REVISTA ABRAPARK MARÇO ABRIL

1Março/Abril

Revista bimestral da Associação Brasileira de Estacionamentos

Abrapark em AçãoEntidade organiza missão brasileira para os EUA

TendênciaEstacionamento inteligente garante mais qualidade de vida

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2012

O MUNDO SOBRE DUAS RODASA tendência do uso de bicicletas para deslocamento urbano chega ao Brasil

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3Março/Abril

Publicação da Associação Brasileira de Estacionamentos - Av. Paulista, 2073 - Horsa I - 3º andar - Cj. 322 - CEP 01311-940 - São Paulo - SP - Fones: +55 11 2172.2120 / +55 51 3286.0011 - www.abrapark.com.br Presidente: André Luís Kaercher Piccoli / Vice-Presidente de Finanças: Marcelo Alvim Gait / Vice-Presidente de Comunicação: Helio Cerqueira Junior / Vice-Presidente de Assuntos Institucionais: Luiz Carlos Ihity Adati Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos: Sergio Morad / Conselho Consultivo: Nilton Stellin Bagattini, Cid Mesquita Garcia Filho, Roberto Naman, Domingos Marchetti Rios, Marcio Augusto Tabet, Paulo Guioto Frascino, João Alberto Ferrão. / Conselho Fiscal: Jorge Marcos Soares de Novaes, Germano Areal Lopes Mendes, Helcio Cerqueira. Diretor Regional Norte/Nordeste: Jorge Marcos Soares de Novaes Diretor Regional Santa Catarina: André Luiz Ostermann / Diretor de Estacionamentos Rotativos em Vias Públicas: Adélcio A. Antonini /Núcleo Administrativo-fi nanceiro: Gilmara Sant’Anna ([email protected]) / Núcleo de Mercado: Patricia Miller ([email protected]) / Comercialização: [email protected]

Produção e Execução: Virtus Jornalismo e Comunicação +55 51 3328.5243 - www.virtusjornalismo.com.br / Jornalista Responsável: Isabel Pacini Teixeira – MTB 7374/33/11 / Redação: Isabel Pacini Teixeira, Fernanda Doering e Aline Buaes / Projeto Gráfi co: Luíza Protas /Taíssa Bach/ Editoração: Taíssa Bach / Fotos: Divulgação e Gustavo Rampini-Bike Rio (capa) / Tradução: Traduzca

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Nosso negócio, mais do que estacionar carros, é a mobilidade urbana. Por isso, nesta quinta edição da revista Parking Brasil, destacamos, em nossa matéria de capa, a tendência crescente do uso de bicicletas como meio de transporte. Assim como os estacionamentos, elas são um componente fundamental no quebra-cabeças da mobilidade urbana dos grandes centros. Nossa reporta-gem propõe um “passeio” neste assun-to para conhecer a realidade no Brasil, o modelo de sucesso do Rio de Janeiro e soluções adotadas em países onde as bicicletas já fazem parte da cultura local e ajudam a solucionar problemas

André PiccoliPresidente da Abrapark

Anuncie na Revista Parking Brasil - [email protected] Fale com a Revista Parking Brasil - [email protected]

Leia a edição em inglês na íntegra no site www.abrapark.com.br

04Acontece Abrapark em Ação On StreetEventoCentral: O mundo sobre duas rodas Tendência ArtigoGaragens IncríveisVitrineAgenda

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de congestionamentos e falta de vagas para estacionar. Trazemos também uma interessante matéria com o pesquisador norte-americano Michael Kodransky, sobre as políticas inteligentes de es-tacionamento adotadas por países da Europa, que efetivamente trouxeram mais qualidade de vida para as pessoas. Acompanhe a matéria sobre a Intertra-ffi c 2012, um dos mais importantes even-tos mundiais do setor, que ocorreu em Amsterdã, em abril, quando a Diretoria da Abrapark fez importantes convites para especialistas europeus que serão palestrantes do 2° Congressos Brasileiro de Estacionamentos, promovido pela Abrapark em novembro de 2012, em São Paulo. Outra novidade desta edição é a sessão que trata dos estacionamentos rotativos em vias públicas, que passa a ser fi xa na revista. Entre as várias ações realizadas pela Abrapark nos últimos meses, a Parking Brasil destaca a orga-nização da viagem do grupo de brasilei-ros para a Conferência do International Parking Intitute (IPI), em Phoenix, nos Estados Unidos, em junho próximo. Ob-tivemos vantagens exclusivas e inéditas

para os participantes do Brasil, como a tradução simultânea de palestras para o português, diferencial que garante que mais brasileiros possam aproveitar todo o conhecimento dos conferencistas des-te grande evento. Esperamos que este seja o início de um novo momento para o Brasil, em que os operadores do nosso setor passem a incluir, em suas agendas, a participação em eventos internacio-nais sobre estacionamentos, transporte e mobilidade urbana. Sempre pensando em encurtar a distância entre o Brasil e os mercados internacionais, a Abrapark também estará presente na feira da IPI com um estande, através do qual a en-tidade fará um importante trabalho de divulgação do nosso mercado para for-necedores e empresários internacionais. Precisamos abrir, sempre, novas oportu-nidade de negócios para todos, promo-vendo mais crescimento para o setor.

Boa leitura!

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4 Parking BRASIL4 Parking BRASIL

Acontece

NYC: Can I Park Here?Um novo aplicativo para iPho-ne permite ao usuário decifrar as confusas placas de estacio-namento nas ruas da cidade de Nova York. Batendo uma simples foto da placa o programa Can I Park Here é capaz de afi rmar se é proibido ou é permitido estacio-nar. Um relógio também informa quanto tempo o usuário poderá fi car estacionado e quanto deve-rá pagar. Além de avisar 15 minu-tos antes da expiração do tempo permitido, o aplicativo também armazena o local onde o carro está estacionado, para o caso do usuário se perder, e exibe um mapa com a exata localização. O programa, em três meses de existência, já fez o maior sucesso entre os residentes e turistas que visitam a metrópole. Isso porque uma garagem em Manhattan pode custar uma média de US$ 40, enquanto um tíquete de es-tacionamento nas ruas pode sair até mais de US$100, dependendo da hora e do local. O programa, desenvolvido pela LCC, custa US$ 1,99 e utiliza dados fornecidos pela prefeitura de Nova York.

Recife lança edital para construção de 15 edifícios-garagemA prefeitura do Recife lançou, dia 21 de março, edital de chamada pública para empresas inte-ressadas em construir edifícios-garagem na cidade. A expectativa é que a cidade ganhe 10 mil novas vagas de estacionamento nos próximos três anos. Os edifícios-garagem serão construí-dos ou adaptados em 25 áreas consideradas prioritárias, defi nidas no Plano de Mobilidade Ur-bana do Recife. O prazo para início das obras é dentro de um ano. O edital determina algumas exigências para as empresas, como localização em centralidades do Recife, oferta de transpor-tes próximo aos edifícios (terminal de ônibus, ponto de táxi, estação fl uvial, bicicletário etc.) e oferta de serviços no imóvel, além do custo da tarifa. As empresas que construírem os prédios poderão explorá-los comercialmente por um período de 20 a 30 anos.

Curitiba ganha painéis eletrônicos com informações do trânsitoEm março, três painéis eletrônicos informativos sobre o trânsito foram instalados no Anel Viário de Curitiba, conjunto de ruas que compõe um binário para desafogar o tráfego do centro da capital paranaense. Até junho, o governo municipal pretende instalar, em toda a cidade, 14 painéis com informações em tempo real sobre acidentes, congestionamen-tos e orientações aos motoristas. Os equipamentos fazem parte do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), uma das obras de infra-estrutura previstas para a Copa de 2014. Os painéis de LED medem 4 metros de largura por 1,20 metro de altura e se somam às 21 câmeras de monitoramento instaladas ao longo dos 25 km das ruas que formam o Anel Viário. O trajeto também deve ter 190 semáforos adaptativos, que modifi cam au-tomaticamente os tempos (verde, verme-lho e amarelo) de acordo com o fl uxo de veículos no cruzamento.

Peugeot lança bicicleta conceito para uso urbano

O lançamento da fabricante francesa Peugeot, no setor de bicicletas, é um modelo conceitual que pre-tende oferecer uma solução de mobilidade urbana. A DL 122, que ainda não tem previsão de chegar ao mercado, traz como principal novidade um compar-timento portátil, em couro, situado entre os joelhos

do usuário, com espaço para levar documentos que podem ser até mesmo notebooks e outros dispositivos eletrônicos portáteis. Este compartimento possui um sistema de proteção que trava os objetos, garantindo segurança aos ciclistas. Além disso, o design é projetado para que o peso dos objetos transportados no compartimento não infl uencie no equilíbrio do usuário. A bicicleta, para uso urbano, é feita em alumínio e madeira, com rodas de 20 polegadas e sistema de transmissão de oito marchas.

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5Março/Abril


6 Parking BRASIL

Bolsas italianas feitas com pedaços de carro

A marca italiana de acessórios sustentáveis Carmina Campus desenvolveu uma edição limitada de bolsas com partes de carros, como telas de tetos conversíveis e estofados. O material utilizado para confecção das peças é proveniente da produção dos automóveis Mini Roadster, da BMW, recém lançados no mercado. Além das telas e estofados, também foram usados pedaços de cintos de segurança e partes da carroceria metálica. Todos os materiais consistiam em retalhos e pedaços que não seriam utilizados pela fábrica e seriam descartados. A coleção foi apresentada durante a última edição da Semana de Moda de Milão e inclui diversos modelos de bolsas, entre femininas e masculinas. Os preços dos produtos variam entre 350 e 700 euros. Carmina Campus é um projeto da designer Ilaria Venturini Fendi, que desde 2006 desenvolve coleções de acessórios de moda feitos de materiais reciclados.

Acontece

Vaga de garagem em São Paulo custa até 30% do valor do imóvel

Um estudo divulgado em março pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) revelou que as vagas destinadas aos carros correspondem a até 30% do valor to-tal de um imóvel na capital paulista. Com base em dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embra-esp), o administrador de empresas Hamilton França Leite Jr., responsável pela pesquisa, concluiu que o número de edifícios sem garagem em São Paulo ainda é muito peque-no, representando menos de 4% do total de prédios cons-truídos em 2010, por exemplo. Por este motivo, o custo vem sendo alto para quem adquire um apartamento com garagem. “Vamos supor que um apartamento de 100 m² custe R$ 700 mil. O comprador está pagando a área priva-tiva, as áreas comuns e mais 50 metros, em média, para o automóvel. Cerca de um terço da área total comprada é estacionamento”, afi rma Leite Jr. “Quando tivermos um sistema de transporte público de qualidade e uma confi gu-ração da cidade em que não precisemos do carro, teremos só benefícios, poderemos nos livrar desse custo adicional”, acrescenta.

EUA tem mais de 800 milhões de vagas de estacionamento

“Rethinking a Lot: The Design and Culture of Parking” é um estudo publicado pelo professor Eran Ben--Joseph, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), detalhando a centralidade dos estacionamen-tos nas vidas das pessoas. O trabalho questiona as formas mais comuns de estacionamentos e sugere maneiras de melhorá-los. Um dos temas que Ben-Joseph enfatiza é como os estacionamentos estão oni-presentes nos Estados Unidos, ocupando mais de 1/3 da superfície em algumas grandes cidades. Não há números atualizados sobre a quantidade de estacionamentos nos EUA, mas o pesquisador aponta que, para um país que possui 255 milhões de carros pessoais registrados, considerando que para cada carro há três vagas não-residenciais de estacionamento, é provável que o número total de vagas chegue a 800

milhões, ou o equivalente à área total da ilha de Porto Rico. Essa situação gera diversos problemas para os ambientes urbanos, como a absorção de energia solar, que eleva a temperatura média, e a falta de regiões impermeabilizadas para o escoamento da água. O autor recomenda uma série de soluções simples e sustentáveis para melhorar os estacionamentos, como plantar árvores, usar grama ao invés de asfalto e adotar tecnologias sustentáveis, como alguns estacionamentos nos EUA que ofere-cem carregadores de bateria para carros elétricos ou possuem painéis solares instalados nos seus telhados e gerando energia.

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Aeroporto de Congonhas terá garagem mecanizada

O estacionamento externo do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, abrirá ao público, nos próximos meses, uma das primeiras garagens mecanizadas do Brasil. A instalação do sis-tema de elevação deslizante Lift-Slide é o primeiro passo de uma parceria entre as empresas Equile Parking e Park Plus. Esta última é líder na América do Norte no fornecimento de sistemas de estacionamentos e garagens mecânicas e auto-matizadas. A instalação do equipamento já foi concluída e aguarda fi nalização do processo interno administrativo do Ae-roporto de Congonhas para ser liberada ao público em geral.


7Março/Abril

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8 Parking BRASIL

Abrapark em Ação

Participe da missão empresarial para os Estados Unidos que a Abrapark está organizando para levar operadores brasileiros de estacionamentos, fornecedores e parceiros para a International Parking Institute Conference & Expo, em Phoenix, Arizona, entre 10 e 13 de junho de 2012. Os participantes terão a oportunidade de conhecer o que há de mais atual no mercado de estacionamentos, na feira que reunirá mais de 220 expositores, além de adquirir conhecimentos com os maiores especialistas internacionais do mercado. Graças a uma parceria da entidade brasileira com a norte-americana, os brasilei-ros têm desconto de US$ 100 na inscrição. O pacote da Abrapark inclui passagens e hospedagem.

Palestras com tradução para o portuguêsA Abrapark negociou com a IPI a tradução simul-tânea para o português de algumas das inúmeras palestras do programa técnico do evento, que fo-ram escolhidas pela Diretoria da Abrapark entre as várias opções. A Abrapark selecionou as mais interessantes para os brasileiros, possibilitando, assim, o acesso de pessoas que não dominam a língua inglesa a este importante evento internacional do setor.

Abrapark terá estande na feira dos EUAA Abrapark estará participando da International Parking Institute Conference & Expo com um estande que será a vitrine do Brasil no evento, ilustrando, para empresários do mundo inteiro, as capaci-dades e perspectivas futuras do setor de estacionamentos no Bra-sil! É a primeira vez que a entidade participa como expositora em uma feira internacional e, sem dúvida, em um momento em que o mercado internacional tem seu interesse voltado ao Brasil, pelo bom desempenho da economia, será uma excelente oportunidade para alavancar negócios para o setor.

Congresso do International Parking Institute: Abrapark rumo à Phoenix

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9Março/Abril

Diretoria da Abrapark na Intertraffi c 2012

Alguns diretores da Abrapark estiveram participando, pelas em-presas nas quais atuam, da Intertraffi c 2012, em Amsterdã, Holan-da, entre 27 e 30 de março. A principal vitrine europeia do setor de estacionamentos gerou, para a Abrapark, importantes contatos com possíveis anunciantes, articulistas e entrevistados internacio-nais, para a revista Parking Brasil, além de palestrantes para o 2° Congresso Brasileiro de Estacionamentos, que a entidade está or-ganizando e que ocorre em novembro, em São Paulo.

Abrapark obtém atualização das tarifas de estacionamento nas agências Itaú-Unibanco

Entrou em vigor, no dia 1° de abril, a autorização para a atualização de tarifas pelas empresas admi-nistradoras de estacionamentos em agências bancárias da Rede Itaú Unibanco. Há muitos anos reivindicado pelas empresas de estacionamentos, a atualização de tarifas foi obtida graças ao empenho da Abrapark, através do seu vice-presidente de Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Adati, diretor da Estacenter Estacionamentos. De acordo com Adati, a medida benefi cia cerca de 80 empresas que administram os es-tacionamentos da rede bancária em todo o Brasil. A tarifa pelo período de 1 hora aumentou de R$ 1,00 para R$ 1,50 para clientes do banco. As demais normas de utilização dos estacionamentos permaneceram inalteradas.

Preparativos para o 2° Congresso Brasileiro de Estacionamentos

Depois do sucesso do 1° Congresso Brasileiro de Esta-cionamentos, a equipe da Abrapark já iniciou os prepa-rativos para a segunda edição do evento, que ocorre nos dias 21 e 22 de novembro de 2012, na Expo Center Norte, em São Paulo. Especialistas de diferentes países da Europa já con-fi rmaram participação como palestrantes e deverão garantir novamente o altíssimo nível técnico das con-ferências, assim como ocorreu na primeira edição do congresso, em 2011, quando estiveram presentes pa-lestrantes provenientes, principalmente, dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, além de especialistas bra-sileiros, é claro. Reserve a data em sua agenda!

Congresso 2º Estacionamentos

São Paulo - Brasil - 2012

Abrapark na mídia

A Abrapark tem marcado presença na mídia brasilei-ra, podendo expor as posições do setor e trabalhando para reverter a imagem geralmente negativa que a opinião plública tem dos estacionamentos. No dia 11 de abril, o presidente da Abrapark André Piccoli deu entrevista sobre a situação dos estacionamentos em Porto Alegre, no programa Tudo Mais, da TVCOM. Além do representante da Abrapark, também partici-pou do programa o professor de Transportes da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), João Fortini Albani. Confi ra no link: http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=247390&channel=131

Abrapark realizará pesquisa em conjunto com Universidade de Roterdã

A Abrapark fechou parceria com a Universidade Erasmus, de Roterdã, e irá realizar no Brasil a mesma pesquisa já aplicada em países como Holanda, França e Itália. O trabalho será direcionado para profi ssionais do setor de estacionamentos, desde dirigentes públicos até consultores, operadores, membros de câmeras de comércio, entre outros, e tem o objetivo de estudar como os operadores do setor percebem a questão dos estacionamento nas cidades. Os membros da Abrapark serão em breve convidados a participar desta pesquisa. O projeto é coordenado pelo professor Giuliano Mingardo, especialista em gestão de estacionamento e mobilidade urbana e entrevistado na última edição da revista Parking Brasil.

Luiz Carlos Adati

Helio Cerqueira Jr., Rogério Apovian, André Piccoli, Adélcio Antonini, Gilberto Silva e Nilton Bagattini


10 Parking BRASIL

On Street

Estacionamento Rotativo regulamentado em vias públicas

Por Adélcio A. Antonini

Observa-se no Brasil, um crescimento signifi cativo do número de veículos automotores, demonstrando uma tendência de aumento rápido para os próximos anos, trazendo consequências negativas para a fl uidez do trânsito, bem como para o estacionamento, particularmente nos centros das cidades. O controle de estacionamento de veículos automotores em vias públicos foi criado objetivando permitir que várias pessoas possam ocupar a mesma vaga ao longo do dia, democratizando o uso do espaço público em áreas onde o espaço é escasso. Este fato exige que o Poder Público adote providências que venham proporcionar soluções efi cazes, objetivando conforto e segurança para os usuários das áreas públicas de estacionamento e, por consequência, para as empresas localizadas nas regiões, especialmente aquelas das ativida-des de comércio, prestadores de serviços e escritórios em geral. A disposição atual das vagas, calçadas e mobiliário urbano confi gura-se como barreira ao longo dos eixos de maior circulação e concentração de pedestres, expondo--os a permanentes confl itos, principalmente com os automóveis.O estacionamento regulamentado rotativo pago em vias e logradouros públi-cos é um poderoso instrumento de gestão de trânsito, enquanto ordenador do uso do solo viário urbano. Esta é a melhor opção de que dispõem as cida-des que desejam efetivamente resolver o problema da carência de vagas de estacionamento em regiões comerciais e de serviços. Esta opção é largamen-te utilizada em todo o mundo e de diversas maneiras.No Brasil, a cidade de São Paulo foi a primeira a implantar o sistema, há mais de trinta anos, quando foi criada a chamada “Zona Azul”, operacionalizada, até os dias de hoje, por sistema manual de distribuição, arrecadação e contro-le. A experiência observada na maioria das cidades brasileiras que operam o sistema conhecido como “Zona Azul” ou “Área Azul” é a inexistência e pre-cariedade de controle da venda e utilização de cartelas para uso das vagas existentes, provocando perda de receita para o órgão público, bem como insatisfação do usuário que, muitas vezes, paga um valor mais elevado que o estabelecido pelo Poder Público por um serviço insatisfatório, por força da atuação de terceiros (atravessadores) que fazem disto um negócio, atuando na informalidade.Diante destes problemas, distribuição defi citária, falta de controle e fi scali-zação específi ca, adulterações das cartelas, diversos municípios brasileiros buscaram soluções para modernizar os sistemas de controle para o estacio-namento rotativo.Em vários países da Europa e América do Norte, esta atividade encontra-se modernizada através da utilização de sistemas e equipamentos eletrônicos informatizados de arrecadação e controle. A título de exemplo, países como os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra utilizavam, em larga escala, os “Par-químetros” individualizados por vaga, enquanto na França, Espanha e Suíça eram utilizados em maior quantidade os “parquímetros Eletrônicos do Tipo Multi-Vagas”, que proporcionam a execução eletrônica da distribuição, arre-cadação e controle, resultando, assim, em um serviço de elevado nível para os usuários.Vários fatores são de grande importância para o seu funcionamento:

• Garantir ao usuário facilidade na aqui-sição do comprovante de estaciona-mento, tanto na localização dos equipa-mentos quanto na sua utilização, com transações simplifi cadas, possibilitando independência, além de reordenar e ampliar a ofer-ta de vagas para o estacionamento de veículos.

• Permitir ao usuário escolher por quanto tem-po pretende estacionar, dentro dos limites esta-belecidos, e pagar proporcionalmente à fração de tempo escolhida, entre a tarifa mínima e má-xima, tanto com moedas em circulação como também através de cartões eletrônicos, conhe-cidos como portas-moeda eletrônico.

• Garantir aos usuários transparência da transação e para todos da população, fornecendo compro-vante escrito de tempo de estacionamento que pagou, facilitando a fi scalização no momento da verifi cação do veículo estacionado.

• Garantir ao Poder Público o perfeito controle so-bre a arrecadação, além de proporcionar fl exibili-dade nas programações dos equipamentos, o que permite um melhor planejamento da operação dos serviços, trazendo resultados positivos para o estacionamento e para o tráfego em geral.

• Minimização na utilização do espaço público, através da distribuição planejada dos equipamen-tos, buscando a otimização na quantidade de equi-pamentos, tendo em vista a largura dos passeios públicos, não criando mais obstáculos ao tráfego de pedestres.

É indiscutível a necessidade cada vez maior dos municípios brasileiros de implementarem políticas de mobilidade urbana, e o controle das áreas de estacionamento de veículos deve ser considerado como uma importante medida visando melhoras das condições de mobilidade e acessibilidade às regiões centrais dos municípios.

Diretor de Estacionamentos Rotativos em Vias Públicas da Abrapark, presidente da Associação

Brasileira das Administradoras de Estacionamentos Rotativos Públicos (ABRAERP) e diretor Nacional

do Sistema de Estacionamentos Rotativos em Vias Públicas do Grupo Estapar Estacionamentos


11Março/Abril 11Março/Abrilo Abo Ao/A 1o AoM AM

21-23 NOVEMBERO

2012 PAVILHÃO AZUL, EXPO CENTER NORTESÃO PAULOExpo Parking reúne os operadores e fornecedores de soluções de estacionamento, para atender às necessidades de infraestrutura nas cidades brasileiras e as crescentes exigências do setor nos edifícios públicos e privados.

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Programa da feira Perfil dos Visitantes

Paralelo ao

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Em paralelo ao 2° Congresso Brasileiro de Estacionamento

Em parceria com


12 Parking BRASIL

Evento

Mobilidade urbana em destaque na Intertraffi c

A Intertraffi c é um dos mais importan-tes encontros mundiais do setor de tecnologia de tráfego e mobilidade, reunindo as principais indústrias de infraestrutura, gestão e segurança de trânsito e estacionamentos. A última edição ocorreu entre os dias 27 e 30 de março, em Amsterdã, na Holan-da, e reuniu mais de 800 expositores, provenientes de mais de 50 países. De acordo com Joyce de Winter, ge-rente de projetos da Amsterdam RAI, organizadora da feira, a 27ª edição do evento foi a maior de todos os tem-pos, com 25.947 visitantes registra-dos, provenientes de 123 países, num crescimento de 4% em relação à edição anterior. Além do impressionante nú-mero de visitantes e expositores, ela destaca a superfície ocupada pela fei-ra: 56,400m². O encontro, que ocorre a cada dois anos, também promove se-minários e workshops, e serve de base para as edições secundárias da Inter-traffi c, que acontecem em Beijing, na China (15 a 17/5/2012); em Istambul, na Turquia (29 a 31/5/2013) e na Índia (ain-da sem data confi rmada).

Mobilidade InteligenteUma das principais atrações da feira foi o Smart Mobility Knowledge Centre, novo pavilhão que reuniu inovações, novos conceitos e conhecimentos para melhorar o trânsito e a acessibilidade, além da segurança do tráfego, tudo no campo das soluções de mobilidade sus-tentáveis. Houve também seminários e encontros com representantes de ins-tituições como a Universidade de Tec-nologia de Eindhoven, a administração do Metrô de Amsterdã, o governo da região de Piemonte, na Itália, e a Agên-cia de Rodovias da Grã-Bretanha, que discutiram temas como a rápida transi-ção para uma mobilidade sustentável e inteligente (centrada no usuário ao in-vés dos veículos), resultados de pesqui-sas nas áreas de veículos e sistemas de transporte inteligentes e as mudanças provocadas pela tecnologia no setor de transportes.

PremiaçõesO sistema ScanScooter, que fi scaliza, em tempo real, placas de carros estaciona-

dos através de uma scooter equipada com câmeras, foi premiado na categoria Estacionamento, do Prêmio Intertraffi c - Inovação 2012, considerado um dos principais reconhecimentos do setor de trânsito mundial e concedido às princi-pais novidades apresentadas durante a feira. Os vencedores do prêmio são di-vididos em cinco categorias: Gestão de Tráfego, Estacionamento, Segurança, Mobilidade Inteligente e Infraestrutura.Na área de mobilidade inteligente, a empresa DTV Consultants foi premiada pelo seu jogo From5to4, que consiste em uma competição online entre pes-soas de uma mesma empresa ou de um departamento, que ganham pontos trocando um dia de trabalho por experi-ências alternativas de transporte, como usar uma bicicleta, dividir o carro, traba-lhar de casa, entre outras ideias propos-tas pelos participantes. Na opinião do júri, este game reúne o desenvolvimen-to tecnológico dos games e das redes sociais com o processo de decisão sobre a mobilidade, encorajando as pessoas a mudarem seus comportamentos de deslocamento.


13Março/Abril

TECNOLOGIA

PALESTRAS

NETWORKING

FEIRA

TOURS

TECNOL

PALEST

NETWO

FEIRA

TOUR

PARTICIPE DA 2012 IPI

CONFERENCE & EXPO,

NOS ESTADOS UNIDOS,

JUNTO COM SEUS COLEGAS

DA ABRAPARK

A

A Abrapark, com apoio da IPI, está organizando, pela primeira vez, uma missão brasileira para participar da

maior feira mundial do setor de estacionamentos

Tradução simultânea para o português*Tr

PHOENIX (EUA) - 10 A 13 DE JUNHO

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* Tradução em algumas palestras da programação

Este ano, a Abrapark estará presente na feira também com um ESTANDE próprio, divulgando o Brasil e recebendo os

participantes da missão!


14 Parking BRASIL

Central

A tendência mundial das bicicletas chega ao Brasil

Se o uso das bicicletas como meio de transporte nos grandes centros urbanos já vinha crescendo no Brasil, com a nova Lei de Mobilidade Urbana, de 13 de abril de 2012, a previsão

é da consolidação dessa tendência. Priorizando os meios de transporte não motorizados, a lei prevê, entre outras medidas, dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas ao

transporte público coletivo e a modos de transporte não motorizados. Com a bicicleta ganhando espaço e a integração entre os diversos modais de transporte, a Lei 12.587/2012 é

um importante passo para melhorar a acessibilidade e a mobilidade urbana brasileira

O mundo sobre duas rodas


15Março/Abril

A tendência mundial de adotar as bicicletas para os deslocamentos urbanos diários, já consolidada em países europeus e na China, fi nalmente chegou ao Brasil. Nos pequenos centros urbanos brasileiros, com menos de 50 mil habitantes, a bicicleta já é o meio de transporte mais popular, mas as difi culda-des de se utilizá-la nos centros maiores são muitas. Cientes disso, e diante do número crescente de ciclistas pelas ruas, muitas pre-feituras iniciaram a construir a infraestrutura necessária (ciclovias, ciclofaixas e locais de estacionamento específi cos para as bicis), antes mesmo da entrada em vigor da nova Lei de Mobilidade Urbana, de 13 de abril de 2012. Com a lei, isso passa a ser obrigatório e, portanto, mais e mais brasileiros poderão usar este meio de transporte limpo, eco-nômico e rápido, desafogando o trânsito e melhorando a mobilidade urbana. Com essa legislação específi ca para incentivar o uso do transporte público e de veículos não motori-zados, o Governo Federal visa a melhoria da acessibilidade e da mobilidade das pessoas, integrando os diferentes modos de trans-porte nos municípios, priorizando meios de transporte não motorizados e o serviço público coletivo. São previstas penalidades para as prefeituras que não adotarem as me-didas previstas. A nova lei também determina o uso dos re-cursos obtidos com tarifas por utilização da infraestrutura viária, como as multas, na me-lhoria dos transportes coletivos e não moto-rizados. No entanto, segundo informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova lei não é sufi ciente para garan-tir a sustentabilidade das cidades; é preciso também o engajamento da sociedade para “fazer a lei pegar”, além da capacitação dos agentes municipais, que terão que adequar e implementar as diretrizes e instrumentos da lei à realidade de suas cidades.

Integração entre transportesA integração é a chave do sucesso da nova lei, segundo Daniela Facchini, diretora da ONG Em-barq Brasil, organização internacional cuja mis-são é trabalhar em conjunto com as autoridades para ajudar a implementar soluções de transpor-te ambientalmente e economicamente susten-táveis, melhorando a qualidade de vida nas cida-des. A especialista em transportes sustentáveis afi rma que a infraestrutura ideal para a utiliza-ção de bikes é aquela que permite acessar qual-quer ponto da cidade de maneira ágil e racional.

“Linhas troncais de transporte coletivo massivo sendo alimen-tadas por linhas locais e rede de ciclovias é a visão ideal para movimentar uma cidade de forma racional”, afi rma.

Planejando vias para ciclistasA integração também é defendida pela pesquisadora Suely da Penha Sanches, diretora do Núcleo de Estu-dos sobre Mobilidade Sustentável (Nems) da Univer-sidade Federal de São Carlos (Ufscar). “O ideal é que a bicicleta seja usada integrada com outros meios, mas para isso é preciso infraestrutura para os cicilistas”, explica, citando, além das ciclovias necessárias em vias com grande fl uxo e alta velocidade de tráfego, as ciclofaixas (faixas pintadas no chão) para as vias de tráfego médio, e as rotas cicláveis, em vias de trânsito local. “Rotas cicláveis não são aconselhadas em vias com tráfego de alta velocidade”, alerta. Neste caso, segundo Suely, as ruas são compartilhadas por veícu-los automotores e bicicletas e possuem apenas sina-lizações para chamar a atenção dos motoristas sobre a presença de bicicletas. Para a especialista da Ufscar, é preciso planejar as vias para ciclistas do mesmo modo que se planejam vias para automóveis. “Reco-mendações internacionais relacionam a velocidade dos veículos com o tipo de via a ser construído para os ciclistas”, afi rma, salientando também a necessi-

Bicicletas públicas na Europa

Em Paris, basta andar alguns metros para encon-trar uma estação de bicicletas públicas, as Velib`.

Ao todo são cerca de 20 mil bikes alugadas. É pegar uma numa estação e largar em outra.

Em Copenhagen, na Dinamarca, há um serviço semelhante, desde 1995. Cidades como Barcelo-na e Sevilha, na Espanha, Estocolmo, na Suécia, Helsinki, na Finlândia, Oslo, na Noruega, Viena,

na Áustria, Bruxelas, na Bélgica e Londres, na Inglaterra, também oferecem a seus habitantes

e turistas a liberdade de ir e vir de bicicleta.

Daniela: integração é a chave do sucesso

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16 Parking BRASIL

Central

Amsterdã: a cidade das bikes

Nos anos 60, a Holanda, referência mundial quando o assunto é uso

de bicicletas no quotidiano, sofria com os inúmeros protestos da

população, exigindo de volta o seu espaço, já que os ciclistas passaram

a disputar as ruas com os carros. A partir disso, o país começou a

construir a sua hoje tão famosa in-fraestrutura para ciclistas. Amsterdã é considerada a capital mundial das

bicicletas, responsáveis por cerca de 40% dos deslocamentos. Com 750

mil habitantes, a cidade tem 400 quilômetros de ciclovias.

dade de uma rede contínua de deslo-camento para os ciclistas. “Não pode ocorrer que os ciclistas se encontrem diante de uma ponte ou túnel que não podem atravessar”, exemplifi ca Suely. “Tudo deve ser muito planejado para que essa rede seja contínua e muito bem conectada”, afi rma.

Estacionamentos para bicicletas

Os estacionamentos para bicicletas, tam-bém chamados bicicletários, formam a parte mais importante da infraestrutura necessária para possibilitar o uso das bi-cicletas no quotidiano. “Sem locais ade-quados como bicicletários ou paraciclos, o ciclista se sente desmotivado a usar a bicicleta, já que não têm segurança nem certeza de onde deixá-la quando chegar ao destino”, afi rma a diretora da Embarq, que também atua oferecendo apoio téc-nico a empreendimentos comerciais e instituições que desejam implantar bici-cletários em suas sedes.Um dos principais objetivos dos estacio-namentos de bicicletas também é possi-bilitar a integração com outros modais de transporte público. “Os bicicletários são imprescindíveis, principalmente nas proximidades de estações de metrô ou ônibus, e servem para que o ciclista deixe sua bicicleta estacionada com segurança e prossiga sua viagem”, afi rma Suely.Em 2001, para suprir a demanda cres-cente dos usuários que iam de bicicleta até a estação de trem de Mauá, região metropolitana de São Paulo, iniciaram a ser construídas as 200 vagas do que hoje é o maior bicicletário da América do Sul. O projeto, elogiado pelos princi-pais especialistas do Brasil, tem hoje 1,7 mil vagas. A iniciativa excedeu a função inicial de apenas guardar as bicicletas e passou a oferecer outros serviços, como manutenção, assistência social e jurídica.

Mauá: o maior bicicletário da América do Sul

Rio: o melhor exemplo no Brasil

O Rio de Janeiro é a cidade brasileira com a maior malha de ciclovias. São 270Km, incluídas ciclofaixas e faixas compartilhadas. Na América Latina, perde apenas para Bogotá (Colômbia), com 350 Km. A segunda colocada no Brasil, Sorocaba (SP), está bem atrás, com 80 km. Mesmo assim, na Cidade Maravilhosa as rotas não entram nos bairros, possuem poucas interligações entre si e ainda são mal integradas ao sistema de transporte público. Mas a situação deve mudar. Segundo o subsecretário de Meio Am-biente do Rio de Janeiro, Altamirando Moraes, além de chegar a 300 Km de ciclovias até o fi nal de 2012, o atual governo trabalha para tornar o Rio de Janeiro a melhor cidade para se viver em todo o Hemisfério Sul, no prazo de uma década. O “Programa Rio, Capi-tal da Bicicleta” é uma das ações para isso, e prevê a conservação e a amplia-ção do sistema cicloviário municipal, integrando-o aos demais modais, além da implantação de estações de guarda e empréstimos de bicicletas em vários pontos da cidade. Dentre as metas do setor de Transportes, alinhadas com as do Meio Ambiente, está a implanta-ção dos BRTs (Bus Rapid Transit), que se utilizarão de corredores total ou

parcialmente segregados, operando com alta frequência, bilhetagem au-tomática e contando com a instalação de bicicletários nas estações. Além disso, nos ônibus haverá espaço para o transporte de bicicletas. As rotas e percursos já defi nidos visam alimentar os transportes de massa e interligar ci-clovias existentes para estabelecer, de fato, uma rede cicloviária.O Rio é exemplo também quando se trata do sistema de compartilha-mento de bicicletas, similar a muitos já existentes nas principais cidades da Europa. Em outubro de 2011, o Bike Rio foi inaugurado. Os usuários podem retirar e devolver uma das 550 bicicletas disponíveis nas 60 es-tações, espalhadas por 14 bairros da cidade. Segundo informações da Sert-

Bike Rio: 550 bicicletas disponíveis em 60 estações de 14 bairros


17Março/Abril

BikeMi: um sistema de transporte públicoBikeMi, criado para facilitar a mobilidade dos cida-dãos de Milão, na Itália, não é um simples serviço de aluguel de bicicletas. É um verdadeiro sistema de transporte público para ser utilizado por até 2 horas, junto com os tradicionais meios de trans-porte da Empresa de Transportes de Milão (ATM). Está previsto o aumento dos locais onde é possível retirar e devolver as bicicletas, sempre nas redon-dezas dos principais pontos estratégicos da cidade: estações de trem, universidades, hospitais, pontos turísticos, paradas do metrô, centros administrati-vos, comerciais e estacionamentos.

tel, concessionária responsável pelo sistema, mais de 55 mil pessoas já se cadastraram para utilizar o serviço, que custa R$ 10,00 por mês ou R$ 5,00 por dia. O tempo máximo de utilização é de 60 minu-tos e o horário de funcionamento é das 6h às 22h, mas a maior utilização é justamente nos momen-tos de pico do trânsito: das 7h às 10h e das 17h às 20h. O número de viagens realizadas diariamente é a prova incontestável do sucesso do Bike Rio. São 4 mil idas e vindas, contribuindo para a redução dos engarrafamentos e já dando a largada para a tão desejada integração das bicicletas com os outros meios de transporte cariocas. Em breve, a Serttel deverá levar o mesmo sistema do Rio à cidade de São Paulo e também à Recife. Duas instituições bancárias já se comprometeram a colocar ao menos 3,3 mil bicicletas compartilhadas nas ruas da capital paulista nos próximos meses. Em Porto Alegre, a Prefeitura promove um estudo para identifi car os locais onde poderiam funcionar pontos de aluguel de bicicletas. Além disso, segun-do o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, nunca foi aplicado tanto em ciclovias na cidade, como nos úl-timos anos. Em maio, será inaugurada a Ciclovia na Avenida Ipiranga, que totalizará 9,4 quilômetros. “A cidade tem potencial para ter 455 quilômetros de ciclovias”, projeta, assegurando que a meta é que a capital gaúcha tenha, até 2014, mais de 40 quilômetros de espaços do tipo, para atender aos 200 mil ciclistas e estimular ainda mais esse meio de transporte.

Iniciativas no BrasilNão por acaso, em muitas cidades do Brasil, onde as condições de trânsito pioram a cada dia, estão se fortalecendo cada vez mais os movimentos engajados pelo uso da bicicleta. Faça chuva ou faça sol, toda sexta-feira, na Avenida Paulista, enquanto os carros mal se movem, um grupo de ciclistas se reúne em uma espécie de car-reata para divulgar a bike como meio de transporte alternativo. O movimento é chamado de Bicicletada e é a versão brasileira de uma atividade que surgiu em São Francisco, na Califórnia: o Critical Mass, que acontece hoje em 300 países. Os engajados param o trânsito e chamam a atenção dos motoristas para essa opção de transporte menos poluente e, muitas vezes, mais rápida. Num engarrafamen-to na capital paulista, por exemplo, os automóveis andam de 5 a 8 quilômetros por hora, enquanto a bicicleta chega a 15.Rápida, a bicicleta é também um meio de transporte limpo. Além de reduzir a poluição atmosférica e melhorar as condições de tráfego, exige espaços físicos bem menores também para estacionamentos e, como se tudo isso não bastasse, traz benefícios para a saúde físi-ca e mental dos usuários.

Obras em fase fi nal na Ciclovia da Avenida Ipiranga, em Porto Alegre

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18 Parking BRASIL

Central

Nos EUA, a ideia é pedalar para o trabalho

A cultura de se utilizar bikes nos Estados Unidos, o país com a maior frota de carros do mundo, está cada vez maior. Chicago disponi-bilizará no segundo semestre, 3 mil bicicletas;

Portland planeja um sistema para 2013; Los Angeles terá em breve 4 mil bikes; e Nova York

colocará em suas movimentadas ruas mais 10 mil bicicletas. Mesmo assim, ainda há quem pense que pedalar seja um hábito de pesso-as engajadas, mas não de toda a população.

Pensando nisso, a Colle+McVoy, uma agência publicitária de Minneapolis, criou a campanha People For Bikes. A ideia é encorajar pessoas a

irem trabalhar pedalando.

Cyclescheme: em Londres, empresas facilitam uso de

bicicletas pelos funcionáriosLondres lançou o Cyclescheme, um programa de incentivo para que empresas comprem bicicletas

com impostos reduzidos e as ofereçam a seus funcionários como um benefício. Isso aconteceu de-pois que o governo começou a cobrar pedágio para

os carros circularem no centro da cidade, o que aumentou o número de ciclistas na região. Quem

adere ao programa ganha um voucher no valor de 1000 libras (cerca de R$3.500,00) e vai até uma das lojas cadastradas para escolher sua bike. O veículo

pertence à empresa, mas pode ser usado nas horas livres, pelos fucionários.

O gigante chinêsO sistema de bicicletas públicas de Hangzhou, sudeste

da China, já começou grande: tinha 2.800 bicicletas e 61 estações quando foi lançado, em 2008, para uma popu-lação de cerca de 7 milhões de pessoas. Hoje, são 2.050

estações e 51.500 bicicletas, usadas diariamente por 240 mil cidadãos, com picos de 320 mil viagens por dia. O su-cesso existe porque há uma verdadeira integração entre o sistema de bicicletas e a rede de transportes públicos. Após usar a bicicleta, o usuário tem até 90 minutos para

pegar um ônibus, dentro da mesma tarifa. A primeira hora de utilização é gratuita. O sistema teve a maior taxa

de satisfação entre todos os projetos desenvolvidos na ci-dade. Para melhorar ainda mais mobilidade de Hangzhou, a previsão é que sejam 175 mil bicicletas públicas até 2020.


19Março/Abril


20 Parking BRASIL

Tendência

Estacionamento inteligente naEuropa garante mais qualidade de vida

Cidades como Amsterdã, Paris e Zurique transformaram a vida dos seus habitantes ao controlar rigorosamente os estacionamentos nas ruas centrais

Durante todo o século XX, os governos municipais em todo o mundo pensavam que estimular a construção de garagens e estacionamentos privados pudesse resolver a falta de vagas de estacionamento nas ruas, principalmente nas regiões cen-trais das grandes cidades. No entanto, há alguns anos algumas cidades europeias começaram a mudar este paradigma, insti-tucionalizando novas políticas de estacionamento que revita-lizaram os centros das cidades, reduzindo o número de carros em circulação, a poluição do ar e, consequentemente, a quali-dade de vida dos seus cidadãos. Todo carro inicia e termina seu deslocamento em uma vaga de estacionamento, portanto, o raciocínio destes progressivos governos foi controlar o uso de carros de passeio como modo de controlar os congestiona-mentos e, consequentemente, as difi culdades em encontrar uma vaga de estacionamento. “As melhores práticas europeias ilustram os benefícios de uma gestão de estacionamentos abrangente e de políticas de preços. As estratégias incluem utilizar a receita obtida com os estacionamentos para fi nanciar a mobilidade e melhorias pú-blicas, assim como mudanças nos padrões de uso do espaço para apoiar bairros compactos e bem conectados”, explica Michael Kodransky, pesquisador do Institute for Transporta-tion and Development Policy (ITDP) de Nova York e autor de um estudo sobre as práticas em dez cidades europeias líde-

res em reformas nas políticas de estacionamentos. “O mais importante é que estas políti-cas levam as cidades para um futuro de baixa poluição, já que reforçam a prioridade de caminhar, andar de bicicleta e utilizar transportes públicos, ao invés do uso de carros particu-lares”, acrescenta o especialis-ta norte-americano, gerente do Programa de Redução de Tráfe-go do ITDP.

Estratégias das cidades europeiasNas cidades analisadas pelo estudo de Kodransky, as políticas de estacionamento foram reorientadas em torno de metas sociais alternativas. Algumas reformas foram impulsionadas pelas exigências de qualidade do ar da União Europeia ou por metas nacionais de emissões de gases de efeito estufa. Ou-tras novas políticas fazem parte de metas de mobilidade mais amplas que estimulam a redução do uso de veículos automo-tores particulares. “Gestões abrangentes de estacionamen-

Kodransky: as grandes cidades brasileiras estão no momento justo para garantir um futuro de qualidade de vida urbana

Área revitalizada no centro de Zurique: a quantidade de carros caiu 6% na cidade


21Março/Abril

to incluem etapas como aumento dos preços, controle do estacionamento nas ruas, limite do número de vagas por bairro, eliminação de números mínimos de vagas e estabelecimento de um nú-mero máximo de vagas em garagens e estacionamentos privados”, resume Kodransky. Vincular o estacionamento ao transpor-te público foi a estratégia adotada por Amsterdã, Paris, Zurique e Estrasburgo, cidades que limitam a área destinada a estacionamento nos novos empreendi-mentos, com base na distância até um ponto de ônibus, estação de trem ou metrô. Zurique fez investimentos signifi -cativos em novas linhas de trem e ônibus e, ao mesmo tempo, tornou o estaciona-mento mais caro e menos conveniente. Entre 2000 e 2005, a parcela de uso do transporte público aumentou 7%, en-quanto a quantidade de carros no trân-sito caiu 6%. Cobrar preços racionais pelo estaciona-mento nas ruas foi a estratégia adotada em Paris, onde a oferta de estacionamen-to nas ruas foi reduzida em mais de 9% desde 2003, e do estoque restante, 95% é estacionamento pago. O resultado, jun-tamente com outras melhorias da infra-estrutura de transporte, foi uma redução de 13% na utilização de automóveis.As reestruturações do sistema de es-tacionamento ajudam a administrar os congestionamentos e, segundo a pes-quisa do ITDP, são mais viáveis do que a cobrança de uma taxa pelo uso do car-ro, como o pedágio urbano. Enquanto Londres, Estocolmo e algumas outras cidades europeias conseguiram imple-mentar o pedágio urbano nas áreas cen-trais, um número maior de cidades vem recorrendo ao estacionamento. Limites máximos de estacionamento foram de-fi nidos nos distritos comerciais de Zuri-que e Hamburgo para congelar a oferta existente, onde o acesso ao transporte público é mais fácil.Usar a receita excedente derivada das tarifas de estacionamento para dar apoio a outras necessidades de mo-bilidade foi a estratégia adotada pelo governo de Barcelona, onde 100% da receita excedente é destinada à opera-

ção do Bicing — o sistema público de compartilhamento de bicicletas. Diver-sos bairros de Londres usam a receita proveniente do estacionamento para subsidiar passagens para pessoas da terceira idade e pessoas com necessi-dades especiais, que usam o transpor-te público de graça.

Lições para as cidades brasileiras

Michael Kodransky, que esteve no Bra-sil em 2011, acredita que as grandes cidades brasileiras estão no momen-to justo para garantir um futuro de qualidade de vida urbana, já que pas-sam por um processo de crescimento transformador. Para o urbanista, um grande problema das cidades brasilei-ras é o sistema de estacionamento nas ruas “Área Azul,” baseado em tickets de papel. “É um sistema inefi caz e que dá ao governo pouco controle da re-ceita, falhando frequentemente”, afi r-ma. Para ele, o modelo adotado por cidades como Porto Alegre, Cuiabá e Recife, com parquímetros automáti-cos instalados nas calçadas, é o ideal. Kodransky também afi rma que Rio de Janeiro e São Paulo pecam pela não re-visão das suas ultrapassadas políticas de estacionamento e uso do espaço público. “São cidades com muitos car-ros trancando as calçadas ao entrarem e saírem de estacionamentos priva-dos”, afi rma, lembrando que estes representam um custo muito grande para as cidades ao induzirem o uso de carros, contribuindo para os conges-tionamentos que custam bilhões de reais por ano em perda de produtivi-dade e combustível desperdiçado. “As

pessoas não percebem que os carros fi cam estacionados aproximadamente 95% do tempo, ao contrário da impres-são criada pelas ruas congestionadas”, afi rma.

Tecnologia inteligente Ex-funcionário do Departamento de Trânsito de Nova York, Kodransky de-fende como solução para as cidades brasileiras, que enfrentam problemas específi cos como a violência, o uso de bancos de dados consistentes, que auxiliam a identifi car as zonas proble-máticas e direcionar os recursos. “Bu-dapeste, na Hungria, possui um cen-tro de controle que exibe atividades de estacionamento em tempo real, com um mapa dinâmico indicando, por exemplo, o preço de cada parquí-metro e quando alguém deixa de pa-gar”, afi rma o pesquisador, lembran-do que o Rio de Janeiro já possui um centro de controle automatizado do transporte público, que poderia ser integrado com outros sistemas. “De-cisões políticas baseadas em dados re-forçam a confi ança da população nos programas governamentais”, reitera Kodransky, lembrando o sucesso do programa pioneiro do Departamento de Polícia de Nova York que mapeou as regiões da cidade com maiores índices de criminalidade baseado em dados enviados pela população.

Zurique: estacionamento alternado nos dois lados da rua obriga motorista a reduzir velocidade

Estocolmo: estacionamento gratuito para carros elétricos

Michael Kodransky, gerente do programa de redução de tráfego do Institute for Transportation and Development Policy de Nova York, possui mestrado em Planejamento Urbano pela Universidade de Nova York e também colabora com diversas publicações especializadas, como o site StreetsBlog


22 Parking BRASIL

Artigo

Por Juliano Rodrigues Ferrer

Seguro obrigatório para estacionamentos?

Quando se fala em ‘seguro obrigatório’ não se está apresentando nada que já não se conheça no país. Mesmo o cidadão que não milita no ramo de seguros, ou em alguma atividade onde, por força de lei, se imponha a obrigação de contratar ga-rantia através de apólice, sabe e conhece o obrigatório seguro DPVAT. Um seguro social que tem como objetivo o mínimo de garantia na reparação de prejuízos por danos pessoais causados no trânsito.Instituídos desde muito, e principalmente elencados a partir do Decreto Lei 73/66 – art. 20 daquele diploma –, porém não limi-tados ali, os seguros obrigatórios, em re-gra, buscam cobertura para atividades de risco cuja eventual ocorrência de sinistro, sem a capacidade própria do empresário e/ou cidadão de indenizar o dano, possa causar perda de tranquilidade social. A preocupação é com o coletivo.Eis que surge a notícia de que o Deputado Federal Dimas Fabiano (PP/MG) formulou e está levando adiante a tramitação de um Projeto de Lei (PL nº 2885/2011) que torna obrigatória a contratação de seguro pelo Garagista. E aqui, perdoem, mas ao que

Estacionamento integrado à paisagemGaragens Incríveis

Vencedor do prêmio de melhor design em 2010 pelo Inter-national Parking Institute (IPI), o Car Park One foi construído com a ideia central de não aparentar ser um edifício de esta-cionamento. Localizada em Oklahoma, terceira maior cidade dos Estados Unidos, a obra foi realizada pela empresa Archi-tects Elliott + Associates.Com uma aparência leve e arejada, o prédio é envolvido por uma malha transparente de aço inoxidável, que esconde os veículos para quem olha de fora, mas mantém a entrada de luz e ar natural. Tubos de alumínio também foram utilizados na fachada, criando um efeito de paredes brilhantes e bran-

cas que mudam de cor conforme o refl exo do céu, passando de dourado para violeta, amarelo e azul. O espaço interno possui 25% de abertura para ventilação na-tural de ar, criando um espaço de boas-vindas para os visi-tantes. Mesmo com o tempo quente e úmido da cidade, a

tecnologia empregada resfria o ar de forma signifi cativa e proporciona uma sombra confortável dentro da gara-gem, que abriga cerca de 800 veícu-los, em quatro andares, e tem superfí-cie equivalente a 28.000m².

parece a ordem pública se intromete em demasia no mercado e na livre iniciativa. É fato que um estacionamento coberto por seguro, o chamado ‘Responsabilidade Civil Garagista’, oferecerá mais tranquili-dade ao seu usuário. Porém, obrigar que todos, sem opção, tenham o seguro, é impedir a possibilidade de escolha. A con-tratação deve ser de iniciativa do bom em-presário do mercado de estacionamen-tos, preocupado com a solvência e com a segurança de seu negócio e clientes, buscando destaque frente à concorrên-cia, divulgando as coberturas do seguro que seu estabelecimento possui. Obrigar a contratação, por lei, é impor mais uma regra de Estado, de cima para baixo. E as justifi cativas da nova lei surgem, no-vamente, com a transferência total do dever de segurança que deveria ser do próprio Estado, pouco a pouco levado ao privado. Vale a transcrição de trecho: “Uma das formas de garantir nossa segu-rança pública está em expandir mecanis-mos que propiciem alguma tranquilida-de, e esta é a intenção deste projeto de lei que dispõe sobre a cobertura de segu-

ro contra roubo de veículos nos shopping centers, lojas de departamentos, postos de combustíveis, super e hipermercados ou empresas que operam com estaciona-mentos e dá outras providências.”Isto sem falar que o Projeto ignora que o mercado de seguros é livre para aceitar ou não o risco que lhe é proposto, exercen-do seu direito constitucional. O segurador será obrigado a sempre garantir o risco, em qualquer hipótese e tipo de estaciona-mento? Se a contratação for obrigatória, por lei, as seguradoras serão constrangi-das a aceitar o risco? Isto certamente não seria saudável para o mercado e para a sociedade. Impor seguro obrigatório a esta atividade será intervir de forma exa-cerbada no livre mercado, mais uma vez passando às empresas de estacionamen-to e aos seguradores o dever de zelar por algo que o Estado, desde muito, se mos-trou incompetente para fazer.

Advogado, atua na área do direito civil, do consumidor, do seguro e empresarial. Professor titular da cadeira de Direito da FUNENSEG www.cjosiasferrer.com.br



24 Parking BRASIL

Duplicadores de Vagas Os Duplicadores de Vagas da Multi Vagas são construídos em aço de alta resistência, com plataformas antiderrapan-tes fechadas que evitam queda de óleo sobre o veículo do andar de baixo. De acionamento automático, com duplas travas de segurança e dispositivo de detecção infraverme-lho, os duplicadores podem ser instalados isoladamente ou em conjuntos - compartilhando as colunas - permitindo um melhor aproveita-mento dos espa-ços. A capacidade total de carga é de 2700 kg, com altu-ra de até 2,10 m. O equipamento su-porta até caminho-netes e SUVs.

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InfoPark Os primeiros projetos da ParkHelp no Brasil possuem um aplicativo chamado InfoPark, que permite ao usuário do es-tacionamento ter informação em tempo real sobre a lotação do mesmo. Este aplicativo está sendo solicitado em licitações para estacionamentos públicos e é uma ferramenta funda-mental para quem deseja ganhar concorrências.

ParkHelpTelefone: (11) 3145-5854E-mail: [email protected]


25Março/Abril

uValet lança sistema inovador de gestão de estacionamentosO sistema de gestão de estacionamentos uValet foi lançado em outu-bro de 2011. A solução utiliza um terminal portátil sem fi o, com tela sen-sível ao toque, que permite a entrada de dados de forma simples e in-tuitiva. O operador entra com as informações do veículo em segundos e imprime o ticket do cliente na hora ou envia por SMS, dispensando a impressão. No momento da devolução do veículo, o pagamento pode ser feito com cartões no próprio terminal. O sistema envia todos os dados para a retaguarda via web, dando acesso às in-formações gerenciais e permitindo a integração com seguradoras e redes de fi delidade.

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Lift-SlideO sistema de elevação deslizante Lift-Slide chega ao Brasil fruto de uma parceria entre as empresas Equile Parking e Park Plus. Esta última é líder na América do Norte no fornecimen-to de sistemas de estacionamentos e garagens mecânicas e automatizadas. O sistema com automatização básica de quatro andares permite aos usuários estacionarem seus próprios veículos com um tempo aproximado de 10 a 45 segundos por operação de entrada/saída. Com ele é possível estacionar até 21 veículos em uma área de 96 m² (uma garagem normal com este tamanho recebe apenas 7 veículos). O sistema pode incluir níveis de sub-solo e também pode ser instalado em edifícios já existentes.

Park Plus / Equile ParkingTelefones: (081) 9940.2000/(011) 8261.5071 Site: www.parkplusinc.com / www.equileparking.com

ViaPoliUreia 200 PHViaPoliUreia 200 PH é um revestimen-to anti-corrosivo, à base de poliureia híbrida aromática para aplicação em locais onde as agressões químicas, me-cânicas ou térmicas sejam constantes, tais como lajes de estacionamentos e garagens. O produto cria uma mem-brana impermeável após a aplicação com elevada resistência mecânica, anti-abrasiva e térmica. Com aplicação por meio de máquina de spray de alta pressão e secagem ultra-rápida, libera em minutos o piso para uso integral. O produto está disponível nas cores cinza clara e escura.

Viapol LtdaTelefones: (11) 2107-3400/ (71) 3507-9900Site: www.viapol.com.br

Parquímetro Street O parquímetro da Digicon, fabricado totalmente no Brasil e já operante em 34 cidades, aceita como pagamento moedas, cartões eletrônicos recarre-gáveis e cédulas. Sensores nas portas principais e no cofre garantem a segu-rança. Uma impressora térmica emite os tíquetes e os relatórios operacio-nais. O envio de dados ocorre através do modem GPRS (tecnologia celular), que permite o monitoramento remo-to de todos os equipamentos. A ali-mentação através de um painel solar, opcional, aumenta em até duas vezes a sua autonomia, reduzindo o uso de energia das baterias.

Digicon S.A.Telefone: (51) 3489-8700www.digicon.com.br


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Agenda

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2012

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201316 a 18 / AbrilTraff ex International ExhibitionOnde: Londres (Inglaterra)http://2013.traff ex.com

Setembro16ª EPA Congress – European Parking Association Onde: Dublim (Irlanda)http://www.europeanparking.eu/

1 a 4O Cities for Mobility World Congress 2012 é o sexto encontro anual do evento, que serve como um fórum para o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os especialistas de transportes municipais, cientistas e empresários, e para o encontro de parceiros do projeto ou iniciativas inovadoras.

Onde: Stuttgart (Alemanha)www.cities-for-mobility.net/index.php/events

Julh

o

21 a 23O Expo Parking é uma feira e conferência voltada para a indústria de estacionamento, será organizado pela segunda vez paralelamente ao TranspoQuip Latin America, o maior evento no Brasil de infraestrutura para transporte, e o Expo Urbano, a feira para melhoria dos espaços urbanos.Onde: Pavilhão Azul, Expo Center Norte, São Paulo (Brasil)www.transpoquip.com.br/br/index.www.expo-parking.com.br/

Nov

embr

o10 a 13O IPI Conference & Expo é o maior evento de educação e networking voltado para o setor de estacionamentos e transportes do mundo. Mais de 2.500 visitantes são esperados. Durante a feira, acontecem discussões, debates e palestras. E exposição já conta com mais de 255 empresas participantes.

Onde: Phoenix (EUA)www.parking.org/conference

Junh

o

06 a 08 A 5ª Conferência “Healthy Cities: Working Together to Achieve Liveable Cities” (Cidades Saudáveis: trabalhando juntos para atingir cidades habitáveis) é uma plataforma para agentes públicos e privados discutirem causas, efeitos e soluções relacionadas à saúde pública, sustentabilidade, gestão dos recursos naturais, transportes, mudanças climáticas, urbanismo e outros pontos relevantes dentro da temática. Entre as pautas a serem discutidas está a renovação urbana através de “edifícios verdes” e o planejamento urbano aliado à equidade social.

Onde: Geelong (Austrália)www.healthycities.com.au

Junh

o

30 a 4O projeto Walk 21, em parceria com o Centro de Transporte Sustentável do México, realiza o VII Congresso Internacional sobre Transporte Sustentável. A iniciativa debate propostas de inclusão, confi ança, bem-estar e comunidade.

Onde: Cidade do México (México)www.walk21.com/conferences/mexico_city.asp

Sete

mbr

o/O

utub

ro

15 a 18A NPA´S 61st Annual Convention & Expo, da National Parking Association, reunirá experts da indústria do estacionamento para discutir as tendências, melhores práticas, e aprender, em primeira mão, o que os líderes do setor fazem para permanecer à frente da concorrência.

Onde: Hollywood – Flórida (EUA)[email protected] , www.npapark.org

Out

ubro

11 a 13A Australian Parking Convention é o evento da Parking Association of Australia, que acontece a cada dois anos. A programação da 13ª edição deve estar disponível em breve no site da entidade.

Onde: Sydney (Austrália)www.parkingconvention.com.au/

Nov

embr

o

21 e 22O 2° Congresso Brasileiro de Estacionamentos, realizado pela Abrapark, é o único evento brasileiro voltado exclusivamente para o setor. Em sua segunda edição, irá trazer, novamente, os maiores especialistas internacionais e nacionais para dois dias de palestras, quando apresentarão as tendências e novidades da indústria de Parking.Onde: Pavilhão Azul, Expo Center Norte, São Paulo (Brasil)www.abrapark.com.br

Nov

embr

o

Congresso 2º Estacionamentos

São Paulo - Brasil - 2012


27Março/Abril

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REVISTA ABRAPARK MARÇO ABRIL