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1 ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS (345C) AVALIAÇÃO DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA NOS MUNICÍPIOS DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ, CAMBORIÚ E ITAJAÍ DE ACORDO COM A LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000. JUNIOR FELIPE BIDIN Faculdade Avantis [email protected] JULIANA ANDRESSA NEGRI Faculdade Avantis [email protected] FERNANDO SEDREZ SILVA Faculdade Avantis [email protected] ALOISIO GRUNOW Faculdade Avantis [email protected] RESUMO A contabilidade desempenha papel fundamental na economia de um país, não se restringindo ape- nas a manutenção das praticas contábeis, sendo seus profissionais, verdadeiros conselheiros das entidades, orientando gestores em seus mais complexos assuntos nas mais diversas áreas. Neste contexto, o objetivo principal da presente pesquisa foi identificar a efetividade da transparência dos atos e gastos do poder público no estado de Santa Catarina, mais precisamente nos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, apontando seus erros e acertos, e ainda, propondo sugestões para a melhor compreensão popular quanto à efetivação do Portal da Transparência, valendo-se da visibilidade proposta pela Lei de Responsa- bilidade Fiscal, Lei Complementar 131/09 e a mais recente publicação, Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. Dessa forma, foram verificados no exercício de 2015, os Portais da Transpa- rência dos três municípios, sob os aspectos legais, identificando posteriormente a percepção de usuários leigos em relação à interpretação dos dados apresentados por estes dispositivos, mediante aplicação de um questionário, onde se examinou a qualidade das informações fornecidas, a forma de acesso a essas, e os requisitos mínimos necessários para que haja a transparência da gestão publica. A metodologia empregada contou com um estudo de caso múltiplo, considerado exploratório, descritivo, documental e bibliográfico. Quanto às técnicas de coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado com perguntas objetivas em meio eletrônico (internet), de abordagem quantitativa. Os resultados evidenciaram que todos os municípios analisados possuem um portal na internet, de acesso público, onde são divulgadas as informações referen- tes à receita e despesa dos municípios, em que é possível a sociedade acompanhar, fiscalizar e controlar a gestão fiscal municipal. Entretanto, nem todas as informações que se julgam úteis para o acompanhamento da população são disponibilizadas, onde em muitos casos são incompletas, com linguagem tecnicista e de difícil acesso. Portanto, os municípios investigados não atenderam a totalidade dos preceitos da Lei Com- plementar 131/09, pois, algumas das informações estavam defasadas, não pormenorizadas, indisponíveis e de difícil localização e entendimento por parte da população. Com o atual ambiente econômico e intenso ao qual estamos presenciando, recomenda-se que os órgãos de controle institucional fiscalizem de forma mais intensa e rigorosa as prescrições estabelecidas na Lei Complementar n° 131/09 e suas regulamentações, obrigando o seu cumprimento. Palavras-chave: Transparência. Administração pública. Contabilidade Pública.

RESUMO - cbc.cfc.org.brcbc.cfc.org.br/comitecientifico/images/stories/trabalhos/345C.pdf · para que o cidadão e a sociedade ... ao passo que transparência ... metas de resultados

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

(345C) AVALIAÇÃO DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA NOS MUNICÍPIOS DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ, CAMBORIÚ E ITAJAÍ DE ACORDO COM A LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000.

JUNIOR FELIPE BIDINFaculdade [email protected]

JULIANA ANDRESSA NEGRIFaculdade [email protected]

FERNANDO SEDREZ SILVAFaculdade [email protected]

ALOISIO GRUNOWFaculdade [email protected]

RESUMO

A contabilidade desempenha papel fundamental na economia de um país, não se restringindo ape-nas a manutenção das praticas contábeis, sendo seus profissionais, verdadeiros conselheiros das entidades, orientando gestores em seus mais complexos assuntos nas mais diversas áreas. Neste contexto, o objetivo principal da presente pesquisa foi identificar a efetividade da transparência dos atos e gastos do poder público no estado de Santa Catarina, mais precisamente nos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, apontando seus erros e acertos, e ainda, propondo sugestões para a melhor compreensão popular quanto à efetivação do Portal da Transparência, valendo-se da visibilidade proposta pela Lei de Responsa-bilidade Fiscal, Lei Complementar 131/09 e a mais recente publicação, Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. Dessa forma, foram verificados no exercício de 2015, os Portais da Transpa-rência dos três municípios, sob os aspectos legais, identificando posteriormente a percepção de usuários leigos em relação à interpretação dos dados apresentados por estes dispositivos, mediante aplicação de um questionário, onde se examinou a qualidade das informações fornecidas, a forma de acesso a essas, e os requisitos mínimos necessários para que haja a transparência da gestão publica. A metodologia empregada contou com um estudo de caso múltiplo, considerado exploratório, descritivo, documental e bibliográfico. Quanto às técnicas de coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado com perguntas objetivas em meio eletrônico (internet), de abordagem quantitativa. Os resultados evidenciaram que todos os municípios analisados possuem um portal na internet, de acesso público, onde são divulgadas as informações referen-tes à receita e despesa dos municípios, em que é possível a sociedade acompanhar, fiscalizar e controlar a gestão fiscal municipal. Entretanto, nem todas as informações que se julgam úteis para o acompanhamento da população são disponibilizadas, onde em muitos casos são incompletas, com linguagem tecnicista e de difícil acesso. Portanto, os municípios investigados não atenderam a totalidade dos preceitos da Lei Com-plementar 131/09, pois, algumas das informações estavam defasadas, não pormenorizadas, indisponíveis e de difícil localização e entendimento por parte da população. Com o atual ambiente econômico e intenso ao qual estamos presenciando, recomenda-se que os órgãos de controle institucional fiscalizem de forma mais intensa e rigorosa as prescrições estabelecidas na Lei Complementar n° 131/09 e suas regulamentações, obrigando o seu cumprimento.

Palavras-chave: Transparência. Administração pública. Contabilidade Pública.

20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE • FORTALEZA • CE

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1. INTRODUÇÃOA Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que todos os atos públicos devem ser publicados, e para

isso, foram criados os Portais da Transparência. Embora sua criação tenha como objetivo facilitar a popu-lação o acesso às informações e aos atos dos poderes públicos praticados, sua navegação e entendimento podem não estar sendo eficazes, dificultando por muitas vezes o entendimento da população, seja por meio da nomenclatura utilizada, seja pela dificuldade de acesso.

Diante disso, a pesquisa procurou identificar a efetividade da transparência dos atos e gastos do poder público no estado de Santa Catarina, mais precisamente nos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, apontando seus erros e acertos, e ainda, propondo sugestões para a melhor compreensão popular.

A transparência na gestão pública é essencial para o processo da democracia em um país, e o Portal da Transparência surge da necessidade em aprimorar a dinâmica dessa evolução social, disponibilizando atra-vés de meios eletrônicos a possibilidade de qualquer cidadão a participar e compreender a composição dos atos públicos praticados. Mas será que as pessoas sabem o que é o Portal da Transparência? A administração pública é de fato transparente e consegue atingir a população?

Procurando respostas aos respectivos questionamentos, a pesquisa proporciona uma nova visão quan-to à transparência da administração pública, enfatizando a possibilidade de identificar o grau de cristali-nidade dos portais na disponibilização dos dados no que concerne à integralidade das informações, o de-talhamento, a facilidade de compreensão e a acessibilidade dos portais. Portanto, agrega benefícios a toda comunidade, de modo a facilitar a compreensão do ingresso aos portais da transparência e também ao entendimento dos dados publicados por essa ferramenta na gestão pública.

2. REVISÃO DA LITERATURA2.1 A contabilidade aplicada ao setor público

A contabilidade desempenha papel fundamental na economia de um país, não se restringindo apenas a manutenção de contas contábeis, sendo seus profissionais verdadeiros conselheiros das empresas, orien-tando gestores em seus mais complexos assuntos sociais e tributários.

Por se tratar de uma das divisões da ciência contábil, a Contabilidade Pública, possui características especiais que necessitam ser observadas e controladas, merecendo um estudo mais aprofundado, segundo KOHAMA, (2009:25), “É o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações”.

Nesse contexto, toda a Contabilidade Pública possui a responsabilidade de prestar contas de seus atos em decorrência da responsabilidade da gerência de recursos públicos, sendo transparente e acessível a toda comunidade.

A transparência na evidenciação dos atos e das contas da gestão pública é uma questão de grande re-levância social, sendo composta pelo princípio da publicidade disposto no art. 37 da Constituição Federal de 1988 e pelos subprincípios da motivação e participação popular na gestão administrativa, uma vez que todos apontam para a visibilidade da atuação administrativa, que inspira a produção de regras, procedimen-tos e leis, como a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O princípio da publicidade é aquele que cujo objetivo reside em assegurar transparência nas atividades ad-ministrativas. Ficando no pressuposto de que o administrador público é o responsável pela gestão dos bens da coletividade, esse princípio fixa a orientação constitucional de que ele deve portar-se com absolta transpa-rência, possibilitado aos administradores o conhecimento pleno de suas condutas administrativas. (ARAUJO; JÚNIOR, 2008: 339-340).

A publicidade acontece quando o ato é inserido no Diário Oficial ou por edital fixado em lugar próprio para a divulgação das ações públicas, gerando dessa forma, o conhecimento geral.

Além de proporcionar publicidade de suas ações, o setor público deve verificar se as informações e da-dos disponibilizados são suficientes ao exercício do controle social e se apresentam entendimento suficiente para que o cidadão e a sociedade possam avaliar a atuação dos gestores públicos. (EVANGELISTA, 2010).

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“[...] publicidade é tida como o anuncio de início ou fim de uma ação que atende a um preceito de ondem legal, ao passo que transparência consiste em traduzir ou demonstrar ao cidadão os benefícios e resultados produ-zidos por determinada ação ou atividade governamental. [...]”. (EVANGELISTA, 2010:15).

Nesse contexto, a transparência na administração publica é assegurada pela legislação brasileira, que tenta de alguma forma impor um determinado padrão ético quanto a sua elaboração e apresentação. Por-tanto, indica possibilidade do acompanhamento claro, transparente da execução orçamentária e das finan-ças públicas. No entanto, dar publicidade não significa necessariamente ser transparente, sendo necessário que as informações disponibilizadas sejam capazes de comunicar o real sentido que expressam, de modo a não parecerem enganosas.

2.2 Lei Complementar nº 101/2000Lei Complementar n° 101 de 04 de maio de 2000, foi editada para servir como ponto de referência do

administrador público, passando a ser conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.A LRF estabelece norma de disciplina financeira aplicada ao setor público e impõe ao administrador a

responsabilidade pela gestão fiscal, aprimorando o processo de planejamento gestão e controle do dinheiro público, como pode se observar no § 1º do art. 1º da referida Lei:

§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, ope-rações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

O objetivo da elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal foi promover e manter o equilíbrio das con-tas públicas, conforme verificamos em Silva (2014);

Essa lei estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, contemplando ainda os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Tri-bunais de Contas, o Ministério Público, as autarquias, os fundos, as fundações públicas e as empesas estatais dependentes. (SILVA, 2014:01).

Mais do que punir os administradores públicos, a Lei objetiva ajustar a administração pública, seja no âmbito, dos Municípios, Estados ou da própria União, bem como, limitar os gastos às receitas, mediante a adoção das técnicas do planejamento governamental, organização, controle interno e externo e também a transparência das ações em relação à população, ficando dessa forma, os administradores públicos, obriga-dos a serem responsáveis no exercício de sua função e sujeitos a penalidades definidas na legislação própria, agora reforçadas pela Lei Complementar n°101. (CRUZ, 2014).

A Lei de Responsabilidade Fiscal busca, portanto, aprimorar os controles existentes na administração pública, reforçando os mecanismos de planejamento e transparência dos recursos, atribuindo aos gestores maior responsabilidade.

No que tange à transparência, a Lei Complementar nº 101/2000, em seu artigo 48, aprimorou os dis-positivos através da obrigatoriedade na realização de audiências públicas para discussão e elaboração do planejamento público, acrescido da determinação quanto à publicação de diversos demonstrativos. No en-tanto, a Lei Complementar nº 131/2009, agregou maior deliberação a esse instrumento, elevando significa-tivamente o nível, volume e a tempestividade das informações a serem disponibilizadas aos cidadãos.

2.3 Lei Complementar nº 131/2009A Lei Complementar nº 131 de 27 de maio de 2009 acrescenta amplitude à Lei Complementar n° 101,

com o objetivo de determinar a disponibilização em tempo real das informações sobre a execução orçamen-tária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Em acréscimo ao texto legislativo mencionado acima, a execução orçamentária, inclui as receitas e des-pesas do poder público em todos os seus estágios de maneira pormenorizada, o que absorve a ideia de receita e despesa em seu maior detalhamento, como por exemplo, todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização.

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O art. 48 da Lei Complementar n° 101 de 2000 dispõe em seu parágrafo único que a transparência também será assegurada mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamen-tária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. Disponível em: (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm).

O art. 48 evidencia o conteúdo mínimo necessário a ser colocado à disposição da sociedade, onde, o ob-jetivo é contribuir para que o controle social seja mais efetivo, proporcionando a possibilidade de denunciar as irregularidades e ilegalidades observadas por qualquer cidadão.

Os novos adendos à Lei tratam-se da publicidade e também determinam que os dados sejam apresen-tados sem que ocorram tratamentos sobre eles. Dessa maneira, caso o cidadão queira se inteirar sobre os objetivos de determinada despesa, este deverá buscar outras fontes complementares de informações.

Essa nova exigência da LRF denota avanços em termos de publicidade na execução do orçamento para as três esferas de governos (na área federal essa regra já vinha sendo cumprida por meio do portal da transparência), mas não sinaliza avanços no sentido de evidenciar resultados e efetividade das despesas públicas. (EVANGE-LISTA, 2010:16).

Sabe-se que a Lei Complementar 131/2009 oferece uma nova forma de evidenciar a execução orça-mentária e financeira aos cidadãos. Entretanto, o grande desafio ainda encontra-se em transformar a lin-guagem tecnicista em mais acessível e popular, e ainda, que possa indicar a sociedade uma boa regulação e aplicação dos recursos pelo Estado.

2.4 Lei 12.527/2011A Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011, também conhecida como Lei de Acesso a Informação,

tem como principal objetivo assegurar a gestão transparente da informação, proporcionando amplo aces-so a divulgação.

O direito à informação é um considerado fundamental e está vinculado à noção de democracia. Em um sentido amplo, o direito à informação está mais associado ao direito que toda pessoa tem de pedir e receber informações que estão sob a guarda de órgãos e entidades públicas. Dessa forma, é extremamente impor-tante que os órgãos públicos facilitem aos cidadãos o acesso a informações de interesse público.

Essa norma determinou como regra o objetivo da referida Lei, onde o sigilo anteriormente adotado passou a ser a exceção. Também criou mecanismos que possibilitam a qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o recebimento de informações públicas dos órgãos e entidades, ve-rificado em seu art. 1°, parágrafo único, a lei dispõe:

Subordinam-se ao regime desta Lei: I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II – as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Disponível em: (http://www.pla-nalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm).

A Lei de Acesso à Informação regulamenta o direito constitucional dos cidadãos acessarem as informa-ções públicas e o dever da administração promover as divulgações mínimas para a sociedade, podendo à transparência agir de forma ativa, quando a iniciativa parte do Poder Público, ou passiva, onde os pedidos de informações são solicitados pelos cidadãos.

3. METODOLOGIA DE PESQUISAEsta fase constitutiva do projeto caracteriza a natureza do problema; o autor deve anunciar que tipo de

investigação desenvolverá. Trata-se de explicar como o trabalho combinará as diversas formas de pesquisa. (MARTINS, 2011).

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

Para este estudo, foram utilizadas as abordagens descritiva, exploratória, documental, bibliográfica e quantitativa. Em BEUREN (2008 apud GIL, 1999:55), “[...] a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas esta na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados”. Em acréscimo, a pesquisa exploratória é normalmente utilizada quando se tem pouco co-nhecimento sobre a temática que será abordada. BEUREN (2008). Quanto ao estudo bibliográfico é o ponto de partida de toda e qualquer pesquisa. (CERVO E BERIAN, 1983).

Na sequencia, o método abordado indicou um estudo de caso múltiplo, onde segundo YIN (2001:27), “[...] a estratégia escolhida ao se examinar acontecimentos contemporâneos, mas quando não se podem ma-nipular comportamentos relevantes”. O mesmo autor ainda explica que, YIN, (2001:32) “Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. Portanto, a coleta de da-dos desse estudo de caso múltiplo ocorreu no estado de Santa Catarina, mais precisamente nas prefeituras dos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, de forma a responde a pergunta de pesquisa:

HIPÓTESE: Qual a efetividade na apresentação dos gastos no poder público, nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí no exercício de 2015, avaliados segundo seu Portal da Transparência?

4. CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS4.1 Apresentação dos resuldados por município

Para verificar o cumprimento da legislação que trata da Transparência Pública, Lei Complementar 131/2009, juntamente com a Lei 12.527/2011, foi elaborado um checklist de verificação dos Portais da Transparência de acordo com o TAC – Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta, elaborado pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina, o qual foi celebrado em grande parte dos Municípios do Estado visando facilitar a interpretação dos dados publicados. Posteriormente, o mesmo foi aplicado nas prefeituras municipais de três municípios, precisamente nas cidades de: Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, todas localizadas no estado de Santa Catarina.

A transparência da gestão pública municipal não se restringe em apenas disponibilizar dados, mas também engloba a prestação de contas, fornecendo informações em linguagem clara e acessível para que qualquer cidadão possa interpretá-las e utilizar-se das mesmas como que for preciso. O checklist (Quadro 01) elaborado de acordo com a TAC procurou evidenciar a disponibilização mínima de informações pelos municípios, com o intuito de examinar se os municípios atendem aos critérios mínimos exigidos.

Prefeitura Municipal de Balneário CamboriúDos municípios analisados, Balneário Camboriú apresenta o índice mais elevado quanto ao grau de

transparência, atendendo completamente a disponibilização de informações em 44%, parcialmente em 48% e não atendendo apenas em 8%, conforme observado na Figura 01.

Figura 01: Índices de Transparência do Município de Balneário Camboriú.Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

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O ponto forte deste município está na disponibilização de seu quadro funcional, contemplando todos os quesitos mínimos exigidos, e ainda, fornecendo dados que podem ser acessados de maneira detalhada por qualquer cidadão.

Quanto ao item, disponibilização e atualização da informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, encontrou-se a disponibilização da mesma, porém a linguagem não é clara, o acesso por muitas vezes não é facilitado, e a falta de informação dificulta a compreensão e interpre-tação dos dados publicados devido à linguagem tecnicista.

Na atualização em tempo real ou dos últimos sete dias, é impossível identificar em qualquer um dos portais, qual a data de postagem das publicações, assim, podem se tratar de informações mais antigas e que estão sendo lançadas apenas agora no sistema do Portal da Transparência.

As variáveis envoltas ao indicador de 8% abordam os quesitos referentes ao não atendimento das ne-cessidades informacionais dos pesquisados, neles encontramos a ausência de dados bancários, apontamen-to de beneficiários ou favorecidos por recebimento de despesas, onde, segundo os envolvidos na amostra, deveriam sem contemplados neste dispositivo justamente por sua relevância.

Prefeitura Municipal de ItajaíCom aplicação do checklist no Município de Itajaí, encontrou-se o segundo Município com os índices

mais altos de transparência. Itajaí atende completamente a disponibilização de informações em 37%, par-cialmente em 50% e não atende apenas em 13%.

Figura 02: Índices de Transparência do Município de Itajaí

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

A Prefeitura Municipal de Itajaí, apesar de exibir o mesmo sistema informatizado de Portal da Trans-parência verificado em Balneário Camboriú, deixa a desejar na prestação de informações quanto ao quesito quadro funcional de seu município. Em seu portal, o município não conta com identificação do ente ou ór-gão, função, espécie de contratação e carga horária, como também não disponibiliza a relação de todos os estagiários da administração pública municipal e a relação dos servidores públicos recebidos em cessão ou cedidos para outros órgãos da administração pública direta ou indireta, autárquica ou fundacional.

Os resultados acerca dos dados bancários, beneficiários ou favorecidos por recebimento de despesas, assemelham-se muito aos do município de Balneário Camboriú, porém essa defasagem resulta num percen-tual de 13% em Itajaí.

Prefeitura Municipal de CamboriúO Município de Camboriú apresenta os menores índices de transparência de acordo com o TAC, não

atendendo completamente a legislação que trata da transparência, vista na Lei Complementar 131/2009 e Lei 12.527/2011. Os dados abordados pela pesquisa quanto aos resultados obtidos na aplicação do checklist no município, apontam para 35% em atendem completamente a disponibilização de informações, 50% para parcialmente e 15% em não atendem, conforme descrito na figura 03.

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

Figura 03: Índices de Transparência do Município de Camboriú

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

Assim como Itajaí, em Camboriú ocorrem falhas na disponibilização de dados acerca do quadro fun-cional, não disponibilizando os vencimentos, vantagens fixas ou variáveis, subsídios, gratificações, horas extras, e benefícios pessoais de qualquer natureza, além dos encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades previdenciárias. Na sequencia, não são expostos uma relação de todos os estagiários da administração pública municipal, bem como, a dos servidores públicos inativos e pensionistas.

No que concerne aos servidores públicos recebidos em cessão ou cedidos para outros órgãos da ad-ministração pública direta ou indireta, autárquica ou fundacional, foi possível identificar que o Município de Camboriú possui o relatório, mas não há informações sobre servidores cedidos ou recebidos em cessão. Neste caso, pode-se concluir que não existam servidores cedidos ou recebidos em cessão e, o que acarreta-ria o cumprimento da lei. No entanto, isto é apenas uma suposição.

Contudo, apesar de ser o município com o menor grau de transparência, a disponibilização de suas des-pesas é extremamente detalhada, e de grande valia para o conhecimento popular sobre determinado gasto. Em contrapartida, é o portal com maior dificuldade para se trabalhar, com telas que dificultam o acesso a uma despesa específica, principalmente quando pesquisado por alguém sem experiência no portal.

Quanto à disponibilização das informações, sobre os dados bancários de beneficiários ou favorecidos por recebimento de despesas, Camboriú não foi exceção, assim como os demais municípios não contempla essa informação da maneira apropriada. Porém, o fator decisivo que agregou um percentual 15% para in-formações não atendidas e disponibilizadas pelo município foi a quase inexistência na descrição do quadro funcional, fator que deveria ser revisto pela administração, por se tratar justamente de um dos focos princi-pais nas pesquisas populares sobre transparência de gastos públicos.

Outro aspecto, quanto a não atender totalmente os critérios analisados, encontra-se na disponibilização do PPA, LDO e LOA, onde os três municípios não apresentam nada em seu sítio oficial ou nos portais da trans-parência que remetesse para o site oficial, “www.leismunicipais.com.br” onde está publicado, ficando incom-pleta ou, no mínimo, de difícil acesso a possibilidade de verificação das informações por parte do cidadão.

Portanto, nos municípios analisados, apesar de possuírem os meios eletrônicos de portais de acesso público às informações sobre a execução orçamentária e financeira, não atenderam a totalidade dos pre-ceitos da Lei Complementar 131/09, pois algumas informações estavam defasadas, não pormenorizadas, indisponíveis e de difícil localização e entendimento.

4.2 Percepção dos usuários externosO passo seguinte à verificação dos municípios sobre o cumprimento da legislação que trata da Trans-

parência Pública foi averiguar a percepção dos usuários externos quanto às informações disponibilizadas a sociedade nos Portais da Transparência. Para isso, selecionaram-se algumas informações de cada um dos municípios, transformando-as posteriormente em perguntas. Na sequencia, os usuários elegidos aleatoria-mente, tiveram um determinado tempo para acessar o Portal da Transparência e responder aos quesitos sem interferência, traçando um perfil e compondo duas amostras diferentes.

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Conforme visto no Quadro 01, foram aplicados questionários sobre atos da Administração Pública, contendo perguntas voltadas a receita publica, despesa publica, e demais ações realizadas pela gestão mu-nicipal. O principal objetivo dessa pesquisa foi realmente verificar a efetiva transparência dos portais nos municípios pesquisados, no que se refere à disponibilização de informações para o acesso, conhecimento e entendimento popular acerca dos atos praticado.

Sem qualquer forma de auxílio, os entrevistados foram submetidos às perguntas, partindo do pressu-posto de que a informação deve ser disponibilizada de forma clara e objetiva e seu acesso ocorre de maneira facilitada, para que qualquer cidadão tenha o acesso aos portais. As respostas se propõem a evidenciar a percepção direta dos usuários acerca da transparência no setor público.

QUADRO 01 – QUESTIONÁRIO SOBRE A TRANSPARÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NOS MUNICÍPIOS DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ, CAMBORIÚ E ITAJAÍ DE ACORDO COM A LEI DE TRANSPARÊNCIA FISCAL.

1. Qual o valor da remuneração do prefeito de Balneário Camboriú referente ao mês de agosto de 2015?

2. Qual o valor da remuneração do prefeito de Itajaí referente ao mês de agosto de 2015?

3. Qual o nome da empresa contratada pelo município de Camboriú para a aquisição de produtos de gêneros alimentícios, para compor a merenda das unidades escolares a serem distribuídos nas unidades escolares do município de Camboriú? Informe ainda o valor total empenhado para o ano de 2015?

4. Qual o nome da empresa e valor contratado referente à locação de sonorização, iluminação, palco, painel de led e afins para o carnaval de Balneário Camboriú realizado no período de 13 a 17 de fevereiro de 2015?

5. Qual o nome da empresa e valor contratado para a manutenção preventiva e assistência técnica de um elevador na policlínica municipal de atendimento especializado do município de Camboriú?

6. Qual o valor total empenhado para a aquisição de materiais de construção, hidráulicos, pinturas, dentre outros, com a finalidade de atender reparações no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), no município de Camboriú?

7. Qual o valor empenhado pelo município de Balneário Camboriú referente às despesas com diárias internacionais no ano de 2015?

8. Qual é a previsão de arrecadação para o ano de 2015 pela empresa municipal de água e saneamento de balneário Camboriú (EMASA), referente aos serviços de religamento de água no município?

9. Qual foi a arrecadação do município de Itajaí referente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU no período de janeiro a junho de 2015?

10. Qual o nome e da empresa e valor contratado para realizar a execução de obras de infraestrutura na Rua Tiradentes no município de Itajaí?

Fonte: Elaborado pelo acadêmico, 2015.

A amostra coletada totalizou vinte e uma pessoas entrevistadas. Contando com a participação de seis pessoas do sexo masculino, onde duas tinham nível superior completo e quatro pessoas com nível superior incompleto. Já o sexo feminino contou com quinze pessoas entrevistadas, onde quanto ao nível de instrução apresentou três pessoas com nível superior completo, sete com nível superior incompleto e cinco pessoas com o ensino médio completo. O Quadro 02 demonstra o percentual de acertos e erros de cada uma das perguntas, considerando a totalidade de entrevistados entre perfil e amostra.

QUADRO 02 – PERCENTUAL DE ACERTOS E ERROS POR PERGUNTAS

QuestãoQuantidade entrevistada Porcentagens por questão

Encontrou Não Encontrou Encontrou Não Encontrou

1 9 12 43% 57%

2 10 11 48% 52%

3 1 20 5% 95%

4 1 20 5% 95%

5 3 18 14% 86%

6 1 20 5% 95%

7 0 21 0% 100%

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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

QuestãoQuantidade entrevistada Porcentagens por questão

Encontrou Não Encontrou Encontrou Não Encontrou

8 8 13 38% 62%

9 3 18 14% 86%

10 2 19 10% 90%Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

De modo geral, os resultados alcançados na pesquisa apresentaram um percentual negativo de 82%, ou seja, 82% dos entrevistados não conseguiram encontrar as informações necessárias em cada um dos três portais da transparência dos municípios elencados, onde, por consequência apenas 18% conseguiram encontrar as respostas.

Figura 04: Percepção geral dos usuários sobre os portais da transparência

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

A faixa etária dos pesquisados varia de 21 a 50 anos, e o nível de escolaridade variou desde o ensino médio até superior completo, sendo que nenhum dos entrevistados conseguiu encontrar as respostas do questionário em sua totalidade. A grande dificuldade relatada foi à complexidade das informações e tam-bém a linguagem tecnicista, o que dificulta e muito o acesso e a compreensão popular.

Segundo considerações dos envolvidos, é impossível encontrar algumas respostas, pois os caminhos de acesso às informações não possuem clareza, sendo dificílimo a alguém que desconheça o sistema e os termos utilizados alcançar o objetivo informacional, sem o auxílio de um profissional do setor público. As-sim, embora as informações estejam disponibilizadas em todos os portais, são muito complexas, onde, estão dispostas de uma forma que para alguém leigo gera muito esforço, necessitando do completo auxílio de ferramenta avançada de pesquisa ou até mesmo de uma espécie de dicionário que traduza as abordagens adotadas pelos portais, a qual deveria ser popular.

5. CONSIDERAÇÕES FINAISEsta pesquisa buscou identificar a efetividade da transparência dos gastos do poder público nos Mu-

nicípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí no exercício de 2015, analisando os Portais da Transpa-rência sob os aspectos legais, identificando posteriormente a percepção de usuários leigos em relação à interpretação dos dados apresentados por estes dispositivos, mediante aplicação de um questionário. Dessa forma, foram analisadas as informações contidas no Portal da Transparência dos três municípios, examinan-do a qualidade das informações fornecidas, a forma de acesso a essas informações e os requisitos mínimos necessários para que haja a transparência da gestão publica.

Considerando a relevância dessas implicações, concluiu-se com o presente estudo que todos os muni-cípios analisados possuem um portal na internet, de acesso público, onde são divulgadas as informações referentes à receita e despesa das municipalidades, em que é possível a sociedade acompanhar, fiscalizar e

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controlar a gestão fiscal municipal. Entretanto, nem todas as informações que se julgam úteis para o acom-panhamento da população são disponibilizadas, e em muitos casos essas, são prestadas de forma incomple-ta, com linguagem tecnicista e de difícil acesso.

Em acréscimo, expõe que os municípios investigados não atenderam a totalidade dos preceitos da Lei Complementar 131/09, pois algumas informações estavam defasadas, não pormenorizadas, indisponíveis e de difícil localização e entendimento por parte da população. Considerando que não existe um modelo pa-drão para a disponibilização das informações, visto que cada município possui uma maneira de apresentar seus dados e que possuem sistemas de contabilidade e de administração financeira diferente, recomenda-se que seja exigida uma padronização por meio dos organismos fiscalizadores. Sendo assim, este modelo pa-drão poderia atender todas as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 131/09 e a mais recente Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação.

Por fim, recomenda-se que os órgãos municipais elaborem e publiquem cartilhas com linguagem aces-sível aos interessados sobre os principais conceitos da legislação de transparência na gestão fiscal, onde seja incentivada a participação popular na fiscalização da administração pública, bem como, a criação de canais de recebimento de criticas e sugestões sobre os seus respectivos Portais da Transparência. Afinal, com o ambiente econômico e intenso ao qual estamos presenciando, que os órgãos de controle institucional fiscalizem de forma mais intensa e rigorosa as prescrições estabelecidas na Lei Complementar n° 131/09 e suas regulamentações, obrigando o seu cumprimento.

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