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PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 1 Uma Forma de Aplicar a Psicologia do Desporto Paulo Sena Escola Superior de Educação de Fafe [email protected] www.paulosena.com

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PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 1

Uma Forma de Aplicar a Psicologia do Desporto

Paulo Sena

Escola Superior de Educação de Fafe

[email protected]

www.paulosena.com

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 2

O prazer surge na fronteira entre o aborrecimento e a ansiedade, quando os desafios

estão bem equilibrados com a capacidade de agir de alguém.

Mihaly Csikszentmihalyi

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Uma Forma de Aplicar a Psicologia do Desporto

O teu maior poder é o poder de agir. Por isso, age com aquilo que tens, com aquilo

que sabes. E como o ser humano é um ser emocional, as emoções são o motor da nossa ação,

logo, a qualidade das nossas vidas depende da comunicação connosco próprios e com os

outros para criar estados mais poderosos para que as decisões e comportamentos nos façam

aproximar rapidamente dos resultados que pretendemos.

Já fazes isso? Já transmites estas ideias aos teus atletas? Ou estás sempre a dizer que

falta o João, ou dizes que se tivesses dois campos relvados mais cinco bolas tudo seria

diferente. Usas desculpas? E se fosse proibido usar qualquer tipo de desculpa? Como seria a

tua ação profissional? Em que te irias focar? Qual seria a consequência disso?

As emoções são o nosso motor e segundo Robbins (2012) existem três razões para

sentir algo: a) a forma como usamos o nosso corpo; b) o nosso foco e as nossas crenças; c) os

padrões de linguagem que utilizamos. Já tentaste mudar algum deste três aspectos para

mudares o teu estado ou o estado dos teus alunos/atletas? Em que te focas no treino? Em que

acreditas? Focas-te naquilo que controlas? Ou focas-te no adversário, no ambiente ou noutras

coisas que estão fora do teu controlo?

São coisas simples muito bem feitas com paixão que nos levam ao sucesso. E tu? Já

procuraste essas coisas simples? Ou andas em busca de “segredos”? Procuras algo muito

elaborado e complicado? Procuras os porquês?

Robbins (2012) refere que os nossos rituais são responsáveis pelos nossos resultados.

Que rituais tens como professor/treinador? Como fazes para estares no teu estado ótimo de

ativação? Conheces os rituais dos treinadores/atletas bem sucedidos? Como fazes para

incorporar alguns destes rituais? Como usas as tuas vinte e quatro horas do dia? Já fizeste

uma análise dos teus últimos dias? Que livros andas a ler? Quais são as 5 pessoas com quem

passas mais tempo? Quais os seus rituais? Que tipo de comunicação fazes?

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 4

O Que é a Psicologia do Desporto?

Desde muito cedo o desporto foi utilizado como forma de educar as pessoas. Para Fitz

(1897) a prática desportiva (jogar) era um meio de se preparar para a vida, por promover a

capacidade de julgamento, habilidade de perceber as condições corretamente e a habilidade

de reagir rapidamente a um ambiente mutável.

Como mente e corpo não existem por separado e interagem entre si, o estudo dos

comportamentos humanos em ambiente desportivo tem vindo a ser um fenómeno cada vez

mais estudado. A incorporação da psicologia do desporto na década dos 80, foi talvez um dos

elementos mais destacáveis do recente panorama investigador (Singer, Hausenblas y Janelle,

2001).

A psicologia do desporto aplicada (American Psychological Association Division 47,

2014) é o estudo e aplicação dos princípios psicológicos à performance humana para ajudar

os atletas a obterem uma performance consistente na faixa superior das suas capacidades e

para desfrutar de forma plena do processo de performance desportiva. Os psicólogos

aplicados são treinados e especializados para participarem numa ampla gama de atividades,

incluindo: a identificação, desenvolvimento e execução do conhecimento mental e

emocional, dos skills e habilidades requeridas para a excelência nos domínios atléticos; a

compreensão, diagnostico e prevenção dos inibidores psicológicos, cognitivos, emocionais,

comportamentais e psicofisiológicos para uma performance excelente; e a melhoria dos

contextos atléticos para facilitar um desenvolvimento mais eficiente, uma execução

consistente e criar experiencias positivas nos atletas.

Para Dosil (2004, p.13) a psicologia da atividade física e do desporto é uma ciência

que estuda o comportamento humano no contexto da atividade física e desportiva, e como

disciplina das ciências da atividade física e do desporto, guarda uma relação estreita com

todas as que se enquadram nesse âmbito, aportando os conhecimentos psicológicos e desta

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forma, completando e enriquecendo as contribuições próprias de outras ciências como a

medicina, a sociologia ou o direito. Weinberg e Gould (2011) resumem a Psicologia do

Desporto e do Exercício Físico como um estudo científico de pessoas e seus comportamentos

em atividades desportivas, atividades físicas e a aplicação deste conhecimento.

O que é a Programação Neuro-Linguística - PNL?

Segundo Richard Bandler (2013) a Programação Neuro-Linguística - PNL modela

sucesso, na PNL encontramos a estrutura do processamento inconsciente da informação e

tornámo-lo compreensível para as pessoas o autor refere ainda que, quem estuda PNL, estuda

os processos inconscientes pelos quais as pessoas obtêm sucesso.

Com a PNL, mudamos a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos.

Richard Bandler (Bandler, Alessio e Fitzpatrick, 2013) refere sobre os primórdios da PNL

que ele e John Grinder, procuravam pessoas que tivessem feito lago de forma bem sucedida e

descobriam o processo inconsciente que essas pessoas tinham usado. Criaram assim um

modelo de comunicação interpessoal principalmente preocupado com a relação entre os

padrões de comportamento de sucesso e as experiencias subjetivas (ex: padrões de

pensamento) subjacentes. Um sistema baseado numa terapia alternativa que procura educar

as pessoas em termos de autoconsciência e comunicação eficaz para mudar os seus padrões

mentais e comportamento emocional.

A PNL ajuda-nos a criar estados potenciadores. Instalar confiança e motivação em

nós e nos outros, comunicar de forma mais eficaz utilizando uma linguagem positiva, criar

âncoras para um maior sucesso em experiências futuras, definir melhor resultados (objetivos)

pretendidos, ressignificar de forma a que as experiências e performances sejam vistas de uma

perspectiva positiva para que o desportista interiorize o sucesso. Assim, a PNL pretende

melhorar a comunicação, alterar comportamentos e modelar a excelência.  

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 6

O que é o coaching?

Enquanto o formador centra a ação e conhecimento em si próprio, o coach centra-se

nos alunos, nos formandos, nos atletas, considerando que as soluções estão neles próprios. O

coach faz essencialmente perguntas, procura inspirar, procura ajudar o coachee a encontrar as

respostas, não dá as respostas.

Coaching é: confiar que as pessoas descubram as suas próprias soluções; fazer

perguntas em vez de dar instruções; visualizar resultados de sucesso; apreciar o valor de cada

momento. Porque... O caminho é a meta ☺

♣ A Qualidade das Nossas Vidas Depende da Qualidade da Comunicação Connosco

Próprios e Com os Outros.

Como usas e modificas a tua postura, a expressão facial, a movimentação das mãos, o

tom de voz, a velocidade com que falas, o espaço que ocupas para comunicares melhor?

Como usas sons e imagens na tua mente? Visualizas aquilo que queres que aconteça? Ou

visualizas mais aquilo que mais queres evitar? Que músicas “tocas” na tua cabeça? Que voz

colocas às pessoas que imaginas na tua mente?

Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

Provérbio Popular

Vertentes Importantes de Intervenção Prática da Psicologia do Desporto

♥ Aluno/Atleta

1. Estabelecer objetivos

a. Um objetivo deverá ser específico, mensurável, desafiante e agendado no

tempo (O que queres especificamente? Quando queres conseguir isso? Quais

as razões para quereres isso? De que estás disposto a abdicar para

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conseguires? Só depois de responderes às perguntas anteriores poderás criar

um plano de ação, ou seja, o como vais conseguir);

b. Realinhamento (para manter a congruência de ação) de propósito, sentido de

vida, valores e crenças, habilidades e estratégias, comportamentos e ambiente.

c. Metas intermédias (Todos os grandes projetos são feitos de pequenas tarefas);

d. Objetivos de resultado (De que estou disposto a abdicar para conseguir isto?

Quero mesmo utilizar parte da minha vida para isto? Recursos disponíveis?);

e. Objetivos de processo (Passo mais tempo a dar feedbacks técnicos, de

processo ou feedbacks avaliativos?);

f. Escrever os objetivos todos os dias e visualizar como se já os tivesse

alcançado com todo o detalhe de sons, imagens e sensações. (como treinador,

já escreveste os teus objetivos? Já os partilhaste para te comprometeres com

eles? Estão no fundo do teu computador e telemóvel? E na tua carteira ou no

teu espelho?);

2. Lidar com sucesso/fracasso

a. Feedback do treinador (Se o treinador se foca na técnica, é provável que o

aluno dê mais importância à técnica, se o treinador se foca nas repetições é

provável que o aluno se foque na quantidade e não na qualidade; como são os

teus feedbacks como treinador? Em que te focas? Premeias o esforço?

Premeias a aproximação ao objetivo? Premeias tarefas?);

b. Pre-frame (A forma como se apresentam as tarefas a realizar poderá gerar

expectativas erradas, ansiedade exagerada para com os resultados pretendidos;

Como “vendes” os teus exercícios? Como “emolduras” as tarefas? Podes

alterar o tipo de molduras que colocas na tua comunicação?)

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c. Reframe (Podemos sempre escolher as partes positivas de cada resultado

obtido e focarmo-nos nisso mesmo; a ressignificação é uma forma de darmos

uma visão diferente aos acontecimentos; Como interpretamos os resultados?)

d. Auto-diálogo (A comunicação do atleta consigo próprio pode mudar o seu

estado e como já sabemos, os estados condicionam fortemente os

comportamentos, por isso queremos estados adequados; Se pensamentos são

perguntas sempre com uma resposta do nosso cérebro, estaremos a fazer

perguntas adequadas? Poderosas? O diálogo interno é positivo? As imagens e

sons que representamos internamente são imagens de sucesso? Ou são

imagens de uma fuga ao insucesso? Imaginamos o que queremos? Ou

imaginamos aquilo que não queremos?);

e. Sala de troféus (Esta ferramenta poderá aumentar a auto-estima e

consequentemente a confiança em si próprio; qual foi o dia mais feliz da tua

vida? Que acontecimentos pessoais, profissionais e desportivos são dignos de

estar na tua sala de troféus? Já os escreveste? Já os registaste em imagem ou

vídeo? Tens um local especial onde eles estão registados? Podes aceder com

frequência a esse local?).

3. Repetição mental (visualização)

a. Meditação (Queres transformar a tua vida? Medita 3 a 30min todos os dias e

verás. Usa por exemplo a técnica Vipassana)

b. Manipular sons, imagens e sensações

i. Sub-modalidades (são as características dos sons, imagens e sensações

no nosso pensamento; como representas internamente a realidade?

Visualizas o adversário gigante? A cores ou a preto e branco? Quais os

detalhes tens na tua mente daquilo que queres conseguir?)

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4. Lidar com ansiedade/distrações

a. Inner game e outer game (ver Gallwey, 2008)

b. Escrever a si próprio como se estivesse 3 meses no futuro. Ler a carta pelo

menos 2 vezes ao dia para nós próprios.

5. Centram-se no momento presente

a. Foco na respiração, no estado.

b. Foco nos objetivos de tarefa em vez dos objetivos de resultado.

c. Rotinas de sucesso.

d. Controlar o Inner game (ver Gallwey, 2008).

6. Responsabilizam-se pela sua performance (são a causa e não o efeito). Focam-se

naquilo que controlam, ou seja, o seu próprio comportamento, os seus pensamentos,

os seus movimentos, porque não podem controlar aquilo que os adversários fazem.

7. Auto-diálogo positivo. Porque a qualidade das nossas vidas depende da qualidade da

comunicação connosco próprios.

a. Vocabulário poderoso.

b. Pulseira elástica para puxar quando tiver pensamentos negativos.

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A vida é tão simples. Pense naquilo que as pessoas desejam, convide-as a obtê-lo através de si, e quando aparecerem, cobre!

Stuart Wilde

♦ Professor/Treinador

1. Marketing (tudo aquilo que fazemos para criar uma relação comercial)

a. Tornar-me mais valioso aos olhos das outras pessoas (Como me posso tornar

mais valioso aos olhos das outras pessoas? Posso mudar a forma como visto?

A forma como falo? A minha postura?);

b. Dinheiro = estado de confiança (Como posso mudar as minhas representações

internas e a minha fisiologia para mudar o meu estado? Que tipo de

comunicação terei de fazer comigo próprio para mudar o meu estado?);

c. Networking (Quais são as 5 pessoas com as quais passas mais tempo? Quais os

contactos que vais fazer hoje? Almoçaste sozinho hoje? Se pudesses escolher

as pessoas com quem tomas café, quais seriam?);

d. Comunicação adequada com o público-alvo (Identificas perfeitamente o teu

público-alvo? Consegues traçar o seu perfil incluindo o seu perfil de compra?

Como usas a internet? E o e-mail? Mudas as ferramentas de comunicação de

acordo com o tipo de público? Alteras a forma como te vestes, como usas a

voz, como usas o corpo, como te movimentas, os locais onde te posicionas de

acordo com o público com quem trabalhas ou a quem queres chegar?);

e. Como me tornar indispensável? (ver Godin, 2011);

f. Ser diferente (Como marcas a diferença? Como salientes os teus pontos

fortes? Como te fazes ver no meio da multidão? Que expressões únicas usas?

Que estilo de vestir tens? As pessoas conseguiriam identificar-te em qualquer

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local pela tua forma de falar? Pela forma de agir e de vestir? Tens um

programa único de treino?).

2. Perguntas poderosas

a. E se pudesses? (há perguntas que nos mostram possibilidades; por vezes o

importante é utilizar as perguntas para pôr as pessoas a pensar de forma

diferente, abrindo novos caminhos neuronais; tornar o “impossível” em “se

calhar...”).

b. Tipos de perguntas (abertas, fechadas, gerais ou específicas).

c. Quem? O quê? Onde? Quando? Como? Porquê? (Esta última de evitar

frequentemente porque leva quem responde a contar histórias e não nos leva a

descobrir o mais importante que é a estrutura, o como fizeste).

d. Diz-me como especificamente?

e. O que quero? Em qualquer situação, o treinador deverá ter uma intenção na

sua ação, na sua interação com o atleta. Para tal, há 4 questões que necessitam

resposta em todas as interações; quando se avança com as respostas claras a

estas perguntas, é mais fácil comunicar, liderar e alcançar os resultados

pretendidos:

i. Qual o resultado que desejo? (qual a minha intenção?)

ii. O que faço aqui?

iii. O que quero de ti?

iv. O que queres de mim?

3. Preparação do atleta (biológica, psicológica e social)

a. Princípio de treino da unidade ou da totalidade, diz-nos que os vários

processos de treino devem estar integrados num só. Isto significa que a

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preparação biológica, psicológica e social deverá estar presente em cada

exercício, em cada tarefa de treino;

b. Auto-estima (Usar “Mapa do tesouro”);

c. Persuadir (ver Robbins, 2013);

d. Para aumentar a capacidade de stress: aumentamos a exposição ao stress e

aumentamos o tempo de recuperação de qualidade (McKenna, 2011);

e. Confiança (McKenna, 2009);

f. Criar tribos (Godin, 2008). É uma das missões do treinador: liderar um grupo,

uma equipa técnica e/ou de atletas.

4. Performance profissional

a. Resultados pretendidos (Tens uma visão clara e detalhada daquilo que

queres?);

b. Comunicação consigo próprio (Tal como o atleta, o treinador se estiver

habituado a comunicar de forma positiva consigo próprio, mais facilmente

transmite aos atletas essas necessidade);

c. Comunicação com os outros (Segundo a PNL, a comunicação é aquilo que

obtemos delas, por isso o treinador deverá ter flexibilidade suficiente para

mudar o seu estado e procurar diferentes formas de comunicar com os seus

atletas, até chegar ao resultado pretendido);

d. Liderança através do exemplo, porque o treinador vende atos humanos (Tens

uma visão clara daquilo que pretendes? Comunicas essa visão ao grupo? O

que ganha o grupo com isso?);

e. Rotinas de sucesso (Já identificaste as rotinas que te colocam no teu estado

ótimo de performance?;

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 13

f. Tem uma intenção clara – Acuidade sensorial para perceber se o que está a

fazer funciona ou não – Flexibilidade para mudar;

g. Modelar sucesso. Para modelar alguém, segundo Robbins (2013), é

necessário: a) conhecer sistema de valores da pessoa que quer modelar; b)

conhecer a sintaxe: sequencia com que o modelo representa o mundo na sua

mente em termos de sons-imagens-sensações; c) modelar a sua fisiologia (a

forma como se movimenta, como respira, todo o tipo de gestos para conseguir

entrar num estado idêntico.

h. Recursos. Sozinho o treinador não irá muito longe. O seu círculo de

influências é fundamental para o seu êxito. Para tal, terá de identificar

claramente: 1. Competências/qualidades que possui; 2. A comunidade:

pessoas com quem trabalho, pessoas para quem trabalho (quem são e como

podem ajudar?); 3. Pessoas que trabalham para mim (quem são?); 4. Família;

5. Amigos; 6. Clube de fans; 7. Vizinhos; 8. Pessoas com quem

trabalhei/estudei; 9. Clientes; 10. Crédito e capital disponível; 11. Que

ferramentas disponho?

5. O que dizer mas sobretudo como dizer?

a. O que dizer antes da tarefa (ver pre-frame, reframe, etc.);

b. Durante a tarefa

c. Após a tarefa

i. Rapport

ii. Confiança

iii. Tom de voz

iv. Postura corporal

v. Expressão facial

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vi. Mãos

vii. Movimento do corpo

viii. Colocação no espaço

d. Utilização de metáforas (storytelling)

6. Ajuda o atleta a mudar hábitos

7. Induz mudança de estados

a. Cadeia de excelência (ver figura 1)

 

Figura  1.  Cadeia  de  Excelência

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Ferramentas e Resumos de Livros - Mais Recursos Práticos

Não deseje que as coisas sejam mais fáceis – deseje ser mais forte.

Jim Rohn

Meditação Vipassana

Vipassana, que significa ver as coisas como realmente são, é uma das mais

antigas técnicas de meditação da Índia. Foi redescoberta por Buda Gotama há mais de

2500 anos e ensinada por ele como um remédio universal para males universais, ou

seja, uma Arte de Viver. Essa técnica não sectária visa a total erradicação das

impurezas mentais e a resultante suprema felicidade da liberação completa. A cura,

não a mera cura de doenças, mas a cura essencial do sofrimento humano, é o seu

propósito.

Vipassana é um caminho de autotransformação que utiliza a auto-observação.

Foca a profunda interconexão entre mente e corpo, que pode ser experimentada

diretamente pela atenção disciplinada às sensações físicas, que, por sua vez,

constituem a vida do corpo e continuamente se interconectam e permitem a vida da

mente. É essa jornada de autoconhecimento baseada na observação — que objetiva a

raiz comum da mente e do corpo — a responsável pela dissolução das impurezas

mentais, resultando numa mente em equilíbrio, cheia de amor e compaixão.

As leis científicas que regulam os pensamentos, sentimentos, julgamentos e

sensações se tornam claras. Pela experiência direta, compreende-se a natureza de

como se progride ou regride, como se produz ou se liberta do sofrimento. A vida

começa a se caracterizar por consciência, libertação de ilusões, autocontrole e paz

cada vez maiores (Vipassana, 2014).

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Emoções

O homem não é um ser racional, mas sim um ser emocional. São as emoções que

comandam a vida. Daí o seu controlo ser tão importante.

Não pode haver conhecimento sem emoção.

Arnold Bennett

A Sala de Troféus

A sala de troféus é uma ferramenta que serve para melhorar a auto-estima de uma

pessoa ou de um grupo. No fundo, trata-se de pedir às pessoas, que recuem na linha do tempo

e procurem momentos profissionais, pessoais, desportivos que sejam dignos de figurar na sua

sala de troféus. Para que surta mais efeito para além de mudar o estado das pessoas, deve-se

registar por escrito e de preferência ilustrar com imagens desses momentos. Se for possível

ter um local (quadro, fundo de computador, etc.) onde figurem esses registos, um local bem

visível ou onde se volte com frequência, então o seu efeito será ainda mais poderoso.

Inner Game of Tennis

O livro Inner Game of Tennis de W. Tomothy Gallwey (2008) foi um marco

importante na psicologia do desporto aplicando, dando depois origem a livros e aplicações no

mundo empresarial. Aqui fica um resumo das principais ideias:

• Aprendemos melhor vendo imagens de boas jogadas.

• O estado de flow tem de ser criado na relação de mente-corpo-raquete.

• Quando dominamos os skills o jogo mental é o problema.

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 17

• Quando alguém joga tem duas partes com as quais lida: Eu1 ou ego “teller” (que

instrui, motiva, fala) e o Eu2 “natural ability” “doer” (aquele que faz com base

num armazém de memórias de boas jogadas que já fez).

• O Eu2 sozinho jogava facilmente.

• Os principais obstáculos do jogo interior (inner game) são a auto-dúvida e a

ansiedade.

• Torna-se fundamental acalmar a mente.

• É um jogo entre o consciente e o inconsciente.

• Uma mente inquieta começa a julgar.

• Para jogar no nosso melhor temos de viver cada segundo no presente –

Concentração.

• Para viver no presente temos de nos focar na bola, na respiração, no momento, no

ponto, na jogada (ver também Tolle, 2001).

• Para jogar ao nosso melhor temos de acalmar o Eu1 e deixar o Eu2 fazer aquilo

que sabe fazer. O Eu2 gosta de imagens e filmes.

• A melhor forma de calar o Eu2 não é discutir com ele nem dizer para parar de

criticar, mas sim focar a atenção naquilo que interessa. Nos aspectos que

interessam para completar a tarefa. Se estamos a bater uma bola, temos de nos

focar na bola e no nosso corpo.

• Observar o nosso comportamento sem julgar nem classificar.

• 4 passos do processo de Gallwey:

1. Observação sem julgar

2. Visualizar o resultado desejado

3. Confiar no Eu2

4. Observação sem julgar da mudança e dos resultados

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 18

• Relaxado sob pressão porque estamos concentrados.

Aquilo que vemos depende sobretudo daquilo que procuramos.

Sir John Lubbock

Ten fundamental keys to effective presentation and persuasion de Anthony Robbins

Como treinadores, professores ou personal trainers, temos de aplicar algumas

competências de persuasão, de influencia, temos de inspirar os atletas, alunos ou clientes.

Uma referencia importante nesse sentido é a comunicação de Anthony Robbins: Ten

fundamental keys to effective presentation and persuasion (Robbins, 2013). O autor apresenta

a ideia de quem comunica se transforme no educador entertainer. Ou seja, em vez de

apresentador é um persuasor. Podemos resumir essa comunicação nestas ideias:

1. Porque estou aqui (crença). Persuadir é transmitir emoção. Persuadir é

transferir emoção. Auto-diálogo: “- Sou poderoso, eficaz e as pessoas adoram

escutar-me”.

2. Fisiologia. Movimento do corpo em palco. Tensão e pressão faz-nos mover.

3. Conhecer/definir bem o resultado final desejado. Clareza é poder. Ter uma

visão clara daquilo que queremos.

4. Estabelecer rapport. Procurar pontos de contacto, pontos comuns: visuais,

cinestésicos e auditivos. Mostrar que também nos preocupamos com a

audiência e que já passamos por situações idênticas. Usar lógica/razão.

Apresentar soluções associadas ao prazer. Pedir ação à audiência. Atacar-se a

si próprio. Confessar: “- eu fiz isto e não quero que lhe aconteça a si.”

5. “Manipular” a audiência. Contar histórias. Fazer perguntas. Usar metáforas.

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Usar humor. Utilizar comandos embebidos. A pessoa mais congruente

controla o sistema. A pessoa mais flexível controla o sistema.

6. Flexibilidade.

7. Desafiar a audiência. Questões. Citações. Ações. Mostrar que damos o

exemplo.

8. Energia. Carisma é poder e energia.

9. Utilização. Utilizar o que se diz anteriormente. Utilizar o que ocorre na sessão.

Utilizar como exemplo tudo o que se passa na sessão.

10. Diversão. Entretenimento. Em suma: a) Ter algo interessante para dizer; b)

Dizer isso bem; c) Dizer com emoção.

Perguntas Poderosas

Perguntas de Possibilidade (McKenna, 2011)

• O que aconteceria se isto deixasse de ser um problema?

• O que seria preciso para que tudo estivesse bem?

• Se eu soubesse que existia uma solução simples, qual seria?

• Em que devo ainda pensar?

• Se fizesse um progresso notável nesta área, qual seria?

Perguntas de Poder (McKenna, 2011)

• Quem ou o quê, na minha vida, me faz sentir mais feliz?

• Quem ou o quê, na minha vida, me faz sentir mais amado?

• Quem ou o quê, na minha vida, me faz sentir mais rico?

• Quem ou o quê, na minha vida, me faz sentir mais apaixonado?

• Quem ou o quê, na minha vida, me transmite mais poder?

• Responda a estas perguntas e amplifique aquilo em que elas o fazem pensar.

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 20

• O que faria se soubesse que não podia falhar?

• O que gosta tanto de fazer, que até pagaria para o fazer?

• O que desperta realmente em si uma paixão?

• O que escolheria fazer se tivesse recursos ilimitados?

• Quem são as pessoas ou personagens da história que mais admira e porquê?

• O que queria fazer em criança?

• O que queria fazer quando crescesse?

• O que faria se o sucesso estivesse garantido?

• O que gostaria mesmo que acontecesse?

• O que gostaria mesmo de aprender?

• Que competências deseja dominar?

• Quanto dinheiro quer ganhar?

• Que traços de carácter quer desenvolver?

• O que quer devolver ao mundo?

Uma Forma de Alterar Estados Através da Alteração das Representações Internas

Tabela 1

Alterar Experiencias Para diminuir experiências stressantes ou desagradáveis:

Para intensificar experiências positivas ou recursos:

Saia da imagem (associe) Entre completamente na imagem (dissocie) Torne a imagem imóvel Torne a imagem num filme Torne a imagem mais pequena e afaste-a Torne a imagem maior e aproxime-a Torne a imagem a preto e branco, vaga ou desfocada

Intensifique as cores, aumente a claridade e luminosidade

Torne os sons longínquos, mais reduzidos e silenciosos

Torne os sons mais próximos, maiores e mais altos (a não ser que seja uma experiência de paz e sossego)

Nota: Adaptado de McKenna (2011b).

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 21

Stress

O stress é um estado de ausência de controlo, pode ser visto até como uma perceção

errada da realidade, a sensação de não controlar algo.

Existem duas categorias de stress (Seleye, 1983): o stress bom ou positivo (eustress) e

o stress mau ou negativo (distress). Positivo quando a ativação serve de estímulo e motivação

para o desportista responder de forma correta e adaptada à situação. Negativo quando o

desportista responde de forma descontrolada e com excessiva ativação, ou seja, de forma

inadaptada e negativa.

Ativação

A ativação usa-se para explicar o estado em que se encontra o desportista antes de um

evento. Martens (1987) diferencia dois tipos: positiva quando o desportista percebe a

competição ou treino como algo positivo que lhe produz sensações agradáveis e mostra um

alto grau de motivação para a tarefa; negativa quando o desportista percebe a competição ou

treino com ansiedade, centrando-se nas consequências negativas que podem advir da

situação.

Cada desportista tem o seu nível ótimo de ativação de acordo com a tarefa ou evento.

Motivação

Dosil e Caracuel (2003) definem a motivação como um fator disposicional que

depende de certas características do indivíduo, como a sua condição (física e psíquica) atual

ou sua biografia (gostos, preferências, etc.), bem como de objetos ou eventos aos que tende a

aproximar-se ou afastar-se, dos fatores nível de privação, necessidades, temperatura

ambiente, etc., que aumentam ou diminuem em cada momento o valor motivacional, bem

como das relações – atuais e históricas – desse indivíduo com os seus motivos particulares (p.

176).

Ansiedade

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 22

O termo ansiedade costuma relacionar-se com o de emoção, sendo muitos os autores

que a consideram como tal.

Estados Potenciadores – Emoções

Uma emoção é um estado psicológico complexo que envolve 3 componentes

distintos: uma experiencia subjetiva, uma resposta fisiológica e uma resposta comportamental

ou expressiva. (Hockenbury e Hockenbury, 2007).

Atenção e Concentração

Não há um consenso sobre a sua definição (Dosil, 2004). A atenção tem algo a ver

com a seleção dos estímulos nos quais nos focamos, enquanto a concentração tem mais a ver

com a manutenção dessa atenção.

Personalidade e Auto-Confiança

Para Feldman (1995) a personalidade é vista como um conjunto de características que

diferenciam as pessoas, ou estabilidade no comportamento de uma pessoa perante diversas

situações.

Para Dosil (2004) a auto-confiança é o grau de certeza, de acordo com as experiências

passadas, que o desportista tem em relação à sua habilidade para alcançar o êxito numa

determinada tarefa.

Liderança

Para Gardner (1995) o líder é a pessoa que tem a capacidade de influenciar os

pensamentos, as condutas e os sentimentos de outros.

Weinberg e Gould (2011) indicam três comportamentos relacionados com a liderança

na perspectiva do treinador: comunicação; instruções e demonstração; condutas reativas e

espontâneas.

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 23

Os que não conseguem mudar a sua mente não conseguem mudar nada.

George Bernard Shaw

Como Conhecer o Seu Propósito de Vida em 5 Minutos (Leipzig, 2013)

Responda simplesmente a estas questões:

1. Quem sou?

2. O que faço? O que sou bom a fazer?

3. Para quem faço isso?

4. O que é que essas pessoas querem ou necessitam?

5. O que elas ganham com isso? O que mudaram como resultado?

Em suma (Noel, 2013)

1. Escreva o que deseja de modo preciso.

2. Diga-o bem alto e justifique-o.

3. Divirta-se a sentir o que sentiria se já tivesse alcançado o seu objetivo.

4. Defina e visualize o que quer; saiba concretamente como alcança-lo e tome todas

as decisões; esteja totalmente de acordo com o que decide; estipule um prazo

realista.

5. Confie esse projeto ou esse desejo ao seu cérebro inconsciente, criando a imagem

e a emoção do seu objetivo.

6. Viva como se já tivesse alcançado o que deseja – e diga sim à vida!

Rotinas de Sucesso do Treinador

• Melhor utilização das 24h do dia (Grandes prioridades primeiro)

• Princípio de Paretto 80/20 (80% dos resultados provêm de 20% dos seus esforços)

• Parkinson Law (Se pudesses apenas fazer uma coisa, qual seria? Qual seria a ação

que teria mais impacto neste projeto?)

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 24

• Modelar gente de sucesso (Quem especificamente?)

• Usar o diário

• Dinheiro = estado de confiança

• Passion things (Na tua agenda semanal, deverão ser incluídas tarefas, atividades

que te encham de energia, que adores fazer: hobbies, etc.)

• Networking (Com quem vou estar? A quem vou ligar?)

• Rituais matinais

o Gratidão (O que tenho de bom? Como isso me faz sentir? Quem me ama?

Quem eu amo?)

o Visualização (Sentir os resultados)

o Ler objetivos

o Incantations (Auto-afirmações positivas e poderosas)

• Rituais da noite

o Que coisas boas fiz?

o Reformular o filme do dia

o Celebrar sucessos

o Contabilidade e controlo do progresso

o Escrever os objetivos todos os dias como se já os tivesse atingido (Talvez

a tarefa com mais impacto no processo para alcançar objetivos).

Primeiro criamos os hábitos, depois são os hábitos que nos criam.

John Dryden

PSICOLOGIA DO DESPORTO APLICADA 25

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