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CAMPANHA NACIONAL A TODO VAPOR AS NEGOCIAÇÕES COM OS BANCOS JÁ COMEÇARAM E SETEMBRO SERÁ DECISIVO PARA OS BANCÁRIOS Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br DOS Bancários Revista Ano I - Nº 1 - Setembro de 2010 Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Revista dos Bancários 01 - set. 2010

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Revista mensal editada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, com as principais notícias sobre os bancos, cultura e lazer.

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CAMPANHA NACIONALA TODO VAPOR

AS NEGOCIAÇÕES COM OS BANCOS JÁ COMEÇARAM E SETEMBRO SERÁ DECISIVO PARA OS BANCÁRIOS

Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br

DOSBancáriosRevista

Ano I - Nº 1 - Setembro de 2010 Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Opinião Editorial

Há nove meses, a atual diretoria tomava posse do Sindicato com o compromisso de trazer mais transparência e democracia

para a nossa entidade. Durante as eleições, apresentamos uma carta compromisso e, neste curto espaço de tempo, já cumprimos integralmente as nossas propostas. Para tirá-las do papel, tivemos de reduzir o nosso mandato em cinco meses, limitamos a pos-sibilidade de reeleição e diminuímos o teto das mensalidades em mais de 60%.

E é com muito orgulho que agora a gen-te publica esta re-vista para prestar contas aos bancá-rios e esquentar os trabalhadores para a nossa cam-panha salarial, que chamamos de Campanha

Nacional, já que nossas reivindicações não são apenas financeiras.

Por falar nisso, esta é a primeira Cam-panha Nacional desta diretoria, que é mar-cada pela renovação. Os jovens dirigentes estão cheios de empolgação para lutar pelas reivindicações dos bancários. As ne-gociações com os bancos já começaram, estamos numa fase decisiva da Campanha e precisamos de todo o apoio dos traba-lhadores nesta luta. Juntos, vamos ampliar as nossas conquistas e garantir um Sindi-cato cada vez mais dos bancários.

A DIRETORIA

>>Juntos, vamos ampliar as nossas conquistas e garantir um Sindicato cada vez mais dos bancários

Compromissocom vocêDiretoria completa novemeses de gestão com mais transparência e democracia no Sindicato

Na luta por mais conquistas

Negociações com os bancos entram em fase decisiva e bancários ampliam a mobilização para pressionar as instituições financeiras

PRESSÃO: EM PERNAMBUCO, OS BANCÁRIOS ESTÃO REALIZANDO ATIVIDADES DESDE O DIA 24 DE AGOSTO PARA PRESSIONAR OS BANCOS

BANCÁRIOS DE PERNAMBUCO

02 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Ivaldo Bezerra/Lumen

Campanha Nacional Primeira página

Era quase meio-dia de quarta-feira, 11 de agosto, quando os bancários en-tregaram a pauta de reivindicações da categoria para o presidente da Fe-

braban, Fábio Barbosa. Entre as exigências dos trabalhadores, pontos importantes como au-mento real de salários, PLR maior, mais saúde e segurança.

Para conquistar as reivindicações, os bancá-rios de Pernambuco iniciaram no dia 24 de agos-to uma série de manifestações com o objetivo de pressionar os bancos. No mesmo dia, tinham início as negociações entre patrões e empregados.

“Este mês de setembro será decisivo para a nossa Campanha Nacional. Vamos esquentar a mobilização dos bancários e pressionar os ban-cos na mesa de negociação”, ressalta a presi-denta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Os bancários mais antigos sabem que só com pressão é possível garantir que os bancos atendam as reivindicações dos funcionários. Com 26 anos de Banco do Brasil, a bancária Hélida Pantoja conta que é sindicalizada desde que ingressou na profissão. “Participo das gre-ves há mais de duas décadas e meia. O que eu percebi nesses anos todos é que sempre que a mobilização é boa nós conquistamos mais. E quando não demonstramos muita força os ban-cos cedem menos”, afirma Hélida, destacando que a greve deve ser o último recurso dos traba-lhadores. “O Sindicato deve apostar sempre na mesa de negociação. E quando o diálogo com os bancos se esgotar, aí sim, devemos partir para a greve”, diz.

Para a Campanha Nacional deste ano, os bancários marcaram quatro rodadas de nego-ciação com os bancos, com dois dias de debates para cada uma (veja agenda na página 4). Se-gundo Jaqueline, o objetivo é garantir que as rei-vindicações dos bancários sejam atendidas até a última reunião marcada, em 16 de setembro. “Esperamos avançar nos debates neste perí-odo, mas caso os bancos não aceitem nossas reivindicações vamos ampliar a mobilização da categoria e não descartamos a possibilidade da greve”, afirma Jaqueline.

>>

Na luta por mais conquistas

PRESSÃO: EM PERNAMBUCO, OS BANCÁRIOS ESTÃO REALIZANDO ATIVIDADES DESDE O DIA 24 DE AGOSTO PARA PRESSIONAR OS BANCOS

REVISTA DOS BANCÁRIOS 03

04 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Além das reivindicações classistas, os bancários também incluíram em sua pauta uma série de questões que bene-ficia os clientes e toda a sociedade. É a chamada contrapartida social dos ban-cos, que o Brasil tanto cobra.

“O sistema financeiro nacional ain-da não está regulamentado e por isso não contribui para o desenvolvimento econômico e social do país. Os brasi-leiros precisam de mais crédito, menos juros, tarifas menores e mais bancários

para melhorar o atendimento”, enumera Anabele Silva, secretária de Comunica-ção do Sindicato.

Com essas reivindicações, a Cam-panha Nacional dos Bancários tem ga-nhado o apoio de muitos clientes. Para o militar da reserva, Vanderlei Rodrigues, cliente dos Banco do Brasil há mais de 40 anos, a luta dos bancários pela so-ciedade é muito boa. “O atendimento é muito ruim, as tarifas são exorbitantes e o banco tenta te empurrar um monte de

<< Bancários também têm reivindicações para os clientes

Campanha Nacional Primeira página

Participe das atividades de mobilizaçãoPara conquistar as rei-

vindicações da Campanha Nacional 2010, o Sindicato está realizando uma série de atividades com os ban-cários para pressionar os bancos. Participe e con-verse com seus colegas de trabalho para ampliar o número de trabalhadores envolvidos nas atividades. Para ficar por dentro de tudo o que acontece nas negociações e nos atos, acesse o site do Sindicato diariamente: www.banca-riospe.org.br.

REAJUSTE SALARIAL 11% (inflação do período mais 5% de aumento real)

PLR Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário

PISO SALARIALValor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)

OUTRAS VERBASElevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá para o valor de um salário mínimo para cada item

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTARFundo de pensão fechado em todos os bancos para todos os bancários

EMPREGOMais contratações, garantia de emprego, qualificação e re-qualificação profissional. Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo a igualdade de oportunidades

SAÚDEFim das metas abusivas; combate ao assédio moral; proteção contra os riscos de acidente de trabalho ou doença ocupacional; Pro-grama de Reabilitação Profissional; prevenção de adoecimento e promoção da saúde da mulher; assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa

SEGURANÇAAssistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões, com estabilidade provisória; ampliação dos equi-pamento de prevenção; adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria; proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários

SISTEMA FINANCEIRORegulamentação do artigo 192 da Constituição Federal; limites na remuneração dos executivos; democratização e ampliação do Con-selho Monetário Nacional (CMN); regulamentação do papel social dos bancos; fim dos correspondentes bancários

CONFIRA AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS PARA A CAMPANHA NACIONAL 2010

produtos que eu não quero. Todo mês eu recebo do BB um cartão de crédito que eu sempre rasgo”, declarou.

DATAS TEMAS

1 e 2 de setembro Saúde e segurança bancária

15 e 16 de setembro Remuneração8 e 9 de setembro Emprego e condições de trabalho

Calendário de negociações de setembro

JAQUELINE MELLO, PRESIDENTA

Memória Dia dos Bancários

Há 59 anos, os bancários iniciavam uma das mais longas greves da his-tória do Brasil. Foram 69 dias de paralisações e muitos protestos em todo o país para pressionar os bancos e garantir o atendimento das rei-vindicações, entre elas, reajuste de 40%, salário mínimo profissional e

adicional por tempo de serviço. A greve começou em 28 de agosto de 1951, e foi duramente reprimida pelas au-

toridades, que prendiam e espancavam os trabalhadores. Mas os bancários mostraram fibra, mantiveram-se irredutí-veis e conquistaram grande parte das reivindicações.

Além de garantir um bom acordo com os bancos, as semanas de luta dos bancários tiveram um simbolismo especial. As mobilizações colocaram em xeque a lei de Greve do governo de Eurico Gaspar Dutra e foi a partir da luta dos bancários que surgiu a iniciativa de criar o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estu-dos Socioeconômicos), concretizado em 1955.

Desde então, o dia 28 de agosto entrou para sempre no calendário do Brasil como o Dia dos Bancários. “Em muitos países, nossos colegas comemoram o Dia dos Bancários; cada um em uma data que é especial para a categoria naquele local. Para nós, funcionários dos ban-cos no Brasil, a data marca uma das mais importantes greves já realizadas em nosso país”, comenta o diretor do Sindicato, Alan Patrício.

REVISTA DOS BANCÁRIOS 05

OS BANCÁRIOS SEMPRE FORAM DE LUTA E HOJE SÃO REFERÊNCIA PARA OS DEMAIS TRABALHADORES DO BRASIL

A greveque ficou na história <<

Para comemorar a data, o Sindicato realiza uma festa de confraternização no dia 6 de setembro, a partir das 21h, no Downtown Pub. A entrada é franca

A campanha salarial de 1951 teve uma das mais longas greves do Brasil e desde então se comemora o Dia dos Bancários

Você com certeza conhece muitas histórias de alguém que foi eleito para um cargo importante e, ao assumir, fez de tudo para se manter no posto, inclusive mudando as regras do “jogo”. No Brasil, exem-plos dessa atitude não faltam. O ex-presidente da República, Fer-

nando Henrique Cardoso, instituiu enquanto governava a possibilidade da ree-leição, que não era permitida, só para ficar mais quatro anos no cargo. Afinal, como diz o ditado, o poder é o afrodisíaco mais forte.

No entanto, há casos que vão na contramão da histó-ria acima, embora esses sejam raros. Foi o que acon-teceu no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. A atual diretoria, para cumprir seus compromissos de campanha, mudou o estatuto da entidade e, de quebra, reduziu o seu mandato em cinco meses e limitou para apenas duas a possibilidade de reeleição que antes es-tava irrestritamente liberada.

Os próprios bancários ficaram surpresos com a atitu-de do Sindicato, que ainda reduziu em mais de 60% o teto das mensalidades dos sócios.

“Percorremos os bancos para explicar as mudanças no estatuto para os bancá-rios e fomos muito bem recebidos. As pessoas nos davam parabéns pela atitude e diziam que nunca viram uma direção reduzir o próprio mandato e limitar a reelei-ção. Nós fizemos. Porque o nosso compromisso é com os bancários e com a luta dos trabalhadores”, conta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

06 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Novo estatuto Mais transparência

POSSE DA DIRETORIA DO SINDICATO, EM DEZEMBRO PASSADO, REAFIRMOU COMPROMISSOS QUE JÁ ESTÃO SENDO CUMPRIDOS

<<Novo estatuto cumpre compromissos assumidos pela diretoria durante a eleição do Sindicato, ocorrida no final do ano passado

Uma lição de democraciaDiretoria encurta o mandato e limita a reeleição no Sindicato, que ganha um novo estatuto com mais transparência e democracia

REVISTA DOS BANCÁRIOS 07

POSSE DA DIRETORIA DO SINDICATO, EM DEZEMBRO PASSADO, REAFIRMOU COMPROMISSOS QUE JÁ ESTÃO SENDO CUMPRIDOS

Uma lição de democraciaOs bancários de Pernambuco apro-

varam por ampla maioria as mudanças no estatuto do Sindicato propostas pe-los diretores. Mais de 92% dos 639 as-sociados que participaram da votação, ocorrida no dia 19 de agosto, disseram sim ao novo texto do estatuto.

Para Jaqueline, a expressiva vota-ção revela que os bancários estão de acordo com a linha de atuação da di-retoria. “Durante a campanha eleitoral do Sindicato, realizada no final do ano passado, apresentamos nosso programa e carta compromisso. As mudanças no estatuto estão tirando as nossas promes-sas do papel. A nossa vitória na eleição já era um sinal de que os bancários aprovaram as propostas apresentadas. Então, nada mais justo do que cumprir nossos compromissos o mais breve pos-sível”, comenta Jaqueline, destacando que, em menos de oito meses de ges-tão, a direção do Sindicato colocou

em prática os compromissos assumi-dos que tinham o objetivo de melho-rar o funcionamento da entidade.

Mulheres e aposentadosPara evitar que só os homens ou só

as mulheres estejam na direção do Sin-dicato, o novo estatuto prevê a adoção da Cota de Gênero, na qual nenhum dos sexos pode ter mais de 70% e menos de 30% de representação na diretoria.

“Queremos equilibrar a presença de homens e mulheres na direção, pois até hoje quem sempre dominou a diretoria de todos os sindicatos foi o sexo mas-culino. Precisamos ampliar a presença das mulheres para criarmos políticas afir-mativas que acabem com a discriminação dentro dos bancos. Vale lembrar que o Sindicato de Pernambuco foi o primeiro entre os bancários do Brasil a criar uma secretaria voltada especificamente para a mulher”, destaca a secretária de Assuntos

da Mulher, Sandra Trajano.O novo estatuto também criou a ca-

tegoria de Sócio Aposentado do Sindi-cato com o objetivo de trazer para o mo-vimento os bancários que não estão mais na ativa, criando uma política específica de valorização dos aposentados.

Já a redução do mandato da direto-ria teve como objetivo alterar a a data da eleição do Sindicato para que ela não coincidisse mais com o período da Campanha Nacional dos Bancários. As-sim, a próxima eleição será antecipada de outubro para o final de abril de 2012 com gestões de três anos.

<<Confira todas as mudanças do estatuto em www.bancariospe.org.br/campanhasalarial_aparece.asp?codigo=569

Novo estatuto Mais transparência

Entrevista Raimundo Carrero

E m 25 anos de literatura, Raimundo Carrero tem 17 livros publicados e vários prêmios de reconhecimento nacional. Mais recentemen-te, seu livro “A mi-

nha alma é irmã de Deus” foi consagrado pelo Prêmio São Paulo de Literatura como o melhor livro de 2009. Todo este reconhecimento, entre-tanto, não lhe embota a sim-plicidade nem lhe dá ares de arrogância.

Em um café, na Livraria da Jaqueira, ele conversou conosco sobre prêmios, re-conhecimento, processo de criação, literatura... Falou, também, sobre a oficina de criação literária, que ele ministra há quase 20 anos e por onde passaram nomes como Marcelino Freire, Inah Lins, Gerusa Leal. A en-trevista que se segue traz trechos desta conversa. Quem quiser um pouco mais, é só acessar o sítio eletrônico do Sindicato: www.bancariospe.org.br

08 REVISTA DOS BANCÁRIOS

<<“A literatura é parte do campo das artes que associam à bruxaria. As pessoas querem saber o que se passa nesse caldeirão”

Por Fabiana Coelho

Consagração do tempoEm suas bodas de prata com a Literatura, o escritor Raimundo Carrero é reconhecido com mais um prêmio: melhor livro de 2009

Inter

net

REVISTA DOS BANCÁRIOS 09

REVISTA - Você acabou de receber mais um prêmio. Qual o significado, para o escritor, destas premiações?

RAIMUNDO - São dois planos de significação. O primeiro é o incentivo. Daí a importância de escritores jovens serem premiados. Serve como estímulo para que eles mantenham esta busca. O segundo significado é a consagração do tempo. É uma resposta, um reconheci-mento da intelectualidade e da socieda-de ao trabalho e dedicação dos escrito-res veteranos.

REVISTA - Existe uma dificuldade maior em obter este reconhecimento quando se trata de um autor nordestino?

RAIMUNDO - Não percebo precon-ceito. As chances de ser premiado são as mesmas, para todos. Mas o que há é falta de visibilidade. Aqueles que estão nos centros urbanos, naturalmente, ga-nham uma visibilidade maior.

REVISTA - Mas alguns escritores nordestinos se queixam de terem suas obras rotuladas como regionalistas...

RAIMUNDO - Ah! Isso é outra coisa. Mas também não acho que seja pre-conceito. É preguiça mesmo, falta de estudo... Alguns jornalistas e críticos acabam associando a literatura regional a uma mera questão de geografia.

REVISTA - Você é de Salgueiro, inte-rior de Pernambuco. Que influência tem sua terra em sua literatura?

RAIMUNDO - Muita influência. Mas existe uma comunicação com o urba-no, com o universal.

REVISTA - Como é teu processo de criação? Eu ouvi você falar que não acredita em talento, nem inspiração...

RAIMUNDO - Acredito em intuição, que existe para uma obra literária assim como existe para tudo na vida. Mas, tal-vez seja a influência do jornalismo, que eu sempre exerci, que exclui esta ideia de inspiração e talento. Você não escre-ve quando quer. Você escreve porque é esse seu trabalho.

REVISTA - Existe algo que é comum a todos os teus livros?

RAIMUNDO - A preocupação com a angústia humana. E, claro, falar sobre isso é falar, também, de minha angústia...

REVISTA - E de onde vem esta angústia?

RAIMUNDO - Não sei. E talvez o fato de não sabê-lo é que me faz procurá-la por meio da escrita.

REVISTA - A presença das mulheres

é muito forte em suas obras. Por quê?

RAIMUNDO - Minha mãe morreu quando eu tinha 12 anos. E ela foi uma presença muito forte em minha história. Além disso, eu tenho cinco irmãs, são mulheres marcantes em minha vida.

REVISTA - Você acha que seus livros são bastante lidos?

RAIMUNDO - É difícil saber. No Bra-sil, existem alguns que leem muito e compram pouco. E também o contrário. Gente que está em todas as rodas literá-rias, mas não lê. Às vezes, em palestras nas escolas, uma mãe me pergunta: - O que faço para meu filho ler? E eu devol-vo a pergunta: - Você lê? Existem livros em sua casa?

REVISTA - Mas dá pra viver da ven-da dos livros?

RAIMUNDO - Não. Nem de longe. Às vezes, a gente consegue viver bem

durante dois ou três meses, mas não pela venda de livros e sim pela parti-cipação em eventos. Os organizadores, finalmente, conseguiram perceber que o escritor precisa de dinheiro para viver.

REVISTA - Você tem uma oficina de criação que é sucesso, há muitos anos. O que as pessoas procuram?

RAIMUNDO - A Literatura faz parte do campo das artes que dá a entender que é bruxaria. As pessoas querem sa-ber o que se passa nesse caldeirão.

<<“Às vezes, em palestras nas escolas, uma mãe me pergunta: - O que faço para meu filho ler? E eu devolvo a pergunta: - Você lê? Existem livros em sua casa?”

Entrevista Raimundo Carrero

Cultura Rede de Bibliotecas

Ingrid Alice tem 11 anos e coleciona poemas em um ca-derninho. Dois anos atrás, sequer sabia ler. Aprendeu na Biblioteca Popular do Coque. Seu irmão, Leandro, segue os mesmos rumos e, com 8 anos, se orgulha de poder ler e

escolher os próprios livros. A mãe, estimulada pelos filhos, vol-tou a estudar. Uma família inteira foi transformada pela leitura.

As oito unidades que compõem a Rede de Bibliotecas Co-munitárias da Região Metropolitana do Recife colecionam histórias como esta. Mas carecem de equipamentos e recur-sos para serviços básicos de infraestrutura. Resolveram, por-tanto, convidar a sociedade a participar.

A Biblioteca Amigos da Leitura, do Alto José Bonifácio, é um exemplo das dificuldades. Até 2004, ela funcionou em uma sala do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Ci-vil. Eram 2.800 livros catalogados e uma demanda tão grande que era preciso abrir até nos finais de semana. Desde 2007, entretanto, ela foi desalojada. Seu coordenador, Fábio Rogé-

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<<Conheça a Campanha “Para gostar de ler, é preciso bibliotecas vivas”. Acesse: rededebibliotecas comunitarias.wordpress.com

rio, levou os livros para o pequeno terraço de sua casa e pas-sou a receber lá mesmo os leitores. Agora, graças à participa-ção na Rede, ele conseguiu aprovar um projeto no Funcultura, do governo estadual, que banca a contratação de pessoal para a Biblioteca. Mas é preciso alugar e reformar o espaço físico.

No pequeno recinto onde funciona a Biblioteca Popular do Coque, desde 2007, também sobram dificuldades. Recentemen-te, vários livros se estragaram por conta das chuvas. É preciso colocar novas telhas no local e melhorar as instalações elétricas. Recursos humanos é outro problema. Na Biblioteca, apenas a coordenado-ra recebe pelo seu trabalho. Os outros dois mediadores são voluntários.

Também não faltam problemas em Caranguejo Tabaiares. Lá, a Bi-blioteca Comunitária tem três ges-tores e três mediadores. São jovens da comunidade que recebem uma pequena bolsa graças a doações de uma rede de amigos, no Brasil e no exterior, e convênio com a Secreta-ria de Educação. Mas, de vez em quando, ficam vários meses sem receber. “Também queremos construir nova sede, pois o espaço já não comporta nossas atividades. Às vezes, temos de mandar crianças de volta pra casa, porque não cabe mais ninguém”, conta o coordenador Reginaldo Pereira.>>

Bibliotecas comunitárias

da Região Metropolitana do

Recife se articulam e buscam

parceiros na sociedade

Rede de

leituras

Oito espaços formam a Rede de Bi-bliotecas Comunitárias da Região Me-tropolitana do Recife. No princípio, em 2007, eram apenas quatro. Mas o grupo foi se fortalecendo, ampliando, conse-guindo novos parceiros, como o Centro Luís Freire e o Instituto C&A. Hoje, é referência nacional. “Nós respeitamos a autonomia de cada um, mas trabalha-mos de forma integrada”, explica Ga-briel Santana, que coordena a Rede.

Em menos de três anos de existên-cia, a Rede já realizou vários cursos de formação coletiva, participou ativamen-te da construção da Lei do Livro muni-cipal e, na última campanha, conseguiu arrecadar mais de 2 mil livros.

Inauguraram, agora, nova campa-nha. Intitulada “Para gostar de ler é pre-ciso Bibliotecas Vivas!”, desta vez não se trata apenas de livros, mas de recur-sos e materiais. Depósitos em dinheiro

podem ser feitos na conta da Caixa Eco-nômica Federal, número 544-5, agên-cia 2193, OP 003. As doações também podem vir em forma de equipamentos, como mobiliário, material de constru-ção, DVDs, TV a cores, computadores, data show, impressoras e câmeras foto-gráficas. Ou mesmo em forma de tra-balho voluntário. Ligue: 3244-3325 ou 8850-5507. (Leia a íntegra desta matéria em www.bancariospe.org.br)

<< Rede de Bibliotecas do Recife é referência nacional

Cultura Arte e Lazer

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LivrosRECOMENDADOSGaliléia

O sertanejo e o urbano se unem neste livro do cearense ra-dicado no Recife Ronaldo Cor-reia de Brito. Vencedor do Prêmio SP de Literatura em 2009, o roman-ce narra o con-fronto dos per-sonagens com suas origens. Com eles, afloram histórias de várias gerações de uma família no Sertão.

ObaxObax é um livro para crian-

ças, de todas as idades. Seu au-tor, o recifense André Neves,

já ganhou vários prê-mios como ilustrador e escritor. Ambienta-do na Áfri-

ca, Obax fala sobre histórias e sonhos.

Muda em setembro

AGITE

ESPAÇO MUDA É BAR E ESPAÇO CULTURAL. FICA AO LADO DA TV JORNAL, SANTO AMARO.

Artes visuais invadem o RecifeDe 12 a 19 de setembro, acontece a 9ª edição do

SPA das Artes Recife. Ruas, ateliês, museus e praças do Recife passam a abrigar intervenções artísticas, projeções, exposições, performances e outras ativi-dades. Também integra a programação a exposição Territórios Recombinantes, que acontece no Mamam, em parceria com o Instituto Sérgio Motta. Na foto, o trabalho de um dos selecionados: o grupo Acidum , de Fortaleza. Em Recife, eles exibem a exposição Mundo Mulambo. Acesse a programação em: spa2010.artes-visuaisrecife.org.

Uma boa dica para curtir a noite é o Espaço Muda, em Santo Amaro. Em setembro, a programação inclui teatro, com a peça “O torto”, do grupo Magiluth, aos sábados, 20 horas. Inclui, também, leituras dramatizadas, nas terças, com “Noite de Reis”, de Shakespeare. E a exposição de Iza do Amparo “Luz e Movimento”.

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Eleições 2010 O futuro em jogo

Que país queremos?Duas candidaturas para presidência da República monopolizam a atenção dos eleitores e defendem projetos completamente distintos

ODaqui a poucos dias, os brasileiros vão às urnas para es-colher o novo ou a nova presidente da República, além de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Para a presidência, duas candidaturas monopolizam a

atenção dos eleitores e defendem projetos completamente distintos. Dilma Rousseff, do PT, representa a continuidade do governo Lula, enquanto José Serra, do PSDB, carrega o projeto de Fernando Hen-rique Cardoso, governo do qual fez parte. Durante a 12ª Conferên-cia Nacional dos Bancários, realizada no final de julho, a categoria discutiu as candidatura e decidiu por ampla maioria apoiar Dilma.

Para o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, o apoio dos bancários à Dilma mostra que a categoria não esqueceu os oito anos de governo FHC. “A candidatura tucana de José Serra significa uma

volta ao passado, com políticas sociais e econômicas contrárias aos interesses dos trabalhadores e novas privatizações. FHC tentou privatizar o Banco do Brasil e a Caixa e só não conseguiu porque seu man-dato acabou. O Serra vendeu no ano passado a Nossa Caixa em São Paulo, que era o único banco público do Estado, já que o outro, o Banespa, tinha sido pri-vatizado pelos tucanos há mais de dez anos. Não é esse o projeto que queremos para o Brasil”, comenta. Fabiano é funcionário do Banco do Brasil e destaca que os bancários que trabalharam nos bancos públi-cos nos governos do PT e do PSDB podem falar com categoria das diferenças de projeto.

“O FHC criou duas classes de bancários nos bancos públicos, os pré e os pós-98. Ele retirou grande parte dos direitos de quem entrou nos bancos depois de 1998, mas já conseguimos reconquistar muitos deles no governo Lula. Também foi sob o comando do PT que conseguimos fazer com que os bancos públicos cumprissem a Convenção Coletiva dos Bancários. Antes, eles se recusavam e o resulta-do foi um grande arrocho salarial, já que passamos quase toda a década de 1990 sem reajustes”, explica.

Além das questões voltadas para os bancários, a candidatura Dilma representa a continuidade das políticas iniciadas pelo governo Lula de desenvol-vimento econômico com inclusão social, geração de empregos, respeito aos trabalhadores e fortale-cimento dos bancos públicos. “Foi em razão disso que a Conferência dos Bancários aprovou o apoio à Dilma. A votação no plenário foi semelhante ao resultado das consultas realizadas pelos sindicatos, nas quais 83% dos bancários disseram que o próxi-mo governo deve ter em sua plataforma uma política contrária à privatização dos bancos públicos”, deta-lha Fabiano.

Inter

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Eleições 2010 O voto feminino

Após 121 anos de República, essa é a primeira vez na história do país que uma mulher tem a possibilidade real de chegar ao mais alto cargo eletivo do Brasil, a Presidência da República. Excluídas do processo eleitoral nacional por mais de quatro décadas, o direito a escolher os

próprios governantes mobilizou as mulheres durante boa parte da primeira metade do século 20. A virada eleitoral feminina começou pelo Rio Grande do Norte. Em

1927, o Estado se tornou o primeiro do país a permitir que as mulheres votassem nas eleições. No mesmo ano, a professora Celina Guimarães da cidade de Mossoró se tornou a primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral.

Entretanto, o direito de votar nas eleições nacio-nais só foi obtido por meio do Código Eleitoral Provi-sório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a con-quista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. No ano

seguinte, a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira mulher a votar e ser eleita deputada federal. Ela participou dos trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935. As restrições ao pleno exercício do voto feminino, porém, só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934.

REVISTA DOS BANCÁRIOS 13

>>Elas só tiveram direito ao voto em 1932 e hoje uma mulher tem chance real de ser a próxima presidente do Brasil

Trabalhadoras com Dilma

As eleições deste ano podem ser o divisor de água do cenário

político eleitoral brasileiro. Depois de se tornarem maioria entre os

votantes, pelo que indicam as pesquisa de intenção de votos, Dilma

Rousseff deverá ser a primeira mulher presindenta do Brasil. E, se

dependesse da vontade das mulheres militantes sindicais o pleito já estaria

consolidado. As manifestações de apoio não param de crescer.

No último dia 17 de agosto, mais de mil mulheres, de seis centrais sindicais, entregaram à Dilma, a

Agenda da Classe Trabalhadora e as Mulheres. O documento ratifica as propostas gerais da Plataforma dos

Trabalhadores para as eleições 2010 e inclui reivindicações específicas das

mulheres. São propostas como a

universalização da educação infantil e do acesso às creches públicas,

programas de atenção integral à saúde da mulher e projetos que ampliam o acesso à terra para agricultoras.

O texto inclui o combate às várias formas de exclusão e discriminação,

seja contra as mulheres, negros, índios, portadores de necessidades

especiais ou pessoas com orientação sexual diversa. “Cobramos não

apenas políticas de respeito à diversidade e aos direitos humanos,

mas um compromisso de classe, que garanta uma agenda favorável aos trabalhadores”, afirma a secretária

de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, que participou do ato.

O poder das mulheres

Inter

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14 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Diversidade Orgulho Gay

Direitos por inteiroEm pleno século 21, orientação sexual ainda é motivo de preconceitos

No dia 12 de setembro Recife celebra a sua 9ª Parada da Diversidade de Pernambuco. Com o tema “Di-reitos, queremos por inteiro e não pela metade”, os organizadores do evento esperam reunir cerca de

300 mil pessoas na avenida Boa Viagem. Além de atrações ar-tísticas e culturais, as organizações LGBT pretendem dar visibi-lidade às lutas específicas do segmento. O respeito à diversidade e a cobrança pela garantia de direitos estão entre as prioridades.

Segundo o presidente da ONG Leões do Norte, Wellington Medeiros, a inclusão das relações homoafetivas no censo 2010, assim como na declaração de imposto de renda e na previdência social, apesar de representar um avanço para o movimento, são na verdade subterfúgios utilizados pelo Estado para mascarar a ausência de leis que regulamentem as relações homoafetivas e promovam a garantia de direitos a este segmento social.

“Na falta de leis específicas, como no caso do racismo e da violência contra a mulher, nós ficamos à mercê de políticas de

governo e não sob a tutela legal do Estado. Um exemplo claro disso é a adoção de crianças por casais homoafetivos. Há casos em que um determinado juiz concede a adoção, mas há outros juízes que nas mesmas circunstâncias não concedem. O que nós queremos é que o Congresso Nacional assuma seu papel e apro-ve leis que garantam o pleno exercício de nossa cidadania. A união civil estável e o projeto anti-homofobia, só para citar al-guns casos, são questões de extrema importância para a socieda-de e que vem sendo proteladas há anos”, esclarece Wellington.

Bancários na vanguardaEnquanto os movimentos LGBT’s lutam por mudanças na

legislação brasileira que contribuam para romper com o precon-ceito e assegurem os mesmos direitos dos héteros, o movimento sindical bancário já conquistou alguns avanços. No passado, por exemplo, a questão da diversidade foi discutida e acordada em duas cláusulas da Convenção Coletiva dos Bancários, que ga-rantem a igualdade de oportunidade nos bancos e estendem os mesmos direitos dos cônjuges aos parceiros do mesmo sexo.

Para o diretor do Sindicato Geraldo Times, é muito impor-tante que os bancários consultem a convenção coletiva para exigir o cumprimento de seus direitos. “Além da convenção da categoria, também há pontos nos acordos específicos em alguns bancos, que ampliam as garantias aos casais homoafetivos. Por isso, é bom que estejamos atentos para gozar plenamente dessas prerrogativas. Em caso de dúvida ou violação de direitos, acon-selhamos que a pessoa procure o Sindicato”, ressalta Geraldo.

COLORIDO DO ARCO-ÍRIS REPRESENTA A LUTA PELA DIVERSIDADE DE IDEIAS E PELA IGUALDADE DE DIREITOS

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REVISTA DOS BANCÁRIOS 15

Esporte e Lazer Qualidade de vida

Paralelo às atividades políticas da categoria, o Sindicato também abre espaço para o desporto. O Campeonato de Futebol dos Bancários é um grande exemplo disso. Na rodada de abertura de sua 12ª edição a competição já deu provas de que vai movimentar os finais de sema-

na do Clube de Campo com muita empolgação e uma disputa pra lá de acirrada. Quem prestigiou os jogos iniciais realizados no sábado e no domingo, dias 21 e

22 de agosto, assistiu a uma verdadeira chuva de gols. Ao todo, os artilheiros balançaram as rede 19 vezes em apenas quatro jogos. A média de gols foi de 6,3 por partida, o que demonstra a fome de bola da rapazia-da, como comenta o secretário de Esportes, Cultura e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho: “O Campeonato começou animadíssimo, muita gente compareceu ao Clube de Campo dos Bancários para prestigiar os jogos de abertura da competição”. (Acompanhe as próximas rodadas na nossa página do Sindicato na internet: www.bancariospe.org.br).

No cenário esportivo nacional o Sindicato tam-bém marcou presença em agosto. A equipe de futsal feminina, patrocinada pela entidade, disputou a 9ª edição dos Jogos da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), realizada em Fortaleza no período 14 a 21 de agosto.

ALÉM DAS ATIVIDADES POLÍTICAS, SINDICATO TAMBÉM ABRE ESPAÇO PARA O ESPORTE E O LAZER DOS BANCÁRIOS

>>Estimular a prática esportiva é uma das prioridades do Sindicato, que agora vai investir na realização de campeonatos para as mulheres bancárias

Porque a vida não é só trabalho

Além de patrocinar o futsal femi-nino, a competição também contou com a participação de quatro direto-res atletas do Sindicato: Carla Azeve-do (que disputou as provas de nado livre, borboleta e no revezamento); Sônia Galvão (futsal, natação e tênis de mesa); Ula Franco (vôlei) e Jus-tiniano Dias (futebol society, vôlei e natação), além da presidenta da enti-dade, Jaqueline Mello, que este ano não participou das competições mas foi prestigiar o evento.

“Estimular a prática esportiva é uma das prioridades da nossa gestão. O Campeonato de Futebol já está conso-lidado na categoria bancária, mas pre-cisamos ampliar o leque de atividades. Corrida, vôlei, e até mesmo o futebol feminino são algumas das modalidades que pretendemos estimular na catego-ria”, argumenta Jaqueline.

Turismo Conheça Pernambuco

Pedaço do paraíso

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Quem já foi à praia de Ponta de Pedras não imagina que ali pertinho, pegando à direita pouco depois da entrada de Carne de Vaca, se esconde um pedaço do paraíso. Aparauá

é o nome do antigo Engenho Massaranduba do Norte, transformado no lugar perfeito para relaxar ou praticar esportes de aventuras.

Para quem gosta de pedalar, o local fornece os guias para trilhas. São pessoas da própria comunidade, que são formadas para, não apenas acompanhar os ciclistas,

como fornecer informações históricas. E o percurso inclui trilhas entre canaviais, coqueirais, restos de mata atlântica, pequenos vilarejos e paisagens fantásticas até a chegada na praia de Carne de Vaca e retorno ao ponto de origem.

Difícil, no entanto, é ter disposição para encarar a pe-dalada quando a gente se depara com as camas e redes na beira do açude, algumas delas já dentro da água. Ou com o barzinho e restaurante, com opções de dar água na boca. Para a criançada, o parquinho infantil, assim como toda a arquitetura do lugar, aproveita os troncos, as árvores e o ambiente.

Uma ponte cruza o açude e nos leva, entre fauna e flo-ra remanescente de Mata Atlântica, a uma deliciosa bica. Quem quiser também pode ir de barco até o local. E pode, ainda, conversar com o pessoal do bar e levar para lá seu isopor com cervejas ou refrigerantes.

O açude, de águas limpas e convidativas, tem seis nas-centes naturais. Para quem gosta de aventuras, há espaço para práticas esportivas que variam do trekking – uma espé-cie de caminhada com obstáculos naturais e mountainbike – ciclismo em terrenos irregulares. Para empresas, o espa-ço oferece um anfiteatro no meio da mata e um centro de convenções natural. Visitações durante a semana devem ser previamente agendadas. Aos sábados e domingos, o local funciona das 9h30 às 17h.

APARAUÁ

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação mensal

Redação: Av. Manoel Borba, 564 - Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-00Fone: 3316.4233 / 3316.4221Correio eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Presidenta: Jaqueline MelloSecretária de Comunicação: Anabele SilvaJornalista responsável: Fábio Jammal MakhoulConselho editorial: Anabele silva, Dileã Raposo, Geraldo Times e Jaqueline MelloRedação: Fábio Jammal, Fabiana Coelho e Wellington CorreiaProjeto visual e diagramação: Libório MeloFoto da capa: Ivaldo Bezerra/LumenImpressão: Gráfica ProvisualTiragem: 10.000 exemplares REVISTA DOS BANCÁRIOS 16

DOSBancáriosRevista

Ano I - Nº 1 - Setembro de 2010 Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco