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Revista AECIC Negócios

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Edição 02 - Ano 01 Julho 2012

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Page 1: Revista AECIC Negócios

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Page 2: Revista AECIC Negócios

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ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DA

CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA

Gestão 2011-2013

Rua Manoel Valdomiro Macedo, 2445

Cidade IndustrialCuritiba (PR)

81170-150

Tel | Fax: (41) 3347-1011

[email protected]

Edição 02 – Ano 01

Julho 2012

Editor Executivo

Moacir Moura

Jornalista

Responsável

Meri Rocha

DRT 3735/PR

Direção de Arte

e Diagramação

Juliana Deslandes

Impressão

Gráfica Capital

PRESIDENTE CELSO LUIZ GUSSOCampodoro Participações e Empreendimentos Ltda

VICE- PRESIDENTE FINANCEIROMARCELLO LUPÁRIAMaclínea S/A Máquinas e Engenharia

VICE-PRESIDENTE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

NELSON ROBERTO HUBNERHubner Indústria Mecânica Ltda

VICE-PRESIDENTEPATRIMÔNIOCARLOS ANTONIO GUSSORisotolandia Ind. e Com. De Alimentos Ltda

VICE- PRESIDENTE ADMINISTRATIVO

MARINO GAROFANI Brafer Construções Metálicas S.A

VICE- PRESIDENTE JURÍDICO

JOÃO CASILLOCasillo Advogados

Page 3: Revista AECIC Negócios

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EXPEDIENTE

ALAIDES FRANCISCO DE OLIVEIRA Itaeté Construtora De Obras Ltda

BALDOINO SENSSiemens Enterprise Communications

CARLOS MORASSUTTIVolvo do Brasil Veículos Ltda

DUILO DAMASORobert Bosch Ltda

FRANSCESCO PALLAROCNH Latin America Ltda

JACKSON LENZI PIRESPlásticos do Paraná Ltda

VICE- PRESIDENTE FINANCEIROMARCELLO LUPÁRIAMaclínea S/A Máquinas e Engenharia

Editorial 06

Entrevista | Beto Richa 08

Artigo | João Casillo 12

Artigo | Eloi Zanetti 14

Pesquisa 16

Consumo 18

20 Personalidade | Carlos Gusso

24 Sebrae

30 Entrevista | Joel Malucelli

34 AECIC em Ação

38 Artigo | Ricardo Martins

42 Inovação

ÍNDICE

JOÃO BARRETO LOPESSENAI – PR

JOSÉ RIBAMAR BRASIL DOS REIS CIEE - Centro Integração Empresa-Escola do PR

LUIZ BEN-HUR LOURESTranstupi - Transp. Coletivo Ltda

LUIZ OLÍVIO BORTOLLIDenso do Brasil Ltda

OSMAR ANTONIO MIGDALESKI Cassol Pré Fabricados Ltda

WANCLEI BENEDITO SAIDCondor Super Center Ltda

DIRETORES ADJUNTOS:

DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL MARTINHO FAUST

Stockholm Adm. e Participação Ltda

RECURSOS HUMANOSJOSÉ ANTÔNIO FARES

SESI Paraná

EXECUTIVO CARLOS VIVALDI RODRIGUES

CONSELHEIROS:

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Page 6: Revista AECIC Negócios

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MAIOR PRODUTIVIDADESAÍDA PARA INDÚSTRIA SER MAIS COMPETITIVA

Por CELSO LUIZ GUSSO,Presidente da AECIC

O povo brasileiro tem demonstrado possuir uma

cultura empreendedora avançada. Já está impregnado

na maioria das pessoas o sonho de ser dono do seu

próprio nariz. Coragem, determinação e capacidade de

organização nunca faltaram para nós. Informação, co-

nhecimento e consciência da importância da inovação

também, cujos exemplos extraordinários temos o pra-

zer de apresentar na AECIC NEGÓCIOS deste mês.

As entidades empresariais estão sempre empe-

nhadas em prestar serviços úteis para seus associados

ou representados. Evoluímos bastante nessa área asso-

ciativa, uma vez que é um dos melhores caminhos para

o empresariado buscar melhorias em suas atividades.

Mas não há serviços melhores do que aqueles concen-

trados em três pontos principais do DNA de um negócio:

Estimular a capacidade empreendedoraPreservar os negócios existentes

Disseminar a cultura da inovação nas empresas.

Vivemos num mundo diferente, sabemos disso.

Estamos no meio de um caldeirão de transposição de era

e não uma era de mudanças apenas. Nesse novo mundo

que estamos adentrando o conhecimento é a principal

moeda de troca. Não há mais produ-

to competitivo se em seu conteúdo

não estiver embutido conhecimento.

É com esse parâmetro que o merca-

do em geral e o cliente em particular

avalia uma organização. Havendo

conhecimento, haverá condições

de se competir internacionalmente.

Não havendo, estaremos fora do

jogo. “Dura lex sed lex”, a lei é dura

Page 7: Revista AECIC Negócios

7

EDITORIAL

mas é a lei, expressão latina que se

encaixa bem aqui.

Precisamos nos ajustar a essa

nova realidade. Através das nossas

entidades – Sindicatos, Federações,

Associações e demais Organizações

sociais -, nos unir em torno de um

grande projeto, imaginariamente

algo que poderíamos batizar de

PAR – Programa de Aceleração de

Riquezas. Estimular o nascimento

de projetos novos e dinamizar os

existentes, sem burocracia, cada um

no seu quadrado, mas juntando tudo

num círculo abrangente para ganhar-

mos mais força e melhor consistên-

cia. Sempre que nos reunimos com

os governantes, eles nos dizem que

dinheiro há em abundância, o que

faltam são projetos. Bons projetos.

Pensando bem, há boas ideias

na sociedade e verbas disponíveis,

muitas vezes estocadas nos esca-

ninhos do Estado. Na realidade, so-

mos carentes de visão estratégica

para eleger o que é mais apropria-

do para solucionar determinado pro-

blema. Nem sempre sabemos tomar

o remédio certo para os males que

nos afligem. Quando, por visão ou

coincidência, ingerimos o remédio

adequado, não sabemos implemen-

tar as coisas no timing certo. Per-

demos tempo precioso. Tanto que já se fala por aí que

em termos de crescimento econômico, 2012 será um

ano perdido. Ou ainda há tempo para salvá-lo?

Sentimos na pele que não basta baixar juros,

nem reduzir impostos setorialmente. Desenvolvimen-

to não se faz com discursos, promessas, ameaças.

Faz-se com ações. Antes, porém, ou simultaneamente,

precisamos fazer os ajustes estruturais óbvios. Tratar

as causas, não as consequências. Os tratamentos das

consequências, por melhores que sejam, acabam ge-

rando efeitos colaterais no organismo econômico. Mais

distorções ainda. Em vez de promover a cura, leva o

paciente ao estado letárgico, situação desagradável

que não melhora nem piora, cria vícios e perde quali-

dade de vida. Precisamos de um choque de gestão.

Choque de produtividade. Atacar a qualidade da ofer-

ta, não a estimulação da demanda apenas.

E não estamos discutindo a velha teoria liberal

sobre o que é bom para o país, se mais ou menos gover-

no. O que discutimos e reivindicamos com toda a ener-

gia do sistema empresarial, tendo como base as lições

de alguns dos melhores empreendedores paranaen-

ses, é a existência de um governo eficaz. Que pense e

aja de forma estratégica, não isoladamente, mexendo

neste ou naquele setor apenas. Que suas ações tenham

começo, meio e fim. Inspirar e geral bons exemplos.

Em vez de ficarmos nesse eterno círculo vicioso, governo, bancos e empresas

deveriam agir em parceria a fim de criar um círculo virtuoso que estabeleça condições reais para o crescimento

nacional.

Page 8: Revista AECIC Negócios

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ENTREVISTA

BETO RICHA

FALA AOS EMPRESÁRIOSGovernador do Paraná faz um balanço das atividades até o momento e fala

sobre os investimentos para o segmento indústria

Page 9: Revista AECIC Negócios

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Desde sua posse até o momento, quais os princi-

pais avanços em relação ao segmento industrial do Paraná?

Beto Richa - O fundamental, a nosso ver, é o reestabeleci-

mento do respeito. Respeito em relação aos empreendedores

e investidores, assim como respeito ao nosso Estado. Com

ele, por meio do Paraná Competitivo, atingimos até agora R$

16,4 bilhões em investimentos, mais do que a quantia conse-

guida, e não raro desperdiçada, nos últimos oito anos. Com

ele, tivemos a geração de pelo menos 120 mil empregos dire-

tos e indiretos. O Paraná Competitivo contempla uma série de

medidas por meio da dilação de prazos para recolhimento do

ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, comér-

cio exterior, desburocratização e de capacitação profissional.

E quais os avanços desse segmento em Curitiba e

região metropolitana?

Beto Richa - A região metropolitana de Curitiba, pela

concentração populacional e de 26 municípios, além da in-

fraestrutura já instalada, acaba por reivindicar e receber um

número considerável de recursos para obras e implantação

de projetos industriais. De uma forma geral, a ASSOMEC

recebeu, desde o início de nosso governo, quase R$ 200

milhões para investimentos em obras públicas. A iniciativa

privada tem anunciado, e com alguns deles em execução,

importantes investimentos para a região. Por exemplo: em

São José dos Pinhais, a Renault ampliará sua fábrica, com in-

vestimentos de R$ 1,5 bilhão; em Campo Largo, a Caterpillar

cons-trói uma unidade fabril, investindo R$ 170 milhões, e a

suíça Sig-Combibloc amplia sua fábrica de embalagens lon-

ga-vida, investindo R$ 340 milhões; em Fazenda Rio Grande,

há um investimento de R$ 560 milhões na Sumitomo, na

construção de uma fábrica de pneus; em Rio Branco do Sul,

a Votorantim amplia sua cimenteira, investindo R$ 625 mi-

lhões, e em Adrianópolis, a Margem Mineração instala uma

fábrica de cimento, investindo R$ 340 milhões.

Quais os projetos a seguir para o segmento indus-

trial no Estado?

Beto Richa - Continuamos absolutamente empenhados

em trazer novos investimentos ao Estado, que gerem em-

pregos, renda e bem estar social para os paranaenses. Con-

sideramos incentivos fiscais, infraestrutura, meio ambiente,

logística e qualificação de mão de obra como fatores funda-

mentais para a atração e escolha de novos investimentos.

Recentemente, lançamos o guia “How To Invest in Paraná”,

produzido pela Câmara Americana de Comércio, com o nosso

apoio e da Fecomércio. Esta publicação apresenta um resumo

das oportunidades de negócios existentes no Paraná e infor-

mações socioeconômicas e demográficas detalhadas, desta-

cando a posição do Estado como destino estratégico para in-

vestimentos no Brasil. Ela faz parte deste nosso esforço geral.

Em relação à Cidade Industrial existe algum pro-

jeto específico?

Beto Richa - Temos em execução, além de outros em es-

tudo, um projeto de ampliação da Volvo, que significa R$ 1

bilhão em investimentos em quatro anos.

Um dos principais gargalos do setor industrial tem

sido a qualificação dos trabalhadores. Qual a sua análise e

quais as medidas do governo?

Beto Richa - A qualificação profissional é uma das nos-

sas principais preocupações e envolvemos todo o governo

nesta meta. Programamos, por exemplo, os Fóruns Regio-

nais das Micro e Pequenas Empresas, com parcerias com

prefeituras e diversas entidades como o Sebrae, Federação

das Indústrias do Paraná, Associações Comerciais, Fede-

ração do Comércio, Agência de Fomento, comerciantes, em-

presários, empreendedores e lideranças da maioria dos mu-

“Continuamos absolutamente

empenhados em trazer novos investimentos

ao Estado, que gerem empregos, renda e bem

estar social para os paranaenses”

Page 10: Revista AECIC Negócios

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ENTREVISTA

nicípios, exatamente com esta preocupação. Para resolver

a demanda de mão de obra qualificada com alta tecnologia,

vamos estabelecer parcerias entre as universidades e a ini-

ciativa privada. Enfim, há inúmeras ações neste sentido e o

governo não só participa delas, como as incentiva e facilita.

Cite exemplos de empreendedores paranaenses

que em sua opinião marcaram a história do PR.

Beto Richa - O Paraná já foi pródigo neste sentido. Pode-

mos citar dezenas de nomes com projeção regional e na-

cional. Lembro-me, por exemplo, do empresário Ildefonso

Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, considerado hoje um

dos onze heróis nacionais. Ele atuou em vários segmentos,

da industrialização do mate ao setor gráfico, com o mesmo

empenho que se dedicou à educação e a entidades represen-

tativas. Mais recentemente, temos exemplos estampados em

marcas paranaenses como o Banco Bamerindus, Móveis Cimo,

Pianos Essenfelder, Transparaná, HM, etc. Atualmente, temos

empreendedores e empresas importantes como J. Malucelli,

Trombini, Cacique de Café Solúvel, O Boticário, entre outros.

Como o senhor analisa esse aspecto no Estado?

Beto Richa - Este não é um aspecto que possa ser discutido

isoladamente da conjuntura econômica nacional. Precisamos

saber que tipos de estímulos e a que nível são oferecidos ao

empreendedor nacional para que ele invista e mantenha uma

atividade produtiva no País. Penso que nós estamos tentando

dar o máximo possível de incentivos, criando um ambiente

propício, para que empresas de todos os portes possam sur-

gir e crescer em nosso Estado, a despeito das oscilações da

economia no País. Segundo o IBGE, a produção industrial do

Paraná cresceu 7% no ano passado, enquanto o País cres-

ceu 0,3%. Nós lideramos o ranking nacional, deixando para

trás alguns protagonistas, representados por Espírito Santo

(6,8%) e Goiás (6,2%), e ficando bastante à frente do Rio

Grande do Sul (2%) e de Santa Catarina (-5,1%).

O que os empresários podem esperar em termos

de investimento em infraestrutura para o Paraná nos próxi-

mos anos?

Beto Richa - Estamos concretamente nos adequando às

demandas de nosso Estado, com investimentos significa-

tivos em aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, etc. Estáva-

mos absolutamente defasados em relação à demanda. Além

disso, estabelecemos integração com outros estados, como

Mato Grosso e Santa Catarina, para projetos conjuntos em

termos de infraestrutura. O plano de investimentos 2012-

2015 da APPA, por exemplo, prevê o aporte de R$ 3,5 bi-

lhões entre recursos próprios, estaduais, do governo federal

e da iniciativa privada. Também estamos investindo forte na

Vista aérea da paranaense MóVeis CiMo, eM rio negrinho (sC): uM dos Maiores exeMplos de eMpreendedorisMo do estado

Page 11: Revista AECIC Negócios

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Luiz Felipe Alves de Abreu/Infraero

recuperação de quase 12 mil quilômetros de rodovias esta-

duais - e já autorizei R$ 840 milhões para as obras, ao mesmo

tempo que avançam as tratativas com as concessionárias de

pedágio para a retomada das obras de duplicação previstas

em contrato. Quatro trechos pedagiados bastante críticos já

estão em obras e em breve fecharemos novos acordos. Da

retomada do diálogo, no início da nossa gestão, até agora,

conseguimos R$ 250 milhões em investimentos nas estra-

das pedagiadas.

Quais segmentos da economia estão mais frágeis

e que precisam de mais atenção dos empresários?

Beto Richa - Do ponto de vista do governo, estamos

fazendo de tudo para transformar esta fragilidade em for-

taleza. Perdoamos R$ 52 milhões em dívidas de 16 mil con-

tribuintes. Em maio, entrou em vigor uma lei que cancela a

cobrança de créditos tributários referentes ao ICMS de con-

tribuintes cujo saldo, em 31 de dezembro de 2010, era igual

ou inferior a R$ 10 mil. Esta lei faz parte de um programa

maior, que estabelece o parcelamento de dívidas em até 120

meses, a remissão dos débitos devidos à Receita por micro-

empresas e o pagamento de precatórios de até R$ 70 mil.

Isto é recuperar um segmento empresarial importante, que

estava combalido devido a esses débitos. Este perdão atinge

35 mil Créditos de Dívida Ativa de microempresas, inscritas

ou não em dívida ativa. O valor corresponde a 0,3% da dívida

ativa do Etstado, que tem 165 mil execuções. Com o mes-

mo enfoque, assinei um decreto que regulamenta a lei do

Simples estadual e reafirma os benefícios concedidos pelo

Paraná às micro e pequenas empresas enquadradas no Sim-

ples nacional. Nossa legislação garante isenção total para

as empresas com faturamento até R$ 360 mil por ano. A par-

tir desse valor, as alíquotas para micro e pequenas empre-

sas variam de 0,67% até 3,50%. Também estabelecemos um

regime diferenciado para o recolhimento de ICMS, visando

fortalecer alguns setores, que andavam meio fragilizados,

dando-lhes maior competitividade.

Que tipo de parcerias seriam possíveis nos próxi-

mos anos entre o governo e a iniciativa privada?

Beto Richa - Todas. Desde que haja a observação da

premissa principal de respeito mútuo e com o objetivo fun-

damental da melhoria de qualidade de vida de todos os

paranaenses.

aeroporto afonso pena eM obras

Page 12: Revista AECIC Negócios

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TRIBUTOS, GUERRAS E

REVOLUÇÕESA Guerra de Tróia (1.300 a.C a 1.200 a.C) cantada nos

versos do escritor grego Homero (800 a.C), narra a história

do irresponsável Páris, filho do rei de Tróia, Príamo, que

teria seduzido Helena, mulher de Menelau, rei de Esparta.

Esta aventura amorosa desencadeara uma guerra de dez

anos. Milhões de pessoas se encantaram quando a beleza

de Diane Kruger (Helena) e Orlando Bloon (Páris) e a valentia

de Aquiles (Brad Pitt) foram exibidas nas telas dos cinemas.

Não se tem certeza da existência de Homero, mas

realmente ocorreu sério conflito entre gregos e troianos,

que teve por causa um tributo. Tróia, à época localizada

onde hoje está a Turquia, na Ásia, tinha posição estratégica

para a entrada no estreito de Dardanelos, que liga o Mar

Egeu ao Mar Negro.

Os troianos impuseram elevada taxa para que os

gregos por ali pudessem passar. A cobrança deste tributo

João Casillo - é diretor JurídiCo da aeCiC – assoCiação das eMpresas da Cidade industrial de Curitiba. [email protected]

foi o estopim para a guerra de Tróia. Segundo Homero, os

gregos só venceram a guerra quando entraram na cidade

inimiga escondidos dentro do famoso “cavalo de Tróia”.

Mas, segundo a História, a vitória grega eliminou o tributo.

A partir de uma rebelião dos barões ingleses, o so-

berano João Sem terra, em 1215, viu-se obrigado a assinar

um documento denominado Magna Carta. Entre outras limi-

tações impostas ao rei fixou-se que não poderia o monarca

determinar a criação de tributos sem que o Conselho do Rei-

no antes o consentisse. A limitação do poder de tributar foi

fundamental para salvar a cabeça de João Sem Terra.

Os colonos que foram da Inglaterra e seus descen-

dentes que viviam na América do Norte, em sua maioria,

relutaram até quando puderam para evitar a Declaração de

Independência de 4 de julho de 1776. Entretanto, buscando

reforçar seu debilitado orçamento, a Coroa Britânica edi-

ARTIGO

Page 13: Revista AECIC Negócios

13

tou uma série de leis tributárias que passaram a sangrar a

colônia do outro lado do Atlântico.

Assim, por exemplo, em 1765 o Stamp Act impôs a

venda de selos oficiais para documentos jurídicos, adminis-

trativos e outros. A pressão tributária foi aumentando. No dia

16.12.1773 os colonos jogaram ao mar todo o carregamento

de chá de três navios ingleses. O episódio ficou conhecido

como “The Boston Tea Party”. Diante da recusa da Inglaterra

em revogar os impostos, foi proclamada a independência. Os

ingleses para não perderem os anéis, ou seja os tributos, per-

deram os dedos, sua maior e mais poderosa colônia.

Na França, em 26 de agosto de 1789 foi promulgada

a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A de-

claração, além de proclamar outros im-

portantes princípios, reconhece a legi-

timidade dos tributos que denomina de

contribuição comum. Mas deixa claro

que tal contribuição comum deveria

ser fruto do consentimento livre dos ci-

dadãos. Na Revolução Francesa muitas

cabeças foram guilhotinadas, inclusive

do rei Luiz XVI e da rainha Maria An-

tonieta.

Na História do Brasil os exem-

plos de revoluções em decorrência da

insuportabilidade dos tributos são mui-

tos. Alguns hilários, como foi a Revolta

da Cachaça em 1661 no Rio de Janeiro,

depois que foi criado um imposto so-

bre a produção da cana de açúcar. A

revolta, inicialmente vitoriosa, acabou

fracassando, tendo o governador Sal-

vador Correia de Sá, que havia fugido, retornado ao poder,

mandando executar alguns dos revoltosos.

Em 1720 eclodiu a Revolta de Vila Rica tendo como

principal motivo o aumento dos impostos determinado pela

Coroa Portuguesa. A exploração do ouro foi o principal en-

dereço da cobrança tributária. Felipe dos Santos foi um dos

líderes do movimento. Os revoltosos chegaram a ocupar Vila

Rica. Chamados a dialogar com o Governador Conde de As-

sumar, acabaram traídos por este que no meio das nego-

ciações, usando da força, queimou casas, prendeu líderes,

determinando o enforcamento de Felipe dos Santos.

A revolta mais conhecida de nossa História é a Incon-

fidência Mineira, movimento que visava a independência do

Brasil. Entretanto, sua mais importante motivação foi a exa-

gerada carga tributária imposta por Portugal.

Tomás Antonio Gonzaga, nascido em Portugal, poeta

e magistrado, por volta de 1787 inicia ferinas críticas contra

a carga tributária, utilizando seus versos e assacando con-

tra o Governador de Capitania de Minas Gerais, a quem ou-

torgou o pseudônimo de Fanfarrão Minésio.

Formado o grupo de idealistas que previra a revolta

quando da derrama, ocasião da cobrança de impostos, a

revolução foi abortada pela delação de Joaquim Silvério dos

Reis, que como prêmio teve suas dívidas com o fisco per-

doadas. As consequências finais foram o enforcamento de

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, muitas prisões e

degradações para África.

Agora, no limiar do Século XXI

não se pode contar com um “cavalo de

Tróia”, nem tratados entre súditos e seu

rei, nem sabotagem a carregamentos de

navios ou mesmo a utilização da guilho-

tina, métodos que deram frutos no pas-

sado afastando a tributação desmedida.

Devemos estar alertas para que

nas tentativas de eliminar os exageros

tributários o governante de plantão,

depois de evadir-se, retorne ao coman-

do da situação e, propondo um acordo,

traia os insurgentes.

Da mesma forma há que se ter

cuidado com delatores que como prê-

mio venham receber favores fiscais.

A luta contra a tributação exa-

gerada é universal, no tempo e no es-

paço. À medida que a civilização progride

o arbítrio diminui em decorrência da reação da sociedade.

Meios de comunicação, órgãos de classe e cidadãos

não podem esmorecer, não podem deixar, através da voz e do

voto, de exercer seus direitos contra a arbitrariedade fiscal.

No Brasil houve uma recente e vitoriosa rebelião que se-

pultou a CPMF, que querem ressuscitar com outra denominação.

Se, com métodos modernos de manifestação à dis-

posição, houver a leniência, a abstenção, o enfraquecimento

diante do avanço tributário, corre-se o risco de um novo im-

perador, como na antiga Roma foi Vespasiano. Vespasiano

(69-79 d.C) criou um imposto sobre a urina. Censurado por

seu filho Tito, futuro imperador, Vespasiano levou uma

moeda junto ao nariz de seu herdeiro dizendo: “pecunia non

olet” (dinheiro não tem cheiro).

“A luta contra a tributação exagerada

é universal, no tempo e no espaço.

À medida que a civilização progride o arbítrio diminui em decorrência da reação da sociedade”

Page 14: Revista AECIC Negócios

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PRECISA-SE DE VENDEDORES DIGITAIS, COM PRÁTICA

Mudam os tempos, mudam os costumes e com eles as

necessidades. Os velhos quatros “Ps” já não servem mais para

atrair clientes às lojas, aliás em muitos casos, nem mais precisa-

mos delas, na concepção física da palavra. Elas, agora, podem

ser virtuais. Ouvem-se maravilhas sobre vender por internet,

empresas crescendo da noite para o dia e clientes por todo o

mundo. Mas, será tão fácil assim vender na web?

Segui o velho conselho do “nada é o que parece ser” e

fui observar os fatos. Veja o que descobri. Milhões de brasileiros

estão comprando pela web, outros tantos fazendo consultas ou

foram impactados por buscas realizadas por parentes, amigos

e filhos. Já não se viaja mais a lugar nenhum sem antes con-

sultar a internet. E, mesmo comprando em lojas normais 35%

consultam sites antes de sair às compras. Com este potencial de

compradores batendo às portas precisamos aprender rápido a

conquistá-los e transformar seus passeios virtuais em compras

reais. Vender pela Internet exige novas habilidades.

Os candidatos precisam se conscientizar que passaram

para o mundo da presença digital, o que exige administração em

tempo integral - 24 horas de atenção. E como não há ninguém

para tirar dúvidas ao vivo, todas as informações devem estar

à mão e com facilidade de acesso. Se encontrar dificuldade, o

comprador vai embora. A recomendação é colocar no site um

link do tipo “fale conosco”, pode ser MSN, Skype, Twitter ou e-

mail de atendimento. As respostas devem ser dadas no menor

tempo possível. O ideal é na hora. Colocar alguém de plantão

para dar pronto atendimento ajuda muito. Existe uma novidade

chamada “click to call”: o cliente clica em um botão em seu site

e este conecta o telefone do cliente, ligando para ele instanta-

neamente. Ele, o cliente, não gasta nada com a ligação, é uma

espécie de 0800 para páginas da web.

Vendedor digital não precisa ser bem apessoado e tra-

balhar de barba feita. Tudo que precisa é ser rápido no teclado e

saber responder de pronto as dúvidas do comprador. Na maioria

das vezes é pegar o cliente pela mão e guiá-lo até o fechamento

do pedido e da forma de pagamento. E estes processos devem

ser fáceis, rápidos, seguros e completos: possibilidades de débi-

to em conta, boleto, cartões de crédito à vista ou parcelados.

Algumas empresas que administram pagamentos na web ga-

rantem o dinheiro de volta caso o vendedor não faça a entrega.

Num universo onde impera a desconfiança os sites pre-

cisam passar credibilidade e muitas vezes a citação do número

de um telefone fixo já sinaliza que a empresa pode ser séria. Te-

lefones móveis dão a impressão de empresa pequena e cheira a

picaretagem.

As vendas na web exigem uma série de parceiros tra-

balhando juntos em sintonia perfeita. Links dos Correios para

os cálculos de fretes e rotas, administradoras de cartão para

aprovação de crédito e fornecedores pontuais. Se qualquer um

deles falhar é a sua empresa que falha, por isso, capriche no a-

tendimento on line. Se o pedido atrasar, mesmo que a culpa seja

dos Correios ou da transportadora, para o cliente não interessa

- quem atrasou foi você. Clientes digitais não separam lojas das

transportadoras, por isso, deixe bem claro os prazos de proces-

samento e entrega. Ter um bom sistema de vendas não vale, o

que vale é uma boa logística.

Soma-se a tudo isso o duro aprendizado da utilização das

ferramentas, sistemas, aplicativos e programas de softwares

para a construção dos sites, portais e administração de redes

sociais. Mais a capacidade subjetiva para se criar relevância e

boas histórias para seus assuntos e produtos e a administração

de forma criativa dos clubes e dos blogs que ajudam muito a

atrair novos compradores.

O universo das vendas virtuais exige aprendizado cons-

tante e isto só se aprende vivenciando o problema ou observando

com atenção o erro dos outros. Enfim, nem tudo é perfeito.

Eloi ZanEtti – espeCialista eM Marketing e CoMuniCação CorporatiVa, esCritor, palestrante [email protected]

ARTIGO

Page 15: Revista AECIC Negócios

15

A cortesia é espontânea, o sorriso é verdadeiro, a atenção é es-

pecial. Esses termos poderiam traduzir o “jeito brasileiro de hospedar”,

idealizado anos atrás no Paraná, por uma mente jovem e brilhante que

iniciava seus projetos econômicos na hotelaria. Atualmente, o “jeito

brasileiro de hospedar” tornou-se muito mais que um slogan. Tornou-se

uma maneira de trabalhar para centenas de funcionários que implanta-

ram em seu dia a dia este conceito, que faz da Bourbon uma das redes

hoteleiras mais admiradas do Brasil.

Desde 1963 prezando pelo crescimento saudável e sustentável,

a rede conta, hoje, com 13 empreendimentos - onze corporativos e dois

resorts - espalhados, estrategicamente, pelos estados de Santa Catarina,

Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo cinco unidades na categoria

Business, duas na Express, duas na Convention, duas em Resorts e uma

em Residence. Em setembro de 2011 a Bourbon Hotéis & Resorts deu um

importante passo ao inaugurar sua primeira unidade internacional – de

categoria Convention - na capital do Paraguai, Assunção.

Com a proposta de ser reconhecida pela excelência em serviços

hoteleiros, a rede segue seu plano de expansão almejando novos hotéis

em outros estados do Brasil e também no exterior. A meta traçada pela

empresa é chegar em 2014 com 24 unidades em seu portfólio. Isso acon-

tecerá pela captação de empreendimentos ainda em construção, ou por

processos de conversão de bandeira. Buscando aprimorar ainda mais

essas captações de novos negócios, a Bourbon oferece total suporte e

consultoria a quem deseja investir na construção de um hotel. Inclusive

com projetos arquitetônicos de renomados profissionais.

BOURBON HOTÉIS & RESORTS:SUCESSO COM O JEITO BRASILEIRO DE HOSPEDAR

Entre os diferenciais competitivos da marca estão a gestão profis-

sional com foco em resultados e uma contínua preocupação em zelar pelo

patrimônio do investidor. Com uma estrutura comercial e de marketing

completa e bem implantada, a Bourbon marca presença nos principais

eventos e feiras nacionais e internacionais, o que permite uma constante

manutenção de marca dos seus produtos junto aos operadores de tu-

rismo e agentes de viagens. Além disso, um dos diferenciais da rede está

na capacidade de acolher eventos. Atualmente, detém a maior área de

eventos dentro de hotéis no País. Em linhas gerais, o Bourbon Atibaia é

o maior espaço de eventos em hotéis do Brasil, atualmente o resort tem

46,5% a mais de espaço do que o segundo colocado. No ranking dos

maiores hotéis do país, o Bourbon Atibaia detém a maior área de eventos

dentro de hotéis. Em número de aptos é o quinto maior hotel do Brasil.

Para atender as diferentes demandas do mundo moderno, a

Rede Bourbon desenvolveu sua própria maneira de classificar seus em-

preendimentos com cinco categorias. A Express - na categoria econômi-

ca, a Business - para viagens de negócios e eventos, a Convention – com

serviços de alto padrão para o mercado de viagens de negócios e com-

pleta infraestrutura para eventos de grande porte, a Residence – visando

o mercado de longa estada com serviços residenciais e a Resorts – com

um leque de serviços de padrão internacional aliado a atividade de lazer,

gastronomia e convenções.

Conheça os empreendimentos Bourbon:• Bourbon Atibaia Convention & Spa Resort (SP)

• Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort (PR)

• Bourbon Curitiba Convention Hotel (PR)

• Bourbon Convention Ibirapuera (SP)

• Bourbon Alphaville Business Hotel (SP)

• Bourbon São Paulo Business Hotel (SP)

• Bourbon Joinville Business Hotel (SC)

• Bourbon Londrina Business Hotel (PR)

• Bourbon Rio de Janeiro Residence (RJ)

• Bourbon Batel Express Hotel (PR)

• Bourbon Cascavel Express Hotel (PR)

• Bourbon Dom Ricardo Aeroporto Curitiba Business Hotel (PR)

• Bourbon Conmebol Assunção Convention Hotel (ASU-PY)

a rede bourbon ofereCe CinCo Categorias de hotéis: express, business, ConVen-tion, residenCe e resorts. a iMageM Mostra o bourbon ConVention ibirapuera

EMPRESA PARCEIRA

Page 16: Revista AECIC Negócios

16

PESQUISA

DESEJOS DE CONSUMO

Pesquisa inédita realizada pela Associação Nacional das Instituições deCrédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) em conjunto com o Instituto Data Popular indica que 61% dos brasileiros desejam comprar a prazo em 2012, en-quanto 39% declararam querer fazer compras à vista. A pes-quisa intitulada “Desejos de Consumo do Brasileiro em 2012” - Acrefi-Data Popular foi realizada entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, com 1019 entrevistados de todo o País.

O levantamento mostra que os três produtos mais de-sejados pelos brasileiros em 2012 são respectivamente: celu-lar (37 milhões de pessoas), notebook (32,4 milhões) e tablet (25,6 milhões). “Quanto às formas de pagamento, a maioria prefere parcelar as aquisições de notebooks e tablets. Em relação à compra de celulares, a preferência é pelo pagamento à vista”, comenta o economista-chefe da Acrefi, Nicola Tingas.

Quanto às intenções de pagamento à vista versus

parcelamento, há diferenças entre as classes emergente (C, D e E) e as classes altas (A e B): enquanto o pagamento a prazo por itens como notebooks, tablets e celulares respon-dem, respectivamente, por 51,%, 50% e 41,3% das preten-sões de compra das classes C, D e E; o indicador de compras a prazo vai, respectivamente, para 59%, 68,9% e 51,3% dos mesmos produtos. “As classes A e B também pretendem comprar a maioria dos bens a prazo em 2012. Independente da compra ser feita para uso individual ou familiar. Apenas para os casos de fogão e jogo de quarto, pagamento à vista é o preferido”, afirma o sócio-diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.

Veículos automotores - Segundo o levantamento, 1,7 milhões de brasileiros pretendem adquirir uma motocicleta nova ou usada este ano. Quanto à utilização do financiamento

Celular, notebook e tablet lideram a lista. Confira também as preferências em relação às formas de pagamento

Page 17: Revista AECIC Negócios

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para aquisição, 86,8% dos entrevistados das clas-ses C, D e E vão optar por essa modalidade de pagamento, enquanto a adesão das classes A e B é de 78,4%.

Em relação aos automóveis, o número aumenta expressivamente: 8,5 milhões de brasileiros afirmam pretender comprar esse ano um carro novo ou usado. Nessa mo-dalidade, a diferença entre as classes apresenta uma que-da: 71,5% dos consumidores emergentes vão optar por financiamento, enquanto a intenção da alta renda conta com apenas uma redução mínima em relação às classes C, D e E: 75,3%.

O financiamento bancário é considerado a via de aquisição de veículos preferida das classes emergentes, com a adesão de 40,8% dos respon-dentes. Em seguida, vem o pagamento à vista (33,9%), finan-ciamento da loja (12,7%), leasing (7%) e consórcio (5,7%). Por outro lado, na alta renda, o financiamento bancário re-presenta 33,5% dos pagamentos para aquisição de veícu-los, enquanto o pagamento à vista responde por 44,2%. Em seguida, o financiamento da loja (11,7%), leasing (7,6%) e consórcio (2,9%).

Para Tingas, a pesquisa confirma que a demanda de Crédito de Consumo continua alta no Brasil. “Mesmo com a dificuldade de pagamento de dívidas iniciada a partir da forte contração do ritmo de crescimento da economia em 2011, o brasileiro quer poder continuar a ter um padrão de consumo e de vida mais compatível com o desenvolvimento do país e de sua ascensão em termos de emprego e renda. Na prática, o atual momento de ajuste da economia não inibiu que em breve, quando da retomada do crescimento econômico com mais vigor, o consumo e utilização de crédito continuem a crescer; principalmente o crédito imobiliário para compra da casa própria”.

Ainda de acordo com o economista, dentro de alguns poucos anos a relação crédito/PIB que hoje é próxima a 50% deverá alcançar patamares em torno de 70 a 80% do PIB. “Melhor ainda é a perspectiva de que essa demanda adicio-nal ocorra com maior tranquilidade, sem os sobressaltos que alguns mais endividados tiveram em 2011 e 2012. O consumi-dor brasileiro teve rápida aprendizagem sobre o uso consci-ente do crédito e manejo das finanças pessoais, o que pos-sibilitará melhorar sua satisfação e necessidade de consumo com maior tranquilidade e equilíbrio”, finaliza.

Page 18: Revista AECIC Negócios

18

Pesquisa revela que em comparação com a classe B ela já está consumindo mais em diversas categorias

A Classe D consumiu esse ano, em produtos e serviços, R$ 363,3 bilhões, valor aproximado ao Produto Interno Bruto (PIB) do Chile ou da soma de Equador, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Panamá, Guatemala. “A Classe D já supera a Classe B em várias catego-rias de consumo. Na aquisição de eletroeletrônicos e eletrodomés-ticos há diferença de 25%. Acreditamos que a Classe D tem tudo para ser a nova classe C, mas com outros códigos a serem desven-dados”, explica Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular. De acordo com cruzamento de informações da Pesquisa de Or-çamento Familiar (POF), da Pes-quisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), na dis-tribuição dos gastos da Classe D por região do País o Sudeste responde por 41,8%. O Nordeste aparece em seguida com 29,4%, superando o Sul (14,1%). O Centro Oeste e o Norte contribuíram com 7,8% e 7,0%. “A cidade de Campo Alegre, no Alagoas, é a cidade mais Classe D do Brasil, enquan-to a cidade de Nova Bassano, no Rio Grande do Sul, é a menos Classe D. As pessoas geralmente acreditam que a Classe C é mais presente no Nordeste, mas ela está é concentrada na região Sul. No Nordeste e no Norte, a classe predominante é a D”, explica Re-nato Meirelles.

CLASSE D CONSOME MAIS

Classe D Classe B

Eletroeletrônicos

Transportes UrbanosR$ 14,8 bi R$ 8,1 bi

Alimentação no LarR$ 66,8 bi R$ 37,9 bi

Artigos de LimpezaR$ 3,5 bi R$ 2,1 bi

MedicamentosR$ 16,0 bi R$ 11,4 bi

BebidasR$ 6,0 bi R$ 4,6 bi

Eletrodomésticos eR$ 10,9 bi R$ 8,7 bi

Higiene e BelezaR$ 9,6 bi R$ 8,6 bi

MóveisR$ 8,2 bi R$ 7,7 bi

82,7%

76,3%

66,7%

40,4%

30,4%

25,3%

11,6%

6,5%

superiores aos daCategorias de consumo com dispêndios da

Fonte: Projeção e cruzamento de micro dados colhidos de pesquisas do IBGE com informações de Estudos Quantitativos do Data Popu lar

renato Meirelles: “aCreditaMos que a Classe d teM tudo para ser a noVa Classe C”

CONSUMO

Page 19: Revista AECIC Negócios

19

Desde 1976 fornecendo as melhores soluções em projeto,

fabricação, galvanização, pintura e montagem de estruturas me-

tálicas, a Brafer está instalada em Araucária (PR), com sua sede e

fábrica em uma área de 96 mil m2.

A partir de 2007 passou a contar também com uma fábrica de

72 mil m2 no Rio de Janeiro. As atividades comerciais são centraliza-

das em São Paulo, onde a empresa mantém sua gerência comercial,

além de contar com representantes no Chile, Paraguai e Uruguai. A

grande novidade é que em 2014 uma nova unidade fabril será inau-

gurada em Juiz de Fora (MG). Trata-se da terceira fábrica da Brafer,

que está sendo preparada para atingir uma produção anual de 15 mil

toneladas de estruturas metálicas por ano, gerando 800 empregos,

entre diretos e indiretos.

Na Brafer, uma equipe formada por profissionais altamente

capacitados, dispõem de tecnologia e equipamentos modernos em

instalações fabris com capacidade nominal de produção de 3,5 mil

toneladas por mês. Isto para fornecer ao mercado as melhores soluções

em estruturas metálicas com eficiência, competência e seriedade.

A Brafer está presente hoje em todos os estados do Brasil,

no Chile, Uruguai, Paraguai, Canadá, EUA e Angola com suas estru-

turas, constantemente empenhada em aprimorar a qualidade de

suas atividades, visando a total satisfação de seus clientes.

Histórico - A Brafer Construções Metálicas surgiu como um

escritório de projetos de estruturas metálicas, a partir do sonho do

engenheiro Marino Garofani, presidente da empresa até os dias de

hoje. No ano seguinte a sua fundação, a Brafer já começava a fa-

bricar suas primeiras estruturas. No início eram realizadas pequenas

obras, como coberturas e pavilhões industriais. Em seguida, vieram

os grandes trabalhos, como a ponte sobre o rio Piquiri, com vão livre

de 60 metros e 200 toneladas de peso, fabricada e montada pela

Brafer em 1979, em um projeto que se destacou por utilizar a tecno-

logia mais avançada disponível na época.

Em 1980, o galpão alugado da Brafer já não era mais sufi-

ciente para armazenar os estoques de fábrica, assim, a empresa

mudou-se para uma sede própria, em Araucária (PR). Um amplo ter-

reno e com fácil acesso às principais rodovias, onde se encontra até

os dias de hoje.

BRAFER: UMA EMPRESA QUE NASCEU PARA O SUCESSO

a brafer está presente hoJe eM todos os estados do brasil, no Chile, uruguai, paraguai, Canadá, eua e angola

EMPRESAS PARCEIRAS

Page 20: Revista AECIC Negócios

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PERSONALIDADE

CARLOS GUSSO: VOCAÇÃO DE EMPREENDEDOR, SEMPRE COM FOCO SOCIAL

Page 21: Revista AECIC Negócios

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A história do empresário Carlos Gusso representa um importante capítulo do desenvolvimento econômico do Pa-raná. Foi na época da criação da Cidade Industrial de Curitiba que ele percebeu um nicho de mercado e apostou em uma grande mudança em sua própria vida profissional. Largou a promissora carreira de executivo em um banco internacional e decidiu ser empreendedor, criando a Risotolândia, empresa que hoje é referência em todo o Estado quando se fala em refeições coletivas.

A empresa nasceu a partir do restaurante dos pais do empresário, o Risoto do Xaxim, que já era famoso pelas refeições saborosas que servia em Curitiba. Já se passaram quase 60 anos desde a fundação do Risoto do Xaxim, mas foi no início dos anos 1970 que a Risotolândia passou a ter a vocação que todos conhecem: refeições coletivas. A cidade de Araucária foi escolhida pela posição geográfica, já que os primeiros clientes foram as indústrias que começavam a se instalar na recém-criada Cidade Industrial de Curitiba.

A Risotolândia começou com poucos funcionários, servindo cerca de 300 refeições por dia. Hoje já são cerca de 4 mil colaboradores e o total diário de servimentos chega a quase meio milhão, nos diversos horários: desjejum, almoço, lanches e ceia.

EducaçãoCarlos Gusso teve uma infância humilde e foi criado

a partir dos valores das mais tradicionais famílias de imi-grantes italianos. Por isso, sempre valorizou a importância da educação como o único caminho para o desenvolvimento de uma comunidade. Essa crença está presente nas práticas da empresa, com incentivos para que os colaboradores se apri-morem cada vez mais com cursos de capacitação profissional e educação formal.

Há muitos anos, salas de aula foram instaladas dentro da empresa para que os trabalhadores pudessem estudar. De lá pra cá, o analfabetismo foi erradicado e as pessoas con-tinuaram a receber estímulos para estudar: cursos técnicos, treinamentos internos, convênios com escolas de ensino fun-damental, médio, superior e até mesmo de pós-graduação. As lideranças da empresa tiveram a oportunidade de fazer um MBA desenvolvido com exclusividade para a empresa pela Universidade Positivo, com a participação direta de executivos da organização. Além disso, o grupo de execu-tivos da Risotolândia conta com orientações e consultoria da Fundação Dom Cabral, uma das mais conceituadas insti-tuições de formação de executivos para uma gestão profis-sional de todo o mundo – é considerada a melhor da América Latina e está entre as dez melhores do mundo, segundo o jornal inglês Financial Times.

Page 22: Revista AECIC Negócios

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Responsabilidade Social e Ambiental Mas tudo isso poderia ser em vão se a empresa – e

o empresário Carlos Gusso - não tivesse também a preocu-pação de promover uma sociedade cada vez melhor, mais desenvolvida e com uma consciência ambiental crescente. Hoje a Risotolândia tem mais de 40 programas de cunho social e de responsabilidade ambiental implantados e em funcionamento.

Os programas vão desde ações internas – como a proibição de fumar nos ambientes internos e externos da em-presa, adotada há mais de 12 anos; e o incentivo à doação de sangue, que envolve colaboradores de todos os setores da organização – até parcerias com instituições públicas e priva-das para articulação de toda a sociedade.

O Programa Liberdade Construída, por exemplo, ajuda detentos do sistema penitenciário do Paraná a recu-perarem seu sentimento de cidadania por meio do trabalho. Eles trabalham em diversos setores da empresa, lado a lado com os outros colaboradores, sem qualquer distinção: usam o mesmo uniforme, frequentam os mesmos ambientes. A cada três dias de trabalho, têm redução de um dia na pena. Além disso, recebem pagamento: 75% do salário mínimo nacional. Desde quando foi criado o programa, em 2008, a empresa já recebeu dezenas de detentos. Alguns chegaram a ser efetivados como funcionários depois de terem cum-prido suas penas.

Na área da preservação ambiental, a ‘menina dos o-lhos’ do empresário Carlos Gusso é o programa Gralha Azul, que prevê o plantio de 15 milhões de mudas de Araucária em dez anos. Desenvolvido a partir de um sonho pessoal do empresário, o programa envolve também o trabalho de de-tentos, por meio de uma parceria com a Secretaria de Justiça do Estado. Eles plantam e cultivam as mudas de Araucárias dentro da Colônia Agroindustrial de Piraquara.

Em 2006, a empresa transformou-se em uma hol-ding, a Campodoro, com a criação da RISA para as refeições administradas (restaurantes dentro das empresas clientes), a Risotolândia para as refeições transportadas (merenda es-colar, alimentação em presídios, etc) e a CPDA – Central de Produção e Distribuição de Alimentos, a estrutura logística e de produção da organização. Todo esse crescimento tem acontecido sem perder de vista a proximidade com a comu-nidade e com os clientes, uma forte vocação do empresário Carlos Gusso.

Empenhada em trabalhar dentro dos três pilares da sustentabilidade, o Econômico, o Social e o Ambiental, a em-presa está alinhada com o programa da ONU, os Oito Jeitos de mudar o mundo fazendo sua parte de forma consciente e voluntária, não apenas para cumprir obrigações legais:

Page 23: Revista AECIC Negócios

23

Áreas de atuação:•Assessoriaeanálisedecontratos

•Comercial

•ComércioExterioreDefesa

•Contencioso(judicialearbitragem)

•DireitodaConcorrência

•EconômicoeConsumidor

•FamíliaeSucessões

•FinanciamentoseDireitoBancário

•Indenizações

•InvestimentosEstrangeiros

•LicitaçõeseContratosAdministrativos

•MeioAmbiente

•OperaçõesImobiliárias

•PenalEconômicoeEmpresarial

•PropriedadeIndustrialeIntelectual

•RecuperaçõesdeEmpresaseFalências

•Societário,FusõeseAquisições

•Trabalhista

•Tributário

sede da Casillo adVogados

Areas of practice:• Assistence with and Review of Contracts

• Comercial Law

• Foreign Trade and Defense

• Litigation (court and arbitration)

• Antitrust Law

• Economic and Consumer Law

• Family Law and Succession

• Financings and Banking Law

• Indemnifications

• Foreign Investments

• Biddings and Administrative Contracts

• Environmental Law

• Real Estate Operations

• Economic and Corporate Criminal Law

• Intellectual and Industrial Propety

• Bankruptcy and Court supervised composition with creditors

• Corporate Law, Mergers and Acquisitions

• Labor Law

• Tax Law

Rua Lourenço Pinto, 500 – Centro – 80010-160 – Curitiba/Paraná

Fone: (41) 3310-6800 Fax: (41) 3310-6868 – [email protected]

EMPRESA PARCEIRA

Page 24: Revista AECIC Negócios

24

SEBRAE

MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS

Confira dados e análise sobre os pequenos negócios no Paraná. Conheça também algumas ações desenvolvidas pelo Sebrae

Page 25: Revista AECIC Negócios

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Existem atualmente no Estado cerca de 500 mil pequenos negócios legalizados, responsáveis por 60% dos empregos com carteira assinada. Os pequenos negócios movimentam, no entanto, em média 20% do Produto Interno Bruto (PIB), no Estado e no Brasil. De acordo com Jefferson Nogaroli, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, esse porcentual ainda é muito pouco, “haja vista seu poder mobilizador, sob o ponto de vista econômico e so-cial”. Somente em 2010, segundo dados da Junta Comer-cial do Paraná, foram abertas no Estado 54.954 empresas, das quais mais de 95% de micro e pequeno porte. Em 2011, foram 56.325 empresas em todo o território paranaense, o que comprova o crescimento do segmento.

Segundo Nogaroli, o Estado tem como marca regis-trada ainda o empreendedorismo por oportunidade. “Ou seja, a cada ano que passa, cresce o número de pessoas in-teressadas em empreender não movidas por impulso, por uma necessidade, para gerar renda de forma emergencial, mas por enxergarem uma boa oportunidade de negócio, baseado em análises técnicas. Assim, as chances do em-preendimento dar certo são maiores”.

Avanços – Conforme ele, as micro e pequenas empresas têm sobrevivido mais no Brasil e, por consequência, no Pa-raná. Há cerca de dez anos, a cada pequeno negócio aberto no Estado, um fechava as portas antes dos dois primeiros anos. Hoje, esta realidade mudou significativamente. Pes-quisas recentes mostram que de cada quatro micro e peque-nas empresas abertas no Paraná, apenas uma fecha as por-tas antes dos dois primeiros anos de vida, por total falta de orientação técnica e de conhecimento em gestão e plane-jamento.

O Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010/2011 trouxe outro dado interessante: as micro e peque-nas empresas brasileiras têm contratado mais, formalizado seus funcionários e elevado salários num ritmo três vezes, em média, maior do que o praticado nas médias e grandes companhias.

Principais barreiras – Nogaroli destaca como princi-pais barreiras para o avanço do empreendedorismo: a falta de conhecimento e de vocação. “Não basta ter apenas uma boa oportunidade em mente e dinheiro para executá-la. É preciso investir em informação e ter vocação. E quando se fala em vocação não é apenas ter afinidade com a área es-colhida. É preciso tino comercial e empresarial. Todo bom empresário precisa ter, ou desenvolver, diversas habili-dades para obter sucesso. Bem como apostar em gestão e planejamento. Quem tem conhecimento vai para frente e o Sebrae/PR é o melhor parceiro”.

Jefferson nogaroli, do sebrae/pr: “não basta ter apenas uMa boa oportunidade eM Mente e dinheiro para exeCutá-la. é preCiso inVestir eM inforMação e ter VoCação”

Page 26: Revista AECIC Negócios

26

Ele enfatiza o trabalho do Sebrae destacando que é uma instituição sem fins lucrativos criada na década de 1960 para dar apoio a empresários de micro e pequenas empresas e empreendedores interessados em abrir o pró-prio negócio. “Neste ano comemoramos 40 anos. No Brasil são 27 unidades e 800 postos de atendimentos espalhados de norte a sul. No Paraná, cinco regionais e 11 escritórios. A entidade chega aos 399 municípios do Estado por meio de atendimento itinerante, pontos de atendimento e de par-ceiros, como associações, sindicatos, cooperativas, órgãos públicos e privados”.

O Sebrae/PR oferece palestras, orientações, ca-pacitações, treinamentos, projetos, programas e soluções empresariais, com foco em empreendedorismo, setores estratégicos, políticas públicas, tecnologia e inovação, ori-entação ao crédito, acesso ao mercado, internacionalização, redes de cooperação e programas de lideranças.

Erros – Segundo Jefferson Nogarolli a gestão com indi-cadores precisa ser mais difundida no Brasil. “As empresas

que medem seus números têm melhores resultados. Medir lucro ou prejuízo não é o suficiente e significa medir ape-nas o passado. O que os empresários precisam é ter foco em negócios futuros. Só se consegue gerenciar o que se consegue medir. Gerenciar na base do ‘achômetro’ não dá certo. A gestão com indicadores é um esforço para medir aspectos críticos, para tomar decisões mais acertadas”.

Ele ressalta que a empresa que mede a satisfação dos consumidores já está dando um passo à frente. Entre os in-dicadores importantes para a gestão estão os financeiros, de satisfação dos clientes, qualidade de processo interno, qualidade do produto, satisfação dos empregados da em-presa e competência das pessoas.

Espírito empreendedor – Para Nogaroli o em-preendedor precisa ter as seguintes características: inicia-tiva e buscar oportunidades; capacidade de correr riscos calculados; exigência de qualidade e eficiência; persistên-cia; comprometimento; capacidade para buscar e utilizar informações; estabelecer metas; capacidade de planejar e

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Page 28: Revista AECIC Negócios

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mum no Brasil e no Paraná: boa parte dos empresários de pequenos negócios não dispõe de bens suficientes para oferecer em garantia, o que inibe a concessão de emprésti-mos, ameaçados pela inadimplência.

“Para democratizar o acesso ao crédito, empresários e lideranças empresariais do Estado, sob a articulação do Sebrae/PR, e com o apoio do Sebrae Nacional, iniciamos em 2008 uma discussão que culminou com a criação de cinco Sociedades de Garantia de Crédito (SGC)”.

Muito comuns na Europa, as SGC prestam, em nome das pequenas empresas, garantias complementares exigidas pelos agentes financeiros. São elas: a Sociedade de Garantia de Crédi-to do Oeste do Paraná – Garantioeste, com sede em Toledo; a Sociedade de Garantia de Crédito do Sudoeste do Paraná – Garantisudoeste, em Francis-co Beltrão; e a Sociedade de Garantia de Crédito do Noroeste do Paraná - Noroeste Garantias, com sede em Ma-ringá. Ainda em fase de pré-operação as Sociedades de Crédito do Norte do Paraná e da Região Centro-Sul.

O Sebrae/PR projeta que, em cinco anos, as SGC pa-ranaenses devam atender em média 7,5 mil micro e peque-nas empresas. A estimativa é que o volume de crédito a ser concedido, por meio das garantias, deva chegar a R$ 120 milhões.

As SGC são peças-chave na prestação de avais técnic-os e comerciais e de assessoria financeira para a obtenção de crédito, contribuindo para que as instituições financeiras ampliem o acesso a informações sobre as condições das mi-cro e pequenas empresas.

monitorar ações; persuasão e rede de contatos; indepen-dência e autoconfiança.

Em sua visão, empreender nos dias de hoje não é nem mais fácil, nem mais difícil. Ele cita o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, também conhe-cido como Lei Geral da Micro e Peque-na Empresa, em vigor no Brasil desde dezembro de 2006, que provocou uma revolução nos pequenos negócios.

Conforme Nogaroli, a legislação representou menos impostos, menos burocracia, acesso ao crédito e a novos mercados. “As micro e pequenas em-presas passaram, por exemplo, a ser clientes do poder público, por meio de licitações. O ambiente melhorou muito graças a políticas públicas focadas nos pequenos negócios. O Paraná fez sua lição de casa e hoje cerca de 350 dos 399 municípios já regulamentaram a legislação. Ou seja, aproximadamente 80% dos municípios do Estado já pos-suem Leis Gerais Municipais, com re-gras que beneficiam as micro e peque-nas empresas, que respondem por 99% dos estabelecimentos formais”.

Ele ainda salienta que o Paraná tem dado exemplo ao estimular o empreendedorismo, por meio de tributação diferenciada, mecanismos de estímulo às micro e pequenas empresas e ações como parcelamento e refinanciamento de dívidas.

Ações - De cada dez micro e pequenas empresas interes-sadas em obter financiamentos junto a instituições financei-ras, três têm seus pedidos negados por falta de garantias. A estimativa do Sebrae mostra uma realidade bastante co-

“O ambiente melhorou muito

graças a políticas públicas focadas nos pequenos negócios.

O Paraná fez sua lição de casa e hoje cerca de 350 dos 399 municípios já regulamentaram a

legislação”

Page 29: Revista AECIC Negócios

29

A Maclinea foi fundada em 1974 por quatro empreendedores

italianos, os quais encontraram em Curitiba a cidade ideal para expandir

suas atividades no ramo moveleiro, madeireiro e de compensado. Pro-

prietários de empresas afins na Itália, detentores de uma ampla tecno-

logia e de longos anos de experiência com uma clientela selecionada e

exigente, puderam oferecer ao mercado brasileiro todo este know-how

através da Maclinea, que hoje soma 37 anos de atuação no Brasil e é,

sem dúvida, a maior empresa nacional do segmento.

A empresa, sempre antenada com as necessidades do setor

moveleiro, através de parcerias com empresas do exterior, consegue

oferecer a seus clientes máqui-

nas com excelente padrão de

qualidade e com alta produ-

tividade. Com isto conseguiu ao

longo dos anos reconhecimento

do mercado como uma empresa

que oferece soluções de quali-

dade, reconhecimento este ma-

terializado através dos diversos

prêmios recebidos ao longo dos

anos, através de entidades rep-

resentativas do setor.

Diferenciais - A Maclinea

tem como compromisso com

os seus clientes a inovação tec-

nológica constante, procurando

oferecer em seus produtos características tais como: produtividade,

qualidade, flexibilidade, objetivando sólidas parcerias.

O constante melhoramento dos processos técnicos e a busca

por soluções versáteis e confiáveis, unidas em uma moderna área de

projetos asseguram o desenvolvimento de soluções inteligentes, cus-

tomizáveis e de qualidade imprescindível, embasadas por know-how

único e reconhecido no mundo inteiro.

Com parque fabril interligado por sistemas de controle de

produção, todos os desenhos e programações de máquinas e ferramen-

tas são interligados e garantem desta forma a máxima precisão e a cons-

tante qualidade de resultados e prazos.

E é por meio de uma equipe altamente qualificada que a Ma-

clinea conquista e oferece qualidade absoluta em processos, serviços

MACLINEA: NO MERCADO HÁ QUASE QUATRO DÉCADAS

e produtos, garantindo assim, com inspeções por rotinas, um perfeito

intercâmbio entre os elementos constituintes dos processos industriais.

Visão - Ela tem representantes comerciais nas principais regiões do

Brasil e atende também toda a América Latina. Conta com exclusivos

departamentos de engenharia e de assistência técnica, que levaram a

empresa a diversificar sua gama de equipamentos fabricados para ir ao

encontro das necessidades dos clientes, aos quais hoje, pode oferecer

linhas completas para o setor moveleiro, coureiro, de metais e vidros,

desenvolvidas em parceria com empresas de renome internacional.

A ampliação do parque

fabril em 3 mil m2 e a compra

de máquinas de usinagem

de ultima geração, entre elas

uma Mandriladora CNC com

capacidade para 42 tonela-

das, permitem a Maclinea ofe-

recer máquinas com qualidade

e precisão, diferencial este

reconhecido no mercado atual-

mente.Parcerias com empre-

sas de renome internacional e

aquisições no mercado interno

estão nos planos para expan-

são de suas atividades nos

próximos anos.

Produtos e serviços oferecidos:• Linha completa de Lixamento e Envernizamento para acabamento

de painéis para Indústria Moveleira;

• Linha completa de Esquadrejamento, calibragem e lixamento para

Indústria de Compensado;

• Máquinas para colagem e pintura de bordos de painéis de madeira,

MDF, aglomerado, compensado e etc.;

• Calibradoras e Lixadeiras de banda larga para móveis, borracha,

metal e etc.;

• Furadeiras múltiplas multi cabeçotes para Indústria Moveleira;

• Linha de movimentação e automação para Indústria Moveleira e do

Compensado.

a MaClinea soMa 37 anos de atuação no brasil e é, seM dúVida, a Maior eMpresa naCional do segMento

EMPRESAS PARCEIRAS

Page 30: Revista AECIC Negócios

30

O que é empreender?

Joel Malucelli - Empreender em princípio é você ter ideias,

ter oportunidades. Porque sem isso você não vai empreender

nada. Dentro do empreendedorismo você precisa ter respon-

sabilidade e acreditar no projeto que você está idealizando.

Hoje está muito em moda essa palavra empreendedorismo

e será sem dúvida uma das alavancas para o progresso do

País. Mas, não adianta nós termos empreendedores se nós

não dermos oportunidades para quem quer empreender.

Essas oportunidades estão sendo dadas?

Joel Malucelli - Eu acho que não. Em primeiro lugar as

coisas mudaram muito da minha época de empreendedor

para agora. As oportunidades de antigamente eram muito

melhores do que as de hoje. Um grande exemplo é que eu sou

economista e comecei com uma empresa de engenharia sem

ser engenheiro. Hoje, os estudantes que saem das universi-

dades têm pouquíssimas oportunidades, e assim deixam de

empreender. Eu penso que tem que partir do governo, como

faz até o próprio Sesi, Senai com os programas deles, de ten-

tar abrir as portas para financiamentos, para ideias, para que

os mais jovens possam realmente ter uma boa oportunidade.

ENTREVISTA

EXEMPLO DE

EMPREENDEDORISMOConfira a entrevista com o empresário Joel Malucelli, presidente de um grupo de destaque internacional. Para ele, empreender está no sangue, e negociar é um prazer

Page 31: Revista AECIC Negócios

31

Como é o empreender em sua vida?

Joel Malucelli - Eu sempre tive em mente ter uma reserva

financeira para poder empreender alguma coisa no futuro. E

desde o meu primeiro trator quando comecei a minha empre-

sa de engenharia até hoje, só empreendi. E todos os outros

ramos de oportunidades que surgiram eu fui atrás. De uma

construtora passou para uma corretora de câmbio de valores,

empresa de reflorestamento, e até hoje tudo que eu vejo, eu

vejo uma forma de empreender. Eu tenho como último exem-

plo uma fazenda no Uruguai onde nós exploramos um pouco

de agricultura e de gado, e lá eu também já vi a possibilidade

de empreender em energia eólica. Então, tudo eu olho com

espírito empreendedor. Eu sempre tive isso no sangue. E até

hoje eu gosto muito de fazer negócio, às vezes até sem ga-

nhar, mesmo empatando, só pelo prazer de fazer um negócio,

de empreender alguma coisa.

É possível aprender empreender?

Joel Malucelli - Empreender está no sangue. Eu vejo até

pelo meu próprio grupo. Têm diretores que gostam de ter

negócios paralelos, e aqueles que têm medo de entrar em

outro negócio, de tentar empreender. Então, isso realmente

está no sangue e a partir do momento em que você começa

a empreender e começa a dar certo você fica confiante, mas

como já disse no início, acima de tudo você tem que ter res-

ponsabilidade, saber que você vai empreender uma coisa

que vai te proporcionar o menor risco possível. Você vai em-

preender algo em que você acredita, em que você confia e em

que você vai correr atrás e vai dar certo.

Quais as cautelas necessárias?

Joel Malucelli - Em cada negócio que você entrar você

deve analisar como é a sua concorrência. Então sempre que

você puder entre em um negócio que seja mais fácil de vencer

a concorrência. Eu sempre tive esse pensamento, de você en-

trar numa coisa em que a concorrência seja honesta e que

seja possível vencê-la. Quando eu era pequeno o meu pai

tinha uma serraria, e naquela época todo mundo tinha uma

serraria, e tinham aqueles que pagavam impostos e os que

não pagavam. E o meu pai era dos que pagavam impostos, e

ele não conseguia concorrer com os que não pagavam. Então,

isso foi uma lição de vida para mim, porque me ensinou que

eu tenho que entrar em negócios cujos concorrentes joguem

Page 32: Revista AECIC Negócios

32

com as mesmas cartas que eu jogo, que são as cartas da res-

ponsabilidade, de pagar tributos. Isso te dá segurança que

você vai competir com competência, não com malandragem.

Qual a sua análise sobre as empresas do Paraná?

Joel Malucelli - Teve um período no Paraná que não houve

avanço. Período em que os grandes grupos do Paraná sucum-

biram. E nós passamos uns dez anos sem representatividade

dos grupos paranaenses. Agora com o desenvolvimento do

País é que os grupos paranaenses começaram realmente a

se sobressair, mas se você comparar a economia do estado

com a do resto do País ela ainda é muito modesta. Hoje nós

representamos de 5% a 6% do mercado brasileiro e ainda é

muito pouco. Se você fizer um comparativo com o Rio Grande

do Sul você vai ver que ainda nós estamos perdendo para ele

e o estado de Santa Catarina está muito próximo do Paraná.

Então, o empresário paranaense precisa começar a se preo-

cupar em crescer, em evoluir, em dar oportunidade e a inves-

tir no Paraná o dinheiro que ele ganha aqui. E não aplicar fora

do Estado.

E qual a análise em nível de Brasil?

Joel Malucelli - O Brasil precisa de muitas coisas porque

se não ele não conseguirá crescer mais. E entre as necessi-

dades do País a principal hoje no meio empresarial seria

uma reforma tributária. Não é possível crescer mais sem uma

reforma tributária, sem uma reforma trabalhista. O Brasil pre-

cisa reduzir o IOF. Não é justo que o governo faça o Banco

do Brasil, a Caixa Econômica, os bancos privados reduzirem a

taxa de juros sem reduzir o IOF. O IOF corresponde em certos

casos a 2% de taxas ao ano de juro. É muita coisa. Então se

nós chegarmos a ter uma taxa de Selic de 6% o empresari-

ado tem só de IOF uma responsabilidade de 2%. Quando o

governo fez essa propaganda de redução de juros ele deveria

ter dado o exemplo na casa dele que seria baixar o IOF ou até

eliminá-lo. Num plano geral eu gosto muito da forma como

a presidenta está governando, acho que ela é muito bem in-

tencionada, ela tem ministros competentes, mas ela tem que

ter coragem para enfrentar essas reformas necessárias. O có-

digo penal precisa ser alterado. Nós não podemos conviver

com esse nível de insegurança pública. Além da necessidade

de investir em educação e infraestrutura. Sem a educação

necessária nós não vamos ter uma política de segurança acei-

tável e se não houver investimento em infra-estrutura nós

não vamos ter o que nós precisamos para desenvolver.

As empresas do Paraná investem em inovação?

Joel Malucelli - Passando por um processo de abertura

de capital nós tivemos que percorrer a Europa, a Ásia, os Es-

tados Unidos, entre outros países, para vender o nosso peixe,

e em termos de inovação nós estamos muito avançados. E

essa nova geração que está surgindo, que inclusive está me

substituindo na presidência do grupo, é uma geração muito

preparada para isso. Geração com muitas facilidades para as-

similar essas necessidades de inovação. E isso eu vejo tam-

bém nos grandes grupos aqui do Paraná. Eu acho que tudo

que depende do setor privado as coisas acontecem.

O capital humano está sendo valorizado?

Joel Malucelli - Todos os grandes grupos do Paraná estão

preocupados com isso. Nós mesmos temos funcionários que

estão no EUA fazendo MBA por conta exclusiva nossa. E isso

precisa ser adotado também por empresas menores. Porque é

primordial você fazer com que as pessoas que trabalham com

você possam progredir. Aqui no grupo tem uma ordem minha

que para cada promoção, que para cada necessidade de con-

tratação, a preferência seja sempre para dentro do grupo. Nós

temos aqui análises de pessoas que estão esperando para as-

sumir cargos mais importantes dentro do grupo. A prioridade

dentro do grupo é motivacional, das pessoas terem a oportuni-

dade de crescerem e isto para qualquer área.

Page 33: Revista AECIC Negócios

33

Um pouco da história de Joel MalucelliJoel Malucelli, 66 anos, é paranaense, casado, pai de seis filhos e reside

em Curitiba.

Seu maior hobby é o futebol, joga como atacante no futebol masters do

clube, e incentiva excursões ao exterior anualmente, além de dividir o seu

tempo de lazer jogando futebol no litoral (em Morretes e Guaratuba) e na

sede social do J.Malucelli Futebol. Descendente de família italiana, nasceu

em Curitiba, em nove de agosto. Entre os 13 e 16 anos de idade, ele já corria

atrás de suas conquistas pegando bolinhas de tênis no Clube Curitibano ou

levantando garrafas de boliche na Sociedade Água Verde, ou ainda vendendo

chuchu na feira livre do bairro da Água Verde, em Curitiba.

Dos 16 aos 17 anos, auxiliava o pai e os tios em uma pequena madeireira

da família. Aos 18 anos participou de dois concursos públicos – Banco

do Brasil e Copel, passando em primeiro lugar nos dois concursos, tendo

optado pela Copel.

Aos 19 anos foi emancipado pelos pais para fundar o que é hoje a

J.Malucelli Construtora de Obras. Inicialmente com seu primeiro trator, Joel

Malucelli trabalhava de operador de máquinas ajudando na época a construir

o trecho São Mateus do Sul – União da Vitória.

Page 34: Revista AECIC Negócios

34

AECIC EM AÇÃO

AECIC APOIA CRIAÇÃO DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL NO PARANÁ

A AECIC, na pessoa de seu Presidente Celso Gusso, esteve presente em Brasília na reunião da Frente Parlamen-tar em Defesa da Criação dos Tribunais Regionais Federais no Paraná, Amazonas, Bahia e Minas Gerais.

Naquela ocasião, 12 de maio, políticos de vários Estados e repre-sentantes de entidades federais e es-taduais, além da reunião plenária da Frente Parlamentar, que no Senado é coordenada pelo Senador Sérgio Souza, estiveram com o Presidente da Câmara Federal, Deputado Mar-cos Maia. Uma vez que a matéria já foi aprovada no Senado, a pendência está na Câmara Federal, aguardando manifestação de seu plenário, motivo pelo qual nesta casa de leis os esfor-ços devem ser concentrados.

Para Celso Gusso, “a criação do Tribunal Regional Federal no Pa-raná não se trata apenas de simples reivindicação, mas de absoluta ne-cessidade para os cidadãos. Algumas pessoas, desconhecendo o assunto,

pensam que a criação do TRF Paraná seria apenas para faci-litar a atividade dos advogados que não mais precisariam ir a Porto Alegre. Não. O aspecto fundamental é a prestação

jurisdicional mais rápida e mais pró-xima aos cidadãos. Um Tribunal no Paraná desafogaria as pautas con-gestionadas do existente em Porto Alegre e daria um atendimento mui-to melhor aos cidadãos paranaenses. A simples tese de que o Tribunal no Paraná facilitaria os serviços dos advogados não me parece a mais importante. Tal facilidade seria a-penas consequência. Os primeiros Tribunais Regionais foram criados quando a realidade populacional era outra e, consequentemente, o número de processos completa-mente inferior ao que temos atual-mente.” “Quando criados os primei-ros 5 TRFs” enfatiza Celso Gusso, o atendimento restringia-se a 96 mil processos. Hoje temos, com o mes-mo número de Tribunais, 1,2 mi-lhões, acarretando, com a extrema

“O aspecto fundamental é a prestação

jurisdicional mais rápida e mais próxima aos

cidadãos. Um Tribunal no Paraná desafogaria as pautas congestionadas do existente em Porto

Alegre e daria um atendimento muito

melhor aos cidadãos paranaenses”

Page 35: Revista AECIC Negócios

35

morosidade, a frustração dos jurisdicionados”.Além da reunião da Frente e com o Presidente da

Câmara Federal, houve profícuo encontro com os senhores Carlos Carboni e Carlos Eduardo Esteves Lima, respectiva-mente Chefe de Gabinete e Assessor Especial da Ministra Gleisi Hoffmann, que mostraram conhecimento e grande in-teresse pela reivindicação.

“Senti um empenho muito grande por parte dos rep-resentantes do Paraná e receptividade das autoridades. En-tretanto, esta é uma bandeira que deve estar sempre tremu-lando e, mais ainda, que seja carregada pelo maior número de paranaenses. Será extremamente profícuo que não só aqueles que estiveram em Brasília periódica e sistematica-mente insistam junto aos políticos de nosso Estado, com en-vio de mensagens, mas também que outras entidades e pes-soas físicas reforcem o movimento”, ressalta Celso Gusso. Para o Presidente da AECIC uma das medidas práticas é que através do site www.camara.gov.br/ sejam identificados os nomes e e-mails dos deputados federais, para que as mani-festações favoráveis à criação do Tribunal Regional Federal no Estado do Paraná, sejam enviadas.

As seguintes entidades fizeram parte da comitiva do Paraná: AECIC com seu Presidente Celso Gusso, MOVIMEN-TO PRÓ-PARANÁ com seu Presidente Jonel Chede e a OAB/

PR com seu Presidente Dr. José Lucio Glomb.Participaram também da reunião o presidente da sec-

cional da OAB no Paraná, José Lúcio Glombi, da seccional da OAB em Minas, Luís Cláudio Chaves, da seccional da OAB na Bahia, Saul Quadros, e da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), Antônio Cesar Bochenek. Também parti-ciparam os deputados Claudio Puty, Zeca Dirceu, Padre João Carlos, Oziel Oliveira, Dilceu Sperafico, Abelardo Lupion, Nel-son Padovani, Lincon Portela, Jacques Sérgio, André Vargas e Nelson Bira e representantes de outras entidades como o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná, José E-duardo Sarmento, João Pedro Gebran Neto, diretor da Justiça Federal do PR, Luiz Alceu Pereira Jorge, da Associação dos Advogados do Poder Executivo, Marco Aurélio Crescente (AE-CIC), Antonio Cesar Bochenek- presidente da APAJUFE, Leticia Yumi de Rezende, coordenadora do Departamento de Assun-tos Legislativos da FIEP, o vice-presidente da OAB/PR, César Moreno e Leonardo de Paola, da Comissão Especial da OAB para Criação do Tribunal, Paulo César Nauiack, vice-presi-dente do Sistema Fecomércio, Sesc/Senac/PR, além de re-presentantes da ACP/PR, ABERC, Justiça Federal/PR, JF/MG, JF/DF, JF/MT, Instituto dos Advogados do Paraná, AJUFER, AJUFEMG, SJ/MG, SJ/PA, Federação dos Industriais do Paraná e CRC/PR,Conselho Federal da OAB, OAB/SE.

esquerda José lúCio gloMb, presidente da oab–pr, Celso gusso e aMauri santos teixeira, deputado federal (pt ba)

Page 36: Revista AECIC Negócios

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AECIC EM AÇÃO

CONTORNO SUL

REVITALIZAÇÃO - PROJETO DE ENGENHARIA

Acompanhamento. Devido a importância da obra para a região, a AECIC NEGÓCIOS vem acompanhando o processo de implemen-tação do projeto de Revitalização do Contorno Sul para manter nossos leitores informados sobre o estágio em que se encontra o trabalho. Nesse sentido, obteve informações da ASTEP Engenharia, empresa licitada pelo DNIT para elaboração do Projeto de Engenha-ria, o qual está em fase de conclusão e servirá de base para licitação e execução das obras.

A empresa informou as principais intervenções propostas no Projeto, fornecendo uma sequência de obras inseridas no estudo que realizou:

a) Adequação de capacidade da via principal, passando a ter 03 faixas em cada sentido;

b) Construção dos segmentos faltantes da Marginal Direita da Av. Jus-celino Kubitscheck. As Vias Marginais passariam a funcionar apenas no sentido da pista principal e também com 3 faixas de tráfego;

c) Construção de mais 4 interseções em desnível:1) Rua Benedito Carollo km 588,42) Rua Theodoro Locker km 591,13) Rua Alvares de Azevedo km 593,14) Rua João Bettega km 596,9;

d) Construção de cinco passarelas, em locais de grande fluxo de pe-destres conforme levantamento do IPPUC: km 592,2,km 593,1km 594,0km 595,2km 598,9;

e) Restauração e reforço da pista de rolamento.

Page 37: Revista AECIC Negócios

37

GRUPO HÜBNER:EM CONSTANTE ASCENSÃO

O Grupo Hübner é hoje um importante fornecedor da in-

dústria automotiva, abastecendo tanto montadoras quanto seus

sistemistas, além de indústrias de bens de capital. Atualmente, ele

é composto por sete unidades industriais no Brasil, atuando nas

áreas de autopeças, reflorestamento, briquetagem, carvoejamento,

siderurgia, fundição, usinagem e implementos rodoviários. O desen-

volvimento e integração das suas empresas consolida a estratégia

de auto-suficiência do Grupo Hübner e fortalece sua posição juntos

aos segmentos em que atua.

O Grupo Hübner tem suas origens em 1980 na capital para-

naense com a fundação da Mecânica Hübner. A pequena empresa

que atuava no ramo metal-mecânico, produzindo peças com alto

grau de complexidade, foi crescendo aos poucos. No ano de 1987

o negócio teve o nome alterado para Hübner Indústria Mecânica e

também sua sede para a Cidade Industrial de Curitiba, em insta-

lações próprias de aproximadamente 7 mil m2. Fornecendo na época

peças para diversas montadoras e seus sistemistas instalados no

País, entre os quais se destacam Volvo,

Volkswagen, General Motors, TRW, New

Holland, Cummins. A empresa vem apre-

sentando um crescimento expressivo

desde então, adquirindo novas empresas

e aumentando seu ramo de atuação.

As empresas do grupo atuam

com compromisso e transpa-rência, ino-

vando no desenvolvimento constante de

novos projetos, promovendo iniciativas

de responsabilidade social e ambiental,

valorizando as parcerias estabelecidas e

investindo em qualificação humana, bus-

cando sempre a sinergia e integração en-

tre suas empresas.

EMPRESAS DO GRUPO HÜBNER: Bricarbras / Hübner Indústria Mecânica

/ Hübner Fundição / Hübner Fundição

de Alumínio / Hübner Siderurgia / Rodo-

Linea.

o grupo hübner é hoJe uM iMportante forneCedor da indústria autoMotiVa

EMPRESA PARCEIRA

Page 38: Revista AECIC Negócios

38

CONSUMO

ENERGIA: PREÇO ALTO, ATÉ QUANDO?

Não é de hoje que o consumidor brasileiro paga um

preço muito alto para ter energia, seja na sua casa, nas em-

presas, indústrias, hospitais e escolas, entre outros, arcam

com os custos elevados pelo fornecimento de eletricidade

para suas atividades. Para se ter uma ideia, a média da ta-

rifa final no Brasil é de R$ 341,51 por MWh (megawatt/hora).

Conforme levantamento da Consultoria Advisia, a pedido da

Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais

de Energia e de Consumidores Livres

(Abrace), em 2009, o valor da energia

elétrica para os brasileiros era maior do

que em países como: Canadá, Estados

Unidos, Noruega, França e México. Além

disso, a pesquisa indica que, no Brasil, o

aumento na conta de luz chega a 21,6%

ao ano, quando no México é de 12,7% e

na Alemanha de apenas 1,2%. Mas será

que nós brasileiros pagamos um preço

justo para o fornecimento de energia?

Na realidade, deveríamos pagar

um valor menor para receber eletrici-

dade na nossa casa ou na nossa empre-

sa, pois 77% da energia produzida no

País vêm de usinas hidrelétricas. Este

tipo de energia é considerada a mais

barata do mundo. Porém, devido aos

altos custos na construção e no desen-

volvimento de sistemas de transmissão, o governo concede

às empresas vencedoras das licitações o direito de cobrar a

amortização dos investimentos. Ou seja, o investimento deve

ser recuperado com a cobrança de um valor extra nas contas

dos consumidores durante 35 anos e, o prazo pode ser pror-

rogado em até 20 anos, conforme determina a Lei Federal n°

10.848, de 2004.

Mas o que tem acontecido, na verdade, é que as con-

cessionárias fazem lobby na esfera judiciária e política para

aumentar o prazo das concessões legais, sem que haja leilões

para renovação. Boa parte dos contratos das empresas for-

necedoras de energia vence a partir de

2015, sendo que 82% são das linhas de

transmissão, 40% são de distribuição

e 28% de geração que são das 112 das

usinas hidrelétricas.

Para combater esse abuso que

lesa o bolso do consumidor, a FIESP -

Federação da Indústria do Estado de São

Paulo em parceria com o CIESP - Centro

das Indústrias do Estado de São Paulo,

está realizando a campanha “Energia a

preço justo”, para a qual as entidades

estão recolhendo assinaturas com ob-

jetivo de que se cumpra a Lei para não

permitir a prorrogação das concessões.

A adesão pode ser feita pelo site www.

energiaaprecojusto.com.br

Para efeitos de cálculo, o valor

na comercialização de energia pelas

concessionárias é de R$ 90,98 por MWh. Porém, o custo de

produção da eletricidade nas hidrelétricas é de apenas R$

6,80/MWh. O aumento considerado na tarifa, deve-se à in-

“Na realidade, deveríamos pagar

um valor menor para receber eletricidade na nossa casa ou

na nossa empresa, pois 77% da energia

produzida no País vêm de usinas hidrelétricas”

RiCaRdo MaRtins é diretor do Centro das indústrias do estado de são paulo (Ciesp) - distrital leste (www.Ciespleste.CoM.br) e diretor de relações internaCionais e CoMérCio exterior da fiesp. taMbéM é ViCe-presidente do siCetel - sindiCato naCional das indústrias de trefilação e laMinação de Metais ferrosos. e-Mail: [email protected]

ARTIGO

Page 39: Revista AECIC Negócios

39

clusão da chamada taxa de amortização de investimentos

que corresponde a 75%, além da carga tributária. Tirando

o custo de investimentos da construção das usinas, o valor

cairia para R$ 20,69, ou seja, uma economia de 77% para o

consumidor.

Diante deste cenário, cabe a todos nós cidadãos bra-

sileiros nos unirmos para tentar barrar uma possível prorro-

gação das concessões, exigindo o cumprimento da lei. Para

que ao término dos contratos sejam feitos novos leilões, uti-

lizando o critério de menor tarifa sem a perda da qualidade

do serviço.

Com isso, toda a sociedade sairá ganhando, pois se-

gundo estimativa FIESP/CIESP é esperada uma economia de

R$ 30 bi ao ano. Já nas tarifas das indústrias a redução se-

ria de 22% a 27% e nas residências a diminuição nas contas

chegaria até 24% em uma década, conforme Estudo da FGV -

Fundação Getulio Vargas /Abrace. Pesquisa de amostragem

realizada pelo Depecom - Departamento de Competitividade

e Tecnologia da FIESP/CIESP comprova o peso do valor co-

brado na conta dos cidadãos. Das mil pessoas entrevistadas,

74% delas consideraram o preço cobrado pelo fornecimento

de energia muito alto. Já para 87%, das 368 empresas consul-

tadas, o valor pago pelo uso da eletricidade é elevado.

Até quando vamos continuar a pagar uma conta sal-

gada das distribuidoras de energia, que até 2015 terão com-

pletado 56 anos de exploração, sendo que o limite legal é de

35 anos prorrogáveis por mais 20 anos? O que esperamos é

que se cumpra a Lei, ao invés de aceitar o lobby das conces-

sionárias que alegam motivos falsos como, “não há tempo

hábil para realizar leilões” ou que “haverá perda de investi-

mentos no setor” ou “a possibilidade de privatização”, entre

outras desculpas para tentar mudar a legislação a seu favor.

Lembre-se: energia tem que ser fornecida a preço jus-

to. Entre no site www.energiaaprecojusto.com.br e assine a

campanha. Só a união de todos acabará com mais esse “as-

salto” em nossas economias.

Page 40: Revista AECIC Negócios

40

atuação e sustentabilidade destacam-se a certificação pela ISO

9001/2008 e pelo HACCPP, além de premiações pelos seus progra-

mas de responsabilidade social e um corpo técnico presente e preo-

cupado com a segurança alimentar.

Ao longo da história, uma das principais conquistas da em-

presa foi a expansão na alimentação escolar para outros Estados.

Em relação aos investimentos realizados nos últimos anos

vale destacar a infraestrutura de apoio - cerca de 3% do faturamento

anual é dedicado para essa área, e 1% para o investimento em ca-

pacitação de pessoas. Nos últimos três anos a empresa teve um

investimento maior em infraestrutura em função do acréscimo de

mercado, principalmente pelo início de serviços de fornecimento de

alimentação escolar para Santa Catarina e pelas obras da REPAR,

em função do PAC, em que os investimentos chegaram entre R$ 7 a

8 milhões ao ano.

A expansão faz parte do planejamento da Risotolândia.

Trata-se da ampliação da participação no mercado de alimentação

escolar, tanto no Estado do Paraná como em Municípios de Santa

Catarina. E ainda no segmento de refeições semitransportadas nas

grandes obras advindas do PAC.

A empresa também investe em programas de responsa-

bilidade social, como Liberdade Construída, Importância da Vida,

Gralha Azul, Comunicação Alternativa para inclusão social, Higiene e

Manipulação de Alimentos para a comunidade.

RISOTOLÂNDIA:EM PLENA EXPANSÃO DENTRO E FORA DO ESTADO

A Risotolândia realiza em média 350 mil atendimentos diári-

os, entre alimentação escolar, hospitalar, prisional e para grandes

obras nas cidades paranaenses de Araucária, Curitiba, Paranaguá,

Piraquara e São José dos Pinhais, e em Blumenau, Criciúma, Tu-

barão, Lages, Laguna e outros municípios da região Sul e Central de

Santa Catarina. Atualmente conta com 3,6 mil colaboradores e suas

instalações físicas têm quase 10 mil metros quadrados.

Entre os diferenciais da empresa em termos de produtos,

a risotolândia realiza eM Média 350 Mil atendiMentos diários entre aliMentação esColar, hospitalar, prisional e para grandes obras

ViVeiro do proJeto gralha azul

EMPRESA PARCEIRA

Page 41: Revista AECIC Negócios

41

Page 42: Revista AECIC Negócios

42

INOVAÇÃO

É POSSÍVEL AVALIAR O CAPITAL INTELECTUAL?Especialistas afirmam que existem ferramentas capazes de avaliar o capital intelectual das organizações conforme os objetivos estratégicos

Page 43: Revista AECIC Negócios

43

É POSSÍVEL AVALIAR O CAPITAL INTELECTUAL?

Medir, comparar, analisar as projeções e contabilizar

o montante alcançado tornaram-se atividades corriqueiras

para as corporações. As organizações preocupam-se em

verificar como está a sua posição no mercado em relação

às várias atividades, sejam elas mercadológicas, econômi-

cas ou institucionais. Mensura-se o que a empresa vendeu,

quanto ela investiu, quanto lucrou, seus projetos de respon-

sabilidade social, gastos com publicidade e vários outros

índices.

Mas como lidar com os intangíveis? Dentro da im-

portância que os recursos humanos, colaboradores ou fun-

cionários têm atualmente para o desempenho das organi-

zações, despontam as atividades de avaliação da melhoria

dos processos que lidam com ativos intangíveis, entre eles, o

conhecimento, como explica Fernando Goldman,engenheiro

e pesquisador do Conhecimento Organizacional. “A cor-

reta conceituação da Gestão do Conhecimento (GC) vem se

tornando cada vez mais importante para as empresas, mas

para que seja entendida de forma correta é preciso que cada

organização entenda o nível de aplicação em GC vivenciado

e o que isso representa para o seu negócio. Existem no mer-

cado ferramentas capazes de avaliar a melhoria dos proces-

sos, classificando-os em níveis”, revela. Goldman explica

que um maior nível indica um processo de GC mais estru-

turado. “Tudo isso com foco nas pessoas e nos processos

realizados”, complementa o pesquisador.

Especialistas - Sonia Wada, diretora presidente da

SBGC - Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento,

considera, ao mesmo tempo, que é fundamental para a or-

ganização ter ferramentas que possibilitem a avaliação do

capital intelectual. Esses instrumentos dão mais segurança

para a Gestão Estratégica do Conhecimento, porém, esses

conhecimentos precisam ser capturados e transformados

em ações e disseminados. “É a aplicação lógica e estratégi-

ca da informação, em curto espaço de tempo. Não adianta

apenas mensurar e vislumbrar o cenário em sua amplitude.

Posteriormente a essa avaliação, é preciso que todo esse

capital intelectual seja utilizado, de alguma forma produti-

va, na organização. Seja ela pública ou privada”, aconselha.

Fernando Goldman ainda compara a avaliação da me-

lhoria dos processos de lidar com intangíveis com a evolução

de uma escola de samba no Grupo Especial. “Uma escola

para conseguir chegar ao topo, passará por vários níveis.

Começará no grupo de acesso, quando seus processos são

menos estruturados, e irá subindo de qualificação. Na ava-

Entrevista com Sonia Gurgel Consultora da RH Soul e presidente

da ABRH-PR

Qual a sua análise em relação ao papel do RH atu-

almente?

Vejo que o RH deve ser um processo essencial para

a organização alavancar resultados utilizando o

SER HUMANO como DIFERENCIAL ESTRATÉGICO.

As empresas de um modo geral têm investido no

capital humano?

Entendo que tem havido uma maior preocu-

pação com o tema - estamos num período de

muitas transições e o tema Gestão de Pessoas já

começou a fazer parte da agenda da maioria dos

executivos e empresários. É um avanço, porém

temos um longo caminho a percorrer - é uma

grande mudança na cultura empresarial que está

evoluindo com alguma rapidez.

Quais os segmentos que se destacam nesse in-

vestimento?

Em todo o processo histórico, as grandes mudan-

ças se iniciam pelas grandes empresas multinacio-

nais, depois permeiam as grandes empresas nacio-

nais e em seguida as médias e pequenas empresas

nacionais e internacionais que atuam no País.

A indústria pode ser classificada em que nível?

Alguns segmentos industriais e/ou de serviços

normalmente são os precursores: indústria au-

Page 44: Revista AECIC Negócios

44

SERVIÇOKM Brasil 2012 - 11º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento

Realização: Sociedade Brasileira de Gestão do

Conhecimento (SBGC)

Data: de 22 a 24 de agosto de 2012

Local: Bourbon Convention Ibirapuera - Avenida

Ibirapuera, 2927 - São Paulo

liação da melhoria dos processos de lidar com intangíveis, os

níveis funcionam da mesma forma: são graduais e permitem

que toda a corporação tenha uma evolução. Saia de uma

posição que estava em GC e assuma outra totalmente dife-

renciada, mas isso é com muito trabalho. De avaliação e de

direcionamento. A empresa pode avaliar a melhoria de seus

processos de GC periodicamente, desde que tenha clareza

sobre o real significado da Gestão do Conhecimento”.

A mensuração da melhoria dos processos para lidar

com ativos intangíveis será abordada durante o KM Brasil

2012, no painel “Modelos de Maturidade em GC”, moderado

por Paulo Fresneda, coordenador geral e de Gestão Estra-

tégica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abasteci-

mento (MAPA). O painel ainda trará palestras de Fernando

Goldman; Marcelo Yamada, coordenador de projetos na

unidade de sistemas da Promon e por Fábio Ferreira Batista,

técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Desen-

volvimento Institucional (Dides) do Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea).

tomotiva, indústria de tecnologia de ponta e

alguns serviços associados, além de algumas

áreas do segmento financeiro.

Uma das principais orientações dadas é investir

na retenção de talentos? Como fazer isso?

Sim, retenção de talentos é o tema do momento.

Não é fácil implantar um programa de retenção,

pois em primeiro lugar precisa-se definir critérios

e identificar claramente quem são os talentos,

em segundo lugar, precisamos “escutá-los” e

entender o que é importante para essas pessoas

e aí sim, desenvolver alternativas de retenção.

Também é preciso ter em mente que tal programa

tem que ser constantemente avaliado em todos

seus aspectos de modo a mantê-lo atualizado x

necessidades da organização e das pessoas.

Em relação às profissões, quais as que estão em

alta e quais as portadoras de futuro?

As profissões ligadas à tecnologia (nanotecnologia/

web/comunicação), engenharias, biologia - meio

ambiente/sustentabilidade, óleo e gás, entre outras.

Há dificuldades para contratar em relação à for-

mação do profissional?

Sim, está havendo uma grande carência de profis-

sionais qualificados nas mais diversas áreas.

Quais são essas dificuldades?

Problemas no nosso sistema de educação e falta

de incentivo às carreiras de técnicos e tecnólogos.

Em quais áreas existem mais dificuldades?

Áreas técnicas: elétrica, mecânica, informática e

demais ciências: biologia - óleo e gás - nanotec-

nologia, etc.

A qualificação profissional tem sido colocada por

muitas empresas como um dos principais garga-

los. Com que tipo de profissional se observa essa

problemática?

Engenharias diversas.

INOVAÇÃO

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NOVOZYMES:REPENSANDO O AMANHÃ

Instalada na Cidade Industrial de Araucária, Paraná, a No-

vozymes, multinacional de origem dinamarquesa, iniciou suas

atividades no Brasil em 1975 como Novo Industri do Brasil Repre-

sentações e Serviços Ltda., com escritório em São Paulo. Dois anos

depois, passou a denominar-se Novo Industri do Brasil Indústria e

Comércio Ltda. Em 1988 o escritório deixava São Paulo, para insta-

lar-se em Curitiba, no Estado do Paraná. No ano seguinte, em 1989,

inaugurou a sua unidade industrial em Araucária,na região metro-

politana de Curitiba, dando inicio à produção industrial de enzimas

e processos enzimáticos. No mesmo ano, ocorreu a fusão entre a

Novo Industri A/S e a Nordisk Gentofte A/S da Dinamarca, alterando

a sua razão social para Novo Nordisk Bioindustrial do Brasil Ltda. A

partir de 2000 recebeu o nome que mantém até hoje, Novozymes

Latin America Ltda.

A Novozymes é líder mundial no segmento de enzimas indus-

triais e bioinovação, detendo mais de 47% do mercado global. A em-

presa tem em seu portfólio mais de 700 produtos, comercializados

em 130 países e usados por diversas indústrias como a de bebidas,

alimentícia, de panificação, de detergentes, têxtil, de biocombus-

tíveis, entre outras.

Com atuação destacada na produção de enzimas industriais,

em 2011 a Novozymes inaugurou seu oitavo Centro de Pesquisa &

Desenvolvimento, o primeiro no Brasil, voltado para o desenvolvi-

mento de novas enzimas para o setor de bioenergia, em franca

expansão. O prédio também abriga o departamento de Soluções

aos Clientes, que deve consolidar pesquisas e aplicações em áreas

como panificação, agricultura e limpeza doméstica.

Em 2012, a caminho da plena escala comercial dos biocombus-

tíveis avançados e de um cenário mundial com combustíveis limpos

e mais acessíveis para os nossos carros, ônibus e caminhões, a No-

vozymes lançou sua mais recente inovação ao mercado latino-ameri-

cano: a Cellic® CTec3. Essa enzima permite uma relação eficiente de

custo-benefício na conversão de biomassas em etanol celulósico.

Além disso, a Novozymes tem o compromisso de preparar

o caminho com seus clientes para um futuro melhor. Durante a

Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Susten-

tável (Rio+20), a Novozymes participou ativamente das discussões

de políticas públicas e de soluções para as próximas décadas que

promovam a economia verde em uma sociedade biobaseada, privi-

legiando alternativas renováveis ao uso de produtos químicos com

origem fóssil.

Já o engajamento da Novozymes pode ser visto na sua

atuação em importantes fóruns da sociedade civil brasileira e in-

ternacional. Localmente a Novozymes desenvolve importantes

iniciativas de relacionamento

com a comunidade, por meio de

ações como o “Programa Bio-

tecnologia para a Sustentabili-

dade vai à Escola” em parceria

com a Secretaria Municipal de

Educação de Araucária e com

o SESI Paraná e, com o apoio

ao Instituto Pricesa Benedikte,

entidade que atua na área da

infância e adolescência pro-

movendo a garantia dos direi-

tos de crianças e jovens vítimas

de violência doméstica ou em

situação de risco.

EMPRESAS PARCEIRAS

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estudar: no polo, pela in-

ternet via AVA e também

em casa, por DVD;

2) Editora IBPEX: ofe-

rece soluções focadas em

conteúdo de qualidade,

colocando à disposição

do público mais de 500 tí-

tulos e democratizando o

acesso ao conhecimento;

3) UNINTER Empresas: Desenvolve projetos em

educação corporativa voltados para organizações de diversos seg-

mentos, preparando o colaborador para os desafios da realidade

empresarial;

4) EJA UNINTER: ensino médio a distância para jovens e adultos

que desejam concluir o 2º grau distância e continuar os estudos no

ensino superior;

5) UNINTER Formação Tecnológica: despertar o interesse por

uma profissão e capacitar o indivíduo para exercer atividades especí-

ficas da indústria, adaptadas às exigências de um novo mercado.

O Grupo UNINTER nasceu de um sonho, com a missão de de-

dicar-se sem limites na oferta do ensino superior com qualidade e le-

vando soluções inovadoras em educação para todos os cantos do país.

Há mais de 16 anos no mercado e sediado em Curitiba (PR), oferece di-

versos produtos e serviços, grande parte deles com foco no segmento

educacional. São cursos superiores de graduação e pós-graduação,

extensão, profissionalizantes, idiomas, na modalidade presencial e a

distância, produção de material didático para a Educação Básica (sis-

tema educacional) e para o Ensino Superior (livros), entre outros. Com

esta diversidade de atividades que oferece, o Grupo UNINTER atende

mais de 120 mil alunos distribuídos por todos os estados brasileiros,

tendo conquistado credibilidade diante do Ministério da Educação

(MEC) e em todo o território nacional. A dedicação da equipe de pro-

fessores, colaboradores e alunos trouxe ao Grupo UNINTER no decor-

rer destes anos inúmeros prêmios de reconhecimento, sendo o mais

recente deles o Top Educação.

O Polo de Apoio Presencial (PAP) do Centro Universitário

UNINTER na Cidade Industrial faz parte de um total de 425 polos dis-

tribuídos por todo o país. Sustentando a política de atendimento com

qualidade que o Grupo UNINTER preza em todas as suas operações,

este polo traz como parte do portfólio de soluções inovadoras em

educação os seguintes serviços:

1) Centro Universitário UNINTER: cursos de graduação e pós-

graduação a distância, em que o aluno pode escolher como e onde

UNINTER: CENTRO UNIVERSITÁRIO NA CIC

EMPRESA PARCEIRA

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