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RESUMO PRINCÍPIOS
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RESUMO DE PENAL
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
De acordo com o Rogério Greco, o princípio da legalidade é, sem dúvida, o mais importante princípio do
Direito Penal. Tudo o que não é expressamente proibido é lícito diante do Direito Penal.
“não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Art. 1º CP e Art. 5º inciso XXXIX
Conforme o dispositivo, não há crime sem lei anterior que o defina: crime pressupõe existência de lei. Lei
antes, crime depois. Uma lei só pode ser aplicada ao que vier depois, não podendo atingir fatos que já
tiverem ocorrido. Tem como função proibir a retroatividade de uma lei penal incriminadora.
FUNÇÕES DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Proibir a retroatividade da lei penal – o inciso LX da CF determina que “a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o agente”. A regra, portanto, é a irretroatividade. A retroatividade é exceção só admitida
para beneficiar o agente. Daí ninguém poder ser punido por cometer um fato que, à época, era tido como
um indiferente penal;
Art. 2º CP: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Também chamado de anterioridade a Lei deve ser anterior a pratica da conduta que se pretende punir
Art. 2º CP: Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Abolitio criminis quando uma Lei nova deixa de considerar crime algo que antes era assim tratado.
Exemplos de leis abolidas: ### lembrar leis românticas##
Art. 240 - Cometer adultério:
Art 217 – crime de sedução: seduzir mulher virgem, menor de dezoito anos e maior de catorze, e ter com
ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança.
Consequências:
Retroage a lei afastando todos os efeitos penais em todos os momentos até mesmo em transitada em
julgada
Não retroage na esfera civil
Proibir o uso de analogia princípios gerais do direito ou costumes para criar crimes, fundamentar ou
agravar penas: a Proibição é o recurso à analogia in malam partem para, de qualquer forma, prejudicar o
agente e nada impede a analogia in bonan partem.
“Não há crime sem lei”
Principio da Taxatividade o rol incriminador e fechado e taxativo não admitindo ampliação.
Proibir incriminações vagas e indeterminadas (taxatividade) – o preceito primário do tipo penal
incriminador deve ter uma descrição precisa da conduta proibida ou imposta, sendo vedada a criação de
tipos que contenham conceitos vagos ou imprecisos. Isso quer dizer, também, que o judiciário está
sempre obrigado a interpretar a norma legal de maneira restritiva.
“não há crime sem lei anterior que o defina”
Principio da determinação a lei penal deve determinar de forma precisa exata aquilo que quer incriminar
LEGALIDADE FORMAL E LEGALIDADE MATERIAL
Legalidade Formal – é a obediência aos trâmites procedimentais previstos pela Constituição para que
determinado diploma legal possa vir a fazer parte de nosso ordenamento jurídico.
Legalidade Material – respeito em seu conteúdo das proibições e imposições trazidas pela Constituição
para a garantia de nossos direitos fundamentais por ela previstos.
PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DAS PENAS
A Constituição Federal preceitua no inciso XLVII de seu artigo 5º que:
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; (o primeiro direito é o
direito a vida). (SALVO: Art 55 morte: 56 por fuzilamento)
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados; (o trabalho é um direito e um dever mais não é obrigado)
d) de banimento; (ser expulso de seu lar, mandar pra longe). (o RDD* embora aplicado e considerado
valido pelo STF pode ser visto como violador do principio da dignidade da pessoa humana por se
assemelhar ao banimento)
e) cruéis; (tortura, castigo corporal, deixar sem comida).
A proibição constitucional dessas espécies de pena atende ao princípio da DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA (art. 1º, III).
RDD* regime disciplinar diferenciado
Princípio da Humanidade ou Dignidade da Pessoa Humana
O Direito Penal não pode atentar contra os Direitos Humanos, nem contra a dignidade da pessoa
Humana; O Direito Penal deverá respeitar acima de tudo os direitos humanos fundamentais e jamais
atentar contra a dignidade da pessoa humana;
Função: limitar a pena;
Tal princípio é válido não apenas quando da aplicação da lei, mas também durante a execução da
pena; Proíbe penas que atentem contra a dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais;
Princípio da Culpabilidade
Culpabilidade é o juízo de censura, é o juízo de reprovabilidade que se faz sobre a conduta típica e ilícita
do agente.
• culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico do crime – exerce papel fundamental
na caracterização da infração penal. A culpabilidade é o terceiro elemento integrante do conceito
analítico de crime, sendo estudada após a análise do fato típico e a ilicitude, ou seja, após concluir-se que
o agente praticou um injusto penal. Após essa constatação, inicia-se um novo estudo, que agora terá seu
foco dirigido à possibilidade ou não de censura sobre o fato praticado.
• culpabilidade como princípio medidor da pena – uma vez existente a infração penal (fato típico,
antijurídico e culpável) o agente será, em tese, condenado. O juiz, para encontrar a medida justa da pena
para a infração penal praticada, terá sua atenção voltada para a culpabilidade do agente como critério
regulador.
A primeira das CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS a serem analisadas pelo juiz para a fixação da pena-base
(primeira fase dentro do critério trifásico de fixação da pena) é justamente a CULPABILIDADE (art. 59, do
CP).
• culpabilidade como princípio impedidor da responsabilidade penal objetiva, ou seja, o da
responsabilidade penal sem culpa – o princípio da culpabilidade impõe subjetividade na responsabilidade
penal. Não se admite no Direito penal a atribuição de responsabilidade derivada simplesmente de uma
associação causal entre a conduta e um resultado de lesão ou perigo para um bem jurídico.
Se não houver dolo ou culpa, não haverá conduta. Sem conduta não há fato típico.
Sem fato típico não haverá crime.
Culpa em sentido amplo: agir com dolo, intenção;
Culpa em sentido estrito: falta de cuidado, desatenção, negligência, falta de cautela, imprudência;
A culpa (amplo sensu), sinônimo de responsabilidade, ocorrerá através de duas formas:
1: dolo, intenção, finalidade, vontade;
2: culpa, falta de cuidado;
Consequência: sem dolo e sem culpa não há crime, o fato será atípico;
A culpabilidade não diz respeito ao que se causa;
“Habilidade pra ter culpa”
Causalidade: o que se causa; Finalismo: a finalidade do sujeito ao mover-se;
No causalismo, a conduta humana se caracterizava pelo resultado causado. Já no finalismo, adotado pelo
Código Penal, a conduta humana e o verbo se caracterizam pela finalidade do agente ao mover-se. Por
isso, o dolo e também a culpa são elementos que caracterizam a ação humana, do verbo praticado sem
dolo e sem culpa decorre a conduta atípica;
Crime pressupõe existência de culpado, responsável;
Causar o resultado diz respeito tão somente à responsabilidade objetiva;
É do sujeito a responsabilidade;
Responsabilidade subjetiva liga-se ao sujeito,
Responsabilidade objetiva liga-se ao fato;
É culpável a conduta do agente que podendo agir de outra forma, optou por agit de forma contraria ao
ordenamento jurídico.
Exemplo: dirigir sob efeito de álcool
Princípio da Lesividade ou Ofensividade
A existência de crime pressupõe afetação à esfera do bem jurídico ALHEIO, de forma significante;
Crime: lesionar bem jurídico de terceiro;
Para que exista crime a conduta do agente deverá atingir, afetar bem jurídico alheio e de forma significante;
Não se pode incriminar condutas autolesiva;
Consequências do Princípio da Lesividade:
Autolesão não é crime;
Nada impede que a conduta autolesiva acabe gerando um crime quando paralelamente atingir um bem jurídico alheio (suicídio tentado de mulher gravida, que produz a morte do feto – autoaborto, art. 124 CP)
Fraude à seguradora para recebimento de seguro pela autolesão;
Cogitação e preparação são impuníveis, pois não invadem bem alheio;
As etapas de cogitação e preparação são consideradas impuníveis pois não afetam bem jurídico alheio e o direito penal só começa a intervir a partir da execução;
A maioria da doutrina reconhece que há exceções à impunidade dos atos preparatórios quando o legislador opta por tipificar autonomamente, criando um crime para punir o que seria mera preparação para outro crime (Ex: art. 288 e art. 291 CP);