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República Federativa do Brasil ANO XXXVIII - N9 131 CAPITAL FEDERAL QUARTA-FEIRA, 12 DE OU1.'UBRO DE 1983 CÂMARA DOS DEPUTADOS 1 - ATA DA 131." SES- SÃO DA 1," SESSãO LEGIS- LATIVA DA 47." LEGISLA- TURA, EM 11 DE ÜUTUBRO DE 1983. I- Abertura da Sessão 11 - Leitura e assinatura da sessão anterior IH - Leitura do Expediente COMUNICAÇãO Do Sr. Deputado Jorge Vian- na, comunicando que se ausen- tará do país. PROJETO A IMPRIMIR Projeto de Lei n.O 1.719-A, de 1983 (Do Poder Executivo) - Mensagem n.O 288183 - Modi- fica a redação do artigo 2.° da Lei n.o 6.334, de 3,1 de maio de 1976, que fixa idade máxima para inscrição em concurso pú- blico destinado ao ingresso em empregos e cargos do Serviço Público; tendo pareceres; da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalida- de, juridicidade e técnica le- gislativa; e, da Comissão de Serviço Público, pela aprova- ção, com emenda. PROJETOS APRESENTADOS Projeto de Lei n.O 2.096, de 1983 (Do Poder Executivo) - Mensagem n.O 3'ü3/83 - Rea- justa a pensão eElpecial conce- dida pela Lei n.o 3.9'19, de 19 de julho de 1961, a Haydéa Lago Bittencourt, viúva do Se- nador Lúcio Bittencourt. Projeto de Lei n.o 2.310, de 1983 (Do Sr. Walter Baptista) - Transforma em ações da TELEBRAs as contribuições SUMÁRIO pagas pelos usuários destina- das ao Fundo Nacional de Te- lecomunicações. Projeto de Lei n.o 2.329, de 1983 (Do Sr. João Alberto Sou- za) - Veda a cobrança de despesas sobre débitos cuja quitação ocorra até o prhneiro dia útil subseqüente ao de seu venchnento. Projeto de Lei n.o 2.334, de 1983 (Do Sr. Osmar Leitão) - Assegura aos trabalhadores que exercem a profissão de vendedor-balconista o direito à aposentadoria especial aos trinta anos de serviço, quando do sexo masculino, e aos vinte e cinco anos de serviço, quan- do do sexo feminino. Projeto de Lei n.O 2.335, de 1983 (Do Sr. Renato Cordeiro) - Altera a redação do art. 3.° da Lei n.o 6.717, de 12 de no- vembro de 1979, que autoriza a realização da LOTO, tornando obrigatória a identificação do apostador. Projeto de Lei n.O 2.343, de 1993 (Do Sr. Márcio Braga) - Introduz alteração no Código de Propriedade Industrial, vi- sando determinar que o prazo do privilégio se conte a partir da data da concessão defini- tiva. 'Projeto de Lei n.o 2.344, de 1983 (Do Sr. Leônidas Rachid) - Dispõe sobre as amortiza- ções de dividas para com o Sis- tema Financeiro de Habitação. Projeto de Lei n.O 2.364, de 1983 (Do Sr. Sérgio Cruz) - Revoga o Decreto-lei n.O 864, de 12 de setembro de 1969, que dispõe sobre anistia. Projeto de Lei n.o 2.385, de 1983 (Do Poder Executivo) - Mensagem n.O 364/83 - Rea- justa a pensão especial conce- dida pela Lei n.o 3.801, de 2 de agosto de 1000, a Antônia Co- lorbino Souza Naves, viúva do ex-Senador Abilon de Souza Naves, e outras providên- cias. IV - Pequeno Expediente NELSON AGUIAR - Dia da Criança. Problemática do me- nor carente no País. DIRCEU CARNEIRO - Po- lítica salarial. EMíDIO PERONDI - TI Semana Nacional do Grupo de Parlamentares para o Estudo da População e do Desenvol- vhnento, Maceió, Estado de Alagoas. BRANDÃO MONTEIRO Demissão de jornalistas e ser- vidores da TVS. ALUíZIO CAMPOS - Ani- versário de elevação de Cam- pina Grande, Estado da Pa- raíba, à categoria de cidade. FERNANDO SANTANA - Documento da Comissã;o de Solidariedade à Nicarágua, Salvador, Estado da Bahia. Defesa da soberania nacional. ISRAEL PINHEIRO - For- talecimento do Poder Legisla- tivo. SANTINHO F·URTADO - Política tributária. ALDO ARANTES - Décimo aniversário de desaparecimen- to do líder estudantil Honesti- no Monteiro Guhnarães. Rea- lização do XXXV Congresso da UNE. CONGRESSO NACIONAL Faço s,aJber que o ,Congresso Nacional 3IProVOU, noo termos do ialr,t. '5ã, § 1.0, da Constituição, le eu, Nilo 'Coelha, !Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO N,O 78, DE 1983 Aprova o texto do iDecreto-lei núme- ro 2.043, de 7 de julho de 1983, que "au- menta as representações mensais dos m-embrilS do Tribunal de .contas do Dis- trito Federal". l\mtlgo único.· E ·aJ1J'rovado 'O texto do De- creto-lei n. O 2.0·43, de 7 de julho de 19-83., que "'i3JUmenta as- 'represe'n1Jaçõ,es m,en,s,a5:s dos membros do Tribunal de' \Coll1Jtas do Dis- '. trlto FedeDal". oSie-nado F1e,del'al, 110 de out:ubro de 19-83. - S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet. ;maço s'aber que o Cong,resso o;pro'Vou, nos te,rmosdo ,art. 55, § 1.0, da C'onstituição,e eu, Nilo 'Coelho, [Presidente do ,Senado Fedeml, promulgo o 'seguinte DEORETO LEGISLATIVO N,O 79, iDE 1983 Aprova o texto do Decreto-lei núme- ro 2.044, de 7 de julho de 1983, que "con- cede isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industria- lizados nos casos que especifica". Artigo único. iO 'ueXif;o do De- cre.to-le[ '11.0 2.044, de 7 de julho àe 1983, que "concede isenção do Imposto de' Impor- tação le do !m(posto sobre iBroàJutos Indus- triali2JllJdos nos casos que €·spelcific·a", SieIIJllJdo F1edera,l, 10 ,de outubro de 1983. - Senador Nilo -Coelho, éPresidente. F1ruço s,aber que o Congresso Nacional alP[1Qvou, nos te=os do 'art. '5 I ã, § 1.0, da Constituição, e, eu, Nilo Coelho, Presidente do iSenllJd10 !Federal, [promulgo o s,eg1Ú!lte DEJORJE'])O LEGISLATIVO N.o 80, DE 1983 'l\prova o texto do Decreto'-lei núme- ro 2.047, de 20 de ,julho de 1983, que "institui empréstimo compulsório para custear au.:I:í:Uo exigido em decorrência d·e calamidade pública". krctigo único. alProv.ado {) te'xto do De- crerto-lei D.O 2.H47, de 20 de julho de 1983, _

República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

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República Federativa do Brasil

DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~ANO XXXVIII - N9 131 CAPITAL FEDERAL QUARTA-FEIRA, 12 DE OU1.'UBRO DE 1983

CÂMARA DOS DEPUTADOS

1 - ATA DA 131." SES­SÃO DA 1," SESSãO LEGIS­LATIVA DA 47." LEGISLA­TURA, EM 11 DE ÜUTUBRODE 1983.

I - Abertura da Sessão

11 - Leitura e assinatura dasessão anterior

IH - Leitura do Expediente

COMUNICAÇãO

Do Sr. Deputado Jorge Vian­na, comunicando que se ausen­tará do país.

PROJETO A IMPRIMIR

Projeto de Lei n.O 1.719-A, de1983 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n.O 288183 - Modi­fica a redação do artigo 2.° daLei n.o 6.334, de 3,1 de maio de1976, que fixa idade máximapara inscrição em concurso pú­blico destinado ao ingresso emempregos e cargos do ServiçoPúblico; tendo pareceres; daComissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalida­de, juridicidade e técnica le­gislativa; e, da Comissão deServiço Público, pela aprova­ção, com emenda.

PROJETOS APRESENTADOS

Projeto de Lei n.O 2.096, de1983 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n.O 3'ü3/83 - Rea­justa a pensão eElpecial conce­dida pela Lei n.o 3.9'19, de 19de julho de 1961, a HaydéaLago Bittencourt, viúva do Se­nador Lúcio Bittencourt.

Projeto de Lei n.o 2.310, de1983 (Do Sr. Walter Baptista)- Transforma em ações daTELEBRAs as contribuições

SUMÁRIOpagas pelos usuários destina­das ao Fundo Nacional de Te­lecomunicações.

Projeto de Lei n.o 2.329, de1983 (Do Sr. João Alberto Sou­za) - Veda a cobrança dedespesas sobre débitos cujaquitação ocorra até o prhneirodia útil subseqüente ao de seuvenchnento.

Projeto de Lei n.o 2.334, de1983 (Do Sr. Osmar Leitão) ­Assegura aos trabalhadoresque exercem a profissão devendedor-balconista o direitoà aposentadoria especial aostrinta anos de serviço, quandodo sexo masculino, e aos vintee cinco anos de serviço, quan­do do sexo feminino.

Projeto de Lei n.O 2.335, de1983 (Do Sr. Renato Cordeiro)- Altera a redação do art. 3.°da Lei n.o 6.717, de 12 de no­vembro de 1979, que autoriza arealização da LOTO, tornandoobrigatória a identificação doapostador.

Projeto de Lei n.O 2.343, de1993 (Do Sr. Márcio Braga) ­Introduz alteração no Códigode Propriedade Industrial, vi­sando determinar que o prazodo privilégio se conte a partirda data da concessão defini­tiva.

'Projeto de Lei n.o 2.344, de1983 (Do Sr. Leônidas Rachid)- Dispõe sobre as amortiza­ções de dividas para com o Sis­tema Financeiro de Habitação.

Projeto de Lei n.O 2.364, de1983 (Do Sr. Sérgio Cruz) ­Revoga o Decreto-lei n.O 864,de 12 de setembro de 1969, quedispõe sobre anistia.

Projeto de Lei n.o 2.385, de1983 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n.O 364/83 - Rea­justa a pensão especial conce­dida pela Lei n.o 3.801, de 2 deagosto de 1000, a Antônia Co­lorbino Souza Naves, viúva doex-Senador Abilon de SouzaNaves, e dá outras providên­cias.

IV - Pequeno Expediente

NELSON AGUIAR - Dia daCriança. Problemática do me­nor carente no País.

DIRCEU CARNEIRO - Po­lítica salarial.

EMíDIO PERONDI - TISemana Nacional do Grupo deParlamentares para o Estudoda População e do Desenvol­vhnento, Maceió, Estado deAlagoas.

BRANDÃO MONTEIRODemissão de jornalistas e ser­vidores da TVS.

ALUíZIO CAMPOS - Ani­versário de elevação de Cam­pina Grande, Estado da Pa­raíba, à categoria de cidade.

FERNANDO SANTANA ­Documento da Comissã;o deSolidariedade à Nicarágua,Salvador, Estado da Bahia.Defesa da soberania nacional.

ISRAEL PINHEIRO - For­talecimento do Poder Legisla­tivo.

SANTINHO F·URTADO ­Política tributária.

ALDO ARANTES - Décimoaniversário de desaparecimen­to do líder estudantil Honesti­no Monteiro Guhnarães. Rea­lização do XXXV Congressoda UNE.

CONGRESSO NACIONAL

Faço s,aJber que o ,Congresso Nacional3IProVOU, noo termos do ialr,t. '5ã, § 1.0, daConstituição, le eu, Nilo 'Coelha, !Presidentedo Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO N,O 78, DE 1983

Aprova o texto do iDecreto-lei núme­ro 2.043, de 7 de julho de 1983, que "au­menta as representações mensais dosm-embrilS do Tribunal de .contas do Dis­trito Federal".

l\mtlgo único.· E ·aJ1J'rovado 'O texto do De­creto-lei n.O 2.0·43, de 7 de julho de 19-83.,que "'i3JUmenta as- 'represe'n1Jaçõ,es m,en,s,a5:sdos membros do Tribunal de' \Coll1Jtas do Dis- '.trlto FedeDal".

oSie-nado F1e,del'al, 110 de out:ubro de 19-83. ­S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.

;maço s'aber que o Cong,resso Naciona~

o;pro'Vou, nos te,rmosdo ,art. 55, § 1.0, daC'onstituição,e eu, Nilo 'Coelho, [Presidentedo ,Senado Fedeml, promulgo o 'seguinte

DEORETO LEGISLATIVO N,O 79, iDE 1983

Aprova o texto do Decreto-lei núme­ro 2.044, de 7 de julho de 1983, que "con­cede isenção do Imposto de Importaçãoe do Imposto sobre Produtos Industria­lizados nos casos que especifica".

Artigo único. iÊa~rovllJdo iO 'ueXif;o do De­cre.to-le[ '11.0 2.044, de 7 de julho àe 1983,que "concede isenção do Imposto de' Impor­tação le do !m(posto sobre iBroàJutos Indus­triali2JllJdos nos casos que €·spelcific·a",

SieIIJllJdo F1edera,l, 10 ,de outubro de 1983. ­Senador Nilo -Coelho, éPresidente.

F1ruço s,aber que o Congresso NacionalalP[1Qvou, nos te=os do 'art. '5Iã, § 1.0, daConstituição, e, eu, Nilo Coelho, Presidentedo iSenllJd10 !Federal, [promulgo o s,eg1Ú!lte

DEJORJE'])O LEGISLATIVO N.o 80, DE 1983

'l\prova o texto do Decreto'-lei núme­ro 2.047, de 20 de ,julho de 1983, que"institui empréstimo compulsório paracustear au.:I:í:Uo exigido em decorrênciad·e calamidade pública".

krctigo único. ~ alProv.ado {) te'xto do De­crerto-lei D.O 2.H47, de 20 de julho de 1983, _

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10780 Quarta-feira 12

DJALMA FALCÃO - Admi­nistração do Governador Di­valdo Suruagy, Estado de Ala­goas.

CLARK PLATON - Disci­plinamento da propaganda deveículos automotores.

GERALDO FLEMINGConclusão da BR-364, trechOPorto Velho-Rio Branco. Fal­ta de combustível no Estadodo Acre.

SALLES LEITE - Atuaçãoda Secretaria Especial de In­formática.

DOMINGOS LEONELLI ­Conflitos fundiários em lacu,Estado da Bahia. Assassínio dolavrador Valdelino Gomes.

OSVALDO NASCIMENTO- Estabelecimento da justiçasalarial na Câmara dos Depu­tados. Apreciação, pelo con­gresso, do Decreto-lei n." ....2.{)~5/83.

EDME TAVARES - Fisca­lização sobre os produtos far­macêuticos.

SARAMAGO PINHEIRO ­Apreciação, pelo PDS, do Re­latório Econômico Pratini deMoraes.

ADEMIR ANDRADE - Pro­jeto das Eclusas de Tucurui,Estado do Pará.

WALL FERRAZ - Dia daCriança. Reflexão sobre osgraves problemas que afligemas crianças no Estado do Piaui.

ONiSIO LUDOVICO - Pla­nejamento familiar.

FRANCISCO ERSE - Apre­ciação, pelo Congresso Nacio­nal, do Decreto-lei n." 2.045/83.

VALMOR GIAVARINA ­Insubsistência dos argumentoscontidos no panfleto "O Tra­balhador e o 2.045".

JOsJl: GENOíNO - Organi­zação dos petroleiros em defe­sa da categoria. Posicionamen­to contrário à aprovação dosDecretos-leis n."s 2.036, 2.037 e2.045.

ASSIS CANUTO - Ativida­de do garimpo no territórionacional.

TOBIAS ALVES - VI Con­gresso Brasileiro de Ciência eTecnologia de Alimentos.

DENISAR ARNEmO - Jus­tiça tributária para. os Muni­cípios brasileiros.

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Carta ao Reda­tor-Chefe do "Jornal de Bra­sília" sobre depoimento naCPI da Divida Externa.

ALBÉRICO CORDEmO(Retirado pelo orador para re-

visão) - Atuação do ReitorFernando Gama, da Universi­dade Federal de Alagoas.

MíLTON BRANDãO - Fal­ta de assistência do Ministériodo Interior ao Nordeste.

FREITAS NOBRE - O lu­cro dos bancos estrangeiros noBrasil.

BOCAYUVA CUNHAPlano de DesenvolvimentoEconômico e Social para oquadriênio 1984/1987 no Esta­do do Rio de Janeiro.

EDUARDO GALlL - Im­posto sobre Serviços de Trans­porte Maritimo.

VICTOR FACCIONI - Ne­crológio do Sr. Pedro Bulia.

v - Grande Expediente

RICARDO RmEmO, CAR­DOSO ALVES, OSCAR AL­VES, OSVALDO NASCIMEN­TO - Homenagem à memóriado ex-Deputado Queiroz Filho.

PRESIDENTE - Solidarie­dade da Mesa às homenagensprestadas à memória do ex­Deputado Queiroz Filho.

VI - Ordem do Dia,

ALOYSIO T,EIXEIRA­DANTE DE OLIVEIRA, VAL­MOR GIAVARINA, JOS:!!:CARLOS TEIXEmA, PEDRONOVAIS, SANTINHO FUR­TADO, OSWALDO LIMA FI­LHO, RITA FURTADO, AN­TONIO PONTES, ELQUIS­SON SOARES, ADHEMARGIDSI, JORGE CURYApresentação de proposições.

CRISTINA TAVARESReclamação contra o Presi­dente do Instituto Brasileirode Desenvolvimento Florestalpor não ter respondido o pe­dido de informações da Câ­mara dos Deputados.

HJ'!:LIO DUQUE - Reclama_ção contra a Polícia Federaldo Paraná por ter impedido oacesso de Parlamentares à Su­perintendência Regional daPolícia Federal. Solicitação depedidos de esclarecimentos aoSr. Ministro da Justiça.

PRESIDENTE - Resposta àreclamação do Deputado HélioDuque.

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY Comunicação,corno Lider, sobre o documen­to do Partido dos Trabalhado­res que contém propostas pa­ra o diálogo com o Governo ecom o Partido Democrático So­cial. Comentários sobre o do­cumento do GrllJlo dos 11, doPDS. Responsabilidade do Go­verno no endividamento do se­tor público. Empreguismo.

JOSJ'!: LOURENÇO - Comu­nicação, como Lider, em res­posta ao discurso do DeputadoEduardo Matarazzo Suplicy.

CELSO PEÇANHA - Co­municação, como Lider, sobrereivindicações da classe tra­balhadora.

BRANDÃO MONTEmO ­Comunicação, como Lider, so­bre o documento do Grupo dos11. Apreciação sobre o Decre­to-lei n." 2.045.

HÊ1LIO DUQUE - Comuni­cação, como Lider, sobre o dis­curso do Deputado José Lou­renço. Empreguismo. Mobiliza­ção dos partidos de oposiçãopara rejeitar o Decreto-lei n."2.045. Documento do Grupodos 11.

JOSll: CARLOS TEIXEmA(Como Líder) - Reapresenta­ção do projeto que cria o Ser­viço Agropecuãrio do Exército.Sucessão presidencial.

JOSll: GENOíNO (Como Lí­der) - Crise de governo. Crisesocial, econômica e moral.

FERNANDO LYRA - Pa­pel do Partido do MovimentoDemocrático Brasileiro na atu­al conjuntura brasileira.

JOSll: LOURENÇO (ComoLider) - Apreciação sobre odiscurso do Deputado Fernan­do Lyra. Prática democráticanas agremiações partidárias.Necessidade de corrigir os ru­mos imprimidos às ComissõesParlamentares de Inquérito.Convite ao diálogo.

Projeto de Lei n." 1.918-A, de1983, que dispõe sobre a emis­são de uma série especial deselos comemorativa do primei­ro centenário da abolição daescravatura no Estado do Cea­rá. (Do Sr. Marcelo Linhares).Adiada a votação por falta dequorum.

VII - Designação da Ordemdo Dia.

VIU - Encerramento

Discurso do Deputado JoãoFaustino, publicado no DCNde 27-9-83, pág. 9.838, que serepublica por haver saido comomissões.

2 - MESA (Relação dosmembros)

3 - LíDERES E VICE-Lí­DERES DE PARTIDOS (Re­

lação dos membros)

4 - COMISSõES <Relaçãodos membros das ComissõesPermanentes, Especiais, Mis­tas e de Inquérito)

Outubro de 198~

que "institui .empréstimo compulsório paroacustear auxílio exigido em decorrência decalamidade pública".

Senado 'F1edcxa>l, 10 ,dJe outubro de 1983. ­Senador Nilo coelho, Presidente.

Ata da 131.a Sessão,em 11 de outubro de 1983

Presidência d08 Sr.s:.:Flávio Marcílio, Presidente;

Fernando Lyra, li'-Secretário; eAmaury Müller, 49-Secretârio.

I - AS 13:00 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:

Flávio iMarcí!liolPa:uJin'O CEceiro Ide V:a..<lconc2U1ooiF1ern.aillld.()1 L,y11"a.Flranctsco 81lJudantAmWUry iMüJ[e,l'Ga1rneiro iA:rin.a>ud

Acre

IAlércio D.ías - P!D6; Noss,er AJimeída ­ms.

Amazonas

A'l'thur Virgílio Neto - PMDB; Oacr.-!os AJ­ilerto de Ga:rli - PMlDB; José Ferna:ndes ­PIOS; JOSIUé de SOuza - PI.DIS; Ran.d:oId'o Bit­teIllcouu:·t - PM!DB.

Rctndônia

Leônídas Raohid - PDS; Orestes Muniz- PMDB; Rita Furtado - P!OS.

ParáAid2m;.r Anrd,raide - PMDB; EralDO' dO' Oa'r­

vaJl!ho - PMDB; Lúcia Viveiros - PDS.

Maranhão

Bayanla Júnior - P.DiS; Enoc VieiLra ­IPDS; Eurico Ri:beílro - PIDIS; J,llIy1IDe Slmrt;a­na - P.DS; Joií.o AIlibento de SOma - PiOS;João ReOe,jo -!PIDIS; Jlosé Bl1'l1IleJtt - PIDB;lP€JdJro NOIVais FtM!DiB; Wia.gn;er La.go ­iPMlDB.

PiauíHerá<lt1to For.too - P!MIDB; Jonathas Nu;­

nes - PIDS; Milton Branldão - ms; Ta­pelty JÚnQoa.- - PDS.

Ceará

CaD]iOs VlÍirgLlio - PIOS; Gomes dia. 8lli.va- BD8; Maruue1 ViruIlJil: - FtM!DiB; MarumSaIIllIPaío - IP!D'S; MO'yI.'lés Pim.emrtelPMlDB; OrJ,amxIo Bezerra - PDS.

Rio Gra.nde do NorteVÍi!liglt Ros.9JéLo< - POO.

Pa,raiba

:AJ1uízio GallI1lP'O'S - PiMIJJB; Ec1me Taveaa:es- POO; José Mal1a:nlhão - PMlDB.

PernambucoiA!r:n.aldo Maciel - BMDIB; Crisma TalVa­

res - PlMDB; Egídio F€rreira Lima ­iPMDB; :Dnoc.êncio 01tVJedina - PIDS; J'ar>basv.lll'S!ooncJe1os - PMlDB; José CaT>]os Vascon­ceil<Ji5 - (PJMiDIB; José Moura. - PDS; NilsOiIlGibson - ros; üsWlaJldo IJima Fíld10 ­iE'MiDB.

Alagoas

Ul:Iibérioo Comelro - PDS; Fe'r:n.ando 001­10([" - RDS.

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Outubro ele !9~3

Sergipe

Cêl1so Carv,a1ho - PlDS; José Carlos Tei­x,eira - PM:DB.

Bahia

Angelo Magalhães - P[)S; A!llJilnio Osó­Irio - PDS; Ca,rlos Sant',A,nna - P:MlDiB;Dj,alma Bessa - ms; Eltl!uisson SO'ares ­IPMDB; Fernando Gomes, - PlMDiB; Fei!"nan­do Santana -- PMDB; João Alves - PDS;J10sé Leurenço - PDS; Juta!hy JúniOit ­G'\DS; Manoel Nov3;es - 1"DS; prisco Viana- FlDS; Ra,u] Fm'raz - PoMDB; VirgiltdásiOde Senna - P:MDiB.

Espírito Santo

José Carlos Fonseca - mEl; Pe,dro Ceo­lim - PID:S.

Rio de Janeiro

Agnaldo Timóteo - PDT; Amaral Netto- IPDS; Bocayuva Cunha - PI[)Il'; Ce[soiPecanha - PTB' Denísa,r Ameiro ­!PMDB; JH!cqueS D:OrneiHais - PDT; JoséF0I4ejat - PDT; MáJrio Juwua: - BDT; Sléi!"­gio Lomba - BI[)Il'; Simão Sessim - íPlD\S;Wilma,r P,alis - BDS.

Mina!'> Gerais

Bonifácio de AJndraida - PIDS; CássioGonçalv,es - BMJDB; Homero Soantos ­iPiOS.; Humbe,rto, Souto - PDS; J'or,ge Ga­Irone - PMDB; JOiSé MalClhJ8Jdü - PDlS; LuísDuwci - PT; Luiz GTheides - PIMDIB; Ma,riCOSLi;m,a - POI.1IDIB; Melo Fretr'e - PM!DíB; Oz.a­nan Coelho - POO; Rondon P3JChe1C0'PD8; Vicente Gua:biroba - PDS.

São Paulo

A'1ciJdes Fr,anciscat'o - PDiS; Ca,rdoso Al­<v:es - P1'vIiDB; D:iallma Bem - PT; E:du:3!r!doMMaa-'azzQo SU:pUicy - PT; Fer,J'eiT,a Maa-.tins- PDS; Fl'aillds,co Dias - P,MjDB; Fil'eit,asNobre - iP'MDB; ]rma Passoni - PT; JüáoBas,tos - PIM!DB; José Ganamo - PT; Mar­cQ!lJjdoes Pe,re,ira - PMDi8; Octadilio de Al­meida - PMDB; Paulo Zarzur - PMDB:Ruy Côdo - PMDB.

Goiás

1AlJdo Arant,es - PlMDB; lturival Nas'CÍ­mento - Pl\1JDB; anisio LudOovicoO - PI!v.lDIB;Sdqueb:'a Campos - PDB; Tobias Alves ­iPMilJB.

Mato Grosso

!Dia!llite de O1:iJV<lira - PM1DiB; Maçao T,a­dano - PDS.

l\'lato IGroSSO do Sul

,Ailbino CowblJ:a - PiDS; Piíni,o Mair,tlns- P!M'DB; Ru'b'en FiJgwe1ró - BMIDiB; Sé,rgioCruz - PMDiB.

Paraná

eMeneM' Fll1Jtado - PMD!B; Ans'e[mo' ple­raro - PMDB; DiJsOill F:mcíhiltl - Pi:MD!8;'E!lro1ides SCal,CQ - PiMDIB; Hélio Duque ­PMDiB; José Taw,ar.es - PMD!B; OScar Alves- PIDiS; ReimJ:1Jo,ld s,tep,h,anes - PiDS; !Rena­to Jol1nslson - PiD'S; seb::usltião Rod~1'~ues

JúIÚO'!' PIVDDB; V8.!lmo'T Qj,avarinaIPIVID!3.

Santa Catarina

Oa.::ildo MaiLd:3!ne'r - P,MilJ!B; FernandoBasltos - PiDS; João P8iga,nelUa - PiDS; LuizHe'llJI'ique - PIMDB; Nelson WetlJeltin

, PlMIDB; Relll,ato Vianna - PMD!B.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

Rio Grande do Sul

'A!m:3!ulry Müller - PDT; Flmiceno Paixão- PiDT; Hermes Zane,ti - PMDB; HugoMardini - PiOS; Ir'8.Jj.á R'odrigues - PMiDB;João GHher,to - HMJDiJ3; Lé'lio Souza ­iPMDiJ3; Ne'lson Mar,chez,aoJ:l - PiDS; O~va.!­

do Nascimento - P'DT; Pauao Mincarone- PMDiJ3; Rubens krdengJl1i - PiOS; Sin­va.! Guazzelli - PiMiDiB.

Amapá

AJnltôni:D' Pontes - PDS; Geovani Borges- PDS.

Roraima

:AlciJdes Lima - PD'S; Mozarild'o Oa'VaJ­caIlJti - PDS.

O SR. PRESIDENTE (Fe,rnan'doo LY'ra) ­A lista de p,resenf1a aiCiUSa o comparecimentode 1152 Sen!h<J'res Deip'Thtados.

'E!sltáaber,ta a sessão.

Soh a prot,eção de Deus tui'ciamos nossostra1ball1os.

O S'r. Se:cl'etáil.'io p[1o'celde'rá à leíJtura daata da sessão anwifÍm.

11 - O SR. ALB't.RICO CORDEIRO, sei!"­vindo, comI(} 2.0 -JSeCJl'e:tário, ptOiceide à leiJtu­Ira da ata da sessão· ante:celd:ente, a q,U'al é,B1em Qlbse\N'lações, ass.ina!da.

O SR. PRESIDENTE (F1ema;n,do Ly.J'a) .­P1assa-se à le'Í:tura dO' e1lJpe:dieJ:JJte.

O SR. AMAURY MüLLER, 4.0 -Secl'e,tá,rio,s·envindo como l.a_Selcre<tá.t\i'O',p:ro:cede à lei­iur,a do sieguinte

IH - EXPEDIENTE

COMUNICAÇÃO

Birasíli'a, 7 de om·tu:trro ,d'e 1098;\.

Senhor Ip,residente:

Gomuni:co a Vossa Ex;celêrrcia, para os de­vidos fins, que de,verei ausenta,r-me, doP'ais, a pao:.tir do dia lO de out,u;brrn coneillfte,devendo ficar aifas.tado pOi!" um,a semana.

COil'diaImente, - Jorge Vianna.

PROJETO DE LEI N.o 1. 719·-A, DE 1983

(Do Poder '~e'cThtdjVI(J.)

MiElNSoAGiEIM N.a t288/83

Modifica a redaçãc do art. z.a d'a Lein.O 6.334, de )31 de maio de 1976, quefixa idade :máxima para inscrição emconcurso público destina,do ao ingressoem empregos e cargos do Serviço Pú­blico; tendo pareceres: da Comissão deConstituiçã() e .Justiça, ~ela constitucio­nalidade, juridicidade 1l'J técnica legisla­tiva; (e, d'a ,Comissão de Serviço público,pela aprovação, com emenda.

(P,roâ'elto de Lei n.O 1 JlIl.9, de W83, aque se referem os pareceres.)

O OO[ljgJ.1elSso N:aiCiOil1a~ dJemlelta;

iALr't. La 10 a,nt. 2." da Lei 'll,o 6.3,34. dle 3,1dle maio die 11'),76, pasíSa a vigoJ:la.r ClCma. se­guinte lledaçfu):

'jAInt. 2.0 !Palra .iThS1orição em ,conCfu,rso1deiSltin'l!ado 'aJO mgme&So, nas ,cla,tegoJ:lÍas;fillJ1'l!cioil'!!ais ÕJO Gr,UJpo-lPol1icia :F1e,d8Ira~,

sã,o d'ixados os segu:ímJtes 1Ji!nliifleiS ideildaldJe;

r - min:hiima; ,de, 2i1(rvmt,e e um). alllos:

:rI - máxima de 28 (fVÍiIJlte e oiltolaJThOS, CJjuaJ11do s'e tl1mail." de i'lli!!)re.sso em

Quarta-feira 12 L07~ 1

categoriJa flUl1;Cio'llal que tmpor;be emexigência de' ClUTOO de n~v,el1 médio; :e

li - máxima de 35 (trinta e ciJn~o)

anos, quaa:Jido se Úl13Jta::r die, ~11Jg.l1e.siSo lThaiSdemais categlor,das funciolll,alÍs..

[P.a::rág<l':8ifo ÚXli'oo·. l'ndJelple!rJ:dle'rá dos,ThnliJtes fixados neste wtigo a i:ns:c'1'1çãode ,ca,n'ddid'aitoClJUJe ÜiCJulpie ca,rgo iJnteg>ran­te do QIr,upo-PoJicia FecLeQ.'iaJI."

1A,il1t. 2.a iJilijta Lei entra lem vigo.r na d'atadJe sUia pu:JJlicaço, ])€\'VJOlgaidas as disposiçõesem oontlrário.

BDasrlia, de de 119&3.

LEGISLAÇÃO CITADA

LEI N.o 6.334,DE 31 DE MAillO IDIEl 19i7&

Fixa idade \máxima para inscrição~conclIDSO público destinado, a{) ingressoem empregos e cargos do Serviço :Pú­blico Federal.

iA'Dt. 12.'" il?'al1a a insCfriição em CICiIljClUTOOdeSltina:do aJO mgreslSOi nas Ca·tegoriJas F1uJ:l1J­cionais do G11U[)o-Po,lí!cia Flede'l'aI, são fixla.­dJos os seguintes limIiJ11es máXimvs de idaidJe:

I - 2'5 (vintle e ci:nlco) a,I]OS, ql11aa:Jido sewrutar de i11Jgresso em C:lJl1egoria F1ImCliOll1JaJque irn[JoQ:1te em exigê1l1Jcia de CiUlrso de niveimédio; e

Ir - 35 (tl'iillltae cinoo) aJ1100" qurundo SIetratar de ingresso nas demais categoriasF11Itl,cronais.

IBllJl'ágrafio' únioo. TllJd€Jpend,wá dias lJimi­te", fixados neste runtigO a. iThS'crdção do can­d1ldaro que já o~llIpe 'CaIrgo integ'l'antie doGl1UJpo-[J:>ol]ci,a F1ecleral

MENSAGlEM N." 288, DE ~li983

iDO IpODElR EXECUTIVO

Excelentísstmos S:8nhomes Membros dOCOing.t\ess'l Nalcion'3Jl;

'Niocs teranos do aIrt. 51 da 001llSItttUJiCáaF1eideTaii, teOOo a 110ill!r.a de sUJbmetel!' à éle­vada dea1Jbe,raçãlO, de VDs.s'aiS E:<iClelênci.as,acompanhado de EJqJosiÇão de Mot~vos doSeill!ho,r Ddreloo'l"-GenaJI do D~'M'1taffilento,

A:dmi!nistl'rutivQo do 8erVliço PÚibliw, o. aneXlOp'Mã1eto de I'ei que 'modiJfiJca a nedação doamt. 2.0 da Dei n.O 6.334, de 311 de maio de1976, que fixa idade máxima palra inS'miçãoem COllJClU['SI01 pú!bldJoo destina:do ruOI inllgr'lessoem emp,I1eogos, e ClaIrg'OS do, SeIrViço PúblicoFle:deral".

Brasma, 3 de agosto de, :L983. - AurelianoChaveJS.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS NP 9'&, DE 27IDE JULHO 'DE 1983, DO DElP:A.R'I1A1M1ElN­TO AJDMI'N'ISTRATIVQ DO SERVIÇO PlJ'­BLICO.

iESlcelelllJti&sillmo Senihoil' 1R1'esiLde[]J\le da Re­púb]lica.

O aJrt. 3.0 da Lei n.o 5.8&3, de 24 de maiode lo97'3, fL"l'0111 as ~dadíe minima (ll~ =)e máxima (3i) aa:ws) poal1a inJsmição em con­oorl3lO' P.úlbtliCiO' dleSitÍinlljdlf) ao i'llgIleslSiO, e,m c:ail'­gos peQ:1tenCie[ljiJes às cSJtegoJ:iaJ5 fUill'ciOnarilsdo Gl1upo-lPIolicia Fede'11al. .o lim1iJe' rni'llimoroi elevado lPelo art. 2.0 da Lei n.O 6.334,die 3!l de maio de 1976, iP'!lil'a 215 aaros (cllIte­gerias die DÍJV{el métdii(),) e o máxi!l11X) ;p.ama 3\5amJOs de idalde (odiemais C:lJwglOil'fuas).

2. iA eXlp:e,riência adquil'Íld,a peUo Depao:-­tamooto de Polici.aI F1ecLel~aJl demonstra a

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10782 Quarta-feira 12

neoeSSlilcLlllclie de mod1fLca'l'lem-.se os referiJdooli!mii1Jes, COlliSlJ,alllte poiI1deil!a o l1eferido órgão:

"Nmerr.amente, há de se consiJdJell1ara failita de ID!ll1Ju,ridadie de um jOlV!em d'e19 ·anos até para os efeitos da lei, que

o COIll.SÜidi~a r.e1altirv,amente incaIPaz. .AlLn­da que MilrnJente emm~a.do em vir­tu:c1e do eXleJ.1Cícw de O!llrgo IJIÚIbtliJoo, oon,­tínJI.I;!ll com aqUiela cond!ição petrlaillJ1Je a 1JeiiPenlli~. E é a.re in1coIeJ.1ente que, diefdroan­do-S'e à reIPJ.1eS6ão do oriJme, par.a essepolicial, na situação de irnJeldlciaiOO orUJ réu,seja e:x;i,gida a nomeação d!e cur.a.dIOIl" f,a­oe a presUIllção legal de q'11Je não adqruil.­:nu ainda. a plena. ma<tur1dalde.

!Ao laxio de.sses aspeotoo legaills, a ex­periênlc1a pl"áitllm tem clJem.'illllS1Jr:aJdo que,~esar do rigmooo ffiIJl1S() d!e :fonnaçãoa qUle é SlUlbm.~ na AOOJd€lIllia Naiedo­illJ3J. die Poilfuia, há o IDOOllIVendienrf1e dese llltraibuk as: difíceis m.ireões. poil.1c.i!aisao um jooem naquela idade mindana, comsétio.s l'IiGIcos p'M"a .si e PllJl1a a .soci!edade.Já são voários os cas:oo de mmme em ser­viço, quando não a pa.ntiei[pação ativa€'In llltQ.'; que demOlMtJ.1aan se;!IJ desprll[)2.­!l'O psiJcológico.

Quanto ao linllJte máximo para o m­gu-esro nos ca.J.1g'os de nive[ ll1lédio" a 1[­Xiação do atual criJllér:Io bMeOU-\Sie na~est1II1Ção. de que ulIDJa pes.soa com se'­,guncl1o gJ.1au cOJ:UO.)1eto !llté aos 2'5 alllOS deid!llcLe teria sido um estudllillJUe com de­dircação mad\sJ ou mrmos eXlC1lus:Lva, elV1­tmdiO-se o ingresso d:aqUlewes qUle, não'tendo logrooo êxilto em ou'Úroo Sleto.l1esde tTialbaJlho, viss:em na caII)reM':a polida!wpenM a oipOJJtumrllllde de' CIOilliegl1lÓir umemrrxr.ego. TOIda.via, l'e.sltrição mad.or comao elev;ação, da ildade milllhn!ll, viria re­duztr o númea-o de candidatos a.OtS COIl­c'Ursos, qwe a.sJ atuais l1estl'iiçÕiM j á nãoé tão deSlegáJv.eIl. DeBIta forma, l'eIOO­meDida-se a aJmalIliação 00 1im~te máxi­mo para 28 =00 de id!llde."

3. !Elm falCle do expos<oo, este Ó11gão ela­borou :mtJeiProjleto de lJei =Ulbstal1ô~andoa mod.i!fitoação cogitada. peolo melllcionadoOElpartam,ento, o q:u:a[, ooompamhado deiP.oojlero de mensa>gleull, temho a :lJ.orwa de/'iUbmetter à eliev.aida. die!1Lberação <te VossaExicelência.

iAJprovJeito a <J!ll'Oa::tun1ldade p:l;l1a renovaira Vossa E:JrelelêlnJcia 1llJefllJS protestos d:e el1e­V;a1dJo l'eBlpe1tl). - José Carlos Soar.es Freire,Diretor-GeraI.

il?lARJEOElR DAJ COMISSÃO[)E CONSTITUIÇãO IE JUSlTIÇA

I - Relatório

O Pod,er Elliewt!Jvlo tem por e.scoplDi, aM.'a­viés <toota prorposição liegiB1atiJVa, lllOdid'iIcllIra oocLação do M"t. 2.° da Lei n.O 6.334, ide31 de mado de 11.J!T6, pall)a que WJpem osseguintes linnites de Í!dadie ~a i.nsmiçãioem. COIDIC,UlrSO destdnado llX} lJng<re&SO nlllS ca­tegoriJas fUlllCiJouais do Grnpo~Pollicta Fe­deral:

"I - :rníJnima die 21 (rvimlUe e um) a.Ili.lS;

II - máxia.na de 218 ('Vdn!be e o~to)

'anos, qUJa]]!do se 1IDa.tar de mgresso emcaJtegor:íJa fUIllciona'l que~ em. em­gên:cia de 01.JJI\'ll(Jl de nível médJio-; e

m - máxima de 35 ("Ól1i!llJta e cinJco)'llll1OO q:u:llIllIdo se 1Jr,ruta.r de lm:gresso na,sdem:lns oailiegardJas foo.cron.a:hsJ."

Iinldiependri desses limites a inlsicmção deoand:id:ato qnm OOUIPe e!llI'go mtegr.:mte doGropo-iPoilícia Federa[.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Exiposiçã,o de Motivos 00, D1l1etor-Gie,r·al doDM3P esclarece que "a eXPffi'iênc1a aldqui­ma pe,lo Deq)aJr,iiMnelllto de Policia Federaldem<m.ffilra a necessildade de modiJf:L<la'I'em­se os limites" atualmente em vigor.

É o reliatótio.

fi - Voto do RelatorO !llI1t. 8.0 da COlWtituição Fe,cLe:ro.1 d:isci­

plIDa a competência da União. Seu 11lem){Vi]I cuida dlllS maItérlM sobre: lllS qullHlSpode legdslar. DeIlltme es.sas, eIlC'Olllft!.1a-se apermissão pa.roB. edLtaJ.1 Uextos sobre e:x;eClUlçáodos serviços federais, confonne a sua !llilí­nea a.

IAs matlérilllS de CO!Il1IPeitência da União são3lpr.eciadlllS peilo OCmg1l'eSSO Nll!cionaJ1 e SUlO­lIleItidas à sanção do J?il!esidiente da Reip'lÍ­blioa, por fOll'ça do eIllun!clado no M"t. 43- doll1ieSllDJO texto fooldamellltaJJ..

iA felJtura de lei<; OiI!di:IJit,rj.as enc<mtra-seprieWs.ta no 1bem m, do aJ.'It. 46, da OM'taPoJitl:ca.

IA. iniIcia.tlwa, na e~ e=~u.sirva, estárespalidooa pelo a.rt. 57 da Lei MaiOl1.

O proj'e'ro não aJI),J.1eselllta. inj'llJrWJlcidade,estaillldo ~aVTaJClo em ad!eq<ua,da 1JéIcnica le­gW!lltiva.

Faoo ao exposto, ma.rnfesto-me· peIa COl1S­titllJcionailidaxie, jm-idicidade e boa téClIlicaIegislativa do Broj<eillo de Lei n.O 1. '1119, de1983-, deau.rboJJia do Podiea:' Exiooutivo.

Sala da COrni&são, 16 de agosto de Hl3:i.- Leorne Belém, ReI!l!tor.

m - Parecer da Comissão

iA. Comissão de Constituição e Justiça, em:reumião de sua 'Dmrma ":A" il."eallizac1a hOjiE\,qpinou, com res1Jrições do Dep'UtalClx> JoãoGi1JOOI1to, peLa oonst11Jucional1idade, jUJI'li:dic.i­da,'tie e técnica legisliativa do P.roj:el!:1O de Lein.O 1.719/83, nos tel.1l1l0S do PJ3il'.eceil'l do Re­latar.

iEJs,tiver.aan pr.esen1:jes os Srs. Deip<1Jitados:BonifáJcio de AndiJ.1axi!ll, Bresidelllte; BiI'aJbo deCaa:rv.ailho e Leome Belém, Vice-iPresidentes;AJLuizio Campos, Jorge MedanlJM", NiJooIn Gilb­SQn, WagIlJel;[' Lago, AJmniMliClo PiJnàlei.ro, Rai­mundo Leite, Gomes da Silva, Ademir An­dr.ll1dIe, V,ailimor Gi!waI1ina, JO.lliCi!! iPeiI!eira,Joog;e OM"one, João OumO:ul;, JO'Sé Me,lo, JooéTwal'es, Ronaldo CllmJedo e João Gilberrto.

Sal,a <ta Oomissão, 16 de agosto de 1983.- Bonifácio de Andrada, Bre&denteLeorne Belém, ReilawiT.

PARECER DA COMISSAODE SERVIÇO PúBLICO

I - Relatório

Este projeto de ;Lei, oriUllldo do iPoder Exe­cutivo, pretende aJJ.tea-ar a l'ledação ,do m.2.0 da Lei n.O 6.334, de 31 de maio de 1976,para que fiqUlem vaLendo os seguintes li­mites de id:lllde para as insc:rições em COIl­curso deSltinooo ao ingl1esso nas CllitegOriasfuncionais do Grupo-Plolfcia Federal:

I - mínima de 21 anos;

II - máxima de 28 Rnas, quando se tra­;f;aJ.1 de in,gresro em categoria :l'uncIOIllal queimporte em exigência de curso de nívelmédio;

m - máxima de 35 anos, quando setra.ta·r die ingresso nll;S demais ca-tegoriasfuncionais.

Indeprmderá dos limites acima ·apontooasa inscrição de candidato que ocupe cargointegrante do Grupo-iPolicia 1i1ederal.

Outubro de 1983

A douta Comissão de Constituição e Jus­tiça, em reunião de sua Turma "A", opinoupela con&titucionalid.ade, juridicidade 18 boatécnica legisI:aJtiN·a do proj,eto, nos ,termos doPaJ1ecer oferecido pelo nobr·e Dei]). LeorneBelém.

É o ,rela;tório.

II ~ Voto do Relator

Segundo a norma l'le,gimental insori'ta noa1"t. 28, § 1'7, deV'e esta Comissão mani~es­taJ.1-se sobre o mérito da proposil}ão.

A Mensagem Presidencial n.O 288/83 veioacompanhada de El'posição de Motivoo doDiretor-Geral do DA8'P, que acentua os se­guintes motivos que levaram a Admins­tJ.1ação Pública a pleibear a a~teração oraem exame:

"PJ.imeiramente, há de se considerara fal-ta de matUlridade de um jovem de19 anas a'té para os 'efeitO.'> da Lei, queo considera rel!l!tivamente incapaz.Ainda que civilmente 'emancipado emvIrtude do exercicio de cargo público,oontinua com ·aquel:a condição piel'antea lei penal. E é até incoerente que, de­dicando-se à vepressão do crime, p!llraesse policial, na sltual}ão de indici!lldoou Il"éu, seja lexigida a. nomeação decurador face à presunção legal de queainda não adquiriu a plena maturidade.

Ao lado desses :aspectos legais, a ex­periência prã.tica ·tem demonstrado que,apesar do rigoroso curso de formaçãoa que é sub1IlJetido na AC3idemía Nacio­nal de Policia, há o inoonv·enlente dese atribui·r as difíceis missões policiaisoB. um jovem naquela idade mínima, comlSélrios riscos para si e para a socied!llde.Já são vários os casos de morte emservil}o, quando não a partic~pação ati­va em aJtos que demonstram s'eu des­preparo psicológico.

Quanto ao limite máximo para o in­gresso nos cargos de nível médio, a fi­xação do atual critério baseou-se napresunção de que uma pessoa com se­gundo grau completo até os 2·5 anos deidade <teria sido um estudante com de­dicação mais ou menos exclusiva, evi­tando-se o ingresso daqueles que nãotendo logrado êx1to ,em outros setoresd·e rtrabalho, visse,m na caJ.1reira policialapenlllS a opovtunidade de cons<eguir umempJ.1ego. Todavia, restrigão maior coma elevação <ta idade mínima, viri'a re­duzIr 'O número de candid·atos aos con­cursos, que com as !lltuais 'I'estrições jánão é dese1áv,eI. Desta forma,recomen­da-se a ampliação do limite máximopa'I1a 28 anos de idade."

E,ss!llS considerações pa-recem-me de todoprocedentes e devem oor aca:tadas.

No entanto, cl'leio oportuno oferec'er à 0011­sideração da ClllSa uma emenda com o obje­tivo de conferir -are que ingress<arem nosquadros da Polícia Civil do Distrito Federal·tra.tamenrto idêntico ao exigido par.a os doDepartameno de Policia Federal.

Tal al1JeII'ação reside no fato de seremambas as ins-tituições Il'egidas por um mes­mo diploma legal, no caso a Lei n.O 4.878,de 3 de dezembro de 1965.

Os mesmos motivos que justificam o au­mento da. faixa etária 'Para ingresso na car­reira de policial federal são os q1lle- deter­minam a p))esente propooição, quais sejam:o menor de 21 anos de idade ainda não ad­quiriu a plena maturidade e não é civll­mente emancip!lldo; em segundo lugar, dar­se-á possibilidade para que maior número

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Outubro de 19~3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Quarta-feira 12 10783

de candida·tos s·e apres.ente aos concursos~ara. a carreira. policial.

Por derradeiro, convém salIentar quoe a.emenda em apreço a,tende aos interess·es doGov-erno do Distrito Federal e não afrontaqua·lquer dispositivo inserto no texto cons­tttucional.

Face ao exposto, manifesto-me pela apro­vação deste Projeto de Lein.o 1.719/83, 'COm.a emenda qUle- apresento ,em .anexo.

EMENDA DO RELATORDê-se ao caput do ar·t. 2.0 da Lei ,n.O 6.334,

de 31 de maio de 1976, constante do aI"t. 1.0do projeto, a. seguinte redação:

"Art. 2.0 !Para inscrição em concursodestinado ao ingI"esso nas c-!litegori-asfuncionais do Grupo-Policia Fecieral -ePolícia do ,!}istrtto Federal, são fixadosos seguintes limites doe idade."

Sala das Sessões de de 1983. -

In - Parecer na Comissão

A Comissão de Serviço PúbUco, em reu­nião ordinária ll1e:alizada hoje, opinou favo­ravelme!U·te, com Emenda .ao IProjeto de Lein.o 1.719, de 1983, nos ·termos do Parecerdo Relator.

Comparecer3iIU os Senhores Depuotados:Paes doe Andrad.Je, Bresidencbe; Francisco iEI"see Jorge Leite, Vi'ce-presidenrtes; Gomes daSilv.a, Rela.tor; l11rancisco Pi:nrto, MozarlldoCarvalcanti, MYIDthes BevHa·cqua e !RenatoVianna.

Sala da OomJreão, 28 de !Setembro de 1983.- Paes de AndrlwJe, Pre&idoente - Gomesda. Silva., Relator.

EMENDA ADOTADA PElLA COMISSÃOlDê-se ,ao caput do mot. 2.° ca Lei n.O 6.334,

de 31 tie maio de 1976, com~tante do aI't. 1.0do Pl.'Ojeto, a. seguinte :redação:

"Ar·t. 2.0 Para inscrição em 'COncursodestinado ao ingresso nas categoriasfuncionais do Grupo-Polícia Federal ePolicia do Distrito F.ederal, são fixadosos seguintes lÍmÍ!tes de idade."

Sal,a da Comissão, 2'8 de setembro die 1983.- Paes de Andrade, !Pxesidente - Gomesda. Silva, Rela<tor.

PROJETO DE LEI N.o 2.096, DE 1983

(Do Poder Exeout1vo):MENSAGEM N.o 363/83

Reajusta a pensão especial concedidapela Lei n.O 3.919, de 19 de julho de1961, a B3lYdéa Lago Bittencourt, viúva,d'O Senador Lúcio Bittencourt.

(Às Comissões de Constituição e J:us­til}a e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 A pensão e8ipecial concedida pelaLei n.O 3.919, de 19 de julho de 100.1, aHayooa Lago Bittencourt, viúva de LúcioBittencourt, fica reajrustada no valor cor­respondente a 2 (duas) vezes o maior sa­lário mínimo vigente no Pais.

Ar.t. 2.° A despesa decorrente desta Leioonrerá ·à conta de Encargos Pre:videnciá­rtoa da União - Recursos sob a Supervisãodo Ministério da Fazenda.

lArt. S.o Esta Lei entrará em vigor nada-ta de sua publicação.

Sala da Comissão,da Silva.

. - Gomes

Art. 4.° Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasilia, de de 1983.

LEGISLAÇÃO CITADA

LEI N.O 3'.lH9, DE 19 DE J1JLHO DE 1961

Concede pensão especial de -Cr$ ....40.000,00 mensais a D. Ba)'déa LagoBittencourt, viúva do Senador LúcioBittencourt.

Art. 2.0 O pagamento da pensão correráà conta da dotação orçamentária do Mi­nistério da Fazenda, destinada aos pensio­nistas da União.

Art.3.0 Esta lei entrará -em vigor na ,datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

BI"asília, 19 de julho de 19111; 14(}.0 da In­dependência e 73.0 da RepÓJblica.

MENSAGEM N.o 363, DE 1983,DO PODER EXElOUTIVO

Excelentissimos Senhor-es' Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do art. &1 da Constituição Fe­deroal, tenho a honra de subimeter à eleva­da deliberação de Vossas Excelências, a.COlll­panhado de EX!pOsição de Moti'vos do Se­nhor Ministro de 'Estado da Fazenda, o ane­xo projeto de lei que "reaj,usta a pensã0especial concedida pela Lei n.O 3.I,H9, de 19de julho de 1961,a Haydéa La;go Bitten­court, viúva do Senador Lúcio Bittencourt".

Brasília, 5 de outubro de 1983. - JoãoFigueíredo.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N.o 147, DE 29DE SETEMBRO DE 1983, DO SENHORMINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA.

Excelentíssimo Senhor Proesidente da Re-pública,

Haydéa Lago Bittencourt, viúva de ex­Senador, solicita melhoria da pensão espe­cial que lhe foi conceilida :pela Lei n.O3-.919,de 19 de julho de 1961.

2. O valor do. referido benefício foi fi­xado, à época em cr$ 40.000,00 (.quarentamil cruzeiros) mensais, correspondendo,atualmente, à importância de Cr$ 33.986,00(trinta € três mil, novecentos e oitenta eseis cruzeiros).

3. Nessas condi{}ões, em se tratando deuma pensão graciosa, tenho a honra desubmeter à consideração de Vossa Excelên­cia o anexo anteprojeto de lei, elevando oveMor do referido beneficio para duas ve­zes o maior saláTio mínimo do País.

Aproveito a opor-tunldade para reiterara Vossa Excelência os protestos do meumais profundo respeito. - Mailson Ferrei­ra da Nóbrega, Ministro da Fa2lenda, Inte­rino.

mOJET.o DE LEI N.D 2.310, DE 1983

(Do Sr. 'W1alteT BllJl}tista),

Transforma em ações da TELEBRASas contribuições paglUl pelos usuáriosdestinadas ao Fundo N;wional de Tele­comunícações.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de Comunicação e de Economia.;Indústr1a e Comércio.)

O Congresso Nacional decre·ta:Art..1.0 As sobretarifas, cobradas junta­

mente com as tarif,as dos serviÇOS públicos

de telecomunicações, destinadas ao FundoNa-cianal de Telecomunicações - FNT,ficam transforl1l!<J;à:as em ações da Teleco­municações Brasileiras S.1\,. - TELEBRAS,emitidas em nome dos respectivos contri­buintes, a quem devem ser distribuídas.

Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na dat3.de sua publicação.

Art. 3.0 Revogam-se as .dispos:ções emcontrário.

Justificação

O Fundo Nacional de 'Delecomunicações écons-tituido do pr<Jduto de arrecadação desobre·tarifas, criadas pelo Conselho Nacionalde Tele_comunicações, sOibre qualquer ser­viço do seto>r, não podendo essa s,obretarlfair além de 3G% da tari.fa, e foi instituídopelo .aI"t. 51 da Lei n.O 4.1'17, de 27 de agostode 1962, e regulamentado pelo De·creto n."53.32,5, de 26 de novembro de 19ti3.

Pela Resoluçã.D n.o 4, de 15 de fevereirode 1966, dü Conselho Nacional de Tel'ecomu­nícações, essas sobre-tarifas destinadas aoFundo Nacional de Telecomunicações, de­veriam ser arre-cad.a.das durante o pra7io- dedez anos, a partir ·de 1.0 de maio de 1966.

Com o advento da Lei n.o 6.093, de 29 deagosto de 1974, os recursos do F1NT foramtransferidos para o Fundo Nacional de' De­senvolvimento. Poucos meses depois, outrodis1Jositivo, a Lei n." 6· .1>2-7/714, prorrogou,por tempo inde'terminado, o pnazo de ar­recadação das sobretarifas devidas ao FNT.Posteriormente, pelo Decreto n.o l.8a!)., de17- de feV'ereiro de 1981, todos os recursosdesse· Fundo foram transferidos. para o Te­S(Juro Naciona~, constituindo "recurS·Qs or­çamentários, sem qualquer vinculaçãO' a ór­gão, progrrama, fundo ou despesa", fato quese configura em anomalia jurídica: ao in­.tegrar o orçamento eJoa União, o l11NT passoua ser, de fato, um imposte> federal, sem te-r,entretanto, sofrido alteração em sua concei­,tuação legoa!. Constitui verdadeiro confisco.

No período de 1979 a 1981 foram -al'Teca­dadOS para o FNT, pelo 8istema 'I1ELIE!J3iRAS,71,3 bilhões de crm~eiros, dos quais 3'2,7 bi­lhões forl3Jm aplicados no, setor de teleco­municações. OS res'tll.tntes 38,'6. bil!hões decruzeiros, foram trausfe-ridos para o FundolNa;cional de Desenvolvimento ;para aplica­ções a cargo da SrElPLAIN, -aplicações esta:;desconhecidas do Sistema 'I1ElIJEBRAB.

A TElLEBRAS:írr.IA, no mesmo período,arreca-do~ paroa o FNI' 2,72(} bilhões de cru­Zeiros, recebendo um retorno de 0,313 bi­Rroes, isto é, 13%.

Verifica-se, dessarte, que estão> sendo re­tirados recursos do F1N'I', os quais, pela le­gislação que o criou, deveria ter aplicaçõe~

exclusivamente no setor, demonstrando queesses re.cursos, pelas nolV'as disposições le­gais, estão atendendo a outros s,etores.

Por outro lado, a sobrellari.fa cobrada éelevaeJoa, onerando e:x:cessivamente os valo­!l'es tarifários, quando o se·ror não tem ne­cessidade, 'absolutamente, do volumoso mon­tante de recursos arrecados para a finali­da'de programada.

O lucro da TElIJElBRiAS alcançou a cifrade 98,6 bilhões de cruzeiros em 1981. .A em­presa coligada. que teve maior lucro liquidofoi a 'IlEILESP, com 3~,6 bilohões, seguida daEMBlR.I\>'I1ElL, _com 22,9 bilhões, e da 'llEiIJEJRJ',com 7,8 bilhões.

Apesar disso, as ações .da 'IIElLEB1R.AS sãocotadas abaixo do seu valor patrimonial,pelo fato de o setor não es'tar recebendo a

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remuneração de 1,2% do investimento pre­visto em J·ei. Em. 19'8'1, a remuneração ob-tidafoi de 8,98%.

'Consüante a política de imp"antação deserviços, os financiadores fornecem sua par­ticipação no capital e são retribuídos ,emações que têm valor correspondente ao valorpatrimonial.

O Governo federal instituiu o ]fu'i[,T obJe­tivando o desenvolvimento do setor de tele­comunicações, o que consideram"ÜIS medidaacertada.

Todavia, não nos parece justa a capitali­zação de uma empresa de economia mistacom dinheiro de particul:ares, sem a contra­pal'tida da emissão de lações da mesma em­presa, em favor desses particulares. A par­ticipação, dessal"te, d3iquelel> que f1nanciamo desenvolvimento do setor, é medida justa,racional e honesta.

A pres&nte iniciativa objetiva corrigir asdistorções existentes, permitindo que oscon'triJbuintes de sobretarifas para o FundoNacional de Telecomunicações recebam, emcontrapartida, ações ,da TEJIJIDBRÁS em valorcorrespondente às respeotivas contribuições.

Espero, por>tanto, dos ilustres Pares, oacolhimento da matéria.

Sala das Sessões, 28 de setembro de 1983.- Walter Baptista.

LEGISLAÇÃO CITADA., ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS

COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o 4.117, DE27 DE AGOSTO DE 1962

Institui o Código Brasileiro de Tlele­coonunicaiçi)es.

CAPITULO VIDo Fundo Nacional de TelecomunicaçõesArt. 51. É criado {} Fundo Nacional de

Telecomunicações constituido dos recursosabaixo relacionados, os quais serão arreca­dados pelo prazo de 10 (dez) anos e postosà disposição da entidade a que se .refere oart. 42, para s,erem '!IIplicados na forma pres­criJta no 'Plano N3icional de Telecomunica­ções, elaborado pelo Conselho de T'el'ecomu­nicações e a'Provado por decreto do Presi­dente da República:

a) produto de a-rr.e,cadação de sobretarUasoriadas plelo Conselho Nacional de Teleco­municações sobre qualquer serviç.o de tele­comunicação, prestado pelo :Departamentodos Corr.eios e Telégrafo.s, por emjJ'resas con­cessionárias ou permiS&ionárias inclusivetráfego mútuo, taxas ,tenninais e taxas deradiodifusão e radioamadorismo, não po­dendo, porém, a sobretarifa ir além de 30%(trinta 'Por ceuto) ,da 'tarifa;

b) juros dos depósitos bancários de re­cursos ,do próprio Fundo e produto de ope­r-ações de crédito poreIe ga:r.antidas;

c) rendas eventuais, inclusIve donativos.

LEI N.O 6.093, DE ~W DE AGOSTODE 1974

Cria o Fundo Nacional de Desenvol­vimento (FND) e dá outras providên­cias.

O Presidente da República::F1aço saber que o Congresso Nacional de­

cl'leta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1.0 É criado o Fundo Nacional de De­

senvolvimento ('FND), destinado a financiar

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

.projetos priOl'itários em áreas estratégicaspara o desenvolvimento econômico e socialdo país, especialmente quanto à infra-es­'trutura.

Art. 2.° lnt,egrarão o PND:

I - recursos orçamentários especificas;

II - recursos de origem externa;

III - .as parcelas do produto da arreca­dação dos impos.tos únicos sobr.e lubrifican­tes e combusti,veis liquidos ou gasosos, ener­gia elétrica -e minerais do País, que, nostermos do al"t. 26, itens I, II e m, da Consti­tuição, ,cabem à União e o produto da ar­i"ecadação das sobretarifas a que se r.eferea alín.ea a do art. 51 da Leí n.O 4.117, de 27v.'s agosto de 196,2.

IV - outras fontes de l"8'Cursos.

Art. 3.° Dos montant,es de cada espéciedos recursos de que trata o ttem UI, do ar­tigo 2.0, serão automaticamente t,ransferi­dos para os respectivos Fundos, como sub­oontas do FND, consoante as vincU:l.ações le­gais 'existentes e sem prejuízo da.'> normasque n;gem sua administração, os seguintespercentuais:

I -em 1975 - gO% (noventa por ceuto);

II - em 1976 - 8(}% (oitenta por cento) ;

m - em 1977 - 7{}% (set,enta por cen-tol;

IV - em 1978 - 60% (sessenta Jlor cen­to);

V - a partir de 1979 - 50% (-cinqüentaparcentol.

Al't. 4.° A parte res,tante dos 'r>ecursos doFND será aplicada prioritariamente nos se­'tores de Minas e En,ergia, Transpor,tes e Co­municações, podendo out,ras áreas ser aindaincluídas em d.ecorrência die: prioridades de­finidas em cada Plano Nacional de Desen­volvimento (P1ND).

Art. 5.° A inclusão, no orçamento anual,dos dispêndios de re·cursos do FND obedeceráao dhsg;JOsto no artigo 62, e seu § 1.0, da Cons­'tituição.

Art. 6.0 A aplicação dos recursos do FNDSlffi'á pmgramada com observância do dis­posto no artigo 15, e s'eus ,parágrafos, doDooreto-Iei n.o 200, de 25 de fevereiro de1967, coma redação dada pelo artigo 5.°,da Lei n.O 6.036, de 1.0 de maio de 1974, as­sim como no al'tigo 7.0, inciso I, deste úLti­mo diploma legal.

Art. 7.° Cada Estado mlediante legisla­çãoeS'pecifica, poderá utilizar os recursoscorrespondentes às parcelas do produto daarrecadação dos iID'pos,tos únicos sobre lu­brificantes líquidos ou gasosos, 'energia elé­trica e minerais do País, que lhe cabem noslJe1'llI1os do a-r.tigo 26, itens I, TI e m, daConstituição, para, juntamente com outrasfontes de recursos, constituir fundo de de­senvolvimento estaduai obedecidas, no quecouber, as prescrições dos arts. 3.°, 4.° e 5.°e das demais disposições 3.JPlicáveis destaLei.

Art. 8.0 Esta Dei entrará em vigor nadata de sua .publicação, revogadas as dis­posições em contrário.

Outubro de 1983

LEI N." 6.127, DE6 DE NOVEMBRO DE 1'974

Prorroga, por período indeterminado,o ll·razo fixado no artigo 51 da Lei n.O4.117, de 27 de agosto de 19&2, que insti­tui o Cõdigo Brasileiro de Telel}omuni­caç(íIe3.

O Presidente da República:Faço saber que o CongressD Nacicnal de­

ereta e eu sanciono a seguinte Lei:Aort. l.0 O prazo fixado no aDt. 51, da Lei

11.0 4.117. de 27 '!ie agosto de 1962, para ar­recadação dos recursos que constituem oFundo Nacional de 'I1elecomunicações, a quese refere o artigu 10, da Lei n.O 5. '192, de 11de julho de 1972, fi.ca prorrogado por perío­do indeterminad'o.

Art.2.0 Esta Lei ,entrará em vigor na da­ta de sua publicação, revogadas as dIspo­sições em ,contrário.

PROJETO DE LEI N.o 2.329, DE 1983([)() Sr. Joio Alberto Souza)

Veda a oo'brança de despesas sobredébitos cuja quitação ocorra até o pri­meiro dia útil subseqüente '10 de seuvencimento.

CAs Comissões de Constituicão .~ Jus­tiça, de :Economia; Illdústria ,; Comércioe de Finanças.)

O Congr-eSiSO Naicíonal-de·creta:..Art. 1.0 !Não será con~tituído em mora,

nem sujei10 ,ao ,pagamenrto de quaisquer des­pesas, J!nc:lrusÍlV'e juros comrpensatórios, o de­vooor que quiJta.r seu débito, junto a insti­tuiçÕoes finaJ1~eirlliS e a empresas de modog,Clral,8ité o priJmeíro dia útil subseqüent'e aodo l'IespectiJvo VJenCÍmento.

Paráigraifo único. P,ara o efeito do dis­posto neste artigo, o sábado não será con­siderado dia útil.

Art. 2.° lElsrta iüei entra,rá em vigor nadata de ·sua pulblicação.

Art.3·.0 São revogadas a Lei n.O 7.089, d:e23 de março de 1983, e 'as demais dü,posiçãe-sem ClJI1ltrário.

JustificaçãorrJeteronina a Lei rn.O 7.089" de 23 de mvrço

de 1,983', llJ proiJbição. aos bancos, da cobran­ça de juros de mora em titulo que. vencidoem sá.hado, domingo ourerifrdo, s·eja pagono dia útil lmedia.t=ente posterior.

A meld1da foi oportU!Ila para conter c~rtc3

ab=dfrs iootituições financeiras, mas,seja lpO'I' doefeito técnico de sua redação, sej apel!ll limitação U'€' aua ap1icabiUdade, a leinão surtiu todo o efei,to des·ejado.

COIlll efeito, vedou-se a cobrança, na hi­pótese 'ruventada, a,penas de juros de mora,nada iIIJJpedindo que os bancos burlem o pro­pósIto do le,gislador, exigindo outros encar­gos finanooiJros a titulo de comissão de per­manência, juros oompensatõríos ou expedi­ente di'V,eroo qualquer.

!Não se compreende, por outro lado, quellJ])enlliS as instLtuições financeiras fiquemobrigadas à oooervância da lei, quando asempresas comerciais, de modo geral, mor­mente nos casos dos denominados. carnets,vêem cobrando acréscimos, da mesma fo,r­ma, quando a obrigação é 'paga 3jpÓs o ven­cimento, ainda que este ocor,ra em dia nãoútil.

lAJ.ém dessas Umita1;ões, a nova lei s€J)\!!­tou, de VJez, o tl'adicionaJ "dia de graça" queconsistia em faculta.T', ao dev€dor, o paga-

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Outubro de 1983

mento doe 'Mm 'débiJto, Sfflll 'eIl'cal1gos mor,ató­rios, até um diJa .~ÓIS o "eIl'ciJme'n:to, ocorres­se este em dia útil ou não.

Jm!tif1cawa-se e arnd:ase j11JS'tiJf~ca e'srecostume, ,POl1ll!Ul3;IlJto os ,deoJ1edores, dadas asmú1tilpllas aJtiJVi.dades da vida mo(Le·ma e of.ato de ser bastante exiigüo o eXlpedi,entebancário -a maioria fecha suas IPOl.1tas às116 illo,ras -, lIlJesmo portando 'Il!U!rn:erárto SiU­ficien'te, nem SempIie cOillSeguem pagar odiébi,to no dia; exato de seu vencime:nto, mes­mo sendo dia útil. A1demais, os banroos, naWrpótese de desconto de titulas, s'empre cal­cm·arMIl os jurO's iJ!l!(ll'lLicrJ:do o dia do I'enci­mento, não lhes coIlSltituindo pr,ejuizo, por­ta.nto, o f2lto de os rr:ooeherem UJIIl dia alémdo V!endIIJJento.

Em ra2lão disS'O, esta,mos propondo nesteIProjoeto d,e' l'ei uma completa reformulaçãoda matéria, de modo a res,taibelecer, na 1P1'e'­nitU!d:e, o "dia de g.raça", conceItuar commaior amplItude os encargos moraltórios eestender a .arplica:bilidaded~ prmci!Pio àseIl1lpresas ,de modo ,ger3il, impondo-se, deoonseqüêlliCiru, cO!JIsiderar-se o sfubaJdo comodia não útil, em ra2ião de ,certas firma:s, em­'bor.a ineXista eXlp'ediJente bancá!l"io e sejaconsi:derado dia de desca'llso pa:ra grandepi[L)l'1Je de ip()tpuI.açãio, ne1e fu:neionaroeoffi.

IE o que subilletem.os à arprElciação dos no­bres Pare's, oesprel.1ando merec·er o ne'ces,sárioapoio pa,ra a aJprovação.

Siala da's Siessõ,esJoão AlbertO de SoiIza.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS

COMISSÕES PERMANENTES

liEIN.o 7;089, DE 23< DE MARÇO DE HHlG

Veda a cobrança de juros de mora so­bre título cujo vencimento se dê em fe­riado, sábado ou domingo.

O P:re'sidente da RiepúbUca:iF1a-ço lSaJber que· o CongrClSSo N3Jcional de­

cretaJ 'e ,eu sanciono a seguint& Lei:.ADt. 1.0 Filca 'Proihida a cobrança de ju­

rQ3 doe mora, por ,es1Jabe'l'e'CimeirJltos ba'Il!l'JfuriolSe i'Il!stituiçõ'es fiJnanceio:'aJS, sobre titmo dequalquer n!lltu~eza, cujo 'V'encimento se dêem sábaJdo, dO!lll.ingo OIU :lieriado, idesd,e queIlej a quitaJdo ([lO lPl'imeiro di!a útil S'Ub",e­qüente.

Art. 2.° (,VIEIT'A[)(),

Alit. 3.° !A ~n()b8ervância do disrposto nosal.1ttgoSMlDertO'res sujeitará os infratores àaIplilca,ção das iPooaH:dades rprev:is'bas no art.44 da; L€i n.O 4.59'5, de 31 de de2lembro de1964.

iAa.'t. 4.° Esta Dei entra ·em vigor n!ll datade roa public3Jção.

Am. 5.° !Revog3Jffi-!';e as dÜõposições, emoontráJrio.

~ROJETO DE LEi N.o 2.334, DE 1983

(iDo Sr. Osma,r [jeitão)

Assegura aos trabalbadol'1eS que exer­cem a profissão de vendedor-balconistao direito à aposen1adoTia especial aostrinta anos de seJ:vÜlO, quando do sexomasculino, e aOS vinte e cinco anos deserviço, quando do sexo feminino.

'(;Aa IComi&sões de CiOIn.Stituição e JI\lS­ti~a, ,de 'IlrrubaMro e Le<gislação Social ede FinalIlÇiasi.)

O COIl!gresso Nackmal dJecreta:A!rt. 1.0 A Ifl:tividlllde 00 'Vje11dledor-ba1co­

nlsta, €Xle,rcida por tl'llIbaUllaJdor do sexo

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

masculino, é incluida entre os ,serviços :pe­nosos que ,asseg:ura 'aJposentadoriJa MS 30(trinta) 'anos de trrabalho, naqlle13i profis­são, na: .conformidade do artigo 9.0 da !Lein.o ,5.390, de 8 de junho de 19'13.

iPiarágr.afo único. N'3JS mesmas condiçÕoes,quando essa atividade for 'exercidUllPor {pes­soas do scoxo feminino, a 'l\iPOSentadorla daJl'­se- á 'aos 2'5 (vinte 'e cinco) 2IDOS de lS,erviço.

AlI.1t. 2.0 Os enca:rgos fmance'iros Ir,esul­tantes diesta lei S'corão ,atendidos com as con­tribuiGões d:eovidas pelos segur,ados 'e empre­gadores do ISiJStema 'Nacional de iPI1evidên­CÍ'a e ·.A:slSistência Social.

Art. 3,0 Esta Lei 'entra em vig{)r na dat,ade sua lPublica:ção.

A,rt. 4.'" laevog)am-seas disposiçÕoe's emoontrário.

JustificaçãoO a:rtigo 9.° ,da iLei n.o 5.890 de 1973, man­

da 'conced1er ,aljJosie'llt,a,doria especial ,aos queeXle:rcem laJtividades 'Penosas, insalubres ouperi~s,l3;s, ide[xando à disicrição do !PoderExecutiovo w definição desres se!l"Viços, cer­trumente de'Vido 'à variedade dos mesmos eà mutação permanem.temenl1e iíJ1ltrod'l1zi:d:9.noo proces'so·s tecnológicos de produção.

No 'll'SO dacompetêncta que Lhe foi ded"e­tida, 10 Po(Le,r Executivo especificou nume­rosas latividade's profissionais com diorle5.'toà 'apDSerntadoria especial, quer ,em funçãodos agen'beos nocivos, quer em função dosgrmpos 1l'rofisshmais;. sob Am!exos I le II aoRegulamento dos Beneficios da Previdên­cia L8JDcLal 'aJPrro~a,d'a pelo necreto n.O 88.080,de 24 de JaneiTo de' 1979.

Todavia, l() tempo h8lV1eri!a ,de levidenciarooffiiPl"eIe!IlJSiveis omissões nessas c1assifica~

ções c, que'!:'-TIOS poa,roo,er, uma deI.as It'e.sidena 'atividadle de vendedor-brulconrLsiba.

:fJ saJbido, de fato, que o 'Vendedor-balco­nista exe,cuta seu lbroabalho permanlElIltem€lll­te em pré, dura:nte oito horas diárias, inter­rmmpidas p8'l' um só inte'rv,alo 'paJI'a o almo­ço. IE a medicinaespeciJaJwaJda 'l'e,conhecequ,e o 'braJba1frJ.o 'em :pé se sLtua lea:JJtl'e 'aIS '3iti­vLdaJdes 'bastante Pe!lJ()S,as e que, alJém rua1€X:lJustão, costuma :pmduzir várilas .seqÜ'ebas.pemiciOlilas à salÚde.~sim, ,errsina A. .T. Hieilll'i, in "iErgonomia",

São ~llJUlo, FEI, 1'973:"A !posição d'e pé é ,altamente f,ati­

"gante. pois o corpo humalIlo tem difi­·culd:21d:e 'em mante'!:' estaticameln;!Je estaposição por 'I.1azões hidrostáticas lClo sis­tema circula>tório."

Escrel\'e [l'e,rnardino lRamazz.i!ni., ,em. suao'bl'a "As Do'enl1as dos 'I\r:lJbaJhJaJdOl1es", tra­dução de !Raim.undo E5Jtrela, 1973, !Rio deJ1aneiro, no OaiPitulo XXIX - iDoeneas dosque Tmbalhi3Jffi em Pé (pá!gs. '107 e loin:

"'Nas I!lJTteS que têm que fiomr em ,pé,os operários ,estão propelllSOS, sobretudo,à,s VlaJri2les. iPelo movimento tônico dosmúlS'culos, é retaTdaJdo o curso, querf111ellllbe, qUJeI' re1lu€lllte, do S1a1Ilgue queentão 'e,S'ta:nca nas V'eias e vá!V'U1as dias!pernas, pro&uzi'lldo aque'las tu.meaJaJ­ções ooarn:adas v,ames.

AB 'Profissões que obrimam Il. perma­nência de 'Pé também !!J'Cldem ocasionarúlCeIl"21s Il1laS iJ)ern,as, f!l.1aqU€IZJ3J '11M rurt,i­C1Uloações, 'Perturbaçõ'es dos rins e urinJas'anguinol'enta."

Se o :DraJbalho 'llm pé é iP'enKliSO e danOlSOpara, o homem., ma:ioTes marrefíci'OS oa,ooa àmulher. IÉ o qiUle se infere cl~mffite dos

Quarta-feira 12 10785

rotudos do iProfeSlSor José Finocchiaro, di­vulgados 'emse.u livro "Medicia:J.,a do 'I1raba­lho 'e mfO'l'tunistica", São Paulo, 'Ãries,aodiscorrer sobre 'as V'ari2lecs em se'u iGapituloXlI'V. Assim, ao ,abordar 'a etiologia das VIa­rizes, diz (págs. 245 ,e 246):

''!Entre os frotores fundamentai!'; s'e ci­tam a hereditari,edade, a idade, o sexoe ,a 'POsição de pé.

O seJ<o tem Lmpmtâncta ,pOI'quea mu­1her ,a,pI1esenta v:arizes ,e:m maIor por­centag)em lecom ,aspectos 'Clinicas mais,av2IDçados. Atribui-se '[L um fia,tor ana­tômico, /pois 'a bacia feminina tem dis­'P'oSlição ligeiramente difeT1ente lem l'ela­ção à bacia masculina, com angulaçãodidlerente das 'estrutur,ag 'Vasoulares.Ainda, o or~anismo femimino 'apresentafata.r fisiológico import2IDte, re'P,reselll­bado pela congestão me([lsbrual, lPerió­dic,a, possiv,el de influenciaa: o .arp,arBci­menta de vari2les.

É levado em consideração, ainda, ouso de saltos que det,ermina certas alte­rações na disposição do sistema venoso."

Verifica-se, do exposto, que se o tr8lbalhodo homem na ocupação de vendedor-halco­nista, já é por si altamente penoso, dei­xando-o extenuado ao fim de cada dia delabuta e com possíveis conseqüências ulce­Iosas nas pernas, fraquezas nas articula­ções, perturbações dos rins e urina sangui­nolenta, para a mulher ainda se acrescen­tam seqüelas varicosas.

Por tudo isso justifica-se que o homemempregado na função de vendedor-balco~ni~ta, tenha o dir,eito de aposentar-se apóstrmta anos de exercício nessa árdua pro­fissão, e que à mulher, na mesma condicãos'eja assegurada a aposentadoria reduiida'aos vinte e cinco anos de trabalho. '

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS

COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o 5.890,DE 8 DIE .TO'NHO 'DE 1973

Altera a legislação de previdênciasocial, e dá outras providências.

Art. 9.° A aposentadoria especial seráconcedida ao segurado que, contando nominimo 5 (cinco) anos de contribuição te­!nh'a trabalhado durante 15 ,(quinze), 20(vinte) ou 2>5 (vinte e cinco) anos pelo me­nos, conforme a atividade profissional emserviços que, par.a esse efeito, forem c~nsi­derados penosos, insalubres ou perigosos,por decreto do Poder Executivo.

§ 1,<' A aposentadoria especial consistiránuma renda mensal calculada na forma do§ 1.° do art. 6.°, desta lei, aplicando-se-lheainda o disposto no § 3.°, do art. lO.

§ 2.° :Reger-se-á pela respectiva legisla­ção especial a aposentadoria dos aeronau­tas e a dos jornalistas profissionais.

§ 3.° Os períodos em que os trabal'hado­Ires integrantes das [email protected] profissio­nais, enquadradas neste artigo, permane­cerem licenciados do emprego ou atividade,desde que para exercer cargos de Adminis­tração ou de Representação Sindical, serãocomputados, para efeito de tempo de ser­viço, pelo regime ,de ,Aposentadoria Espe­cial, na forma da regulamentação expedidapelo Poder Executivo.

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10786 Quarta-feira 12

LEI N.o 3.8!}7,DE 26 DE AGOSTO DE 196!}

LEI ORGANICA nA PREVIDítNCIA'SOCIAL

(Com as alterações introduzidas pelalegislação posterior.)

TíTULO IVDo Custeio

CAPíTUDO I

Das Fontes Ide ReceitaArt. 69. O custeio da Previdência Social

será atendido pelas contribuições:I - dos segurados 'empregados, avulsos,

temporários ·e domésticos, na base de 8%(oito por centG) dG respectivo salário-de­contribuição, nele integradas todas as im­portâncias recebidas a qualquer titulo;

II - dos sBgurados de que trata o § 2.°do art. 22, em percentagem do respectivov,encimento igual à que vigorar para o Ins­tituto de Previdência e Assistência dos Ser­vidorF,s do Estado, com o acréscimo de 1%(urr.. por c·ento), para o custeio dos demaisbeneficios a que fazem jus e de 2% (doispor cento) para a assistência patronal;

IH - dos segurados autônomos, dos segu­rados facultativos e dos que s,e encontremna situação do art. 9.°, na base de 16%(dezesseis por cento) do respectivo salário­de-contri'buição;

IN - dos servidores de que trata o pará­grafo único do art. 3.°, na base de 4%(quatro por cento) do respectivo salário-de­contribuição;

V - das empresas, emquant·ia igual àque for devida pelos segurados a seu servi­ço, inclusive os de que tratam os itens II eUI ·do art. 5.°, obedecida, quanto aos au­tônomos, a regra a eles pertinente;

VI - dos Estados e dos Municípios, emquantia igual à que for devid'a pelos s·ervi­dores de que trata G item IV deste artigo;

VII - da União, em quantia destinadaa custear as despesas de pessoal e de admi­nistração geral do Instituto Nacional dePrevidência Social - INBS, do Instituto Na­cional de Assistência Médica da Previdên­cia Social - JJNA'MPS e do Instituto de Ad­ministração Financeira .da Previdência eAssistência social - lAPAS, bem como acobrir eventuais insuficiências financeirasverificadas na execução das atividades acargo do Sistema Nacional de Pr,evidênciae Assistência Social - 'SINPAS.

§ 1.0 A empresa que se utilizar de ser­viços de tra:balhador autônomo fica obri­gada a reembolsá-lo, por ocasião do respec­tivo pagamento, no valor correspondente a8% (oito por cento) da retribuição a eledevida até o limite de s·eu salário-de-contri­buição, de acordo com as normas previstasno item I deste artigo.

§ 2.° Caso 'a remuneração paga seja su­perior ao valor do salário-de-contribuição,fica a empresa obrigada a recolher ao Ins­tituto Nacional de 'Previdência Social acontribuição de 8% (oito por cento) sobrea diferença entre aqueles dois valores.

§ 3.° Na hipótese de prestação de ser­viços de tra·balhador autônomo a uma sóempresa, mais de uma vez, durante o mes­mo mês, correspondendo 'assim a várias fa­turas ou recibos, deverá a empresa entre­gar ao segurado apenas o valor correspon­dente a 8% (oito por cento) do seu salário-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

de-contribuição, uma só vez. A contribui­ção de 8% (oito por c·ento) correspondenteaO excesso será recolhida integralmente ao:Instituto Nacional de p'l.'evidência Socialpela empresa.

§ 4.° Sobre o valor da remuneração deque tratam os parágrafOS anteriores nãoserá devida nenhuma outra das contribui­çõesarrecadadas pelo Instituto Nacional dePrevidência Social.

§ 5.° Equiparam-se à ,empresa, para finsde Previdência Social, o trabalhador autô­nomo que remunerar serviços a e~e prestadopor outro trabalhador .autônomo, bem comoa cooperativa de trabalho ·e a sociedadecivil. de direito ou de fato, prestadora deserviços.

§ fi.o Equiparam-se a empresa, para finsde previdência social, ao trabalhador autô­nomo que remunere serviços a ele presta­dos por outm trmbalhador autônomo, acooperativa de trabalho e a sociedade civil,de direito ou de fato, prestadora .de serviços,o empregador doméstico, bem como a mis­são diplomática estrangeira no Brasil e omembro desta missão, em relação aos em­pregados admitidos a seu s·erviço.

PROJETO DE LEI N.o 2.335, DE 1983

(Do Sr. Renato tCoràeiro)'

Altera a redação do art. 3.° da Lei n.o6.717, de 12 de novembro de 1979, queautoriza a realização da Loto, tornandoobrigatória a identificação (lo aJP0stador.

(As Comissões de Constituição e .Jus­tiça, de Economia, Indústria e Comér­cio e de Finanças,)

O ·Congresso Nacional decre"D:L:Art. 1.0 O al't. 3.0 da Lei n.O 6.717, de 11,1

de novembro de 19'79, passa a vigorar coma seguinte redação-:

"Art. 3.° O 'concurs'O' de prognóst:co.sde que trata esta Lei seráregulwdo emato do Ministro de EJstllJdo da Fazenda,que disporá obrigatoriamente sobre arealiz,ação do concurso, a fixação dosprêmios, o· valocr unitário das .apostas,,a necessária identificação do ,apostador,bem como sobre o limite das despesascom o custeio e a manutenção do ser­viço."

Art. 2.° EsJta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 3.° iRevo-gam.-se as disposições emcontrário.

Justificação

A Loto, como po.pularmente é .conhecidoo eoncurso de prognósticos sobre o resultadode sorteios de números, realizado pela CaixaEconômIca 'F.ederal como modalidade daLoteria Federal, foi implantada segundonorma geral e:x;pediàa pelo Ministério da.Fazenda.

Uma das características da Loto é o ano­nimato do apo8'tador, que faz com que opagamento dos prêmios somente p()~l5Ia serefetuado mediante a entrega da paa-te dobilhete de .aposta denominada "recibo".

Este sistema ,adotado na implantação d~

Loto é por todas as fOrmas mecreceoor dereparos. Em. primeiro lugar, a Loto é con­curso de prognósticos institucionalizado peloPooer E:x;ecutivo com a aprovação do Con­greS50 Naciool3.1; o ;resul,taldo do concurso éapurado atl'!WOO de so!t'teio fiEcaliz!lJdo pelos

Outubro de 1983

interessados; e o prêmio é 'distribuído entreos apos,tadores, já deduzida a parce-la cor­respondente ao Imposto de Renda. Em se­gundo lugar, tem ense1 a;do o f.urto dos CJar­tões, ou simplesmente o seu extr.avio, fatosque impedem o apost,ador vel'dadeiramenteganhador do prêmio, por ter efetivamenteco-ncretizado suas .apostas, de receber o di­nheiro a que ti~er direito, ,em virtude· denão po'der provar o- fato ,a,través do, "recilJo"de aposta em tempO' hábil, face à p;rescrição­dos prêmios.

Entendo, portanto, necessária ·a identifi­cação do .apostaJdor da Lo,t({, para evitar seã aele prejucHc,ado', e considerando a viabHi­dade das alterações introduztdas por nossoprojeto no sistema vigente, tendo em vistaa estrutura já implantada pela Caixa E~o­

nômica Federal para iàentificação dos apos­ta;;dores da Loteria Elspontiva, é que· apresen­tamos ,este projeto à apreciação dos ilustresPares desta Casa.

Sala das Sessões, de de 1983.- Renato Cordeiro.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXAJJAPELA COORDENACÃO DAS

COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o .6.717, DE 12 DENOVEJMBRO DE 1979

Autoriza modalidade de concurso deprognósticos da Loteria Federal regidapelo Decreto-lei n.O 204, de 27 de feve­reiro de 1967, e dá cmtras prl)vidências.

O Presidente -da República:FaçO' salJer que o Dongresso Nacional de­

creta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1.0 A Caixa Econômica Federal fica

autorizada a realizar, como modalidade daLoteria Federal regida pelo Decreto-lei !!l.o2G4, de 27 de fevereiro ·de· 1967, concursode prognósticos sobre o re&ultaàJo de s·or­teias de números, promovido- em -ct,atas pre­fixa;;d.as, com di&tribuiçã'Ü, de prêmios me­diante rateio.

Art. 2.° O resultado liquido do concursode prognóstiC'Os, de que tra·ta o artigo an­te,rior, obtido depois de deduzidas dO' valorglobal das apo8'tas computadas, as despesasde custeio e de manutençãio- -do serviçG, ovalor dos prêmiGs, e a cota de previdênciasoci,al de 5% (cincü 'Por cento), incide·ntesobre a receita bruta de cac'ba sorteio, desti­nar-s,e-á às ,aplicações previstas no item TI,do artigo 3.°, da Lei n.O 6·.1-68, de 9 de de­l1:embro de 1974, com priorida;;de pana ospl'ogramas e proj'etos de in·terecSse· para a.sregiões menos desenvolvidas do Pais.

Art. 3.° O concurso de prognósticos deque trata esta Lei será regulado em. ato doMinistro de Estado .da Fazenda, que disporáobriglatoriamente sobre a r·ealização do con­curso, a fixação dos prêmios, o v,alo,r unitá­rio das apostas, -bem como sobre o limitedas despesas com o- custeio e a manutençãodo serviço.

Ar.t. 4.° O item I do artigo 2.° 'C1a Lein.O 6.168, de 9 de dezembro de 1974, passaa ter a seg.uinte redação:

"I - A renda líquida da Loteria Fe­deral, em qualquer .de suas modalidades,e da Loteria Esportiv.a Fede.ral."

Art. 5.0 ~ta Lei entr.a.rá em vigolr nadata de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Brasilia, l2' de novembro de 19,79; 1'5~.0 daIndependência e IH.o da Re<p<úh!úca. - JOAOFIGUEIREDO, Karlos Risehbieter,

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 12 10787

'e, 'Conseqüentemente, um fortalecimento doSistema Financeiro da Ha!bitação.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS

COMISSõES PERMANENTES

D/EiC!FVETO-[JE)! N.o 864, /DIE1'2 DE SFlI1EMBiRO IDE ,1116\}

Aljtera o artigo 2.0 do Decreto Legisla.­tiVD n.O 18, de 15 de dezembrD de 1961,e dá outras providências.

Os Ministlros dia; Marlnh,a dia Guer.ra" doExércLto e da AJecr.-ooáutioo :Militar '1LSJMldodas ,a.trlbuJiçães que lhes oon!fielre o <aJrt]gQ 1.0do Ato InstiJtuciol1'al n.o ,12, de 31 de' agostod~ 19'69, combínooo com o § 1.0 do B.lrtigo

PROJETO DE LEI N.o 2.364, DoE 1983

([)o Sil.". S~rgio Cruz)

Revoga o Decreto-lei n.O 864, de 12 desetembro de 1969, que dispõe sobre anis­tia.

(A Comiss·ão de ConstItuição e Jus­tiça.)

O Congresso Na:cionaq, de.cr·e,ta:

Art. 1.0 !É r'CiVogwdo o Decreto-lei n.O 8B4,'eLe 12 de setembro de 19611.

Al't.2.0 IE:s.ta Lei ,entrará em vigor na da­ta de sua 'Puh1Lca~ão, revogadas as di:s'POlSi­ções em contrário.

Justificação

lO Decre<to-lei n.O 864 é !l1esquício ua legis­lação disocricil:>náxiJa., ,regidla !por atos e desa­catos do peil."Íodo que 11lInte·cedeu à Lei deAnis.tia de 1969. 'Ê filho bast,ardo do AI-5,de 'triste memória. !E'stUiPl"Ü'u ,a malis elemen­ta;r norma jurídicw,segundo la qual a leinão retroage 'para prejudicar. Escudado nasombr3J negra de pre!jJOtênciJaJ que s,e con­vencionou ,chwm,a,r de "medtd:as revolucio­náJri·as", o Decre'to-lein.o 364, de 1969, comotantos outros de sua época, deu marcha à réno ,tempo paa:a vingar-se irraclQ[Jja,1 €' i['ada­mente ia irmãos brasileiros, !punidos em19,52, 'Por atos políticos de 19150 ,e anistIadosem 1961.

O Decret<>-lei n.O 864, die 1969, r,evogo'1lessaJ anistia, concedida 1)1elo Decre,to l.Iegis­latiJvo n.O 18, de' 1961. 'at1r,anoo 'ao des'eislperoc'ellltenas de dirigentes c1assis,tas que' nãotiveram participaçã-o que pudess'B ,estilITlulatra oj'eriza dos oarrascos de 19>64, Ij)ais que' ocrime supostamente' ,cometido 1j)O'r esties aIIl­tecedia. há illlialis de 'Uma déoada 'à quarte­lada de 3,1 de Il1!wrço.

O Decre1o'-lei n.O 864 su:pe'OOu-se. !Deixoude existir juridica ou mora,lmente, a par­tiLr da e~tinção do AíI-i) que Ogi8il'01l. O Con­gresso lNacionaJ 'e ,as demais inlstituições nãopodem continuacr.- convivendo com esiJe ltipode legislaçã-o. EJoa :amesquinha. 'aIS, IPiersJP€c­tiv:a.s odJe l'edemocratização.

Visa ,a 'P'l'eSlent,e prop.osição, ,ao il'evoga,r oDecreto-lei n.O 364 de 1969, Devital1zar Q

De,~.reto Degw1ati:vo n.° 18, de 1196,1.. mutiladOno essencial, em prejuízo de direitos adqui­ridos.

Baila das Sessões, 5 de outubro ide 1983. ­Sérgio cruz.

PROJETO DE LEI N.O 2.343, DE 1983

(no Sr. Márcio Br3lga)

Introduz alteração no Código de Pro­priedade Industrial, visando determinarque o prazo do privilégio se conte a par­tir da data da concessão definitiva.

(As C'omissões de Const~tuição e, Jus­tiça :e de Oiooci'a e Tec.no~ogIa.)

O COll'gJre:sso NaiC'ionaJ decreta:

A,r;t. 1.° O art. 24, H'caiPut", da Lei n.O5.77:?, de 2,1 de deli'Jelffibro de 1'9'7'1 (Código de!PfOf!Jriedaide Inliustrioal), .pass'a a vigorar coma seguinte r'edaç,ão:

'\A'Dt.24. O privill:é·gio d'e inv,enl}ão vi­'g'Oral'á pelo praoo ue qUÍll2le anoo, o demod·elo ,ele l1ti!lidwde e o de modelo oudesenho iniduSltrhaJ pelo prazo de dezanos, todos contados a 'Partir da data da,conces,são defini,tiva da iPaiten1Je.

...................... '.' .

A,rt. 2.0 ;EJsta Lei entrar,á em vigor nadwta de sua publiJcação.

Art. 3.° -Revogam-se as, di:sposiçõe's emcontrário.

Justificação

A disposição vi,gol'ante do art. 24, do Có­digo de Propif1edade Ill'dustriail, mandandocontar o praoo de validade ,das pa;tentes alPalftir da d3Jta do depõsito é, quando menos,:injusta, já que o .p.ri!vi'1égio, que· a Iegislaçã-oquis de quinz.e anos, no caso de in'll'enção ede dez anos, no de modeolo de l1tilidaje oumodelo ou desenho indus,trial, pode acabarangústia, se a burocra'Cia emperrar a con­cessão definitirva.

!É ,preciso não esquecer que, pas'sado o pra­zo U'O prirvHégío, o objeto da patente cairáem domínio ,público, segundo a regra do!parágrafo único do mesmo art;. 24, doe talmooo que o autor poderá nã::> usufruir, comod€!ViJdo, a sua invenção.

Daí a indispensabilidade da mudança aquipreoonizacLa.

Saila da:s s,essóes, ·i de outubro de 11J83. ­Márcio Braga..

LEGlSLAÇAO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS

COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o 5.772·,DE 21 DE DEZEMBRO DE 1971

Institui o Código de Propricdnde In­dustrial e dá outras providencias.

CAPíTULO IX

Da Duração do Privilégio

ATt.24. O Iprivilégio de invenção ~'igora­

rá pelo praoo de quinoo anos, o de modelode utiJidade e o de modelo ou desenho in­dustrial pelo prazo de dez anos, todos con­tados 'a pal'tir da data do de>pósito, desdeque observadas as prescrições legais.

!Parágr3Jfo único. Extinto o privilégIo, oobjeto da patente cairá em domínio público.

PROJETO DiE LEI N.O 2.344, DoE 1983

(iDo Sir. Leônidas Ra0wd)Dispõe sobre as amortizações de dívi­

das para com o Sistema Financeiro daHabitação.

'(A's, Comissões de Cnns,tituição e Jus­tiç.w, de Lnterioa- e de Finanças.)

O cong;resso Na,cionai decr'e,ta:

iArt. 1.° AJpós 'oomlpletar metade do ,prazocOThtra,tual, os finwIlJciamentos da casa pró­pria, cO'IJJcedidoo no âm'Jj~to do Sistema Fi­nanceiro da Habi,tação, terão suas presta­ções calculadas da seguinte forma:

a) no :p'rimeíro ano após o referido :prazo,o valor da prestwção secr.-á corrigido em ape­nas 10% (idez :pocr.- cento) da taxa de reajus­te ,fixada ,pelo Banco Nacionwl da Hi3!bita­ção;

b) nos an{)s subseqüentes, incoropOTar-se-á,em cada a,no, 10% (dez por cento) da taxade reajuste, até alcançar o limite de lO-O%(cem por c'ento) da refe!l"ida taxa.

'Art. 2.° Ao termo do 'Prazo contratuSlJ., osaldo devedOlr ,existente se,rá transf.eridopara a ,responsabilidade do Fundo de Com­pensa~·ão de 'Variaçõ1es lS'a'larials', CO!lli'ormedefinido em resaluçã,Q do Conselho de Ad­ministração do Banco Nacional da Habíta­ç.ã.o.

Axt. 3.° Es,ta Lei entra em vtgor na, datade S1Ua publ1cação.

Am. 4.01 Re:vogwm-s'e as disposições emcontrário.

Justifícação

Torna-se cada dia mais ínconte·stá:v,eI aprofunda crise que atra;ves:sa o Sis·tema Fi­nanceÍll"o da Habi:taç'ão.

'ResuHa'do da recessião econômica em ques,e. debate a e,conomia bra\SHeira, oes:vazia­mento do Fundo de Gar;antia do Te!llla;JQ de8el'lViço Tetpres,enta uma perigosa drenag.e!ll1de recursos do BM1:oo Nacional da Ha;bita­çã-o. As demissões em massa e a po,S's,ibili­dade, 'do a.profundamento do des,e.rn:pre,gotornam ainda mais· sombrias as. perspecti:vasdo Sistema.

Por outro lado, os pesadO's l"eajuste5 dasI)}r,es,ta,çõesi da 'casa 'Própria, muito, acima dosreajus,t.es sallariais da maioria dns mutuáriosdo BNH ,a;ca!baram por af,ugentar nOIvoscorn:pra:dnres., agnllVando ainda mais a crisedas 'entidades I1gaJdas à p'OiLít.ica habitacio­nail. Na verdade, oS' nÍlVeis de inadimplêitmiados mutuários, o :abaindono pucr.-o e simplesdas imóveis ou aI:> s,e'guldas tentativas d!e'V'enda, e o grande número d,e· unidrueles re­sidell'ciaisainda a espel'a d'e um comprado!.",ates,tam.a faolência do sonho da casa própria,fuuto da impossihilidade de' acesso da :maio~

ria dos cidadãos brasilekol:> aos financia­mentos..

Tornam-se, ,.pois, ur.gente,~ medidas vo:l,t,a­das para dewol'V'er a 'wcdibHidade do Sis,te­ma Financeiro da Hwbiotação, fa;cilita;ndo ascondições de aquisição !jJO,r pa[ite do mu­tuário.

!É este o seu'tido do projeto de l·ei que- ocr.-asubmetemos à llJj}reciação dos Hustres paresCongressistas. LEs,tamos !prOlPOOOo que, apóscUIITlprido me,tade ido prazo contratuall, s,ejaestaibereci'da uma tabe-la de, re.ajus:tes pe[­centuais da prestação da casa própria, CI()­

meçando com 10% no 1.0 ano, 20% no se­gundo e assim ·sucessivwmente i3!tié atingiJr OISlOll% do reajuste oficial.

Ã{:reditallIDSi que tal medidai ·rep,resentm:ásem dúvida um novo estímmo ao lllJUtuálrio

SaJ.a das S'essões, de- Leônidas Rachid.

doe 1933.

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Outubro de 1983DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)10788 Quarta-feira 12---------------------------------'--'-----'-

2.0 do ,Ato Institudonal ill.05, de 13 de de­zembro de' 1968, decreta:

Art. 1.0 O artigo 2.° do [)ecreto Legisla­Uvo li.o 18, ,rue' 15 de dezembro de' 19~1, I[N1SSa

a v~gmarcom 'a segumte redação:

"Art. 2.° A anistia concedida nesteDecreto ná.:> dá dirleito la IrevleTsão aoserviço, 'apos,ent8Jdoria, ~'8JS~agem paJraa inaJtividade' ,remune'rada, vencimentos,Drorventos ou s;flIltvrios ,rutra,sa,dos aos queforem d:errútidos, excluidos ou condena­dos lã '!JeTda de postos 'e patentes, ;pel':)sdelitos a.cima r'efe,ridos."

Ar1t. 2.0 Os processos rem -e,urso Ibase,a,dotSna 'anterior redação do artigo 2.° e seus pa­rágDa,fos do De'creto Legislativo n.0 18 doe1'5 de dezembro de 1961; eamda illão delfini­tiv,am:ente julg;ados, deverão ,se,r 'consider:i1!­dos prejudicados nosas[l'ectos !referidos nanov;a l'edação do mencionado ,dis[lositivo.

Art. 3.0 O presente Decreto-lei entra emvigOiT na d:i1!ta ,de sua publicação, fi0Mldorevog>adoS' os §§ 1.0 ,e 2.° Ido 'a,vtigo 2.° doDecreto Legislativo n.o 18, de 15 de dezem­bro de 1961, e dem!flIis dispOS'içõ,es rem 'c.on­tráJrio.

Bl'i1!sília. 1'2 de ,setembro de 1969; 1148.° ,CLalinÕJe/p;Elndência e 81.° dia República. -AU­GUS'J.10 HAlMANN RIDEMA:KER GRüNE­WMID, AURÉLIO 'DE LYRA TAVALRiES,MAiRCIO DE ISOUZA E MELLO, Luís iAnto­nio da Gama e Silva, José de MagalhãesPinto, Antônio Delfim Netto, Mário 'DavidAndreazza, Ivo Arzua Pereira, Tarso lOutra,Jarbas G. PassarinlJ.o, Loonel ,Miranda, Ed­mundo de Macedo Soares, Antônio DiasLeite Júnior, Hélio Beltrão, José ,Costa Ca­valcanti, Carlos F. de Simas.

PROJETO DE LEI N'<' 2.385, DE 1983

(Do Pod,er Executivo)

MElNSiArGEM !N.o 384/83

Reajusta a pensão especial concedidapela Lei n.0 3.801, de 2 de agosto de1900, a Antônia '(J()lombiano de SouzaNaves, viúva do ex-Senador Abilon deSouza Naves, e dá outras providências.

(iÀ.s Oom.isõoo de Constituição e .Jus­tiça e de Finançoo.)

O COIllglresoo NrucionM decreta:

.AJ:it. 1.0 O 'VIalor da ip'ensão eSlpleciaI con­cedida pela. IJei Itl.O 3,.8011, de' 2. derugostode 1000, a Antônila COI1ombino Souza NalV'€'S,que paMa a ser tdentificada =0 A;ntôlrRade Souza: lN!lJVIes - rvliÚ'va de Aibilon de SIOU­za iNiai\'es - f IDa reaJj~a:do no co1"r'€s!lJ'oIl­dente a 2 (dua.s) vezetS o maior. sa1:áJrio mí­nimo vigeillte no País.

ATit. 21.0 F1icann eXicluÍldoo do benefício osfli1hos cillarcIoo no ,!lJl"t. 1,.0 da Dei !fi.o 3.Ml.de 2 de a,gosto de 1960, por terem atingidoa. maior:id!ade.

lParáJgrafo únilco., A peI1!Sfu> :esrt1(ljbeile~ida

será devidarrruenJ1le. p3Jga à viúva enquantoesta. mantiveT o eslJado de 'Viuvez.

A1'It. 3.° A derslP€'SIa decorrente desta IJe100l.'!l'eI'á lã conta; die !EJn!CllJl'gQS ~r€!Vid'enci,á­

nos da UI!11ão - Recursoo sob a SupelJ:"Vi.sãodo Mind5té!rlo da íFlazlelIlda.

iAlrt. 4.° Esta Lei enwará em. IVigor na da­ta de sua publicação.

.AJ:it. 5.0 R/6Vogam-se ~ dislposições emco_ário.

Brasí1la, de de 1!J083,.

LEGISLAÇ1i.O CITADA

IlEJI No.o 3'.801"DE 2 DE AGOSTO DE 10960

Concede pensão ,especial de .çr$ 40'.000,OO'<QuaflJ'nm.mil c!-,uzeil:Qs) .aD.a Antônia Colombino Souza Naves,viúva. do Senador Abilon de Souza Na­ves e filhos.

O Pa".esidente da !R;e<pública,Fa,ço &aJ1J.er qUe o COngr,esso NacionaJI de­

creta, e eU, sanciono a seguinte lei::A<r,t. 1,.0 IÉ coocrediJda, a ;pm~tir de 1.0 de

j:a.neí:m de ,1000, 'a pensão especiwl de ....Cr$ 40.000.00 (quaIlenta' mil crU2leiros) a D.a:A:ntônia Colombino SOU2Ja Nav.e&, Marcos"Eli2labeth ,e BeaJtriz, respe'ctivamente, viÚ"lae fiilhoBl mrenones, do Senrudor A'biilon deSouza NaJV'es Te:ooIlltemelllte faLecido.

AJrt. 2.° Da pensão de que trata o aT,tlgoanteriOfr Cr$ 2'5.000.00 (vinte e cÍi!lJCO IIl1ilcruzeiros) crubwáo à Viúva e os Cr$ 15.000,00(quinze mi'l cruZieiJ'os) restantes, ao\S; trêsmenores, looDrendo a despesa à oonta da do­1Jrução orçallll!ootálria do MÍi!lJi'Stério da Fia:ren­da destln3Jda às peltl!SionisiJa:s da União.

iPa~'á'gra;fo únd'co. lA p,ensão, Ofra es,t(ljbele­ciJd:a será devIdamente pa'ga à viúva en­qUlaillto €Slta IDi1!n:m'V'er o seu ·es.ta.do de viu­'VI8Z.

Art. 3.° Esta lei ,entrará em vigor nadaJ1Ja d!e sua publica'r;-ão, rewo:gadasl as dis­posições emcontrá>rio.

Brasília, 2 de ,a;gooto de .1960; 13'9'.° da In­dependência e 72,.° da Riepública.

MEJN&(".>!EM N.o 364. DE J!!f83',!DO PODIER iEXlEOU'ITVO

!EXicelentissimos Senhores Membros doOOIIIgres:so Nacional:

Nos termos do ail't. '51 dIa Constituição, te­Illho ,a hOllJl"a de submJeroer à leleiVaàa d8'1iJbe­raç.ãJO de Vossas Exicelenci-llJs, aJCompamiradodre Exiposiição de MotiiVos do Senhor Minis...tro ,de ,Elstaido da Fazenda, o aJIlexo proje,tode :Lei. que "'l'erujusita 'a perr1:>ãJOes/IlGcrail con­oowdia pe1-a Lei n.o 3.801, de 2 de, 3)gos;to doel!900. a Antônia de SoUlla Ilbves', 'Viúva ÕJOex-Senador Abilon de Souza. NiaJV'es, e dá> 00­tras providêIllcias".

Brrusí1da" I) de OUltubrO de 1983. - JoãoFigueiredo.

EXPOSIÇãO IDE MOTIiVIOS N.o 142', DE 26!DE SE1IlEMBRiO DE 1003, DO SIElNHOR:MIINiIS'I1RO DE EJS'I1AIT)Q IDA iF1AZiElli[)iA.

ffilXClelentissimo Senhor Presiderute da R!e-P'!ÍJWÍ:oa,

.ArI1Jtôma die Souza iNaNes, 'Viúva do ex-'Sie­lllJador, soUcita melhoriJa da pensão €I'lpee'ialqUie lhe fdi ooTIJoocliJCLa (pela Lei !Il:.O 3.801, de~ derugOSlto de 1960.

2. O valor do ref,erido beneficio foi fi­xa:do, à época em 01.'$ 40.000,00 (qUlarrentami:l~) - s8Illdo Cr$ 215.000,00 paraa intJe'ressaJd'llJ e Cr$ 5.000,O(} PaJl)ll) cada umdoo três filhos - 'oo~endo, llituJaI­ilIlOOJ1Je, à funJpor,tâJIlIcia de Cr$ 23..4608,00 (vin­te ,e três mJili, qualJJroo8!DItos e sElSSielI1ta e ortoCl"U2leitroo) •

3., Por OIPOIItuno, caJbe ooclar~ que onmne oolJ118'to da benefliJci:í.ria é Antôni~ deSou.za Nm8!S, de aoorldo c:om oei:ltidfu> de ca­&amento aroJexak:1a; 'ao Processo n.o 3Q4.81lS/60- fi. 2 - e não o que consta da lei queirus,titud.u ()I rbenefÍICio.

4. lNellSaSi condições, em se' tra,1Jando de11ma pensão gil1rucios~, telnh.o a hoIl!lU de sub-

meter à con.'lIldera,çáo de VO'S.'la iElxoolênclao anJeJro ,:mtelprojelto de ld, ,e.lreViando o va­lor do referido oone.ficio para dU'a.'l V'e2l8SI omaiOfr sahkio minlimo do País, reX'Clluindo 00três fflhos por tEmem a.tingido a maioridadee ll"8'tificaJIl!do o nome da ben.ef-irc1ária deAtJJtônia Colombinod.e- Sou.za-·lNaves para,Antônia de Souza Naves.

Aprove1to a OIPOIItunidakle ;Pal'la l.'eiterar aVossa Ex!celêIllcia os !protestos. do meu maIsprofundo lI'e$eli'to. - Mailson Ferreira daNóbrega, Mimistro da Fa:oonoda, InterillJl).

ERRATA

Republica-se €m virtude de desanexaçãodo Projeto de Lei D.o 1.5GB/83, retirado peloautor.

PROJETO DE LEI N." l.032-A, ~"'E 1983(iDo ISr. Niols!(}l!1 Gijbson)

Altera a redação do art. 132 da Lein." 5.869, de 11 ,de janeiro de 1973 ­Código de IBrOCeGSo Civil; tendo pare­cer, da Comissão de ,Constituiçií..G e Jus­tiça, pela constitucionalidade, juridici­d.ade, técnica legislativa c, n", mérito,pela aprovação.

('projeto de Lei n.o 1.032, doe 1'983, aque se refere o parecer.)

O Cong>resso Nacional deiOro8ta:!AJl1t. :1.0 O Mt. 132 da Lei ll'.o 5.'8'69, de

101 de janeiJro de 19'73, Códig10 de PmressoGivU, passa a vigo,r(ljr com a se<g1!i.'1Jte 1'08­

dação:"Art. ,132. O Juiz, titUl1alJ: ou I>uooti­

tuto, q.ue iniciar a audiê<nJcia, 'r.:on'1llui­rá a iJn~truçãio" j'ulgando fi, lJJde, salivose esti'l'e!r oonvOicllido, ltcoen~ia;d:o', afas­taido por quaJIquer mOltivo, pr()moviJdoou arposell1Jtado, casos ,em que passa.rá osllJutos do seu S11IC€lSSor. Ao 11ece:fJê-ilos, oS11<181S801' prosse&Ui'l'á na llJUldiê'l1!ci.a" m<Ml­'d3JIlIdo r~eti;r, se entende,r necessária,as prccvcas já J,J!l101c1uzidas."

IAirlt. 2.° Eg,ta Lei entra.rá em v~g{)l(' à dllitade SlUa p1lJbilica~ão.

All't. 3.° lRervogam-sie as diIS[pDSiç&es em'Contrário.

Justificação

O princíaJÍ.O da idellltiJ<1ruoo física do juizé um dos pl'iIllcÍjpios e~osados ípelo atualCódigo de Prrocess,o Cg, estando, C<JilWWOO­tanciaJdo no d:i.spositi.vo que se ipl'ete<nde m'c­c:ÜJfÍlcar.

lO prineíaJio já foi ailiás llJbranc'Lrudo, comrrelJ:ação ao CÓIl.Ü1g1O !lI1lJter.lor, que~ aT€IS!Pi8ito:,

"A'l1t. 12G., O .JuIz trams:f.el'ido, i[JIIIO­movido OIU lliPOOeilltado c:onJclul.rá o j;ul­gamento cIos pl'lOlCessos Clu'ja in:li'ltnuçãohOUlVeT~ em 31U1diêncla, saiwo seo(} :f.UIlIà:am€ll1Jto da !lIJ.JIOOeIJJtai(ão hOUlV8'rmdo absoluta i:ncaJpaJCidakle fíBll(la oumoral para o exercicio do cargo.

O ju.iz s11bS1títuro, que h011V1er funcio­nado na instrução ÕJO :IJITlOOeSSQi em aJIl­diêmcl3l, S€Il'á () OOllltpetente P9!!'ll. j'UJ,giá­lo, amda quando o efetiJvo iJe;p.1l!a assu­anildo {) Cail'g1O."

iMa.s, aimJd:a. da fOiI'lll1a como :2'& ''lc'licOn.tiraredilgiJdo o <lisposLtivoaibuaw, mtl.1tiQ'" p.rejrUÍ­zos têm 1Il'azildo ã jootiça 'COm '2' eITl/P8il1ro.­llIli~to da máqUina j'1.1iCliJct.~'1ta 1!,:,,1~ 3!<mJIIlIU­laçllJ() dos proc~ que ~lell1llJ.. !:D',);r~ÚllldOiS

~gUJaJI'dando & volta. do jól1ill, '~T.!1, 'Q';i.at!iiêncla.ao menclon.a;do pr:i!lrolipio.

Page 11: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

Outubro de 1983

iE a razão des.sa {1bediêncla é eIlIOOIlitr'adama e~es.sLva importâJncia dada à prov,a tes­temUJllhal, lao depoimento.

'Mas, peirgun,ta-se:

IAté que ponto podie o magis1JraJClio sondall"o espmto ecorusciêinCia da iJestemunlha pa­ra sabeT até OII1Ide vai roa sinJcer.illlaide?

Qual a F1!lJCUl1crade de Dirr:eLto que prele­ciona lições die psdJoologlia que peJ.1IULtam me­Jlhor Uluf,e<rição dos dac!JOs trazidos peJa tes­tem'tWha?

A e:lOOeção l3JO pti!llCíaJio é ooolLhido !pelopróp,rio CówgQ de Processo, quanido reg1Ulaa oolJhe:Lta de .PI'ovas por precBltórLa. ObS>er­Vlll-Sie que a Jmtiça do 'DmibaJiho não adotao iPrilI1cÍIPÍO e é IIIessa jll.llSlÜça €\SIJ)eciaJiliada,sej a 'POlI' ()(}inJcLdêDJcia oru nãJO, qUie os ifefutos(')llIIllIDham com maior celeridJaide·.

lPioir isso tuido, UiPl'eSel11itamos o preseIllte!!JIl1O~~eto, na centeza de qoo sua 3J})00V.açãocação da. justiça e l'ealâzação dJo DiLneLto.

Sala das sessões, 13 de maio de 1983.Nilson Gibson.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS

COMISSõES PERMANENTES

[,EJi N,0 5.869,DE ]i DE JlA>NIElliRO lDIEl a.97S

Institui I() Código de iProcesso Civil já.com as emendas da Lei n.0 5.925, ere1.°-10-1973.

O IPiresLdenJte da RepúJblma, faço sab!e'l'que o CongIleS<lo' NaciJOnall delc:r'e<ta a eu sllJn­ciono a SegllÚl11te Lei:

ilJIVIRO li

Do Processo de Cm1hecimento.....................................' .

TiTli'LO IV

Dos órgãos .Judiciários e dos Auxiliaresda. .Justiça.

CAlPíTULO W

Do.Juiz

SlEÇAO IDos Poderes, dos Deveres e da

Responsabilidade do Juiz

~l1t. lG~. O jruíz, tiJtmIJ:!lJr ou suootiJtThto,~e imci!lJr a aUJdiê11lCiJa, COillJCl1JltirIá a. iJootmu­ção, jTh1~!lJl1'do a lide, sa1vo se for kaJ:llSlferido,prOl11()tvitdo ou llJPOS€l11ltado; casos em qlUepa.s8!lJrá OIS' a'1lWs ao seu SUCJOOSiO'r. AI;) IrIece­bê-J.oo, o s\ll~eSSlO'r prOS<le~á, na aUliiência,ma.nd'aIJido r,epem, I:IElem.tel!1Jd;e1f ne:cessáir.ío,as provas já prodruzjdas.

•• ' ••••••••••••••• ,••••••••••••••••••1••••••••

.............. ' , ' .:PtAiREOElR DA; COMI'SS'Ao

iDE CONS'I1l'IlUIÇAO lEI JUSIl1IQA

1 - Relatório

LPIleteillide o ,ii['l1str,e laUJOOr die.sJta pr<lIIlOSiçãod!lJr IIJ(w.a l1eidaçãJo. ao llIIIt. ~ do Código deProcesso Civil, que ficaria com este texto:

'1AJl1t. 113~L O jruiz, tiJ1JUJl;!lir <JIU subsiti.­·tuto, que iniciar a aOOiênJci;a, lCQII1cJ1uiráa Jnstrução, j.u1grundo a 1iIde, salivo seestiver convocado, licenciado, afastadop<lr qualquer motivo, promovido ou apo-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sentado, casos em que passará. os autosao seu sucessor. Ao relCe'bê-11os, o s:u~es­

S>Qlr pr,oss,egurlTá llia audi€micia, mandalIl­do .r.8IJ.)etir, se enten'Cle,r necessáda, asprovas já pll'O'duzildas,"

iAJI'gumeil1Jta o aJUJ1Jor:

"Mas, aiIllda na d'.(J,runa como se €l11­

lcontra r,edLgido (I d~itivo .atmM, mui­1;00 iPl1ejuíros ·têm trazilio à j u:s.tiça como el111.'PJeit'll'.ameIIJto ·da máJquillia jUld~ciáJria

'Pela llIeUl11lu:Iação dos pl'DICeSSiOlSI que fi­earrn sobrestllJdKJS< agluardallld!o a vKl'1ta dojuiz, ,em (lberdiêin~a ao lIIJlenlCionaJdo,prLncÍJP.i0.

iE a razão de.s.sa obe>diêruc1Ja é erucOl11­tTaida na eXKlessÍIV,a 1mportâJncla daJda àprova tes.te:rnrumJhal, ruo d€lpOimeil1Jto.

Mas, pemgum,ta.-.sre:

Até que ponto pode o magistrado son­dar o elSlpÍilliJTIo e oonsciênrCÍJa da teste­munha paroa sabeT wté on'Cle· vai sua silIl­IC'eridarle?"

n - Voto do Relator

Quail.que1r DeamtllJdo pode inici!lJr III tra.­m:htação Iegi&}aJti,va, em oaso OOl11liO o da pre­sente tpl1O{llOSição, eis qUie e[]Joonrtr,a l'elSIPalJelono a:rt. 56 da OOllstituição Feldeml.

iA atribruição é do CO'llig>l'eS<lO NaJciOlnaJ., C()ma sanção do Bresi:dente dllJ R€!púlblúica, ex vido ant. 43 do mesmo DipIlDma. básílco.

lA maltéll'ila é da compe.têncilll 1egi;sla,tivada Uruião, poc força dQ .m. 8.°, i.tem XVII,alínea b.

O proj.eto gu!lJIfda ooIJJfo.mni.'C!'Ulde com asbolllS l1eg:ras da TéciIli:ca LegiSll-rutlva.

Quam.toao méIUito, elllitendo que· a mU'c:!'alIl­ça é s,ai1rutllJr. A medida J.JIl1Oposrta Ulc,eãe.ra!l'á(ou, quando naJda, não emp8ll"1'!lJrá) ° amJda.­IIIIlel11Jto do feito e a pl'Mtação j'Uiri.srdicional!pQdierá ser pr.esiJllJda maiis prontamente.

Como bem alctentnrou a jUlSrtLficaitJJVa, ·a mo­diJf~caçã,() !Pl'OiPoota enlcontra .simmtude comas provas produzidas llIwavés de CllIIlta Pire­caJtória.

:Mieu prol1l1111ciameruto é pela U!P1'oOvação dop<rese:n,te Proje,to de Lei n.o 1.032, Ide .1I:r83,de autoria do nobTe DepuJtaJdo NdJ.son GilbsOlll,por ser o ll1l€iSll110 COiIlSti1JuiciJOl11t1l1 e j uxídico,além de estalT IIlJV11aidJo em boa l1éic:niCa leg1s­latiNa.

S,ala da Comissão, 14 de setembro de 1983.- Valmor Giava.rina, Relllltor.

m - Parecer da Comissã.o

lA Com.i.s.são de Constttmição e Justiça, emreunião rplJernária lrea1MzllJda hoje, opmou,uDJ!lJIIIÍl11i€llIJlente peJa oorustirtu:cionallidaide, jlll­riId:iicldade, iJécmca 1egiIDIlJtiva e, no méru,to,pela .aP'11OiVação do Plroj€'1:o de Lei!. n,o 1.032,de 1983, nos telrmoo do plliI100er do RleilJ!lJtor.

IEs.tiJve:ram pl"Men1Jes os Srs. DepThta!dJO\!;\:

iBoniJfáclo de AinJdJmda, Pu1esidem.te; LeomeB~lêm e BraJoo de CaJl1Vallho, Vicre-iBl'emKLen­tes; VaJanor m!llVari!tJia, :Aluízio Call1lIPOS,Wagner LllJgo, Pilinlo M!lJI'tim, Gorgôn!o Ne­to, José Geil1Joino, Nmcm Gibson, Jorge Air­bage, RaimUlllldo Lej,te, MáJrJJo AlSlSaid, NatailGala, GuLdo MioeIooh, Dj,alrma BelSlSa, Arman­do PMilllieiiro, Da'l'cíl:io .Ay1res, J()aciJ. Pell'eia':a,0táIv10 Oesárlo, Ronidon P.aJllheoo, EIlnani Sa­tyol1O, J·aiiro MagaJihii.es, ben Pil11frlreill"o, Ri­caIldo RiJbeiJro, Jb.sié Bu!m€ltit, !P.imellita daVeiga, Egídio FeIIl1eid1a Lil111a, Hao:rui!lJtxm. xa­vier., Theodoro MElI1Jdes, Atr.naJlIdo M!lJcieJ, Jor­ge Cllll"C«1ie, José MjeJo, João cunlha, F1ran­CÍSloo aernjannim, Ecliron. LOibão, OeI1oo Bar­ros, iRIOnaIrdo Caneldo, JosIé Taw>ar:es, C>sr1IJJa.r

Quarta-feira 12 10789

Lettão, Flori:{}eno Paixão e Jooé Call1os FOl11­seca.

Sala dia CollllissãJo., 14 de setembro de ,1900.- Bonifácio de Andrada, Pl1eiSidente - Val­mor Giavarina, RJelllJtor.

REQUElRLMElNTO DE RETmA[)A

Senhor' Presidente,

Requeiro a Vossa Exce,lência, nos termosll1egimen,taLs, desistência do Brojeto de Lein.O 1.508/83 - "aJ1Je'ra a redação do llIrt. 13·2da Lei n.O 5.00\}, de H de janeiro de 1'973- Código de Processo 'CiviJl.

Sala das Sessões, 7 de OIu1tubro de 1983.- Nilson Gibson.

o SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Está findaa leitura do expediente.

IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.

Tem a palavra o Sr. Nelson Aguiar.

o SR. NELSON AGUIAR (PMDB - ES. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, amanhãcomemora-se o Dia da Criança, quando a criança estarásendo homenageada por este País afora. Por ísso mesmo,gostaria de ehamar a atenção dos Srs. Deputados, comojá tenho feito em muitas ocasiões, para o angustiante ecomplexo problema do menor carente.

Falando perante a Comissão de Educação e Culturadesta Casa, a Presidente Nacional da FUNABEM, Pro!"Terezinha Saraiva, apresentou-nos um documento quedá conta de existirem, hoje, no Brasil, trinta e dois mi­lhões e ccnto e oitenta mil menores carentes, atê os aban­donados de fato. Convenhamos em que esta é uma es­tatística escandalosa. Um País. com a oitava economiado mundo, exibir em espetáculo de trinta c dois milhõese cento e oitenta mil menores carentes, representa istouma vergonha atirada à face de todos nós.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, estou entregando cor­respondência ao Presidente Flávio Marcílio, sugerindo aS. Ex' uma semana de debates. em que possam tomarparte os Srs. Deputados e os Srs. Senadores, exatamentesobre o problema do menor carente. Na minha maneirade ver. não há calamidade no sul. não há seca no N ar­deste, não há dívida externa, não há crise económica quejustifique o fato de haver neste País mais de trinta e doismilhões de menores carentes, milhões deles submetidos.transformados em pastos de perversões de toda ordem, apartir da fome e das prisões de que são vítimas. Entre assugestões que faço, apresento à Comissão de Educaçãodesta Casa, como apresentei à Presidente Nacional daFUNABEM, uma no sentido de que lutcmos para quc sedesvincule a política do menor carente do Ministêrio daPrevidência, para vinculá-la ao Ministério da Educação.Com a vincnlação da política do menor ao Ministêrio daPrevidência, criou-se. antes de tudo, a figura do menorcarente discriminado. Temos uma política executadapelo Ministério da Educação para o menor carente e te­mos esta política cxecu.tada pelo Ministêrio da Previdên­

cia e Assistência Social.

Ficam, pois, sugestões, na expectativa de que cstaCasa participe, de maneira a encaminhar uma nova polí­tica para ° menor, política em que ele seja colocado emregime de prioridade, e não uma política cujos resulta­dos, positivos. setorizados por estc País afora, vem de­pendendo muito mais da dedicação de alguns abnega­dos. que estão à frente dos institutos e das casas de cari­dade c de assistência ao menor, do que do Governo. Oquc cstamos sugerindo é uma prioridade em matéria depolítica do Governo para o problema do menor carente.

Page 12: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

10790 Quarta-feira 12

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O DEPU­TADO NELSON AGUlAR EM SEU DISCURSO

Brasília, Ii de outubro de 1983.

Exmo. Sr. Deputado Flávio MarcílioDO Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília-DF

Senhor presidente,Insisto em que esta Casa precisa se posICionar, cn"

quanto Poder, no tocante ao grave complexo e gigantes­co problema do menor carente em nosso País. Apesar dehá pouco tempo no exercicio do mandato, tenho somadominha voz, já em várias oportunidades, à de quantos deigual modo insistem em considerar o agravamento e O

aprofundamento deste que, isoladamente, por suas im­plicações e conseqüências, pode se apresentar como O

mais dramático problema nacional.Sei que esta Casa já se deu ao trabalho até de realizar

uma CPI sobre o assunto, com resultados consideravel­mente positivos. Contudo, parece-me oportuno teimarem que, enquanto Poder, a Câmara pode produzir resul­tados práticos, capazes de alterar o atual quadro, triste edesolador.

Para mim, a política do Governo, para o setor do menorcarente, está errada, e muitas das distorções e agravamen­to da situação do menor carente decorrem desse erro.

Ao criar a FUNABEM, num louvável esforço em fa­vor do menor carente, o Governo Castelo Branco, se­gundo vejo, cometeu um erro político-administrativo, aponto de criar, antes da figura do menor carente, a figurado menor discriminado. Fê-lo, ao vincular esta política (ado menor carente), na teoria e na prática, ao Ministério daPrevidência e Assistência Social, e não ao Ministério daEducação e Cultura. responsável pela política do menornão carente.

O resultado foi que, para o menor não carente, a polí­tica do Governo dá cnfase à cducação, mas para o menorcarente, dá-se cnfase à assistência social.

Nisto reside um erro sutil e grave, porque o problema dacriança, qua"luer que seja sua faixa de carências, é fnuda­meutalmente de educação e não de assistência social, oUmelhor, o aspecto assisténcia social viria atral'és do pro­cesso educacional.

A política do menor carente está, pois, na dependênciado orçamento do MPAS, ao passo que a do menor nãocarente vincula-se ao orçamento do MEC, além da parti­cipação dos governos estaduais e municipais. Ê outradistorção.

Ressalta-se também que, na maioria de mais de doisterços dos Municípios, a FUNABEM e congêneres esta­duais não possuem qualquer estrutura física ou adminis~

trativa, embora em todos eles cresça o número de meno­res carentes.

Todavia, o setor de educação tem sempre, na mais dis­tante vila ou povoado dos sertões isolados, uma unidadequalquer.

Minha proposta é que toda a apolítica do mcnor, emqualquer faixa etária ou em qualquer grau de carência,passe ao setor educacional, vinculando-se a ele e por elcsendo administrada c fiscalizada.

Assim, a política do menor carente, quejá esteve a car­go do Ministério da Justiça e deste passou ao MPAS.passe, o quanto antes, ao MEC.

A FUNABEM, que hoje é quase um ministério do me­nor carente, com sua enorme e ineficiente máquina buro­crática, transfira-se em conseqüência ao MEC. Aí, sim,teremos seu vasto corpo de psicólogos, sociólogos, psi­quiatras, pediatras, nutricionistas, agentes e assistentessociais, trabalhando junto com O professorado em um vi­goroso programa de governo a ser executado prioritaria­mente a partir da escola.

Eis por que, Senhor Presidente, me animei a encami­nhar esta carta a V. Ex'. levantando estas preliminares e

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sugerindo lima semaua de debates solne o angustiante as­sunto, a que se.iam convocados a tomar parte todos os Se­nbores Deputados e Seuadores.

De acordo com o depoimento da professora TerezinhaSaraiva, Presidente Nacional da FUNABEM, reeente­mente proferido na Comissão de Educação c Cultura daCámara, o Brasil tem hoje trinta c dois milhões e eento eoitenta mil menores carentes e abandonados de fato.

Convenhamos em que esta é lima vergonha nacionalatirada á face de todos nós. E não há calamidade no Sul,nem seca no Nordeste, nem dívida externa, nem criseeconômica que justifique um fato tão dantesco. NumPais que detém a oitava economia do mundo, o que estáfaltando é priorizar uma política de governo para o sc­tor. Esta prioridade não existe. E porque não existe, aíestão milhões de crianças brasileiras transformando-seem pasto de pervesões inomináveis por este vasto Pais.

O Congresso. ê o que desejo, precisa assumir a lide­rança desta missão. Que Deus ilumine Vossa Excelênciae a todos nós parlamentares, para que possamos eontri­buir melhor, e já, para salvar a criança brasileira.

Espero que Vossa Excelência veja com earinbo estassugestões.

Com abraço e o renovado apreço deNelson Aguiar.

O SR. DIRCEU CARNEIRO (PMDB - SC. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, até que enfim o Presidente da República descobriuque existe Congress.o Nacional neste País. Que existemrepresentantes do povo neste Congresso Nacional e quetambém existem partidos politicos.

Talvez tardio, mas, ainda que tarde, válido. Ê impres­eindível que os representantes do povo brasileiro discu­tam as medidas que deverão ser tomadas pelo Exeeutivo,que ê responsável para tomá-las. É preciso que esta dis­eussão faça com que as cargas ameaçadoras sobre opovo brasileiro sejam mais amenas e mais sensiveis às ne­cessidades do povo brasileiro.

Faço referência neste momento à política do arrochosalarial que vem expressa pelo 2.045, que é a sintese e osustentáculo da politica imposta ao Brasil pelo FundoMonetário Internacional. É o testemunho da perda deautonomia total deste País em gerir seus interesses naárea econômica.

É imprescindivel que se discuta este decreto, para quenesta discussào fiquem mais claras as suas verdadeirasintenções e aquilo que não vem escrito nas letras do de­creto. mas significam para o povo brasileiro.

Corrigir inflação em cima de salários, além de ser umamentira neste País, é uma injustiça clamorosa contra opovo. Não podemos aceitar que este debate de salário noBrasil causar inflação tome o vulto que vem tomandosem necessariamente ter a importáncia que lhe é atribuí­da. A maior fonte de inflação neste País, dito por todos;,s professores conscientes e preclaros, vem do sistema fi­nanceiro, da orgia do sistema financeiro implantado nes­te Pais e de cujos meeanismos este Governo perdeu todoo controlc. Ê preciso que isto fique claro, que em todasas empresas deste Pais o que mais pesa não são os sa­lários c. sím, os custos financeiros.

De modo que isto é preciso que fique claro. Não pode­mos também aceitar que se tomem soluções simplóriascomo as que vêm sendo propostas pelo Governo, de sim­plesmente aumentar os impostos. O povo brasileiro nãofoi consultado para os investimentos que foram feitos,para as mús aplicações dos recursos públicos, para oSdesvios, para os roubos, para a corrupção. No entanto,agora é convocado para receber mais uma sàbreearga,mais tributos. Esta é uma solução simplória, inaceitável.Ê preciso que se discutam as aplicações dos recursospúblicos e do dinheiro do povo.

Não podemos aceitar que o povo que não participouda fcsta seja convoeado agora para limpar O salão.

Outubro de 1983

Precisamos ser sensíveis ao clamor da Nação. Só emmeu gabinete, nesta Câmara dos Deputados, recebemoscentenas de apelos dos mais diversos lugares deste País edas mais diversas e diversificadas instituições de organi­zação de pessoas e de trabalhadores ou de profissionaisdeste nosso País.

Ê preciso que se tenha sensibilidade para ver e sentirque nesse clamor está estabelecida a diretriz da nego­ciação. Sacrifício para os trabalhadores em termos de sa­lários não se accita, é um assunto em que não há a menorpossibilidade de se negociar, isto é inegociávcl, é o direi­to supremo da Nação, maior do que os direitos patrimo­niais, é o direito da vida, é o direito de sobreviver, e nesteaspecto é inegociável.

E não bastam apenas ficarmos discutindo a retomadado crescimento, não é suficiente apenas a retomada docrescimento econômico do nosso País, é preciso discutiras bases desse crescimento. Nós precisamos discutir quetipo de progresso nós desejamos, se é esse progresso quemassacra a maioria do povo e beneficia uma minoria pri­vilegiada, ou é um outro tipo de crescimeoto que sejamais distributivo da renda, que seja mais justo, que sejamais respeitoso com os trabalhadores e com os humanosdeste Pais.

Não basta apenas discutirmos percentuais de aumentode salários, é precíso que se discutam as relações entre omaior e o menor salário, porque atrás das discussões doaumento salarial ou dos percentuais de reajustes se es­conde urna injustiça que não vem às claras se nós não

provocarmos este debate que são as relações de saláriosentre o maior e o menor, onde nações desenvolvidas têmsalários que variam de 1 a lO, de 1 a 12: de 1 a 15, e ficampor aí.

E neste Pais subdesenvolvido política e ceonomica­mente nós temos uma variação salarial de I a 200, quan­do não casos mais raros, mas existentes, variam até de Ia 1.000 salários mínimos.

Ê preciso que se discutam e se estabeleçam níveis devariação de salários. Ê um tema que se faz necessárioacompanhar a questão do 2.045, li questão da politica sa­larial que vem sendo discutida neste momento em nossoPaís.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. EMlmo PERONDI (PDS - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, tivemosesta semana, precisamente de sete a dez de outubro, emAlagoas, Maceió, a II Semana Nacional do Grupo deParlamentares para o Estudo da População e do Dcscn­volvimento. Além da hospitalidade do povo alagoano,especialmente das suas lideranças políticas e do seu Go­vernador, creio que foi muito proveitoso o Seminário.Lá compareceram mais de sessenta Deputados Federais,mais de dez Deputados Estaduais e meia dúzia de Verea­dores. O debate girou em torno da implantação, no Pais,através do Governo Federal, através do debate nesta Ca­sa, com a máxima urgência, do planejamento familiar.De fato, o planejamento familiar também é um direitohumano básico declarado e reconhecido pela Organi­zação das Nações Unidas, em 1968, e pela BEMFAM,que dá assessoria a este grupo de Parlamentares. Na oca­sião, foi reeleito, para a presidência do referido grupo onosso querido companheiro Haroldo Sanford.

Queremos também registrar que o Congresso Nacio­nal possui hoje mais de duzentos parlamentares engaja­dos nesta matéria, neste debate, tão importante para aNação e que, a curto prazo, deve ser reconhecido peloGoverno Federal.

Outro .assunto que aqui nos traz rapidamente, e cujoregistro fazemos nesta Casa, ê o problema do trigo. To­dos sabem que a Região Sul ê produtora de trigo. Esteano há perspectiva de uma safra razoável para boa. Asaca de trígo está na ordem de oito mil e novecentos cru~

zeiros. Sabemos que o trigo, como quase todo3 os produ­tos básicos da Nação, gira em função do preço do merea-

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Outubro de 1983

do internacional. Outrossim, sabemos que a Rússia, queé uma grande produtora de trigo, infelizmente, porproblemas climáticos, não produzirá sequer 40% do es­perado. Logicamente, na área internacional, o trigo teráum preço aviltante. E hoje, pela manhã, contactamoscom o Sr. Ministro da Agricultura e seus assessores daárea econômica, solicitando, fazendo um apelo e reivin­dicando uma suplementação para cobrir as defasagensde custos ao produtor de trigo. Que o mínimo da saca detrigo seja estabelecido na ordem de onze mil e quinhen­tos cruzeiros a doze mil cruzeiros.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, era o que tinha a di­zer.

O SR, BRANDÃO MONTEIRO (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, vi­mos a esta tribuna, no horário destinado ao Pequeno Ex­pediente, trazer mais uma denúncia contra um dos gran­des aventureiros que existem neste País. Refiro-me ao Sr.Sílvio Santos, Iider do Grupo conhecido como TV-S.Esse senhor, vendedor de ilusões ao povo brasileiro, es­pecialmente às classes menos favorecidas, recebeu depresente, há dois anos, um canal de televisão, acabandopor fazer uma rede de televisão neste Pals.

Na oportunidade, quando recebeu as concessões paraa rede de televisão, que acabou por implantar,comprometeu-se com o Governo Federal em não demitirempregados mas, ao contrário, ampliar, na sua rede, aárea de trabalho.

Pois bem, Sr. Presidente, apesar da reportagem publi­cada na Revista Veja, no dia 2t de setembro próximopassado, intitulada "O Fantasma do Vídeo", em que sãotrazidas considerações da ampliação da TV-S que, comdois anos de vida, Já conquistou 25% da audiência de te­levisão, e ameaça o poder da Rede Globo, apesar disso,o Sr. Sílvio Santos, um dos beneficiários deste País, co­meçou a demitir funcionários. Assim o fez em São Paulo,quando demitiu vinte e dois jornalistas e recentemente,no Rio de Janeiro, quando demitiu nove jornalistas.Refere-se o Sr. Sílvio Santos à TV-S, dizendo que é umaemissora que detesta jornalismo c esporte. Na verdade,ela vem, diuturnamente, infringindo o Código Nacionalde Telecomunicações, que exige um tempo mínimo deprogramaçào jornalística.

Além de tudo isso, Sr. Presidente, o Sr. Sílvio Santosvem violando a Consolidação das Leis do Trabalho noque diz respeito à estabilidade dos dirigentes sindicais­aliás, essa norma tem sido violada diuturnamente nestePaís no que se refere aos órgãos de imprensa. Demitiu,há dois meses, Márcio Bueno, dirigente sindical do Riode Janeiro e, há cerca de quinze dias, Ana Maria Man­din, também dirigente sindical. Antes, a Editora Blochjáhavia demitido quatro diretores do Sindicato dos Jorna­listas do Rio de Janeiro e o Jornal do Brasil havia tam­bém demitido um dirigente sindical.

Sr. Presidente, esse é o protesto que trazemos, emnome dos jornalistas e dos Sindicatos dos Jornalistas dosM unicipios do Rio de Janeiro e São Paulo, quando todaa Nação brasileira está preocupada com a contenção domercado de trabalho, na luta contra a recessão, contra odesemprego. Aqueles que iniciaram sua vida vendendoilusões e carnés às classes menos favorecidas e que forampremiados com Um canal de televisào, logo, em menos dedois anos, aplicam punição àqueles quc fazem, na verda­de, a imprensa e a televisão no Brasil, que sào os traba­lhadores.

O SR. ALUfzlO CAMPOS (PMDB - PB. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs's e Srs. Deputados,venho falar da minha cidade. Há precisamente cento edezenove anos a Vila Nova da Rainha era elevada à cate­goria de cidade, recebendo o nome de Campina Grande.Incrustrada na confluência de ecologias diferentes. rece­bendo, de um lado, o áfago verde do brejo paraibano, dooutro as cutiladas estimulantes do cariri do meu Estadoe, vindo do litoral, o vento que passa pelo agreste, tudo

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

isso transforma o clima de Campina Grande num dosmelhores do nosso Estado. Campina Grande mudou denome, mas não perdeu a majestade; continua conhecidacomo a Rainha da Borborema. Temos lá um povo inde­pendente e cheio de iniciativas, que pouco tem recebido,como estímulo, do poder público. Todavia, vem conse­guindo manter um dos maiores centros de trabalho doNordeste brasileiro. Fomos, durante longos anos, umdos maiores empôrios comerciais do interior nordestinoe, hoje, as nossas atividades estão sendo substituídas porum centro de influencia cultural. Lá funeionam duas uni­versidades, com cerca de dezessete mil universitários equase dois mil professores. uma grande rede hospitalar eagências de quase todos os bancos do País. No últimopleito, votaram cerca de cem mil eleitores, e a tradição deindependência e coragem política foi mais uma vez de­monstrada pela vitória do PMDB. Continuamos enfren­tando antigas dificuldades, as mesmas que sào enfrenta­das em todo o Nordeste. Mas, como prova de nossa ca­pacidade e do nosso esforço, ainda há poucos dias inau­guramos a sede da Federação das Indústrias da Paraíba,um novo marco de afirmação e de confiança, através doqual plantamos em concreto a disposiçào de acreditar­mos que no interior do Nordeste também se pode fazerindústria. Temos na cidade cerca de mil pequenas ofici­nas mecânicas e mais de três mil artesãos sapateiros.Continuamos demonstrando que a coragem e a determi­naçào podem vencer todos os obstáculos.

É natural, entào, que, nesta data, venha manifestar,nesta Cãmara, O meu contentamento e expressar ao meupovo, o povo que represento nesta Casa, a esperança deque continuaremos liderando o desenvolvimento da nos­sa região, certos de que seremos capazes de alcançar o es­tágio de justiça social que constitui a meta fundamentaldo esforço político de todos nós, oposicionistas.

O SR. FERNANDO SANTANA (PMDB - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,ocupamos hoje horário do Pequeno Expediente para tra­tar de dois assuntos que consideramos da maior impor­tüncia.

O primeiro deles refere-se a documento enviado aoChanceler Saraiva Guerreiro pela Comissão de solidarie­dade à Nicarágua, de Salvador, Bahia. Esse documento,encaminhado peta escritora Ana Montenegro, leva as as­sinaturas de representantes de cinqiienta e seis entidades,tais como associações profissionais, Comissões de Direi­tos Humanos, Comissões Diocesanas de Justiça c Paz,Comissões Patronais da Terra, diretórios acadêmicos daUniversidade Federal da Bahia e da Universidade Ca­tólica de Salvador, sindicatos de todas as categorias pro­fissionais e assinaturas oficiais do Partido do M ovimen­to Democrático Brasileiro e do Partido dos Trabalhado­res. além de Deputados Federais e Vereadores. Além dis­so, acompanha-o um abaixo-assinado com centenas deassinaturas de professores, profissionais de diversas cate­gorias c homens do povo.

Entregamos este documento pessoalmente ao Sr.Chanceler Saraiva Guerreiro, em entrevista que solicita­mos a S. Ex', tendo sido prontamente atendidos. Naoportunidade, comunicamos a S. Ex' que, além do docu­mento original, portávamos mais duas cópias, sendouma delas destinada ao Embaixador da Nicarágua noBrasil, Sr. Ernesto Gutierrez, c outra ao Sr. Raul Trejos,Diretor do Centro de Informações das Nações Unidasno Brasil, entidade com sede no Rio de Janeiro.

E aproveitamos para apetar desta tribuna no sentidode que o Brasíl, na medida de suas possibilidades, im­peça a íntervenção americana na Nicarágua c nomeie, oquanto antes, um Embaixador de acordo com o nível darepresentaçào da Nicarágua no BrasiL

Sr. Presidente. o segundo assunto também é de sumaimportáncia. Trata-se do editorial do jornal A Tarde, deSalvador, Bahia, sob o título "A Abdicação da Sobera­nia",

O art. 44, inciso I. da Constituição, diz textualmente: ,

"Ar!. 44 - É da competência exclusiva do Con­gresso:

I - resolver definitivamente sobre os tratados,convenções c atos internacionais celebrados peloPresidente da República."

Ora, Sr. Presidente, nunca o País assumiu tanta res­ponsabilidade no plano internacional sem que o povo e oCongresso tomassem o menor conhecimento.

O jornal A Tarde, em editorial de primeira página, emtrês colunas, enfoca o problema de maneira que nenhumjornal deste País o fez até agora, dando maior destaque àSeção 8.07 da Carta assinada no dia 25 de fevereiro de1983, dc um lado, pelos Srs. Carlos Langoni, Presidentedo Banco Central; e Ernane Galvêas, Ministro da Fazen­da, c de outro pelo Sr. Gcrard B. Finneram, PrimeiroVice-Presidente do City Bank.

Por essa cláusula, Sr. Presidente, tanto na Seçào 8.07,como nas 8.08 e 8.10. o Brasil submete-se irrevogavel­mente a qualquer tribunal do Estado de Nova Iorque ou,caso isto não seja do interesse dos bancos dos EstadosUnidos, ao Supremo Tribunal de Justiça de Londres.Então, abdicamos totalmente da nossa soberania. Nocaso de qualquer reclamação, hoje ou no futuro, que en­volva a nossa dívida externa, e até mesmo quando tiver­mos que discutir o assunto, nosso advogado deverá serindicado por uma espécie de Ordem dos Advogados deNova Iorque.

Essas questões, Sr. Presidente, preocupam extraordi­nariamente o povo brasileiro, e vale a pena transcrevernos Anais desta Casa referido editorial na íntegra, por~

que muito servir:í ao conhecimento dos Srs. Parlamenta­res:

"A ABDICAÇÃO DA SOBERANIA

Se algum ato oficial devesse estar exposto emtoda a sua integridade ao pleno conhecimento danação, nenhum, na quadra que atravessamos, maisdo que Os acordos que vêm sendo feitos entre o Go~

vemo da União, representado pelos ministérios daFazenda e do Planejamento, c o Banco Central doBrasil, de um lado, e, de oulro, o Fundo MonetárioInternacional e bancos estrangeiros credores donosso País.

E não sô tais atos deviam ter a mais franca divul­gação, como, para receberem o respaldo da nação,merecerem o exame e a aprovação do CongressoNacional, ti sua mais alta representHção.

Se, pela Constituiçào brasileira não pode o Presi­dente da República celebrar convenções e atos inter­nacionais sem a aprovação do Congresso, de cujacompetência exclusiva é a deliberação sobre atos in­ternacionais, tratados e convenções celebrados peloPresidente da República (Const. art. 44 - inc. I),muito menos o podem celebrar os seus prepostos cos membros do governo, isto é, o Presidente doBanco Central e os Ministros.

Valendo-se, porém, do Decreto-lei 119 1.312, de 15de fevereiro de 1974, que autoriza o Poder Executi­vo a dara garantia do Tesouro Nacional a operaçõesde créditos obtidos no exterior, as autoridades su­pracitadas consideraram-se credenciadas a hipote­car a soberania nacional em uma série de atos dosquais só chegaram ao conhecimento público a pri­meira carta de intenções ao FMt e o protocolo a elaanexo. Por esse documento já se percebia a tendên­cia das autoridades em apreço para concessões lesí­vas aos mais aftos interesses nacionais e uma francasubmissào a rigorosas exigências detrimentosaspara o soerguimento da nossa economia. Mas, a pri­meíra carta não valeu e depois dcla não vieram apúblico, na sua inteireza, os acordos e documentosoutros que se lhe seguiram. Apenas informada era anação do que a tais autoridades convinha ínformá­la.

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10792 Quarta-feira 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

"Exm's Srs. Deputados

Nelson Marchezan, Freitas Nobre, Bocayuva Cunha,Ivete Vargas e Airton SoaresDD. Líderes do PDS, PMDB, PDT e PT

trição da alienação de bens públicos contida no arti­go 67 do Código Civil Brasileiro), ou, ainda, pelaexecução de qualquer decisão de arbitragem por ra­zões de soberania ou quaisquer outras, no que dizrespeito a qualquer questão surgida ou relacionadaa suas obrigaçõcs sob este acordo".

Não é preciso apontar outras cláusulas para mos­trar quanto atingida está até a própria dignidade na­cional, ao menos nesse acordo com o nosso maiorcredor, o Citibank, de 'cujos lucros, no ano passado,40 por cento foram obtidos no Brasil."

Os Deputados abaixo-assinados, em manifes­tação de plenário, independente de posições parti­dárias.

Considerando que a regulamentação do Ar!. 45da Constituição Federal é dever imposto ao Con­gresso e representa avanço na conquista de sua com­petência;

Considerando a sua importância para o Pais epara a consolidação e aperfeiçoamento do regimedemocrático, ao dispor.. "sobre a fiscalização dosatos do Poder Executivo, inclusive os da adminis­tração indireta";

Considerando, ainda, o objetivo comum de afir­mação do Poder Legislativo;

Solicitam V. Ex's que subscrevam, conjuntamen­te, o pedido de urgência para o Projeto n" 4.050, de1980 aprovado, unanimemente, no Senado Federale nas Comissões competentes da Cámara dos Depu­tados.

Sala das Sessões, 19 de setembro de 1983.

PMDBPDTPMDBPDSPMDBPDSPDSPDSPMDBPDTPMDBPDSPMDBPMDBPMDBPDSPDTPDSPMDBPMDBPDSPMDB

PDSPDSPDSPDSPDSPDSPDSPMDBPMDBPMDBPDSPDSPDSPMDBPTPDSPMDBPDTPMDBPMDBPMDBPMDBPMDBPMDBPMDBPMDBPMDBPDSPTBPMDBPDSPMDBPMDBPDSPDTPMDBPMDBPDSPMDBPDSPMDBPDSPMDBPMDBPDTPMDBPMDBPMDBPMDBPDSPTPMDB

RNRJSPALSPMSSPRRGORSRPACRJPBPRRJRSBAMGPRPARNMGPEPRBAAPPRSPPEPRAMPRSERSSPSP

MGPARJSP

AMMGMGRJBAPEPB

MGMGRJPR

MGMAPICERJPAPESPMTRJSPRSRJSPRJRJPRPASCBASPAL

Agenor MariaAgnaldo TimóteoAirton SandovalAlbérico CordeiroAlberto GoldmanAlbino CoimbraAlcides FranciscatoAlcides LimaAldo ArantesAldo PintoAlencar FurtadoAlércio DiasAloisio TeixeiraAluisio CamposAmadeu GearaAmaral NetoAmaury MüllerÂngelo MagalhãesAníbal TeixeiraAnselmo PeraroAntônio AmaralAntônio CámaraAntônioDiaiAntônio FariasAntônio MazurekAntônio OsórioAntônio PontesAntônio UenoArmando PinheiroArnaldo MacielAroldo MoleuaArthur Virgílio NetoAry KffuriAugusto FrancoAugusto TreinAurélio PeresBete MendesBonifácio de AndradaBrabo de CarvalhoBrandão MonteiroCardoso AlvesCarlos Alberto de CarliCarlos EloyCarlos MosconiCarlos PeçanhaCarlos Sant'.AnnaCarlos WilsonCarneiro ArnaudCássio GonçalvesCastejan BrancoCelso PeçanhaCelso SabóiaChristóvam ChiaradiaCid CarvalhoCiro NogueiraCláudio PhilomenoClemir RamosCoutinho JorgeCristina TavaresCunha BuenoDante de OliveiraDarcílio AyresDarcy PassosDarcy PozzaDaso CoimbraDel BOSCD AmaralDélio dos SantosDenisar ArneiroDilson FanchinDionísio HageDirceu CarneiroDjalma BessaDjalmaBomDjalma Falcão

ESTADO PARTIDO

RJ Po.TSP PDSPA PMDBse PDSSE PDS

MO PDSCE PDS

DEPUTADOAbdias do NascimentoAdail VettorazzoAdemir Andrade

Adhemar GhisiAdroaldo CamposAécio CunhaAécio de Borba

O SR. ISRAEL PINHEIRO (PDS - MG. Sem revi­são do orudor.) ~ Sr. Presidente, Srs. Deputados, a criseque a nossa Nação atravessa está despertando, felizmen­te para todos nós, as nossas Lideranças para a granderealidade brasileira. O clima de confrontação, que pre­dominou no início dos nossos trabalhos e que estavacriando constrangimento no relacionamento, que deveser o mais democrático possivel, mesmo entre Congres­sistas e Deputados de diferentes partidos, está sendosubstituído, graças a Deus, pelo diálogo, c os estreitos li­mites das fronteiras estão sendo vencidos pelos interessesnacionais. O Congresso hoje vem sendo reconhecidocomo o grande f~ro natural de todos os debates que sefazem necessários para que possamos encontrar, atravésdo diálogo que já se anuncia, soluções para os problemaspoI!ticos, econômicos e sociais. A superação do episódioDeputado Mário Juruna e a convocação do Sr. Presiden­te João Figueiredo em torno de troca de posições a res­peito de alternativas para o Decreto-Lei 2.045 são provasinequivocas deste avanço democrático que, infelizmente,a Pátria brasileria vem conquistando.

Mas, se por um lado, Sr. Presidente, o Congresso vemalcançando responsabilidades e maiores poderes paraparticipar das soluções, é preciso que ele esteja prepara­do para assumi-las, e é por isso que consideramos damaior importância a apresentação de um requerimento,com 33 I assinaturas, dos Srs. Deputados de todos ospartidos políticos com assento nesta Casa, dirigido a to­das as lideranças partidárias, nos seguintes termos:

Mas, não há segredo entre mais de uma pessoa.Quando de algum fato duas sabem, o segredo já nãoexiste. E atos de tal natureza não podiam ficar res­tritos ao conhecimento de um reduzido número deinteressados. Assim é que agora conhecemos os ter­mos do acordo, datado de 25 de fevereiro deste ano,entre o Banco Central do Brasil e República Federa­tiva do Brasil, como fiador, e o Citibank N.A. (osagentes) e outros.

Esse acordo é firmado pelos Srs. Carlos GeraldoLangoni, como presidente do Banco Central; Erna­ne Galvêas, como min istro da Fazenda, e Gerard B.Finneram,. como I' vice-presideate do CitibankN .A. E um dos vários assinadores à revelia da naçãopelas suas autoridades econômicas, comprometen­do a atual e fu!uras gerações no seu cumprimento,pois ninguém em perfeito juízo vai aceitar o prazode nove anos para o pagamento, por qualquernação, de uma divida que, no próximo ano, deveráestar beirando os 130 bilhões de dólares. O compro­misso, portanto, será para muitos e muitos anos.

O que há de mais grave, porém, não é a facilidadecom que as referidas autoridades assumiram tama·nha responsabilidade por conta própria.

O que vai estremecer esta nação é a maneira porque foi empenhada a sua soberania. O documento aque nos referimos contém cláusulas pelas quais oBanco Central do Brasil, que é o órgão executor danossa política monetrária, abdica totalmente da suacondição de banco da nação brasileira. Exemplo:

"Seção 8.07 - Consentimento de Jnrisdição peloBanco Central; Desistência de imunidades pelo BancoCentral - (a) Consentimento à jurisdição - Pormeio deste acordo, o Banco Central se submete, ir­revogavelmente à jurisdição de qualquer TribunalFederal ou Estadual localizado na cidade de NovaIorque e ao Supremo Tribunal de Justiça de Lon­dres, no tocante a qualquer ação ou processo decor­rente ou relativo a este acordo ou aos contratos,concordando também irrevogavelmente que qual­quer apelação com respeito a essa ação ou processoseja ouvida e decidida num tribunal do Estado deNova Iorque ou, dentro dos limites permitidos pelalei, num Tribunal Federal naquela cidade ou, ainda,no Supremo Tribunal de Justiça de Londres"... Aeláusula prossegue, apontando o Banco do Brasilpara agente do processo em Nova Iorque e em Lon­dres. Ainda nesta cláusula, o item C obriga o BancoCentral a renunciar a qualquer imunidade referentea si prôprio ou aos seus bens. Uma outra, a Scção8.08, dispondo sobre litlgios entre o fiador (o Brasil)e os bancos (os credores), estabelece que a escolhade um terceiro arbítrio deverá recair obrigato­riaemtne em um advogado praticante da Ordem dosAdvogados de Nova Iorque. Na Seção 8.10,prescreve-se: "Este acordo e os contratos serão redi­gidos e elaborados de acordo com as leis do Estadode Nova Iorque, Estados Unidos". .

Mas, há outras cláusulas que o público deve co­nhecer nesse incrível documento. Eis a letra E daSeção 4.02 - "Reputação e credibilidade - A repu­tação e a credibilidade do Brasil estão empenhadasno cumprimento e no pagamento, pelo fiador, doscompromissos que assumiu sob este acordo". Eveja-se o que diz a letra I da mesma seção: "Ausên­cia de Regístro - Para assegurar a legalidade, vali­dade, exeqüibilidade ou admissibilidade em teste­munho deste acordo no Brasil, não se faz neeessárioque ele, ou qvalquer documento a ele referente, se­jam registrados ou reconhecidos por qualquer tribu­nal brasileiro, ou que qualquer estampilha ou taxascmelhante seja paga no quc lhes diz respeito". Emais adiante, a letra N da mesma seção estabeleceque: "O Brasil não tem direito a imunidade algumaconcedida por qualquer ato judicial ou pela exe­cução de sentença !la Brasil (exceção feita à res-

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 12 10793

Domingos Leonelli BA PMDB João Gilberto RS PMDB Mendes Botelho SP PTB

Edison Lobão MA PDS João Herculino MG PMOB Mendonça Falcão SP PTB

Eduardo Galil RJ PDS João Hermann SP PMOB Miguel Arracs PE PMDB

Eduardo Mattarazzo Suplicy SP PT João Rebelo MA PDS Milton Brandão PI PDS

Egídio Ferreira Lima PE PMDB Jorge Arbage PA PDS Milton Figueiredo MT PMDB

Elquisson Soares BA PMDB Jorge Carone MG PMOB Milton Reis MG PMDB

Emídio Perondi RS PDS Jorgc Leite RJ PMOB Mozarildo Cavalcanti PR POS

Emílio Gallo MG PDS Jorge Medauar BA PMOB Moysés Pimentel CE PMDBEnoc Vieira MA PDS Jorge Uequed RS PMOB Múcio Atbayde RO PMDB

Epitácio Cafeteira MA PMDB Jorge Vargas MG PMOB Myrthes Bevíllacqua ES PMOB

Estevam Galvào SP PDS Jorge Vianna BA PMDB Nadir Rosseti RS PDT

Euclides Scalco PR PMDB José Buenett MA PDS Navarro Vieira Filho MG PDS

Eurico Ri beiro MA PDS José Carlos Fagundes MG PDS Nelson Morro SC PDS

Evaldo Amaral SC PDS José Carlos Fonseca ES PDS Nelson Wedck in SC PMOBEvandro Ayres de Moura CE PDS José Carlos Martinez PR PDS Nilson Gibson PE POSFabiano Braga Cqrtes PR PDS José Carlos Teixeira SE PMDB Nilton Alves RS PDTFarabulini Júníor SP PTB José Carlos Vasconcelos PE PMDB Norton Macedo PR PDSFélix Mendonça BA PDS José Eudes RJ PT Nosscr Almeida AC PDSFernando Bastos SC PDS José Fernandes AM PDS Nylton Velloso MG PDSFcrnando Carvalho RJ PTB José Fogaça RS PMDB Octacílio Almeida SP PMOBFernando Collor AL PDS José Genoino SP PT Octavio Cesúrio PR PDSFernando Gomes BA PMDI3 José Jorge PE PDS Odilon Salmoria SC PMDBFernando Lira PE PMDB José Lourenço BA PDS Olavo Pires RO PMDBFernando Santana BA PMDB José Machado MG PDS O1ivir Gabardo PR PMOBFigueiredo Filho RJ PDS José Maria Magalhães MG PMDB Oly Fachin RS PDSFlávio Bierrcnbach SP PMDB José Melo AC PMDB Onísio Ludovico GO PMDBFloriceno Paixào RS PDT José Mendonça de Morais MG PMDB Orestes Muniz RO PMDBFrança Teixeira BA PDS José Moura PE PDS Orlando Bezerra CE PDSFrancisco Amaral SP PMDB José Penedo BA PDS Oscar Alves PR PDSFrancisco Benjamím BA PDS José Ríbamar Machado MA PDS Oscar Correa MG PDSFrancisco Dias SP PMDB José Tavares PR PMDB Osvaldo Melo PA PDSFrancisco Erse RO PDS José Thomaz Nonô AL PDS Oswaldo Coelho PE PDSFrancisco Pi nto BA PMDB José Ulisses MG PMDB Oswaldo Lima Filho PE PMDBFrancisco Sales Rü PDS Josias Leitc PE PDS Oswaldo Murta MG PMDBFurtado Leite CE PDS Josué de Souza AM PDS Ozanan Coclho MG PDSGastone Righi SP PTB Juarez Batista MG PMDB Paulino Cícero de Vasconcellos MG PDSGenebaldo Corrcia BA PMDE! Juarez Bermudes GO PMDB Paulo Lustosa CE PDSGeraldo Bulhões AL PDS Júlio Costamilan RS PMDB Paulo Minearone RS PMDBGeraldo Fleming AC PIVIDB Júnia Marise RS PMDB Pedro Colin SC PDSGeraldo Melo PE PDS Jutahy Junior Ba POS Pedro Ccolim ES PDSGerardo Renau!t MG PDS Lázaro Carvalho RJ PDS Pedro Corrêa PE PDSGerson Peres PA PDS Leônidas Sampaio RJ PMDB Pedro Sampaio PR PIVIDBGorgônio Neto BA PDS Leopoldo Bessone MG PMDB Pimenta da Veiga MG PMDBGuido Moeseh RS PDS Leome Belém CE PDS Plínio Martins MS PMDBGustavo Faria 'RJ PMDB Lúcia Viveiros PA PDS Pratini de Moraes RS PDSHamilton Xavier RJ PDS· Lúcio Alcântara CE PDS Prisco Viana BA PDSHaroldo Lima BA PIVIDB Luiz Baccarini MG PMDB Raimundo Asfora PB PMDBHaroldo Sanford CE PDS Luiz Ou1ci MG PT Raimundo Leite SP PMDBHarry Amorim MS PMDB Luiz Antônio Fayet PR PDS Ralph Biasí SP PMDBHélio Dantas SE PDS Luiz Guedes MG PMDB Randolfo Bitteneourt AM PMDBHélio Duque PR PMDB Luiz Henrique SC PMDB Raul Belem MG PMOBHélio Manhães ES PMDB Luiz Leal MG PMDB Pa ul0 Zarzur SP PMDBHeráclito Fortes PI PMDB Maçao Tadano MT PDS Raul Bernardo MG PDSHerbert Levy SP PUS Magalhães Pinto MG PDS Reinaldo Stephanes PR PDSHermes Zaneti RS PMDB Magno Bacelar MA PDS Renan Calheiros AL PMDBHomero Santos MG PDS Manoel Affonso AL PMDB Renato Bueno PR PMDBHugo Mardini RS PDS Manoel Costn Júnior MG PMDB Renato Johnsson PR PDSHumberto Souto MG PDS Manuel Viana CE PMDB Ricardo Fiuza PE PDSIbsen de Castro GO PDS Mansueto de Lavor PE PMDB Ricardo Ribeiro SP PTBInocêncio Oliveira PE PDS Marcelo Cordeiro BA PMDB Rita Furtado RO PDSIrajá Rodrigues RS PMDB Marcelo Gato SP PMDB Roberto Freire PE PMDBIrma Passoni SP PT Marcio Braga R.I PMDB Roberto Rollemberg SP PMDBIsrael Dias-Novaes SP PMDB Marcia Lacerda MT PMDB Ronaldo Campos PA PMOBIsrael Pinheiro MG PDS Marcia Santilli SP PMDB Ronaldo Canedo MG PDS!talo Contí PR PDS Marcondes Pereira SP PMDB Rondon Pacheco MG PDSIvo Vandcrlinde SC PMDB Marcos Lima MG PMDB Rubens Andenghi RS PDSJaeques D'Orncllas RJ PDT Mario Assad MG PDS Ruy Bacelar BA POSJarbas VasconeeUos PE PMDB Mario Frota AM PMDB RuyCôdo SP PMDBJ.G. de Araújo Jorge RJ PDT Mario Hato SP PMDB .Ruy Lino AC PMDBJoacil Pereira PB PDS Mario Juruna RJ POT Samir Achôa SP PMDBJoão Agripino PB PMDB Mario Juruna RJ PDT Saramago Pinheiro RJ PDSJoão Bastos SP PMDB Matheus Sehmidt RS POT Sarney Filho MA PDSJoão Carlos de Carli PE PDS Maurício Campos MG PDS Saulo Queiroz MS PDSJoão Paustino RN PDS Melo Freire MG PMOB Sebastião Curió PA PDS

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PMDB , ......................•...... '" 157PDS 146PDT 15PTB '" 7PT 7TOTAL 331"

O SR. SANTINHO FURTADO (PMDB - PRo Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, toda vez que se reúnem as autoridades financeirasdeste País é um motivo para o mais justificado temor porparte da população. Porque já sabemos, pela longa expe­riência dos fatos, que seguramente uma nova e perversamedida será aplicada sobre o povo, já tão duramentevergastado por um impiedoso modelo econômico repu~

diado pela consciência nacional.Agora, quando novamente se reúne o Conselho Na­

cionaI Fazendário - CONFAZ - trama-se maiores ele­vações tributárias, com a majoração das alíquotas dorCM em inúmeros produtos de largo consumo da popu­lação, o que redundará, evidentemente, em maior in­flação. Pretende-se, igualmente, tributar o leite, sob opretexto cínico c aétieo de que hoje este alimento básicose tornou, pelas constantes altas de preços, accssivel ape­nas para as camadas de maior poder aquisitivo. E cstastêm capacidade contributiva...

A postura do Governo é perfeitamente coerente com adesumana marca do seu estilo.

Para os tecnocratas enquistados no poder é muitomais fácil sobrecarregar de impostos a população sofre­dora e faminta, inteiramente indiferentes aos brutaisíndices da mortalidade infantil que nos envergonham pe­rante a humanidade, do que adotarem providênciasenérgicas para conter a ganáncia especulativa da~ multi­nacionais que detêm o monopólio dos insumos destina­dos à produção.

A tirania que nos devasta no campo econômico nãotem a menor compaixão para com o povo que até agoraainda se submete resignadamente ao império da iniqüi­dade que já está ultrapassando os limites do tolerável.Em contrapartida, os algozes execrados pela opiniãopública se comprazem em servir aos interesses espúriosalienígenas.

10794 Quarta-feira 12

Sebastião NerySérgio CruzSérgio FerraraSiegfried HeuserSiqueira CamposSimão SessimSinval GuazzelliStélio DiasTapety JúniorTarcísio BurityTheodorico FerraçoTidei de LimaTobias AlvesUbaldo BarémUlysses GuimarãesValmor GiavarinaVicente GuabirobaVicente QueirozVictor FaccioniVirgildasio de SennaVingt RosadoWagner LagoWalber GuimarãesWalmor de LucaWalter BatistaWildy ViannaWilmarPalisWilson FalcãoWilson Vaz

RJMSMGRSGORJRSESPIPBESSPGOMSSPPRMGPARSBARNMAPRSCSEACRJBAMG

PDTPMDBPMDBPMDBPDSPDSPMDBPDSPDSPDSPDSPMDBPMDBPDSPMDBPMDBPDSPMDBPDSPMDBPDSPMDBPMDBPMDBPMDBPDSPDSPDSPMDB

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Os rigores de uma tributação impiedosa constituemuma faceta dessa personalidade, um capítulo escabrosodessa trama, pois que, diante da independência do Con­gresso Nacional, proclamada a partir da rejeição doDecreto-Lei nO 2.024, as autoridades da área econômicapretendem dirigir o alvo de seus ataques para o campotributário. Impossibilitadas de confiscar o salário do tra­balhador diante da altivez do Parlamento, querem puní­lo atravês da elevação dos impostos sobre alimentos eprodutos de primeira necessidade.

Ao mesmo tempo em que registramos nosso protestocontra a onda de majorações tributárias que o Governoestá promovendo, queremos enaltecer a posição adotadapelo Secretário da Fazenda do Paraná, Erasmo Gara­nhão, que, em consonância com as diretrizes do Gover­nador José Richa, não concorda com novos gravamessobre o contribuinte, como ora se pretende nessa reuniãodo CONFAZ, Conselho Nacional Fazendário.

Também nos opomos, Sr. Presidente, à anunciada ex­tinção de isenções já consagradas como medidas de intei­ra justiça fiscal. Somos de parecer, até, que a isençãodada em caráter de excepcionalidade deveria generalizar­se mormente para produtos álimentícios que figuram nasestatísticas da Fundação Getúli Vargas como principaisfatores inflacionários, acompanhadas de enérgicas provi­dências para conter a especulação desenfreada.

Era o que tínhamos a dizer.

o SR. ALDO ARANTES (PMDB - GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,ontem foi uma data de histórico significado para o movi­mento estudantil brasileiro e para a luta de todos os pa­triotas e democratas deste País. Há dez anos, desaparecianos cárceres da ditadura o líder estudantil HonestinoMonteiro Guimarães. Preso no Rio de Janeiro, presumi~ve!mente no dia lO de outubro de 1973, esse jovem pa­triota nunca mais apareceu. Atê hoje, seus familiares nãosabem ao certo o que aconteceu com ele. Seu corpo nãofoi entregue à família, sua morte nunca foi reconhecidaoficialmente e até mesmo a sua prisão nunca foi "oficia­lizada".

Goiano de Itaberaí, Honestino surgiu para a políticaestudantil na Universidade de Brasília. Destacando-se naluta contra o processo de destruição daquela Universida­de, ele ganhou projeção nacional e acabou sendo eleitoPresidente da gloriosa União Nacional dos Estudantes.Pessoa de hábitos simples e de firme determinação nalata contra a ditadura e pela construção de uma socieda­de sem explorados e exploradores, Honestino foi umadentre as centenas de vítimas estudantis do regime mili­tar.

A violéncia praticada contra os estudantes brasileirosapós 64 é parte integrante da violência desencadeadacontra o povo. Aqueles que usurparam o poder queriamaniquilar todo o tipo de resistência ao regime de fome,repressão e entreguismo que se implantava no País. E osestudantes, em particular os universitários e suas entida­des representativas, foram alvos privilegiados desta açãorepressiva. Eles eram "perigosos" para o regime que seimplantava, pois tinham um nível de organização e umatradição de luta em defesa dos interesses populares, dademocracia e da independência nacional. Por isso o regi­me militar tentou liquidar o movimento estudantil brasi­leiro.

A sede da UNE foi queimada, dirigentes estudantis fo­ram presos ou asilados, a UNE foi colocada na ilegalida­de. Mais tarde, a repressão política acentuou-se, e aUNE foi para a clandestinidade, estudantes foram pre­sos, torturados, desapareceram ou foram assassinadosnas câmaras de torturas. Dentre os dirigentes da UNEmortos ou desaparecidos, além de Honestino Guima­rães, estão José Carlos Matta Machado, Helenira Rezen­de de Souza Nazareth, Humberto Albuquerque CâmaraNeto, José Roberto Arantes de Almeida, Gilda MacedoLacerda e Lauriberto Josê Reis. Honestino Guimarães

Outubro de 1983

integra essa lista e pela sua condição de Presidente daUNE, quando desapareceu, após a sua prisão,transformou-se em símbolo da luta estudantil contra aditadura.

Após toda a repressão que se abateu sobre os estudan­tes, o regime procurou destruir um importante símboloda resistência estudantil, a sede da UNE, na Praia doFlamengo, no Rio de Janeiro. A demolição da "Casa daResistência Democrática" não conseguiu, no entanto,apagar a chama de luta e de amor à liberdade dos co­rações dos estudantes brasileiros. Apesar de toda a re­pressão, de toda a perseguição, da tentativa de forjaruma juventude acrítica, tecnicista e distanciada dos ver­dadeiros problemas do País, ela não se dobrou, Conti­nuou lutando e terminou por reorganizar a UNE.

Este mês, nos próximos dias 20, 21, 22 e 23, será reali­zado o XXXV Congresso da UNE, este ano dedicado àmemória do líder estudantil Honestino Guimarães, nodécimo aniversário do seu desaparecimento. Esse Con­gresso da UNE realiza-se num momento de grandes difi­culdades para o povo brasilciro. Recessão econômica,desemprego, altos índices de custo de vida, fome, dívidaexterna sem precedentes na história do País. Na Univer­sidade a situação não é diferente. As verbas destinadas àeducação são reduzidas e eresce a crise na Universidadebrasileira.

Diante desse quadro, cresce o papel que os estudantesbrasileiros devem desempenhar, ao lado do povo, em de­fesa de nossa soberania nacional ameaçada, da democra­cia, de liberdades políticas, contra o regime militar e emdefesa do ensino público e gratuito para todos. Os estu­dantes têm um importante papel ajogar na luta pela for­mação de uma sólida unidade popular, construída a par­tir de amplas mobilizações de massas, capaz de pôr fimao regime militar, substituindo-o por um novo governo,representativo das forças populares e democráticas.

Nesse sentido, como ex-Presidente da UNE, prestonesta Casa minhas homenagens ao bravo líder estudantilHonestino Guimarães, no dêcimo aniversário de seu de­saparecimento. e saúdo todos os estudantes que irão par­ticipar do XXXV Congresso da UNE. Considero que amaior homenagem que os estudantes brasileiros poderãoprestar à memória de I-Ionestino Guimarães será a reali­zação de um Congresso unitário e combativo, que forta­leça ainda mais a sua entidade representativa e dê respos­tas aos problemas específicos da Universidade brasileirae à crise enfrentada pelo nosso País.

Era o que tinha a dizer.

O SR. DJALMA FALCÃO (PMDB - AL. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, do Sr. Jorge Souto de Moraes, Presidente do Sindi­cato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusãodo Estado de Alagoas, acabo de receber o seguinte expe­diente:

"Através desta, estamos comunicando a V. Ex'que uma série de perseguições está sendo verificadacontra companheiros radialistas no Estado de Ala­goas. O caso mais recente envolve o companheiroRégis Cavalcante - Vice-Presidente desta entidade,que foi afastado das suas funções na Rádio Palma­res - emissora do Grupo Verdes Mares - por im­posição do Governo do Estado, em troca de vanta­gens publicitárias e da liberação de alguns profissio­nais da rádio oficial do Estado. Estamos lhe encami­nhando cópia da carta que foi endereçada a este sin­dicato pelo associado, contando a perseguição quesofreu."

Na carta-denúncia que enviou ao seu sindicato, o jor­nalista Régis Cavalcante declara que, depois de haver so­frido "deslavada censura" nas notícias que produziapara a emissora, recebeu ordens de um dos diretores damesma no sentido de "maneirar com Suruagy e fazer umnoticiário suave e simpático ao Governo do Estado".

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Outubro de 1983

Noutro trecho da carta, diz o jornalista Régis Caval­cante:

"Agora, ao me dirigir aos presidentes dos meussindicatos de jornalista e radialista faço-o com a fi­nalidade de registrar o meu protesto contra essa ma­quinação produzida por interesses estranhos, poisna Palmares, nos últimos dias, foi estabelecido umclima fascista contra os profissionais que fazem umjornalismo verdadeiro. A direção da emissora pro­cura saber da posição ideológiad de cada compa­nheiro de trabalho, como se fosse uma verdadeiracaça às bruxas. E o que é pior nisso tudo é que existepor trás dessa trama uma manifesta vontade de de­mitir os companheiros que estão no batente do De­partamento de Jornalismo da Rádio Palmares, porterem sido eles escolhidos por este jornalista, ao for­mar aquele Departamento de Notícias."

Da leitura que acabo de fazer, Sr. Presidente, Srs. De­putados. fica caracterizada a responsabilidade do Sr. Di­valdo Suruagy no episódio, que não atinge apenas o jor­nalista Régis Cavalcante - um dos mais competentes,sérios e combativos homens de comunicação do meu Es­tado - mas. especialmente. atenta contra a liberdade deinformação e do livre exercício da profissão, em Ala­goas.

Sua maior gravidade está no fato do Sr. Divaldo Su­ruagy usar a pressão econômica, com o dinheiro públicodos alagoanos, para forçar empresas jornalísticas a pro­moverem perseguições políticas contra seus profissionaise, mais do que isso, fazerem discriminações ideoJógicasinaceitáveis.

O epÍsódio, todavia, não me causa estranheza, pois co­nheço a formação autoritária do atual Governador deAlagoas e a sua velha prática de sempre colocar a im­prensa a reboque dos objetivos espúrios do seu fracassa­do e corrupto governo.

Típico produto da era de obscurantismo c arbítrio quedominou este País por tanto tempo, um dos filhos diletosda ditadura Geisel, o Sr. Divaldo Suruagy, confessa-se,mais uma vez, incompatível com o tempo de recons­trução democrática em que estamos empenhados. ParaS. Ex'. a imprensa deve continuar submissa aos capri­chos do seu governo desregrado e marcado pela incom­petência. pelo nepotismo desenfreado, pela corrupçãoadministrativa e política, pela insensibilidade social, pelamanipulação inescrupulosa da miséria do povo alagoanoem benefício da autopropaganda mentirosa, exatamentepara evitar que cheguem ao conhecimento público todasessas mazelas e deformações.

O jornalista Régis Cavalcante é vítima, pela segundavez, das maquinações do Sr. Divaldo Suruagy.

No desenrolar da campanha eleitoral do ano passado,Régis Cavalcante foi demítido dos quadros da TV Gaze­ta de Alagoas. Canal 7, pelo simples fato de ter servi!lode coordenador de um debate público, no mesmo canal,entre os Srs. Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira, deum lado, e José Costa e José Moura, do outro, ocasiãoem que os dois candidatos do PMDB ao Governo c aoSenado - Costa e Moura - aplicaram exemplar sovacívica nos candidatos do PDS.

Para' o 'atual Governador de Alagoas, não servem osprofissionais de imprensa comprometidos com a verdade,e com a boa informação. Agradam-lhe, tão-somente, osáulicos e bajuladores - aqueles que alugam a consciên­cia aos desígnios inconfessáveis dc um governo corruptoe corruptor.

Assim foi, assim é, assim será com o Sr. Divaldo Su­ruagy, porque, em verdade, o atual Governador de Ala­goas, pela sua formação e herança autoritárias jamais seadaptará às normas de convivência democrática, do livredebate, da convivência dos contrários. Seu elima é o domonólogo, da intransigência e da intolerância que geramo despotismo.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Com esse episódio, o Sr. Suruagy revela sua verdadei­ra face e deixa cair a máscara de "bom moço" que temconseguido, até agora, enganar os que não vivem emAlagoas, mas que, pouco, começa a desnudar-se na rcve­lação plena de uma personalidade arbitrária e nociva aosinteresses superiores dos Alagoanos.

Ao denunciar a perseguição de que é vítima o jornalis­ta Régis Cavalcante e que, certamente, atingirá tambémos profissionais de imprensa que não se vendem, desejomanifestar minha inteira solidariedade aos jornalistas,radialistas e demais homens de comunicação social domeu Estado. Endereço-lhes uma manifestação de 'solida­riedade efetiva e total. E, mais do que isso, a minha firmedisposição de combater. intransigentemente, a situaçãode descalabro administrativo, de desregramento moralna gestão da coisa pública, de injustiça social, de impuni­dade, consagrada pelos sucessivos Governos do PDS nomeu Estado e que, agora, atinge o seu clímax no Gover­no do Sr. Divaldo Suruagy.

Creio ser esta uma postura coerente com o meu passa­do político c com os solenes compromissos que me ligamao povo alagoano.

É o que tenho a dizer.

O SR. CLARCK PLATON (PDS - AP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, es­tou apresentando ao julgamento e alto descortino destePlenário propositura com a finalidade de disciplinar ouso abusivo de veículos automotores pela propaganda,especialmente de motocicletas, tentando conter a ilusóriasugestão que freqüentemente esses anúncios encerram,no sentido de induzir ao uso impróprio e mesmo perigo­so de carros e motos.

Fui levado a tomar essa iniciativa pelo impacto quesenti ao tomar conhecimento de estatística que mostraque, no Brasil, os desastres de moto estão matando maisdo que o câncer e o coração juntos.

É estarrecedor e ao mesmo tempo motivo para pro­funda tristeza, pois sabemos que a maioria desses aciden­tes é causada pela imprudéncia, e a vítima principal, nos­sa juventude, desavisada, se deixa sugestionar pelo colo­rido e arrojado apelo das peças publicitárias.

A percepção ou representações mentais de cada um,especialmente frente à propaganda televisiva, torna-sepraticamente incontrolável, c a imaginação ganha asas,transportando para a terra da fantasia o telespectador,sem deixar claro onde estão os limites entre ó real e O

imaginário.A publicidade é arma perigosíssima quando em mãos

de profissionais pouco conscientes ou inescrupulosos,pois desde o tom, o ritmo, os conceitos da informação edas imagens influenciam fortemente o público, produ­zindo, às vezes, efeitos para os quais não foi criada.

Abrindo as portas de um mundo fantástico, nem sem­pre bem entendido, a publicidade relacionada a veículosautomotores está induzindo o jovem menos experiente acrer que pode sair voando ou fazendo piruetas no ar comsuas motos, vencer obstáculos intransponíveis c, mesmo,identificar-se com os super-heróis dos quadrinhos e dosfilmes que tanto os fascinam.

Mas o triste resultado dessa ilusão é uma volta grotes­ca à realidade, em que à decepção freqüentemente se so­mam ferimentos c escoriações, quando não, a morte.

Esse uso abusivo da linguagem publicitária está, pois,exigindo providências efetivas que lhe coloquem para­deiro definitivo, mormente tendo em vista as nefastas

.conseqüências de sua divulgação, espalhando desgraçase incentivando a juventude a práticas pouco rccomendâ­veis, induzindo-a a dirigir inconsciente e descuidosamcn­te seus veículos.

E, como agravante, ressalte-se o engodo que essaspeças de propaganda encerram, ao alardear virtudes eutilidades que essas máquinas não têm.

Sabemos que a publicidade, não raro, escapa das suaspróprias fontes para transformar-se numa força que,

Quarta-feira 12 19795

além de interessar, influir, convencer, chega a confundircritérios e alterar as concepções do público.

E por reconhecermos que a publicidade tanto pode serboa ou má, conforme o uso que dela se fizer, é que pre­tcndcmos dotar a legislação brasileira de um dispositivoque sirva para conter seu uso abusivo, referindo-nos es­pecificamente à propaganda que se relaciona com carrosou motos, por considerarmos ser o que de mais chocantehá no setor, atualmente.

Se os publicitários não estão psicológica e socialmenteformados e não se mostram devidamente preparadospara manejar o poderoso instrumento de persuasão quetêm às mãos, utilizando-o em prejuízo da sociedade,cabe a nós, legisladores, obstar sua ação perniciosa, esta­belecendo limites definidos para sua atuação.

Dessa forma, contamos com o apoio e a coloboraçãode todos os nobres colegas no sentido de que nossa pro­posição seja aprovada com a possível brevidade.

Era o que tinha a dizer.

o SR. DEPUTADO GERALDO FLEMING (PMDB- AC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, desde quc aqui chegamos em 1'-3-79,com o mandato do povo acreano, não foram poucas asvezes que levantamos a nossa voz para protestar contra ofato de que, por falta de complementação de um peque­no trecho que vai de Porto Velho a Rio Branco, o Estadodo Acre permanecia ilhado, principalmente na época daschuvas.

Foram inúmeros os nossos apelos ao Poder Executivo,ao próprio Presidente da República, no sentido de quehouvesse a determinação de conclusão daquela rodovia,a BR-364. O descaso das autoridades responsáveis pelaconservação daquele trecho tem agravado a situação e,se há anos passados apenas nos períodos chuvosos a es­trada não dava tráfego normal, agora, com seu completoabandono por parte dos órgãos competentes até noperíodo da estiagem, a via de acesso para a unidade maisocidental do Brasil, que é o Acre, não tem condições nor­mais de abastecer aquela região com os principais produ­tos básicos, tais como produtos derivados do petróleo:gasolina, óleo diesel e gás de cozinha.

Há poucos dias. o Estado do Acre. que tenho a honrade representar nesta Casa, sofreu falta total daquelesprodutos básicos. Fizemos veementes apelos às autorida­des competentes. Interpelei o Presidente do ConselhoNacional do Petróleo, solicitando a normalização doabastecimento, quando o mesmo acompanhava o Presi­dente da PETROBRÁS, na Comissão de Transportes daCámara Federal, e fui informado por aquela autoridadeque a culpa era do Ministério dos Transportes, que nãoconservava a BR-364 - trecho Porto Velho - RioBranco. O que constatamos é que uma autoridade trans­fere a sua responsabilidade para outra autoridade, comoé o caso presente.

No momento atual, com Rio Branco em condiçõcsprecárias de óleo diesel e com a falta total de gasolina háquase uma semana, pergunto ao General Oziel, Presi­dente do Conselho Nacional do Petróleo, de quem é aculpa: é de S. Ex' ou do Ministro dos Transportes?

Será que essas nossas autoridades não têm conheci~

mento de que todo O tcrritório aereano está inserido naÁrea de Segurança Nacional? Ou será que aquela Lei deSegurança Nacional foi criada apenas para tirar o direitode voto dos eleitores de todos os municípios do interior,no que se refere ao pleito para prefeitos municipais? Nãose admite segurança na fronteira sem combustível paratransportes.

Ê hora de indagarmos mais uma vez: Por que a discri­minação?

Por que o Acre é abandonado, esquecido, relegado aplano Inferior?

Não podemos entender como, naquela região, umaUnidade da Federação é atendida e assistida pelo PoderCentral, enquanto outra1 bem próxima, é esquecida, ne~

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1_0_79_6_Q_u_a_rt_a_-li_ci_ra_12 D_l_Á_R_l_O_D_O_C_O_N_G_R_E_S_SO_N_A_C_I_O_N_A_L---...:.-(S_c..:.Gã_o--=I..:.) ---=O::..:u::.:t:.ub~ro de 1983

cessitando muito menos para o seu desenvolvimento so­cial e econômico.

A falta de combustível no Acre está-se refletindo, demaneira calamitosa, na economia do Estado, causandosérios prejuízos, que poderão trazer conseqüências im­previsiveis.

Para terminar este modesto pronunciamento, façomais um veemente apelo ao Presidente do Conselho Na­cional do Petróleo para normalizar de uma vez por todaso abastecimento de derivados de petróleo no Estad~ doAcre.

Era o que tinha a dizer.

o SR. SALLES LEITE (PDS - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, con­tinua impune do crime de abuso de poder a SEI - Secre­taria Especial de Informática, órgão ligado ao Conselhode Segurança Nacional. E persiste interferindo em assun­tos que não são da sua competência.

Até hoje - e gostaria que isso ficasse bem claro ­ainda não disse uma palavra sequer, nem a favor, nemcontra, sobre a decantada política de informática. Só meinsurgi contra o abuso de poder do Conselho de Segu­rança e da SEI, que estão prejudicando, somente em SãoPaulo, 150.000 cidadãos que compraram seus direitos deuso de linhas telefônicas ou estão na fila aguardandosuas transferências. E cidadàos que pagam impostos, queajudam a sustentar a SEI e o Conselho de Segurança.Referi-me, também, à competência do assunto que meparece, legalmente, pertencer ao Ministêrio das Comuni­cações.

Disse o General Venturini, segundo o jornal O Estadode S. Paulo, de 8 de outubro:

"O Brasil não pretende abdicar de sua indepen­dência e da capacidade de decidir aquilo que melhorconvém ao País."

Seria realmente espetacular, creio, sob o ponto de vis­ta jornalístico, que um General dissesse o contrário. OConselheiro Aeácio era bem mais original.

O que está em causa, segundo parece, é a famosa H rc_serva de mercado". Por que manter a reserva? Novamen­

te vem-nos socorrer o preclaro General Venturini: existi­rá a reserva ·"até que as empresas do setor tenham adqui­rido maturidade e possam competir com as multinacio­nais".

Muito bem. Resta saber quem ou qual organismo irádizer quando essa maturidade foi atingida. A resposta éóbvia: a SEI - Secretaria Especial de Informática, su­bordinada ao Conselho de Segurança Nacional. Eu sus­peito que esse palavreado todo, para mexer com o senti­mento nacional1 esconde um objetivo; o de criar mais umfeudo, o de tambêm se perpetuar no comando da iniciati­va privada no campo da informática. E mais: quando ainiciativa particular quiser se livrar da tutela estatal, vaiencontrar dificuldades enormes, senão insuperáveis. Evem mais estatização!

Continuo sem entender como vai ficar o compromissocom a N ação, assumido pelo Presidente Figueiredo, dedesestatizar. Denunciei, recentemente, que o mesmo Ge­neral Venturini, em ofício cuja cópia possuo, recomen­dava mudar a legislação de Minas para proteger as esta­tais Vale do Rio Doce, Nacional de Álcalis e CaraíbaMetais, em detrimento das empresas particulares, fal­seando a verdade através de empresas-fantasmas. Ê a"nomenklatura" em ação. Fala diferente do que pensa efaz diferente do quc fala. Que se faça a reserva de merca­do, mas sem a interfcrência estatal. Crie-se a reserva demercado. Mas quem vai controlá-Ia e executá-la são ospróprios particulares, através das associações de classeou outro organismo qualquer. Mas particular. Quandose qucr importar um equipamento, quem ê que diz se háou não similar nacional? Pois é. Adota-se procedimento

idêntico ou parecido. Ninguém melhor do que o partieu-

lar, o indivíduo, pessoalmente ou através de represen­tações de classe, para defender o seu próprio interesse.Aí, General Venturini, ter-se-á provado que não é a "no­menklatura" em ação e sim o sentimento nacional. Ecomo um dos defensores da indústria nacional. ilustreGeneral Venturini; u"Senhur pcrderá"reaimeme tornar-segrande, não em tamanho, mas em grandeza.

O SR. DOMINGOS LEONELLI (PMDB - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, há anos a região de Iaçu, na Bahia, é objeto de con­flitos, tensão e violência na luta pela terra. Ali, umafamília oligárquica controla um latifúndio gigantesco,sob a chefia do Sr. Edgar Medrado, Delegado de Policia,que ocupa alto cargo na Secretaria de Segurança Públi­ca, onde comanda a violência e a tensão, a ponto de talinsuportabilidade que o INCRA desapropriou, em 1981,cerca de vinte e cinco mil hectares para que mais de duasmil famílias pudessem ter acesso à terra. No entanto,diante do fato de que o INCRA não tomou nenhuma ou­tra providéncia, depois da desapropriação - não delimi­tou a terra. não marcou os lotes, não titulou as posses­os conflitos prosseguiram e os latifundiários locais insti­gam à desordem e à violência e inclusive, à luta entre osposseiros, industriando alguns. Sexta-feira última, o pos­sciro Valdelino Gomes, jovem lavrador de apenas vinte esete anos, foi assassinado diante de seus quatro filhos, desua sogra e de sua mãe, por Tomaz Coelho, protegido,industriado, vinculado publicamente à família Medrado.

Sr. Presidente, o mais grave deste crime hediondo ê aimpunidade que já se vislumbra, como impunes ficaramoutros crimes semelhantes, embora sem mortes, por lon­gos anos perpetrados naquela região. E este último fun­cionou como se fosse uma crónica da morte anunciada.Existem 6 representações do advogado do Sindicato dosTrabalhadores de laçu contra o assassino, que já vinhaameaçando há mais de um ano a vitima, e, finalmente,cumpriu seu desiderato. E continua, até agora, sem ne­nhuma pista. Coincidentemente, o advogado do assassi­no, Washington Alberto, é exatamente o advogado dafamília Medrado.

Sr. Presidente, ao encerrar, devo dizer que o que estásendo denunciado aqui ê o pacto brutal e ignominiosoentre as elites, o Governo e a Polícia da Bahia, favore­ccndo O latif,mdio no Estado. E fica apenas um alerta. Avíolência, a convulsão, a revolta dos trabalhadores ruraisdo meu Estado, que se vêem na iminência de serem mor­tos como passarinhos, tendo seus assassinos impunes1

poderá produzir no Estado um clima onde a resposta te­rá que ser tão violenta quanto a ação daqueles que sãoprotegidos pelo Governo, pela Polícia e pelo próprio po­der econômico. Muito obrigado.

o SR. OSVALDO NASCIMENTO (PDT - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,com a mesma soberania com que rejeitamos o Decreto­lei nQ 2.024, derrotaremos o de nQ 2.045.

E com a mesma soberania e com o mesmo entusiasmo,queremos parabenizar V. Ex. pela sua atitude de, preo­

cupado com a questão salarial dos funcionários destaCasa, elaborar um projeto, hoje intitulado "Fernan­dãon. E, com tamanha ânsia e numa expectativa inconti­da, o funcionalismo desta Casa está a clamar que o HFer_nandào" não seja simplesmente uma das muitas promes­sas que já se efetivaram ao longo do tempo. Que quinta­feira vindoura seja cheia de esperança e otimismo, e queos funcionários desta Casa sejam justiçadosI Que se co­mece a derrotar o Decreto-lei nQ 2.045, dando-se priori­dade aos funcionários que vivem marginalizados dajus­tiça social nesta Casa do povo.

Portanto, Sr. Presidente, queremos dizer que nós, doPDT, não poderemos falar em arrocho salarial sem, pri­meiro, buscar a justiça salarial dentro deste Poder, quehá muito tempo vem sendo marginalizado. (Palmas.)

SI. Presidente, Srs. Deputados, em memorável e his­tórica sessão, o Congresso Nacional, no dia 21 de se­tembro último, respondeu com um enfático não à tenta­tiva do Governo de espezinhar, ainda mais, os trabalha­dores brasileiros. A rejeição do Decreto-lei nQ 2.024, mal­grado toda sorte de Injunções c sabotagens, por parte doPartido Democrático Social, a rejeição do Decreto-lei n"2.024, Sr. Presidente, representou o julgamento do povobrasileiro do Governo que aí está. Um Governo onde ainflação atinge escabrosos t52% ao ano; um Governodesmoralizado pela comunidade financeira internacio­nal; um Governo com cinco milhões de desempregados;um Governo ávido por recursos que possam equilibrar ocombalido orçamento monetário; um Governo que deve100 bilhões de dólares, por imprudência, incompetência,despreparo, descaso ...

Quer o Ministro Delfim Netto, Srs. Deputados, com aconivência expressa do Sr. Presidente da República,lançar sobre os ombros dos assalariados toda a carga desacrifícios necessária para administrar o caos. Se a in­flação é estonteante, se o déficit público é escandaloso, senão temos divisas sequer para importar bens indispcnsá­veis, se somos inadimplentes com nossos credores, se aeconomia brasileira está estilhaçada, então que se reduzaos salários dos trabalhadores, c a cura estará próxima!...Não se fala nos banqueiros... Nem se cogita de impingira contribuição dos empresários... Sequer passou pela ca­beça dos tecnocratas a necessidade de retirar do mcrcadotítulos públicos que pagam juros de agiotas, condicio­nando juros estratosfêricos no mercado financeiro inter­no. Não! Todos os setores da economia funcionam comperfeição. Apenas os salários, os trabalhadores, são osresponsáveis e a solução para a estapafúrdia economiado País ...

Com a mesma soberania com que rejeitamos oDecreto-lei nQ 2.024, Sr. Presidente, derrotaremos oDecreto-lei n' 2.045, nas próximas semanas. Porque oBrasil é dos brasileiros, e não do Sr. Ministro DelfimNetto ou do General Figueiredo. E os brasileiros repu­diam veementemente este diploma que lhes foi impingi­do sem qualquer sensibilidade social, sem quaisquer con­sultas às legítimas aspirações de povo. Não, ao Decreto­lei nQ 2.045. Não, ao arbítrio, porque nào é o expedientedo decreto-lei senão o arbítrio institucionalizado. Não, àelitização do Poder, porque o Poder emana do povo, c opovo não legitimou o Governo que aí está.

A Nação brasileira está engalanada pela primeira de­monstração da reconquista, pelo povo, de nossos tradi­cionais ideais democráticos. Não pode o General Figuei­redo mandar e desmandar, a seu bel-prazer, nos rumosdo País, porque estaremos aí, vigilantes, os Representan­tes do Povo, sentinelas da democracia, para impedir quese atinja, um dia, o caos absoluto em nossa Pátria.

O SR, EDME TAVARES (PDS - PB. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, re­gistramos, ncste ano, uma inflação que afeta a popu­lação brasileira, conduz no seu bojo problemas sociaisprofundos c penaliza de forma séria a qualidade de vidado nosso povo.

A incidência do aumento dos preços das mercadoriasem gêneros de primeira necessidade vem atingindo im­piedosamente os trabalhadores e funcionários de baixarenda, provocando a desorganização social, cuja revoltase expressa em saques c depredações a estabelecimentoscomerciais, com ocorrências, ultimamente, no Rio de Ja­neiro e em São Paulo.

É o desespero da massa que, em sua inconsciênciapolítica, movida pela necessidade de sobrevivência, bus­ca em ações condenáveis o desaguadouro da sua insegu­rança para solucionar problemas como O desemprego e afome l que hoje assumem proporções inquietantes.

A gravidade deste momento reclama ação decisiva. Ositens considerados indispensáveis não podem sofrer a

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Quarta-f~ira 12 10797DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)Outubro de 1983-------------------------------_..::..::..:..:..=....:...:..:..:..:::.....=.-:..:~

mesma pressào altista de outras mercadorias. Há que seencontrar um meio de impedir que os alimentos indis­pensáveis à população em geral, como f~ijào, arroz, car­ne e derivados continuem a escala ascensional li níveisque os tornam proibitivos. I\. carne, por exemplo, apenasna mês de setembro, leve seu preço majorado em 42%.Sem uma atitude enérgica, caminhamos para o caOS: sempoder adquirir os gêneros indispensáveis à própriasobrevivência. o homem chega ao desespero. derivandopara o sombrio desconforto da desesperança.

Este temor nos preocupa, principalmente quando veri­ficamos que, embora a saúde esteja inserida entre aS ne­cessidades básicas da população e os remédios sejam in­dispensáveis à sua conservaçào, há queda nas vendas dosfarmacêuticos. Mas as autoridades médicas vêem no fatoindicativo muito perigo quanto aos cuidados sanitáriosda população.

O aumento desordenado dos produtos farmacêuticosê, sem qualquer dúvida, a causa da queda das vendas.Inúmeros são os depoimentos a testemunhar esta asserti­va. O cliente vai à farmácia, expõe a receita médica ~

procura saber o preço do medicamento - ao tomar co­nhecimento do preço, guarda a receita com um ar de de­sânimo ou a rasga na própria farmácia, e sai sem adqui­rir o remêdio de que necessita.

Até o início deste mês. o aumento dos principais pro­dutos farmacêuticos. que têm seus preços controlados,atingiu o índice de 135.87% - isto sem falar naquelesque não são tabelados, como os antiácidos, analgésicos evitamínicos, que apresentam reajustes muito acima dainflação.

Em boa hora o Governo, atravês da SUNAB. estápromovendo o congelamento dos preços de diversos gê­neros alimentícios de primeira necessidade. com o objeti­vo de deter, pelo menos temporariamente. a alta desen­freada do custo de vida.

Embora essa medida seja temporária, é de se esperarque ela permita uma tomada de posição mais enérgica eadequada, para limitar a índices aceitáveis e compatíveiscom a reposição dos salários a elevação dos preços des­ses gêneros.

Mas é necessário maior vigor e vigiJáncia mais atentacom relação aos produtos farmacêuticos, mesmo porquea pressão altista ncles observada é impulsionada por fa­tores extras que dominam o mercado e agem com muitaliberdade, sob a complacência da fiscalização, que per­mite reajustes de 135,87% em apenas nove meses desteano.

É imperioso qne a fiscalização sobre os produtos far­macêuticos seja a mais rigorosa possível, não só no quese refere à sua constituição, como, e sobretudo, nos seuspreços, uma vez que. por se tratar de um mercado abertoàs multinacionais, a saúde de nossa população encontra­se seriamente exposta.

A ação de estranhos ao nosso meio é perniciosa e peri­

gosa. Constitui, por assim dizer, uma forma de domi­nação estrangeira, um garrotearncnto da economia po­pular e, sem dúvida. urna ameaça à saúde do nosso povo,pela impossibilidade de acesso a medicamentos de quenecessita, ante os altos preços vigentes.

Confio em que o Governo, com o mesmo descortino eenergia com que está promovendo o congelamento dosgêneros, aja sobre os produtos farmacêuticos, não s6 im­pedindo de imediato novos reajustes. ComO exercendo ri­gorosa fiscalização sobre os índices dos aumentos solici­tados pelas indústrias de outros países que operam no se­tor.

o SR. SARAMAGO PINHEIRO (PDS - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, a bancadado PDS nesta Câmara dDS Deputados teve hoje reuniãohistórica. Discutiu o excelente relatório apresentado peloDeputado Pratini de Moaraes, incumbido pela Comis­são de onze companheiros, Senadores e Deputados, de

sintelização dos estudos feitos por essa Comissão no­meada pelo Senador José Sarney, Presidente do Partido.

Por esse relatório e suas conclusões o Congresso Na­cional retoma suas altas funções fiscalizadoras dos atosdo Executivo. A economia nacional passa, se vencedorasas teses do relatório. a depender da decisào do Poder Le­gislativo.

Em verdade, o Congresso nào innui na formalizaçãoda política econômico-financeira do Governo. Não con­trola as emissões de moeda. que constituem verdadeiroimposto inflacionário.

Mas. ê dever de justiça reconhecer que esse novo climade diálogo e abertura o País deve ao Presidente Figueire­do. A recente mensagem aos brasileiros renovou os pro­pósitos manifestados desde o início de sua adminis­tração.

Em verdade, a Lei da Anistia, a eleição direta dos Go­vernadores. por exemplo, são fatos comprobatórios dospropósitos democráticos do Presidente Figueiredo. AOposição precisa deixar sua posiçào teórica e caminharpara o debate de temas concretos, como sào os estuda­dos pela Comissão dos onze do PDS.

Espero que o relatório da chamada Comissào dosonze nào seja debatido e discutido apenas no âmbito doPartido do Governo. Suas teses interessam à Naçãocomo um todo e não a um partido.

A crise brasileira resultou da crise maior que angustiatoda a Humanidade. Logo. não cabe apenas à bancadado Governo cmprestar o ônus das decisões firmes e pa­trióticas que precisam scr adotadas.

Concluo, Sr. Prcsidcntc e Srs. Deputados. renovandoaos onze companheiros que elaboraram tão importanterelatório. na pessoa do eminente Deputado Pratini deMoraes, meus efusivos cumprimentos. Trata-se de traba­lho sêrio. que merece o estudo de todas as bancadas nes­ta Casa.

Era o quc tinha a dizer.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PMDB - PA. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputa­dos, inquestionavelmente, este Pais vem atravessandouma das crises mais agudas e dramáticas de sua História.nos planos econômico, financeiro e social, em decorrên­cia do fracasso administrativo e do modelo econômicoimplantado, teimosamente, contra as opiniões abaliza­das de inúmeros técnicos, professores universitários es­pecializados nessa área e das mais conceituadas e expres­sivas lideranças políticas.

Insistindo em se considerarem onipotentes e oniscien­tes, os donos do poder. revelando um espantoso despre­zo pela opinião pública. promoveram a mais intensaconcentração de renda. deram partida a projetos faraô­nicos e monumentais, em detrimento de empreendimen­tos mais necessários e inadiáveis, toleraram a corrupçãoadministrativa desenfreada, sustentaram um hediondo.cruel e desumano arrocho salarial, e por fim, endivida­ram, como nunca, o País, até conduzi-lo a um estado defalência econômico-financeira.

Mas a crise se centrou também na falta de credibilida­de do Governo federal, cujas promessas em inúmcrosplanos da vida nacional não se cumpriram, fato que con­correu. de man.eira assustadora, para o descrédito -quepassou a se abater sobre as ações, atitudes. gestos e pala­vras da grande maioria dos responsáveis pelos vários se­tores da administração pública federal.

O descrédito, o abalo moral, a falta de confiança po­pular nas figuras maiores da administração federal fo­ram tamanhos, e de tal ordem, que as afirmações cotidia­nas, as declarações à imprensa e as entrevistas dessas au­toridades passaram a configurar pilhérias, gracejos, au­tênticas. "piadas", sempre presentes nasconversas das es­quinas, nos encontros de lazer, ou no anedotário popu­lar.

Antes, as promessas feitas levavam alguns anos, ou nomínimo, longos meses, para ruir, para virem abajxo, oU

se converlerem em palavras vàs. sem qualquer significa­do ou sentido. De um certo tempo para cá, ãs promessasde um dia passaram a desmoronar alguns dias depois. ouaté no dia imediato, circunstância que contribuiu para osurgimento da moda de se fazer pilhêria cDm as palavra~

e alírmações de Ministros de Estado ou de presidentes deautarquias fedemig e de empresas públicas,

Com o projeto das Eclusas de Tucurui, ocorreu maisou menos isso, ou seja, tizeram muitas promessas,tornaram-no um empreendimento cerlo e definitivo,apenas em palavras, garantiram a celeridade de seu an­damento, afirmaram que era irreversível, para agora,com a maior simplicidade e sem-cerimônia, anunciaremque o mesmo não será concluido, porque o Brasil nãodispõe de 180 milhões de dólares necessários à obra, em­bora este valor represente apenas uns 3% do custo totalda hidrelêtrica.

O povo paraense niio é desmemoriado, talvez comopenoam alguns ministros de Estado e autoridades do pri­meiro escalão da administração federal. ou mesmovários líderes do PDS. que proclamaram a irreversibili­dade do projeto das eclusas de Tucuruí. garantiram aconstrução ininterrupta da obra, afirmaram que não fal­tariam recursos e que agora silenciam diante da decla­ração graciosa do Sr. Nestor Jost, Secretário Executivodo Programa Grande Carajás. prestada à imprensa local,alguns dias atrás~ durante uma de suas esporádicas via­gens ao nosso Estado.

Ninguém, em sã consciência, é capaz de questionar ou,ao menos. de pôr em dúvida, a relevância do Projeto dasEclusas do Tocantins para a região amazônica. e mesmopara todo o Brasil, tendo-se em vista os seus objetivos detornar plenamente navegável aquelc rio na maior partede seu curso, fato que propiciaria condições privilegiadaspara o transporte fluvial de cargas e de passageiros e que,por via de conseqüéncia. contribuiria imensamente parafavoreccr e incrementar a economia rcgional.

Os donos do poder são incansâveis na sua missão en­treguista de colocar o País sob o dominio do capital es­trangeiro. enquanto as empresas nacionais são, diaria­mente, sufocadas e asfixiadas pela política extorsiva dejuros altissimos, quc tanto faz o deleite dos grandes ban­queiros nacionais e internacionais.

O Pais, ilustres pares. não dispõc de 180 milhões dedólares para tocar o Projeto das Eclusas, no entanto vaidispor de 2,5 bilhões de dólares para construir a FerroviaCarajásjItaqui, dc sentido monocxportador, cujo proje­to exige a aquisição de equipamentos estrangeiros caris­simos. bem ao contrário do que aconteceria com o em­preendimento a que nos estamos reportando.

O Governo não dispõe de dólares nem pode contrairdívidas para levar adiante o Projeto das Eclusas, no en­tanto foi pródigo e generoso, verdadeiramente perdu­lário, quando teve de endividar o País para realizar obrasfaraônicas, hoje praticamente paralisadas, como a Fer­rovia do Aço e o Projeto das Usinas Nuclearcs, e que.apesar do extraordinário volume de capital reclamado,ao que tudo indica. voltarão a ter continuidade.

Não há dúvida de que a Amazônia sempre foi olhadacom menosprezo pelo Governo Federal. o qual. comohoje, a considera como mera provincia fornecedora dematérias-primas, destinadas às praças do Sul do Pais eprincipalmente do exterior.

Ê dcver dos paraenses protestar nesta hora, de todasas formas possiveis. Ê necessária a manifestação de to­dos os prefeitos e de todas as Câmaras de Vereadores doPará, dos Deputados Estaduais e, principalmente, doGovernador do Estado. Esta manifestação deve-se daratravés de telegramas dirigidos ao Presidente da Re­pública e 2" Secretário Executivo do Programa GrandeCarajás.

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10798 Quarta-feira 12

o efeito maior, entretanto, se daria, se organizássemosum dia de protesto no Pará, com manifestações públicasem todas as suas cidades, com a participação dos políti·cos, unindo todos os motivos que temos, para fazer oGoverno Federal cessar suas hostilidades e dar a devidaatenção ao Estado potencialmente mais rico da Fede·ração brasilcira.

Esta é a nossa manifestação. Entendemos que o Dire·tório Regional do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro deve assumir a mobilização popular, primeiro,pelo fim do Regime Militar, com eleições diretas paraPresidente da República, e pela Assembléia NacionalConstituinte, segundo, pelos direitos do nosso Estado,para que casos como este não possam acontecer.

Muito obrigado.

o SR. WALL FERRAZ (PMDB - PI. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,comemora-se, nesta semana, o Dia da Criança. Entendoser um momento que impõe reflexão a esta Casa.

Para onde caminha a infância brasileira? Quais asperspectivas que o País oferece às suas crianças?

Se o momento impõe reflexão, por via de conseqüên·cia exige ação. Ação para corrigir as distorções aberran·tes que o modelo econômico imposto ao País gera emnossa sociedade. A alta concentração da renda nas mãosde poucos privilegiados promove a injustiça social, cujavítima primeira é a criança.

Nos grandes centros urbanos a questão fundamental éo menor carente e/ou abandonado. Recentemente, umprograma de televisão estarreceu a sociedade brasileiraquando mostrou em toda sua crueza esse problema quese agiganta nas grandes cidades, principalmente.

Nesta oportunidade, parece·me oportuno uma pala­vra a respeito da criança do Nordeste e, em particular,do Piauí, o meu Estado, após cinco anos consecutivos deseca.

Estatísticas da Fundação IBGE revelam para o ano de1980 uma taxa de natimortalidade de 1,24%. Quer dizer,de cada 2.000 crianças nascidas, 25 são mortas.

Na cidade de Teresina, capital do Piauí, 32,2% dos ó·bitos registrados se referem a crianças de menos de umano (o número imediatamente menor é 17,5%, relativos àfaixa etária de 65/79 anos).

Os falecimentos na faixa de I aos 4 anos correspon­dem a 7,3% dos óbitos na capital piauiense. De 5 a 9 anose de 10 a 14, cada um desses grupos contribui com 1,9%.

O percentual de crianças mortas, de menos de 1 a 14anos, é de 43,3% dos óbitos que ocorrem na capital doEstado do Piauí. Se, a esse percentual, juntarmos os óbi­tos na faixa de 15 a 19 anos (2,4%), temos que 45,7%(quase a metade!) dos óbitos na capital de meu Estadosão de crianças e adolescentes. A população jovem deTeresina é simplesmente dizimada.

Se examinarmos a cansa mortis, por faixa de idade, ve·rificamos que 38,9% dos óbitos de crianças com menos

de um ano de idade são causados por doenças infecciosase parasitárias. De I a 4 anos, essa causa mortis se eleva a45,6%, perfazendo o total de 84,5% das mortes dascrianças de menos de 1 a 4 anos de idade.

Pela espécie de doença causadora de tão elevado índi·ce de mortalidade, observa·se a conjugação de dois fato·res - a desnutrição c as péssimas condições sanitáriasem que vive a.criança do meu Estado.

A subnutrição conduz a um estado de debilidade orgâ.nica, tornando a criança presa fácil das infecções. Aspéssimas condições sanitárias levam ao elevado númerode parasitoses. O organismo debilitado pela fome nãotem como reagir.

No fundo, o problema se resume à questão da renda.Concentrada nas mãos de poucos, a grande maioria dapopulação brasileira sofre os efeitos iníquos dessa políti­ca econômica recessiva c concentradora.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Com renda baixíssima ou nenhuma, as populações ur­banas incluídas nesse segmento são impelidas semprepara a periferia, onde, desassistidas pelo Poder Público,formam bolsões de miséria, cuja conseqüência imediata êa mortalidade das crianças.

Se se levar em conta que 43,7% da população piauien­se é formada por faixas etárias que vão de Oa 14 anos,conclui-se pela premência de uma ação na área da saúdeque preserve esse segmento da população e, mais do queisso, a ele se ofereça educação e melhor qualidade de vi­da.

Em 1980, o atendimento escolar no ámbito do ensinoobrigatôrio foi da ordem de 68,6%. Mais de 20% da po­pulação em idade escolar ficou f0ra das escolas. É umasituação que se agrava a cada ano. A Secretaria de Edu­cação do Estado do Piauí reconhece que, neste ano,252.000 crianças estão fora das escolas.

É, portanto, sobre a saúde e educação que se construi­rá o futuro do meu Estado e do Brasil.

É imprescindível que se ofereçam à saúde e à educaçãorecursos mais substanciais, para que alcancem os objeti­vos de evitar a morte de tantas crianças e a elas oferecereducação condizente, provendo o País dos recursos lm­manos indispensáveis à preservação de Slla gente, suasobrevivência como nação e manutenção de sua própriasoberania.

Então poderemos comemorar o Dia da Criança comalegria e sem referência a fatos tão tristes e vergonhosos.

O SR. ONlsIO LUDOVICO (PMDB-GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,quando foi realizado no Brasil o primeiro recenseamentogeral, em 1872, nossa população era inferior aos 10 mi­lhões de habitantes. Era natural, portanto, que desdeaquela época houvesse toda espécie de apoio ao aumentoda natalidade, já que era imprescindível ocupar os imen­sos vazios que o nosso País, graças às suas dimensõescontinentais, possuía então.

Além disso, convinha à Nação contar com maior nú­mero de cidadãos capazes de explorar seus recursos na­turais e trabalhar em prol do desenvolvimento econômi­co. Foi com esse objetivo que o Brasil incentivou a imi·gração européia e estimulou a formação de famílias nu­merosas, como uma forma de acelerar a ocupação terri·torial e o progresso.

Passaram-se dcsde então cem anos, e o quadro quehoje se delineia é totalmente diverso. Temos mais dc 120milhões de habitantes, e atualmente a velocidade do cres·cimento demográfico já pr~judica o nosso desenvolvi­mento econômico.

O fato de cerca de metade da nossa população ter me·nos de 20 anos de idade é, ao mesmo tempo, resultado doaumento da natalidade acelerada e causa do rápido cres­cimento demográfico. Sabe·se que as nações pobres, jus­tamente as que têm população mais jovem, estão desti­nadas a se tornarem cada vez mais pobres, e que asnações mais ricas são as que têm população cada vezmais idosa.

Isso porque os encargos sociais com essa populaçãoimprodutiva - e pobre - são altos, o que incrementa adívida interna do País. São gastos com a instrução gra­tuita, com os adultos e menores carentes, com saúde, re·des hospitalares, com infra·estrutura urbana, com poJiti.ca habitacional, que não são cobertos pela tributação eimpostos, ocasionando um déficit no Tesouro Nacionalquc se amplia anualmente.

Embora seja do conhecimento gcral a importânciadesses fatos, nosso País ainda não adotou medidas efeti·vas em favor do controle da natalidade ou do planeja·menta familiar, seja por convicções religiosas, seja portradições arraigadas em prol do clã numeroso, seja porconvicção política governamental.

Na verdade, o planejamento familiar - que nada maisé do que o direito do casal ter apenas os filhos que dese­ja, com vistas a mclhorar a qualidade de vida - seria dc

Outubro de \983

enorme valia para um país como o Brasil, onde a dívidainterna era, em 1981, da ordem de 500 bilhões de cruzei­ros.

O aumento demográfico fundamentado nessas basescertamente seria capaz de reorientar a nossa economia,reduzindo as dificuldades atuais no atendimento social ànossa população por parte do Governo. E teria reflexosno futuro, como por exemplo na distribuição de renda,na qualidade da vida do povo brasileiro, além de propi­ciar a paz social.

Todos sabemos que as taxas de crescimento mais ele­vadas tendem a se fixar justo nas regiões mais pobres enas faixas mais baixas de renda. É do conhecimento ge·ral, também, que boa parcela das crianças nascidas nãoforam programadas por-seus pais e, muitas vezes, sequerdesejadas por eles.

São, na realidade, frutos da ignorância de casais que,se melhor esclarecidos, seriam capazes de, com uma pro·le menos numerosa, criar e educar melhor seus filhos,elevando as possibilidades sociais do núcleo familiar.

É necessário, portanto, que o Governo se conscientizedo problema e empreenda um esforço no sentido de aler­tar a população, promovendo campanhas, incentivandoo planejamento familiar, a paternidade responsável, cenumerando as vantagens que um controle maior da na·talidade trariam para o País.

O resultado final dessa empreitada seria uma reduçãonos gigantescos gastos do Governo no campo social e amelhoria sensível da qualidade de vida do povo brasilei·ro.

o S~. FRANCISCO ER8E (PDS - RO. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,precedido de muitas discussões, debates e catequese,montados numa máquina publicitária bem ajustada paraprovar que não é ficção econômica ou matemática, oDccreto·lei n" 2.045, finalmente, vai ser votado nesta Ca­sa, acompanhado pelas atenções de todo o povo brasilei·ro, que espera dos seus Iídimos representantes uma to·mada de posição ao lado da razão e do bom senso, e quese coadune. também, com os altos interesses da Nação.

Em circunstâncias como essa, a opção de qualquerpessoa mcdianamente entendida em política econômica esalarial tem que ser necessariamente contra uma políticainflacionária, de achatamento salarial e elevação do índi·ce de desemprego. A adoção do Decreto-lei n' 2.045 seráum golpe muito rude cm cima do trabalhador e de todosos segmentos da sociedade brasileira.

Os tecnocratas e partidários da tese da aprovação doDecreto-lei n' 2.045 até que tecnicamente poderão estarcertos, mas, socialmente, redondamente enganados. Elesargumentam que a política salarial definida nos termosdesse decreto-lei forçará a inflação a cair, numa espéciede terapia universal, independente de regime político,como aconteceu na França hoje socialista ou nos Esta­dos Unidos, consagradamente capitalista, onde os sa­lários são instrumentos de política econômica nos bons enos maus tempos.

A defcsa da nova lei salarial como uma solução paraos nossos problemas, apontando-se os problemas exter·nos, como perdas de rendas por parte dos trabalhadores,não faz sentido, pela fragilidade da argumentação. Ra­zão pela qual entendemos que o Governo Federal deve­riu dar oportunidade ao Congresso Nacional de discutiros acordos celebrados com o Fundo Monetário Interna­cional para se alterar urgentemente as decisões de políti­ca econômica de efeitos oncrosos para o País, a fim de Seexaminar mclbor o sistema de preços, que alimenta a in·flação. Igualmente se estudaria a adequação e a apli­cação de uma legislação - simples, prática e objetiva,que assegure salários reais aos assalariados e ao funcio­nalismo público - vítima de decisões arbitrárias quetransferem recursos orçamentários para cobrir outrasobrigações com as verbas que seriam destinadas aos sa­lários.

Era'o que tinha a dizer.

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Outubro de 1983

o SR. VALMOR GIAVARINA (PMDB - PRo Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, a imprensa está ai a noticiar, e até Com bastantealarde, as atividades do chamado "Grupo dos li", en­carregado de estudar uma proposta alternativa ao D.-L.2.045, que seril submetida à apreciação do PDS, e de­pois 1 às Oposiçôes. Como o Sr. Presidente disse, na se­mana passada, através de rede nacional, que quer dialo­gar com os partidos políticos, significa que está dispostoa retirar o malsinado decreto-lei.

No entanto, sendo "remetente" a "Presidência da Re­públicu" (pelo menos é o que consta do envelope), umpanneto apócriro, impresso nào se sabe onde, e tecendoloas ao Decreto-lei n" 2.045, foi distribuído a todos osSrs. Parlamentares. nestes últimos dias, através dos esca­ninhos.

Intitulado "O Trabalhador e o 2.045", traz toda a ar­gumentaçào já levada a público pelo Ministro DelfimNetto, no sentido de convencer estu Casa (e também ostrabalhadores) de que nào há outra solução para a crisefora do referido decreto.

Isso nos leva, antes de mais nada, a uma índagação: Seo Governo e seu partido estão sinceramente trabalhandono projeto alternativo, por que esse empenho, agora, emconvencer (ou tentar convencer) que a solução continuano 2.045'! Seriam a fala do Presidente e o trabalho do"Grupo dos lI" apenas uma cortina de fumaça para es­conder seus reaís objetivos? Estarium o Governo e seupartido tentando apenas desviar li atençào para um pro­jeto alternativo, a fim de apanhar as Oposições de sur­presa, e ver aprovar, por decurso de prazo, o 2,045'1

Os argumentos contidos no panfleto são, como disse.aqueles expendidos à exaustão pelo Mínístro DelfimNetto. Na página 3 há um quadro comparativo de 12pontos. De um lado, "O Brasil sem o 2.045"; de outro la­do, "O Brasil com o 2.045".

Argumenta-se ali que, sem o Decreto-lei n" 2.045 have­rá mais inflação, tornando o custo de vida insuportável;que faltará óleo diesel para a agricultura e, em conse­qüência. perda das safras agrícolas; que haverá escassezde alimentos. filas para comprar tudo, empresas fechan­do e agravamento do desemprego.

Tais colocações não resistem à mais superficial análi·se:

I. O D.-L. 2.045 já estil em vigor há mais de 60 dias, eisque, por determinação constitucional, o decreto-lei vigeimediatamente após sua assinatura e publicação. No en·tanto, foi exatamente nesses últimos 60 dias que se regis­traram os maiores índices de inflaçào dos últimos tem­pos: no mês de agosto, foi além de 11 %; no mês de se­tembro, além de 12%. Então, não seril a aprovação da­quilo que está vigendo que terá o condão de alterar a si­tuação.

2. Perda de safras, cscassez de alimentos, filas paracomprar tudo, deve-se muito mais à política económieaequivocada do Governo (aos negócios estranhos, comoaquele realizado com aMare Rich, em que o governovendeu 700 mil t de milho a 90 dúJ. a tonelada, compran­do. em seguida, a mesma quantidade a 180 dólarcs a t) ...deve-se muito mais aos desacertos no campo econômicodo que ao minguado salilrio da grande massa trabalha­dora. E se há escassez de alímento é preciso atentar parauma realidade incontestável: enquanto o Governo incen­tíva a agrícultura de exportação (milho, soja, etc.), por·que precisa de dólares, sucumbe, por falta de qualquerincentivo, a agricultura de consumo. E por isso, falta fei­jão, falta arroz, falta batata, falta tudo o que o brasileirocome, ou comia, porque as vacas americanas precisamalimentar-se com farelo de soja...

3. Faz mais de 60 dias que vige o D.-L. 2.045 e, nàoobstante essa realidade, não se tem notícia da criação deum emprego sequer. Pelo contrário: aumenta a cada diao número de desempregados.

Então, essa colocação panfletária é falaciosa. Não se

venha dizer que, pelo simples fato de se aprovar as nor­mas que já vigem há tanto tempo, o milagre acontecerá.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ao final do pant1eto. uma afirmação: "O maior inimi­go do trabalhador não ê O Delfim. Ê a inflação. Vamosderrotar o inimigo n" I (a inflação). Depois, vocês digamse o Delfim tinha razão".

Eu proponho outra soluçào: considerando que todaessa balbúrdia eeonómica tem sido comandada pelo Mi­nistro Delfim Netto há tanto tempo (há milhares deunos), vamos derrotar primeiro o Delfim. que a inflação

desapurecerú.É como se diz na minha terra: '''Só se mata uma cobra

'llalvada esmagando-lhe a cabeça".Era o que tinha a dizer.

o SR. JOS~ GENOINO (PT - SP. Pronuncia o se·guinte discurso.) - Srs. Parlamentares, recebi do SIN­DlPETRO Campinas-Paulínea e do SINDIPETROBahia o seguinte documento:

"Amanhã estarú fazendo exatamente três meses que 05

petroleiros de Campinas (SP) e Mataripe (BA) entraramem greve cm suas respectivas unidades da PETROBRr\S- Petróleo Brasileiro S/A. A paralisação durou seisdias. constituindo-se um dos movimentos mais organiza­dos, coesos, conscientes e justos que já se teve noticianeste País. E o saldo acabou sendo a demiS'ão de 306companheiros e a cassação de 48 dirigentes sindicais.com a intervenção decretada pelo Ministro Murilo Ma­cedo em duas entidades de classe - no mínimo, um sal­do injusto para um movimento reconhecidamente legiti­

mo.

Para que os parlamentares desta Casa tomem cons­ciência dos motivos da greve, cumpre-nos relatar sucin­tamente o andamento das negociações que precederam aparalisação dc 6 de julho de 1983. O Decrelo-Iei n" 2.036- tào danoso quanto o 2.045, que será rejeitado pelo

Congresso - foi o estopim para a organizuçào da cute­goria petroleira em torno da conquista de seus legítimosdireitos.

Assinado upós vilrius proteluções da parte da Presi·dência da República, o decreto tem como objetivo prin­cipal quebrar a força de trabalho dos empregados das es­tatais. Ao mesmo tempo em que corta investimentos, de-.termina uma redução do custeio destus empresas. o quepara os funcionários da PETRüBR/i.S é traduzído emforma de corte de pessoal, uma vez que trabalham sobum forte esquema de economia de gastos.

Não apenas o desemprego foi a ameaça sentida pelosempregados da PETROBRÁS, mas também a perda uenossa soberania nacional. O decreto chamado. "das esta­tais" surgiu do acordo firmado entre o Governo brasilei­ro e o FMI (Fundo Monetário Internacional), com a evi­dente intenção de desestruturar uma empresa nascida daluta de um povo em torno da bandeira. "O Petróleo ênosso". para facilitar ainda mais o acesso do capitalismointernacional ao nosso meio de produção.

Se, por outro lado, os trabalhadores da PETROBRÁSde Paulínea e Mataripe previam demissões maciças naempresa (o que realmente ocorreu após a deflagração dagreve), por outro lado eles se viram dirigidos. em futurobem próximo. por pessoas cujo sotaque nada tem a vercom a linguagem falada pelo nosso povo. Diante de tudoisso, de tantas ameaças e pressões, assembléias foramconvocadas pelas diretorias dos sindicatos para que a ca­tegoria petroleira pudesse se manifestar e traçar uma es­tratégia de ação visando a impedir os avanços das in­tenções entreguistas do Governo federal.

Doze dias antes de deflagrar a paralisação, a categoriajá havia comunicado sua intenção às. "autoridades com­petentes". Do Ministro do Trabalho ao Presidente daRepública, todos foram informados do posicionamentodos petroleiros. A proposta se resumia em estabilidadellO emprego por um periodo de dois anos, permitindoum percentual de rotatividade, por sinal uma reivindi­cação bastante modesta diante de tantas ameaças.

Quarta-feira 12 10799

Apenas nos últimos instantes, o Ministro do Trabalhodignou-se a responder à categoria. Sua manifestação, noentanto, foi no sentido de pedir tempo para encaminhara reivindicação às autoridades a quem competia respon­der sobre o assunto.

A categoria cumpriu sua promessa: o turno das 23 ho­ras não compareceu ao servíço, mas uma equipe deemergência ficou escalada para substituir os companhei­ros que mantinham a refinaria funcionando (turno das16 horas. anterior), diante da possibilidade de continui­dade das negociações.

Inflexível, o Ministro determinou intervenção no SIN­DIPETRO mesmo c/a REPLAN em funcionamentonormal na sua produção de derivados do petróleo. Oscompanheiros que completavam 24 horas consecutivasde trabalho foram obrigados a paralisar suas atividadesapós uma ordem vinda da Superintendência da empresa,que determinou a suspensão do trabalho.

De forma coeSa a categoria assumiu a responsabilida­de da deflagração da greve, reunindo-se diuturnamenteem assembléias gerais que contaram com o compareci­mento massivo dos empregados da REPLAN e Matari­pe. Como se não bastasse a intervenção em nossa entida­de de classe, a direção da empresa determinou a demis­são de 126 companheiros. o equivalente a 12% do efetivode pessoal da unidade da PETROBRÃS de Paulínea e180 em Mataripe, equivalente a 10%.

Hoje, três meses depois. os demitidos ainda conse­guem sobreviver graças à criação da Associação Benefi­cente e Cultural dos Petroleiros, entidade fundada apóstodo o episódio que envolveu os funcionários da RE­PLAN. Essa entidade é mantida com promoções cultu­rais que vem desenvolvendo noS últimos meses, bemcomo através de contribuições tinaneeiras significativasdos companheiros que ainda permanecem trabalhandona empresa.

Por outro lado, toda a Diretoria do SINDIPETRO­Campinas foi afastada da REPLAN, sem direito a remu­

neração alguma. Amanhã, esses companheiros estarão,portanto, comemorando três meses sem salário algum.exceto uma pequena quantia que retiram mensalmenteda Associação. o que lhes possibilita apenas a aquisiçãode gêneros alimentícios.

Diante de tanta arbitrariedade, recorreram à Justiçado Trabalho e a todos os Fóruns de Direito neste País nosentido de reverter nào apenas a cassação dos diretores,mas tambêm a demissão dos companheiros afastados.Existem argumentos legais e advogados capazes de enca­minhar a contento tais processos juridicos.

No entanto, isto não é o suficiente. Acreditamos que aJustiça só vigorará. neste Pals quando todas as suasforças vivas estiverem voltadas para as lutas populares.Os parlamentares desta Casa são, sem dúvida alguma,um canal através do qual a nossa luta poderá também serencaminhada, principalmente aqueles parlamentares quese elegeram sob a bandeira de defender nossa soberanianacional e ~s legltimos direitos da classe trabalhadora

brasileira.fi a esses parlamentares que nos dirigimos, chamando­

lhes à consciência a necessidade de juntarmos nossasforças no sentido de acabar de vez com todo o autorita­rismo, a corrupção e O entreguísmo registrados nestePaís. Seio esses parlamentares que queremos chamarpara lutar ao nosso lado por um Brasil justo. humano cdemocrütico, votando contra os Decretos 2.036. 2.037 c2.045."

o SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Pronuncia o se­

guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, não éde hoje que se arrasta a questão ligada à atividade de ga,rimpagem, tendo inclusive tal tema iiido tratado leviana­mente. como se fosse mera ação de aventureiros. e em

torno da qual se criou longa e prejudicial idéia fictícia,

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10800 Quarta-feira 12

não sc levando em conta o que já de tradicional ocorria eocorre em nosso País.

No entanto, com a descoberta e exploração do garim­po dc Scrra Pelada, tal atividade despertou interesse, ga­nhando item na agenda do Govcrno Federal. dada as ri­quezas de suas jazidas auriferas, noticiadas através nãosó da imprensa nacional, como da internacional.

Hoje, essa atraente e promissora atividade é conside­rada o melhor empreendimento no País: e, como tal, tematraído milhares de pessoas, crescendo de forma desme-'dida c desordenadamente, e, em conseqüência, criandocarências das mais diversas, desde as ligadas ao proble­ma de saúde, moradia, conforto, alimentação. até oproblema social, causados pela falta de infra-estruturaadequada.

Um dos problemas que mais chama a nossa atenção éO relativo â falta de legalização desses trabalhadores. os"furões", como sào chamados aqueles que não têm car­teira assinada, o que os torna vrtímas de uma atividadesem futuro.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, durante a semana quepassou, tivemos nossa atenção totalmente voltada paraas justas e merecidas reivindicações desta e1asse.

Uma pequena vitória foi alcançada, com a votaçào e

aprovação, pelas duas Casas do Congresso Nacional, doProjeto de Lei do Exm' Sr. Deputado Sebastião Curió.ardoroso defensor dos garimpeiros, que prorroga pormais ciuco anos o garimpo manual de Serra Pelada. Pro­jeto cuja aprovação mereceu nossos aplausos. Entretan­to, o problema ainda não está de todo solucionado. Ha­veremos de continuar batalhando para que o garimpomanual não seja condenado daqui a cinco anos à ex­tinção, dando lugar â lavra mecanizada.

Acreditamos que a manutenção permanente do garim­po manual é a medida corrcta c gratiticantc para garantira sobrevivéncia de todos os brasileiros que a ele se dedi­cam. Por isso vamos continuar lutando.

O nosso ouro existe, não é utopia - o solo brasileiro éprenhe deste precioso metal - é fonta geradora de em­pregos e divisas para o nosso País. No entanto, não ê ri­queza natural renovável e por isso mesmo precisamospor ele zelar: poupando-o e empregando-o, e uma vezbem administrado, em benefício do progresso do Brasil edo nosso povo.

Eis por que. Sr. Presidcnte, Srs. Deputados, faz-se ne­cessário que o Governo Federal planeje urgentcmcnte asatividades do garimpo em todo o território nacional.

É necessário um controle mais rigido e eticiente. paraevitar os desperdícios causados por mêtodos preda­tórios. a sonegação e evasào do precioso metal. a comer­cialização indevida. retirando-o do submundo do l:on­

trabando para as luzes da honestidade. Precisamos usá­lo hDje e poupá-lo para o futuro.

l\'las para isso nào é necessário condenar à extinçào (1

garimpo manual, como pretendem. Muito pelo con­trário: entregando essa atividade li empresas paraexplorá-lo mecanicamente, estaremo.s entregando aindamais as nossas riquezas a tercerios e impedindo o nosso!'ais de progredir, tirando também a oportunidade deemprego e levando ao desespero milhares e milhares debrasileiros, e valorosos pais de família.

Este setor se encontra em febril expansão e é precisoque dele se cuide, sem contudo empregar uma políticageneralizante que poderá acabar desservindo à Nação,{;ob pretexto de servi-la. O ouro é nosso. Não pretende­nw:; entregá-lo a ninguém.

É necessúrio criar. '"uma política para o ouro", mas deforma sensuta, honesta e humana, que nào ponha a tc­rnt:l' ;} sobrevivência financeira dos garimpeiros, criandoproblema social para o País.

A exemplo deste caso, deixo aqui registrado que esta­rei sempre ao lado desses trabalhadores, solidário cm

suas campanhas reivindicatórias e todas as suas iniciati­vas que sejam fundamentadas na lei e na ordem.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Lembro ainda, no dever de absoluta justiça, que foramos garimpeiros. desde o início de nossa colonização e atéos dias atuais, os sutcntáculos do nosso progresso, reti­rando riquezas das entranhas do solo do nosso Brasil.

Era o que tinha a dizer.

o SR. TOBIAS ALVES (PMDB - GO. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, so­mos encarados. em todo o mundo, como verdadeira po­tência agrícola. destinada a assumir papel insubstituivel,até o tim do século, na produção de alimentos, paraatendcr â fome mundial. Mesmo descontadas as nossasreservas florestais, dispomos de quatrocentos milhões dehectares de terras apropriadas para a lavoura e pecuária,bastando, em alguns casos, como o do cerrado, apenascorrigir a acidez do solo. Entretanto, apesar disso, volta­mos, como há dois anos, a importar o milho e o arroz.

Enquanto isso. continuamos a exportar café, cacau,algodão, açúcar e soja. graças às monoculturas regio­nais, convenientemente protegidas.

O de que precisamos, urgentemente, é de uma ajudaracional, por parte do Governo, à produção de grãos, as­segurado amplo tinanciameato ao produtor de arroz,milho, feijão e trigo, ampliado o incentivo li lavoura dacana, não apenas nos centros tradicionalmente produto­res, mas em todo o País, principalmente no cerrado, in­centivada a produção do álcool, por meio de minidestila­rias.

Nesse plano racional de incentivo à lavoura, umaatenção muito especial deve ser dedicada à agroindús­tria, que será o tema principal do VI Congresso Brasilei­ro de Ciéncia e Tecnologia de Alimentos, li realizar-se noCentro de Convenções de Brasília, nos dias 12 a 16 docorrente.

Durante essa importante, reunião, quatro mesas­redondas debaterão o papc\ da agroindústria no desen­volvimento rural integrado, das pesquisas em alimen­tação e nutrição. da viabilidade da pequena empresa dealimentos, abordando os movimentos de defesa do con­sumidor.

Estamos, atualmente. enfrentando uma das grandescrises alimentares da nossa história, quando o preço dosovos sobe sessenta por cento de uma semana para outra.importamos grande quantidade de leite e voltamos. ésteano, a importar gràos comestíveis.

No entanto, no ano passado tivemos exccdentes ex­portáveis.

Advirta-se, porém. que houve redução da área cultiva­da, por ter o Governo reduzido os incentivos creditíciosâ produção, além de ter entrado no quinto ano a seca noNordeste, ocorrendo grandes e devastadoras enchentesno Sul do País.

Paralelamente, diminui a mão-de-obra na lavoura.ocorrendo excedentes. apenas nas Zonas de monocu]turado café, da cana e da soja, com o doloroso destile dosbóias-frias.

Tudo isso indica a necessidade de uma lavoura racio­nal, que só se obterá com o incentivo â agroindústria.

Uma boa parte da nossa lavoura é mecanizada,usando-se tratores e colheitadeiras, sem falar nas máqui­nas de beneticiar café, arroz e milho, movidas quase sem­pre a eletricidade, o que indica a necessidade de umapreocupação maior com o problema da eletriticação ru­ral, com o Governo tinanciando a instalação de redes etransformadores nas propriedades. furais.

Mas a presença da máquina na atividade rurícola pre­cisa ser incrementada.

Em primeiro lugar. com a instalação de pc·quenas in­dústrias de alimentos, para produzir sucos e embutidos,engarrafados ou enlatados, dos laticínios às carnes emconserva, produzindo-se o macarrão e empacotando-se ()feijão, o milho e o arroz. com as tarinhas respectivas.

Paralelamente, seriam instaladas junto aos canaviaisminidestilarias, que tornariam muitas cidades do interior

Outubro de 1983

auto-suticientes em combustíveis, contribuindo decisiva­mente para quc, em curto prazo. noS libertássemos daimportação de petrólco, pelo consumo do álcool-motor.Se este ano fabricamos o milionésimo carro movido a ál­cool, até o fim da dêcada poderemos ter dcz milhõcs deveículos queimando csse combustível, numa frota dequinze milhões.

Para alimentá-Ia, no entanto, precisamos construir mi­lhares de minidestilarias, principalmente no cerrado bra­silciro, ondc dispomos da maior extensão arável para aprodução da cana c da mandioca, de que também se ex­trai o álcool-motor.

Dentre os temas a serem discutidos no VI CongressoBrasileiro de Ciéncia e Tecnologia Alimentar, dois nosparecem da maior importáncia: o papel de agroindústriano- desenvolvimento rural integrado e a viabilidade dapequena empresa de alimentos.

O primeiro tema descortina um vasto panorama de su­gestões. no sentido de levar ao meio rural a mais moder­na tecnologia alimcntar, bem como aquela que nos levaao equacionamento do problema energético brasileiro,não apenas com a cana-de-açúcar. mas pela utilização dabiomassa, da energia solar e hidrelétrica.

Esse importante certame se encerrará no dia 16, quan­do se comemora o Dia Mundial da Alimentação, datainstituída pela FAO.

Teremos oportunidade de ouvir, nesse dia, que o Bra­sil é encarado como a mais poderosa reserva alimentardo mundo e, por isso mesmo, em nome da humanidade~

não pode continuar desperdiçando suas potencialidades,mas cumpre-nos mobilizar-nos quanto antes, nào apenaspara acabar com a fome no País, senão também para co­laborar no sentido de que não continue ameaçada de ina­nição um terço da população do mundo.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

o SR, DENISAR ARNElRü (PMDB - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, ti nova ordem política que se instalou no País. apósas eleições de 1982, com a grande vitória das oposições,deve completar-se por maior descentralização adminis­trativa e, conseqüentemente, por mais adequada repar­tição entre o Governo Federal, os Estados e os Municí­pios. dos encargos e dos recursos públicos.

Faz-se necessário consolidar, nos três níveis de gover­no e naS dimensões política, administrativa e financeira,um novo equilíbrio federativo,

A situação dos Municípios brasileiros, principalmenteos pequenos c médios. é de tal gravidade que. se nào fo­rem tomadas medidas urgentes, muitos dcles vão prati­camente à falência. muito em breve.

A explicação para esta situação absurda está na divi­são do bolo tributário nacional. Na maioria dos paísesda Europa e nos Estados Unidos, os Municípios retêmcerca de 40% do total arrecadado de impostos e, no Bra­

sil, as prefeituras ticam com nunca mais de 5%. Os Esta­dos ficam com 30% e a parte maior do bolo vai para oGoverno Federal. Precisamos construir para o Brasil umfederalismo de integração, mas o federalismo requer quetodas as suas Unidades sejam fortes, saudáveis e multi­plicadas de cnergia. célula quc sào os Municípios, ondevívem as pessoas, as famílias e os grupos~ com seusproblemas e aspirações. E o prefeito que conhece melhoras necessidades do seu Município e a maneira mais efi­ciente de aplicar os seus recursos. Por isto mesmo, nàopodemos impor-lhe programações rígidas. As progra­mal~ões devem ser feitas de baixo para cima e não comosão feitas agora. de cima para baixo. A reforma tribu­túria dcverá ser rcalizada com realismo, dcntro da reali­dade brasileira. O realismo que, com cfeito, mostra quemais de 40% dos Municípios brasileiros apresentaram,em 1980, população total inferior a 10.000 habitantes;quase 70% deles abrigaram população inferior a 20.000habitantes; mais de 90%, população inferior a 50.000 ha­bitantes. A realidade brasileira c, principalmente, o pe-

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Outubro de 1983

queno e médio Município têm a sua base econômica pre­dominantemente agrícola. Somente 142 Municípios ­3,6% do total, possuíam em 1980 mais de 100.000 habi­tantes, ainda que abrigassem 44% da população brasilei­ra, o que é o grosso da nossa séria problemática urbana.

Ê preciso, com efeito, acabar com a pretensão de quesomente o Governo Federal sabe planejar e executar. Namaioria dos casos, o contrário é que é verdadeiro. Os Es­tados, os Municípios, mais próximos da realidade local,sentem mais de perto os anseios comunitários e estào ca­pacitudos a executar, a custos menores, programas e pro­jetos de desenvolvimento, notadamente em áreas comoeducação, saúde, habitação, saneamento, infra-estruturae serviços urbanos. Em conseqüência dessa injusta distri­buição de rendas, as prefeituras vivem à míngua, baten­do às portas da insensível burocracia palacilma, encaste­lada em Brasília, como se fossem as tmicas conhecedorasdos problemas nacionais. Os burocratas beneficiáriosdessa concentração fiscal distribuem COmo bem enten­dem os recursos gerados nos empobrecidos Municípiosbrasíleiros. Como é praticamente impossível realizar ser­viços na proporção exigida, as cidades do interior dei­xam de geral' empregos, alimentando as correntes migra­tórias em direção às inadministráveis megalópoles brasi­leiras. Se o Governo Federal não compeender que a so­lução dos problemas dos municípios passa pela discus­são e aprovação de uma equilibrada reforma tributária,então a alternativa que irá restar será a decretação damoratória das dívidas da maioria esmagadora dos Mu­nicípios brasileiros. Atualmente grande parte das cidadesbrasileiras não arrecadam o suficiente para pagar o sa­lário do seu funcionalismo. A moratória municipal nàoé, na verdade, urna hipótese, pois está sendo diseutida noCongresso. O Senador Carlos Chiarelli é autor de umprojeto que prega, entre outras coisas, a suspensão dacobrança das dívidas municipais, dando às prefeituras oprazo de 3 anos para reiniciar o pagamento. Trata-seIcomo se pode antever, de uma solução bem mais comple­xa que a modificação do sistema tributário.

É para os Parlamentares de todos os partidos difícilvotar contra essa proposta, já que a prefeitura da cidadeonde cada um de nós moramos e mantemos nossa baseeleitoral está à beira da desagregação administrativa.Pelo sistema tributário que vigorou até 1966, cabia aoGoverno Central uma parcela inferior a 50% dos impos­tos arrecadados.

Foi durante o Governo Castello Branco que o hoje Se­nador Roberto Campos" então Ministro do Planejamen­to, começou a implantar a legislação tributária, até ago­ra em vigor. Nos anos seguintes, principalmente duranteo "milagre econômico" da década de 70, esse processofoi ainda mais reforçado, graças sobretudo aos superpo­deres conferidos pelo Ato Institucional n9 5 aos gover­nantes do País. Ã época, baixaram-se decretos-leis compoderes em branco para ministros da área econômica le­gislarem, e, através de portarias, alterar a qualquer mo­mento as regras tributárias. Infelizmente, as proposiçõessensatas sugeridas por setores importantes da Naçãocostumam tropeçar nos obstáculos que são críados pelaadministração federal. Ê hora, portanto, do Palácio doPlanalto decidir se continuará insistindo na nociva linhade comportamento que manteve até aqui, ou se está dis­posto a procurar a reforma tributária, provando, na prá­tica, suas reiteradas promessas de normalização demo~

crátÍca.Os vereadores e seus Prefeitos estão a exigir providên­

cias urgentes, sob pena de muito em breve não ser maispossível permanecerem em seus municípios, tal a pressãoque o povo ,está a exercer, para que providências sejamtomadas para solucionar os seus problemas mais imedia~

tos.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY (PT­SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, encaminhO à Mesa, para que conste dosAnais, carta que dirigi ao Sr. Oliveira Bastos, Redator-

DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

Chefe do Jornal de Brasília, a propôsito de noticiáriopublicado naquele jornal sobre o depoimento da Sra.Mariza Tupinambá na CPI da Dívida Externa.

"limo. SenhorOliveira BastosRedator-Chefe do Jornal de BrasíliaSetor de Indústrias Gráficas, Tr. I, LI. 585/645Brasília (DF)

Senhor Redator-Chefe:O noticiário contido na primeira página c O edi­

torial referentes ao depoimento da SI" Mariza Tupi­nambá de Oliveira na CPI da Dívida Externa, publi­cados no Jornal de Brasília, em 7 de outubro de1983, foram escritos em termos desrespeitosos àque­la depoente e não espelham a seriedade com que elase conduziu na ocasião. A noticia da primeira pági­na, que difere muito da publicada na página 8, e oeditorial contém inverdadesl e demonstram umacompreensão incorreta dos trabalhos desta CPI.

A SI" Mariza Tupinambá de Oliveira é testemu­nha importante de diversos fatos irregulares que ca­racterizaram a história da dívida externa brasileira.Por muito tempo ela foi considerada pessoa capaz,séria e honrada para ser contratada pelo Embaixa­dor Antônio Delfim Netto para trabalhar comouma de suas secretárias, de fevereiro de 1975 amarço de 1976, na sala contígua à sua, na Embaixa­da em Paris. Conforme me explicou pessoalmente oSenador Roberto de Oliveira Campos, em maio pas­sado, o prôprio Embaixador Antônio Delfim Nettohavia solicitado que ela continuasse o seu trabalho,o que íoi negado pelo Itamaraty por indicação dosórgãos de informações, que interpretaram de manei­ra incorreta viagem de turismo que ela havin feito à

URSS.Com respeito ao Íncidente ocorrido na Grécia l

em que a Sr' Mariza Tupinambá de Oliveira foi de­tida sem culpa e por isso mesmo absolvida, o se­guinte texto, traduzido do original, do telex enviadopela Embaixada do Brasil em Londres, em 6 de ju­nho de 1978, às autoridades gregas, constitui o me­lhor esclarecimento:

"A quem possa interessar, eu, Oscar Soto Loren­zo Fernandez, de nacionalidade brasileira, diplo­mata, com o cargo atual de Ministro Conselheiro,lotado na Embaixada Brasileira em Londres, Rei­no Unido, tendo referido devidamente o assuntoaO meu superior, o Embaixador do Brasil para to­dos os efeitos legais do documento solenementedeclaro que conheço a Senhorita Mariza Tupi­nambá e toda sua família, e que sempre os conhe­ci como pessoas sérias confiávcis e cumpridorasda lei. A Senhorita Tupinambá compreende, re­conhece c aceita a sua obrigação legal de perma­necer na Grécia, se for concedida fiança, até queos procedimentos legais sejam completados. Elaconcorda de ter o seu passaporte sobre custódiana sessão consular na Embaixada Brasileira emAtenas, para ser devolvido a ela somente depoisdela ser liberada pelas autorídades gregas. Eu es­tou portanto inteiramente certo de que a Senhori­ta Tupinambá aguardará julgamento em Atenas,e não deixará o país sem autorização legal prévia,e assumo minha inteira responsabilidade pessoalcom respeito a isto, para todos e quaisquer efeitoslegais devidos. Assinado: Oscar Soto LorenzoFernandez. Selado com Round Scal."A Sr' Mariza Tupinambá de Oliveira e os Depu­

tados membros da CPI não fizeram qualquer refe­réncia à vida pessoal de qualquer pessoa, A sessãotratou apenas de questões de interesse público.Qu.;;m tentou levantar este ângulo foi o editorial ci­

tado, distribuido a todos jornais do País, 110 dia se­guinte, peja Empresa Brasileira de Noticias.

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Seu depoimento trouxe importantes elementospara que a CPI saiba mais sobre os informes relata.dos pelo Coronel Raimundo Saraiva Martins, en­quanto adido militar em Paris, bem como sobre ne·gâcios irregulares relacionados à dívida externa.

Há um ponto correto, porém, do editorial do"Jornal de Brasília". Refiro-me à afirmação segun­do a qual o governo deveria tornar público o Rela­tório Saraiva para ser contestado por quem sentisseofendido. Ao invês de tomar a atitude de pedir a suapublicaçào imediata, já que sabe ser um dos acusa­dos, e provar a sua inocéncia, o Ministro AntônioDelfim Netto usa de todo o poder de influência go­vernamental para evitar a revelação de fatos gravesali relacionados nos meios de comunicaçào. Tanto éque ele e o Porta-Voz do Presidente da República,Carlos Átila, telefonaram aos diretores dos princi­pais ôrgãos de imprensa do País para solicitar quenada divulgassem, minimizassem ou ridicularizas­sem, procurando desmoralizar o depoimento da Sr'Maria Tupinambá de Oliveira. Incomoda aoMinistro-Chefe da Secretaria de Planejamento queela tenha adquirido a consciência critica com respei­to aos erros das autoridades diplomáticas que elaprópria presenciou.

O Ministro Antônio Delfim Netto, nas presentescircunstâncias, deve ser o primeiro a sugerir que ogoverno brasileiro solicite ao governo suíço sobre oeventual movimento de contas numeradas por códi­go, em bancos suíços, dos Srs. Villar de Queirôs,Carlos Alberto Andrade Pinto e do próprio Minis­tro, de 1974 para cá. Pois, segundo informou o Em­baixador da Suíça no Brasil, Willían Roch, ao De­putado Herbert Levy, e já havia sido informado aoCoronel Raim undo Saraiva Martins, isso é perfeita­mente possíveL A ausência dessas contas seria Um

primeiro elemento para provar a inocência dos acu­sados.

Tal como vimos procedendo até agora, com amaior seriedade e vontade de apurar fatos relativosà natureza e conseqüências de nossa dívida externa.prosseguiremos nossos trabalhos ouvindo, entre ou­tros, os Srs. Olavo Setubal, Mário Henrique Simon­sen, Benedito Moreira, Paulo Lira, Paul Singer cMaria da Conceição Tavares. O Depoimento da Sr'Mnriza Tupinambá de Oliveira embora pouco di·vulgado já está registrado lias anais da CPI e da his­tória do Brasil. As conclusões da CPI deverão resul·tal' de todos os depoimentos e documentos coleta­dos.

Atenciosamente. - Eduard\l Matarazzo Suplicy,Deputado Federal - PT - SP"

o SR. ALBÉRICO CORDEIRO PRONUNCIADISCURSO QUE, ENTREGUE À REVISÃO DOORADOR. SERÃ PUBLICADO POSTERIOR­MENTE.

O SR. MILTON BRANDÃO (PDS --PI. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs: Deputados,não obstante nossos reiterados pronunciamentos nestaCasa, bem assim os de outros representantes nordesti­nos, continua a indiferença dc certos setores da adminis­tração no âmbito Federal.

Naquela região registramos, todos os dias, a perda devidas de racionais e irracionais. Mães com crianças es..quálidas perambulam pelas pequenas e médias cidades,implorando o pão, o alimento para sua sobrevivência.

Na zona rural, nos camposl es:)u gente vai desapare­cendo ou perderído a resistência, lentamente. São sereshumanos habituados a viver com reduzidas porções dealimentos. Sua prôpria existência já se constitui numatestado de resistência física. Sobrevivem por serem fol'­tes, porque seus organismos se adaptaram às condiçõesdo meio hostil em que vivem. Mesmo assim, considerá­vel número de nordestinos já pereceu nesta fase crudnt

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que estamos enfrentando, e, a continuarem como estão,sem meios financeiros para adquirirem alimentos, as per­das serão, certamente, bem mais elevadas. Com os reba­nhos acontece o mesmo. As perdas são freqüentes, csobrevivem os que, mesmo esqueléticos, magros, pos­suem forte resistência, sendo possível que boa quantida w

de consiga salvar-se. Quase sempre morrem os animaismais fracos, as fêmeas com crias, e a produção fica redu­zida a 30% cento, ou menos. Os campos, antes lastreadosde pastagens ressequidas, hoje estão cinzentos, nada ofe­recendo aos rebanhos. A lerra está crestada e sem con­dições de assegurar a vida dos animais do campo. Nãohá para quem apelar, e nas frentes de serviços os ope­rários estão concentrados, à semelhança de animais. Aesses operários O governo, de dois meses até os dias dehoje, vem pagando uma mensalidade dc Cr$ 15.300,00.No dia do recebimento, após o pagamento aos fornece­dores, esses alistados conseguem, às vezes, um saldo, nomáximo, de Cr$ 10,00. Com essa quantia precisa alimen­tar a família e a si próprio. Essa a triste sina dos nordesti­nos. Mesmo assim continua a indiferença do Govcrno e,principíllmente, dos órgãos da administração Federalresponsáveis pela solução de problemas dessa natureza.Na última reunião do Conselho Deliberativo da SUDE­NE, realizado em Parnaíba, estivemos presentes, repre­sentando a Comissão do Interior da Câmara, e procura­mos, na ocasião, traduzir as suas rccomendações, querefletiam o pensamento da própria Casa. Na oportuni­dade, fizemos a leitura das reivindicações traduzidas emmensagem encaminhada aos Srs. Conselheiros e votadasnaquela Comissão, pela unanimidade dos Deputadospresentes. Usando da palavra, fizemos um sucinto relatodo sofrimento das populações do Nordeste, e, em espe­cial, com maior conhecimento, sobre a situação dos ha­bitantes do Piauí. Em seguida, procedemos à leitura damensagem da Comissão do Interior, que, entre outras re­comendações, sugeria, sem discrepância dos seus inte­grantes, o seguinte:

19 Pagamento de salário mínimo aos homens, mu­lheres e menores alistados nas frentes.

2' Que o pagamento desses trabalhadores fosse feitoquinzenalmcnte.

3' Que às mulheres c menores fosse atribuído umtrabalho mais leve e de acordo com a sua resistência físi­ca e educação.

4' Que o alistamento fosse feito de todas as pessoas,sem quaisquer discriminações (homens, mulheres e me­nores em condições de trabalho).

Este apelo traduziu o mínimo que a egrégia Comissãodo Interior poderia pleitear.

Sr. Presidente, ocorre, entretanto, que O Governo con­tinua procrastinando a adoção dessas e de outras medi­das de urgéncia para atender as populações da região. Areunião ocorreu no dia 30 do mês passado, e não nosconsta que a matéria tenha sido considerada até o pre­sente momento. Relativamente a outras obras para asquais há disponibilidade orçamentária, certos setores doGoverno estão praticando desmandos, mostram-se com­pletamente desorientados, o que resultará em maioresprejuízos para nossas populações.

Sr. Prcsidente. aproveitamos o ensejo para reiterarapelos ao INCRA, às autoridades financeiras do País e,principalmente, aos bancos oficiais no sentido de queefetivem, com toda urgência, o custeio à lavoura, relati­vamente aos empréstimos de entressafra, e que sejam dis­pensadas certas exigências que estão impossibilitando aatuação das agências desses estabelecimentos de crédito.

O SR. FREITAS NOBRE (PMDB - SP. Pronuncia oseguint~ discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, arevista Business Week, na sua edição de 22 de agosto des­te ano. traz uma impressionan te reportagem sobre aatuação das filiais ou empresas subsidiárias de bancosnorte-americanos no Brasil, destacando especialmente oslucros que têm obtido, "apesar do índice de inflílção de143 por cento. da dívida externa de USS 90 bilhões; e da

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

intranqüilidade social gerada pelo programa de austeri­dade".

O dado mais chocante é seguramente o que se refereao lucro do City Bank, que chegou no ano passado aUS$ 153 milhões, ou seja, 20 por cento de tudo o que lu­crou com sua rede de agências espalhadas por todo omundo.

E o Brasil é mesmo o paraíso dos grandes grupos fi,nanceiros mundiais. O primeiro vice-presidente do CityBank, Chet Brauch, na reportagem, considerou o Brasil"a praça mais importante fora dos Estados Unidos, sobqualquer critêrio".

E como não poderia deixar de ocorrer nestes temposde continuados escândalos - Capemi. Coroa-Brastel,Polonetas, Delfin etc. - a reportagem se refere a umataxa de 50 milhões que seria cobrada a título de "presen­te para o Governo" de qualquer banco que quisesse ins­talar agência no País.

Depois do City Bank, o Chase Manhattan obteve omaior lucro: US$ 25 milhões, só em operações locaiscom cruzeiros. O Chase atua através do Banco Lar Bra­sileiro, do qual detêm 98 por cento do capital. Informa areferida publicação que "os negócios em cruzeiros nãosó produzem ~ucros colossais para os bancos como osprolegem da crise de liquidez de moeda forte, comum naAmérica Latina".

Para burlar a legislação em vigor, que faz restrições àremessa de divisas, e para defender-se das altas taxas deinflação. estes estabelecimentos bancários estão optandopelo reinvestimento de seus lucros no Brasil na comprade imóveis. Exemplo disso ê o City Bílnk, que recente­mente comprou um prédio avaliado em US$ 21 milhõesna Avenida Paulista, em São Paulo. Outros bancos ago­ra se vêem envolvidos numa corrida para adquirir sedesem outras cidades brasileiras, expandindo assim seus

tentáculos por todo o País.A reportagem mostra, enfim, que os bancos estrangei­

ros não parecem assim tão preocupados com a crise bra­sileira, como dizem os nossos tecnocratas, já que seus lu­cros são extorsivos, pois conseguem colocar seus recur­sos com juros que chegam a 200 por cento ao ano, índiceque nem imaginam obter em seu país de origem.

O SR. BOCAYUVA CUNHA (PDT - RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,oc~po a tribuna para encaminhar a Vossa Excelência oPlano de Desenvolvimento Econdmico e Social, para oquadriênio 1984/1987, da Secrctaria de Estado de Plane­jamento e Controle do Governo do Estado do Rio de Ja­neiro. conforme segue em anexo:

SERViÇO PÚBLICO ESTADUAL

Secretaria de Estado de Planejamento e Controle1983 - Ano do Centenário de Getúlio Vargas

Em 29 de setembro de 1983

Excelentissimo SenhorGovernador Leonel Brizola,

Encaminho a Vossa Excelência o Plano de Desenvol­vimento Econômico e Social para o quadriênio1984/1987, na forma da legislação em vigor.

Procuramos fugir, de acordo com a orientação do Go­verno, do estilo tecnocrático que caracterizou tradicio­nalmente a atividade de planejamento do Brasil, e queconduziu a um quadro de afastamento entre a vontadedo povo e a atitude dos governantes. Não tivemos comonorte um equilíbrio formal de variáveis econômicas nemnos apoiamos em esquemas teóricos abstratos, afastadosda vivência constante dos problemas inerentes à nossarealidade. Ainda que baseados num conhecimento acu­mulado sobre os probtemas estruturais do Estado do Riode Janeiro, não nos preocupamos em tecer diagnósticosextensos c discursivos sobre o Estado, alêm do estrita­mente necessário para dar substância à ação governa-

Outubro de 1983

mental. Pelo contrário, o ponto de referência para elabo­ração deste Plano foi fundamentalmente a situação críti­ca em que se encontram os serviços públicos básicos deeducação e saúde; u carência de infra~estruturade sanea­mento, transportes e energia; a insuficiência de habi­tações dignas desse nome e a má distribuição de posse euso do solo urbano; o desemprego, a concentração eco­nômica, e o fraco desempenho da produção de alimen­tos; a insegurança do cidadão, a dificuldade de acesso àjustiça c outros problemas de cunho social que são tãoeonhecidos de Vossa Excelência e da grande maioria dapopulação do Estado.

Entendemos que esta primeira abordagem do planeja­mento estadual deve ter caràter político, de definiçõesdos rumos e das estratégias globais da administração emseus vários campos, reafirmamos os compromissos assu­midos durante a campanha eleitoral e resumindo as dire­trizes emanadas destes primeiros meses de governo.Complementarmente, a definição de metas específicas ede cronogramas de execução deve ser objeto de outrosdocumentos mais detalhados e de uma atividade cons­tante de planejamento, acompanhamento e avaliação daaçào governamental.

A metodologia de elaboração do Plano envolveu to­dos os setores da administração, reativando o SistemaEstaduíll de Planejamento, através de seus órgãos seto­riais - Subsecretarias - sistema esse que estava pratica­mente paralisado há alguns anos. Cada Secretaria enviousua proposta parcial à SECPLAN, incluindo a sua pro­gramação e aquela dos órgãos de administração indiretaa ela vinculados. Vossa Excelência perceberá contudoque a estrutura do Plano não se prende à estrutura dasSecretarias, e sim às áreas programáticas de ação gover­namental. muitas delas prevendo o esforço coordenadode várias Secretarias. Ademais. as responsabilidades as­sumidas, o são pelo Governo como um todo, e não poresse ou aquele órgão ou setor.

O Plano foi elaborado ainda com a consciência das li­mitações financeiras e administrativas dos Governos es­taduais, num quadro de grande centralização de recursose atribuições no nível federal. Esse argumento não deveservir para derrogarmos nossas responsabilidades, massim para definir estratégias que lancem mão dos instru­mentos de que dispomos, e não daqueles que gostaria­mos de ter. De qualquer forma, as distorções e carênciasque começamos a combater só serão definitivamentevencidas no quadro de mudanças mais gerais, no planonacional, que O povo trabalhador brasileiro há tantotempo rcclamíl.

Também estamos conscientes de que, em função dagrandiosidade dos desafios a enfrentar e dos interessespoderosos que certamente serão afetados, o Governonão atingirá os seus objetivos sc não contar com a mobi­lização das comunidades e suas entidades representativaspara a dcfesa de seus próprios direitos. A aproximaçãopovo-governo, para nós, é muito mais do que uma sim­ples virtude política ou uma concessão: é uma condiçãoindispensável para a conquista da democraeia e do bem­estar social. -;- Fernando Lopes de Almeida, Secretário deEstado de Planejamento e Controle.

PODER EXECUTIVO

Mensagem n"De de setembro de 1983

Excelentissimos SenhoresPresidente c demais Membros da Assembléia Legislativa

Em ohserváncia ao disposto na Constituição do Esta­do do Rio de Janeiro, no seu ar!. 34, inciso m, e na LeinO 219, de 19 de dezembro de 1978, no seu ar!. 2'. tenho ahonra de submeter ã elevada consideração dessa EgrêgiaAssembléia Legislativa Projeto de Lei dispondo sobre oPlano de Desenvolvimento Econômico e Social do Esta­do do Rio de Janeiro para o quadriênio 1984/1987.

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Outubro de 1983

As diretrizes e prioridades fixadas no Plano foram tra­duzidas nos projetos do Orçamento Plurianual de Inves­timentos para o período 1984/1986 e do Orçamento parao exercício de 1984, encaminhados a essa Egrégia As­sembléia.

A orientação geral ímprimida ao Plano diz respeito aoatendimento das necessidades mais prementes da popu­lação fluminense que, como é do conhecimento de todos,vive um quadro de graves carências em termos de ser­viços e infra-estrutura básicos, e, também, a uma revisãoda forma de conduta do setor público, adequando-a aosnovos padrões de austeridade e sensibilidade às aspi­rações das maiorias.

Aproveito a oportunidade para reiterar a Vossas Exce­lências os protestos de minha elevada estima e distintaconsideração. - Leonel de Moura BriZQla, Governador.

PODER EXECUTIVO

Mensagem n9 De de setembro de 1983Excelentíssimo Senhor Presidente da AssembléiaLegislativa do Estado do Rio de Janeiro eSenhores Deputados

Tenho a honra de submeter à elevada apreciação doPoder Legislativo, a Proposta Orçamentária do Estadodo Rio de Janeiro para o exercício financeiro de 1984,acompanhada do Projeto de Orçamento Plurianual deInvestimentos para o triénio 1984/1986, em conformida­de com os procedimentos e prazos estabelecidos pelo ar­tigo 51 da Constituição do Estado, e ao disposto em seusartigos 46, parágrafo úníco, e 48, parágrafos 59 e 79

A proposta de Orçamento estíma a receíta e fixa a des­pesa em Cr$ 2.259.100.000.000,00 (dois trilhões, duzen­tos e cínqOenta e nove bilhões e cem milhões de cruzei­ros). Estão previstos, ainda, recursos próprios dos ór­gãos da administração indireta, que montam a CrS802.077.100.000,00 (oitocentos e dois bilhões, setenta esete milhões e cem mil cruzeiros), incluídos na forma es­tabelecida pelo Artigo 48, caput e parágrafo primeiro, daConstituição do Estado do Rio de Janeiro.

As receitas e despesas das Empresas Públicas e das So­cicdades de Economia Mista, serão objeto do Orçamen­to Empresarial, o mesmo ocorrendo com as arreca­dações e os dispêndios das Autarquias e Fundações.Ressalte-se que os três documentos orçamentáriosanuais - o do Orçamento do Estado, o relativo ao Orça­mento das Autarquias e das Fundações, e o OrçamentoEmpresarial - virão a compor, posteriormente, uma sópeça, editando-se, pela primeira vez, o Orçamento Con­solidado do Estado do Rio de Janeiro.

A proposta de Orçamento foi elaborada em consonân­cia com as prioridades do Plano de DesenvolvimentoEconômico e Social, de modo a garantir que o Orçamen­to de 1984 já reflita as estratégias e diretrizes fixadas parao quadriênio. As prioridades definidas em ambos os do­cumentos concentram-se nas áreas de educação, saúde esaneamento, babitação, transporte, alimentação e segu­rança do cidadão, e, frente à limitação de recursos e omontante das carências, o Governo optou por investirno atendimento às necessidades básicas: o primeiro grauna educação, as unidades de serviços básicos na saúde,habitação popular, transporte coletivo, tecnologias sim­plificadas para saneamento e assim por díante, semprecom o objetivo de atingir as áreas mais carentes, como asfavelas e a periferia da Região Metropolitana, e de gerarempregos nas áreas dos programas.

Ê certamente ocioso descrever a situação precária doatendimento que vem sendo prestado à população naárea social, notadamente nos serviços básicos de edu­cação e saúde, que competem ao estado por determi­nação constitucional. Estima-se que, de um total de 13mil salas de aula, pelo menos 50% necessitam de refor­mas, a maioria demandando reparos urgentes; e paraatendimento integral das crianças de 7 a 14 anos, emcondições adequadas, é necessário construir mais 9.000salas, com uma área total estimada de 820 mil metros

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

quadrados. Na área de saúde, é necessário recuperar cer­ca de 240 prédios onde funcionam unidades de atendi­mento primário, sem contar os hospitais, e há necessida~

de de se construir, no mínimo, 93 novas unidades comuma área total de quase 40 mil metros quadrados. Mcdí­das igualmente urgentes são necessárias nas delegacias,estabelecimentos penais c outros prédios públicos.

O orçamento ora proposto reflete essas prioridades, eo Governo se propõe e segui-los dentro das limitaçõesdos recursos ditados pela situação de crise na escala na­cional. Note-se, ainda, que, em função do quadro de vir­tual abandono em que se encontram os serviços públi­cos, os primeiros esforços devem se voltar para atendersituações praticamente emergenciais, como reforma e re­paração de escolas e postos de saúde, melhoria nas con­dições de funcionamento dos presídios e restauração dosníveis operacionais mínÍmos dos serviços públicos, Ín M

c1uindo as atividades policiais.Tomando-se como ponto de partida as funções gover­

namentais, percebe-se que aquelas com maior crescimen­to são as de Educação e Cultura, Saúde, Habitação e Ur­banismo, Judiciária, Segurança Pública e Assistência ePrevidência, todas elas com um incremento de mais de220% em relação a 1983. Esta comparação com a compo­sição do gasto público direto nos exercícios anterioresdeve levar em conta que houve uma mudança nos méto­dos de alocação dos recursos, ditada pelas necessidadesde se conceder uma maior flexibilidade à ação do Esta­do. Assim, parcela significativa dos investimentos previs­tos foram alocados no Fundo de Desenvolvimento Eco­nómico e Social e em outras rubricas de investimentos aprogramar (como os serviços em regime de execução es­pecial). Em outras palavras, as dotações prevístas, porexemplo, para educação, saúde e justiça se mantiveramem níveis elevados, apesar de não estarem neles compu­tados grande parte dos investimentos em construçào deescolas, postos de saúde e presídios, que eventualmenteserão feitos com os recursos a programar.

Esta metodologia em relação aos investimentos derivade uma nova postura assumida em relação às atividadesde planejamento. O Governo procederá a uma descen­tralização e regionalização da ação governamental, con­forme explicitado no Plano de Desenvolvimento Econô­mico e Social para o período 1984/1987, como uma for­ma de aproximar as comunidades envolvidas nas deci­sões que lhes dizem respeito e democratizar o planeja­mento. Isto implica em dar à atividade de planejamentoum caráter permanente, que não se restringe a um únicoplano, mas pelo contrário, exige um acompanhamento euma avaliação constante dos resultados que vão sendoatingidos c das dificuldades que vão sendo encontradas,e, que devem estar abertos para recolher os reclamos e asjustas reivindicações da população. O imperativo de umaação flexível do Estado, particularmente numa etapa decrise c de mudanças repentínas, em que as tentativas deestimativa e previsão ficam prejudicadas, é que justifica ametodologia adotada em relação à alocação dos investi­mentos.

As propostas do Governo de realizar investimentos eaprimorar a qualidade dos serviços nos setores definidoscomo prioritários se deparam com uma estrutura da ad­ministração pública francamente ineficiente e inadequa­da. Em primeiro lugar a máquina administrativa estavaeivada de irregularidades, não sendo poucos os casos decorrupção, desvios e comprometimentos indevidos de re­cursos públicos. Aos poucos o Governo vai fazendo umesforço de saneamento do Tesouro e dos órgãos esta­duais de financiamento, combatendo a corrupção comtodo o rigor, regularizando a situação do quadro de fun­cionários, inchado por contratação de cunho eleitoreiro,e reorganizando os sistemas de suprimento.

Não existia, por exemplo, um planejamento adequadodas compras de material, sendo comum a realização decompras parceladas do mesmo material durante o exercí­cio, exigindo uma grande movimentação processual eelevação de custos, e o Governo está ultimando uma

Quarta-feira 12 10803

reorganização destc setor. Foram feitas reduções na fro­ta de veículos e no consumo de combustíveis, além de umcombate sem tréguas ao empreguismo e às vantagenspessoais. A administração vem se pautando por umaconduta austera e pela correção das irregularidades ondequer que elas ocorram.

Além disso, para atingir os seus objetivos prioritáriosem termos de investimentos e serviços o Governo deverálançar mão de todos os recursos a seu alcance, dentro danormalidade administrativa, mobilizando todos os seto­res da admínistração. Assim é que está sendo feito um re­cadastramento do patrimônio imobíliário do Estado edo funcionalismo público, abrangendo, inclusive à admi­nistração indireta. A idéia de regionalizar os programasgovernamentais se deve também, entre outros motivos, ànecessidade de envolver as administrações municipaisneste esforço em prol do atendimento às necessidadesbásicas da população. E envolver, principalmente as pró­prias comunidades num esforço de organização em tor­no de iniciativas com os programas "Mãos à Obra nasEscolas" e "Cada Família, um Lote", multiplicandocada cruzeiro gasto pelo Governo, através do esforço detodos.

Em resumo, é necessário reavaliar os métodos da ad­ministração para torná-Ia mais eficiente. No ano de1984, para cada quatro cruzeiros que o Governo gastar(excluídas as transferências para os municípios), apenasum cruzeiro irá para as despesas de capital, aí incluídasas amortizações dos empréstimos. Esse índice, emborabastante representativo na situação atual, não inibe onosso propósito de melhorar muíto mais a capacidade deinvestimento do Estado para podermos cumprir os pro­gramas sociais desejados.

No tocante aos métodos na estimação das receitas edas despesas, evidencia-se mais uma vez, uma significati­va mudança de atitude. À vista das inegáveis dificulda­des para estimar as taxas inflacionárias para os últimosmeses do presentc ano e para o próximo exercício c, con­seqüentemente, para a definição dos demais índices apli­cáveis tais como UPC, ORTN, taxa cambial e INPC, fo­ram realizados inúmeros estudos dos quais resultaramuma estimativa de taxa inflacionária para o ano de 1984de 7% ao mês, correspondendo a uma expansào anual de125% e a uma diferença entre os pontos médios de 1983 e!'le J984 da ordem de 155%. Tais parâmetros, que su­põem uma desaceleração da pressão inflacionária, pare­cem ser os que mais se aproximam da nossa realidade,além de oferecerem a vantagem de evitar um fenômenotradicionalmente verificado quando da execução orça­mentária, que consiste na defasagem entre os índices esti­mados orçamentariamente e os preços de mercado regis­trados no momento da execução dos projetos. Não raro,as dotações para projetos, especialmente os que têm suaestimação feita em UPC e ORTN, como é o caso das ha­bitacionais c os de saneamento básico, tornam-se insufi­cientes face à diferença efetiva entre os índices estimadose o comportamento dos preços dos materiais utilizadosnos projetos.

Outro princípio consagrado pela metodologia adotadafoi a aplicação de índices compatíveis entre si, tanto nocálculo da receita como no da despesa, ajustando-se am­bas às mesmas taxas, à exceção das despesas com o cus­teio da máquina administrativa estadual, onde se preten­de uma significativa racionalização dos gastos.

No âmbito especifico da receita orçamentária, a atitu­de prevalecente foi a do aumento da eficiência na explo­ração dos tributos de competência estadual, o mesmoocorrendo, no caso da administração indireta, quanto àsreceitas próprias. Como resultado obteve-se nào só o au­mento da participação das rendas tributárias, que passoua represcntar 65,5% do total da receita, como também ocrescimento dos recursos da administração indireta, queem 1984 significarão 26,2% do total disponível pelo Esta­do. Outra vantagem obtida foi a sensivel diminuição dasnecessidades de transferência de recursos do Tesouro

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Outubro de 198310804 Quarta-feira 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)--------------------

para subvencionar a manutenção corrente das entidadesda administração indireta.

Ao cncaminhar, pcla primeira vez, em meu mandato,a Proposta Orçamentária anual, acompanhada do Orça­mento Plurianual de Investimcnto, tenho a convicção deque a visào renovadora do meu governo encontrará acompreensão desta egrégia Casa para a concretizaçãodas metas fixadas no Plano de Desenvolvimento Econô­mico e Social, resultando em um diálogo cada vez maisconstrutivo cntre os Podercs Legislativo e Exeeutivo, no

interesse superior da população fluminense. - Leonel deMoura Brizola, Governador.

o SR. EDUARDO GALIL (PDS - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, háépocas em que um país pode escolher entre diferentesfórmulas de desenvolvimento e de preservação do seupatrimônio nacional. Há outras fases, porém, em que to­das us opções devem eeder lugar a juízos de valor conver­gentes para um ponto fixo. No Brasil de hoje, esse pontofixo dos modelos econômicos coerentes é o conjunto dequestões externas expresso pelo balanço de pagamentos,no capítulo do endividamento externo e na necessidadede divisas.

É forçoso reconhecer que o Brasil, enquanto País, nãopode ser umu autarquia. E é forçoso reconhecer que umpaís com problemas de balanço de pagamentos não ex­pande o seu mercado interno de quanto quer, mas, sim,de quanto pode.

Esta é a razão pela qual todos os brasileiros precisamlutar pelo encontro de fôrmulas que contemplem a máxi­mu prioridade dos interesses internos da Nação. Nestahora, em que cada vez mais se fecha o leque de opções, aescolha deve incidir fortemente sobre soluções capazesde gerar autonomia e independência. Acima de paixõespolíticas. Muito ulém de simples preferências purti­dárias.

Os problemas de balanço de pagamentos e de endivi­damento externo, surgidos no atuul Governo, nem fo­rum exclusivos do Brasil, nem podem ser atribuídos aqualquer imprevidência do modelo brasileiro de desen­volvimento. nos anos anteriores a 1974. Talvez seja te­dioso repetir, mais uma vez, que muduram as condições

econômicas mundiais. A crise do petróleo veio demons­trar, de maneira perversa, que a cada crédito correspon·de um débito, a cada superávit, um déficit. E se é assim,

ninguém pode alegar surpresa diante do fato de países,como o Brasil, terem sofrido apreciável aumento no seudéficit em conta corrente e, como conseqüência, no seuendividamento externo.

A complicada equação que tem de ser enfrentada peloutual Governo é a viabilização desse problema de ba­lanço de pagamentos e de endividamento, no momentoem que o nosso desenvolvimento industrial ainda se de­fronta com índices desconfortáveis de dependência exter­na. Cabe a todos nós colaborar com o melhor dos nossosesforços para amenizar o enunciado desse problema.

Hoje, mais do que nuncu, eu estou certo de quc a cadainiciativa, no sentido de tornar menos dolorosa uma saí­da para o Brasil, vai corresponder a solidariedade unâni­me dos membros desta Casa.

Essa certeza advém do fato de que um projeto, pormim apresentado há poucos dias, já conta, hoje, commais de 250 assinaturas de apoio. Em meu poder existe

um documento contendo o aval dc mais de 250 colegas.São representantes do POS, do PMOB, do PT, do POT edo PTB. Estamos, portanto, todos unidos pelo ideal deprovar que o Brasil é um País viável. Estamos provandoque esta Casa é uma verdadeira fortificação, quundo setrata da defesa dos postulados da nacionalidude.

O noSso balanço de pagamentos expressa uma crisesem precedentes na história da economia brasileira. E seê assim, não há como poupar esforço e eriutividade paralevar adiantc o grande projeto da Nação brasileira.

Sr. Presidente. o projeto apresentudo versa sobre acriaçào do Imposto sobre Serviços de Transporte Maríti-

mo. O seu fato gerador é o afretamento de embarcaçõesestrangeiras em geral, por pessoa física ou jurídica, na­cional ou estrangeira. Ele incide com uma alíquota de150% sobre bens ou valores, quando embarcaçàes eS­trangeiras forem utilizadas na importação para o Brasil.

Para a sua formulação foram consideradas duas exi­géncias: a primeira é o princípio da puridade tributária.Ele tem em vista que o transporte rodoviário sofre a inci­dência de imposta sobre os serviços de transportes depassageiros e de cargas. A segunda é a da proteção à in­dústria nacional. E nesse ponto eu quero lembrar que os150% desse novo imposto devem ser confrontados comcerca de 317% de proteção que são destinudos à indústriaautomobilística.

Nesse novo imposto, Sr. Presidente e Srs. Deputados,está considerado o interesse nacional de incentivar as ex­portações e de fazer com que as nossus mercadoriassaiam do País em navios de bandeira brasilcira. Aí estámuito clara a minha preocupação com o nosso balançode pagamentos.

Os reeu rsos gerados pelo novo imposto, se euleuladospelo movimento marítimo de cargas e valores de 1982,acrescentariam cerca de 200 milhões de dólares aos co­fres do Tesouro nacional. De acordo com o projeto, taisrecursos terào destinaçào nobre: eles serão colocados aserviço da Marinha Mercante do Brasil, através do setorda indústria da construção naval.

Essa indústria, implantada nas últimas décadas, teve

um notável desenvolvimento nos primeiros governos re­volucionários. Levou o Brasil ao nível de segundo maiorprodutor do mundo e exportou a sua tecnologia paruinúmeros países. Hoje, passa momentos de grave crise.Embora internacionalmente reconhecida, carece de res·paldo financeiro.

Esse setor emprega mais de 60 mil pessoas e mobilizamais de 20 mil marítimos. Trata-se de uma indústriu ba­sicamente de planejamento e montagem, utilizando-se,em sua quase totalidade, de materiais fabricados no par­que industriul brasileiro.

Como indústria essencialmente nucional, e que empre­ga grandes contingentes de mão-de-obra, a construçãonaval é fortemente subsidiada em outros países, onde ébrindada com juros reduzidos e prazos longos. É assimque, em outros países, ela adquire competitividade.

Mas não é isto que estamos pretendendo. No Brasil,estumos exigindo apenas níveis de proteção congruentescom o tratamento já dispensado a outros setores.

Todos nesta Casa tomarum conhecimento das dis­torções recentemente denunciadas na área da navegação.Não venho a esta tribuna para lembrar o melaneôlicoepisódio a que assistimos há meses, de encontrar umgrande número de navios estrangeiros afretados median~

te alguns milhões de dólares, enquanto os navios nacio·nais jaziam paralisados nos portos e o desemprego atin­gia seuS tripulantes.

Move-se o desejo de reparar tal situação e evitar queela se repita. Urge, Sr. Presidente c Srs. Deputados, quea nossu Marinha Mercunte seja protegida e tenha plenascondições de sobrevivência. Assim estaremos todos nós,sem distinção partidária, defendendo o patrimônio daNação brasileira.

O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Congressis­

tus, faleceu, dia 5 do corrente mês e ano, em Flores daCunha-RS, Pedro BulIa, agricultor, vitivinicultor e em­presário, que mercê de seu trabalho, poupança, espíritode liderança e persistência galgou destacada posição navida social. comunitária e econômica local e regional,com presença marcante nas atividades empresariais, no­tadamente à frente das Organizações BulIa, prestigiosa e

crescente organização na área comercial.As últimas homenagens tiveram a prcsença da comu­

nidade florensc e de lideranças de Cuxias do Sul e região.Impossibilitado de estar presente, tributando·lhe o

derradeiro preito de admiração e homenagem, venho a

esta tribuna destacar uma vida exemplar, digna de serapontada como modelo para as novas gerações, e regis­trar nos Anuis do Congresso Nacional todo o noSSO pe·sar pelo passamento de Pedro Bul\a, e a nossa solidarie·dade à família enlutada e à comunidade florense.

Pedro BulIa nasceU aos 15 de fevereiro de 1908, emNova Trento (hoje Flores da Cunha) numa capela dedi·cada a um Santo muito italiano, "San Liberale", nosmontes que acompanham a sinuosidade do rio dus An­tas, frente ao Município de Antônio Prado.

Neto de Pietro BulIa, imigrante, é o filho mais velhode uma família de 8 irmãos, filho de Máximo BulIa eGiustina Bolzan Bulia, ele nascido em Flores da Cunha,ela imigrante oriunda da cidade de Feltre, Norte da

Itália.

Casado com Tecla Pagno Bulia, com quem teve onzefilhos: Graciema Maria, Zilda, Maximiliano, Severino,Januário, Irma, Maria, Terezinha, Justino Pedro e Mari·za Antonieta. Pedro Bulia desde cedo integrou-se na ter­ra, dedicando-se à vitivinicultura, participando como só·cio da Cooperativa Vinícola São Pedro Lida.

Muitos sacrifícios c lutas fizerum de Pedro Bulia umexemplo na sua comunidade e região, onde era muito re­lacionado, por si e por seus filbos. Em 1928, por uma fa­talidade, viu ser-lhe amputada a perna direita, quando játinha quatro filhos, fato que mudou totalmente os rumosde sua vida e de sua família. Mesmo antes, a filha primo­gênita, por acidente, faleceu por queimaduras provoca­das pelo antigo "fogolaro".

Transferindo, em 1940, sua residêncía para o Traves­são Rondelli, buscou alternativas para si e para a famíliaque via crescer.

Assim, passou a dedicar-se ao abate de suínos, ven­dendo os seus produtos, extraindo a "borra" das pipasde vinho que era utilizada para fabrico de produtos quí­micos: tropeando, mascateando a cavalo.

Começou aí uma atividade comercial voltadu para osmais diversos produtos, incluindo transportes.

Em 1942 planejou e construiu uma carreta adequadaao uso pessoal, como deficiente físico, pussou a comprarprodutos coloniais em Flores da Cunha e, de manhã ce­do, ao nusccr a estrcla-d'Alvu, ajudado por sua mulher,

Tecla e os filhos, atrelava us mulas e partia para Caxiasdo Sul, onde ia vender alguns produtos para serem reme­tidos para São Paulo, Porto Alegre, onde serium eonsu­

midos: assim a trança, produto artesanal de palha de tri­go, que as muJheres e as crianças produziam a caminhoda roça ou da cidade ou das horas de folga; bem comovimes, nozes, frutas, ovos, produtos agrícolas.

Foi nessa época que, u conselho e orientação de Lou­renço Toresini, cujos ancestrais já se conheciam daItália, então já diretor juntumente com João Burtet, daSogenalda. de Porto Alegre, passou a industrializar asfrutas por processo de desidratução natural, fabricandopassas de maçã, marmelo, figo e outras. Tradição que émantida até hoje.

Pedro que foi vitivinicultor, marceneiro, mascate, tro­peiro, carreteiro, industrial e comerciante, foi, acima detudo, um homem de fê, que viveu para a família e a co­munidade ensinando sempre a construir uma vida me­lhor. Jamais se lamuriou pela deficiência físíca.

Em 1954 participou, com carro alegórico, na festa Nu­

cional da Uva, de Caxias do Sul; em 1967, 1973, 1976 e1982, criou carros alegóricos e participou da Festa Na­cional da Vindima, de Flores da Cunha.

Eis, pois, o perfil de um homem humilde, que soubecrcscer por suas próprias forças, com alto espírito de fra­ternidade e de comunidade.

V - O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) ­

Passa-se ao Grande Expediente.Homenagem à memória do ex-Deputado Queiroz Fi­

lho.Tem ti palavra o Sr. Ricurdo Ribeiro, que falará em

nome do PTB.

Page 27: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

Outubro de 1983.

o SR. RICARDO RmEIRO (PTB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,sempre entendi que um povo que não rende o culto desuas homenagens àqueles que fizeram par merecê-las es­tá muito c muito longe da civilização. E, entendendo esentindo assim, logicamente que entendo e sinto verda­deira a recíproca: tanto mais civilizado é o povo quantomais reverencia os seus filhos ilustres.

Vinte anos já pesam nos calendários desde aquele mo­mento fatal em que a mão sinistra da morte roubou aoconvívio de seus amigos e admiradores e ao serviço dosinteresses bandeirantes e brasileiros aquele grande ho­mem de bem que foi Queiroz Filho.

Se esta bemenagem que nos congrega, aqui e agora,fosse uma solenidade tipicamcnte paulista, bastaria queeu repetisse o nome de.Queiroz Filho para vê-lo brilharnos olhos de todos, ressoar em todos os ouvidos, ressur­gir em cada coração e fulgurar em todas as memórias.

Falando, porém, para uma Câmara dos Deputados, aque ele tanto honrou, renovada e rejuvenescida, onde secongregam homens e mulheres de todos os Estados, sin­to que tenho necessidade, até mesmo como exemplo, dereavivar-lhe os traços, de renovar-lhe o vulto e deacompanhar-lhe a caminhada.

Também eu, meus ihistres colegas, também eu li a "I­mitação de Cristo".

E por havê-Ia lido guardei o ensinamento tão e tantasvezes repetido: Sic transít gloria mundi. É verdade: assimpassa a glória do mundo.

Mas para nós, paulistas, c para aqucies brasileiros to­dos que o conheceram e que participaram da alegria doseu convívio e da sua presença, da imensidade do seu co­ração e das alturas de sua preparação espiritual, a figurae o nome de Queiroz Filho não passarão por que ele nãoconheceu a glória. Ele fez mais: conheceu a amizade, e acultivou com o calor da sua espontaneidade e o viço dasinceridade ti mais fecunda.

Antônio de Queiroz Filho nasceu em Caconde, terrapaulista que foi berço também de Ranicri Mazzili, gran­de figura humana que tão longamente presidiu a esta Ca­sa, e à República, e cujo nome não profiro senão com omaior respeito e a maior reverência.

Nascido e criado em lar cristão, desde os albores dasua inteligência seu coração e sua alma caminharam norumo dos ensinamentos do divino Mestre, fazendo deQueiroz Filho, por isso mesmo, um líder espiritual, umcristianíssimo católico.

Vencida a sua primeira etapa - a dos preparatórios- o moço de Caconde veio ao encontro de seu destinode jurista consagrado, matriculando-se na tradicionalFaculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde,mocinho ainda, conquistou o seu grau de bacharel emCiências Jurídicas e Sociais.

Sua primeira conquista - e grande conquista! - foi asua escolha para orador oficial do Centro Acadêmico XIde Agosto, posto que só logravam atingir, na verdade, osbem-dotados pela inteligência e pelo sentimento.

Ingressou no Ministério Póblico, e como Promotor deJustiça, atuante, dinâmico, presente e interessado, dei­xou renome especial nas várias comarcas onde serviu. Eo tempo da promotoria não foi apenas de um esforço ede um trabalho enorme; foi, igualmente, a época do estu­do e do aprendizado prático, da formação daquela enor.me cultura que o elevou, cada vez mais, na admiraçãodos seus iguais e das seus superiores.

Em Bananal ou em Cunha, em Batatais ou em Piraci­caba, em Santos ou na cidade de São Paulo, Queiroz Fi­lho deixou traços fulgentes de sua passagem como Pro­motor briJhantíssimo, sempre entendendo que a sua mis­são era de servir a seu povo c seu Estado.

Ninguém estranhou, ao revés, todos receberam comufania e com entusiasmo a ascensão do moço paulista aotopo da carreira do Ministério Público, ou seja, à con­dição de Procurador.

Paralelamente ao advogado da sociedade e ao estudio­so do Direito, havia nele aquelc pcndor literário que tan-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

to o caracterizou, dando-lhe, também ncste campo, re­nome eminente.

Seu primeiro grande livro - "Caminhos Humanos"- publicada em J940, e cujos ensaios ainda hoje valcmcomo impereciveis lições para todos nós, marcou épocanos círculos da inteligência paulista.

Queiroz Filho - que era um didata natural- sonha­va, e muito justamente, com a cátedra. Animavam-lhe oespírito o gosto de covívio com a mocidade e a certeza deque teria o que ensinar às novas gerações, preparando-aspara as eternas caminhadas da vida.

Sua larga, larga e fecunda, fecunda e brilhante pre­sença nas atividades constantes da Promotoria já repre­sentava um cabedal enorme, alicerçada na cultura queaprimorava, dia a dia, no esforço do seu cargo e no estu­do, a que cra de uma dedicação exemplar.

Mas Queiroz Filho aspirava à cátedra descjoso de aela chegar com títulos bastan tcs para ilustrar-lhe o no­me. Assim, seguro do caminho que pretendia trilhar, amoço paulista viajou para a França, onde, na renomadaSorbone, e sob a direção direta do eminente ProfessorDonnedieu de Vabres, fez brilhantíssimo curso,especializando-se em Direito Penal, cuja cátedra viria re­ger, depois, na Pontifícia Universidade Católica de SãoPaulo.

Seus méritos pessoais e sua cultura reconhecida ieva­ram, em 1945, o então Secretário de Justiça, Dr. MarreyJúnior, a convidar Queiroz Filho para dirigir o Departa­mento de Presídios do Estado. Foi neste cargo, mercê dasua vasta experiência como Promotor e de seu sabercomo especialista em Direito Penal. que primeiro pôde onosso homenageado de hoje dar largas provas de suacompetência, de seu escrúpulo, de sua compreensão dosproblemas humanos, do respeito aos direitos naturaisdos presidiários. Inovando, modernizando, mas, princi­palmente, humanizando o comportamento das autorida­des para com os sentenciados, Quciroz Filho cresceu naadmiração comum.

Era natural que um homem assim dotado, tão preocu­pado com o seu Estado e com o seu País, tão capaz desentir e de compreender as aspirações comuns, era natu­ral, eu dizia, que um homem assim se voltasse para os te­mas políticos.

Não estranha. pois, que Queiroz Filho formasse entreos que organizaram aquele legendário grupo de estudos,conhecido no meu Estada como Vanguarda Democráti­ca.

Estávamos em 1950, engatinhando na aprendizagem ena prática de uma nova Constituição, daquela mesmaConstituição que nascera com a derrubada da Ditaduraque a vitória das Nações Unidas contra o nazismo e ofascimo provocara.

Naquele ano - 1950 - Queiroz Filho entrou, defini­tivamente, na militância política. E seus amigos, comoera lógico integraram-se no Partido Democrata Cristão.

Seu tipo de líder, a um só tempo competente e afável,seguro e sereno, resoluto e conciliador, seu tipo se impôsaos companheiros. E o quc era natural que acontecesse,aconteceu: Queiraz Filha passou a dirigir, em São Paulo,o Partido Democrata Cristão, como, depois, seria o con­dutor do Partido em âmbito nacional.

Seria - assim o creio - inevitável o que veio depois.Foi o Partido, foram os companheiros, os amigos e osadmiradores que o forçaram a ir ao prélio das urnas.Cada um e todos diziam, e' repetiam, que o seu nome aju­daria, com a sua candidatura pessoal, a reforçar li legen­da partidária.

Queiroz Filho cedeu, e candidatou-se. Não lhe falta­ram os votos do povo. E, assim, entre as esperanças dasua grei partidária e a confiança de seus ami~os, ei-lo quechega a esta Casa, trazendo para ela o concurso de suasenormíssimas qualidades pessoais.

Seu destino aqui, no campo técnico, seria, como foi,muito naturalmente, a Comissão de Justiça. E basta vernos Anais daquele órgào técnico, os trabalhos de sua la­vra para dizer tudo.

Quarta-feira 12 10805

Sua presença na Câmara dos Deputados, onde só feznovos amigos c conquistou novos admiradores, não serialonga. É que São Paulo reclamaria, logo e logo, os ser­viços de seu ilustre filho.

Em 1957 o então Governador paulista, Jânio Qua­dros, convocava Queiroz Filho para assumir a Secretariada Justiça, sobretudo num momento em que o meu Esta­do reclamava para tal posto a presença de um homemrespeitado por seu caráter e admirado por sua competên­cia. Os fastos da nossa História estadual registram o quefoi a atuação de Queiroz Filho naquela Seeretaria de Es­tado. Sua formação de advogado e de promotor, de pro­fessor e de humanista, de escritor e de parlamentar, tudose somou para que a administração a seu cuidado se ins­crevesse como um marco luminoso na trajetória da vidapública bandeirante.

Findava-se a governadoria Jânio Quadros e começa­vam os tempos de Carvalho Pinto. O nova governo re­convocou Queiroz Filho, dando-lhe, desta feita, a Secre­taria de Educação.

Era um novo desafio, que foi aceito com galhardia ecom maior galhardia ainda enfrentado. Queiroz Filhoainda uma vez pôde exibir a versatilidade do seu grandeespírito e pôr um relevo sua alta eapacidade de inteligên­cia, seu incomparável poder de resolver situações difí­ceis.

Aquele período de Queiroz Filho na Secretaria deEducação permanece como um ponto de referência.Nem seria para menos. Basta dizer que, durante sua ad­ministração, é que se processou a reorganização do ensi­no profissional em São Paulo, ensino que é básieo paraos reelamos tanto da economia quanto da civilizaçãopaulistas. Tambêm foi na sua administração que co­meçaram os projetos sobre as classes experimentais noensino secundário.um experimento tipicamen-te pioneiro, uma iniciativa humaníssima em favor daque­les earentes físicos que, apesar de suas deficiências, po­dem e devcm ser recuperados pela própria sociedade.

Sofrendo, em sua sensibilidade, o drama dos deficien­tes auditivos e dos que não podem falar, Queiroz Filhoplanejou, dirigiu e executou um plano salvador. Esta ex­periência foi a criação de duas dezenas de classes especí­ficas destinadas aos deficientes de fala c de audição, con­fiadas a professores altamcnte especializados e que, nasingileza de sua efetivação, puderam, então, como'conti­nuam a fazê-lo hoje, recuperar aqueles nossos patríciosantes esquecidos e afastados, quase sempre, d~s ativida­des capazes de lhe garantir a própria subsistência.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, por toda a parte, nomeu São Paulo, está presente a memôria de Queiroz Fi­lho.

Se eu preteodesse listar, em relação pormenorizada,todas aquelas homenagens que têm sido tributadas à suamemória, certamente tomaria mais tempo à Câmara doque devo, e mesmo do que me permitiria o nosso Regi­mento.

Mas, ao menos para exemplificar, não tenho, não te..nho o direito de deixar de citar, pelo menos, aigumas de­las.

Começo pelas derradeiras. Inicio pelas reverências quelhe tributaram dois soberbos colegiados.

A Assembléia Legislativa de São Paulo, em sessão es­pecial dedicada ao pranteado paulista, honrou-lhe dig­namente a memória. Todas as correntes de opinião alirepresentadas se fizeram ouvir, sobretudo nas palavrasproferidas pejos Deputados Mário Teles, Camilo As­char, Lurtz Sabiá, Jaime Daige, Floro Pereira da Silva,Cid Franca, Avalone Júnior, Pinheiro Júnior e RobertoCardoso Alves, que fez a leitura do discurso do Presiden­te do Partido Democrata Cristão: Ney Braga.

Outro colegiado: O Tribunal de Justiça de São Paulo.Naquele egrégio tribunal, também em sessão plenária es­pecial, Queiroz Filho foi reverenciado na voz dos emi­nentes Desembargadores Arruda Sampaio, Bandeira deMelo e Márcio Martins Ferreira.

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E eu me alongaria demasiado, Sr. Presidente1 se reme­morasse as muitas escolas e os muitos grupos escolaresque lhe levam o nome; ou se falasse nas muitas ruas, ave­nidas e pra,as, espalhadas por tantos municípios paulis­tas e que lhe cultuam a memória; e eu me estenderia serepetisse as bibliotecas e os centros de estudo de que épatrono.

Ainda Srs. Deputados, eU teria de gastar ou consumirmuito tempo para falar de fóruns e de salas, como os deAraraquara e Campos de Jordão, de Águas do Prata eRio Claro, de Batatais e de São Paulo ...

Eminentes colegas, Queiroz Filho participou do Go­verno, mas não possuiu o poder. Quero dizer com issoque não foi a troco de favores que conquistou o respeitodos pósteros, como logrou a admira,ào e a amizade doscontemporâneos.

Queiroz Filho não teve fortuna, mormente dessas for­tunas capazes de operar milagres ou de fazer prodígios.Trubalhou e trabalhou para viver. Quero dizer com issoque nào foi comprnndo dedicações nem alugando de­voções que ele está redivivo na memória de seus amigos,na História de São Paulo, no acervo da vida brasileira.

Vale concluir, Senhores, mas não quero fazê-lo sempór em relevo, entre nós, nesta Casa, nosso companhei­ro, aquele que mais intimamente está ligado, pela sauda­de e pela reverência. ã memória de Queiroz Filho.

Falo do Deputado Roberto Cardoso Alves.Este digno colega nosso foi aluno de Queiroz Filho.

Na sua festa de formatura, teve a felicidade de tê-lo porparaninfo e a honra pessoal de ser o orador dos forman­dos de então. Dessa festa nasceu uma publicação que en­cerra os dois discursos: "Diálogos de Duas Gerações",ainda hoje tão vivo e tão claro.

Sei que Cardoso Alves devotava a Queiroz Filho ami­zade filial: sei que ninguém mais honra e cultua a me­mória do que ele.

Espero da graça de Deus haver, ainda que palidamen­te, dado aos ilustres companheiros, em traços largos, operfil daquele eminente paulista, daquele grande brasilei­ro.

E confio em que o exemplo que ele deixou seja uma luzperene a nos encaminhar~ a todos, velhos e moços~ norumo dos nossos destinos, no nosso afã de servir, cadavez mais e melhor, ao Brasil e aos seu povo.

Durante o discurso do Sr. Ricardo Ribeiro o Sr.Fernando Lyra, /'-Seeretário. deixa a cadeira da pre­sidência. que é ocupada pelo Sr. Amaury Müller, 4'­Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Concedo apalavra ao Sr. Cardoso Alves, que falará como autor dorequerimento e pelo PMDB.

o SR. CARDOSO ALVES (PMDB - SP. Sem revi­sào do orador.) - Sr. Presidente, nobres Srs. Deputa­dos, há 20 anos. mais precisamente no dia 9 de outubrode 1963 - um dentre tumultuados dias vividos pela Re­pública brasileira -, vítima de um brutal enfarto domiocárdio, falecia na sua residência, no bairro do Suma­ré, o Prof. Antônio de Queiroz Filho, jovem ainda, eom53 anos apenas. e. muito embora com o coraçào repletode amargura, disposto a servir muito a São Paulo, aoBrasil e ao nosso povo.

Relembrando sua figura, homenageando-a da maneiramais significativa nos dias que correm, várias reuniõestêm-se realizado na Capital e no interior de São Paulo.Estive presente a algumas delas, e quero dar ciência àCâmara dos Deputados - onde Queiroz Filho viveu al­guns anos, talvez os mais profícuos da sua existência ­de que têm homenageado a sua memória de maneira sin­cera e sentida a Câmara Municipal de São Paulo. sua As­sembléia Legislativa, o Conselho Estadual de Educação,a Procuradoria Geral da Justiça, o Pontifícia Universi­dade Católica de São Paulo, o Instituto Brasileiro de Es­tudos e Apoio Comunitário, que leva seu nome e que

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

funciona em sua antiga residência, na Av. Dr. Arnaldo,na hairro do Sumaré, em São Paulo.

Seus amigos. em romaria, visitaram sua última mora­da, anteontem, domingo, no Cemitério São Paulo, cmandaram eelebrar missa, no mesmo dia, por seus ami­gos frades da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, daqual era paroquiano.

Sr. Presidente, trago esses dados ao conhecimento daCâmara dos Deputados para mostrar que não passaramdespercebidos os vinte anos da morte do Professor Quei­roz Filho: que ele continua atuando e vivo na lembrançadaqueles que o conheceram; que dá lições, ainda, atravésda saudade, àqueles que receberam de Deus o privilégiode privar com ele durante a sua vida.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, em 1944, em Eyeux­EeulIy, Março-Julho, o Padre Lebret, que tanto significapara nós, especialmente para os paulistanos e para oscristãos de São Paulo, compôs em algumas linhas o quechamou "Estilo de Vida":

"Tudo empreender e tudo realizar na verdade.Criar entranhas de misericórdia.Ficar sempre acolhedor a qualquer miséria.Ir ao objeto, apagar-se diante do objeto.Ir sempre ao mais essencial.Ser encarniçado no trabalho.Pôr em ação os meios proporcionais.Fazer bem feito tudo o que se estiver fazendo,Adquirir eficiência.Manter seus compromissos.Não desistir da obra começada.Não repelir nenhuma boa vontade.Tomar consciência do bem comum.Jogar O jogo da equipe.Tomar com muita largueza a parte que lhe cabe

nos trabalhos materiais.Procuruf cada um por si mesmo uma ocupaçào.Desejar, provocar, aceitar a crítica.Aceitar os encargos difíceis.Considerar como normais a dificuldade, a luta.Aproveitar-se dos fracassos.Manter-se otimista.Construir, em vez de falar.Lutar incansavelmente contra a injustiça.Barrar o caminho aos exploradores, aos ladrões,

aos mentirosos, aos intrigantes.Desenvolver-se pela abnegação, pelo dom.Não se desassoeiar da comunidade com a qual

estiver combatendo.Construir com a Igreja.Ter eonfiança na vida e no sopro de Deus."

Profundamente imbuído dessas verdades que compu­seram o estilo de cada um de seus minutos e de toda asua vida, Ecce exiit seminator seminare semen suum.

Afirmou Queiroz Filho, sempre, ser o ato de semeadorum ato de fé. E se assim não fosse, o que justificaria ospés descalços, a cabeça ao sol, o corpo curvado ao pesodas sementes, a mão distendida sobre a terra amanhada,nela atirando o melhor das suas esperanças? A esperançada sua vida, do seu pão, da vida e do pão dos seus. Poristo Queiroz Filho afirmava ser o ato do semeador umato de fé. Por isto saiu o semeador imbuído daquelesprincípios, com a alma fecundada pela fraternidade, a se­mear a sua semente. Sobre esta fé, a fé do semeador,construiu a sua curta e profícua existência.

Semeador de saber e de cultura, mestre insigne de Di­reito Penal, que inovou a ciência, aprofundou-lhe osconceitos, perquirindo novos horizontes. mas que, comextrema naturalidade, colocou sempre, ao lado de suaslições, um profundo humanismo, aquele mesmo huma­nismo integral que marcou a sua personalidade de com~

panheiro de Maritain. Mestre que até hoje atua, trazen­do para comungar deste memorial de saudade, uma boaparte dos seus alunos. Daqueles que se assentavam nascadeiras da sua sala, e dos outros. Dos que tiveram o pri-

Outubro de 1983

vilégio de privar com ele durante a sua vida, de uma ma­neira ou de outra. Por isso aqui estão aqueles que deleaprenderam na Faculdade Paulista de Direito, aquelesque dele aprenderam no Ministério Público, aqueles quedele aprender"m na vida pública e aqueles que deleaprenderam, simplesmente, na vida.

Sua personalidade era dotada de um profundo magne­tismo, de incomparável simpatia, o que levou, certa feitaum dos líderes de minha região, seu admirador. a chamá­lo "Iider da ternura". Foi em razão de todas as belezasque o exornaram dentre todos - e foram tantos, e tãobons, e tão amigos e tão sábios - o primeiro dos profes­sores da nossa faculdade a ser eleito paraninfo.

Semeador de virtudes. Ninguém como ele foi tào hu­milde, e dentre os que conheci. Daquela humildade defi­nida como um reconhecimento da verdade. Que às vezesim põe a modéstia e outras vezes reclama a altivez,

Semeador de virtudes, cujo coração transbordava deamor, fazendo-o sempre um pregador da caridade. Nãoapenas pelo seu verbo inspirado, sutil, delicado, fino elncomp~lfável. Mais do que tudo, pelos seus gestos desempre.Trabalhei com ele longos anos. Quantas vezes o viabraçar um contínuo com a mesma ternura com queabraçava o Governador ou a um dos seus colegas de Go­verno. Aconselhava e consolava os amigos.

A porta de sua casa sempre foi aberta a quem ali ba­tesse. Para quem fosse em busca de uma conversa fasci­nante, de uma trova de idéias, ou para quem, aflito, fosseem busca de uma palavra de consolo, de estímulo ou deconselho.

Era Secretário da Justiça do ex-Governador JânioQuadros, homem que como todos nós sabemos, enverga­va com dureza de aço a sua autoridade. Certa feita, oPromotor de Lorena fez publicar no jornal local um pe­quenino aviso. um apelo aos corações caridosos para quenaquele inverno se lembrassem dos presos e levassem àeareeragem da cadeia da cidade alguns alimentos e algu­mas cobertas. Ferido na sua autoridade de Governador,mandou um de seus célebres bilhetinhos para Secretariada Justiça: "Professor Queiroz - veja como anda esseMinistério Público. Suspendo por trés, digo, por 5 dias,- grifado de vermelho - O Promotor de Lorena.Cumpra-se imediatamente". Ao receber o tal bilhetinho,o Professor Queiroz pediu-me que O colocasse em últimolugar da sua pasta de despachos. Realizado o despacho,ele colocou o problema com a suavidade, com a amizadee com a cordialidade de sempre: "Governador, o Sr.mandou este bilhete sobre o Promotor de Lorena... "OGovernador Jânio Quadros, impetuoso como erainterrompeu-o. Bateu na mesa e disse: Eu o mandei pu­nir imediatamente". O Professor Queiroz apenas lhe dis­se: "Em primeiro lugar~ não grite comigo Governador.Em segundo lugar, eu nào posso, como Secretário, punirum Promotor que fez, uma vez, o que eu fiz a vida todanas promotorias por onde passei: cumprir o dever evan­gélico de zelar pelos prisioneiros". O Governador, cain­do em si, desculpou-se e a cadeia pública de Lorena,graças à atenção do Promotor, recebeu alguns presentes!Jara os presos, no inverno que se aproximava.

Semeador de fé. A mesma fé, e tanta, que cultivava.Certa feita, numa das vezes infindas que fui à sua casa,eneontrei-o assentado no banco de um pequenino átrioligado ao jardim por uma porta encimada por um peque­no sino. Caía a noite, e, ao cumprimentá-lo, notei que oProfessor Queiroz tinha os olhos fitos no céu. Indaguei oque se passava, e ele me disse: "Estou procurando enten­der o que pretende Deus dizer aos homens através dobrilho daquela pequenina estrela solitária. Semen estVerbum Dei'~.

N aquele instante, ele procurava adivinhar a mensa­gem de Deus, para semeá-la, como sempre o fez, entre oshomens. Verte nas suas palavras ou nas suas ações, nosseus testemunhos nunca negados, ou em todos os gestosde sua vida, o exemplo incomparável do grande cristão e

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do grande católico que foi. Quantas vezes Moyses e eu, eoutros que trabalhavam com ele, tivemos oportunidadede vcr ilustres sacerdotes de São Paulo, é claro que numgesto de cortesia, de amizade, de brincadeira, se ajoelha­rem a seus pés e tomarem a benção de Queiroz, como seele fosse um dignitário da Igreja. Talvez tenha alcançadoperante o Senhor alturas mais elevadas. Porque, se não oera, proccdia como sc o fosse, dando cdificante exemplo,talvez mais poderoso e mais convincente do que o daque­les que na realidade o foram.

Semeador de beleza. Semeador de poesia. Recebeu deDeus o dom de uma palavra singular. Todos nós conhe­cemos muitos oradores. Uns arrebatados, outros român­ticos. Outrm mais líricos. Uns mais afirmativos. Outrosmais intclcctualizados. Mas a sua palavra era diferentede todas, era singular. Seja pelo tom personalíssimo, sejapela precisão dos seus conceitos, seja pela beleza da suaconstrução. A sua palavra escrita, nos seus livros, a suapalavra oral nas suas lições, a sua palavra nos artigos ­e por que nào relembrar? - aqui, na intimidade, nestaCümara que honrou, era sempre admirada. A sua finíssi~

ma ironia atingiu ao ápice do saber nas cartas dirigidasao Monsenhor Câmara, que talvez as pudesse evitar,mas teve de recebê-Ias no episódio da intervenção do Di­retório Nacional no órgão regional do PDC de São Pau­lo. Cartas memoráveis, corncntadíssimas, no seu tempo,e avidamente procuradas pelos jornalistas nos dias tãoatormentados que entào vivemos.

Foi esse, em linhas muito gerais, o Professor QueirozFilho.

O Professor Queiroz Filho, que para mim se constituina mais alta e mais poderosa expressão de vida, de exem­plo, de liç;1o, de carinho, de ternura, de amizade, de leal­dade que eu conheci.

Para mim, nenhum homem a ele se comparou. E eucrcio quc não foi só para mim, porquc são tantos os quetanto o elogiam. Foi um amigo incomparável, foi ummestre de expressões inesquecíveis. Para aqueles que nãopertenceram à intimidade de nossa turma: toda vez queela se reúne, um ou dois o imitam, jocosamente, é claro,mas com grande saudade e com grande carinho.

Exerceu alguns cargos. Outros não pôde exercer. em­bora quisesse exercê-los. Foi por três vezes Secretário deEstado. Foi, como fartamente relembram, Diretor doDepartamento de Presídios, Procurador, Promotor, Pro­fessor. Exerceu, como delegado do Brasil à ONU, a mis­siio de investigar as causas da morte do líder congolêsPatrice Lomumba.

Um pouco antes da renúncia, o Presidente Jânio Qua­dros fez-me portador de uma carta de apenas uma linhaa ele dirigida, convidando-o para Embaixador do Brasilna Organização dos Estados Americanos. Infelizmente acarta datava de 20 de agosto. A 24, o Presidente renun­ciou e nào póde nomeá-lo seU Embaixador.

Convidado por João Goulart para Embaixador na Iu­goslávia, após memorável sabatina na Comissão de Re­lações Exteriores, foi rejeitado pelo Senado da Repúbli­ca, numa votação injusta, esdrúxula, injustificável, que,no exame contemporânio e de agora, fere o equilíbrio, apureza dc conceitos, a atuação dos Senadores daquela é­poca. Se não engrandeceu o Senado, serviu para amargu­rar ainda mais o antigo Congressista e notável Professor.

Viveu uma vida pública dedicada e profícua. Foi deextrema valia para os seus companheiros. Foi de extremalealdade para seus correligionários. Serviu com inteligên­cia, com lucidez e dedicação aos Governos que o chama­ram.

Mas foi talvez, também, por sua tessitura sentimental,pela sua consistência moral. pela sua sensibilidade, umdos homens que mais sofreram na vida pública.

Nós sabemos que a vida pública não é nenhum bálsa­mo, nenhum mar de rosas, nenhum encanto. Bastalembrar que Júlio César foi assassinado pelo filho adoti­vo; que Getúlio se suicidou; que Napolcão, canceroso,morreu na solidão da pequenina Santa Helena; que Ku­bitschck morreu cassado; que Jango morreu no cxílio.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

A politica sempre guarda para os políticos os pioresmomentos na hora do têrmino de suas carreiras. Paracstc foi dura demais, cmbora tenha durado apenas 10anos. Matou-o de amargura, matou-o pela injustiça, nanor de seus anos. No momento em que mais tinha a dara este Pais que tanto necessita e que tào pouco tem rece­bido de seus homens públicos.

Quanta falta faz o jovem Queiroz Filho, que caiu,tombado como um Cristo. Era cristão, sabia que tinhadc sofrer. Sua cruz foi a vida pública. Aceitou o sofri­mento. Mas resta-nos, a nós c aos que deles nasceram, aconfiança de que, a certeza de que tem a nossa gratidão,pois que, não tendo nada mais a semear, o semeadorsemeou-se a si mesmo.

o Sr. Eduardo Matarazzo Supliey - Permite-me V.Ex~ um aparte?

o SR, CARDOSO ALVES - Ouço V. Ex' com mui­to prazer.

O Sr. Eduardo Matarazzo Suplicy - Queriasolidarizar-me com V. Ex' na homenagem que presta àmemória do ex-Deputado Queiroz Filho, do Partido De­mocrata Cristão, que, conforme V. Ex' acabou de expor,constituiu-se num exemplo para muitos homens públicosno País. Era ainda criança quando o conheci. Não co­nheço muito bem a sua vida pública, uma vez que veio afaleccr relativamcnte jovem. Amigo de meus pais, eram,ambos, membros da Confederação das Famílias Cristãs- organização da qual, inclusive, meu pai foi Presiden­te, em São Paulo - que muitas vezes tomou posiçõesmais conservadoras do que aquelas que hoje defendo.Mas foi, em grande parte, graças aos princípios de hon­radez e defcsa do bem público, defendidos por meuS paise pelo Deputado Queiroz Filho, que seu exemplo perma­ncce comigo atê hoje. Solidarizo-me, pois, com V. Ex'pelas palavras justas que pronuncia a respeito do Depu­tado Queiroz Filho.

O SR. CARDOSO ALVES - Registro o aparte de V.Ex~ com grande entusiasmo, mas quero fazer uma pe­quena observação. Quando V. Ex' traz ao meu discursoa lembrança da amizade de seu venerando pai por Quei­roz Filho, com quem manteve contato em memoráveisreuniões da Confederaçào das Familias Cristãs e atémesmo na sua casa, quando V. Ex' era ainda criança­cm algumas delas eu tomei parte - talvez involuntaria­mente tenha fcito uma critica que não procedc. QneirozFilho nilo era conservador, nem a organização li que per­tenciam seu pai e ele. A Igreja daquela época tinha umposicionamento. mas ambos pensavam à frente dos bis­pos, c não atrás. Talvez eles - e nisto incluo o seu pai,que ajudava muito a Queiroz Filho, em suas lutas - te­nham sido os que abriram os caminhos hoje perlustradospela Igreja e tão avidamente seguidos pelo seu partido, oPT. Mas credito sua crítica à sua pouca idade, à sua ju­ventudc, ao seu entusiasmo, aos seus arroubos de Vice­Líder do PT nesta Casa. O Prof. Queiroz Filho era umlíder popular, integrava a vanguarda democrática, eraum precursor de idéias avançadas, dentro da Igreja, esuas posÍções políticas foram adotadas solidariamentepelo venerando pai de V. Ex', Deputado Suplicy. Regis­tro o carinho, a afeição de V. Ex', manifestada na inter­vençiio que insere em meu discurso, que encerro, agrade­cendo a V. Ex' a oportunidadc que me dá de mostrarmais este ángulo da personalidade de Queiroz Filho.

Talvez tomado também de ternura, de afeição, de afe­to, esqueci-me de analisar este aspecto de cristão de van­guarda, de homem que caminhava à frente do seu bispo,instruindo os alunos da Pontifícia Universidade Católi­ca, no seu exemplo, e, eleito por eles, exerceu, nesta Casae fora dela, como Deputado e como Presidente do Parti­do Democrata Cristão, em S;1o Paulo e no Brasil, umainolvidável militância política. (O orador ê cumprimen­tado.)

Quarta-feira 12 10807

O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller)-Concedoapalavra ao Sr. Oscar Alves, que falará pelo PDS.

o SR, OSCAR ALVES (PDS - PRo Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados aimortaIídade do cspírito c a transcendentalidade das ide­ias nos trazem a csta tribuna na homcnagem que estaCasa presta à memória de um dos maiores apóstolos dohlJm~lnjsmü contemporâneo.

há 20 anos falecia António de Queiroz Filho.Nascido em Caconde, a 14 de janeiro de 1910, desem­

penharia ele, ao longo de uma profícua existência, intcn­sa atividade como intelectual, pensador cristão, profes­sor, promotor público, político e parlamentar com desta­cada atuação na Câmara dos Deputados pelo antigo

PDC, na Legislatura 1954/1959.

A partir do dia 3 deste mês instituiu-se em São Paulo a··Semana Queiroz Filho". meritória iniciativa de diferen­tes instituições e organismos públicos, visando a evocaro grande vulto e fazer amplamente conhecida a admirá­vel obra que nos legou.

A atuação de Queiroz Filho foi extremamente genero­sa, em qualquer das causas que abraçava com devotadaaplicação, porque brotava de uma inesgotável fonte deamor e de um acendrado ideaIísmo. Essa riqueza interiortão profunda e tão difusa tinha o toque superior de umareligiosidade imanente à formação de sua alma imacula­damente pura.

Irmanando-sc com Mauriac, encontrara tambémaqueles mcsmos "caminhos da sinceridadc" que condu­zcm 11 perfeição - obstinadamente perseguida por Quei­roz Filho, a ponto de imolar-se ao sacrifício da vida polí­tica quando percebeu que esta poderia se tornar um ins­trumento para a consecução do Ídeário espiritual.

A "sinceridade criadora" com que o pensador francêso inspirou, é explicada de maneira magnífica em "NovosCaminhos Humanos":

"Na litcratura, quando o artista obedcce ao impulsoda sinceridade criadora, num contínuo exercício de fide­lidade para consigo próprio, os seus quadros de repre­sentação da vida n;1o atentam contra o sentido de belezac os titulas de dignidade do dcstino humano, c nem desfi­guram, nos seus traços essenciais, as linhas pcrenes, imu­táveis, do homem, na totalidade da sua naturcza. AocontrárÍo, os frutos de um intelectualismo abstrato e semraízes no sangue da realidade, as obras a que faltam essaluz fecundante de sinceridade, Os livros que não passamde roupagens convenci"nais, mascarando a natureza dacoisas, adulteram e falsificam o Homem, deformam asua imagem, negam a nobreza pessoal da sua existência,estancam as suas fontcs de purificação, e buscam apagaresperança de renovação interior, que é um alento huma­nista, e que cintila sempre, mau grado o erro e o sofri­mento, a decadência e o vício, no fundo de todos os co­rações."

E o que escreve Quciroz Filho sobre Mauriac tambêmse aplica ao próprio Queiroz Filho, quando fala que o ar­tista de Le Desert de I'Amour trouxe um novo sopro dehumanismo para o espírito de uma época cheia de angús­tia, nesta tarde sem sol e sem beleza do mundo moderno,quando Bernanos, preso às suas convicções apaixona­das, brada. Ia colére des imbéeiles remplit le monde.

Na "Vanguarda Democrática", que em 1950 desagua­ria no Partido Democrata Cristão, o inolvidávellídcr le­varia para sua primeira experiência política a consciênciado seu cristianismo e as esperanças de que "ainda e sem­pre, existem colunas intactas. em meio à desolação e àtristeza das ruínas... "

Foi certamente, diante de tais desafios, ao perceber acélere desagregação moral, que Antônio de Queiroz Fi­lho fcz SUl! decisiva opção pela vida pública, buscandotransformar a idêia em ação concreta, objetiva, mcsmoao preço da saúde e, possivelmente, da própria vida.

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10808 Quarta-feira 12

Alceu de Amoroso Lima completa o perfil que oraprocuramos, neste modesto pronunciamento, traçarsobre o homenageado:

"Sempre teve saúde frágil. O que não lhe impediu en·trar, em chcio, na luta política, tão em dcsacordo com oseu próprio tempcramento. Nasccra para a vida dc gabi­nete e de família. Tinha delicadeza de espirito, uma ele­gância natural de modos, uma simplicidade, uma natura­lidade, uma discrição, que aparentemente o tornavam in­compatível com a praça pública e com os entreveros daslutas partidárias. No entanto, quando sc convcnceu deque era hora de deixar os livros pcla ação, de deixar a cá­tedra pela tribuna, não teve um minuto de hesitação. Suaentrada na política militante foi um ato heróico, foi umaautêntica imolação. Era muito outros sua vocação.Contrariou-a em nome do dever."

A participação mais ativa da Igrcja cm defesa dos di­reitos humanos, na luta em favor dos trabalhadores, apa rtir das encíclicas Rerum Novarum e QuadragésimoAno, deve ter animado o fervoroso militante da AçãoCatólica Brasileira a vencer a timidez habitual e aceitar atarefa que o destino lhe impós.

Com isto ganhou a socicdade política brasileira, ao verincorporada às suas fileiras uma das mais lídimas expres­sões da intelectualidade moderna, segmento social sem­pre arredio, por explicáveis escrúpulos, das lides parti­dárias, o que justifica a grave crise de lideranças autênti­cas nos últimos tempos.

A Dcmocracia Cristã com que Queiroz Filho sonharae desejara sc corporificava num partido executor dasgrandes idéias que efetivamente revolucionassem os mé­todos da política e dos costumes administrativos nestePaís, sob princípios da probidade e com intuitos da jus­tiça social. O evangelho que pregara foi a sintese primo­rosa de sua religiosidade, com uma militância diuturnaque representou um dos mais fulgurantes momentos danossa vida política.

Os descaminhos para onde arrastaram a Nação frus­traram aquela que poderia ter sido a mais frutuosa expe­riência.

No rcgaço de scntimcntos mais altos seguramente oBrasil teria encontrado a estabilidade institucional, semsofrer as terríveis comoções intestinas que o bipartidaris­mo artificial provocariam durante largo período, manie­tando a livre manifestação do pensamento político eemasculando O nascimento de valores essenciais à reno­vação dos quadros dirigentes.

No prcfácio a "Novos Caminhos Humanos", Gilbertode Mello Kujawski também se faz biógrafo do autor:

" ...compreendemos, então, que os Caminhos dc Quei­roz FiJho foram sempre um só e o mesmo: o Caminho deDamasco, de que fala o Apóstolo, estrada na qual a obrada graça transfigura para todo o sempre o Homem Ve­lho no Homem Novo (... ), foi obra do intelectual bri­lhante, inquieto, sensível e, alêm disso, livro de um ho­mem de Deus, e, em sua raiz mais secreta, verdadeirapreparação para a morte."

A ação política que o levou ao comando do PartidoDemocrata Cristão, em níveis estadual e nacional, já seenunciava no fulgurante ensaio·literário dc 1940, ondeencontramos o germe da criação política:

"Nesta altura, quando penso no intelcctual, uma novapalavra se impõe ao meu pensamento, um adjetivo seune ao substantivo, qualificando-o. Intelectual cristão!O pequeno acréscimo descerra um mundo novo, pers­pectivas desconhecidas! Duas sílabas apenas, e bastaevocá-las para sentir, desde logo, no rosto, alguma coisado sopro do espírito que renovará a facc da terra!"

Depois, Queiroz Filho explicava que para o intelectualcristão "o método do conhecimento é vevificado por umdinamismo dc amor - amor que é doação e generosida­de. Qualquer que seja O sctor cm quc se apliquc o seupensamento, ele sabe que o objeto da pesquisa, sendouma fração da verdade, é sempre um aspecto de Deus".

Embora atônico ante o drama dos nossos dias, que jáà sua época, vinte anos atrás, desenhava os primeiros e

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

sombrios contornos da tragédia que hojc parece desabarsobre a humanidade, Quciroz Filho não renunciava auma fê inquebrantável que alentava seu caráter. E busca­va confortar-se na teologia de Mouroux:

"O homem é, com efeito, o milagrc do mundo,porque nele se rcaliza a epifania do cspirito, e por­que só ele introduz no mundo valores radicalmentenovos, como o pensamento, a escolha, o compro­misso, a comunhão, o amor."

Discípulo de Lebret, tambêm encarava a políticacomo Ciéncia, Arte e Virtude do Bem Comum, ajustadaao movimento da história, estudando a realidade social ebuscando marcar direções para O curso dos ratos.

Mas Queiroz Filho entendia a política sem afastar-scda visão purista em que formou.sua consciência, no sen­tido amplo, como instrumento sempre à disposição doshomens livres, que ele bem definia como "margem quelhe resta para criar o seu destino comum". Por isso acrítica que cntão fazia a Max Weber, que "contempla apolitica como um longo caminho pavimentado de vaIa­res destruídos". Ou quando argüia Valéry, que "via nofundo da história um drama de incoerência tecida nasperipécias ocasionais".

Sobrepondo as qualidades mais ricas do homem às in­tcmpêries dos casuísmos aéticos, de que trata Valéry,Queiroz Filho mantém-sc fiel a seu inexpugnável otimis­mo, afirmando que "no confronto com a realidade dinâ·

.mica c cambiante da vida social, vê-se que a politica nãoé apenas uma ciência. É uma das ciências mais difíceis.Impõe árdua disciplina, pede vigilância constante e de­fronta a totalidade dos problemas sociais. A complexanatureza do seu objeto. o caráter quase sempre provi­sório das suas soluções e a larga extensão das suas tare­fas explicam, até certo ponto, a escassez das autênticasvocações políticas, entendidas estas não apenas como ogosto ou o poder de persuasão para a conquista de votos,mas como co-naturalidade com os problemas permancn­tcs colocados na paisagcm social".

Quanto à política como arte, o inesquecfvel mestreconsiderava que a harmonia das coisas - e que está nocerne do nosso ser - também constitui segredo da artepolitica, afirmando que "cada um de nôs só se encami­nha no rumo da perfeição possivel de seu ser na medidaem que compõe sua harmonia pessoal, sem suprimir po­rém sua multiplicidade, como acontccc na música, ondea multiplicidade dos acordcs em combinações harmonio­sas faz a unidade da melodia.

Essa teoria nos faz lembrar das lições de Leão XIIIquando propõe uma estrutura social justa e harmônicaentre as classes, nos mesmos moldes da harmonia simé­trica do corpo humano, cujas partes se integram paracumprir uma razão comum que é a vida.

Ressaltando a índole dcmocrática de sua formulação,Queiroz Filho defendia os princípios sobre os quais estáembasada a ordem, "sem a qual a convivência humanapermaneccria perdida no caos, fragmentada na incoerên­cia".

Por último, sua teorização sc fundamenta num concci­to tomista c virtuoso da prática política, como um cnga­jamento a uma missão altruísta que vise ao bem comum,especificação irretorquível do objeto prôprio da moral:

"Estabelecida a praticidade da política, que nãoexiste à margem da vida, mas, ao contrário, temforça dialética para penetrar o âmago da realidadesocial e transformá-la, a Politica não é apenas umaciência e 'uma arte mas tambêm uma virtude - vir­tudc que a vincula, indissoluvelmente, ao primado eà perenidade dos valores morais."

Sr. Presidente, Srs. Dcputados.Filigranas extraídas do livro "Caminhos Humanos"

podem dar alguma idéia da profunda espiritualidade deQueiroz Filho, mas são insuficientes, pelas naturais Iimi·tações deste intérprete, para lhes dar a verdadeira medi-

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da do que foi a grandiosa obra de Queiroz Filho. Nas ge­rações que tiveram a felicidade de té-lo como mestre doDireito Penal da Pontifícia Universidade Católica de SãoPaulo, nos companheiros que até hoje choram sua irre­parável perda, deixou ele aquela fecunda semente damultiplicidade com que o homem se reproduz, igual aum interminável eco dcntro da imcnsidão de sua alma.No interior de cada discípulo e de cada correligionárioque jamais o esquece, ressoam, nesta hora de saudade, osacordes daquelas harmonias de que foi Antônio de Quei­roz Filho um incomparável regente.

Nos Anais desta Casa também ficaram as marcas desua brilhante passagem, na cloqüência do seu verbo sem­pre candente em defesa da causa máxima que abraçoucom arrebatada paixão - o Bem Comum.

Em "Lições de Direito Penal", Queiroz Filho transmi­te uma verdadeira aula de humanismo num dos camposmais polémicos, que é o da Criminologia, fortemcnte im­pregnada de suas inabaláveis convicções.

É dos mais oportunos o instante em que o CongressoNacional reverencia a memória deste grande brasileiro,cuja influência das idéias e da sua ação catequética é dasmais acentuadas em Sào Paulo, mas cujos reflcxos aNação inteira absorve, mormente quando agora se pro­cura dar a merecida dimensão àqucle cxtraordinário vul­to de nossa história contemporânea.

O cxemplo dignificantc dc sua vida e a admirável dou­trina política que professou fazem de Queiroz Filho umparadigma a ser seguido pelos homens públicos, hoje en­voltos num clima de perplexidades e desencontros.

A sua presença entre nós é sentida sem' a existênciafísica, mas igual àquela cstranha e "mistcriosa vizi­nhança" que ele pressentia na filosofia de Gabriel Mar­cel, mesmo que a pessoa tenha passado para a eternida­de. Como ele próprio descrevia: "É algo de muito sutil,sem localização precisa, que se faz sentir entre o sorriso eas palavras, entre um gesto e um olhar; algo assim comoum aroma, ou vibrações de cordas musicais".

Contagiados por cssa mcsma prcscnça inconsútil, queimprcgna de amor este momento que ficará gravado emnossa lembrança como dos mais honrosos de nosso man­dato, queremos coneluir reproduzindo esta edificantelição deixada por Antônio de Queiroz Filho:

"Na situação atual, num mundo que se recusa obsti­nadamente à ordem da razão e da justiça, a tarefa ê maisdifícil, por certo. Mas, nem por isso, deixa de ser essa,em primeira plana, a missão dos que foram chamadospara O trabalho da inteligência. A dificuldade a enobre­ce. Se em pleno delirio do gigantesco a maioria dos ho­mens está preocupada apenas em fazer crescer as medi­das materiais da civilização, ainda que pelo preço da re·dução e do amesquinhamento do homem, ganha um cer­to tom de heroísmo o esforço dos missionários do espiri­to no mundo moderno, dos que perseveram, dos queconíiam na capacidade da germinação e renovação dopensamento, e não abdicam, jamais, da irredutivel espe­rança de servir à Verdade e testemunhá-la, dc criar osbens da ciência e dos valores da sabcdoria, para rcparti­los com todos os homens."

No Paraná o seu nome está perpetuado na Escola paraMenores "Professor Queiroz Filho", em Piraquara,inaugurada em 1965 pclo Govcrnador Ney Braga, outrolídimo líder da democracia cristã no Brasil e companhei­ro de memoráveis jornadas cívicas do valoroso paulista.Na homenagem póstuma que a Assembléia Legislativade Sào Paulo prestou a 10 de outubro de i963, o entãoPresidente nacional do PDC, Ney Braga, dirigia impor­tantc mcnsª,gem sobre o infausto evcnto c que era lidapelo Dcputado Roberto Cardoso Alves.

Democratas cristãos de todas as partes do mundoassociavam-se à nossa dor.

À sua sepultura seus correligionários certamente refle­tiam em torno de uma das suas mais translúcidas mensa­gens sobrc as "Gerações cm Conflito":

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"Resta ainda a outra face do problema. Os mais ve­lhos, diante das dissidências da joventude, hão deenfrenl;,-Ias com seriedade. Os moços quase sempre ocu­pam terreno de vanguarda, e ali as posições são mais pe­rigosas. Não podemos hostilizá-los; devemos, primeira­mente, comprccndê-Ios. À luz das novas formulações de­vemos rever as nossas. E, fixado um ponto de equilíbrio,uma base de unidade, convidá-los também à revisão. Notrato entre duas gerações não basta a tolerância, a con­descendência; é preciso respeito. De modo geral, tenhoencontrado mais seriedade na inquietação dos moços doqúe naquilo que escuto dos mais velhos já tocados poruma sombra dc ceticismo e em cuja voz já não vibra otimbre da autenticidade".

Este o retrato, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que de­vemos perrenizar na galeria dos verdadeiros heróis desteParlamento.

Era o que tínhamos a dizcr.

o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Concedo apalavra ao Sr. Osvaldo Nascimento, que falar;' peloPDT.

o SR. OSVALDO NASCIMENTO (PDT - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,disse alguém: "O berço não é (, começo e o túmulo não éo fim". Com estas palavras, Sr. Presidente e Srs. Deputa­dos, neste dia memorável, cm nomc do nosso partido, oPartido Democrático Trabalhista, estamos falando pelaLidcrança, quc nos deferiu csta oportunidade de tambémnos associarmos à merecida homenagem à memória doÍnclito Antônio de Queiroz Filho.

Nos dias que correm, Sr. Presidente e Srs. Deputados,verifica-se que em nosso Planeta o panorama é tristonhoe desolador. A dor invade os lares, por toda parte há or­fandade, há fome e há miséria. É um verdadeiro momen­to apocalíptico que estamos vivendo nos últimos tempos.É, efetivamente, um fim de século que marca a históriado Planeta, mas há de marcar também a chegada donovo milênio, com uma proposta nova, forte e corajosanão só da redescoberta científica tecnológica, mas dadescoberta científica institucional, que se volta para den­tro do próprio homem, na direção do seu próprio desti­no.

Antônio de Queiroz Filho, Srs. Deputados, é efetiva­mente um ornamento histórico deste Parlamento; eleque, provindo do Partido Democrata Cristão do Estadode São Paulo, nascido em 14 de janeiro det 910, na cida­de de Caconde, vindo a falecer em 8 de outubro de 1963,é, sem dúvida nenhuma, um marco histórico para estaCasa, porque o trabalho profícuo que d~senvolveu noparlamento é o mesmo trabalho que de"envolveu na suaterra, pelas suas vila.s, pelos seus povoados, pelas ruas daGrande Sào Paulo, capital do desenvolvimento do País,que engalanou a cultura do País com os cursos universi­tários, no Colégio São Luís, de Direito de São Paulo,com especialização na Sorbonne, em Paris, Promotor deJustiça, advogado e jornalista, há de ficar consignado naHistória de todos os povos, pois sua cultura ímpar e se­cular ornamentou o espaço físico por onde passou. Alémdo mais, Sr. Presidente, ornamentou o cenário políticodo País, engrandecendo a proposta ideológica de umasociedade moderna, capaz e igualitária para todos. Eispor que ele defendia uma nova proposta, em que o ho­mem participasse de todas as riquezas nacionais, buscan­do. no seu ideário democrático cristão, sedimentar umaconduta invejável, exemplo e paradigma para todos osbrasileiros.

Nesta hora, quando a Câmara dos Deputados rendemerecida homenagem à sua memória, queremos, emnome dos trabalhadores brasileiros, em nome do traba­lhismo brasileiro, do qual ele também fez parte, comocandidato ao Senado no ano de 1962, enaltecer o traba­lho de assessoramento de sua própria família, de sua es­posa, D. Zenaidc Cesar de Queiroz, e de sua filha, Ànge-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

la, basicamente o sustentáculo familiar da grande rotaque Antônio de Queiroz Filho desenvolveu neste País,que nós queremos pródigo, justo e igualitário para to­dos.

Sr. Presidente, Antônio Quciroz Filho, se estivesseneste momento na tribuna, falando ao povo do Brasil,diria, com a mesma linguagem dos jovens do nosso tem­po, o que vou consignar nos Anais da Casa, publicadona revista Mundo .Jol'em:

"SALMO DA PAIXÃO DO POVO.

Pai, é chegada a hora (Jo. 17.1).O tempo está carregado de dor.Liberta os teus pobres - e um povo de homens li­

vres te glorificará.Pois não podem cantar teus louvores os milhares

de crianças que a cada dia descem à cova, abatidaspela fome que assola os campos e favelas de nossocontinente, nem te louvarão os milhões de doentesabandonados e desassistidos, cujo gemido se ouvepor todos os lugares de nosso país.

Não te agradam os gritos dos que são expulsos daterra, nem os clamores dos que são despejados desuas moradas, para dar lugar ao capim ou aos gran­des edifícios dos donos do poder... Tampouco podete alegrar o soluço das mães latino-americanas queperdem seus filhos nas unhas da repressão, nem opranto dos torturados pode te alegrar.

Senhor!Como pode te saudar o matracar de metralhado­

ras que abatem inocentes sedentos de justiça ou oruído dos aviões que jogam bombas sobre as ca­beças dos que levantam as mãos, suplicando porpão e liberdade'!

Não, Pai Justo, também não te podem dar prazeros grandes desfiles militares que assustam ascrianças e fazem pasmar o coração do povo simples,nem te saúda o toque de clarinete que desperta sol­dados para guarda dos ditadores...

Aborreces, Pai, o som barulhento das músicaseletrónicas e o chiado das danças daqueles que feste­jam a desgraça dos pobres e se alimentam com osuor dos trabalhadores! Repulsas, eu, sei, Doutrinade Segurança Nacional, ensinada nas Escolas Supe­riores de Guerra, que transformam os soldados, fi­lhos de nosso sangue. em inimigos dos próprios ir­mãos. Ela é uma afronta à tua eterna doutrina deamor e paz entre os homens.

Como os teus ouvidos podem suportar tantos dis­cursos mentirosos destes políticos populistas que su­biram ao poder nas costas do povo, ou sermões mo­ralistas dos falsos profetas que visam acomodar osoprimidos na escravidão?

Ainda não Te podem honrar o estalar das árvoresqueimadas e o suspiro da natureza sacrificada,como os pobres, ao maldito progresso dos grandes.

Tua glória, Pai Santo, é o povo livre e reunido noamor Dono de sue destino, da terra, do pão e da ri­queza - fruto de suas mãos. Construtor da históriae liberto, para sempre, das botas dos imperiaIístas,das cercas de arames dos latifundiários, dos murosdos capitalistas e dos cabrestos dos politiqueiros na­morados da corrupção...

Povo novo exaltado em tua mão, saciado na espe­rança e na justiça, livre de toda humilhação, semdívida externa nenhuma, a não ser o dever escritoem sangue por teu filho Jesus, Companheiro e Re­dentor: Que todos sejam um no amor e cantem eter­namente o teu louvor! Amém.

(Zé Vicente - Crateús - CE)"

Antônio de Queiroz Filho assim falaria, Srs. Deputa­dos, e nos daria esta mesma mensagem, esta mesma pro-

Quarta-feira 12 10809

posta, porque o que se constata nos dias que correm éexatamente a palavra fidedigna, evangélica, que haveráde transformar os corações, fazendo com que o homemse redescubra no amor, na pureza, na justiça e na eqüida­de, buscando os direitos sociais para todos, onde todossejam verdadeiros irmãos, buscando o pão, a casa, o te­to, o agasalho, o remédio e a assistência social. (O ora­dor é cumprimentado.)

O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Srs. Depu­tados, fazem vinte anos, desaparecia Antônio de QueirozFilho, homem de cultura, escritor, advogado, jornalista,promotor público, político e professor.

Não foi longa slla permanência na Cámara. Na Legis­latura em que exerceu a Deputação Federal, ocupou aVice-Liderança do Partido Democrata Cristão, de 1955 a1957.

No ano seguinte,.càndidatou-se a Vice-Governador deSão Paulo pelo seu Partido, e em 1962 concorreu ao Se­nado pela coligação PDC/PTB.

Deixando a Câmara dos Deputados, atendeu à convo­cação do então Governador Carlos Alberto de CarvalhoPinto para chefiar as Secretarias de Educação, entre 1959e 1961, e do Interior e Justiça, em 1961 e 1962.

Esse breve resumo de suas múltiplas atividades mostrahaver sido Queiroz Filho homem dinâmico, capaz, reali­zador, estudioso e culto.

Legou-nos obras literárias e de ensinamentos jurídi­cos; entre as primeiras, os ensaios "Caminhos Huma­nos" e HNovos Caminhos Humanos" e, no segundo gru­po, o volume póstumo "Lições de Direito Penal", tra­tando de assunto que motivava seus cuidados constantesdesde os bancos universitários: a pcnalogia, revestida dosentimento humano e cristão que lhe era inerente aomodo de ser, voltado mais para o propósito da recupe­ração c da reintegração do que para a punição.

Incursionou na poesia com menor freqüência, tendopublicado "Ternura do Entardecer":

Recebeu em vida as graças dos espíritos de eleição:amizades, homenagens, reconhecimentos e a inigualávelfelicidade de um sôlido ambiente familiar, com sua extre­mosa esposa, Dona Zenaide Lessa César de Queiroz, e afilha única, Àngela.

Por todo o Estado encontram-se monumentos em suamemória: salas de aula, grupos escolares, cenlros de pes­quisa, logradouros públicos. Há prêmios que levam onome de "Professor Queiroz Filho", em mais de umaFaculdade. De Caconde, sua cidade natal, a São Paulo, alembrança desse cidadão atuante e exemplar será imorre­doura.

Membro ilustre da Academia Paulista de Direito, cujoAuditório ganhou seu nome, teve seu perfil assim traça­do pelo Professor Edgard Magalhães Noronha, que o fazseu Patrono, no feliz discurso de posse:

"Nobre, Íntegro e desinteressado, homem dehonra e de consciência ao mesmo tempo, em quemos instintos generosos foram confirmados pela justareflexão e que, procedendo bem em harmonia com asua natureza, ainda procede melhor em obediência aseus principias."

Viveu Queiroz Filho os 53 anos de sua existência ter­restre em função de idêias, princípios e sentimentos hu­manitários, pondo toda a inteligência que Deus lhe con­cedeu a serviço da comunidade - o que justifica, plena­mente, a homenagem que hoje lhe tributam os membrosdesta Casa, homenagem esta à qual se associa esta presi­dência.

o Sr. Amaury M!lller, 4e-Secrelário, deixa a ca­deira da presidência, que é ocupada pelo Sr. FlávioMarcílio, Presidell/e.

o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Está findoo tempo destinado ao Expediente.

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10810 Quarta-feira 12

Vai-se passar à Ordem do Dia.Comparecem mais os Srs:

Acre

José Melo - PMDB; Ruy Lino - PMDB.

Rondônia

Múcio Athayde - PMDB.

Pará

Carlos Vinagre - PMDB; Gerson Peres - PDS; Se­bastião Curió - PDS.

Maranhão

José Ribamar Machado - PDS; Nagib Haickel _PDS.

Piauí

Ciro Nogueira - PMDB; Wal1 Ferraz - PMDB.

Ceará

Alfredo Marques - PMDB; Evandro Ayres de Mou­ra - PDS; Paulo Lustosa - PDS.

Rio Grande do Norte

Antônio Câmara - PMDB.

Paraíba

Antônio Gomes - PDS; Joacil Pereira - PDS.

Pernambuco

Mansueto de Lavor - PMDB; Roberto Freire _PMDB.

Alagoas

Manoel Affonso - PMDB.

Sergipe

Adroaldo Campos - PDS.

Bahia

Genebaldo Correia - PMDB; Ruy Bacelar - PDS.

Espírito Santo

Myrthes Bevilacqua - PMDB.

Rio de Janeiro

Aloysio Teixeira - PMDB; Clemir Ramos - PDT;Dareílio Ayrcs - PDS; JG de Araújo Jorge - PDT;Márcio Braga - PMDB.

Minas Gerais

Castejon Branco - PDS; Israel Pinhciro - PDS: JoséCarlos Fagundes - PDS; Navarro Vieira Filho - PDS;Raul Bernardo - PDS.

São Paulo

Cunha Bueno - PDS; Farabulini Júnior - PTB'Gastone Righi - PTB; João Herrmann - PMDB; Ri~cardo Ribeiro - PTB.

Goiás

Fernando Cunha - PMDB; Iram Saraiva - PMDB;Joaquim Roriz - PMDB.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Mato Grosso

Jonas Pinheiro - PDS: Márcio Lacerda - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Levy Dias - PDS.

Paraná

Alceni Guerra - PDS; Antônio Mazurek - PDS;Luiz Antônio Favet - PDS; Santinho Furtado ­PMDB.

Santa Catarina

Adhemar Ghisi - PDS; Odilon Salmoria - PMDB;Paulo Melro - PDS; Walmor de Luca - PMDB.

Rio Grande do Sul

Augusto Trein - PDS; Ibsen Pinheiro - PMDB;Matheus Schmidt - PDT; Pratini de Morais - PDS;Siegfried Heuser - PMDB.

Roraima

João Batista Fagundes - PDS.

VI - ORDEM DO DIA

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A lista depresença acusa o comparecimento de 210 Srs. Deputa­dos.

Os Senhores Deputados que tenham proposições aapresentar poderão fazê-lo.

O SR. ALOYSIO TEIXEIRA - Projeto dc lci queacrescenta parágrafo ao art. 25 da Lei n9 7.087, de 29 dedezembro de 1982, para assegurar direitos, junto ao IPC,dos atuais congressistas cassados em legislaturas anterio­res.

O SR. DANTE DE OLIVEIRA - Projeto de lci quetorna obrigatória a geração de 30% dos programas deTV no local das transmissões, e determina outras provi­dências.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Projeto de lei queredistribui aos Municípios 50% da receita do PINSO­CIAL.

O SR. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Projeto de leique cria o Serviço Agropecuário do Exército - SEAPE.

O SR. PEDRO NOVAIS - Requerimento dc infor­mações à Mesa solicitando ao Banco Ccntral do Brasil,esclarecimentos sobre a aplicação de recursos financei­ros, destinados a aquisição de terras por parte de peque­nos e médios agricultores.

o SR. SANTINHO FURTADO - Projeto de lei quetransfere aos Municípios a parcela do salário-educaçãodestinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento daEducação.

o SR. OSWALDO LIMA FILHO - Requerimentode informações ao Ministério da Marinha a fim de escla­recer sobre o custo em cruzeiros e em dólares das despe­sas realizadas ou a realizar pela. expedição brasileira àAntártida, inclusive com salários, soldo, gratificações,combustível, alimentação e vestuário empregados pelatripulação do navio da Marinha de Guerra do Brasil"Barão de Tefé".

A SRA. RITA FURTADO - Projeto de lei que auto­riza o Poder Executivo a institnir a Faculdade de Agro­nomia de Cacoai, no Estado de Rondônia, e dá outrasprovidências.

Outubro de 1983

O SR. ANTONIO PONTES - Projeto de lei que alte­ra a redaçào de dispositivo da Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960,. e dá outras providêucias.

O SR. ÉLQUISSON SOARES - Projeto de lei queobriga a aplicação de trinta por cento (30%) do ImpostoSobre Operações de Crêdito, Câmbio e Seguro, e SobreOperações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários ­IOF, no Nordeste.

O SR. ADHEMAR GHISI - Projeto de lei que dánova redação ao caput do art. 3' da Lei n9 5.107, de 13 desetembro de 1966 - Fundo de Garantia do Tempo deServiço.

O SR. JORGE CURY - Projeto de lei que introduzmodificações na Lei n' 5.292, de 8 de junho de 1967, quedispõe sobre a prestação do serviço militar pelos estu­dantes de medicina, c dá outras providências.

- Projeto de lei que dispõe sobre o direito à estabili­dade em favor do trabalhador acidentado, nos casos queespecifica, e dá outras providências.

- Projeto de lei que dispõe sobre o cômputo do tem­po de estágio técnico para efeito de aposentadoria, e dáoutras providências.

- Projeto de lei que acrescenta dispositivo à Consoli­dação das Leis do Trabalho, para o fim de estabelecer to­tal isenção de tributos e de contribuição previdenciáriaem favor das entidades sindicais de trabalhadores e dáoutras providências.

A Sr' Cristina Tavares - Sr. Presidente, peço a pala­vra para uma reclamação.

o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputada.

A SR' CRISTINA TAVARES (PMDB - PE. Sem re­visão do orador.) - SI. Presidente, em maio deste ano,enderecei pedido de informações ao IBDF. Somente emagosto a douta Mesa ofereceu-lhe parecer positivo. PelaLegislaçào vigente o IBDF teria 30 dias para responderao pedido de informações. Mas, para surpresa minha, re­cebo do Assessor Parlamentar do IBDF, nesta Casa,uma carta, já em 20 de setembro, segundo a qual aquelepedido de informações demoraria de 30 a 40 dias paraser respondido. Não posso aceitar a informação, nemacreditar nela, uma vez que a indústria de computadores,nacional e estrangeira, poderá fornecer essas infor­mações no espaço de alguns minutos.

Portanto, Sr. Presidente, com base na legislação vigen­te, solicito a V. Ex' que mande enquadrar o Presidcntedo IBDF por crime de responsabilidade, por não ter res­pondido a requerimento feito por esta Casa.

o Sr. Hélio Duque - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma reclamação.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

o SR. HtLIO DUQUE (PMDB - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, fazemos esta reclamaçãoem nosso nome, em nome da bancada federal do Paranáe em nome da Liderança do PMDB nesta Casa. Ontem,às 15h, OR Deputados Federais Olivir Gabardo, Presi­dente do Diretório Estadual do PMDB do Paraná, JoséTavares, Santinho Furtado, Euclides Scalco. Valmor·Giavarina e este Deputado, alêm do Senador ÁlvaroDias e de Deputados estaduais. tivemos impedido o aces­so, na condição de Parlamentares, a um próprio públicoda República, a Superintendência Regional da PoliciaFederal do Paraná.

Sr. Presidente, a ida desses Parlamentares àquele localdecorreu de um fato q'ue consideramos anormal. Não en­traremos no seu mérito, eis que se tratava do depoimentode dois servidores do nosso Governo. Por ter a Polícia

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9utubro de 1983

Federal do Paraná impedido que o Dr. Acyr Breda, ad­vogado designado pela Ordem dos Advogados do Brasil,Secção do Paraná, acompanhast'e esses depoimentos.nós nos deslocamos até aquele próprio público. Sr. Presi­dente, agredidos não foram os Parlamentares, nas suasindividualidades: agredido foi o Congresso Nacional,através de um dos Senadores da República, e através dosDcputados Federais, entre os quais alguns se encontramem Plenário. Estamos a exigir que a Mesa da Câmarados Deputados cobre do Sr. Ministro Ibrahim Abi­Ackel, a quem está subordinada a Polícia Federal, o fun­damento em que o scu Superintendente, o Sr. Carlos Al­berto Garcia, se baseou para impedir e destratar Parla­mentares, mormente em um Estado onde a Oposiçãonão pede licença para existir, mas num Estado em que aOposição é, do ponto de vista dc Prcfeitos, de Vereado­res, Deputados Estaduais, Senadores e Deputados Fede­rais e também pela mobilização da sociedade, terrivel­mente majoritária. Estamos a exigir que V. Ex', um Par­lamentar que prima pela coerência na defesa dos interes­scs deste Poder, solicite ao Sr. Ministro Ibrahim Abi­Ackel esclarecimentos sobre o fato, para sabermos qual éo tipo de recomendação que a Polícia Federal do Paranárecebc de S. Ex' De outro modo, se é assim, que ela vaipassar a agir, de agora em diante, em sendo a Oposiçã'opoder no Estado, tomará as medidas preventivas paraimpedir que fatos desse tipo venham a se repetir.

O SR, PRESIDENTE (FrávTo Marcilio) - A Mesaencaminhará ofício ao Sr. Ministro da Justiça a fim depedir explicações e providências para o fato que V. Ex'acaba de apontar.

o Sr. Eduardo Matarazzo Suplicy - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação, como Líder.

o SR. PRESIDENTE (Flávio Mareilio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PT­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. De­putados, na semana passada, O Presidente João BaptistaFigueiredo disse ã N ação que desistia, praticamente, doDecreto-lei n" 2.045 e que com ela passaria a dialogar.

Recebemos do Deputado Nelson Marchezan, Líderdo PDS, a comunicação de que gostaria de conversar co­nosco sobre o 2.045. Conversamos com S. Ex', na scma­na passada e, ontem, enviamos um documento contendouma proposta de diálogo com o Governo e com o pró­prio PDS. Dissemos, por exemplo, que Um governo quepretende dialogar com a Nação, com os trabalhadores,não pode continuar intervindo em sindicatos, punindoaqueles quc protestaram contra uma política salarial.Dissemos. ainda, que deve haver uma discussão sobre apolítica económica, e não apenas sobre a política sala­rial. Dissemos que dcve ser garantido aos trabalhadoreso poder aquisitivo de seus salários e quais os procedi­mentos que deveriam haver, caso não se queira negociara redução, mas o aumento do poder aquisitivo dos sa­lários, com respeito a ganhos em produtividade, a dife­rentes critérios de eqüidade para os diversos segmentosda população e, em especial, entre os próprios assalaria­dos. Salientamos a importáncia de se garantir infor­mações aos trabalhadores e de o próprio INPC ser umíndicc verdadeiro. Não tivemos, até agora, qualquer res­posta do PDS.

Observamos que um documento do "Grupo dos On­ze", do PDS, foi hoje divulgado à Nação, contendo pro­posições ao Governo. Especificamente quanto à políticasalarial, esse documento pouco inova em relação aoDecreto-lei 11' 2.045, pois ele admite uma política de ar­rocho salarial, em que os salârios não acompanhariam ocrescimento dos índices de preços. Admite, portanto,uma diminuição dos salários, em termos reais, como for­ma de conter a inflação.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Há propostas que merecem uma análise aprofundada,como a da tributação dos ganhos de capital, dos rendi­mentos obtidos cm operações na Bolsa, e também a quediz respeito ao controle que estc Congresso Nacionaldeve ter sobre os gastos públicos, sobrc o orçamento doGoverno, que deve ser unificado - orçamento mone­tário, de gastos e das próprias empresas estatais. Men­ciona o "Grupo dos Onze" que deve haver um corte nasdespesas. mas não especifica quais despesas, como tam­bém nào especifica que o Congresso Nacional deve ana­lisar não apenas cortes, mas expansão de gastos, pois, emalguns casos. há expansão de gastos.

E é preciso. Sr. Presidente, Srs. Deputados, denunciaraqui, com maior clareza, a responsabilidade do Governopelo cstado atual em que se encontra o setor público na­cional. pois, segundo o próprio Ministro do Planejamen­to, Sr. António Delfim Netto, cm declaração à imprensa,à revista Veja, por cxemplo, foi o próprio Governo, opróprio PDS que, durante 1982, para tentar não se sairtão mal nas eleiçõcs, cmpregou 500 mil pessoas no setorpúblico, a nível municipal, estadual c federal, em toda aNação, scm pensar o quc elas iriam produzir, que rique­zas, que rendimentos iriam criar para quc o sctor públicopudesse remunerá-las adequadamente. Sem se especifi­car em que iriam trabalhar, quais seriam as prioridades,admitiu-se 500 mil novos empregados no setor público,somente para que o PDS não se saísse tão mal naseleições - e mesmo assim acabou perdendo. E verdadequc este País prccisa dc muita gente para trabalhar namelhoria da cducação, do transporte público, do atendi­mento à saúde, mas atendcu-sc apenas a critérios eleito­rais.

Em função disso, o PDS, hoje, se ve na condição denão poder dar aos trabalhadores um aumento condizen­te ao menos com o aumento do custo de vida.

O Sr. José Lourenço - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

o SR..IOSt LOURENÇO (PDS - BA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, gostaria apenas de infor­mar à Casa que ouvi do Ministro Delfim Netto que, en­tre 1977, ou 1978 e 82, os governos municipais, estaduaisc O Governo Fcderal tinham contratado, no seu todo,500 mil funcionários, aí incluídas as Prefeituras Munici­pais, inclusive do PMDB e o Governo do Estado daGuanabara, que era peemedebista. Em todo o Pais fo­ram contratados 500 mil funcionários públicos. Não foisó o PDS que os contratou. Parece que há, por parte dedeterminados colegas da Oposição, constante prática nosentido de distorcer a realidade dos fatos.

O que o Ministro Delfim Netto afirmou foi isto queacabo dc dizer.

Parece-me que O Partido dos Trabalhadores, quc na­quelc tempo nem prefcituras tinha, nem Deputado, nemgovernos - aliás l governo ele não tem até hoje - nemqualquer outro tipo de representação, talvez se sintafrustrado até hoje porque seus integrantes não contrata­ram ninguém, não admitiram ninguém.

Mas quero dizer a V. Ex' e à Casa que, em reunião dabancada do PDS, foi apreciado o documento do "Grupodos Onze" do qual foi Relator o nobre Deputado Pratinide Morais. Quero ressaltar, sem entrar no seu merito, nasua avaliação, no seu estudo, que, aliás, considero damaior importãncia para o País, que o referido documen­to é sem dúvida alguma, do maior significado para aNação, uma vez que represente um grande avanço, espe­cialmente da classe política, ou essencialmente da classepolítica, no campo econômico, até aqui de exclusivacompetência do Poder Executivo.

Agora, Sr. Presidente, nobres colegas, estamos apre­ciando matérias que não eram submetidas ã nossa apre-

Quarta-feira 12 10811

ciação: da úrea social, da área trabalhista, enfim, dosmais diversos C<lmpos de <lt;v;d<lde do País. E o docu­mento, COmo disse, da maior importância, do maior sig­nificado n<lclon<ll, será oportunamente submetido àapreciação dos nobres colegas da Oposição, que espero O

vejam como nôs o vemos, com lucidez, comportamento,aliás, comum por parte de muitos colegas oposicionistas,e dêem uma contribuição, para que nesta Casa se possaencontrar um consenso. um denominador comum e pos­samos entregar ao Executico uma alternativa válida paraa solução dos mais graves problemas da Nação.

O Sr. Celso Pcçanha - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Lider.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

O SR. CELSO PECANHA (PTB - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando scescrever a história deste período legislativo, será ressalta­do que foi o Partido Trabalhista Brasileiro, por intcrfe­rência da nobre Deputada Ivete Vargas, nossa Líder ePresidente, que conseguiu a primeira abertura social tra­balhista no Governo que vem de 1964.

A Deputada Ivete Vargas conseguiu uma mensagempresidencial que, pelo Projeto de lei n' 4/83, dispunhasobre a rescisào de contratos de trabalho, modificavanormas sobre a greve motivada pelo atraso de pagamen­to de salário, sobre dissídio coletivo em caso de greve,sobre jornada de trabalho, horário extraordinário e ain­da outras providências.

Sr. Presidente, foi uma conquista dos trabalhadores.Mas, lamentavelmente, días dcpois, o Govcrno fazia re­tirar da tramitação a mensagem que vinha ao encontrode algumas aspirações da classe trabalhadora.

Agora, quando o Governo procura debater com ospartidos políticos a política salarial e todas aquelas me­didas contidas no Decreto-Lei n' 2.045, o PTB quer soli­citar a revalidação da mensagem que acompanhava oProjeto de lei n' 4 e, ainda, que volte a estabilidade dostrabalhadores durante a vigéncia da nova lei. Quer tam­bêm apelar para que se conceda autonomia sindical epara que o direito de greve seja reformulado em melho­res termos, possibilitando aos opcriirios agirem comoagem os dos países civilizados.

Sr. Pr~sidente, acrescenta ainda o PTB que, no caso dedissídio coletivo, não pode haver aquela demora, que édo conhecimento de todos, de um ou dois anos para adecisão, pois ela dificulta a negociaçào direta.

Por isso, venho, neste horário de liderança, dizer que oPTB solicita ao Governo que acrescente todos esses dis­positivos à lei que deseja mandar ao Congresso porque,em assim fazendo, estará atendendo a parte das reivindi­cações da classe trabalhadora brasileira.

O Sr. Brandão Monteiro - Sr. Presidente, peço a pala­vra para uma comunicação, como Lider.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

O SR. BRANDÃO MONTEIRO (PDT - RJ. Semrevisão .do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oPDT, ao tomar conhecimento do documento do "Grupodos Onze", quer fazer algumas considerações à Naçãosobre as propostas nele contidas.

Na verdade, todos nós, ao ouvirmos S. Ex' o Presiden­te Figueiredo, pelo rádio e televisão, entendemos, naque­le momento, que muitas das suas colocações visam aofortalecimento da classe política e ao debate no Legislati­vo, coisas. aliás, muito distantefl e pouco usuais no pro­cesso político brasileiro. Todos os partidos de oposição,sem exceção, começaram a se posicionar no sentido dedebater as questões centrais da socicdade brasileira - o

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que, aliás, já vinham fazendo - alguns até apresentandoproposições para um diálogo, que outros entenderampudesse ser um acordo.

No entanto, ao ler o documento elaborado pelo "Gru­po dos Onze" verificamos, com uma enorme frustração,que algumas das proposições. no que se refere a salário,no que se refere à relação de trabalho, são mais retrógra­das do que as do Decreto-lei n9 2.045. E nós, do PartidoDemocrático Trabalhista, deixamos bem claro que nãoaceitamos de forma alguma qualquer redução no nívelsalarial, em comparaçào com os índices de inl1ação. Nãoconcordaremos com índice de aumento salarial inferior àinl1ação.

Sr. Presidente, a nossa posição é muito clara, c espera­mos que as oposições não se esqueçam da inevitável mo­bilização que precisamos fazer para derrotar o Decrcto­lei n92.045, eis que os prazos estão a expirar-se, a fim deque não caiamos no engodo do 2.037, que passou noCongresso Nacional de modo quase sub-reptício, comoum meio de liquidar as empresas estatais do País.

Chamamos a atenção para dois dados: um, o própriodocumento do "Grupo dos Onze", que fala no congela­mento dos salârios dos funcionários das estatais; outro, adeclaração grave do Ministro Emane Galvêas, publicadanos jornais de grande circulação do País, hoje, no senti­do de reafirmar, com todas as letras, aquilo que às vezesaqui tem sido negado, ou seja, que é imprescindível aaprovação do Decreto-lei n9 2.045, para que se possaconsubstanciar as negociações com o FMI e com os ban­queiros.

Essa declaração, Sr. Presidente. de resto, nos colocaem vigiláncia eterna, agora a fim de que possamos todos,unidos. dar ao Decreto-lei n9 2.045 o mesmo destino doDecreto-lei n9 2.024.

O Sr, Hélio Duque - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação. como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a pa­lavra o nobre Deputado.

O SR. HÉLIO DUQUE (PMDB - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, inicial­mente gostaria de dcstacar o próprio sentido elegante dacomunicação do nobre Deputado José Lourenço~ quan­do aferiu também conceitos em relação a governos muni­cipais e a um dos únicos governos estaduais que obteve oPMDB nas eleições de 1982.

N a verdade. Sr. Prcsidcnte. dos 500 mil empregos ­este é um fato que se vem repetindo de modo constante epermanente seguramente mais de 90% vieram a ser ofere­cidos na grei oficial, talvez bem mais que isso. Não de­fendemos empreguismo pelo empreguismo, Contudo,solidário com a colocação do nobre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy. queremos invoear aqui não outroParlamentar, senão o próprio Presidente da Casa. nobreDeputado Flávio Marcílio, ilustre representante do Cea­rá, onde, entre os meses dejunho.julho e agosto de 1982,um governo de interregno contratou simplesmente16.700 funcionários de uma só vez. De sorte que o em­preguismo fica caracterizado como um tipo de política,de prática realmente do situacionismo pedessista.

Nossa comunicação. contudo, Sr. Presidente visa areafirmar que, a partir do próximo dia 17, os Parlamen­tares da Oposição, sobretudo os do PMDB, aqui estarãomobilizados, para rejeitar o Decreto-lei n9 2.045. Há, in­discutivelmcnte, uma perspectiva de discussão nova.Vejo à minha frente, e já tive oportunidade de lê-lo, Sr,Presidente, o chamado documento dos onze notáveis doPDS. Como ponto de abertura de discussão, é muito im­portante. Tem alguns pontos extremamente positivos;contudo, tem outros que são absolutamente inegociá­veis. O que ele formula para as Oposições? Dentre os po­sitivos, vamos destacar aqui o que seria o seu ponto nQ 4:

Qualquer estratégia de ajustamento deve partir dapremissa de que o objetivo fundamental da política

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

económica é restabelecer a capacidade do País decrescer e expandir sua capacidade de gerar empre­gos. Essa geração de empregos deve contemplar nãosomente a massa de desempregados e subemprega­dos ora existentes, mas também criar condiçõespara a absorção dos novos contingentes que chegamao mercado de trabalho. Nesse sentido. a melhor es­tratégia de ajustamento deve ser a que minimize operíodo de ajustamento e permita a retomada de pa­drões razoáveis de crescimento no mais curto perío­do de tempo.

Esta é uma colocação com a qual nós, do PMDB, con­cordamos plenamente, Sr. Presidente. Contudo observa­mos que, no desdobramento dos itens que se seguem aeste enunciado, não se contempla nenhuma medida queencare de frente a especulação financeira, a ciranda fi­nanceira, a agiotagem oficializada que predomina e queprevalece, hoje, dentro do setor produtivo. Como geraremprego sem domesticar essa hidra financeira que aí es­tá. impedindo que qualquer tipo de prática e de investi­mento, que vá redundar na geração de empregos, venhaa se processar?

Sr. Presidente, queremos lastimar um fato, sem quereraferir c sem querer dar palpitc em casa alheia. Talvez poruma ironia, hoje, um grande poeta, ex-Parlamentar, umadas mais lúcidas inteligências deste País, Geraldo MeloMourão, coloca que, talvez até como redundância, o"Grupo dos 11" é a síntese do 2.045: ê só somar o doiscom cinco mais quatro, e o total vem a ser igual a onze.

E ficamos aqui a lamentar, Sr. Presidente, por que nãofoi o "Grupo dos 13". E, em sendo o "Grupo dos 13", euo destacaria como se tratando de quest<'íes sociais e eco­nômicas. já que este é um pacote a nivel fiscal, a níveltrabalhista. a nível salarial. Fundamentalmente, é umpacote que sintetiza isso. Não sei, não quero indicarquem deva dele participar, dentro do partido do Gover­no, insisto, mas. não sei por que não o integrou o Depu­tado Paulo Lustosa. extraordinário talento e competên­cia, um dos Parlamentares que mais respeito nesta Casa,pelo fundamento sério do seu conhecimento das ques­tões econômicas. Só que ele não ê um tecnocrata rafflné,não é um tecnocrata que esteja divorciado das razões so­ciais do processo econômico. Paulo Lustosa está margi­nalizado do grupo dos notáveis. Alguns jejunos, chcga­dos a esta Casa agora, que ainda ontem prestavam ser­viços dentro do pacote do arrocho salarial, hoje estãoposando como liberais, enquanto um parlamentar comoPaulo Lustosa não integra esse "Grupo dos 1I". Talvez,Sr. Presidente, se fosse "Grupo dos 13", teria impedido aprópria redundância de que I1 é igual a 2.045. E por queo Senador Carlos Chiarelli, também ilustre Senador dopartido do Governo, não integra essa Comissão dos On­ze? Acho que. a partir daí, vê-se, observa-se que, sendoum documento sério, que tem propostas muito corretas,o que existe, quando se trata do lado social, do lado dapolítica salarial. é um pacote que as Oposições não po­dem aceitar. E digo que não pode aceitar, não fazendoapenas minhas as palavras dos membros das Oposiçõesnesta Casa. Ainda ontem li uma declaração do ilustre Se­nador Carlos Chiarelli. do PDS do Rio Grande do Sul,mais ou menos assim: o Senador gaúcho acha que. paraeste documento ter idoneidade, deve pressupor não "u­ma emendazinha formal, de remendo com esparadraposnormativos, facilmente arrancáveis, mas, antes de maisnada, a garantia de emprego e a autonomia sindical, cor­reção realista do salário mínimo e uma lei de greve res­peitando o que está previsto na Constituição". Isto nãofaz parte do pacote dos notáveis, dos onze notáveis,símbolo aberto e declarado do que é o Decreto-lei n92.045.

Sr. Presidente, defendemos - e variados setores dopróprio Governo também defendem - esta posição: êpreciso que rejeitemos aqui, já na mobilização. a partir

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do dia 17. o Decreto-lei n9 2.045. E com a rejeição doDecreto-lei n" 2.045.já que os termos do grupo dos notá­veis. os notáveis elaboradores do "Grupo dos lI" se co­locam numa perversidade enorme em relação ao saláriomínimo. Pois bem, achamos que deve existir, neste País,uma retomada de um processo de crescimento. de não àrecessão e de ajustamentos que contemplem a perspecti­va social. com 100% do INPC atê oito salários mínimos,com 90% do INPC de nove até quinze salários minimos,e 80% do INPC acima de quinze salários mínimos.

Concluo, Sr. Presidente. Infelizmente. mesmo sendoum documento formado por um grupo de parlamentaresliberais, o documento do "Grupo dos li" ainda contem­pla, em muitos dos seus enunciados, uma verdadeira má­gica circense, porque, na verdade, está a refletir muitomais o ideal da ilha da fantasia do Palácio do Planaltodo que o sentimento maior de presença, na vida brasilei­ra, da sociedade nacional.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Nos ter­mos do artigo 86, § 39, do Regimento Interno, convoco aCâmara dos Deputados para uma Sessão ExtraordináriaMatutina, 5' feira. às 9 horas, destinada a trabalho dasComissões.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Vai-se pas­sar à matéria que está sobre a mesa e a constante da Or­dem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio)

Votação. em discussão única, do Projeto de Lein? 1.918-A. de 1983, que dispõe sobre a emissão deuma série especial de selos comemorativa do primei­ro centenário da abolição da escravatura no Estadodo Ceará; tendo pareceres dos Relatores designadospela Mesa. em substituição ãs Comissões de: Cons­tituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridici­dade e técnica legislativa; e, de Comunicação, pelaaprovação. (Do Sr. Marcelo Linhares.) - Relato­res: Srs. Nilson Gibson e Carlos Virgílio.

Adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) -Concedo apalavra ao Sr. José Carlos Teixeira, na qualidade deLíder do PMDB

O SR. JOSe: CARLOS TEIXEIRA (PMDB - CE,Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, quando chegamos a esta Casa.em 1963, no nossa primeiro mandato, sob a legenda doPSD. cuja contribuição ao processo político brasileiro ahistória registrará favoravelmente. vínhamos com o en­tusiasmo da mocidade e. talvez. o irrealismo dos idealis­tas.

Carregávamos a pretensão de mudar e transformar,pacificamente, a realidade de um país que vivera sob odinamismo e criatividadc de um governo legítimo. por­que emerso das urnas das eleições diretas e era lideradopela figura de um homem que passará às páginas da his­tória como o maior dos Presidentes desta Nação. Refiro­me a Juscelino Kubitschek. cujo nome pronuncio comrespeito e saudade.

Neste quadro de condições, pensávamos e procuráva­mos agir sob a influéncia do pensamento de um grandefilósofo alemão:. "Quando se constrói a casa sobre o na­da, é porque somos os donos do mundo".

Vivíamos sob o Governo João Goulart. surgido da re­núncia extemporânea e paranóica de outro Presidente,que abandonara ao meio, diria melhor, ao começo do ca­minho, a confiança de 6 milhões de cleitores.

Ampliava-se ali a desconfiança da sociedade nas suaselites políticas, que levaria, sob a pressão de outros fato­res, a i~llervenção na política de outras forças, até então

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reservadas ao papel mediador de nossos impasses.Refiro-me aos militares.

Vivi aqui as angústias de 1964, a retirada violenta donosso convivia de bravos companhciros, honrados emsua ação, competentes no seu trabalho, jogados de re­pente J10 cárcere. no exílio ou no ostracismo.

Seria o preço a pagar, entre outros, para eliminar danossa vida política e administrativa a subversão e a cor­rupção.

Começava o esvaziamento dos poderes do Congresso,caminhava-se para o ajustamento da economia numa

brutal recessão, plantavam-se as sementes do famoso mi­lagre brasileiro, cujos frutos, ainda que tenhamos sido le­vados à condiçào de 8' economia do mundo, sào hoje opesadelo do nosso povo, dos humildes aOS poderosos.

A subversão não foi eliminada. Ela está aí, lalenle, re­primida, quando nào se permite a livre organização dasociedade, nào surgiram lideranças, não se vitalizou auniversidade, nào se politizaram os jovens. A fome, amarginalidade social, o empobrecimento dos trabalha­dores são componentes cuja resultante serão novaS sub·versões que cabe antever e evitar 1 para consolidar a aber­tura política e construir nossa democracia.

A corrupção cresceu e ocupa hoje imensos espaços navida brasileira de que falam os jornais, os rádios e a tele­visão, a sociedade enfim. A evidência é forte para que seconclua da necessidade do Congresso com poderes, im­prensa livre, e Judiciário forte e autônomo, pilares daconstrução democrática para a qual se convocam numverdadeiro mutirào todos 08 componentes da nossa so­ciedade civil, de modo a que, sonhamos talvez, ela sejaem breve a própria sociedade política.

Não desejamos falar da gravidade de nossa realidadeatual, por demais discutida, para não repetir a confissãoacaciana do famoso personagem de Eça, acreditamos naproposição de medidas concretas c aceitas pcla sociedadccomo caminhos adequados para sair da crise, sem perdadas liberdades, e marcharmos para um novo Brasil.

A dívida externa e o nosSo papel da poupança externano nosso desenvolvimento, a divida interna, o problemaagrário, os problemas regionais, os desníveis sociais, odesemprego, tudo, enfim, têm caminhos de solução. Maspara percorrê-los com segurança e democraticamente énecessário discutir o papel das Forças Armadas, van­guardas das forças democráticas, na construção da de­mocracia brasileira.

Não cabe, no espaço deste pronunciamento, historiara participação militar nos grandes eventos da nossa his­tória. Recordo um pcla simbologia que representa: a re­cusa do Exército em perseguir e prender escravos fugi­dos, por que não aceitava a função dc Capitão do Mato.Era a solidariedade à abolição.

Ontem, na construção da Siderurgia brasileira, na in­dústria naval e aeronáutica, na pesquisa e desenvolvi­

mento da tecnologia, os militares davam provas concre­tas de sua capacidade técnica e gerencial.

Hoje, estamos a conquistar nova abolição, a do subde­senvolvimento, que se completará com a construção deum grande mercado interno a que não sc chegará, a pra­zo justo, sem uma nova organização fundiária.

Mas os militares nào eram estranhos a essa preocu­pa,ão e, em 1956, Uma comissão composta do GeneralEstêvão Taurino de Resende Neto e Ten. Celso EressaneNeto e Tasso VilIar de Aquino, além de técnicos civis,surgida da decisão do então Ministro da Guerra, propu­nha a criação do Serviço Agropecuário do Exêrcito.

O Presidente Kubitschek, político e aberto ao diálogonào se governa sem diálogo - encaminhou ao Con­

gresso a Mcnsagem 451/56, que se transformou no Pro­jeto 1.838/56.

N os anexos desse projeto pode-se ler que os objetivos

'principais do órgào seriam de produzir alimentos de ori-

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gem animal c vegetal cm terras de propriedade da União

para:a) aprimorar o homem rural, integrando-o nas práti­

cas modernas;b) atender às necessidades de subsistência das Forças

Armadas e da Nação.Em documento da época, a Comissão Especial Orga­

nizadora do Serviço Agropecuário do Exército dizia:

"Sabem os economistas que o que dá a um paísdesenvolvimento econômico, o que cria a riquezanacional é (1 desenvolvimento de sua indústria. Mas,sabemos lambém, que esta precisa estar apoiada emuma sólida produção agrícola, cujo desenvolvimen­to ocorrc paralelamente ao da primeira. Quem tra­balha na indústria precisa comer: e quem trabalhana agricultura precisa comprar o que a indústriaproduz. A agricultura diversificada. racional, pro­dutiva. é que criarã o indispensável mcreado internopara os produtos da indústria e pela exportação dosexcedentes propiciará mais divisas para a impor­tação da matéria-prima necessária para a sobrevi­vência da indústria."

Ouço o nobre Deputado Geraldo Fleming.

o Sr. Geraldo Flemin~ - N obre Deputado José Car­los Teixeira, estou ouvindo com muita atenção o pro~

nunciamento de V. Ex', quando aborda aquela iniciativado Governo do Presidente Juscelino Kubitschek, de criaro Serviço Agropecuário do Exército. Nobre Deputado,eu ainda era jovem, recém-formado em Veterinária, e meanimei, naquela época, em entrar para o Exército justa~

mente para trabalhar no Serviço Agropecuário do Exér.cito, que iria produzir. como disse, alimentos de origcmanimal e vegetal para a Nação. Havia grande entusiasmodentro das Forças Armadas e mesmo da parte têcnica li·gada ao mcio rural, como agrônomos, técnicos, agrícolase veterinários, todos animados a trabalhar para produzirdentro de uma organização como o Exército brasileiro.Mas, lementavelmente, nobre Deputado, o trabalho detantos anos do Oen. Estêvão Taurino de Rezende e deJoão Bressane de Azevedo Neto foi todo ele perdidodentro do Ministério da Guerra, como era chamado naépoca, no· Rio de Janeiro. Por diversas vczcs estive noGabinete daquele general incentivando, ajudando naqui­lo que era possivel. Mas, infelizmente, aquele projetonão foi aprovado. Espero, agora, que V. Ex~, com a in­tençào de reapresentar esse projeto a esta Casa, tenhaoutra maneira de ver o sentido da ocupação dos militaresdentro do Brasil, na produção de alimentos de origensanimal e vegetal. Fui, portanto, Sr. Deputado, daquelesque entrou para o Exêrcito por causa do serviço agrope·cuário, esperando produzir alimentos para o Brasil, prin­cipalmente em épocas como a atual para que saia docaos em que nos encontramos.

o SR. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Agradeço a V.Ex', Deputado Geraldo Fleming, a contribuição que traz aomeu pronunciamento, a razão da sua incorporação ao Exér­cito brasileiro, Motivado que estava a contribuir para esseprojeto, sua perspectiva já àquela época o levava a ofcrecersua experiência e contribuição de protission8.1 autêntico.Mas ê exatamente no isntante em que a imprensacomeça a registrar a existência de estudos no Estado­Maior das Forças Armadas, elevando de um ano paracinco O prazo a que os recrutas brasileiros provavelmen­te serão convocados a dar a contribuição da sua presençano alistamento militar, que se faz necessário que os ho­mens públicos brasileiros tomem a iniciativa de comple­mentar esse esforço que se pretende realizar, que nãopode ficnr circunscrito apenas ã hipótese de atrair essajuventude a permanecer mais tempo no Exército, na Ma­rinha ou na Aeronáutica, para ampliar os seus conheci­mentos sobre o uso de tecnologia de armas modernas,

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mas, acima de tudo, para que eles tenham uma profissio­nalização. a fim de que, ao sair do Exército, possam fa­zer uso dcla naquilo que é fundamental no processo dedesenvolvimento. E esse processo de desenvolvimentopossa exatamente pela produção agrícola, que é o alicer­ce, a nossa tradição e o objetivo maior dentro desta terrí­vel crisc da economia brasileira. quando estamos a apre­ciar o caos do que aí está, a fome quc grassa no Nordestebrasileiro e também agora o fcnômeno das enchentes noSul do Brasil. Ê indispensável que nos organizemos, mas,ao mesmo tempo. façamos com que essa juventude com­preenda que o seu papel no serviço de alistamento mili­tar não se reslringe apenas ao conhecimento e à apli­cação da tecnologia belicista, mas. acima de tudo, preci­sam estar preparados e ter a prática, o domínío da suaformação, porque o que estamos verificando é que cente­nas de jovens saem anualmente das escolas agrícolas evão prestar serviço militar. E há um interregno, uma de­fasagem entre a conclusão do seu segundo ciclo e todoesse processo de preparação técnica, de conhecimentosteóricos, e a aplicação prática do seu conhecimento. Equando ele volta, um ano depois, para Omercado de tra­balho, perdeu os conhecimentos, porque não adquiriu aprática por não ter como exercitá-la. Ê este o objetivo,entre tantos outros, que pode levar o Congresso brasilei­ro a reexaminar esta iniciativa oriunda de um dos Presi­dente que maior visão teve da realidade brasileira, quesoube enfrentar no seu governo vários atentados à demo­cracia, mas que nunca se desviou daquela trilha funda­mental com que norteou o seu governo: o diálogo, a par­ticipação de todos os setores vivos da sociedade brasilei­

ra no processo dc desenvolvimento.Prossigo. Sr. Presidente.

Mas essa agricultura precisa ser econômica, ren­dosa. lucrativa: precisa enriquecer os produtores,precisa, pelo custo de produto, poder competir comparidade de preços; em resumo, precisa de produti­vidade. Ora. quem fala em produtividade, fala em

tecnologia.

Tecnologia é organização - ciência técnica. Téc­nica ê instrução, é ensino de forma objetiva, prática,inlensiva e extensivamente. Ê, portanto, de cdu­cação a solução desse problema no Brasil."

"Temos a certeza de que todo cidadão que tiveruma parcela de responsabilidade pelos destinos desetenta milhões de brasileiros, seja fazendo parte doGoverno. seja pertencendo às elites que orientam aopinão pública, se racionar cristà, humana e patrio­ticamente, há de se convencer da excelência dos be­nefícios que o SEAPE se propõe e há de prestar aoBrasil. Ele será mais uma cooperação leal e séria doExército aos poderes públicos na inadiável tarefa deproporcionar melhores dias à grande massa sofre­dora do povo brasileiro, que já sente na própria car­nc as angústias dá fome - a fome que é, em verda­

de, O inimigo número um do Brasil. O que a Naçãonão deve e não pode mais assistir é a esse espetáculodoloroso de milhares de hrasileiros que vão aosmonturos de lixo catar restos de alimentos - numpaís de território tão extenso e de condições excep­cionais a uma agricultura fácil e rendosa."

Palavras do ontem, realidade do hoje.Ê ainda agora quando o desemprego, conseqiléncia do

equívoco de uma política econômica perversa, que osjornais publicam notícias e declarações dos MinistrosMilitares sobre a necessidade de ampliar o tempo do Ser­viço Militar como meio de reter o homem no campo e re·duzir o desemprego.

Por que não institucionalizar a providência?Vamos, Sr. Presidente, reapresentar o Projeto que cria

o Serviço Agropecuário do Exército pela oportunidade

da questão.

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Vamos abrir o debate sobre questões fundamentais:- Os militares e a questão democrática;- A construção de um grande mercado interno no

Brasil;- A irreversibilidade de nossa atual caminhada de­

mocrática.Na verdade, para que essa irreversibilidade se configu­

re, torna-se mister que os homens públicos ajam comsensibilidade ao escolher os ásperos caminhos que, já de­monstraram, ao escolher os ásperos caminhos da opo­sição, que são homens desprendidos que colocam a Pá­tria acima de interesses mesquinhos e menores. A hora,Srs. Deputados, é de firmeza, mas não de intransigência.A hora é acima de tudo de compreensão, mas não de co­vardia.

Ouço V. Ex' com imenso prazer.

O Sr. Valmor Giavarina - Nobre Deputado JoséCar­los Teixeira, concordo plenamentc com V. Ex' em quc ahora é de firmeza, que não ehora de covardia. V. Ex' dizessas palavras exatamente no momento em que assisti­mos, entristecidos, alguns companheiros nossos esquece­rem, lamentavelmente, aquela firmeza de ontem e se aco­vardarem diante da realidade de hoje. Ontem, V. Ex' noSergipe com os seus companheiros, eu no Paraná com osmeus companheiros, todos nós, por este Brasil, afora, napraça pública, éramos firmes. Mas hoje, Sr. Deputado,eu vejo que muitos se afrouxaram. Éramos firmes ao di­zer que lutávamos pela cleição direta para Presidente daRepública, porque somente ela tem o condão de legiti­mar o poder. E hoje, Sr. Deputado, assistimos compa­nheiros nossos se afrouxando e querendo, inclusive, 'su­bir a rampa do Planalto de mãos dadas com nossos algo­zes de ontem. Sr. Deputado, V. Ex' traz um ânimo dcstatribuna ao afirmar e reafirmar que a hora é de firmeza edeve continuar com firmeza. Muito obrigado a V. Ex'

o SR. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Agradecço a V.Ex', mas quero dizcr que nunca faltei, em momento ne­nhum, mesmo o mais difícil da vida das Oposições. Masentendo que depois dos acontecimentos do "pacote deabril" de 1977 estamos diante de um fato, novo, e é im­prescindível que os homens públicos brasileiros, mesmoaqueles que sempre tiveram e continuam tendo firmeza,tenham a sabedoria necessária e a visão do momento queatravessamos para compreender que, se não possuímos2/3 desta Casa para promover a reforma constitucional echegarmos à Assembléia Nacional Constituinte - que éo que pregamos e que continuaremos a pregar e a difun­dir em todo o Pais - faz-sc necessário a luta e a busca dogrande entendimento.

Ao encerrar meu pronunciamento, faço questão deque V. Ex' me compreenda: continuarei sendo o quesempre fui no passado, um homem de luta, de afirmação,sem jamais tergiversar diante de minhas atitude e de to­dos os fatos que aconteceram neste País nas duas últimasdécadas.

Continuo, Sr. Presidente.Já se afirmou que política ê a arte do possivel. Deve­

mos, certamente, continuar lutando pela elcição diretado Presidente da República, mas se de todo, neste mo­mento, isso se tornar inatingível, em face da necessidadede 2/3 para se processar uma reforma constitucional, de­veremos, então, concentrar a nossa luta na c~colha paraa Presidência, TI um nome que mereça o respeito daNação. É óbvio que temos grilndcs nomes na Oposição,como, por exemplo, o Governador Tancredo Neves, doPresidente do nosso Partido, Deputado Ulysses Guima­rães, homens públicos de extraordinário espírito políti­co, de indiscutivel sabedoria e competência. Mas não de­vemos nos restringir aos limites partidários.

o Sr. Egídio Ferreira l..ima - Permite-me V. Ex' umaparte?

O SR. JOslt CARLOS TEIXEIRA - Pois não.

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O Sr. Egídio Ferreira Lima - Tenho admiração e esti­ma por V. Ex~, que conheço de pouco tempo, mas aquem distingo. E por isso mesmo sinto-me muito à von­tade para ocupar este microfone em nome da Liderançad9 partido para dizer a V. Ex' que a linha que defende nomomento não é a linha do Partido. O PMDB, reiterada­mente, por documentos de seu Diretório, pelo seu pro­grama partidário, pelo discurso recente do PresidenteUlysses Guimarães, defende as eleições diretas como o ú­nico meio capaz de reconciliar a Nação. O coneenso se­ria o reconhecimento do Colégio Eleitoral, que, inclusi­ve, é condenado por setores e lideranças as mais respeitá­veis, do ponto de vista da representatividade, do partidodo Governo, como o Sr. Roberto Magalhães, o Sr. Espi­ridião Amin, o Sr. Roberto Campos, e tantos outros. Sóuma coisa neste País, Deputado José Carlos Teixcira, élegitima no momento. É a Oposição, é o combate aos er­ros do Governo 1 são os quadros oposicionistas que seformaram. Já em dois plcitos, eles receberam o veredictopopular, confirmando e proclamando essa legitimação.E O caminho é a eleição direta, inclusive para evitar a tra­gédia, porque não tenho dúvida, por reflexão profunda,de que, se o próximo Presidente da República surgir doColégio Eleitoral, chegará à Presidéncia da Repúblicasem nenhuma autoridade, sem nenhum respaldo, semcondições de dirigir e de restaurar as instituições brasilei­ras. Estaremos legando ao futuro do País, às gcraçõcs dedepois, seguramente, a gucrra cívil. Creio, c tcnho sériosmotivos para aercditar, quc esta é a única oportunidadede se marchar para a democracia, para um governo de li­berdadc, para um sistema político - e o veiculo é aelcição direta. Pregar eleição direta, mas admitir a indi­reta é não pregar a direta. Já disse, em discurso nesta Ca­sa, que a humanidade somente evoluiu pelo estoicismo,pela firmeza e fpela intransigência dos que sonharam edos que buscaram o ideal. Lutamos pelo melhor; deixeque o possível venha por si mesmo, como vieram a anis­tia e as eleições diretas. É um desserviço para o Partido epara a Pátria admitir o Colégio Eleitoral, a eleição indi­reta.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Peço aonobre orador que conclua o seu discurso, pois tem ape­nas 2 minutos.

o Sr. Heráclito Fortes - Permite-me V. Ex' um apar­te?

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Não hámais tempo para apartes, nobre Deputado. O orador dis­põe de apenas 2 minutos.

o Sr. Heráclito Fortes - Mas se, dentro desses 2 mi­nutos, S. Ex' quiser conceder o aparte, acredito que V.Ex' não obstará.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - O proble­ma é de S. Ex". porque não terá mais tempo.

O SR. JOslt CARLOS TEIXEIRA - Não foi desser­vindo ao partido, nem à nossa causa e nem à Nação bra­sileira, que o Partido, por duas vezes, decidiu: primeiro,lançar a anticahdidatura, quando o nosso PresidenteUlysses Guimarães pcrcorreu todo este País, renuncian­do, apenas por momento, ao que deveria chegar pelo Co­légio Eleitoral; posteriormente, em 1978, por dccisão so­berana da Convenção, quando fomos participar do Co­légio Eleitoral e votamos para uma candidatura própriae a levamos a um resultado, que não foi majoritário e cu­jas conseqüências aí estão paTa todos conhecerem. Pro­pusemos, naquela ocasião, como candidato do MDB, afigura do ilustre oficial do Exército brasileiro, Euler Ben­tes Monteiro, homem que soube reorganizar a Diretoriade Economia c Finanças do Exército, que soube contri­lJiur efetivamente, com a sua presença, para a candidatu­ra das forças da Oposição, representada, pelo MDB,

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como um processo decisivo à causa que todos nósabraçamos. Mas hoje estamos em 1983 e haveremos dechegar a 1985, não, Sr. Presidente, diante de um novoimpasse, mas efetivamente trazendo para o conhecimen­to da Nação que nós evoluimos diante do impasse. E édesta forma que concluo, Sr. Presidente, pedindo vênia aV. Ex' para dizer que, nesta hora grave, diríamos mes­mo, dramática -, a mais grave e dramática de toda anossa história - a Oposição, que é minoria no ColégioEleitoral, pode caminhar, inclusive, para apoiar um ho­mem do PDS, evitando assim a catástrofe de um candi­dato secundário, que não mereça a confiabilidade dopovo brasileiro, c que não tenha condições de salvar docaos que a ameaça fazer soçobrar.

Do outro lado também existem grandes nomes respei­távcis e respeitados, como por exemplo o do atual Vice­Presidente da República, Dr. Aureliano Chaves.

É preciso que a Nação não caia na mão de um aventu­reiro, de um negocista, de um demagogo sem caráter esem honra. Se tal acontecer, a Nação afundará na desor­dem e no babelismo. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Concedo apalavra ao Sr. José Genoino, na qualidade de Líder doPT.

O SR. JOSÉ GENOINO (PT - SP. Como Líder.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, antes de iniciar o meu discurso, gostaria de dizer aosSrs. Deputados que vou ser muito franco e sincero naavaliação da crise e falar francamente de que lado estou eque posicionamento tenho.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, uso da palavra parauma tomada de posição geral diante do grave momehtoque atravessa o Pais. Com a vida política metida numaencruzilhada, deixo claro cm quc caminho estou apos­tando todas as minhas energias, ao lado de que alternati­va me coloco.

Afirmar simplesmente que a cada semana a crise seaprofunda ainda mais, superando-sc, é dizer algo que jánão expressa com a devida exatidão o que está aconte­cendo. Chegamos ao ponto em que o próprio termo "cri~

se" foi desgastado pelo uso. Busca-se adjetivos que a elejuntados definem melhor a gravidade dos problemas.

Todas as grandes contradições da sociedade brasileiraentraram em uma espécie de rodamoinho que as chocaumas com as outras, as mistura, fazendo com que aflo­rem cada vez mais com maior nitidcz e violência. De talmaneira que a única opinião unânime entre as nossas "e_lites" é de que não há unanimidade alguma entre elas.

Configura-se uma radical crise de governo. Esse é odado que marca a conjuntura. Todas as políticas básicasdo Governo Figueiredo chegaram a um ponto de crucialestrangulamento, estão à beira do colapso. Isto se evi­dencia na falta de iniciativa, na ausência de novas pro­postas, na paralisia para resolver as questões mais ele­mentares. O Governo cinde-se em vários grupos; secre­

Otários e administradores que até I.)ntem eram de con­fiança, hoje são dcmitidos sem nenhuma explicação. Asquestões econômicas, finaneciras, políticas vão atrope­lando prazos, planos, cstratêgias. E ncsse clima emerge asensação densa de que algo vai acontecer: o impasse nãopode ser mantido por muito tempo.

A crise de governo assenta-se, por sua vez, sobrevárias outras crises que envolvem todas a cada uma dasesferas da atividade social, sem exceção.

O que mais se poderia dizer sobre a crise social, Sr.Presidente, Srs, Deputados? As condições de existênciado povo brasileiro, saindo daquela situação dc misériacrônica, tida como "normaP' em nossa longa bistória deexploração, atingem agora O limiar do dailtesco. Quemnão presencia diariamente pela imprensa, inclusive tele­visionada, a tragédia nordestina'? E não apenas lá. Masem todo esse País dezenas de milhões de homens, mulhe­res, crianças, gente de carne e osso~ lançados na miséria

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Outubro de 1983

mais absoluta. Mllltidôes inteiras esbraseadas pela seca,assoladas pela fome, legiões de desempregados, sllbem­pregados, marginalizados, excluídos pendurados nas em­pobrecidas cinturas das cidades. Eis uma Biafra dentrodo Brasil do hoje. Porém, com acentuada e boa diferençade que resistindo à prostração cC1mpleta, os famintos,desde o Nordeste até São Paulo, organizam suas hordase marcham sobre os supermercados, armazéns e pada­rias, multiplicando os saques. Estranha romaria daque­les que, cansados de pedir aos céus o pão de cada dia, re­solvem buscá-lo nos depósitos da terra. E o número desaques transforma-se no novo e dramático indicador dasituação social. Uma situação na qual a miséria extremaé a expressào mais brutal de uma queda vertiginosa dopadrão de existéncia da esmagadora maioria da popu­lação, obrigada a cortes sistemáticos no seu nível de con­sumo, diminuindo ti feira e o supermercado, cortando olazer, atrasando as contas c prestações.

Nesse quadro, a sociedade inteira, explorados e explo­radores, vão tomando consciência de que caminhamospara grandes choqucs sociais. Trata-se, portanto, de es­colher ao lado dc quem nos colocaremos.

O que se poderia dizer, Sr. Presidente, Srs. Deputados,da crise da politica econômica deste Governo? Não é elaque se expressa concentradamente em decretos como o2.045 toda uma escolha política? É necessário falar sobreessa escolha') Ou falam por si os acordos com o FMI?Fala por si o volume da dívida externa? Falam por si osaumentos quase diários dos alimentos'? Falam por si osrebaixamentos constantes dos salários dos trabalhado­res" Falam por si só o número de desempregados'!

Além disso, é necessário sublinhar também que, alémde obviamente antipopular, essa politica não realiza se­quer os objetivos a que se propõe. Sequer satisfaz os pró­prios setores das classes dominantes. Se a queda do Lan­gani não fosse um exemplo suficiente, bastaria lembrar agrita generalizada de empresários e banqueiros com o"pacote" econômico de julho. As medidas econômicasda primeira Carta de Intenções com o FMI fracassaramredondamente. E as autoridades econômicastransformaram-se em pedintes de terno e gravata a per­correr bancos e instituições financeiras da Europa eEUA. Ao mesmo tempo, com suas retundas barrigas,vão empurrando os problemas mais sérios e imediatos,na esperança, talvez, de que a deusa da Fortuna ou,quem sabe, o Espírito Santo se compadeça de suas agru­ras. Porém. ao que se saiba, mesmo num País como onossn, as divindades têm sido muito pouco eficazes pararesolver problemas como o da escassez de divisas, dodescontrole inflacionário, das dificuldades em importarpetróleo etc,

Nesse quadro. portanto, a política econômico­financeira oficial enfrenta não apenas a indiferença dosdeuses, a oposição cerrada de todos aqueles que semprelhe foram contrários, mas também um desgaste junto à­queles que poderiam apoiá-Ia. E esses últimos já não ofazem, porque também eles já não confiam na viabilida­de dos planos e das alternativas, c duvidam da compe­tência e capacidade dos ministros para levá-Ias a cabo. Aatitude do Deputado Herbert Levy foi o exemplo maisnítido dessa situação. Mas quantos parlamentares doPDS não ousnm expressnr-se da mesma forma, porémconcordam silenciosamente com as denúncias que levouao Presidente Figueiredo? Quantos não concordam comas críticas que dirigiu pessoalmente ao Ministro Delfim

Netto no plenário desta Casn? Neste mesmo sentido, é,de certa forma, invejável o malabarismo que o Líder doGoverno obriga-se a realizar a fim de defender o indefen­sáve\. E é porque se faz necessário um talento que a purae simples atividade parlamentar não contêm, que suasatitudes, para equilibrar-se na corda bamba da políticagovernamental, tantas vezes tém as duvidosas virtudesdos saltimbancos. Como defender, por exemplo, as pés­simas intenções da nova Carta de Intenções do FMI? In-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

grata tarefa que exigirá, sem dúvida, O engenho do parla­mentar e a arte do equilibrista.

Quais são os pontos básicos da mal-intencionada epís­tola do FM I? Desvalorização acentuada do cruzeiro, ele­vação dos preços dos serviços públicos acima da in­nação. cortes ainda mais fundos nas já diminuídas im­portações, aumento dos impostos, redução ainda maisdrástica nos investimentos do Estado na economia,achatamento brutal dos salários. Em outras palavras,continuar levando ti recessãu até o fundo do paço, trans­formando, inclusive, boa parte do parque industrial emmaquinaria obsoleta e sucata. Para milhões e milhões dehomens e mulheres deste País significa romper a precáriafronteira entre a pohreza remediável e a pobreza deses­peradora. Tudo isto para quê" Para que o lucro se con­centre cada vez mais nas mãos de alguns, principalmenteos banqueiros, e o capital possa voltar a reproduzir-se,sem percalços, nas mãos de um número mais reduzido decapitalistas nacionais e estrangeiros.

Mas a crise não se esgota aí. Ela é também mora\.Quantos são os grandes casos de corrupção absoluta­mente notórios e que permanecem impunes? Já não setrata agora apenas de denúncias partidas das forças opo­sicionistas, mas do envolvimento, em inquérito regular,em CPls. de figuras cujo comprometimento público aba­la o regime de 64. Trata-se de acusação formal contra oMinistro do Planejamento, feita por pessoas tambémcomprometidas com a trajetória deste regime. Nessequadro, o que é feito') Foram apressadas as investi­gações? Estimulou-se a que as CPls exercessem integral­mente seus direitos'! Buscou-se com rapidez e eficáciadescobrir os responsáveis e puni-los na forma da lei?

O que presenciamos nós, no entanto'? Adiamento dasatividades de uma dns CPls. E a transformaçào em tabudaquelas que investigam a dívida externa e o casoCapemi-Baumgarten. A primeira envolve o MinistroDelfim Netto, segundo denúncias do "Relatório Sarai­va". A segunda envolve figuras importantes daquilo quese convencionou chamar "comunidade de informações".Ao mesmo tempo as pressões se sobrepõem sobre as Co­missões de Inquérito, buscando entravar-lhes as investi­gações, numa clara atitude intimidatória. E como se nãobastasse tudo isso, desenterra-se argumentos que seriam

na verdade risíveis, não fosse tão séria a situação queatravessamos, Dizem alguns parlnmentares. inclusivedos partidos de oposição, que a investigação sobre os ca­sos de corrupção não deve ser levada adiante porque istosignificaria o fortalecimento das posições mais direitistasdo bloco do poder. Dizem ainda que centrar a luta tam­bém contra a corrupção e bu~ear a apuração das respon­sabilidades reeditaria a prática da antiga UDN, assimcomo desviaria o combate por outras bandeiras mais im­portantes no momento.

Não por acaso, muitos desses são os que pregam queas oposições subam rapidamente a rampa do Planaltopara um "entendimento em alto nível com o GovernoFigueiredo". Triste papel lhes reserva a história,acumpliciar-se com o acobertamento e depois buscar en­tendimentos com aqueles que, no mínimo, acobertaram(e acobertam). E, ironia das ironias, denominam a tudoisso "diálogos de alto nível". Fato que nos deixa pensati­vos sobre o que seria para esses senhores diálogos de bai­xo nível.

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, o que é precisocompreender de um vez para sempre é que a corrupção éfilha do poder absoluto, que não deve contas ao povo, ereproduziu-se, da forma cama o fez, porque o mantodesse poder estendeu-se sempre generoso, fazendo cres­cer e multiplicar-se a impunidade. Dessa forma, passou aconstituir uma das vêrtebras mesmo desse regime. É porisso que" Embaixada do Brasil em Paris, ao tempo emque o Ministro Delfim Netto vivia seu aprazível exílio,passou a .ser conhecida como a ""Embaixada dos 10%," Épor isso que, apenas no caso da Coroa-Brastel, o mon-

Quarta-feira 12 10815

tante soma mais de 11 milhões de salários mínimos. Etc.,etc., etc...

Por outro lado, os acordos com o FMI impõem con­dições tão absurdas que chocam até mesmo muitos inte­lectuais e políticos que até há pouco defendiam a necessi­dade da interdependéncia econômica entre os países, ouseja, a manutenção da nossa dependência, mas dentro derelações de parceria, Até esses espantam-se com o grau aque chegou o regime. A ingerência dos altos representan­tes das finanças internacionais - coisa, aliás, bem antigaem nossa história - agora tornou-se aberta, descarada,despudorada. O Secretário do Tesouro dos Estados Uni­dos, por exemplo, não hesita em ameaçar publicamenteO Congresso para que seja aprovada a política salarial di­tada pelo FM I. N o dia seguinte, o diretor do Fundo re­pete a ameaça,

Não se trata de um escorregão desses senhores. E simde uma atitude politica que busca o enquadramento doBrasil como devedor-modelo. A maneira como o Brasilencara o pagamento de sua dívida externa é uma questãochave para o capital financeiro internacional. E, nessequadro, o Governo fala em defesa da Nação, eonelama aque todos se unam para a "salvação nacional", afirmaque os sacrifícios são necessários para que se solucione acrise nacional.

Mas com que direito, senhores, esse sistema de gover­no, que nada mais fez ao longo desses 20 anos do que en­tregar a Nação ao capital estrangeiro, hoje enche a bocapara falar em sua defesa" De que Nação falam esses se­nhores? A das mansões ou das favelas'? A dos lucros ou ado arrocho') A da especulação imobiliária ou das pres­tações de 130% do BNH? A dos altos cargos administra­tivos ou a dos 7 milhões de desempregados'! Como se ar­roga esse Governo, portanto, a defender a Nação? Ousupõe que a sua defesa é representada pelos acordos como FMI?

E chegamos finalmente ao impasse institucional. Doisfatos ilustram suficientemente. O Presidente Figueiredoafirmou que é necessário congelar temporariamente oprocesso sucessório, em função da crise económica. An­dreazza, Malut' c Aureliano foram acometidos de súbitasurdez. O primeiro viajou ao Sul, o segundo ao Rio, eAureliano ao Nordeste. Estranha forma de congelar oprocesso. Afirma-se ainda que O Presidente, segundo aimprensa, tem uma carta na gaveta pronta a ser divulga­da no momento em que ele considerar que perdeu o con­trole da sucessrlo presidencial. O texto do documento, se­gundo essas informações, afirmaria sua renúncia à coor­denação do processo sucessório. Ora, se isto é verdade, oPresidente já pode assiná-Ia. Os seus insubordinados pre­sidenciáveis não apenas não atendem a seus apelos comoainda vão cindindo. nas suas disputas. o PDS em váriosgrupos e frações.

Além disso, as fissuras não ficam restritas apenas aoPDS, as próprias Forças Armadas, pilar de sustentaçãodo regime pós 64, também vão pelo mesmo caminho. Asantigas dissidências, herdadas de outros momentos su­cessórios, retornam com mais agudeza. Oficiais se articu­lam ao redor dos diferentes presidenciáveis, divergempublicamente, des.gastam-se mutuamente,

Além disso, Sr. Presidente, Srs. Deputados, a crise degoverno é a crise da própria pessoa que representa o Go­verno. O Presidente da República, situado no vértice datempestade. expressa em sua figura, em suas declarações,em suas atitudes todos os dilemas e a falta de perspecti­vas imediatas e históricas do regime que aí está. Suas úl­timas entrevistas com políticos do PDS, aliás, são umexemplo elucidativo de tudo isso. Ali, alternam-se recla­mações, ameaças de renúncia, intimidaçães, afirmaçõespatéticas, numa demonstração cristalina da impotêneíapolítica c da incapacidade de vislumbrar saídas.

Diante disso, nesse quadro de inequívoca c óbvia crise,cada uma das forças políticas trata de posicionar-se, jo­gando O grosso de suas fichas no tabuleiro político.

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10816 Quarta-feira 12

Ouço o Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy. Solici­to aos nobres colegas que desejarem apartear-me que se­jam breves. para que eu possa concluir meu pronuncia­mento. em vista da importância que estou dando a essediagnóstico e ao meu posicionamento.

O Sr. Eduardo Matarazzo Suplicy - Deputado JoséGenoíno. V. Ex' faz uma análise. na direção corrcta, danatureza da crise por que estamos passando. E fala decomo o Govcrno não se importa com a corrupção, comas denúncias, que nem mesmo está se preocupando cmverificar aquilo que é apontado, como no caso do "Rela­tório Saraiva", que procuram esconder, ameaçando aCPI no seu funcionamento. se insistirmos em que elaproceda à averiguação completa, até no interesse do pró­prio Governo. Não faz dez dias, encaminhei ao Paláciodo Planalto oficio dirigido ao Presidente da República,denunciando o uso da Imprensa Oficial do Estado deSão Paulo pelo Governador Maluf, na gestão passada;durante a qual S. Ex' usou e abusou daquele serviço, gas­tando mais de seiscentos milhões de cruzeiros em benefí­cio próprio e do PDS, sem que nenhuma providênciafosse tomada. Na semana passada, ouvi uma interpre­tação estranha de um empresário, que dizia: "Ora, al­guns ficam indignados com a corrupção e o roubo quehá, De fato, há roubo só que de natureza diferente daexistente nos tempos, por exemplo, de Adhemar de Bar­ros ou de outros". Segundo aquele empresário, o produ­to do roubo era investido em fazendas, em construções,em indústrias, ou o que seja, mas era um roubo nacional.Hoje, afirmava ele, o problema é que o saque é interna­cional, tendo-se agravado o número daqueles que des­viam recursos públicos e os enviam para o exterior. Rela­tórios rccentes dc bancos suíços, publicados numa análi­se do jornal Le Monde, dcnotam que aumentaram emcinqüenta bilhões de dólares os fundos da América latinadepositados na Suíça, provavelmente decorrcntes, segun­do ainda o próprio Le Monde, de recursos provenicntesdo Brasil.

o SR. ,JOSÉ GENO!NO - Deputado Eduardo Ma­tarazzo Suplicy, agradeço a V. Ex' o aparte e o incorpo­ro ao meu discurso.

Continuando, Sr, Presidente, Srs, Deputados, gostariaagora de abordar as alternativas que estão postas no ta­buleiro politico.

Os defensores do regime tal e qual apostam integral­mente na manutenção e aprofundamento dos acordoscom o FMI. Portanto, não abrem mão do espírito doDecreto-lei 2.045, embora sejam obrigados a recuar tati­camente de sua letra. Mas a aplicação de tal linha exigi­rá, como conseqüência, um endurecimento político, querecentemente aprofundará ainda mais esta crise,Opomo-nos a esse verdadeiro desatino político.

Por sua vez, há também os partidários de uma soluçãoque busque um novo pacto, através do entendimento,entre as elites, Apostam na via do consenso e voltam eu­fóricos à ccna, dcpois da proposta de negociação e diálo­gos de Figuciredo.

Sonham esses senhores com um pacto social como opressuposto para uma alternativa de união nacional. Poristo acotovelam-se impacientes em torno da rampa doPlanalto, a estas alturas insuficiente para que caiba tãoesperançosa e sorridente multidão.

Mas que diálogo é este, senão uma manobra do gover­no apenas para tomar fôlego depois de sucessivas derro­tas, como a do Decreto 2.045, e na iminência de ver rejei­tado o 2.04S'?

Aceitar um tal entendimento e diálogo significa, istosim, engolir todo o conteúdo do 2,045 com nova roupa­gem, contentar-se com alguns a)ustes nos acordos com oFMI, arquivar os grandes casos de corrupção, apoiar ochamado "presidente de consenso" biônico, concordarcom a mera revisão da Lei dy Scgurança Nacional, c as-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sim por diante... Se não combatermos essa postura polí­tica, poderemos indiretamente facilitá-Ia.

Por isto, não podemos nos furtar ao dever de declararpublicamente que consideramos equivocada a nota assi­nada pelo Presidentc Nacional do PT e pclo Líder emexercício de minha bancada, quando, após o discurso deFigueiredo. ao invés de denunciarem a farsa do diálogo- e aqueles que qucrem o cntendimento -, propõemcondições para o que denominam de diálogo efetivo, cn­tregue ao Líder do PDS, Nelson Marchezan.

Gostaria, agora, como tcstemunho da minha posiçãofranca, de pedir permissão ao nobre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy, como Líder em exercício, para regis­trar minha discordância relativamente à nota assinadapelo Presidente do Partido dos Trabalhadores e peloLíder em exercício. quando, ao invés de denunciaremesse diálogo, considerando-o manobra diversionista, queprocura fortalecer o Governo, equivocadamente apre­sentam algumas propostas para o efetivo diálogo, queforam entregues ao Líder do PDS. Acho importante fa­zer esta observação, porque nós, do PT, temos a posturade colocar as coisas francamente e de dizer o que pensa­mos, pois o momento exige isto. Mesmo que, em certosinstantes, surjam divergências, isto não é problema paranós, do Partido dos Trabalhadores.

O momento político exige que demarquemos clara­mente com a negociação, que digamos que com este go­verno há condições para diálogo e que o verdadeirodiálogo é entre os que buscam uma alternativa para o re­gime e combatem a sua saída para a crise.

É hora de clarearmos outra perspectiva para juntar asforças e as energias ainda dispersas, de descer às ruas epraças. construindo hoje o possível sonho de amanhã.

As massas exploradas já se dão conta de que a respon­sabilidade por toda a situação não é de um ou de outroMinistro, não é de uma ou de outra medida governamen­tal que é considerada absurda. Responsável é o Governoe absurdo é o conjunto de toda a sua política. Da mesmaforma as massas começam a comprcender que é precisolutar e organizar-se em um nível cada vez mais eficaz csuperior.

Porém, se as massas trabalhadoras intuem todo essequadro, se a sua disposição de luta e ânsia de transfor·maçào se manifesta, ainda que de maneira difusa, nào émenos verdadeiro que toda essa vitalidade ainda não en­controu uma expressão política e organizativa que dêpersistência e lucidez e essa vontade de lutar.

É prcciso vcncer rapidamente cste desafio. Trata-se dcfirmar o passo dado no 21 de julho, da preparação dagreve geral de 25 de outubro. Dar conseqüência e consis­tência ao que já foi iniciado, As formas meramente sindi­cais vão mostrando suas insuficiências, O sentimentocorporativista vai expondo a sua limitação para enfren­tar as grandes tarefas que estão postas, Tarefas quc só se­rão rcsolvidas com a consolidação da luta política demassas. Quando as ruas e praças forem povoadas, emtodo o País, por multidões organizadas a exigirem o fimdo regime. A passagem à luta política de massas: eis aí aparticularidade do momento.

Portanto, é preciso responder á pergunta crucial:como nessas lutas do presente vamos abrindo uma pcrs­pectiva de futuro?

Em primeiro lugar, marchando cada vez mais firme­mente contra o regime, ncste momento em que ele se en­contra em dificuldades. Sem temer a famosa chantagemdo endurecimento. Nem embalharar-se nas malhas doacordo pelo alto.

Para tanto, é preciso que a ação política coletiva cor~

responda plenamente, em escala e em vigor, ao potencialde luta existente. E, para isso, devem ser levantadasaquelas bandeiras que o momento político torna palpi­tante, que sensibilizam mais amplamente, que motivammais fortemente à mobilização, e que a um só tempo gol.peiam o regime, gerando, enfim, grandes movimentospolíticos de massas,

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E é preciso, ainda, que tais bandeiras se componhamem uma plataforma de exigências imediatas que unifi­quem o movimento em ámbito nacional.

Pelo fim dos "pacotes" e decretos de arrocho, e o con­gelamento dos preços dos géneros e serviços de primeiranccessidade. E salário-desemprego.

Pelo rompimento dos acordos com o FMI.Pelo não-pagamento da divida aos banqueiros inter­

nacionais.Por uma reforma agrária que atenda às reivindicações

dos camponeses e trabalhadores rurais.Pelo fim das intervenções nos sindicatos, pela liberda­

de c autonomia sindical, c revogação da lei antigreve.Por elciçõcs presidenciais diretas, scm LSN, sem lei

Falcão. com plena liberdade de organização partidária ede propaganda eleitoral.

Essa é a plataforma mínima em torno da qual deve­mos buscar a unidade de todos os oposicioni~as, dasvárias legendas partidárias dc oposição, legais e ilegais,que na luta contra o podcr ditatorial não aceitam a con­ciliação e defcndem as reivindicações populares dos queocupam as cadeiras desta Casa, mas, principalmente, dosmilhares e milhares que, fora das casas legislativas, bus­cam e perseguem uma alternativa para suas vidas e parali vida deste Pais. É preciso que articulemos as forças ca­pazes de expressar esse leque dos que buscam um novocaminho, uma alternativa para esse regime.

Ao propormos isso, seguidamente, rcspondem os go­vernantes que se fossem atendidas estas exigências, seriauma verdadeira catástrofe, e que todos aqueles que dc­fendem estas propostas, segundo eles, insensatas, sãopartidários do "quanto pior melhor". Mas catástrofepara quem, senhores? Para os latifundiários que explo­ram, apenas no Nordeste, 24 milhões de pessoas? Paraesses. sem dúvida. a realização de uma reforma agráriascria uma catástrofe.

Seria insensatez, por exemplo, propor a revogação dosacordos com o FMI'! O Fundo Monetário é realmente aúnica alternativa econômica que se abre para a soluçàode nossos problemas? Será realmente impossível suporuma outra alternativa que não implique um aprofunda­mento da depcndência, um gigantcsco arrocho sobre ossalários das massas, um aumento tão absurdo do desem­prego'! Ou existcm outras fórmulas, outras opções, ou­tras saídas que nã_o necessariamente estas, escolhidas poruma determinada política para beneficiar determinadosinteresses e que buscam nos impingir como se fossem ú­nicas.

Apenas como um exemplo, um simples exemplo: aoinvés de arrochar os salários da forma como pretende o2.045. por que nao taxar os ganhos de capital, os jurosbancários e frear com uma fiscalização severa a especu­lação financeira via overnight, open-rnarket e outros me­canismos'?

Portanto, senhores, antes de dizer que estas alternati­vas que aí estão são as únicas, olhemos em volta, critica­mente. Veremos que são as únicas que interessam ao re­gime. Antes de repetir que tomar medidas que impli­quem transformação mais profunda da estrutura de Yer­dadeirus catástrofes, perguntem aos camponeses se elesconsideram uma catástrofe repartir o latifúndio. Pergun­tem aos operários se seria uma catástrofe sacrificar os lu­cros e, como conseqüência, aumentar os salários, Per­guntem a eles se consideram uma catástrofe desmontaresta máquina estatal repressiva montada à imagem e se­melhança do lucro c para cxtrair ainda com maior ga­nância a renda da terra, Ou se preferem um Estado c umpoder quc rcsponda aos scus intercsses, estatizando ban­cos, expropriando os monopólios, repartindo a terraconcentrada, coibindo a especulação, socializando os lu­cros. E mais ainda, se não dcsejam vivcr sob um regimenovo dirigido pelos operários e com plena liberdade polí­tica para as massas.

Não tenho dúvida de quais seriam as respostas. Se­riam respostas catastróficas, é verdade. Porém, catastró­ficas para as classes dominantes. Porque rapidamente as

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massas despossuídas, exploradas, famintas, oprimidasdeste Pais vào tomando consciência de que nada valemUdar um pUULV pci.la qt!::: tllri(1 continue como está. E,por issol em breve passarão n lutar por lima Dl:UJE;ua lvU·

tástrofe, que mude tudo, para que nada continue comoestá. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Concedo apalavra ao Sr. Fernando Lyra, na qualidade de Líder doPMDB.

o SR. FERNANDO LYRA (PMDB - PE. Como li­der. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidentc,Srs. Deputados, só os partidos politicos serào capazes deconduzir a sociedade no difícil caminho de superação doimpasse histórico em que foi colocada a Naçào.

Neste sentido, urge fortalecer os partidos. mas para is­to. urge transformá-los.

Cada partido deve entender seu papel de definidor depO!ít1CHS claras, sintonizadas com os direitos da popu­lação, com a dimensão da crise e com as possibilidadesda nossa economia. Para isto, os partidos devem ter umalinha e dispor dos instrumentos necessários. Em conse­qüencia. ê necessário que cada partido que tenha dentrodc si um vasto cspectro de concepções c interesses assu­ma a crença na democracia interna c deixe que o livrejogo das disputas internas em chapas direrentes permitaa eleição de direções que, sem tentar a ilusão de abraçara todos, disponha da base de apoio solidário e leal quepermita a formulação de programas e a luta por sua via­bilização.

Atrevo-me a falar não apenas de meu partido, mas detodos aqueles que querem ter um papel eficiente nos pró­ximos meses. Já não é mais o tempo dos partidos ba­lançadores de cabeça, seja para sempre dizer sim, sejapara sempre dizer nào. O partido acostumado a apoiar oGoverno deve entender a nova realidade de um governoinapoiável; os partidos acostumados a opor-se ao Gover­no devem entender que é chegada a hora de assumir umpapel afirmativo na direção da própria Nação.

A história dos partidos no Brasil se dá de forma muitodiferente da dos de outros países: não temos um partidonitidamente de classe; não temos partidos com experiên­cia no exercício do poder democraticamente; não temospartidos vanguardistas. Mas é preciso trabalhar comaquilo que temos.

Nossos partidos. inclusive os mais ideológicos, são, to­dos eles, compostos de frentes com representantes de di.versas classes, com programas que têm que se ajustar eoscilam conforme o poder interno das facções, dos rc­querimcntos dos momentos. Mas, sc a sociedade é pluri­classista - c acreditamos que ela pode assim funcionar- também os partidos podem funcionar através de suasdiscordàncias, desde que a democracia interna permitaos reajustes periódicos, conforme as composições dos in­teresses internos.

Lamentavelmente, isto nem sempre tem acontecido.Os partidos, condenados à ilusão do poder, se dedicaramdurante longo período a uma unidade mecáníca, alinha­dos nas decisões dos grupos no Governo. Aqueles cria­dos e condenados à oposição se acostumaram a um me·canismo automático de defesa, através de uma unidademuitas vezes forçada, mas necessária com única formade defender-se conlra os casuísmos~ contra as cassações,contra as perseguições.

Mas, felizmente e desafiadoramente, os tempos sãooutros.

O PMDB

Por isto precisamos mudar. Falo especialmente aoscorreligionáríos do meu partido.

Em 1966, o PMDB teve 4 milhões de votos, em 1970tinha 86 Deputados Federais e dedicava-se heroicamen­te à luta por uma plataforma óbvia; a sobrevivência e adefesa dos direitos básicos do homem.

Um partido sem dúvidas. Um partido com heróiscomo Pedroso Horta e tantos outros ainda vivos e mili-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

tando. Um partido que não vislumbrava chegar ao podcre que, angustiado, via a classe mêdia, e até trabalhado­res, iludidos com as vãs promessas do milagre.

Em 1983, os tempos são outros. O milagredesvaneceu-se, jogando a Nação na realidade que nós dehá muito denuncíávamos. O povo, esperando de nósunw alternativa, votou, em sua grande maioria, noPMDB. que clcgeu 200 Deputados Federais, 40 esta­duai.s, e mais de mil prefeitos, entre os quais aqueles dasgrandel'l cidades, milhares de vereadores e 9 governado­rcs dos mais importantes Estados.

Em vez da condenação, a ser oposiçào, o PMDB emIn3, vê a condenação de assumir em breve o poder,C0l110 única alternativa para dirigir corretamente os des~

tinos da Nação.Nestes 17 anos de vida do partido, a história viva e a

realidade do País mudaram radicalmente.O partido não 'lcompanhou as mudanças da socieda­

de. O partido que entre 66 e 82 refletiu o desejo da socie­dade de acabar com o arbítrio, e ainda hoje representa aúnica alternativa autêntica e viável, mas que não respon­de. daramenle, aos requerimentos de umu sociedadeque, angustiada, anseia em encontrar uma resposta paraseus problemas básicos, nào só políticos, mas também ossociais c os econàmicos.

Lamentavelmente, o quadro partidário dc hoje ainda êo mesmo de h;j 17 anos, com as mesmas qualidades, tan­to aquelas que sobrevivem ainda atualizadas, comoaquelas que perderam a razão de ser, e não foram substi­tuídas por novas propostas. O povo vê isto com orgulhode seu partido coerente, mas com a profunda angústia deum partido que não responde às suas inquietações, umpartido que se mantém coerente ao longo das dêcadasem dcfcsa dos princípios democráticos, mas um partidoque não d" respostas à luta contra a inflação, que nãoconsegue responder ao desafio das jogadas do Governoem relação à política salarial.

Por isto. nos próximos meses, ou estagnamos c inicia~

mos o caminho da volta de um partido condenado, ouavançamos e assumimos o Governo da Nação.

Por isto, é preciso mudar.

E para mudar é preciso entender os entraves ao movi­mento e ter as propostas para um PMDB moderno.

Não cabe dúvidas que o principal freio à mudança de­corre de seqüelas do passado: seqüelas do medo externoque nos fez manter, a qualquer custo, a idéia de umafrente homogenea, quando, dc fato, Com toda a socieda·de brasileira, somos uma frente de posições divergentes;e seqLielas da certeza de ser um partido talhado paracrescer, mas que se limita. sempre, a estar na Oposiçãoem defesa de princípios inegociáveis, como as liberdadesdemocráticas e os direitos básicos do homem.

Superar as seqüelas significa perder o medo do passa­do e assumir a responsabilidade com o futuro. Lamenta­velmente. uma parte de nossos companheiros teme queassumir posições carrega o risco de arrivismo, ou de ci­sões.

Muitos crêem que devido às contradições internas quecarrega, não é possível a uma frente assumir ou partici­par de um Governo. Aqueles que assim pensam nãoacreditam em democracia. A democracia é uma enormefrente de diversas tendências aglutinadas sob o conceitode Nação. E se um partido não é capaz de abranger, deforma eficiente e afirmativa, as tendências dentro de suaspróprias hastes, não pode imaginar c faJar em democra­cia para o Pais.

O PMDB pode ser uma frente de tendências e ser umpartido afirmativo. Basta· que cumpra internamenteaquilo que propomos para todo o País. A frente torna-seum partido, a cada ano de slIas eleições internas, se, de­mocraticamente l assumimos o dever, coerentes com nos­sa vocação de democratas, de respeitar as propostas queprevaleceram em cada convenção, elegendo um diretórioque possu, com liberdade, propor, construir, lutar, de­fender, impor, e avançar nos princípios de defesa das li-

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berdades democráticas, dos direitos dos trabalhadores eda soberania nacional. Não vcjo outra alternativa para omeu partido. Ê preciso manter a frentc fazcndo-a ágil,capaz de dar resposWs ufirm::llivas, preparado para assu­mir o governo. Desfazer H frente ou mantê-Ia inativa se­rão crimes contra o imediato. Mantê-Ia propositiva, comuma linha formada através da luta democrática de todasas tendências, será a única forma de fortelecer o partidoe assim coJabornr na saJvação do País.

A responsabilidade histórica que nos pesa ê demasia­do grande para que através da cisào destruamos a únicaalternativa do poder viável. Devemos ser um partido detodos, mas temos que ser um partido com direção pro­gramática.

O contrário, a manutenção de uma unidade estéril emtorno ;} inação levará ao suicídio do único partido noqual repousam as esperanças da sociedade brasileira dehoje.

Não pode dizer-se democrata quem tem medo da de­mocracia. Não pode dizer-se democrático o partido quemIo pratica a democrada. Ao PwlOB não interessa a vi­são que em nome de uma ciência política classista definea linha partidária; nem interessa a visào unitária que ten­te esconder a realidade da luta de classes. Ao PMDB sÓinteressa O livre jogo democrático interno, a disputa leale aberta.

A solução do PMDB é a solução da Nação: a demo­cracia. A votação interna entre os diferentes interesses,respeitando-se os resultados e reajustando-se, em cadacon venção, à realidade política do momento.

Mas não é só no nívcl da composição interna e na di fi­nição dc uma linha afirmativa que o PMDB deve mudar.É principalmente ao nível de sua estrutura e de seus ins­trumentos.

A DESCENTRALIZAÇÃO

O PMDB não pode ser um partido de Brasília, nem doRio, nem de São Paulo. O PMDB é o mais nacional detodos os partidos. Para isto ele tem que descentralizar-se.

A direção do partido não pode ficar limitada a deputa­dos fedcrais e a senadores. Ê preciso incorporar todas asno.s~';as lideranças de base que são o verdadeiro corpo do

parlido. É preciso trazer deputados estaduais, vereado­res. lideres sindicais, os dirigentes de comunidades e,sobretudo, nossos militantes que são governo: Os gover­nadores e os prcfeitos. Os homens que constroem o País,com a visào do PMDB, e assim constroem o PMDB queum dia serú governo a nível federal.

AGILIDADE

Dentro desta visão é necessário que a direção saiba de­legar e consultar. Não é possível um partido que está nogoverno dos Estados, que representam cerca de 80% doproduto nacional bruto e 60% da população nacional, enão tem um mecanismo formal de participação destes di­rigentes, governadores e prefeitos, na administraçãodiária do partido.

Mas isto não é possível com a concepção de um parti­do que, sendo de todos, não é de ninguêm; com uma di·rcçào cuja ánica preocupaçào é não quebrar frágeis e fal­sos equilíbrios; com uma ação estagnada no medo daspatrulhas internas. Com um governo interno que não de­lega, mas não age, com medo de ferir os governados,

O momento requer uma direção diferente. É precisoque os governados votem, escolham os dirigentes de umadeterminada linha e deleguem a estes dirigentes a tarefade falar pelo partido. E os dirigentes, por sua vez, se legi­timarão, delegando responsabilidades aos militares e res­pondcndo afirmativamente a toda a Nação.

A direção de um partido, como o governo de umanação, mesmo represcntando a todos, jamais satisfará atodos. A direção que democraticamente representa amaioria jamais representará a todos, mas todos, demo­craticamente, temos que respeitar a maioria.

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Esta missão, para modernizar c agilizar o partido, vairequerer uma urgente reforma dos estatutos, uma redefi­nição das responsabilidades, dos deveres e direitos dasdireções, e dar competências de cada militante e de cadaórgào partidário.

A dinâmica do processo histórico da crise não tolerarápor mais tempo um partido lerdo, pesado, centralizado.Necessitamos instrumentos que deleguem aos seus qua­dros a possibilidade de responder, a cada dia, a cada ho­ra, um; novos problemas que surgem, às novas propostasque aparecem.

Jornal

Para isto é necessário criar c fortalecer um partido mo­derno. O PMDB não pode prescindir de um jornal na­cional que seja a voz de todos os seus militantes e o veí­culo de comunicações com a massa. Não pode ser umpartido grande aquele que depende da imprensa privadapara divulgar suas posições ou que depende de um pro­grama anual de televisão, cuja limitação de tempo impe­de que todos participem, forçando um desgaste interno,devido ao sistema obscuro de como são escolhidos aque­les que poderão falar. Não ter um jornal próprio debilitainternamente, permite o cerco do governo, é prova defraqueza e de incompetência administrativa e política,também.

É imprenscindível criar um jornal nacional no prazohábil, a partir da próxima convenção. Nenhuma chapaque não se comprometa com tal meta, que desde há mui­to já deveria estar cumprida, merece o voto dos conven­cionais.

Não só um jornal, é desesperante a impoténcia de umpartido sem veículos apropriados de comunicação inter­nos. Em um momento onde os mais sofisticados sistemasde informação e comunicação estão à disposição dosparticulares, graças a pequenos investimentos em equi­pamentos eletrônicos, não se pode admitir que um parti­do grande possa prescindir de um centro de dados, umsistema própri,o de informática e de telecomunicaçõesentre seus diretórios.

Assossoria

Mas não é apenas ao nível de imprensa que as comuni­cações com as bases e toda a população nacional deve serrealizada. É necessário dinamizar o sistema de assessoriainterna.

Permitam-se os companheiros Deputados do PartidoDemocrático Social discorrer, da tribuna da Oposição,sobre uma programação que é nitidamente da Oposição.Mas a hora impõe, e acho que é meu dever, como mili­tante do PMDB falar aos meus companheiros, da tribu­na da Câmara dos Deputados, com a responsabilidadede delegado do povo pernambucano a esta Casa.

Pois bem, precisamos nos modernizar. O PMDB pre­cisa ter um meta básica para conseguir fortalecer todaessa estrutura que, em que pese dispor de um excelenteinstrumento de criação de pensamento através da Fun­dação Pedroso horta. Não se pode negar que poucas coi­sas funcionaram tão bem nos últimos anos, quanto estebraço do Partido. Entretanto, qualquer conhecedor darealidade da Fundação sabe das grandes limitações comque ela trabalha por falta de um apoio mais eficiente.Ainda mais grave, todos sabem que não pode haver umdesenvolvimento do pensamento sem a sua livre manifes~

tação, e não é segredo que, com a boa intenção de não fe­rir o equilíbrio das diferentes forças da frente, a Fun­dação não tem podido realizar a maior parte dos proje­tos que sua direção desejaria. O PMDB é, sem qualquerdúvida, o Partido majoritário entre a intelectualidadebrasileira. A Fundação Pedroso Horta não tem, apesardisto, podido abrir-se completamente a todas as linhasde pensamento nacional.

Tem que ser uma meta básica de qualquer chapa o for­talecimento da Fundação Pedroso Horta em um instru-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

menta de pensamento democrática de todas as tendên­cias representadas dentro do PMDR

Posicionamentos

A centralização das tomadas de posiçõcs em tornoapenas do núcleo mais central do Partido ê uma das cau­sas básicas da perplexidade c angústia de nossos qua­dros. A cada novo problema que aflora na sociedade sóum partido descentralizado em comissões autônomaspode ser ágil, responder aos problemas e tomar posiçõesimediatas sobre cada assunto. (Para citar apenas umexemplo, é incrível o PMDB não ter uma Comissão doNordeste com as diretrizes do Partido sobre a Região). Orisco da direção central vir a ser obrigada a desautorizarposicionamentos inconsistentes e contraditórios é menoscustoso do que a aparente apatia, a perplexidade quetoma conta do Partido periodicamente a cada novo fato.

Renovação

Através de Comissões deste tipo, o Partido não apenasmodifica sua imagem e sua ação, mas permite tambémsolucionar um de seus mais graves problemas: a reno~

vação de seus quadros através de um mecanismo que in­corpore, de imediato, a potencialidade dos novos mili­tantes. É necessário um cuidado todo especial para mo­bilizar as dezenas de novos parlamentares que há cada 4anos enchem os corredores do Congresso, e das As­sembléias Legislativas, marginalizados das decisões, des­conhecidas dos líderes nacionais. Estes militantes são ofuturo do Partido; e um Partido que os deixe à própriasorte, que os ignore, que não os incorpore, é um Partidosem futuro.

o Exterior

Tamhém, nenhum Partido democrático pode dizer-semoderno se está fechado provincianamente dentro dasfronteiras políticas de seU próprio país. A inter-relaçãodo mundo moderno obriga e requer um relacionamentointernacional permanente. O PMDB não pode pensarem enfrentar o FMI sem relacionar-se com dezenas departidos. do resto do mundo, que estão sujeitos ao mes­mo colonialismo financeiro.

Um partido democrático, heróico, que contra todos oscasuísm os e arbitrariedades consegue mais votos do queas populações de 110 nações do mundo, tem que ter aconsciência de seu papel histórico e de seus compromis­sos internacionais. Diante da crise internacional, e da ne­cessária solidariedade dos povos, em um mundo onde osopressores se relacionam muito bem e agem ordenada­mente, o PMDB tetl) que ser um partido sintonizadocom os partidos e movimentos democráticos que lutamcontra a opressão e por um desenvolvimento indepen­dente e justo.

A luta e a morte de Benigno Aquino, a luta de EI Sal­vador, as manifestações do povo chileno, a defesa da Ni­carágua, as lutas dos sindicatos em todo o mundo, de­vem ser motivos de luta do PMDB também.

Postura

Sobretudo, as próximas chapas devem definir umanova postura para um partido moderno. É hora de assu­mir uma postura de estadismo, de partido pronto a assu­mir a direção do País, com todas as responsabilidades elimites que a realidade política impõe e requer. O PMDBnào pode continuar a ser um partido com vocação oposi­cionalista. Tem que manter a postura de um partido au­têntico na Oposição, mas a caminho de conduzir o Paíspara sair de sua profunda crise.

As Chapas

Assim, Srs. Deputados, concluo com uma mensagemde crença democrática e confiança na agilidade de umPMDB moderno. Não apenas para o meu País, mas tam·

Outubro de 1983.

bém, coerentemente, para o meu Partido. Não apenaspara o meu Partido, mas também para o meu País. Só adinâmica criada pela luta democrática permitirá que oPartido avance. Alerto, porém, para a necessidade deuma postura democrática em torno de interesses maioresdo Partido e da Nação. Nenhuma chapa, nenhuma can­didatura deve ser formulada em torno de vaidades e inte­resses individuais e mesquinhos.

A luta em torno de interesses individuais será uma lutafratricida. Mas a paralisação atemorizada em torno auma pseudo unidade será um suicídio coletivo.

Por isto levanto claramente a proposta de abrirmos oPartido à sua democracia interna na luta leal, fraternal;aberta, por definir posições, e ansioso espero o apareci­mento de chapas que pensam afirmativamente, que nãose conccntrem na pequenez do anti ou do a favor de con­senso, mas que em vez disto entenda a própria encruzi­lhada do Partido e defina o caminho do futuro de umPMDB fiel às origens, mas consciente das especificaçõesdo presente, que entenda que é chegada a hora de mudaro País e isto só será possível se antes modernizarmos onosso Partido.

Fui fundador do MDB em 1966 e do PMDB em 1979.Filiei-me a este Partido não para ter um abrigo político,mas como uma opção partidária, por afinar-me plena­mente com sua linha programática e acreditar que é atra­vés dele que poderei scrvir melhor ao povo que represen­to. Conseqüentemente. a sua modernização terá o senti­do de atender a muitos que, como eu, querem-no comoPartido definitivo.

Ouço o nobre Líder do meu Partido.

O Sr. Egídiq Ferreira Lima - Deputado FernandoLyra, V. Ex' é um homem talentoso e sei bem das quali­dades de espírito e de mente de V. Ex'

o SR,. FERNANDO LYRA - É bondade de V. Ex'

O Sr. Egídi9 Ferreira Lima - Mas, da Liderança, ou­via com um pouco de melancolia, o raciocínio do meunobre companheiro. Ora, o grande erro do talentoso ecorajoso Deputado Fernando Lyra está em partir dopressuposto de que vivemos num regime democrático,num regime de franquias de um sistema político. Esta­mos com as instituições todas desbaratadas e, sendo as­sim não há como pensar em um partido com a feição,com as características e com os traços apontados peloDeputado Fernando Lyra quando critica a direção doPartido. Quando V. Ex' faz críticas a Ulysses Guimarãescomete um equívoco e uma injustiça. Comete um equí­voco porque é exatamen te nas fragilidades apontadaspor Fernando Lyra, é exatamente na tentativa de UlyssesGuimarães de somar divergências e de buscar oequilíbrio dentro de uma frente necessariamente hetero­gênea, que está o seu grande mérito. E é por isso que hojeele simboliza essa frente e simboliza a luta dos brasileirospelo projeto democrático. Tudo isso não passa de um ar­tifício, tudo isso não passa de um fastio do ideal, de aver­são ao princípio da ânsia incontida e apressada pelo Po­der de algumas correntes que fazem Oposição no País.Fcranando Lyra, a quem a Nação tanto deve pela lutatalentosa e corajosa contra o Sistema em suas fases maisexacerbantes, sabe que o ohjetivo fundamental doPMDB é a legitimação do Poder, é a reposição das insti·tuições. Fernando Lyra admira, de há muito, o PSOE­Partido Socialista Espanhol. Tem o exemplo de uma pes­soa a quem tanto ele se reporta que é Felipe Gonzalez,que, ao chegar ao Governo, na Espanha, ao ascender aolugar de Primeiro Ministro, disse que não era hora de oPSOE chegar ao poder. Disse que a Oposição tambémera poder, que o PSOE tinha muito que fazer pela Opo­sição. Mas, me reservo, Deputado Feranando Lyra, pararesponder detalhadamente ao longo e bem concatenadodiscurso de V. Ex', pela Liderança e no horário destina­do à Liderança, na próxima quinta-fcira. (Palmas.)

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Outubro de 1983

o SR. FERNANDO LYRA - Deputado Egídio Fer­reia Lima. V. Ex' sabe do respeito quc tenho por V. Ex'Falar sobre a nossa amizade e das nossas lutas comuns.seria necessário outro pronunciamento que cu gostariainclusivc dc fazcr.

V. Ex)} citou as lutas que desenvolvemos no passado.Deputado Egídio Ferreira Lima, prefiro que meu discur­so - no cntender de V. Ex' melancólico - csteja conso­nantc com a realidade e pensando no futuro, a me tornarágil e vanguardeiro, pensando no passado.

Por outro lado. V. Ex' não foi feliz quando citou oPSOE, de Felipe Gonzalez, a quem tanto admiramos, aquem tive a felicidade de, em nome da Câmara dos De­putados, saudar, quando saudei, também, D. Juan Car­los. da Espanha. Tenho a impressão de que se V. Ex' sedetivesse na história do Partido Socialista Espanhol real­mente não teria me dado. como me deu. a oportunidadedc dizer cxatamcntc que ele, para ser o que é hoje, paraser o podcr quc é hojc, na Espanha, e também, antes,para ser aquilo que foi na redemocratizaçào espanhola,para ser o PSOE que foi na qucda de Franco, três anosantes se reuniu renovou sua direção colocou Felipe Gon­zalez como seu Secretário Geral e adotou posturas dife­rentes. Partiu para se sintonizar com a realidade espa­nhola e tornou-se realmente o que é hoje graças à vivên­cia. à experiência daqueles que lutaram na clandestinida­de e se reciclaram antes de chegarem à abertura políticana Espanha. Conseqüentemente, o episódio de FelipeGonzalez apenas ratifiea o ponto de vista que defendo.Permita-me, Sr. Presidente. só para responder ao Depu­tado Egídio Ferreira Lima. Quanto ao problema da críti­ca ao Deputado Ulysses Guimarães, eu não o critiquei.Eu condenei a postura da direção partidária, que não ésomente do PMDB. É de quase todas as dircçõcs parti­dárias. ficando apenas no PDS e no PMDB. A díreçãopartidária do PMDB ê centralizadora. Independe depropostas feitas ou não à sociedade. É uma direção quenão criou, ao longo do processo, mecanismo de agili­zação do Partido. Isso independe de fazer propostas oünão, de ter uma postura apenas na luta pela democraciaou uma proposta alternativa de poder.

Estou muito feliz por ter sido o Deputado Egídio Fer­reira Lima quem me aparteou em nome da Liderança,porque com S. Ex', certamente, travarei um debate que,sem dúvidlj alguma, será cnriquecedor para mim na lutaque desenvolvo pela modcrnização do PMDB, pela atua­lização dc seus quadros. Tenho certeza, Deputado Egí­dio Ferreira Lima - e V. Ex' e a Casa me conhecemmuito bem - de que juntos havercmos de cncontrar umdenominador comum para transformar o PMDB numgrandc partido, num partido que tenha realmente afini­dades com a socicdade brasileira. Esta ê a minha in­tenção, e estou certo de que é a sua tambêm. Não venhoaqui contestar a direção partidária apenas pela contes­tação. Venho trazer propostas concretas e espero queeste discurso sirva para ajudar não somente a direçãopartid,íria do PMDB. mas também a de outros partidospolíticos, porque sem partidos políticos fortes não êpossívcl haver nma democracia forte. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Concedo apalavra ao Sr. José Lourenço, na qualidade de Líder doPDS.

O SR. JOSÉ LOURENÇO (PDS - BA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ouvimosatentamente o discurso do Deputado Fernando Lyra,que, sem dúvida alguma, foi uma mensagem mais dirigi­da ao seu partido, embora o tomemos também como uminstrumento a ser analisado por todas as representaçõespartidárias com assento nesta Casa. O discurso de S. Ex'.,reafirmando posições democráticas\ posições essas que,se devem iniciar pela própria prática democrática interna

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

das agremiações, tem, sem dúvida, o nosso aplauso. Nes­te episório o PDS foi o vanguardeiro. E não foi o van­guardeiro do passado; foi o vanguardeiro no presente,

através de memorável convenção que realizamos recen­temente e em que, através do debate livre, consciente eresponsável das idéias, o partido se abriu para que os no­vos tivessem acesso aos seus quadros dirigentes. para queo partido fosse arcjado; para quc o partido sentisse eacompanhasse a marcha dos novos tempos.

E isto aconteceu recentemente com o movimento de­nominado. "Participação", que conseguiu arrebatar, namemorável convenção, 35% dos votos dos convencio­nais. Desse episódio o PDS só tirou. sem düvida alguma,as melhores lições, nele só se engrandeceu e se fortaleceuperante a Nação, o País c o povo. Ocupamos durantemuito tempo cnorme espaço na imprensa do País. levan­do à Nação o debatc das idéias internas da nossa agre­miação. Não ficaram. deste episódio. resquícios de ini­mizade, de divisões nem de blocos; pelo contrário, o querestou é altamente positivo para o comportamento doPDS. não só nesta Casa do Congresso, como no Senadoe em todos os cstágios e segmentos da agremiação queaqui representamos.

Estamos hoje, digo a V. Ex', nobre Deputado Fernan­do Lyra. enriquecidos com o scu pronunciamento, pro­nunóamcnto este quc vem exatamente ao encontro da­quilo que fizemos, que praticamos. da mesma formacomo V. Ex' hoje preconiza, na nossa agremiação. Senão mudamos toda a estrutura do partido, se ainda nãoimplantamos tudo aquilo que foi motivo para disputar­mos a memorável convenção, scm dúvida alguma ocupa­mos enormes espaços, hoje. dentro do PDS. Somos ouvi­dos, dialogamos constantemente com o Presidcnte, como Secretário-Geral, enfim, com toda a Executiva da agre­miação. Somos convidados a participar de delegaçõesque visitam constantemente os Estados. como que se fós­semos, na verdade, vanguardeiros de uma nova ordemde coisas estabelecidas dentro do nosso partido.

E o que V. Ex' acaba de defender, com o brilhantismoque lhe é peculiar, da tribuna das oposições, oposiçõesestas que V. Ex' enriquece com sua presença, não é nadamais, nada menos do que aquilo quc nós mesmos fize­mos dentro do nosso partido.

Entendo que a prática democrática interna, nas agre­miações, é, sem dúvida alguma, um instrumento básicopara que possamos. a cada dia e a cada hora, nos afirmarcada vez mais como democratas, na sua inteireza, prati­cantes da dcmocracia interna do partido. Assim podere­mos Icvar esta mensagem conscientes de que é fruto deuma prática constante para o povo, povo quc irá reco­nhecer esta evidência, csta luta e que irá, sem dúvida al­guma, sensibilizar-se por aqueles ou por aquelas agre­miações que internamente. e depois de uma análise, deum debate intrno, puderem levar ao povo uma mensa­

gem mais concreta das suas aspirações, dos seus objeti­vos c daquilo que mais se pode identificar com as aspi­rações nacionais.

Não queremos, de forma alguma - e não devemosfazê-lo - dar a nossa opinião sobre o problema internodo PMDB. Mas cabe-nos - isto o fazemos dar maisuma contribuição ao debate, ao debate das idêias, ao de­bate da expressão maior, de como podemos evoluir de­mocraticamente nesta hora difícil da vida nacional, emque tantos problemas, problemas de magnitude, sem dú­vida alguma, põem em jogo a nossa capacidade e compe­téncia de saber nltrapassá-los perante a Nação. E euacredito que sejamos competentes para ultrapassar as di­ficuldaes no momento presente. Temo-las dentro destaprópria Casa, e se não as soubermos vencer com a Com­petência que o momento exige, certamente a Nação nãose engrandecerá e lamentará a pobreza dos seus repre-

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sentantes. a pobreza do debate, a pobreza no exercíciodo mandato do qual somos delegados populares.

Nesta oportunidade ea gostaria de abordar um temabem do momento do País e bem mais do momento destaCasa. Queria referir-me às CPIs existentes na Câmarados Deputados, CPls estas, que, se seguirem os rotcirospróprios para os quais foram criadas. sem dúvida algu­ma poderão prestar melhor serviço à Nação. Mas o quevemos ou o que temos visto são desvios de curso, sãopráticas ou são métodos adotados nestas CPls - e queroreferir-me especificamente à da dívida externa - que.sem dúvida alguma, nào traduzem os altos interesses daNação, não significam que nós, representantes do povo.com mandato popular conquistado nas urans, estejamosagindo competentemente para ultrapassar os graves mo­mentos da vida nacional. Sabemos. temos a consciêncianítida que as CPIs devem apurar, na sua inteireza, ComO

foi gerada, criada esta dívida externa? Quem são os res­ponsáveis por ela'? Por que chegamos a esses números'!Em função de quê'? Em funçào de aplicação de capital?Em função de que juros foram pagos e como estão sendoincorporados à própria dívida, umu vez que praticamen­te nada pagamos até hoje" Os nümeros que correm, e doconhecimento público, são de uma divida em torno de 90bilhões de dólares. Cerca de 40 bilhões de dólares são ju­ros e 50 bilhões de dólares entraram de fato no Paiscomo financiamentos ao desenvolvimento interno daNação.

Precupa-me que esta CPI se atenha aos prinCípios regi­mentais, para que, assim, possa ela tocar, na verdade, osdivcrsos problemas que afetam a Nação nesta área tãopreocupante da vida nacional. Mas os desvios que estãoocorrendo é que precisam de correção do seu rumo, paraque não haja colisões, para que não haja embates, paraque não possamos ser julgados, amanhã, como incompe­tentes no exercício do nosso cargo político aqui nestaCasa.

Fazemos um apelo à Oposição, tão conscientc comonós das graves responsabilidades do momento nacional.para que possamos corrigir os rumos quc estão sendoimprimidos a essas CPls. Entendc~os que existem figu­ras, nos mais diversos setorcs da atividadc nacional, quedevem ser chamadas para depor, mas pessoas diretamcn­te vinculadas a aspectos da dívida externa do País. e nãouma figura quc nada poderá acrcscentar àquilo que já sa­bemos, que cm nada poderá contribuir. com sua pre­sença, para que a CPI da dívida externa possa chegar aconclusões diversas daquela a que chegará em função deum roteiro que deve ser outro. e não aquele que vem sen­do prcconizado e adotado ncsta CPI.

O Sr. Hélio Duque - Permite-me V. Ex' Um aparte?

O SR. JOSÉ LOURENÇO - Com muito prazer.

o Sr. Hélio Duque - Deputado José Lourenço. asComissões Parlamentares de Inquérito são, cama V. Ex'destacou, instrumentos fundamentais de investigação doPoder Legislativo. A CPI da dívida externa está consti­tuida, e é lamentável que, desde sua primeira sessão, a deaprovaçào do seu roteiro inicial, o partido de V. Ex!},através da sua Liderança, tenha impedido que seus par­lamentares estivessem presentes. Especificamente em re­lação a esta Comissão, houve, inicialmente, a designaçãode cinco Srs. Deputados. Gerou-se uma dúvida a respei­to da ampliação do número para dezessete ou dezoito, eo fato ê que até agora esta e outras CPls não tém podidocontar com a colaboração do PDS na discussão e aper­feiçoamento dos roteiros, no próprio processo de convo­cação, na busca de elementos que venham a trazer os es­clarecimentos essenciais ao bom andamento dos traba­lhos. Quero, neste aparte. apenas lamentar que o PartidoDemocrático Social não se tenha feito presente nestasCPls. Mas ainda há tempo. Nas próximas reuniões, onde

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10820 Quarta-feira 12

novas listas de convocações de depoentes serão aprecia­das pelo seu plen'ário, gostaríamos de contar com a pre­sença, por exemplo, do Deputado José Lourenço, que éum dos Deputados designados para aquela CPI. Aí, sim,íríamos procurar exatamente harmonizar aquilo quevem sendo o trabalho da CPf com aquilo que deve sertambém o trabalho geral de todos os parlamentares des­ta Casa. Era este o aparte, muito rápido, que queria dar

a V. Ex'

o SR. JOs11: LOURENÇO - Deputado Hélio Du­que, sabe V. Ex' muito bem dos motivos que levaram oPDS a se ausentar daquela Comissão, e a discussão sobreesta questão não iri~ enriquecer este debate nem empres­tar a ele maior importância, porque é do conhecimentode todos os motivos que levaram o meu partido a adotaresse posicionamento. Mas devo dizer a V. Ex' que tenhoamadurecidao bastante quanto a esse aspecto, e começoa pensar que, para que possamos contribuir, efetivamen­te, na mudança de curso que preconizamos como uma

proposta à Oposição, deveremos concretizar a tese queaqui defendemos, que é a do nosso comparecimento àCPf, para que expressemos a posição do nosso partidoque é a mesma, inclusive, de diversas correntes da pró­pria Oposição. Entendemos que a nossa ausência já mar­eou, sem dúvida alguma, a nossa posição política. Mas,doravante em função de um novo quadro que se apresen­ta perante a Nação, altamente desfavorável à classe polí­tica no seu todo, e que poderá ter repercussões negativaspara esta Casa, passaremos a defender, junto ao nossopartido e ao nobre Líder Nelson Marchezan, a presençado PDS nesta Comissão, para que possamos tomar, con­juntamente decisões que possam, sem dúvida alguma, seruma contribuição efetiva para que atinjamos os objeti­vos que são, na verdade, expressões da vontade da gran­de maioria desta Casa. Não poderemos mais ser instru­mentos, nem de uma direita extremada, nem de uma es­querda de antolhos. Devemos sim, traduzir o pensamen­to dos homens responsáveis e competentes com assentona Câmara dos Deputados, que estão em todos os parti­dos e que, estou certo, no momento oportuno e própriosaberão dar a sua patriótica e oportuna contribuiçãopara que mais uma vez esta Casa possa ultrapassar as di­ficuldades que nos estão sendo antepostas, oferecendo àNação uma prova - como há pouco se evidenciou, nocaso Juruna - de que somos a expressão da vontade na­cional. E como cxpressão da maioria da vontadc nacio­nal - maioria que cstá em todos os partidos - não esta­remos a reboquc, nem de uma direita extremada - repi­to - nem de uma esqucrda radical, já que, como nos de­monstra a História, os extremos se encontram. Mas nãoseremos nós os instrumentos nesse jogo do encontro dosextremos. Iremos para o meio, onde certamente está averdade e a realidade nacional, evitando, assim, o encon­tro daqueles que querem o desencontro nacional.

Ouço o nobre Deputado Cid Carvalho.

O Sr. Cid Canalho - Nobre Deputado José Lou­renço, V. Ex' traz a debate matéria da maior importân­cia. E sem nenbum farisaísmo, sem nenhum rodeio táti­co, quero colocar aqui alguns problemas que consideroimportantes. Sou um dos membros da Comissão da CA­PEMI. Fomos, outro dia, convocados pelo Presidentepara uma reunião secreta, na qual fomos informados queestava em jogo a própria sobrevivência daquela Comis­são, em razão de despacho do Presidente da Casa. E eu,que havia feito os maiores elogios ao Presidente em re­lação à condução do episódio Juruna, tive de manifestara S. Ex', desta vez, não só as minhas restrições, mas omeu desencanto, diante da posição que assimira então. Eficou para a Nação que aquela Comissão teria sido sub­

metida a um artifício com o propósito de sua extinção

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

por convocar determinada pessoa da família do Presi­dente da República. Mas não quero entrar no méritodessa questão. Acho, nobre Deputado, que as Comissõesde inquérito são instrumentos de afirmação e de impor­tância maior do Legislativo, e, como tal, são os limitesnaturais da nossa ação. Não podemos fazer de uma Co­missão de Inquérito motivo de provocação, nem pode­mos, através dela, pestar desserviço à causa do Congres-

so - e, mais do que do Congresso, da própria democra­cia. Creio nobre Deputado, que esse é o nosso limite, quenão pode ser conceituado explícita e formalmente, mas,sim, implícita e de maneira informal. E, quando o Depu­tado Hélio Duque diz que a ausência do PDS na Comis­são da Dívida Externa é um fator de vazio na orientaçãode rumos, acho que S. Ex' tem razão. Todo o nosso par­tido tem que estar somado para orientar-se neste rumo, afim de que as Comissões de Inquérito estejam a serviçoda causa da democracia, fundamentalmente.

O SR. JOslt LOURENÇO - Muito obrigado, De­putado Cid Carvalho. Fique certo V. Ex' da nossa preo­cupação com o curso dos acontecimentos. Mas, dentrodeste novo quadro que se nOS apresentu, sem dúvida al­guma, política é Um movimento constante, é um a procu­ra constante de soluções, é uma procura constante dacorreção de equívocos. E sabe V. Ex', experimentado cinteligente purlamentar que é, que não se justificam maisos motivos iniciais que nos fizeram não participar destaCPI. E não se justificam por diversas razões, dentre asquais eu citaria aquela qnc considero basilar, da maiorimportância, que, com a inteligência e a sensibilidadepolítica que são peculiares em V. Ex', com muita pro­priedade o nobre colega feriu. Não devemos, não pode­mos e, certamente, não iremos dar a nossa contribuiçãopara que figuras estranhas à própria CPI, figuras estra­nhas aOS objetivos da CPI sejam convocadas, para ex­pressar aquilo que poderá ser seu pensamento político,que, não tenho dúvida alguma, não será uma contri­buição efetiva ou positiva, ou uma análise que possa so­mar, sob algum aspecto, no caso especificamente relacio­nado com a CPI da dívida externa.

Portanto, por que essas convocações, se elas não aten­dem ao interesse da CPI, se elas não atendem ao momen­to político da Nação, se elas não atendem ao interesseglobal da maioria desta Casa, se elas não atendem aos re­clamos populares? Por q uc insistirmos na manutençãodo atual curso? Por quc insistirmos na manutenção doatual quadro de depoentes, sc sabemos, temos absolutacerteza, nobres Deputados, homens democratas que so­mos, mas conscientes também das graves responsabilida­des do momento nacional, que poderemos dar maiorcontribuição ao País, à sedimentação do processo demo­crático, ao seu próprio avanço e a novas conquistas, seevitarmos atritos com detcrminadas áreas, conhecidas detodos. Evitados esses atritos e colisões, sem dúvida algu­ma, nobres Deputados, avançaremos mais alguns de­graus na subida difícil dessa escada que precisamos atin­gir, nessa escalada que o povo de nós reclama, que repre­senta a plenitude democrática do Brasil.

Faço um apelo a todos os nobres parlamentares comassento nesta Casa no sentido de que mais do que nuncaa Nação exige competência política; mais do que nunca aNação exige sensibilidade para com os problemas nacio­nais; mais do que nunca a Nação reclama de nós, seus re­presentantes, que ajamos de acordo com as aspiraçõesdo povo, pois só assim seremos fiéis intérpretes e delega­dos dd povo, que nos enviou para esta Casa.

SI. Presidente, nobre Deputado Fernando Lyra, neste'momento. novamente quero felicitar V, Ex' pelo seu pro­nunciamento. Ao terminar, saúdo a todos, sem distinçãode quem quer que seja, ao mesmo tempo em que venho

propor-lhes, mais uma vez, o diálogo sincero e aberto,

Outubrp de 1983

pois só assim iremos atingir os objetivos que a Nação re­clama e para os quais a maioria da Casa nos dá apoio.(Palmas.)

Durante o discurso do Sr. José Lourenço o Sr. Flá­vio Marcílio. Presidente deixa a cadeira da presidên­cia. que é ocupada pelo Sr. Fernando Lyra, 1'­Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Nada maishavendo a tratar, vou levantar a sessão.

COMPARECEM MAIS OS SENHORES:

Acre

Aluízio Bezerra - PMDB; Amílcar de Queiroz ­PDS; Geraldo Fleming - PMDB; Wildy Vianna ­POSo

Amazonas

José Lins de Albuquerque - PDS; Mário Frota ­PMOB; Vivaldo Frota - PDS.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran­cisco Sales - PDS; Olavo Pires - PMDB.

Pará

Antônio Amaral - PDS; Dionísio Hage - PMDB;Domingos Juvenil - PMDB; Jorge Arbage - PDS;Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Ronal­do Campos - PMDB; Vicente Queiroz - PMDB.

Maranhão

Cid Carvalho - PMDB; Magno Bacelar - PDS; Sar­ney Filho - PDS; Vieira da Silva - PDS; Victor Tro­vão - PDS.

Piauí

Celso Barros - PDS; José Luiz Maia - PDS, Ludge­ro Raulino - PDS.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Cláudio Philomeno - POS; Haroldo Sanford - PDS;Leorne Belém - PDS; Lúcio Alcântara - POS; ManoelGonçalvcs - PDS; Ossian Araripe - PDS; Sérgio Phi­lameno - PDS.

Rio Grande do Norte

Agenor Maria - PMDB; Antônio Florêncio - PDS;Henrique Eduardo Alves - PMDB; Jessé Freire ­PDS; João Faustino - PDS; Wanderley Mariz - PDS

Paraíba

Adauto Pereira - POS; Alvaro Gaudêneio - PDS;Ernani Satyro - PDS; João Agripino - PMDB; Ray­mundo Asfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PDS.

Pernambuco

António Farias -PDS; Geraldo Melo - POS; Gon­

zaga Vasconcelos - PDS; João Carlos de Carli - PDS;

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Outubro de 1983

José Jorge - PDS; José Mendonça Bezerra - PDS; Jo­sias Leite - PDS; Miguel Arraes - PMDB; OsvaldoCoelho - PDS; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza­PDS; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho ­PDS.

Alagoas

Djalma Falcão - PMDB; Geraldo Bulhões - PDS;José Thomaz Nonô - PDS; Nelson Costa - PDS.

Sergipe

Francisco Rollemberg - PDS; Gilton Garcia - PDS;Hélio Dantas - PDS; Walter Baptista - PMDB.

Bahia

Afrísio Vieira Lima - PDS; Domingos Leonelli ­PMDB; Eraldo Tinoco - PDS, Etelvir Dantas - PDS;Felix Mendonça - PDS; Fernando Magalhães - PDS;França Teixcira - PDS; Francisco Pinto - PMDB;Gorgônio neto - PDS; Haroldo Lima - PM DB; HélioCorreia - PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi ­PDS; Jorge Vianna - PMDB; José Penedo - PDS;Leur Lomanto - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB;Ney Ferreira - PDS; Raymundo Urbano - PMDB;Rômulo Galvão - PDS; Wilson Falcão - PDS.

Espírito Santo

Luiz Baptista - PMDB; Max Mauro - PMDB; Nel­son Aguiar - PMDB; Stélio Dias - PDS; TheodoricoFerraço - PDS.

Rio de Janeiro

Abdias do Nascimento - PDT; Alair Ferreira ­PDS; Arildo Teles - PDT; Arolde de Oliveira - PDS;Brandão Monteiro - PDT; Carlos Peçanha - PMDB;Daso Coimbra - PMDB; Délio dos Santos - PDT;Eduardo Galil - PDS; Fernando Carvalho - PTB; Fi­gueiredo Filho - PDS; Gustavo Faria - PMDB; Ha­milton Xavier - PDS; Jorge Cury - PMDB; Jorge Lei­te - PDT; José Colagrossi - PDT; José Eudes - PT;Lázaro Carvalho - PDS; Léo Simões - PDS; LeônidasSampaio - PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Már­cio Macedo - PMDB; Osmar Leitão - PDS; RobertoJefferson - PTB; Rubem Medina - PDS; Saramago Pi­nheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PDT; SebastiãoNery - PDT; Walter Casanova - PDT.

Minas Gerais

Aécio Cunha - PDS; Aníbal Teixeira - PMDB; An­tônio Dias - PDS; Carlos Eloy - PDS; ChristóvamChiaradia - PDS; Emílio Gallo - PDS; Gerardo Re­nault - PDS; Jairo Magalhães - PDS; João Herculino- PMDB; José Aparecido - PMDB; José Maria Maga­lhães - PMDB; José Mendonça de Morais - PMDB;JOsé Ulisses - PMDB; Júnia Marise- PMDB; Leopol­do Bessone - PMDB; Luiz Baccarini - PMDB; Luiz

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Leal- PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Manoel CostaJúnior - PMDB; Mário Assad - PDS; Mário de Oli­veira - PMDB; Mauricio Campos - PDS; Milton Reis- PMD8; Nylton VeIloso - PDS; Oscar Corrêa ­PDS; Oswaldo Murta - PMDB; Pimenta da Veiga­PMDB; Raul Belém - PMDB; Ronaldo Canedo ­PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; Sérgio Ferrara- PMDB; Wilson Vaz - PMDB.

Sào Paulo

Adail Vetlorazzo - PDS, Airton Sandoval- PMDB;Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Ar­mando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres - PMDB; BeteMendes - PT; Del Bosco Amaral - PMDB; DoretoCampanari - PMDB; Estevam Galvão - PDS; FelipeCheidde - PMDB; Flávio Bierrenbaeh - PMDB; Gio­ia Júnior - PDS; Herbert Levy - PDS; Israel Dias­Novaes - PMDB; João Cunha - PMDB; José Camar­go - PDS; Maluly Neto - PDS; Marcelo Gato ­PMDB; Mário hato - PMDB; Mendes Botelho - PTB;Mendonça Falcão - PT8; Moacir Franco - PTB; Na­lal Gale- PDS; Nelson do Carmo - PTB; Paulo Maluf- POS; Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi ­PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Roberto Rollemberg- PMD8; SaBes Leite - PDS; Salvador Julianelli ­PDS; Samir Achôa - PMDB; Tidei de Lima - PMDB,Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Brasílio Caiado - PDS; Genésio de Barros ­PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Irapuan Costa Júnior- PMDB; Jaime Câmara - PDS; Juarez Bernardes­PMDB; Paulo Borges - PMDB; Wolney Siqueira ­PDS.

Mato Grosso

Bento Porto - PDS; Cristino Cortes - PDS; Gilsonde Barros - PMDB; Milton Figueiredo - pMDB.

Mato Grosso do Sul

Harry Amorim - PMDB; Saulo Queiroz - PDS.

Paraná

Amadeu Geara - PMDB; António Ueno - PDS;Aroldo Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borgesda Silveira - PMDB; Celso Sabôia - PMDB; FabianoBraga Cortes - PDS; !talo Conti - PDS; José CarlosMartinez - PDS; Olivir Gabardo - PMDB; Otávio Ce­sário - PDS; Paulo Marques - PMDB; Pedro Sampaio- PMDB; Renato Bernardi - PMDB; Renato Bueno- PMDB; Santos Filho - PDS; Walber Guimarães -PMDB.

Santa Catarina

Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio BiUencourt ­PDS; Evaldo Amaral - PDS; Ivo Vanderlinde ­PMDB; Nelson Morro - PDS; Pedro Colin - PDS.

Quarta-feira 12 10821

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Ballhazar de Bem e Canto ­PDS; Darcy Pozza - PDS; Emidio Pcrondi - PDS;Guido Moesch - PDS; lrineu Colato - PDS; Jorge Ue­qued - PMDB; Júlio Coslamilan - PMDB; NadyrRossetti - PDT; Nillon Alves - PDT; Oly Fachin _PDS; Pedro Germano - PDS, Rosa Flores - pMDB'Victor Faccioni - POSo '

Amapá

Clarck Platon - PDS; Paulo Guerra - POSo

Roraima

Júlio Martins - PDS.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

ParáCoutinho Jorge - PMDB.

MaranhãoEdison Lobão - PDS.

CearáFurtado Leite - PDS; Marcelo Linhares - PDS;

Paes de Andrade - PMDB.

PernambucoCarlos Wilson - PMDB.

AlagoasRenan Calheiros - PMDB.

SergipeAugusto Franco - PDS

BahiaFrancisco Benjamim - PDS; Jorge Medauar - PMDB.

Espírito SantoHélio Manhães - PMDB.

Minas GeraisCarlos Mosconi - PMDB; Jorge Vargas - PMDB;

Juarez Batista - PMDB.

São PauloDarcy Passos - PMDB;' Diogo Nomura - PDS;

Francisco Amaral- PMDB; Ivete Vargas - PTB; Már­cio Santiíli - PMDB; Theodoro Mendes - PMDB.

Mato Grosso do SulUbaldo Barém - PDS.

ParanáMattos Leão - PMDB; Norton Macedo - PDS.

Rio Grande do SulJosé Fogaça - PMDB.

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10822 Quarta-feira 12 DIKRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

o SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Levando a sessão designandopara a Ordinária da próxima 5< feira, dia 13, a seguinte

ORDEM DO DIA

TRAMITAÇAO

EM URGÊNCIA

Votação1

PROJETO DE LEI N.o 1.918-A, 'DE 1983

Votação, 'em discussão úni:ca, do ProjoetD de Dei n.o 1. 918-A,de 1983, que disrpõe .sobl'e a ·emissão d'e uma séri!e ,espedal de selo/>comemora'tiva do primeiro ,centená'rio da abolição daelSüravatm:ano E.~f)ado do Oeará; tendo p,ar,e-creres dos Relatores d,es,ignados pela.Mesa, em substituição llis Comio"s&es de: Cons'tituição 'e .Justiça,pela con~,titucionalid·a.de, jurkUcidade e téc,nlca legi.slativa; ,e deComunicação, pela :a.provação. (Do Sr. Marcelo Lin'h:3lres.) - Rela­tores: Srs. Nilson Gibson e Carlos Virgílio.

PRIORIDADE

Discussão2

lE'ROJ!En'O iDE iiEll N.o 1.230-D, [)lEi 19%

iDisoo.ssãio Ú!niJcaJ da iEmenJdia do Se,nado 00 IPmje1;o de Lei110.0 l.:l/lú-iB, de' 19m5, qrue aa,tm-,a a l1ejdação do § 2.0 dJo· llllJt. 7t:l da Dein.O 5.108. de 2,1 ,de setembro doe 1966 (Código NacioIl'all. de Trfunsito)·tendo paDec.eres: da Oonlliss·ão de CO'lliiltitUJição e Justiç.a pel,a cons:f;j,t~cional1d'ade, jurictycllidade e técnica legilSllia.tiva; da éom.issi1o deSaude, ,pela ruprovaçoo; e, da OOn1is.são de TraQ1.SipOoI'!bes. pe~a. re­j·eigão. - RellJJto1'e",: Srs. Mán:.io HlJJto e MaD:!JOell RiJbeiro. '

ORDINARIA

Discussão3

PROJETO iDE DEI N.'" 64B-A, DE 197'5

Diooussão únLoa do Projerto de Leá. n.O 648-~, de 1975, que aiLte­l'a a r,ooação do art. 9.0 da Lei n.o 3.807, de 26 dle agosto de 1000(Lei orgânica da Previdênci,a Soda.l). e dá Oorutras proviJdêncial3;tendo p·areceres: da Comi.s.são de CmJstituição e Justiça, pe~a =~

titucLl)na.lidadoe e jood1c1dade; da Co:trllilsão de 'I\l'rubalho e Legis­lação Social, peloa aprova,ção, com emenda; e. da Cooú"são de· Fi­nanças, peLa ap.rov,ação, coan axioção da emenda da Comissão deTd.1aba1ho e Legis'lação Soei,aJo. (no sr. FJ1eilitas NobJ'e.)

4

PROJETO DE LEI iN.o 842-:A, DE 19715

Dis~u.s.são única do Projeto d,e Lei n.O 842-Ac. die 197'5 que altwadiapositivos .da Lei n.o 4.726, de 13 de jU'1ho' de 196,5, qwe "dispõesobro os seJ.'IVlçoo do l1egistro do coménc1o e ruti'Vida,dJes 3JfID.s, e dáowtras prDvidências"; tendo ipaJ.1ece'I1es: da Comissão de ConstitUJi.­ção e .Justir;a, pela oonstituciom.alidaxi,e e jmiddcid.adeClOID eJneil1d:as;da Omnissão de EeonOl1ÚJa, I.ndÚiSlt.ri·a eCOméllc.io, pela ruprov,ação,

GRANDE EXPEDIENTE

Oradores:

1 - F1rancisoo Benjamim

2 - Luiz HenriqUlBl

3 - W:iJmar Palis

CQIIl ,adoção das ·enue,ooas da Comissão de Oon0tituiçãD e J,~tiça;

e, da Comissão de Finanças, pela ajJl1'ovação, com emenda, e aidoçãodas emend·ag da Comissão· de Coooti,wição e JUlSltiç'a. (Do Sr. Sam.­tos Filho.) - RelJaiJor'es: srs. Oero Banros, Oar·loo Wiloon e RuyCôdo.

5

PROJETO DE LEI N.o 34'9-A, 'DE 197'5

Discussão única do P'roJeto d'e Lei n.o 849-A, doe 1975, que dánova redação ao § 3.° doa,rt. 8.0 da Lei n.O 5.890, de 8 de junhode 1973, ql1'e alt8Ta a lie.gis'lação de 'Previdência social; tendo paJre­~:res: da Comissão doe Constituição e Justiça, pel-a cm1.Sti,tuciona­lidadoe e juridicidade; e, das Comis,ões de T.rabalho e LegislaçãoSocial e d'e Finanças, p;ela aprovação.

6

PROJETO DE LEI N.o 853-A, DE 1975

Discussão única do 'Projleto de Lei n.o 853-A, de 1975, quedoo1ara de utilidaide pública a "Sociedad'e dos oanobBJdores, V:ioloeirose Poetas POIPuJares do Bra.<;il", com sede em Fortale7ia, Estado doCea.rá; tendo pareoeres: da Comissão dle Con&ti:tuição e Justiça,pela ooootitucionalidade, juridicida.d·e e, no mérito, pela aprovação,oom emend'a; e da Comissão de Educação e Cultura, pela 'aprovação.- Re1ator: Sr. GOmes da Silva.

'1

PROJETO DE LEI N.o 890-A, DE 1975

Discussão única do Proj·ero d:e, Lei n.o 890-A, d,e 1975, queaCa."escenta parágrafo ao ,art. 142, da Dei n.O 3.807, de 26 de agostode 1960 (Lei Orgâmca da Previdência Soci'all; tendo pa.receres:da Comissão de Constittuição e .Justiça, pela oonstituC'iona'lidade ejuridicidade, com iem·enda; d·a Comissão de Trabalho e lJegislaçãoSocial, pela a.provação, eoom adoção da 'emend'a da Comissão deConmituição e Justiça; e, d·a COllÚssão doe Finanças, pela aprovação,com Substitutivo. - Rela·tar: Sr. Adhema;r Ghisi.

8

PROJETO DE LEI N.O 90á-A, DE 197'5

DiscU'Ssão única do p;rojeto de Lei n.O 905-A, de 19'1á, queimprime nova Tedação ao a'r·t. 4.0 >da Lei n.O 5.757, dle: /l doe dezembrode 1971, que estabelec'e regime ·de gra·tiücação ao pessoal à dis­posição do FUNRURMJ, dis'Pondo sobre a obrigato'riedade da a'Pre­<'lentacão do c'B'rtificadu dle regularidadoe de Situação e ·C'ertifi.cadode quitação, que s'e'rão exigiveís a pa'rtir de 1.0 de' j-anei'ro de 1976;tendo parecel'e.s: da Comis:s'ão de Cons.ti'tuicâo e Justiç.a. pela eilns­ti1JU'cionalidad:e 'e juridiciodad·e, Cilm emenda; 'e. das Comissões deAgricul'tura e Política Rural e de Finanças, ,pela aprovação, com.adoção da em·enda da Comissão de Cünstituição e .Jus·tiça. (Do Sr.Humberto Souto.) - Rel.atores: s.rs. Walber Guimarães e HomeroSantos.

9

Pa0JEI10 iDíE I1ffiI N,0 3.00l-R, DIE .Hleo

[)loolmão única do Pl'o\joe,uo eLe IJeti. n.o 3.ll01-B, die 1980, queDiapóe soibre o e:x;ercicio da .pl'Oofis.sãio de brucharel em Re,lações IJIJ.­tell'll'aci.onais e dá outras proovidênolas'; tendo 'Pareceres: d.a Oomfus­são de ColtlSt:iJtudção e Ju.s.tdça, peIla oonsmtUtciom.-altdad'8, ju.ridicida.dee térmica. Iegi.s1a'tÍJva; das Comissõe.s de EélJuIcaçã'D e Cul.tu.ra e deFinarnças, peo1a aJl)ro"ação; e, da Comis5ão de Relações E:x;teriO'Tes,em:iltido em ll;udiê.:tlJc1a, pela incoftllJ1lle1;ência par.a OIP1na.r sobll'e a ma­téria. (])o Sr. João OalUtos -de Oarili.) - Rel3Joor: sr. Israel D.ias­Novaes.

10

F'ROJ\ETO DE LEI N.o 822-C, DE 1975

Segunda discussão do Proj-eto de Lei n.o 822-C, de 1975, quedi5põe so'bre a profiossão de fotógrafo e dá outras providências.(Da Comissão de Trabalho e Legislação Social.) - Relatores: Sr.Fernando Bastos.

li

PROJETO !DE IiElI N.o 826-B, !DE 1975

Segl1Jllda. dfuc~ão. do Proj~to ~e Lei n.o 826-B, de 1975, qu.ea<'Jresc,en1Ja dLSlPOsttivo a COru3olid·aç3JO. das Leis do Trabalho apro­"ad~ .pelo De,creto-1ei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, proibindoa disperu;'a da. .gestante !lias condições que especifica.

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Quarta-feira 12 10823

12

PROJETO DE LEI N.o 301-C, DE 1983

Segunda discus~ão do Proje'tü ·de Lei n.o 301-C, de 1983, querevoga ,e aUera disposrtivos da Lei n.O 6.6,20, d'e 17 de dezembrode 1978. que define 'Os crimesoontra -a segurança nacional, esta­belece a sistemática ,para o seu processo e julgamento e dá outrasprovidências. (Do Sr. Jorge Ca.mne.)

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PROJETO DE DEI N.o 734-A, DE .HJI15

Primleira ,discllii4São do P,rod'8Jto CLe Lei n.O 734-A, de líl75, qrueordJa o F=do N·a.cionaJ de Bolsas. de Es,tudo UrnVlensLtário e de,Wr­mina outr,as provIdêruclas; .tendo p'amcell"es: da eorn.as.são de Cooo­ti.tmição e Jms,tlça, peJ.a injuridicidalde, cOll1ima os votos dos Srs. An­tônio Morimoto, GJ.everOOll TeiXJe,ina, Miro TeiXJeira, Ricardo FiúZJae, em s€Jl)a,rado, do Sr. Blota Júniür; da Oomissão de EdiLroll;Çãoe Cul,tUll'a, pela rejeição; e. da Comissão de Finanças, pe.1a .apro­vação. (Do Sr. Léo SimÔ8lS.)

14

PROJETO DE LEI rN.O 7M-A, DE ili9,75

lPrimeira discussão do Projoeto de Le,i n.O 764-éA" de 1975, quedispõe sohre a ,concess'ão de mei'a-entroadaa est'Ud,ll;l11les em cinem2.'le teatros; tendo ,pa.re,cel1Cs: da Comissão de Constituição e JiliSMça,pela consti,tucional1dade, juridicidJade e técnica legislativa; da 00­IrLissão de EcÜ!l1omJ,a, illdú.stria e Comércio, pela~:v,ação·; e, dacomissão de Educação e CuliJUm, pelia rejeição, oonitra os votosdos 8rs. Jutaihy MagaJ!hâJel'l, Da.y'1 de Almeida e, em s'erpiar.ado, doSr. Daso C<Jimbr·a. Rekutoíl": Sr. AIlIl!araJ Netto.

15

PROJETO DE LEI N.o 801-A, DE 1975

Primeira discussão do Projoeto 'de uei '11.° 801-A, de 1!175, queconl'lidera de utilidade públicH a "Associação dm' Aposentados daMarinha Me'rcanlJe", oom s'ede na cidade do RiO' ,de Joanei'ro, EslJadodn Rio de Janeiro; ,tendo paTf8üer, da Comissáro d'e C011l'ltituiçãoe Justiça, pela oonstitucionalidad'e, juridicidade e, no márito, pela.aprovação. (Do Sr. Léo Simões.)

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mOJETO DIE LEI N.o 846-B, DE 1975

iPrimeira discuss'ão do Projeto de Le-i n.o 846-B, de 1975, que,altera a :reCLação do ·art. 13 do Decreto-Iei n.O 1. 038. de 21 de outu­bro de 1969, que ",estaheIec,e normas relativas ,ao !mposto Únicosobre 'Mine,rals, e dá outras providênctas"; tendo· rpllJre0e'res da Co­missão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridici­dade e iJécnic,a legislativa; d·a Oomissão d'e Minas e' Enerrgia, 'PelaaJProv,ação; 'e, da Comissão de Economia. Indústria e 'Comércio pe­lia lliProvação, cont])a os votos dos SirI>. João Al'íl"uda, Antônio Carlos,Baulmo Cice'ro e José Haddad. 'Pareceres à !Emenda de Plenário:da Comissão de Constituição e JUstiça, pela constitucionalidade;da Comissião de- Minas e Energia. pela aprovação, com subemenua;e, da Oomissão de Economia, Indústria e Comércio, pel,a apr{)IVaçãocom adoção da s-ubemenda da Comi,<;são de 'Minas e Ene-rgia. (iDoSr. W,a1mor de Luca.)

cOll.llti'tucionalidade. juridicida,d'e e técnica. legislativa; da Comissãode Economia, Indús·tria e Comércio, peLa ap.rovação, contra osvotos dos 81'S. Ama,ra1 Furlan e João Ar'ruda; 'c. da Comissão. deFinanças, peLa rejeição, ·contra o voto lem se·pa1·à.do do Sr. FlorimCoutinno.

il9

PROJETO DE LEI N.o 1.075-A, DE 1975

Primeira discussão do PrOj'8'to de Lei n.O 1.075-A, d,e 197,5, quealt·era a redação do art. 2." da Lei n.O 4.266, de 3 de ·ou·tubro de196,3, que institui o salário-famHia dü tmbalhador, ·e dá outrasprovidências; tendo parece,re-s: da Comissão de Constituição e­Justiça, pela inoonstitucionalidad,e. contra os votos dos 8re. Lido­vmo Faníon, Nogueira da Gama, Joaquim Bevilacqua ·e, com "de­claracão CLe voto" dos 81'S. Luiz Henrique e Erasmo Ma'l'tins Pedro;da Comissão de Trabalho ,e- Legls'J.ação Social, pela 'aprovação,con'tra o voto do Sr. Vasco Neto; ,e-, da Comissão dia Finanças, pelaaprovação.

20

PROJETO DE LEI N.o 1.115-A, DE 197,5

Primeira discussão. do Proj,eto de Lei n.O 1.115-A, de 1975, queacres·centa dispo'sitivos à Lei n.O 6.138, de 8 de noOvembro de1974,que dispõe sobr·e a inspeção le· fiscalização do c-omárcio de fel'tili­zantes; 'tendo pa,recer,cs: da Comissão dc Com<tltuiçãoe Jus,tiça,pelacons-íitucionalidade e juridicida,de do Substitutivo apl'esentadopelo autor; da Comissão de Agricu1tura '8 Politica Rm'al, pelarej-eição; 'e, da Gomissão de Finanças, peloa aprovacão. (Do 81'.Nelson Marchezan.l - Relatores: Srs. Jarbas Vasconcelos e AntônioGomes.

21

PROJETO DE LEI N.o 1.270-A, DE 1975

Primeira discuss·ão do Projeto de Lei n.O 1.270-A, de 197·5. quedispõe s'obre a insti·tuição do prügrama oficial "A Voz do Brasil",pelas emiswrasde ,televisão,e dá oubras providências; tendo par,e­ceres: da Comissão d,e Cons,tituição e Jus,tiça, plEla cODistituciona­Hdade; da Comis·s·ão de comunicações', pela a,provação oom Subs­titutiv.o, com voto em separado do Sr. Jo-rge Paulo; ,e, da Comissãode Finanças, peIa apTOvação. com aüo·ção do SubS'tItutiv,o daComissão de Comunicações, com suhemenda.

22

PROJETO DE LEI N.o 1. 29n-A, DE 1975

Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 1.290-A, de 1975, queins,tit.ui limite mínimo para o valor das penSões vitaHcias e t,e-m­pÜ'ráriasa cargo do. IPA8E, '8 dá 'outras píl"ovidências; 'tendo pao1'e­C8Tes: da Comissão de ConstItuição e Justiça, pela cnnstit'Uci,ona­lidado e Juridicidade, contra os votos dos 81'S. B"ota Júnior. Dj.almaBe,ssa, Luiz Braz ,e, em separado, do Sr. Altair Chagas; da Comis'sãode Trahalho e Le.giS"lação SOcial, peIa a·provação, com emenda; e,da Comissão CLe Finanças, p,ela aprovação.

AvisosCÂMARA DOS DEPUTADOS

SECRETARIA GERAL DA f.,rnSARelação dos Deputados inscritos no Grande Expediente

Outubrol1983

DATA DIA DA 8EMANA NOME17

PROJETO DE LEI N.o 990-B, DE 1975

Primeira discussão do Proj·e'to de Lei n.O 990-B. de 1975, quedispõe sob1'e a preBcriçã,o nos proc·essos' 6tico-dic:'ciplinal'es, oontraprofissioOnais liberais, e dá outras. provIdências; tendo pare,ce,r daComissão (l'e Cons,tituição 'e JUlSotiça, p'8~a cons1titucionalidade, juri­dicid,ade, cüntira o voto ,do Sr. Ney Lopes, pclaaprova<;ão00memendas. PaI'eCoe'r a Emenda dre Plenário: da Comis~'ão. de Cons­tituição e Justiça, pela rejeição.

18

PROJETO DE DEI N.o 1. Oll-A. DE 1975

Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 1.0U-A, de- 1975, queinstitui ·a Semana da Poupança, 'e de't,ermina out,ras providências;'tendO' !pareeer.es: da Comis·são de COnB,tituição ,e Justiça, pl2la

13

14

Quinta-feira

Sexta-feira

14:0014:3015:00

9;3010:0010:3011;0011:30il2:0012:3013:00

Francisco B~njamim

Luiz He-l1'riquoeWilmar PaEs

Francisco AmaralCristino CôrtesGeovani BurgesEduardo Matarazzo SuplicyEvandro Ayres de MOUTa

Ivo VanderlindeJoão HerculinoVivaldo Frot~,

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10824 Quarta-feira 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

DATA DIA DA SEMANA NOME DATA DIA DA SEMANA NOME

Comparecimento do Sr. Ministro dasMinas e En-ergia, Dr. César Cals.

Lider

Vice-Lideres

Alcides FranclscatoAmaral NettoDjalma BessaEdison Lobãomóla JúniorJoaci! PereiraJorge ArbageRicardo FiuzaSiqueira CamposCelSO Barros

Horácio Ma,tosWilmar Palia

Sebastião Rodrigues Jr.Brabo de CarvalhoAdhemar Ghisi

14:0014:3015:00

14:0014:3015:00

l'Dl)

Neison Marchezan

(escala em Plenálio)

VICE-LíDERES

Nilson GibsonJosé LourençoFrancisco Benj amimAugusto FrancoJosé Carlos FonsecaSaramago PinheiroOtávio CesárioAdhemar GhislAugusto Trein

Quinta-feira

Segunda-feira7

3

ABSis CanutoDomingos JuvenilJorge M-edauar

José GenoinoEurico RIbeiroCristina Tavares

Ernani SatyroJorge VianaJoaci! PereiraRenato ViannaJosé MouraAbdias do NascimentoClarck PlatonJoão Baptista Fagundes

Lélio SouzaBrandão MonteiroIrajá Rodrigues

14:0014:3'015:00

14:0014:3015:00

9:3010:0010:301l:(}01l:3Q12:0012:3013:00

14:0014:3015:00

Quinta-feira

Sexta-feira

Quarta-f,eira

Segunda-feira

Terça-feira

19

21

18

20

17

24 Segunda-feira14:0014:3015:0Q

Sérgio LombaFarabulini JúniorJorge Camne

:!."-feiraSiqueira CamposFrancisco BenjamimNilson GibsonAdhemar GllLsl

25 Terça-feira14:0014:3015:00

Arildo Tel-esPlínio MartinsSérgin Cruz

Homenagem

3.a-feira

4."-feira

JOóé LourençoJoaci! PereiraGióia Júnior

Edison LobãoAmaral NettoJorge ArbageJosé Lourenço

26 Quarta-feira Homenagem ao Jornalista RobertoMarinho, Presidente das OrganizaçõesGlobo.

Djalma BessaRicardo FiúzaCc so Barros

27 Quinta-feira14:0014:3015:00

Aldo ArantesMarcond€s PereiraFrança Teixeira

6.a -fefraJo"ge Arbag-eSi ueira CamnosSe ramago Pinheiro

PMDB

28

31

Sexta-feira

Segunda-feira

9:3010:0010:3011:0011:3012:0012:3013:00

14:0014:3015:00

Salles LeiteFlávio BierrenbachTarcísio BuritiIbsen PinheiroNylton AlvesFloriceno PaixãoMário JurunaE1quisson Soares

Valmor GiavarinaWolney SiqueiraPedro Corrêa

Lider

Egídio Ferreira LimaSinval GuazeIllCardoso AlvesCarlos Sant'AnaChagas VasconcelosDel Bosco AmaralEpltácio CafeteiraHaroldo LimaLlliz HenriqueMarcelo CordeiroMárcio MacedoMário FrotaPaulo Marque.~

Freitas Nobre

VICE-LIDERES

Héllo DuqueHélio ManhãesIram SaraivaJoão HerculinoJorge MedauarJoão Herrma.nnJosé Carlos VasconcelosLélio SouzaRoberto FreireJuarez BatistaSebastião RodriguesWalmor de Luca

Inscrições automáticas para o mês de novembro, nos termos daResolução D.o 37, de 1979 Vice- LIderes (e8cala em Plená.rio)

DATA DIA DA SEMANA

14:001.0 Terça-feira 14:30

15:00

NOME

Júlio MartinsLuiz BaptistaFrancisco Ers-e

Jose Carlos VasconcelosEpitácJO CafeteiraJorge MedauarMirio FrotaJuarez Batista

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 12 10825

S.a-feir..

PMDB

Hélio DuqueJoão HerrmannIram SaraivaHélio ManhãesJoão Hercullno

X.A-feira

t.a-feira

>."·feira

(escala em Plenário)

Lider

Nadir RossetiSérgio Lomba.

vice-Lideres._---Z.a-feira

3."-feira

<l."-feira

5."-feira

6.a-feira

LIder

Celso Peçanha

Ricardo Ribeiro

Gasthone Righi

Vice-Lideres

Z.a-feira

3.II·feira

'l.a-feiro

5.a -feira

6.a-feira

Líder

EgídIo F~rrelra Llm:,Léllo SouzaSebas;ião RodriguilllMárcio MacedoH!lroldo Lima

Sinva] GuazzeJ.:iCardo.'lo Ah'e-sMarcelo CordeiroRoberto FreirePaulo Marques

Carlos Sant'AnnWalmor d-? LucaLuül HenrIqueDe] Bosco AmarllJChap:a& Vasconcelos

PDT

Bocayuva Cunha

VICE-LIDERES

Brandia MonteiroClemir RamOll

\ellcala em PlenarlOJ

Ivete Vargas

VICE-LíDERES

(escala e Plenário)

PT

Airton Soares

~."-ff>ira

CPIs

OPI - DÍVIDA BRA8ILE.:RA E FMI

Reunião: 13-10-83Hora: 9:30 hPauta: OomparecimEnto do Sr. ProfEssor Mário Henrique Si­

monslen.

CO:\USSClES Tí;CXICAS

COMISSÃO DE CONE:'J.'ITUIÇÃO E JUSTIÇA

ReunIões: 25, 26 e 27-10-83Hora: 9:30 h

Pauta: Simpósio sobre Parlamentarismo.

* * *

COMISSAO DE EDUCAÇAO E CULTURAReunião: 26-10-83Hora: 10::)0 hPauta: Comparecim3nto da Sr.a Prof.a Ecilda Ramos de Souza,

Diretora-Geral do Fundo Nacional (,] Desenvolvimento para Edu­cação, do Mi.n:s,ér'o da Educação e Cllltu,a.

• • •COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMO

Reuniões: de 28 a 21 e de 25 a 27-10-83Pauta: Ciclo de Debates "Panorama do Esporte Brasileiro"

• • •

COMISSÃO DE FINANÇAS

Reuniões: 13 e 14-10-83Hora: 10:00 h

Pauta: Reunião do Grupo de Ação Nacional Pró ReformaTributária constituído de Secretários de Faz08nda, Pr-esidentes deAssembléi~s,Senadores, Deputados e representantes municipalistas.

COMISSãO DO íNDIO

"A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA TRANSARAGUAIA"

Reunião: 18-10-83

Hora: 10:00 h

p~uta: Compareci.mento dos Srs. Dr. Renê Pompêo de Pina,Supecnntendente da SUDElCO, D. ElrWin KlamtIe·r, Bispo e P.resi­dente do CLM!, e João Javaé, Cacique da Aldeia BOTO VELHO.

Reunião: 25-10-83

Hora: 10:00 h

Pauta: Oomparecimento dos Srs. Dl'. Mauro Silva Reis, Presi­dente do IBDF. Dra. Maria Ter,eza Jorge Pádua, ex-Diretora doDepartamento de Parques do IBDF e João Javaé, Cacique da AldeiaBOTO VELHO.

VICE-LíDERES

Eduardo Matarazzo Suplicy

Irma Passoni

• * *COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIAL

Reuniões: 19 '8 20-10-83

Hora: 9:30 h

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10826 Quarta-feira 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Outubro de 1983 .:.:::.:::::::::..-:::o.::.:::..:~..:::.=-:.:... -=- .::.-~.:-.~ --'

Pauta: Audiência Pública para debater ·a política .salarial doGoverno, com a presença de representantes de sindicatos.

• • •COMISSAO DE TRANSPORTES

Reunião: 20-l{}-83

Hora: 10:00 h

Pauta: Compare'Cimento dQ Sr. Presidente da Rede FerroviáriaFederal S/A, Engenheiro C:lrlQs Aloysio Weber.. . .

Reuniões: 8 a 1()-1l-83

Pauta: "Seminário Sobre Transportes Rodoviários."

CONGRESSO NACIONAL

MATÉRIAS E:>I TRAMITAÇÃO

I - PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇAO1

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 15, DE 1982

Revoga a alinea a dQ ~ 3.° do artigo 147· da Constituicão daRepública Federativa do Brasil. tendü Parecer oral contrárlQ, pu­blicado no DCN de 5-8-82.

2

PROI'OSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 16, DE 1982

(Tramitando em conjunto com a de n.O 18, de 1982)

Altera o art. 25, "caput", da Constituição. modifkado pelasEmendrrs Constitucionais n.os 5 e 17, tendo Parec·er oral contrárioà Proposta e à de n.O 18/82, que com ela tmmita, puhIicllido noDCN de 5-8-82.

3

PROPOSTA DE EMENDA A CONST~TUIÇãO N.O 18. DE 1982(Tramitando em conjunto com a de n.O 116, de 1982)

Dá nova redaçáo ao caput do art. 25 da Constituição. tendoParecer oral cQntrário à Proposta e à de n.o 16/82. que com elatramita. publicado no DCN de 5-8-82.

4

PRO:?OSTA DE EME:JDA A CONSTITUIÇãO N.o 17, DE 1982

Acresc·enta item ao art. 112, nova Seçâo ao Capítulo VIII doTítulo l, e renumera os arts. 144 e 145, da Constituição Federal,tendo Parecer favonivf'l. EOb nO 57/22-CN, publicado no DCN de2-6-82.

5

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 19, DE 1982

Dá nova redação ao artigo 133 da Constituição Federal, tendoParecer favorável. sob nO 46/82-CN, publicado no DCN d·e 25-5-82.

6

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 20, DE 1982

Dá nova redação ao artigo 176, § 3.°, item VI, da ConstituiçãoFederal, tendo Parecer favorável, sob n.O 53/82-CN, publicado noDCN de 3-6-32.

7

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITurçAO N.o 21, DE 1982

Altera a redação do § 4.° do artigo 175 da Constituição Fe­deral. tendo Parecer favoráv-el. sob n.o 63/82-CN, publicado noDCN de 8-6-82.

8

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 22, DE 1982

Acrescenta parágrafo ao artigo 21 da Constituição Federal,.tendo Parecer favorável. sob TI.O 76/82-CN, publkado no DCN de'26-6-82.

9

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 23, DE 1982

Altera dispositivos da Constituição F·ederal.· tendo pare~r oralcontrário, publicado no De de 19-8-82.

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 24, DE 1982

Acrescenta parágrafo ao artigo 38 da Constituição Federaltendo Parecer favorável, sob n.O 71/82-0N, publicado no DCN de25-6-82.

11

PROPOSTA DE EMENDA A CO~STlTUIÇãO N.o 28, DE 1982

Revoga a alinea e do § 2.0 d-o artigo 156 e o artigo 162, alteraos artigos 165 e 166. e acrescenta artigo às Disposições Gerais eTransitórias da Constituição Federal, tendo Parecer oral contrário,publicado no DCN de 7-10-82.

12

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N° 29. DE Hl82

As6'egura a06 professoDes em geral - inclusive aos rurais -,dos Estados. do Distrito Federal. des T3rritórios e Municípios ven­cimentos não inferiores ao salário minimo regional. tendo Parecerfavorável, sob n.O 77/82-0N, publicado no DCN de 26-6-32.

13

PROP03TA DE EME"1'-IDA :A CONSTl'I'UIQAO N.O 31, DE 1982

Revoga a alinea d do ítem VIII do artigo 8.° e dá nova reda­ção ao § 8.° do art. 153 da Constituição Fed·eral, extinguindo acensura de diversões públicas, tendo parecer oral contrário, pu­blicado no DCN de 10-9-82.

14

PROPOSTA DE EME:I\"DA A CONSTITUIÇÃO N.o 32, DE 1982

Altera a redação do § 35 do art. 153 da Constituíção Federal,tendo Par·ecer oral contrário, publicado no DCN de 24-9-82.

15

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.O 34, DE 1982

Dá nova redação ao § 2.° do art. J13 da Constituição Fed€ral,tendo Parecer oral favorável, publicado no DCl\' de 24-9-82.

16

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 35. DE 1982

IrJBtitill a Justiça ·Comercial, tendo Parecer oral contrário, pu­blicado no DCN de 10-3-82.

1'7

PROPOSTA DE EMENDA A CON-STITUIÇAO !'Lo 36, DE 1982

Altera redação do ~ 2° do art. 99, tendo Parecer oral favorávelpublicado no DCN de 8-10-82. '

18

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N.o 37. DE 1982

Altera disposItivos da Constituição Federal, referentes ao or­çamento da União e dá outras providências tendo Parecer oralcontrário, publicado no DCN dt! 14-10-82. .

19

PROPOSiI'A DE EMENDiA A CONSTITUIÇãO N.o 38, DE 19&2

Aoresoenta 'P3JTágrafoo ao lllTtigo 152 da ConSltituiçáo. tendoParecer oral. contrário, publicado no DCN de 10-3-83.

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Quarta-feira 12 10827

20

PROPOSII'A DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 39, DE 1!f82

Altera a s,eção do texto -eomtitucional mf'ecroente ao Minis'térioPúbl1co, tendo Fa.reoor oral corutrálrio, ,pub!.i.cado no DCN de 11-3-83.

21

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 40, DE 1B82

Determma que um terço dos memhro8 dos Tribunais d'e Con­tas ·sejam nome-adoo mediante 'l:l'révta apfOov;ação ·em concurso pl\Í­bHoo, tendo Parecer contrá,riG, sob n.a 101l82-CN publicado nGDCN de 10-8-82.

22

PROPOSTA DE EMENDA A OONSTITrIÇAO N.o 42 DE 1382(Tramitando iffil -conjunto -com a de n.o &9, de 19821

AlJtera o CaprtuJ.o VII do Til:iulo Ie o Titulo V, para in.troduzi.ro l1egiInede Gov;erno Parlamentar, tendo Pareoeres, sob n.O 95/82­00, publicado no DCN de 3-9-82 contrário à PTOpos'ta e à d·en.O41/82, que eom ela tramitou, € oraJ., publicado 'no DCN de 17-3-83,OOl1trá;rio à Pcr'oposta e à de n.O 59/82 que com ela t,ramita.

23

PROPOSTA DE EMiElNDA A CONSTITUIÇAO N.o 59, DE HJ82(Tramitando -em conjunto eom a <l!e n.O 42, d'e 1982

InSititui o ststema Parlamentar de Gover·no tendo Parec'er oral,publioarlo no DCN de 17-3-83, contrário à Proipoota e à de n.O42/82que com. ella tramita.

24

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 43, DE 1982

Altera a redação do ·art. 142 da Conetituição Fe{l,eral, tendoParecer oral favorá'V1el, I>UJblicado no DCN de 17-3-83.

35

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 44, DE 1982

Altera o 'art. 184 da Constituição tendo P:weoor favo-ráv;el, sobD.o lD2/82-DN, ip'ubliOlUlo no nCN de 15-!l-32.

26

PROPOSTA DE EIMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 45 DE 1982

Determina que aiS modiHcaçõe's introduzidas, duranÍle runaLegisla,tura, na l,egislação ,eleitoral, somente ,poss.am vigora,r a partlirda JegiBJatura subs1eqüent.e, tendo PareceT oral cont.r:kio, puhlicadono DCN de 18-3-83.

27PROPOSTA DE EMNNDA A CONSTITUIÇAO N.O 4ü, DE 1982

Acre'scenta ~ 5.° ao' art. 15 da Constituição Fed·elral tendoParecer oralconhário, publicado no DCN de 23-3-83.

28PiROPOOTA DE EMIElNDA A CONSTITUIÇãO N.O 47 DE 1982

Altera a redaçãD do § 11 do art. 153 da Constituição Federal,!lendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 23-3-83.

29

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 48, DE 1982

Dispõe sobre a a.pocs1entadoria dosslel'Vidores policiais sob oregime estatutário e da Consol.idaçãoo da.s Leis. do TrabaJho aosvinte e cinco anos de seorvico aerescentaondo dlZ>8l'es ao IKt. lG5do texto eom;titucional no l;lBU' item XX, tendo Parece'r favorá·'iel.sob n,o 105/82-0N, publicado no nCN de 30-9-82.

39

PROP06TA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 49, DE 1982

Dá nova redação ao § 4.°. aoreooenta pa,rágrato e renUíll1€'raos atuais §§ 5.0 e 6.0 do Mt. 144 da COThS·tituição Fede,ra!, dfusrpondosobre 00 vencimentos da ma;gll>trwtura, tendo Parecer oral contrá­rio, publicMo no DCN de 24-3-83.

31

PROPOSTA DE ElMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 50, DE 1932

Revo,ga a alínea "c" do parágrafo único do artigo 30 do. CO:lS­tituição Fede·ral, tendo Parecer favorável sob n.O 106/32-CN, pu­blicado no nCN de 2-10-82.

32

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.O 51, DE 1982

Institui a Justiça Rur.al. tendo Parecer favorável, sob númeroI07/82-CN. publica.do no DCN de 7-10-82.

33

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 52, DE 1982

Dá nova r,ed,ação ao art. 101 da cons..ituição Federal, tendoParecer favOorável, sob n.o 1C8/82-CN, publicado no DCN de 7-10-82.

34,

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 53, DE 1982

Re.stabe-Iec·e a redação que a alinea d do § 1.0 do art. 144tinha ant.eriormente à Emenda n.o 7, de 1977, para o fim de de­vo'ver à Justiça Comum a competência para processar e julgarmilItares pela prática de crimes de natureza cIvil t8'ndo Pareceroral contrário, publicado no DCN cc·e 7-4-83.

35

PROPOSTA DE EMENDA A OONSTITUIÇAO N.o 54, DE 19812

Al~ra o art. 1&3, § 10, da Constituição Fede·ral, tendo Parecerfavmáyel, sob n.O 110/82-0N, publicado no DCN de 20-10-82.

36

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° 55. DE 1982

Altera os caput dos artigos 95 e 9i3 da Constituição Federal,tendo Parecer 0·ra1 contrário publicado no DCN de 8-4-83.

37

PROPOSTA DE E10IENDA A CONSTITUIÇAO N.o 56, DE 1982

Dispõe sobl'e 'a eSI.,abllidade dos servidores da União, dos Es­tados e dos Municiplo.s, da administração direta ou indireta, queà· data da promulgação d,est.a Emenda já t,enham cinco ou maisanoo de serviço, contínuos ou não, tendo Parecer oral favorável,publicado no DCN de 22-4-83.

38

PROPOSTA DE EMENDA A CON8TITUIÇAO N.O 57, DE 1982

Altem o art. 184 da Constituicáo Federal tendo Parecer oralcontrário, publicado no DCN de 29-.4-83.

39PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 58, DE 1982

Altera a redação dos artigos 19, 21 e 23 da Constituição F\e­d·eral tendo Parecer oral favorável, publicado no nCN de 5-5-83.

40

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.O 60, DE 1982

Dá nova redação ao § 3.0 do ar~. 97 da Constituição Federal,tendo Parece·r oral favorável, publicado no DCN de 5-5-83.

41

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 61, DE 1982

Altera a alíruea d do item IH do art. 19 da Constituição Fe­deral. vedando a instituição de imposto sobre a tinta preta des­tinada à impr,essão do livrG, do jornal e dooS periódicos, tendoParecer oral contrário publicado no DCN de 6-5-83.

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10828 Quarta-feira 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

42

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 62, DE 1982

Alt.era a r,edação do inciso I do art. 165 da Constituição Fe­deral, t'8ndo Parecer oral favorável, publicado no DCN de 6-5-83.

43

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTlTUIÇAO N.O 63, DE 1982(Trami'ando em conjunto com a de n.O 1, de 1983)

Restabelece a eleição dire,ta para Prefeito ,e Vice-Prefeito dasCapitais dos Estados, tendo Parecer oral, publicado no DCN de12-5-83, favorável nos termos de Substitutivo que oferece e pelaprejudicialidade da Proposta n.O 1/83 que com ela tramita e daEmenda n.O 1.

44

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 1, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 63, de 1982)

Altera a redação do § 1.0 do art. 15 da Constituição Federale acrescen a § 6.° aQ mesmo artigo, tendo Parecer oral pela pre­judicialidad'8, em virtude do Substitutivo apresentado à PropostaTI.o 63/82 que com ela tramita publicado no DCN de 12-5-83.

45

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 2. DE 1983(Tramitando em conjunto com a OJe n.O 4, de 1983)

Al~er,a o artigo 98 da Constitui:;ão Federal, tendo Parecer sobn.O 55/83-CN, publiDado no DCN de 14-5-83, pe1a. aprovação daProposta e pelo ::rquivamento, por prejudicada, da de n.O 4/83.que com ela tranuta.

46

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 4, DE 1983(Tramitando em conjunto c,om a de n.O 2, de 1983)

Dispõe sobre os reajustes dos vencimentos dos funcionáriospúblicos, tendo Parecer sob n.o 55/83-CN, publicado no DCN de14-5-83, pelo arquivamento, por prejudicada, em virtude da apro­vação da Proposta n.o 2/83 que com ela tramita.

47PROPOSTA DE EMENDA A 'iONSTITUIÇAO N.O 3, DE 1983

Dá nova redação ao art. 15, § 3.°, alínea "f", e ao art. 177, § 1.0,da Constituição Federal, t-endo Parecer favorável sob n.o 30/83-CN,publicado no DCN de 19-4-83.

48

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 5, DE 1983(Tramitando em conjunto, com as de n.O' 6, 8 e 20, de 1983)

Dispõe sobre a eleição direta para Presidente e Vice-President2da República.

Comissão Mista

Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidenb: Senador Gabriel HermesRelator: Deputado Ernani Satyro

49

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 6, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.a• 5, 8 e 20, de 1983)

Revoga o parágrafo único do art. 148 de texto constitucional.

50

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 8, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o• 5, 6 e 20, de 1983)

Estabelece o sistema proporcional para a eleição da totalidadedos membros da Câmara das Deputados a das Assembléias Legis~

lativM.

51

PROPOSTA DE EMENDA A GONSTITUIÇAO N.o 20, DE 1983(Tramitando em conjunto com. as de n.O' 5, 6 e 8, de 1983)

Estabelece que o Presidente da República será eleito, em pleitodireto, pela maioria absoluta dos votos válidos.

52PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 7, DE 1983

Revoga os §§ 5.° e 6.° do art. 152 da vigente Constituição daRepública Federativa do Brasil.

Comissão Mista

Presid,ente: Deputado Elquisson SOaresVice-pre·s:den-e: Deputado Osvaldo MeloRelator: Senador Odacir Soares

53PROPOSTA DE E""lENDA À GONSTITUIÇAO N.o 9, DE 19,83

Alt2ra o item II do art. 176 da Constituição Federal.

Comissão Mista

Presidente: Senador Gastão MüllerVice-Pr-esidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Oly Fachin

54PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O la, DE 1983

Acrescenta item ao art.. 160 da Constituição Federal, tendoParecer favoráve.J sob n.o 66/83-GN, publicado no nCN de 18-6-83.

55PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 11, DE 1983

Dispõe sobre a transformação do Congresso Nacional em PoderG~nstituinte. de 1.0 de jan"iro de 198-5 a 30 de janeiro de 1987.

Comissão Mista

Pres:dente: Senador Fernando Henrique CardosoVice-Pr-esidente: Senador Odacir SoaresRelator: Deputado Francisco Benjamim

56

PROPOSTA DE EMENDA À GONSTITUIÇAO N.o 12, DE 1983

Dispõe sobre a alteração do art. 217 da Constituição da Repú­blica Federativa do Brasil, tendo Parecer favorável, sob D.o108/83-GN, publicado no DCN de 28-9-83.

57

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 13, DE 1983

Acrescenta dispositivo à Constituição, tendo Parecer favorávelsob n.O 69/83-CN, publicado no DCN de 2-8-83.

58

PRO?OSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.O 14, DE 1983

Estabelece ,a obrigatoriedade de aplicação, pela União, de per­centual mínimo de sua receita tributária na manutenção e desen­volvimento do ensino 'destinando-se paroela aos Estados, DistritoFedera.l e Municipios' para combate ao analfabetismo, medianteconvênio, tendo Parecer favorável sob n.O 72/83-ÇN, publicado noDCN de 10-8-83.

59

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 15, DE 1983(Tramitação em conjunto com a de n,o 16, de 1933)

Revoga os dispositivos que restringem .a autonomia dos muni­ciplos brasileiros e dá nov'a organização p0l.!tica ao 'Dis~l'ito Federal,tendo 'Par-ecer, sob n.O 95, de 1983-CN, publlcado no DCN .:ie 6-~-8~,pela aprovação do art. 1.0 e rejeição do restante, e ,:peje, preJudi­cialidade da Proposta de n.o 16/83, que com ela traUl1r.a.

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Quarta-feira \2 10829

tiO

PR.OPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 16, DE 1983'Tramitando em conjunw com a de n.O 15, de 1933)

R.e:;tabelece eleic;ões diretas para prefeitos dos municipios quee:<pcciflca, cria a representac;ão política do Distrito Federal e dáoutras providências, tendo Parecer, sob n,o 95, de 1933-CN, publi­cado no DCN de 6-9-33, pela prejudicialidade, em virtude da apro­vação, em parte, da Proposta de n.O 15/83, que com ela tramita.

61

P:;:tOPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N,o 17, DE 1983

Acrescenta à.s Disposições Transitórias para introduzir o regi­me de governo parlamentar.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jorge ViannaVice-Presidente: Deputado Celso BarrosR.elator: Senador Jorge Bornhausen

1;2

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N,o 13, DE 1933

Altera os arts. 4.°, item II e o art. 5.° da Constituição Federal,tendo Parecer favorável, sob n.o 93/33-CN, publicado no DCN de3-9-83.

63

PR.OPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 19, DE 1933

Estende aos Deputados Estaduais e aos Vereadores a inviola­bilidade no exercicio do mandato.

Comissão Mista

Presidente: Deputado .João BaswsVice-Presidente: Deputado Guido MoeschRelawr: Senador João Lobo

64

PR.OPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 21, DE 1983

Incorpora ao texw constitucional a Declaração Universal dosDireiws Humanos, aprovada pela ONU, tendo parecer favorável,sob n.O 90j33-CN, publicado no DCN de 31-8-83.

65

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 22, DE 1983(Tramitando ,em conjunto com as de n.1X> 23, 33, 39 e 40, de 1983

Altera dispositivos da Constituição Federal.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Har,ry AmorimVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelawr: Senador Passos Pôrto

66

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 23, DE 1983(TramitandD em conjunto'comas de n.os 22,38,39 e 40, de 1983)

A'tera a redação do § 8.° do al1t. 23; dá nova redação ao art. 26e seus itens; e suprime o art. 2,° da Emenda ConstituciDnal n.o 17,de 1980.

67

PROPOSTA DE EMEiNDA A CONSTITUIÇÃO N.o 33, DE 1983<Tramitando em conjunw com as de n.OS 22, 23, 39 e 40, de 1983)

Altel.'a a redação dos arts. 19, 21, 23, 25, 26, 110 e 111 da Cons­tituição Federal.

68

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 39, úE 1983(Tramitando em conjunw com as de n.OS 22, 23, 38 e 40, de 1983)

Altera e acrescenta dispositivos à Constituição Federal.

69

R.'ZOPOSTA DE EMElo.'DA A CONSTITUIÇãO N.o 40 DE 1983(Tramitando em conjunto com a.g de n.os 22, 23, 38 e 39, dJc 1983)

Alter'a e acrescenta di"~o.sitivos à Constituição Fe,Q·sral.

70

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N° 21. DE 1",83

Esta,beiece a obl'igatori,edade ,de aplicação anual, pela Unleto,de nunca menos de treZle por cento, e, pelos E,·ta.àos, Di.3tri~o F·e­d.eral e Municípios, de, no mínimo, vint.e e cinco por cento darenda rCiSultante dOiS impoiStoiS na maonutenção te does,envolvimenwdo emino.

Comissão Mista

Pl'esi,d.ente: Socnoador Gastão MüllerVice-Presid·ent.e: Senado:r Jutahy Maga!hãe"RelatJ·r: De'puta.do Sa;·vado-r Julianelll

71

PROPOSTA ])(E EMENDA À CO~STITUIÇãO N,o 2') DE 1983

Acre.scenta dispositivo ao art. 102 d'a C:mstltuição Federal. ten­do parec€l' favorável, sob D.O 107j83-CN, publicado no DCN de23-9-33.

72

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 26, DE 1983

Devolve à Justiça Comum a comp.etência para procNs,a.r ejulgar os integrantes das (Polícias Militar·es e O:11pO d·e BJmbeiro;p,ela prática de crimes de natureza civil.

Comissão Mista

PretSidente: Senador Hélio GueirosVice-Preside·nte: Senador João Oa,st·e'oRelawr: Deputado Maç'ao TaeJ,a·no

73

PR.OP02TA DE E:MENDA A CO~STITUIÇAO N.o 27, DE 1iJ83

Ext:rpa do t.extG constitucional 0., dis;positivo,5 qu.e v"rm~tem

ao Pode·r Ex€cutivo a expedição de ,decr,etos-Ieis.

Comissã.o MilitaPl'esident,e: Deputado Dal'cy PassosVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Ma·rconde.s Gadelha

'74

PROPOSTA DE EMENDtA A CONSTITUIÇÃO N.o 28, DE 1983

Dá nova redação ao § 1° do art. 104 da Constituiçã{), facul­tando ao parlamentar a opção entre os rendimentos da parte fixados subsídi(J,s e os relativOiS ,ao emprego, cargo ou função.

Comissão MistaPresidente: Senador Alfredo CamposVice-Presidente Senador Lomanw JúniorRelawr: Deputado Pedro Ceolim

75

PR.OPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 29, DE 1983(Tramitando em conjunw com a de n.o 36, de 1983)

Introduz alteraGões no art. 60 da Constituição Federal, insti­tuindo o critério de regionalização na lei orçamentária anual daUnião.

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10830 Quarta-feira 12 DIÁRIODO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

Comissão Mista

Pre.oJ.dente: Deputado Antônio CâmaraVice-Presidente: Deputado Leur LomantoRelator Sen!!cClor joão Lobo

76

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITurÇ1í.O N.o 36" DE 1933(Tramitando em conjunto com a de n.O 29, de 1983)

Introduz alteração na Constituição Federal, na parte relativaao Orçamento, visando reg'onalizar a fixação da despesa orça­mentária.

77PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 30, DE 1983

Acrescenta parágrafo único ao art. 84 da Constituição, dis­ponco sobre a escoiha de Ministros de Estado.

Comissão Mista

Presidente: Senador Fernando Henrique CardosoVlice-Presidente: Senador,a Eunice MichHesReiator: Deputado Celso Barros

78

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇ1í.O N.O 31, DE 1983

Acrescenta dif,positivo às disposições transitór:as da Consti­tuição , de mod.o a tornar inapli~áveis aos detentores de mandatoslegislativos, pelo ,prazo que menciona, os dispoB'itivüs concernentesà fidelid1l,de partidária.

Comislião Mista

Presidente: Djalma FalcãoVice-iPresicente: DClputado Gonzaga Va.sconcelosRelator: Senador Marcondes Gad,elha

79

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 32, DE 1983(Tl1amitando em conjunto com a ete n.o 37,de 1933)

Dispõe sobre progr,amas de combate à seca do Nordeste.

Comissão Mista

Pres~dente: Sen3Jdor Alberto SHvaVice-Presidente: SenadGr Jorge KaIum·eRelatO[': Deputadó Christovam Chiwradia

80

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇ1í.O N.o 37, DE 1983(T.r:3Jrllitando em conjunto com a de n.O 3{!, de 1983)

Res:,ahelece ,a destinação constitucional CIO três pOQ' cento eLarend'a tributária na execução eLo pIano de defesa contra os efeitosda seca do Nord.este.

81

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 33, DE 1983

Altera a roo.ação do § 5.° do art. 152 da cons,tituição Fedem!.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Melo Fl'€ireVice-PresidJen.te: Deputado Bayma JúniorRelator: senador Martins Filho

82

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.O 34, DE 1983

Dá nova redacão ,a aline,a a co parágrafo único do art. 151 daConstituição F1edei:al.

Comissão Mista

Presidente: Senado'r Málrio MaiaVic'e-,Presidente: Senador carloo AlbertoRelator: DeputadO Gomes da Sil,va

Até 30-9-83 - Apvesentação de emendas perante a Comissão.

83

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 35, DE 1983

Düpãe que a nomeação dos Governadoves dos TeI'ritórío.s de­verá ser feita a pa.rtk de indicação peIoB Deputados F,"'der·ais dorespectivo Te'rritário.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Olavo Pir,esVice-Presidente: Deputado Adhemar GhisiRelator: Senad.or João Oastelo

Até 30-9-83 - Apresentação de emendas perante a Comi,ssão.

II - PROJETO DE RESOLUÇÃO

84

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.o 1, DE 1932-CN

Delega pod'eres ao Presid.en.t,e da República par,a elaboll'açãode lei criando a Secret,ada Especial para Assunto,s da RegiãoAmazônica - SEARA. (Oriundo da PwpoBt,a de De~,egação Leg-i,3­lativa n.O 7, de '1980, que tramitou em conjunto com as de n.os 4e 5 de 198D - PaDecer n.o 7/82-CN. publicado no DCN de 23-3-821.

IH - PROPOSTAS DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA

85

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 4. DE 1979

"Propõe d,eleg1ação de pod,eres ao Presidente da Re,pública paraelaboração ,d,e lei, criando o Mini,tério da producii.o Animal, edeterminando outras providências."

Comissi!o Mista

Presidente: Deput3Jdo Geraldo Fl,emingVic'o-Presidente: Deputado Fl'a.nci3CJ Ben,iamimRelator: Se.nador Benedito Oanela.>

86

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGI~LATIVA N° 5. DE 197)

'Propõe delegaçiio de poderes ao Presi.d'ellte da República paraelaboração de lei di5pondosobre o de.sc'obr-amento do Minist~ri<.J

das Mina,s e Energia em Ministério das Minas e Ministério deEnergia."

Comissão Mista

PresIdente: Senado'r Itamar FrancoVice-Presidente: Sena,dor Almir PintoRelator: De>putado Fe,rnando Cunha

87

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 6. DE 1979(Tramitando em ,conjunto com as de n.os 7 e 8, de 19791

"Propõe dellegação d,e podeves ao 'Presidente da República paraelaboraçao de lei. criando o Ministério da FamíJi.a e do Menor."

Comissão Mi5ta

Presidente: Deputada Júnia MariseVic2-Presidente: Deput,ado Leur LomantoRelatm: 8-ena.dQr Almir Pinto

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Quarta-feira 12 10831DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I),_---.:--.:.--.:.._------_.....:...--.:.-:.::.:.=....::=-.:=· Outubro de 1983

88

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISl,ATIVA N.o 7, DE 1979(Tramitando em conjunto com as de n.os 6 e 8, d'e 1979)

"Propõe de1eg'ação de poderes ao Pre.sid,ente da República paraelaboração de lei, dispondo sobr,e a criação do Ministério da Mulhere da Criança."

92

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA H.o 1, DE 1982

''Propõe delegação de pod,eres ao Pre,sidente da República paraelfllbo,J)a.ção de lei dispondo sobre a crtação do Ministério do Abas­tecim€nto."

Comissão Mista

89

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIV,A N.o 8, DE 1979(Tramitando em conjunto com as de n.os 6 ,e 7, de 1979)

"Propõe d,elegação de pnd.el'el3 ao Proe.sidente <la República paraelaboração de lei criando o Minwtério doa Famí11a e do Menor."

Presidente: Del2utado Oswaldo Lima FilhoVice-Presid,ente: DeputadO Júlio MartinsRel,atou': Senador Lenoir vargas

IV - PROJETOS DE LEI

90

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 3, DE 1980

"Propõe deIegaçâQ de poderes .ao Pre,sij,ente da Repúblic1a paracriação do Ministério dG Desenvolvimento do Nordeste, e dá outrasprovidências."

93

PROJETO DE LEI N.o 7, DE 1983-CN

Aprova o Orçamento Piurianual de Investimentos para o triênio1984/1986. (Mensagem n.o 106/83-CN.)

Comissão Mista

Presidente: Senador Alberto SilvaVice-Presidente: Sentador Murilo Bad,aróRelatOtT: Deiputado Nelson Morro

91

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.O 6, DE 1980

"propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelabol"aç80 de lei dispondo oobre ,a !'e.estruturação do& Mini,s,tériooda Saúde e da Pr'evidência e Assistência .social."

Comissão Mista de Orçamento

Pre&i.dente: Senador Saldanha DerziVice-Presidente: Deputado João Alves

94

PROJETO DE LEI N.o 3, DE 1983-CN

Estima a Receita e fixa a Despesa da União para o exercíciofinanceiro de 1984. (Mensagem n.o 107/83-CN.l

Comissão Mista

President.e: Senador Alvaro DiasVIce-Presidente: S,enado'r Almir PintoRelator: DEl1uta,do Mauro Sampaio

Comissão Mista de Orçamento

Presidente: SBnador Sald'8.nha DerziVice-PT~deIJJte: Deputa;do João Alves

Relatores e Relatores Su~titutos dos Anexos, Subanex05, órgãos e Partes .dos Projetos de Ui n.ca 7 de1983-CN, que aprova o Orçamento Plurianual de Investimentos para o triênio 1984/1986, e 8 de 1983-C:N' 'queestima 'a R.eeeita e rixa a Despesa da União para o exerc:cio financeiro de 1984, ' ,

SENADORES

ANEXOS, óRGÃOS E PARTES RELATORES SUBSTITOTü8

1 - Senado Federal

2 - Receita e texto da Lei

3 - Presidência da República

4 - Agricultura

5 - Comunicações

6 - Educação

7 - Exército8 - Fazenda

9 - Justiça10 - Minas e Energia

11 - Previdência Sodal

12 - Saúde13 - Trabalho

H - Transferências

15 - Reserva de contingência

Gastão Müller

José Lins

Lourival Baptista

João Castelo

Enéas Faria

Octávio Cardoso

Amaral Peixoto

Jorge Kalume

José FrageIll

Guilherme Palmeira

Itamar Franco

Mário Maia

Hélio Gueiros

Jutahy Magalhães

Gabriel Hermes

Hélio Gueiros

Almir Pinto

Amaral Peixoto

Jorge Bornhausen

Már:o Maia

João Calmon

Almir Pinto

Marcondes GadelhaItamar Franco

Almir Pinto

José FrageIli

Gastã.o Müller

Enéas Faria

LOurival Baptista

'Jorge Bornhausen

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10832 Quarta-feira 12 -DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

DEPUTADOS

Outubro de 198:

ANEXOS, óRQ-AOS E PARTES

1 - Câmara dos Deputados2 - Tribunal de Oontas3 - Poder Judiciário4 - Aeronáutica5 - Indústria e Comércio6 - InteriiJ'l' - Projeto Rondon - FUNAI

- 8UDAM7 - Interior - Parte Geral - SUDElCO ­

SUDENE - DNOCS ~ DNOS8 - Interior - SUDESUL - OODEVASF9 ~ Interior - Territórios - SUFRAMA

10 - Marinha11 - Relações Exteriores12 - Transportes - Parte GeraI

PORTOBRAS - EBTU - Empresa deNavegação do AmazonaB SIA

13 - Transportes - GEIPOT - Cia. de Na­vegação do São Francisco - Semçode Navegação da Bacia do Prata

14 - Transportes - DNER e RFF15 - ll:ncargos Gerais - Encargos Finan­

ceiros .,- Encargos Previdenciários daUnião

RELATORES

Airton SandovalAmadeu GearaAugusto TreinJoão AgripinoMilton Figuziredo

Manoel Ribeiro

Milton BrandãoNilton AlvesMauro SampaioSiegfried HeuserWilson Falcão

Maluly Neto

Harry AmorimJutahy Júnior

João Alves

SUBSTITUTOS

Carlos VinagreCarlos PeçanhaNilson GibsonEduardo Matarazzo SuplicyFernando Carvalho

Antônio Gollles

Ossian AraripeAntônio CâmaraFernando CollorWagner LagoUbaldo Barém

Osvaldo Melo

Moy~és PimentelOZanan Coelho

Darcilio Ayres

95

PROJETO DE LEI N.o 10, DE 1983-CN

Fixa os efetivoo da Força Aérea Brasileka em tempos de paze dá outras providências. (Mensagem n.O 117/83-CN.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Genésio de BarrosVice-Presidente: Deputado Maçao TadanoRelator: Senador Jutahy Magaihães

Prazo (Const., art. 51, § 2.0 ) - até 31-10-83

96

PROJETO DE LEI N.o 11, DE 1983-CN

Fixa os efetivos dos Oficiais da Marinha em tempo d.e paz edá outra., providências. (Mensagem n.o 119/83-CN.)

Comissão Mista

Pre&idente: Senador Gastão MüllerVice-Presidente: Senador João LúcioRela:X>r: Deputado Francisco Erse

Prazo (Const., ar-to 51, ~ 2.0 ) - até 7-11-83.

97

PROJEI'O DE LEI.N.o 12, DE 1983-CN

Dá nova redação a dispositivos da Lei n.o 5.983, de 12 de de­zembro de 1973, que alterou o Decreto-lei n.O 610, de 4 de junhode 1969, que criou OIS Quadros Complementares de Oficiais da Ma­rinha. (Meneagem n.O 120/83-CN>

Comissão Mista

Pre.side,nte:· Deputado Gel1a1do ~eming

Vice-Presidente: Deputado Osmar LeitãoRelator: Senador AmM"al Peixoto

Até 6-10-83 - Apresentação deeel11endas perante a Comissão.Prazo (Const., art. 51, § 2.0 ) - até 7-11-83.

98

PROJETO DE LEI N.o 13, DE 1983-CN

"Altera o Decreto-lei n.O 1.537, de 13 de abril d,e 1977, e dáontl."a:& providências." (MenlSagem n.o 354, d-c 1983, na origem ­n.O 121, de 1983-CN.)

Comissão Mista

Presidente: Senador Álvaro Dia.:;Vice-Pre.sidente: Senador Claudionor RorizRelator: Deputado Paulo Guerra

Até 13-10-83 - Apre.sentação das eme·ndas, perante à Co­missão;

Prazo: até 14-11-83. (Gonst.. art. 51, § 2.0)

99

PROJETO DE LEI N.o H, DE 1983-CN

"ProlTOga a vigência do EmprélStimo Compulsório instituídoem favor das Centmis Elétricas BrasHeiras S.A. - ELETROBRAs,e dá outras providências". (Mensagem n.O 122/83-CN; na origem- n.o 357/83-CNJ

Comissão Mista

Presidente: Deputado Marcos LimaVice-Presidente: Deputado Horácio MatosRelator: Senador Marcondes Gadelha

Até 13-10-83 - Apresentoação das emendas, perante à Co­missão;

Prazo: até 14-11-83. (Const., art. 51, § 2.0 )

100

PROJETO DE LEI N.o 15, DE 1983-eN

"Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Ministério da Saúdeo Crédi,to especial a·té o limite d·e Cr$ 2.814.666.000.00 para o fimqUe especifica. (Mensagem n.O 361, na orig.em - Mensagem nO123/83-GN.)

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.Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Quarta-reira 12 \0833

Comissão Mista

Presidente: 'Senador Mário MaiaVic·e-Presidente: Senadora !ris OéliaRel!l!tor: Derputado Ludg·ero Raulino

Calendário

Até 20-10-83 - Apresentação das rem,endas, perante à Co­misSão;

~zo -- !l!té 18-11-83.

V -MENSAGENS REFERENTES A DECRETOS-LEIS

101

MENSAGEM N.o 83, DE 1983-0N

Submete ·à deliberação do Congresoo Nacional o texto do De­creto-Lei n.O 2.. 033, de 1,5 de junho de 1983, que disrpensa do examede similaridade bens já importados paor,a eX!ecução de :projetos wpro­vados pela SUDENE ou >pela SUDAIM, e dá outras providências.

Projeto de Decreto Legis.lativo n.o 79, de l'9'83-0N ~ Parecern.o 82/83-0N, publicado no DCN de 19-8-83.

Em regime de urgênci:a., nos termos do § 1.0 in fine, do art.55 da 0on5tituição.

102

MENSAGEM N.o 86, DE 1983-0N

Submete à deliberaç'ão do Congresso Nacional o teX!to do De­oreto-lei n.O 2.03.5, de 21 de jun!ho de 1983, que altera o § 2.° doart. 3.° do Dee.reto-}ei n.O 1.80l, de 18 de a.gosto de 1900, e dáoutras providências.

Projeto de Decreto Legislativo n.O 82, de 1983-CN - P~1f

n.o 84/83-0N, publicado no nCN de 26-8-83.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - !l!té 3-10-83.

103

MENSAGEM N,0 87, DE 1983-oN

SUbmete à deliberação do Congrcsoo Nacional o temo do De­creto-liei n.o 2.036, de 28 de junho de H1'83, que estrubeleoe limitede l"emuI1Jera~ãomeooal para os servidol"oo, empregados e d/Lrigi8fil­tB9 da AdmIDdostração Pública Di.reta e Awtárquic.a da União e dasit'.especti'Vas €i!lItidaàes e5tllitais, !bem como paora os do Di~tri'to Fe­der,al e dos Te.rdtórios, e dá oUJtras lPl"ovidências.

Proj·eto de Decreto LegisIativo n.o 84, de 1983-00 - Pax€cern.O 86/83-QN, publicadQ no DCN de 26-8.,83.

Prazo (Omst., al'lt. 55, § 1.0) - até 6-10-83.

104

MENSAGElM N.o 91, DE 1983-CN

SUbmete lã dielibero~ do Cong:resro N'aciO'Ilal o ueJcto do ve­e1"eto-1Je~ n.O2.039', de 29 de junho de 1983, que altera a sWstemáJtIcade cálculo da correção moDJetáJ:ia incldentJe robl"e as OOIlJtribuiçôesde ;p.revidêrteia sociaJ. não pagas, estabelecida no Decreto-!ei n.o1.816, de 10 de de2l8mbro de 19~.

Projleto de Decreto Legislativo n.o 83, de 19'83-0N - Baireeelrn.O 85/83-0N, !publi~ado no DCN de 2-6-8-83.

Prazo (CoUSlt., ·rurt. 55, § 1.0) - até 10-10-83.

105

,MililNISAG:EJM N.o 92, DE 1,983-0N

Submete à deliiberação do Congiresso NruCÍonal o temo ?-o ~­ereto-lei n.o 2.040, de 30 de junho de 1\J>83, qThe altera a LegisJ.açaodo impostq de renda, e dá outras proviodêncilliS.

Projeto de De·ereto Leg1slativo n.O 86, de 1983-CN - Parecern.O 91/83-GN, pubUcado no DCN de 1.°-9-83.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) -- a'té 13-10-83.

106

MENSAGEM 1'1.0 94, DE 1983-CN

Submete à deliberacão do Congresso Nacional o t,exto do De­crehl-lei li.O 2.042, de 30 de junho de 198-3, que altera disposi­tivos do Decreto-lei n.o 1.070; d·e 3 de dezembro de 1969, quecomplementou a redação do art.. 6.° do Decreto-lei n.o 185, de 23 defevereiro de 19S7, que estabelec·e normas para a contratação deobras ou serviços do Governo FederaL

Projeto de Decreto Legislativo n.D 90, de 1983-CN - Parecern.o 97/83-CN, publicado no nCN de 9-9-83.

Prazo (Const., art. 55 § 1.0) - até 17-10-83.

107

MENSAGEM N.o 97, DE 1983-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 2.045, de 13 de julho de 1983, que altern."a Lei n.O6.708,de 30 de outubro de 1979, que trata da política salarial, e a Lein.o 7.069, de 20 de dezembro de 1982, que dispõe sobre o reajusta­:nen~ de al~gueres~m loc~ções residenciais, adota medidas noa:T;llb~to do SIstema FinanceIro 'de Habitação, e dá outras provi­denCIas.

. Projeto de Decreto Legislativo n.o 100, de 1983-ON - Parecern.O 111/83-0N, publicado no nCN de 29-9-83:

Prazo (Con&t., Mt. 55, § 1.°) -até 17-10-83.

108

MENSAGEM N.O 100, DE 1983-CN

Submete à deliberação do congresso Naeional o texto do De­creto-lei n.O 2.048, de 26 de julho de 1983, que aumenta os limitesdo Decreto-lei n.O 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, alterados pelosDecretos-leis n.as 1.460, de 22 de abril de 1976, 1.562, de 19 dejulho de 1977, 1.651, de 21 de dezembro de 1978, e 1.756, de 31 dedezembro de 1979, e dá outras providências.

projeto de Decreto Legislativo n.O 95 de 1983-CN - P.arecern.o 103/83-CN, publicado no DCN de 16-9-83.

Prazo <Const., art. 55, § 1.0) - até 24-10-83

109

MENSAGEM N.o 101, DE 1983-0N

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 2.049, de 1.0 de agosto de 1983, que dispõe sobre ascontribuições para o FINSOCIAL, sua cobrança, fiscalização, pro­cesso administrativo e da consulta, e dá outras providências.

Projeto de Decreto Legislativo n.o 93, de 19'83-CN - Parecern.O 101l83-CN, publicado no DCN de 16-9-83.

l'Irazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 24-10-8'3

110

MENSAGEM N.o 102, DE 1983-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 2.050, da 2 de agosto de 1900, que revoga o Decreto­lei n.o 8605, de 12 de setembro de 1969, que declarou o Munic:piode Santos, no Estado de São Paulo, de interesse da segurança na­cional, e dá outras providências.

Projeto de Decreto Legislativo n.o 94, de 1983-CN - Parecern.O 102/83-0N, publicado no DCN de 16-9-83.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 28-10-83.

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10834 Quarta-feira 12 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

111

MENSAGEM N.o 103, DE 1983-C'NSubmete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­

creto-lei n.o 2.051, de 3 de agosto de 1983, que concede isenção deimpostos a selos e peças filatélicas, e dá outras providências.

Projeto de Decreto Legislativo n.o 97, de 1983-CN - Parecern,O 105/83-CN, publicado no DCN de 21-9-83.

Prazo <const., art. 55, § 1.0) - até 28-10-83.

112MENSAGEM N.o 104, DE 1983-CN

Submete à deliberação do CongresSQ Nacional o texto do De­creto-lei n.o 2.052, de 3 de agosto de 1983, que dispõe sobre ascontribuições para o PIS-PASEP, sua cobrança, fiscalização, pro­cesso administrativo e de consulta, e dá outras providências.

Projeto de De'ereto Legislativo n.O 98, de 1983-tC'N - Parecern.o 106/83-CN, publicado no DCN de 22-9-83.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 31-10-83.

113

MENSAGEM N.o W5, DE 1983-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei na 2.053, de 16 de agosto de 1983, que concede isençãoda Taxa de Melhoramento dos Portos nos casos que especifica.

Projeto de Decreto Iiegislativo n.o 96, de 1983-ON - Parecern.O 104/83-C'N, pubJic,ado no nCN de 20-9-00.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0 ) - até 31-10-83.

114

MENSAGEM N.o 108, DE 1983-0N

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 2.054, de 16 de agosto de 1983, que restabelece o incen­tivo fiscal de que trata o Decreto-lei n.o 1.932, de 30 de marçQ de1982, e dá outras providências.

Comissão MistaPresidente: DeputadQ Orestes MunizVice-Presidente: Deputado VivaldQ FrotaRelator: SenadQr Guilherme Palmeira

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 4-11-83.

115MENSAGEM N.oI09, DE 1983-0N

Submete à deEberaçãQ do CQngresso Nacional o texto do De­crew-12i D.O 2.(}55, de 17 de agosto de 1983, que altera os Decretos­leis n.o. 1.801, de 18 de agosto de 1980, e 2.035, de 21 de junhQ de1983, dispõe sobre a sucessãQ d'a autarquias federal Superinten­dência Nacional da Marinha Mercante - SUNAMA:M, e dá outrasprovidências.

projeto de Decreto LegislativQ n.o 99, de 1983-QN - Parecern.o 109/83-CN, publicado no DCN de 29-9-83.

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 4-11-83.

116

MENSAGEM N.o 110, DE 1983-00

SubmetendD à -deThbeI"ação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 2.056, de 19 .de 'agosto de l!fOO, que dispõe sobre aretribuicão dos serviços de reg!Btro do comércio, e dá outras pro­vLdências.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Manoel AffonsoVioe-PJ.1esid'ente: Deputado F'ernando CQUO!l"!Relator: Senador Carlos Alberto

Prazo (Const., art. &5, § .1.0) - até 4-11-83.

11'7

MENSAGEM N.o l!12, DE l'983-CN

Subn1Je'te à deJi,boea">ação do Congresso Nacional o texto do iDe­cIleto-lei D.O 2.057, de 213 de agosto de 1983 que altem e l1evogadispositivos do De~eto-Iei n.O 221, de 28 ,de :lJeV€J)e!:ro die 1967, qued1spóe sol::/Dea proteção e eBtímulooà peooa, altemdo pela Lei n.o6.276, de 1.0 de dezembro de 1975.

Comissão Mista

Presidente: Senador ALfredo CamposVioe-PresIDlenre: SellladJOr Almk PintoRel!lJtor: Deiputado Emídio 'Perondi

Prazo (COIll&t., aut. 55, § 1.0) - ·até 17-11-83.

118

'MENSAGEM N.o 113, 'DE 198'3-00

Submete à deJi,benaçâo do Congre&SO Nacional o texto do De­o11eto-lei D.o 2.058, de 23 de ·agosto de 1983, que alteJJa a legislaçãodo lmposto de ReIlJcUa Del,ativ.a 'a ·rendimentos p'rod'11zidos poa: ca­derneta de poupança do Sistem.a Financeiro de Habitação.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Del Bosco> Amara:1Vi-ce-PIIesidente: Deputado Ev,andro Ayres de Mour,a,Rel!11tor: se'nadar P·asSlOS PÔl'tO

Prazo (Const., 'art. 55. § 1.0) - (l}tJé 17-11-83.

119

MENSAGElM N.o 1015, DE 1983-CN

Subm.ete à delibelI1ação do CongT.esro Nacional o texto do De­creto-lei n.O 2.059, eLe 1.0 de setembro de 1983, que altero.:a nedaçãode dispositivo da Lei n.O 5.292, de 8 de junho de 1967, qu.e dispõesobre a prestação do Serviço Militar pelos Estudantes de Medicina,Farmácia, OdQntologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêu­ticoo, Dentistas e Veterinárioo.

Comissão Mista

Presidente: Senador Hélio GueirooVice-P,residente: 8enaJdor M!lJroondes Ga:c1oelíhalRelator: Deputado Oscar Alves

Prazo (CQnst., art. 55, § 1.0 ) - até 18-11-83

120

MENSAGEM N.o 116, DE 1983-CN'

Submete à deliberação do bongresso Nacional o texto do De­creto-lei n.o 2.060, de 12 de setembro de 1983, que altera a Lei n.oexplQração dos aeroportos, das facilidades à navegação aérea, e dá6.000, de 26 de dezembro de 19,73, que dispõe sobre a utilização e aoutras providências. '

Comissão Mista

Presidente: De,putado Mattos LeãoVice-Presidente: Deputado Jaime SantanaRelator: Senador Lomanto Júnior

Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 18-11-83.

VI - VETOS

121

Veto Parcial

PROJNrO DE LEI DA CAMARA N.o 79, DE 1983(PL n.o 813/83·, na Casa de origem)

Dispõe sobre a emissão de uma série especial de selos, come­morativos do centenáriQ de Getúlio Vargas. (Mensagem n.o 114,de 1983-GN).

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Outubro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quarta-feira 12 10835

Comissão Mista

Presidente: Deputado Luiz LealVice-Presidente: Senador Aderbal JuremaRelator: Deputado Jorge Arbage

Prazo Do Congresso Nacional - até 3-1'1-83.

122

Veto Total

'PROJETO DE LEI DO SENADO N.o 283, DE 197,9(PL n.o 4.127/80, na Câmara)

<Dá nova redação ao art. 3.° da Lei n.O 6.243, de 24 de setem­bro de 1975, que regula a situação do !lIposentado pela Previdência

Social que volta ao trabalho € a do segurado que se vincula a seuregime após completar 60 (sessenta) anos de idade. e dá outrasprovidências. (Mensagem n.o llB/83-eN)

Comissão Mista

Presidente: Senador José IgnácioVice-presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Nilson Gibson

Prazo no Congresso Nacional- até 9-11-B3.

(VIII - Levanta-se a Sessão às 18 horas e 08 minutos.)

ERRATA

DISCURSO DO DEPUTADO JOÃO FA USTI­NO, PUBLICADO NO DCN DE 27-9-83, PÁG.9838, QUE SE REPUBLlCA POR HA VER SAlDOCOM OMISS{)ES.

o SR. JOÃO FAUSTlNO-(PDS"-RN. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,tenho pautado a minha prescnça nesta Casa, quer emplenário, quer na Comissão de Educação e Cultura, quehoje presido, pela independencia nas decisões que adotoe pela total identificação das minhas posições com os in­teresses maiores do povo e da Nação brasileira.

Em nenhum momento fugi das responsabilidades queme foram atribuídas nem em nenhum istante deixei deadotar a verdade como indicador das mais acertadas de­cisões.

Assim me comportei quando aqui votamos o projetode anistia, a lei dos estrangeiros e tantas outras matériasque marêaram momentos importantes para a vida doCongresso Nacional e da Nação brasileira.

Assim procedi mais recentemente, na Comissão deEducação, quando tivemos que votar matéria que fixanossos critérios para escolha e nomeação de reitores deUniversidades mantidas por fundações.

O regime democrático tem me assegurado essas po­sições, e meu partido, o PDS, tem repetido esse compor­tamento, fruto da seriedade com que sempre encarei aspropostas que tramitam nesta Casa.

Essas posições e esse comportamento me permitiram,ao longo desses anos, angariar o respeito e a credibilida­de dos meus pares, que recentemente me elegeram Presi­dente de um dos mais importantes órgãos técnicos destaCâmara.

Dentro desse passado, onde os interesses do povo sem­pre falaram mais alto do que os interesses de grupos, éque desejo agora tornar pública a minha posição face aoDecreto-Lei n' 2.045. Nesse sentido já me pronuncieijunto à impr~nsa do meu Estado, em matérias divulga­das pelo jornal "Dois Pontos", em edição do dia 9 destemês, e pelo jornal "O Poti", em edição de ontem.

As mesmas circunstâncias que me impuseram, no pas­sado, posições contra a orientação do meu partido meeonclamam agora, e novamente, atendendo às exigências

SECRETARIA-GERAL DA MESA

198 3

·REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS

da minha consciência a me posicionar contra a apro­vação dessa exótica matéria.

Não tenho nenhuma má vontade com relação às ma­térias encaminhadas pelo Governo, nem tampouco ado­to posições pré-concebidas com relação à sua tramitaçãonesta Casa. Tanto é verdade que atendi a apelo da Lide­rança do PDS para que aprovasse, por decurso de prazo,o Decreto-Lei n' 2.024/83, sugerido pelo Partido Traba­lhista Brasileiro, fruto do acordo deste com o PDS. En­tendi que o referido apelo convergia para uma propostamais justa, respeitando-se o salário dos mais pobres, eque, se aprovada, poderia possibilitar o arquivamentodefinitivo do monstro mais feroz, que é o 2.045/83.

Assim, dou conhecimento a esta Casa da minha po­sição contrária à aprovação do Decreto-Lei n' 2.045/83,por entender que esta posição reflete os interesses maio­res do povo brasileiro.

Por fim, Sr. Presidente, desejo repudiar a descabida in­tromissão do Secretário do Tesouro norte-americano,que em recentes declarações, cheias de ameaças, procu­rou intimidar o Governo e o Congresso brasileiros.

Essas declarações do Sr. Donald Regan reafirmam ocomportamento impositor do FMI com relação à nossapolítica econômica.

,,' AiJ'?OR

,,7"07:.0 HERCULIllO

osrALDO LIMA FILHO

FRA~CISCO STUDART

El-JEf,i'lA

Soticita informações à SEPLAN sob~e os aumentos

dos preços doe derivaãos ão per.róleo.

Solicita informações ao Sr. MINISTRO EXTRAORDI­

NÁRIO PARA ASSUnTOS FunDIÁRIOS sobre o despejo

de 150 famtlia;s de agl'iau.ltores da "Fa;;enda N!!;.

lata"~ l!m Fer>nambuco.

Solicita in[arrr.arõeG à CAIXA IXONíJMICA FEDERALr.ob~c financiamento n~ construção na Paraiba.

SoZiaita informações ao UIUIsrtRIG DA FA2ECDA

sobve appeaadação de todas as Zoterias reaZi­

2aâas no Pa{s.

Sclicita à srrEAN e ao BANCO CENTRAL DO BRA­

SIL relação nomi'2at das empresas estatai.9 inÇ!

di~pZ~ntes com co~proryissos no exterio~ e in­

fop~ações sobre o montante da divida externade órgãos púb7.icos.

IIATA u,t J:EXZS5:" .,:.:; ::;=:.:":::: ;::z:::, vI­PRE:5Inf.:::1.:" E;. .~:=::3:':-::''':'

0f. SGX-1J7, dê 1~.:E.EJ

0f. SG.'.:-2f';, ':;::;.... : ·-4~. ~.~

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10836 Quarta-feira 12

23/e3

E5163

~P/fJ

UI83.

OSi,ALDO LIiM FILHO

RAYIIUNDO ASflJRA

OSVALDO gELO

OSVALDO NELO

FERRE:IRA gARrINS

osrA~M :a:LO

CRIS?I?;/1 íIH'/lRES

stRGIO CRU7.

DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 9 8 ;;

REQUERIMENTOS DE IRFORMAÇÕES ENCAMINHADOS

EitZii':A

Solioita informações ao MINI5TERIO DA FAZENDA

sob~e a ~emessa d€ dôtares para o e~terior porempresas nacionais e ebtraageirta6 J em 1980,

1981 e 1982.

SoZiaita informações ao MINISTtRIO DA JUSTIÇA

sobre projetos g recursos para a construção

de uma penitenciária'em Campina Grande {PEJ.

So't1:aita informações ao MEC sobre as obras do

Patrimônio Histórico de BaZé~ do Pará.

SoZiaita informações ao MINISTtRIO DOS TRANS­

PORTES sobro o sistema de ~o7.etivo8 de BeZé~

do Pará e infra-estX'utur'a para a impl.antaç(io

de Tl·óleibus.

Solioita informações ao MINISTCRIO DOS TRAUS­

PORTES sobre a rAaZidade rodoviária d~ Estado

do Paraná.

Solicita informações ao Sr. MIUISTRO EXTRAORDI­

NÁRIO PARA ASSUNTOS FUnDIÁRIOS sobre a·arrGaad~

ção peZo INCRA~ nos exetctcios de 1978 a 1982~

do Imposto Territorial Rural.

Solicita info~mações ao NINISTtRIO DAS MINAS E

EriERGIA sobre a implantação do projeto Atbrás­

AZunol·te.

Solicita infopmações ao INSTITUTO BRASILEIRO

DE DESENVOLVIMEnTO fLORf,STAL - I8DF sobre os

projetos aprovados peZo órgão nos ÚZ.ti~os

ano:::.

Solicita i~formações ao MINISTtRIO DO IVTE­

RIOS .sobre o niimel"o de mutu~1'ios do si.ster'1a

F'inaJweiro de Habitação inadinp Ze1"ites noe úZ

ti'1loS :; anos.

Outubro de 1983

;..."'_.~_ -. :::-'~-:::-,; .':.: :'.:'.:;':::S:-~ :.::.::. .:..:."?='=5:_-F.":;:.:" :.~ _=.~:~;::.::.~

0f. 3'jt·:-Z9~, ::.€ ;:,;.'>:.?;:

Cf. S'J.',f-910, d~· ':7. i;. ;.3(!"'e":"::'GY'::::;:i,,'

Df. SGU-seg, de 2J.~~.8J

0[. SJi'·:-589, de ~~".""

4CIB3. EDISOU LOBÃO SoZicita infopmações ao MINISTÉRIO DA AGRICUL­

TURA sobre comercialização de arroa € feijão Of. SG~-59I, de 29.08.8J

;1/83

42/83

SIEGFRIED REUSER

FRANCISÇO AgARAL

RAYMUNDO ASFúRA

SoZicita informações ao'MINISTtRIO DA fAZENDA

sobre o montante deduzido do Imposto de Renda

a titulo do cr'édito fúwn-::eiro analisaào po%'

empresao de capitais nacionais e por empresas

de capital estrangeiro.

SoZicita infor~açõe8 ao BANCO nACIOVAL DA RABLTAÇÃO sobre 08 17nttHári()3 e'm atrr.u;o ttag presta­

ções da casa própria.

SoZiaita informações ao MINISTtRIO DO INTERIOR

sob1"f2 aquisições dI? teprenos p"'-Zo BI~'H nos ,1Zti.

mos ;3 anos.

SoZi~ita informações ao MINISTÉRIO DAS COMUNI­

CAÇÕES sobre tarifa~ à~ teZeJonia e t~Z~x.

Of· SG,'·~-li92, de :32. e;; .EJ

°f· SGl·f-5P3~ de 22. O, . "

Crt SJ;.:....,.·SS·<';1 dt; L? ..

Of· S~.'·~-5.25 ~ C€ :'2 , , ,

Page 59: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

Outubro de 1983

.~ ::/r,~

'.·l/ê,'

ÁJIOR

/'LfRCIO DIAS

Alii7C;,' ECARr:::

.'·:~;;:'.'lRIZ.!)O CATlALCAilTI

F;;:,;:,·eL;.-C~ t::,',4RAL

OSVALDO ::;:&0

H~LIC rUQUE

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SEC?ETAEIA-GERAL DA MESA

7. 9 8 ;)

REQUERIMEUTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMIUHADOS

EUEtlTA

SoZioita informações ao MINISTeRIO DOS TRAUSPO~

TE5 sobre o andamento dos trabaZhos de pavimen­

t;ação da BR-3601 J no tp~(!ho Cuiabá-Porto Ve Zho­

Abunã-Rio B~anao.

SoZioita informações ao MINISTeRIO DA FAZENDA

8ob~e a Loteria Esportiva Federal B a Loto.

SoZioita informações ao MINIST(RIO DAS MINAS E

ENERGIA sobre operações no mercado financeiro

ir.ternaeionaZ~ pela PETROBRAs~ de agosto de

1982 a 30 de abriZ de 198J.

Solicita in!ornoçõen ao GABINET~ CIVIL DA PRE­

SIDERCIA DA REPOBLIOA "ob~e O não atendimento

e quryiG os impeãimentos aos ~equq~inento~ en­

viadc3 a diversos Ninistros d~ Fstado.

:;ol.1'w:'ta l12fol>J"!/r;çõer. ao I'JIN:(::rtRlo DA FA2EtlDA

$obr~ a CGI que apurou irregula~idade~ na Caf

rea E~onômida FedepaZ de Goiác..

Solioita informações ao TRIBUNAL DE CONTAS DAUVIXO sobre as contas do Governa do Territário

Federal de Roraima, l'e'Zatlvas aoo eXrJl'c{cics de

1979 a 1992 - Gove~no Otomar de Souza Pinto.

Solicita infoT'mações ao MINIS1'tRIO DAS i'1Il,'AS E

ENERGIA sobre a Conta de Reserva Global. de Re­

vepsão~ ~ovimcntada pela ELETROBRÁS.

SoZicita infoT'~ações aos MINIST~RIO DA FAZE~ryA,

SECRETARIA DE PL,lilEJANEi;TO DA .PRESID3nCIA DA RE

POOLICA • NINIS2'ERIO DA PRoVIDtNCIA E ASSISTtli­

CrA SOCIAL, 8obr~ o débito da União para com a

Fre~idêno{a Social.

Solicita infor'ma~(jes ao NINISíCRIO DA AGRICUL­

TURA ,~obl'e a implantação do Parque Nacional d.a

C'!pil'Ol"a .. f!f1 são Raimundo !/Cmato$ no píau{.

Solicita info~maçõe$ à SECRETARIA DE PLANEJAMEN

TO DA PRESIDtUCIA DA REPOBLICA sobre a i~pla"t~

ção de T~óteibus em Be1ém.

Solicita informaçÕRG ao MINISTtRIO DA AERONÁUT~

eA sobre as ob~as de ampZiação do Aeroporto de~acaé, no EG~aao do Rio dp- Janeiro.

Quarta-feira 12 10837

DATA ':;.-i R~:·~SS.:" ;'.J ~..:.=:::~~:; :::-:::. ;_~

?~~S:;;:::;';:.~ .::;..:. .::~:=~?:: :.';

Df. S~:'f-818,J ....-';. ::~~ ...:;:,

Of. GP-0-2.JB2, de1J7.1C.83, ao ::E.IB~·.~·AL. DE CO!!.':k5 D[; ;),';11.C.

Df'.. 50:1-520, de c,;. ::.~. 8.:::

Of. SG~-a21, de '~.lC.EZ

or. SGU-82J, êe 4C.l0.E3

Df. SG~-B2~, de ~~.1~.E3

CRIS'II!;A TAVARES Solicita informações ao MINISTZRIO

scbre a situação jur~dico-financeipa

to Residencial Ypipanga~ e~ Recife.

DO INTERIOR

do Con.ju~

5';/8J

FRAUCISCO AMARAL

RAn;UiIDO ASF(JRA

Solicita informações ao MINISTf!RIO DA PREVIDôll­

elA E A3SISTENCIA SOCIAL sobre os d.bitos em

atVQ3Q das prereitura~ municipais e sobre acor­

dos para pagamento paraeZado.

So7.icita informações ao MlnISTeRIO DA AGRICUL­

TURA sobre a 1:ntervenção na Cooperativa Regio­

nal dos Produtores de Sisal da Paraiba.

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10838 Quarta-feira 12I

::;;

H/83

66/83

J..U'i'O?,

RAJI.:UI;DO ASFORA

ALEtRICO CORDEIRO

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETÁRIA-GEEAL DA ~ESl

1 9 8 3

REQUERIUEOTOS DE INFORMAÇÕES E~CÂ~i~HÂDOS

E::·fE.'ITA

Soli~ita informações ao MINISTtRIO DO IüTERIORnobre a paraZização das obras da Barrage~ de

"Cu1:"imatãll~ no Estado 'ria Papa'Íba.

Soli~ita informações aO MINIsrtRIo DA INDOSTRIAE DO COMf!RCIO sobre. programas dGstinados !'Xl áe­

senvo~vimento da atividade turistiaa do No~des-

Outubro de 1983

PAULO ,I:INCARONE

te. Of· SGM-82P, i,g C4.1'].2J

Solieita informações aO MII/I5TtRIO DA FAZEIIDAsobre os gastos • as aplicações do Fundo PIS/

PASEP• Of· 5G:~-&JQ, ::iZ ~ tf .. ::; w ~ Z

71/83

72/83

73/83

74/8.1

CSl"ALDO !·,'HO

FRAüCISCO AMARAL

RAY:-!U:.'DO A5FI1RA

ORESíE5 gUllIZ

. SO tici ta infol'T'lações ao t-:IllI5'i'é:RI'J DO Ii:TERIOR

sobl''! cr~ tocal.idadr!ft am que eG tão :;ituadofJ oe

açudes conr:trufdoô n~s te c'ovt?l"r.o.

Solicita informaçõe~ ao UlnI31t.HTO DAS UIVAS E

ENERGIA sobre o Proi~to da Fábrica A~brás-ALu­

nOl'te~ nQ Fal'á.

SoZ1.:aita inform.'2çQGs ã SECRE'I'ARIA lJ;: P;uL-:E':.TA:·:EI.'

]'0 DA PRESIDEr;CJA nA REF'i'lRLICA .;'-',:'Y'r" (':~:pr'(;:'(:'.<;

Solieita informações ao MINISTtRIO DO INTERIOR

sobre Projetos BNH-COHAB, no Pará.

SoZi~ita informaçõ€G ao PODER EXECUTIVO sobre

a composição das delegações oficiais brasileiraB às Conferp.ncias Internacionaic do Traba­

Lho promovidas pata Organização Internacionatao TrabaZho - OIr;

Solicita informações ao MINIsrtRIo DO INTERIOR

sobre investimentos nas obras de abasteainento

de água de João Pessoa_

Solicita informações ao MIIIISTtRIO DA FAZENDA

sobre o número dR Instituições Financp-iras que

estão amparadas pelo Banco Co~traZ do SrasiZ.

Of. SG~-8J5, de :~.::.;~

C;. s;x-eze J ie 7~.::. 7?

rg/S3 ~DUARDO ~~TARAZZO SUPEIeI Solicita informações ao MINI5TtHIO DA FAZEnDA

sobre a fiscaLização das In8tituiçõ~~ Financei

rar., eepecialmentl? C01:1 a liquidaç7.()ia. Coroa­Rra::; tr L

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MESA LIDERANÇAS

Presidente:

Flávio Marcílio - PDS

l.0_Vice-Presidente:

Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Walber Guimarães - PMDB

l.°-Secretário:

Fernando Lyra - PMDB

2.o-Secretário:

Ary Kffuri - PDS

3.0 -Secretário:

Francisco Studart - PTB

4.0 -Secl'etário:

Amaury Müller - PDT

PDS

Lider:

Nelson Marchezan

Vice-Líderes:

Alcides Franciscato

Amaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior

Joacil PereiraJorge ArbageRicardo Fiuza

Siqueira CamposCelso Barros

Nilson GibsonJosé Lourenço

Francisco BenjamimAugusto Franco

José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro

Otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto Trein

PMDB

Líder:

Freitas Nobre

Iram .SaraivaJoão Herculino

João HerrmannJorge Medauar

José Carlos VasconcelosJuarez BatistaLélio de SouzaLuiz Henrique

Marcelo CordeiroMárcio Macedo

Mário FrotaPaulo MarquesRoberto Freire

Sebastião Rodrigues Jr.Walmor de Luca

PDT

Lider:

Bocayuva Cunha

Vice-Lideres:

Nadir RossettiSérgio Lomba.

Brandão MonteiroClemír Ramos

PTB

Lider:

Ivere Vargas

Vice-Lideres:

SUPLENTES

Osmar Leitão - PDS

Carneiro Arnaud - PMDB

José Eudes - PT

Antônio l\iorais - PMDB

Vice-Lideres:

Egidio Ferreira Lima

Sinval GuazzelliCardoso Alves

Carlos sant'AnaChagas VasconcelosD€l Bosco AmaralEpitácio Cafeteira

Haroldo LimaHélio Duque

Hélio Manhães

Celso PeçanhaRicardo RibeiroGasthone Righi

PT

Lider:

Airton Soares

Vice-Lider

Eduardo Matara7200 suplicyIrma Passoni

PDS

DEPARTAMENTO DE COMISSÕES

COMISSÕES PERMANENTES

1) COMISSÃO DE AGRICULTURA EPOLrTICA RURAL

Marcelo Gato

Onisio LudovicoPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul FerrazVago

Jonathas NunesRubens Ardenghi

Irineu Colato

MáriO JurunaVago

PT

PDT

PDS

PMDB

Suplentes

Eduardo MatarazzoSuplicy

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala 11 - R.: 6293 e 6294Secretário: José Maria de Andrade Córdova

2) COMISSÃO DE CIE:NCIA ETECNOLOGIAPresidente: Fernando Cunha - PMDB

Vice-Presidente: Dirceu Carneiro - PMDBVice-Presidente: Antõnio Florêncio - PDS

Titulares

PDS

Jorge UequedJorge Vargas

Arildo Teles

Adail VettorazzoBrasílio Caiado

Jorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavorNelson AguiarOlavo Pires

Evaldo AmaralJoão Rebelo

PMDB

Juarez BernardesLélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireO&waldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado

PDTSérgio Lomba

PT

Epitácio BittencourtEstevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOtávio CesárioOsvaldo CoelhoPedro GermanoPrisco VianaRubem MedinaSalles LeiteSebastião Curiô

PMDBDel Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos

Suplentes

PDS

Airton Soares

Afrisio Vieira LimaAlceni GuerraAntónio Dias ­Antônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc Vieira

Aldo PintoOsvaldo Nascimento

Agenor MariaAntõnio CâmaraCarlos MosconiCasildo MaldanerDante de Oliveira

Airton SandovalArDIdo MolettaCardoso AlvesCarlos VinagreFernando GomesGeraldo FlemingHarry AmorimIvo VanderlindeJorge ViannaJuarez Batista

Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJoão PaganellaJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolimReinhold StephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWildy Vianna

Adauto PereiraAlcides LimaAmilcar de QueirozBalthazar de Bem

e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmidio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SalesGeovani Borges

Diretor: Jolimar Corrêa PintoLocal: Anexo II - Telefone 224-2848

Ramal 6278

Coordenaçã.o de Comissões PermanentesDiretora: Silvia Barroso Martins

Local: Anexo II - Telefone: 224-5179Ramais: 6285 e 6289

Presidente: Iturival Nascimento - PMDBVice-Presidente: José Mendonça de Moraes

PMDB

Vice-Presidente: Antônio Gomes - PDS

Titulares

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3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

4) COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo Ir - Sala 3 - R.: 6295Secretário: Luiz de Oliveira Pinto

JG de Araújo Jorge

Suplentes

PDS

Haroldo LimaHélio DuqueJoão AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaRalph BiasiSiegfried Ueuser

PT

PTB

PDT

PMDB

Mário HatoMiguel ArmesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues

JúniorVirgildásio de Senna4 vagas

José LGurençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar COrrêaPl'atíni de MoraesRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirozSérgio Philomeno

PMDB

Suplentes

PDS

Gerardo RenaultGerson PeresJosé BurnettJosé CamargoJosé Carlos MartinezJosé Luiz >MaiaNagib HaickelNylton VelIosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão

João Faustino - PDSFerreira Martins - PDSHermes Zaneti - PMDR

TitularesPDS

Rômulo GalvãoSalvador JulianelliStélio DiasVictor Faccioni

PresidenteVice-PresidenteVice-Presidente

Darcilio AyresEraldo TinocoOly FachinRita Furtado

Carlos WilsonCid CarvalhoEuclides ScalcoHenrique Eduardo

AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo Cordeiro

PreSidente: Pedro Sampaio - PMDBVice-Presidente: Genebaldo Correia - PMDBVice-Presidente: Israel Pinheiro - PDS

TitularesPDS

6) COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COM~RCIO

José GenoinoReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora~

Local: Anexo II - Sala 4 - R.: 6314Secretária: Delzuíte Macedo de Aguiar

PT

Alencar FurtadoAlberto GoldmanAntônio CâmaraArthur Virgílio NetoCiro NoguelraCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo Faria

Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de. Bem e

Canto ."Carlos VirgílioDjalma BessaEduardo GalilEvandro Ayres de

MouraFelíx MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Melo

PTB

Sebastião Nery

7) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

Aldo Pinto

Fernando Carvalho

Ricardo Ribeiro

Eduardo MatarazzoSuplicy

PDT

Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando CollorHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé Jorge

Theodoro MendesValmor Giavarina

Matheus Schmidt

Walter Casanova

Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRenan CalheirosRoberto FreireWagner Lago6 vagas

PT

PT

PTB

PDT

PDT

PTB

PDS

PMDB

Samir AchôaVirgildásio de Senna

França Teixeira

PDT

PMDB

Reuniões

Suplentes

PDS

Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno

PMDBMário FrotaRonaldo Campos2 vagas

Aurélio PeresJosé Carlos

Vasconcellos

Nilton Alves

Albino CoimbraFigueiredo Filho

Aécio CunhaCláudio Philomeno

Agenor MarlaDel Bosco AmaralH~lio Manhães

Floriceno Paixão

Brandão MonteiTo

Gastone Righi

José Ge11olno

Airton Soares

Amadeu GearaCardoso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Henrique

Celso Peçan11a

Terças, quartas, quíntas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6.308Secretário: RUy Omar Prudêncio da Silva

Presidente: PaUlo Lustosa - PDSVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: OUvir Gabardo - PMDB

Titulares

Suplentes

PDS

celso Barros Lázaro CarvalhoDarcílio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcísio BurltiJosé Penedo Thecdorico FerraçOJutahy Júnior

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasoocal: Anexo TISecretária: Maria Júlia RabeIlo de Moura

Raimundo LeiteRaymundo AsfôraSérgio Murílo

5) COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR

PDS

José BllrnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson Gibso11Octávio CesárioOsvaldo MeloRondon Pacheco

PDSSalles LeiteSiqueira CamposVieira da Silva

PMDB

João GilbertoJorge CaroneJosé MeloJosé TavaresOnlsio LudovicoPimenta da VeigaPlínio Martins

Pedro CeolimRômulo GalvãoSaulo QueirozVingt Rosado

PMDB

Sérgio MuriloVagoVago

PDT

PTB

PMDBCarneiro ArnaudIbsen PinheiroMarcelo Medeiros

PDT

PMDB

VagoVago

Ademir AndradeAluízio CamposArnaldO MacielDjalma FalcãoEgldio Ferreira LimaElqulsson SoaresJoão Cunha

Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroDjalma BessaEduardo GalilErnani SatyroGerson PeresGorgônio NetoGllido Moesc11Hamilton XavierJairo MagalhãesJ oacil PereiraJorgp Arbage

Sebastião Nery

Herácli to FortesMárcio Bragapaulo ZarzurSamir Achôa

Presldente: Bonifácio de Andrada - PDSVice-Presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Brabo de Carvalho - PMDB

Titulares

Reuniões:

Fernando Carvalho

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Ramais 630~ e 6300Secretário: role Lazzarini

.i.dalr F'erreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro

Presidente: Henrique Eduardo AlvesPMDB

Vice-Presidente: Moacir Franco - PTBVice-Presidente: José Carios Martinez - PDS

Titulares

Anibal TeixeiraAntônio MoraisCarlos Wilson

Cristina TavaresManuel VianaSinval Guazzelli

Cal'los VirgílioGióia JúniorJaime CámaraMagno Bacelar

Page 63: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

Moacir FrancoPT

PDTAbdias do Nascimento Clemir Ramos

PTB

Irma PassoniReuniões:Quartas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 9 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra

Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRubem: Ardenghi.

João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas

PDS

1rineu ColatoJosé Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy Vianna

PMDB

Luiz GuedesMárcio SantilliOrestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio Cruz

Suplentes

Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsrael Dias-Novaes

Aldo ArantesDante de OliveiraEduardo Matarazzo

Suplicy (PT)Gilson de BarrosIbsen Pinheiro

Adhemar GhisiAlbino CoimbraAutonio MazurekAssis CanutoBento PortoFrança Teixeira

Jaime CâmaraJoão Batista FagundesJoão PaganelIaJosé FernandesManoel RibeiroMozarildo Cavalcante

PMDB

11) COMISSÃO DO íNDIOPresidente: Mário Juruna - PDT

Vice-Presidente: Alcides L1ma - PDSVice-Presidente: Ricardo Ribeiro - PTB

Titulares,PDS

Jayme SantanaRenato JohnssonVicente Guabiroba

PDT

Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz

PMDB

Raul BelémRuy CôdoWilson Vaz

PMDB

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PDTVago

PTB

Suplentes

PDS

Nadyr Rossetti

Ricardo Ribeiro

Ademir AndradeDomingos JuvenilLeopoldo BessoneMarcos Lima

Presidente: Irajá Rodrigues - PMDEVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: José Carlos Fagundes - PDS

Titulares

PDS

Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel

9) COMISSÃO DE FINANÇAS

Aécio de BorbaChristóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de Castro

Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins

PT

PMDB

Márcio BragaRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz

PDT\Valter Casanova

PTB

SuplentesPDS

Magno BacelarNorton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da Silva

PMDBMarcondes PereiraOctacílio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo Asfóra

Celso Peçanha

Luis Dulci

Albérico CordeiroBrasílio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur Lomanto

Arildo Teles

Aldo ArantesFrancisco AmaralG€nebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoLuiz Baptista

Carlos Sant'AnnaCasildo MaldanerDionisio HageFranciseo DiasJoão Bastos

Ricardo RibeiroReuniões:

Quintas-feiras, às 1{) horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do

Consumidorsecretária: Maria Linda Morais de MagalhãesRamais: 6300 e 6387

8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMOPresidente: Márcio Braga - PMDB

Vice-Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Albérico Cordeiro - PDS

Titular,esPDS

SuplentesPDS

Aécio de Borba Léo SimõesAlbino Coimbra Marcelo LinharesArolde de Oliveira Simão SessimFrancisco Erse Siqueira CamposJoão Carlos de Carli Victor Faccioni

PMDB

10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

PTB

PDT

Agnaldo Timóteo

Vago

12) COMISSÃO DO INTER'IOR

Aldo Arantes José Maria MagalhãesCarlos Alberto de Carli Luiz BaptistaDante de Oliveira Luiz GuedesDilson Fanchin Manoel Costa Jr,Domingos Leonelli- Mansueto de LavorJorge Medauar Mário FrotaJosé Carlos Olavo Pires

Vasconcelos Orestes MunizJosé Maranhão Petlro Novaea

Presidente: Inocêncio Oliveira - PDSVice-Presidente: Evandro Ayres de MOura

PDSVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB

Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônio Pontes Manoel NovaesAssis Canuto Milton BrandãoAugusto Franco Nagib HaickelCIarck Platon Nylton VeIlosoCristino Cortes Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoGilton Garcia Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Mliía Victor TrovãoJoSé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior

Reuniões:

Terças-feiras, às 10 horasQuintas-feiras, às 9 horasLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoSecretário: Ivan Roque Alves - R.: 6391 e 6393

PMDB

Titulares

PDS

Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão

Haroldo BanfordJoão AlvesOzanam Coelho

Ulysses GuimarãesWilson Vaz

PTB

Pl\iIDB

Siegfried Heuser2 vagas

PTB

PMDB

PTB

Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmilcar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza

Alencar FurtadoFrancisco Pinto

João HerculinoRoberto Rollemberg

Mendonça Falcão

Augusto Tl'einCastejon BrancoFurtado LeiteGeraldo Bulhões

Suplentes

PDS

Presidente: Humberto SoutO' - PDSVice-Presidente: Nosser de Almeida - PDSVice-Presidente: Milton Figueiredo - PMDB

Titulares

PDS

Ricardo Ribeiro

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcaI: Anexo II - Sala 15 - R.: 6325Secretário: Geraldo da Silva

Celso Peçanha

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo rI - sala n.o 16 - R.: 6322 e 6323

Secretário: Jarbas Leal Viana

PTB

Leônidas SampaioLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto RolIemberg

PDT

PTB

PDT

José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa

PMDBHeráclito FortesJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMílton Reis

Arildo Teles

Aloysio TeixeiraBete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJoão Bastos

Mendonça Falcão

Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alves

Aécio CunhaAlércio DiasFernando Col1ol"França Teixeira

Agnaldo Timóteo

Page 64: República Federativa do Brasil DIÁRloAIIllllfiNAcIOs~~o~imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD12OUT1983.pdf · S'ena,dor Nilo Coelho, éPre-sid·e'11tet.;maço s'aber que o Cong,resso

13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Luis DuleiReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo rI - Sala 8 - R.: 6333

Joaci! PereiraJoão AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarUJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloOzanan CoelhoPaulo GuerraPaulo LustosaRaul BernardoSaramago PinheiroSiqueira Campos

Miguel ArraesMilton ReisNelson AguiarOctacilio AlmeidaPaulo MarquesRenato BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues

Júnior

PDS

PDTVago

Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOscar Alves

PMDBManuel VianaMário HatoMax Mauro

PT

PMDB

Manoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoRuy CôdoTheodoro MendesTobias AlvesUlysses GuimarãesWalter BaptistaVago

PDT

Jacques. D'OrnellasSérgio Lomba

PTB

Anselmo PeraroDoreto CampanariEuclides ScalcoLeônidas Sampaio

Albino CoimbraAlceni GuerraFigueiredo FilhoLeônidas Rachid

PDT

Abdias do Nascimento José FrejatClemir Ramos Nilton Alves

PTB

Suplentes

PDS

Bete Mendes

Reuniões:Q.uartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo rI - sala 7 - R.: 6347 e 6348Secretária: Edna Medeiros Barreto

Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionísio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez BernardesLuiz Guedes

Agnaldo TimóteoJ0 de Araújo Jorge

PT

José Eudes

16) COMISSÃO DE SAúDEPresidente: Borges da Silveira - PMDB

Vice-Presidente: Carlos Mosconi - PMDBVice-Presidente: Tapety Júnior - PDS

Titulares

Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani SatyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGmon GarciaGogônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero santosítalo ContiJaime CâmaraJayme Santana

Mendes Botelho

Ivete Vargas

Jarbas VasconcelosJoão HerrmannJosÉ> AparecidoJosé Carlos TeixeiraJosé FogaçaJúnia MariseLeopoldo BessoneMárcio MacedoMárcio Santilli

José LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz Antonio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco

PMDBFlávio BierrenbachFreitas Nobrerram SaraivaIrapuan Costa Júnior

PTB

PMDB

João AgripinoWalmor de Lucavago

PDT

João Herculino

PDT

PDT

Suplentes

PDS

Siqueira camposVago

PMDB

José Carlos VasconcelosPedro Novaes

Aluízio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando Santana

Daso Coimbra

J oacil PereiraPrisco Viana

Presidente: Diogo Nomura - PDSVice-Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Pr<csidente: Israel Dias-Novaes - PMDB

Titulares

PDS

Adroaldo Campos Marcelo LinharesAntônio Ueno Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoo Vieira Paulo MalufFrancisco Benjamim Rubens ArdenglnJessé Freire santos FilhoJonathas Nunes Sarney FilhoJosé Camargo Tarcísio BuritiJosé Carlos Fonseca 'I'hales RamalhoJosé Machado Theodorico FerraçoJosé Penedo Ubaldo BarémJosé Ribamar Machado Wilson FalcãoMagalhães Pinto VagoMaluly Neto

15) COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES

14) COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Aloysio Teixeira - PMDB

Vice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Rita Furtado - PDS

Titulares

PDS

Djalma Bessa Simãc' SessimFrancisco Rollemberg

PMDB

Aécio CunhaAdhemar GhisiBento PortoClarck PlatonHaroldo SanfordIrineu ColatoJoão Alberto de SouzaJosé Fernandes

Sérgio Lomba

Suplentes

PDS

Freitas NobreJúnia Marise

Moacir Franco

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - R.: 6336Secretária: Allia Felicio Tobias

Délio dos Santos

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - sala 14 - R.: 6342 e 6340Secretária: Laura Perrela Parisi

Matheus Schmidt

Alberto GoldmanCoutinho JorgeFernando Santana

Marcos LimaVicente Queiroz

Léo SimõesMaurício CamposNelson CostaPaulo MelroPrisco VianaWolney Siqueira

PTB

PDT

PT

PDS

João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar PaUis

Ronaldo CamposSinval GuazzelliWagner LagoWalter BaptistaVago

PDT

Mário Juruna

Milton FigueiredoPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben FigueiróVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVago

PDT

Osvaldo NascimentoPTB

PTB

Vago·

PT

PMDB

Suplentes

Nadyr Rossetti

Nelson do Carmo

Celso SabóiaGenésio de BarrosMarcelo Cordeiro

Bayma JúniorEmilio GalloEPitácio BittencourtEvaldo AmaralFelix Mendonça.Gonzaga VasconcelosJoão Batista Fagundes

PMDB

José Frejat

Aloysio TeixeiraAluízio BezerraAluízio CamposAnibal TeixeiraAroldo Moletta'oenisar ArneiroFernando GomesHaroldo LimaHarry AmorimJoão HerrmannJoaquim RorizJosé MelloMarcelo CordeiroMárcio Lacerda

Vago

Presidente: Hugo Mardini - PDSVice-Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Cid Carvalho - PMDB

Titulares

PDS

Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseFrancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo MardiniIbsen de Castro

Irma Passoni

Délio dos Santos

Oswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRenato BernardiRoberto Freire

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Suplentes

PDS

Quartas-feiras, às 10:(){) horasLocal: Anexo II - Sala 12 - R.: 6360Secretário: Oclair de Mattos Rezende

Castejon BrancoFrancisco RollembergInocência OliveiraJairo AziJosé Lins de Albu­

querque

Navarro Vi1lira FilhoPedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli

Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros

Reuniões:

PMDB

Jorge U1lquedMoyses Pimentel

Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé J:i1ernandesLázarO CarvalhoManoel Ribeiro

Navarro Vieira FilhoPedro GermanoRaul BernardoSimão SessimWilmar Pallís

PMDB

PDT

Leônidas RachidMaçao TadanoMaul'Ício CamposPaulo MalufSantos Filhostêlío DiasVictor FaccioniWolney Siqueira

Paulo ZarzurRuy GôdoSérgio FerraraTidei de Lima

PT

PDT

PDS

PMDB

Suplentes

José Colagrossi

Adail VettorazzoAmaral NettoAlcides FranciscatoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmídio PerondiEraldo Tinoco

Carlos PeçanhaDomingos JuvenilFelipe CheiddeJoaquim RorizPaulo Mincaroni

Bete Mendes

PDT

Mário de OliveiraNelson WedekínRenan Calheiros

PMDB

Titulares

PDS

Osmar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo FrotaVago

Adhemar Ghisi

Alcides FranciscatoAlvaro GaudêncioAntônio AmaralFernando BastosJosé Lins de

Albuquerque

Amadeu GearaAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio Co.stamilanLuiz Henrique

Sebastião Ataide

Presidente: Dj:'.Ima Bom - PTVice-Presidente: Edme Tavar,es - PDSVice-Presidente: Francisco Amaral - PMDB

19) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

Sebastião Curió

PMDB

Mattos Leão!renato Bueno3 vagas

PMDB

Ruy Lino

PDT

Ney Ferreira

Carneiro ArnaudJorge ViannaJosé Maria MagalhãesLuiz Guedes

Ruben Figueiró

Presidente: ítalo Conti - PDSVice-Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: Gilson de Barros - PMDB

Titulares

PDS

17) COM'ISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

vago

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 10 - R: 6352Secretária: Iná Fernandes Costa

Suplentes

PDS

Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba

PMDB

Jaques D'Ornellas

Farabulini Júnior

Flávio BierrenbachLUiz Baccarini

PTB

José Tavares

Jorge Cury

Antônio GomesEmilío GalloGióia JúniorMaluly NetoMáric AssadNatal Gale

PTB

Suplentes

PDS

Nelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReínhold StephanesVago

Airton SandovalDilson FanchinFrancisco DiãsGeraldo FlemingJosé misses

Sebastião Ataíde

Nelson do Carmo

Juarez BatistaLUiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores

PDT

PTB

Gastone Righi

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - sala 13 -- R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira

vagoPDT

PTE

Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomíngos Leone1liFernando CunhaIvo Vanderlinde

Brandão Monteiro

PMDB

Marcelo GatoMírthes BevílacG!uaVagoVago

PDT

PT

Djalma Bom

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 5 - R: 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo

18) COMISSÃO DE SERViÇOPOBLlCO

Gastone Righi

PTB

PT

COORDENAÇÃO DE COMISSÕESTEMPORÁRiAs

Presidente: Paes de Andrade - PMDEIVice-Presidente: Jorge Leite - PMDBVice-Presidente: Francisco Erse - PDS

Titular1l5

PDS

José Eudes

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: 6401

Seçã.o de üomissões Especiais

Chefe: Stella Prata. da Sílva Lopes

Local: Anexo Ir - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo Ir - Te!. 223-7280Ramal 6403

Titulares

PDS

Darcy PozzaEurico Ribeiro

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Alair FerreiraAlércio Dias

Presidente: Ruy Bacelar - PDSVice-Presidente: Denisar Arneiro PMDBVice-Presidente: Mendes Botelho - PTB

Mozarildo CavalcantiVago

Renato Vianna

PMDB

Guido MoeschHorácio Matos

Gomes da Silva

Francisco PintoMyrth1ls B1lvilacqua

Suplentes

PDSOly FacchinWildy Vianna

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Flávio BierrenbaellJoão CunhaJosé Fogaça

PDT

Pratini de Morae,Ricardo Fiuza

Fernando SantanaHélio Duque

PDT

PMDB

PMDB

Titulares

PDS

Suplen~~s

PDS

5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN­QUéRITO DESTINADA A EXAMINARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS Hí­DRICOS NO BRASIL

REQUERIMENTO N.o 12/83

Presidente: Deputado OsvaldO CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho

Relator: Deputado Coutinho Jorge

Prazo; de 27-9-83 a 19-6-84

Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira

Terças-feiras, 9 :3() h.Local: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marci Ferreira BorgesRamal: 6406

Reuniões:

Sebastião Nery

Jacques D'OrlleIlas

Djalma FalcãoEduardo Matarazzo

Suplicy

Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara

Israel Dias-NovaesPimenta da Veiga

PDT

PMDB

PDS

João Batista Fagundes Renato JohnssonJairo Magalhães Theodorico FerraçoJorge Arbage

Arthur VirgíliO Neto Sérgio FerraraNelson Vedekin Paulo Mincaroni

Suplentes

PDS

PMDB

Presidente: Theodorico FerraçoVice-Presidente: Brandão Monteiro

Relator:

Titulares

REQUERIMENTO N." 10/83

Prazo: 17-8-83 a 11-5-84

3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN~

QUÉRITO DESTINADA A INVESTI­GAR OS EPISÓDIOS QUE ENVOL­VERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTER­VENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO

Quintas-feiras, 10 :OOh

Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo II

Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407

Airton SoaresJoão Herrmann

Reuniões:

Sérgio Lomba.

I

Francisco RoIllimberg

PDS

Roberto Freire

PDT

Suplentes

PDSGuido MoeschJorge ArbageVago

PMDB

Arnaldo MacieDjalma Falcão :

Brandão Monteiro

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Afrísio Vieira LimaFrancisco Benjamim

PMDB

1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634/75, DO PODER EXE­CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVILPresidente: Pimenta da Veiga - PMDB

Vice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS

Relator-Geral: Err.ani Sátyro - PDS

Relatores Parciais:

Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JuridicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro Ir - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrisio Vieira Lima - Livro III - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDep. Roberto Freire - Livro V ~ Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

Titulares

Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A INVESTI­GAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQü~NCIAS AS ATIVIDA­DES DO GRUPO CAPEMI

REQUERIMENTO N." 9/83

Prazo: 18-5-83 - '7-3-84

Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos

Relator: Deputado Matheus Schmidt

Titulares

Quintas-feiras, 9 :00 horas

Local: Plenário das CPIs

secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405

4) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN­QU~RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQü~NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTER­NO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇõES COM O FUNDOMONETARIO INTERNACIONAL

Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão

Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho

PDT

Marcelo CordeiroRandoIfo BittencourlFernando Santana

PTE

PMDB

VagoVagoVago

PDT

PMDB

Suplentes

PDS

Aldo Pinto

Antonio GomesJ essé FreireJ osias LeiteManoel Novaes

Geraldo FlemingPaulo MarquesVago

Mendes Botelho

Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro Ayres de

Moura

Coutinho JorgeDomingos LeonelliJorge Vargas

Osvaldo Nascimento

Reunióes:

PI'BVago

Márcio BragaRuben Figueiró

Tarcisio EurityVictor FacciOni

PDT

PMDB

Reuniões:

Gustavo FariaIrajá RodriguesInna Passoni (PT)

Nilton Alves

Adhemar GhisiJosué de SouzaNey Ferreira

REQUERIMIENTO N.o 08/83

Prazo: 16-8-83 a IO-S-M

Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-Presidente: sebastião Nery - PDT/RJ

Relator: sebastião Nery - PDT/RJ

Titulares

PDS

PDT

PDS

Sebastião Curiô

PDS

PMDB

Aírton Soares (PT)

Orestes Muniz

Suplentes

PDTVago

Reunião:

Ademir AndradeCid CarvalhoFarabulini Júnior

Israel PinheiroSarney Filho

Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão

Joacil PereiraMaçao Tadano

Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo

Octávio CesárioPedro Colin

Local: Plenário das CPIs - Anexo II

Secretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo li - Te!.: 213-6410

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r

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

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REVIS'l'A DE iNFORMAÇÃOLEGISLATIVA NQ 76

Está circulando o n9 76 da "Revista de Informação Legislativa", periódico trimestralde pesquisa jurídica e documentação legislativa, publicado pela Subsecretaria de Edições Téc­nicas do Senado Federal.

Este número, com 380 páginas, contém as seguintes matérias:

COLABORAÇÃO

- ,A imunidade jurisdicional dos Estados - JacobDolinger

- Alguns aspectos das limitações ao direito de ex­traditar - Luiz Alberto Araújo e Luiz Regis Pra­do

- O direito penal internacional e a extradição nasistemática jurídica - Therezinha Lúcia Ferrei­ra Cunha

- Aspectos da teoria geral do processo constitu­ciemal: teoria da separaçào de poderes e funçj)esdo Estado - José Alfredo de Oliveira Baracho

- O controle de constitucionalidade de leis muni~

cipais - Fernanda Dias Menezes de Almeida- Perda de mandato por infidelidade partidária?

- Nelson de Sousa Sampaio- O Tribunal de Contas e o aperfeiçoamento do

Estado de Direito - A. B. Cotrim Neto- O Estado e suas empresas - Hely Lopes Mei­

relles

- Legislação tributária: fontes e conceito - Ca,­los Valder do Nascimento

- Usucapião de bens imóveis e jurisprudência doSTF - Fábio Maria de Mattia

- O sistema de patentes: um instrumento -para oprogresso dos paises em vias de desenvolvimen­to - Nuno Tomaz Pires de Carvalho

- A concorrência desleal e a confusão entre pro­dutos - Carlos Alberto Bittar

- Direito de arena - Antônio Chaves

- Considerações a propósito das tentativas de ela-boração de um Código de Execuções Penais ­Licínio Barbosa

- Substituição processual- processo do trabalho

- Paulo Emílio Ribeiro de Vi/hena- Iniciação ao estudo do precatório - Vladimir

Souza Carvalho- Deficientes: sua tutcla jurídica - Moacyr de

Oliveira

Preço do exemplar: Cr$ 700,00

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal (229 andar do Ane­xo I) - Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postal ou cheque visado pagável emBrasília (a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, tam­bém, pelo reembolso postal.

Faça já a sua assinatura para 1983

(n9s 77 a 80) por CrS 4.000,00

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REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA NQ 77

Está circulando o n9 77 (janeiro/março de 1983) da Revista de Informação Legislativa,periódico trimestral de pesquisa jurídica e documentação legislativa editado pela Subsecretariade Edições Técnicas do Senado Federal.

Este número, com 430 paginas, contém as seguintes matérias:

HOMENAGEM

- Senador Argemiro de Figueirêdo

COLABORAÇÃO

- Momentos decisivos do constitucionalismobrasileiro - Miguel Reale

- EI Estado de Derecho en las Américas - JorgeReinaldo Vanossi

- Enfoque constitucional dos direitos humanosno Brasil e no mundo - Paulo de Figueiredo

- O esgotamento dos recursos internos em expe­rimentos contemporâneos das Nações Unidasde proteção dos direitos humanos - AntônioAugusto Cançado Trindade

- A desapropriação e suas condições constitucio­nais - Rubem Nogueira

- O mandato imperativo partidãrio - Luiz Na­varro de Britto

- Distrito Federal: pessoa jurídica e o exercíciode suas funções administrativa, legislativa e ju­diciária - Emmanuel Francísco Mendes Lyrio

- Os ilícitos civis no Direito Internacional Priva­do inglês - C. G.J. Morse

- O "repúdio" das mulheres pelo marido no di­reito mulçumano, visto pelo STF - Negi Ca­lixto

- A participação dos trabalhadores nos lucrosdas empresas - Joaquim Lustosa Sobrinho

- Eficácia de las sanciones penales frente a la de­lincuencia econômica - Antonio Beristain

- O poder de polícia, o desenvolvimento e a segu­rança nacional - Cotrim Neto

- O poder de polícia e a prevenção do delito ­René Ariel Dotti

- Permanência e reintegração dos condenados noconvívio social - Armida Bergamini Miotto

- Plágio - Antônio Chaves

PUBLICAÇ()ES

- Obras publicadas pela Subsecretaria de EdiçõesTécnicas

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal - 229 andar ­Brasília, DF (70160)

Encomendas mediante vale postal ou cheque visado (a favor da Subsecretaria deEdições Técnicas do Senado Federal) ou pelo reembolso postal.

Preço do n9 77 (430 páginas) - Cr$ 1.000,00

Assinatura para 1983(N9s 77 a 80) - Cr$ 4.000,00

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LEGISLAÇÃO ELEITORALE PARTIDÁRIA

(4' edição - 1982)Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982

Textos atualizados. consolidados, anotados e indexados:

- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas

Legislação alteradora e correlata.Instruções do Tribunal Superior Eleitoral.

À venda na Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal (229 andar do Anexo I) ­

Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postalou cheque visado pagável em Brasília (a favor daSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Fede­ral). Atende-se, também, pelo reembolso postal.

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SEGURANÇA NACIONAL

(2~ edição - 1982)

Lei n9 6.620, de 17-12-78

lndice temático. Tramitação legislativa

- Legislação vigente (Lei n9 6.620/78) comparada, artigo porartigo, à legislação anterior (Decretos-Leis n9s 314/67 e510/69 e Lei n9 1.802/53).

- Notas a cada dispositivo: legislação correlata, comentáriosde juristas e da imprensa, elaboração legislativa.

- Textos constitucionais e legislação ordinária Cde 1824 a1982).

368 páginas

Preço: Cr$ 800,00

À venda na Subsecretaria de Edições ·Técnicas

Senado Federal

229 andar - Brasília-DF

Encomendas mediante vale postal ou cheque visadoCa favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Fede­ral) ou pelo REEMBOLSO POSTAL.

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EDIç.4..0 DE HOJE: 72 PÁGINAS

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