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Revista ABD Interiores

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Com três décadas de uma mobília tão caprichada que transbordou para outras terras, a

brasileiríssima Artefacto continua a todo o vapor. Além do catálogo rechonchudo, rechea-

do com mais de 450 itens entre móveis e acessórios – todos tramados com consciência

ambiental, responsabilidade social, tecnologia de ponta e design de primeira –, a marca

investe também na valorização dos profissionais que fazem a decoração no Brasil. Em car-

taz em São Paulo, uma das mais cuidadosas edições da sua já tradicional mostra de design

contemporâneo deixa isso claro. O evento, pelo 15º ano consecutivo, aproveita a deixa para

apresentar a nova coleção, inspirada nos sentidos humanos e ambientada em clima de gale-

ria de arte por 29 profissionais, em espaços para todos os gostos.

A linha Experience, um dos carros-chefe, surpreende com tecidos emborrachados, em

padrões, texturas e acabamentos customizados, criados pelos designers Attilio Baschera e

Gregorio Kramer, especialmente para a ocasião. “Acredito que os olhares serão provocados,

através dos móveis com superfícies espelhadas, dos tecidos e das fibras sintéti-

cas com tom de bronze”, aponta o diretor de estilo da empresa, Wair de Paula.

Num espaço de 1,6 mil metros quadrados, a trupe de arquitetos e designers de

interiores foi convidada para a concepção de 22 cenários que esboçam um

panorama das tendências.

Só para citar alguns: Patrícia Anastassiadis desenhou um spa onde a tônica só

poderia ser o relax absoluto, visto nas cortinas e panos brancos e no material

neutro, devidamente escolhido para refletir a luz. A poltrona Ribbon, produzi-

da em feixes de bambus, fecha a composição. Marco Aurélio Viterbo usou

como inspiração as casas francesas do começo do século 20, com destaque

para a poltrona D’Azur, que apresenta detalhes dourados. A instalação do quar-

to de casal, que coube a Denise Barreto, leva tecidos

naturais e tons suaves para remeter ao conforto.

12ª Mostra de Arquitetura de Interiores, Decoração e Paisagismo daBaixada Santista - Também conhecida como Casa Natal 2006, é organizada

pela Associação dos Ex-Alunos do Colégio Stella Maris, com ajuda de profissio-

nais do setor. Nesta edição foram escolhidos como endereço do evento dois

casarões da época áurea do café na cidade. De 3 de outubro a 5 de novembro.

Ingresso a R$ 15. Rua Thiago Ferreira, 15 e 17, Santos, www.casanatal.org.br

Casa Cor 2006 - Outras cidades brasileiras terão suas versões de uma das mais

conhecidas mostras do mercado.

Casa Cor Ceará – Até 15 de outubro. R$ 15. Rua Dalva Rodrigues, s/n°,

Fortaleza. Tel. (85) 3261-3533.

Casa Cor Bahia – Até 22 de outubro. Ingresso por até R$ 20. Rua Doutor Estácio

Gonzaga, 98, Salvador. Tel. (71) 3345-4360.

Mostra 2006 Ambientes Corporativos - Na área criada pela Clássica Design

do Brasil, a exposição de abertura traz 14 espaços decorados para esse segmen-

to, com direito a cursos e lançamentos de produtos. A mostra ficará aberta

durante um ano. O show-room fica na Avenida Carlos Caldeira Filho, 1.631. Mais

informações: [email protected]

Morar Mais por Menos Rio 2006 - São 65 ambientes assinados por arquite-

tos, decoradores e designers de interiores que tomaram como proposta “o

chique que cabe no bolso”, com diferenciais de valores, de produtos e de idéias.

Até 8 de outubro. Entrada por até R$ 15. Estrada da Barra da Tijuca, 276. Tel. (21)

2512-2412, www.morarmaispormenos.com.br

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Uma das marcas de mobiliário mais bacanas do

País, a Artefacto completa 30 anos e reafirma o

seu papel de valorizar os talentos da decoração

Circuito das Mostras

Espaço Gyotoku, spa criado por Patricia Anastassiadis;

detalhe do jardim Bali Contemporâneo, de Gilberto Elkis,

e living de inspiração francesa de Marco Aurélio Viterbo

Arte de fatointeriores REVESTIMENTO

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NÓS DA ABD INTERIORES QUEREMOS DIVULGAR O QUE NOSSOS ASSOCIADOS ESTÃO LANÇANDO DE NOVIDADENO MERCADO. MANDE-NOS SUAS IDÉIAS PARA O E-MAIL [email protected].

À FRENTE DA MLIGHT, MARIA LUIZA JUNQUEIRAACENDE PROJETOS LUMINOTÉCNICOS ESPECIAIS

Há mais de uma década no mercado, a empresa MLight Iluminação, comandada por

Maria Luiza Junqueira da Cunha, ou simplesmente Malu, é responsável pela reno-

vação de conceitos luminotécnicos, valendo-se do emprego de tecnologia e design.

“Fui uma vanguardista no setor”, diz. A experiência como designer de interiores

garantiu a ela a concepção de projetos inovadores tanto para as áreas externas – já

que também acumula conhecimentos sobre paisagismo e jardinagem –, como para

as internas, onde a iluminação percorre do estilo mais natural ao artificial.

Qual a importância da iluminação na decoração?

A arquitetura e o design representam tudo aquilo que a natureza não conseguiu completar. É exata-

mente a luz que permite a flexibilidade para se acentuar espaços revelando os detalhes que fazem toda

a diferença. Essa imagem artificial tem um peso muito forte na nossa vida hoje.

Quais as dicas para aproveitar ao máximo a ilumi-

nação natural?

Geralmente, quando somos chamados para cuidar da ilumi-

nação, a obra já está quase pronta, surgindo daí grandes difi-

culdades em adaptar o que o arquiteto, o designer de interi-

ores ou o cliente querem e necessitam. Estou sempre pre-

gando que a luminotécnica deve vir antes da elétrica, mas

com a idéia do layout para dimensionarmos os pontos e con-

seqüentemente as vantagens. O aproveitamento da luz na-

tural está intimamente ligado à saúde, pois é ela que regula o

entendimento do relógio biológico do organismo, por isso o uso de painéis, tijolos de vidro, clarabóias e bay

windows auxiliares para o aproveitamento da luz natural.

Como criar ambientes a partir da iluminação artificial?

Provocando as sombras, pois na iluminação o sombrear é fundamental. O gesso veio para ficar e com isso

as luminárias de embutir foram adaptadas às lâmpadas novas do mercado. As soluções ficaram inteligentes

e hoje auxiliam o nosso trabalho de lighting designers, além de reforçar o contato

junto aos fabricantes e a possibilidade de desenvolvermos modelos em parceria.

O que não pode faltar num projeto luminotécnico?

Bom senso, equilíbrio e certa dose de ousadia, sensibilidade e boa vontade. Saber

ler as entrelinhas – já que é aí que estão as vontades do arquiteto, do designer e

do cliente, torna-se imprescindível. Para tanto, o melhor conselho ainda é a

paciência.

M. Light Iluminação & Projetos Ltda. Alameda Campinas, 960, conjunto 83.

Tel. (11) 3884-5440, www.mlight.srv.br

Efeito luz.A importância da luz

certa que incinde,

realça e disfarça deta-

lhes mais ou menos

importantes. Nesse

restaurante é interes-

sante notar que, ao

mesmo tempo em

que a luz integra, ela

cria diferentes cenas

para cada ambiente

interiores FIM DE PAPO

A IluminadaFO

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capa e 8 09.10.06 18:41 Page 2

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Otrocadilho com o título é só para lembrar que arte e de-

coração têm tudo a ver, sempre, em qualquer estilo: art

déco, art nouveau, os clássicos, os minimalistas, os mo-

dernos e os contemporâneos. Muito mais do que um

símbolo de status, uma obra bem escolhida pode dizer

muito sobre a personalidade do morador, além de trans-

formar o ambiente. A história é antiga: começa com as

civilizações rudimentares e seus rabiscos coloridos nas

grutas pré-históricas e desemboca em versões digitais

que fazem a cabeça dos descolados no século 21.

Quase sempre essas manifestações artísticas estiveram

associadas ao prazer da contemplação. Em contraste com

as esculturas greco-romanas, os renascentistas optaram

pela pintura em perspectiva como forma máxima de

representação. Foi quando as paredes deixaram de ser

apenas divisórias entre os cômodos para se tornar es-

paços decorativos.

Em meados do século 19, com a descoberta da fotogra-

fia, a pintura de cavalete perdeu seu trono. O modernis-

mo transgrediu conceitos, permitindo qualquer técnica,

seja dos retratos, colagens e gravuras até os óleos clás-

sicos. Pipocaram estilos cuja dinâmica rompia com a es-

tética, caso do Cubismo, do Dadaísmo e da Pop Art. As

paisagens impressionistas imaginadas por Van Gogh, a

abstração total de Kandinsky e o surrealismo do catalão

Salvador Dalí são exemplos do experimentalismo que

derrubou fronteiras ao inserir movimento e novas inter-

venções às obras. Nos anos 70, com a ode à massificação

alardeada por Andy Warhol, os quadros opulentos ga-

nharam reedições e perderam valor.

Dos rabiscos rupestres aos afrescos de

Michelangelo, passando pela pop art de

Warhol e pelas colagens das novas gerações,

o homem pintou e bordou com a arte

No alto, Ursa Maior, de Eika Versutti. Acima, Little Ones, de Gerben Mulder.

Ao lado, Óleo sobre MDF, de Luiz Zerbini. Todos Galeria Fortes Vilaça

interiores ARTE

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Sozinho ou acompanhado por um curador, garimpe o que existe de bom em

arte contemporânea: GALERIA BERENICE ARVANI, Rua Oscar Freire, 540,

SP. Tel. (11) 3082-1927 • GALERIA LUISA STRINA, Rua Oscar Freire, 502, SP.

Tel. (11) 3088-2471 • GALERIA ARTE APLICADA, Rua Haddock Lobo, 1.406,

SP. Tel. (11) 3064-4725 • GALERIA FORTES VILAÇA, Rua Fradique

Coutinho, 1.500, SP. Tel. (11) 3032-7066 • GALERIA ANITA SCHWARTZ, A-

venida das Américas, 7.777, RJ. Tel. (21) 2438-7527 • PAULO DARZÉ GALE-

RIA DE ARTE, Rua Dr. Chrysippo de Aguiar, 8, Salvador. Tel. (71) 3267-0930

na rota da arte

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artedécor

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Ojantar está na mesa. Na verdade, sobre a mesa ovalada com

tampo de mármore, desenhada por Eero Saarinen nos anos 50,

rodeada pelas célebres cadeiras Tulipas, também assinadas por

ele. Talheres de prata do século 19, muranos do 17, porcelana

legítima da Cia. das Índias e cristais Baccarat são iluminados por

um lustre de ferro e pingentes. Ao fundo, uma mesinha Regency,

do século 19, e um banco colonial brasileiro, de algum lugar do

passado. O ambiente

descrito, muito comum nas

produções de designers

antenados que valorizam as

jóias decorativas certificadas

pelo tempo, não faz parte de

uma época distante e cai

como uma luva no estilo

contemporâneo, onde o

clássico se foi renovando até

se traduzir apenas como atual.

O que para alguns pode soar como ultrapassado, para a maioria

a simples possibilidade de ser dono de um vaso de alguma dinas-

tia chinesa antiga, de um santo barroco do século 18 ou de uma

mobília autêntica da época de Luís XV é um prazer estético

quase inenarrável. Isso sem contar os objetos herdados, com ou

sem “pedigree”, cujo valor é calculado com base no sentimenta-

lismo. “Quando artefatos antigos são agregados à decoração de

um ambiente, há enriquecimento do projeto”, diz Roberto

Grecco, do antiquário Grecco & Monteiro.

A ampliação do segmento de antiguidades e lojas especializadas

na reedição de clássicos é a prova de que a procura é intensa.

Não apenas para ostentar uma obra de arte em casa, mas pelo

prazer cultural de tê-la. É a lógica que movimenta o mercado.

Por sinal, os profissionais que dão as cartas na decoração de inte-

riores nunca abandonaram a mescla do tradicional com o mo-

derno. A justificativa esconde-se nas entrelinhas, já que a casa

deve refletir a personalidade de quem mora nela. E para os

clientes, a graça está na mistura fina. “Se o mélange for bem

orquestrado, vale misturar obras de arte,

cômodas européias de 300 anos com peças

modernistas assinadas por Le

Corbusier e até algo dos

Irmãos Campana, do

ano 2001”, diz o hair

stylist Paulo Persil,

um moderno que

se declara fã incondi-

cional de antiguidades.

Garimpe no passado as prendas que continuam fazendo bonito hoje: FER-

NANDO MOTTA ANTIQUARIATO, Rua Padre João Manoel, 1.050, tel.

(11) 3064-7982.• GRECCO & MONTEIRO ANTIGUIDADES, Alameda Itu,

1.476, tel. (11) 3062-9443. • IVY ANTIQUÁRIO, Rua Itapirapuã, 35, tel.

(11) 3063-2092. • RENÉE E CATHERINE SASSON ANTIQUÁRIOS, Alame-

da Lorena, 1.174, casa 3, tel. (11) 3061-3351. • SALAMANDRA ARTES E AN-

TIGUIDADES, Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 765, tel. (11) 3083-3109.

Mapa da mina

interiores ANTIGUIDADES

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Lustre de bronze dourado

com porcelana, século 19,

Fernando Motta. Comoda

francesa com tampo de

mármore, século 19 e can-

delabro de prata portuguesa

Águia, Grecco & Monteiro

Antiguidades

Misturas quedãocertoA bossa não é lá tão nova e sempre há quem prefi-

ra a mesinha de pés-palitos, a cadeira provençal e o

móvel de 300 anos. Sem ofuscar o design do sécu-

lo 21, as antiguidades podem ser boas companhias

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