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COMISSÃO DE ESTUDO SOBRE DESENHO INDUSTRIAL
A PROTEÇÃO POR DESENHO INDUSTRIAL AO LONGO DOS 20 ANOS DA LPI
https://pt.dreamstime.com/photos-images/bolo-de-aniversrio-vinte-anos.html http://png-free.blogspot.com.br/2014/03/png-comemorativos.html
1.Comparação lei antiga / lei nova 2. Lei nova, tempos novos 3. Aspectos variados
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Comparação entre lei antiga e
lei nova
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 2° A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial se efetua mediante: a) concessão de privilégios: - de
invenção; - de modelo de utilidade; - de modelo industrial; e - de desenho industrial.
b) concessão de registros: - de marca de indústria e de comércio ou de serviço: ...
Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho industrial; ...
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 6° São privilegiáveis a invenção, o modelo de utilidade, o modelo e o desenho industrial considerados novos e suscetíveis de utilização industrial.
Art. 95 - Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
Art. 11. Para os efeitos deste Código, considera se: 1) modelo industrial toda a forma plástica que possa servir de tipo de fabricação de um produto industrial e ainda se caracterize por nova configuração ornamental; 2) desenho industrial toda disposição ou conjunto novo de linhas ou cores que, com fim industrial ou comercial, possa ser aplicado à ornamentação de um produto, por qualquer meio manual, mecânico ou químico, singelo ou combinado.
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 13. Não são privilegiáveis: a) o que não for privilegiável, como invenção, nos termos do disposto no art. 9.°;
Art. 100 - Não são registráveis como desenho industrial: l - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimentos dignos de respeito e veneração; II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais.
Art. 9.° Não são privilegiáveis: a) as invenções de finalidade contrária às leis, à moral, à saúde, à segurança pública, aos cultos religiosos e aos sentimentos dignos de respeito e veneração; b) as substâncias, matérias ou produtos obtidos por meios ou processos químicos, ...; c) as substâncias, matérias, misturas ou produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e medicamentos...; d) as misturas e ligas metálicas em geral, ... f) os usos ou empregos relacionados com descobertas, inclusive de variedades ou espécie de microrganismos, g) as técnicas operatórias ou cirúrgicas ou de terapêutica,... h) os sistemas e programações, os planos ou os esquemas de escrituração comercial, de cálculos, de financiamento, de crédito, de sorteios, de especulação ou de propaganda; i) as concepções puramente teóricas; j) as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie... quando resultantes de transformação do núcleo atômico.
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 12. Para os efeitos deste Código, considera-se ainda modelo ou desenho industrial aquele que, mesmo composto de elementos conhecidos, realize combinações originais, dando aos respectivos objetos aspecto geral com características próprias.
Art. 97 - O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores. Parágrafo único - O resultado visual original poderá ser decorrente da combinação de elementos conhecidos.
Art. 13. Não são privilegiáveis: a) o que não for privilegiável, como invenção, nos termos do disposto no art. 9.°; b) as obras de escultura, arquitetura, pintura, gravura, esmalte, bordados, fotografias e quaisquer outros modelos ou desenhos de caráter puramente artístico;
Art. 98 - Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico.
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 18. 0 pedido de privilégio ... § 1.° O pedido do exame deverá ser formulado pelo depositante ou qualquer interessado, até vinte e quatro meses contados da publicação a que se refere este artigo, ou da vigência desta lei, nos casos em andamento. § 2.° O pedido de privilégio será considerado definitivamente retirado se não for requerido o exame no prazo previsto. § 3.° Por ocasião do exame, serão formuladas as exigências julgadas necessárias, ...
Art. 106 - Depositado o pedido de registro de desenho industrial e observado o disposto nos arts. 100, 101 e 104, será automaticamente publicado e simultaneamente concedido o registro, expedindo-se o respectivo certificado.
Art. 111 - O titular do desenho industrial poderá requerer o exame do objeto do registro, a qualquer tempo da vigência, quanto aos aspectos de novidade e de originalidade.
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Lei 5772/71 Lei 9279/96
Art. 24. 0 privilégio de invenção vigorará pelo prazo de quinze anos, o de modelo de utilidade e o de modelo ou desenho industrial pelo prazo de dez anos, todos contados a partir da data do depósito, desde que observadas as prescrições legais.
Art. 108 - O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.
Parágrafo único. Extinto o privilégio, o objeto da patente cairá em domínio público.
A LPI NÃO MENCIONA O QUE ACONTECE QUANDO TERMINA A
VIGÊNCIA DI. Seria respeito a Direito Autoral eventualmente envolvido?
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Lei 5772/71
DA LICENÇA OBRIGATÓRIA PARA EXPLORAÇÃO DO PRIVILÉGIO Art. 33. Salvo motivo de força maior comprovado, o titular do privilégio que não houver iniciado a exploração da patente de modo efetivo no país, dentro dos três anos que se seguirem à sua expedição, ou que a tenha interrompido por tempo superior a um ano, ficará obrigado a conceder a terceiro que a requeira licença para exploração da mesma, nos termos e condições estabelecidas neste Código
Lei 9.279/96
Art. 104 - O pedido de registro de desenho industrial terá que se referir a um único objeto, permitida uma pluralidade de variações, desde que se destinem ao mesmo propósito e guardem entre si a mesma característica distintiva preponderante, limitado cada pedido ao máximo de 20 (vinte) variações.
Art. 110 - À pessoa que, de boa fé, antes da data do depósito ou da prioridade do pedido de registro explorava seu objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e
condição anteriores.
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Lei nova Tempos novos
http://www.turbosquid.com/3d-models/theatre-masks-3d-model/897654 11
COISAS BOAS
- A LPI trouxe enfoques modernos à proteção de DI, mais próximo da realidade do design – discussão de proteções cumulativas. - A tramitação perante o INPI se tornou mais adequada à dinâmica comercial do DI. - O tempo de proteção é excepcionalmente longo. - O valor para efetuar um depósito se tornou mais acessível - DEPÓSITO ONLINE !!!!!
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http://ipstats.wipo.int/ipstatv2/ipsBarchartval
NÚMERO DE DEPÓSITOS DE PEDIDOS DE DI NO BRASIL
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INDICADORES DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 2000-2012 http://www.inpi.gov.br/estatisticas/publicacoes-estatisticas
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INDICADORES DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 2000-2012 http://www.inpi.gov.br/estatisticas/publicacoes-estatisticas
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http://www.inpi.gov.br/estatisticas/publicacoes-estatisticas
BOLETIM_MAI2016_ESPECIAL.PDF
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INDICADORES DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 2000-2012 http://www.inpi.gov.br/estatisticas/publicacoes-estatisticas
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O DESIGN NO BRASIL O desconhecimento (desinteresse?) de usuários específicos
pela proteção via registro de DI ainda é muito grande • Entidades da área não se manifestam sobre proteção de DI:
ABEDESIGN – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE DESIGN ABD – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGNERS DE INTERIORES ABRE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMBALAGEM ADP – ASSOCIAÇÃO DE DESIGNERS DE PRODUTO CENTRO BRASIL DESIGN
• SEBRAE, SENAI, CNI – têm informação sobre DI, o que é, como registrar.
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INPI - extremamente burocrático
- poucos examinadores, inexperientes, inconsistentes
- DICIG sem valorização dentro do próprio INPI:
“A Diretoria de Contratos, Indicações Geográficas e Registros (DICIG) tem como objetivos principais: - A análise de requerimentos de averbação de contratos para exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de tecnologias, prestações de serviços de assistência técnica e científica e de franquias, de acordo com a legislação vigente; além da análise e concessão de licenças compulsórias; - A análise e deliberação sobre os registros de indicações geográficas, desenhos industriais, tecnologias especiais, programas de computador e circuitos integrados. Além disso, a DICIG participa de atividades articuladas entre o INPI e órgãos parceiros, empresas privadas e outras entidades, promovendo a divulgação e uma maior participação de brasileiros nos sistemas de proteção da propriedade intelectual.”
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INPI DICIG – Diretoria de Contratos, Indicações geográficas, Registros - Extremamente burocrático - poucos examinadores, inexperientes, inconsistentes - sem valorização dentro do próprio INPI: “A Diretoria de Contratos, Indicações Geográficas e Registros (DICIG) tem como objetivos principais: - A análise de requerimentos de averbação de contratos para exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de tecnologias, prestações de serviços de assistência técnica e científica e de franquias, de acordo com a legislação vigente; além da análise e concessão de licenças compulsórias; - A análise e deliberação sobre os registros de indicações geográficas, desenhos industriais, tecnologias especiais, programas de computador e circuitos integrados. Além disso, a DICIG participa de atividades articuladas entre o INPI e órgãos parceiros, empresas privadas e outras entidades, promovendo a divulgação e uma maior participação de brasileiros nos sistemas de proteção da propriedade intelectual.”
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(21) BR 30 2013 002352-4 (39)
(54) Configuração aplicada em elemento de maquinário para construção Prazo de validade: 10 (dez) anos contados a partir de 21/05/2013, mediante o recolhimento da taxa quinquenal de manutenção (Artigos 119 e 120 da LPI) e observadas as demais condições legais.
(21) BR 30 2013 002355-9 (36)
(54) Configuração aplicada em elemento de maquinário para construção Objeto se enquadra no artigo 100 da lei 9.279/96. Não é registrável como desenho industrial forma essencialmente determinada por questões técnicas ou funcionais.
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DI 6601715 CONFIGURAÇÃO APLICADA EM GRAMPO FERROVIÁRIO PARA
TALAS DE JUNÇÃO
Registro concedido
BR30 2012 003272 CONFIGURAÇÃO APLICADA EM
GRAMPO PARA TRILHO FERROVIÁRIO
Instauração de ofício do processo administrativo de nulidade:
Não é um desenho industrial art. 95
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Forma vs Função
A PENSAR
• Concessão sem exame – registros indevidos, dificuldades no judicial. • Não há definições legais/jurisprudenciais sobre:
- informed user (Europa) / ordinary observer (USA) - característica distintiva preponderante – 20 variações art. 104
• Brasil não ratificou: -Tratado de Haia (Sistema de Haia para o Registro Internacional de Desenhos Industriais) - Acordo de Locarno – Classificação Internacional para Desenhos e Modelos Industriais
• Judiciário – mais processos? melhor qualidade?
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TRF 2ª região - APELAÇÃO CÍVEL 2008.51.01.811535-1
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DI6402549 USD485906 USD330765
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Existem parâmetros para um teste? Até que ponto são efetivamente utilizados?
AVALIAÇÃO DE INFRAÇÃO
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O registro de desenho industrial é parte integrante do arsenal de títulos que dão sustentação à fashion law: - marcas - patentes - desenho industrial - concorrência desleal - direito autoral
FASHION LAW
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FASHION LAW Tiffany Oakley Gucci Rolex Louboutin
Hermès Montblanc Guerlain Versace Gaultier
Dior
CASO ANFAPE VS FIAT, FORD, VW – desenhos de peças de reposição
• Por um lado – representa a modernidade da discussão do design de peças automotivas. Por outro lado – discussão difícil, com tonalidades diversas dos dois lados.
• Relatório final da CPI estadual das autopeças – 03/01/2014 – posição da montadoras é criticável – sugestão de projeto de lei.
• Conclusão processo CADE = Processo Administrativo nº 08012.002673/2007-51 junho 2016 - Conclusão: “efeitos nefastos gerados pelo exercício abusivo dos desenhos
industriais em face dos FIAPs” ... “conclui-se pela existência de infração à ordem econômica,
perpetrada pelas empresas ...” ... “Adianta-se a recomendação de que, para além da eventual aplicação de multa cabível, seja, em particular, determinado às montadoras Representadas a não imposição dos desenhos industriais em questão em face dos fabricantes independentes de autopeças (FIAPs), nos termos dos artigos 37 e 38, inciso VII, da Lei n° 12.529/11, de forma a eliminar a conduta anticompetitiva identificada.”
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EXERCÍCIO TEACUPS – DI, MU OU AMBOS?
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EXERCÍCIO TEACUPS
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EXERCÍCIO TEACUPS
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