16
Resumo sobre Avaliação Planejada, aprendizagem consentida CAP. 1- COC!P"#!$ %! A&A'(A")O* + ( A$ OP((#!$, ( +!RA$ &!R%A%!$ Um processo avaliativo será mais valoroso quanto mais instrumentos, conc avaliação conseguirmos complementar mutuamente. Se você analisar bem, verá que, de fato, sem exageros, a avaliação e a a unidade e simultaneidade processual, constituem presença perene na vida todos n!s. O ensinar e o avaliar interagem, sem serem distintos. "ntre todas as fontes de refinamento da percepção sobre o papel a ser cu aprendizagem, talvez a intuição nata e organizada, pr!pria do ser #umano profissionais da educação, precisamos confiar nela. %odo ser #umano, eu, você, quer por qualificação acadêmica, quer por exp possui a faculdade de decidir. &ssim, podemos afirmar que a experiência escola(, ainda que a formação escolar propicie mais oportunidades de vis forma mais n)tida, em princ)pio, as diversas variáveis que compõem o at existência de formadores de opinião, considerados autodidatas no que diz funções da avaliação, #á os que a conceituam formalmente, expondo suas c p blico. S&-& /& 012234 consegue abordar a avaliação de forma bastante abrangente aprendizagem, mas tambm o processo de ensino ofertado, os sistemas de e as competências e as #abilidades do professor. 5ara a autora, 'se a avaliação permear todo o processo de ensino6aprendi dimensões6 avaliação do aluno, do professor, da escola 7, possibilitará tarefa educativa se$a coroada de sucesso( 0Saraiva 12234. &inda sobre o papel da avaliação, Saraiva 011234 explica que 'avaliar a concomitantemente, avaliar o ensino oferecido 8...9 8assim9 se não #ouve diante de uma certeza 7 o ensino não cumpriu sua finalidade 7 a de fazer Um sistema de ensino comprometido com o desenvolvimento das competências e habilidade encontra na avaliação, não um instrumento para aprovar ou reprovar e , sim, uma refer seus propósitos, permitindo-lhes buscar caminhos para que os alunos sejam bem-sucedi passarela da aprendizaem !"araiva #$$%&' 5ara o autor ,ensino e aprendizaem não se justificam plenamente por si sós,mas sempre em acadêmico maior, o da educação' ( para uma compreensão melhor do que seja a educação, oriem no verbo educar, que, por sua vez, prov)m do verbo latino educere, que sinifi fazer desabrochar' ( desabrochar quer dizer mostrar-se para a vida de forma real, re e*terno, desvelar potencialidades como desdobramentos da educação' ! + .,#$$%&' 5&-& /:;< : =U" > "*U;&?@:A Sabe6se que um bem amplamente social, que, ao intervir, possibilita a em que serve para a promoção de mel#oria da qualidade de vida dos grupos *e acordo com B:%C 0122D4, no entanto, de forma universal, os n/veis escolares, dentro de caracter/sticas, procuram auardar da formação de seus estudantes aspectos como0 1onsciência e compromisso com os problemas sociais de seu tempo e meio2 1apacidade para enfrentar o mundo do trabalho2 (starem preparados para o inresso em n/veis subsequentes do ensino2

Resumo Sobre Avaliação Planejada

Embed Size (px)

Citation preview

Resumo sobre Avaliao Planejada, aprendizagem consentida

CAP. 1- CONCEPES DE AVALIAO: MUITAS OPINIES, INUMERAS VERDADES

Um processo avaliativo ser mais valoroso quanto mais instrumentos, conceitos e concepes cristalinas de avaliao conseguirmos complementar mutuamente.Se voc analisar bem, ver que, de fato, sem exageros, a avaliao e a aprendizagem, alm de conduzirem por unidade e simultaneidade processual, constituem presena perene na vida escolar, profissional e pessoal de todos ns.

O ensinar e o avaliar interagem, sem serem distintos.

Entre todas as fontes de refinamento da percepo sobre o papel a ser cumprido pela avaliao na aprendizagem, talvez a intuio nata e organizada, prpria do ser humano, seja a mais eficiente, e ns, como profissionais da educao, precisamos confiar nela.

Todo ser humano, eu, voc, quer por qualificao acadmica, quer por experincia de vida simplesmente, possui a faculdade de decidir. Assim, podemos afirmar que a experincia de vida tambm ajuda a fazer escola, ainda que a formao escolar propicie mais oportunidades de visualizar, aprofundar e perceber, de forma mais ntida, em princpio, as diversas variveis que compem o ato de avaliar. Desse modo, alm da existncia de formadores de opinio, considerados autodidatas no que diz respeito ao papel, aos objetivos e s funes da avaliao, h os que a conceituam formalmente, expondo suas concluses anlise e ao debate pblico.

SARAIVA (2005) consegue abordar a avaliao de forma bastante abrangente, enfocando no somente a aprendizagem, mas tambm o processo de ensino ofertado, os sistemas de ensino que o oportunizam, bem coo as competncias e as habilidades do professor.Para a autora, se a avaliao permear todo o processo de ensino-aprendizagem e se for entendida em todas as dimenses- avaliao do aluno, do professor, da escola , possibilitar ajustes que contribuiro para que a tarefa educativa seja coroada de sucesso (Saraiva 2005).Ainda sobre o papel da avaliao, Saraiva (2205) explica que avaliar a aprendizagem do aluno significa, concomitantemente, avaliar o ensino oferecido [...] [assim] se no houver a aprendizagem esperada, estamos diante de uma certeza o ensino no cumpriu sua finalidade a de fazer aprender.

Um sistema de ensino comprometido com o desenvolvimento das competncias e habilidades dos alunos encontra na avaliao, no um instrumento para aprovar ou reprovar e , sim, uma referencia anlise de seus propsitos, permitindo-lhes buscar caminhos para que os alunos sejam bem-sucedidos na travessia da passarela da aprendizagem (Saraiva 2005).

Para o autor,ensino e aprendizagem no se justificam plenamente por si ss,mas sempre em funo de um bem acadmico maior, o da educao. E para uma compreenso melhor do que seja a educao, tem ela sua origem no verbo educar, que, por sua vez, provm do verbo latino educere, que significa trazer para fora, fazer desabrochar. E desabrochar quer dizer mostrar-se para a vida de forma real, revelar-se para o mundo externo, desvelar potencialidades como desdobramentos da educao. ( BOTH,2005).

PARA VOC O QUE EDUCAO?

Sabe-se que um bem amplamente social, que, ao intervir, possibilita a valorizao do ser humano, na medida em que serve para a promoo de melhoria da qualidade de vida dos grupos sociais.De acordo com BOTH (2001), no entanto, de forma universal, os nveis escolares, dentro de suas caractersticas, procuram aguardar da formao de seus estudantes aspectos como: Conscincia e compromisso com os problemas sociais de seu tempo e meio; Capacidade para enfrentar o mundo do trabalho; Estarem preparados para o ingresso em nveis subsequentes do ensino; Estarem informados para o exerccio participativo e responsvel da cidadania; Competncia, capacidade e habilidade na implementao de ensino com investigao nos nveis escolares que lhe competem.

No permita que o objetivo principal da avaliao seja apenas identificar o quanto o aluno sabe e com profundidade apreendeu os contedos, mas, sim, oportunize que ela possibilite verificar quais foram os caminhos que o levaram a esse conhecimento.

FRMULAS ARITMTICAS E MDIAS: LIQUIDIFICADORES DA EDUCAO.

Para BOTH (1992), frmulas aritmticas utilizadas para a obteno de mdias podem ser entendidas como liquidificadores apuradores da aprendizagem. So depositadas notas e/ou mdias dentro de uma frmula (liquidificador), realizada a operao (triturao), e est obtido o resultado, como valor mdio. Do abacate e do limo, quando passados juntos no liquidificador, obtm-se seu sabor mdio. No entanto, com a aprendizagem no possvel fazer o mesmo, pois no se pode obter o valor mdio de sua qualidade atravs de operaes com valores quantitativos.Em aprendizagem, somente os dados quantitativos permitem ser apurados por meio de frmulas matemticas.

O mesmo autor visualiza trs tipos de injustia cometidos na apurao de mdias em avaliao da aprendizagem: Rebaixamento do nvel de conhecimento elevado: trata-se da desvalorizao do conhecimento pela necessidade de se compartilhar uma nota de valor elevado obtida em avaliao da aprendizagem com uma de baixo valor. Supervalorizao do baixo nvel de conhecimento: o oposto tambm ocorre com uma nota de baixo valor obtida em uma avaliao ser compartilhada com uma de valor elevado. Valor mdio do aluno, em conhecimento: uma derradeira injustia se cumpre com o calculo do conhecimento mdio do aluno.

Apurar valores mdios relativos ao desempenho dos estudantes no se torna um fruto proibido no meio educacional, mas, por certo, no representa a medida mais adequada para externar o nvel de tal desempenho.

AVALIAO: TAMBM UMA QUESTO DE BOM SENSO

O trinmio ensino-aprendizagem- avaliao permite ao aluno reconhecer seu papel, tanto na famlia quanto na sociedade, como ser cooperador, criativo, participativo e corresponsvel pela gradual elevao da qualidade de vida. E ns, como educadores, no podemos nos furtar de dar essa oportunidade a ele.

Assim, por certo, deve o ato de avaliar ser encarado sob quatro prismas intercomplementares que devem passar a serem seus prismas nesse processo, como: Processo de justia para com o aluno; Ato de responsabilidade entre o desempenho do aluno; Diagnstico da realidade, com estabelecimento de juzo de valor a partir de dados significativos; Tomada de deciso para a soluo de situaes-problemas.

Dessa maneira, voc precisa entender a avaliao como um processo que consiste em fazer um julgamento comparativo entre o desempenho demonstrado e o resultado pretendido. Cabe ao professor responsabilizar-se no pelo aluno como pessoa, mas pelo conhecimento que lhe torna acessvel, bem como pela reao e pela mudana comportamental que provoca nele como ser social.

Um exemplo que pode auxili-lo na chamada de ateno para essa realidade encontra-se ilustrado no seguinte pensamento popular. O rato jamais construiria uma ratoeira, mas o professor a constri de vez em quando.Se, por um lado, ainda persistem discrepncias e tendncias prejudiciais aprendizagem, de outro tambm vo aumentando os avanos em avaliao, tanto em aspectos tericos quanto em prticos.Precisamos ter como uma de nossas preocupaes educacionais mais relevantes a descoberta e a valorizao das potencialidades do aluno, dessa maneira colocaremos a ns mesmos um de nossos maiores desafios avaliativos, que o de saber o que mais relevante perguntar, propor ou recomendar ao aluno.

Um processo avaliativo representa para ns e para o aluno, na mesma proporo, uma oportunidade mpar de obteno de elementos para reflexo sobre a prtica pedaggica docente e sobre a construo da aprendizagem dos alunos.Alm de possibilitar a identificao do nvel de desempenho, de rendimento e de produo do aluno, a avaliao ainda pode imprimir maior qualidade no relacionamento entre ns e o aluno.

A aproximao e a harmonia entre o professor e aluno ainda facilitam o necessrio dilogo que convm ao aluno estabelecer com o conhecimento.Essa aproximao e a crescente interatividade entre professor e aluno favorecem a consecuo de objetivos educacionais, uma vez que realizaremos a avaliao como um processo:

til : que beneficia a ns e a eles; Vivel: em que possibilitamos e viabilizamos sua execuo; Exato: que oportuniza a avaliao conduzida corretamente e com instrumentos adequados para que obtenhamos as informaes pretendidas; tico e questo social: quando executamos o ato de avaliar com transparncia de propsitos, tendo como base o respeito e a justia;

A aprendizagem um processo bilateral em que professor e aluno aprendem, sendo o aluno o principal agente da aprendizagem devemos centrar neles as atividades de ensino, respeitar suas competncias, capacidades e habilidades.Uma concepo de avaliao tambm passa pela mxima de que o ensinar se desenvolve em funo do aprender, mediante relacionamento interativo entre professor e aluno, em que cumpre a ns o papel de estimulador e facilitador da aprendizagem e ao aluno o de ser sujeito, partcipe e construtor desse processo.

DA VERIFICAO A AVALIAO DA APRENDIZAGEM: PROCESSOS ANTAGNICOS?

Como instrumento privilegiadamente auxiliar do ensino, necessitamos encarar a avaliao como processo de desenvolvimento tcnico, pedaggico, cientfico e psicolgico do aluno em funo da aprendizagem.

As diferentes formas de obteno de resultados de que dispomos resumem-se praticamente a duas: avaliao e verificao.

A verificao pode compreender elementos de avaliao, tornando-se ate mesmo um processo misto. A avaliao, por sua vez, no invade a rea verificativa, sob pena de vir a perder sua caracterstica essencialmente crtico construtivo qualitativa.

A qualidade inerente ao processo avaliativo deve prevalecer sempre sobre os aspectos quantitativos da verificao.

Portanto, perceba que avaliar , ao mesmo tempo, dar e buscar valor. Por isso, cumpre ao de avaliar a funo de orientar e estimular o estudante em sua ao educativa, sendo que, para que possamos dar verdadeiramente valor ao aluno no processo de ensino-aprendizagem, necessitamos conhecer o estado em que se encontra o educando.

Avaliao e verificao so empregados como conceitos que se harmonizam. Para as cincias humanas, em especial, o termo avaliao tem maior aceitabilidade por conta do seu carter pedaggico processual.

Por outro lado, uma maior carga pedaggica certamente pode ser fator decisivo para instaurao de uma prtica mais acurada do processo de avaliao, entendida como instrumento auxiliar da aprendizagem crtico - construtiva.As reflexes encontradas a respeito do tema deixam entrever que o modelo de ensino brasileiro, em todos os seus graus e nveis, ainda que de forma mais ou menos acentuada, vem sendo dominado fortemente pelo modelo metafsico.Aqui no caso especifico de uma avaliao com sentido dinmico, construtivo, em que o educando deve ser por ns encarado como elemento em desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem. Devemos permitir que ele passe de objeto sujeito, da passividade ao, do conformismo participao crtico- construtiva.

Voc precisa perceber, que isso no significa que as duas formas de avaliao sejam totalmente antagnicas academicamente, a sua interao operacional bem possvel, uma vez que valores quantitativos ajudam a explicar fatores qualitativos.

Com base na avaliao processual, ou formativa, podemos acompanhar o desempenho do aluno no transcurso de sua vida acadmica, corrigindo os desvios de conduta, quando necessrio. Devemos ter como foco, nesse caso, proceder melhoria do desempenho do aluno de forma perene.

AVALIAO: DO DINAMISMO DA AO CONCEPO CRTICO-CONSTRUTIVA

Desse modo, percebemos que a avaliao est associada ao modelo moderno, subjetivo em que a medida no se restringe a um valor esttico, frio, mas age como instrumento pedaggico real da experincia humana. Podemos acompanhar o aluno de forma construtiva e ele tem seu desenvolvimento garantido por meio da aprendizagem, na qual os fatores que impem so principalmente os de cunho social.

LUCKESI (1988) entende a avaliao como um juzo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de deciso. O juzo de qualidade parte de um padro de qualidade, em que so abordados somente dados relevantes para uma tomada de deciso.

A ao dinmica e construtiva que se pretende identificar na avaliao nos permite encarar o aluno como um ser que se desenvolve de forma global. A mudana em seu comportamento se manifesta tanto em nvel de aquisio de conhecimentos de modo consciente como em termos de relacionamento social e de aceitao de seu desenvolvimento pessoal.

Para VILA (1972), a avaliao a ao de apreciar em seu justo valor um ser, situao, atitude ou sentimento, considerando de modo objetivo os fatores ou elementos de que so constitudos.

Para o autor, a avaliao a base consciente para estabelecimento das condies necessrias vida e ao progresso humano, tanto individual como social.

DEMO (2000) refere-se ao ato de avaliar de maneira bastante leal ao aluno, corroborando, de certo modo, o entendimento do papel da avaliao como oferta ao aluno de acompanhamento e apoio incondicional de todas as formas. Afirma o autor, avaliar no apenas medir, mas, sobretudo, sustentar o desenvolvimento positivo dos alunos. Quer dizer, no se avalia para estigmatizar, castigar, discriminar, mas para garantir o direito oportunidade. Devemos ser capazes de transformar as dificuldades em desafios, os percalos em retomadas e revises, as insuficincias em alerta.

Entenda, no entanto, que, para fins nota ou conceito final, ou de concluso de curso, ou mesmo em considerao a medidas de transferncia para outra instituio, torna-se possvel e necessrio transformar em smbolos numricos e notas a deciso que voc tomou com base em juzo de qualidade sobre dados significativos.

A reprovao se caracteriza quando o aluno decide voluntariamente no participar do processo de ensino-aprendizagem, colocando-se sua margem.

A avaliao um processo que tem como propsito primeiro o acompanhamento contnuo dos processos de ensino e de aprendizagem [...].

Importante: Voc, como avaliador, deve encontra-se impregnado de senso de justia, de compreenso e de interesse em acompanhar o aluno ao longo de todo o processo de aprendizagem, formando com ele uma combinao perfeita.

A conduo do processo de ensino-aprendizagem ocorre sob duas formas distintas, mas perfeitamente complementares: globalizante e individualizada. A forma globalizante deve estabelecer intercomunicao entre voc e a totalidade dos alunos, com mtua responsabilidade no desenvolvimento da aprendizagem, enquanto a forma individualizada oportuniza um entendimento entre voc e cada um dos alunos. Assim, a aprendizagem tambm se desenvolve respeitando-se a individualidade na globalidade. O ensino pode ser perfeitamente individualizado dentro do universo dos alunos.

VERIFICAO E FORMULISMO: BONS ALIADOS.

Enquanto a avaliao se constitui em processo dinmico, construtivo e de acompanhamento crescente do aluno ao longo de todo o percurso pedaggico, a verificao um ato esttico, de constatao, de medida, de aferio, no favorecendo a necessria viso do educando como um ser que precisa desenvolver-se em sua globalidade.

Neste contexto, a avaliao consegue cobrir todas as necessidades avaliativas processual ou formativamente, enquanto a verificao apenas fornece dados quantitativos para a tomada de deciso.Vistas individualmente, avaliao e verificao sugerem cabal antagonismo. No entanto, podemos ver que, juntas, elas podem atuar colaborativamente. Enquanto a avaliao se preocupa pontualmente com a melhoria de desempenho do estudante ou de qualquer outro profissional, a verificao fornece dados estatsticos como suporte tomada de deciso pela avaliao.

Para LUCKESI (1992), avalia-se mais o que o aluno no sabe do que o que ele talvez possa saber.

A sociedade ainda se debate grandemente entre o modelo metafsico e o moderno.

Avaliar, antes de tudo, um processo de responsabilidade, de justia e de equilbrio de nossa parte, na condio de professores.Assim, a avaliao assumiria sua efetiva postura de instrumento auxiliar da aprendizagem, e no precipuamente de instrumento de aprovao ou reprovao dos educandos.

Sendo dinmica, contnua e construtiva, a avaliao no se coaduna com a obedincia a calendrios oficiais que demarcam a sua implementao durante o processo pedaggico.

Notas e conceitos, portanto, so aceitos na avaliao, contanto que no interrompam a dinamicidade da aprendizagem.

Para LEITE (1988), os resultados negativos da avaliao so utilizados principalmente contra os alunos.O autor convida educadores e educandos a um esforo solidrio para uma real formao, em que os louros do sucesso e do insucesso escolar sejam democraticamente divididos. O progresso educacional no provm unilateralmente de mritos individuais ou nossos estudos, porque tanto ele quanto o educador sua disposio procuraram atuar em parceria colaborativa.

AVALIAO: O QUE PENSAM OS EDUCADORES A RESPEITO.

Para PENNA FIRME (1988), avaliar um momento inevitvel de qualquer atividade humana e ainda, segundo a autora, se a falta de avaliao grave, igualmente prejudicial a sua inadequao.Realmente, sem avaliao no h aprendizagem condizente, assim como avaliar inadequadamente pode propiciar desequilbrio qualitativo entre ensino e aprendizagem.

Para WORTHEN e SANDERS (1973), muitas das decises contrariam os resultados da avaliao, no lhes sendo fieis.TYLER (1966) entende avaliao como verificao dos objetivos. Certamente, verificao, no presente contexto, possui conotao de avaliao entendida como forma dinmica e construtiva de acompanhamento global do aluno.

De acordo com CRONBACH (1963), muitas avaliaes encontram-se mais carregadas de resultados inteis do que de real proveito. Com a inadequao de dados, no h fidelidade nos resultados.

STUFFEBEAM e SHINKFIELD (1985) entendem as verdadeiras avaliaes como ponto de partida para uma poltica educacional, medindo sua potencialidade e beneficio.

GUBA e LINCOLN (1985) alertam para a necessidade de o avaliador no expressar concluses precipitadas, pois elas poderiam lev-lo a incorrer injustias na hora de decidir.

Comenta RATHS (1948) que a avaliao o processo que consiste em ajudar algum a enxergar mais claramente o que est tentando fazer,e, ainda, que o principal fator de motivao que decorre da ao de avaliar deve se favorecer a melhoria do ensino-aprendizagem.

CHADWICK (1974), que concebe a avaliao educacional como uma tomada de decises e de diagnsticos quando se trata de desvios verificados tanto no currculo do curso quanto no prprio sistema escola.

CONDIO PEDAGGICA DO ERRO

A partir do erro podemos chegar ao acerto. Ensaio e erro esto, pois, imbudos de busca de afirmao fde uma verdade ainda no confirmada publicamente. Muitas vezes o erro pode se constituir no percurso mais curto para o acerto e a verdade.O erro e as tentativas de acerto so um exemplar caminho pedaggico.

UMA PREPOSIO PARA UM PROCESSO DE AVALIAO

Em concordncia com a abordagem moderna, objetiva, a avaliao da aprendizagem pode ser conceituada como processo diagnstico- construtivo do desenvolvimento da aprendizagem para a tomada de deciso.Assim, como processo diagnstico construtivo, a avaliao leva em conta trs aspectos relevantes. O primeiro refere-se ao fato de que, como processo, ela dinmica e evolutiva, constituindo-se em um elemento que sofre transformao.

A questo diagnstica encontra-se presente na fase inicial do processo de avaliao, mas tambm o acompanha ao longo de seu percurso. Trata-se de levantamento de postura e da percepo inicial do educando com relao aprendizagem, bem como de identificao dos dados que mais significativamente se manifestam no decurso do processo e que possam interferir de forma positiva no desenvolvimento do aluno.

Por processo construtivo entende-se a utilizao dos dados mais significativos que somem positivamente para o desenvolvimento do educando por meio da aprendizagem.

Alm disso, representa a avaliao um processo autnomo e responsvel, pois somente dentro de um universo de autonomia com responsabilidade que ela, em sua verdadeira concepo, pode ser implementada.A autonomia com responsabilidade um aspecto que passa necessariamente pelo cerne de um processo avaliativo, e o rigor construtivo da avaliao ao longo do processo de aprendizagem fator fundamental da responsabilidade.Como instrumento auxiliar da aprendizagem, a avaliao concebe o aluno em sua globalidade psicossocial, respeitando tanto a sua individualidade quanto a sua condio de ser com o outro.

Quanto tomada de deciso, sabemos que ela se constitui no fazer, em que se encontram reunidos os dados mais significativos, necessrios para eventuais posicionamentos relativos ao redimensionamento do processo de ensino-aprendizagem.

Importante: Avaliar , por certo, um processo de justia e de responsabilidade e, por assim ser, compreende valores inerentes ao avaliador.

A avaliao como agente construtivo da aprendizagem se desenvolve com base na relevncia dos dados que levantamos para a tomada de deciso.

Mas, no esquea, em se tratando de avaliao crtico-construtiva que preza sobremaneira os aspectos qualitativos, no mensurveis por meio de calendrios oficiais de provas intermedirias - , a autonomia torna-se intocvel.

E quem esse professor que favorece e avalia?Both procura explicitar essa questo quando estabelece relao entre o bom professor e o educador do futuro.

O bom professor no aquele que muito reprova ou aprova a todos, o educador do futuro aquele que toma todas as medidas para que a aprendizagem acontea para todos, o bom professor aquele que sabe desviar-se da cultura da reprovao; o educador do futuro aquele que sabe avaliar ensinando e ensinar avaliando.O bom professor aquele que tem conscincia do ato de ensinar, o educador do futuro aquele que se preocupa em dar sentido aos contedos escolares, aproximando-os da realidade vivida pelos alunos;

Professor e educador as diferenas entre as duas vm aumentando. Torna-se sempre mais claro o entendimento de que professor aquele que ensina para a aprendizagem, ao passo que o educador prope-se a uma atuao com abrangncia mais universal, tanto em termos de aprendizagem como de benefcio sociopessoal do estudante.

Enquanto o professor se preocupa com aumento do nvel de conhecimentos por parte do aluno, o educador sugere que o educando tome posse desses novos conhecimentos, procure dar roupagem nova aos j adquiridos e crie outros.

Saber visualizar o sentido e o valor da avaliao em textos comuns ou em histrias , tambm, uma forma de perceber sua importncia educativa nos acontecimentos do dia a dia.

LUCKESI e RATHS so facilitadores dessa tarefa por excelncia; Formaliza-se um juzo de qualidade sobre o que mais importa ser aprendido, sobre a forma como a aprendizagem acontece e sobre quais fatores mais contribuem para a aprendizagem. ajudar algum a enxergar mais claramente o que est tentando fazer,ou enxergar, revela a funo de ser o professor, de contribuir para que o aluno consiga ajudar a si prprio na aprendizagem, sendo responsvel pelo desenvolvimento do desconhecido e pela visualizao mais clarividente do que j conhecido.

CAP. 2 PROBLEMA , MODALIDADES E INSTRUMENTOS DE AVALIAO

Aqui ampliaremos a discusso em torno do objetivo dos instrumentos de avaliao, com incidncia especial em valores quantitativos e qualitativos inseridos no processo avaliativo.

SINGULARIDADE DA AVALIAO DE DESEMPENHO E APRENDIZAGEM

A simples expresso problema de avaliao reporta sua finalidade, ao seu objeto e aos seus objetivos no interior da aprendizagem. Assim , como a investigao cientifica, tambm a avaliao merece ter seu sentido e seus objetivos no meio acadmico e profissional investidos de trabalho pedaggico de desmi(s)tificao. Nesse sentido, devemos ressaltar que, longe de avaliao representar algum obstculo, ela visa redirecionar, realimentar, bem conduzir, enriquecer e valorizar o papel do ensino em funo da aprendizagem.No meio acadmico, sabemos disso, o emprego da avaliao normalmente considerado muito em funo do processo de ensino-aprendizagem e pouco como elemento mediador nas decises profissionais e pessoais a serem necessariamente tomadas a todo momento.

Importante: normalmente ligamos a funo de avaliao, ensino e aprendizagem mais precisamente ao ambiente escolar e acadmico; na prtica, porm, ocorrem essencialmente no meio social.

Para ROMANOWSKI e CORTELAZZO (2004), A educao tem na avaliao escolar uma maneira de aferir como os alunos vm se apropriando do conhecimento na escola. Avaliar exige acompanhar o crescimento do educando, utilizando para isso vrios instrumentos de diagnstico, que resultam na nota como reflexo de todo o desenrolar de uma construo de pensamento cientfico no educando. Desta maneira, a avaliao assume um carter mais construtivo do que instrutivo de aprendizado.

Para realar esse carter construtivo de aprendizagem devemos salientar que na avaliao podem ser utilizados diferentes instrumentos, prticas e modalidades de interveno para que possamos cumprir as funes desse processo em variadas situaes, dependendo da caracterstica do problema a merecer tomada de decises e a ser desvendado.

E quais so as principais preocupaes envolvidas na avaliao?Quando estamos na posio de avaliador, em funo de termos que tomar decises, tanto em nvel acadmico como no meio profissional ou social, lanamos mo de modalidades de avaliao ou de intervenes que julgamos podero propiciar os melhores resultados.

O carter contnuo confunde-se com o formativo, assim como o carter cumulativo se repete no somativo.

Nesta linha de pensamento, encontram-se posicionamentos de ROMANOWSKI e CORTELAZZO (2004), que se expressam da seguinte forma:A avaliao da aprendizagem adota duas modalidades, a formativa e a somativa. A avaliao formativa a que procura acompanhar o desempenho do aluno no decorrer do processo de aprender e a somativa a realizada no final desse processo e visa indicar os resultados obtidos para definir a continuidade dos estudos, isto , indica se o aluno foi ou no aprovado.

Nesse contexto, as autoras entendem que avaliao visa regulao e autoavaliao realizada pelo prprio aluno, a contribuir com a melhoria da aprendizagem (ROMANOWSKI; CORTELAZZO)

O que dever ser avaliado; quem deve ser avaliado; como fazer a avaliao; quem deve fazer a avaliao.Possivelmente no devam ser avaliados somente os aspectos informativos, mas tambm, e simultaneamente, os formativos, j que se complementam na ao educativa. Como processo, a avaliao requer observao e percepo voltadas ao nvel de desempenho e de contribuio do aluno em sua ao formativa; no entanto voc pode fazer o uso de instrumentos acessrios no processo avaliativo, por meio dos quais o estudante possa revelar de forma explcita expresses de sua aprendizagem.

META DE AVALIAO: VERIFICAO DO CUMPRIMENTO DOS OBJETIVOS AVALIATIVOS

Se avaliar dar e buscar valor, ento no basta ao avaliativa cumprir sua funo estritamente, torna-se imprescindvel identificarmos o nvel de desempenho do escolar ou do profissional.

BRASIL (1995), com relao a valor e mrito, afirma que sempre conveniente que seja feito um reexame na avaliao usada. Essa anlise nos revelar os pontos positivos e negativos da mesma, suas limitaes em face do que queramos medir e deste estudo poderemos chegar a melhores padres para aperfeio-la.

Segundo STUFFLEBEAM (1981), uma boa avaliao requer que o prprio processo de avaliao seja avaliado. Para o autor, meta-avaliao o processo de delinear, obter e utilizar informaes descritivas e de julgamentos sobre a utilidade, a praticidade, a tica e a adequao tcnica de uma avaliao, de modo a orient-la e relatar ao pblico interessado seus pontos fortes e fracos. SCRIVEN (1978) tambm concebe a meta-avaliao como avaliao do valor e do mrito de uma avaliao.

A AVALIAO PROCESSUAL PRESCINDE DE INSTRUMENTOS, MAS...A avaliao em nvel processual no reivindica a utilizao de instrumentos para a identificao do nvel de desempenho do aluno. No entanto, seu emprego fica escolha do educador ou de qualquer outro profissional, quando assim este o desejar.

O que no se recomenda em educao que os valores quantitativos prevaleam sobre os qualitativos, ou seja, que o nmero fale mais alto que a cognio.

ROMNOWSKI e CORTELAZZO se pronunciam a respeito da possibilidade de emprego de instrumentos de avaliao. Para as autoras, avaliar exige acompanhar e, ao mesmo tempo, contribuir para efetivar a aprendizagem e possibilitar o desenvolvimento da cognio. Para isso, vrios procedimentos e instrumentos so utilizados para interagir com o conhecimento e expressar a aprendizagem.

INSTRUMENTOS DE AVALIAO: PARA QU?

Podemos fazer uso de instrumentos de variada ordem para a verificao da capacidade de produo criativa que caracteriza cada aluno.

Alguns dos instrumentos que podem contribuir para a identificao e a melhoria do desempenho do aluno: Questionrios; Registros anedticos; Observao sobre a contribuio do aluno no desenvolvimento da disciplina; Entrevista; Estudo de caso; Portflio; Seminrio; Debate; Trabalho em grupo; Relatrio individual; Autoavaliao; Conselho de classe ou conselho pedaggico; Prova objetiva; Prova dissertativa; Observao;

A FACCAT (2006) expressa que avaliar um meio para aperfeioar o processo do ensino e da aprendizagem e no um fim em si mesmo, o que pressupe que a avaliao um processo que se materializar atravs dos seguintes instrumentos: provas, provas escritas e individuais, orais e em grupos, atividades prticas, atividades de estgios, seminrios, debates, pesquisas, resenhas, apresentaes individuais e em grupos, produo de artigos, projetos, alm de outros previstos os planos de ensino das disciplinas.

Instrumento representativo aquele que sugere demonstrao de aquisio por parte do aluna do maior nmero possvel de conhecimentos significativos a respeito de um determinado tema.

PORTFLIO: INSTRUMENTO VERSTIL DE AVALIAO DE DESEMPENHO

Talvez seja o portflio um dos instrumentos que maior contribuio traga para a avaliao de desempenho, tanto como aluno como do professor.Chama-se de portflio j foi conhecido por diversas denominaes no meio acadmico, como dossi do professor, autorrelato docente, pasta ou arquivo de aula (do aluno) ou simplesmente caderno de resumo.

COELHO (1998) e CENTRA (1994). Enquanto Coelho aborda o portflio principalmente em relao ao contexto do processo de ensino-aprendizagem, Centra reporta-se a esse material como instrumento privilegiado de avaliao docente.Assim se refere Coelho ao tratar de portflio:A avaliao importante dimenso do processo ensino-aprendizagem particularmente se desenvolvida na modalidade formativa. Nas mudanas curriculares atuais, caracterizadas por interdisciplinaridade e tratamento de temas transversais, a avaliao necessita ser repensada e adequar-se s novas prticas de ensino e aprendizagem.

O portflio permite avaliar o desempenho do corpo docente mediante a coleta de dados significativos sobre a qualidade do ensino por ele ofertado, em combinao com avaliaes efetuadas pelos alunos sobre o mesmo aspecto.A utilizao desse instrumento nos oferece vrios benefcios, como (SOUZA, 1999): Avaliao somativa do desempenho docente; Avaliao formativa das atividades do professor, possibilitando a autoanlise e o aperfeioamento do seu desempenho; Possibilidade de o docente refletir sobre suas decises instrucionais e a divulgao do trabalho realizado com os alunos.

ESTUDO DE CASO COMO MTODO DE AVALIAO

O estudo de caso mais um dos excelentes componentes de que dispomos para a avaliao de desempenho do aluno, exigindo dele percepo clara, abrangente e, ao mesmo tempo, circunstancial a respeito de um tema. Trata-se de uma forma de avaliao de aprendizagem por meio do exame de fatos reais ou no, com base em orientaes preestabelecidas. Suas vantagens maiores so as de requerer e, em simultneo, permitir, o estudo e a soluo de problemas por meio de casos criados ou preexistentes.

CAP. 3 PROCEDIMENTOS INOVADORES E DINMICA DE AVALIAO DA APRENDIZAGEM

INOVAO, DINAMISMO E BOM SENSO EM AVALIAO.

A avaliao em si conserva o objetivo de identificar a realidade qualitativa do processo de ensino-aprendizagem ou de outra atividade qualquer, tendo em vista o seu redimensionamento, se necessrio. esse o foco comum que devemos delegar ao de avaliar.A concepo de avaliao, no entanto, preserva elementos que alcanam elevado grau de universalidade de entendimento.

por isso mesmo que a avaliao possui tambm forte conotao investigativa para se chegar ao ponto de inovao, parte-se do pressuposto de que houve um processo de pesquisa.

FATOR OITENTA...E VINTE...: EQUILBRIO ENTRE PROVA E OUTRAS ATIVIDADES.

por isso que no podemos dizer nunca agora estamos ensinando e daqui a pouco vamos avaliar. Ensinamos, sim, avaliando e avaliamos, sim, ensinando.

Precisamos ter a conscincia de que necessrio dar simultaneamente a perceber que ensino e avaliao so processos dinmicos, requerendo constantes ajustes metodolgicos, didticos, tcnicos e cientficos quando de seu desenvolvimento e aplicao.

Entre muitos outros momentos avaliativos que podem ser arrolados, essa outras atividades nos proporcionam avaliar a: Efetiva contribuio do aluno no desenvolvimento do ensino dentro e fora do ambiente escolar; Manifestao de esprito crtico-construtivo do aluno na procura do novo e do reconhecimento renovado, com o professor e os colegas; Demonstrao criativa do aluno na identificao de alternativas de soluo de problemas em mbito pessoal e social; Demonstrao criativa do aluno na colocao da teoria em prtica;

CONCEITOS E NOTAS: POSSVEL DISPENS-LOS?

Precisamos entender que conceitos e notas se perdem a razo de ser em avaliao, uma vez que no conseguem expressar, o quanto o aluno sabe e como ele construiu seu conhecimento.

Proposta de possibilidade de no utilizao de conceito ou nota para fins de avaliao de aprendizagem ou com base nos seguintes parmetros descritivos de desempenho:

Conhecimento construdo o conhecimento decorrente de efetiva contribuio demonstrada pelo aluno no desenvolvimento, com o professor e os colegas de aula. Conhecimento consentido o conhecimento que ocorre mediante consentida aceitao pelo aluno dos conhecimentos oriundos dos contedos desenvolvidos pelo professor, com sua relativa contribuio, com base em plano de ensino. Conhecimento recebido conhecimento decorrente de contedos desenvolvidos pelo professor com base em plano de ensino, de forma to clara e explcita que sua aceitao pelo aluno se concretiza sem necessidade de muitos questionamentos. Conhecimento percebido o conhecimento decorrente de contedos desenvolvidos pelo professor com base em plano de ensino, mas com pouca contribuio, interesse e aceitao manifestados pelo aluno.

No entanto, conceitos e notas se fazem necessrios para atendimento a exigncias burocrtico-administrativas.

AVALIAO: COMO PROCEDER NA SUA FORMULAO?

Na formulao ou elaborao de uma avaliao, o professor deve valer-se de um simultneo olhar inter, pluri e transdisciplinar, levando em conta a seguinte hierarquia:

Contedos da disciplina a desenvolver; Contedos das disciplinas do mesmo curso que se relacionam de forma direta com a disciplina em questo, isto , a interdisciplinaridade, que constitui a interao entre duas ou mais disciplinas na elaborao do saber; Contedos de outras disciplinas do mesmo curso que se relacionam com a disciplina em questo, ao menos de forma indireta; Contedos de disciplinas de outros cursos da mesma rea ou de outras reas de conhecimento na disciplina em questo, isto , a transdisciplinaridade, que constitui a reunio das contribuies das diferentes reas do conhecimento.

So critrios para a formulao de questes de avaliao, aos quais voc precisa dar especial ateno:

Apontamento dos objetivos que nortearo a avaliao; Identificao dos contedos mais relevantes e significativos dos temas da ementa que comporo as questes de avaliao; Escolha do instrumento a ser utilizado na avaliao, quando for o caso; Estabelecimento dos critrios de avaliao: atribuio de valores s respostas; A variao dos valores a serem atribudos s notas de prova e outros componentes;

MODALIDADES DE QUESTES DE AVALIAO: OBJETIVAS E DISCURSIVAS

Importante: voc deve estar atento para o fato de que, embora as questes objetivas requeiram intenso emprego de raciocnio na identificao das alternativas corretas, o que no deixa de ser amplamente positivo, as questes discursivas exigem, ainda, uma habilidade importante: o saber expressar-se tambm por escrito.

PROCESSO DE AVALIAO DO ENSINO, DA APRENDIZAGEM E DA PRODUO: FORMAS DE AVALIAO

A avaliao uma questo de justia, bom senso, equilbrio pessoal e valorizao do desempenho do aluno; devemos sempre procurar enfatizar o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a criar e o aprender a fazer. Assim, a avaliao do ensino, da aprendizagem e da produo concebida sob a tica da competncia (reteno de conhecimentos), da capacidade (saber aplicar e relacionar conhecimentos), da habilidade (saber aplicar conhecimentos de forma criativa e inovadora) e da convivncia (sentir-se realizado por ser competente, capaz e hbil).

Principais recursos didtico-pedaggicos a serem utilizados na avaliao do ensino, da aprendizagem e da produo so:

Portflio de ensino, aprendizagem e produo; Projetos educacionais (ensino, pesquisa, extenso, gesto); Atividades diferenciadas (seminrios, debates, provas individuais ou em dois); Observao do nvel de desempenho e contribuio do aluno.

Portanto o saber ler, o saber escrever, o saber interpretar, o saber discernir, o saber relacionar, o saber dissertar e o saber expressar-se so quesitos inquestionveis num ambiente de ensino, aprendizagem e produo.

AVALIAO INSTITUCIONAL: O REPENSAR DA PRTICA, DA ORODUTIVIDADE E DAS CONDIOES DE ENSINO

A avaliao institucional tem condies de se firmar paulatinamente como processo irreversvel, principalmente medida que for se tornando credvel, aceita e necessria.

Existem algumas condies que nos ajudam a dar consistncia avaliao como processo: ela necessita ser til, beneficiando a todos os envolvidos; precisa ser vivel, principalmente em termos de possibilidade e viabilidade de execuo; deve ser exata, tendo em vista a necessidade de sua conduo correta e do emprego de instrumentos adequados para obteno de informaes confiveis. Enfim, a avaliao institucional com sentido processual uma questo tica e de responsabilidade social, visto sua conduo ter de ser transparente, consequente e fundada em um senso de justia.

Os programas de avaliao institucional vm possibilitando constatar que um bom ensino ocorre muito em funo do nvel qualitativo das condies fsicas, das polticas educacionais, dos princpios de avaliao e dos recursos humanos e materiais.

Princpios norteadores de avaliao institucional mais fundamentais no Paiub (Brasil): Globalidade: expressa a noo do que necessrio ser avaliado a partir dos elementos; Comparabilidade: revela a busca de um linguajar tcnico-cientfico de comum entendimento; Respeito identidade institucional: considerao das caractersticas prpria da instituio; No premiao ou punio: o programa no inclui questo vinculada a mecanismos de punio ou premiao, mas tbm no representa neutrabilidade; Adeso voluntaria Legitimidade: Continuidade : remete a possibilidade de comparabilidade entre os dados de uma etapa de implementao.

Programas de avaliao institucional: Questes de inspirao; Objetivos da avaliao institucional; Perspectiva de uma avaliao; Caracterizao da avaliao; Definio da instituio em que realizada a avaliao; Qualidade institucional;

COMPETENCIA, CAPACIDADE, HABILIDADE E CONVIVNCIA: FORMAS DIVERSAS DE SUA CONCEPO E REPRESENTAO EM FUNAO DA AVALIAO

Suas funes: (BOTH,2000):

Competncia: sugere domnio de conhecimento; Capacidade: requer saber o que fazer, como aplicar e relacionar conhecimentos; Habilidade: pressupe saber relacionar e aplicar os conhecimentos, bem como dar-lhes aplicabilidade de forma criativa e criadora; Convivncia: implica sentir-lhe valorizado como pessoa competente, capaz e hbil, fazendo refletir o bem estar na convivncia social;

CARACTERIZAO DAS FUNOES DE COMPETNCIA, CAPACIDADE, HABILIDADE E CONVIVNCIA

Podemos perceber que o papel da avaliao do contexto do desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem assume a seguinte forma:

Competncia: que o aluno demonstre ter a competncia em promover, dominar e aprender conhecimentos; Capacidade: que o aluno demonstre ter capacidade para interpretar e relacionar conhecimentos; Habilidade: ter habilidade criativa para saber aplicar conhecimentos e dar-lhes aplicabilidade; Convivncia: que o aluno saiba ser com os outros a partir dos conhecimentos que domina, interpreta, relaciona e aplica; que saiba valorizar o passado, comprometer-se com o presente e vislumbrar o futuro;

O ATO CONCOMITANTE NO ENSINAR E NO AVALIAR CONDUZ APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.

A aprendizagem ocorre tanto mais significativamente quanto maior for a interao entre o ato de ensinar e avaliar. Assim, perceba que avaliar a aprendizagem do aluno significa, concomitantemente, avaliar o ensino oferecido.

No se avalia o aluno para saber se ele aprendeu a informao que lhe foi repassada, e sim, para saber se ele, alm dos conhecimentos construdos a partir das informaes transmitidas pelo professor ou buscadas por ele prprio, adquiriu as competncias, as capacidades e as habilidades essenciais para sua participao efetiva na sociedade.

No entanto, j percebeu que seu emprego perde a naturalidade justamente em sala de aula, onde o educador se reveste de formalidade tal que a avaliao e ensino constituem elementos divorciados na forma, no sentido, na implementao e no efeito? possvel, diante do exposto, que a avaliao-ensino seja conceituada (ensinar avaliando e avaliar ensinando) como: Processo criativo e dinmico de permanente interao entre educador e educando no apontamento e no desenvolvimento de contedos de ensino-aprendizagem, na seleo e na aplicao de suas metodologias, bem como no diagnstico da realidade social, visando mudana comportamental qualificada do educando e ao compromisso com a sociedade. ( Both, 1999).

Certamente a figura do educador-professor auleiro desaparecer em um futuro prximo, para em seu lugar surgir o educador-professor, que levar o aluno a produzir e que com ele produzir.

S EXISTE BO ENSINO COM AVALIAO PERTINENTE

Na verdade, avaliao e ensino se equivalem quando, por processo interativo, do realidade aprendizagem.

plausvel afirmarmos, ainda, que a aprendizagem apropriada pelos estudantes em maior ou menor escala tambm tem a ver, e s vezes em grande escala, com o nvel de comprometimento profissional e com a capacidade do professor em auxiliar o alunado a aprender.

Dominar conceitos e instrumentos de avaliao importante no contexto educacional informal e formal, mas isso no basta, pois, se considerados somente em si mesmos, constituem elementos estticos, sem vida.

CAP. 4 - ESCOLA CICLADA E AVALIAO DA APRENDIZAGEM: NOVAS TENTATIVAS EDUCACIONAIS.

A FILOSOFIA DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA CICLADA E A QUESTO DA AVALIAO.

A escola em ciclos objetiva incluir todas as crianas na escola, a fim de evitar a evaso e a reprovao, bem como melhorar a aprendizagem educacional. Nesse contexto, cabe escola e famlia atuarem de forma complementar e interativa, dado que ocorre no interior da famlia a primeira experincia educacional da criana.

SOISTAK APRESENTA, DE FORMA BASTANTE ESCLARECEDORA, A COMPOSIO E AFORMA DE PROCEDER NA ESCOLA CICLADA. A AUTORA DIZ:A escola em ciclos funciona da seguinte forma: o professor deve acompanhar suas turmas sem reprovao: turma de 6 anos (pr-escola), turma de 7 anos (1 srie) e turma de 7 anos (2 srie) 1 ciclo de alfabetizao.Nesta finalizao de etapa poder ocorrer reteno de alunos, se tiverem sido tomada todas as medidas necessrias para o avano dos alunos durante o ciclo e se for comprovado o no aproveitamento do aluno no decorrer do perodo.O 2 ciclo de alfabetizao acontece tambm com o acompanhamento pelo mesmo professor na 3 e 4 srie do ensino fundamental, podendo haver retenes novamente apenas no final deste ciclo.

SOISTAK ainda menciona questes de muita pertinncia com relao a algumas essencialidades da escola planejada em ciclos, as quais, uma vez averiguadas, podem indicar o nvel de adequao de uma escola com tais propsitos, bem como apontar indicadores para o seu redimensionamento, se necessrio for. As principais questes que voc deve aprender so:

A continuidade do ciclo pelo mesmo professor tem influencia na aprendizagem escolar? Este acompanhamento tem sido visto como avano? O professor se sente responsvel pelos seus alunos durante o ciclo? A continuidade de um mesmo professor sempre positiva ou, em alguns casos, pode ser algo problemtico? ( Soistak,2006).

A criana, ao saber que no ser reprovada, no possui o objetivo de estudar, reduzindo seu esforo), o aspecto negativo poder ser revertido em uma realidade amplamente positiva em termos de aprendizagem e de aproveitamento escolar por parte do aluno. Basta que o planejamento participativo da escola se organize efetivamente nessa direo, com envolvimento de discentes, pais e professores.

DEMO entende que aprender sem repetir diferente de camuflar a aprendizagem para que o aluno possa avanar sem aprender.

O autor deixa subtender que a preocupao mais importante em educao no deve ser relacionada eventual repetio ou no de ano escolar, mas a voltada simplesmente para a efetivao da aprendizagem em qualquer circunstancia. O fato de repetir ou no um ano deve ser considerado apenas como mais uma possibilidade escolar, e no como ponto decisivo sobre o aprender mais ou aprender menos.

O autor focaliza a importncia da aprendizagem, igualmente valoriza a avaliao consequente como aliada principal para uma boa aprendizagem.

AVALIAO DA APRENDIZAGEM E DE DESEMPENHO NA ESCOLA CICLADAA avaliao contnua e diagnstica um dos aspectos altamente considerados na escola em ciclos, tendo em vista o fato de esse sistema promover o incentivo ao bom desempenho e consequentemente possibilitar a aprendizagem a todos os alunos.

O carter contnuo e diagnstico da avaliao no exime o professor da adoo das modalidades somativa e formativa.

CAP. 5 EDUCAAO INFANTIL: BOM INICIO DE UMA HISTRIA DE VIDA

IMPORTANTE: um esforo educativo bem conduzido a partir da iniciao da criana na vida social por certo favorece a ocorrncia de um bom transcurso de desenvolvimento biolgico, psicolgico e social de um ser humano.

Desde a concepo ate os 6 anos, a criana desperta para a percepo de um mundo ainda por desvendar, quando a curiosidade utiliza-se da observao para a paulatina formao de ainda tnues ideias a respeito desse mundo.

A EDUCAO INFANTIL SOB TICA DA LEGISLAO EDUCACIONAL

A educao infantil, normalmente, dividida em duas fases; do 0 aos 3 anos ( creche) e dos 4 aos 6 anos ( pr-escolar).

A LDBEN de 1996 enfatiza no art.29: A educao infantil, primeira etapa da educao bsica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana at seis anos de idade.

A boa creche aquela que oferece oportunidades para a criana construir conhecimentos, num ambiente em que sinta prazer. Ser feliz desde o nascimento um direito. Uma creche que veja a criana e a encare como um ser capaz de pensar e agir. Era preciso transformar a realidade atual em outro espao, o educativo, onde seus direitos fossem respeitados. Enfim, um espao educacional, social e afetivo. ( YAMAGUTI 2001).

O processo avaliativo na educao infantil no contempla fatores de aprovao e reprovaao. Dessa forma, entenda que cabe, sim, ao professor em qualquer nvel escolar a funo de:

Apontar ao aluno novos caminhos, alm do que conhece, pelos quais possa andar, se lhe convier; Auxiliar o aluno a entender melhor aquilo que ele pretende compreender; Auxiliar o aluno a compreender o significado daquela luz que aparece l no fundo; Mostrar os perigos e as facilidades de navegao em todos os oceanos, deixando ele fazer a escolha por onde ir; Mostrar que o bem sempre convm e que o mal nunca, mas deixe ele decidir.