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 UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL  RELAÇÕES PÚBLICAS RESENHA CRÍTICA Excelência nas relações públicas e história empresarial Stéfani Käfer Profa. Ms. Gabriela Gonçalves São Leopoldo 2009

RESENHA Excelência nas RP e História empresarial

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOSUNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL  – RELAÇÕES PÚBLICAS

RESENHA CRÍTICAExcelência nas relações públicas e história empresarial

Stéfani Käfer

Profa. Ms. Gabriela Gonçalves

São Leopoldo2009

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GRUNIG, James. A função das relações públicas na administração e sua contribuiçãopara a efetividade organizacional e societal. In: Comunicação & Sociedade / Programa de

Pós-Graduação em Comunicação Social; Universidade Metodista de São Paulo.  –  nº1

(jul./1979). São Bernardo do Campo: Umesp. (p. 68-92)

NASSAR, Paulo. Relações Públicas e história empresarial no Brasil.

Nos artigos de James E. Grunig1, A função das relações públicas na administração e

sua contribuição para a efetividade organizacional e societal2 , e de Paulo Nassar

3, Relações

Públicas e História Empresarial no Brasil4, encontram-se duas tendências de relações

públicas, baseadas em pesquisas de campo. São apresentadas, respectivamente, as

características que levam as relações públicas a excelência e como seus departamentos têm

contribuído para a eficácia das organizações; e a importância das ligações entre relações

públicas, comunicação organizacional e história empresarial.

A obra de Grunig apresenta estudos que determinam uma mudança da visão que se

tinha das relações públicas, passando de operacional para estratégica, apontando uma

melhoria no relacionamento da organização com seus públicos. Já a de Nassar é uma análise

sobre organizações que mantém programas ou ações que exploram e evidenciam sua história

empresarial, analisando também a periodicidade e intensidade que isto é feito.

Grunig ressalta que os programas de comunicação das organizações não são

administrados estrategicamente, o que não os torna eficazes. Seguindo a mesma linha de

pensamento, Nassar observa a importância de uma administração estratégica permanente na

construção da memória organizacional. Por fim, Grunig alerta para o fato de que as

organizações relacionam-se com diversos públicos estratégicos, que possuem seus próprios

interesses e influenciam nas decisões. Sendo assim, os departamentos de relações públicas são

considerados efetivos quando constroem relacionamentos com esses públicos.

Ambos apresentam suas conclusões sobre as pesquisas no decorrer dos artigos, apósapresentação das mesmas e apontamento de idéias prévias. Contudo, o artigo de Grunig,

apresenta quatro de nove princípios determinantes da excelência nas relações públicas.

1Professor de relações públicas na Escola de Jornalismo da Universidade de Mayland, nos Estados Unidos.Grunig é autor de mais de 150 publicações e detentor de diversos prêmios científicos e acadêmicos ._-------------- 2Realizado com o apoio da International Association of Business Communicators Research Foundation (IABC)

desde 1985, estudou mais de trezentas organizações dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.- 3Mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Nassar é professor, pesquisador e vice-coordenador do Curso de Pós-Graduação (lato sensu) de Gestão

Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Gestcorp) e autor de diversos livros. Alémdisso, é diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE).4Contou com o patrocínio da ABERJE e orientação da Profa. Dra. Margarida M. Krohling Kunsch. Foram 119

organizações estudadas em abril/maio de 2005 em todo o Brasil.

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Em suas conclusões, Grunig aponta que as relações públicas excelentes são

estratégicas, simétricas, globais e atuam na diversidade. São estratégicas quando as

organizações detectam oportunidades e características que lhes permitam vantagem

competitiva. São simétricas quando estabelecem um relacionamento a longo prazo que seja

satisfatório tanto para elas como para seus públicos - teoria simétrica de duas mãos. São

globais quando mantêm seus valores, mas adaptam suas estratégias de acordo com a cultura

do local onde estiverem atuando. Atuam na diversidade quando as organizações possuem, em

seu público interno, diversas raças, origens étnicas e profissionais de diferentes áreas,

desenvolvendo a capacidade de aprender e absorver experiências e culturas diversas.

Nassar conclui que são as empresas mais antigas que têm os programas mais

estruturados de história empresarial. Contudo estes programas estão sendo reconhecidos como

importantes pela maioria das empresas, para as construções de suas trajetórias, o que segundo

Grunig determina que essas organizações são compostas por relações públicas estratégicas.

Equipes multidisciplinares estão ganhando valor. Também profissionais de comunicação,

principalmente relações públicas, estão conquistando este espaço por apresentarem melhor

formação para lidar com imagem institucional, apontando para organizações compostas por

relações públicas que atuam na diversidade, segundo a teoria de Grunig. Mas apesar do

reconhecimento da importância da história empresarial pela maioria das empresas, muitos

preferem mantê-la no âmbito interno, caracterizando-se como uma organização com relações

públicas não simétricas, pela ótica de Grunig.

Do ponto de vista teórico, ambos os artigos são esclarecedores. Grunig vale-se de uma

teoria genérica, que pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo, e ambos apresentam

pesquisas de campo para apontar tendências de relações públicas. Grunig, porém, ressalta o

cuidado com as circunstâncias culturais e sociais do local onde a organização está inserida,

pois elas podem modificar essas tendências. Ambos apontam essas visões, dando umaabordagem diferente às relações públicas. Grunig apresenta a teoria de excelência nas relações

públicas e Nassar mostra a história empresarial como setor de atuação.

Quanto à linguagem utilizada, mesmo tratando-se de visões focadas em tendências,

que podem representar novidades para algumas pessoas, as obras têm abordagens claras. Elas

exigem certo conhecimento das teorias de relações públicas, mas valem-se de linguagem

simples e correta para a compreensão das tendências. Os artigos têm estruturação lógica,

apresentando primeiramente as formas de pesquisa e depois seus resultados e conclusões. Eles

são direcionados tanto a especialistas, quanto a estudantes de relações públicas, por se

tratarem de tendências interessantes e por permitirem fácil compreensão.