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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARATAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPUS XIV COLEGIADO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL-RÁDIO E TV GLÉCIA CARNEIRO OLIVEIRA Resenha do texto “Da fala para a escrita: atividades de retextualização”

resenha da fala para a escrita ( Marcuschi)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEBDEPARATAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPUS XIV

COLEGIADO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL-RÁDIO E TV

GLÉCIA CARNEIRO OLIVEIRA

Resenha do texto “Da fala para a escrita: atividades de retextualização”

Conceição do Coité,2009

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GLÉCIA CARNEIRO OLIVEIRA

Resenha do texto “Da fala para a escrita: atividades de retextualização”

Trabalho apresentado ao professor Robson Lima, como componente curricular avaliativo da disciplina de Oficina de Expressão Oral do V semestre do curso de Comunicação Social – Rádio e TV.

Conceição do Coité,2009

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MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.

De forma didática, Marcushi tem como principal objetivo nessa obra,

desvendar a complexidade que gira em torno da relação entre a língua falada e a

língua escrita, além de tentar definir o conceito, apresenta proposta de atividades de

transformação que conduz a realização de uma retextualização.

Segundo Marcushi, “justamente pelo fato de fala e escrita não se recobrirem

podemos relacioná-las, compará-las, mas não em termos de superioridade ou

inferioridade”. Isso nos remete a uma reflexão de que não se pode mais examinar a

oralidade e a escrita como opostas mas, sim, como dois elementos interativos que

se complementam no contexto das práticas sociais e culturais.

O autor mostra ainda algumas pesquisas que foram úteis ao trabalho de

textualialização como prática de produção de textos, como por exemplo, o trabalho

feito pela lingüista francesa Rey-Debove (1996) que estabeleceu alguns critérios de

transcodificação e adaptação do texto oral para o texto escrito.

Dessa forma, o processo de retextualização torna-se um processo que dá

oportunidades para revisar e aplicar os conhecimentos que são adquiridos ao longo

de nossa experiência e vivência lingüística, podendo também ser inspiradoras para

profissionais que lida com a língua, como os que atuam na edição e revisão de

textos, comunicadores e tradutores.

Apesar do autor afirma que “São relativamente poucos os estudos que se

detiveram detalhadamente na análise dos processos de transformação de textos

falados em textos escritos“, trabalhou com alguns estudos de pesquisadores que

atuaram em processos de transformação já realizados, assim como o do italiano

Cortezzano, o qual constatou modificações que vão desde aspectos superficiais e a

simples, até modificações substantivas que interferem inclusive na verdade do dito”.

Embora haja ainda esses estudos, Marcushi ressalta que infelizmente não há

pesquisadores que se aprofundem em questões, pela qual se processa a ação de

entendimento e compreensão que antecede o processo de retextualização do texto

escrito.

Ao tratar sobre gênero, Marcushi aborda sobre entrevistas que podem

diferenciar os processos de produção de textos e suas operações de textualização.

Para ele, a entrevista oral também é apresentada como entrevista impressa, dando

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para exemplo disso, as páginas amareladas das revistas Veja e Isto É. Constatou

que as entrevistas colhidas por meio de anotações, a retextualização se dá em três

níveis e parte do oral para o escrito, já nas entrevistas gravadas a retextualização

parte da transcrição.

Essa obra é inspiradora e remete uma reflexão, para qualquer profissional de

todas as áreas de estudo, sobre um fazer profissional, pois além de ser um meio de

reflexão sobre a língua, amplia a leitura de mundo, já que a partir do processo de

retextualização, revisamos e aplicamos os conhecimentos adquiridos ao longo de

todo o processo de aprendizagem da leitura e da escrita.