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Revista A Magazine - Número 20

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Revista A Magazine Edição 20 Revista de Luxo

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EDITORIAL

7 M A G A Z I N E

Tempos atrás entrevistei a arquiteta e decoradora Ana Maria VieiraSantos. Uma dessas raras pessoas que contagiam seu interlocutor pelaespontaneidade. Viajante inveterada e observadora incansável ela medefiniu que o conceito de morar bem está nas coisas simples. Ana Mariaestá sempre buscando mudanças para renovar a vida. Renovar, essa é apalavra que serviu de inspiração para editar a revista deste mês, queganhou especial edição para o não menos especial bairro de Alphaville —outro conceito de morar bem.

Luminosa, A Magazine apresenta a você — leitor — a nova coleção hautejoaillerie da maison Chanel. Criações únicas que ousam, surpreendem elevam cada vez mais longe os limites dos conhecimentos especializados da altajoalheria. Sim, os diamantes continuam eternos. Eternizado também estáAntonio Bernardo, único joalheiro brasileiro presente no livro ModernJewellery Design, de Reinhold Ludwig — que retrata 60 perfis dos maisdestacados designers do mundo. O de Antonio Bernardo está aqui.

Mago das câmeras, o fotógrafo João Henrique Netto foi buscar inspira-ção na obra do pintor Edgar Degas para compor — com alquimia — o en-saio fotográfico Bailarinas. “Construídas” ao longo dos anos, as bailarinasde Johnny revelam mulheres lânguidas, dramáticas, sensuais... Então, leitor,desfrute dessa sensualidade nas belíssimas imagens capturadas pelo cliquedesse artista. Como me disse a sábia — adjetivo que ela recusa — AnaMaria: “A vida não é só receber. A vida é uma troca. Em tudo”.

Enjoy

Fran Oliveira Diretor [email protected]

Lifestyle

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8 M A G A Z I N E

PUBLISHER

DIRETORA EXECUTIVA

DIRETOR EDITORIAL

DIAGRAMAÇÃO

TRATAMENTO DE IMAGENS

PROJETO GRÁFICO

REVISÃO

COLABORADORES

DIRETOR COMERCIAL

EXECUTIVOS DE CONTA

DIRETOR DE PLANEJAMENTO

DIRETOR FINANCEIRO

ASSISTENTES

MARKETING E CIRCULAÇÃO

A MAGAZINE ONLINE

CTP, IMPRESÃO E ACABAMENTO

DISTRIBUIÇÃO

Cesar FoffáLourdes Foffa

Fran OliveiraSoul ComunicaçõesEloprecisão DigitalFran OliveiraSamantha Costa

Aimée Louchard, Johnny, Johnny Mazzilli, Marco Merguizzo,Monica Nehr, Raphael Cintra

Marcelo Foffá ([email protected])Adriana Duca, Flávia Nascimento, Renan Candeo

Athaide de AlmeidaAdolfo InoueReggiane Fortunatti e Keliane Santos

Marcelo Foffá

www.amagazine.com.br

Ibep GráficaDinap e Correios

A Magazine é uma publicação mensal de A Magazine Editora ePublicidade Ltda., uma empresa do grupo Metromídia Comunica-ção. Redação: Calçada das Hortênsias, 39, Centro ComercialAlphaville, Barueri, SP, CEP 06453-017, tel.: (11) 4208-1600.Assinaturas: Tel.: (11) 4191-2397 e [email protected] opiniões e os artigos contidos nesta edição não expressam, ne-cessariamente, a opinião dos editores. É proibida a reprodução emqualquer meio de comunicação das fotos e matérias publicadas.

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da Rolex na arte de produzir relógios. Elegantemente simples, incorpora

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SUMÁRIO

10 M A G A Z I N E

24 CHANEL 32 PERFIL 38 ENSAIO 48 SHOES 56 ARTE 60 FOTOGRAFIA

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M A G A Z I N E 11

74 LONDRES 80 LAPÔNIA 88 SLOW FOOD 94 MOTOR 100 ZAHA HADID 108 NÁUTICA

SEÇÕESEDITORIAL

ACESSÓRIOS

LOUNGE BAR

EXPOSIÇÃO

DESIGN

MODA

ARTE

ARQUITETURA

CATWALK

91218 2022 54 72

106114

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ACESSORIOS

12 M A G A Z I N E

NA900 DIGITAL SLR CAMERAO A900 é o modelo principal na série Alpha da SLRs digitais. O suporte da câmara — o

tema do projeto de unificação para a série — é corajosamente integrado com o pen-

taprisma e balances com o corpo para criar um design icônico. A alça foi bem planejada

e tem design ergonômico. Uma luz, forte em liga de magnésio é usada para frente, para

trás e por cima do escudo para reduzir o peso corporal total de 850 gramas. O modelo

VG-C90AM permite que aqueles que preferem ter tomadas verticais para desfrutar do

mesmo controle que eles têm nas tomadas horizontais.

ACESSORIOS2.qxd 9/4/09 3:34 PM Page 1

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ACESSÓRIOS

14 M A G A Z I N E

016 SUNGLASSESOs óculos de sol 016 combina o espírito inovador da Suíça com o savoir vivre do Mediterrâneo. Os óculos são funcionais e

divertidos: com um clique podem ser rebatidos e dobrados e guardados no bolso da calça, de modo que sejam acessíveis em

todas às vezes. Uma lente especial de montagem na frente facilita o ajuste dos óculos com lentes de prescrição.

SIMETRIA BLOOMING “Havia flores, também, na floresta... jacintos

no início da primavera que inundaram com

seu roxo os desfiladeiros, e colinas gra-

madas, prímulas amarelas dispostas em

pequenos grupos ao redor das raízes retor-

cidas dos carvalhos; celidônias brilhantes, e

alfazemas azuis, e íris lilás e dourado.”

É assim que o poeta e escritor Oscar Wilde

descreveu um mundo de flores. O anel sphaira

é uma reminiscência de flores e fios

encontrados na natureza, ainda que

realmente acompanhe um sistema total-

mente lógico: cada uma das seis flores

idênticas feitas de fios redondos deter-

mina a posição dos demais pela sua

simetria. O apelo deste anel mostra uma

impressionante simbiose entre sensua-

lidade e elegância, uma interação entre

qualidade artística e técnica.

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ACESSÓRIOS

16 M A G A Z I N E

BEST BRANDPara coincidir com o lançamento no mercado do Panamera — o quatro lugares Grand Touring, que une conforto com

esportividade — em setembro, a Porsche Design criou a coleção Panamera, que inclui malas, relógios, roupas e acessórios

no estilo de vida que refletem a elegância e as cores do carro. A coleção de relógios está disponível em preto e em tons de

marrom. O Panamera Chronograph para ele e para ela e o Chronograph Panamera Turbo destacam-se com o seu design apelativo.

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LOUNGE BAR

18 M A G A Z I N E

No The Donovan Bar o visitante pode desfrutar de coquetéis habilmente preparados no

bar ou escolher — enquanto relaxa nas suas confortáveis cadeiras de couro preto —

um champanhe na impressionante carta de vinhos. O serviço é impecável.

Funcionários eficientes e facilmente visíveis vestindo coletes imaculadamente brancos.

Em homenagem ao fotógrafo Terence Donovan, de quem o bar recebeu o nome,

as paredes estão decoradas com extraordinárias fotografias em branco-e-preto.

The Donovan Bar — Brown’s Hotel, 33 Albermarle Street, Mayfair, Londres, tel.: 020 7518 4060.

CARACTERIZADO PELA ELEGÂNCIA

The Donovan Bar: paredes decoradas com extraordinárias fotografias em branco-e-preto

LOUNGE BAR.qxd 9/2/09 7:31 PM Page 1

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EXPOSIÇÃO

20 M A G A Z I N E

53ª BIENAL DE ARTE DE VENEZA

O fotógrafo paraense Luiz Braga e o pintor alagoano Delson

Uchôa são os representantes do Brasil na Bienal de Arte de

Veneza, que se iniciou em junho e segue até 22 de novembro.

Nascidos em 1956, os artistas apresentam uma notável vitali-

dade plástica alcançada pelo jogo entre cores e luz. Como

observou o escritor Milton Hatoum na apresentação de Luiz

Braga - Fotoportátil volume 1 (primeira reunião de sua obra em

livro), é essa conjunção que, em Braga, encanta instantanea-

mente, num movimento de expansão. No último mês de abril,

25 imagens inéditas do paraense foram exibidas na Pinacoteca

do Estado de São Paulo, em homenagem ao Ano da França no

Brasil. Já a Bienal de Veneza apresentará um panorama de sua

obra em cor, com ênfase na produção dos últimos dois anos.

“Minha participação no evento é resultado do amadurecimen-

to de meus trabalhos, que se expandem para outros olhares,

mas permanecem fiéis à minha intuição”, analisa o fotógrafo.

O olhar sensível de Luiz Braga: “Sua luz-pintura desenha corpos, objetos e paisagens, não para documentá-los, mas para transformá-los em quadros”

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DESIGN

22 M A G A Z I N E

GJ CHAIRO projeto da cadeira GJ é um remake do conhecido projeto criado pelo designer Grete

Jalk em 1963. Esta cadeira é um clássico na história do design. Em razão de sua com-

plexidade apenas cerca de 300 cópias foram produzidas originalmente, poucas das quais

ainda existem hoje. Forma, função e acabamento devem ser realizados nessa cadeira,

como no original. É por isso que a nova cadeira GJ também é feita com a teca — árvores

asiáticas de grande porte — e com pinheiros do Oregon.

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joias | chanel n antonio bernardo

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24 M A G A Z I N E

A nova coleção de haute joaillerie da Chanel é composta por peçasinspiradas em alguns do temas fundamentais da grife, como o sol, o laço, ascintas e o tweed. Todas essas criações únicas reafirmam a vocação da grifeem ousar, surpreender... A audácia surge da feminilidade final, expressadapor meio de linhas e de volumes que permitem às pedras e às pérolas liber-ar seus esplêndidos brilhos. Lumière privilegia os diamantes tratados comopedras de centro, em brilhantes pavês e em anéis – cada jóia parece ter sidoesculpida pela luz. Jóias de uma modernidade transcendental, onde ostemas originais são re-interpretados e amplificados, constituindo uma dasfontes de inspiração da joalheria de Chanel. O sol, símbolo que decoratodas as grades da Place Vendôme, era um dos emblemas favoritos damademoiselle Chanel. Nascida no mês de agosto, sob o signo de Leão, signode fogo que compõe o astro solar. O sol estilizado, enlevado, aparece comuma nova escala nessa coleção: geométrica, floral ou barroca, ele brilhamajestoso sobre os anéis e braceletes largos com volumes generosos.

LUMIÈRE BY CHANEL

J O I A S

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Broche Soleil em platina, engastado com 417 diamantes redondos com um peso

total de 10 quilates incluindo o diamante redondo central de 3 quilates

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26 M A G A Z I N E

Anel Byzantine em ouro branco 18 quilates, engastado com um diamante central de corte redondo de 3 quilates,

6 diamantes de corte de pêra com um peso total de 6 quilates e dois diamantes de corte oval com um peso total de 4,8 quilates

Anel Boucle de Diamantes em ouro branco de 18 quilates, engastado com um diamante

de corte pêra de 3 quilates e 153 diamantes corte brilhante com um peso de 1 quilate

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Bracelete Perles et Noeud em ouro branco de 18 quilates, diamantes e perolas

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28 M A G A Z I N E

Brincos Perles et Nœud em ouro branco de 18 quilates, engastados com 2 diamantes de corte coussincon

um peso total de 4 quilates, 130 diamantes de corte brilhante com um peso total de 1,5 quilates e 2 pérolas brancas cultivadas

Anel San Marco em ouro branco de 18 quilates, engastado com um diamante corte princesa de 0,5 quilates,

8 diamantes corte pêra com um peso total de 2 quilates e 52 diamantes de corte brilhante com um peso total de 1 quilate

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M A G A Z I N E 29

Bracelete Soleil Baroque em ouro branco de 18 quilates, engastado com 28 pedras de corte lunar com um

peso total de 52 quilates, 9 águas-marinhas com um peso total de 23 quilates, 12 safiras

de corte oval com um peso total de 34 quilates e 134 diamantes de corte brilhante com um peso total de 4 quilates

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30 M A G A Z I N E

Bracelete San Marco em ouro branco 18 quilates, engastado com 1 diamante corte princesa de 1,50 quilates,

8 diamantes corte de pêra com um peso total de 8 quilates, 875 brilhantes corte

diamante com um peso otal de 19,5 quilates e 56 diamantes corte baguette com um peso total de 5 quilates

Brincos Haute-Couture em ouro branco de 18 quilates, engastado com 2 diamantes corte de pêra

com um peso total de 4 quilates, 8 diamantes de corte baguette

com um peso total de 2 quilates e 208 diamantes de corte brilhante com um peso total de 2 quilates

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M A G A Z I N E 31

Colar Haute-Couture em ouro branco de 18 quilates, engastado com um diamante de corte oval de 8 quilates,

63 diamantes de corte baguette com um peso total de 21,5 quilates e 2154 diamantes com um peso total de 40,5 quilates

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32 M A G A Z I N E

Olançamento do livro Modern Jewellery

Design, do alemão Reinhold Ludwig,coloca no mercado internacional aprimeira publicação que documenta aevolução do design moderno da joa-

lheria de produção em série. Em 400 páginas, o autorretrata em 60 perfis os mais destacados designers domundo, entre eles, Antonio Bernardo, o único bra-sileiro que integra esta importante publicação. Otrabalho de Antonio Bernardo é destacado no livropor meio de uma analise sobre a trajetória do designer,ilustrada com peças, como os anéis Puzzle e Oxigê-nio, os brincos Impulso e Vivo, entre outros. Sobre odesigner brasileiro o autor afirma que “sua abor-dagem construtivista se assemelha a um brilhante de-senvolvimento das peças primitivas do modernismo,criadas com uma influência do movimento Bauhausdos anos 1920. No entanto, Antonio Bernardo é tam-

bém adepto a interpretar motivos e temas naturalísti-cos e históricos de forma contemporânea. O design-er brasileiro prova um estágio de maturidade capazde ultrapassar as fronteiras do Brasil”.

Nos últimos anos Antonio Bernardo vem colecio-nando prêmios internacionais de design, expandindosua presença nos mercado europeu, asiático e norte-americano e é com satisfação que avalia sua inclusãono livro: “A inclusão do meu trabalho neste livro rep-resenta um ponto alto na trajetória da minha car-reira e me coloca num contexto de grande reconhec-imento internacional, o que muito me orgulha eincentiva”, sintetiza o joalheiro. Reinhold Ludwiggarante que o estilo independente do design contem-porâneo de jóias –– com referencia na arte moderna,arquitetura e design –– ganha vida dentro de ateliêsdas pequenas e médias empresas se contrapondocom a convencional joalheria de luxo.

antonio bernardoNem experimental nem pragmático, nem artista nem artesão.

Ele tratou de ser tudo isso ao mesmo tempo. Desejo que vem perseguindoe materializando desde a criação do primeiro anel

POR FRAN OLIVEIRA

P E R F I L

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O designer de jóias Antonio Bernardo nasceu noRio de Janeiro em 1947. Filho de Rudolf Herrmann,um brasileiro de descendência alemã, já na infânciaentrou em contato com o universo da ourivesaria pormeio da loja do pai. Chamada Cronômetro Federal— ainda em atividade no centro do Rio — a lojareunia ferramentas e artigos para a confecção de joiase relógios, cenário que lhe serviu como referênciainicial sobre a precisão e a pequena escala da profis-são que viria a se dedicar. Por volta dos 20 anos, noinício da década de 1970 e recém-ingresso no cursode Engenharia da PUC-Rio, foi estagiar na Suíça eminstitutos e empresas ligadas à indústria relojoeira.Era uma espécie de recompensa pelo seu recenteêxito acadêmico. Foi nessa época que estudou noCentre Internacional de Formation de L’industrieHorlogére Suisse, um pólo internacional de pesquisae educação continuada, e conheceu ainda as mais

avançadas tecnologias do setor relojoeiro de então.De volta ao Brasil, tendo passado um ano naEuropa, Antonio decidiu abandonar o curso deengenharia e, no intervalo para um possível novorumo profissional, passou a freqüentar sistematica-mente a loja do pai. Certo dia, talvez por acaso,desenhou um anel de prata e , não sabendo executá-lo, entregou a confecção a um ourives cliente da loja.Desde então nunca mais parou de criar joias.

Idéia e realização caminham lado a lado na obrade Antonio Bernardo. Às ferramentas herdadas dopai, e que ainda hoje utiliza em sua oficina, soma-ram-se máquinas modernas como a de prototipageme a de solda a laser, fundamentais ao rigor e à com-plexidade com que conduz a concepção e a pro-dução das joias de sua autoria. Cerca de oito etapasseparam o surgimento de uma idéia à finalização dapeça: construção do protótipo conceitual; parame-

“Gosto de manusear o material, qualquer coisa que estiver na mão. Pode ser um papel, um fio, não importa. Da manipulação vão surgindo ideias”

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trização, quando se estabelecem medidas e pro-porções; desenho para a execução; desenvolvimentodo produto; aprovação da peça-piloto; definição dosmeios de produção; execução do modelo referencial;e, por fim, sistematização em ficha técnica. Umprocesso que pode variar de poucas semanas a mesese que é acompanhado de perto por Antonio.

Estampada no setor de microfusão da oficina —e aparentemente entoada pelos funcionários quepreparam os moldes feitos com esse material para afundição do ouro —, a frase “A cera já é uma jóia”ilustra com precisão o traço de excelência que ca-racteriza a obra do designer. Autodidata, AntonioBernardo tem atualmente 40 pontos de comercia-lização no Brasil e no mercado internacional,incluindo cidades americanas, européias e asiáticas,como Tóquio e Hong Kong. Entre eles, oito lojas sãode sua propriedade. O porte da empresa que criou e

gerencia é, contudo, diverso do frescor com que con-duz seu trabalho. Isso porque o escritório, localizadoem um dos andares do ateliê-oficina do JardimBotânico, no Rio de Janeiro, reúne esculturas depapel, arame e massa de modelar, feitas à mão.

Parecem surgir quase ao acaso, despretensiosas,mas não devemos nos deixar levar unicamente porsua aparência. Tratam de assunto sério, porque écom elas, em boa parte, que Antonio Bernardotransforma palavras, matemática e temas inspiradosnas artes, na natureza e no comportamento humano,em joias. “Gosto de manusear o material, qualquercoisa que estiver na mão. Pode ser um papel, um fio,não importa, porque da manipulação vão surgindoideias”, analisa. “Sinto que cheguei a resultado me-lhor quando encontro o nome para uma forma quemanipulo. É como se imprimisse certa metáfora aomaterial”, conclui.

“Certo dia, desenhei um anel e isso mudou minha vida porque entendi que sempre fui ligado ao objeto, à concretização de algo”

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A frase é reveladora da série de anéis, brincos,colares e outros objetos, nos quais o metal, sobretudo oouro, é explicitamente o protagonista. Os acontecimen-tos superficiais da joia desempenham, assim, papel dedestaque, seja por meio do tratamento que recebem, dasformas advindas de operações, como dobra, vinco, cur-vamento ou torção do material, da linguagem visualrelacionada a diferentes ligas metálicas ou, ainda, doentrecruzamento e sobreposição de módulos. Cadauma dessas hipóteses já foi testada pelo design deAntonio Bernardo, seja enquanto respostas a estímulosabstratos, criativos, ou ainda na esteira do domínio quetem das propriedades físicas do metal.

Pode-se depreender do breve recorte aqui expos-to que preciosas e superlativas são as pedras-de-toque do design de Antonio Bernardo. O que

equivale a supor que, feitas as contas, as peças deouro que desenhou e até mesmo aquelas que não seefetivaram ainda tratam de enfrentar e dar forma aoprecioso sentido de coisa valiosa, seja pela beleza oupela raridade e, ao superlativo, como aquilo queexprime qualidade no mais alto grau. Afinal, dese-nhar joias foi a profissão a que se decidiu se dedicar.“Gostava de ficar pensando em coisas e, certo dia,desenhei um anel. Isso mudou minha vida porqueentendi que sempre fui ligado ao objeto, à con-cretização de algo”, relembra o designer que não serecorda do destino daquele anel, mas, na trilha porele desencadeada, provocou e deu vazão aos maisvariados e, por vezes, imprevistos estímulos de cria-ção. “Vou continuar criando enquanto puder conce-ber o que me der prazer”, alerta. A

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“Vou continuar criando enquanto puder conceber o que me der prazer”

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moda | san pedro de atacama ■ shoes ■ xtras

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Lagunas Altiplânicas — Espetáculo de cores a 4.600 metros de altitude

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San Pedro de Atacama

F O T O S J O H N N Y | M O D E L O M A R C I A R E G I N AAGRADECIMENTOS: COMPANHIA AÉREA LAN E TIERRA ATACAMA HOTEL & SPA

Em meio a salares, vulcões e belas montanhasda Cordilheira dos Andes, no charmoso povoa-do de San Pedro de Atacama, norte do Chile, es-tá o Tierra Atacama Hotel & Spa. Inauguradoem fevereiro deste ano, ele é a mais nova opçãode butique-hotel situada no meio do deserto deAtacama. O empreendimento concilia a exclu-sividade e o requinte de seus serviços com ahistória e o ambiente da pequena cidade, que é

considerada um santuário arqueológico da erapré-colombiana e um dos mais impression-antes cenários da América do Sul. De seus 32quartos pode-se apreciar as paisagens que cer-cam o hotel e avistar o belo e arrebatador de-serto. O povoado de San Pedro é outra atração.Museus e igrejas contam um pouco da históriada população, que descende de povos quevivem no altiplano há, quase, 10 mil anos.

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40 M A G A Z I N E

Deserto de Atacama — Considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo. As temperaturas variam entre 0ºC à noite

e 40ºC durante o dia. Biquíni Acqua Diem

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Termas de Puritama — Temperaturas de 25ºC a 30ºC. Biquini Acqua Diem

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Valle de La Luna — Paraíso natural, localizado em pleno Deserto deAtacama. Local de rara beleza. Biquíni Acqua Diem

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Pukara de Quitor — Um dos sítios arqueológicos mais impressionantesdas Américas. Biquíni Acqua Diem

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Pode acreditar. A moda do arremesso decalçados — que já atingiu o ex-presidentenorte-americano George W. Bush, oembaixador israelense Benny Dagan e oministro indiano Chidambaram — não

tem a mínima chance de prosperar entre nós.Brasileiros em geral — e brasileiras em particular —têm um xodó muito especial por sapatos e um apegoirremediavelmente emotivo aos seus muitos pares.Como se isso não bastasse a cada dia desembarcarampor aqui marcas importadas de alto luxo. Por maisirada, que brasileira em sã consciência se atreveria ajogar em alguém um pé do modelo Siamese, da grifeCharlotte Olympia, cujo preço ultrapassa facilmente abarreira dos 1.000 dólares? Nem morta, darling!

O mercado brasileiro de sapatos é vigoroso.Segundo dados da Associação Brasileira da Indústriade Calçados (Abicalçados), o país produz aproxi-madamente 808 milhões de pares por ano, dos quaiscerca de 100 milhões são destinados ao mercadoexterno, o que confere ao país o quinto lugar no ran-king dos exportadores mundiais. Na contramão da

crise global, enquanto as vendas para o exteriorencolhem tirando o sono dos grandes calçadistasnacionais, as importações disparam. Só de janeiro amarço deste ano, o Brasil comprou 13,1 milhões depares, totalizando 109,9 de milhões dólares, o equi-valente a um acréscimo de 45,3% no pagamento dedivisas e de 15,6% no volume físico em relação aomesmo período do ano anterior.

Em março, o segmento de calçados femininos deluxo ganhou um reforço e tanto. Em São Paulo e noRio de Janeiro aportaram os estilistas ChristianLouboutin e Charlotte Dellal. Graças a ele, francês, ea ela, anglo-brasileira, cariocas e paulistanas sem li-mite nos cartões de crédito poderão agora desfrutarde preciosas criações em endereços exclusivíssimosnas duas capitais. Louboutin ficou conhecidomundialmente pelos solados vermelhos dos sapatos desofisticação inimitável que desenha. Um glamourcapaz de conquistar personalidades ao redor do globotão distintas como a apresentadora norte-americanaOphrah Winfrey, a princesa Caroline de Mônaco ouas atrizes inglesas Gwyneth Paltrow e Cate Blanchett.

Shoes!beautiful

A chegada das marcas importadas de alto luxo e o sucesso dos estilistasnacionais atiça a paixão das brasileiras por sapatos. Então, suba no salto

POR AIMÉE LOUCHARD

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OBRAS DE ARTE DE UM EX-APRENDIZ

O mago francês dos sapatos abriu a primeira loja em 1992, na eleganteGaleria Vero-Dodat, nas cercanias do Louvre, não sem antes ralarmuito como sapateiro-aprendiz do Folies Bergères, antológica casa dediversões em Paris, o que lhe rendeu a seguir um posto na renomadaCharles Jourdan, onde criou sapatos para a maison Christian Dior.Hoje, a marca Christian Louboutin é comercializada em 47 países,com 17 lojas próprias pelo mundo, a mais recente no ShoppingIguatemi, em São Paulo, a primeira da América Latina.

A loja transpira o requinte da marca. Uma das salas, fechada porespelhos, é dedicada ao atendimento privé. Expostos em moldurascomo obras de arte , os sapatos variam dos peep-toes — os preferidosdo designer — aos pumps adornados com cristais. Um traço comumsão os invariáveis saltos 12 e preços na casa dos 3.000 reais. Objetos dedesejo? Sem dúvida. “Saltos altos são extremamente femininos e sen-suais. Além disso, impõem uma linguagem corporal, uma atitude à mu-lher que os usa”, garante Louboutin. Quem não fica atrás em sofisti-cação e — porque não? — extravagância é a também designer de sa-

Nas maisons de hautecouture, em Paris, e nos ateliês italianos,calçados luxuosostomavam forma pelasmãos de artesãosrefinados como AndréPerugia, SalvatoreFerragamo e RogerVivier, até hojesinônimos de excelência

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patos Charlotte Dellal, que acaba de inserir num cor-ner da Avec Nuance, no Shopping Leblon, na ZonaSul do Rio de Janeiro, a sua marca CharlotteOlympia. Filha do casal de milionários Andréa e GuyDellal e queridinha das modelos Kate Moss e SiennaMiller, Charlotte recebeu fartos elogios da revistaHarper’s Bazaar poucos dias antes do lançamento dacoleção no espaço de moda carioca. Formada pelaLondon School of Fashion, a jovem estilista, que vivena Inglaterra, usa e abusa das plataformas e dossaltos altíssimos nas suas criações. E ensina: “Comeles, as pernas ficam alongadas e bem torneadas”.

NUNCA HOUVE NADA IGUAL

Amante de peças clássicas, ela busca inspiração nosanos 40 e 50. Não é por outro motivo que o carro-chefe da coleção, uma fascinante sandália de tiras decetim vermelho e salto stiletto, foi batizada de Gilda,

pois, a exemplo da mítica personagem do cinema,nunca houve — ou haverá — nada igual. O alto valoragregado ao produto para um público AA – cadapeça tem o preço médio de 3.250 reais — determinouuma política de vendas diferenciada para a grife, comoexplica Sílvia Chreem, diretora de marketing doGrupo Nuance. “Oferecemos apresentações persona-lizadas da coleção para clientes fidelizadas e o retornotem sido muito favorável”, informa a diretora.

Convicto de que o sapato transforma uma mu-lher, o gaúcho Jorge Bischoff adotou a estratégia detrazer para o dia-a-dia os calçados de sonho queenfeitam as passarelas dos desfiles tanto aqui quantolá fora. Natural de Igrejinha, localidade que integrao grande pólo calçadista do Rio Grande do Sul,Bischoff não escapou da sina de, primeiramente,vender e, tempos depois, criar sapatos femininos.E confessa adorar o negócio.

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Há 11 anos no ramo, ele hoje contabiliza uma produção diária demil pares e nove lojas espalhadas por três capitais brasileiras, a últimadelas aberta há dois meses no Rio Design Barra, templo do consumode luxo, instalado na Zona Oeste carioca. Para Bischoff, o segredo dosapato perfeito reside na combinação de tecnologia de ponta na fab-ricação e matéria-prima de altíssima qualidade. Trocando em miú-dos: uma simbiose de beleza e conforto. “Ninguém precisa mais sairdo baile com os sapatos na mão”, graceja o empresário.

NOS PÉS DAS CELEBRIDADES

Para a festejada designer carioca Constança Basto, a consumidora brasileirajá identifica as marcas de luxo e faz escolhas inteligentes baseadas no custo-benefício do calçado. Comportamento muito diferente de quando ela eraadolescente e, por falta de opções, costumava desenhar sofisticados modelos

No rastro de AndréPerugia, SalvatoreFerragamo e Roger Vivier,diversos sapateiros deluxo se destacam nahistória recente.Atualmente, imperam ocanadense Patrick Cox,o malaio Jimmy Choo,o cidadão do mundoManolo Blahnik, o italiano Sergio Rossi e o francêsChristian Louboutin

Constança Basto, designer: “A consumidora brasileira já identifica as marcas de luxo e faz escolhas inteligentes baseadas no custo-benefício do calçado

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em cetim e pedir ao sapateiro da família que os confec-cionasse. Constança, que começou no ramo nos finsdos anos 90, ainda universitária, vendendo sapatos fe-mininos nas casas das clientes, tem, atualmente, setelojas em pontos nobres de São Paulo e do Rio de Janei-ro. Já teve um badalado endereço também em NovaYork, que fechou com a morte do sócio americano.

O uso de couros exóticos de jacaré, lagarto e cobra,pelos de animais e cristais, além das cavas e recortes,que conferem sensualidade aos pés, são marca registra-da. Os sapatos e sandálias para noite fascinaram estre-las do quilate de Nicole Kidman — que, em 2005,comprou nada menos de 13 pares de uma vez — eCameron Diaz, que, simplesmente saiu do estúdio em

que filmava As Panteras, usando um modelito rosa decena. Por aqui, a jornalista Fátima Bernardes, asatrizes Marília Pêra e Maria Fernanda Cândido e acuradora de artes Wanda Klabin são clientes fiéis. Osdeslumbrantes modelos oscilam de 450 a 850 reais.

Há dois anos, Constança Basto começou umreposicionamento no mercado em busca de melhorescondições logísticas e seleção de parceiros, que lhepermitissem praticar preços mais competitivos. Elanão pára: são cinco linhas de calçados por ano cadauma com 40 modelos. E avisa não temer os solavan-cos da economia global: “A paixão das brasileiras porcalçados é imune às crises. Quero vender cada vezmais sapatos de qualidade para mais gente”. A

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Christian Louboutin: “Saltos altos são extremamente femininos e sensuais. Além disso, impõem uma linguagem corporal, uma atitude à mulher que os usa”

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MODA

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O século 20 viu a evolução de um negócio exclusivo do salãoparisiense para uma elite rica, a uma indústria global que empregamilhões de pessoas, com as novas tendências levadas às lojasantes que o último modelo saia das passarelas. Ao longo dotempo, as silhuetas femininas de cada época evoluíram além doesperado: as crinolinas da House of Worth deram lugar aosvestidos soltos de noite da Vionnet, o new look da Dior ao lookQuant Chelsea, o terno branco da Halston ao jeans de cintura baixado Frankie B’s. Na moda masculina, ternos de confecção mos-traram o fim da alfaiataria sob medida, muito antes que camisashavaianas, gravatas skinny ou calças baggy entraram na frente.

20th Century Fashion oferece uma retrospectiva da modanos últimos 100 anos, através de 400 anúncios de moda daHeimann Jim Collection. Usando imagens retiradas de um séculode publicidade, este livro documenta o ritmo incessante da modacomo foi adotada na cultura de massa, década após década.Uma introdução em profundidade, o texto dos capítulos, eilustrações de forma detalhada da cronologia mostra como oestilo dos fabricantes e das tendências, da alta costura para omercado de massa, e os acontecimentos históricos, casas dedesign, varejistas, filmes, revistas e celebridades moldaram anossa forma de vestir, naquela época e agora.

No sentido horário, anúncio Fendi Bags, 1999; capa do livro 20th Century Fashion; e anúncio Yves Saint Laurent Furs, 1996

PASSION FOR FASHION

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arte | fotografia ■ cerâmica ■ xtras

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Estamos em Cunha, pequena cidade do interior paulista,embora um dos maiores municípios brasileiros, encrava-da entre as serras do Mar, da Bocaina e do Quebra-can-galha. O clima tem um toque de Europa — a névoaevanescente dá um tom gris à paisagem, transformando

a silhueta das montanhas em gigantes adormecidos; a brisa sopraúmida e refrescante; o silêncio predomina, dando eco somente ao cantode muitos sabiás e bem-te-vis. O resto é pura mansidão, como se esperade uma cidade com pouco mais de 20 mil habitantes. E, como seespera, também, chegamos à Praça da Matriz guiados à distância pelassuas duas imponentes torres que vigiam, impassíveis, moradores e visi-tantes, crentes e ateus, crédulos e céticos, beatos e pecadores. É aqui,rodeado de generosa natureza, pousadas e restaurantes cheios decharme e extremamente convidativos para uma refeição típicabrasileira ou da cuisine française, que vamos encontrar o ateliê de JoséCarlos Carvalho, o J.C. Carvalho, um dos expoentes ceramistas quefazem de Cunha a capital nacional da Cerâmica de Autor.

Carvalho, ex-publicitário, é dono de uma invejável carreira de dire-tor de arte, com passagens por inúmeras e importantes agências depropaganda nacionais e multinacionais. Ansioso por novos rumos, em1982, quase que por acaso, Carvalho descobre a cerâmica — foi amorao primeiro toque. Poeta com as mãos e com o espírito, Carvalho afir-ma que “não fui eu quem escolheu a cerâmica; foi a cerâmica quem meescolheu”. A partir daí, Carvalho rendeu-se à sua maior vocação, sub-mergindo profundamente nas origens da técnica para emergir comobras de peculiar leitura. Dedicado integralmente à arte cerâmica,transferiu toda a sua criatividade para a argila, os esmaltes, as técnicase até à criação e aperfeiçoamento de ferramental e técnicas próprias, oque qualifica sua arte como Cerâmica de Autor.

o QUINTO ELEMENTOA ARTE DE PRODUZIR OBJETOS CERÂMICOS DE QUALIDADE

D E C O R A Ç Ã O

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Em 1996, Carvalho funda uma escola onde, por dezanos, divide seu tempo ensinando arte e técnica com a pro-dução de suas próprias obras. No entanto, o ateliê em Cunhaexigia cada vez mais a sua presença, o que o levou a optarpelo fazer a ensinar. Carvalho é generoso no conhecimentoe na perfeita aplicação de várias técnicas, com destaque parao Sgraffito e o Sgraffito com Colagem — técnicas peculiares,que ganham formas, texturas, baixos e altos relevos, efeitos,claros e escuros, cores e sombras indescritíveis. Suas peças,sejam utilitárias, sejam puramente artísticas, possuem um“não-sei-o-quê” que as destacam do tradicional e do conven-cional. Dentre inúmeras exposições coletivas e individuais,Carvalho dá especial destaque às exposições na Pinacoteca

do Estado de São Paulo (Objeto Brasil – 500 Anos de Design2000) e na Sociedade de Cultura Japonesa (Art and CraftBrasil-Japão/2002). Hoje, suas peças fazem parte de coleçõesnão só no Brasil, mas também no exterior. Todo esse recon-hecimento, no entanto, não roubou de Carvalho a simplici-dade, o bom humor, o riso fácil e farto. Nem a seriedade comque se dedica, dentro de uma rígida disciplina, ao contatocom a fria argila, aos traços rápidos e precisos que rascun-ham suas obras, aos cuidados com a temperatura, à precisãona mistura de óxidos na busca pela cor imaginada. “Todapeça queimada em fornos de alta temperatura, que ultrapas-sam os 1.200 graus centígrados, não têm um só autor. Eu,por exemplo, sou co-autor das minhas obras, porque divido

J.C. Carvalho: “Eu sou co-autor das minhas obras, porque divido a concretização delas com os quatro elementos — a água, a terra, o ar e o fogo”

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a concretização delas com os quatro elementos — a água, aterra, o ar e o fogo — que são fundamentais para o resulta-do final. Eu sou apenas o quinto elemento no processo. Acada queima, fico absolutamente sujeito aos humores demeus co-autores; por mais planejada que tenha sido a peça,dependo do comportamento de cada um deles. Por isso éimpossível fazer duas peças iguais — eles têm comportamen-tos diferentes a cada instante.” , revela Carvalho.

É possível reconhecer em cada peça a personalidade doartista. À revelia, sua autoria aparece nos detalhes, tanto nageometria gráfica caucasiana, como nas formas orgânicassinuosas e insinuantes. Percebe-se, nessas insinuações, aintenção clara de ruptura com o establishment da arte

cerâmica, o que adiciona uma alta dose de exclusividade àspeças assinadas por J.C. Carvalho. Ceramista convicto e re-presentante de uma das mais antigas e rudimentares artescriadas pelo homem, J.C. Carvalho vive de dar forma econteúdo ao barro; vive de extasiar os apreciadores da artecom suas interpretações de retas e curvas, de convexos e côn-cavos, de excêntricos e concêntricos, apenas para proporcio-nar aos espectadores momentos de prazer. Um prazer singu-lar que pode ser experimentado no seu ateliê, em Cunha, a220 quilômetros de São Paulo e a 43 de Paraty, na divisa deSão Paulo e Rio de Janeiro. Carvalho Cerâmica – rua Jerô-nimo Mariano Leite, 190, Vila Rica, Cunha, Informaçõestel.: (11) 9164-3071. www.carvalhoceramica.com.br A

Utilitárias ou puramente artísticas,as pecas de J.C. Carvalho possuem um “não-sei-o-quê” que as destacam do tradicional e do convencional

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F O T O G R A F I A

BailarinasBY JOHNNY

Edgar Degas nasceu em Paris em 19 de julho de 1834. Filho de família abastada, teve aeducação padrão da classe alta no Lycée Louis le Grand. Depois de estudar direito por poucotempo, decidiu tornar-se um artista, trabalhando com mestres conceituados e passando muitosanos na Itália, considerada então a “escola de aperfeiçoamento” das artes.Embora as pinturas de Degas aparentem ser espontâneas, elas eram na verdade produções deestúdio cuidadosamente planejadas, construídas a partir de muitos croquis e estudos. Sua arteera do tipo que ocultava sua artificialidade. Ligado ao impressionismo, destacou-se pelo estudoapurado do movimento e ficou conhecido como o pintor das bailarinas.Adimirador de Degas, o fotógrafo João Henrique Netto, o Johnny, foi buscar inspiração naobra do pintor, com olhar especial para a série as bailarinas. Assim como Degas, os cliquesdesse artista das câmeras são planejados. Suas bailarinas foram “construídas” ao longo dosanos. As diversas modelos que passaram pelo estúdio têm em comum a peça que recobre seuscorpos: o tule. Fluido e transparente, o tecido aparece ora esvoaçante, ora compondo volumespara –– num jogo de hide and seek –– revelar mulheres lânguidas, dramáticas, sensuais...

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ARTE

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Mario Testino — fotógrafo da realeza, celebridades e

supermodelos — aproveitou do seu caso de amor de mais de

30 anos com o Rio de Janeiro para lançar o livro MaRIO DE

JANEIRO Testino, da editora Taschen. Peruano de nascimento,

Testino ficou fascinado pelo Rio de Janeiro desde suas

primeiras férias de verão. “Quando eu tinha 14 anos, de férias,

indo de casa para a praia vendo todo mundo andando naque-

las roupas de banho pequenininhas –– as meninas e os meni-

nos eram tão sensuais, sem preocupações e selvagens. Eu não

conseguia acreditar.” Essa sensualidade fácil, liberdade sexual

e luxúria deixaram uma profunda impressão na sua vida;

Testino tem ido atrás disso desde então, do trabalho à diversão,

da paixão à inspiração. Oferecendo tomadas cândidas dos ca-

riocas que descobrem a carne núbil, incluindo a supermodelo

Gisele Bündchen, Mario Testino capta a essência dessa cidade

incomparavelmente sedutora e dos seus cidadãos. De seus

panoramas deslumbrantes do por do sol, ao caos pulsante do

seu mundialmente famoso Carnaval, esse é o poema de amor

de Testino para a metrópole brasileira que conquistou seu

coração na adolescência, e nunca mais largou.

INSPIRADO NAS MENINAS DE COPACABANA

Mario Testino captura a essência da cidade incomparavelmente sedutora e dos seus cidadãos: Fernanda Lima. São Conrado, 2006

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destino | londres ■ lapônia

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Depois de 24 milhões de libras gastos em reforma, oBrown’s reassumiu a posição que lhe cabe como um doshotéis mais intimistas e encantadores de Londres. Seuinterior é contemporâneo com um senso de estilo autên-tico, sem perder sua original e tradicional elegância ingle-

sa. Localizado no coração da Mayfair, na Albemarle Street, o Brown’s —inaugurado em 1837 — é um dos hotéis mais antigos de Londres. A algunspassos do seleto paraíso das compras da Bond Street, dos teatros da WestEnd e de St James, o hotel foi criado para hospedar com classe uma clien-tela exigente. Sempre teve ares de exclusividade e refinamento, mantidosgraças à longa reforma coordenada pela diretora de design da The RoccoForte Collection, Olga Polizzi. Composto por 11 casas de estilo georgiano,todos os 117 quartos (inclusive 29 suítes de luxo) foram projetados indivi-dualmente com a sofisticação — e o atendimento amável e personalizado— que se tornou a marca registrada da The Rocco Forte Collection.

Chá das cinco noBrown’s

A sofisticação e o clássico estilo inglês são as marcas do legendário Brown’s Hotel, que, há seis anos, faz parte

da The Rocco Forte Collection de hotéis de luxo

POR FRAN OLIVEIRA, DE LONDRES

H O T E L A R I A

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Nas mãos do chef Lee Streeton, o The Albemarle (antes The Grill)vem se reafirmando rapidamente como um dos melhores restaurantesde Londres. Com um lindo revestimento de madeira, teto abobadado,elegantes banquetas verdes desenhadas pelo grande designer PhilippeHurel, o restaurante oferece uma experiência de Londres inesquecívele fascinante, tornando-se rapidamente mais um ponto imperdível dacidade. Lee Streeton e Mark Hix, o diretor de nutrição, apresentam umexcelente cardápio com clássicos da culinária britânica, preparadoscom os melhores ingredientes da estação. Além de culinária britânicade primeira há também uma fantástica coleção de obras de grandesartistas britânicos. Lá se encontra um neon de Tracey Emin intituladoI loved you more than I can love (Amei você mais do que consigo amar)que faz parte da sua mais nova coleção, em exibição na galeria WhiteCube; uma foto gigante de um olho de Rankin; quadros de BridgetRiley, Michael Landy, Fiona Rae, Keith Coventry, Toby Zeigler, PeterPeri, Caragh Thuring e esboços de Tim Nobre & Sue Webster.

Acima, o legendário The Donovan Bar. Em suas paredes, legendárias fotografias. Na página ao lado, Burlington Arcade, em Mayfair

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O tradicional chá das cinco no Brown’s continua sendo um dos me-lhores de Londres e é servido no The English Tea Room, que recebeuo prêmio The Tea Guild’s Top London Afternoon Tea 2009. IreneGorman, chefe do The Tea Guild, ao comentar o prêmio do Brown’s,disse que “o salão de chá consegue combinar luxo e elegância num am-biente aconchegante com atendimento eficiente. Os chás e as opçõesgastronômicas são primorosos, no sabor e na apresentação. Os garçonssão bem treinados, entendem realmente de chá e estão sempre dispos-tos a ajudar o cliente a escolher; e para completar, dá para levar umaamostra do chá que você gostou para casa. São esses pequenos toquesque destacam o Brown’s como o paraíso para amantes do chá”. NoThe English Tea Room, sommeliers do chá ficam à disposição para darconselhos sobre os 17 tipos de chá disponíveis. Stuart Johnson, GerenteGeral do Brown's disse: “Para nós é um prazer e honra receber um prêmiotão importante. Tem um enorme significado para o nosso pessoal queinveste tempo e dedicação para criar a melhor experiência para os nossosclientes. Somos uma equipe unida com a paixão e o compromisso paracriar e manter um alto padrão”. Londres é assim. Sempre tem algo parase fazer ou beber. Mesmo que seja o seu tradicionalíssimo chá. A

Acima, The Kipling Suite, uma das 29 suítes de luxo do Brown’s Hotel. Na página ao lado, The Albermale: cardápio com clássicos da cozinha britânica

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samisos indígenas

do topo do mundoEles vivem em regiões onde a temperatura no invernopode atingir 50º C negativos, uma das mais rigorosas doplaneta. Pastoreiam renas há milênios e reverenciam aaurora boreal. São os samis, ou Lapões da Noruega

TEXTO E FOTOS DE JOHNNY MAZZILLI

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ALapônia não é um país, e sim a naçãodessa etnia indígena, que há mais de4.000 anos vive espalhada no extre-mo norte da Noruega, Suécia, Fin-lândia e Rússia. Hoje existem aproxi-

madamente 80 mil lapões, a maioria vivendo na regiãode Finnmark, no norte da Noruega. São exímios co-nhecedores da neve e seus fenômenos, a ponto da Gla-ciologia, a ciência que estuda a fenomenologia do frio,emprestar do vocabulário sami várias palavras. A nevepode ter características distintas –– grudenta, seca, cris-talina, flocos redondos –– mas para os samis, que afir-mam reconhecer 40 diferentes tonalidades de branco,meia dúzia de generalizações não bastam – eles têm 180diferentes termos para designar a neve, dependendo deseu estado. Seu insondável idioma é parente distante dofinlandês e do estoniano. Os samis são mestres na cria-ção de renas, um cervídeo de chifres que vive em ma-

nadas silenciosas pelas altas latitudes, magnificamenteadaptado à aridez e a temperaturas baixíssimas. Não háoutro mamífero de rebanho que resista a céu aberto nasnoites do inverno na Lapônia. Do bicho tudo se aprovei-ta: além da força de trabalho, da carne e do couro, oschifres e ossos são amplamente empregados na confec-ção de utensílios como talheres, alças, puxadores, botõesde camisa e soberbamente no duodji, o artesanato sami.

No longo inverno, tudo se cobre de neve, as noitessão longas e os dias curtos. Algumas regiões mergulhamna escuridão durante quase dois meses. A curta primav-era traz floradas exuberantes que colorem a tundra, oúltimo cinturão de vegetação rasteira ao redor do pólonorte, com uma variedade de cores e tons. O verão, emjunho e julho, é a estação verde. Faz “calor” — a tem-peratura pode atingir “incríveis” 22 graus centígradospositivos. O outono é curto e marcadamente vermelho,as folhas caem e prenunciam mais um longo inverno.

Samis paramentados com seus elaborados trajes típicos na igreja de Kautokeino para celebração da Páscoa. Ao lado, um fenômeno da natureza: a aurora boreal

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As estações do ano na Lapônia são tão distintas queos samis as dividem em oito, e não em quatro. A vidanaquela região pode ser duríssima e nada glamourosa— no auge do inverno, os samis chegam a manejarseus rebanhos sob uma temperatura de 45 graus cen-tígrados negativos — tarefa duríssima mesmo paraquem está acostumado a isso há séculos.

Em Kautokeino, uma das cidades sagradas dosSamis, perguntei a Johan Isak Gaup, um bem-humo-rado criador deste curioso animal, quantas renas eletinha. “Perguntar a um sami quantos animais ele temé o mesmo que perguntar a alguém quanto dinheirotem guardado”, explicou delicadamente ele. Earrematou, enigmático: “Bem, mas você não tinhacomo saber isso, então vou responder sinceramente:eu tenho mais de uma e menos de 100 mil”. E deuuma gargalhada. Os samis afirmam ter, em seu vastovocabulário, mais de 1.500 palavras diferentes ape-nas para designar suas renas. Se a rena é marromcom pintas brancas, recebe um nome. Se ela é bran-

ca com pintas marrons, recebe outro nome, e assimpor diante. Impossível imaginar onde isso vai parar.

A Páscoa é sua data religiosa mais expressiva. Emalgum momento da história eles adotaram o ca-lendário cristão. Durante dez dias acontecem com-petições, jogos, concertos e festivais, sempre profun-damente ligados a sua cultura. O envolvimento comas renas não se restringe à sobrevivência: o ReeinderWorld Champion, ou Campeonato Mundial deRenas, acontece anualmente em Kautokeino e reúneos expoentes mundiais desta curiosa competição pra-ticada há séculos, que com o tempo ganhou rou-pagem contemporânea — em vez de os elaborados epesados trajes tradicionais, os esquiadores que com-petem puxados por renas aderiram ao figurino es-portivo colado a pele, como ultra-coloridos jaspionsdas neves. É uma corrida de um por vez contra orelógio, ganha quem percorrer o circuito em menortempo. Detalhe curioso: quem recebe o prêmio nãoé o competidor, e sim a rena.

Renas: animal adaptado à aridez e a temperaturas baixíssimas. Seus chifres e ossos são amplamente empregados na confecção de utensílios

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Os jogos samis reúnem dezenas de famílias numanimado piquenique no leito congelado do rioKarasjok, quando assam salsichas, comem nacos derena desidratada e tomam muito, muito café. Dentrevárias diversões, a mais bizonha é sem dúvida ocampeonato de atirar o sapato longe. Pois é, elespegam um sapato típico sami, enchem-no de palhae definem o local do arremesso. Os competidoresagarram o sapato pelos cadarços e giram em volta desi mesmos para dar força ao arremesso. O vitoriosoé aquele que, é claro, lançá-lo mais longe. Os joykssão a manifestação de sua forte musicalidade. Sãocanções passadas de geração em geração, e cadafamília vem preservando e elaborando seus própriosjoyks durante séculos. Assim, são milhares de joyks jáconhecidos e ninguém sabe realmente quantos exis-tem. Há diferentes joyks para diferentes finalidades:canta-se um “específico” para a mulher amada, ou-tro aos antepassados, outro diferente para os filhos, anatureza, a prosperidade etc. O Joyk Grand Prix é

um colorido festival musical, onde a competição éapenas uma desculpa para cantar e celebrar as músi-cas dos diversos clãs vindos de diferentes regiões daLapônia. O Festival de Cinema de Kautokeino reúneanualmente dezenas de produções independentes,todas sobre minorias e etnias indígenas de todo omundo, e em 2006 foram apresentados dois filmesbrasileiros. As exibições acontecem à noite e ao ar livre,e os filmes são projetados em um inusitado telão de gelocom mais de dez metros de altura, enquanto a temper-atura na “sala de exibição” ronda 10, 20 graus centí-grados negativos, ou ainda menos. O auge da celebra-ção da Páscoa acontece na missa do domingo, quandoa pequena igreja de Kautokeino fica lotada de samisparamentados com seus elaborados trajes típicos.

Hoje em dia eles vivem em confortáveis casas a-quecidas e tem acesso a todo tipo de bens de consumo.Falam em celulares de última geração, usam caríssi-mos snowmobiles (tipo um jet ski para a neve) parapastorear suas renas e transitam em carros novos.

6 de fevereiro é o Dia Nacional da nação Sami: uma data oficial celebrada não só na Noruega, mas também na Suécia, Finlândia e Rússia

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Muito diferente do cotidiano duríssimo de algumas décadas atrás, quan-do se locomoviam em trenós puxados por renas, pescavam e caçavampara garantir a sobrevivência e viviam em Lavvus, cabanas de couro oupano com um buraco no alto para o escape da fumaça da fogueira – vitalpara manter o interior aquecido. Hoje em dia os lavvus são usados apenaspara o lazer. Poucos ainda vivem neles. Assim como aconteceu com incon-táveis minorias indígenas em todo o mundo, historicamente os samis tam-bém passaram por maus momentos, quando foram oprimidos pelos ocu-pantes noruegueses em sua expansão pelas terras no norte do país, noséculo 9 e na primeira metade do século 20. Hoje a história é bem dife-rente: Há muitos anos a Noruega percorre o caminho contrário daopressão às minorias, e há pelo menos três décadas os samis pegaramcarona na pujante prosperidade deste rico país escandinavo.

Em 2000, o Storting, o parlamento norueguês, criou um polpudofundo monetário para o povo sami, cujos rendimentos destinam-se a for-talecer sua língua e cultura, bem como servir como compensação coletivapelos danos e injustiças cometidas contra esse povo pela antiga política denoruegização. O fundo é administrado pelo Sámediggi, o parlamentosami sediado em Karasjok. Em 1997, Sua Majestade o Rei Harald V daNoruega enfatizou que os lapões e os noruegueses são uma parte integralda sociedade norueguesa, e pediu desculpas pela forma como foram trata-dos no passado. Hoje em dia, qualquer decisão envolvendo a região deFinnmark, onde se situa a Lapônia norueguesa, deve passar pelo crivo doparlamento sami. Desde 2004, 6 de fevereiro é o Dia Nacional da naçãoSami, uma data oficial celebrada não só na Noruega, mas também naSuécia, Finlândia e Rússia, como um símbolo de união que ultrapassa asfronteiras políticas dos países que a compõem. A

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COMO CHEGARA SAS (Scandinavian Air) parte de várias capitais européias para Oslo. De lá um vôo para Alta.

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ONDE FICARAlta e Karasjok – Rica Hotelwww.rica-hotels.comKARASJOK (www.engholm.no) — No fim doinverno, em março, é um must. Confortáveis e aconchegantes cabines de madeira. SveinEngholm, o dono, é um vitorioso ex-competidorde trenós, autêntico self made man, criador e treinador de cães para competições. Ele leva as pessoas para saídas de trenós depoucas horas de duração. Durante a noite,se ouvem uivos coletivos para a lua...Kautokeino – Thon Hotelwww.thonhotels.com

DICASA melhor época pra ir à terra dos samis é em março, no fim do longo inverno escandinavo.A Páscoa é a data cívico-religiosa maisimportante, quando acontecem os eventosculturais e esportivos.Preste atenção às noites. Seja persistente,levante-se da cama de vez em quando e olhe pela janela. A belíssima aurora borealpode aparecer ou não.Experimente Bidos, uma deliciosa sopa de rena,batata e cenoura.

QUEM LEVAA Latitudes tem uma viagem exclusiva para aPáscoa na Lapônia. www.latitudes.com.br

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gastronomia | slow food

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Tentativa de resgatar a prática saudávelde se comer e beber em paz, sem aurgência de correr para um compro-misso –– o Slow Food nasceu na con-tramão da globalização, um con-

traponto ao estilo fast-food da vida moderna. Desde asegunda metade dos anos 80, quando foi criado pelogrupo liderado pelo jornalista italiano Carlo Petrini,esse movimento gastronômico-cultural e de alcanceecológico, passou a traduzir o estilo de vida de milharesde pessoas ao redor o mundo, incluindo o Brasil, ondese formou uma legião de simpatizantes em prol de suacausa. Para seus adeptos, o ato de curtir o alimento econfraternizar com outras pessoas, de conversar, desentir os aromas, o gosto e as sutilezas da comida temum valor intrínseco, superlativo.

Agora, mais de duas décadas depois, o movimentoganha nova força ao encantar as novas gerações degourmets e chefs de cozinha que lutam contra a pas-teurização dos alimentos mundo afora e empunham abandeira da sustentabilidade. “Além de defender odireito ao prazer da alimentação, o slow food procura

valorizar produtos artesanais de qualidade, que sãocultivados de forma que se respeite tanto o meio ambi-ente quanto as pessoas responsáveis por sua produçãoe preservação”, enfatiza Cênia Salles, divulgadora domovimento em São Paulo. “A forma como nos alimen-tamos, tem profunda influência nas coisas que nosrodeiam: na paisagem, na biodiversidade da terra, emsuas tradições e na própria sobrevivência humana.Hoje, para o consumidor consciente, é impossível igno-rar as fortes relações entre o que se come e a sus-tentabilidade do planeta”, diz ela.

Não por acaso, desde os seus inícios, o movimen-to marcou posição contra a tendência de padroniza-ção do alimento em todo o planeta, enaltecendo anecessidade de os consumidores estarem bem infor-mados. Corria o ano de 1986. Donos de restaurantes,chefes de cozinha, intelectuais, políticos e cidadãoscomuns saíram às ruas de Roma para pedir o fecha-mento do primeiro Mc Donald’s instalado na capitalitaliana –– e naquele país. O grupo, que protestavacontra a rede americana, símbolo mundial do junkiefood e do chamado american way of life, afirmava

SLOW FOODCom simpatizantes em mais de 130 países, o movimento ganha

nova força entre os gourmets, ao revalorizar ingredientes sustentáveis e o ato de desfrutar sem pressa uma vida mais saudável à mesa

POR MARCO AURÉLIO MERGUIZZO

G A S T R O N O M I A

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que ela era uma afronta inadmissível à boa mesa ita-liana e às tradições culinárias européias. Pior: quedescaracterizava o centro histórico romano. Não semrazão, a lanchonete se instalara estrategicamente notérreo do belo Palazzo Mignanello, no coração daPiazza di Spagna, um dos mais famosos cartões-postais da capital dos eloqüentes italianos.

CHEIRO DE BATATA FRITA

Lendas e exageros compreensíveis à parte, conta-seque o costureiro Valentino, que tinha o seu ateliê fun-cionando no primeiro andar do Mignanello, precisouser socorrido por um médico quando sentiu o cheirode batata frita invadir seu então inexpugnável estúdioe impregnar a coleção de modelitos cotada a peso deouro. Além de processar a rede de sanduíches, o hojeaposentado gênio dos croquis e tesouras ainda dobroua empresa americana, conseguindo a instalação depotentes filtros. Pode parecer pouco, mas o costureirofavorito de Sofia Loren e Jackie Kennedy seria oprimeiro a dobrar a espinha do gigante do fast food.Meses depois, no entanto, ainda insatisfeito com o des-fecho da pugna, Valentino partiria em definitivo dali,

mudando-se para um outro endereço na região centralda capital romana. A lanchonete, no entanto, mesmosem o peso de outrora, permanece de pé, até hoje, nomesmo ponto, com sua indefectível logomarca.

Desde então, o Slow Food cresceria como fermento.Na região do Piemonte, Norte italiano, um grupo deapaixonados barolistas — os apreciadores do excep-cional vinho piemontês —, liderado pelo jornalistaCarlo Petrini, até hoje o principal representante domovimento no mundo, faria coro à indignação dosmanifestantes da Piazza di Spagna, ecoando seus con-ceitos naquela região. Com grande dose de humor e iro-nia, o grupo denominava o comportamento fast food de“mordi e fuggi”, ou, em bom português, “morde e foge”ou “come e corre”. Pouco a pouco, a bandeira defendi-da por Petrini passaria a ser hasteada por toda a Itália ea seguir a França, trincheiras estrategicamente cruciaissob o ponto de vista gastronômico. “O homem deverecuperar sua sabedoria e libertar-se da velocidade, quepode reduzi-lo a uma espécie em vias de extinção”, afir-mava à época Petrini de forma apocalíptica. “É inútilforçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste emaprender a dar o devido tempo às coisas. O Slow Food

O ato de curtir o alimento e confraternizar com outras pessoas, de sentir os aromas, o gosto e as sutilezas da comida tem um valor superlativo

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defende, e defenderá sempre, o direito ao prazer”, repete eleaté hoje sobre as bases e o objetivo supremo desse grupo deinspiração epicurista. Prestes a completar 20 anos em 2009,o movimento reúne atualmente mais de 80 mil membros.Além de sua sede ancorada na terra natal de Petrini, a cidadepiemontesa de Bra, conhecida por seus vinhos opulentos,queijos e tentadoras trufas brancas, há escritórios do SlowFood em várias partes da Itália, Alemanha, Suíça, EstadosUnidos, França, Japão e Reino Unido, além de apoiadoresem 130 países, incluindo o Brasil.

VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?Há um bom tempo, porém, o comportamento veloz àmesa e os desvios alimentares urbanos deixaram de ser osprincipais alvos do Slow Food. O movimento já publicoumanifestos que vão da condenação dos alimentos trans-gênicos à defesa do leite cru. Hoje, uma de suas principaisbandeiras é justamente a defesa das diferentes culturas ali-mentares, a preservação do patrimônio enogastronômicodos países, a proteção e a revalorização das cozinhasregionais e de suas receitas tradicionais. Mais: o movimen-to defende em todo o mundo a biodiversidade alimentar ebusca documentar produtos gastronômicos especiais, que

estão em risco de desaparecer. Para tanto, Petrini e seuspares criaram em 1996, a Arca do Gosto — um catálogomundial que identifica, localiza, descreve e divulga saboresquase esquecidos de produtos ameaçados de extinção, mascom potenciais produtivos e comerciais.

No Brasil, um dos alimentos classificados é o arroz ver-melho, cultivado na região de Pirenópolis, em Goiás, e acastanha-do-Baru, típica do Cerrado. Hoje, esse preciosocatálogo reúne mais de 750 produtos provenientes dedezenas de países, e constitui um importante instrumentopara recuperar raças autóctones e aprender a verdadeirariqueza de alimentos que o planeta Terra oferece. “O ali-mento da Arca deve ser a base da economia de uma comu-nidade. Além disso, deve ser bom no sentido de gostoso ebem feito; ‘limpo’, para expressar que é livre de substânciasquímicas; e, por último, justo em relação à forma como écomercializado”, explica Cênia.

Outra iniciativa do movimento, que complementa aArca do Gosto, são as Fortalezas de Produção. As for-talezas são projetos concretos de desenvolvimento da qua-lidade dos produtos nos seus territórios de origem.Envolvem diretamente os pequenos produtores, técnicos eentidades locais. “Para reconhecer e promover um produ-

Carlo Petrini: “O homem deve recuperar sua sabedoria e libertar-se da velocidade, que pode reduzi-lo a uma espécie em vias de extinção”

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to é necessário juntar os produtores remanescentes edivulgá-los, ajudá-los a comunicar e publicar a altaqualidade gastronômica de seus produtos, asseguran-do preços rentáveis”, esclarece Cênia. As fortalezasSlow Food podem trabalhar de modos diferentes, masos objetivos são os mesmos: promover os produtosartesanais; estabelecer padrões de produção com osprodutores para assegurar a qualidade do produto e,acima de tudo, garantir a viabilidade futura para osprodutos tradicionais. Só na Itália, são mais de 200Fortalezas. Daí para incluir toda a biodiversidade doplaneta, incluindo o Brasil onde há cerca de noveunidades, muito já se fez: do arroz bario da Malásia,à baunilha mananara de Madagascar, ao caféguatemalteco e o queijo oscypek polonês.

Ao priorizar o alimento bom, limpo e justo, pre-ceitos do movimento, a chef de cozinha naturalCláudia Mattos, do Espaço ZYM, de São Paulo,também se confessa uma entusiasta do Slow Food.Ela preparou especialmente para os leitores deConhecimento Vivo a receita de Nhoque de bananaverde ao pesto de clorofila do trigo e castanha doBaru. Em sua busca constante de proporcionar às

pessoas e a si mesma uma alimentação sempresaudável, a chef pesquisa constantemente os ingredi-entes e planeja cada detalhe do cardápio. “Além decultivá-los aqui, só utilizo vegetais orgânicos”. Paraexperimentar a comida feita e servida como um ver-dadeiro ritual gastronômico em sua charmosoespaço, na capital paulista, Cláudia sugere muitacalma e disponibilidade de tempo para quem vai serender ao seu estilo. “Faço tudo com muita calma,no fogão à lenha, criando novos pratos e resgatandoreceitas tradicionais.”

“Ser ‘slow’ é apreciar cada detalhe da vida como sefosse um grande pilar de sustentação. É comprar umalimento social e ecologicamente corretos e chamar osamigos para cozinhar com alegria”, reitera Cênia.Priorizar, portanto, o bem-estar próprio, de amigos efamiliares, e ficar atento à biodiversidade, são atitudesque podem mudar nossas vidas — e a do planeta.Afinal, arranjar tempo para saborear e curtir uma ali-mentação de qualidade com pessoas queridas é aforma mais simples de tornar o nosso cotidiano muitomais saudável e prazeroso. Enfim, uma refeição com-pleta: tanto para o corpo quanto para o espírito. A

Cênia Salles: “Ser ‘slow’ é apreciar cada detalhe da vida como se fosse um grande pilar de sustentação”

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motor | bentley grand touring

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OMulsanne foi inspirado na obra máxima do fundadorda companhia, Walter Owen Bentley: o 8 litros de1930. Essencialmente, o muito bem conservado 8litros –– que W.O. utilizou durante dois anos comoautomóvel da empresa –– compartilhou o pódio no

Pebble Beach Concours D'Elegance de Monterey, na Califórnia, com oMulsanne. Essa precoce obra mestra automobilística foi de fato o últimomodelo Bentley de grande envergadura desenhado e construído na suatotalidade por engenheiros da empresa… até o dia de hoje.

Quase 80 anos depois, o Mulsanne explode como uma exaltaçãointensamente moderna e respeitosa com seu nobre passado doautomóvel grand touring de luxo. Concebido e desenhado na sede cen-tral do Bentley em Crewe, na Inglaterra, o Mulsanne, dotado de umanova plataforma, começará a ser produzido no próximo ano. Durantea apresentação, do Bentley Mulsanne, Franz-Josef Paefgen, presidente ediretor executivo da Bentley Motors, disse: “Expomos a nossos engen-heiros o desafio de criar um novo grand touring que se convertesse noapogeu dos automóveis britânicos de luxo e fornecesse as maisinesquecíveis sensações ao volante. Eles colocaram todo seu empenhoem responder ao desafio, e o resultado é um carro de luxo que quebraesquemas quanto a conforto, desempenho sem esforço e refinamento,qualidades tornaram a marca Bentley mundialmente conhecida ”.

MULSANNEO novo grand touring da Bentley Motors

é resultado da soma do passado com o presentee passa a ser o símbolo da companhia

POR FRAN OLIVEIRA

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A equipe de designers da Bentley, com Dirk Van Braeckel à frente,criou um modelo símbolo que apresenta os clássicos elementos dedesenho esportivo tradicionalmente associados ao Bentley, mas refor-mulados de forma inequivocamente contemporânea. “Já desde osprimeiros esboços feitos a mão no estúdio de design, fomos inspiradospela tradição das limusines Bentley grand touring com a ideia de adap-tá-la aos gostos de uma nova geração de entusiastas da marca”. A voltada denominação Mulsanne a um automóvel que leva o emblema da “Balada” marca a estirpe da companhia no mundo das corridas automo-bilísticas, constatável, mais que em nenhum outro lugar, no famoso cir-cuito de Le Mans, cenário de nada menos que seis prêmios da Bentley.Poucos lugares oferecem uma conexão mais emotiva ou evidente coma marca Bentley que a famosa curva Mulsanne.

O 8 litros da Bentley exposto ao lado do Mulsanne na Califórnia foiapresentado pela primeira vez na feira automobilística realizada emLondres em 1930. Foi a segunda unidade a sair de fábrica, e serviu

“O motivo de eu ter comprado um Bentley foi devido a seu excepcional desempenho na estrada em todos os aspectos. Tais características não deixam nada a desejar”(Noel Van Raalte, primeiro cliente deW.O. Bentley, em outubro de 1921)

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como automóvel da empresa de W.O. Bentley durante dois anos. Capazde superar os 160 km/h (100 mi/h), o 8 litros têm manifestado a lida ea habilidade de W.O. Bentley para construir um automóvel de luxo forada abrangência de todos outros fabricantes de ponta do momento.Entre 1930 e 1931 foram fabricados um total de 100 unidades. “Oadmirável desempenho e a qualidade do 8 litros constituíam possivel-mente o melhor exemplo das qualidades de um grand touring ‘puro’.Cada detalhe mecânico levava a singular estampagem do W.O. Bentleye foi o maior expoente de um automóvel construído sem concessões”,comentou Ulrich Eichhorn, membro do conselho de administração.“O Mulsanne foi desenhado exatamente com os mesmos princípiosregentes, assim não devemos nos assombrar que esses dois modelosBentley de épocas tão diferentes compartilhem o mesmo cenário”.

O Bentley Mulsanne estará à venda a partir de meados de 2010.Será exibido também na próxima feira do automóvel IAA de Frankfurt,entre os dias 15 e 27/9. A

Acima, no sentidohorário: Bentley 8 litros:apresentado pelaprimeira vez na feiraautomobilística realizadaem Londres, em 1930;W.O. Bentley: habilidadepara construir um automóvel de luxo na década de 30; e BentleyMulsanne: a evolução

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arquitetura | zaha hadid ■ xtras

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Ela é uma arquiteta controversa, que, apesar de seus projetosvencedores e aclamação da crítica, por muitos anos não con-struiu quase nada. Há quem diga que seus projetos são ir-realizáveis. Contudo, ao longo da última década a sra. Hadidrealizou projetos como o Centro de Artes Contemporâneas

Rosenthal, em Cincinnati (que o New York Times chamou de “o mais impor-tante Edifício na América desde a Guerra Fria”), Phaeno Science Center,em Wolfsburg, na Alemanha, e o BMW Central Building, em Leipzig.Hoje, a sra. Hadid está estabelecida na elite da arquitetura mundial, suaaudácia e projetos futuristas a catapultaram para a fama internacional.

A carreira arquitetural de Zaha Hadid não foi tradicional ou fácil.Identificada com a corrente desconstrutiva da arquitetura, ela incor-porou o campo com ilustre credencial. Nascida Bagdá, em 1950, estu-dou na altamente conceituada Associação Arquitetural em Londres, foisócia do Escritório de Arquitetura Metropolitana, juntamente comRem Koolhaas, e ocupou postos de prestígio nas mais conceituadas uni-versidades do mundo, incluindo Harvard, Yale, dentre outras. Muitaadmirada pela nova geração de arquitetos, sua aparição em campo ésempre motivo de excitação e platéias acaloradas.

H A D I DZAHAuma arqu i te ta s ingu lar que es tá const ru indo o fu turo agora

A R Q U I T E T U R A

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Seu trajeto de grande reconhecimento é fruto de um esforço heróico,uma vez que, inexoravelmente, alcançou o ranking dos mais prestigiadosarquitetos. Clientes, jornalistas, amigos e profissionais ficam fascinadospor suas formas e estratégias dinâmicas para alcançar uma aproximaçãoverdadeiramente distintiva à arquitetura e aos seus ajustes. Cada projetonovo é mais audacioso do que o anterior e as fontes de sua originalidadeparecem infinitas. A sra. Hadid tornou-se cada vez mais reconhecida, amedida em que continuava a ganhar competição após competição, sem-pre esforçando-se para conseguir fazer com que suas obras, muito origi-nais, fossem construídas. Embora desencorajada, porém sem se deixardesanimar, ela usou as experiências da competição como um “labo-ratório”, continuando a afiar seu talento excepcional, criando uma “lin-guagem arquitetural” como nenhuma outra. Não causa espanto o fato deque um dos arquitetos cujo trabalho a sra. Hadid mais admire, seja outrovencedor do premio Pritzker, o autor de Brasília e outros trabalhosproeminentes, Oscar Niemeyer. Compartilham de uma certa audácia emseu trabalho e ambos não temem correr riscos, o que se torna inevitávelcom seus respectivos vocabulários de formas visionárias realçadas.

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Acima, hotel Puerta América, Madri, Espanha. Na página ao lado, Vitra Fire Station, Weil am Rhein, Alemanha

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A fase de “vencedora de competições” da carreira da sra. Hadidgradualmente começou a resultar em trabalhos construídos tais comoo Vitra Fire Station e o Lfone/Landesgertenchau, ambos em Weil amRhein, na Alemanha; e a Mind Zone, no Domo do Milênio, emLondres. O Vilnius Guggenheim Hermitage Museum será um museude arte na cidade de Vilnius, na Lituânia. Em 2008 um juri escolheu aarquiteta como vencedora do concurso internacional de design para omuseu, que está previsto para abrir em 2011. As incríveis dimensões doprodigioso trabalho artístico da sra. Hadid são visíveis não somente naarquitetura, mas em projetos para exibição, cenários, mobiliário, pin-turas e desenhos. A sra. Hadid foi a primeira mulher a ganhar o prêmioPritzker de arquitetura. A

No sentido horário:Nordpark Railway Stations, Innsbruck, Aústria;Mesa Table, Vitra AG,Alemanha; e London Aquatics Centre, Londres. Na página ao lado,BMW Central Building,Leipzig, Alemanha

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ARQUITETURA

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OASIS DO CONHECIMENTOA Livraria da Vila é contemporânea e, em seu arranjo de arqui-

tetura, faz uma interpretação muito interessante e consistente de

uma livraria. Quando reformaram um sobrado que foi construído

num terreno estreito em São Paulo, ficou claro para o arquiteto Isay

Weinfeld que seria necessário iniciar um plano para organizar me-

lhor os produtos em oferta, bem como a circulação de clientes. Com

o objetivo de criar um espaço arquitetonicamente convidativo, para

que os clientes, de forma pacífica e confortável, percorram as

prateleiras, foi realizado uma composição de espaços com rebai-

xamento do teto, em tons escuros, uma iluminação indireta e linhas

infinitas das prateleiras que, em desordem cuidadosa, cobrem todas

as paredes até o teto. Seja qual for o lado que o cliente olhar parece

que sempre há livros em toda parte –– uma arquitetura que trans-

mite a sensação despretensiosa de uma livraria-antiquário. Esse

tipo de mudanças bem efetuadas resultou num ambiente muito

agradável de paz, um clima que é reforçado pela aplicação de

portas-janelas pivotantes e espaços vazios que se unem de um

andar ao outro. Uma superfície de vidro quando fechada, que se

transforma numa área de vendas quando aberta. Esses elemen-

tos parecem convidar os clientes para o mundo dos livros.

Livraria da Vila: lugares de paz, onde os livros nunca perdem o seu significado

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naútica | david de rothschild

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Ofundador da Adventure Ecology econtador de histórias ecológicasDavid de Rothschild e uma equipeformada por cientistas, marinhei-ros e amantes de aventura irão na-

vegar de São Francisco até Sydney a bordo do cata-marã Plastiki, construído com garrafas de plástico eprodutos reciclados. O nome do barco foi inspiradona expedição The Kon-Tiki — realizada em 1947por Thor Heyerdahl. “Salvar o nosso planeta vai seruma das maiores e mais exigentes aventuras do sécu-lo”, comenta o ambientalista Rothschild.

A expedição Plastiki é uma viagem extraordinária,na qual David de Rothschild e sua tripulação de peri-tos atravessarão o Oceano Pacífico, passando por vá-rias regiões ecologicamente ameaçadas. No seu per-curso para o Havaí, Ilhas da Linha e a ilha de Tuvalu,a embarcação irá passar por The Great Eastern PacificGarbage Patch, a maior lixeira marinha do mundo.

Desenvolvido e fabricado em conjunto com insti-tuições líderes mundiais, engenheiros, designers, arqui-tetos marinhos e peritos em sustentabilidade, o cata-marã Plastiki, de 18 metros, exemplifica em todos osníveis as ideias e as tecnologias inovadoras e as soluçõesde design sustentáveis. “Para a Adventure Ecology, aexpedição Plastiki tem algo que a distingue de outrasexpedições de navegação, pois demonstra nitidamenteque tudo é possível se nos concentrarmos na sustenta-bilidade e definirmos novas ideias. A combinação deaventura, inovação e empreendedorismo, aliados aopensamento inteligente e uma concentração coerenteem soluções possíveis, irão, em última instância, desafiaras pessoas, as empresas e a indústria a vencer o pro-blema do lixo”, explica Rothschild.

A IWC Schaffhausen, parceiro oficial da expe-dição Plastiki, dedicou à missão desse catamarã ex-traordinário e inovador, o Ingenieur AutomáticoMission Earth Edição “Adventure Ecology”, um

NAVEGAR É PRECISONa sua jornada através do Oceano Pacífico, David de

Rothschild — com o apoio da IWC Schaffhausen — tem como missão chamar a atenção pública para regiões ambientalmente ameaçadas

POR RAPHAEL CINTRA

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relógio elegante e robusto. “David de Rothschild e asua organização merecem todo o respeito e apoiopelas suas ideias inspiradoras”, diz Georges Kern,CEO da IWC. “Estamos contentes por estar a bordoda sua emocionante expedição até aos ecossistemasmais frágeis do planeta e por ajudar a chamar aatenção do público para os efeitos do comportamen-to humano na natureza”, finaliza.

UMA ALIANÇA PELO AMBIENTE

A IWC Schaffhausen, para quem a proteção am-biental e a responsabilidade ecológica são parte inte-grante da sua política empresarial, defende por issoessa campanha de conscientização do Plastiki e a

procura de soluções inovadoras. “Todas as empresastêm uma responsabilidade econômica, social eecológica” diz Georges Kern. “Essa parceria é bas-tante importante para nós. Existe uma necessidadeessencial de soluções inteligentes na indústria paracombater as alterações climáticas. A IWC não se li-mita a tematizar a proteção climática, por isso —graças aos seus esforços para melhorar a declaraçãode eficiência ecológica — obteve a certificação comoempresa neutra em CO2. Esse compromisso contí-nuo deve ser louvado e a Adventure Ecology temorgulho em anunciar que a IWC Schaffhausen é umparceiro oficial a longo prazo para a expediçãoPlastiki”. comenta David de Rothschild.

O David ambientalista Rothschild:“Salvar o nosso planeta vai ser uma das maiores e mais exigentes aventuras do século”

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UM RELÓGIO COM UMA MISSÃO

Para reconhecer o mais recente desafio da AdventureEcology, a IWC irá lançar uma Edição limitada “Ad-venture Ecology” do seu Ingenieur AutomáticoMission Earth. O novo Ingenieur, fabricado em Schaf-fhausen com técnicas neutras em carbono, é um reló-gio que defende a sustentabilidade através do seudesign sólido e duradouro. Integrado numa nova caixarobusta de aço inoxidável, está um movimento auto-mático que obedece aos mais elevados critérios de qua-lidade, o movimento de calibre 80110, com um meca-nismo de corda Pellaton e um sistema integrado deamortecimento de choques. O movimento está tam-bém bem protegido contra fortes campos magnéticos

até 80 000 A /m, graças à caixa interior de ferro doce.O verso roscado, o vidro de safira com revestimentoanti-reflexo dos dois lados e a nova protecção de flan-cos para a coroa roscada fazem deste relógio um pilar,que mesmo no pulso de um aventureiro resiste a todasas influências externas e é estanque até 12 bar.

Com diâmetro de 46 milímetros, caixa côncava enovo sistema de bracelete ergonomicamente mais con-fortável, o relógio é um companheiro confiável mesmose exposto a condições agrestes. O mostrador azul e osíndices laranja são exclusivos da missão Plastiki, queestá mencionada gravura no verso com o logotipo da ex-pedição. Visite www.theplastiki.com para acompanharvirtualmente essa aventura ambiental. A

Ingenieur Automático Mission Earth, um relógio que defende a sustentabilidade através do seu design sólido e duradouro

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Os desfiles da temporada verão 2009 serão realizados no período de 27 de setembro e 5 de

outubro. Durante o evento, nomes tradicionais da moda mundial, como Chanel, Balenciaga,

Christian Dior e Givenchy, se unem aos de marcas da atualidade, como Alexander McQueen

e Viktor & Rolf. Entre as novidades desta edição está a presença de Gareth Pugh, queridinho

da semana de Londres, que fará sua estréia em Paris e o estilista indiano Manish Arora.

SEMANA DE MODA DE PARIS

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