implantação imediata da UFRR,ao alocar dez milhões de cruzados novos, atítulo de crédito especial, pela Lei n" 7.925/89,para dar início às suas atividades, transfor­mando a Universidade em Unidade Orça­mentária e 'de Gestão Financeira.

6. Posteriormente, o Congresso Nacionalmais uma vez considerou relevante e urgentea implantação da nova universidade ao apro­var emenda à lei orçamentária, 'alocandoNCz$ 18.800.000,00, a preços de maio de1989, a fim de operacionalizar sua implan­tação.

Nesse contexto, coube ao Reitor HamiltonGondim adotar as medidas cabíveis para aimplantação da Universidade Federal de Ro­raima, destacando-se:

1. Realizou o 1" vestibular para preenchi­mento das vagas dos seis cursos criados (Ad­ministração, Ciências Contábeis, Economia,Matemática, História e Língua Portuguesa),a partir de 7 de janeiro de 1990.

2. Realizou diversos concursos públicos pa­ra pessoal docente e Técnico-Administrativo,cujos resultados foram homoloigados e publi­cados no Diário Oficial da União, a partirde 5 de fevereiro de 1990.

3. Absorção dos cursos de Matemática eHistória que vinham sendo ministrados poruma fundação municipal de Boa Vista - RR(FECEC).. 4. Garantia do término de um dos blocosdo campus universitário, através de convêniocom o Governo do Estado, de tal ,sorte apermitir o início das aulas em meados de mar­ço.

Apesar da Lei n' 7.999 (Lei do Orçamen­to/90), de 31 de janeiro de 1990, ter sidopublicada no DOU de I" de fevereiro de 1990,o seu suplemento que publicou o AdendoI - Programação Especial (Parte Integrantedo art. 5' da Lei n' 7.999/90) só foi tornadopúblico durante a primeira quinzena do mêsde fevereiro. Nesse instante, verificou-se quea emenda contemplando a UFRR tinha sidoincluída na Programação Especial e que sópoderia ser utilizada a partir do segundo tri­mestre do corrente ano.

Em meados de fevereiro, o então Ministroda Educação foi alertado para esses fatos quecaracterizavam uma situação emergencial naUFRR; o que resultou no Aviso Ministerialn' 397, de 22 de fevereiro de 1990, dirigidoao então Ministro do Planejamento, solici­tando um crédito especial de emergência novalor de CNz$ 45.000.000,00. Esse aviso con­clui a descrição dos fatos com os seguintesargumentos:

"Caracteriza-se, portanto, Sr. Minis­tro, uma situação de emergência em quese encontra a Universidade Federal deRoraima, visto:

a) possuir um quadro de pessoal do­cente, técnico e administrativo, devida­mente aprovado em Concurso Público,e já contratado desde janeiro do correnteano'

b) possuir um contingente de alunos,devidamente aprovados no vestibular de1990, aguardando o início das aulas;

c) não dispor de recursos orçamentá­rio-fionanceiros para adquirir o materialmínimo necessário ao início das aulas,tais como carteiras e livros; e

d) dispor, apenas de uma perspectivade orçamento que só poderá vir a se con­cretizar a partir de abril próximo.

Essa situação emergencial não podeperdurar por mais tempo... "

O Governo do Estado, a seu turno, trans­feriu recursos, através de convênio, para ga­rantir a sobrevivência da universidade atémeados do mês de março e cedeu, a títulode empréstimo, carteiras escolares e materialde escritório mínimo necessário para o iníciodas aulas.

Concluídas as obras do primeiro bloco docampus universitário, o semestre letivo teveinício no dia 19 de março de 1990. Com aposse do novo Governo, o Reitor apresentourelatório circunstanciado, demonstrando areal situação da UFRR, o que resultou nonovo Aviso Ministerial n, 527, de 7 de maiode 1990, do atual Ministro da Educação, Se­nador Carlos Chiarelli, à Ministra da Econo­mia, DI"' Zélia Cardoso de Mello. Nesse avisoé novamente caracterizada uma situação deemergência, e lá se diz que "essa situaçãonão pode perdurar, visto que a UFRR já seencontra em estágio avançado de implanta:ção, com pleha aceitação na comunidade ro­raimense, refletida nos índices de participa­ção tanto no vestibular quanto nos concursospúblicos, onde a relação candidato/vaga foiacima de dez por um".

Agora, toma-se conhecimento de que oExecutivo não deseja utilizar a prerrogativaprevista no art. 6' da Lei n' 7.999, de 31 dejaneiro de 1990 (Lei do Orçamento/90), queestabelece que fica " ...0 Poder Executivo au­torizado a abrir, a partir do 2' trimeste doano de 1990, créditos suplementares paraatender à Programação Especial, cuja despe­sa está fixada no Adendo I desta lei, parteintegrante desta artigo ..." É justamente nes­se Adendo I que está fixada a despesa parao "Apoio ao funcionamento da UniversidadeFederal de Roraima".

Esses são os fatos, em ordem cronológica,que levaram a recém-instituída UniversidadeFederal de Roraima a uma situação crítica.Por. quatro vezes, O, Legislativo pronunciou­se favoravelmente à UFRR: em 1985, coma lei que autorizou sua criação; em 1989, porduas vezes, aprovando o quadro de pessoale alocando recursos para dar início às ativida­des; em 1990, alocando recursos para apoioao funcionamento i na Programação Especial ,

do Orçamento de 1990. O Executivo tem da­do várias demonstrações positivas com rela­ção à UFRR: decreto de criação; designaçãoe posse do Reitor; aprovação do Estatutoe do Regimento Geral; medida provisóriaaprovando quadro de pessoal; alocação derecursos do crédito especial (em 1989); osAvisos Ministeriais n'S 397 e 527 (de 22 defevereiro e 7 de maio, respectivamente).

Não obstante o apoio que o Congresso Na­cional tem ofertado ao povo roraimense notocante à implantação da UFRR, quando sedeu sua instituição pelo Poder Executivo (se­tembro de 1989), a proposta orçamentáriapara 1990 já estava em tramitação. Parado­xalmente, todos esses fatos refletem a situa­ção exdrúxula em que se encontra a UFRR,ou seja: em pleno funcionamento, com seiscursos de graduação funcionandg iJ;lclusiveà noite, contando com 63 professores e 98funcionários técnico-adminstrativos, não dis­põe de dotação orçamentária em 1990, muitoembora tenha sido unidade orçamentária em1989.

Como resultado disso tudo, os professorese demais funcionários da UFRR estão semreceber seus salários desde março último,sem perspectiva de solução a curto prazo,a menos que o Congresso Nacional e o PoderExecutivo, mais uma vez, demonstrem suasensibilidade para com a Região Norte, parti­cularmente para com o novo Estado de Ro­raioma e a UFRR.

Apelo, pois, para a Exm' SI"' Ministra daEconomia, Dr' Zélia Cardoso de Mello, nosentido de atender à solicitação do Sr. Minis­tro da Educação, Senador Carlos Chiarelli,contida no Aviso Ministerial n' 527, de 7 demaio de 1990. Nesse aviso é solicitado umcrédito especial de emergência de 45,6 mi­lhões de cruzeiros para solucionar os proble­mas mais críticos da Universidade Federalde Roraima.

Era o que tinha a dizer.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PDT ­PE. Pronuncia o seguinte discurso.) -'Sr.Presidente, SI"'S e Srs. Deputados, manchetesdos jornais e os noticiários das estações derádio e televisão estão sempre mostrando asmatanças que o~orremem todos os quadran­tes do planeta. E uma seqüência interminávelde chacinas, ora de caráter bélico, ora deviolência social e também originárias de aten­tados partidos de grupos políticos e de outrosligados ao tráfico e à produção de drogas.

Mata-se no Líbano em face de razões políti­co-religiosas; mata-se na Colômbia por contada luta no combate ao narcotráfico.

Matam-se negros na África do Sul parasufocar sua luta por direitos civis, como sematam iranianos que não rezam pelas carti­lhas dos' aiatolás.

O mundo, hoje, é uma grande arena, ondeo espectro da morte rondadã-~II1ãiS

tétrica e sombria.E no Brasil?Felizmente reina a paz do conformismo

diante de tudo o que se faz com o povo brasi­leiro.

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5798 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Estamos livres de atentados que ponhamem risco a integridade da nossa gente, coma Nação enfrentando a violência das ruas atécom certa placidez, enquanto os grupos deextermínio, os chamados "esquadrões damorte", atuam em casos que, apesar de feri­rem o sentimento do povo, não põe em riscoa paz interna.

Ocorre, no entanto, Sr. Presidente, queo Brasil enfrente um morticínio diferente efora do contexto de tudo o que acontece nomundo todo. É a morte nas portas e nos cor­redores dos hospitais, onde o brasileiro su­cumbe diante da falta de assistência a tempoe a hora e da negligência com que é tratadoquando busca o que de mais elementar lheé assegurado pela Constituição, a saúde.

Muito já se falou e se escreveu dizendoque o País está doente, que a Nação está

. morimbunda e que o Brasil está na UTI.Muito também já foi dito, até como pálida

justificativa, que a falta de recursos torna adoença do País um mal crônico. Fala-se aindaque a falta de médicos é a causa de tooosos males.

Jogam até a culpa no Congresso. Se a modaé falar mal do Congresso, nada mais opor­tuno.

A imprensa, principalmente a televisão,tem mostrado com freqüência os casos demorte, nos hospitais, de pessoas que procu­ram socorro e não são atendidas. Tais repor­tagens levaram o Ministro da Saúde, Depu­tado Alceni Guerra, a fazer visitas de surpre­sa a hospitais de Belo Horizonte, onde a ne­gligência e a falta de atendimento têm sidomais constantes. Bem preparadas, as reporta­gens levaram o Presidente da República aum hospital da cidade satélite de Planaltina,Distrito Federal, onde crianças morreram naporta enquanto médicos, segundo o noticiá­rio, jogavam cartas, para passar o tempo,e outros descansavam após o almoço.

.O quadro é tão dantesco em todo o terri­tório nacional, que esqueceram até de que

.o famoso Hospital de Base de Brasília existe.Tendo-se notabilizado pelos descalabros

ali ocorridos, o Hospital de Base hoje descan­sa da vigilância da imprensa e do povo porqueo seu exemplo de ineficiência que se alastroupor todo o País como um vendaval a ceifarvidas está superado pelos outros 110spitais públicos.

A televisão tem sido pródiga em mostraro que acontece nas ante-salas dos ambula­tórios e dos nosoc6mios oficiais, mas é injustaquando omite que neste País há mais de umquarto de século que não se controem hospi­tais, não se amplia nem se moderniza a redeexistente. Esquece propositalmente que tudoo que ali está é fruto da desagregação a quefoi levado o sistema de apoio à saúde públicadurante o período em que a TV Globo atudo aplaudia.

Os ataques desferidos aos profissionais dasaúde não têm sentido, uina vez que, comalgumas infelizes exceções, são pessoas corre­tas e abnegadas, apesar dos míseros saláriosque ~ercebem.

O problema que hoje o Brasil enfrenta naárea de saúde é conseqüência de toda umapolítica social distanciada do homem, que sevê banido dos frutos do trabalho e vitimadopela excessiva concentração de renda nasmãos de uma minoria que forma a elite burradeste País.

O mais fácil é atirar pedras na classe médicapelo morticínio que o Brasil vivencia.

É daro que as irregularidades praticadasna área governamental exercem grande in­fluência no processo, mas o principal elo dacorrente está na falta de uma política econô­mica que desafogue o social, a fim de queo povo possa viver menos doente.

Se, de um lado, vemos a rede pública desa­parelhada e desarticulada, cresce na outramão a rede hospitalar privada com o que háde mais moderno sendo implantado, fortale­cendo-se o mercantilismo nessa área onde oGoverno tem que se fazer presente em todasas fases da questão.

No Ministério da Saúde está um profis­sional seguro, firme, competente e sério, onosso colega Deputado Alceni Guerra. Polí­tico e médico, sabe onde está pisando. Sedepender dele, as questões da saúde nestePaís encontrarão o caminho para a soluçãodos graves problemas que aí estão.

Sabemos que o Ministro enfrenta uma má­quina esclerosada e intoxicada pelos víciosacumulados ao longo do tempo.

Compreendemos que não será fácil extir­par os tumores que infeccionam o organismodo setor, mas temos que forçar o encaminha­mento de medidas que levantam o doentee recuperam suas forças.

Exemplos de como fazer não precisamosbuscar lá fora. Temos aqui mesmo. E, porincrível que pareça, nas barbas do Governoe em uma entidade subordinada ao próprioMinistério da Saúdl!:"'Trata-se da Fundaçãodas Pioneiras Sociais, que mantém o Centrode Reabilitação Sarah Kubittchek - Hos­pital das Doenças do Aparelho Locomotor.

Construído em 1960, o Sarah, como é cari­nhosamente conhecido, tem por objetivo oatendimento a Brasília e sua área de polari­zação no setor de reabilitação física.

Além de ser um hospital prestador de servi­ços, é um centro de produção e difusão detecnologia, centro formador de recursos hu­manos e ordenador de um subsistema espe­cializado multi-regional.

Se pararmos para analisar o funcionamentodo Sarah, dificilmente vamos acreditar queestamos no Brasil, desde que o comparemoscom o que resta no nosso território.

Os dados operacionais aqui transcritos dãouma idéia da perfeição que é o Sarah.

Tudo é obtido ali em função de princípiosque orientam a política de saúde como coisaséria.

O Dr. Aloysio Campos da Paz Júnior, defi­ne assim os princípios básicos do Sarah:

"1. - criar um centro especializado desaúde que entenda o ser humano comosujeito da ação e não como objeto sobreo qual se aplicam técnicas;

2. - vivenciar a Medicina do Apare­lho Locomotor como um conjunto decgnhecimentos e técnicas unificadas des­tinado a restituir ao incapacitado físicoo direito universal de ir e vir;

3. - atuar na sociedade para prevenira incapacidade e a deformidade, comba­tendo ao mesmo tempo preconceitosquanto à deficiência física, pois o quecaracteriza a vida é a infinita variaçãoda forma que no tempo muda;

4· - defender o princípio de que ne­nhum.homem pode serdiscriminado porser diferente da média, em sua formafísica ou maneira própria de realizar umaatividade;

5. -libertar-se da dependência tecno­lógica pela utilização do potencial cria­dor de nossa cultura, rejeitando a atitudepassiva diante do consumismo e da imi­tação;

6. - desenvolver uma atitude diantede modelos importados, sejam técnicas,sejam comportamentos;

7. - simplificar técnicas e procedi­mentos para adaptá-los às necessidadesreais apresentadas pelos contrastes eco­nômicos e culturais das regiões brasilei­ras; simplificação é a síntese crítica desistemas e processos mais complexos ­"não se simplifica aquilo que não se co­nhece";

8. - valorizar a iniciativa inovadora ea troca de experiências, no ensino e napesquisa, estimulando a criatividade depessoas t< grupos - "O indivíduo é ainstituição" - e cada um por ela respon­de, a ela dedicando sua vida;

9. - viver para a saúde e não sobre­viver da doença;

10. - transformar cada pessoa emage"te de sua própria saúde;liy -'trabalhar para que a utopia

deste hospital seja educar para a saúde,de tal modo, até que todos, protegidosda doença, dele não mais necessitem; .

12. - a coinunidade é a principal res­ponsável por obra cuja finalidade é arealizçaão de sua vontade. Cabe, portan­to, como dever de todos, cobrar destainstituição o compromisso hoje conso­lidado."

Para que o Governo possa ajustar seus pro­gramas de saúde, tornando os hospitais ver­dadeiros núcleos irradiadores de vida sã, valea pena mostrar os dados operacionais do Sa­rah:

Número de Médicos: total 46- atendimentos: 33 (8, ortopedistas e 6 fi­

siatrall)-apoio: 13Médicos em treinamento: 28 (programa de

formação em 3 anos).Enfermeiros de nível superor: 126.Terapeutas: 35.Também trabalham professores, psicólo­

gos e assistentes sociais.

Atividades

2.186 atividades por dia.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5799

1.143 doentes incapacitados atendidos pordia.

16 cirurgias especializadas realizadas pordia.

Tempo de Internação (médio)- Para os doentes com lesão de medula

(grandes incapacitados): 90 dias.- Para os doentes com problemas ortopé­

dicos: 21 dias.

Procedência

-60% de 13rasília (desses, 22%, ou seja,1/3, é de nível sócio-econômico elevado).

-40% de todo o Brasil.

Custo

- Custo total do hospital por mês: 35 mi­lhões de cruzeiros.

- Custo de atividades: 544 cruzeiros.- Custo médio por doente/dia: 1.041 cru-

zeiros (13 dólares por doente incapacitadotratado por dia).

Pessoal - Plano de Classificação deCargos e Salários implantado em 84

- Número total de funcionários: 950.- Número de funcionários nos setores bá-

sicos de apoio (limpeza, manutenção, lavan­deria etc.): 320.

- Maior salário: 229.000 cruzeiros no finalda carreira com chefia.

- Menor salário: 16.000 cruzeiros mais re­feição, escola para os filhos, creche e vale­transporte.

- Diferença ente o maior e menor ganho:14 vezes. Qualquer profissional de nível supe­rior pode atingir, no final da carreira, o mes­mo nível salarial.

Em 1979 foi estabelecido o tempo integral.A dedicação exclusiva ao serviço público foiimplantada em 1984. Todos os funcionáriosbatem ponto, independente de categoria.

Treinamento

-Médico: 3 anos em pós-graduação.- Enfermeira e terapeuta em pós-gradua-

ção: 1 ano e meio.

Relação entre o número defuncionários de nível superior

e o núm~ro de leitos - 300 leitos.

-46 médicos (33 em atendimento direto, 13em apoio-diagnóstico).

126 enfermeiras.35 terapeutas.

Relação Médico·Leito:

7 (sete doentes internados para cada mé­dico).

Cada médico atende a 26 doentes de ambu­latório.

Cada cirurgião realiza de 4 a 9 cirurgiasde médio e grande porte por dia.

Só se realiza uma pesquisa quando o pro­blema existe em número expressivo de doen­tes.

A taxa de infecção em 'cirurgia ao longóde seis anos tem-se mantido em 0,9%.

o SR. NEY LOPES (PFL - RN. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,

Sr" e Srs. deputados, há um assunto que devemerecer mair reflexão do Governo Federal,inclusive em razão dos propósitos do Exm'Sr. Presidente Fernando Collor de não maispenalizar o assalariado brasileiro. Trata-se daaplicação de reajustes de 84,32%, em abril,das prestações da casa própria. Sem dúvida,é abuso inexplicável, pois o assalariado nãopoderá pagar à Caixa Econômica Federal asprestações mensais, vez que no período ine­xistiu idêntico aumento de seu salário e deseu poder de compra. Sabe-se que a culpamaior.é a da herança deixada pelo Governoanterior, com a inflação acumulada. Porém,a atual Administração 'não poderá desconhe­cer essa realidade e deverá orientar-se emfunção dela, de maneira a não mais aumentaro sofrimento dos adquirentes de casas pró­prias.

Sr. Presidente, recebi uma carta do Sr. Cí­cero Fernandes, residente em Natal, que nasua descrição bem demonstra o quadro deso­lador que o aumento anunciado está provo­cando. Veja-se o exemplo citado: no dia 12de fevereiro último, o adquirente comprouseu imóvel, assinando financiamento de 7.700VRF, sendo o valor financiado pela CaixaEconômica de 4.600 VRF. O valor do VRFem março era de Cr$ 297,52 e em abril deCr$ 548,40. A renda familiar do casal adqui­rente mantém-se em Cr$ 60.800,00 mensais.Pelo descrito, o compradoj' fica devendo àconstrutora e à CEF, com base no VRF rea­ju~tado, enquanto o salário cresce em propor­ção infinitamente menor. No caso, a benefi­ciária foi a construtura, que atualmente podeconstruir com materiais que estão com seuspreços congelados, recebendo as prestaçõesda poupança corrigidas, em abril, na basede 84,32%. Quem perde, afinal? A respostaé clara: o assalariado, aquele que vive desalário e comprou seu imóvel com dificul­dades.

Sr. Presidente, o realismo econômico nãopode afastar a análise, inclusive humana, decasos como acima citado. O assalariado, aovincular as prestações de seus imóvel ao planode reajuste salarial, acreditou que elas au­mentariam na mema proporção de seu rendi­mento. As próprias construtoras, que dese­jam preservar o mercado, não apostaram emtais desníveis, pois, se por um lado não têmprejuízo a curto prazo, certamente o terãoa médio e longo prazos, pelo desaquecimentoprogressivo do mercado.

Ê necessário, Sr. Presidente, que o Go­verno Federal dê uma orientação urgente pa­ra esta questão. O assalariado brasileiro nãopoderá pagar a prestação de sua casa própria,se não forem revistos os critérios de reajustes,ultimamente estabelecidos pela Caixa Econô­mica Federal. Enquanto isto não se resolve,milhares e milhares de famíliasviveni a intran­qüilidade, o desassossego, a aflição e o sofri­mento de perderem tudo que pagaram atéagora, porque os contratos são unilaterais edefinem que o atraso de uma única parcelaimplica perder tudo que já foi pago.

O apelo que faço nesta hora é para queseja editada uma nova orientação da Caixa

Econômica Federal, suspendendo a aplicaçãodo reajuste fixado a partir de abril último,e na conformidade do congelamento de pre­ços e salários impostos à Nação, também es­sas parcelas de prestação da casa própria se­jam mantidas em níveis compatíveis com apolítica salarial em vigor e as taxas de inflaçãoultimamente.anunciadas.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. Ney Lopes,o Sr. Nilson Gibson, § 2' do artigo 18do Regimento Interno deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Gon­zaga Patriota, § 2' do artigo 18 do Regi­mento lnterno.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota)- Concedo a palavra ao Sr. Pâulo Macarini.

O SR. PAULO MACARINI (PMDB - SC.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,S!'" e Srs. Deputados, a Assembléia NacionalConstituinte, depois de muita luta, fez inscre­ver o princípio de que nenhum benefício podeser inferior ao salário mínimo vigente no Paíse determinou a atualização dos proventos deaposentadoria, para que os beneficiários re­cuperassem o poder aquisitivo, expresso emquantidade de salários mínimos, que tinhamà data de sua concessão. Isto está hoje naiminência de tornar-se letra morta, dada ainsistência do atual Governo em manter con­gelado o salário mínimo, política, que, alémde não refletir a realidade nacional temosum dos mais baixos índices de salário mínimodo mundo está causando seriíssimos transtor­nos, no que se refere à sua manutenção, aosaposentados e seus depedentes.

Faço veemente apelo ao Governo Federal,notadamente ao Sr. Ministro do' Trabalho ePrevidência Social, para que normalize aatualização dos benefícios dos aposentados,a fim de que essa luta, travada durante longosanos, não recrudesça. A Previdência Socialtem, neste momento, compromissos com dezmilhões de aposentados, 60% dos quais per­cebem meio a um salário mínimo.

Registro, ainda, Sr. Presidente, e com sa­tisfação, o 40'0 aniversário da fundação daAssociação Nacional dos Fiscais de Contri­buições Previdenciárias Anfip, ocorrido noúltimo dia 22 de abril passado.

Fruto da conscientização da classe, a enti­dade congrega os fiscais de contribuições pre­videnciárias de todo o Brasil, contando comaproximadamente 9 mil associados, entre ser­vidores ativos e inativos.

Em 22 de abril de 1950, tendo como patro­no Autran de Oliviera Rocha, surgiu no n'6 do Largo de Santa Rita, na cidade do Riode Janeiro, a entidade que resultaria na atualAnfip, por intermédio da fusão de quatroassociações: Associação dos Fiscais da Previ­dência Social, Associação Nacional dos Fis­cais e Inspetores de Previdência do Institutodeo Aposentadoria e Pensões dos Industriá­rios, União Metropolitana dos Fiscais do Ins­tituto de Aposentadoria e Pensões dos Co­merciários e Associação dos Fiscais do Insti­tuto de Aposentadoria e Pensões dos Ban­cários.

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·5800 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

Os principais objetivos da Anfip são inter­pretar os anseios e reivindicações da classee dos associados; promover a união, a harmo­nia e a solidariedade entre os assbciados edestes com a entidade, preservando a repre­sentatividade da classe; defender, em todasas circunstâncias, os intereses de seus asso­ciados e da seguridade social.

Sempre participando, nesses quarentaanos, de todos os acontecimentos na defesados servidores públicos, vale destacar a atua­ção da associação, em conjunto com outrasentidades representativas federais, no Planode Classificação de Cargos, no Plano de Car­reira, Cargos e Salários, na extensão do 13"salário e no adiantamento pecuniário.

Consciente da importância da divulgaçãoe debates dos temas ligados à seguridade so­cial, a Anfip patrocinou, entre vários even­tos, doze convenções nacionais, onde são es­tudadas teses, proposições e moções de inte­resse público, sete seminários regionais sOQreprevidência e um seminário internacional so­b!e seguridade social comparada, com parti­cipação de representantes da Espanha daArgentina e do México. 'Des~jo ressaltar ainda algumas palavras

que o mforme da Associação Nacional dosFiscais de Contribuições Previdenciárias fezpublicar:

HAnfip, 40 anos de existência! Nemo mais sonhador daqueles companheirosque ousaram criar, nos idos de 1950, umapequena associação de classe, poderiaimaginar tão longa vida, nem as conquis­tas tão marcantes alcançadas nessas qua­tro décadas.

O embrião, originado no Rio de Janei­ro, sofreu as intempéries mais diversas,dificuldades quase intransponíveis, ad­versidades sucessivas.

Sobreviveu a custo de muita luta, mui­to denodo e persistência. Nos momentosde maior angústia, especialmente nossombrios anos de autoritarismo, nuncanos faltou o apoio decidido do quadrosocial e de diversas pessoas e entidades,que, por justiça, são parte importantede nossa história.

Talvez o nosso maior apanágio sejao combate persistente e quase sempreárduo em defesa dos sagrados interessesdos trabalhadores e dos mais indefesosque têm na Previdência Social seu maior:patrimônio.

Hoje, abrigados numa sede própriaem Brasília conquistada após muitosanos de penoso trabalho possuímos umaidentidade clara e respeitada, um alen­tado quadro social e uma imagem públi­ca de inegável credibilidade, que nospermitem encarar o futuro com maisconfiança. Estribados nisso, remetemosnosso preito de gratidão principalmenteàqueles bravos companheiros que, há 40anos, plantaram a semente geradora dafrondosa árvore em que nos transforma­mos."

Destarte, rendo minha homenagem à valo­rosa Associação Nacional dos Fiscais de Con-

tr~buições Previdenci~rias pela suas quatrodecadas de lutas e mUltas conquistas.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ROSÁRIO CONGRO NETO (PSDB- MS. Pronuncia o seguinte discurso.) ­Sr. Pres~dente, Sr" e Srs. Deputados, venhoa esta tnbuna para lamentar a demissão indis­criminada, na Rede Ferroviária Federal S.A., de um contingente de ferroviários emquantidade superior a dez mil. Ressalto' quedentre esses se encontram 1.109 ferroviáriosda .Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, quehOJe conta com 3.994 servidores e que vemsofrendo um processo de sucateamento aolongo do tempo, por nós já denunciado nestaCasa.

A demissão indiscriminada, sem critério,tem no nosso entender, a intenção deliberadade trânsferir à iniciativa privada uma das fer­rovias mais importantes do País para o desen­volvimento do Mato Grosso do Sul, por ondepassa e presta relevante s~rviço, sob a alega­ção de que é impossível o poder público tersob sua responsabilidade a direção de umaempresa de porte e importância no contextoferroviário do País.

Essa pretensão motivou o início de grevedesde o dia 24 de maio, uma vez que a RedeFerroviária Federal S.A., não abriu negocia­ção com a categoria, objetivando contornarUllla das crises mais sérias que atravessa.

Em contato com os ferroviários de TrêsLagoas, em uma de suas assembléias, sintoque existe disposição de todos em dar suacota de sacrifício, visando à manutenção deseus empregos.

Reposição salarial, observação e cumpri­mento de conquistas sociais já alcançadas pe­la classe ferroviária devem ser observadas.Entr~tanto, mais do que nunca, quando sedeseja a transformação da sociedade brasi­leira, faz-se necessário todo o esforço parapreservação do emprego dos trabalhadoresbrasileiros.

Os ferroviários de Mato Grosso do Sul es­tão mobilizados, desejam a manutenção deseus empregos e dispõem de capacidade ecompetência para dar sua contribuição na re­cuperação da Estrada de Ferro Noroeste doBrasil e enc.ontrar uma saída inteligente paraseu fortaleCimento e desempenho importantena economia da região, como fator decisivodo escoamento da produção regional.

Portanto, registro repúdio às decisões m:gabinete que não levam a lugar algum, poissó servem para agravar a crise e disseminarmais apreensão e incerteza no futuro dos tra­balhadores e de suas famílias.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, certamente odesafio de mais forte repercussão com quese defronta, até agora, o Governo Collor deMello é o da política salarial. Isso é tão claroque já ninguém alimenta qualquer dúvida.Na verdade, de todo o conjunto de medidaspropostas para dar um basta ao processo in­flacionário, a que se encontra em pauta en­volvendo reajustes de salários é a que se re-

veste de maiores riscos. E não podia ser deoutra forma.

Sr. Presidente, Sr!' e Srs. Deputados, de- .pois de admitir a inviabilidade de uma prefi­xação salarial, a equipe econômica do Go­verno Collor de Mello, pesados os efeitosdo que antes decidira, resolveu por uma últi­ma forma: concordou em que há, ainda, res­tos de inflação a combater e, em virtude dis­so, está assentindo em reestudar a questãosob o ângulo de um reajuste que parece detodo inevitável. Todavia, o Congresso Nacio­nal deve posicionar-se igualmente a respeito,e o mais rapidamente possível, inclusive ante­cipar-se ao Poder Executivo e aprovar umanova lei salarial, entendimento, aliás, espo­sado pelo Líder do PMDB, Deputado IbsenPinheiro.

Portanto, salvo melhor juízo, está coloca­da, num contexto de irreversíveis circunstân­cias, a necessidade de se pôr em prática umapolítica de salários capaz de adequar-se aoplano de estabilização econômica do Gover­no, o que quer diter, sem riscos de um possí­vel retomo ao quadro desastroso em que seachava a economia submetida antes dc 16de março último. Ao que se divulga a respei­to, o problema não é absolutamente dos maisfáceis. Com um equacionamento dos maisdelicados, a situação conduz em seu bojo pro­babilidades gravíssimas, tendentes a fazer re­troceder todas as esperánças para um equilí­brio a curto prazo - cem dias, como prome­teu o Presidente Collor de Mello - da situa­ção em que se insere a economia nacional.

Sr. Presidente, Sr!' e Srs. Deputados, é in­contestável o reconhecimento de que se im­põe realmente uma correção para os salários,porque se tornou impossível ignorar as perdass~lariais ocorridas até agora. Ora, só e exclu­sivamente o modesto e humilde trabalhadoré quem perde no País. Quer-se promover acorreção que se dita como irrecusável, masé preciso que não se venha a perder de vistaos perigos de tais correções, para o caso emque elas aconteçam de maneira pouco hábilou desavisada, no que toca às suas conse­qüências na mecânica dos preços, que nãodevem nem podem sofrer repasses, sob penade retornarmos fatalmente à escalada de umaincontrolável inflação. Aí, poderá haver cri­ses nos órgãos de classe e convulsão social.Ninguém poderá segurar uma perturbação daordem e sublevação mobilizada pela CUT. '

Sr. Pr~sidente, Sr" e Srs. Deputados, espe­ro, em Virtude de tão sensível situação, queo Congresso Nacional, pelas suas liderançasresponsáveis, lideradas pelo Deputado IbsenPinheiro, como também os encarregados dapolítica econômica do Governo Collor deMello, se esforcem por encontrar fórmulasque afastem efetivamente, de qualquer dassoluções apontadas para a problemática sala­rial do momento, o perigo de voltarmos aociclo vicioso de que há muito o País tem sidovítima: o de se aumentar o salário por umlado e, paralelamente, por outro, aumentar­se também o preço no mercado ao consu­midor - a _mesma coisa que malhar em ferrofrio.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5801

Concluo, Sr. Presidente: a elaboração deuma nova política de salário não há que sediscutir, deve ser encarada como seriíssima,no momento, por seus reflexos sociais,melin­drosos e por suas conseqüências, capazes delevar não apenas ao comprometimento doplano de estabilização econômica em marcha,como ao retomo ao nefasto período de umainflação que por muito pouco não chegou,no início do corrente ano, aos 100% ao mês.

Oportunamente voltaremos ao assunto.

O SR. JOSÉ FERNANDES (PST - AM.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, quero fazer um apelo à Presi­dência, aos companheiros líderes dos outrospartidos, principalmente os do PMDB e doPFL, os dois maiores em termos de bancadanesta Casa. Devido às dificuldades pelasquais passam o Governo e o funcionalismopúblico, com relação ao chamado enxuga­mento da máquina administrativa e à redução·da atividade do Estado, inclusive com a de­missão de um determinado número de servi­dores da administração pública direta e indi­reta, apelo a S. Ex" para que votemos o novoEstatuto dos Servidores Públicos, ou, pelomenos, as matérias que fazem a adaptaçãoda Lei n' 1.711, para definir o regime jurídicoúnico do servidor público, facilitando, comisso, não só a atuação do Governo, mas tam­bém a dos servidores.

Sr. Presidente, os servidores ditos estatu­tários, concursados ou não, têm o que chama­mos de estabilidade funcional, depois de doisanos de serviço. No período anterior, abu­sou-se do processo de transformação de car­gos e passaram para estatutários servidoresceletistas, através das famosas medidas deaproveitamento. Por isso, há hoje grandequantidade de servidores estáveis, porque es­tatutários.

Pela vivência que tenho na administraçãopública, julgo que a máquina administrativateria maior eficiência se aproveitasse muitosdos que estão contratados como celetistas,portanto servidores e funcionários públicos,após uma seleção, a partir da capacidade decada um.

Sr. Presidente, se não implantarmos logoum regime único que propicie as condiçõesnecessárias para que o Governo Federal pos­sa selecionar o melhor e o mais capaz, corre­remos o risco de cometer grandes e contínuasinjustiças, aproveitando aqueles que, às ve­zes, já não servem ao serviço público e dis­pensando homens e mulheres que duranteanos acumularam conhecimento e know howsobre a máquina administrativa do Governo.

Apelo às Lideranças da Casa no sentidode que dêem prioridade à votação do novoEstatuto dos Servidores Públicos, ou, pelomenos, das leis que visem ao estabelecimentodo regime jurídico único para o serviço públi­co federal.

Finalmente, se, estamos pensando em umPaís moderno e de economia moderna, nãopodemos abdicar do direito e da obrigaçãode aperfeiçoar o sistema de formação de re­cursos humanos e a nossa estrutura educa-·donal. Assim, apelo, tendo em vista essa si-

tuação, para que examinemos o que é maisimportante. Da mesma maneira que precisa­mos de bens de capital para produzir um tra­tor ou um carro, necessitamos, sobretudo,de algo basilar, que é a formação de mestres.Estes merecem, em primeiro lugar, recebervencimentos condizentes com a sua condiçãode educadores, que hoje, sabemos, percebemmísero salário. Na Alemanha, o professortem o mesmo salário do magistrado. No Bra­sil, dá-se o contrário: a remuneração deste,em alguns casos, representa duzentas ou tre­zentas vezes mais que a do mestre. Sugiro,portanto, a criação de uma carreira para omagistério que vise à valorização e à qualifi­cação dos nossos educadores. A moderniza­ção do nosso País dependerá deles.

Era o que tinha a dizer.O SR. RUBEM BRANQUINHO (PL -­

AC. 'Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, volto à tri­buna da Câmara dos Deputados para falara respeito da educação no Estado do Acre,tema que considero importantíssimo para osdias atuais.

Os dados que recentemente me foram for­necidos pelo Conselho Estadual de Educaçãosão realmente alarmantes. Nada menos de72 mil crianças em idade escolar estão, hoje,fora das salas de aula no Estado do Acre,ou seja, aproximadamente 70% de toda apopulação escolar do I' grau.

Na qualidade de representante do povoacreano junto ao Congresso Nacional, da tri­buna desta Casa, lanço sincero apelo aos go­vernos Estaduais e Federal, no sentido deque tomem providências urgentes para a efe­tiva solução desse problema.

Ora, Sr. Presidente, todos sabemos, a par­tir da experiência humana, que quem sabeler e escrever pode, às vezes, passar por difi­culdades ocasionais em sua vida, mas nãode maneira permanente. Todavia, ao analfa­beto sempre estão reservados dias de penúriae dificuldades. Quantos não estão por aí apassar privações e até fome. Considero deverdos Poderes Executivos a tomada de urgentesprovidências no sentido de extirpar, de umavez por todas, o analfabetismo de nosso Es­tado.

De que adiantou o sacrifício dos nossosantepassados acreanos em sua luta para ocu­par e preservar este torrão para o Brasil, sehoje seus de'Scendentes estão pobres e desnu­tridos, sendo uma das principais causas deseus males a falta de instrução? Temos quecumprir a Constituição Federal, pois ela asse­gura educação para todos.

O SR. ANTÔNIO CÂMARA (PRN - RN.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, a Fundação Na- o

cional de Saúde - ex-Sesp-Sucam - temprestado no País, especificamente no RioGrande do Norte, relevantes serviços à comu­nidade potiguar, notadamente as suas maisin6,spitas e carentes regiões.

E uma das áreas de maior incidência deesquistossomose, como é o caso dos Muni­cípios de Touros, Maxaranguape, Pureza,c:eará-Mirim, Extremoz, e Macaíba. A Fun-

dação realizou várias obras de saneamentoe abastecimento d'água.

Atualmente, encontra-se no Ministério daSaúde projeto para conclusão de saneamentoe abastecimento em vinte pequenas localida­des, totalizando recursos de 10 milhões decruzeiros, o que vai beneficiar cerca de dezmil pessoas no interior dos Municípios cita­dos.

Solicitamos, ainda, ao Ministério da Saú­de, na pessoá do Ministro Alceni Guerra,que determine a liberação para a Fundação

.Nacional de Saúde, no Rio Grande do Norte,de 12 milhões de cruzeiros, para iniciar asinternações, cirurgias e partos no novo Hos­pital de Caicó. Já está funcionando o ambula­tório da mais importante unidade de saúdedaquela cidade, que vem atendendo a cercade trezentos pacientes por dia, além de aten­der a vários Municípios circunvizinhos.

Informo, finalmente, que os projetos quedão origem a esses recursos se encontramno Ministério da Saúde há bastante tempo,aguardando liberação.

É o apelo urgente que fazemos.

O Sr. Gonzaga Patriota, § 2'; do art.18 do Regimento Interno, deixa a cadeirada presidência, que é ocupada pelo SI': ._.Nilson Gibson, § 2° do art. 18 do Regi­mento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Vai-se passar ao horário destinado às

VI - COMUNICAÇÕES DELIDERANÇAS

Não há oradores inscritos.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Passa-se ao

V - GRANDE EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Paulo Macarini.

OSR. PAULO MACARINI (PMDB -SC.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr~ e Srs. Deputados, no momento em queo Governo Federal abre, embora timidamen­te, a discussão sobre a reforma agrária, venhoapresentar à Casa projeto que autoriza desa­propriar, por interesse social, os imóveis daárea de influência da Ferrovia de IntegraçãoNorte e Sul, ou simplesmente da FerroviaNorte-Sul.

Com efeito, este projeto tem os seguintesobjetivos: .

a) Aproveitar em benefício dos pequenosagricultores, a infra-estrutura criada com aconstrução da Ferrovia Norte-Sul.

b) Assentar em projeto de colonização,em lotes de até 25 hectares, milhares de agri­cultores.

c) Iniciar um grande projeto de refloresta­mento para produção de celulose e papel,com vistas ao mercado externo.

o d) Criar embriões de novas fronteiras agrí­cola, urbana e industrial, para deslocar o eixoda urbanização, com conseqüente alívio mi­gratório dos grandes centros urbanos.

Sr. Presidente, a reforma agrária implicauma soma de esforços, notadamente da

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União Federal, d~s Estados, dos Municípios,das cooperativas, das entidades de classe eda comunidade de modo geral.

Por isso, quando exerci, de março de 1989a janeiro de 1990, as funções de Secretáriode Coordenação Geral e de Planejamentodo Governo de Santa Catarina, fiz uma pro­posta ao Movimento Sem-Terra, compostados seguintes itens:

1) Criação de uma comissão permanente,constituída de representantes do Incra, doEstado e do Movimento Sem-Terra.

2) O cadastramento dos sem-terra por Mu­nicípio, evidenciando sua disponibilidade epotencialidade, sua vocação profissional,suas limitações e composição familiar.

3) O levantamento das áreas disponíveispara nova aquisição, por parte do Incra, ondefosse possível fazer novos assentamentos.

4) Implantação de núcleos agrícolas aolongo das obras públicas - rodovias, ferro­vias, barragens etc. - para usufruir os recur­sos criados com essa nova estrutura.

5) A organização dos assentados em coo­perativas ou em torno das cooperativas jáexistentes.

6) A Secretaria de Agricultura coordena­ria os assentamentos com a participação doBanco do Estado e dos demais organismospara prover o aumento da produção e a me­lhoria da produtividade.

Este projeto é o início de um grande debateque se trava neste País com relação à reformaagrária. Está embasado nos seguintes termos:

"Art. l' O Poder Legislativo ficaautorizado a desapropriar por interessesocial, para fins de reforma agrária, o~

imóveis rurais situados na área de in­fluência de Ferrovia de Integração Nor­te-Sul, localizados nos Municípios discri­minados no Decreto n' 94.288, de 28 deabril de 1987, nos Estados de Goiás, Ma­ranhão e em áreas do Distrito Federal,destinados a projetos de colonização, pa­ra assentamento de pequenos agriculto­res, assim como para a implantação deprojetos de reflorestamento.

§ I' A área de influência referida nocaput deste artigo compreende, aproxi­madamente, 10.000.000 ha (dez milhõesde hectares).

§ 2" Os projetos de colonização se­rão concebidos em áreas próprias desti­nadas à agricultura, em lotes de até 25ha. (vinte e cinco hectares).

§ 3' As áreas não compreendidasnos projetos de colonização serão desti­nadas a reflorestamento, a ser executadopor empresas brasileiras, mediante lici·tação, sem qualquer ônus ao TesouroNacional.

Art. 2' A Rede Ferroviária FederalS.A. instalará ao longo da Ferrovia deIntegração N:!rte-Sul, a cad~ intervalode atr. cinqüenta quilômetros, uma esta­ção ferroviária, como embrião de umanova fronteira urbana, agrícola e indus·trial.

Parágrafo único. A localização, plan­ta, projeto, urbanização, assim como

mercado imobiliário das cidades previs­tas no caput deste artigo, estarão a cargoda iniciativa privada, mediante licitação,sem ônus de qualquer natureza para oscofres públicos."

Sr. Presidente, a idéia desse projeto nasceude proposta que tive oportunidade de fazerao Ministro dos Transportes do Governo an­terior, para incrementar, de maneira racionale estratégica, a ocupação territorial na faixaabrangida pela Ferrovia de Integração Norte­Sul, deslocando e desconcentrandoo palcodas ações do desenvolvimento brasileiro, aexemplo do que países com dimensões conti­nentais, como os Estados Unidos, Canadáe União Soviética, fizeram durante muitotempo.

O projeto tem o objetivo preliminar de'trazer ao debate esse tema de grande e espe­cial relevância para o povo brasileiro, atravésdas Lideranças representadas na Câmara dos'Deputados.

Os estudos realizados pelo próprio Minis­tério dos Transportes evidenciam que a áreade influência da Ferrovia Norte-Sul é supe­rior a 10 milhões de hectares, dotados desolo fértil, boas condições para refloresta·menta, recursos hídricos em abundância ereservas minerais consideráveis.

As perspectivas apontam para uma estima·tiva de produção agrícola da ordem de 30milhões de toneladas/ano, com aproveita­mento de pouco mais da área total. Os gran­des projetos de reflorestamento constituem­se em atividades especiais propícias à região,-eis que possui ela cerca de 5 milhões de hecta­res de área contínua, aproveitável na produ­ção de novas florestas.

Assim, a título de exemplo, Sr. Presidente,a produção brasileira de fibra curta para celu­lose, extraída do eucalipto, poderia dominar.o mercado mundial com a utilização dessaárea do Brasil Central. Aliada a isso, podería­mos ter uma grande produção de carvão vege­tal, que permitiria a criação de um parquede ferro gusa de alta qualidade para supriro mercado nacional em expansão e tambémo mercado internacional.

Tais projetos, conjugados com as grandesreservas de minérios, notadamente Carajás,e de gás do Norte do País, poderiam gerara prodUção de ferro liga, ferro esponja e ou­tros insumos siderúrgicos vitais, tanto exter­na, quanto internamente.

Os recursos naturais de solo, água, clima,wergia, produtos vegetais e agrícolas enseja­riam, por seu turno, o surgimento de um par­que agroindustrial potencialmente promis­sor.

No intuito de racionalizar e promover odesenvolvimento equilibrado e harmônicodas regiões Centro-Oeste e Amazônica, pro­põem-se duas medidas de.impacto no proje­to: a reforma agrária na área de influênciada ferrovia e ações de reflorestamento.

A reforma agrária, além de beneficiar pe­quenos produtores e contribuir para solucio­nar o grave problema social de fixação dohomem ao campo, elide inúteis e estéreis dis-

cussões sobre eventuais favorecimentos aosdonos de extensas propriedades.

A fim de oferecer a infra-estrutura adequa­da às milhares de novas famílias que se fixa­riam na região, construir-se-ia a cada 50 qui­lômetros uma estação da Ferrovia Norte-Sul,verdadeiro embrião de uma nova fronteiraagrícola, industrial e urbana. Tais cidades,em torno das estações, seriam entregues pelaprópria Rede Ferroviária Federal à iniciativaprivada, visando à ocupação de espaços, àorganização de novos centros urbanos, ao fu­turo do País e à imagem da previsão e doplanejamento. O protótipo poderia ser atémesmo o projeto do Plano Piloto de Brasília,onde tudo ou quase tudo está planejado, pen­sado e previsto em prol do bem-estar do cida­dão.

Dessa forma, haveria desconcentração dapopulação, que atualmente, por falta de op­ção; basicamente se dirige para o Centro-Sul,onde vai inchar as cidades através das favelas,comprometendo a qualidade de vida paragrande número de pessoas.

A.abertura pelo Governo de projetos dereflorestamento, na área de aproximadamen­te 5 milhões de hectares, possuidora de carac­terísticas ímpares no mundo, seria dirigidaàs empresas privadas nacionais, que vislum­brariam as perspectivas de progresso na pro­dução de fibras para papel e celulose acimaidentificadas.

A integração das regiões brasileiras por umtransporte de baixos custos revela-se um pro­jeto de magnitude mundial, que,pela suaprópria natureza de promotor do desenvol­vimento, trará retorno aos recursos investi-dos. .

Enfim, a Ferrovia de Integração Norte-Sul,consubstanciada num projeto integrado dereforma agrária, produção de alimentos, em­briões de novos núcleos urbanos, agrícolase industriais, produção de celulose e papel,projetos de irrigação, poderá repetir, nospróximos 40 anos, o papel extraordinárioque, por exemplo, a estrada de ferro repre­sentou para a colonização dos Estados doParaná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,no início deste século.

Haveria ainda uma vantagem: ao longo daFerrovia Norte-Sul, poder-se-ia corrigir osequívocos praticados por ocasião da coloni­zação da Estrada de Ferro São Paulo-RioGrande, no início deste século.

O projeto que hoje oferecemos à aprecia­ção do Congresso Nacional, visa dar ao Go­verno instrumento para declarar de interessesocial, para efeito de reforma agrária, cercade 10 milhões de hectares ao longo da Ferro­via Norte-Sul, capacitando-o a direcionar deforma um pouco mais franca, ativa e indepen­dente ,do projeto da reforma agrária nestePaís. E também importante o envolvimentodos Estados, dos Municípios, das coopera­tivas e das comunidades, para que o assenta­mento se faça' sem traumas e possa, nestediapasão, criar condições para aumentar opoder aquisitivo da grande massa de trabalha­dores deste País.

Finalmente, gostaria de destacar, neste pri- 'meiro passo da reforma agrária no Brasil,

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a distribuição de terra, a exemplo do queocorreu nas últimas décadas do século passa­do, quando italianos, alemães e imigrantesoriundos de outros países da Europa atraves­saram o Oceano Atlântico, em direção àAmérica Latina, notadamente oBrasil. Entreesses bandeirantes do século XIX, gostariade salientar os meus avós, que se embrenha­ram no interior do Rio Grande do Sul e,acostumados com a miséria milimétrica daItália, não aceitaram os 75 hectares inicial­mente oferecidos pelo Governo do Estado.Acomodaram-se em 25 hectares e lá criaramsete filhos. É bem verdade que não fizeramfortuna, mas deram aos sete filhos, inclusivea meu pai, condição de vida compatível coma dignidade humana.

Note-se que, nas primeiras décadas desteséculo, notadamente entre 1900 e 1930, nãose falava em assistência técnica, em créditoagrícola, em eletrificação rural, em políticade preços, nada, absolutamente nada. Mes­mo assim, aqueles agricultores, oriundos depaíses da Europa, ajudaram a construir a .,grandeza desta Nação. '

Concluo, Sr. Presidente, afirmando que re­forma agrária é questão de vontade política.e de determinação.

Espero que o Governo Federal, que iniciatimidamente a questão da reforma agrária,tenha determinação e vontade política pararealizá-Ia, pois ela é fator fundamental parao aumento do poder aquisitivo, a fixação dohomem ao solo e, sobretudo, a melhoria daqualidade' de vida dos brasileiros.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao nobre Deputado Aloí-sio Vasconcelos. .

O SR. ALOÍSIO VASCONCELOS (PMDB- MG) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputa­dos, assomo à tribuna para fazer uma análiseda atual situação da sociedade brasileira edo componente político que representamos.

Dias atrás, lemos um trabalho do excelen­te,competente, sério e respeitável jornalistaCarlos Chagas, sobre questões da situaçãopolítica e econômica do País a serem discu­tidas no Congresso Nacional. Dizia ele quea Câmara dos Deputados tem um grande pro­jeto em sua pauta, que é o da seguridadesocial. O Congresso Nacional tem medidasprovisórias a serem votadas e até vetos. Éevidente que o Presidente da República querenviar mais medidas provisórias'e vetos paraafogar o Congresso Nacional, para ter a chan­ce de jogar para o público a imagem de queo Parlamento não produz, não legisla e tam­pouco trata de assuntos de maior interesse,até mesmo os constantes da pauta.

No texto do jornalista, apareciam tambéma questão do meio ambiente, a questão nu­clear e a questão da pena de morte.

A questão do meio ambiente é hoje dointeresse de todos nós. O Senado norte-ame­ricano realizou recentemente um semináriointitulado "Ecologia no Mundo". Vários re­presentantes que a ele compareceram senti­ram que o maior problema hoje no mundo,'além da educação propriamente dita, é o da

educação ambiental, que envolve a prepa­ração nas escolas etc. Essa questão ganhacorpo no Brasil, e a sociedade a discute, comvistas a se preparar para o futuro.

A questão nuclear, com as suas dificulda­des, com a tecnologia existente - e nós de­fendemos o ponto de vista de melhor aprovei­tamento das usinas de potencial hídrico, poisno Brasil ainda temos sobra de água, feliz­mente - também nos chega, e, atualmente,bem ou mal, aos tropeços, temos uma usinae duas outras projetadas.

Sou de opinião que o Congresso Nacionaldeve participar dessas questões, deve formaruma linha de ação. Para isso, conta com pes­soal preparado e competente. Não deveráomitir-se nesse aspecto.

Porfim, vem a questão da pena de morte,.que é a que mais me chama atenção hoje.Porém, não vou reabrir o tema por que issojá foi feito por outro Parlamentar. Queroapenas criar um debate, para levar o assuntoaos advogados, aos estudantes, aos padres,à OAB, às demais entidades de classe, paraque não aconteça o que ocorreu na últimavotação da Assembléia Nacional Constituin­te, que foi muito mais emocional do que ra­cional.

Evidentemente, não sou jurista - sou en­genheiro - e não sei definir o que é crimehediondo; mas ninguém nega que estejamacontecendo no Brasil hoje, cada vez maise em onda crescente, tráfico de drogas, estu­pros, seqüestros e crimes inqualificáveis, co­mo esse do Rio de Janeiro, em que o rapaz,querendo forçar um menor a consumir tóxi­co, em função da recusa desse menor, ateoufogo no menino. E lembraria outro caso, emMinas Gerais, que também horrorizou a so­ciedade: o daquele rapazinho que matou aprópria mãe, o pai e a irmã a pauladas.'São ocorrências que nos arrepiam até a

. alma, ~ós, que somos pacíficos, ordeiros e,acima ele tudo, serenos nas nossas ações.

Quero dizer à Casa que não sou favorávelà pena de morte, mas sou favorável à reaber­tura do debate da questão da pena de morte,Na Assembléia Nacional Constituinte, voteicontra a matéria, mas agora quero conversar,debater, dialogar, ouvir a sociedade brasi­leira. Nossa sociedade, às vezes, é hipócrita:quer uma coisa, deseja aquela coisa, mas paraefeito externo ela diz outra coisa. Tenho en­contrado seguidas vezes pessoas que me co­bram: "Deputado Aloisio Vasconcelos,quando é que vem a pena de morte?" Issonão pode acontecer, tem que haver um freio,as famílias estão afetadas, e a cada dia maisaumenta o número de crimes estranhos e vio­lentos. Mas quero que a sociedade nos escre­va, passe-nos um telegrama ou nos telefone .e diga se é favorável ou não e os porquêsda pena de morte. Não vamos bancar o aves­truz, Srs. Deputados, vamos verificar que aquestão aí está:Já existe a emenda propostapelo Deputado do Rio de Janeiro. Vamosvotá-Ia sem \lma ampla discussão? Não. Oque estou propondo, então, é a reabertura'da discussão com toda a imprensa, com estu- 'dantes, advogados, padres e religiosos. Eu, .

inclusive, sou católico; minha Igreja tem posi­ção contrária quanto à pena, e eu a respeito.Mas é preciso discutir a questão, para que,ao da emenda, não nos encontremos aindadespreparados racionalmente - além deemocionalmente - para votá-Ia.

Acredito que a matéria deverá ser votadadentro de mais dois, três ou quatro meses.Mas vamos forçar o debate, reabrir a questão,analisar o problema nos Estados Unidos, on­de foi executado recentemente um cidadão,no Estado de Carolina do Sul, se não meengano. Vamos ver o comportamento dospaíses europeus, a média de violência versusdesenvolvimento econômico, agressão aomeio ambiente e ao cidadão. Vamos fazerum estudo bem feito, para termos uma posi­ção sobre a pena de morte. O que não pode­mos aceitar é que isso amanhã seja cobradodo Congresso, da Câmara dos Deputados.por uma sociedade nem sempre instruída, àsvezes - como disse - hipócrita, mas que,em certos escalões, nos cobra uma posiçãoa favor da pena de morte. Como fui contrárioà pena de morte na Constituinte, às' vezesaté surgem debates acalorados, como aconte­ceu na última quinta-feira, numa emissorade rádio, em Belo Horizonte, onde um dosouvintes me disse que havia perdido seu votopor haver votado contra a pena de morte.Ora, não é um voto que irá decidir minhapermanência no Congresso. Quero discutira questão com milhares de outros mineiros- Minas Gerais é a minha terra - e de brasi­leiros, para que, na hora de votar, estejamosrealmente com a questão amadurecida dentroda sociedade e possamos, então, rejeitar ouaprovar a matéria, mas de forma madura,sem emoção, valendo principalmente a ra­zão.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Com a palavra o nobre Deputado Walmorde Luca.

O SR. WALMOR DE LUCA (PMDB­SC. Pronuncia o seguinte discursd.) - Sr.Presidente, Sr's e Srs. Deputados, o liqui­dante do Departamento Nacional de Obrase Saneamento, Roberto Vieira Macedo, aca­ba de fazer denúncia gravíssima à Folha deS..Paulo, ao afirmar que a medida provisóriaque extinguiu o DNOS, para desespero daspopulações dos vales catarinenses, foi um er­ro crasso do Governo e, pior ainda, "o pro­blema é que ninguém tem coragem de dizerlao Presidente da República que é preciso vol­tar atrás".

A Constituição de 1988 incumbe a Uniãode planejar e promover a defesa permanentecontra as calamidades públicas, especialmen-.te as cheias e inundações, tarefas que vinhasendo cumprida com eficiência pelo DNOS.Em Santa Catarina, segundo a AssociaçãoBeneficente dos Servidores da 14' DiretoriaRegional, aquele departamento desenvolviatrês programas prioritários, como obras decontrole de cheias e inundações e saneamentoambiental em áreas urbanas e rurais, benefi-

. dando principalmente as populações das ba-

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cias dos rios Itajaí-Açu, Araranguá, Ttuba­rão, Iguaçu e Mampituba.

Subitamente, porém, O DNOS foi extintopor medida provisória, sem que suas atribui­ções fossem repassadas a outros órgãos go­vernamentais. O liquidante pretendia levan­tar os recursos necessários para, antes de en­cerrar as atividades do órgão, dar curso àsobras urgentes e sugerir ao Governo Federala transferência da verba para outra entidadeque pudesse assumir as demais.

No entanto, o Decreto n" 99.259, de 17de maio, tornou indisponíveis as verbas pro­venientes do Tesouro Nacional e reduziu em60% os recursos existentes.

O liquidante ressalta que mais importantedo que liquidar o DNOS seria enxugar a suaestrutura, para o que aposentou 153 funcio­nários, colocou 999 em disponibilidade, de­mitiu 69 não estáveis e devolveu 14 aos seusórgãos de origem. Do total de 2.071 servido­res, restam apenas 848, o que seria o bastantepara prosseguir com as obras, caso o Governoreconhecesse mais este erro, para o bem deSanta Catarina.

Por oportuno, peço a transcrição, nosAnais desta Casa, para que faça partir destepronunciamento, de correspondência recebi­da da Associação Beneficente dos Servidoresda 14' Diretoria Regional do DNOS, paraque todos possam aquilatar a dimensão dosprejuízos infligidos ao nosso Estado.

CORRESPONDÊNCIA A QUE SE RE­FERE O ORADOR:

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOSSERVIDORES DA 14' DIRETORIA

REGIONAL - DNOSFundada em 22 de setembro de 1967

Registrada no Registro Civil das PessoasJurídicas sob o n' 765, Livro 11, Fls. 375 de15-12·67 Comarcas de Florianópolis - CGC78.827.136/0001·67.

Sede: Rua Bulcão Viana, n" 130Fone: 22-6299 - Florianópolis - Santa

Catarinalimo. Sr. Dr. Adelmar SabinoDD. Diretor-Geral da Câmara dos Deputa­dosBrasilia

Conforme entendimentos, pedimos a gen­tileza de fazer chegar às mãos dos SenhoresDeputados e Senadores da Bancada Catari­nense o documento abaixo, relativo à extin­ção do DNOS.

Antecipadamente agradecidos por mais es­ta colaboração conhemos o ensejo para subs­crever-nos.

Atenciosamente - EngO Marnei Soccas Ri·beiro, Presidente da Associação dos Servi­dores - DNOS - SC.

A EXTINÇÃO DO DNOS E SEUSREFLEXOS SOCIO-ECONÓMICOS

PARA O ESTADO DESANTA CATARINA

1-O' DNOS E SUA FUNÇÃO CONSTI­TUCIONAL

A Constituição Federal promulgada em1988 diz em seu Art. 21, item XVIII: "Com-

pete à União planejar e promover a defesapermanente contra as calamidades públicas,especialmente as secas e inundações".

Não é sem razão que as obras de controlede cheias devem ser responsabilidade do Go­verno Federal. Entre outras, poderíamosapontar o interesse que existe em tratar-seo problema de forma global, uma vez queanalisado de forma restrita, poderia resolveros problemas de uma região específica e pio­rar a situação nas demais regiões vizinhas.Além disso, as obras de controle de cheiasnão proporcionam retorno financeiro imedia­to, pois não se vende proteção contra inunda­ções. São obras que objetivam minimizar osprejuízos em culturas, propriedades e vidas,oriundos das enchentes e como tal, atividadepermanente em determinadas regiões.

O DNOS ao longo de 50 anos acumulouum enorme patrimônio técnico-administrati­vo, que inclui inúmeras obras no Estado deSanta Catarina, basicamente na área do con­trole de inundações e da macrodrenagem on­de se destacam as obras dos Vales do Itajaí,Tubarão, Araraguá, Iguaçú e Mampituba.

Com a extinção do Órgão através da Lei8.029 de 12-4-90 e do Decreto 99.240 de7-5-90, cria-se uma lacuna na AdministraçãoPública, pois o DNOS é o único Órgão Fede­ral técnicamente habilitado a tratar da ques­tão do controle de cheias.2-PROGRAMA DE TRABALHO

A Diretoria do DNOS em Santa Catarinadesenvolvia, até entrar em processo de extin­ção, 3 (três) programas prioritários:

- Obras de Controle de Cheias e Inun­dações

- Saneamento Ambiental em Áreas Ru­rais

- Saneamento Ambiental em Áreas Ur­banas.

2.1- Obras de ~ontrole de cheias e inun­dações

2.1.1- Bacia do Ri& Itajaí·AçuO Sistema de Controle de Cheias do Rio

Itajaí compreende as seguintes obras:Barragem de retenção de cheias.Barragem 'Oeste - Concluída, situadas no

Município de Taió.Barragem Sul - Concluída, situada no

Município de Ituporanga.Barragem Norte - Em conclusão, 98% da

obra já executada, situada no município deIbirama.

Custos das Obras - US$ 100.000,000.Benef'lCios - -Para enchentes semelhantes

à de 1983 redução da lâmina d'água em Blu­menau da ordem de 3,00 metros.

- Obras de dragagem:Retificação e alargamento do rio ItajaíMi­

rim entre Brusque e Itajaí, já tendo sido exe­cutado 70% das obras físicas. Dragagem ealargamento do rio Itajaí-Açu entre Blume­nau e Gaspar aumentando consideravelmen­te a capacidade de vazão do referido rio, játendo iido executado 30% das escavações.Como parte dessa dragagem, está prevista,na alça imediatamente à montante da cidadede Gaspar, a abertura de um grande canalde reforço que objetiva dar destino ao acrés-

cimo da descarga obtida com a dragagem degrande porte, sem agravar a situação da cida­de. Ao contrário, provocando uma reduçãonos Ifiveis, da ordem de 80cm.

- Projetos de Proteção Localizada contraInundações dos Centros Urbanos:

Blumenau, Rio do Sul, Lontras, Gaspar,Ilhota, Itajaí, Ascurra e Brusque.

- Estudo de Viabilidade e Plano Diretorda Bacia do Itajaí:

Elaborado em colaboração com o Governojaponês, e que prevê, como complementaçãodas obras de dragagem do rio Itajaí-Açu, aconstrução de um "canáI.extravasor" (e bar­ragem de derivação) que conduzirá as águasexcedentes de um ponto à jusante da pontosobre a BR-tOl até a costa de Navegantes,onde não cause prejuízo e evite o agrava­mento da situação na cidade de Itajaí.

2.1.2 Obras de controle de cheias da baciado Tubarão

Após as enchentes de 1974, que trouxeramgrandes prejuízos a Bacia do Rio Tubarão,o DNOS elaborou um projeto de aproveita­mento múltiplo dos recursos hídricos da Ba­cia.

Esse projeto elaborado a nível de engenha­ria, prevê a construção de três grandes barra­mentos de dupla finalidade (controle decheias e regularização de descargas), de umbarramento só para re.gularização de vazão';dragagens e endicamento ao longo do Tuba­rão e do Capivarí e um ante projeto paraaproveitamento hidrogrícola para uma áreatotal de 22.000ha.

Das obras programadas, foi apenas execu­tada a dragllgem do rio entre as cidades deTubarão e Laguna, aumentando a capacidadede vazão do referido rio de 400m3/s para1.800m%.

Não tendo sido construídas as barragens,as descargas de éstiagem passaram a apre­sentar velocidades muito reduzidas, propi­ciando um acentuado assoreamento ao longode toda a calha. Na eventualidade de umanova cheia sua capacidade de vazão estaráseriamente comprometida, e uma vez que abacia não conta com a função armazenadorada barragem, a segurança da cidade é poucomaior que a que possuía em março de 1974.

2.1.3 - Obras de Controle de Cheias daBacia do Araranguá

No exercício de 1989 foi iniciado projetode cheias da Bacia do Araranguá, atravésde Convênio com a Sudesul, com a elabo­ração de dois projetos de barragem de finali­dade múltipla, controle de cheias e irrigaçãonos municípios de Turvo e Meleiro. Tambémem Convênio com a Sudesul seriam iniciadasas .qbras da Barragem do Rio São Bento,beneficiando a irrigação e solucionando oproblema de abastecimento d'água da BaciaCarbonífera.

2.1.4 - Obras de Controle de Cheias daBacia do Iguaçu

Com relação a Bacia do Iguacu, o DNOSelaborou os projetos de proteção das cidadesde Porto União, Três Barras, Mafra, Canoi­nhas e São Bento do Sul.

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2.1.5 - Obras de Controle de Cheias daBacia do Mampituba

Em Convênio com a Sudesul o DNOS vemparticipando do projeto de irrigação da Baciado Mampituba, sendo responsável pela exe­cução das obras de macrodrenagem do subprojeto Sombrio, abrangendo uma área irri­gada de 15.000ha com o assentamento de 120famílias de agricultores.

2.2 - Saneamento ambiental em áreas ru­rais

Desde sua fundação vem o DNOS execu­tando serviços de dragagem nas bacias litorâ­neas e nas várzeas do rio Iguaçu, já tendorecuperado cerca de 150.000 hectares de ter­ras, dos 268.000 ha de várzeas do Estado,com 33 equipamentos (drag-lines) de sua pro­priedade. .

Os recursos para execução deste programasão oriundos do Proni - Banco Mundial coma participação do Governo do Estado de San­ta Catarina para o período de 1990 a 1993.

2.3 - Saneamento urbanoObras de Saneamento Urbano, destacando

os serviços executados nos Municípios deChapecó, Lages, Florian6polis, Canoinhas,Porto União, Joinville, Itajaí, Tubarão, Cri­ciúma, Laguna, Conc6rdia, Xanxerê, Blume­nau, São José, Gaspar, São Joaquim, Urus­sanga e dezenas de outros municípios.3 - CONCLUSÃO

Algumas das atribuições do DNOS deve­rão ser absorvidas por outros organismos. No 'entanto, as obras de Controle de Cheias, deacordo com a reforma administrativa promo­vida pelo Governo Federal, não estão defini­das em nenhuma área de atuação da União,contrariando os preceitos constitucionais.Em conseqüência, as obras de Controle deCheias em execução no Estado estão parali­sadas, sem definição de quem irá concluí-lase quando. Algumas delas foram paralisadasem situação particularmente crítica e emborasuas conseqüências sejam previsíveis, asquantificações dos prejuízos só serão real­mente avaliadas ap6s a ocorrência de umanova enchente, quando então já será tardepara lamentar. É o caso da Barragem Norteque não conta com os dispositivos-de fecha­mento dos descarregadores do fundo nemcom a concretagem de redução da secção dagaleria da margem esquerda, o que equivalea dizer que toda a descarga que chega à bárra­gem, passará por esses 6rgãos, até que ultra­passada sua capacidade de vazão, quando s6então iniciará sua função armazenadora.

A dragagem de grande porte no rio Itajaí­Açu, aumentando sua largura média de 120mpara 220m, não alcançou o trecho frontal àcidade de Gaspar; em conseqüência, as des­cárgas agora consideravelmente aumentadas,conduzidas pela calha do rio Itajaí-Açu, en­contrarão uma brusca redução de secção nasproximidades de Gaspar e, inevitavel!Dentebuscarão o leito maior para se acomodarem,inundando a cidade que antes sofria poucocom as enchentes. '

Some-se a esta preocupação o fato 'dasobras já concluídas, como as Barragens Oestee Sul no Vale do Itajaí necessitarem de manu-

tenção permanente e pessoal especializadoem sua operação, com o que não contamatualmente, dada a paralisação dos contratoscorrespondentes. Apenas como ilustração, abarragem Oeste, em Taió, teve sua rede ener­gética destruída nos últimosdias e, em con­seqüência, os registros dos descarregadoresde fundo não podem ser acionados. Alémdisso, a infiltração natural de água, pelo para­mento de montante, para dentro da galeriade inspeção, não pode ser esgotada pelasDombas elétricas e, com isso, atinge uma altu­ra de quase um metro pondo em risco todoo sistema elétrico da barragem,

Santa Catarina tem sofrido severamentecom as grandes enchentes, principalmente asdos Vales do Itajaí, Tubarão, Iguaçu, Ara­ranguá e Mampituba, e a inexistência de umórgão responsável pela conclusão e operaçãodas obras de Controle de Cheias, preocupaprofundamente as autoridades, populaçõesatingidas, técnicos e funcionários do extintoDNOS que viveram as enchentes do passado,ainda mais sabendo-se que a maior enchenteé aquela que está para ocorrer. É preocu­pante ainda a possibilidade de ocorrência,para o segundo semestre do corrente exef­cício, do fenômeno meteorológico EI Nino,previsto pelo Inpe, conforme Cedec-SC, cau­sador das grandes enchentes ocorridas no Va­le do Itajaí nos anos de 1983 e 1984.

Assim sendo, por se considerar que asinundações afetam sobremaneira a agricul­tura e a economia da região, sugere-se quea Secretaria Nacional de Irrigação, vinculada,ao Ministério da Agricultura, absorva as ati­vidades do extinto DNOS e seu acervo, me­diante a criação de uma estrutura para a re- .gião Sul, reconhecidamente, por sua situaçãogeográfica, a mais vulnerável aos fenômenosdas inundações, que fique responsável peloPrograma de Controle de Cheias, incluindoas obras de dragagem e desassoreamento decursos d'água.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Concedo a palavra ao SI. Eduardo SiqueiraCampos.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PDC - TO. Pronuncia o seguinte discurso.)- SI. Presidente., Sr's e Srs. Deputados, odesenvolvimento nacional passa necessaria­mente por uma vigorosa política de investi­mento do Estado, em obras de infra-estruturaque permitam ao capital privado e aos seusagentes econômicos a expansão e a moder­uização da atividade produtiva em nosso País.

Evidentemente, as medidas de estabiliza­ção econômica, imprescindíveis para a ani­quilação do processo inflacionário, inibiramos investimentos públicos e limitaram a atua­ção do Estado, no seu papel de instrumentoindutor do desenvolvimento. Porém, sanea­das as contas públicas e controladas a infla­ção, deverão ser retomados os investimentosestatais nas áreas social e econômica.

Não se trata do retomo do Estado ao mo­delo intervencionista do passado. A partici-

pação direta dos organismos estatais na vidaeconômica do País mostrou-se danosa e, doponto de vista dos resultados, ineficiente. Asdistorções de correntes do modelo estatizantesão conhecidas e assim o povo brasileiro semanifestou nas eleições passadas indesejá­veis.

Quando atribuímos ao Estado um papelparticipativo, entendemos esta participaçãodentro dos limites da sua competência precí­pua. Não é possível imaginar a retomada docrescimento econômico sem os correspon­dentes investimentos públicos na construção

, de estradas, que aumentam a capacidade deescoamento dos produtos, ou na elaboraçãode uma política energética consistente, quegaranta à indústria o fornecimento de energiaelétrica necessária ao seu florescimento

Há muito tempo, técnicos e cientistas vêmalertando as autoridades federais para a criseenergética que se avizinha. Está perigosa~

mente próximo o esgotamento da capacidadegeradora das unidades de produção de ener-

, gia elétrica de que dispomos, em relação aocrescimento do consumo industrial e domi­ciliar, nessas últimas décadas.

A ampliação e a capacitação do parqueindustrial, o aumento da produção e da pro­dutividade agrícola, a introdução e o desen­volvimento de modernas tecnologias na in­dústria e no campo e a interiorização da forçade trabalho são objetivos estratégicos que de­pendem dos investimentos estatais nas áreasde infra-estrutura, particularmente no setorde produção e geração de energia.

A vocação do Brasil neste setor parece sera de energia hidroelétrica. A produção daenergia nuclear, além do perigo que repre­senta para o meio ambiente, não se vem con­solidando-se no País como uma alternativaeconomicamente viável e ideologicamenteaceitável. Ao contrário, os recursos naturaiscom que contamos apontam para o aproveita­mento do nosso potencial hídrico e para odesenvolvimento, a médio e longo prazos,de tecnologiasnão ortodoxas, como a utiliza­ção da energia solar.

Com base nessas premissas, SI. Presidente,Srs. Deputados, é que acreditamos ser urgen­te o início de um programa de investimentosno setor energético. Sabemos que, investindoagora, o retorno desses investimentos s6ocorrerá, no mínimo, em cinco anos, já queé este o prazo para se projetar, construir ecolocar em funcionamento uma usina hidroe­létricade porte.

Cada ano que perdemos significa o com­prometimento das metas e do esforço nacio­nais. Não nos faltam tecnologia, recursos na­turais e humanos, capacitação técnica e espí­rito empreendedor para dotarmos o País, nomais breve espaço de tempo possível, da in­fra-estrutura necessária ao suporte do desen­volvimento que almejamos.

Utilizemos como exemplo o caso do nossoEstado, o Tocantins, onde o não equacio­namento da questão da oferta de energia elé­trica pode vir a tornar-se um ponto de estrail­gulamento para o processo de desenvolvi-mento de toda uma região. .,

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5806 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

A criação do novo Estado veio acompa­nhada de enorme expectativa de expansãoda demanda de energia elétrica para a região.A Eletronorte, antecipando-se à questão,elaborou propostas que deram origem ao tra­balho realizado pela área de planejamentoda empresa, intitulado "Suprimento de Ener­gia Elétrica ao Estado do Tocantins - Pano­rama Atual e Perspectivas para o Sistemade Transmissão". Esse estudo identificouuma programação de obras para os próximoscinco anos, no sentido de intensificar as inter­ligações hoje existentes com o sistema da usi­na hidroelétrica de Tucuruí, para suprir ocrescente mercado do Estado.

Além disso, também se estuda a construçãodas usinas de Serra Quebrada e Lajeado, ten­do esta última uma potência estimada em 800megawatts, com um custo total orçado em905 milhões de dólares.

Pois bem, se não forem realizados os inves­timentos necessários, estará irremedia­velmente comprometido o desenvolvimentoda Região Centro-Norte.

Para que se tenha idéia da dimensão dofato, com a expansão de interligação com Tu­curuí e com a construção da Usina de Lajea­do, o Estado do Tocantins se tornaria auto­suficiente no atendimento às suas necessida­des de energia elétrica, podendo exportar oexcedente energético para os Estados vizi­nhos.

No parecer dos técnicos da Eletronorte,além da própria geração de energia elétrica,os principais benefícios que Lajeado propor­cionaria à região "seriam através da inserçãoregional do empreendimento, que visa suaintegração na realidade regional, favorecen­do o desenvolvimento sócio-econômico. "Es­tima-se ainda de acordo com os técnicos quea rnelhor alternativa para conceituação dasobras de apoio ao aproveitamento de Lajea­do seja a de pólo de desenvolvimento regio­nal. A localização deste pólo de desenvol­vimento no centro geográfico do Tocantins,a proximidade de Miracema e de Palmas, arodovia Belém-Brasília, a Ferrovia Norte-Sule o próprio rio como via de navegação, espor­te e recreação, contribuirão para qne os in­vestimentos realizados com a construção daobra revertam em beneficios para toda a Na­ção, maiores até que a própria geração deenergia". '

Tudo isso significa produção de riquezase aceleração do processo de 'desenvolvimentonacional. Investir em energia é apostar emindustrialização, em agricultura, em diminui­ção das desigualdades regionais, enfim, éacreditar no futuro.

Esperamos, Sr. Presidente, que o País pos­sa rapidamente retomar os investimentos pú­blicos para as obras de infra-estrutura. Conta­mos também com a sensibilidade do atualGoverno da União, que não deixará de verno Tocantins a oportunidade de redenção pa­ra o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste bra­sileiros.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Vai-se passar ao horário de

VIII - COMUNICAÇÕESPARLAMENTARES

Não há oradores inscritos.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Encerrado o Grande Expediente. Antes deencerrar a sessão, vamos dar algumas infor­mações.

AVISOSI - Proposição apreciada pelas Comissões.Prazo de 5 sessões para apresentação ,de

recurso (art. 132, § 2" do RI)

PROJETO DE LEI N' 4.248-N89(Do Senado Federal)

Isenta do Imposto sobre Produtos Indus­trializados as saídas de veículos automotores,máquinas, equipamentos, bem como de suaspartes e peças separadas, quando destinadasà utilização nas atividades dos Corpos deBombeiros, em todo o território nacional;tendo pareceres: da Comissão de Constitui­ção e Justiuça e de Redação, pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa;e, da Comissão de Finanças e Tributação,pela aprovação.

Prazo: de 23 a 29-5-90.

PROJETO DE LEI N' 4.589-B, DE 1990(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre os efetivos do Exército emtempo de paz; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica le­gislativa, com Substitutivo; e, da Comissãode Defesa Nacional, pela aprovação, comadoção do Substitutivo da Comissão de Cons­tituição e Justiça e de Redação.

Prazo: de 24 a 30-5-90.

PROJETO DE LEI N" 2.570-C/89(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre os planos de benefícios e decusteio da Previdência Social e dá outras pro­vidências. Tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica le­gislativa, com 22 emendas e, pela inconstitu­cionalidade dos arts. 29 e 77; da Comissãode Saúde, Previdência e Assistência Social,pela aprovação, com subs.titutivo; e, da Co­missão de Finanças e Tributação, pela apro­vação, com adoção do substitutivo da Comis­são de Saúde, Previdência e Assistência So­cial; das Emendas nos 1, 14 e 16, apresentadasà Comissão; das Subemendas nos 1, 2, 3, 4,5,6, 7 e 9 do'Relator e pela prejudicialidadedos Projetos n"s 1.667/89, 2.952/89, 96/87,1.057188, 1.168188, 1.912/89,2.739/89,3.910/89,4.046/89,3.700/89, 4.180/89,149/87, 1.077/88,2.777/89,2.556/89,2.735/89, 2.860/89 e 3.519/89, apensados;com declaração de voto do Deputado JoséMaria Eymael.

Prazo: de 28-5 a 1'-6-90.

PROJETO DE LEI N" 3.101-C/89(Do Sr. Raimundo Bezerra)

Dispõe sobre a organização da SeguridadeSocial, institui Plano de Custeio e dá outras

providências. Tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, com voto em separadodo Deputado Gastone Righi; da Comissãode Saúde, Previdência e Assistência Social,pela aprovação com substitutivo; e, da Co­missão de Finanças e Tributação, pela apro­vação, com adoção do substitutivo da Comis­são de Saúde, Previdência e Assistência So­cial; das Emendas de n's 1,4, 5, 7, 10, 11,15 e 16, apresentadas à Comissão; e das Sube­mendas de nos 1 a 10, do Relator.

Prazo: de 28-5 a 1"-6-90.

Todos os projetos estão em grau de re­curso.

Com a palavra o nobre peputado FlávioMarcílio.

O Sr. Flávio Mareílio - SI. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. FLÁVIO MARCÍLIO (PDS - CE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sras. e Srs. Deputados, desejo fazer um regis­tro nesta Casa.

Acaba de aposentar-se a funcionária IrmaAlvim, que tantos e tão relevantes serviçosprestou à Câmara dos Deputados.

Irma Alvim ingressou nesta Casa, por con­curso público, em 2 de maio de 1960 comodatilógrafa. Em maio de 1963, foi nomeada,também por concurso, para a categoria deTaquígrafo de Debates. Galgou todas as clas­ses de sua carreira. Desempenhou a chefiada Seção de Registro em Plenário, noperíodode 1962 a 1964. Em 1975, foidesignadaSecre­tária Particúlar do Presidente da Câmara dosDeputados. No período de 1976 a 1980, ocu­pou a função de Assistente do Setor de Reda­ção Final de Debates. Em 1980, foi designadaAssistente de Gabinete do Presidente desta

.Casa; e no mesmo ano, foi nomeada Assis­tente de Orçamento e Fiscalização Financei­ra. Em 1984, foi nomeada Assessora Técnicado Gabinete do Presidente, onde permane­ceu até janeiro de 1985, quando assumiu ocargo de Assessora Administrativa.

No período de 1974 a 1975 foi designadacomo elemento de ligação entre esta Casae o Ministério das Relações -Exteriores e em1975, por Decreto do Sr. Presidente da Repú­blica, foi nomead'a para exercer as funçõesde Oficial de Gabinete da Assessoria Especialda Presidência da República, de onde retor­nou em 27 de março deste ano.

Foi agraciada com a Medalha do Pacifica­.dor, distinguida pelo Exm" Sr. Ministro do,Exército e com a Medalha do Mérito Legisla~

tivo, pela Mesa da Câmara dos Deputados.Foram mais de quarenta anos de trabalho

[ininterruptos.Quero deixar assinalado que ela sempre

esteve na linha de frente dentre aqueles fun­cionários que dignificam a categoria a quepertencem e que engrandecem os quadrosde servidores desta Casa.

É da dedicação, da competência e do exem­plo de servidores dessa estirpe que se nutrem.

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIoNAL (Seção I) Terça-feira 29 5807

os demais, o que garante o funcionamentoda instituição através dos anos.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­A Mesa também se associa às palavras doilustre Deputado Flávio M:ucílio, com refe­rência à aposentadoria da funcionária IrmaAlvim.

IX - ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Nada mais havendo a tratar, vou encerrara Sessão.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson)-

COMPARECEM MAIS OS SRS.:

Acre

Narciso Mendes - PFL; Nosser Almeida-PDS.

Amazonas

Beth Azize - PDT.

Rondônia

Assis Canuto - PTR; Francisco Sales ­PRN.

Pará

Aloysio Chaves - PFL; Eliel Rodrigues-PMDB; Gabriel Guerreiro-PSDB; Ma­noel Ribeiro - PMDB; Paulo Roberto ­PL.

Tocantins

Paulo Sidnei - PMDB.

Maranhão

Vieira da Silva - PDS.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; J3ezerra de Melo-PMDB; Carlos Benevides -PMDB; Ete­valdo Nogueira - PFL; Gidel Dantas ­PDC; Orlando Bezerra - PFL.

Paraíba

Francisco Rolim - PSC.

Pernambuco

Artur Lima Cavalcanti - PDT; RobertoFreire - PCB; Salatiel Carvalho - PFL.

Bahia

Carlos Sant'Anna - PMDB; Jairo Azi ­PDC; Jonival Lucas - PDC; Milton Barbosa- PFL; Sérgio Brito - PDC.

Minas Gerais

Mello Reis - PRS.

Distrito Federal

Maria de Lourdes Abadia - PSDB.

Mato Grosso

Percival Muniz - PMDB.

Paraná

Basilio Villani - PRN.

Santa Catarina

Alexandre Puzyna - PMDB; AntônioCarlos Konder Reis - PDS; Francisco Küs­ter - PSDB; Victor Fontana - PFL.

Rio Grande do Sul

Júlio Costamilan - PMDB.

DEIXAM DE COMPARECER OS SE­NHORES:

Acre

Francisco Diógenes - PDS; Maria Lúcia-PMDB.

Amazonas

Antar Albuquerque - PTR; Carrel Bene­vides - PTB; Eunice Michiles - PDC; JoséDutra - PMDB; Sadie Hauache - PFL.

Rondônia

Arnaldo Martins - PSDB; José Guedes-PSDB; José Viana-'-PL; Raquel Cândido- PDT; Rita Furtado - PFL.

Pará

Ademir Andrade - PSB; Aloysio Chaves- PFL; Amilcar Moreira - PMDB; ArnaldoMoraes - PMDB; Asdrubal Bentes ­PMDB; Benedicto Monteiro - PTB; CarlosVinagre - PMDB; Dionísio Hage - PRN;Domingos Juvenil-PMDB; Fausto Fernan­des - PMDB; Fernando Velasco - PMDB;Gerson Peres - PDS; Jorge Arbage - PDS.

Tocantins

. Ary Valadão - PDS; Edmundo Galdino- PSDB; Freire Júnior - PRN; LeomarQuintanilha - PDC; Moisés Avelino ­PMDB;Paulo Mourão - PDC.

Maranhão

Albérico Filho -'- PFL; Antonio Gaspar- PMDB; Cid Carvalho - PMDB; CostaFerreira - PFL; Eliézer Moreira - PFL;Eurico Ribeiro - PRN; Francisco Coelho-PDC; Jayme Santana-PSDB; José Car­los Sabóia - PSB; José Teixeira - PFL;Sarney Filho - PFL; Victor Trovão - PFL;Wagner L~go - PDT.

Piauí

Átila Lira - PFL; Felipe Mendes - PDS;Jesualdo Cavalcanti - PFL; Jesus TajYa ­PFL; José Luiz Maia - PDS; Manuel Do­mingos - PC do B; Mussa Demes - PFL;Myriam Portella - PSDB; Paulo Silva ­PSDB.

Ceará

Bezerra de Melo - PMDB; Carlos Bene­vides - PMDB; Carlos Virgílio - PDS; Cé­sar Cals Neto - PSD; Expedito Machado- PST; Firmo de Castro - PSDB; GidelDantas - PDC; Haroldo Sanford - PMDB;José Lins - PFL; Lúcio Alcântara - PDT;Mauro Sampaio"':- PSDB; Moema São Thia­go - PSDB; Moysés Pimentel - PDT; Os­mundo Rebouças - PMDB; Paes de Andra-

de - PMDB; Raimundo Bezerra - PMDB;Ubiratan Aguiar - PMDB.

Rio Grande do Norte

Flávio Rocha - PRN; Henríque EduardoAlves - PMDB; Iberê Ferreira - PFL; Is­mael Wanderley - PTR; Vingt Rosado ­PMDB.

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Agassiz Almeida- PMDB; Aluízio Campos - PMDB; Edi­valdo Motta - PMDB; Edme Tavares ­PFL; Evaldo Gonçalves - PFL; João da Ma­ta - PFL; José Maranhão - PMDB; LuciaBraga-PDT.

Pernambuco

Cristina Tavares - PDT; Egídio FerreiraLima':""" PSDB; Fernando Bezerra Coelho- PMDB; Fernando Lyra - PDT; GilsonMachado - PFL; Harlan Gadelha ­PMDB; Horácio Ferraz - PFL; InocêncioOliveira - PFL; José Carlos Vasconcelos ­PRN; José J~rge - PFL; José MendonçaBezerra - PFL; José Moura - PFL; MarcosQueiroz - PMpB; Maurílio Ferreira Lima- PMDB; Oswaldo Lima Filho - PMDB;Paulo Marques - PFL; Ricardo Fiuza ­PFL; Wilson Campos - PMDB.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PFL; Antonio Fer­reira - PFL; Eduardo Bonfim - PC do B;Geraldo Bulhões - PSC; José Costa ­PSDB; José Thomaz Nonô - PFL; RobertoTorres - PTB; Vinicius Cansanção - PFL.

Sergipe

Acivai Gomes - PSDB; Bosco França­PMDB; Cleonâncio Fonseca - PRN; DjenalGonçalves - PMDB; João Machado Ro­llemberg - PFL; José Queiroz - PFL; Leo­poldo Souza - PMDB; Messias Góis - PFL.

Bahia

Abigail Feitosa - PSB; Ángelo Magalhães- PFL; Benito Gama - PFL; Celso Dou­rado - PSDB; Domingos Leonelli - PSB;Eraldo Tinoco - PFL; Fernando Santana- PCB; Francisco Benjamim - PFL; Fran­cisco Pinto - PMDB; Genebaldo Correia- PMDB; Haroldo Lima - PC do B; JairoCarneiro - PFL; Joaci Góes - PSDB; JoãoCarlos Bacelar - PMDB; Jorge Hage ­PDT; Jorge Vianna - PMDB; José Louren­ço - PDS; Jutahy Júnior - PSDB; LeurLomanto - PFL; Lídice da Mata - PC doB; Luiz Eduardo - PFL; Luiz Vianna Neto- PMDB; Manoel Castro - PFL; MarceloCordeiro - PMDB; Mário Lima - PMDB;MiraIdo Gomes - PDC; Murilo Leite ­PMDB; Nestor Duarte - PMDB; Raul Fer­raz-PMDB; Uldurico Pinto-PSB; Virgil­dásio de Senna - PSDB; Waldeck Ornélas-PFL.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; Jones SantosNeves - PL; Lezio Sathler - PSDB; Lurdi-

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5808 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

nha Savignon - PT; Nelson Aguiar - PDT;Rita Camata - PMDB; Rose de Freitas­PSDB; Stélio Dias - PFL.

Rio de Janeiro

Adolfo Oliveira - PFL; Álvaro Valle ­PL; Amaral Netto - PDS; Anna Maria Rat­tes - PSDB; Arolde de Oliveira - PFL;Artur da Távola - PSDB; Benedita da Silva- PT; Bocayuva Cunha - PDT; BrandãoMonteiro - PDT; Carlos Alberto Caó ­PDT; César Maia - PDT; Climério Velloso- PMDB; Daso Coimbra - PRN; Doutelde Andrade - PDT; Edésio Frias - PDT;Edmilson Valentim - PC do B; Ernani Bol­drim - PMDB; Fábio Raunheitti - PTB;Feres Nader - PTB; Flavio Palmier da Veiga- PRN; Francisco Dornelles - PFL; JaymeCampos - PRN; Jorge Gama - PMDB;Jorge Leite - PMDB; José Carlos Coutinho- PDT; José Luiz de Sá - PL; José Maurício- PDT; Luiz Salomão - PDT; LysâneasMaciel- PDT; Márcio Braga - PDT; Mes­sias Soares - PFL; Miro Teixeira - PDT;Nelson Sabrá - PRN; Osmar Leitão - PFL;Oswaldo Almeida - PL; Paulo Ramos ­PDT; Roberto Augusto - PTB; RobertoD'Avila - PDT; Roberto Jefferson - PTB;Ronaldo Cezar Coelho - PSDB; RubemMedina - PRN; Sandra Cavalcanti - PFL;Simão Sessim - PFL; Sotero Cunha - PDC;Vivaldo Barbosa - PDT; Vladimir Palmeira-PT.

Minas Gerais

Aécio Neves - PSDB; Álvaro Antônio- PRS; Alysson Paulinelli - PFL; Bonifáciode Andrada-PDS; Carlos Cotta-PSDB;Carlos Mosconi - PSDB; Célio de Castro- PSB; Chico Humberto - PST; Christó­vam Chiaradia - PFL; Dálton Canabrava- PMDB; Elias Murad - PSDB; GenésioBernardino - PMDB; Hélio Costa - PRN;Humberto Bouto - PFL; Ibrahim Abi-Ackel- PDS; Israel Pinheiro - PRS; João Paulo- PT; José da Conceição - PRS; José Ge-raldo - PL; José Santana de Vasconcellos- PFL; José Ulísses de Oliveira - PRS;Lael Varella - PFL; Leopoldo Bessone -

,PMDB; Luiz Alberto Rodrigues - PMDB;Luiz Leal-PMDB; Marcos Lima - PMDB;Mário Assad - PFL; Mário de Oliveira ­PRN; Maurício Campos - PL; Mauro Cam­pos - PSDB; Mello Reis - PRS; MiltonLima - PMDB; Milton Reis - PTB; Octá­vio Elísio - PSDB; Oscar Corrêa - PFL;Paulo Almada - PRN; Paulo Delgado ­PT; Raimundo Rezende - PMDB; Raul Be­lém-PRN; Roberto Brant-PRS; Roberto

, Vital- PRN; Ronaldo Carvalho - PSDR;Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata - PRS;

.Saulo Coelho - PSDB; Sérgio Naya ­PMDB; Sérgio Werneck - PL; Sílvio Abreu- PDT; Virgílio Guimarães - PT; Ziza Va­ladares - P-8DB.

São Paulo

Adhemar de Barros Filho - PRP; AfifDomingos - PL; Agripino de Oliveira Lima- PFL; Airton Sandoval - PMDB; Anto­niocarlos Mendes Thame - PSDB; AntônioPerosa - PSDB; Antônio Salim Curiati ­PDS; Arnaldo Faria de Sá - PRN; ArnoldFioravante - PDS; Bete Mendes - PSDB;Caio Pompeu de Toledo - PSDB; CardosoAlves- PTB; Cunha Bueno - PDS; DelBosco Amaral - PMDB; Delfim Netto ­PDS; Dirce Tutu Quadros - PMDB; DoretoCampanari - PMDB; Eduardo Jorge - PT;Fábio Feldmann - PSDB; Farabulini Júnior- PTB; Fausto Rocha - PRN; FernandoGasparian - PMDB; Florestan Fernandes- PT; Francisco Amaral- PMDB; GastoneRighi - PTB; Geraldo Alckmin Filho ­PSDB; Gerson Marcondes - PMDB; Gu­mercindo Milhomem - PT; Hélio Rosas ­PMDB; Irma Passoni - PT; Jayme Paliarin- PTB; João Cunha - PMN; João Herr­mann Neto - PSB; José Camargo - PFL;José Carlos Grecco - PSDB; José Egreja- PTB; José Genoíno - PT; José MariaEymael - PDC; José Serra - PSDB; KoyuIha -PSDB; Leonel Júlio -PT do B; Luiz'Gushiken - PT; Luis Inácio Lula da Silva- PT; Manoel Moreira - PMDB; MendesBotelho - PTB; Nelson Seixas - PSDB;Paulo Zarzur - PMDB; Plínio Arruda Sam­paio - PT; Ricardo Izar - PL; RobertoRollemberg - PMDB; Robson Marinho­PSDB; Samir Achôa - PMDB; Sólon Bor­ges dos Reis - PTB; Theodoro Mendes ­PMDB; Tidei de Lima - PMDB; UlyssesGuimarães - PMDB; Michel Temer­PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PC do B; Antonio de Je­sus-PMDB; Délio Braz-PMDB; Fernan­do Cunha - PMDB; Iturival Nascimento­PMDB; Jalles Fontoura - PFL; João Natal- PMDB; José Freire - PMDB; José Go­mes - PRN; Lúcia Vânia - PMDB; Ma­guito Vilela - PMDB; Mauro Miranda ­PMDB; Naphtali Alves de Souza - PMDB;Pedro Canedo - PRN; Roberto Balestra ­PDC; Tarzan de Castro - PDT.

Distrito Federal

Francisco Carneiro - P;fR.

Mato Grosso

Antero de Barros - PT; Joaquim Sucena- PTB; Jonas Pinheiro - PFL; Júlio Cam­pos-PFL; Osvaldo Sobrinho~PTB; Perci­val Muniz - PMDB; Rodrigues Palma _.PTB; Ubiratan Spinelli - PLP.

Mato Grosso do Sul

Gandi Jamil - PDT; Ivo Cersósimo ­PMDB; José Elias - PTB; Levy Dias -

PST; Plínio Martins - PSDB; Saulo Queiroz- PSDB; Valter Pereira - PMDB.

Paraná

Airton Cordeiro - PFL; Alarico Abib ­PMDB; Antônio Ueno - PFL; Borges daSilveira - PDC; Darcy Deitos - PSDB';Dionísio Dal Prá - PFL; Ervin Bonkoski- PTB; Euclides Scalco - PSDB; Hélio Du­que - PDT; Jacy Scanagatta - PFL; JoséCarlos Martinez - PRN; José Tavares ­PMDB; Jovanni Masini - PMDB; MatheusIensen - PTB; Mattos Leão - PMDB; Mau­rício Fruet - PSDB; Maurício Nasser ­PTB; Max Rosenmann - PRN; Nelton Frie­drich - PDT; Nilso Sguarezi - PMDB; Os­valdo Macedo - PMDB; Paulo Pimentel ­PFL; Renato Bernardi - PMDB; RenatoJohnsson - PRN; Santinho Furtado ­PMDB; Sérgio Spada - PMDB; TadeuFrança - PDT; Waldyr Pugliesi - PMDB.

Santa Catarina

Antônio Carlos Konder Reis - PDS; Ar­tenir Werner - PDS; Cláudio Ávila - PFL;Henrique Córdova -PDS; Ivo Vanderlinde- PMDB; Luiz Henrique - PMDB; Orlan­do Pacheco - PFL; Renato Vianna ­PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; VilsonSouza - PMDB.

Rio Grande do Sul

Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta- PDS; Amaury Müller - PDT; AntônioBritto - PMDB; Arnaldo Prieto - PFL;Carlos Cardinal - PDT; Darcy Pozza ­PDS; Erico Pegoraro - PFL; Floriceno Pai­xão - PDT; Hermes Zaneti - PSDB; Hilá­rio Braun - PMDB; Ibsen Pinheiro ­PMDB; Irajá Rodrigues -PMDB; Ivo Mai­nardi - PMDB; João de Deus Antunes­PDS; Jorge Uequed - PSDB; Júlio Costa­milan - PMDB; Lélio Souza - PMDB;Luís Roberto Ponte - PMDB; Mendes Ri­beiro - PMDB; Nelson Jobim - PMDB;Osvaldo Bender - PDS; Paulo Mincarone- PTB; Paulo Paim - PT; Rospide Netto-PMDB;RuyNedel-PSDB;TarsoGenro- PT; Telmo Kirst - PDS; Vicente Bogo- PSDB; Victor Faccioni - PDS.

Amapá

Eraldo Trindade - PFL; Geovani Borges'- PRN; Raquel Capiberibe - PSB.

Roraima

Marluce Pinto - PTB; Ottomar Pinto­PTB.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) ­Encerro a Sessão, designando para amanhãterça-feira, dia 29, às 13:30 horas, a seguinte

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5809

1'8T

Chico Humberto ExpedIto Machado

Brasfiia, 23 de maio de 1990. _ Deputado Paes de Andradt; Presidente daCimara. dos. Deputados.

ATO DA PRESID~NCI!l

N06 term06 do I 2.° do art. 202 do Regimento Interno. estn. Presidência desfg..Da 08 seguIntes Deputados para integI'".U"em a Comissão Especial destinada. a, noprazo de quarenta sessões. proferir parecer à Proposta de Emenda. à Constituiçãon.o 1, de 1988. que ·'institui..!' pena d~ morte e dã outras providêncla.s", de autoriado Deputado Amaral _Netto.

!'DT

A1naury MUIler SlIvlo Abreu

Carlos CardJnal Cristina Tavares

Nelton Friedrich Tarzan de CastroPRN

Freire JúnIor. Francisco Sales

Raul Belém CleonAncio Fonsea.

,rodo Agripino José Gomes

I'DS

Victor FacclonI Osvaldo Bender

Francisco Diógenes 1 vaga1'TB

JD<Jé EgJ:ejn J'ayme Pallarln

Roberto Cardoso Alves Roberto Jefferson

PTülero de BarrOG Plln!o AlTuda Sampaio

!'De

Paulo Mourão FranclBco Coelho

I'L

Oswaldo Almeida. MozlLl'1ldo Cnvâlcantt

1'8B

JD<Jé Carlos Sabóia Joli.o Herrmann Neto

I'RS

R_Prata. Roberto Brant

I'CdoB

Manoel Domingos Aldo Arantes

ORDEM DO DIA

(Encerra-se a Sessão às 14 horas e 33minutos.)

TRAMITAÇÃO ~'\i PRIORIDADEDiscussão

1

PROJETO DE I.oE! N.' (-A, DE 1987(Do Poder Executivo)

Dilcussão l1nlca do Projeto de Lei n.o 4, de 1987, que estende aos demats mUi­WN integrantes dos Corpos e Quadros das Forças Armaáas, as dilq)Osições da1fei n.a 5.681, de 16 de agosto de 1979. e dá outras proVidências; tendo pareceres:~...COmiMão. ,de Constituição e Justiça e Redação, pela constitucionalidade, Jurldi­cidade e técnica. legislativa. (Relator: Sr. Evaldo Gonçalves): e. da Comissão deDefeaa NacIonal, pela. aprovaçlo. (Relator: Sr. Dtonislo Dal Prá..)

TRAMITAÇÃO ORDlNARIADiscussão

PROJETO DE LF.I N." 3.012-A, DE 1989(Do Sr. Uldurlco Pinto)

DiscUS!ião limcR do Projeto de Lei n." 3.012, de 1989, que dispõe sobre .. dIvul­pC;1o dos integrantes de comitivas que se destinam ao exterior e deternlina outrasprovidências: tendo parecer: da Comls5Õ.o de Comtituição e Justiça. e Redação, pela.constituclopaUdade. jurlcllcldade, técnica legislativa e, no mérito. pela aprovação.<Relator: Sr. José Genoíno.) .

PROJETO DE LEI N.' 5.39t-A, DE 1985(Do Sr. Florlceno Paixão)

DlscUS!llo llnlca do Projeto de LeI n.o 5.39(, de 1985, que alter~ dlspO!lltlvo daLei n.o 4..886, de 9 de dezembro de 19(;5, que regula as atividades dos representan­tes comerciais aut6nomos: tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiçae Redação, pela constltucionaliãade, jurldicidade e técnica legislB.tiva (Relator:Sr. Alcides Lima.): e, da Comissfio de Economia. Indtistria e Comércio, pela apro­1'açlo, com aubsUtuUvo, com voto em separa.do do Sr. Moysés Pimentel. (Relator:Sr. Oswaldo LImO: FlIho.) •

- (

mOJETO DE LEI ~.' 1.361-A, DE 1988

(Do Sr. Rosário Congro Neto)

Discussão 't1ntca. do Projeto de Lei n.6 1.361. de 1988, que altera. o Código Elei..toral no que se refere ao preenchimento e fonua de apresentação da. cédula eleito­ral; tendo parecer da Comissão de' ConsUtuição e Justiça e Reda.çlio pela consti­

,tuclonnlldnde, jurldicldade, técnica legislativa e, DO mérito; pela aprovação. (Rela­tor: Sr. Jorge Medauar.)

liPROJE:l'O DE LEI N.· 3.048-A, DE 1989

(Do Sr. Tldel de LIma)

Discussfio l1ntca. do Projeto de Let n.o 3.048 de 1000, que dispõe !obre as armasde fogo apreendidas 3ern o correspondente reai6tro. pelos órgãos policiais, sejamdestrufdas em ato pl1b!Ico, nu. formB."que ~pecl!ica; tendo pareceres: da Comissão

de ConstituIção e Justiça e RedaçAo, ptiin-conatltuelonalldade. jurldlcldade e técni­ca legislativa. (Relator: Sr. Frknci.sco BenJamim): e, da ConUssão de DefesaNacJonl.1_ pela aprovaçfio. com emendas. (Relator: Sr. Arnaldo M'a..?'f,tnsJ :

Alysson PauUnelllDlonlslo Dal PrãJDnflA PinheiroMussa DemesNey LopesO...ldo CoelhoVictor Fontana.Vlnlcluo cansançlo

Saulo QueirozJ~ Carlos GreccoVIcente BagoAdl1Oaldo Strecl;:Fábio Feldmann

TITULARES

I'FL

I'SDB

Lael VarellaHorácio FerrazJ""y acanagattaJairo CarneiroNarciso MendesMeM1as Góis

Pedro CeollmRonaro Corrêa

Edmundo Go.ldlno

Lezlo SnthlerGabriel GuerreiroMauricio FruetKoyu Iha

SUPLENTES

S

PROJETO DE LEI N.' 3.097-A, DE 1989{D<> Sr. F.usto Rocha)

DlscuMlo única do Projet.o de LeI n.o 3.097. de lD89. que revoga. o tn'els" Ido art. 6.0 do Código ClvU, tendo parecer: de. Comissão de Conr.UtulçJ.o e Justiça. eRedaçlo, pela constitncionaUdade. jurldicidade e téCIÚca leglsla.tiva. e. no mérito,pela apr01'açáo. <Relator: Sr. ::MIchel Temer.) .

ATO DA PRESm~NCL\

De conformidade com o Requp.rJmcnto apresentado pel:1s Lideranças Partidá.­rias, aprovado na sessáo do dia 9 de mala, esta. Presidência designa os. seguint~Senhores Deputados para integrarem a Comissão Esp~clal destinada .. prOferirparecer &O Projeto de Lei n.o 4..036/89, que "dl.:spãe sobre a poUtlca. agrtcoln,'·:

I'FL

Aloysio Chnves Júlio Campos

Ma.noel Ca:>tro AImibal Barcellos

OUson Mochado Evoldo GonçalvesPSDB

Artur da Távola Arnaldo Martll1ll

i'linio MartiDli Anna MarIs Ratt..

l'DT

Gonzagn Patricia Miro '".tetxe1ra

PDS

Amaral Netto Arnold F10ravantl

I'RN

Arnaldo FarIR de Sá Roberto VItal

1"l'BFarabullnl J1lnIor Roberto JeUuaon

'l'ITULARES

HlIirlo BraunIvo Mainardi

11'O VanderllndeJoio Rezek

Jorge VIannaNUlo sguBrezlPaulo Macarln1Ra1mundo Bezerra "

llerKIo Spadal!lo.mir AchO&Waldir Pul1leol

l'MDB

15UPI,ENTES

Geraldo Fleming.Iturlval' NascimentoJosé FreireJosé TavaresJovanl MaslnlMarIa Lllcl&N1der Barboo&Ratmundo RezendeRoberto RollembergRosplde Netto·

Santlnho Furtado

Arnaldo Mora..Jc/io NatalJose DutraLeopoldo SouzaTheodoro Mende.

I'MDB

Ag...Ú: AlmeidalIarlan GadelhaJD<Jé MeloUUo Souza

Osvaldo Macedo

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. 5810 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

PLJa.6 Carlos Coutinho

PTBenedlta da 8Jh. - RJ'

José GenoIno TarM) Genro

PDC

JOIé Mar!:!!. Ej'Innel Borges da. Stlnlr&

Brasíl1a. 23 de maio de 1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente daClmnra dos Deputados.

AVISOSI _ Propoalção aprecIada pelas ComlssõetJ.

I'ra.o de 5 0CSlIÕ<' para apresentação <le recurso (art. 132, I ~.• <lo Rol.)

l'ROJETO DE LEI N" 4.248-A/89(DO sena<lo Federal)

Isenta. do Imp06to sobre Produtos Industrializados as saídas de vereulos auto.­motores, máquln~. equipamentos. bem como de suaa pa.rtes e peças separa.da.s.quando destinl1das à. utruu.çáQ nas atividades dos Corpos de BombelrOl5. em todo oterritório no.clonal; tendo pareceres: da comissão· de ConstttuIçio e Justiça e deRedação. pela constitucionalldade, Juridicidade e técnica. leg1slatva; c, da Com!s..do de Finança. e Tributação, pela aprovação.

Praxo: de ~ a 29-5-90.

PROJE:J:'O DE LEI N.· 4.589-11, DE 1990(Do Poder Executlvo)

P~põe sebre 05 efetivos do Exército em tempo de paz; tendo pareceres: daComlSlão de Constituição e JustIça. e de Redaçáo, pela constitucionalldade, jurldl..cidade l' técnica legislativA) com Substitutivo; e, da. Comissão de Defe3a Nacional,pela aprovs.ção, com adoção do Substitutivo da. ComJ.ssáo de Constituição e Justiçae de Redação.

Prazo: de 2' lo 30-5-90

DloDl:.!o ROie - PA

AlIdnlbal Bentes

Jovanl MuInl

Murno Leite

Rose de Preftas

Eduardo Joree

Eunice MJchIles

.I.tIIaLlra

I!Ul'LENTES

PMDB

Carl<>& Benel1<!e/l

JOfie Gama

PIlDB

RooárIo CoaCrô 'Neto

PDS

I'FL

PDT

Tadel1 !'lança

PROJETO DE LEI N" 2.570.C/89(Do Pcder Executivo)

Dispõe sobre 05 pIanos de beneficios e de custeio da Previdência Social e dáoutras providências. Tendo P3Iea!res: da. ComlMão de Constituição e Justiça e deRedação, pela. constitucionalidade. Juridicidade e técIúca legislativa, com 22 emen­das e, pela inconstitucionalidade dos art.s. 29 e 77; ca Comissão de Saúde, Previ­dêncl" e As:-Jstênclt\ Social, pc-la apt"l)vnção, com SUb!>titutivo; e, da Comissão deF1nança.s e Tributação, pela. aprovação, com adoção do substitutivO' da. Comissãode Sa1id'J, Previdência. e A.ssisttncla Social: das Emendas n.O& 1, H e 16, apre..RntadM à COmiSSão: das 8ubem~ndas. o.os 1, 2, 3, 4.. 5. 6. ,. e 9 do R~lator e peb.prejudicialidade doo Projetos n." 1.667189, ~.952/89, 95/87, 1.057/88, l.l68/õ8, 1.912/89,2.739/89, 3.910189, 4.045/89, 3.700/89, 4.180/89, 149/87, 1.077/88, ~.777/89, 2.556/89,2.735/89, 2.860/89 e 3.519/89. epcnsadon; com <leclaração de voto <lo DePI1\ll.do JO'éMarIo Eymael.

Prazo: de 28-5 • 1.°-6-90

I'TB

Ja1Jl1e Pall&rin

Eurico Rlbelro

secretário: Luls C&mr Lbna COEta

1tunaIs: 70fl1l • 'lOS'l.

RELAÇAO DOS DEPtrrADOS INSCRITOS NO GR.u..-nE EXPEDIENTEMAIO/~O

AIrton Cordolro - l'R

Rita Camata

Nll>on Gibson

Ant6n1o Mariz A - ÇOMISSAO DE 1:S'fllD0ll TEltll.rrORIA1s

NACIONAL

801'&< N.."..

14:30 Aécio de Borba

15:00 Aldo Arantes

15:30 Ant6n1o CAJu.,.a

H::llI AblgaU Feitosa

15:00 Jesualdo Cavaleanu

15:'0 Genebaldo Correia

14:30 Walmor do Luca

15:00 Rur Nedel

15:30 Darcy Deitos

CONGRESSO

(.Art. 12 do Ato das~ constltuctonala 'l'ransIl<lrlu'

11/5 5H·telra

21/5 , ..·telra

Data Dia da !!em"""

10/5 4..·telra

fi - COMJSSAO ESPECIAL INCUMBIDA DE APRECIAR O PROJE'l'O l>E LEIN," l.ll06/19. QUE "INSTITUI NORlll:A8 GERAIS DE PROTEÇAO A INFANCIA E

A JUVENTUDE" E OUTltOS QUE CRIAM O "ESTATUTO DACBIANÇA E DO ADOLESCENTE"

Pre&ldcute: DOputoda Sandra Cavalcanti - I'FL - RJ

1.. Vlcc-PresldllUte: Deputa<lo AIrton Co:delro - PPL - PR

, .. Vlee-Prul<len\e: Deputado Arthur da TáTOIa - PSDll - RJ

, .. Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro -PrB.- PA

Relator: Rlta·câilii'ta -l'MDB - liS

TITULARES

PMDB

Maria 1.(ela

HéUOR......

PROETO DE LEI N" 3.101-C/89<Do Sr. Raimundo Bezerra)

DI'JlÓC oobre a organIzação do Begurl<la<l. Social. in>tltul. Plo.no de CUSteioe dá outras providêncIas. Tendo parecere!.: da. Comissão de Constituição e Justiça• de RedSLÇão. pela constltucionalldade, COm voto em separado do Deputado Ga..s­..uno Righi; da. Comlssão de Saúde. Previdência e AssIstência aoalal~ pela apro­yaç§o com substitutlvoj e. de COmil':."!no de Finanças e 'I'riblltaçio, pela apro­vação, CO!11 adoção do aubsUtuUvo da Comis.!!io de Saúde, Prel'idimcia. e As.s~

Uneia Social; das Emendas de n.Ció 1, 4, 5. 7, lO, 11, 15 e 16. a.pre!entadas à cO.­1I1lJslio; e. dao SUbemen<las <lo n." 1 a lO, do relator.

Pra..,: <le 28-5 a 1"-Il-90.

Robson Marinho _ llP

ComP"~

l'D'l' :ProsIdente: senador Chaps ROdrlcuu

PD8VIu·PreJldente: senador Alfredo Cam\lOl

Jorre Arbasc - PA ~t<>r: Deputado Gabriel Guem:iro

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5811

S!11adores

Nabor Júnior

MEMBROS DO CONGRESSO

DeputlLdos

Gabriel Guerreiro

D _ COllDSMO ESPECIAL mSTA DESTINADA A REALIZAR o EXA.'IEPERICIAL DOS ATOS E FATOS GERADORES DO ENDIVIDAlIIENTO

EXTERNO BRASILEIRO

(Requerimento n." 373/89-CN)

AIl'redo Campos

JoAo Meneze.'i.

Chagas Rodrigues

Rena.to Bernardi

J""" Ca.rI05 VMC<lncelOll

AleIde. LIma.

Compos~o

Presidente: Deputado Mussa Demes

Vice-Presidente: Senador Dirceu Carneiro

Relator: Deputado Irajá RodrIgues

J040 Castelo .J""" Quede.

MEMBROS DO PODER EXECUTIVO

Almir Laversveller de Moraes

Pedro José Xa.vIer Maltoso

Cbarlcs Curt Mueller

~SIU' Vieira de Rezende

Paulo Morelra Leal

Senadores

ManGUcto de Lavor

Aluizio BezerrO.

Ruy Bacelar

Wilson Martins

Jorge Bornha.usen

Marco Maclél

Depntadoa

Oswaldo Lima. Filho

Irajá Rodrlgue.

SérgiO Spada

Ra.imundo Bezerra.

Leur Lemanto

Mussa Demes

B - COMfSSAO DESTINADA A PROMOVER AS COMEMORAÇõES DOm:KI'F.ARIO DA rROCk~'IAÇAO DA REPúIlLICA E DA PROCLA1>IAÇAO

DA PRIMEJI<A CONSTITUIÇAO REPUBI.ICANA DO PAIS

(Art, 63 do Ato das Disposições Constitucionais Tra.n.sltórlas)

MEMBROS DO POPER LEGISLATIVO

Dirceu Carneiro

Mols~s Abrão

Louremberg Nunes Roeba

Roberto Campos

Jamil Haddad

Henne. Zanell

Luiz Balomão

Franclwo D16genea

Márcia KubItschek

Gastone Rlgh1

senador Marco MadelDeputado Egfdio Ferreira Lima

Deputado BonIfácIo de Andrada

Prazo: 29·(-91

DesI&'1la~io da Comfaáo: 7-11-89

Prazo para I.pre5entaçi-D de emendas ao a.nteproJeto da 00misI;.5.0 Mista: de 5 a11-12-89

MEMBROS DO PODER JUDICIARIOMtnlstro J~ Fernande. Dantas (STJ)

MInIstro Aldo da Sllva Fagundes (STMl

MinIstro Marcelo Pimentel ('TST)

MEMBROS DO PODER EXECUTIVO

Minlstro jo~é Apa.recido de Oliveira, da Cultura

Mlnlstro d. Justlça

secretário V!rgD!o Pereira. Cll6ta.. da Comlssl\o Especial IncumbIda. de Organl­uçAo e Preservação dos Documentos do Ac&Vo dos Pre~identes do. Rep11bUca.

c - COmSSAO !USTA DESTIXADA A ELABORAR O PROJETO DEcóDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

(Art. (li do Ato da.s Dl!poslçócs Con.tltuclonais Transitórias)

composição

Presidente: senador J~ Agripino

Viee-Presidente: Senador Carlos PatrOCinlfl

Relator: Deputado Joaci Goo..

E _ COllDSsAO MISTA DE ORÇAMENTO

!'resIdente: Deputodo Cid Cll1"f&lho (P!IDB/MA)

j.- Vke~Presidente: Senador Joáo J..obo (PFLlPI)

t.· VJce-Pres!dente: Deputado Zll'.a. Valadares (PSDR/MG)

3.· Vree-Pre5Jdente: Deputado J01Jê Luiz Maia (PDSIPI)

TITULARES

PMDB

CId Ca.rvalho -CP MA

DomingOfl, Juvenil -CP PA

Firmo de Castro -CD CE

Genebaldo CorrelB -CD BA

HémIque Eduardo Alves -CP !l.N

Irapu~ Costa ..Júnior _SF· GOIsrael PinbeJro -CP Me:'I'tO Cersllslmo -CP MSJoAo Agripino -CD PBJoio Calmon -1lF' D3JoiO Carlos Bacelar -CD BAJ~Dutra -CP .u!J()6~ Fogaça. -8F R83M6: 'ravares -CP PRLdcia. vAnia' -CP aoManoel Moreira -CP 81'J.4ansucto de La\'or -SI' PEMárcio Braga -CD RJ

Márcio Lacerda. -SF MT

MarCOll LIma -CP )40

Nabor Júnior -SF ACNydor Barbosa -CP ES

1lenato VIanna -CP BC

Ronaldo Aragio -SF RO

Ronan Tito -SF MG

Rosplde Netio -CP R8

Ruy Bacela", -SF BA

Banttnbo Furtodo -CD PR

Tldol de LIma -CP 81'

.aco -CP

.age -CP

Joaci Góes

Antonlo Britto

samir AchOaMichel TemerSandra CavalcantiEllezer Moreira

Geraldo A1cl.:m1n Fllbo

Jorge Arbage

Raquel CAncUdo

Ell.. Murad

Gumerctndo Mllhomem

Deputados

Antllulo Câmara

Waldir Cola.tto

Jotran Frejat

Auna Maria Ratt••

FeUpe Mende.

TITULARES

SUPLENTES

S~ores

<Vago)

<Vago)

<Vngo~

<Vago)(Vago)

Odacir Soa.rea

J0<6 Agripino

Dircen CarneIroCarlos Patroe!Í1loMauro BorgesRoberto Campos

(Vago)

(Vogo)

João Lobo

Pompeu de Sou..sa

AflOmio CaInugo

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5812 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

PFL Rll7 Nedel -CD RS

Arnaldo Prieto -CD RS ~l'ero GOmes -SP SP

I:dlson LobM -9 MAUbiratan Acular -CD me

Eraldo Tinoco -CD BA PFLFranclllCo DorneU.. -CD RJ AtlIa Lyra -CD 1'1Humberto souto -CD MG Jofran Frejat -CO DFJoio Alv.. -CD BA JOI6 Quelroa -CD CEJoio Lobo -SP FI LeY)' DIaa -CD MSJoio Menezes -SP PA Odacir BoI.re. -SP ROJOI6 JOl'le -CD PELourlYl\l BaptIsta -S1" SELuls Marqu"" -CD 'ClC 1'SDBOsvaldo Coêlho -CD PEPaes Landim -CD FI Anna Maria Rattes '-CD RJ

Salatlel Carvalho -CD PE ·Pranc!sco Kfuter -CD 8CSlmio Sel5O!m -CD RJ Pompen de Sousa -SP DFVictor Fontana -CD se

1'8DB 1'DSMelo Neve. -CD MGChagas Rodrlgucl -SP FI Telmo KIrst -CD !l8

DareI Deltas '-CD PR1'DTDirceu Carneiro -SP BC

Jeoé Rlcba -SP PR ROberto D'Avlla -CD RJJosé Serrr -CD SI'Maria de Lourde. Abadia -CD DF PltNSaulo QuelrOH -CD MS

Fausto Rocha -CD 8PV!l'IUdúlo de senna -CD IlAZI>a Valadar.. -CD MG I'TB

PDTFeres Nader '-CD 'RJ

ce..... MaIa -CD RJGonuia Patriota -CD PE 1'LLácio AlcAntara -CD CBMirlo Mala -SP AC yago -CD

Miro Teixeira _CD RJ''1'DS 1'T

Darq POEZa -CD RB Vladlrulr Palmeira -CD RJJl'elipe Mendea -CD FIJorge Arbl1lle -CD PA 1'DCJOI6 Luis Mala -CD FIRoberto Campos -SP MT Mlraldo Gome. -CD IlA

PRN Mauro BorgM _SP aoBumo Vmanl -CD PRJosé CarlOs Vasconcellos -CD PE 1'8BJoio C...lelo -SP MARenato Johm!on -CD PR Jamn Haddad -SP RJ

PTB&ectetárla: HUda. de seDa Correa. W1ederhect:er

Carrel Benevides -CD AM. Endereço: Bala. 16 - Anexo n - C~m8ra dos Deputados

Fábio Raunhelttl -CD RJ Fones: 311-0038/6939/6940 (Secretaria)LGuremberg Nunca Rocha -SP MT

Joio de DeU! -CD RB 2:13-2945 (Presldente>

1'T 311-5937/6941/6942/6943

Irma PaM01lI -CD SI'

JoAo Paulo -CD MGAue5S0rJa: Dr. LuIs Va.scon~los (CD) - 311-5682

f'L Dr. JolM! C.rJos ,. S•.ntos (SP> - 311-3318

losé Luiz de Sá -CD RJ

J0e6 Geraldo -CD MG

PDCGIdel Dantu -CD CE

CONTAS DO PRESIDESTE DA BEPllBLICALeopoldo Porca -SP AM.

ROberto Balestra -CD ao (Exercício 1988)

~h.tor: S:nador Loul'iYal Ba.ptista

PSBCRONOGRAMA

AbliaU FeltOlls-CD IlA

1. Dlslrlbu1ção do Parecer do Relator e do Parecer do TeU .......... até 18-4

PC cio B 2. Apresentação. discussfi.o e votaçio do Parecer do Relator ................ 1V-4Ilanuel Domlngoe

-CD FI 3. Publicação do Parecer da ComIssü,o (Projeto de Decreto Legislat1,.o) "'"'BUPLENTES

1'HDB (. Apresentação de etnendas ao PDL ........................................ de 24-4 a t·5

CId Sabóia de Carvalho-SP CE 5. Publicação dlLS emendas ....................... , ........... ,.......... ' 'iH

DélIo Bro-CD

DJenaI Gonçalvesao 5. Parecer do. Relator às emendas .................................................... até 18-5

-CD SII:Haroldo Babóla

-CD 7. Discussão e vota.ção do parecer às emendas ..................................... até 24-5MAJovaDD! Maslnl

-CD PRUa.uro Benevides .. PubliCAção do parecer da Comissão às emendas ................................ 28-5

-SP CENeuto de Conto

-CD SC t. 'Encam1nhamento do PDlr e elo Pueeer da Com1s&ãó às emendas para &

Nfuon Gybson-CD

Mesa do Senado Federal ....................... ~ ... ".' ..... ~ ............................. 2ll·5PE

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Maio de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 29 5813

LEI DE DntETR1ZES ORÇAMENTÁRIAS(PLN N.· 5/90)

Relator: Senador José RIcha

CRONOGRAMA

1. I.eltura.e>m Sessão Conjunta ••.••.•••....•••.••••••.••••.••••••.•••••• I7-c.

2. Dlst.rlbuIção de ATulsos •.••.••• •••••••••••• ••• •••••• •••••••••••••• •••• 18-4

3. Apresentaçlo de Emendas na CMO· 19.-4 a. 3-5

Jutahy Magllllláes

EdlJon Lobão

Alexandre Coota

Mário CovasAntônio Luiz May&

Olavo PIres

Jooé Paulo Bfirol

Ne1 Maranh1i.o

Desitnação da. ComIssão: '1-11-89

Prazo: 22-8-90

Marlt. Lllcla

Mussa Demes

Stillo DIM

VUSOn SOuzaPaulo RamO&

Yyrlam Portelt.

Geraldo Bulhõe&

Paulo MIncarone

4. DlstrlbulçOO de avul.o. das emend~ .:............................... PIS

5. D~cu.ssão e votação do projeto e das emendas apresentadas 10/5 a 24/5

«. Parecer do eMO ao projeto e t.s emendas 2'15

7. .Encamfnhamento ao Congresso Nacional 25/5ORDElIIDO DJA.DAS:COMISSõES

(.) Art. lG6, I 2.' da CP.

Atençlo: Avulsos n~ setores espcc1t1~o5 da. CA.rnua e do SCnado.I -·Comissão·de. Constituição·e Justlça'e,de RedaçjO..

AVISO'

F - COM1SSAO MISTA IN'CUlIID1DA DE REVER AS DOAÇõES,'"E~1DAS E CONCESSOES DE TERRAS PúBLICAS

(Arto 51 do Ato das DiSP05içõcs Constitucionais Transitórias)

Para recebimento de emendas na Co~:

De adml..lbDldade (constitucionalidade e jurldlcldadel

SonadoresTITULARES

Deputadoslrúclo do praIA)': 28-5-90"'

2

Destlnnda. a. npurar a. fuga de capital e a evasão de divJsas do Brtl.l!ilL

<Rewluçl\o n.· 5, de 19B9-CNl

Destinada a investigar & atual crise financeira da Petrobrás.

<Resolução n.. 4, de 19B9-CNl

ComposiçãoPresidente: Deputado José TInoco

Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro

Relator: Senador José Fogaça.

Relator: Deputado José Thomaz NonO..

3 - PROJETO DE LEI N.' 3.903/89 - das Sr.... E<mdfta da Silva e MariadI) Lourdes Abadhi - que "r~voga a ltel n.O 3.252, de 27 de agosto de 1957, e dIspõeaobro Do regulamentação da. profissão de Assistente Soclal".

Relator: Deputado Me..IM Góis.

.( _ PROJETO DE LE:l N.o 3.967/89 - do Sr. Jesualdo Cavalcanti - que""d15póe .5obre a crJaçâo da Escola Agrotécnlca Federal dt: CrlstJno Castro, no Es­tado do Plaul".

Relator: Deputado José Thomaz NODÕ.

8 - PROJETO DE LEI N.o 04.039/89 - do Sr., Aéc~o de Borba. - que '''revo~

a Lei n.o G.905. de 11 de maio de 1981. os Decretos-LeIs n.Os 594. de 27 de mai:>de 1969. 1.617, de 3 de março de 1918. e 1.924, de 20 de Janeiro de 1982, o art. 48 da'Lei D.o 6.251, de 8 de outubro de 1975, o art. 3.0 do Decreto-Lel n.o 1.923, de 20 -dejaneiro de 1982, dã. nova redação ao inciso I ~ f 1.0 do art. 2.° da. Lei n.o 6.168,de 9 de dezembro de 1974, e fixa normas de instituição e funcionamento da L0­teria Esportiva Federal".

ltela.tora: DeputAda Beth Azize.

. 11:"'" PROJETO DE LEI N.o 4.152/89 - do sr. Samir Achôa - que "autorizao Poder Executivo a. criar a Campanha Nacional de Educação Musical -:- ÇNEM".

Eelatur: Deputado Messias Góis.

5 - PROJETO DE LEI N.o 3.975/89 - do Sr. Juarez Marqut's Batista - que"autoriza. o Poder Executivo a criar Escola. Técnica. Agrícola Federal de Camapuã,no Estado 'do Mato Grosso do S~..~ .

Relator: Deputado Messias Góis.

5 - PROJETO DE: LEI N." 3.993/89 - do Sr. Culos Vinagre - que "ln'Utulo Dia do Ç3arimpelro". ..

Relator:' Deputado Messias Góis.

'1 - PROJETO OE LEI N.o 4.012/89 - do Sr. Agassiz Almeida - que "esta.­belece norma.s para as anuidades escolares e dá. outras provid~nclas".

Ténnfno do pra:o: 1.0-6-90

Relator: Deputado Ubiratan Aguiar.

9 - PROJETO DE L:EI N." •.050/89 - do senado Federal (PLS n.' ~02,

de 1989) - que "autoriza. o Poder Ex~cutlvo a criar a Escola. Técnica Federal deOuajari-Mirim. no Estado de Rondônia".

Belalor: Deputado MCS6Jas Góis.

10 - PROJh'TO DE LEI N.· U85/89 - do Sr. Nel!on Jobim -' que "fixacrltério$ para B. correção monetária dos eréclltOEl trabalhIstas....

Relator: Deputado Carlos Vinacre.

2 - PROJETO DE: L:EI N.' 3.889/~9 - dd- sr. Nulo Marques' - que- "dltcl­pliha. .. mR.joração das anuidades escolares, mediante·. entendlmentos entre: pai3"de alun08. professores e diretores de estabelec1.Mentos..de-·eru;ino.....

1 - PROJETO DE LEI N.o 3.885/89 _ do Sr. Antonio Carlos Mendes 'I11ame_ que' "destina &5 Prefeituras' Municipais 20$ da renda. bruta· das· Loterias' deNfuneros -- Loto"I e n _ e deternllna outras providêncIas"•

Paulo SidneiLuiz SoyerJonas PIJilielroJosé GuedesJorge Arbage

Arnaldo MoraesOttomar PintoRosário Congro NetoWagner Lo.goRenato BernardiMussa. Dem~Alysson paullnelliVicente Bogolbrahlm Abi-AckelAmaury MilllerLeonel Júlio

DepuladClll

Mário LImaOsvaJdo MacedoJolio AgripinoLuiz Alberto Rodrlgue.Eduardo }.foreiraJ05é TinocoLuiz MarquesDlonlslo Dul-PráMaurD CampOsFrancisco KüsterArnold FioravanteFlávio RochaBocayuva CunhaBenedicto MonteiroJo!io Paulo

SUPLENTES

CompDl51ção

Presidente: Senador Antonio Luiz Maya

Vice-Presidente: Senador Alexandre costaRelator: Deputado Fernando Bezerra. Coelho

Alufz.lo Bel.ttra.lUrclo LacerdaCid CarvalhoAlmir GabrielRonaldo Ara600Edison LobãoJOIio LoboPompeu de Sousa.Moisés Abrilo01&TO PiresMário Mala

Ruy BacelarMeira. FilhoJoAo MenC1...esClulga... RodriguesJamil Haddad

D..IP1.çi!o da CoDilisão: 8-11-89

G - COMISSõES PARLAI\IENTARES llUSTAS DE INQUJmITO

1

Senadores

J~ FogaçaFrancL5co RollembergMa,uro BenevidesRuy BacelarGerson CamataNabor JllnJorJoiio LoboLourival Baptista.Alexandre CostaMário CovasJooé RichaLourcmoorg Nunes Rocha.Antônio Lulz MayaMauriciO CorrêaJarbas P....arIoho

Deslplação ch Coml.'!Sáo: 7-U-B9

Prazo: 22-8-90

Se"""......severo Gomes

IrapUlUl costa JllnJor

NelloD Wedekln

DepotadOfJ

Samir AchOa.

Fernanda Bezerra Coelho

Nllso Sguarell

Relator: Deputado José MarIa Eymael.

12 - PRo..IETO DE LEI N.o· 4.156/89 - 'do Sr. Evaldo Gonçalves - que"cria a Escola. Federal Agrlcolo. de 2.° grau, na. Cidade de Monteiro, Estado da.Paraíba. e dá outr.., providéncias".

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5814 Terça-feira 29 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1990

J:elatl)r: Deput:ldo Me.ssias GólJl:.

.,.:. 13 - PROJETO DE LEI N.O •.174189 - do Sr. Ed.lvalc1,oolMotta - que:'d1Spóelobre a crlo.Cão de Escola Agrfcola. F'cderal no Municfpio de Patos, Estado d"ParaIba".

.eIator: Deputado Messias GóIs.

H - PROJETO DE LEI N." 4,182189 - do Sr. Vivaldo Barbosa - 'que "declarade utilidade pública • Fundação Municipal Lar Escola Fr~clsco de Pou!.".

Relator: Deputado Rodrtgues Palmli.

15.- PROJETO DE LEI N." 4.216/89 - do senado' Fecleral - {PLS n,o 113/89- que "autoriza o Poder Executivo a ln!itltulr 8. Funda.ç§.o Universidade F~ral

de Imperat.rIz, com sede na cidade de idêntica denominação no Estado do Mara...nhio, (l dá outras provldónclns".

ltelator: Deputado Messias Góis.

16 .:... PROJETO DE LEI N.o 4.297/89 - do Sr. Fausto FernanCÜ!s _ qua "au­toriza o Pod~r Executivo ~ criar uma. Escola Agrotécnica. Federal no Mu.ntcip1ode Rondon, Estado do Pará".

:Relator: Deputado Messias Góis.

17 - PROJETO DE LEI N.o 4.29B/89 - do Sr. Fawto Fernandes - que "<!l-"P6e&Obre a criação da Es~ola Ag-rotécnica Federal de 2.0 grau, no mUIúcfpio de Para.­,omina.s, Estado do Pará, e dá outras providências".

lIelalor: Deputado Me..las eMla.

18 - PROJETO DE LEI N.o 4.299/89 - do Sr. Fausto Fernandes _ que"dispõe lebre a criação da &cola Agrotécnica Federal de 2.° grau no Municípiode Redenção, Estado do Pará, c dó. outras providências". '

Relator: Deputado Me,s!;ías Góis.

19 - PROJETO DE LEI N.o 4.4;45/89 - do Sr. samir Achôo. - que "dJ!stlnaf'eCW'30S para a recuperação de rodovia., e dã outras providencias".

JteJator: Deputado Gerson Peres.

:10 ~ PROJETO DE LEI N." 4.531189 - do Sr. C..rl... Alberto Caó - que"dispõe sobre restrições ao relacionamento do Brull com & Reptlbllca da Africado Sul",

Be1&lor: Deputado Adylson Motta:

21 - PROJEI'O DE LEI N.- 4.558/89 - do Sr. ElIas Murad e outros 101 _ queMdlsp6e lobre re$trlçõe3 80 USO e l propaland& de tabaco, bebidas al('()ÓUcas, do-­fens1v06 agrícolas, medIcamentos e terapias, nos termos do I 4.0 do art. 220 daConstttuiçio Federa!". (A~nso o Projeto de Lei n.o 4.9341iO.)

lteJatar: Deputado lbcAhim Abt-Acke1.

22 - PROJETO DE LEI N.O 4.771190 - do Poder Executivo (Memagemn.- 849/89) - que "dispõe sobre & transformaçio do centro de Educaçáo Tecno­lógica da Bahia em Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia e dá outraspt'OY1d!ncl..... ' " '

ReJ.tor~ Deputado Fernando 8rtntana..

23'~ PROJETO'DE LEI'N,· 4.89B/90'- do Bit. SllUlo ·Quelroo'-·qua '"autor1J<a0" POder Executivo a' ftMeturar aM tomtldare:l de. empr6sthnos lMtre&c1oa comrecúrsots da Caderneta de poupança Rural indenização dl\ dUerença de correçIAt...lIlonettlrla e dá outras provld!ncl.....

BelúOl': Deput&do Bonlfllclo. de ..Andrada-••

24 - PROJETO'D!'l'LEr'N." 4.908190'- dó Sl'. JOo6'Sllnta",,;de VUcDncel1oG'- que "autoriza. o Poder Executivo a instltulr.a. Escola ,TécoIca. Federal.de M:l­nen!og1&. SIderurgia e Metalurgia. de Joio MoIeTade.. no ·Estado de'Miou Ger&1a".

JieJalor: Deputado Il>r.ahim'Abl-Mkel••

DISCURSO PROFERIDO PELOSR. DEPUTADO PAES LANDIM NASESSÃO DO DIA 24-5-90

o SR. PAES LANDIM (PFL - PI)Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nãopoderia deixar de registrar. em nome da Lide­rança do meu partido, o PFL, o comporta­mento competente e maduro da nova diplo­macia brasileira, demonstrado na recente via­gem do eminente Chanceler Francisco Rezekaos Estados Unidos e pelas entrevistas quea respeitD da política externa do Brasil S.Ex' concedeu a alguns órgãos da imprensanacional. O Ministro mostrou, nos EstadosUnidos, que o Brasil deseja uma política derespeito aos seus interesses nacionais perma­nentes, mas ao mesmo tempo, se afasta daretórica vazia e do confronto com aquele país.O Brasil tem maturidade suficiente para serum parceiro político, cultural e econômicodas naçõcs maisdescnvolvidas, reconhecen·do suas limitações, mas também se inserindonos valores maiores que formam seus obje­tivos permanentes, que são a democracia, opluralismo, as garantias individuais, a liber­dade econômica, enfim, a competição.

Foi importante esse reordenamento da po­lítica internacional brasileira com relação aosEstados Unidos, nosso principal parceiro naárea econômica, porque uma nação maduranão pode lidar com problemas come.rciais eeconômicos, partindo de parti pris ideoló-

gicos ou de preconceitos xenofobistas, quenão engrandecem, nem enriquecem. o desen­volvimento nacional. É de se assinalar aindaque, por reconhecer a necessidade de umapolítica de entendimento, de diálogo e derespeito mútuo, fora dos chavões terceiro­mundistas de mera C9!lt<;:stação, sem reflexãomaior dos interesses nacionais e internacio­nais do Brasil, o Ministro Francisco Rezekreconhece a importância da integração coma América Latina - ele, que é excelente pro­fessor de Direito Internacional, profundo es­tudioso das organizações e da política inter­nacionais e, sobretudo, dos interesses do Paísem relação à América Latina, em especiala América do Sul, particularmente os paísesdo Cone Sul. A integração significa luta pelodesenvolvimento econômico e social da re­gião, mas não a mera política de confrontaçãoou de demagogia, na fustigação de um aliado,sem levar em conta a racionalidade das de­mais políticas adotadas nesse sentido.

O Itamaraty volta com o Ministro Fran­cisco Rezek à sua grande vocação interna­cional de alinhar-se com todos os parceirosque possam interessar ao País, seguindo as­sim a grande tradição da sua história diplo­mática e, até mesmo, da sua vida acadêmica,que é inegavelmente a mais enriquecida doPaís pela importância, seriedade e profun­didade com que o Instituto Rio Branco, doqual Francisco Rezek é professor, prepara

os quàdros que vão participar do espaço dapolítica nacional brasileira.

Ressalve-se ainda que o Sr. Chanceler nãocompartilha das políticas de mera adesão aposições antiamericanas sem nenhum ·senti-­do. Basta que se analise a suà conversa como correspondente nos Estados Unidos do Jor­nal do Brasil, Manoel Francisco Brito, quan­do S. Ex' se reportou ao tratamento cautelosoem relação a Cuba, sem que isso significasseuma posição contrária ou favorável, com re­ferência àquele país, mas apenas levando emconsideração exatamente a maturidade, o co­mando e a liderança da política internacionalbrasileira, até porque, em toda a América,neste momento, existe um movimento fortede racionalidade contra as linhas ideológicasque possam afetar as relações entre a Amé­rica Latina, os Estados Unidos, a Europa eo restante do mundo, sobretudo exemplosesses frutificados pela perestrolka soviética.

O Ministro Francisco Rezek está à alturado grande momento internacional que viveo mundo e ao qual o Brasil deseja integrar-se,pela sua alta competência intelectual emoral.Na sua visita aos Estados Unidos, o tratocom q!1e S. Ex' se houve na discussão dosinteresses e dos problemas brasileiros e o res-'peito com que foi recebido pelas autoridadesdiplomáticas daquele país mostram o acertona sua escolha para a chancelaria do Brasil.

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r----..;,..----------- MESA ----------'--------,Presidente:PAES DE ANDRADE (PMDB)

19 Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)

29 Vice-Presidente:WILSON CAMPOS (PMDB)

19 Secretário:LUIZ HENRIQUE (PMDB)

29 Secretário:EDME TAVARES (PFL)

39 Secretário:CARLOS COTTA (PSDB)

49 Secretário:RUBERVAL PILOTTO (PDS)

Suplentes:

FERES NADER (PTB)

FLORICENO PAIXÃO (PDT)

ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN)

JOSÉ MELO (PMDB)

LIDERANÇASPARTIDO DO MOVIMENTO

DEMOCRÁTICO BRASILEIRO

-PMDB-

PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA

-PDT-

LíderIBSEN PINHEIRO

LíderDOUTEL DE ANDRADE

Vice-Líderes

Vice-Líderes

LíderRICARDO FIUZA

PARTIDO DA FRENTE LIBERAL-,PFL-

Lúcio AlcântaraBeth Azize

Hélio CostaBasílio VilIani

PARTIDO DA RECONSTRUÇÃONACIONAL-PRN-

LíderRENAN CA LHEIROS

Vice-LÍderes

Brandão MonteiroLysâneàs MacielArtur Lima Cavalcante

Vice-Líderes

Arnaldo Faria de SáNelson Sabrá

Osmundo RebouçasRoberto RollembergTidei de LimaUbiratan Aguiar

Genebaldo Correia"José Tavares "Luiz Robert~ Pontl'Maurilio Ferreira LimaNeIsonTomm

Jesus TajraIberê FerreiraStélio DiasPaes LandimJosé LinsJofran F~~at

Erico PegorllroptevaldoNogueiraLuiz EduardoSandra CavalcantiOsvaldo CoelhoJosé Santana de Vasconcelos

PARTIDO DEMOCRÁTICO SOCIAL-pbs-

LíderAMARAL NETTO

Vice-Líderes

LíderGASTONE RIGiU

PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO

-PTB-

PARTIDO DASOCIALDEMOCRACIA BRASiLEIRA"

-PSDB-'-

Líder "EUCLIDES SCALCO

Vice-Líderes

Aéc"io de BorbaBonifácio de Andrada

Darcy PozzaGeron Peres

Robson Mari~hoVirgildásio de" Senna"José Costa

José GuedesMaria de Lourdes AbadiaElias Murad

Vice-Líderes

Sólon Borges dos ReisRoberto Jefferson

Valmir CampeloOsvaldo Sobrinho

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PARTIDOS DOS TRABALHADORES-PT-

PARTIDO SOCIALISTA CRISTÃO-PSC-

Paulo Paim

LíderGUMERCINDO MILHOMEM

Vice-Líderes

Benedita da SilvaEduardo Jorge

PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO-PDC-

LíderFRANCISCO ROLIM

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO-PSD-

LíderCESAR CALS NETO

LíderEDUARDO SIQUEIRA CAMPOS

Vice-Líderes

José Maria Eymael

·Francisco Coe-lhoJairo Azi

PARTIDO TRABALHISTARENOVADOR

-PTR-Líder

ISMAEL WANDERLEY

PARTIDO LIBERAL-PL-

LíderAFIF DOMINGOS

Vice-Líderes

PARTIDO LIBERAL PROGRESSISTA-PLP-

LíderUBIRATAN SPINELLI

José Geraldo Ricardo Izar

PARTIDO SOCjALISTABRASILEIRO

-PSB-

PARTIDO REPUBLICANOPROGRESSrSTA

-PRP-Líder

JOSÉ CARLOS SABÓIAVice-Líder

LíderADHEMAR DE BARROS BLHO

Célio de Castro

LíderHAROLDO LIMA

Vice-Líder

LíderEDIVALDO HOLANDA

LÍDER DO GOVERNO

Líder

JOÃO CUNHA

PARTIDO COMUNITÁRIO NACIONAL

-PCN-

PARTIDO MUNICIPALISTA NACIONAL

-PMN-

Ademir Andrade

PARTIDO DAS REFORMAS SOCIAIS-PRS-

LíderMELLO REISVice-Líd~res

José da Conceição

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-PCdoB-

Aldo Arantes

PARTIDO SOCIAL T~ABALHISTA

-PST-Líder

JOSÉ FERNANDESVice-Líder

Chico Humberto

PARTIDO COMUNISTABRASILEIRO

-PCB-

Renan Calheiros

Vice-Líderes

LíderROBERTO FREIRE

Vice-LíderesFernando Santana Augusto Carvalho

Antonio Carlos Konder ReisHumberto Souto

Gidel Dantas

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COMISSÃO DE AGRICULTURA PDC

E POLÍTICA RURAL Paulo Mourão Roberto Balestra

Presidente: Humberto Souto - PFLVice-Presidentes: Vinicius Cansanção - PFL PSB

Vicente Bogo - PSDB José Carlos SabóiaJorge Vianna - PMDB

Titulares PCdoB

PMDB liManuel Domingos

Doreto Campanari José Freire PLPGeraldo Fleming José Mendonça de MoraisHilário Braun Jovanni Masini

Ubiratan Spinelli

Iturival Nascimento Rosa PrataIvo Mainardi Rospide NettoIvo Vanderlinde Santinho Furtado SuplentesJorge Vianna Sérgio Spada

PMDBAlexandre Puzyna Maguito VilelaFausto Fernandes Melo Freire

PFL Genésio Benardino Nilson SguareziAlysson Paulinelli .Jonas Pinheiro Jorge Vianna Nyder Barbosa

Dionisio Dal-Prá Narciso Mendes José Tavares Paulo Macarini

Iberê Ferreira Victor Fontona ' Luiz Soyer Raul FerrazJacy Scanagatta Vinicius Cansanção 2 vagas

PFLJairo Carneiro Messias Góis

PSDBJosé Moura Osvaldo CoelhoLael Varella Pedro Ceolin

Adroaldo Streck Vicente Bogo Leur Lomanto 1 VagaCaio Pompeu Vilson SouzaNelton Friedrich PSDB

Carlos Mosco~i Lézio SathlerCristina Tavares Saulo QueirozEdmundo Galdino

PDT PDTCarlos Cardinal Tarzan de Castro Gonzaga Patriota Silvio Abreu"Fernando Lyra Nelson Aguiar

PDSAdylson Motta Osvaldo Bender

PDS PRNAdauto Pereira Delfim Netto José Gomes Freire Júnior

PTBJayme Palíarin . .Rodrlgues Palma

PRN PLFrancisco Sales .Raul BelémAfif Domingos Maurício Campos

PTPaulo Paim 1 vaga

PTB PDCJayme Paliarin José EgrejaBorges da Silveira Sérgio Brito

PSB

PLJoão Herrmann Neto

PCdoBOswaldo Almeida Ricardo Izar Aldo Arantes

SEM PARTIDOGandi Jamil

PTPlíp.io Arruda Sampaio I Vaga

Secretária: Mariza da Silva MataRamais: 6978 -~6979 - 6980

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COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

Presidente: Antônio Britto - PMDBVice-Presidentes: Hélio Rosas - PMDB

Paulo Pimentel - PFLLysâneas Maciel- PDT

PDCLeomar Quintanilha

PSBUldurico Pinto

TitularesPMDB

Airton SandovalAloísio VasconcelosAntônio BrittoAntônio GasparDomingos JuvenilEliel RodriguesFernando Cunha

PFLÂngelo MagalhãesArolde de OliveiraJosé CamargoJosé Jorge

PSDBKayu IhaNelson Seixas

PDTCristina TavaresLysâneas Maciel

PDSAntônio Salim Curiati

PRNHélio Costa

PTBErvin Bonkoski

Hélio RosasHenrique Eduardo AlvesIvo CersósimoLuiz LealMaurício FruetMaurílio Ferreira Lima

Maluly NetoPaulo PimentelPedro Ceolin

Paulo SilvaRobson Marinho

Vivaldo Barbosa

Arnold Fioravante

José Carlos Martinez

José Elias

Alarico Abib'. Amilcar MoreiraBete MendesBosco FrançaJorge LeiteFrancisco AmaralManuel Viana

Átila LiraCláudio ÁvilaEraldo Trindade

! Érico Pegoraro

Acival GomesFábio Feldmann

Carlos Alberto CaóCarlos Cardinal

Bonifácio de Andrada1 vaga

Jaime Campos

Féres Nader

Álvaro Valle

Florestan Fernandes

Paulo Mourão

Abigail Feitosa

Suplentes

PMDB

PFL

PSDB

PDT

PDS

PRN

PTB

PL

PT

PDC

PSB

Osmir LimaPercival Muniz

..Ralph BiasiRoberto RollembergTidei de Lima1 va,ga

Narcísi"o MendesHumberto SoutoJalles Fontoura'Paulo Marques

Joaci GóesRo.se de Freitas

Luiz Salomão

Francisco Diógenes

Máréia Kubitschek

Gastone Righi

Ricardo Izar

Tarso Genro

PLChagas Neto

PTIrma Passoni

Roberto Augusto

Paulo Delgádo

Secretária: Delzuite M. A. do ValeRamais: 6906 -.:.. 690'7" - 6908 - 6910

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

Presidente: Theodoro Mendes - PMDBVice-Presidente: José Dutra -l'MDB

Mário Assad - PFLBonifácio de Andrada - PDS

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Agassiz AlmeidaArhaldo MoraesCarlos VinagreHarlan GadelhaHélio ManhãesJoão NatalLélio SouzaJosé DutraLeopoldo Souza

Titulares

PMDB

Mendes' RibeiroMichel TemerNelson JobimNilspn GibsonOsvaldo MacedoRenato ViannaTheodoro Mendes

Wagner Lago

Aldo Arantes

Roberto Freire

PSB

PCdoB

PCB

PFLEliézer Moreira José Thomaz Nonô SuplentesHorácio-Ferraz Mário AssadJairo Carneiro Messias Góis PMDBJoão da Mãta Ney Lopes Antônio de Jesus José Mendonça de MoraesJõsé Moura Pa,es Ladin Antônio Mariz Jovanni Masini

Fernando Velasco Lélio SouzaGen,ebaldo Correia Samir Achôa

PSDBIbsen Pinheiro Ubiratan Aguiar

. rvo Cersó~iJIÍo 3 VagasArnaldo Martins Moema São Thiago José MeloJosé Guedes Plínio Martins PFLJutahy Júnior Sigmaringa Seixas Agripino de Oliveira Lima Jesualdo Cavalcanti

Alovsio Chaves Jesus TajraEraldo Tinoco Paulo Pimentel

PDTFrancisco Jjenjamin Oscar Corrêa

Bete' Azize S~vio AbreuEtevaldo Nogueira Sarney Filho

Gonzaga Patriota Francisco Benjamin Stélio DiasPSDB

Aécio' Neves Jorge Uequed

PDSCaio Pompeu 'Ros.ário Congro Neto

Bonifácio de Andrada Ibrahin Abi-AckelEgídio Ferreira Lima Vicente Bogo

Gerson p'eres PDTBrandão Monteiro Lysâneas MacielJorge Hage

PDSPRN Adylson Motta José Luiz Maia

Dionísio Hage Nelson Sabrá Jorge ArbagePRN

Roberto Vital Rubem Medina

PTB PTB

Benedicto Monteiro Rodrigües Palma Gastone Righi ' Roberto JeffersonPL

PLAdolfo Oliveira Chagas Neto

Ismael Wanderley Milrcos Formiga PT1'Vaga,Plínio Arruda Sampaio

PDCFrancisco Coelho Roberto Balestra

PT PSB

José Genoíno Tarso Genro ,1 vagaPGdoB

Hátoldo LimaPCB

PDC Fernando Santana

Joaquim Haickel Jôsé Maria EymaelSecretário: Ru)' Ornar Prudêncio da SilvaRamais: 6920 - 6924

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COMISSÃO DE DEFESADO CONSUMIDOR, MEIOAMBIENTE E MINORIAS

PSTJoão Cunha

Presidente: Adolfo Oliveira - PLVice-Presidentes: Raimundo Bezerra - PL

Geraldo Alckmin Filho - PSDBEunice Michiles - PFL

PCNEdivaldo Holanda

SEM PARTIDOTitulares

PMDBAntero de Barros

Bosco FrançaCid CarvalhoHélio DuqueIbsen PinheiroJorge Leite

Maria LúciaRaimundo BezerraRoberto RollembergSamir AchôaWaldir Pugliesi

SuplentesPMDB

Fernando CunhaHélio ManhãesIvo LechJos~. Freire

Raimundo RezendeSantinho furtadoWagner Lago3 Vagas

Alércio DiasEunice Michilesirllio CamposSarney Filho

PFLSimão SessimVictor trovão

PFLJoão Machado RollembergJoiran Frejat . .Orlando Pacheco

PSDB. Artur da Távola. Elias Murad

Ronaro CorrêaRicardo FiúzaSadie Hauache

Paulo Silva

Secretário: Inadi Lima Cesário da SilveiraRamais: 6930 - 6931

COMISSÁODEDEFESA NACIONAL

Presidente: Osmar Leitão - PFLVice-Presidentes: Furtado Leite - PFL

Sotero Cunha - PDCLúcia Vânia - PMDB

PDT

Gerson Peres

Raquel Cândido

PSD

PRN

PTB

PL

PT

PDC

SEM PARTIDO

César Cals Neto

Cunha BuenoPDS

Benedita da Silva

Cri~tina Tavart?s

Fausto Rocha

Jairo Azi

José Carlos Coutinho

1 vaga

PSDBFábio Fêidmann Joaci GóesGeraldo Alckmin Filho

PDTLúcia Braga Tadeu França

PDSCarlos Yirgílio 1 vaga

PRNGeraldo Bulhões

PTBRoberto Torres

PLAdolfo Oliveira

PTLurdinha Savignon

PDCMiraldo Gomes

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TitularesPMDB

PFLAlércio DiasAntônio VenoDionísio Dal-Prá

Furtado LeitePaes Landim1 vaga

PFLAnníbal Barcelos Orlando BezerraFurtado Leite Osmar LeitãoLuiz Eduardo _Sadie Hauache

PSDBEuclides Scalco Ziza Valadares

1 vaga

PDTPaulo Ramos 1 vaga

PDSMelo Reis 1 vaga

PRNMário de Oliveira

COMISSÃO DE ECO~OMIA,INDUSTRIA E COMERCIO.

Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDB. Vice-Presidentes: Fernando Gasparian - PMDB

Ezio Ferreira - PFLLuiz Salomão - PDT

PFL

Ronaldo César CoelhoSaulo Coelho

Miro Teixeira

João Machado RollembergJosé TeixeiraStélio Dias

Marcelo CordeiroMarcos QueitózNestor DuarteOsmundo RebouçasOswaldo Lima FilhoRalph Biasi

Geraldo Campos

Tarzan de Castro

Felipe Mendes

PSDB

PDT

PDS

PL

PT

PDC

Secretária: Marci Ferreira LopesRamais: 6998.- 7001

José Genoíno

Osvaldo Almeida

Ottomar Pinto

Daso Coimbra

Carlos Alberto Caó

PRN

PTBJoão de Deus Antunes

Carlos Virgílio

Dirce Tutu Quadros

PSDB

TitularesPMDB

Dirce Tutu QuadrosJayme SantanaJosé Costa

PDTArtur Lima CavalcantiLuiz Salomão.

Amilcar MoreiraClimério VellosoFernando Gasparian'

,Genebaldo CorreiaLúcia VâniaLuiz Robertõ Pontes"Luiz Viana N:eto

Airton CordeiroÉzio Ferreira

,Levy DiasLuíz Eduardo

Milton LimaRenato BernardiRonaldo Carvalho4 Vagas

PTBFarabulini Júnior

PLRubem 'Branquinho

PTEduardo Jorge,

PDCSotero Cunha

PPBLeonel Júlio

Francisco PintoJosé Carlos VasconcelosMattos Leão

SEM PARTIDO

Geraldo Fleming_ tléTio.Rosas-

SupleutesPMDB;

, 8V~gas

PDSCunha Bueno Felipe Mendes

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PRN PSCRenato Johnsson Rubem Medina Aristides Cunha

Secretária: Ronaldo Alves da SilvaRamais: 7024 - 7025

PTBFábio Raunheitti Milton Reis

PLCOMISSÃO DE EDUCAÇÃO,

Afif Domingos Max Rosenmann CULTURA E DESPORTO

Presidente: Carlos Sant'Anna - PMDBVice-Presidentes: Antônio de Jesus - PMDB

PT Álvaro Valle - PLVladimir Palmeira Sérgio Brito - PDC

TitularesPDC PMDB

Ottomar Pinto

Antônio de Jesus .Maguito Vilela

PSBBete Mendes Paulo Alm1\ÓaBezerra de Melo Pa!llo Sidney

Raquel Capiberibe Carlos Sant'Ana Ubiratan AguiarDélio Braz .Valter PereiraFausto Fernandes 1 vaga

PSCFrancisco Rolim

PFL"Suplentes Agripino de Oliveira Lima João Alves

PMDB Átila Lira José Queiroz

Aluizio Campos Luis Viana Neto Eraldo Tinoco Sandra Cavalcanti

Expedito Machado Manoel Moreira Jesualdo Cavalcanti

Irajá Rodrigues Paulo ZarzurIvo Vanderlinde Roberto BrantJoão Carlos Bacelar Rosa Prata PSDBJosé Maranhão 1 Vaga Anna Maria Rattes CelsO DouradoJulio Costamilan Artur da Távola Hermes Zaneti

PFLBenito Gama Manoel CastroCosta Ferreira Victor Fontona

PDTFrancisco Dornelles 1 vagaIberê Ferreira Jorge Hage Márcio Braga

PSDBDarci Deitos Koyu IhaJosé Carlos Grecco Virgildásio de Senna PDSJosé Serra Aécio Borba Telmo Kirst

PDTBocayuva Cunha SIlvio AbreuCésar Maia PRN

PDS Geovani Borges Jayme CamposAdauto Pereira Gerson Peres

PRNBasílio VilIani Nelson Sabrá

PTB PTBValmir Campelo 1 Vaga S6lon Borges dos Reis.

PLJosé Geraldo Sérgio Werneck

PT PLJoão Paulo Pires Álvaro Valle

PDCAdemir Andrade

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PTFlorestan Fernandes

PDCSérgio Brito

PCdoBLídice da Mata

COMISSÃO DE FINANÇAS

E TRIBUTAÇÃOPresidente: Francisco Dornelles - PLFVice-Presidentes: Arnaldo Prieto - PFL

José Carlos Grecco - PSDBFenando Bezerra Coelho - PMDB

Titulares

PMDB

PTRIsmael Wanderley

PRPAdhemar de Barros. Filho'

Del Bosco AmaralEdivaldo MottaExpedito MachadoFernando Bezerra 'CoelhoFernando VelascoFlávio Palmier da VeigaIrajá Rodrigues

João Carlos BacelarJosé UlissesLuiz Alberto RodriguesLuiz SoyerPaulo ZarzurRoberto Brant

PFLArnaldo Prieto Manoel CastroBenito Gama Mussa DemesFrancisco Dornelles Oscar Corrêa

Suplentes Gilson Machado Rita Furtado

PMDB

Djenal Go'nçaives Henrique. Eduardo Alves PSDBDoreto Campanari MáriaLúcia Edmundo Galdino Rose de FreitasFrancisco Carneiro Rita Camatà José Carlos Grecco Saulo QueirozHarlan Gadelha 4 Vagas José Serra

. PFLAirton Cordeiro Enoc VieiraAlceni Guerra Ney Lopes PDTChristóvam Chiaradia Victor Trovão. César Maia Moysés PimentelEliezer Moreira .'

Chagas DuartePSDB

Robson MarinhoOctávio ElísioPlínio Martins Ziza Valadares

PDT PDSLúcio Alcãiltara Tadeu França José Lourenço José Luiz Maia

Adylson MottaPDS

Arnold FioraYl).nte PRNBasílio VilIani Flávio Rocha

'PRNJosé Carlos MartinezArnaldo Faria de Sá

Fábio RaunheittiPTB

PTBPL Féres Nader Paulo MincaroneRoberto AugustoPI

r.~ulo DelgadoPDC

Jonival Lucas PLPCdoB

Eduardo BonfimJosé Geraldo Sérgio WerneckPCN

Edivaldo Holanda

SEM PARTIDOAntero de Barros

Secretária: Jussara Maria Goulart Brasil de AraújoRamais: 7010 .

PTLuíz Gushiken

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PDCJonival Lucas

PSB

PFLAlcides LimaChristóvam ChiaradiaEtevaldo NogueiraIberê Ferreira

Jalles FontouraJosé Santana de VasconcelosMilton Barbosa

Sérgio Naya

PSDB

COMISSÃO DE MINASE ENERGIA

Presidente: Gabriel Guerreiro - PSDBVice-Presidentes: Mauro Campos - PSDB

Maurício Campos - PLVictor Faccioni - PDS

PDC

PDS

SEM PARTIDOGandi Jamil

Antônio Perosa Mauro CamposGabriel Guerreiro Octávio Elisio

PDTJosé Maurício Raquel Cândido

PDSVictor Faccioni 1 vaga

PRNJosé Gomes

Marluce PintoPTB

PLMa~rícioCampos

PTVirgílio Guimárães

Albérico FilhoPDC

PCdoB1 vaga

PCBFernando Santana

PSDCésar Cals Neto

Gerson MarcondesJoão RezekMurilo LeitePrisco VianaVingt Rosado1 Vaga

Paulo Ramos

José CostaRonaldo Cezar Coelho

Victor Faccioni

Paulo Roberto

José TeixeiraSandra CavalcantiSimão SessimWaldeck Ornélas

Hélio Costa

José Elias

. José da ConceiçãoManoel Ribeiro ;Nelson Jobim6 Vagas

TitularesPM:DB

PSB

Vladimir Palmeira

PL

Joaquim Sucena

Suplentes

PMDB

PFL

PT

PTB

PRN

PDT

Alysson PaulinelliAroldo de OliveiraJoão AlvesJosé Mendonça Bezerra

PSDB

Arnaldo MoraesAsdrúbal BentesFernando GasparianFirmo de Castro

Arnold Fioravante

Ademir AndradeAldides SaldanhaÁlvaro AntônioCarlos BenevidesEduardo Moreira

Artur Lima CavalcantiMiro T~ixeira

Max Rosenmann

Adroaldo StrekGabriel GuerreiroJayme Santana

José Marial Eymael

1 VagaSecretária: Maria Linda MagalhãesRamais: 6959 - 6960

Francisco Sales

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Suplentes'PMDB

Aloysio VasconcelosHilário BraunJosé Carlos SabóiaJoão AgripinoLeopoldo Bessone

PFLAlbérico CordeiroAntônio FerreiraCleonâncio FonsecaÉzio Ferreira

PSDBAntônio Carlos Mendes ThameArnaldo Martins

PDTBocayuva Cunha

PDSAécio de Borba

PRNG~ovaniBorges

PTBJosé Egreja

PLAssis Canuto

PTJosé Genoíno

PDCGidel Dantas

PCBAugusto Carvalho

PSTJoão Cunha

PLPUbiratan Spinelli

Luiz Alberto Rodrigues,Marcos LimaMário LimaMaurício Fruet2 Vagas

Júlio CamposLuiz MarquesRita Furtado

Celso DouradoJutahy Júnior

Luiz Salomão

Bonifácio de Andrada

PFLAloysio ChavesAntônio VenoCláudio ÁvilaEnoc Vieira

PSDBAécio NevesEgídio Ferreira Lima

PDTBacayuva Cunha

PDSAdylson Motta

PRNDaso Coimbra

PTBCarrel Benevides

PLJones Santos Neves

PTLuiz Inácio Lula da Silva

Francisco BenjaminJesus TajraLeur Lomanto

Maria de Lourdes AbadiaVirgildásio de Senna

Roberto D'Avila

Francisco Diógenes

Márcia Kubitschek

João de Deus Antunes

•Secretária: Maria Eunice Torres Vilas Boas.Rama"is: 6945 - 6946

COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES

Presidente: Márcia Kubitschek - PRNVice-Presidentes: Daso Coimbra - PRN

Antonio Mariz - PMDBEnoc Vieira - PFL

TitularesPMDB

PDCEd~ardo Siqueira Campos

PSBJoão Herrmann Neto

PCdoBEduardo Bonfim

SEM PARTIDO

Aluízio CamposAntônio CâmaraAntonio MarizErnani BoldrinLeopoldo B'essoneMãrcosLima

Melo FreireNaphatali A!yes de SouzaOsmir Limap'aulo MacariniPercival MunizUlysses Guimarães

SuplentesPMDB

Matheus IensenMaurício NasserMaurílio Ferreira Lima

. Mauro Miranda

Michel TemerRenato BernardiWalmor de Luca4 Vagas

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PFL PSDBAngelo Magalhães Paulo Pimentel , Carlos Mosconi Jorge UequedJosé Thomaz Nonô Salatiel Carvalho Elias Murad Ruy NedelJosé Tinoco Vinícius CansançãoLuís Eduardo

PSDBEuclides Scalco Moema São Thiago PDT

Hermes Zaneti Sigmaringa Seixas Floriceno P'aixão Nelson Aguiar

PDTLúcio Alcântara

José Maurício Vivaldo Barbosa

PDS PDSAryValadão Cunha Bueno

2 VagasPRN

Geraldo Bulhões Renato JohnssonPTB

Solon Borges dos Reis Roberto Torres PRN

PLArnaldo Faria de Sá Fausto Rocha

Rubem BranquinhoPT

Virgílio Guimarães. PTB

PDC Joaquim Sucena Roberto Jefferson

Sotero CunhaPSB

Domingos Leonelli PLPCdoB José Carlos Coutinho

Manoel D$lmingosPPB

Leonel Júlio PTBenedita da Silva

Secretária: Regina Beatriz Ribas MarizRamais: 6992 - 6993 - 6994 - 6995

PDCBorges da Silveira

COMISSÃO DE SEGURIDADESOCIAL E FAMÍLIA PSB

Abigail Feitosa

Presidente: Joaquim Sucena - PTBVice-Presidentes: Roberto Jefferson - PTB PCdoB

Walmor de Luca - PMDB Haroldo' LimaJorge Uequed - PSDB

Titulares

PMDBSuplentes

PMDB

Alarico Abib Manoel Viana Bezerra de Melo Ivo Mainardi

Djenal Gonçalves Messias Soares Carlos Sant'Ana . Mauro Sampaio

Francisco Atmaral Moisés Aveilno Célio de Castro Oswaldo Lima Filho

Genésio Bernardino Raimundo Rezende Eduardo Moreira 5 Vagas

Ivo Lech Rita Camata PFLJosé Viana Walmor de Luca Alcides Lima José Lins

Annibal Barcellos José QueirozEunice Michiles Orlando BezerraHorácio Ferraz

PFL PSDBAlceni Guerra Orlando Pacheco Antônio Carlos Mendes Thame Maria de Lourdes Abadia

Cleonâncio'Fonseca Paulo Marques Geraldo Alckmin Filho Nelson SeixasÉrico Pegoraro Pedro CanedoJofran Frejat PDT

Carlós Cardinal Márcio BragaLúcia Braga

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Edmílson ValentimSecretária: Maria Inêz LinsRamais: 7018 - 7019 - 7021 - 7022

COMISSÃO I)E TRABALHO,DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PÚBLICO

Antônio Salim Curiati

Dionísio Hage

Ervin Bonkoski

José Luiz de Sá

Eduardo Jorge

Miraldo Gomes

Raquel Capiberibe

PDS

PRN

PTB

PL

PT

PDC

PSB

PCdoB

MelIoReis

Mário de Oliveira

Farabulini Júnior

PTBGastone Righi

PLJosé Luiz de Sá

PTPaulo Paim

PDCFrancisco Coelho

PCBAugusto Carvalho

PSCAristides Cunha

Presidente: Amaury MülIer - PDTVice-Presidentes: Carlos Alberto Ca6 - PDT

José da Conceição - PMDBEurico Ribeiro - PRN

TitularesPMDB

Domingos LeonelliHaroldo SabóiaJosé da ConceiçãoJosé MeloJosé Tavares

PFLCosta FerreiraEraldo TrindadeJosé Lins

PSDBAntônio Carlos Méndes ThameCélio de Castro

PDTAmaury Müller

PDSOsvaldo Bender

PRNEurico Ribeiro

Manoel MoreiraMário LimaMauro SampaioTidei de Lima1 vaga

Luiz MarquesJosé Mendonça BezerraRicardo Fiúza

Francisco KüsterGeraldo Campos

Carlos Alberto Ca6

Suplentes

PMDBCarlos Vinagre Francisco AmaralLuiz Roberto Pontes Osmund.o RebouçasJorge Gama Uldurico PintoNilson Gibson 3 Vagas

PFLArnaldo Prieto Maluly NetoEvaldo Gonçalves Osmar LeitãoJosé Camargo 1 Vaga

PSDB

José Guedes Nelton FriedrichMyriam Portella Vilson Souza

PDTFloriceno Paixão Lisâneas Maciel

PDSDarcy Pozza José Lourenço

PRNFlávio Rocha

PTBMendes Botelho

PLJones Santos Neves

PTIrma Passoni

PDC

Eduardo Siqueira Campos

PCBRoberto Freire

PSCFrancisco Rolim

Secretario: Jósé Roberto Nasser Silva

KamalS: 6986 - 6987 - 6988 - 6989 1004 - 7007

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COMISSÃO DE VIAÇÃO,TRANSPORTES,

DESENVOLVIMENTO URBANOE INTERIOR

PCdoB1 vaga

SuplentesPMDB

Presidente: Jorge Arbage - PDSVice-Presidentes: Darcy Pozza - PDS

Chist6vam Chiaradia - PFLFirmo de Castro - PMDB

TitularesPMDB

Álvaro AntônioAntonio Britiõ­Eliel RodriguesFlávio Palmier da Veiga

·Iturival NasClffiérlioJosé Ulisses

Moisés A~linoPaulo AlmadaPrisco VianaPaulo SidneyVingt Rosadoi Vaga

Alexandre PuzynaAsdrubal BentesDalton CanabravaFirmo de Castro.torge GamaJosé Maranhão

Albérico COFdeiroAntônio Ferreira

, .Eteyaldo Nogueira­Furtado Leite

PFL

Júlio CostamilanManoel RibeiroMaurício NasserMauro MirandaNilson SguareziNyder Barbosa

José TinocoLael VarellaWaldeck Ornéllas

PFLJacy ScanagattaJonas PinheiroJosé Santana de Vasconcelos

. Levy Dias

PSDBAntônio Perosa

. Francisco Küster

PDTEdésio Frias

PDS, José Luiz Maia

Mário AssadMilton BarbosaMussa Demes

Mauro CamposRuy Nedel

Lúcio Alcântara

Telmo Kirst

Eurico Ribeiro Raul Belém

Composição

MEMBROS DO 'CONGRESSO

1 - COMISSÃO DE ESTUDOS TERRITO-,RIAIS (ÀRT. 12 DO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS).

Marcos Formiga

Paulo.1vHncarone

Joaquim Haickel

1 vagaSecretária: lole Lazzarini

Ramais: 6972 - 6973 - 6974

Deputados

'Alcides LimaGabriel GuerreiroJosé Carlos VasconcelosJosé Carlos MelloJosé GuedesRenato Bernardi

MEMBROS DO PODER EXECUTIVOCharles Curt Mucller Almir LaversveilerCesar Vieira de Rezende José Carlos MelloPedro José Xavier Matoso

Gomar Quintanilha

PTB

Lurdinha Savignon

Marluce Pinto

PDC

PT

PCdoB'

Ismael Wandér\ey

PL

Senadores

Alfredo CamposChagas RodriguesJoão CasteloJoão MenezesNabor Júnior

PSDB.Acival Gomes Lézio SathlerDarcy Pozza . Myriam Portella

PDTBrandão Monteiro Edésio Fril!s

PDSDarcy Pozza Jorge Arbage

PRNFreire Júnior Roberto Vital

'PTBMendes Botelho Valmir Campelo

PLAsSIS Canuto Paulo Roberto

PTJoão Paulo

PDCGidel Dantas Jairo Azi

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PFL

SENADORES

TitularesPMDB

Nelson Wedekin. Ronaldo AragãoRuy BacelarMansueto de Lavor

2 - COMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDA DEAPRECIAR O PROJETO DE LEI N9 1.506/89, QUE:'INST!TUI NO~MAS GERAIS DE PROTEÇÃO,A INFANCIA E A JUVENTUDE E OUTROS QUECRIAM O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADO­LE~CENTE" .Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti - PFL - RJ19 Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL - PR2" Vice-Presidente: Deputado Arthur da Távola - PSDB. -:RJ .3" Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB ­PA

Aluizio bezerraFrancisco RollembergJoão CalmonJutahy Magalhães1 vaga

Edison LobãoJoão Lobo

Chagas RodriguesDirceu Carneiro

PSDB

João MenezesLourival Baptista

TeotÔnio Vilela Filho

PDCLeopoldo Peres

LourembergNunes Rocha

Antônio MarizHélio RosasMariã Lúciã

Airton Cordeiro 'Salatiel Carvalho

Arthur da Távola

Nelson Aguiar

Jorge Arbage

Dionísio Hage

Benedicto Monteiro

l3enedita da sirva

Asdrubal BentesCarros BenevidesJorge Gama

TitularesPMDB

Nilson GibsonRita Camata

PFLSandra Cavall;anti

PSDBRobson Marinho

PDT

PDS

PRN

PTE

PT

,SuplentesPMDB

JovtlDi MasiniMurilo Leit,e

PFL

Mário Maia

Roberto Campos

João Castelo

José FogaçaMárcio Lacerda

Odacir Soares

Pompeu de Souza

Mauro Borges

Jamil Haddad

PDT

PDS

PRN

PTB

Snplentes

PMDBSevero Gomes

PFL

PSDB

PDC

PSB

Eduardo Jorge

Secretário: Luiz César Lima CostaRamal: 7067 e 7066.

COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTOPresidente: Dep. Cid Carvalho - PMDB - MAVice-Presidentes: Seno João Lobo - PFL - PI

Dep. Ziza Valadares-PSDB-MGDep. José Luiz Maia - PDS~ PI

DEPUTÀD&...

TitularesPMD~

Átila LiraEunice Michiles

Rosário Congro Neto

Tadeu França

1 vaga

Eurico Ribeiro

Jayme Paliarin

Mário Assad

.PSDB

Rose de Freitas

PDT

PDS

PRN

PTB

PT

Cid CarvalhoDomingos JuvenilFirmo de CastroGenebaldo CorreiaHenrique Eduardo AlvesIsrael PinheiroIvo CersásimoJoão AgripinoJoão Carlos Bacelar

,José Carlos VascoJ;lcellosJosé Dutra

Arnaldo PrietoEraldo TinocoFrancisco DornellesHumberto SoutoJoão AlvesJosé Jorge

PFL

José TavaresLúcia VâniaManoel MoreiraMarcos LimaNyder BarbosaRenato ViannaRospide NettoSantinho FurtadoTidei Lima2 vagas

Ltii:i'MarquesOsvaldo CoelhoPaes LandimSalatieI Carvalho

:Simão SessimVictor Fontana

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PSDBAécio Neves Sauio QueirozDarcy Deitos Virgildásio de SennaJosé Serra Ziza ValadaresMaria de Lourdes Abadia

PDTCésar Maia Lúcio AlcântaraGonzaga Patriota Miro Teixeira

PDSDarcy Pozza Jorge ArbageFelipe Mendes José Luiz Maia.

PRNBasílio Villani Renato Johnsson"Geovani Borges

PTBCarrel"Benevides João de Deus AntumesFábeio Raunheitti

PLJosé Luiz de Sá José Geraldo

PTIrma Passoni João Paulo

PDCGidel Dantas Roberto Balestra

Abigail FeitosaPSB

PCdoBManuel Domingos

PSTChico Humbp.rto

Suplentes

PMDBDélio Braz Neuto de ContoDjenal Gonçalves Nilson Giôson

Secretária: Hilda de Sena C. WiederheckerSala 16-i\nexo II~ Câmara dos DeputadosTelefónes: "311-6938 (Secretaria)" , "

223-2945.(Presidente)311-6931 "3rF6942143 (1" Vice~Presidente)

311-68-41 (Relator-Geral)

29 e 30 DE MAI0 DE, ·}990

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REVISTA DE INFORMAÇÃOL'EGISLATIVA N9 95

(julho a setembro de 1987)

Está circulando o n9 95 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimestral de pesquisajurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.

Este número, com 360 páginas, contém as seguintes matérias:

- Direitos humanos no Brasil - ~ompreen­

são teórica de sua história recente - José Rei.naldo de Lima Lopes

_ Proteção internacional dos direitos do ho­mem nos sistemas regionais americano e europeu- uma introdução ao estudo comparado dos direi­tos protegidos - Clémerson Merlin Cléve

- Teoria do ato de governo - J. CreteUaJúnior

- A Corte Constitucional - Pinto Ferreira

- A interpretação constitucional e o controleda constitucionalidade das leis - Maria HelenaFerreira da CAmara

- Tendências atuais dos regimes de governo- Raul Machado Horta

_ Do contencioso administrativo e do pro­cesso administrativo - no Estado de Direito ­A.B. Cotrim Neto

- Ombudsman - Carlos AlbertoProven·ciano GaUo

- liberdade capitalista no Estado de' Direito- Ronaldo Poletti

- A Constituição do Estado federal e das uni-dades federadas - Fernanda Dias Menezes deAlmeida

- A distribuição dos tributos na Federaçãobrasileira - Harry Conrado Schüler

- A moeda nacional e a Constituinte - Letí­cio Jansen

- Do tombamento - uma sugestão à As­sembléia Nacional Constituinte - Nailê Russoma.no

- Fàcetas da "Comissão Afonso Arinos" ­e eu .. , - Rosah Russomano

- Mediação e bons ofícios - consideraçõessobre sua natureza e presença na história da Amé­rica Latina - José Carlos Brandi Aleixo

- Prevenção do dano nuclear -aspectos jurí­dicos - Paulo Affonso Leme Machado

A.. venda na Subsecretariaoe Edições Técnic&s ­Senado Federal, Anexo I,229 andar - Praçados Três Poderes,CEP 70160 - Brasília, DF- Telefone: 211-3578

Assinatura para 1988(n9S 97 a 100):

Os pedidos deverão ser acortlpanhados de cheque nominal à Subsecretaria de Edições Técni­~-dv 'Senado Federal ou de vale oostal re.m~tido à Agênda EC1 Senado federal - CGA 470775.

Atende-s.a também, pelo sistema' de reembolso postal.

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REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA N9 96

(outubro a dezembro de 1987)

,Está circulando o n9 96 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimestral depesquisa jurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.

Este número, com 352 páginas, cOl'ltém as seguintes matérras: '

Os dilemas institucionais no Brasil - Ronaldo PolettiA ordem estatal e legalista, A política como Estado e o

direito como lei - Nelson Salda'nhaCompromisso Constituinte - Carlos Roberto PellegrinoMas qval Constituição? - Torq4,ato JardimHermenêutica constitucional - Celso BastosConsiderações sobre os rumos do federalismo nos Esta-

dos Unidos e no Brasil - Fernanda Dias Menezesde Almeida

Rui Barbosa, Constituinte - Rubem NogueiraRelaciones y convenios de las Provincias con sus Munici­

pios, con el Estado Federal y con Estados extranjeros- Jesús Luis Abad Hernando

Constituição sintética ou analítica? - Fernando HerrenFernandes Aguillar

Constituição americana: moderna aos 200 anos - Ricar­do Arnaldo Malheiros Fiuza

A Constituição dos Estados Unidos - Kenneth L. Pe­negar

A evolução constitucional portuguesa e suas relações com• a brasileira - Fernando Whitaker da Cunha

Uma análise sistêmica do conceito de ordem econômicae social - Diogo de Figueired.. Moreira Neto eNey Prado

A intervenção do Estado na economia - seu processoe ocorrência históricos - A. B. Cotrim Neto

O processo de apuração do abuso do poder econômicona atual legislação do CADE -José Inácio GonzagaFranceschini

Unidade e dualidade da magistratura - Raul MachadoHorta

À venda na Subsecretariade Edições Técnicas'Senado Federal.Anexo I, 229 andarPraça dos Três Poderes,CEP 70160 ;- Brasília, DFTelefones: 3,11-3578 e

, 311--3579

Judiciário e minorias - Geraldo Ataliba

Dívida externa do Brasil e a argüição de sua inconstitucio­nalidade - Nailê Russomano

O Ministério Público e a Advocacia de Estado - PintoFerreira

.Responsabilidade civil do Estado - Carlos Mário da SilvaVelloso

Esquemas privatísticos no direito adr'nrnistrativo - J. Cre­tella Júnior

A sindi'cância administrativa e a puniçào disciplinar - Ed­mir Netto de Araújo

A vinculação constitucional, a recorribilidade e a acumu­lação de empregos no Direito do Trabalho - PauloEmflio Ribeiro de Vilhena

Os aspectos jurídicos da inseminação artificial e a disciplinajuridica dos bancos de esperma - Senador NelsonCarneiro

Casamento e família na futura Constituição brasileira: acontribuição alemã - João Baptista Villela

A evolução social da mulher - Joaquim Lustosa So­brinho

Os seres monstruosos em face do direito romano e docivil moderno - SlIvio Meira

Os direitos intelectuais na Constituição - Carlos AlbertoBittar

O direito autoral do ilustrador na literatura infantil - Hilde­brando Pontes Neto

Reflexões sobre os rumos da reforma agrária no Brasil- Luiz Edson Fachin

Assinaturapara.1988

(n9S 97 a 100):

Os pedidos deverão ser acompanhados de cheque nominal à SlIbsecretaríàde Edições Técnicasdo Senado Fe'deral ou de vale postal remetido à Agência ECT Senado Federal - CGA 470775.

Atende-se, também, pelo sistema de reernbo)sq.postal. ""'__. --

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-REVISTA DE INFORMAÇAOLEGISLATIVA N9 97

(janeiro a março de 1988)

Está circulando o n9 97 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimestral depesquisa jurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.

Este número, com 342 páginas, contém as seguintes matéri-as:

Os cânones do direito administrativo - J. Cretella Jú·nior

A Constituiçâo e a administração pública na Itália - Um·berto Alegretti

Constituição portuguesa - Celso a..tosPerspectivas da organização judiciária na futura Consti­

tuição Federal - José Guilherme VillelaMinistério Público do Trabalho - José Eduardo Duarte

SaadA renegociação da dívida externa e o respeito à soberania

nacional - Arnoldo WaldRecurso em matéria tributária - Geraldo AtalibaRevisão doutrinária dos conceitos de ordem pública e

segurança pública - uma análise sistêmica - Diogo de Fi.gueiredo Moreira Neto

O acidente de Goiânia e a responsabilidade civil nuclear- Carlol) Alberto Bittar

O direito Civil brasileiro em perspectiva histórica e visãode futuro - Clóvis V. do Couto e Silva

O nascituro no Código Civil e no direito constituendodo Brasil - Silmara J. A. Chinelato e Almeida

À venda na Subsecretariade Edições Técnicas­Senado Federal, Anexo I.229 andar-Praça dos Três Poderes,CEP 70160 - Brasília, DF ­Telefones: 211-3578 e 211-3579

Deformalização do processo e deformalização das contro­vérsias - Ada Pellegrini Grinover

Os meios moralmente legítimos de prova -LuIs AlbertoThompson Flores Lenz

Provas ilícitas no processo penal - Maria da GlóriaLins da Silva Colucci e Maria Regina Caffaro Silva

Decreto-Lei nO 201/67: jurisdicionalização do pr_ocessoou liberdade procedimental? - José Nilo de Castro" -

Pontes de Miranda. teórico do direito - Clovis Rama·Ihete

Espaço e tempo na concepção do direito de Pontes deMiranda - Nelson-Saldanha

Norberto Bobbio e o positivismo jurídico - Alaor Bar·bosa

Direito Educacional na formação do administrador - Edi.valdo M. Boaventura

Os dirf.itos conexos e as situações nacionais - Joséde Oliveira Ascensão

O contrato de edição gráfica de obras escritas e musicais- Antônio Chaves

Assinaturapara 1988(n9S 97 a 100):

Os pedidos deverão ser acompanhados de cheque nominal à Subsecretaria de EdiçõesTécnicas do Senado Federal ou de vale postal remetido à Agência ECT Senado Federal - CGA470775. -

Atende-se, também, pelo sistema de reembolso postal.

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-REVISTA DE INFORMAÇAOLEGISlATNA N9 98

(abril a junho de 1988)

Está circulando o n9 98 da Revista de Informação Legislativ~, periódicotrimestral de pesquisa jurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicasdo Senado Federal.

Este número, com 466 páginas, contém as seguintt!S matérias:

EDITORIAL

Centenário da Abolição da Escravatura

SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL

Comemoração do centenário da Abolição

COLABORAÇÃO

Aspectos econômicos do processo abolicionista - Mircea BuescuA família na Constituição - Senador Nelson CarneiroFonte de legitimidade da Constituinte - Geraldo AtalibaA Constituição e o caso brasileiro - Eduardo Silva CostaA vocação do Estado unitário no Brasil - Orlando SoaresDa arbitragem e seu conceito categorial-J CretellaJúniorO juízo arbitral no direito brasileiro - Clóvis V. do Couto e SilvaGrupo econômico e direito do tra1?alho - Paulo Emílio R de VilbenaHacia eI abolicionismo de la sanción capital eo Espana - Antonio

BeristainAs cláusulas contratuais gerais, a prote~ão ao consumidor e a lei portu­

guesa sobre a matéria - Francisco dos Santos Amaral NetoDelineamentos históricos do processo civil romano - Sílvio MeiraO destinatário do sistema brasileiro de patentes - Nuno Tomaz Pires .

deCarvalboA política de informática e a Lei n9 7.646, de 18·12·87 - Antôn~J

ÇbavesA lei do software - Carlos Alberto Bittar

ARQUIVO

Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários e Lei Áurea - A grandetrilogia abolicionista - Branca Borges Góes Bakaj

Page 71: República Federativa do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD29MAI1990.pdfProjeto de Lei n. 5.053, de 1990 (Do Sr. Francisco Amaral) - Dispõe sobre

-REVISTA DE INFORMAÇAOLEGISlATNA N9 99

(julho a setembro de 1988)

Está circulando o n° 99 da Revista de Informação Legislativa, periódicotrimestral de pesquisa jurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicasdo Senado Federal.

Este número, com 332 páginas, contém as seguintes matérias:

EDITORIAL

Declaração Universal dos Direitos do Homem. Quarenta Anos Decor­ridos - Beatriz Elizabeth Caporal Gontijode Rezende

COLABORAÇÃO

Reflexões sobre o valor jurídico das Declarações Universal e Americanade Direitos Humanos de 1948 por ocasião de seu quadragésimo aniversário- Antônio Augusto Cançado Trindade

O Poder Judiciário e a tutela do meio ambiente - Ministro SidneySanches

Dever de prestar contas e responsabilidade administrativa: concepçõesalternativas. Evolução de conceitos e aplicação na administração públicabrasileira - Daisy de Asper Y Valdés

Constituinte e Constituição - Jarbas MaranhãoDireito administrativo inglês - J CretellaJúniorO reerguimento econômico (1903-1913) -Mircea BuescuCostume: forma de expressão do direi1!O positivo - Marta VinagreOs direitos individuais -José Luiz Quadros de MagalhãesA arte por computador e o direito de autor - Carlos Alberto BittarVictimologia Y criminalidad violenta en Espafla -Miguel Polaino Na-

varreteParticipação da comunidade na área penitenciária - Necessidade de

melhor apoio legal- Armiiia Bergamini MiottoA conversão da dívida - Amoldo WaldSelección y formación dei personal penitenciario en Argentina - Juan

Luis SavioliO problema teórico das lacunas e a defesa do consumidor. O caso

do art. 159 do Código Civil -José Reinaldo de Lima LopesCriminalidade e política criminal - Francisco de Assis ToledoAs eleições municipais de 1988 - Adhemar Ferreira MacielA legislação agrária e o federalismo, leis federais e leis estaduais ­

José Motta MaiaMudança política e política de desenvolvimento regional no Brasil desde

o ano de 1964 - Horts Bahro eJurgen ZeppAtos políticos e atos de governo. Realidades diversas, segundo a teoria

tetraédrica do direito e do Estado - Marques Oliveira

Page 72: República Federativa do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD29MAI1990.pdfProjeto de Lei n. 5.053, de 1990 (Do Sr. Francisco Amaral) - Dispõe sobre

Centro Gráfico do Senado FederalCaixa Postal 07/li03

Brasília - DF

EDIÇÃO DE HOJE: 72 PÁGINAS