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Março de 2012 | 1 REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 4 | Nº 24 • Carga Tributária Brasil tem pior avaliação em utilização de impostos (pág. 11) Campo Grande / Ano IV / Março de 2012 / nº 24 • Comércio Setor deve crescer 6,5% este ano (pág. 8) • Logística reversa Saiba mais sobre essa tendência empresarial (pág. 26) ACICG negocia e Prefeitura aceita rever decisão sobre NF-e

Revista Acao Comercial - edicao 24

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revista, informacao, comercio

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  • Maro de 2012 | 1

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    CargaTributriaBrasil tem pior avaliao em utilizao de impostos (pg. 11)

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    ComrcioSetor deve crescer 6,5% este ano (pg. 8)

    Logstica reversaSaiba mais sobre essa tendncia empresarial (pg. 26)

    ACICG negocia e Prefeitura aceita rever deciso sobre NF-e

  • 2 | Maro de 2012

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  • Maro de 2012 | 3

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24EDITORIAL

    Em um mercado cujo varejo movimentou em 2011 entre US$45 e 50 bilhes no Brasil, segundo dados do IBGE e anlise do NE&PE Ncleo de Estudos e Projees Econmicas da GS&MD, no h como deixar de mostrar otimismo quanto a expectativa de negcios para 2012, mesmo com as notcias sobre a crise financeira internacional.

    A ascendncia de 16 milhes de famlias brasileiras para as classes B/C nos ltimos dez anos e o aumento do poder de compra das atuais classes D/E so fatores que contribuem decisivamente para a garantia da manuteno do crescimento do comrcio varejista.

    Em Campo Grande, o Departamento de Estatstica e Pesquisa (Depe) da Associao Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) aponta que nos dois primeiros meses do ano a mdia de crescimento no volume de vendas do comrcio chegou a 4% com expectativa de incremento at o patamar de 6,5% em 2012, em relao ao volume de negcios realizados em 2011. Para chegar a esse ndice a Associao Comercial considera o crescimento de 2% acima da previso de desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB).

    Conforme explica Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederao Nacional do Comrcio, fatores como desacelerao da atividade domstica, o aperto monetrio e as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central do governo ao crdito ainda estaro presentes neste incio de 2012. Contudo, com a reverso das polticas econmicas deve permitir taxas mais altas de crescimento a partir do segundo semestre. A CNC prev crescimento de 7% para o varejo brasileiro em 2012.

    Aps a reduo dos juros para 10,5% ao ano em janeiro, os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de que os juros bsicos da economia brasileira sero reduzidos novamente em 2012. A previso para a taxa bsica de juros da economia no fim deste ano permaneceu em 9,5% ao ano, fato que tambm anima os empresrios e antecipa resultados financeiros positivos ao fim do ano.

    Enfim, todos os fatores positivos que cercam a atividade comercial em 2012 devem ser considerados como incentivo ao trabalho, inovao empresarial, porm sem otimismo exacerbado. O empresariado precisa se manter cauteloso, observando as tendncias de mercado e acompanhando o movimento dos consumidores porque estes tambm se mostram cautelosos h um bom tempo.

    Omar AukarPresidente da ACICG

    >Otimismo sem exagero

  • 4 | Maro de 2012

    Presidente: Omar Pedro Andrade Aukar1 Vice-Presidente: Luiz Fernando Buainain2 Vice-Presidente: Pedro Chaves dos Santos Filho3 Vice-Presidente: Roberto Bigolin1 Secretrio: Roberto Tarashigue Oshiro Jr.2 Secretrio: Maicon Thom Marins3 Secretrio: Roberto Rech1 Tesoureiro: Joo Carlos Polidoro da Silva2 Tesoureiro: Rodrigo Bogamil3 Tesoureiro: Milton Silvino S. de Oliveira

    Diretores: Anagildes Caetano de OliveiraGuido KielingLeni FernandesLus Fernando A. GonalvesLuiz Afonso Ribeiro AssumpoMaria Vilma Ribeiro RottaMaurcio Abro Dias CamposNilson Carvalho VieiraRenato Paniago da SilvaRodrigo PossariSimone OshiroThomas Malby Croften HortonWilson Berton

    Conselho Deliberativo: Antoine ChidyacAntnio Joo Hugo RodriguesCarlos Roberto BellinCludia Pinedo Zottos VolpiniCristiano GioncoFeres Soubhia FilhoJaime VallerJoo GarciaJos Pereira de SantanaLuiz Carlos FeitosaLuiz Carlos MossinLuiz Humberto PereiraMadalena GomesMrio NevesPaulo Antunes de SiqueiraPaulo Ribeiro JniorRicardo KuninariSalvador Rosa SandimSidney Maria VolpeValzumiro Ceolim

    Conselho Fiscal:Amadeu Cludio ZilliotoAugusto Raimundo AlessioFernando Pontalti AmorimJos MarquesRei Davi Batista BarbosaUeze Elias Zahran

    Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans1 Secretria do Conselho Fiscal: Rosane Maia2 Secretrio do Conselho Fiscal: Fbio Angelo Bigolin

    Diretoria da Associao Comerciale Industrial de Campo GrandeGesto 2011/2014

    Editor:Hlio de [email protected]

    Conselho Editorial:Joo Carlos Polidoro Roberto T. Oshiro Jnior

    Colaborador:Valdineir Ciro de Souza

    Diagramao e Arte:Diniz Ao em Marketing

    Projeto Grfico:Qualitas Brasil

    Coordenadora de Marketing:Tais Lenzi de Luca

    Superintendente:Fernanda Barbeta dos Rios Pinto

    Sugestes:67 3312-5003 [email protected]

    Publicao da Associao Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG)

    www.acicg.com.br

    Rua XV de Novembro, 390Centro - CEP 79002-140Campo Grande / MS(67) 3312-5000

    EXPEDIENTE

  • Maro de 2012 | 5

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24NDICE

    >>Destaques

    8

    6

    26

    Editorial

    Legislao

    Carga Tributria

    Ao nos Bairros

    Inovao

    Conciliao e Arbitragem

    Datas Comemorativas

    03101113141618

    Dinheiro Novo

    Tributos

    Artigo

    Leitura Rpida

    Feriado Prolongado

    Leo Faminto

    Ponto Eletrnico

    20212224283133

    > LOGSTICA REVERSA

    Saiba mais sobre essatendncia empresarial

    > CAPAACICG Negocia e Prefeitura aceita rever deciso sobre NF-e

    > COMRCIOSetor deve crescer

    6,5% este ano

  • 6 | Maro de 2012

    ACICG pressiona e Prefeitura rev deciso sobre NF-eEmpresrios campo-grandenses, principalmente pequenos prestadores de servio, foram surpreendidos na primeira semana de fevereiro com a informao que a Secretaria Municipal de Receita (Semre) estava convocando, atravs de edital publicado no Dirio Oficial do Municpio, prestadores de servios no credenciados ao Sistema de Nota Fiscal Eletrnica de Servios - NF-e.A notcia causou pnico entre os quase 17 mil empresrios listados no edital, por motivos plenamente justificados:

    a falta de orientaes claras quanto ao cumprimento da exigncia, o pequeno prazo - at dia 15/2 - para finalizao do processo, a alta multa - R$ 585,00 - estipulada pelo Executivo, entre outras coisas. Conforme o edital, essas empresas estavam com inscrio suspensa e corriam o risco de terem a inscrio cancelada definitivamente aps o dia 15 de fevereiro. Em defesa dos seus associados, a ACICG reagiu rapidamente. Convocou a imprensa para uma coletiva realizada na tarde do dia 6 de fevereiro (segunda-feira) e anunciou que estava tentando

    negociar com a Semre uma possvel mudana no rumo da histria, mas que se isso no fosse possvel iria Justia para defender os interesses do empresrios atingidos pela deciso equivocada da Prefeitura.No possvel que 95% das empresas estejam erradas, comentou o tributarista e diretor da ACICG, Roberto Oshiro, ressaltando que na lista publicada com 16,7 mil empresas, 95% so prestadoras de servios. Acreditamos que houve erro da Prefeitura na implementao da medida, completou Oshiro.

    TRIBUTOS

    Diretores da ACICG receberam a imprensa para confirmar que a entidade iria at a

    Justia para defender seus associados

    Jornal O Estado MS

  • Maro de 2012 | 7

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    Presso e acordoSemre publicou quatro editais, dividindo as empresas de acordo com o tipo de ocorrncia - falta de credenciamento no sistema de NF-e, devoluo de tales antigos de nota fiscal, falta de credenciamento e no devoluo de tales de nota fiscal, separao das empresas comerciais que necessitam de outros procedimentos.A medida adotada pela Secretaria Municipal de Receita deixou os empresrios, principalmente os micro, apavorados com a possibilidade de perderem o que conquistaram at agora. No entanto, o prefeito Nelsinho Trad e o secretrio Csar Estoduto mostraram sensibilidade para resolver a questo rapidamente assumindo a responsabilidade

    Pressionado pela ACICG que saiu em defesa dos empresrios, o prefeito Nelson Trad Filho determinou que o secretrio Csar Estoduto (Semre) procurasse a entidade para ouvir e negociar as possveis mudanas, afrouxando o n do pacote tributrio divulgado dias atrs. Um esboo do acordo foi alinhavado em reunio realizada no gabinete do secretrio Estudoto na tarde do dia 7. Pela ACICG participaram os diretores Roberto Oshiro e Joo Carlos Polidoro; Ruberlei Bulgarelli, convidado pela ACICG, representou o Conselho Regional de Contabilidade/MS. Alm deles, participaram tcnicos da Secretaria Municipal de Receita. Reconhecendo erro na forma de comunicao com os contribuintes, a

    para realizar as mudanas necessrias, explicou o tributarista Roberto Oshiro.Os quatro editais contendo as novas orientaes foram publicados na semana seguinte e o prazo final para cumprimento da obrigao foi prorrogado para o dia 30 de maro.Nos casos em que o prestador de servio tambm exerce atividade comercial, conforme o secretrio, ele obrigado a comparecer Secretaria, demonstrar que autorizado pelo fisco estadual a emitir nota de papel. Entretanto em todas as suas operaes de venda de servios tributveis no ISSQN (Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza), desde 2009, necessria a emisso da nota fiscal eletrnica.

    No gabinete do secretrio Estoduto foi alinhavado o acordo que oferece melhores condies

    aos empresrios da Capital

    Credenciamento onlineConforme explica a Secretaria Municipal de Receita, para se credenciarem, as empresas devem acessar o site da Semre (www.capital.ms.gov. br/semre/nfse) e seguir as instrues que o prprio sistema indica. Ao final do credenciamento, o prestador de servio recebe um

    documento que deve ser impresso e assinado e entregue na Semre. A partir deste processo, ser emitida uma senha que dar o acesso para o incio da atividade online. O prestador de servios no deve esquecer de devolver o documento de nota fiscal impressa, s assim ser

    configurado o credenciamento, lembra o secretrio.

    Jornal O Estado MS

  • 8 | Maro de 2012

    Comrcio deve ter alta de 6,5% nas vendas de 2012Conforme projeo realizada pela Confederao Nacional do Comrcio de Bens, Servios e Turismo (CNC), o comrcio brasileiro deve apresentar crescimento de 7% em 2012, baseada em dados de vendas do comrcio varejista divulgadas dia 14 de fevereiro na Pesquisa Mensal de Co-mrcio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).Para a Confederao, alguns fatores tendem a levar novamente o consumo a impulsionar a atividade como a reti-rada de parte das medidas de restrio ao crdito, a adoo de incentivos fis-cais para o consumo de bens durveis, o aumento real de 7,5% do salrio mni-

    VAREJO

    mo, a expectativa de um cenrio mais favorvel para a inflao e o processo de desaperto monetrio iniciado em agosto do ano passado. Para Bruno Fernandes, economista da Confederao, o aumento do custo de vida com a alta da inflao, a adoo de medidas restritivas por parte do governo para esfriar a o agravamento da crise europeia e uma depreciao pontual da taxa de cmbio impactaram na de-sacelerao das vendas do comrcio em 2011. O setor encerrou o ano de 2011 com crescimento de 6,7%, conforme projeo da CNC.Isso aumentar o poder de compra real do consumidor, projeta Carlos Thadeu

    de Freitas, chefe da Diviso Econmica da CNC.

    ESFRIAMENTOFatores como desacelerao da atividade domstica, o aperto monetrio e as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central do governo ao crdito ainda estaro presentes neste incio de 2012. O esfriamento da demanda domstica vem beneficiando o comportamento da inflao no curto prazo, fato este j percebido nos ltimos resultados de ndices de preos. Um ritmo mais baixo de gerao de emprego e renda, concesses de crdito em desacelerao, um elevado patamar de endividamento das famlias, conjugado a um aumento

    Isso aumentar o poder de compra real do consumidorCarlos Thadeu

  • Maro de 2012 | 9

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    do custo de vida, so os principais fatores condicionantes desse resultado, explica Carlos Thadeu. Contudo, com a reverso das polticas econmicas deve permitir taxas mais altas de crescimento a partir do segundo semestre.A projeo de 6,5% de crescimento do comrcio da CNC est condicionada aos seguintes fatores: crescimento maior do PIB, de 3,5% em 2012 ante 2,9% ano passado; arrefecimento da inflao, me-dida pelo IPCA, para 5,5% em 2012 ante 6,5% em 2011; expanso das concesses de crdito s pessoas fsicas em pata-mar prximo ao de 2010, cerca de 11%; e crescimento da massa de rendimentos da populao ocupada de 6,6% em 2012, ante 5,0% em 2011.

    CONFIANA ABALADADe acordo com o estudo tcnico, o ano se inicia em meio a grandes incertezas na rea externa: a crise da dvida na Eu-ropa continua gerando volatilidade nos mercados e abalando a confiana dos agentes econmicos ao redor do mundo. Em paralelo, a incapacidade de recupe-rao da economia norte-americana e as

    incertezas em relao ao futuro da China tambm preocupam. Qualquer cenrio deve levar em conta essas condies, explica Marianne Hanson, economista da Confederao. Segundo ela, no incio desse ano, um menor crescimento mundi-al continuar impactando negativamente as exportaes, assim como a volatilidade dos ativos, deve seguir reduzindo o nvel de investimento e consumo. razovel acreditar que a economia chinesa ir crescer a uma taxa menor nos prximos anos, algo mais prximo de 7% ou 8%. Isso significar que ter um apetite menor pelas commodities brasileiras, principal-mente as mais cclicas, como por exem-plo, os metais, contextualiza Joo Felipe Araujo, economista da confederao.J no segundo semestre, esperamos que o impacto da reverso das polticas econmicas adotadas recentemente sero sentidos em sua plenitude, diz a economista. Para Marianne, o afrouxamento monetrio proveniente de taxas de juros reais em nveis histricos muito baixos, os incentivos fiscais provocados pelo aumento do salrio mnimo e a reduo pontual de impostos

    devem dar novo flego demanda interna e favorecer o setor de servios. A reduo dos juros reais tambm deve contribuir para um bom desempenho das concesses de crdito. E o arrefecimento dos preos, juntamente a uma taxa de desemprego reduzida devem favorecer os rendimentos reais dos trabalhadores, contribuindo tambm para um bom desempenho do setor.

    VENDAS EM ALTAEm Campo Grande, o Departamento de Estatstica e Pesquisa (Depe) da Asso-ciao Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) mostra que nos dois primeiros meses do ano o crescimento nas vendas do comrcio chegou a 4% com ex-pectativa de incremento na casa de 6,5% em 2012, em relao ao volume de vendas auferido em 2011.Estamos considerando dois pontos per-centuais acima da expectativa do ndice do PIB (Produto Interno Bruto), con-forme espera o governo brasileiro, ex-plica Valdineir Ciro de Souza, gerente do Servio Central de Proteo ao Crdito (SCPC).

  • 10 | Maro de 2012

    MPEs podem ficar fora dos negcios da Copa e das Olimpadas

    Os grandes eventos esportivos que vo tomar conta do Brasil em 2014 e 2016 prometem gerar alguns milhes de dlares em investimentos em obras, contratao de servios e tambm em retorno devido aos gastos feitos pelos visitantes. No entanto, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpadas em 2016 no Rio talvez no representem oportunidades iguais para todos os empreendedores. Muitas empresas de micro e pequeno portes ainda dependem da regulamentao da Lei Complementar n 123/2006, a chamada Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ter acesso ao tratamento diferenciado em compras feitas pelos governos federal, estadual e municipal e que est garantido pela nova legislao.Para se ter uma ideia do impacto de um megaevento esportivo, em Londres, onde ser realizada a Olimpada em 2012, mais de 10 mil empresas do Reino Unido forneceram todo o tipo de material e servios ao Centro Olmpico, desde componentes de concreto e ao at plantas - como informa a revista O Empreiteiro em sua edio de novembro. As empresas interessadas deveriam se registrar em site especfico na internet para concorrer s oportunidades pblicas e privadas de negcios ligados aos Jogos Olmpicos.O Parque Olmpico de Londres foi construdo em uma rea de 246 hectares -

    LEGISLAO

    do tamanho do Hyde Park - para instalao dos equipamentos esportivos para as diferentes modalidades em competio.Se os sditos da Rainha j podem se orgulhar da sua infraestrutura para o megaevento, aqui no Brasil h vrios desafios a serem vencidos ainda para a Copa de 2014. Um deles refere-se demora na regulamentao da lei que pode facilitar o ingresso de micro e pequenos empresrios no mundo dos negcios. Sancionada pelo presidente

    Lula em 14 de dezembro de 2006, a Lei Complementar n 123/2006 acena com vantagens para os pequenos negcios nas compras pblicas. Uma delas a exclusividade nas aquisies de at R$ 80 mil e subcontratao de at 30% do valor licitado nos grandes contratos. s pequenas empresas tambm dada preferncia em caso de empate com uma companhia de maior porte, alm de tratamento diferenciado na contratao de financiamentos.

    Foi estabelecido o prazo de um ano, depois da sano da lei, para que estados e municpios regulamentassem o texto e providenciassem a adequao de suas licitaes s novas regras. Mas como no houve a fixao de qualquer penalidade para o descumprimento, nem todos trataram de promover logo a regulamentao da lei. Com isso, segundo levantamento do Sebrae, 33% dos municpios brasileiros ainda no regulamentaram o texto.

    O estado mais atrasado tambm o mais rico do pas. Pelos dados, em So Paulo, dos 645 municpios, a regulamentao da Lei Complementar n 123/2006 foi providenciada por 283, representando um ndice de 43,88%, o mais baixo do pas. Em cinco estados e tambm no Distrito Federal - a lei est regulamentada na totalidade de seus municpios - Esprito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Acre e Santa Catarina. (Bernardo Rebello/Agncia Sebrae)

    Boa parte das empresas ainda depende da regulamentao da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para ter acesso s compras a serem feitas pelos governos

    s pequenas empresas dada preferncia em caso de empate com

    uma companhia de maior porte

  • Maro de 2012 | 11

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    Brasil tem pior avaliao em utilizao de impostos

    A arrecadao de impostos no Brasil pode ser melhor investida em benefcio da populao, diz estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio (IBPT). De 30 pases observados, o Brasil est na ltima posio no ranking sobre aproveitamento dos recursos arrecadados, inclusive entre os sul-americanos Argentina e Uruguai. O primeiro colocado a Austrlia, depois vm os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o Japo e a Irlanda.O presidente executivo do IBPT, Joo Eloi Olenike, defendeu a reduo da quantidade de impostos cobrados no pas e o aperfeioamento na utilizao dos recursos. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rdio Nacional, Olenike disse que o resultado da pesquisa

    mostra que necessrio agir rapidamente.O Brasil, como potncia que hoje, economicamente, vem sendo o sexto maior em termos de PIB [Produto Interno Bruto] e em termos de crescimento econmico. Mas, ao mesmo tempo, no transforma isso em qualidade de vida para a populao, o que bastante lamentvel, disse Olenike.O estudo analisou o comportamento dos consumidores e a aplicao dos recursos em 30 pases. Pela ordem, os piores colocados no ranking so o Brasil, a Itlia, a Blgica, a Hungria e a Frana. Para chegar a essa concluso, os pesquisadores consideraram a carga tributria de cada pas, o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) e elaboraram o que foi chamado de ndice de Retorno de Bem-Estar da Sociedade (Irbes).

    De acordo com o IBPT, em 2011, o Brasil arrecadou cerca de R$ 1,5 trilho em pagamentos de tributos. Esse valor deveria voltar mais significativamente para a populao, defendeu Olenike. Segundo ele, um dos aspectos considerados graves pela pesquisa que no h retorno em investimentos bsicos para a populao.Olenike citou como exemplo servios relativos educao, sade e segurana. De acordo com ele, a classe mdia se v obrigada a complementar o que o Poder Pblico deveria arcar. O pessoal da classe mdia obrigado a pagar uma tributao indireta e complementar, [por exemplo, pagando] o plano de sade privado, disse ele, citando tambm escolas particulares e pedgios nas estradas.

    CARGA TRIBUTRIA

  • 12 | Maro de 2012

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  • Maro de 2012 | 13

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24AO NOS BAIRROS

    ACICG e SEBRAE-MS levam conhecimento aos bairros da CapitalO programa ACICG NOS BAIRROS, realizado em parceria com o Sebrae-MS, j comeou a ser desenvolvido este ano em vrias regies da cidade onde necessria a interveno da Associao Comercial no sentido de qualificar empresrios e colaboradores das empresas de comrcio e servios da Capital.O projeto em destaque no incio deste ano denomina-se Boas Vendas - Como Vender Mais e Melhor no Varejo que tem frente o consultor/facilitador Moacir Pereira Junior. Foram programados 12 mdulos que sero aplicados em reunies realizadas na primeira e terceira semana de cada ms, a partir de maro.Dividimos o programa em mdulos para permitir que empresrios e colaboradores tenham oportunidade de conhecer detalhes de todos os assuntos que permeiam o

    cotidiano das empresas e se preparem melhor para as datas comemorativas do calendrio comercial, como Dia das Mes, Natal, etc, explicou Moacir Pereira Jnior.Em parceria com o Sebrae-MS, a ACICG pretende disseminar conhecimento sobre legislao trabalhista bsica, legislao tributria, alm de itens fundamentais para o desenrolar do trabalho nas empresas, o fortalecimento do negcio: ponto comercial, comprar bem para vender bem, a definio do preo de vendas, como formar um time de vendas vencedor, o atendimento no varejo, o cliente fiel, a concorrncia e voc, a divulgao do seu negcio, fazendo aparecer o lucro.O comrcio nos bairros de nossa Capital mudou muito nos ltimos anos e diante de um mercado cada vez mais competitivo, obrigando as empresas

    sarem da informalidade, os empresrios esto obrigados a buscar informaes visando a profissionalizao, explicou Moacir Pereira Jnior, confirmando que a resposta por parte dessas empresas tem sido positiva e isto tem nos animado a continuar investindo com um cronograma recheado de diversas aes que iro beneficiar o setor produtivo das regies onde levaremos o programa.A ACICG usou os dois primeiros meses do ano para apresentao do projeto e agora em maro as aes estaro sendo desenvolvidas nas seguintes regies: Conjunto Nova Lima, Conjunto Anache e Conjunto Colmbia. Grande Aero Rancho, Guanandy e Jardim das Hortncias. Carand Bosque, Nova Bahia, Mata do Jacinto, Conjunto Novos Estados e Estrela Dalva.

    Empresrios participam da apresentao do projeto que leva conhecimento

  • 14 | Maro de 2012

    Esquea as padarias de antigamente. Com as excees de praxe, o que prevalece hoje um novo tipo de negcio. A estratgia agora ampliar a oferta de produtos e servios com o objetivo no somente de manter a clientela tradicional, mas tambm aquela que vai ao ponto de venda para consumir uma variedade de pes, lanches e doces, em muitos casos produzidos ali mesmo na frente do fregus. Resultado: depois do fechamento de mais de 8 mil padarias nos anos de 1990, o setor est em evoluo.Em 2010 houve um crescimento de 13,7% nas vendas em comparao ao ano anterior, com um faturamento de R$ 56,3 bilhes, segundo a Associao Brasileira da Indstria de Panificao e Confeitaria (Abip), que ainda no concluiu o levantamento do exerccio de 2011. Alm do aumento da oferta de produtos, o consumidor comea a ser despertado para os sabores de pes especiais e por aqueles que at ento eram conhecidos apenas por aficionados por padarias francesas. Com opes que incluem baguetes, croissants, brioches, pain au chocolat, entre outros, muitas padarias brasileiras esto

    abandonando passo a passo as influncias portuguesas e italianas que at ento prevaleciam.A padaria pode ser uma excelente opo de investimento. O negcio pode se consolidar rapidamente se o conceito for ao encontro das necessidades do pblico-alvo, com solues simples para o gosto das pessoas. Mas uma eternidade, podendo at desaparecer, se o dono no der prioridade qualidade dos produtos e servios, ensina Mauricio Machado, dono do Padeiro de Sevilha, de Florianpolis, considerada pela revista Panificao Brasileira uma das 100 melhores padarias do Brasil.O segmento de panificao, composto em sua maioria por pequenas empresas, segundo a Abip, movimenta a cada ano cerca de R$ 50 bilhes, correspondente a 2% do PIB nacional. So 63,2 mil padarias espalhadas por todas as partes do Brasil, que geram 758 mil empregos diretos e 1,8 milho de indiretos.Na viso do presidente da Abip, Alexandre Pereira Silva, o aumento do consumo e a busca por diferenciais por parte dos consumidores contribuem para que as padarias se reformulem. Por isso,

    preciso investir num novo modelo de loja que valorize os produtos. Precisamos reconhecer no fast-food e em outros servios uma oportunidade de crescimento, com novos conceitos.Tornou-se tendncia oferecer caf da manh, almoo, cafeteria, chocolataria, convenincia e delivery, tornando a padaria um espao de convivncia. De acordo com Silva, o setor precisa avanar muito, dado que somente um tero dos estabelecimentos apresentam uma situao de equilbrio. Ocorre que 70% das empresas do setor, ou seja, cerca de 40 mil padarias, enfrentam dificuldades para sobreviver. A reduo de impostos a melhor resposta para revitalizar esse segmento, afirma ele.Abip lembra que o consumo brasileiro per capita de po ainda acanhado. De fato, a mdia brasileira de pouco mais de 30 quilos por ano (menos de dois pes por dia), enquanto a recomendao da Organizao Mundial da Sade (OMS) rgo das Naes Unidas recomenda praticamente o dobro: 60 quilos por habitante/ano, ou seja, mais de trs pes por dia. (Revista Empresa Brasil/CACB)

    INOVAO

    Novo conceito de padaria atrai mais clientes

    Introduo do fast-food e de novos produtos amplia fonte de receitas

    e cria novo tipo de negcio

  • Maro de 2012 | 15

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

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  • 16 | Maro de 2012

    Em 2011, a Cmara de Mediao e Arbitragem da Associao Comercial e Industrial de Campo Grande (CBMAE/ACICG), deu entrada em mais de 400 procedimentos, ao especfica onde o em-presrio tem a oportunidade de convidar o consumidor/devedor para participar de audincias de conciliao visando negociao dos dbitos e demais conflitos. A CBMAE/ACICG comeou o ano de 2012 com 31 audincias de conciliao agendadas para o ms de janeiro.

    CONDE DOS ARCOSO prmio Conde dos Arcos - Acesso Justia foi criado para homenagear as unidades da rede da Cmara Brasileira de Mediao e Arbitragem Empresarial que se destacaram no ano de 2011. O intuito foi convidar as Cmaras de Mediao e Arbitragem e os Postos Avanados de Conciliao Extraprocessual a relatar suas experincias exitosas. As categorias foram escolhidas para privilegiar objetivos que toda a rede CBMAE deve perseguir: Relaes com o mercado e sustentabilidade, Parcerias Institucionais e Marketing e Excelncia operacional.Confira a colocao da CBMAE/ACICG e

    do PACE: Categoria: Relaes com o mercado e sustentabilidade2 lugar - Cmara de Mediao e Arbitragem de Campo Grande - CBMAE ACICG

    Categoria: Excelncia Operacional2 lugar - Posto Avanado de Conciliao Extraprocessual da Associao Comercial de Campo Grande - PACE TJ MS

    TRABALHO EM 2012A primeira reunio em 2012 com os especialistas da CBMAE/ACICG aconteceu no dia 6 de fevereiro, na sala da presidncia da ACICG.Foram apresentados os resultados da

    CBMAE/ACICG e do PACE/TJMS.Sob a coordenao do dr. Roberto Oshiro, presidente da CBMAE, a primeira reunio do ano contou com a presena dos seguintes especialistas: Andrea Afif Elossais, ngelo Alves de Abreu, Daniela Guerra Garcia, Dlcio Luiz Vesenick, Diego Linhares da Cunha, Jane Joclia de Oliveira Mareco, Jenner Luiz Puia Ferreira, Jos Paulo Scarcelli, Jlia C. Toledo, Nair Fumie Tomiyoshi Nakao e Valdineir Ciro de Souza.Procure a CBMAE/ACICG e conhea as formas alternativas para solucionar seus conflitos de forma rpida, econmica e eficaz. Para mais informaes entre em contato: CBMAE/ACICG 3312-5062

    CONCILIAO E ARBITRAGEM

    CBMAE apresenta resultados de 2011

    Procedimentos em 2011 - PACE Posto Avanado de Conciliao Extra ProcessualTotal de procedimentos: 434Frutferas: 69%Infrutferas: 31%Valor total dos acordos: R$ 121.955,27

  • Maro de 2012 | 17

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

  • 18 | Maro de 2012

    Comrcio preparado para datas especiais

    A voz corrente que o ano no Brasil s comea depois do Carnaval. Neste caso, 2012 parece um ano exemplar. O ms de maro deve exibir um desempenho excepcional para o comrcio em comparao com dados de 2011, graas, entre outros motivos, ao efeito calendrio. Mas ser em maio e junho que o impacto benfico de medidas econmicas adotadas no ano passado devero ser sentidas de fato em todo o comrcio.

    O economista da Associao Comercial de So Paulo (ACSP), Emilio Alfieri, acredita que somente no quinto e sexto meses deste ano que aparecero os efeitos benficos das quedas da taxa bsica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central e da flexibilizao das medidas de conteno do consumo editadas pelo governo. A reduo do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de alguns produtos tem prazo at maro e o comrcio, comenta o

    economista, ainda poder se beneficiar dessa reduo para formar estoque para o Dia das Mes.As datas comemorativas so as molas que impulsionam o movimento no comrcio em todo o Pas, reforando caixa de praticamente todas as empresas do setor, levando nessa esteira o desempenho da indstria nacional por conta da desova da produo atravs do setor tercirio.

    DATAS COMEMORATIVAS

  • Maro de 2012 | 19

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    Consumo premiado

    O comrcio de Campo Grande j se prepara para a prxima data comemorativa, mas ainda con-tabiliza os resultados do ltimo Natal.A Campanha de vendas e prmios Na-tal Mgico, realizada pela Associao Comercial e CDL, em parceria com Sebrae-MS, Assetur, Drogaria So Ben-to, Sicredi e Sindivarejo, movimentou o comrcio e impactou positivamente as vendas. Os consumidores campo-grandenses demonstraram um otimismo cauteloso e o comrcio auferiu um re-sultado menor do que a previso inicial para o ms de dezembro. Quanto campanha Natal Mgico, cerca de dois milhes de seladinhas estiveram disposio dos consumidores, com prmios instantneos que premiaram aqueles que preferiram adquirir produ-tos e servios no comrcio de Campo Grande.Fiquei muito feliz de ter ganho um televisor LCD. A promoo foi tima e muitas pessoas puderam ganhar um pre-sente extra no final do ano. Espero que no Natal de 2012 a Associao Comer-cial realize outra promoo desse tipo,

    disse a consumidora Maria Neide da Silva, que fez sua compra no Feiro dos Calados e ganhou uma TV LCD 32.J comprei em vrias lojas de Campo Grande e nunca ganhei prmio algum. Gostei muito da promoo, princi-palmente porque ganhei um prmio instantneo, afirmou Vinicius de Al-meida, ganhador de uma bicicleta aro 26. Ele fez compra no perodo de Natal na Madeireira Tamandar, empresa par-ticipante da Promoo.

    Kelson Rodrigues

    Clovis RampazoVinicius Almeida

    Rosely Fernandes

    Maria Neide

  • 20 | Maro de 2012

    Desde fevereiro, mais de um quarto da populao brasileira tem seus contracheques mais abastecidos. O novo salrio mnimo de R$ 622, em vigor desde 1 de janeiro, alcana 48 milhes de pessoas, segundo o Departamento Intersindical de Estatsticas e Estudos Socioeconmicos (Dieese).O reajuste de 14,1% est injetando R$ 47 bilhes na economia nacional, tambm de acordo com o Dieese. A renda extra, que representa aumento real de 9,2% - acima da inflao de 6,5% apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) em 2011, deve estimular os pequenos negcios.O ganho no salrio mnimo ser positivo para o varejo em tempos de desacelerao da economia em virtude da crise financeira internacional, na viso do presidente da Federao das Associaes Comerciais do Estado de So Paulo (Facesp), Rogrio Amato. Esse dinheiro a mais no bolso do consumidor vai entrar no mercado, principalmente, pelos supermercados, na compra de alimentos, roupas e variedades. Com a reduo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e novos incentivos ao crdito, o novo mnimo poder atingir positivamente, ainda que com menor fora, tambm o setor de eletrodomsticos e eletroeletrnicos, opina Amato. Em contrapartida, dirigentes sindicais e empresrios de um modo geral demonstram preocupao com a inflao, que avanou em 2011, e com o choque nas contas pblicas. O novo mnimo representar gastos de R$ 23,9 bilhes para o governo, a maior parte R$ 15,3 bilhes em decorrncia do pagamento de benefcios da Previdncia Social.

    preciso ficar atento ao impacto nas contas pblicas num momento de instabilidade da economia mundial.Preocupa tambm o impacto que o novo mnimo far nas contas pblicas das prefeituras, principalmente nas menores, assim como no dficit previdencirio, que um problema srio e est sendo

    postergado, podendo ser grande empecilho ao crescimento da economia brasileira nos prximos anos. Basta vermos que parte da crise da Europa tem como pano de fundo o dficit fiscal.Apesar da maior presso no oramento governamental, o reajuste do salrio mnimo tambm vai resultar em maior

    arrecadao de impostos. O Dieese calcula que sero recolhidos mais R$ 22,9 bilhes este ano devido ao aumento do consumo causado pela renda extra da populao. Alm disso, em 2012, o governo vai arrecadar mais com a alta das alquotas de IPI de cigarros e bebidas. No estado de So Paulo, lembra o presidente

    da Facesp, o novo regime tributrio do ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias) poder compensar os gastos extras do governo local.

    Novo salrio mnimo vai beneficiar pequenos negcios

    Raio X do salrio mnimoReajuste de 14,1% em 2012, alcanando R$ 622Aumento de R$ 77 em relao aos R$ 545 vigentes em 2010Injeo de R$ 47 bilhes na economiaBenefcio direto a 48 milhes de brasileirosAumento real de 9,2%Impacto de R$ 23,9 bilhes nas contas pblicasCorrespondente a R$ 20,73 por dia e R$ 2,83 por hora de salrio

    DINHEIRO NOVO

  • Maro de 2012 | 21

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24TRIBUTOS

    Sefaz atende setor produtivo sobre o Sintegra Analtico

    Atendendo pleito de empresrios do comrcio e demais segmentos do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado publicou decreto no dia 15 de fevereiro contendo solues para a inadimplncia, que atingia 90,25% das empresas, com a entrega das informaes do Sintegra, principalmente no que diz respeito ao inventrio/controle de estoque (registro 74) onde a no entrega das informaes de forma correta suplantaria 95% das empresas que at ento estavam obrigadas a este dever de natureza instrumental.Em reunio realizada em novembro do ano passado entre as entidades do setor produtivo e o secretrio de Fazenda, Mrio Srgio Lorenzetto, o tributarista e diretor da ACICG, Roberto Oshiro, explicou as principais dificuldades encontradas pelas

    empresas que inviabilizam o atendimento das exigncias do Fisco no lanamento do movimento passado nos novos sistemas, aquisio do software de plataforma paralela e auditoria contbil, contratao de pessoas especializadas s para este levantamento, falta de informaes detalhadas e custo muito elevado, quase invivel para os empresrios.Ficou definido que as entidades iriam encaminhar uma pauta de propostas com as solues possveis e viveis para resolver o problema, tendo em vista o alto ndice de contribuintes que esto em dificuldades para atender as novas tecnologias e modificaes implementadas pelo Fisco.Lorenzetto ouviu atentamente as reivindicaes e sinalizou positivo para a proposta do ajuste de estoque (registro 74) elaborado pelo setor produtivo do

    Estado, e determinou que o assunto fosse estudado por uma comisso composta de tcnicos da SEFAZ e das entidades.O decreto publicado agora em fevereiro resultado dos trabalhos dessa Comisso de Estudos Tributrios e vai alm do que foi reivindicado. As empresas do Simples com faturamento anual de at R$ 1,8mi ficam isentas das obrigaes do Sintegra Analtico. Empresas fora do Simples com faturamento de at R$ 600 mil anuais tambm esto isentas. Para as demais empresas que ainda no esto atendendo s exigncias do Sintegra Analtico, o Governo do Estado abriu mo das informaes pretritas referente aos anos de 2010 e 2011, restringindo as exigncias apenas a partir de janeiro de 2012 com prazo de entrega dos arquivos analticos at 15 de abril de 2012.

  • 22 | Maro de 2012

    ARTIGO

    Trabalho barato reflete um mundo no qual a mdia chegou ao fim

    Em um ensaio intitulado Making It in America (algo como, Tendo Sucesso nos Estados Unidos), publicado na ltima edio da revista The Atlantic, o escritor Adam Davidson relata uma piada da regio produtora de algodo dos Estados Unidos sobre o nvel de automao atingido pelas fbricas de tecidos modernas. Segundo a piada, atualmente esse tipo de fbrica s possui dois funcionrios: um homem e um cachorro. O homem est l para alimentar o cachorro, e o cachorro fica na fbrica para impedir que o homem se aproxime das mquinas. O artigo de Davidson um dos vrios textos recentes que argumentam que

    um dos principais motivos pelos quais os Estados Unidos tm atualmente um ndice de desemprego to elevado e remuneram to mal a sua classe mdia no apenas a grande queda da demanda provocada pela Grande Recesso, mas tambm o enorme aumento da globalizao e o crescimento da revoluo em tecnologia de informao, que esto, mais rapidamente do que nunca, substituindo trabalhadores norte-americanos por mquinas ou por trabalhadores estrangeiros. Antigamente os trabalhadores que possuam uma qualificao mdia e que desempenhavam tarefas de qualidade tambm mdia podiam contar com um estilo de vida mdio. Mas, atualmente,

    a mdia acabou oficialmente. Ter qualidade mdia simplesmente no significa mais uma garantia da mesma renda que era obtida no passado. Isso no mais possvel em uma poca na qual uma quantidade muito maior de empregadores conta com um acesso muito maior a mais mo de obra barata e de qualificao acima da mdia, bem como a equipamentos robotizados baratos, softwares baratos, automao barata e gnios baratos. Portanto, todo mundo precisa encontrar o seu prprio fator extra a sua contribuio de valor nica que faa com que o indivduo se destaque na sua rea profissional. A mdia acabou. Sim, as novas tecnologias esto

    Thomas L. FriedmanColunista de assuntos internacionais do New York Times desde 1995, Friedman j ganhou trs vezes o prmio Pulitzer de jornalismo.

  • Maro de 2012 | 23

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    devorando empregos h muito tempo, e continuaro a devorar. Conforme o ditado, se os cavalos pudessem votar, jamais teriam surgido automveis. Mas tem havido uma acelerao dessa tendncia. Conforme observa Davidson, De 1999 a 2009, as fbricas dos Estados Unidos demitiram trabalhadores to rapidamente que elas quase anularam todos os ganhos dos 70 anos anteriores; cerca de um dentre cada trs empregos no setor industrial um total de cerca de seis milhes simplesmente desapareceu. E ns ainda no vimos nada. Em abril do ano passado, Annie Lowrey, da revista Slate, escreveu a respeito de uma nova empresa chamada E la Carte que dever fazer com que diminua a necessidade de contratar garons e garonetes: a companhia criou uma espcie de iPad que permite que o consumidor faa o pedido e pague na prpria mesa. A inveno, conhecida como Presto, que foi criada por um grupo de engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), poder ser encontrada em breve em um restaurante prximo ao leitor... O cliente seleciona o prato que deseja e o coloca em um carrinho de pedidos. Dependendo das preferncias do restaurante, o painel poder mostrar informaes nutricionais, listas de ingredientes e fotografias. O cliente pode fazer pedidos especiais, como por exemplo quero molho nas laterais, ou dose de bacon quntupla. Aps terminar, o pedido remetido para a cozinha, e o Presto diz ao cliente quanto tempo a comida vai demorar. Quem estiver entediado com os companheiros de mesa pode simplesmente jogar na maquininha. Ao terminar a refeio, o cliente paga por meio do tablet, dividindo a conta prato por prato, se desejar, e pagando da forma que desejar. E o recibo pode ser remetido por e-mail. Cada aparelho custa US$ 100 por ms. Se um restaurante servir refeies oito horas por dia, sete dias por semana, isso representar 42 centavos por hora por mesa fazendo com que o Presto seja mais barato do que o mais barato dos garons. E o que o iPad no faz de uma forma acima da mdia, um trabalhador chins far. Basta ver este pargrafo do timo artigo de Charles Duhigg e Keith Bradisher, publicado no New York Times, sobre o motivo pelo qual a Apple fabrica tantos dos seus produtos na China: A Apple reprojetou a tela do iPhone no

    ltimo minuto, o que resultou em uma reformulao na linha de montagem. Novas telas comearam a chegar s fbricas chinesas quase meia-noite. Um gerente imediatamente acordou 8.000 trabalhadores que estavam nos dormitrios da companhia. Cada funcionrio recebeu um biscoito e uma xcara de ch, foi conduzido rea de trabalho e, dentro de meia hora, iniciou um expediente de 12 horas, inserindo telas de vidro nas estruturas dos aparelhos. Dentro de 96 horas, a fbrica estava produzindo mais de 10 mil iPhones por dia. A velocidade e a flexibilidade so impressionantes, disse o executivo. Nenhuma fbrica norte-americana capaz de competir com isso. E a automao no se restringe apenas s fbricas, explica Curtis Carlson, diretor executivo da SRI International, uma empresa do Vale do Silcio que inventou o programa para o Apple iPhone conhecido como Siri, o assistente pessoal digital. O Siri o incio de uma enorme transformao na forma como ns interagimos com bancos, companhias de seguro, lojas, companhias do setor de sade, servios de recuperao de informaes e prestadores de servios. Sempre haver mudanas novos empregos, novos produtos, novos servios. Mas uma coisa da qual ns temos certeza que, a cada avano na globalizao e na revoluo da tecnologia de informao, os melhores empregos exigiro que os trabalhadores possuam um maior e melhor nvel educacional para se colocarem acima da mdia. Eis aqui os mais recentes ndices de desemprego do Departamento de Estatsticas do Trabalho relativos aos norte-americanos de mais de 25 anos de idade: aqueles que no tm diploma de segundo grau, 13,8%; os que tm diploma de segundo grau, mas que no fizeram curso superior, 8,7%; os que fizeram parte de um curso superior ou que tm um diploma intermedirio (entre o segundo grau e o superior), 7,7%; e os que possuem bacharelado ou um ttulo mais elevado, 4,1%. Em um mundo no qual a mdia chegou oficialmente ao fim, muitas coisas precisam ser feitas para elevar o ndice de emprego, mas nada seria to importante quanto criar algum tipo de GI Bill (legislao norte-americana que garante o financiamento dos estudos de militares) para o sculo 21 que garanta que todos os norte-americanos tenham acesso educao superior. (Tradutor: UOL)

  • 24 | Maro de 2012

    LEITURA RPIDA

    Classe dominanteUma pesquisa do instituto Datafolha mostrou que seis em cada dez brasileiros pertencem classe mdia, ou classe C. Isso significa que o grupo possui 90 milhes de pessoas, segundo o levantamento, um nmero superior populao da Alemanha. Ainda de acordo com a pesquisa, a classe mdia brasileira est longe de ser homognea por conta de sua variedade de indicadores de renda, educao e posse de bens de consumo. De acordo com a pesquisa, a populao que escapa das classes D e E, mas no tem presena na classe A so participantes deste grupo.

    Consumidor do futuroA compra pode mudar. Talvez as pessoas no precisem mais ir loja porque elas tero uma experincia de compra melhor em casa. A afirmao de Bryan Eisenberg, celebrado articulista de jornais de negcios nos Estados Unidos e autor de livros como Call to Action, Waiting For Your Cat to Bark? e Always Be Testing. Agora, a explicao: segundo Eisenberg, as pessoas esto tendo cada vez menos tempo para sair s compras, as experincias nas lojas no so diferentes e h dispositivos que em breve permitiro at provar roupa em casa, virtualmente. Em breve, o telefone inteligente ser integrado TV e ter papel ainda maior na vida das pessoas. Toda mdia est sendo digitalizada. Os anncios em revistas j mostram vdeos quando escaneamos o QR code, conta. Mais de 50% das decises de compra tm sido influenciadas por smartphones.

    Novas fusesAs empresas devem acelerar o fechamento de fuses e aquisies, no primeiro semestre deste ano, para escapar da nova lei antitruste (n 12.529), que criou o Super-Cade. Quem concluir fuses antes de 30 de maio, data de entrada em vigor da lei, no vai precisar esperar pelo aval prvio do Super-Cade para que o negcio tenha efeitos imediatos no mercado. J quem fizer fuses e aquisies depois dessa data ter de se submeter s regras da nova lei antitruste e s vai poder fechar o negcio em definitivo com o julgamento do novo rgo.

    Expanso garantidaOs shopping centers devem continuar em expanso em 2012, com a inaugurao de 44 novos empreendimentos, segundo previso da Associao Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). No ano de 2011, o setor teve participao de 18,3% do total de vendas geradas no varejo e chegou a representar 2% do Produto Interno Bruto brasileiro, encerrando o ano com um crescimento de 12% e faturando R$ 97,4 bilhes. Um dos maiores desafios para as empresas que buscam lanar novos empreendimentos em 2012 ser a alta taxa de ocupao de espao, que, de acordo com um estudo da TNS encomendado pela Abrasce, chegou ao patamar de 98,5% nos centros urbanos, em 2011.

    Enorme desafioOs principais desafios para extinguir a classe E no Pas esto estampados no prprio perfil dessa populao. Segundo pesquisa do instituto Data Popular, quase a metade da classe E (49,8%) tem at 15 anos de idade, 32,2% deles so analfabetos e 40% vivem no campo. Esses ndices so bem superiores mdia da populao do Pas, que de 25,2%, 16,4% e 15,7%, respectivamente. Precisa ter muito investimento pblico em programas sociais e universalizao do ensino bsico para resolver essa situao, afirma o scio diretor do Data Popular, Renato Meirelles. Ele ressalta que os 7 milhes de brasileiros que continuam em situao de extrema pobreza so os casos mais difceis de serem resolvidos.

  • Maro de 2012 | 25

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    Consumo das famlias As oportunidades de negcio seguem a tendncia de mudana de consumo da populao. De acordo com a pesquisa Cenrios 2020, realizada pelo Sebrae-SP, em todas as classes sociais, os gastos com alimentao e habitao lideram o consumo de servios e comprometem, em mdia, 19% e 36%, respectivamente, das despesas de consumo das famlias paulistas. importante observar que os setores que demonstram maior crescimento de consumo das famlias tambm so os que tm maior oferta. Assim, quem optou por empreender nesses segmentos precisa estar atento ao mercado pela forte concorrncia que vai enfrentar. Neste caso, planejamento e inovao so questes cruciais para a sobrevivncia, acrescentou o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

    Publicidade na internet A publicidade na internet brasileira dever superar os gastos com anncios em jornais e revistas at 2015, seguindo a onda das economias mais desenvolvidas. A previso apontada pela Wark International Ad Forecast, servio que analisa o segmento. O tempo gasto com as mdias digitais vem aumentando rapidamente, sendo assim, natural que os anunciantes migrem para onde se encontram os seus consumidores, explica o especialista Leandro Kenski, CEO da Media Factory, agncia especializada em marketing digital.

    Brasil, o alvo da Apple Durante a apresentao de resultados da Apple, Tim Cook, o substituto de Steve Jobs no comando da empresa, afirmou que o Brasil um mercado estratgico. Para ele, o mercado brasileiro reserva uma grande oportunidade para a Apple, j que est em franco crescimento e conta com uma populao que gosta de comprar tecnologia. Por essa caracterstica, segundo Cook, o pas, depois da China, o mercado emergente onde a Apple mais investir dinheiro, tanto na produo de produtos como na venda.

  • 26 | Maro de 2012

    Segundo escreve Leonardo Lacerda, diretor da Sargas, uma empresa de consultoria com foco exclusivo em logstica, usualmente pensamos em logstica como o gerenciamento do fluxo de materiais do seu ponto de aquisio at o seu ponto de consumo. No entanto, prossegue Lacerda, existe tambm um fluxo logstico

    reverso, do ponto de consumo at o ponto de origem, que precisa ser gerenciado. Este fluxo logstico reverso comum para uma boa parte das empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas tm que gerenciar todo o retorno de embalagens (garrafas) dos pontos de venda at seus centros de distribuio. As siderrgicas usam como

    insumo de produo em grande parte a sucata gerada por seus clientes e para isso usam centros coletores de carga. A indstria de latas de alumnio notvel no seu grande aproveitamento de matria prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. A Logstica Reversa tem sido citada com

    Uma viso sobre essa nova tendncia empresarial

    LOGSTICA REVERSA

  • Maro de 2012 | 27

    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    A iniciativa nasceu a partir de uma necessidade da empresa de falar diretamente com o pblico sobre conscientizao e disseminao dos princpios da marca. Com o projeto, a Adidas busca atingir os trs pilares da sustentabilidade, pelo aspecto econmico, social e ambiental.Nossa ao, economicamente, auxilia na construo da imagem da Adidas diante do pblico. Socialmente, mobilizamos os consumidores conversando com eles sobre uma atitude cada vez mais necessria na sociedade em que vivemos e a iniciativa impacta principalmente o meio ambiente. Os calados descartados, ao invs de irem parar nos lixes ou nas ruas, sero levados para fbricas com intuito de gerar energia, diz Fabiano Lima, Diretor de Relaes Institucionais e de Sustentabilidade da Adidas Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

    Pesquisa recente a respeito do descarte de medicamentos vencidos trouxe uma grande preocupao, para as autoridades e para a populao consciente. A pesquisa aponta que 70% dos consumidores no se livram desses medicamentos de forma correta. O que fazer com o que sobrou quando o tratamento acaba mas o remdio no? Sete em cada dez consumidores jogam medicamentos vencidos no lixo comum, de acordo com o estudo da Faculdade Oswaldo Cruz especialista em cursos na rea de sade, o que uma atitude perigosa. Algum pode encontrar e usar esse remdio vencido.Criamos essa campanha porque sabemos que a maioria da populao no tem noo do risco que lanar os medicamentos vencidos no lixo ou em outro lugar

    Para garantir o descarte adequado do calado, o usurio poder entregar os produtos sem condies de uso, de qualquer marca, nas lojas Adidas. O cliente assinar um termo de doao do material para a reciclagem e, em troca, receber um brinde. Em So Paulo, nos trs primeiros meses, a recompensa ser um ingresso para visitar o Museu do Futebol, no Pacaembu. Cada cidade, entretanto, ter uma opo para os consumidores. Os produtos entregues nos pontos de venda sero encaminhados para a empresa de logstica reversa e gesto ambiental RCRambiental. A parceira da Adidas ser responsvel por descaracterizar as peas e transport-las at o destino final, onde os calados sero transformados em combustvel para alimentar fornos de cimento. O mecanismo possibilita o reaproveitamento integral dos produtos como fonte de energia.

    qualquer. Os danos podem ser srios para as pessoas e para o meio ambiente, afirma Flvia Buainain, farmacutica da Rede de Drogarias So Bento.Participar da campanha Destino Consciente muito simples: o consumidor deve separar seus medicamentos vencidos conservando-os dentro da caixa original. Em seguida deve entregar esses medicamentos em mos para um farmacutico nas lojas da Drogaria So Bento cadastradas. Pronto, est feito o descarte com destino consciente. A partir dessa fase, a Drogaria So Bento se encarregar de entregar os medicamentos a uma empresa especializada em coleta e destinao final de resduos que transportar os medicamentos vencidos para tratamento tcnico em incinerador licenciado.

    frequncia e de forma crescente em livros modernos de Logstica Empresarial, em artigos internacionais e nacionais, demonstrando sua aplicabilidade e interesse em diversos setores empresariais e apresentando novas oportunidades de negcios no Supply Chain Reverso, criado por esta nova rea da Logstica Empresarial.Baseada nesses critrios a Adidas lana o programa Pegada Sustentvel com o objetivo de engajar o consumidor em suas atividades ambientais e dar um destino correto aos produtos no fim do seu ciclo de vida. O projeto refora o posicionamento da companhia ligado a questes sustentveis e visa minimizar os impactos causados no meio ambiente pelo descarte inadequado dos calados esportivos.Aqui em Campo Grande a Rede de Drogarias So Bento lanou no fim do ano passado o programa Destino Consciente, que tem objetivos bem definidos: evitar que os clientes mantenham medicamentos sem condies de uso em casa; conscientizar a populao que o uso do medicamento vencido causa danos a sade; fazer a triagem e levantamento de dados dos medicamentos vencidos com a parceria dos acadmicos do Curso de Farmcia da Universidade Anhanguera-UNIDERP.A logstica reversa ainda, de maneira geral, uma rea com baixa prioridade. Isto se reflete no pequeno nmero de empresas que tm gerncias dedicadas ao assunto. Pode-se dizer que estamos em um estado inicial no que diz respeito ao desenvolvimento das prticas de logstica reversa. Esta realidade, como vimos, est mudando em resposta a presses externas como um maior rigor da legislao ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais servio atravs de polticas de devoluo mais liberais. Esta tendncia dever gerar um aumento do fluxo de carga reverso e, claro, de seu custo.

    Tnis velhos

    Remdios vencidos

  • 28 | Maro de 2012

    Conforme o professor de Varejo da Fundao Getulio Vargas, Daniel Pl, os feriados prolongados trazem enormes prejuzos ao comrcio nacional. Ganham os comerciantes de shopping centers e perdem os comerciantes de lojas de rua, avaliou o professor da FGV.Segundo ele, as perdas de faturamento do comrcio brasileiro em 2012 atingiro cerca de R$ 50 bilhes. Se a gente fala que um tero, pelo menos, desse valor, os comerciantes vo ter que pegar emprestado, os bancos, graas aos feriados, vo emprestar o equivalente a R$ 15 bilhes. O setor financeiro ganha com essa histria e os governos perdem em termos de arrecadao tributria.Daniel Pl estimou que em funo dos feriados, os governos federal, estaduais e municipais deixam de arrecadar em torno

    de R$ 18 bilhes. S no comrcio.J os shopping centers no tm perdas. Pelo contrrio. Ganham porque as pessoas vo para os shopping centers normalmente nos feriados. Tanto que o domingo hoje j o segundo melhor dia de vendas para os shopping. O primeiro o sbado.O ano de 2012 tem dez feriados nacionais que caem em dias de semana. A esses se somam mais os feriados estaduais e municipais.Conforme os especialistas, os feriados que caem em sbados tm que ser considerados, porque um grande dia de venda para o comrcio. De acordo com pesquisa recente, os meses que sero mais prejudicados este ano, em razo dos feriados, so fevereiro, abril e novembro. Em fevereiro, alm de o ms j ter menos

    dias, o carnaval envolve 2,5 dias parados, que so a segunda-feira (20), a tera-feira (21) e metade da quarta-feira de cinzas (22). Em abril, h dois feriados (Sexta-Feira da Paixo e Tiradentes) e um dia enforcado. O dia seguinte ao feriado tem uma reduo de faturamento em torno de 20% da fora de venda. J novembro apresenta dois feriados (2 e 15) e trs prolongamentos. No mbito nacional, Daniel Pl informou que os feriados com enforcamento trazem ganhos para as cidades balnerias de pequeno e grande porte de todo o pas, como Fortaleza, Florianpolis e Rio de Janeiro, porque beneficiam os setores hoteleiro e de restaurantes. Nos feriados municipais, s ganham os shopping centers.

    Perdas no comrcio podem chegar a R$ 50 bi

    FERIADO PROLONGADO

    Na indstria, perdas podem chegar a R$ 44,9 bilhes, valor 21% maior do que o estimado para o ano passado

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    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    REVISTAGOL 159

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    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24LEO FAMINTO

    Brasileiros j pagaram R$ 200 bi em impostos no anoOs impostos municipais, estaduais e federais pagos pelos brasileiros j somam mais de R$ 200 bilhes no ano, segundo o Impostmetro, painel que calcula a arrecadao. O instrumento mostrou que a marca dos R$ 200 bilhes foi atingida s 16h30 do dia 13 de fevereiro.De acordo com a Associao Comercial de So Paulo (ACSP), entidade onde o Impostmetro est instalado, em 2011 a marca foi alcanada nove dias mais tarde, em 22 de fevereiro.

    TAXA DE JUROSAps a reduo dos juros para 10,5% ao ano em janeiro, os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de que os juros bsicos da economia brasileira sero reduzidos novamente em 2012. A previso para a taxa bsica de juros da economia no fim deste ano permaneceu em 9,5% ao ano.

    Inaugurado em abril de 2005 pela ACSP, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio (IBPT), o painel eletrnico que calcula a arrecadao em tempo real est instalado na sede da as-sociao, na Rua Boa Vista, regio central da capital paulista. O total de impostos pagos pelos brasileiros tambm pode ser acompanhado pela internet na pgina do Impostmetro.Ao longo de 2011, os brasileiros pagaram um total de R$ 1,51 trilho.

    Em 2011, o impostmetro da Associao Comercial de SP mostrou que a arrecadao chegou aos R$ 500 bilhes no dia 4 de maio.

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    REVISTA AO COMERCIAL | ANO 4 | N 24

    O governo adiou, mais uma vez, o incio do novo ponto eletrnico que estava previsto para entrar em vigor em 1 de janeiro deste ano. Segundo o Ministrio do Trabalho e Emprego, a lei, agora, ser aplicada s empresas progressivamente de acordo com o segmento em que atuam. As novas condies comeam a vigorar em 2 de abril, de acordo com a Portaria 2.686, publicada em 28 de dezembro de 2011. Essa j a quinta vez que a adoo da tecnologia adiada.A justificativa dada na portaria para o adiamento devido a dificuldades operacionais ainda no superadas em alguns segmentos da economia para implantao do Sistema de Registro Eletrnico de Ponto. As primeiras empresas obrigadas a adotar o ponto eletrnico a partir de abril so aquelas com atividades ligadas indstria,

    ao comrcio em geral e ao setor de servios, incluindo segmentos financeiros, transportes, construo, comunicaes, energia, sade e educao. Para micro e pequenas empresas, a lei passa a valer apenas cinco meses depois, em 3 de setembro de 2012.As empresas tero de manter equipamento com capacidade de 1,4 mil horas ininterruptas em casos de falta de energia e disponibilizar impressora de uso exclusivo para impresso de qualidade para durabilidade de cinco anos de todas as marcaes.Em todo o Pas, cerca de 700 mil empresas devero ser enquadradas na obrigatoriedade do novo ponto eletrnico. Segundo com o Ministrio, as regras adotadas tm o objetivo de evitar fraudes no controle de jornada trabalhada, impedindo que horrios anotados na entrada e sada do expediente sejam alterados.

    Venda de aparelhosDe acordo com a Associao Brasileira das Empresas Fabricantes de Equipamentos de Registro Eletrnico de Ponto (Abrep), at o momento foram vendidos 300 mil equipamentos desde que a portaria 1.510 foi lanada, em 2009. Foram lanados mais de 120 produtos, utilizando tecnologias diversas como RFID, biometria e cdigo de barras.Dimas de Melo Pimenta III, presidente da Abrep e vice-presidente da Dimep, fabricante de aparelhos de ponto eletrnico, informa que a procura no ms de agosto, quando o novo ponto estava previsto para entrar em vigor em 1 de setembro, aumentou em 50% em comparao com os meses anteriores. J em setembro, o aumento foi de 20% na procura em relao aos demais meses. Segundo Dimas, a procura tem sido maior por pequenas e mdias empresas.

    O ponto eletrnico est programado para emitir um comprovante a cada vez que o empregado bater o ponto, alm de o relgio no poder ser

    bloqueado nem ter os dados editados.

    Comrcio e servios, os primeiros a adotar novo sistema

    PONTO ELETRNICO

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