76

Revista FICA - 1ª Edição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista do FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental

Citation preview

Page 1: Revista FICA - 1ª Edição
Page 2: Revista FICA - 1ª Edição
Page 3: Revista FICA - 1ª Edição
Page 4: Revista FICA - 1ª Edição

Apresentação Presentation Presentación

Com satisfação o Governo de Goiás

abre mais este espaço de discussão

para os cineastas e pesquisadores

do cinema e do meio ambiente

Somos um dos Estados brasileiros que

mais investiu no fortalecimento de uma

política pública para o setor do audiovisual.

Iniciamos em 2007, com a reformulação e

consolidação do Festival Internacional de

Cinema e Vídeo Ambiental (FICA)

transformando-o em um importante

fórum de refl exão e de aprendizado sobre

as práticas e as técnicas do cinema e as

questões ambientais. Reformulamos a

Lei Goyazes, ampliando o acesso para as

diversas áreas de produção, inclusive a

cinematográfi ca. E, mais recentemente,

criamos o edital de curtas metragens para

fomentar os projetos dos cineastas

goianos.

Assumimos o compromisso de imprimir

no FICA a marca que consideramos

imprescindível: centralizar o foco do

festival na sua essência, na motivação

que o originou em 1999 - o cinema e a

discussão da temática ambientalista.

E assim, investimos esforços e recursos

na reformatação do FICA, elevando-o a

um novo patamar.

O festival vem exercitando de forma

competente a missão de estimular

talentos, formar público e construir um

espaço defi nitivo e permanente de

discussão, criação e aperfeiçoamento

da produção cinematográfi ca goiana e

brasileira. As rupturas e inovações

promovidas a partir da IX edição do festival

resultaram em um salto de qualidade e no

respeito conquistado internacionalmente.

Page 5: Revista FICA - 1ª Edição

A Cidade de Goiás, sede do festival, é hoje

roteiro obrigatório de cineastas,

produtores, ambientalistas e profi ssionais

envolvidos na discussão de temas relativos

às duas áreas de abrangência do festival,

cinema e meio ambiente.

Todos os anos no mês de junho, o FICA

transforma Goiás em um polo que, a partir

do Centro-Oeste brasileiro, irradia para o

mundo uma nova consciência ecológica.

Entretanto, além de cumprir seu papel de

gestor que fomenta a cultura e a

consciência ambiental, o Governo de Goiás

entende que é importante compartilhar os

resultados dessas ações.

O lançamento desta revista tem como

objetivo democratizar o acesso à

informação. Estamos certos de que

ela será uma importante ferramenta

de comunicação e de construção

da cidadania.

Alcides Rodrigues FilhoGovernador do Estado de Goiás

Page 6: Revista FICA - 1ª Edição

It gives me immense pleasure to open one more discussion forum for environmental fi lm-makers and researchers.

Goiás is one of the Brazilian States which has most invested in policies for the audiovisual sector. We began in 2007 with the reformulation and consolidation of the International Environmental Cinema and Video Festival (FICA), transforming it into an important forum for refl ection and learning about cinema practices and techniques as well as envi-ronment issues. The Lei Goyazes, a State law, was reformulated to expand access to the diff erent areas of production, including fi lm-making. And more recently, we presented a public notice for short fi lms so as to promote the projects of Goiás fi lm-makers. We took on a commitment to imprint on FICA a mark which in our opinion was vital: to refocus the festival on its essence, its raison d’être dating back to 1999, namely cinema and the discussion of environmental themes. And for that reason, eff ort and resources have been invested in reformulating FICA, giving it a new standing.

The Festival has competently carried out its mission to stimulate talent, educate people and establish a defi nitive and permanent forum for discussing, creating and perfecting Goiás and Brazilian fi lm-making. The ruptures which occurred and innovations undertaken from the IX FICA onwards have resulted in a qualitative leap and international respect.

Today the town of Goiás, seat of the Festival, is an obligatory stop off for fi lm-makers, producers, environmentalists and professionals involved in cinema and the environment, the two themes covered by the Festival.

In June of every year, FICA transforms Goiás into a center radiating a new ecological awareness from Brazil’s Midwest to the world. As well as managing and promoting culture and environmental awareness, the State government also understands the importance of sharing the results of these activities.

The aim of launching this periodical is to democratize access to this information. We are convinced that it will be an infl uential tool for communication and building citizenship.

Alcides Rodrigues FilhoGovernor of the State of Goiás

Apresentação Presentation Presentación

Page 7: Revista FICA - 1ª Edição

Con satisfacción el Gobierno de Goiás abre más este espacio de discusión para los cineastas e investigadores del cine y del medio ambiente.

Somos uno de los estados brasileños que más ha invertido en el fortalecimiento de una política pública para el sector audiovisual. Empezamos en 2007 con la reformulación y consolidación del Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) transformándolo en un importante foro de refl exión y aprendizaje sobre las prácticas y las técnicas del cine y las cuestiones ambientales. Reformulamos la Ley Goyazes, ampliando el acceso a las diversas áreas de producción, incluso la cinematográfi ca. Y, más recientemente, creamos la convocatoria de cortometrajes para fomentar los proyectos de los cineastas goianos.

Asumimos el compromiso de imprimir al FICA la marca que consideramos imprescindible: centralizar el foco en su esencia, en la motivación que lo originó en 1999 – el cine y la discusión temática ambientalista. Para tal fi n, dedicamos esfuerzos y recursos en la reformatación del FICA, elevándolo a un nuevo estatus.

El festival sigue ejerciendo de forma competente la misión de estimular a los talentos, formar al público y construir un espacio defi nitivo y permanente de discusión, creación y perfeccionamiento de la producción cinematográfi ca goiana y brasileña. Las rupturas e innovaciones promovidas a partir de la IX edición del festival han tenido como resultados un salto cualitativo y un aumento del respeto conquistado internacionalmente. La ciudad de Goiás, sede del festival, es hoy ruta y guía obligada de cineastas, productores, ambientalistas y profesionales involucrados en la discusión de temas relativos a los dos ámbitos del Festival, cine y medio ambiente.

Todos los años en el mes de julio, el FICA transforma Goiás en un polo que, a partir del Centro-Oeste brasileño, irradia al mundo una nueva conciencia ecológica. Sin embargo, además de cumplir su papel de gestor que fomenta la cultura y la conciencia ambiental, el Gobierno de Goiás entiende que es importante compartir los resultados de esas acciones.

El lanzamiento de esta revista tiene como objetivo democratizar el acceso a la información. Estamos seguros de que ésta será una importante herramienta de comunicación y de construcción de la ciudadanía.

Alcides Rodrigues FilhoGobernador del Estado de Goiás

Page 8: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 8

Editorial Editorial Editorial

Que legado o FICA está construindo para o cinema? Que contribuição presta à

questão ambiental? O FICA sobreviverá frente às questões políticas, às

mudanças de governos?

Diante dessas e outras saudáveis provocações manifestadas por cineastas,

produtores, jurados, ambientalistas e jornalistas, assumimos em 2007, a

responsabilidade de realização do Festival Internacional de Cinema e Vídeo

Ambiental de Goiás (FICA). Era um momento decisivo e de muita expectativa.

Assim como os cineastas iniciam o primeiro dia de fi lmagens depois de

meses e meses às voltas com roteiro, produção, orçamentos, custos, etc,

iniciávamos naquele mês de junho, uma nova proposta de refl exão e de

construção do conhecimento nas áreas do cinema e do meio ambiente.

Propúnhamos transformações e assumíamos desafi os.

Passados três anos e três edições do festival, chegamos ao XII FICA com

muitas transformações e conquistas. Uma delas é a democratização de

acesso às informações do festival e às discussões por ele geradas,

concretizada nesta edição inédita do FICA em Revista.

A publicação traz reportagens, artigos e entrevistas que analisam a trajetória

do FICA e suas transformações, traçam um panorama turístico da cidade de

Goiás, registram dicas de festivais de cinema ambiental em outros países e

informações sobre meio ambiente e cultura em geral. Nossa meta é estender

à revista o mesmo compromisso de qualidade que estabelecemos com o

público do FICA.

Dentre as transformações que propusemos e realizamos nessas três edições

do festival, destacam-se a ampliação dos cursos e ofi cinas de cinema,

priorizando a formação dos realizadores e do público com interesse na área;

e a organização de debates entre os diretores dos fi lmes concorrentes.

contextualizamos a discussão sobre o Cerrado e estabelecemos a inclusão

defi nitiva de palestras, debates, cursos e ofi cinas também sobre o meio

ambiente. O mais importante e inovador: estendemos a temática

ambiental para fora do cinema, e a transportamos para as escolas,

através de aulas espetáculos.

Inserimos ainda na programação do festival, a Mostra do Cinema Brasileiro,

com a participação de cineastas reconhecidos pela crítica e pelo público.

Outra inovação expressiva: a introdução da Mostra Infantil – o FICA

Animado. No ano passado, pela primeira vez, desde que foi lançado, o FICA

Cinema e meio ambiente Film and environment Cine y medio ambiente

Page 9: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 9

abriu espaço para as crianças. Elas foram tema de refl exão e alvo de

nossas mensagens. Já era hora de envolvê-las no debate contra a destruição

dos recursos naturais e a favor da criação de mecanismos de preservação da

natureza.

Incluímos também o Fórum Ambiental com a participação de cientistas

reconhecidos internacionalmente. A iniciativa alcançou repercussão mundial

e fez do festival goiano não apenas um espaço para denúncias de agressões

à natureza, mas um campo gerador de idéias, apontando saídas para a crise

ecológica. O FICA ganhou, então, em consistência, qualidade e credibilidade,

se fi liando ao Fórum Internacional de Festivais de Cinema Ambiental.

Um avanço considerável foi a transformação do teatro da Cidade de Goiás

em sala de cinema. O novo Cine Teatro São Joaquim é agora espaço aberto

para os amantes do cinema, turistas e visitantes, com programação semanal

de fi lmes nacionais e internacionais.

E nessa perspectiva de construção de um legado para o cinema e para o meio

ambiente, não só direcionamos a programação do festival para o seu foco

original – o cinema -, como também, assumimos outro compromisso

decisivo: a preservação do Centro Histórico da Cidade de Goiás – Patrimônio

Histórico e Cultural da Humanidade.

Ao contrário do formato original, os shows e outras atrações são agora

atividades simplesmente complementares. As estruturas estrondosas de

palco, as toneladas de equipamentos que ameaçavam os monumentos

preservados e obstruíam as entradas dos museus e igrejas foram

transferidas para a Praça de Eventos da cidade, estrategicamente

afastada do Centro Histórico.

Nesse propósito, contamos com o apoio decisivo dos moradores da cidade

de Goiás que compartilharam conosco a decisão de que os debates e as

programações fossem efetivamente integrados ao cotidiano da cidade e ao

respeito às suas características históricas, culturais e turísticas.

Ao lançar o XII FICA, sinto-me orgulhosa por ter conseguido cumprir a

missão a mim confi ada pelo Governador Alcides Rodrigues, de consolidar

este evento como um programa de Estado, suprapartidário e plural e de

proporcionar o debate, a refl exão e a busca de soluções compartilhadas com

cientistas, mestres, estudiosos, instituições, empresários, homens e mulheres.

Todos comprometidos com a questão ambiental, com a vida!

Linda MonteiroPresidenta da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel)

Page 10: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 10

Editorial | Editorial || Editorial

What legacy is FICA building up for the cinema? What contribution is it making to the environmental question? Will FICA survive political issues, changes in governments?

In 2007, to confront these and other wholesome and provocative questions raised by fi lm-makers, producers, jury members, environmentalists and journalists, we assumed responsibility for holding the International Environmental Film and Video Festival of Goiás (FICA). It was a decisive moment and also one of great expectations. Just as the fi lm-makers begin their fi rst day of fi lming after months and months dealing with scripts, production, budgets, etc., on that June day, we began a new way of thinking and constructing knowledge in the fi elds of cinema and the environment. Changes were proposed and challenges were taken up.

Three years and three editions of the Festival later, we have come to the XII FICA with several changes and victories. One of these is the democratization of access to information on the Festival and the discussions that it has generated, all concretized in this unedited edition of the FICA periodical.Its reports, articles and interviews analyze the journey of FICA and its transformations, draw up a touristic panorama of the town of Goiás and give tips on environmental fi lm festivals in other countries as well as information on the environment and culture in general. We are committed to ensuring that this periodical is given the same quality already established with FICA participants.

Among the transformations proposed and undertaken in these three editions of the Festival, one can highlight an increase in the number of courses and workshops on cinema, with priority on the formation of its producers and those interested in the fi eld. Another very worthwhile feature has been the organization of debates between the directors of the competing fi lms. The debate on the Cerrado has been contextualized and the defi nitive inclusion of lectures, debates, courses and workshops on the environment has been established.

And what is more important and innovative: the environmental theme has been extended beyond the cinema, and taken into schools by means of screenings in the classroom. Furthermore, a showing of Brazilian Cinema, with the participation of fi lm-makers, recognized by both critics and public, has been included in the Festival Program. And there has been yet another very signifi cant innovation: a Children’s screening – FICA in Animation. For the fi rst time since it started, FICA allotted space to children. During last year’s edition, they became a subject for refl ection and the object of our messages. The

time had come to involve them too in the debate to promote the creation of mechanisms for preserving nature and confronting the destruction of natural resources.

The participation of internationally recognized scientists was also included in the Environmental Forum. This initiative has had global repercussions and had made the Goiás Festival not just a stage for denouncing aggression against nature but also a forum for generating solutions for the ecological crisis. So, FICA gained in terms of consistency, quality and credibility and by joining the International Environmental Film Forum.

Another signifi cant step forward was the transformation of the Goiás town theatre into a cinema. The new São Joaquim Cine-Theatre is now a space open to cinema-lovers, tourists and visitors with its weekly program of national and international fi lms. With the perspective of building up a legacy for cinema and the environment we have not only redirected the Festival program towards its original raison d’être – the cinema – but we have also assumed a decisive commitment: to preserve the Historical Center of the town of Goiás – a Historical and Cultural World Heritage.

In contrast to its original format of shows and other attractions, these have now simply become complementary activities. The pompous stage structures and tons of equipment, which threatened the preservation of the monuments and obstructed museum and church entrances, have been transferred to the town’s Praça de Eventos, at a distance from the Historical Center.

In order to do this we had the decisive support of the people of Goiás who shared with us the decision to integrate the debates and programs with the day-to-day living of the town and show respect for its historical, cultural and touristic characteristics.

On launching the XII FICA, I feel proud to have been able to fulfi ll the mission that Governor Alcides Rodrigues entrusted to me, to establish this festival as a non-party, plural State program for the promotion of debate and refl ection and the fi nding of solutions in partnership with fi lm-makers, experts, scholars, institutions, entrepreneurs, men and women. All committed to the environmental issue, to life!

Linda MonteiroPresident of the Pedro Ludovico Teixeira Goiás Cultural Agency (Agepel)

Page 11: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 11

¿Qué legado el FICA está construyendo para el cine? ¿Qué contribución presta a la cuestión ambiental? ¿El FICA sobrevivirá ante las cuestiones políticas, los cambios de gobierno?

Antes esas y otras saludables provocaciones manifestadas por cineastas, productores, jurados, ambientalistas y periodistas asumimos en 2007 la responsabilidad de la realización del Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (FICA). Era un momento decisivo y de gran expectación. Así como los cineastas, que empiezan el primer día de fi lmación después de meses y meses enzarzados con guión, producción, presupuestos, costes etc., iniciábamos en aquel mes de junio una nueva propuesta de refl exión y de construcción del conocimiento en el ámbito del cine y el del medio ambiente. Nos planteábamos transformaciones y asumíamos desafíos.

Tras tres años y tres ediciones del festival, llegamos al XII FICA con muchas transformaciones y conquistas. Una de ellas es la democratización del acceso a las informaciones del festival y las discusiones que éste genera, concretizada en esta inédita edición del FICA en Revista.

La publicación trae reportajes, artículos y entrevistas que analizan la trayectoria del FICA y sus transformaciones, trazan un panorama turístico de la ciudad de Goiás, registran recomendaciones de festivales de cine ambiental en otros países e informaciones sobre el medio ambiente y la cultura en general. Nuestra meta es hacer extensible a la revista el mismo compromiso de calidad que nos planteamos con el público del FICA.

Entre las transformaciones que propusimos y realizamos en esas tres ediciones, se destacan la ampliación de los cursos y talleres de cine, priorizando la formación de los realizadores y del público con interés en el ámbito; y la organización de debates entre los directores de los fi lmes que concurren. Contextualizamos la discusión sobre le Cerrado y establecimos la inclusión defi nitiva de conferencias, debates, cursos y talleres también sobre el medio ambiente. Lo más importante e innovador: extendimos la temática ambiental fuera del cine y la trasportamos a los colegios mediante clases espectáculo.

Inserimos además en la programación del festival, la Mostra do Cinema Brasilero, con la participación de cineastas reconocidos por la crítica y por el público. Otra innovación signifi cativa: la introducción de la Mostra Infantil – el FICA Animado. El año pasado, por primera vez desde que fue lanzado, el FICA abrió espacio a los niños. Éstos fueron tema de refl exión y de meta de nuestros mensajes. Ya era hora de

involucrarlos en el debate contra la destrucción de los recursos naturales y a favor de la creación de mecanismos de conservación de la naturaleza.

Incluimos también el Fórum Ambiental con la participación de científi cos reconocidos internacionalmente. La iniciativa alcanzó repercusión mundial y ha hecho del festival goiano no apenas un espacio para denuncias de agresiones a la naturaleza sino un campo generador de ideas, señalando salidas para la crisis ecológica. El FICA ha adquirido con ello consistencia, calidad y credibilidad, adhiriéndose al Fórum Internacional de Festivales de Cine Ambiental.

Un avance considerable fue la transformación del teatro de la ciudad de Goiás en sala de cine. El nuevo Cine Teatro São Joaquim es ahora espacio abierto para los amantes del cine, turistas y visitantes, con programación semanal de películas nacionales e internacionales.

Y desde esa perspectiva de construcción de un legado para el cine y para el medio ambiente, no sólo orientamos la programación del festival a su enfoque original – el cine -, sino que también asumimos otro compromiso decisivo: la conservación del centro histórico de la Ciudad de Goiás – Patrimonio Histórico y Cultural de la Humanidad.

Al contario que en el formato original, los conciertos y otras atracciones ahora son actividades complementarias. Las estructuras aparatosas de escenarios, las toneladas de equipo que amenazaban los monumentos conservados y obstruían las entradas de los museos e iglesias fueron transferidas a la Praça de Eventos de la ciudad, estratégicamente alejada del centro histórico.

En ese propósito, contamos con el apoyo decisivo de los vecinos de la ciudad de Goiás que compartían con nosotros el planteamiento de que los debates y programaciones fueran integrados de hecho a lo cotidiano de la ciudad y con respeto a sus características históricas, culturales y turísticas.

Al lanzar el XII FICA, me siento orgullosa por haber logrado cumplir la misión que me encomendó el Gobernador Alcides Rodrigues, consolidar este evento como un programa de estado, suprapartidista y plural y de proporcionar el debate, la refl exión y la búsqueda de soluciones compartidas con científi cos, maestros, estudiosos, instituciones, empresarios, hombres y mujeres. Todos comprometidos con la cuestión ambiental, ¡con la vida!

Linda MonteiroPresidenta de la Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (AGEPEL)

Page 12: Revista FICA - 1ª Edição

FICA

Revista do Festival Internacional de

Cinema e Vídeo Ambiental

Publicação Institucional

Nº1 / Abril de 2010

ISSN 2177-4668

Governo do Estado de GoiásGovernador: Alcides Rodrigues Filho

Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel)Palácio Pedro Ludovico Teixeira,

Rua 82, 400, 1º andar, Setor Sul

Goiânia – Goiás 74015-908

Fone: 55 62 3201-5100

www.agepel.go.gov.br

Presidenta: Linda Monteiro

Chefi a de Gabinete: Nériton Ribeiro

Diretora de Ação Cultural: Tânia da Cunha Bastos

Page 13: Revista FICA - 1ª Edição

14

26

32

46

58

64

67

68

73

Turismo | Turism || TurismoInesquecível viagem ao passado

| Unforgettable journey into the past|| Inolvidable viaje al pasado

Ponto de Vista | Point of View || Punto de VistaEntrevista com

Lisandro Nogueira| Interview with Lisandro Nogueira|| Entrevista con Lisandro Nogueira

Capa | Cover || PortadaFICA cresce e aparece| FICA expands and gains visibility|| FICA cresce y se hace notar

Panorama | Scene || PanoramaSaudades do mestre| Lonesome for the master|| Añoranza del maestro

Mosaico | Mosaic || MosaicoOito razões a favor dos orgânicos| Eight reasons for using organic foodstuff s|| Ocho razones a favor de los orgânicos

Circuito | Circuit || CircuitoFestivais de fi lmes ambientais -

Maio 2010| Environmental fi lm festivals -May 2010|| Festivales de Cine Ambiental - Mayo 2010

FICA na rede| FICA on || FICA en la redInteratividade 24 horas| Round-the-clock interactivity|| Interactividad 24 horas

Script | Script || Script História de sucesso| A history of succsess

|| Historia de un éxito

Traço | Trace || Rastro Elízeo Hamu

Sumário | Summary || Resumen

Editor-chefe: Wolney Unes

Editora-executiva: Fabrícia Hamu

Reportagem: jornalistas Anna Canêdo,

Bruno Hermano, Carol Magalhães e

Fabrícia Hamu

Projeto gráfi co: Genilda Alexandria

Diagramação: Eduardo Rodrigues

Fotografi as: Arquivo do Instituto Casa

Brasil de Cultura, Acervo da Agepel, Sílvio

Quirino, Cida Carneiro, Flávio Isaac, Anna

Canêdo, Hélio Nunes, Mauro Júnio

Tradução: Daniel Fernández Moreno,

Patrick John O’Sullivan e

Ricardo Perez Banega

Impressão: Marques & Bueno Ltda.

(Gráfi ca Talento)

Tiragem: 4 mil

Distribuição: gratuita

www.fi ca.art.br

revistadofi ca@fi ca.art.br

Casa BrasilPresidente: Wagner Baptista da Costa Júnior

Diretor comercial: Germano Roriz

Diretor administrativo: Gustavo de Morais Roriz

Rua 29, nº 186, Setor Central,

Goiânia – Goiás, 74.015-050

Fone/Fax: 00 55 62 3942-0228

www.icbc.org.br

Page 14: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 14

Turismo Tourism Turismo

Inesquecível viagem ao passadoCidade de Goiás encanta os visitantes com sua

arquitetura, belezas naturais, pontes e ruas cheias

de história The town of Goiás delights its visitors with its architecture,

natural beauty, bridges and streets paved with history Cidade de Goiás encanta a los visitantes con su arquitectura,

sus bellezas naturales, puentes y calles repletas de historia

An unforgettable trip down memory lane Inolvidable viaje al pasado

Pegar a estrada em direção à Cidade de

Goiás no fi m de uma tarde de outono é

um convite ao aquietamento do espírito,

à contemplação. O caminho, por si só, já

vale a pena. Na medida em que a paisagem

se transforma e a antiga capital goiana

se aproxima, o visitante é transportado

em uma viagem pelo tempo. E o tempo

naquela pequena cidade às margens do

Rio Vermelho parece passar mais suave e

lentamente.

Taking the road to the town of Goiás towards the end of an October evening is an invitation to have your spirit lulled and to contemplate. The route in itself is more than worthwhile. As the landscape changes and the former State capital approaches, the visitor is transported on a trip through time. And time in that little town on the banks of the Vermelho River seems to go by very smoothly and slowly.

Enfi lar el camino a la Cidade de Goiás al fi nal de una tarde de otoño es una invitación al apaciguamiento del espíritu, a la contemplación. El camino por sí solo, ya vale la pena. A medida en que el paisaje se transforma y la antigua capital goiana se aproxima, el visitante es trans-portado en un viaje por el tiempo. Y el tiempo en aquella pequeña ciudad a las orillas del Río Vermelho parece pasar más suave y lentamente.

Page 15: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 15

Page 16: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 16

Turismo Tourism Turismo

Page 17: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 17

Deixar para trás a rodovia e sacolejar

no carro pelas ruas de pedras que

estão ali há séculos é esquecer, ao

menos por enquanto, a agitação da

vida contemporânea, a loucura coletiva

dos nossos tempos. Afi nal, ali é mesmo

impossível andar depressa. A emoção de

conhecer esta cidade bicentenária está

justamente em se deixar levar por um

jeito mais simples de viver, de buscar o

essencial. Está em respirar fundo o ar puro,

sentir o acolhimento na hospitalidade de

um povo que reconhece o valor de sua

história e tem orgulho de contá-la.

Um passeio a pé, assim, com calma, revela

um muito de história em cada esquina.

A arquitetura do século XVIII está

preservada nas casas em estilo colonial,

coladas umas às outras, com suas eiras

e beiras, portas e janelas em madeira

multicolorida. O casario é o registro de

um tempo em que os projetos

arquitetônicos traduziam a importância

das pessoas que habitavam as residências.

Ao seu modo, a antiga capital preserva

marcas de quando a busca pelo ouro

erguia povoados, dizimava tribos indígenas

e expandia os limites dos territórios

no coração do Brasil. Boa parte das

construções antigas guarda vestígios

de mineração e nos museus e prédios

históricos os documentos, objetos e

móveis.

Contando História Story telling Cuenta cuentos

Leaving the highway behind and experiencing the vibration of your car as you drive through the centuries-old stone paved streets leads you to forget, at least for the time being, the hustle and bustle of modern life, the collective madness of our times. After all, it’s simply impossible to drive fast. The joy of getting to know this bicentennial town lies in just letting yourself be carried away by a simpler way of life, a search for the essentials. In breathing in the pure air, feeling the welcome and hospitality of a people who recognize the value of history and are proud to talk about it.

For the unhurried walker there is heaps of history at every corner. The 18th century architecture has been preserved in the colonial style houses, built right up against each other, with their distinguished frontispieces and multicolored wooden doors and windows. The houses are a record of a time when architectonic projects portrayed the status of their residents.

In its own way, the former capital still has signs of those times when the gold rush led to the setting up of villages, the decimation of indigenous tribes and the expansion of the territorial frontiers at the heart of Brazil. A considerable part of the ancient buildings maintain traces of mining, and in the museums and historical buildings documents, objects and furniture.

Dejar atrás la carretera y ser sacudido en el coche por las calles de adoquines de piedras que están allí hace siglos es olvidar, al menos de momento, el frenesí de la vida contemporánea, la locura colectiva de nuestros tiempos. A fi n de cuentas, allí es verdaderamente imposible andar deprisa. La emoción de conocer esta ciudad bicentenaria está justamente en dejarse llevar por una forma sencilla de vivir, de buscar lo esencial. Está en respirar hondo el aire puro, sentir la acogida en la hospitalidad de un pueblo que reconoce el valor de su historia y tiene orgullo de contarla.

Un paseo a pié, de tal forma, con calma, revela mucho de historia en cada esquina. La arquitectura del siglo XVIII está conservada en las casas de estilo colonial, pegadas unas a otras, con sus “eirás e beiras” (solariegas), puertas y ventanas en madera multicolor. El casco urbano es un registro de un tiempo en el que los proyectos arquitectónicos traducían la importancia de las personas que ocupaban las residencias.A su manera, la antigua capital conserva marcas de cuando la búsqueda del oro erguía poblados, diezmaba tribus ameríndias y expandía los límites de los territorios en el corazón de Brasil. Buena parte de las construcciones antiguas guarda vestigios de minería y en los museos y edifi cios históricos los documentos, objetos y muebles.

Page 18: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 18

Natureza,

religiosidade e arte Nature, religiosity and art Naturaleza, religiosidad y arte

Estar na Cidade de Goiás é ter tempo

de sobra para apreciar o manso barulho

do Rio Vermelho e contemplar as antigas

pontes sobre suas águas. É encher os olhos

com o verde das serras que cercam o vale

ou dos cajueiros, mangueiras, goiabeiras e

jabuticabeiras que enfeitam os quintais.

É passear por jardins seculares e admirar

os jasmins, roseirais, resedás e manacás.

É caminhar sem pressa por entre os muros

de pedras, erguidos há quase trezentos

anos por mãos escravas. É desfrutar dos

sabores da tradicional gastronomia, com

suas texturas e particularidades.

Estar na antiga capital é conhecer o

sagrado nos muitos templos religiosos,

palcos de diversas manifestações, como

a Procissão do Fogaréu, realizada há 265

anos na Semana Santa, representando a

perseguição e morte de Jesus Cristo.

É também espreitar o profano, nos agitos

noturnos e suas modernices na Praça do

Coreto ou no eclético Morro do Macaco

Molhado, que de reduto exótico, boêmio

e alternativo tornou-se ponto de parada

obrigatória para as mais diferentes tribos

que freqüentam a cidade, especialmente

nos períodos de alta temporada.

A Cidade de Goiás é também das artes.

Das noites de saraus e serenatas, do

carnaval das marchinhas, dos recitais de

piano nas casas das famílias tradicionais.

Dos fi lmes clássicos e contemporâneos

FICA 18

Turismo Tourism Turismo

Page 19: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 19

Nesta página

Objetos pessoais

de Cora Coralina

Na página ao lado

cena da Procissão

do Fogaréu

On this page, Cora Coralina’s personal belongingOpposite, a scene from the Torchlight Procession

En esta página, objetos personales de Cora CoralinaEn la página de al lado, escena de la Procesión del Fogaréu

19FICA

exibidos no Cine Teatro São Joaquim.

De tantos artistas plásticos, escritores,

cantores e musicistas, que, inspirados pela

beleza da terra natal, imortalizam a cidade

com suas telas, livros e músicas. Foi o

berço de Veiga Valle, escultor e santeiro,

mestre da arte sacra, reconhecido como

um autodidata barroco em pleno século

XIX, cuja obra pode ser conhecida no

Museu de Arte Sacra da Boa Morte.

A antiga Vila Boa é a terra em que

desabrochou como poetisa uma certa

doceira de nome comprido –

Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretas, ou

simplesmente, Cora Coralina. Filha de um

desembargador com uma representante da

elite intelectual da época, a escritora teve

seu primeiro livro publicado aos 76 anos de

idade, sua poesia correu o mundo e ela se

tornou um ícone da cidade. Os guardados

de Cora e o registro de toda a sua trajetória

incomum estão abertos à visitação pública

no Museu que leva seu nome, instalado

na emblemática Casa da Ponte, enaltecida

em prosa e verso por sua ilustre moradora

e registrada em incontáveis pinturas e

retratos.

To be in Goiás is to have time to spare to appreciate the gentle rippling of the Vermelho River and contemplate the ancient bridges spanning its waters. To gaze on the green of the mountain ranges surrounding the valley or the green of the cashew, mango, guava and jaboticaba trees which adorn the backyards. To ramble through the century-old gardens and admire the jasmines, rosariums, mignonettes and manacás. To stroll along the stone walls build by slave-labor three hundred years ago. To delight in the fl avors of the local cuisine, with all its textures and peculiarities.

To be in the former capital means getting acquainted with the many diff erent religious temples, which over the last 265 years have hosted events, such as the Holy Week Torchlight Procession, which represents the persecution and death of Jesus Christ. To have a peep at the profane in the nightlife and its latest fads at the Praça do Coreto or the eclectic Morro do Macaco Molhado. What had been an exotic, bohemian alternative hangout has now become the in-place for the many diff erent groups who visit the town especially during high season.

The town of Goiás is also a town of fi ne arts. Of soirées and open-air concerts, of carnival marchinhas, of piano recitals in the homes of the more traditional families, and of classical and contemporary fi lms shown at the São Joaquim Cine-theatre. Of so many artists, writers, singers and musicians who, inspired by the beauty of their native land, have immortalized the town with their canvases, books and songs. It is the birthplace of Veiga Valle, sculptor and saint-carver, master of the sacred arts already recognized in the 19th century as a self-taught baroque artist. His works are to be seen in the Boa Morte Sacred Art Museum. The ancient Vila Boa is the land where a certain sweets-maker with a long name, Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretas, or simply, Cora Coralina, blossomed as a poetess. Daughter of a High Court judge and a representative of the intellectual elite of the era, Cora had her fi rst book published at the age of 76.

Her poetry has traveled the world and has made her an icon for the town. Her belongings and a record of her entire unusual journey are open to visitation at the Museum which bears her name. It was set up at the emblematic Bridge House and has been lauded in prose and verse by its illustrious resident and recorded in innumerable paintings and pictures.

Page 20: Revista FICA - 1ª Edição

A Serra Dourada, que se avista no

horizonte pouco antes da chegada a

Cidade de Goiás, é a primeira das muitas

belezas naturais reservadas a quem se

dispõe a descobri-las. Entre outras

riquezas, o conjunto de paredões abriga

mais de 500 diferentes tonalidades de

areia, que pelas mãos da talentosa artista

Goiandira do Couto se transformam em

belas telas mostrando as paisagens da

eterna Vila Boa. A serra é também o

destino preferido dos adeptos das trilhas

e dos apreciadores da biodiversidade do

Cerrado.

E para encerrar a viagem, nada como

um revigorante banho nas águas do Rio

Vermelho, em um dos balneários ou

cachoeiras que circundam a cidade.

Energiza o corpo e deixa a alma mais

leve, pronta para a volta pra casa.

Com dias quentes durante quase todo o

ano e noites de brisa fresca, a antiga Vila

Boa guarda certa magia que não se

consegue explicar de onde vem, uma aura

de mistério, um quê de encantamento.

Quem já pisou suas ruas de pedra e

calçamento rústico, pode até entender o

que é isso. Mas quem ainda não sentiu na

pele toda esta história, nem imagina o que

está perdendo.

Belas paisagens Fine landscapes Bellos paisajes

FICA 20

Estar en la Ciudad de Goiás es tener tiempo de sobras para apreciar el manso murmullo del Río Vermelho y contemplar los antiguos puentes sobre sus aguas. Es embeberse los ojos con el verde de las sierras que rodean el valle o los anacardos, mangos, guayaberas y jabuticabeiras que adornan los patios. Es pasear por jardines seculares y admirar los jazmines, rosales, resedas y manacás. Es caminar sin prisa entre los muros de piedra, erguidos hace casi trescientos años por manos esclavas. Es disfrutar de los sabores de la tradicional gastronomía, con sus texturas y particularidades.

Estar en la antigua capital es conocer lo sagrado en los muchos templos religiosos, escenario de variadas manifestaciones, como la Procesión del Fagareu (de la antorcha), realizada desde hace 265 años en la Semana Santa, representando la persecución y muerte de Jesucristo. Es también ir tras lo profano, en la movida nocturna y sus modernidades en la Praça do Coreto o en el ecléctico Morro do Macaco Molhado, que de reducto exótico, bohemio y alternativo se ha transformado en parada obligatoria para las más variadas tribus que frecuentan la ciudad, especialmente en los periodos de alta temporada.

La Cidade de Goiás lo es también de las artes. De las noches de recitales poéticos y serenatas, del carnaval de pasacalle, de los recitales de piano en las casas de las familias tradicionales. De los fi lmes clásicos y contemporáneos exhibidos en el Cine Teatro São Joaquim. De tantos artistas plásticos, escritores, cantantes y músicos que, inspirados por la belleza de la tierra natal, inmortalizan la ciudad con sus telas, libros y músicas. Fue la cuna de Veiga Valle, escultor y santero, maestro del arte sacro, considerado como un autodidacta barroco en pleno siglo XIX, cuya obra puede conocerse en el Museu de Arte Sacra da Boa Morte.

La antigua Vila Boa es la tierra en la que brotó como poetisa una cierta dulcera de nombre largo – Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretas, o simplemente Cora Coralina. Hija de un magistrado con una representante de la élite intelectual de la época, la escritora tuvo su primer libro publicado a los 76 años de edad, su poesía corrió el mundo y ella se volvió un símbolo de la ciudad. Los recuerdos de Cora y el registro de toda su trayectoria atípica están abiertos para la visita pública en el Museo que lleva su nombre, ubicado en la emblemática Casa da Ponte (del puente), ensalzada en prosa y verso por su ilustre moradora y registrada en incontables pinturas y retratos.

Turismo Tourism Turismo

Page 21: Revista FICA - 1ª Edição

La Serra Dourada, que se avista en le horizonte poco antes de la llegada a Cidade de Goiás, es la primera de las muchas bellezas naturales reservadas a quien se dispone a descubrirlas. Entre otras riquezas, el conjunto de paredones alberga más de 500 diferentes tonalidades de arena, que por las manos de la talentosa artista Goiandira de Couto se transforman en bellas telas mostrando los paisajes de la eterna Vila Boa. La sierra es también el destino preferido de los adeptos a los senderos y de los apreciadores de la biodiversidad del Cerrado.

Y para terminar el viaje, nada como un vigorizante baño en las aguas de Río Vermelho, en uno de los balnearios o cascadas que circundan la ciudad. Energiza el cuerpo y deja el alma más ligera, lista para la vuelta a casa. Con días cálidos durante casi todo el año y noches de brisa fresca, la antigua Vila Boa reserva cierta magia que no se consigue explicar de donde viene, un aura de misterio, un no sé qué de encantamiento. Sólo quién ya ha pisado sus calles de piedra y aceras rusticas puede entender lo que es eso. Pero quien aún no ha sentido en la propia piel toda esta historia, ni imagina lo que se está perdiendo.

The Serra Dourada, which can be seen on the horizon just before arriving at the town of Goiás, is the fi rst of the numerous natural beauty spots that are there for anyone who wants to discover them. Among other treasures, this set of steep slopes conceals more than 500 diff erent shades of sand, which in the hands of the talented Goiandira do Couto are transformed into fi ne canvases depicting the landscape of the eternal Vila Boa. This mountain range is also the favorite destination of trekkers and lovers of the Cerrado biodiversity.

And to conclude the journey there is nothing better than an invigorating swim in the waters of the Vermelho River, in one of the resorts or waterfalls on the outskirts of the town. It energizes the body and lightens the spirit, preparing it for the homeward journey.

Hot all year round during the day and with freshbreezes at night, the ancient Vila Boa exudes an unexplainable magic, an aura of mystery, a certain enchantment. Whoever has walked its stone streets and rustic pavements may even understand this. But those who have never felt all this history in the fl esh can’t possibly imagine what they are missing.

21FICA

Page 22: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 22

Turismo Tourism Turismo

Page 23: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 23

A Cidade de Goiás (em referência aos

índios Goyases), fundada como Arraial

de Sant’Ana em 1726 e elevada à Vila Boa

de Goiás em 1739, foi sede do governo

até a década de 1930, quando se deu a

transferência para Goiânia. Em dezembro

de 2001, a cidade, que já era tombada

pelo patrimônio histórico nacional, foi

reconhecida internacionalmente pela

Unesco como Patrimônio Mundial.

The town of Goiás (a reference to the Goyases, an indigenous people), founded as Arraial de Sant’Ana in 1726 and raised to the status of Vila Boa de Goiás in 1739, was the seat of government until the 1930s, before it transferred to Goiânia. In December 2001, the town, already listed as a national heritage site, was internationally recognized by UNESCO as a World Heritage Site.

La Cidade de Goiás (nombre que hace referencia a los indios Goyases), fundada como Arraial de Sant’Ana en 1726 y ascendida a Vila Boa de Goiás en 1739, fue sede del gobierno hasta la década de los 30, cuando tuvo lugar la transferencia a Goiânia. En diciembre de 2001, la ciudad que ya estaba declarada patrimonio histórico nacional, fue reconocida internacionalmente por la UNESCO como Patrimonio Mundial.

Patrimônio Mundial World Heritage Patrimonio Mundial

Page 24: Revista FICA - 1ª Edição

24 FICA

Turismo Tourism Turismo

Page 25: Revista FICA - 1ª Edição

Só na Cidade de Goiás você pode... It’s only in the town of Goiás that you can... Sólo en la Cuidad de Goiás puedes…

• Ver o dia virar noite na ponte da Casa de Cora Coralina, ouvindo o

barulho das águas do Rio Vermelho.

• Saborear sorvete de murici, mangaba ou mamão papaya, descansando

em um dos bancos de madeira da Praça do Coreto.

• Visitar o ateliê de Goiandira do Couto e conversar com a artista plástica

de 94 anos, que continua a fazer seus quadros com as areias coloridas

da Serra Dourada.

• Em noite clara, de lua cheia, admirar a silhueta das serras altas, que estão

ali, bem perto da antiga Vila Boa.

• Se sentar na escadaria da Igreja do Rosário e perceber

• como as casas fi cam mais bonitas com a luminosidade do cair da tarde.

See day turn into night on the bridge at Cora Coralina’s house, listening to the murmuring ripples of the Vermelho River. Enjoy

the fl avor of murici, mangabeira, or papaya ice-cream, relaxing on one of the wooden benches in the Praça do Coreto. Climb the

many steps of the little Santa Barbara Church and from the hilltop get a view of the housing down below. Go to the Municipal

Market on a Sunday morning and try out the famous Goiás pastelinho (fi ne pastry fi lled with toff ee and cinnamon), while

appreciating the view of distant São Francisco de Paula Church.

Ver el día hacerse noche en el puente de la Casa de Cora Coralina, oyendo el murmullo de las aguas del Río Vermelho.

Saborear un helado de muricí, mangaba o papaya, descansando en uno de los bancos de madera de la Praça do Coreto. Subir la

escalinata de la pequeña Iglesia de Santa Bárbara, de altos y abundantes escalones, y desde lo alto de la montaña, apreciar la

vista del casco urbano. El domingo por la mañana, ir al Mercado Municipal y probar el famoso pastelinho de Goiás (una fi na masa

moldeada y rellenada de dulce de leche y canela), apreciando a lo lejos la Iglesia São Francisco de Paula. Visitar el taller de Goiandira

do Couto y charlar con la artista plástica de 94 años, que continúa haciendo sus cuadros con arena de colores de la Serra Dourada.

En noches claras de luna llena, admirar la silueta de las sierras altas, allí ubicadas, bien cerca de la antigua Vila Boa. Quedarse en la

explanada de la Iglesia do Rosario contemplando como las casas se ponen más bonitas con la luminosidad del caer de la tarde.

25FICA

Onde se hospedar: Where to stay: Dónde alojarse:

• Hotel Araguaia – 3371-1462

• Hotel Atlanta – 3372-1602 / 3372-1658

• Hotel Casa da Ponte – 3371-4467

• Hotel Colonial – 3372-1237

• Hotel Fazenda Manduzanzan – 9982-3377 /

9991-1333 / www.manduzanzan.com.br

• Hotel Fazenda Serra das Orquídeas

9966-8838

• Hotel Raios de Sol – 3371-3161

• Hotel Rio Vermelho – 3371-2277

• Hotel Serrano – 3371-1825

• Hotel Vila Boa – 3371-1000

www.hotelvilaboa.com.br

• Pousada Andanças – 3371-1886 / 9219-1190

• Pousada Buriti – 3371-3551 / 9906-9830

• Pousada Chácara da Dinda – 3371-4327

• Pousada da Lua – 3371-1041

• Pousada do Carioca – 8137-2125

• Pousada do Ipê – 3371-2065

www.pousadadoipego.com.br

• Pousada do Sol – 3371-1717

• Pousada Dona Sinhá – 3371-1667

www.pousadadonasinha.com.br

• Pousada El Shadai – 3371-1648

• Pousada Ella – 8181-8442

• Pousada Reis – 3371-1565

• Pousada Sant’Ana – 3371-1161

• Pousada Vovó Du – 3372-1224

Centro de Atendimento ao Turista (CAT): 3371-7714 Tourist Information Offi ce (CAT): 3371-7714 Ofi cina de información turística (CAT): 3371-7714

Código Telefônico: 62 Telephone code: + 55 62 Código telefónico: + 55 62

Page 26: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 26

Entrevista Viewpoit Punto de vista

Sem corte e sem censura Blunt and uncensored Blunt y sin censura

A “cereja do bolo”. A metáfora é

simplória, porém pertinente quando usada

para qualifi car o FICA que, atualmente,

está entre os cinco mais conceituados

festivais cinematográfi cos com a temática

ambiental no mundo. E não se trata apenas

de status; e sim de densidade, conteúdo,

aplicabilidade e cultura. Sua proposta é

ultrapassar as fronteiras da unilateralidade,

da sensação inquietante e perturbadora

de impotência, velha conhecida dos

apreciadores da sétima arte. Essa e outras

questões são esclarecidas pelo

professor de Cinema da Universidade

Federal de Goiás (UFG) e membro da

Sociedade Brasileira de Cinema,

Lisandro Nogueira. Nesta entrevista, ele,

que possui doutorado na área pela

Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (PUC-SP) e mestrado pela

Universidade de São Paulo (USP), desvenda

peculiaridades e motivações que levam

centenas de pessoas, provenientes de

vários países, a se embrenhar na Cidade de

Goiás, um verdadeiro tesouro escondido

em pleno Centro-Oeste brasileiro.

Consultor do Festival desde 2003 e crítico

de Cinema da TV Anhanguera/Rede Globo,

Lisandro é uma das personalidades mais

respeitadas no segmento e aborda o

assunto com propriedade, apontando

as contribuições do evento para refl exões

sobre os desdobramentos da relação

homem-natureza e para o reforço

da consciência de desenvolvimento

sustentável.

Page 27: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 27

La “guinda del pastel”. La metáfora es simplona, sin embargo pertinente cuando es usada para califi car el FICA que, actualmente, se encuentra entre los cinco mejor considerados festivales cinematográfi cos con temática ambiental en el mundo. Y no se trata tan sólo de estatus sino de densidad, contenido, aplicabilidad y cultura. Se plantea sobrepasar las fronteras de la unilateralidad, de la sensación inquietante y molesta de impotencia, vieja conocida de los apreciadores del séptimo arte. Esta y otras cuestiones son esclarecidas por el profesor de Cine de la Universidade Federal de Goiás (UFG) y miembro de la Sociedade Brasileira de Cinema, Lisandro Nogueira. En esta entrevista, él, que cuenta en dicha área con un doctorado por la Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) y una maestría por la Universidade de São Paulo (USP), desvela peculiaridades y motivaciones que llevan a centenas de personas, procedentes de varios países, a adentrarse en la Cidade de Goiás, un verdadero tesoro en el Centro-Oeste brasileño. Consultor del Festival desde 2003 y crítico de cine de la TV Anhanguera/Rede Globo, Lisandro es una de las personalidades más respetadas en el sector y aborda el tema con propiedad, señalando las aportaciones del evento a las refl exiones sobre los desdoblamientos de la relación hombre-naturaleza y al refuerzo de la conciencia de desarrollo sostenible.

The “cherry on the cake”. Although the metaphor is simple it is appropriate when used to speak of FICA, which at this moment ranks among the world’s fi ve most highly respected environmental fi lm festivals. And it is not just a question of status, but of depth, content, relevance and culture. The festival aims to go beyond the boundaries of unilateralism, the uneasy and disturbing sensation of powerlessness, well known to all seventh art lovers. These and other issues are taken up by Lisandro Nogueira, Professor of Cinema at the Federal University of Goiás (UFG) and member of the Brazilian Film Society. In this interview Mr. Nogueira, who has a doctorate in the fi eld from the Pontifi cal University of São Paulo (PUC-SP) and a master from the University of São Paulo (USP), reveals the peculiarities and reasons which bring hundreds of people from many diff erent countries to the town of Goiás, a precious little gem hidden away in the center of the Brazilian Midwest. As a Festival consultant since 2003 and fi lm critic for TV Anhanguera/Rede Globo, Lisandro is one of the most highly respected people in the fi eld. He approaches the subject with propriety showing how the event can contribute to refl ection on the outcome of the people/nature relationship and reinforce awareness of sustainable development.

Page 28: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 28

O festival está consolidado e possui uma identidade forte,

bastante reconhecida no exterior

Quais são os diferenciais do FICA em

relação a outros festivais do gênero?

A principal diferença é o direcionamento

temático. Isso porque a maioria dos

festivais realizados no Brasil (e existem

mais de 38) não tem essa característica.

Tal fato o torna distinto dos demais, pois

não está edifi cado na fi gura dos atores e

diretores, geralmente de fi lmes de fi cção.

E, no FICA, a maioria das obras é

composta por documentários, que são

uma parte pequena dentro do universo

do cinema. Ou seja, o festival não é um

espetáculo, uma celebração de atores.

Trata-se de um evento que aborda um

tema atual, delicado e complexo, que é

o meio ambiente. Aliás, levou um tempo

para que as pessoas, até mesmo em

Goiás, compreendessem que esse é um

evento com uma abordagem específi ca.

Outra particularidade é o espaço

destinado ao debate e à formação,

que não é comum de se encontrar.

Atualmente, o festival está consolidado

e possui uma identidade forte, bastante

reconhecida no exterior. A seriedade das

discussões e da abordagem contribui para

essa credibilidade, além de não deixar

que o evento se torne mais um em meio a

tantos no Brasil. Ele é especial, singular e

tem conseguido resistir aos apelos de se

tornar multimídia, isto é, de ser envolvido

em um glamour que não sustente sua

principal razão de ser, que é a linha da

refl exão e do debate. Ele tem conseguido

não cair no “canto da sereia” do grande

evento, da festa midiática. Porém, esse

é um risco permanente e não sabemos

até quando o festival irá conservar essa

postura.

Entrevista Viewpoit Punto de vista

Existe alguma estratégia capaz de evitar

esse risco?

Criei um projeto, que está com o Governo

do Estado, que se chama “FICA o ano

inteiro”. A ideia não é original porque

outros já haviam pensado nisso. A

intenção é ter um escritório do Festival

funcionando permanentemente, assim

como promover a alimentação

constante das ferramentas de

comunicação do evento, a exemplo do

portal na web. Incide ainda em ações

sistemáticas de políticas públicas para

fomentar o audiovisual em Goiás,

mediadas por essa unidade. Inclui

também iniciativas contínuas de

formação, de captação de fi lmes e de

realização de debates, assim como

implica em uma maior interação com

a Secretaria de Estado da Educação e

de Meio Ambiente. Isso signifi ca que o

evento ainda carece de ultrapassar a sua

condição de temporalidade, apesar de ser

bom, estar consolidado e possuir

identidade própria. Isto é, ele tem

condições de reverberar ainda mais

suas discussões.

“The festival is established on a fi rm footing with

its strong identity, and is well known abroad”

“El festival está consolidado y posee una identidad

fuerte, bastante reconocida en el extranjero”

Page 29: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 29

“(The festival) it would be in a position to make its

discussions reverberate even further”

“(El festival) tiene condiciones de refl ejar aún más

sus discusiones”

FICA - In what way is FICA diff erent from others of the type?The main diff erence is its thematic orientation. The majority of other Brazilian fi lm festivals (and there are more than 38) cannot claim this. That’s what distinguishes it from all the others; it is not built around the aura of actors and directors, as is generally the case with fi ction. And in FICA the majority of fi lms are documentaries, a small section of the world of cinema. So the Festival is not a show, a celebration of actors. Rather it is an event dealing with a current theme, which is both delicate and complex, namely, the environment. In fact, it took a lot of time for people, even in Goiás itself, to realize that this is an event with its own specifi c approach. Another of its distinctive characteristics is the space allocated for debate and formation, which is not commonly found. At present the Festival is established on a fi rm footing with its strong identity, and is well known abroad. The depth of discussion and approach has given it this credibility as well as sparing it from becoming just one more among so many in Brazil. It is special and unique and has managed to resist appeals to become multimedia, to get involved in a type of glamor which is not proper to its raison d’être, namely refl ection and debate. It has succeeded in not yielding to the “song of the mermaid” of great events, the media splash. However, this is an ongoing risk and nobody knows how long the Festival will be able to maintain this position. Is there any strategy to avoid this risk? I have drawn up a project called “FICA all year round” and presented it to the State Government. It’s not original as others have already come up with similar ideas. It would involve having a Festival offi ce working continuously, constantly feeding the event’s communication outlet, such as a portal on the web. It would also include systematic action on public policies to promote audiovisuals in Goiás, mediated by this body. It also includes ongoing iniciatives for formation, acquiring fi lms and holding debates and would imply greater interaction with the State Secretariats for Education and for the Environment. This means that the event still needs to go beyond its provisional nature, even though it’s positive, and become established and take on its own identity. Then it would be in a position to make its discussions reverberate even further.

¿Cuáles son los diferenciales del FICA en relación a los otros del género? La principal diferencia es la orientación temática. Ya que la mayoría de los festivales realizados en Brasil (y hay más de 38) no tienen esta característica. Por tal hecho se distingue de los demás, pues no está edifi cado a partir de la fi gura de los actores y directores, generalmente de fi lmes de fi cción. Y, en el FICA, la mayoría de las obras está compuesta de documentales, que son una parte pequeña dentro del universo del cine. O sea, el festival no es un espectáculo, una celebración de actores. Se trata de un evento que aborda un tema actual, delicado y complejo como es el medio ambiente. Es más, tardó que la gente, incluso en Goiás, comprendiera que este es un evento con un planteamiento específi co. Otra particularidad es el espacio destinado al debate y a la formación, pues no se suele encontrar. Actualmente, el festival está consolidado y posee una identidad fuerte, bastante reconocida en el extranjero. La seriedad de las discusiones y del planteamiento contribuye a esa credibilidad, además a no dejar que el evento se vuelva uno más entre tantos en Brasil. Él es especial, singular y ha conseguido resistir a los reclamos de volverse multimedia, es decir, de envolverse con un glamour que no mantenga su principal razón de ser que es la línea de refl exión y debate. Ha conseguido no ceder al “canto de la sirena” del gran evento, de la fi esta mediática. No obstante, este es un riesgo permanente y no sabemos hasta cuando el festival conservará esta postura.¿Hay alguna estrategia capaz de evitar ese riesgo? Creé un proyecto, que ahora lo tiene el Gobierno del Estado, que se llama “FICA o ano inteiro” (FICA el año entero). La idea no es original porque otros ya habían pensado en ello. La intención es tener una ofi cina del festival que esté funcionando permanentemente, así como promover la aportación constante de herramientas de comunicación del evento, como por ejemplo el portal en la web. Incide, incluso, en acciones sistemáticas de políticas públicas para fomentar el audiovisual en Goiás, mediadas por este órgano. Incluye también, iniciativas continuas de formación, de captación de fi lmes y de realización de debates, así como también implica una mayor interacción con la Secretaria de Estado da Educação e de Meio Ambiente. Ello signifi ca que al evento aún le falta sobrepasar su condición de temporalidad, a pesar de ser bueno, estar consolidado y contar con identidad propia. Es decir, tiene condiciones de refl ejar aún más sus discusiones.

(O FICA) tem condições de reverberar ainda mais

suas discussões

Page 30: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 30

está fomentando a produção de obras

neste sentido. Agora que estão surgindo

outros eventos brasileiros com essa

abordagem.

O senhor acredita que o FICA colabora para

fomentar o cinema produzido em Goiás?

Sem dúvida. Antes do FICA não existia

um canal para que os cineastas

goianos pudessem participar e divulgar

seus trabalhos. O festival deu grandes

contribuições para o estabelecimento do

cinema feito em Goiás. A existência dele

hoje é um fato, mesmo que tenha um

longo caminho a percorrer. Atualmente,

temos uma produção considerável no

Estado e o FICA tem auxiliado para

melhorar a qualidade técnica desses

fi lmes. Eles estão cada vez mais bem

elaborados.

Como o Festival é avaliado no calendário

nacional e internacional de cinema?

O FICA é conhecido e respeitado, visto

como um evento sério e importante.

Mas, ao mesmo tempo, não é dotado da

mesma visibilidade de outros que não

são temáticos. Porém, acho que deve

continuar com essa característica e que

isso atende à sua proposta.

Ele nunca será um Festival de

Gramado, por exemplo; e nem deve.

Em contrapartida, está entre os mais

importantes festivais cinematográfi cos do

mundo na abordagem ambiental, junto

com Grécia, Portugal, Itália, Espanha e

Estados Unidos. Por esse motivo,

o FICA participa hoje do Fórum Mundial

dos Festivais de Cinema.

Do ponto de vista de produção e

qualidade, quais são os países com maior

representatividade no FICA?

Nesse sentido, os mais expressivos são:

Estados Unidos, Portugal, Itália, Inglaterra,

alguns países do Oriente, Japão e China.

Na América do Sul e Central, se destacam

a Argentina e Cuba.

O FICA é mais reconhecido no exterior do

que no Brasil? Por que o número inscrições

estrangeiras supera as nacionais?

De fato, ele é mais reconhecido no

exterior. Entretanto, a questão das

inscrições tem a ver com a

proporcionalidade, porque são países

do mundo inteiro enviando fi lmes.

Por outro lado, a quantidade de

produções brasileiras nessa temática tem

crescido. Até porque, antes do FICA, não

existia no Brasil uma escola voltada para

esse assunto. Isso quer dizer que o festival

Entrevista Viewpoit Punto de vista

Ele nunca será um Festival de Gramado, por

exemplo; e nem deve

“It will never be a Gramado Film Festival,

for example; and neither should it”

“Nunca será un Festival de Gramado,

por ejemplo, ni debe”

Page 31: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 31

¿Cómo el Festival está valorado en el calendario nacional e internacional de cine?El FICA es conocido y respetado, visto como un evento serio e importante. Pero, al mismo tiempo, no está dotado de la misma visibilidad de otros que no son temáticos. No obstante, creo que debe continuar con esa característica y que ello atiende a su planteamiento. Nunca será un Festival de Gramado, por ejemplo, ni debe. En contrapartida, está entre los más importantes festivales cinematográfi cos del mundo que abordan el medio ambiente, junto con Grecia, Portugal, Italia, España y Estados Unidos. Por este motivo, el FICA es miembro hoy del Fórum Mundial de los Festivales de Cine.Desde el punto de vista de la producción y la calidad, ¿cuáles son los países con mayor representación en el FICA? En este sentido, los más signifi cativos son Estados Unidos, Portugal, Italia, Inglaterra, algunos países de Oriente, Japón y China. En América del Sur y Central se destacan Argentina y Cuba.¿El FICA está mejor considerado en el extranjero que en Brasil? ¿Porqué el número de inscripciones extranjeras supera al de las nacionales? De hecho, está mejor considerado en el extranjero. Sin embargo, la cuestión de las inscripciones tiene que ver con la proporcionalidad, porque se trata de países del mundo entero enviando fi lmes. Por otra parte, la cantidad de producciones brasileñas de esa temática ha crecido. Incluso porque, antes del FICA, no había en Brasil una escuela volcada a este tema. Eso quiere decir que el Festival está fomentando la producción de obras en este sentido. Y es ahora cuando están surgiendo otros eventos brasileños con este planteamiento.¿Usted cree que el FICA colabora para fomentar el cine producido en Goiás?Sin duda. Antes del FICA no había un canal para que los cineastas goianos participaran y divulgaran sus trabajos. El festival ha hecho una gran contribuciónpara el establecimiento del cine hecho en Goiás. Su existencia hoy es un hecho, aunque tenga aún un largo camino que recorrer. Actualmente, contamos con una considerable producción en el Estado y el FICA ha ayudado a mejorar la calidad técnica de esos fi lmes. Están cada vez mejor elaborados.

How is the Festival seen in national and international fi lm circles? FICA is well known and respected. It is seen as an important and serious event. But at the same time, it doesn’t get the same exposure as other non-thematic festivals. However, I think it should continue with this characteristic because this is what it set out to do. It will never be a Gramado Film Festival, for example; and neither should it. On the other hand, it is one of the world’s most important environmental fi lm festivals, along with those of Greece, Portugal, Italy, Spain and US. That is why FICA participates in the World Cinema Forum. In terms of production and quality, which countries are better represented at FICA? In this vein the most signifi cant are: US, Portugual, Italy, England, some eastern countries, Japan and China. In South and Central America, Argentina and Cuba stand out. Is FICA better known abroad than in Brazil? Why are there more foreign than national enrollments? Actually it is better known abroad. However, the question of enrollment has to do with proportionality, because countries from all over the world send fi lms. On the other hand, there has been an increase in the number of Brazilian productions on this theme. Before FICA, Brazil didn’t have any school dedicated to this theme. So it can be said that the Festival is stimulating production on the subject. And other Brazilian events on the topic are appearing now. Do you think that FICA helps to promote fi lm production in Goiás? Undoubtedly. Before FICA there were no channels in which Goiás fi lm makers could participate and disseminate their work. The Festival has contributed in no small way to the establishment of Goiás-made fi lms. It exists as a fact today, even if it still has a long way to go. Presently, we have a considerable production in the State and FICA has helped to improve the technical quality of these fi lms. They are better and better.

Page 32: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 32

Capa Cover Portada

FICAcresce e aparece FICA expands and gains visibility FICA crece y se hace notar

Page 33: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 33

Registrando um número de inscrições seis vezes maior

que na primeira edição, festival completa 12 anos com

credibilidade reforçada e identidade defi nida With the number of enrollments six times greater than at the start,

the festival reaches its 12th edition with its credibility reinforced and its identity defi ned

Registrando un número de inscripciones seis veces mayor que en la primera edición, el festival completa 12 años con credibilidad reforzada e identidad defi nida

Page 34: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 34

Criando raízes Putting down roots Creando raíces

“É esse daqui”, aponta com as mãos

calejadas o marceneiro Gláucio Santos.

Com orgulho, ele mostra um pé de pitanga

frondoso, estampado em uma foto cujo

cenário é o balneário Santo Antônio

– recanto de cachoeiras localizado a

nove quilômetros da Cidade de Goiás.

Gláucio plantou a muda em 1999, quando

participou da primeira edição do FICA.

“Eu fazia bicos para reforçar a renda e uns

gringos me pediram para trazê-los de carro

até o festival. Eles eram metidos com essa

história de cinema”, lembra. No caminho,

o marceneiro ganhou um saquinho de

sementes de uma ONG. “Resolvi plantar

a muda da pitangueira, mas quem criou

raízes nessa cidade fui eu”, conta, aos risos.

Gláucio nunca tinha participado de um

festival de cinema. Também nunca tinha

pensado que fosse preciso plantar mais

pés de pitanga, porque o Cerrado e outros

tipos de vegetação do Brasil e do mundo

poderiam ser devastados.

“Os gringos me convidaram para assistir

a um documentário sobre isso e fi quei

fã. Gostei tanto que todo ano levo os

caras para a Cidade de Goiás. Aproveito

e dou uma olhada na minha plantinha”,

diz. Assim como Gláucio, que descobriu

um novo prazer, e a pitangueira, que hoje

possui quase oito metros de altura, o FICA

também se transformou e deu frutos. Ao

longo de seus 12 anos, o festival criou

uma identidade própria, inovadora e

reconhecida dentro e fora do Brasil.

Capa Cover Portada

Page 35: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 35

Page 36: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 36

O caráter inovador do FICA deve-se ao fato

de que a iniciativa é a única no gênero no

Brasil. “Não há outro festival no País que

tenha esse recorte temático, ou seja, cujo

foco seja o cinema ambiental”, explica

o professor de Cinema da Universidade

de São Paulo, Ismail Xavier. De acordo

com ele, embora o debate sobre a

preservação dos recursos naturais seja de

extrema importância para a sociedade e

esteja diretamente ligado à questão da

qualidade de vida, Goiás foi o primeiro

Estado brasileiro a promover um evento

que abrisse espaço para a apresentação

de documentários sobre meio ambiente

produzidos por realizadores nacionais e

internacionais.

Capa Cover Portada

Page 37: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 37

“This is it”, says Gláucio Santos, pointing with his calloused hands. He proudly indicates a leafy pitangueira (Surinam cherry tree), in a photo showing the Santo Antônio nook with its set of waterfalls, nine kilometers from the town of Goiás. Gláucio planted the seedling in 1999 when he participated in the fi rst edition of FICA. “I used to do odd jobs to earn a bit extra and a few gringos asked me to take them by car to the festival. They were into this fi lm thing,” he remembers. On the way, the joiner received a little bag of seeds from an NGO. “I decided to plant the pitanga seedling, but it was I who put down roots in this town”, he says with a grin.

Gláucio had never before participated in a fi lm festival. Neither had he ever thought that it would be necessary to plant more pitangueiras, because the Cerrado and other types of Brazilian and world vegetation could be destroyed. “The foreigners invited me to see a documentary on this and I got hooked. I liked it so much that every year I take the guys to the town of Goiás. I take advantage of the opportunity to have a look at my little plant”, he says. Just like Gláucio, who got a new thrill and like the pitangueira, which has grown to a height of almost eight meters, FICA too has been transformed and has yielded fruit. Throughout its 12 years, the festival has forged its own innovative identity, recognized both in Brazil and beyond. FICA owes its innovative character to the fact that the initiative is unique in its kind in Brazil. “There is no other festival in the country with this thematic profi le, whose focus is environmental fi lms”, explains Ismail Xavier, Professor of Cinema at the University of São Paulo. According to him, although the debate on the preservation of natural resources is of vital importance for society and is directly linked to the quality of life issue, Goiás was the fi rst Brazilian State to provide a stage for the presentation of environmental documentaries made by both national and international producers.

“Es ese de aquí”, señala con las manos encallecidas el carpintero Gláucio Santos. Con orgullo, muestra un árbol de pitanga frondoso, estampado en una foto cuyo escenario es el balneario Santo Antônio – rincón natural de cascadas ubicado a nueve quilómetros de la Cidade de Goiás. Gláucio puso el plantón en 1999, cuando participó en la primera edición del FICA. “Yo hacía chapuzas para reforzar la renta y unos gringos me pidieron que les trajera en coche al festival. Estaban liados con esa historia del cine”, recuerda. En el camino, el carpintero consiguió una bolsita de semillas de una ONG. “Decidí plantar el plantón de pitangueira aunque el que creó raíces en esa ciudad he sido yo”, cuenta riendo.

Gláucio nunca había participado en un festival de cine. Tampoco nunca había pensado que hubiera que plantar más árboles de pitanga, porque el Cerrado y otros tipos de vegetación de Brasil y del mundo podrían ser devastados. “Los gringos me invitaron a ver un documental sobre eso y me entusiasmó. Me gustó tanto que todos los años los llevo a la Cidade de Goiás. Aprovecho y le doy un vistazo a mi plantita”, dice. Así como Gláucio, que descubrió un nuevo placer, y la pitangueira, que hoy tiene casi ocho metros de altura, el FICA también se ha transformado y ha dado frutos. A lo largo de sus 12 años, el festival ha creado una identidad propia, innovadora y reconocida dentro y fuera de Brasil.

El carácter innovador del FICA se debe al hecho de que la iniciativa es la única del género en Brasil. “No hay otro festival en el país que tenga ese rasgo temático, o sea, cuyo foco sea el cine ambiental”, explica el profe-sor de Cine de la Universidade de São Paulo, Ismail Xavier. Según éste, aunque el debate sobre la conser-vación de los recursos naturales sea de vital importan-cia para la sociedad y esté directamente relacionado a la cuestión de la calidad de vida, Goiás ha sido el primer estado brasileño en promover un evento que abriera un espacio a la presentación de documentales sobre el medio ambiente producidos por realizadores nacionales e internacionales.

Page 38: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 38

Capa Cover Portada

Participação popular Participação popular Participação

A concepção de um festival que

debatesse o meio ambiente, tendo como

agente mediador o cinema, partiu do

jornalista Jaime Sautchuk, da socióloga

Adinair França dos Santos e dos

publicitários Luiz Felipe Gabriel e Luís

Gonzaga Soares (já falecido). Os quatro

foram os idealizadores do FICA e

apresentaram o projeto do evento ao

Governo do Estado de Goiás, que

encampou a iniciativa. Um dos maiores

desafi os dos organizadores era envolver a

população da Cidade de Goiás no festival.

“A ideia era convencer a comunidade de

que estava surgindo algo novo. Algo que

só iria para frente se as pessoas

abraçassem a empreitada. E foi o

que ocorreu”, explica Sautchuk.

A missão de mobilizar os mais diversos

segmentos da comunidade da Cidade de

Goiás foi cumprida com êxito e, o que a

princípio representava motivo de

preocupação, tornou-se uma das

principais características do FICA: a

participação popular. Sensibilizados pela

importância do evento e por seu alcance

nacional e internacional, proprietários de

pousadas, hotéis, restaurantes, lojas,

doceiras, artesãos e mais uma infi nidade

de outros moradores da cidade não

pouparam esforços para conquistar os

visitantes. Uma dedicação que se mostrou

vigorosa na primeira edição, e que, ao

longo dos 12 anos de festival, tem sido

cada vez mais exercitada.

“No FICA é possível recordar algo de

muito genuinamente único, que o

brasileiro construiu com amor e milenar

sabedoria de proveniências tão diversas.

É esse dom de bem receber, de ter sempre

a porta e janela da casa abertas, de saber

oferecer um sorriso, de estender a mão”,

observa o cineasta e presidente do Festival

de Cinema de Serra da Estrela (Portugal),

Lauro Antônio. Mas a participação popular

estende-se para muito além da boa

receptividade aos participantes do festival.

Durante o evento, a comunidade frequenta

os cursos, ofi cinas, debates e palestras que

integram a programação, além de lotar o

Cinemão, espaço de exibição audiovisual

com capacidade para 800 lugares,

montado no Ginásio Alcides Jubé.

Page 39: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 39

The concept of a festival which would discuss the environment using the cinema as a medium, originated with the journalist Jaime Sautchuk, the sociologist Adinair França dos Santos and the advertising agents Luiz Felipe Gabriel and the late Luís Gonzaga Soares. These four creators of the FICA presented a project to the Governor of the State of Goiás, who backed the initiative. One of the greatest challenges facing the organizers was how to involve the people of the town of Goiás in the festival. “The idea was to convince the community that something new was happening. Something that would only be successful if the people took on the task. And that’s exactly what happened”, Sautchuk explains. The mission of mobilizing the diff erent segments of the community in the town of Goiás was successfully carried out and what at fi rst was a reason for concern became one of FICA’s main characteristics: people participation. Touched by the importance of the event and by its national and international outreach, owners of guest houses, hotels, restaurants, stores, sweet makers, artisans and thousands of townspeople went to no end to win over the visitors. This devotion, felt with such fervor during the fi rst edition, has become much more intense over the 12 years with each passing edition of the festival.

“In FICA you can sense something which is very genuinely unique, which Brazilians have built up with love and age-old wisdom gleaned from a variety of sources. This is their gift of hospitality, of always having the door and window of the house open, of knowing how to smile and off er a handshake”, says Lauro Antônio, fi lm-maker and President of the Serra da Estrela Film Festival (Portugal). But people participation goes way beyond warmly welcoming the festival participants. Throughout the event, people from the community attend the courses, workshops, debates and lectures which make up the program, and crowd the Cinemão, a space for fi lm screening, seating 800, set up in the Alcides Jubé Gymnasium.

La concepción de un festival que debatiera el medio ambiente, teniendo como agente mediador el cine, partió del periodista Jaime Sautchuk, de la socióloga Adinair França dos Santos y de los publicistas Luiz Felipe Gabriel y Luís Gonzaga Soares (ya fallecido). Los cuatro fueron los idealizadores del FICA y presentaron el proyecto del evento al Gobierno del estado de Goiás, que acogió la iniciativa. Uno de los mayores desafíos de los organizadores era involucrar a la población de la Cidade de Goiás en el festival. “La idea era convencer a la comunidad de que estaba surgiendo algo nuevo. Algo que sólo lograría sacarse adelante si la gente abrazara la empresa. Y eso fue lo que pasó”, explica Sautchuk.

La misión de movilizar a los más variados segmentos de la comunidad de la Cidade de Goiás fue cumplida con éxito y, lo que la principio era un motivo de preocupación resultó ser una de las principales características del FICA: la participación popular. Sensibilizados por la importancia del evento y por su alcance nacional e internacional, propietarios de posadas, hoteles, restaurantes, tiendas, confi terías, artesanos, además de una infi nidad de otros vecinos de la ciudad no ahorraron esfuerzos para conquistar a los visitantes. Una dedicación que se mostró vigorosa en la primera edición y que, a lo largo de 12 años de festival, ha sido cada vez más ejercida.

“En el FICA es posible recordar algo muy genuino, que el brasileño construye con amor y milenaria sabiduría de procedencias muy diversas. Es ese don del recibir bien, de tener la puerta y la ventana de la casa siempre abiertas, de saber ofrecer una sonrisa, de tender la mano”, observa el cineasta y presidente del Festival de Cinema de Serra da Estrela (Portugal), Lauro Antônio. Pero la participación popular se extiende más allá de la buena receptividad con los participantes del festival. Durante el evento la vecindad frecuenta los cursos, talleres, debates y charlas que integran la programación, además de abarrotar el “Cinemão” (“Cinemón”), espacio de exhibición audiovisual con capacidad para 800 espectadores, instalado en el Ginásio Alcides Jubé.

Page 40: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 40

Capa Cover Portada

Page 41: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 41

FICA leva centenas de crianças e

jovens ao cinema

FICA brings hundreds of children and young people to the cinema

FICA lleva centenas de niños y jóvenes al cine

Page 42: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 42

Capa Cover Portada

Babel cultural Babel cultural Babel cultural

Ao longo de seus 12 anos, o FICA

também consolidou outra característica:

a de festival multicultural, pautado pela

grande diversidade de manifestações

artísticas e de nacionalidades de produções

envolvidas. Para se ter uma ideia, em sua

primeira edição o festival contou com

88 fi lmes inscritos, sendo 49 produções

estrangeiras, realizadas por cineastas

de 17 países. Este ano, a 12ª edição do

evento registra 548 fi lmes inscritos, com

346 produções estrangeiras, envolvendo

cineastas de 67 países. O comparativo

entre 1999 e 2010 mostra um crescimento

vertiginoso, tanto em números gerais – a

quantidade de obras inscritas é seis vezes

maior –, quanto em números específi cos

– a participação de obras internacionais

praticamente quadruplicou. O crescimento é

fruto de um intenso trabalho de divulgação

do festival por parte do Governo do Estado

de Goiás e da equipe organizadora do

evento. O cineasta e escritor João Batista

de Andrade, coordenador geral do FICA na

primeira e na terceira edições, lembra que

lançou um desafi o em 2001. “As pessoas

da minha equipe apontariam, às cegas,

um ponto qualquer do mapa-múndi e eu

garantiria trazer do país apontado um fi lme.

Tivemos fi lmes de países que muitos de

nós nem conheciam, fazendo do III FICA

uma verdadeira Babel e confi rmando a

universalidade do tema”, recorda. Quem

também compara o festival a uma “Babel

cultural” é o jornalista André Trigueiro.

Pós-graduado em Gestão Ambiental e

criador do curso de Jornalismo Ambiental

da Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro (PUC/RJ), Trigueiro revela que, até

2003, ano em que participou pela primeira

vez do evento, não sabia nada sobre o FICA,

e confessa que fi cou impressionado com

o que viu. “Quando me dei conta, estava

irremediavelmente atraído pelo conjunto

da obra: uma linda cidade histórica – que

mais parece cenário de fi lme – recebendo

gente de várias partes do Brasil e do mundo

numa pajelança cósmica, num formigueiro

humano cobrindo de esperança as ruas

cravadas nas margens do Rio Vermelho”,

afi rma.

Page 43: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 43

Throughout its 12 years, FICA has also consolidated another of its features: that of being a multicultural festival, characterized by a wide range of artistic manifestations and productions from so many diff erent nationalities. Just to give an idea, in its very fi rst edition the festival had an enrollment of 88 fi lms, 49 of them foreign, from fi lm-makers in 17 countries. This year the 12th edition has registered 548 fi lms of which 346 are foreign, from fi lm-makers in 67 countries. The comparison between 1999 and 2010 shows extraordinary growth, both in general numbers – the quantity of works enrolled is six times more – and in specifi c numbers – the participation of international fi lms has all but quadrupled. This growth is fruit of intense eff ort both on the part of the government of Goiás and the organizing committee to disseminate the festival. The fi lm-maker and writer João Batista de Andrade, general coordinator of FICA’s fi rst and third editions, remembers the challenge he issued back in 2001. “Someone in the team would point blindly to any spot on the world map and I would guarantee to bring a fi lm from that country. We had fi lms from countries that many of us did not even know existed, making the III FICA a real Babel and confi rming the universality of the theme”, he recalls. The journalist André Trigueiro has also compared the festival to a “cultural Babel”. With a postgraduate degree in Environmental Management and creator of the Environmental Journalism Course at the Pontifi cal University of Rio de Janeiro (PUC/RJ), Trigueiro reveals that up to 2003, the year in which he participated in the event for the fi rst time, he knew nothing about FICA, and confesses that he was really impressed with what he saw. “When I became aware, I was already incurably taken by the whole picture: a beautiful historical town – it’s more like a scene from a fi lm! – receiving people from all over Brazil and the world in a cosmic indigenous ritual, in this human anthill imbuing with hope the streets etched on the banks of the Vermelho River” he claims.

A lo largo de sus 12 años, el FICA ha consolidado otra característica: la de festival multicultural, pautado por la gran diversidad de manifestaciones artísticas y de nacionalidades de las producciones involucradas. Para dar una idea, en su primera edición el festival contó con 88 películas inscritas, de las que 49 eran producciones extranjeras, realizadas por cineastas de 17 países. Este año, la 12ª edición del evento registra 548 películas inscritas, con 346 producciones extranjeras, involucrando a cineastas de 67 países. La comparación entre 1999 y 2010 muestra un crecimiento vertiginoso, tanto en números generales – la cantidad de obras inscritas es seis veces mayor – como en números concretos – la participación de obras internacionales prácticamente se ha cuadruplicado.

El crecimiento es fruto de un intenso trabajo de divulgación del festival por parte del Gobierno del Estado de Goiás y del equipo organizador del evento. El cineasta y escritor João Batista de Andrade, coordinador general del FICA en la primera y tercera ediciones, recuerda que lanzó un desafío en 2001. “Las personas de mi equipo señalaban, a ciegas, un punto cualquiera del mapamundi y yo garantizaría traer del país señalado una película. Hemos tenido películas de países que muchos de nosotros siquiera conocíamos, haciendo del III FICA una verdadera Babel y confi rmando la universalidad del tema”, recuerda. Quien también compara el festival a una “Babel cultural” es el periodista André Trigueiro.

Postgraduado en Gestión Ambiental y creador del curso de Periodismo Ambiental de la Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), Trigueiro revela que hasta 2003, año en el que participó por primera vez en el evento, no sabía nada sobre el FICA, y confi esa que se quedó impresionado con lo que vio. “Cuando me di cuenta, estaba irremediablemente atraído por el conjunto de la obra: una bella ciudad histórica – que parece un escenario de película – recibiendo gente de varias partes de Brasil y del mundo en un “aquelarre” cósmico, en un hormiguero humano cubriendo de esperanza las calles enclavadas a las orillas de Río Vermelho”, afi rma.

Page 44: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 44

Capa Cover Portada

Com essas mudanças, a mostra

competitiva deixou de acontecer

simultaneamente com outras atrações

culturais da sexta, sábado e domingo, o

que resultou num aproveitamento maior

tanto por parte do público que procura

o festival em busca de informações

técnicas e que inscreve seus trabalhos,

quanto por parte do público que busca

entretenimento.

Paralelamente à mostra competitiva,

também implantou-se em 2003 um Fórum

Ambiental durante o FICA, destinado ao

fomento de discussões mais aprofundadas

sobre esse temática. “Criamos

mesas-redondas, conferências e palestras,

ligadas ao cinema e ao meio Ambiente.

Também sistematizamos a promoção

de cursos e ofi cinas para formação de

jovens dentro da temática do FICA, algo

que garantiu mais credibilidade ao evento”,

informa Lisandro Nogueira. Dessa forma, o

festival deixou de ser apenas uma mostra

competitiva e multicultural, para

tornar-se um evento com um importante

espaço destinado à refl exão. Com suas

bases plenamente estruturadas, o FICA

agora cresce e aparece, rumo a uma

história de incontestável sucesso.

Mudança e credibilidade Change and credibility

Transformación e credibilidad

Para que o FICA pudesse manter o

caráter multicultural, mas não deixasse

seus principais focos diluídos (cinema

e meio ambiente), o festival passou por

uma mudança. Até 2002, a organização

do evento era intercalada: em um ano era

executada pela Agência de Cultura Pedro

Ludovico Teixeira (Agepel) e em outro pela

então Agência Ambiental (hoje absorvida

pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente

e Recursos Hídricos). A partir de 2003, o

festival passou ser realizado apenas pela

Agepel, a contar também com consultores

para as áreas de cinema e meio ambiente.

Além disso, a programação técnica do

evento foi separada da parte de

entretenimento.

“Transferirmos o início do festival para

terça-feira à noite, pois antes ele

começava na quarta, e defi nimos que a

maioria das atividades de cinema e meio

ambiente fosse realizada até sexta,

estabelecendo certa separação entre o

lado cinematográfi co e a parte festiva”,

explica o professor de Cinema da

Universidade Federal de Goiás e

consultor do FICA, Lisandro Nogueira.

Page 45: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 45

The festival has undergone changes in order to maintain FICA’s multicultural character without diluting its principal focus (cinema and the environment). Up until 2002, the organization of the event alternated between the Pedro Ludovico Teixeira Cultural Agency (Agepel), which was responsible one year, and the Environmental Agency (absorbed later by the State Secretariat for the Environment and Water Resources) which was responsible for the next. From 2003 onwards, the festival became the responsibility of Agepel alone, which contracted consultants for cinema and environment. “We transferred the opening of the festival to a Tuesday night – previously it had been a Wednesday – and it was decided that the majority of cinema and environmental activities would be held by Friday, thereby establishing a certain separation between the cinematographic and festive sides of the festival”, explains Lisandro Nogueira, Professor of Cinema at the Federal University of Goiás and FICA consultant. With these changes, the competition screening no longer occurred simultaneously with the other cultural attractions of Friday, Saturday and Sunday. This meant that both those who attended the festival for its technical content and those who submitted their works as well as those who were there for the entertainment were all better able to take advantage of the event.

Parallel to the competition screening in 2003, an Environmental Forum was set up to encourage deeper discussion on the theme. “We created round tables, conferences and lectures, all connected with cinema and the environment. In addition, the festival’s technical program was separated from its entertainment section. We also systematized the provision of courses and workshops on the FICA theme for the formation of young people. This gave the event even more credibility”, says Lisandro Nogueira. Thus, the festival was no longer just a competitive multicultural screening but an event with a substantial space allotted for refl ection. And with its foundations fi rmly established, FICA now expands and gains ongoing visibility, and is destined for undeniable success.

Para que el FICA pudiera mantener el carácter multicultural, pero no se diluyeran sus principales focos (cine y medio ambiente), el festival pasó por una transformación. Hasta 2002, la organización del evento era alternada: un año era ejecutada por la Agência de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) y al siguiente por la entonces Agência Ambiental (hoy absorbida por la Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos). A partir de 2003, el festival pasó a ser realizado apenas por la Agepel, así como a contar con consultores para las áreas de cine y medio ambiente. Además de eso, la programación técnica del evento fue separada de la parte de entretenimiento.

“Trasladamos el principio del festival al martes por la noche, pues antes empezaba el miércoles, y defi nimos que la mayoría de las actividades de cine y medio ambiente fuera realizada hasta el viernes, estableciendo cierta separación entre el lado cinematográfi co y la parte festiva”, explica el profesor de Cine de la Universidade Federal de Goiás y consultor del FICA, Lisandro Nogueira. Con esos cambios, la muestra competitiva dejó de tener lugar con otras atracciones culturales del viernes, sábado y domingo, lo que resultó en un mayor aprovechamiento tanto por parte del público que acude al festival en busca de informaciones técnicas y que inscribe sus trabajos, como por parte del público que busca entretenimiento.

Paralelamente a la muestra competitiva, también se implantó en 2003 el Fórum Ambiental durante el FICA, destinado al fomento de discusiones más profundas sobre esa temática. “Creamos mesas redondas, conferencias y charlas ligadas al cine y al medio ambiente. También sistematizamos la promoción de cursos y talleres para la formación de jóvenes dentro de la temática del FICA, algo que ha garantizado la credibilidad del evento”, informa Lisandro Nogueira. De tal forma, el festival ha dejado de ser apenas una muestra competitiva y multicultural para llegar a ser un evento con un importante espacio destinado a la refl exión. Con sus bases totalmente consolidadas, el FICA ahora crece y se hace notar, rumbo a una historia de incontestable éxito.

Page 46: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 46

Panorama Scene Panorama

Page 47: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 47

Paixão por Goiás A passion for Goiás

Pasión por Goiás

Fotógrafo goiano percorreu o mundo, mas não deixou

de registrar em vida imagens de seu recanto predileto:

a ex-capital de Goiás

Texto João Unes Fotos Hélio Nunes

The photographer from Goiás traveled the world, but never failed to record images of his favorite nook, the former capital of Goiás

Fotógrafo goiano recorrió el mundo, pero no dejó de registrar en vida imágenes de su rincón predilecto: la ex-capital de Goiás

Page 48: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 48

Carroça, meio de transporte ainda visto

pelas ruas de pedra de Goiás

The Cart, a means of transport still seen on the paved streets of Goiás

Carro, medio de transporte visto todavía por las calles de piedra de Goiás

Panorama Scene Panorama

Page 49: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 49

Page 50: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 50

Panorama Scene Panorama

Page 51: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 51

Fachadas das casas

centenárias no Centro Histórico

Frontispieces of century-old houses

in the Historical Center

Fachadas de las casas centenarias

en el Centro Histórico

Page 52: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 52

Panorama Scene Panorama

Page 53: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 53

Pequena loja do Mercado,

onde se encontra

de tudo um pouco

Small story in the Market,

where a little of everything is to be found

Pequeña tienda del Mercado,

donde se encuentra de todo un poco

Page 54: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 54

Vista geral da Cidade de Goiás, com a Serra Dourada ao fundo

A general view of the town of Goiás, with the Serra Dourada mountain range in the background

Vista general de la Ciudad de Goiás, con la Serra Dourada al fondo

Panorama Scene Panorama

Page 55: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 55

Page 56: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 56

Saudades do mestre Lonesome for the master Añoranza del maestro

Hélio Nunes era um cara diferente. Por trás

da fama que o consagrou como mestre

da fotografi a jornalística estava um amigo

para todas as horas. Amava sua família,

as pessoas, os animais, a vida. Vivia para

a fotografi a, para os fi lhos e para a sua

Darc. Adorava viajar e estava com as malas

sempre prontas. A redação do jornal O

Popular nunca mais foi a mesma depois

que Hélio partiu.

Via o mundo com olhos goianos e tinha

seu trabalho totalmente identifi cado com

o Estado que tanto amava. Nascido em

Buriti Alegre, Hélio Nunes de Oliveira não

se cansava de louvar as belezas de sua

terra natal. Ainda no sul goiano, era

Caldas Novas a cidade que tinha um lugar

especial no coração de fotógrafo. Ele

também gostava do Rio Araguaia, para

onde nunca negou viajar a serviço do

jornal O Popular, onde trabalhou por 40

anos. Mas nenhum outro lugar é

comparável ao amor – quase obsessão –

de Hélio Nunes pela Cidade de Goiás.

Em Goiás, Hélio se sentia em casa. Durante

décadas, fotografou a procissão do

fogaréu para o jornal. Frequentou a casa

de Cora Coralina e fez fotos memoráveis

da poetisa que encantou o mundo com

seus versos. HNO, como era conhecido,

vigiava até a Cruz do Anhanguera.

Hélio encantou também muita gente com

suas fotos. Adorava circular de câmera

em punho pelo casario colonial da antiga

capital do Estado. Uma madrugada, depois

de descermos do Morro do Macaco

Molhado, Hélio quis sair pelas ruas desertas

da cidade tirando fotos. Via vida nas formas

e cores da cidade.

Em Goiás, Hélio planejava erguer uma

pousada. A obra ainda está lá, mas agora

sem seu idealizador, que morreu no dia 9

de janeiro de 2010. Em suas andanças pelo

mundo – Hélio rodou os cinco

continentes e trabalhou em duas Copas do

Mundo, sempre de câmera em punho –, o

repórter fotográfi co sempre recomendava

àqueles que cruzavam seu caminho: “Você

precisa ir a Goiás Velho provar o empadão

de lá. É uma delícia.”

João Unes, editor-chefe do jornal O Popular, trabalhou com Hélio Nunes durante 14 anos

Panorama Scene Panorama

Page 57: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 57

Hélio Nunes was a diff erent guy. Behind the fame that had consecrated him as an expert in journalistic photography was the ever-present friend. He loved his family, his people, animals, life. He lived for photography, for his children and for Darc. He adored traveling and his bags where always packed. The editorial offi ce of the Popular newspaper has never been the same since Hélio left us.

He saw the world through the eyes of Goiás and his work was completely identifi ed with the State he so loved. Hélio Nunes de Oliveira, born in Buriti Alegre, never tired of singing the praises of the beauty of his native land. In the south of the State, Caldas Novas occupied a special place in the photographer’s heart. He also loved the Araguaia River and in his 40 years with the Popular he never refused to go there at the request of the newspaper. But the love he felt – almost obsession – for the town of Goiás cannot be compared with his feelings for any other place.

Here, Hélio felt at home. For decades he photographed the Torchlight Procession for the newspaper. He visited Cora Coralina’s home and took memorable photographs of the poetess who charmed the world with her verses. HNO, as he was known, even kept watch over the Anhanguera Cross.

He also delighted many people with his photos. He absolutely adored moving about, camera in hand, among the colonial-style houses of the former State capital. One morning very early after coming down from the Morro do Macaco Molhado, Hélio wanted to go out and take photos of the deserted streets of the town. He saw life in the shapes and colors of the town.

He was planning to build a guest house in Goiás. The plan is still there, but now without its creator, who died on January 19, 2010. During his worldwide travels – Hélio traveled the fi ve continents and covered two World Cups always with camera in hand – this photographic reporter constantly recommended to those who crossed his path: “You must go to Goiás and taste its empadão (a local patty). It’s delicious”

João Unes, editor-in-chief of the Popular newspaper, worked with Hélio Nunes for 14 years.

Hélio Nunes era un hombre diferente. Tras la fama que lo consagró como maestro de la fotografía periodística se encontraba un amigo para todo momento. Amaba a su familia, a la gente, a los animales, a la vida. Vivía para la fotografía, para los hijos y para su Darc. Le encantaba viajar y estaba con las maletas siempre listas. La redacción del periódico O Popular nunca más volvió a ser la misma después de que Hélio partiera.

Veía el mundo con ojos goianos y su trabajo estaba totalmente identifi cado con el estado que tanto amaba. Nacido en Burití Alegre, Hélio Nunes de Oliveira no se cansaba de alabar las bellezas de su tierra natal. Aunque en el sur goiano, era Caldas Novas la ciudad que tenía un lugar especial en el corazón del fotógrafo. También le gustaba el Río Araguaia, adonde nunca se negó a viajar al servicio del periódico O Popular, donde trabajó durante 40 años. Pero ningún lugar es comparable al amor – casi obsesión – de Hélio Nunes por la Ciudad de Goiás.

En Goiás, Hélio se sentía como en casa. Durante décadas fotografi ó la procesión del fogareu para el periódico. Frecuentó la casa de Cora Coralina e hizo fotos memorables de la poetisa que encandiló al mundo con sus versos. HNO, como se le conocía, vigilaba hasta la Cruz del Anhanguera (explorador).Hélio cautivó también mucha gente con sus fotos. Adoraba circular cámara en mano por el casco urbano colonial de la antigua capital del estado de Goiás. Una madrugada, después de que bajáramos del Morro do Macaco Molhado, Hélio se empeño en salir por las calles desiertas de la ciudad sacando fotos. Veía vida en las formas y colores de la ciudad.

En Goiás, Hélio planeaba levantar una posada. La obra aún está allí, pero ahora sin su idealizador, que murió el 9 de enero de 2010. En sus andanzas por el mundo – Hélio anduvo por los cinco continentes y trabajó en dos Copas del Mundo, siempre cámara en mano –, el reportero fotográfi co siempre recomendaba a aquellos que se cruzaban por su camino: “Tienes que ir a Goiás y probar el empadão de allí. Es una delicia.”

João Unes, editor jefe del periódico O Popular, ha trabajado con Hélio Nunes durante 14 años.

Page 58: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 58

Mosaico Mosaico MosaicoFabrícia Hamu

Oito razões a favor dos orgânicos

Eight reasons for using organic Ocho razones a favor de los orgánicos

Se você já pensava em aderir aos alimentos orgânicos, confi ra abaixo oito razões que podem reforçar sua decisão:

If you have already thought of moving over to organic foodstuff s, here are eight reasons to reinforce your decision:

Si ya pensabas en apuntarte a los alimentos orgánicos, comprueba abajo las ocho razones que pueden reforzar tu decisión:

5. A maioria das comidas orgânicas são

mais saborosas do que as produzidas com

uso de pesticidas;

6. Fazendas orgânicas são mais seguras

para os fazendeiros. Uma pesquisa da

Harvard sobre saúde pública encontrou um

aumento de 70% nos casos de Parkinson

entre indivíduos expostos a pesticidas;

7. O consumo de orgânicos pode reduzir

o risco de câncer. A Agência de Proteção

do Meio Ambiente dos EUA considera 60%

dos herbicidas, 90% dos fungicidas e 30%

dos inseticidas potenciais causadores de

câncer;

8. Optar por carnes orgânicas diminui a

sua exposição a antibióticos, hormônios

sintéticos e medicamentos utilizados nos

animais e que consequentemente podem

chegar até você.

1. Diversos estudos e pesquisas de

organizações independentes mostraram

em resultados consistentes que as comidas

orgânicas são mais ricas em nutrientes

do que as suas versões não orgânicas.

Elas produzem em maior quantidade

principalmente componentes como a

vitamina C, antioxidantes, cálcio, ferro,

cromo e magnésio;

2. Os orgânicos são livres de neurotoxinas,

toxinas capazes de danifi car células

e nervos do cérebro, que podem ser

encontradas em muitos pesticidas,

especialmente nos organofosforados;

3. A comida orgânica é uma escolha

mais sustentável comparada com as

práticas modernas de agricultura que

utilizam herbicidas, pesticidas, fungicidas

e fertilizantes em massa e que já causaram

danos ambientais em muitas partes do

mundo;

4. Os alimentos orgânicos produzidos em

pequena escala ajudam na subsistência de

pequenos fazendeiros independentes e

suas famílias;

Page 59: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 59

1. Various studies and research by independent organizations have shown in their consistent fi ndings that organic foodstuff s are more nutritious than their non-organic counterparts. They produce greater quantities of such components as Vitamin C, antioxidants, calcium, iron, chromium and magnesium; 2. Organic foodstuff s do not contain neurotoxins, a type of toxin which can damage brain cells and nerves. These toxins can be found in many pesticides, especially in organophosphates;3. Organic food is a sustainable choice when compared with modern agricultural practices which use herbicides, pesticides, fungicides and fertilizers in mass which have already causes widespread environmental damage in many parts of the world;4. Organic foodstuff s produced on a small scale help independent subsistence farmers and their families;5. The majority of organic foodstuff s are tastier than those produced using pesticides;6. Organic farms are safer for farmers. A Harvard research on public health found a 70% increase in cases of Parkinson’s disease among people exposed to pesticides;7. The consumption of organic foodstuff s could reduce the risk of cancer. The US Environmental Protection Agency considers that 60% of herbicides and 30% of insecticides have the potential to cause cancer; 8. The option for organic meat reduces your exposure to antibiotics, synthetic hormones and medication given to animals which can consequently aff ect you.

1. Diversos estudios e investigaciones de organizaciones independientes mostraron con resultados consistentes que las comidas orgánicas son mucho más ricas en nutrientes que sus versiones no orgánicas. Producen en mayor cantidad principalmente componentes como la vitamina C, antioxidantes, calcio, hierro, cromo y magnesio;2. Los orgánicos están libres de neurotoxinas, toxinas capaces de dañar células del cerebro, que pueden encontrarse en muchos pesticidas, especialmente en los organofosforados;3. La comida orgánica es una elección más sostenible comparada con las prácticas modernas de agricultura que utilizan herbicidas, pesticidas, fungicidas y fertilizantes en masa y que ya han causado daños al medio ambiente en muchas partes del mundo;4. Los alimentos orgánicos producidos en pequeña escala ayudan a la subsistencia de pequeños agricultores independientes y a sus familias;5. La mayoría de las comidas orgánicas son mucho más sabrosas que las producidas con el uso de pesticidas;6. Haciendas orgánicas son mucho más seguras para los agricultores. Una investigación de la Universidad de Harvard sobre salud pública detectó un aumento del 70 % en los casos de Parkinson entre individuos expuestos a pesticidas.7. El consumo de orgánicos puede reducir el riesgo de cáncer. La Agencia de Protección del Medio Ambiente de los EE.UU. considera que el 60 % de los herbicidas, el 90 % de los fungicidas y el 30 % de los insecticidas son potenciales causantes de cáncer;8. Optar por carnes orgánicas disminuye tu exposición a antibióticos, hormonas sintéticas y medicamentos utilizados en los animales y que consecuentemente pueden llegar hasta ti.

Page 60: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 60

A era da estupidez

The age of stupidity La era de la estupidez

Misturando realidade e fi cção, fi lme alerta para a

responsabilidade de cada indivíduo em impedir a

anunciada catástrofe global

Meshing reality and fi ction, the fi lm alerts us to the responsibility of each individual in preventing this announced global catastrophe

Mezclando realidad y fi cción, fi lm alerta sobre la responsabilidad de cada individuo para impedir la anunciada catástrofe global

Así como el libro La era de los extremos del historiador inglés Eric Hobsbawm nos ha ayudado a comprender el siglo XX y sus problemáticas, la película La era de la estupidez puede ser un buen aliado para quien quiera saber las sorpresas que el siglo XXI le reserva. Si no has conseguido ver la obra de Franny Armstrong en la gran pantalla, no dejes de hacerlo en DVD (www.ageofstupid.net). La era de la estupidez muestra a que punto ha llegado la destrucción ambiental en el mundo y alerta para la responsabilidad de cada individuo de impedir la anunciada catástrofe global. Mezclando el documental y la fi cción, la película está protagonizada por Pete Postlethwaite, quien interpreta a un viejo sobreviviente en el devastado mundo de 2055. Al analizar las escenas de las muchas tragedias ambientales que ocurren a principios del siglo XXI, se pregunta porque los seres humanos no se salvaron cuando aún tenían la oportunidad.

Assim como o livro A era dos extremos,

do historiador inglês Eric Hobsbawm, nos

ajudou a compreender o século XX e suas

problemáticas, o fi lme A era da estupidez

pode ser um bom aliado para quem

quiser saber as surpresas que o século XXI

reserva. Se você não conseguiu assistir a

obra de Franny Armstrong na telona, não

deixe de conferir o DVD

(www.ageofstupid.net).

A era da estupidez mostra a que ponto

chegou a destruição ambiental no

mundo e alerta para a responsabilidade

de cada indivíduo em impedir a

anunciada catástrofe global. Mesclando

documentário e fi cção, o fi lme é

estrelado pelo ator indicado ao Oscar,

Pete Postlethwaite, que interpreta um

velho sobrevivente no devastado mundo

de 2055. Ao analisar cenas das muitas

tragédias ambientais ocorridas no início

do século XXI, ele se pergunta por que os

seres humanos não se salvaram quando

ainda tinham a chance.

Just as the novel Age of Extremes, by the British historian Eric Hobsbawm, helped us understand the 20th century and its problems, so too the fi lm The Age of Stupid could be an ally for anybody wishing to know what surprises the 21st century holds in store. If you didn’t manage to see this fi lm by Franny Armstrong on the large screen, you must see it in DVD (www.ageofstupid.net). The Age of Stupid shows how far the world’s environmental destruction has gone and reminds us of the responsibility of each of us in preventing this announced global catastrophe. A mixture of both documentary and fi ction, the fi lm starsPete Postlethwaite, who plays the role of an elderly survivor in the devastated world of 2055. On analyzing scenes from the many environmental disasters which occurred at the beginning of the 21st century, he asks himself why human beings did not save themselves while they still had the chance.

Mosaico Mosaico MosaicoFabrícia Hamu

Page 61: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 61

Raridadena web A rarity on the web Rareza en la web

Biblioteca Virtual em Biodiversidade e Meio Ambiente

vai disponibilizar para internautas cerca de 2 mil obras

raras sobre o tema digitalizadas

Virtual Library on Biodiversity and Environment will make about two thousand rare works on the theme available on the Net

Biblioteca Virtual de Biodiversidad y Medio Ambiente va a ofrecer a los internautas cerca de 2 mil obras raras digitalizadas sobre el tema.

Cerca de 2 mil obras obras raras sobre la biodiversidad serán digitalizadas y disponibilizadas en internet dentro de los próximos cuatro años. El proyecto Digitalización y publicación online de colección de obras raras esenciales en biodiversidad de las bibliotecas brasileñas va a volver accesibles al público varios títulos – principalmente de los siglos XVIII y XIX – que constan de los principales acervos de Brasil. Las primeras 200 obras deberán ser digitalizadas en 2010. El proyecto forma parte de una iniciativa nacional de mayor alcance, llamada Biblioteca Virtual en Biodiversidad y Medio Ambiente que cuenta con la participación del Ministério do Meio Ambiente, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Associação Memória Naturalis, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) y el Centro Latino-Americano y del Caribe de Información en Ciencias de la Salud (BIREME/OMS).

Cerca de 2 mil obras raras sobre a

biodiversidade serão digitalizadas e

disponibilizadas na internet dentro

dos próximos quatro anos. O projeto

Digitalização e publicação online de

coleção de obras raras essenciais em

biodiversidade das bibliotecas brasileiras

vai tornar acessíveis ao público vários

títulos - principalmente dos séculos XVIII e

XIX - que constam dos principais acervos

do Brasil. As primeiras 200 obras devem

ser digitalizadas já em 2010.O projeto

faz parte de uma iniciativa nacional mais

abrangente, chamada Biblioteca Virtual

em Biodiversidade e Meio Ambiente, que

conta com a participação do Ministério do

Meio Ambiente, Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),

Associação Memória Naturalis, Museu de

Zoologia da Universidade de São Paulo

(USP) e Centro Latino-Americano e do

Caribe de Informação em Ciências da

Saúde (Bireme/OMS).

About two thousand works on biodiversity will be digitalized and made available on the Internet within the next four years. The Project, ‘The Digitalization and online publication of a collection of rare works essential for biodiversity of Brazilian libraries’, will provide the public with a variety of titles – mainly from the 18th and 19th centuries – which make up Brazil’s principal collections. The fi rst 200 should be digitalized already in 2010. The project is part of a broader national initiative called the Virtual Library of Biodiversity and the Environment, in which the Ministry for the Environment, São Paulo Research Support Foundation (Fapesp), Memory Naturalis Association, São Paulo University Zoology Museum (USP) and the Central Latin-American and Caribbean Center for Information on the Health Sciences (Bireme/WHO) participate.

Page 62: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 62

The cove e a polêmica

The cove and the controversy The cove y la polémica

La polémica The cove, película que ha ganado el Oscar de este año en la categoría de mejor documental en largometraje, es uno de los que concurren en el FICA XII. Dirigida por Louis Psihoyos, exfotógrafo de la revista National Geographic, la obra enuncia el exterminio de delfi nes Taiji (Japón) y acumula diversos premios en festivales. Durante la ceremonia de entrega de los Oscar, The cove dio de que hablar en su país de origen. En cierta ocasión, el alcalde de una ciudad japonesa que realiza la caza anual de delfi nes criticó la película alegando que ésta no “se apoyaba en pruebas científi cas”.

Obra que ganhou Oscar de melhor documentário

este ano e foi contestada por autoridades do Japão é

uma dos concorrentes do FICA

The Best Documentary Film at this year’s Oscar Awards ceremony, challenged by authorities in Japan, is a contestant at the XII FICA

Obra que ganó Oscar al mejor documental este año y fue cuestionada por autoridades de Japón es una de las participantes del FICA

O polêmico The cove, fi lme que ganhou o

Oscar desse ano na categoria de melhor

documentário em longa-metragem, é um

dos concorrentes do XII FICA. Dirigida por

Louie Psihoyos, ex-fotógrafo da revista

National Geographic, a obra denuncia o

extermínio de golfi nhos em Taiji (Japão)

e acumula diversos prêmios em festivais.

Durante a cerimômia de entrega do Oscar,

The cove deu o que falar em seu país de

origem.

Na ocasião, o prefeito de uma cidade

japonesa que realiza caça anual de

golfi nhos criticou o fi lme, alegando que ele

não “se apoiava em provas científi cas”.

Mosaico Mosaico MosaicoFabrícia Hamu

The cove, the controversial fi lm, which won the Oscar Award in the Best Documentary Film category, is one of the contestants for the XII FICA. Directed by Louie Psihoyos, former National Geographic photographer, the fi lm denounces the extermination of dolphins in Taiji (Japan) and has already won various festival awards. During the Oscar Awards Ceremony, The cove was a hot topic of conversation in its country of origin. On the occasion the Lord Mayor of a Japanese town which holds an annual dolphin hunt criticized the fi lm alleging that it is not “based on scientifi c proof”.

Page 63: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 63

Made in Brazil Made in Brazil Made in Brazil

Cada vez mais reconhecida no mercado

mundial de produções audiovisuais, a

indústria do cinema brasileiro já tem metas

para aumentar sua presença no mundo.

A Agência Brasileira de Promoção de

Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)

e o Sindicato da Indústria Audiovisual do

Estado de São Paulo (Siaesp) anunciaram a

renovação do programa Cinema do Brasil,

com investimentos de R$ 8,45 milhões,

até 2011, para ampliar e consolidar o

processo de internacionalização da

indústria audiovisual brasileira e sua

inserção em mercados internacionais.

A equipe de inteligência comercial da

Apex-Brasil, em parceria com o Siaesp

e alguns empresários do setor, defi niu

sete mercados internacionais para atuar

na promoção comercial da produção

cinematográfi ca brasileira: França,

Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados

Unidos, Canadá e Argentina. Nos últimos

anos, algumas produções que tiveram o

suporte do programa foram premiadas,

como O ano em que meus pais saíram de

férias, Cinema, aspirinas e urubus e Lixo

extraordinário (foto).

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos defi ne sete mercados internacionais para a exportação de produções nacionais

The Brazilian Agency for the Promotion of Exports and Investments has defi ned seven international markets for the export of national products

Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones defi ne siete mercados internacionales para la exportación de producciones nacionales.

Due to its ever greater recognition for audiovisual production on the world market, the Brazilian Film Industry has already set its target to increase its global presence. The Brazilian Agency for the Promotion of Exports and Investments (Apex-Brazil) and the São Paulo Export Promotion Syndicate (Siaesp) have announced the renewal of the Brazilian Cinema Program, with R$ 8.45 million in investment, up to 2011, in order to broaden and consolidate the internationalization process of the Brazilian audiovisual industry and place it on international markets. The Apex-Brazil business intelligence team, in partnership with Siaesp and other entrepreneurs of the sector, has defi ned seven international markets where the commercial promotion of Brazilian fi lm production will be concentrated: France, Germany, Spain, United Kingdom, USA, Canada and Argentina. In recent years, certain productions, such as The year my parents went on holidays, Cinema, Aspirin and Vultures and Extraordinary Garbage. (photo).

Cada vez más reconocida en el mercado mundial de producciones audiovisuales, la industria del cine brasileño ya tiene metas para aumentar su presencia en el mundo. La Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones (Apex-Brasil) y el Sindicato de la Industria Audiovisual del Estado de São Paulo (Siaesp) anunciaron la renovación del programa Cinema do Brasil, con inversiones de R$ 8,45 millones, hasta 2011, para ampliar y consolidar el proceso de internacionalización de la industria audiovisual brasileña y su inserción en mercados internacionales. El equipo de inteligencia comercial de la Apex-Brasil, en asociación con el Siaesp y algunos empresarios del sector, defi nió siete mercados internacionales para actuar en la promoción comercial de la producción cinematográfi ca brasileña: Francia, Alemania, España, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá y Argentina. En los últimos años, algunas producciones que tuvieron el apoyo del programa fueron premiadas, como O ano em que meus pais saíram de férias, Cinema, aspirinas e urubus y Lixo extraordinário (foto).

Page 64: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 64

Agenda | Agenda || Orden del día

Festivais de cinema ambiental

em maioReel Earth Environmental Film Festival

De 22 de maio a 5 de junho

Terrace End, Nova Zelândia

6ª Edição

www.reelearth.org.nz

Considerado pelos seus organizadores o principal festival

de cinema do hemisfério sul, o evento neozelandês é

aberto à participação de fi lmes produzidos em todo o

mundo cuja temática seja o meio ambiente e os desafi os

da sua preservação.

EnviroFilm

De 10 a 15 de maio

Eslováquia

16ª Edição

www.sazp.sk/slovak/struktura/ustredie/envirofi lm/

index-en.html

O Festival Internacional de Cinema Envirofi lm foi criado em 1995 e

tem como tema o meio ambiente a proteção ambiental. O festival é

realizado nas cidades de Banská Bystrica, Banská Stiavnica, Kremnica,

Krupina e Zvolen. Reúne cineastas e ambientalistas membros da

associação internacional de festivais ambientais ECOmove.

O logotipo é um trevo de quatro folhas criado pelo escultor

eslovaco Mikulás Palko.

| Considered by its organizers, the main fi lm festival in the southern hemisphere, the New Zealand event is open to fi lms from around the world

whose theme is the environment and the challenges of preservation.

|| Considerado por sus organizadores, el principal festival de cine en el hemisferio sur, el evento de Nueva Zelanda está abierta a películas de todo

el mundo que tiene como tema el medio ambiente y los retos de la preservación.

| The Envirofi lm International Film Festival was created in 1995 and is about the environment and environmental protection. The festival takes place in

cities Banská Bystrica Banská Štiavnica, Kremnica, Krupina and Zvolen. It brings together fi lmmakers and environmentalists members of the association of

international festivals environmental ECOmove. The logo is a four-leaf clover created by sculptor Slovak Mikuláš Palko.

|| El EnviroFilm Festival Internacional de Cine fue creada en 1995 y es sobre el medio ambiente y la protección del medio ambiente. El festival se lleva

a cabo en las ciudades de Banská Bystrica Banská Štiavnica, Kremnica, Krupina y Zvolen. Reúne a los cineastas y miembros de los ambientalistas de la

asociación de festivales internacionales del medio ambiente ECOmove. El logotipo es un trébol de cuatro hojas creadas por el escultor Eslovaca Palko

Mikuláš.

| Environmental fi lm festival in May|| Festival de Cine Ambiental mayo

Page 65: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 65

Santa Cruz Film Festival

De 6 a 15 de maio

Califórnia, Estados Unidos

9ª Edição

www.santacruzfi lmfestival.org

Desde 2008 o Santa Cruz Film Festival (SCFF) de-

senvolve uma parceria com a International Earth-

Vision Environmental Film Festival (EarthVision),

pela qual oferece agora uma seção específi ca de

cinema ambiental em sua programação geral. O

festival é aberto, mas prioriza as produções de

cineastas independentes que vivem na Baía de

Monterey.

| Since 2008 the Santa Cruz Film Festival (SCFF) has partnered

with the International Environmental Film Festival EarthVision

(EarthVision), in which now off ers a specifi c section on environmental

fi lm its general programming. The festival is open, but prioritizes the

production of independent fi lmmakers who live in Monterey Bay.

|| Desde 2008 el Festival de Cine de Santa Cruz (SCFF) se ha

asociado con el Organismo Internacional de Cine Ambiental Festival

EarthVision (EarthVision), en el que ahora ofrece una sección

específi ca en la película de su programación general del medio

ambiente. El festival está abierto, pero da prioridad a la producción

de cineastas independientes que viven en la Bahía de Monterey.

Montain Film in Telluride

28 a 31 de maio

Telluride, Colorado, Estados Unidos

32ª Edição

www.mountainfi lm.org Os fi lmes têm como principal temática as

montanhas e a cultura sobre montanhas.

Participam fi lmes e vídeos sobre esportes

praticados em montanhas, sobre a cultura

e o meio ambiente. Começou em 1979 como

oportunidade para que montanhistas e

escaladores desfrutassem da natureza local

durante o dia e assistissem fi lmes à noite.

É sempre precedido por um simpósio, que, neste

ano será no dia 28 de maio e terá como tema a

crise da extinção das espécies.| The fi lms have the main theme of the mountains and culture over the mountains. Participating movies and videos about sports played in

the mountains, about the culture and environment. Began in 1979 as an opportunity for climbers and hikers enjoy nature site during the day and

watched movies at night. It is always preceded by a symposium, which this year will be on May 28 and will focus on species extinction crisis.|| Las películas tienen el tema principal de las montañas y la cultura de las montañas. Participar películas y videos de deportes que se practican

en la montaña, sobre la cultura y el medio ambiente. Comenzó en 1979 como una oportunidad para los escaladores y excursionistas disfrutar de

la naturaleza del sitio durante el día y películas miradas en la noche. Siempre es precedida por un simposio, que este año será el 28 de mayo y se

centrará en crisis de la extinción de especies.

Internacional Wildlife Film Festival

De 8 a 15 de maio

Montana, Estados Unidos

33ª Edição

www.wildlifefi lms.org/festivals/index.html

O Wildlife Film Festival é considerado nos Estados

Unidos como o Sundance do gênero de fi lmes de

animais selvagens. Este foi o primeiro festival de

cinema sobre a vida selvagem no mundo, com foco

na preservação ambiental. O evento atrai cerca de 10

mil pessoas em cada edição. O Estado de Montana,

especialmente a região de Missoula, conta com uma

variedade de parques ambientais que

podem ser visitados durante o festival.

| The Wildlife Film Festival is considered the U.S. as the Sundance

fi lm genre of wildlife. This was the fi rst fi lm festival on wildlife in the

world, with a focus on environmental preservation. The event attracts

about 10 thousand people in each edition. The state of Montana and

especially the region of Missoula has a variety of environmental parks that

can be visited during the festival.

|| La Wildlife Film Festival se considera los EE.UU. como el género

de la película de Sundance de la vida silvestre. Este fue el primer festival

de cine sobre la vida silvestre en el mundo, con especial atención a la

preservación del medio ambiente. El evento atrae a cerca de 10 mil

personas en cada edición. El estado de Montana, especialmente la región

de Missoula, tiene una variedad de parques ambientales que se pueden

visitar durante el festival.

Page 66: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 66

Inscreva-se

Agenda | Agenda || Orden del día

Festival de Cinema Ambiental de Acra

Prazo para inscrição de fi lmes até 1º de maio

Acra, Gana

Realização: 3 a 11 de junho

www.eff accra.org

São aceitos fi lmes e vídeos sobre o meio ambiente de qualquer

nacionalidade. O festival dá preferência a fi lmes sobre Gana e África.

Trata-se do primeiro do gênero a ser realizado na África. O evento é

realizado ao ar livre em Santo Gardens, um local próximo ao mercado

Nkrumah Circle, que é um movimentado terminal de transporte para

milhares de viajantes de toda a África Ocidental. Nesta área residem

algumas das mais pobres comunidades de Acra.

American Conservation Film Festival

Inscrições até o dia 15 de maio

Shepherdstown, West Virginia, Estados Unidos

Realização: 4 a 7 de novembro

www.conservationfi lm.org

O festival foi fundado em 2003 e tem como missão promover fi lmes

educativos que inspiram o engajamento na preservação ambiental.

Inicialmente era um pequeno festival regional, mas hoje está aberto

a fi lmes de todo o mundo, contando com um concurso de cinema

estudantil que atrai inscrições de jovens cineastas.

| Are accepted fi lms and videos about the environment of any nationality. The festival gives preference to fi lms about Africa and Ghana. This is the

fi rst of its kind to be held in Africa. The festival is held outdoors at Holy Gardens, a local market near Nkrumah Circle, which is a busy transport terminal

for thousands of travelers across West Africa. In this area lie some of the poorest communities in Accra.

|| Se aceptan películas y videos sobre el medio ambiente de cualquier nacionalidad. El festival da preferencia a las películas sobre África y Ghana.

Esta es la primera de su tipo que se celebrará en África. El festival se celebra al aire libre en los Jardines de Santa, un mercado local cerca de Nkrumah

Circle, que es un terminal de transporte ocupados por miles de viajeros de todo el África occidental. En este sector se encuentran algunas de las

comunidades más pobres de Accra.

| The festival was founded in 2003 and aims to promote educational fi lms that inspire engagement in environmental preservation. Initially it was a

small regional festival, but today is open to fi lms from around the world, with a student fi lm competition which attracts entries from young fi lmmakers.

|| El festival fue fundado en 2003 y tiene como objetivo promover las películas educativas que inspiran el compromiso en la preservación del

medio ambiente. Inicialmente era un festival regional pequeños, pero hoy está abierta a películas de todo el mundo, con una competición de películas

de estudiantes que atrae a las entradas de los jóvenes cineastas.

Page 67: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 67

Interatividade24 horas

Fica na rede | Fica on the net || Fica en la red

Acompanhar as novidades do FICA agora

está muito mais fácil. Com o objetivo

de levar cada vez mais informações ao

público que participa do evento, a equipe

organizadora do festival promoveu uma

completa reformulação no site ofi cial

(www.fi ca.art.br). Além de disponibilizar ao

internauta dados gerais sobre o FICA, a nova

página também conta com um rico arquivo

de dados e imagens das edições anteriores

do festival, além de links de áudio e vídeo

e informações sobre a Cidade de Goiás.

O site traz, ainda, uma relação de blogs

de cinema, meio ambiente e cultura, e

permite ao usuário acessar a revista do FICA.

Outra novidade é a página do FICA no

Twitter (twitter.com/XII_FICA), cujas

postagens periódicas possibilitam aos

integrantes da rede social acompanhar

em tempo real as principais notícias sobre

a 12ª edição do evento. Compartilhe

suas dúvidas e opiniões. A partir da

próxima edição, o FICA na Rede trará

alguns dos comentários e postagens mais

interessantes deixados pelos internautas na

home page e no Twitter. Participe!

| Round-the-clock interactivity|| Interactividad 24 horas

Reformulação do site e perfi l do Twitter permitem aos

usuários ter acesso a informações sobre o festival em

tempo real e compartilharem suas opiniões| A reformulation of the Twitter site and profi le has made it possible

for surfers to access information about the Festival and share their

opinions in real time

|| Reformulación del site y perfi l de Twitter permiten a los usuarios

tener acceso a informaciones sobre el festival en tempo real y compartir

sus opiniones

| It is now much easier to accompany what’s new in FICA. The Festival’s organizing team has undertaken a complete reformulation of the offi cial site (www.fi ca.art.br) in order to provide more and more information to those participating in the event. As well as providing the surfer with general data on FICA, the new page also contains a wealth of data and images from previous festival editions, in addition to audio and video links, and information about the town of Goiás. The site also carries a list of fi lm, environmental and cultural blogs and allows the access to the FICA periodical. Another novelty is the FICA page on Twitter (twitter.com/XII_FICA), whose periodic postings allow social networkers to accompany the main news about the 12th edition of the Festival in real time. Share your opinions and questions. From the next edition onwards, FICA on the Net will carry some of the most interesting comments and postings left by surfers on the home page and on Twitter.

|| Acompañar las novedades del FICA ahora es mucho más fácil. Con el objetivo de llevar cada vez más informaciones al público que participa del evento, el equipo organizador del festival promovió una completa reformulación en el site ofi cial (www.fi ca.art.br). Además de ofrecer al internauta datos generales sobre el FICA, la nueva página también cuenta con un rico archivo de datos e imágenes de las ediciones anteriores del festival, además de links de audio y video e informaciones sobre la Ciudad de Goiás. El site trae, además, blogs de cine, medio ambiente y cultura, y permite al usuario acceder a la revista del FICA. Otra novedad es la página del FICA en Twitter (twitter.com/XII_FICA), cuyas actualizaciones periódicas permiten a los integrantes de la rede social acompañar en tiempo real las principales noticias sobre la 12ª edición del evento. Comparta sus dudas y opiniones. A partir de la próxima edición, el FICA en la Red traerá algunos de los comentarios y posts más interesantes dejados por los internautas en la home page y en el Twitter. Participe!

Page 68: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 68

Script | Script || Script

História desucesso

| A story of success || Historia de un éxito

O festival contribui para o fomento da

produção de cinema ambiental,

movimenta o meio cultural, estimula o

turismo e gera emprego e renda na

Cidade de Goiás

O Festival Internacional de Cinema e

Vídeo Ambiental (FICA) é um dos mais

importantes festivais cinematográfi cos

de temática ambiental do mundo. Ele

é realizado desde 1999, na Cidade

de Goiás, antiga capital do Estado de

Goiás (localizado no centro do Brasil),

considerada Patrimônio Histórico da

Humanidade pela Unesco. Trata-se de

um evento cultural amplo, aberto não só

ao cinema, mas a diversas apresentações

artísticas e que cumpre o relevante papel

de discutir a relação do homem com o

meio ambiente. Além disso, contribui

para o fomento da produção de cinema

ambiental, movimenta o meio cultural,

estimula o turismo e gera emprego e renda

na Cidade de Goiás.

Desenvolvido pela Agência Goiana de

Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel),

órgão do Governo do Estado de Goiás,

o FICA cresce e se consolida a cada

edição. Em 2009, foi o festival de cinema

| The festival contributes towards promoting environmental fi lm-making, enlivens the cultural milieu, stimulates tourism and generates employment and income in the town of Goiás.

|| El Festival contribuye a fomentar la producción de cine ambiental, moviliza el medio cultural, estimula el turismo y genera empleo e ingresos en la Ciudade de Goiás

ambiental com a maior premiação da

América Latina, distribuindo R$ 240 mil em

prêmios. O FICA promove a discussão do

desenvolvimento sustentável pelas telas e

também por meio de seminários, ofi cinas,

mesas redondas e palestras que acontecem

paralelamente à exibição dos fi lmes.

Além da exibição da mostra competitiva,

que apresenta o que de melhor se

produz em cinema e vídeo sobre meio

ambiente, o público e os participantes que

comparecem à Cidade de Goiás durante

o festival ainda são contemplados com

uma ampla programação multicultural

(shows musicais, espetáculos de dança,

teatro, exposição de obras artísticas e

lançamentos literários). Além disso, a

própria Cidade de Goiás, encravada na

Serra Dourada, com seu casario antigo

e ruas de paralelepípedo é uma atração

cultural incontestável. A mostra e todos os

eventos paralelos são gratuitos

Page 69: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 69

| The International Environmental Film and Video Festival (FICA) is one of the world’s most signifi cant thematic fi lm-making festivals. It has been held since 1999 in the town of Goiás, former capital of the State of Goiás (in Brazil’s Midwest), listed by UNESCO as a World Heritage Site. It is a broad cultural event, open not just to fi lms, but also to various artistic presentations. In addition, it fulfi ls the very relevant role of discussing the relationship between people and the environment. As well as that, it promotes the production of environmental fi lm-making, enlivens the cultural milieu, stimulates tourism and generates employment and income for the town of Goiás. Set up by the State body called the Pedro Ludovico Teixeira Goiás Agency for Culture (Agepel), FICA has grown and become established with each passing edition. In 2009 it was the biggest environmental fi lm festival in Latin America in terms of awards, distributing R$240 thousand reals in prizes. It stimulates discussion on sustainable development through the use of the screen, seminars, round tables and lectures which run parallel to the fi lm screenings.

The public and participants who go to the town of Goiás during the festival to attend the screening of the competing fi lms, the very best of what is produced on the environment, can also avail of a broad multicultural program (concerts, dance presentations, theatre, art exhibitions and launching of books). Furthermore, the town of Goiás itself, hidden away at the foot of the Serra Dourada, with its ancient housing and paved stone streets is an undisputed cultural attraction. Entrance to the exhibition and parallel events is free.

| El Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) es uno de los más importantes festivales cinematográfi cos de temática ambiental del mundo. Éste se realiza desde 1999, en la Ciudade de Goiás, antigua capital del estado de Goiás (ubicado en el centro de Brasil), considerada Patrimonio Histórico de la Humanidad por la UNESCO. Se trata de un evento cultural amplio, abierto no sólo al cine, sino a diversas presentaciones artísticas y cumple el relevante papel de discutir la relación del hombre con el medio ambiente, moviliza el medio cultural, estimula el turismo y genera empleo ingresos en la Ciudade de Goiás. Desarrollado por la Agencia Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (AGEPEL), órgano de gobierno del Estado, el FICA crece y se consolida con cada nueva edición. En 2009 fue el festival de cine ambiental con mayor premiación de América Latina, distribuyendo 240 mil reales en premios. El FICA promueve la discusión del desarrollo sostenible por las pantallas y también mediante seminarios, talleres, mesas redondas y conferencias que tienen lugar paralelamente a la exhibición de los fi lmes.Además de la muestra competitiva que presenta lo mejor de lo que se produce en cine y vídeo sobre medio ambiente, el público y los participantes que están presentes en la Cidade de Goiás durante el festival incluso son contemplados con una amplia programación multicultural (conciertos, espectáculos de danza, teatro, exposiciones de obras artísticas y lanzamientos literarios). Además de eso, la propia Cidade de Goiás, enclavada en la Serra Dourada, con su casco histórico y sus calles de adoquines, es una atracción cultural incontestable. La muestra y todos los eventos paralelos son gratuitos.

Page 70: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 70

Participação

A última edição do FICA contou com a inscrição de 556 obras produzidas por

realizadores de 47 países – 100 a mais do que na edição anterior. Podem

participar do concurso documentários, obras de fi cção, séries de televisão

e animações com temática ambiental produzidos desde janeiro de 2008, de

qualquer nacionalidade. O festival recebe produções em fi lme e vídeo, de

cineastas profi ssionais e amadores. O regulamento, a fi cha de inscrição e mais

detalhes sobre a programação estão disponíveis no site www.fi ca.art.br.

| Participation For the last edition of FICA, a total of 556 works were registered, produced by fi lm-makers in 47 countries, 100 more than in the previous year. Documentaries, fi ction, television series and animation fi lms of any nationality on an environmental theme produced since January 2008, can participate. The festival welcomes productions, in both fi lm and video, from professional and amateur fi lmmakers. The regulations, entry form and program details are available at www.fi ca.art.br.

|| ParticipaciónLa última edición del FICA contó con la inscripción de 556 obras producidas por realizadores de 47 países, 100 más que en la edición anterior. Pueden participar en el concurso documentales, obras de fi cción, series de televisión y animaciones con temática ambiental producidos desde enero de 2008, de cualquier nacionalidad. El festival recibe producciones en película y vídeo, de cineastas profesionales y afi cionados. El reglamento, la fi cha de inscripción y demás detalles sobre la programación están disponibles en el sitio www.fi ca.art.br.

FICA Itinerante

A Agepel disponibiliza uma exposição itinerante dos fi lmes do FICA. O objetivo

é divulgar e exibir os trabalhos com temática ambiental premiados no festival.

Podem solicitar os fi lmes instituições culturais, ambientais e de ensino, tanto

públicas como privadas. Os interessados devem entrar em contato com a Agepel.

| FICA on the moveAgepel provides a traveling exhibition of FICA fi lms. Its aim is to disseminate and exhibit the festival’s award-winning environmental fi lms. Cultural, environmental and teaching institutes, both public and private can request these fi lms. Anybody interested should contact Agepel.

|| FICA itineranteLa AGEPEL disponibiliza una exposición itinerante de los fi lmes del FICA. El objetivo es divulgar y exhibir los trabajos con temática ambiental premiados en el festival. Pueden solicitar los fi lmes instituciones culturales, ambientales y de enseñanza, tanto públicas como privadas. Los interesados deben entrar en contacto con la Agepel.

Script | Script || Script

Page 71: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 71

Ficha técnica:

O I FICA foi realizado em 1999.

Foram inscritas 154 obras de 17 países.

37 produções de 12 países foram selecionadas: sendo 4 longas, 12 médias e 21 curtas.

Participaram 17 obras brasileiras, de 8 Estados.

5 produções goianas foram selecionadas

No IV FICA o número de obras inscritas cresceu para 429, sendo estas de 63 países.

100 produções brasileiras, das quais 9 goianas.

| Festival technical data:

The I FICA was held in 1999.

A total of 154 works from 17 countries was submitted.

37 productions from 12 countries were selected: 4 feature-length, 12 medium and 21 short fi lms.

17 Brazilian fi lms, from 8 States participated.

5 Goiás productions were selected.

For the IV FICA, the number of submissions had risen to 429, from 63 countries.

There were 100 Brazilian productions, among which 9 from Goiás.

|| Ficha técnica del festival:

El I FICA fue realizado en 1999.

Se inscribieron 154 obras de 17 países.

37 producciones de 12 países fueron seleccionadas: 4 largos, 12 medios y 21 cortos.

Participan 17 obras brasileñas de 8 estados.

5 producciones goianas fueron seleccionadas.

-En el IV FICA el número de obras aumentó a 429 que procedían de 63 países.

Hubo 100 producciones brasileñas de las que 9 eran goianas.

Internacional

Para o XII FICA, cujas inscrições se encerraram no dia 26 de março, foram inscritos 546

fi lmes, sendo 201 nacionais e 345 estrangeiros de 69 países.

| International

For the XII FICA, when submissions closed on March 26, there had been an enrollment of 546 fi lms, 201 national and 345 foreign fi lms from 69

countries.

| Internacional

Para el XII FICA, cuyas inscripciones terminan el día 26 de marzo, han sido inscritos 546 fi lmes, de los que 201 son nacionales y 345 extranjeros de

69 países.

Brasileiros

São Paulo é o Estado com maior número de inscrições: 40 fi lmes. Também foram

inscritas 28 obras do Rio de Janeiro, 21 de Minas Gerais além de produções do Acre,

Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso,

Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

| From Brazil

São Paulo State presented the greatest number of submissions: 40 fi lms. From Rio de Janeiro, there were 28, from Minas Gerais 21 and there

were also others from Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba,

Pernambuco, Rio Grande do Sul and Santa Catarina.

|| Brasileños

São Paulo es el estado con mayor número de inscripciones: 40 fi lmes. También han sido inscritas 28 obras de Rio de Janeiro, 21 de Minas Gerais

además de producciones de Acre, Amazonas, Bahía, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba,

Pernambuco, Rio Grande do Sul y Santa Catarina.

Page 72: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 72

Script | Script || Script

Público

No I FICA o público estimado foi de 50 mil pessoas. Nas últimas edições, o público foi

superior a 200 mil pessoas.

| Public

While at the I FICA, the estimated attendance was 50 thousand, there were more than 200 thousand present at the last editions.

|| Público

En el I FICA el público estimado fue de 50 mil personas. En las últimas ediciones el público ha sido superior a 200 mil personas.

Premiações

Na primeira edição do FICA defi niu-se que os troféus de premiação homenageariam

artistas e personalidades da cultura goiana.

O prêmio principal, de melhor produção, é o Troféu Cora Coralina.

Melhor longa – Carmo Bernardes

Melhor média – Jesco von Puttkamer

Melhor curta – Acary Passos

Melhor séries televisiva – José Petrillo

Melhores produções nacionais – João Bennio e Bernardo Élis

Júri Popular – Luiz Gonzaga Soares

| Awards

From the very fi rst FICA the trophies have honored artists and personalities representing the culture of Goiás. The main award for best production is

the Cora Coralina Trophy.

Best motion picture fi lm – Carmo Bernardes Trophy

Best medium length fi lm – Jesco von Puttkamer Trophy

Best short fi lm – Acary Passos Trophy

Best TV series – José Petrillo Trophy

Best national productions - João Bennio and Bernardo Élis Trophy

Popular Jury - Luiz Gonzaga Soares Trophy

|| Premiaciones

Desde la primera edición del FICA los trofeos de premiación homenajean artistas y personalidades de la cultura goiana.

El premio principal, a la mejor producción, es el Trofeo Cora Coralina.

Mejor largo- Trofeo Carmo Bernardes

Mejor medio- Trofeo Jesco von Puttkamer

Mejor corto- Trofeo Acary Passos

Mejor serie televisiva- Trofeo José Petrillo

Mejores producciones nacionales- Trofeos João Bennio e Bernardo Élis

Jurado popular- Trofeo Luiz Gonzaga Soares

Arte

A cada edição, o FICA homenageia um artista plástico goiano em seu material gráfi co.

Siron Franco, Antonio Poteiro, Ana Maria Pacheco, DJ Oliveira, Amaury Menezes e

Roos e Cleber Gouveia são alguns dos artistas já homenageados.

| Art

At each edition, FICA has honored an artist from Goiás with its printed materials. Siron Franco, Antonio Poteiro, Ana Maria Pacheco, DJ Oliveira,

Amaury Menezes and Roos and Cleber Gouveia are just some of the artists previously honored.

|| Arte

En cada edición, el FICA homenajea a un artista goiano en su material gráfi co. Siron Franco, Antonio Poteiro, Ana Maria Pacheco, DJ Oliveira,

Amaury Menezes y Roos y Cleber Gouveia son algunos de los artistas ya homenajeados.

Page 73: Revista FICA - 1ª Edição

FICA 73

Traço | Trace || Rastro

Page 74: Revista FICA - 1ª Edição
Page 75: Revista FICA - 1ª Edição

This magazine is printed on Votorantim couché mat-fi nished Image paper, certifi ed with the seal of the Forest Stewardship Council (FSC). This certifi cation guarantees that the wood used to make this paper is the product of an ecologically correct, socially just and economically viable process, and is in accordance with Brazilian and international laws.

Esta revista está impresa en papel ilustración mate Image de Votorantim, certifi cado con el sello del Consejo de Manejo Florestal (FSC). La certifi cación garantiza que la madera utilizada para la fabricación del papel es oriunda de un proceso productivo ecológicamente adecuado, socialmente justo y económicamente viable, cumpliendo todas las leyes vigentes.

SCS

- C

OC

- 0

078

5 Esta revista é impressa no papel couché fosco Image da Votorantim, certifi cado com o selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC). A certifi cação garante que a madeira utilizada para fabricação do papel é oriunda de um processo produtivo ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável, cumprindo todas as leis vigentes.

Page 76: Revista FICA - 1ª Edição