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ESTUDO PARA P2 DE PEC I 1.ADAM SMITH – TSM Para Smith, o princípio que serve de fundamento para que as pessoas aprovem ou não, tanto as suas próprias ações quanto as das demais, não está assentado nem no egoísmo, nem no intelecto - mas no sentimento. s pessoas, ao se imaginarem umas no lugar das outras, aca!am por e"perimentar um con#unto de sensações, e atrav$s des tas sensações, formulam seus #ulgamentos acerca tanto de si, quanto das demais. % deste imaginar-se no lugar do outro, que Smith constrói o seu conceito de simpatia, que não se restringe apenas & solidariedade pelo sofrimento alheio. ' que, con#untamente ao conceito do espectador imparcial, modelo ideali(ado de ser humano, a simpatia, no sentido dado por Smith ao termo, torna possível &s pessoas se condu(irem adequadamente dentro da sociedade. )u se#a, não há como compreender o conceito de auto interesse ou amor-próprio *sel+ove presente na , sem que se tenha em mente a a!ordagem moral reali(ada por Smith na /S0. % esta !usca por aprovação que funciona como a motivação da divisão do tra!alho 1 a qual $ consequ2ncia de um princípio que pode ser encontrado em todo o g2nero humano 1 a propensão universal para as trocas 3#us tas e deli!eradas4. 'sta propensão $ o princípio que norteia a conhecida passagem do açougueiro, padeiro e cerve#eiro presente na , e que se tornou canoni(ada ao longo do tempo, e não o egoísmo. Por 5m, dada a rique(a dos temas tratados por Smith tanto na /S0, quanto na -temas que tratam desde sua visão acerca da in+u2ncia da moda e comportamento dos ricos e famosos so!re as pessoas de classes menos favorecidas economicamente, at$ o papel do espectador imparcial e sua relação com a 6ustiça em seu primeiro livro. Resenha de Angela Ganem 7 a  leitura -8 /S09 #ovem e rom:ntico 5lósofo; 9 maduro economista <ruptu ra de enfoqu e9 a segund a e"pr essando supera ção ou rend enção da primeira e representaria melhor a o!ra de Smith=. > a  leitura -8 deve ser iluminada com os escritos 5losó5cos da /S0.  /S0 retrata o papel do indíviduo smithiano em, atrav$s da imaginação, se colocar no lugar do outro, ou pode ser o ator da vida; esse ?ltimo, !usca aprovação, reconhecimento 1 e atrav$s do primeiro se vivencia uma ação. troca entre os dois papeis <e"peri2ncia @ imaginação=, os #uí(os $ticos são formados e a conviv2ncia entre os homens $ fonte de5nidora da moralidade. partir da simpatia, o autor de5ne quais são as virtudes que o homem virtuoso e sá!io deve perseguir e tam!$m nos fornec e a possi!ili dade de entendermos o amor próprio construído e e"presso no dese#o de aprovação e reconhecimento. Smith de5ne o homem prudente como aquele capa( de agir com autocontrole, cuidar da sua vida e seu tra!alho e lutar para melhorar sua própria condição. Aomem virtuoso9 o que se deveria ser , atrav$s de normas morais </S0=; homem prudente9 adequado & moral vigente, que age de acordo com ela para o!ter aprovação <=, como se é realmente. Ba corr upção de nossos sentimentos morais, provocados por essa disposição de admirar os ricos e grandes, e despre(ar ou negligenciar os de condição po!re ou mesquinha9 capítulo da /S0 incluído cinco anos após retrata a preocupação do autor com os pro!lemas das relações da nova sociedade que nasce. Adam Smith e o S!gimento do Dis"!so E"on#mi"o – Hgo Ce!$ei!a

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ESTUDO PARA P2 DE PEC I

1. ADAM SMITH – TSM

Para Smith, o princípio que serve de fundamento para que as pessoasaprovem ou não, tanto as suas próprias ações quanto as das demais, nãoestá assentado nem no egoísmo, nem no intelecto - mas no sentimento.s pessoas, ao se imaginarem umas no lugar das outras, aca!am pore"perimentar um con#unto de sensações, e atrav$s destas sensações,formulam seus #ulgamentos acerca tanto de si, quanto das demais. %deste imaginar-se no lugar do outro, que Smith constrói o seu conceito desimpatia, que não se restringe apenas & solidariedade pelo sofrimentoalheio. ' que, con#untamente ao conceito do espectador imparcial, modeloideali(ado de ser humano, a simpatia, no sentido dado por Smith aotermo, torna possível &s pessoas se condu(irem adequadamente dentroda sociedade. )u se#a, não há como compreender o conceito de autointeresse ou amor-próprio *sel+ove presente na , sem que se tenha em

mente a a!ordagem moral reali(ada por Smith na /S0. % esta !usca poraprovação que funciona como a motivação da divisão do tra!alho 1 a qual$ consequ2ncia de um princípio que pode ser encontrado em todo og2nero humano 1 a propensão universal para as trocas 3#ustas edeli!eradas4. 'sta propensão $ o princípio que norteia a conhecidapassagem do açougueiro, padeiro e cerve#eiro presente na , e que setornou canoni(ada ao longo do tempo, e não o egoísmo.

Por 5m, dada a rique(a dos temas tratados por Smith tanto na /S0,quanto na -temas que tratam desde sua visão acerca da in+u2ncia damoda e comportamento dos ricos e famosos so!re as pessoas de classesmenos favorecidas economicamente, at$ o papel do espectador imparciale sua relação com a 6ustiça em seu primeiro livro.

Resenha de Angela Ganem• 7a  leitura -8 /S09 #ovem e rom:ntico 5lósofo; 9 maduro economista

<ruptura de enfoque9 a segunda e"pressando superação ou rendenção daprimeira e representaria melhor a o!ra de Smith=.

• >a leitura -8 deve ser iluminada com os escritos 5losó5cos da /S0.•  /S0 retrata o papel do indíviduo smithiano em, atrav$s da imaginação, se

colocar no lugar do outro, ou pode ser o ator da vida; esse ?ltimo, !uscaaprovação, reconhecimento 1 e atrav$s do primeiro se vivencia uma ação. troca entre os dois papeis <e"peri2ncia @ imaginação=, os #uí(os $ticossão formados e a conviv2ncia entre os homens $ fonte de5nidora damoralidade.

• partir da simpatia, o autor de5ne quais são as virtudes que o homemvirtuoso e sá!io deve perseguir e tam!$m nos fornece a possi!ilidade deentendermos o amor próprio construído e e"presso no dese#o deaprovação e reconhecimento. Smith de5ne o homem prudente comoaquele capa( de agir com autocontrole, cuidar da sua vida e seu tra!alhoe lutar para melhorar sua própria condição.

• Aomem virtuoso9 o que se deveria ser , atrav$s de normas morais </S0=;homem prudente9 adequado & moral vigente, que age de acordo com elapara o!ter aprovação <=, como se é realmente.

• Ba corrupção de nossos sentimentos morais, provocados por essadisposição de admirar os ricos e grandes, e despre(ar ou negligenciar os

de condição po!re ou mesquinha9 capítulo da /S0 incluído cinco anosapós retrata a preocupação do autor com os pro!lemas das relaçõesda nova sociedade que nasce.

Adam Smith e o S!gimento do Dis"!so E"on#mi"o – HgoCe!$ei!a

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• )!ra de Smith um momento de in+e"ão no curso do pensamentoeconCmico;

• Principal legado de Smith para a constituição do discurso econCmico9 aimagem de uma esfera da economia movida pelo interesse pessoal, queprodu( resultados superiores aos alcançados por qualquer forma

alternativa de organi(ação da produção material.• 'mpregando a metáfora da mão invisível, a ique(a das nações nos revela

como uma socia!ilidade apoiada na divisão do tra!alho e nas trocas emovida pelo princípio da !arganha produ( como resultados inesperados a3opul2ncia universal4.

• Pro!lema9 passou a ser lida como um te"to desvinculado ou, at$mesmo, contraditório com a 5loso5a moral & qual estava referida. centralidade da $tica no pro#eto de Smith tornou-se, no discursoeconCmico, uma dimensão anulada. teoria econCmica empo!receuconsideravelmente sua a!ordagem ao desconsiderar a variedade dasconsiderações morais que determinam os comportamentos humanos,inclusive os econCmicos, e centrar-se e"clusivamente nas motivaçõesditadas pelo interesse pessoal.

• Se a li!erdade de perseguir os interesses próprios, que $ característicadas sociedades comerciais, está vinculada na o!ra de Smith & uma ordemmoral que liga cada indivíduo & sociedade, a consideração destespressupostos morais deveria nos levar a uma revisão da compreensãotradicional dos o!#etivos, nature(a e limites de sua teoria econCmica.

2. ADAM SMITH % R&

• Dapítulo 7 <divisão do tra!alho=9 divisão do tra!alho, na medida em quepode ser introdu(ida, gera, em cada ofício, um aumento proporcional dasforças produtivas do tra!alho. 'sse grande aumento da quantidade de

tra!alho que, em consequ2ncia da divisão do tra!alho, o mesmo n?merode pessoas $ capa( de reali(ar, $ devido a tr2s circunst:ncias distintas9em primeiro lugar, devido & maior destre(a e"istente em cadatra!alhador; em segundo, & poupança daquele tempo que, geralmente,seria costume perder ao passar de um tipo de tra!alho para outro;5nalmente, & invenção de um grande n?mero de máquinas que facilitam ea!reviam o tra!alho, possi!ilitando a uma ?nica pessoa fa(er o tra!alhoque, de outra forma, teria que ser feito por muitas. % a grandemultiplicação das produções de todos os diversos ofícios E multiplicaçãoessa decorrente da divisão do tra!alho E que gera, em uma sociedade!em dirigida, aquela rique(a universal que se estende at$ as camadas

mais !ai"as do povo. Dada tra!alhador tem para vender uma grandequantidade do seu próprio tra!alho, al$m daquela de que ele mesmonecessita; e pelo fato de todos os outros tra!alhadores estareme"atamente na mesma situação, pode ele trocar grande parte de seuspróprios !ens por uma grande quantidade, ou E o que $ a mesma coisa Epelo preço de grande quantidade de !ens desses outros. Fornece-lhes ema!und:ncia aquilo de que carecem, e estes, por sua ve(, com a mesmaa!und:ncia, lhe fornecem aquilo de que ele necessita; assim $ que emtodas as camadas da sociedade se difunde uma a!und:ncia geral de !ens.

• Dapítulo > <) princípio que dá origem a divisão do tra!alho=9 Tend'n"ianat!al do homem ( t!o"a. 'ssa divisão do tra!alho, da qual derivamtantas vantagens, não $, em sua origem, o efeito de uma sa!edoria

humana qualquer, que preveria e visaria esta rique(a geral & qual dáorigem. 'la $ a consequ2ncia necessária, em!ora muito lenta e gradual,de uma certa tend2ncia ou propensão e"istente na nature(a humana quenão tem em vista essa utilidade e"tensa, ou se#a9 a propensão a

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intercam!iar, permutar ou trocar uma coisa pela outra. ) homem temnecessidade quase constante da a#uda dos semelhantes, e $ in?til esperaressa a#uda simplesmente da !enevol2ncia alheia. 'le terá maiorpro!a!ilidade de o!ter o que quer se conseguir interessar a seu favor aautoestima dos outros, mostrando-lhes que $ vanta#oso para eles fa(er-lheou dar-lhe aquilo de que ele precisa. ão $ da !enevol2ncia doaçougueiro, do cerve#eiro ou do padeiro que esperamos nosso #antar, masda consideração que eles t2m pelo seu próprio interesse. Birigimo-nos não& sua humanidade, mas & sua auto estima, e nunca lhes falamos dasnossas próprias necessidades, mas das vantagens que advirão para eles.ssim como $ por negociação, por troca ou por compra que conseguimosuns dos outros a maior parte dos serviços recíprocos de que necessitamos,da mesma forma $ essa mesma tend2ncia a trocar que originalmente geraa divisão do tra!alho. diferença entre as personalidades mais diferentes,entre um 5lósofo e um carregador comum da rua, por e"emplo, parecenão provir tanto da nature(a, mas antes do há!ito, do costume, daeducação ou formação. % a certe(a de poder permutar toda a parte

e"cedente da produção de seu próprio tra!alho, que ultrapasse seuconsumo pessoal, que estimula cada pessoa a dedicar-se a uma ocupaçãoespecí5ca e a cultivar e aperfeiçoar todo e qualquer talento ou inclinaçãoque possa ter por aquele tipo de ocupação ou negócio.

• Dapítulo G < divisão do tra!alho limitada pela e"tensão do mercado=9Domo $ o poder de troca que leva & divisão do tra!alho, assim a e"tensãodessa divisão deve sempre ser limitada pela e"tensão desse poder, ou,em outros termos, pela e"tensão do mercado. Huando o mercado $ muitoredu(ido, ningu$m pode sentir-se estimulado a dedicar-se inteiramente auma ocupação, porque não poderá permutar toda a parcela e"cedente desua produção, que ultrapassa seu consumo pessoal, pela parcela deprodução do tra!alho alheio, da qual tem necessidade. Dertos tipos detra!alhos são vistos apenas em determinados locais, pois em aldeiaspequenas não será necessário certo tipo de tra!alho oferecido e sim emcidades grandes. as aldeias $ comum os próprios moradores e"erceremvários tipos de pro5ssão <açougueiro, padeiro, cerve#eiro etc=, devido &dist:ncia das cidades maiores. Pro5ssões de maior escala, 5cam pró"imas&s cidades, pois geram uma maior demanda, tanto de tra!alhadores,quanto de compradores. <ferreiros, marceneiros etc=. Im mercado seesta!elece devido & densidade demográ5ca daquele local e com fatoresfavoráveis para o com$rcio <mares, portos, rodovias=.

• Dapítulo J < origem e o uso do dinheiro=9 Ima ve( plenamenteesta!elecida a divisão do tra!alho, $ muito redu(ida a parcela de

necessidades humanas que pode ser atendida pela produção individual dopróprio tra!alhador. grande maioria de suas necessidades, ele a satisfa(permutando aquela parcela do produto de seu tra!alho que ultrapassa oseu próprio consumo, por aquelas parcelas da produção alheia de quetiver necessidade. ssim sendo, todo homem su!siste por meio da troca,tornando-se de certo modo comerciante; e assim $ que a própriasociedade se transforma naquilo que adequadamente se denominasociedade comercial. Huando a divisão do tra!alho estava apenas em seuinício, este poder de troca deve ter deparado frequentemente comgrandes empecilhos. Podemos perfeitamente supor que um indivíduopossua uma mercadoria em quantidade superior &quela de que precisa, aopasso que um outro tem menos. Donsequentemente, o primeiro estariadisposto a vender uma parte de seu sup$r+uo, e o segundo a comprá-la.

 /odavia, se esta segunda pessoa não possuir nada daquilo que a primeiranecessita, não poderá haver nenhuma troca entre as duas. '"9 umaçougueiro quer trocar sua carne por uma cerve#a, por$m o cerve#eiro #á

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tem carne, nesse caso não haverá a troca entre eles. 5m de evitar oinconveniente de tais situações, toda pessoa prudente, em qualquersociedade e em qualquer período da história, depois de adotar pelaprimeira ve( a divisão do tra!alho, deve naturalmente ter se empenhadoem condu(ir seus negócios de tal forma, que a cada momento tivesseconsigo, al$m dos produtos diretos de seu próprio tra!alho, uma certaquantidade de alguma<s= outra<s= mercadoria<s=. Provavelmente, muitasforam as mercadorias sucessivas a serem cogitadas e tam!$m utili(adaspara esse 5m. as $pocas de sociedade primitiva, a5rma-se que oinstrumento generali(ado para trocas comerciais foi o gado. 6á na !issíniafoi o sal. 'm algumas regiões da Kndia foi a concha, e e"istiram outrosmeios de troca em diversos lugares. 'ntretanto, ao que parece, em todosos países as pessoas aca!aram sendo levadas por motivos irresistíveis aatri!uir essa função de instrumento de troca preferivelmente aos metais,acima de qualquer outra mercadoria. )s metais apresentam a vantagemde poderem ser conservados, sem perder valor, com a mesma facilidadeque qualquer outra mercadoria, por ser difícil encontrar outra que se#a

menos perecível; não somente isso, mas podem ser divididos, sem perdaalguma, em qualquer n?mero de partes, #á que eventuais fragmentosperdidos podem ser novamente recuperados pela fusão E umacaracterística que nenhuma outra mercadoria de dura!ilidade igualpossui, e que, mais do que qualquer outra, torna os metais aptos comoinstrumentos para o com$rcio e a circulação. Biferentes foram os metaisutili(ados pelas diversas nações para esse 5m. ) ferro era o instrumentocomum de com$rcio entre os espartanos; entre os antigos romanos era oco!re; o ouro e a prata eram o instrumento de com$rcio de todas asnações ricas e comerciantes. lguns metais estavam su#eitos a rece!erpelas suas mercadorias uma composição adulterada dos materiais maisordinários e !aratos, os quais, por$m, em sua apar2ncia se assemelhavamaos metais verdadeiros. Baí surge a origem do dinheiro cunhado ou emmoeda. Lmporta o!servar que a palavra MN) tem dois signi5cados9 &sve(es designa a utilidade de um determinado o!#eto, e outras ve(es opoder de compra que o referido o!#eto possui, em relação a outrasmercadorias. ) primeiro pode chamar-se 3valor de uso4, e o segundo,3valor de troca4. s coisas que t2m o mais alto valor de usofrequentemente t2m pouco ou nenhum valor de troca; viceversa, os !ensque t2m o mais alto valor de troca muitas ve(es t2m pouco ou nenhumvalor de uso. ada $ mais ?til que a água, e no entanto di5cilmente secomprará alguma coisa com ela, ou se#a, di5cilmente se conseguirá trocarágua por alguma outra coisa. o contrário, um diamante di5cilmente

possui algum valor de uso, mas por ele se pode, muitas ve(es, trocar umaquantidade muito grande de outros !ens. 5m de investigar os princípiosque regulam o valor de troca das mercadorias, procurarei mostrar9Primeiro, qual $ o crit$rio ou medida real desse valor de troca, ou se#a, emque consiste o preço real de todas as mercadorias. 'm segundo lugar,quais são as diferentes partes ou componentes que constituem esse preçoreal. Finalmente, quais são as diversas circunst:ncias que por ve(es fa(emsu!ir alguns desses componentes, ou todos eles, acima do natural ounormal, e &s ve(es os fa(em descer a!ai"o desse nível; ou se#a, quais sãoas causas que &s ve(es impedem o preço de mercado, isto $, o preçoefetivo das mercadorias, de coincidir e"atamente com o que se podechamar de preço natural.

• Dapítulo O <) preço real e o preço nominal das mercadorias ou seu preçoem tra!alho e seu preço em dinheiro=9 ) tra!alho $ a medida real do valorde troca de todas as mercadorias. ) preço real de cada coisa, ou se#a, oque ela custa & pessoa que dese#a adquiri-la, $ o tra!alho e o incCmodo

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que custa a sua aquisição. ) que $ comprado com dinheiro ou com !ens, $adquirido pelo tra!alho, tanto quanto aquilo que adquirimos com o nossopróprio tra!alho. quele dinheiro ou aqueles !ens na realidade nospoupam este tra!alho. '"9 quando compramos uma mesa, #á vemem!utido o tra!alho de quem construiu aquela mesa, portanto, o preço damesa será o material o tempo de tra!alho. ) tra!alho $ o preço real dasmercadorias; o dinheiro $ apenas o preço nominal delas. 'm tal acepçãopopular, portanto, pode-se di(er que o tra!alho, da mesma forma que asmercadorias, tem um preço real e um preço nominal. Podese di(er que seupreço real consiste na quantidade de !ens necessários e convenientes quese permuta em troca dele; e que seu preço nominal consiste naquantidade de dinheiro. Fica, pois, evidente que o tra!alho $ a ?nicamedida universal e a ?nica medida precisa de valor, ou se#a, o ?nicopadrão atrav$s do qual podemos comparar os valores de mercadoriasdiferentes, em todos os tempos e em todos os lugares. o mesmo tempoe no mesmo lugar, o preço real e o preço nominal de todas as mercadoriasestão e"atamente em proporção um com o outro. Por e"emplo9 quanto

mais ou quanto menos dinheiro se rece!er por uma mercadoria qualquerno mercado de Nondres, tanto mais ou tanto menos tra!alho se poderá, nomesmo tempo e no mesmo lugar, comprar ou comandar. o mesmotempo e lugar, portanto, o dinheiro $ a medida e"ata do valor real de trocade todas as mercadorias. ssim $, por$m, somente no mesmo tempo e nomesmo lugar. Ima ve( que, portanto, $ o preço nominal das coisas, ouse#a, o seu preço em dinheiro, que em ?ltima análise determina se umacerta compra ou venda $ prudente ou imprudente, e consequentemente $esse o preço que regula quase toda a economia na vida real normal emque entra em #ogo o preço, não $ de admirar que se lhe tenha dispensadomuito mais atenção do que ao preço real. ) preço de mercado $ dado pelaoferta " demanda, variando de acordo com a quantidade de ouro <metal-padrão para medir o valor=. 0aior o n?mero de ouros, maior o preço evice-versa. Dada moeda tem seu determinado valor em cada país, e"9 naLnglaterra a moeda pode valer " e na china valer G". /odo dinheiro quecircula na rua, deve ter a mesma quantidade ou mais no !anco.

• Dapítulo Q <Fatores que compõe o preço das mercadorias=9 o estágioantigo e primitivo que precede ao ac?mulo de patrimCnio ou capital e &apropriação da terra, a proporção entre as quantidades de tra!alhonecessárias para adquirir os diversos o!#etos parece ser a ?nicacircunst:ncia capa( de fornecer alguma norma ou padrão para trocaresses o!#etos uns pelos outros. )u se#a, o tempo de tra!alho de5ne ovalor da mercadoria. 'm sociedades desenvolvidas, essa compensação

pela maior dure(a de tra!alho ou pela maior ha!ilidade costuma ser feitaatrav$s dos salários pagos pelo tra!alho9 algo semelhante deve ter havidoprovavelmente nos estágios mais primitivos da civili(ação. ) valor que ostra!alhadores acrescentam aos materiais desdo!ra-se, pois, em duaspartes ou componentes, sendo que a primeira paga os salários dostra!alhadores, e a outra, os lucros do empresário, por todo o capital e ossalários que ele adianta no negócio. a agricultura, uma parte paga arenda devida ao dono da terra, uma outra paga os salários ou manutençãodos tra!alhadores e do gado empregado na produção, e a terceira paga olucro do responsável pela e"ploração da terra. Poder-se-ia talve( pensarque $ necessária uma quarta parte, para su!stituir o capital doresponsável direto pela e"ploração da terra, ou para compensar o

desgaste do gado empregado no cultivo e o desgaste de outrosequipamentos agrícolas. Be mesma forma acontece nas ind?strias,incluindo o custo das máquinas e sua manutenção. renda auferida dotra!alho denomina-se salário. renda auferida do patrimCnio ou capital,

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pela pessoa que o administra ou o emprega, chama-se lucro. rendaauferida por uma pessoa que não emprega ela mesma seu capital, mas oempresta a outra, denomina-se #uros ou uso do dinheiro.

• Dapítulo R <o lucros dos fundos=9 In)estimento * ne"essidade de"ont!ata+,o. ) aumento e a diminuição dos lucros do capital dependem

das mesmas causas que o aumento e a diminuição dos salários dotra!alho, do estado de progresso ou de declínio da rique(a da sociedade;por$m essas causas afetam um e outro de maneira muito diferente. )aumento do capital, o qual fa( su!ir os salários, tende a !ai"ar o lucro.Huando o capital de muitos comerciantes ricos $ aplicado no mesmonegócio, naturalmente sua concorr2ncia m?tua tende a redu(ir seuslucros; e quando há semelhante aumento de capital em todos os diversosramos de negócio de uma mesma sociedade, a mesma concor- r2nciaprodu( necessariamente o mesmo efeito em todos eles.

• Nivro LL 1 Dapítulo 7 <cumulação de Dapital, ou do /ra!alho Produtivo ouLmprodutivo=9 -mais%)alia  '"iste um tipo de tra!alho que acrescentaalgo ao valor do o!#eto so!re o qual $ aplicado; e e"iste outro tipo, que

não tem tal efeito. ) primeiro, pelo fato de produ(ir um valor, pode serdenominado produ- tivo; o segundo, tra!alho improdutivo.7O> ssim, otra!alho de um ma- nufator geralmente acrescenta algo ao valor dosmateriais com que tra!alha9 o de sua própria manutenção e o do lucro deseu patrão. o contrário, o tra!alho de um criado dom$stico nãoacrescenta valor algum a nada. 'm!ora o manufator tenha seus saláriosadiantados pelo seu patrão, na realidade ele não custa nenhuma despesaao patrão, #á que o valor dos salários geralmente $ reposto #untamentecom um lucro, na forma de um maior valor do o!#eto no qual seu tra!alho$ aplicado. o contrário, a despesa de manutenção de um criadodom$stico nunca $ reposta. Ima pessoa enriquece empregando muitos

operários, e em- po!rece mantendo muitos criados dom$sticos.• ) tra!alho destes ?ltimos não dei"a de ter o seu valor, merecendo suaremuneração tanto quanto o dos primeiros. 0as o tra!alho do manufator5"a-se e reali(a-se em um o!#eto especí5co ou mercadoria vendável, aqual perdura, no mínimo, algum tempo depois de encerrado o tra!alho.

• Estado / im0!odti)o$em 0!od / a so"iedade9 ) tra!alho dealgumas das categorias sociais mais respeitáveis, analogamente ao doscriados dom$sticos, não tem nenhum valor pro- dutivo, não se 5"andonem se reali(ando em nenhum o!#eto permanente ou mercadoriavendável que perdure após encerrado o serviço, e pelo qual igualquantidade de tra!alho pudesse ser conseguida posterior- mente. )so!erano, por e"emplo, com todos os o5ciais de #ustiça e de guerra que

servem so! suas ordens, todo o '"$rcito e 0arinha, são tra!alhadoresimprodutivos. Servem ao 'stado, sendo mantidos por uma parte daprodução anual do tra!alho de outros cidadãos. Seu serviço, por maishonroso, ?til ou necessário que se#a, não produ( nada com o que igualquantidade de serviço possa posteriormente ser o!tida. proteção, asegurança e a defesa da comunidade, o efeito do tra!alho dessas pessoas,neste ano, não comprarão sua proteção, segurança e defesa para o anoseguinte. a mesma categoria devem ser enquadra- das algumas daspro5ssões mais s$rias e mais importantes, !em como algumas das maisfrívolas9 eclesiásticos, advogados, m$dicos, homens de letras de todos ostipos, atores, palhaços, m?sicos, cantores de ópera, dançarinos de ópera

etc.3. PO4A&5I – A GRA&DE TRA&S6ORMA78O

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• ) capítulo quatro 1 Sociedades e Sistemas 'conCmicos 1 Polani a5rmaque 3uma economia de mercado $ dirigida pelos preços do mercado enada al$m dos preços do mercado4. Bestacando dessa maneira, ascaracterísticas de não depender de interfer2ncias e"ternas para poderorgani(ar suas ações econCmicas, dão cr$ditos perfeitos para que esse

sistema tenha o nome de auto-regulável. tri!uindo valor ao que di( damSmith, sugerindo 3que a divisão do tra!alho na sociedade dependia dae"ist2ncia de mercados ou, da 3propensão4 do homem de !arganhar,permutar e trocar uma coisa por outra4. ) que mais tarde dá origem a5gura do 3Aomem 'conCmico4, ou se#a, o homem em intensa relação coma economia. inda na direção de Smith, o te"to de Polani, ressalta queesta id$ia, de pensar o homem como primitivo, estava falsa, pois o querealmente origina a divisão do tra!alho são fatores ligados ao 3se"o,geogra5a e capacidade individual4.

• )utra id$ia de Smith que foi comprovada com erro, foi a de que o homemprimitivo, tinha na verdade um id$ia comunista. Lsto mesmo que de formainconsciente, acarretou 3um peso muito grande na !alança4 na id$ia de

mercado. 'sse há!ito de classi5car as sociedades de poucos anos atráscomo primitiva, devido o sistema econCmico que adotavam, era feitocomo 3mero prel?dio da verdadeira história da nossa civili(ação, quecomeçou, apro"imadamente, com a pu!licação da ique(a da ações em7TTQ.4.

• 3s diferenças que e"istem entre povos 3civili(ados4 e 3não civili(ados4foram demasiado e"ageradas, principalmente na esfera econCmica.4. Domisso, 0a" Ue!er, protestou contra a id$ia de que as economias primitivaseram classi5cadas irrelevantes para a questão das sociedades civili(adas.'studos mostram que as sociedade primitivas não modi5cam o homemcomo um ser social, tanto $ que algumas pesquisas tam!$m, mostram

que 3economia do homem, como regra, está su!mersa em suas relaçõessociais.4. Domo e"emplo disto, temos a sociedade tri!al, onde a relaçãodos !ens produ(idos se dá por reciprocidade e redistri!uição, atitudesestas não necessariamente ligadas a economia e, capa(es de garantir ofuncionamento de um sistema econCmico sem muitos 3paramentos4. 6áem certas civili(ações, a divisão do tra!alho se dá pela forma deredistri!uição, mostrando que ela tam!$m tem a capacidade de in+uir osistema econCmico no tocante mais especí5co das relações sociais.

• o entanto, 3a necessidade de com$rcio ou de mercados não $ maior doque no caso da reciprocidade ou da redistri!uição.4. essa esfera, Polanidi( que ristóteles distinguiu a domesticidade propriamente dita daatitude de ganhar dinheiro, o que $ classi5cado de 3mone 1 maVing4,

insistindo <ristóteles= tam!$m 3na produção para o uso, contra aprodução visando lucro, como ess2ncia propriamente dita. 3 .

• Da!e nesse momento, di(er que ao denunciar o princípio da produçãovisando o lucro 3como não natural ao homem4, por ser in5nito e ilimitado,ristóteles estava apontando, na verdade, para seu ponto crucial, a sa!er,a separação de uma motivação econCmica isolada das relações sociaisnas quais as limitações eram inerentes.

• )s sistemas econCmicos, desde o 5m do feudalismo, principalmente na'uropa )cidental, se pautaram em fundamentos como o de reciprocidade,ou redistri!uição, ou domesticidade. 3'ntre essas motivações, o lucro nãoocupava lugar proeminente.3. mudança para uma economia nova no

s$culo WLW, $ preciso voltar e entender a história do mercado.• Im pouco dessa história $ que vai a!ordar o capítulo cinco 1 'volução do

Padrão de 0ercado -. essa linha de raciocínio, v2-se a a5rmação de que o3controle do sistema econCmico pelo mercado $ conseqX2ncia

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fundamental para toda a organi(ação da sociedade9 signi5ca, nada menos,dirigir a sociedade como se fosse um acessório do mercado.4. inda nessepadrão, uma a5rmação $ essencial no te"to,4 '0 M'Y B' 'D))0L'S/ '0ZI/LB S 'N[\'S S)DLLS, S]) S 'N[\'S S)DLLSHI' 'S/]) L0ZI/LBS ) SLS/'0 'D)^0LD).4. economia, se a5rmacomo fator preponderante para o convívio social, antecedendo qualqueroutro crit$rio.

• inda, 3foi crucial o passo que transformou mercados isolados numaeconCmica de mercado, mercados reguláveis num mercado auto-regulável.4. ' oportuno a5rmar, no entanto, que 3a presença ou aaus2ncia de mercados ou dinheiro não afeta necessariamente o sistemaeconCmico de uma sociedade primitiva4. ssim, os mercados t2m atuaçãoprincipal na economia, mas fora dela essa atuação tam!$m acontece.

• 3Procurando as origens do com$rcio, nosso ponto de partida deveria ser ao!tenção de !ens distantes, como numa caça.4. 6á 3do ponto de vistaeconCmico, os mercados e"ternos e são algo inteiramente diferentes,tanto no mercado local, quanto do mercado interno.4.

• Mamos entender nesse momento, alguns termos, tais como mercadoe"terno, ou se#a, ele $ uma transação, $ composto por instituições defunção e origem diferente. )utro termo $ o com$rcio local, aquele limitadoas pequenas transações. Somando-se a esses termos, tem-se o com$rciointerno, que $ o contraste dos outros termos, ele $ essencialmentecompetitivo. 0antendo assim 3principio de um com$rcio local não-competitivo e um com$rcio de longa dist:ncia igualmente nãocompetitivo4, dessa maneira 3foi esse desenvolvimento que forçou oestado territorial a se pro#etar como instrumento de 3nacionali(ação4 domercado e criador do com$rcio interno4.

• Para tanto, a intervenção do 'stado, que havia 3li!erado o com$rcio dos

limites da cidade privilegiada, era agora chamada a lidar com dois perigosestreitamente ligados, o monopólio e a competição4, que encontrou naregulamentação <agora a nível nacional e não mais municipal= daeconomia uma solução para esse pro!lema.

•  6á, 3em!ora os novos mercados nacionais at$ certo ponto fossemcompetitivos, inevitavelmente, o que prevalecia era o aspecto tradicionalda regulamentação e não o novo elemento de competição.4. Nem!randoque como !em fala uma frase contida na página __, 3isto conclui nossahistória do mercado at$ a $poca da evolução Lndustrial.4

• ) capítulo seis 1 ) mercado auto-regulável e as mercadorias 5ctícias9tra!alho, terra e dinheiro - al$m de traças um rápido es!oço dos sistemaseconCmicos e dos mercados, tomados em separado, mostra que at$ anossa $poca, os mercados nada mais eram do que acessórios da vidaeconCmica. Domo regra, o sistema econCmico era a!sorvido pelo sistemasocial.

• 3Ima economia de mercado $ um sistema econCmico controlado,regulado e dirigido apenas por mercados; a ordem na produção edistri!uição dos !ens $ con5ada a esse mecanismo auto-regulável4. Lsso,por$m, ocasiona uma disputa no ser humano, a a5m de sempre lucrar eganhar mais. 'sse termo usado, auto-regulação, 3signi5ca que toda aprodução $ para a venda no mercado, e que todos os rendimentosderivam de tais vendas.4. Aá tam!$m, mercados 3para todos oscomponentes da ind?stria, !ens, tra!alho, terra e o dinheiro, sendo seus

preços chamados, respectivamente, preços de mercadoria, salários,aluguel e #uros.4. Sendo mercado auto-regulável, somente ações emedidas políticas que assegurem esse prete"to, $ que terão validade, a5m de fa(er o mercado a ?nica 5gura organi(adora no :m!ito econCmico.

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•  /am!$m lem!rando do sistema mercantil <mercantilismo=, mesmo comtoda sua direção voltada ao com$rcio, impedia que o tra!alho e a terra, os!ens !ásicos de produção se tornassem mercadorias. 'sse mesmomercantilismo, diferentemente do mercado auto-regulável, defende aintervenção do 'stado na economia, al$m disso, o mercantilismo estava

preocupado com o desenvolvimento do pais em relação aos seus recursos.etomando a id$ia do mercado auto-regulável, este e"ige a separação dasociedade em esferas políticas e econCmicas.

• Sumari(ando alguns desses pontos, sa!e-se que os mercados de tra!alho,terra e dinheiro são, sem d?vida, essenciais para um economia demercado. 'ntretanto, nenhuma sociedade suportaria os efeitos de um talsistema de grosseiras 5cções, mesmo por um período de tempo muitocurto, a menos que sua su!st:ncia humana natural, assim como suaorgani(ação de negócios, fosse protegida contra os assaltos desse moinhosat:nico. Perce!e-se, contudo, a partir da id$ia de compra e venda, que aeconomia de mercado se torna arti5cial.

• Partindo para um outro ponto, a invenção das máquinas, in+uenciou

fortemente na relação entre mercador e produção, tanto $ que 3aprodução industrial dei"ou de ser um acessório do com$rcio organi(adopelo mercador como proposição de compra e venda4, os investimentos alongo pra(o começam a aparecer, ciente dos riscos que poderiam estarsu#eitos, essa relação no entanto pode estar ligada tam!$m a id$ia de que3ampliação do mecanismo de mercado aos componentes da ind?stria, foia conseqX2ncia inevitável da introdução do sistema fa!ril, numasociedade comercial 3 <p.RT=, fa(endo com que inevitavelmente o tra!alhoe o dinheiro se tornassem mercadorias, mesmo que não mercadoriasreais, pois não eram produ(idas para venda no mercado.

• evolução Lndustrial, causada pelo grande aumento na produção

industrial, ocasionou impactos s$rios na vida dos ingleses, por$m nada foifeito para salva-los, tanto $ que os impactos foram terríveis. 0as enquantode um lado avançava a id$ia dos mercados, de outras instituiçõestentavam controlar esse avanço, principalmente em relação ao tra!alho, &terra e ao dinheiro. 'n5m, 3a sociedade se protegeu contra os perigosinerentes a um sistema de mercado auto-regulável e, este foi o ?nicoaspecto a!rangente na história desse período.4.

9. CHA&G: CHUTA&DO A ESCADA

• ) livro de Aa 6oon Dhang, pu!licado originalmente em língua inglesa etradu(ido por Nui( ntCnio )liveira de ra?#o, !usca apresentar uma críticaao estudo econCmico do desenvolvimento e suas diversas teorias,valendo-se o autor de análise e perspectiva histórica. ) tra!alho $relevante e deve ser avaliado com atenção, considerando-se a profundapesquisa desenvolvida, se#a no tocante aos conceitos e informaçõeshistórico- acad2micas se#a no tocante ao levantamento de dados e fatoshistóricos consideravel- mente relevantes para os o!#etivos propostos.

• Segundo o plano de tra!alho apresentado pelo autor, a metodologiaadotada, com respeito &s demais usuais no universo acad2mico, ainda queintegrantes do mainstream, $ a a!ordagem histórica. Lnstigando o leitor,desde o início do tra!alho, o autor de5ne o foco de sua pesquisa etra!alho, !em como a provocação principal, ao questionar se 3as naçõesdesenvolvidas não estarão se valendo do prete"to de recomendar políticas

e instituições `!oas unicamente para di5cultar o acesso dos países emdesenvolvimen- to &s políticas e instituições que elas implementaram nopassado a 5m de alcançar o desenvolvimento econCmicob4 <p. 7J=. So!reeste questionamento, o autor desenvolve seu tra!alho e pesquisa

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lastreada na análise e perspectiva histórica do desenvolvimentoeconCmico para perseguir seus o!#etivos propostos, ao utili(arconsideráveis dados his- tóricos para questionar determinados mitos emrelação aos países desenvolvidos.

• ) tra!alho está estruturado em quatro capítulos, metodologicamente

distri!uí- dos visando a construir a tese do autor de forma segregada elastreada em dados e fatos oriundos de sua pesquisa. ) primeiro capítulointrodu( o leitor ao tema e ao pro#eto que o autor pretende desenvolver,passando por capítulos <>o e Go= de construção de sua te- se, paraconcluir no quarto capítulo, com pensamentos e lições so!re odesenvolvimento econCmico aplicados ao presente.

• o 7o capítulo, o autor inicia seu tra!alho apresentando imediatamentesua principal questão, a sa!er9 a !usca pela resposta da pergunta de3como os países ricos enriqueceram de fato4. esta tarefa, especialmenteapós o conhecido Donsenso de Uashington, relem!ra o autor que tanto aacademia quanto os agentes formuladores e aplicadores de políticasp?!licas dos países desenvolvidos passaram a orientar os países em

desenvolvimento, at$ mesmo por meio de fortes pressões, para que estesadotas- sem uma s$rie de 3!oas políticas4 e 3!oas instituições4, visandoao desenvolvimento econCmico, incluindo-se 3políticas macroeconCmicasrestritivas, a li!erali(ação do com$rcio internacional e dos investimentos,a privati(ação e a desregulamentação4. Dontudo, o autor plane#ademonstrar que a história contraria os argumentos. Seu argumentopretender tra(er a perspectiva histórica ao de!ate comparativo entre osdiscursos dos países altamente desenvolvidos <PBs= e os países emdesenvolvimento. Segundo o autor9

• literatura do desenvolvimento está repleta de proposições teoricamentefunda- mentadas <por e"emplo, o livre com$rcio !ene5cia todos os países=

e tam!$m po- de se arrimar confortavelmente nas e"peri2nciascontempor:neas <por e"emplo, a literatura acerca do 3'stadodesenvolvimentista4 no '"tremo )riente=. ão o!s- tante, são raras asdiscussões fundamentadas na e"peri2ncia histórica dos países altamentedesenvolvidos. 6á nesse trecho, o autor dá o tom de sua crítica.

• ) Dapítulo > $ focado em políticas LD/ <industrial, comercial e tecnológica=. /rata de políticas de desenvolvimento econCmico e $ centrado naperspectiva histórica das po- líticas industriais, comerciais e tecnológicas,foco de atração do autor e elemento de sua tese. Aa 6oon Dhang consideraque #ustamente tais políticas revelam as diferenças entre países 3!emsucedidos na geração do crescimento e da mudança estrutural4.

• Im grande diferencial deste capítulo para os outros $ o fato de que este

foca polí- ticas LD/ e, por assim estar estruturado, envolve um n?meroredu(ido de países. escolha está relacionada ao fato de que normas,instituições, institutos e atos p?!licos são facil- mente identi5cáveis, masas políticas apresentam grande variedade e nem tanta pu!lici- dade,sendo difícil de identi5car claramente a e"ist2ncia e intensidade de taispolíticas. Im ponto central no capítulo relaciona-se ao conceito e &utili(ação de estrat$gias de catching-up, que são diretamenterelacionadas pelo autor, para demonstrar, com !ase nos dados queapresenta, que a maioria dos países atualmente desenvolvidos 3aplicoupolíticas quase opostas ao que a ortodo"ia atual di( que eles aplicaram erecomendaram aos atuais países em desenvolvimento4.

) Dapítulo > segue tratando do tema de políticas de desenvolvimentoindus- trial, com o autor analisando a história de políticas industrial,comercial e tecnológica de alguns PBs. ponta, em suas conclusões, queas informações e registros históricos levam a um hori(onte oposto ao que

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a vertente neoli!eral, e at$ seus críticos, aca!am por fundamentar seuscomentários. /ra!alha, no 5m do capítulo, com mitos e fatos históricosacerca das políticas anteriores dos PBs, at$ mesmo a5rmandota"ativamente que 3quase todos os PBs adotaram alguma formaestrat$gica de fomento & ind?stria nascente quando se encontravam emfase de catching-up4 <p. 7T=. Dhang fecha o capí- tulo tra!alhando umcontraponto comparativo de tudo o que foi tra!alhado, comentado eanalisando nesta parte do estudo com os atuais países emdesenvolvimento, com o o!#etivo de reforçar a questão dos mitosapresentados.

•  6á no Dapítulo G, o autor o!serva que, 3apesar da ó!via relev:ncia daa!or- dagem histórica na compreensão dos pro!lemas dodesenvolvimento na nossa $poca, pouquíssimas o!ras a t2m adotado. /ala!erração $ ainda mais grave na área do desen- volvimento institucional4.'ste $ o o!#eto desta parte da o!ra, ou se#a9 tentar preencher essaimportante lacuna no estudo da economia política.

• este capítulo, o autor tra!alha com os conceitos e com as dimensões de

3ins- tituições4 e 3desenvolvimento econCmico4. Zusca introdu(ir essesconceitos em duas vertentes claramente distintas, versando so!re omodelo da 3!oa governança4, atual- mente proposta pelos PBs e porinstituições multilaterais como a )rgani(ação 0undial do Dom$rcio <)0D=para os países em desenvolvimento. Besta forma, o autor inicia a análisepela criação, instituição, desenvolvimento e mutações dos conceitos deinstitui- ções e !oa governança na perspectiva histórica dos PBs, paradepois confrontar com o progresso institucional nos países emdesenvolvimento, em pontos distintos da recente história econCmicamundial.

• Dhang fecha seu estudo colando lições e"traídas de suas pesquisas para o

presente da sociedade mundial, tra!alhando conceitos e possi!ilidades deaplicações para que se#a possível repensar as políticas econCmicas para odesenvolvimento. o!ra apresenta uma visão crítica dos discursospassados e presentes de países desenvolvidos como lemanha, ustria,'stados Inidos, França, eino Inido, 6apão, Z$lgica, Suíça e Aolanda,entre ou- tros, e do papel do 'stado no desenvolvimento econCmico,focando nas questões relacio- nadas &s políticas recomendadas pelosPBs aos países em desenvolvimento, !em como das recomendaçõesdadas pelas instituições de fomento internacional 1 Zanco 0undial e oFundo 0onetário Lnternacional.

;. DA<ID RICARDO: SO=RE A TERRA E RE&DA

• 0omentos diferentes9o Smith < 7TTQ=9 clima otimista; $poca pr$-industrial <mais

harmonia entre as classes;o icardo <7_7O=9 depois das guerras napoleCnicas; Lnglaterra

afetada pela produção de alimentos enquanto crescia muito;smo avançado, classes construídas9 proprietários de terra<que se davam melhor; pro!lema, pois não investem, não sãoo carro chefe da economia=, tra!alhadores e empresárioscapitalistas.

• ão e"iste mais terra disponível• Smith9 valor de uso " valor de troca9

o “Segundo os princpios da oferta e da demanda, nenhumarenda seria paga por essa terra, pela razo, j conhecida, deque nada se d em troca do uso do ar e da gua, ou de

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quaisquer outros bens naturais existentes em quantidadeilimitada!

• Dorn Nas9 limita importação de alimentos9 s Dorn Nas <Neis dos rãos=foram tarifas & importação para apoiar os preços do grão !rit:nicodom$stico contra a competição de importações estrangeiras mais !aratas,

que estiveram vigentes entre 7_7O e 7_JQ. s tarifas foram esta!elecidaspela Lmportation ct 7_7O e revogadas pela Lmportation ct 7_JQ. 'stasleis são frequentemente vistas como e"emplos de mercantilismo !rit:nico.

•  Se todas as terras tivessem as mesmas caractersticas, se fossemilimitadas na quantidade e uniformes na qualidade, seu uso nada custaria,a no ser que possussem particulares vantagens de localiza"o #ortanto,so$ mente porque a terra no é ilimitada em quantidade nem uniforme naqualidade, e porque, com o crescimento da popula"o, terras dequalidade inferior ou desvantajosamente situadas so postas em cultivo, arenda é paga por seu uso %uando, com o desenvolvimento da sociedade,as terras de fertilidade secundria so utilizadas para cultivo, surgeimediatamente renda sobre as de primeira qualidade& a magnitude de tal

renda depender da diferen"a de qualidade daquelas duas faixas de terra•  %uando uma terra de terceira qualidade come"a a ser cultivada,

imediatamente aparece renda na de segunda, regulando$se como no casoanterior, pela diferen"a entre as for"as produtivas de uma e de outra 'omesmo tempo, aumenta a renda da terra de primeira qua$ lidade, poisesta deve ser sempre superior ( renda da segunda, de acordo com adiferen"a entre as produ")es obtidas numa e noutra com uma dadaquantidade de capital e de trabalho ' cada avan"o do crescimento da

 popula"o, que obrigar o pas a recorrer ( terra de pior qualidade paraaumentar a oferta de alimentos, aumentar a renda de todas as terrasmais férteis

Só quem está sendo !ene5ciando $ o proprietário de terras;empreendedor capitalista se dá mal porque $ o!rigado a aumentarsalários <que mesmo assim só dão para a su!sist2ncia= por causa doscrescentes preços dos alimentos <dada a escasse( da terra=.

• Berru!ada da Dorn Na redu( preço de alimentos <$ melhor paraempresários=.

• enda da terra nasce da diferença de qualidade dos fatores de produção;tend2ncia dos lucros capitalistas $ de queda.

•  /erras menos >/!teis e mais distantes elevam preços•  #ortanto, a razo pela qual h aumento no valor comparativo dos

 produtos agrcolas é o emprego de mais trabalho para produzir a *ltima

 por"o obtida e no o pagamento de renda ao proprietrio da terra +valor do trigo é regulado pela quantidade de trabalho aplicada ( sua produ"o naquela qualidade de terra, ou com aquela por"o de capitalque no paga renda + trigo no encarece por causa do paga$ mento darenda, mas, ao contrrio, a renda é paga porque o trigo torna$se maiscaro, e, como foi observado, nenhuma redu"o ocorreria no pre"o dotrigo, mesmo que os proprietrios de terras renunciassem ( totalidade desuas rendas

?. MA4THUS: E&SAIO SO=RE A POPU4A78O

• Pu!licação do 'nsaio so!re a População <7TR_=9 momento diferente deSmith9

o Smith9 foco na produção <otimismo, esperava prosperidadeascendente=;

o 0althus9 pessimismo9 aponta para uma crise do 9 3estadoestacionário4<situação hipot$tica=, foco na

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distri!uição@consumo; análise nas G classes <produto social #áestá concentrado em quem não investe, os proprietários deterras=;

• )!#etivo do ensaio9 lançar uma som!ra so!re o futuro da humanidade elevantar a !andeira contra a reforma social.

icardo9 sem investimento não há como prosperar, há uma tend2ncia ata"as de #uros decrescentes. em$dio9 li!erdade de com$rcio <Dorn Na=.• 30ais-valia a!soluta4- 8 condições sociais <a#uste econCmico e social

muito forte=.• P!imei!o 0onto le)antado 0o! Malths. 0omento som!rio, mas de

aumento da população9 se gera muita prosperidade e rique(a ao mesmotempo em que há desarticulação social <geração de po!re(a, mis$ria=.

• 0althus9 população cresce muito mais que a capacidade da sociedadegerar alimentos <ra(ão geom$trica " aritm$tica=.

• Huestão levantada por 0althus9 o destino da humanidade $ amis$ria@po!re(a@morte. ssociou po!re(a ao aumento da população <3os

po!res são responsáveis por sua po!re(a porque geram muitos 5lhos4=.• Para 0althus, os indivíduos t2m diferenças naturais, a po!re(a fa( parteda lei natural; distri!uição de renda levaria & preguiça. % o primeiro quelevanta a questão do crescimento e"plosivo da população, por$m oassocia & po!re(a. Se oo pro!lema $ natural, a solução tam!$m deveriaser <a morte=.

• 0althus enfraquece ao inv$s de fortalecer a superioridede dos pra(eresintelectuais so!re os sensuais. População cresce especialmente na classetra!alhadora.

• 0althus não acredita em sociedade próspera ou igualitária9 lança som!rasso!re o futuro da humanidade e levanta !andeira contra igualdade ereformas sociais <não adianta o 'stado intervir=.

• Donclusão naturalista de 0althus <leis naturais=9o #enso que posso elaborar adequadamente dois postulados

#rimeiro& %ue o alimento é necessrio para a existncia dohomem Segundo& %ue a paixo entre os sexos é necessria eque permanecer aproximadamente em seu atual estgio

o -ssas duas leis, desde que n.s tivemos qualquer conhecimentoda humanidade, evidenciam ter sido leis /xas denossa natureza e, como n.s no vimos até aqui nenhumaaltera"o nela, no temos o direito de concluir que elas nuncadeixaro de existir como existem agora, sem um pronto ato de

 poder daquele Ser que primeiro ordenou o sistema do universo

e que para proveito de suas criaturas ainda faz, de acordo comleis /xas, todas estas variadas opera")es

• Segndo 0onto le)antado 0o! Malths.  3Falta de demandaefetiva4@falta de mercado para consumir toda a produção9 ideiaincorporada por enes <sempre foi o pro!lema do Zrasil=.

• '"plicação de 0althus9 cada classe tem um há!ito de consumo diferente.• )s tra!alhadores t2m !ai"o poder de consumo, pois os salários só davam

para su!sist2ncia; os empreendedores capitalistas, em!ora tivessem maisrenda, tinham :nsia por acumular e investir, suas preocupações estavamnos lucros futuros; ) que estimulava a demanda era a no!re(aproprietária de terra.

• classe que mais consome deveria ter mais renda, a renda da terradeveria continuar alta <criticado por icardo=. /odas as medidas quefossem necessárias para favorecimento dos proprietários de terradeveriam permanecer <0althus defende Dorn Naa=.

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• 0althus defende gastos do 'stado para criação de demanda.m!iguidades dos li!erais9 defendem a Dorn Na <porque favorece osproprietários@$ contra a li!erdade de com$rcio=, mas deve-se dei"ar ospo!res morrerem.

• Preocupações9 icardo 1 lucros decrescentes para capitalistas; 0althus 1

defende que os proprietários ganhem mais renda porque consomem mais;rendas das terras devem ser continuamente altas, para compensar lucrodos que não consomem.

@. ARRIGHI: O 4O&GO SCU4O BB

• s d$cadas de 7RT e 7R_ foram altamente produtivas para o campo daselações Lnternacionais. ) conte"to de crise norte-americana, vivenciadopelos analistas, au"iliou no desenvolvimento de estudos so!re hegemonia,liderança, ascensão e queda das grandes pot2ncias, formação dasestruturas de mercado, entre outros. % neste clima que rrighi delimita aspremissas estruturais do sistema mundial capitalista no longo s$culo WW.lgumas perguntas incitam o autor9 <i= quais processos levaram aconcentração de capital e o surgimento das estruturas que precederam<formam a !ase= dos ciclos sist2micos de acumulaçãob <ii= de que maneiraas din:micas no interior destes ciclos possi!ilitam o desenvolvimento denovos ciclosb <iii= qual a relação entre o 'stado e o processo deacumulação e e"pansão do capitalb <iiii= as estruturas do capitalismonorteamericano constituem o limite má"imo do processo de e"pansão eauto-e"pansão do capitalb <iiiii= estaria a história capitalista prestes aterminarb trav$s dessas indagações <e muitas outras= podemos perce!erque a análise de rrighi se encontra em um plano estrutural, sendo seuinteresse principal desvendar como o capitalismo ergueu-se acima dasestruturas da economia mundial de mercado pree"istente, e com o

decorrer do tempo, adquiriu poder su5ciente para moldar os mercados evidas do mundo inteiro. este sentido, utili(a-se da noção de ciclosist2mico capitalista, que deriva da ideia do capitalismo como a camadasuperior do mundo dos negócios. o centrar-se neste plano metodológico,o livro nos passa informações limitadas so!re as outras camadas denegócios, tais como a economia de mercado e a vida material. Por$m, oautor ressalta que o verdadeiro lar do capitalismo se encontra no topo dahierarquia, e $ nesta camada superior que estão os grandes predadorescapitalistas, os quais determinam as din:micas de concentração decapital.

• rrighi tra( para sua análise o padrão mar"ista do capitalismo históricocomo sistema mundial. este sentido, o aspecto central de suase"posições $ a altern:ncia de períodos de e"pansão material com fases derenascimento e e"pansão 5nanceira. 6untos esses dois períodosconstituem o ciclo sist2mico de acumulação <DS=. Para rrighi $ possívelidenti5car quatro DS9 o ciclo genov2s; o holand2s; o !rit:nico; e o norte-americano. pós determinar os períodos de vig2ncia de cada um, o autorela!ora uma análise comparativa dos sucessivos ciclos, tra(endo para aatualidade elementos e"plicativos so!re9 <i= padrões de recorr2ncia eevolução, que se reprodu(em na fase norte-americana de e"pansão5nanceira e restruturação sist2mica e; <ii= as anomalias da atual fase dee"pansão 5nanceira, que pode levar a um rompimento com os padrõesanteriores e a superação deste ciclo.

rrighi nos chama atenção para a transição do poder capitalista dispersopara um poder concentrado, sendo o aspecto mais importante a fusãosingular do 'stado com o capital. este sentido, a concorr2ncia entre os'stado pelo capital foi essencial em todas as fases de e"pansão

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5nanceira, em especial na formação dos !locos e organi(açõesgovernamentais e empresariais que condu(irão a economia capitalista emsuas fases de e"pansão. Sendo que, as mudanças de ciclos ocorrematrav$s de uma verdadeira revolução organi(acional nas estrat$gias eestruturas destes agentes, cada ve( mais amplos e comple"os.

inda so!re os aspectos metodológicos de sua pesquisa, o autor elencadois espaços de desenvolvimento do capitalismo9 o espaço de lugares; e oespaço de +u"os. Buas genealogias derivam dessa análise, rrighiesta!elece que o capitalismo moderno originou-se no protótipo daprincipal organi(ação empresarial não territorial de todas as eras, a naçãogenovesa <espaço de +u"os=. % atrav$s dessa genealogia que sepossi!ilita o desenvolvimento como uma sucessão de ciclos sist2micos deacumulação.

• ) ponto de partida de rrighi $ a e"pansão 5nanceira no 5m da e"pansãocomercial do s$culo WLLL e WLM. Foi no decorres desta ?ltima e"pansão queos agentes do primeiro DS se formaram e foram delineados os aspectosfundamentais de todas as e"pansões 5nanceiras posteriores. ) traço mais

importante desse período tratado acima foi & s?!ita concorr2nciaintercapitalista, em especial entre enova e Mene(a.

• So!re a e"pansão e desenvolvimento dos DS, o autor e"plicita que9 <i=um novo regime de acumulação se desenvolve dentro do antigo; <ii=ocorre um período de consolidação e desenvolvimento que os agentes se!ene5ciam pela e"pansão material de toda a economia mundial e; <iii=seguido por um segundo período de e"pansão 5nanceira, onde surgemregimes concorrentes e alternativos. 'ssa e"pansão 5nanceira $denominada de crise sinali(adora, e os eventos que levam a superação5nal do ciclo de crise terminal.

• Sendo assim, o longo s$culo vinte possui tr2s períodos de5nidos9 da crise

sinali(adora at$ a crise terminal do ciclo !rit:nico; da crise terminal doregime !rit:nico at$ a crise sinali(adora do 'I; e a crise sinali(adora dos'I at$ a crise terminal do mesmo. rrighi nota que o período entre ascrises sinali(adoras está cada ve( mais curto, al$m de que, quanto maispoderosos os !locos e estruturas organi(acionais de acumulação maiscurto $ o ciclo vital de um regime.

• So!re os tipos de concentração de capital, o autor identi5ca duas formassimult:neas9 <i= uma dentro das estruturas organi(acionais do ciclo deacumulação que está chegando ao 5m e; <ii= outro no sentido deaprofundar a crise do sistema, fa(endo !rotar estruturas regionais deacumulação que desesta!ili(am o antigo regime e antecipam aemerg2ncia de um novo. este sentido, descrever o longo s$culo WW $contar como o regime dos 'I9 emergiram dos limites, contradições ecrises do imperialismo de livre com$rcio do reino unido, em quantoestrutura regional dominante da economia mundial capitalista;reconstituiu a economia mundial em !ases que possi!ilitaram outrarodada de e"pansão material e; atingiu sua própria maturidade, e quemsa!e este#a preparando o terreno para o surgimento de um novo regimedominante.

• o que tange a crise norte-americana, são quatro as medidasgovernamentais que podem #usti5ca-la9 <i= competição pelo capitalcirculante atrav$s da elevação das ta"as de #uro; <ii= desregulamentaçãopara atração do capital, ou se#a, li!erdade de ação das empresas; <iii=

endividamento do estado; <iiii= a dívida associada com a guerra fria,atrav$s do programa de defesa estrat$gica. 6untando esses fatores, $possível o!servar a perda de credi!ilidade dos 'I pela guerra do Mietnã,nas palavras de rrighi, 3$ na guerra do Mietnã que o governo 'I perde

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