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ENTREVISTA I Alair Martins, o atacadista que desbravou o País ENTREVISTA II Valdemar Amaral, uma aula de varejo mineiro CENTRAIS DE NEGóCIOS Conheça a Rede Uai, uma campeã de crescimento AGOSTO 2013 . ANO 18 . N O 211 . R$ 15,00 . 21.500 EXEMPLARES . DISTRIBUIçãO NACIONAL BISCOITO O feito de polvilho é um best seller em Minas SURPREENDA-SE COM A MELHOR IDADE Os maiores de 60 anos formam um dos segmentos que mais crescem no País e que vai continuar se expandindo. Sua loja está preparada? Flagrante de inauguração de loja na Região Metropolitana de BH: os maiores de 60 anos estão em grande número entre os primeiros visitantes

Revista Gôndola Edição 211

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Revista oficial da Associação Mineira de Supermercados (AMIS)

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Page 1: Revista Gôndola Edição 211

EntrEvista i

Alair Martins, o atacadista que desbravou o País

EntrEvista ii

Valdemar Amaral, uma aula de varejo mineiro

CEntrais dE nEgóCios

Conheça a Rede Uai, uma campeã de crescimento

Agosto 2013 . Ano 18 . no 211 . R$ 15,00 . 21.500 exeMPlARes . distRibUição nACionAl

BisCoito o feito de polvilho

é um best sellerem Minas

surprEEnda-sE Com a mElhor idadE

os maiores de 60 anos formam um dos segmentos que mais crescem no País e que vai continuar se expandindo. sua loja está preparada?

Flagrante de inauguração de loja na Região Metropolitana de bH: os maiores de 60 anos estão em grande número entre os primeiros visitantes

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4 5agosto de 2013

Vai se mudar? Gostaria de ser um leitor de Gôndola?

Envie a ficha via fax (31) 2122 0527, e-mail: [email protected] ou telefone (31) 2122 0500.Se preferir envie pelo correio para: AMIS, revista Gôndola. Rua Platina, 33, Prado, Belo Horizonte, MG, CEP 30411-131.

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Por cor reio: gÔn do lA, seção de Car tas, Rua Pla ti na, 33, Prado, cep 30410-430, belo Hori zon te, Mg.

ENTREVISTA I

Alair Martins,o atacadista que desbravou o País

ENTREVISTA II

Valdemar Amaral, uma aula de varejo mineiro

CENTRAIS DE NEGÓCIOS

Conheça aRede Uai, uma campeã de crescimento

AGOSTO 2013 . ANO 18 . NO 211 . R$ 15,00 . 21.500 EXEMPLARES . DISTRIBUIÇÃO NACIONAL 211 . R$ 15,00 . 21.500 EXEMPLARES . DISTRIBUIÇÃO NACIONAL

BISCOITO O feito de polvilho

é um best sellerem Minas

SURPREENDA-SE COM A MELHOR IDADE

Os maiores de 60 anos formam um dos segmentos que mais crescem no País e que vai continuar se expandindo.Sua loja está preparada?

Flagrante de inauguração de loja na Região Metropolitana de BH: os maiores de 60 anos estão em grande número entre os primeiros visitantes

administração de varejosou professor da disciplina de Administração de Varejo e assíduo usuário do conteúdo da revista, que even-tualmente consigo ter acesso. envio o meu endereço e o da Faculdade de Administração Milton Campos, para inclusão na lista de entrega da Revista gôndola. Aproveito a ocasião para parabenizar pelo excelente trabalho e pela qualidade das informações publicadas.matheus lemos de andradefaculdade de administração milton camposnova lima - mg

edição 210

escreva para a revista gÔndola

Padarias Premiumem nossa cidade as padarias que incluem co-mida a quilo, lanchonete, mercearia, açougue e área de frutas, verduras e legumes, já estão mais parecidas com um supermercado do que com uma padaria. A área destinada a pães e confeitaria já é menor que a destinada aos outros produtos. Mas este é o futuro, como mostrou a reportagem.cássia autenfelder rodriguescuritiba – pr

carrinhosMuito obrigado pela reportagem sobre a perda com os carrinhos. ela serviu muito para um alerta na empresa. não é só carrinho que se perde. nem sempre consegui-mos fugir da rotina e prestar a atenção em coisas que aconte-cem do nosso lado.fernando domingos righisalvador - ba

sumário

N em sempre o planejamento das edi-ções de uma revista consegue 100% de acerto na execução, pois o jornalismo se faz de fatos, de oportunidades, de momentos. Não é uma ciência exata de

forma alguma. E na imprevisibilidade das agendas, esta edição de GÔNDOLA acabou honrada com duas entrevistas que ficariam mais bem publica-das enobrecendo duas edições e não tão somente uma. Pois nesta edição está à sua disposição uma exclusiva com Alair Martins, fundador do maior gru-po atacadista distribuidor do País, o Martins, logo no começo da revista. E, no final da revista, fechan-do com chave de ouro, uma exclusiva com o Val-demar Amaral, do ABC. São dois empreendedores mineiros que merecem muita atenção, não só pelo sucesso de suas empresas, mas pela mensagem que trazem para as novas gerações. Sugiro que você aproveite esta ótima dose dupla, mas deixe espaço em sua mente também para as outras exce-lentes reportagens que complementam a edição. A de capa, enfoca os consumidores da melhor idade, as demais falam das oportunidades com o biscoi-to de polvilho, do requeijão, das azeitonas e dos limpadores. Em resumo: uma edição com assuntos que vão do estratégico ao operacional, que espe-ramos, podem ser de grande utilidade para você.

Boa leitura!

Giovanni PeresEditor

8 sériE EspECial “à mEsa Com as lidEranças” - iUma entrevista exclusiva com Alair Martins, fundador do grupo Martins, líder do atacado

24 sériE EspECial “CEntrais dE minas”Conheça o trabalho que vem sendo feito pela Rede Uai, uma das que mais cresce em Minas

52 rEquEijãoele vem tomando o espaço da manteiga, da margarina e parece que é um xodó mineiro

74 sériE EspECial “à mEsa Com as lidEranças” - iientrevista exclusiva com Valdemar Martins do Amaral, da Rede AbC

Marketing

BeM-estar

jurídico

recursos huManos

ti

novas tendências

13

23

36

59

65

73

Em dose dupla

boa leitura

mElhor idadEeste segmento de público será

uns dos maiores em breve.

Prepare-se já

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Veículo oficial da Associação mineira de Supermercados (AMIS) com distribuição nacional e tiragem de 21.500 exemplares. redação e escritório: Rua Platina, nº 33,

Prado - Belo Horizonte - MG CEP: 30411-131 Tel./Fax: (31) 2122 0500 / E-mail: [email protected]

A Revista Gôndola tem distribuição de 21.500 exemplares neste mês em todo o Brasil, sendo que 20.930 exemplares são enviados a executivos, proprietários, compradores, gerentes e encarregados de todas as lojas com mais e dois check-outs em Minas Gerais e para as principais lojas de autosserviço do Brasil, que juntas respondem por 75% do faturamento do setor no País. O restante é enviado aos principais fornecedores e anunciantes, agências de publicidade, imprensa e autoridades. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do editor.

Produção editorial Peres e Peres Comunicação e Editora Ltda. editor e jornalista responsável Giovanni Peres (reg. prof. 03065jp) [email protected] - tel: (31) 2122 0507 assistente de edição Sandra Mara ([email protected]) repórteres Fátima Peres ([email protected]), Adenilson Fonseca ([email protected]) e Sandra Mara estagiária Ana Motta colaboradores desta edição Aelton Aleixo e Daniel Alves Fotografia Ignácio Costa Projeto gráfico Luis Américo Simões designer gráfico Sandra Fujii impressão Prol Gráfica Publicidade Paulo Ricardo Parma ([email protected]) tel.:(31) 2122 0526 executivos de negócios Zuleima Guimarães ([email protected]), Talula Franco ([email protected]) circulação/assinaturas/recebimentos de anúncios Lucas Miranda ([email protected]) tel.: (31) 2122 0528 Para edições anteriores, problemas no recebimento da revista ou pedidos de inclusão na listagem de destinatários da publicação, contate Aline Santos - tel.: (31) 2122 0533 ([email protected])

Page 4: Revista Gôndola Edição 211

6 7agosto de 2013

Solidariedade e fé

D ois acontecimentos do

mês de julho, ocorridos na

mesma semana, me cha-

maram a atenção para as-

pectos do comportamento humano

que podem fazer grande diferença

e, de tão poderosos, mudar a realida-

de. Estou referindo aos exemplos de

solidariedade e fé que encontramos

na presença do Papa Francisco em

sua visita ao Brasil para participar da

Jornada Mundial da Juventude (JMJ)

e, guardada a divida proporção, na

conquista da Copa Libertadores pelo

Clube Atlético Mineiro, o Galo.

Até mesmo quem teve pouca

oportunidade de acompanhar os

pronunciamentos e os atos do Papa

em sua visita ao Brasil percebeu, por

menos que tenha prestado atenção,

o forte convite feito por Francisco a

todos nós: sejamos solidários e te-

nhamos fé. Ele nos conclama para

que no amor e na fé em Cristo des-

cubramos a enorme capacidade que

há dentro de nós mesmos de sermos

solidários, de pensarmos no outro, de

revermos o nosso egoísmo, o nosso

individualismo.

E o Papa Francisco não somen-

te fala. Ele faz. Ele dá o seu exemplo.

Desde os primeiros momentos de sua

chegada ao Brasil os brasileiros foram

se surpreendendo com um Papa que

utiliza o carro mais simples da comiti-

va, o mesmo carro que qualquer um

de nós toma como táxi. Além de sim-

ples, o carro não era blindado e o Papa

manteve o vidro da janela aberto du-

rante todo o percurso.

Nos encontros com as multi-

dões, mesmo às vezes em situação

de altíssimo risco e de total pesadelo

para as equipes de segurança, Fran-

cisco fazia questão do contato direto

com as pessoas. Procurou tocá-las.

Em quase todas as oportunidades

abençoou crianças e sorria transmi-

tindo um semblante de paz e tran-

qüilidade mesmo nos momentos de

maior tensão, como aquele em que

seu carro ficou imobilizado em um

engarrafamento na avenida Getúlio

Vargas, no centro do Rio de Janeiro,

cercado por populares.

As acomodações onde se hos-

pedou foram sempre as mais simples.

O cardápio servido nas refeições, tam-

bém os mais simples, feito com ingre-

dientes locais, sempre procurando vi-

ver o mesmo que as pessoas comuns

vivem onde visitou.

Palavra do Presidente

Presidente do Conselho Diretor da AMIS

José nogueirasoares nunes

E foi ao visitar a favela da Vargi-

nha, no Rio, falando a milhares de mo-

radores, que Francisco nos fez um dos

melhores pronunciamentos, lembran-

do que a expressão “botar água no

feijão” nasceu em comunidades como

aquela que visitava, pois os pobres, se-

gundo o Papa, dão sempre os melho-

res exemplos de solidariedade. São ca-

pazes de aumentar o caldo, de abdicar

do alimento integral para si, para que

mais pessoas possam compartilhar do

pouco alimento disponível.

Agora falando do Galo, mesmo

quem não acompanha futebol ou é

apaixonado por outros times de fu-

tebol, não pode ficar alheio à forma

como foi conquistado, após 42 anos,

o importante título continental, a Li-

bertadores da América. Impulsionados

pelo exemplo de fé e solidariedade do

técnico Cuca, torcedores e equipe for-

maram como que uma só força e re-

verteram situações quase impossíveis

no futebol.

Com a frase “Eu acredito!” ecoan-

do nas arquibancadas o sentimento de

fé, de esperança, de crença da torcida

durante todos os jogos, os atletas bus-

caram força para lutar até o último mi-

nuto e fazer gols, às vezes, nos últimos

momentos das partidas. Na partida fi-

nal, por exemplo, o gol que proporcio-

nou o empate, a prorrogação e depois

a disputa em pênaltis em que seria vi-

toriosa a equipe atleticana aconteceu

aos 43 minutos do segundo tempo!

Ou seja, dois minutos a mais de jogo, o

título estaria perdido.

No dia que se seguiu à conquista,

nos programas esportivos das rádios

perguntavam aos torcedores quem te-

ria sido o melhor jogador do time, o he-

rói, e ficava evidente a dificuldade das

pessoas em apontar apenas um nome.

As pessoas demoravam para respon-

der. Uns lembravam os ótimos passes

do Ronaldinho, a marcação implacável

do Pierre, outros os nomes dos autores

dos gols de último minuto, outros as

defesas do goleiro Victor.

Mas todos os ouvintes eram unâ-

nimes em apontar que quem venceu

foi o trabalho em equipe. Foi a solida-

riedade de um atleta com o outro, o

pensar coletivo, o desprendimento de

estrelas consagradas, a doação de to-

dos em prol da equipe. E a crença de

poderiam vencer. Como disse no início

deste texto não faltam bons exemplos

e boas mensagens. Em julho tivemos

vários e várias a nos incentivar.

Page 5: Revista Gôndola Edição 211

8 9agosto de 2013

GÔNDOLA - O sr. criou uma empresa de sucesso que vai completar 60 anos. Alair Martins é um ho-mem realizado?Alair Martins - Sim. Tenho uma família maravilhosa, com uma esposa dedicada e filhos e netos que são motivo de muito orgulho para mim. E no aspecto profissional um empreendedor que viu seu sonho se tornar realidade.GÔNDOLA - Qual o seu maior sonho hoje? Alair Martins - Meu maior sonho é o de todo empre-endedor: perpetuar o seu empreendimento. Sempre digo que todo sonho deve ser seguido de ações con-cretas destinadas a realizá-lo. Não existe realização sem ação. E nós estamos fazendo isso através de ações como a profissionalização da organização, a criação dos conselhos de administração e uma go-vernança corporativa inteligente. GÔNDOLA - Como o sr. faz para ter essa disposição e trabalhar tanto aos 79 anos?Alair - É simples, mas profundo: basta amar o que faz. Não apenas gostar, mas amar profundamente o que faz. Além disso, agreguei ao meu modo de vida uma série de práticas que sempre me ajudaram a manter a determinação que impulsiona o ser huma-no na busca das conquistas. Levo uma vida com ati-tudes saudáveis, alimentação adequada e exercícios que me mantêm sempre ativo e bem disposto. Não sou chegado a excessos e tenho sempre uma atitude otimista em relação à vida pessoal e profissional. GÔNDOLA – Vamos falar um pouco da empresa. Como o Grupo Martins foi criado? Alair - Vou resumir, pois é uma longa história. Des-de menino acalentava o sonho de ser comerciante, embora minha família morasse na zona rural do município de Uberlândia. Então insistia com meu pai para que nos mudássemos da roça para a cida-de para montar um comércio. Passei dos sete aos 13 anos tentando convencê-lo, mas ele sempre negava, pois tinha suas origens na zona rural. Depois mudei de estratégia, convencendo minha mãe, que tinha grande influencia sobre ele. A essa causa juntaram--se uns tios que reconheciam em mim essa vocação. Tive uma experiência muito proveitosa no armazém de uns desses tios e então meu pai se convenceu.

entrevista esPecial [ALAIR MARTINS]

Sonho realizadoAPesAR de seR o PResidente do gRUPo MARtins, UMA eMPResA qUe FAtURoU R$ 4,2 bilHões no Ano PAssAdo, AlAiR MARtins é UMA PessoA siMPles. UM HoMeM qUe

deCidiU segUiR seU sonHo de desenVolVeR todos os esFoRços PARA tRAbAlHAR CoM deteRMinAção, bAseAdo nos exeMPlos de CARáteR e de VAloRes qUe lHe FoRAM

PAssAdos PoR seUs PAis. nA entReVistA, gÔndolA tRAz o PeRFil deste HoMeM, qUe se sente ReAlizAdo não só nA VidA PRoFissionAl, CoMo tAMbéM nA áReA PessoAl.

Achei um terreno bem localizado na cidade que esta-va à venda; meu pai tinha umas economias, vendeu o sítio e construímos um pequeno armazém de 110 metros quadrados que foi a origem do nosso negó-cio. Dobrei o capital do meu pai logo no primeiro ano. Depois comecei a comprar em maior quantida-de para obter melhor preço e comecei a operar num misto de atacado e varejo e depois, e desde então, somente como atacadista. Esse é um resumo do co-meço da nossa organização.GÔNDOLA – Qual o filosofia de trabalho do sr.? Alair – Minha filosofia de trabalho nesses 60 anos foi sempre atender o pequeno varejo. Então comecei a entender melhor a sua realidade, seus sonhos e suas necessidades. Por isso começamos a atuar como um aglomerado de empresas e de ações que suprissem as necessidades desses pequenos empreendedores. E disso nos entendíamos bem, porque essa foi a nossa gênese: o Martins foi um pequeno armazém de secos e molhados há 60 anos. Assim, já realizávamos um trabalho de apoio aos pequenos, atendendo clien-tes e localidades, que nenhum outro distribuidor ia, e procurando agregar ao nosso mix as mercadorias que eles precisavam. GÔNDOLA – Como a empresa está estruturada hoje? Alair – Depois de muito aprender e ensinar, senti a necessidade da criação de um braço financeiro, pois nossos clientes precisavam de apoio nesse sentido. Por isso foi criado o Tribanco. Também foi criada uma universidade corporativa, a Universidade Martins do Varejo que desenvolve e dissemina conhecimento,

Foto

s div

ulga

ção

Grupo tem sua sede em Uberlândia e é dono de uma das maiores frotas de

caminhões do País

sandra mara

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10

entrevista esPecial [ALAIR MARTINS]

tecnologia e apoio a eles. Depois vieram uma rede associativista, a Smart Supermercados; uma opera-dora de cartões de crédito, a Tricard; a Tribanco Segu-ros; e nossas soluções de e-commerce através dos si-tes www.efacil.com.br e www.martins.com.br. Essas iniciativas e empresas formam o Sistema Integrado Martins, um conjunto de soluções para o varejo que atuam em sinergia na cadeia de suprimentos, aju-dando a desenvolver, capacitar e tornar competitivos os nossos clientes em todo o País. É uma verdadeira fábrica de soluções para o varejo brasileiro.GÔNDOLA - Quantos produtos, o grupo distribui atualmente? Quantos clientes ativos? Existe algu-

ma cidade no Brasil que o Grupo nunca entregou uma encomenda? Qual é a frota de caminhões da empresa?Alair - Temos um mix de cerca de 16.000 itens de produtos. Aproximadamente 350 mil clientes ativos. Estamos presentes em todos os municípios brasilei-ros. Costumo dizer que onde existir uma estrada mais ou menos transitável ou um rio navegável o Martins estará lá.GÔNDOLA - Como o sr. controla tudo isso? Alair - É aí que entra o trabalho de equipe e a visão que tivemos ao nos cercar de profissionais compe-tentes. Embora seja o controlador não estou sozinho e o time Martins é campeão em motivação, trabalho sério, ético e determinado. A empresa é totalmente profissionalizada.GÔNDOLA - O sr. realizou o processo de sucessão na empresa. Como isso foi feito. Foi uma tarefa fá-cil? Como a empresa ficou dividida? Alair - Acho que nunca é fácil realizar um processo de sucessão em empresa familiar. No nosso caso, eu precisava pensar no futuro, pois tenho o objetivo de fazer com que a nossa empresa seja a primeira do segmento atacadista-distribuidor a se tornar cente-nária. Por isso trato do assunto sucessão há mais de 15 anos. E chegamos a bom termo definindo harmo-niosamente a sucessão e a estrutura de governança corporativa da nossa organização.GÔNDOLA - Quem estruturou o processo de suces-são da empresa e como ele está desenhado?Alair - Contratamos grandes profissionais, de reno-me internacional para nos apoiarem nesse projeto. Os doutores John Davis e Paulo Aragão. Além disso, a nossa competente equipe jurídica teve participação importantíssima.GÔNDOLA - Além dos três filhos, existem executi-vos que não são da família? Porque eles foram es-colhidos para cargos tão importantes? Alair - Meus filhos não têm cargos executivos: eles são os acionistas da empresa. Atualmente não exis-tem pessoas da família em cargos executivos. Esses cargos são ocupados por profissionais de elevada competência, oriundos do mercado ou selecionados nos quadros da organização. Atualmente existe um

Conselho de Administração para decidir as questões es-tratégicas da empresa. GÔNDOLA - Atualmente como é a estrutura organiza-cional da empresa?Alair - A empresa está organizada com a profissiona-lização dos cargos executivos. Toda a operação está profissionalizada e dirigida pelo CEO Walter Faria (ex--Colgate). Foi criado um Conselho de Administração composto pelos acionistas (eu e meus filhos) e por conselheiros externos escolhidos entre profissionais de notório sucesso no mercado brasileiro que são simpa-tizantes da causa Martins. Destacamos seus nomes: Amaury Olsen (ex-Tigre), Peter Dam (ex-Colgate), Ho-rácio Lafer Piva (acionista da Klabin e ex-presidente da FIESP), Elcio Anibal de Lucca (ex-Serasa), Walter Fon-tana (acionista da Sadia e presidente do Conselho do Jornal “O Estado de São Paulo”).GÔNDOLA - Quanto o Grupo faturou no ano passado? Quanto desse valor veio do atacado e distribuição e quanto veio do Banco?Alair - Em 2012 o Martins atacado-distribuidor faturou R$ 3, 8 bilhões. O Grupo faturou R$ 4,2 bilhões. A diferen-ça foi de faturamento em intermediações financeiras, cartões, seguros e outros serviços.GÔNDOLA - Qual a previsão para este ano?Alair - O faturamento orçado do Martins atacadista--distribuidor para 2013 é de R$ 4,1bilhões. Para o Grupo de R$ 4,6 bilhões.GÔNDOLA - Quantos postos de trabalho, a empresa oferece?Alair - Estão envolvidas atualmente na operação, entre colaboradores CLT e profissionais autônomos contrata-dos cerca de 9 mil pessoas no Martins. Em termos de gru-po temos cerca de 10.500 pessoas.GÔNDOLA - Devido à alta demanda dos últimos anos, a empresa teve problemas para reter profissionais? Como o problema foi resolvido? Alair - Como toda empresa, o Martins sofre pressão do mercado para ceder seus bons profissionais, principal-mente quando se está em um processo de pleno empre-go como agora. Acreditamos que nossos profissionais valorizam muito as condições de trabalho e os benefícios que oferecemos. E, agregado a isso, contribui em muito o fato de nossa Administração central ficar localizada em

Alair Martins ao longo de sua carreira de empreendedor tem sido agraciado com várias premiações e homenagens

Page 7: Revista Gôndola Edição 211

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a homenagem dos fornecedores ao empreendedor alair martins

entrevista esPecial [ALAIR MARTINS]

cidade do interior, onde ainda se tem uma qualidade de vida diferenciada.GÔNDOLA - O sr. sonha em tornar o Martins, o pri-meiro atacadista a fazer 100 anos, como isso está sendo planejado? Alair - Já está implantada uma correta e inteligente estrutura de governança corporativa que atende às expectativas dos acionistas, com objetivos bem defi-nidos de crescimento contínuo da organização.

GÔNDOLA – Fale um pouco sobre a Smart Super-mercados? Alair - Fundada em agosto de 2000, através da ban-deira Smart, o Sistema Integrado Martins consegue levar benefícios diferenciados para o grupo de lojas identificadas com a marca Smart. Fechamos 2012 com 860 lojas faturando juntas R$ 5,3 bilhões ao ano. Estamos presentes em 21 Estados e quase 600 cidades. Como ações de marketing, todos os meses as lojas recebem todo o material de ambientação para explorar a sazonalidade e aquecer suas ven-das e principalmente a lucratividade. São enviados tabloides, cartazes de preço e móbiles além de di-versas peças de comunicação que são criadas e dis-ponibilizadas para que cada loja produza indepen-dente. Duas vezes ao ano são realizadas grandes campanhas para o consumidor final, são oferecidos prêmios como casas, carros, certificados em outro e eletrodomésticos. A rede oferece ainda ao associa-do produtos de marca própria Smart, que são fabri-cados por grandes fornecedores que primam pela qualidade e contam com embalagens modernas e atraentes que se destacam na gôndola. Oferecemos também um cartão de crédito exclusivo é, acima de tudo, uma ferramenta de fidelização, além de ou-tros serviços.

Comunicação eficaz éaquela que é compreendida

A energia do fóton exprime-se através da frequên-cia angular w=2p f, em vez de frequência f. Neste caso, em vez da grandeza h, usa-se, como coefi-ciente de proporcionalidade, a grandeza h, cujo

valor numérico se calcula por uma fórmula.

Você compreendeu essa mensagem?

  Somente um estudante aplicado da física poderia entendê-la. É comum sentirmos – diante de um palestrante ou de uma leitura de uma obra – não ter “captado” uma parte relevante do conteúdo transmitido. Faltam-nos conteúdos, informações e experiências; estamos com baixo repertório naquele campo do conhecimento.

  Não faltam comunicadores bem-intencionados no mundo. São milhares de cientistas, radialistas, jornalistas, vendedores, diretores, professores, executivos, estagiários e outros profissionais que tentam passar o seu recado no dia a dia e não são compreendidos por grande parte de seus in-terlocutores. Por que isso acontece?

 O grande erro de quem se comunica é ignorar o reper-tório cultural e mental do ouvinte a qual se dirige. Uma boa comunicação começa respondendo às seguintes perguntas: qual é o perfil sociocultural dos meus ouvintes; que palavras compõem o vocabulário cotidiano dos destinatários; que es-tímulos os deixarão motivados e que abordagens são compa-tíveis com seu grau de inteligência intelectual e emocional a fim de que decodifiquem o que se quer transmitir.

 O mundo corporativo ignora o fato. É comum obser-varmos diretores de empresas se dirigirem ao “chão de fábrica” com termos muito técnicos e gerenciais à moda de Harvard, esquecendo que, geralmente, o “peão” possui um repertório simples e popular, por conta do pouco contato que tem com as leituras especializadas. O resultado é um sério gap de co-municação que cria desconexão entre a alta gerência e os colaboradores operacionais.

 A linguagem adequada é aquela que está alinhada ao repertório cultural dos receptores. O mérito de programas

populares da TV, como o Fantástico (que está no ar desde 1973), é a capacidade de poder falar uma linguagem básica que pode ser compreendida por qualquer brasileiro, do ex-tremo Norte do País ao Chuí (Rio Grande do Sul), dialogando simultaneamente com o executivo de São Paulo e o cidadão ribeirinho da Amazônia.

  Então vai a dica: todas as vezes que for enviar uma mensagem a alguém, analise o perfil da pessoa que receberá sua mensagem. Verifique as palavras que utilizará e o vocabu-lário empregado. O comunicador que desprezar esses pas-sos, não estará dialogando, mas atuando em um verdadeiro monólogo. Fim da mensagem.

[mestre em Gestão de Comunicação]Marcos grossmarketing

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A AMIS é membro do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor.

Permite a AMIS participar das decisões que venham a beneficiar os consumido-res , e com isto aproximar do Ministério Público / Procon, habilitando a entidade de ser cada vez mais a porta voz ativa do setor supermercadista junto aos órgãos que regulamentam e fiscalizam os direi-tos e deveres dos consumidores do varejo.

Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às nor-mas de defesa do consumidor e da regu-lamentação setorial.

(31) 2122-0500 | www.amis.org.br

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Você sabia que:

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Page 8: Revista Gôndola Edição 211

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em dia com a gÔndola [MARCAS PRóPRIAS]em dia com a amis i [TROFéu GENTE NOSSA SuPERMERCADISTA 2013]

Em setembro,o Primeiro relatório

de “marcaS PróPriaS”

N a edição 212, que circulará no mês de setembro, a Revista GÔN-DOLA vai publicar seu 1º. Relatório de Marcas Próprias. A ideia é fazer um diagnóstico do negócio “Marcas Próprias” de Minas Gerais. O relatório vai trazer um número significativo de forne-

cedores, produtos marcas, juntamente com a rede que está comerciali-zando.

O negócio “Marcas Próprias” está muito bem consolidado em Minas Gerais, chegando a ter uma alta participação de mercado não só em Belo Horizonte, mas também em diversas cidades do interior do Estado, com linhas de produtos com capacidade de competir com as tradicionais. Al-guns produtos, inclusive, já ganharam identidade entre o público.

Outro ponto forte do relatório é mostrar que não só as grandes redes e as multinacionais, mas também o pequeno varejista, muito deles estimulados pelas centrais de compras estão realizando investimentos para desenvolver suas marcas.

Diante disso será enfatizado também como se deve escolher um fornecedor para uma “Marca Própria”, um dos pontos chaves para o su-cesso do negócio.

Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Marcas Próprias (ABMAPRO), a “Marca Própria” é todo serviço ou produto, fabricado, bene-ficiado, processado, embalado para uma organização que detém o con-trole e distribuição da marca, a qual pode levar, ou não, o nome desta.

para saBEr mais

• Telefone: 31 2122 0512• E-mail: [email protected]

E mpresas supermercadistas de Minas Ge-rais têm até o dia 12 de agosto para se ins-crever em três novas categorias do Troféu Gente Nossa Supermercadista: Empresa

Sustentável, Loja Gourmet e Sucessor Supermer-cadista. Nestas três categorias, só concorrem à premiação quem estiver inscrito.

Estas novidades fazem parte desta edição do Troféu, que comemora 28 anos de realização, reconhecendo e premiando empresas, empresá-rios e profissionais que se destacam no setor su-permercadista. As outras 15 categorias que serão votadas pelos fornecedores continuam sendo escolhidas por meio de pesquisa de mercado, conforme previsto no regulamento que está no site da AMIS.

Participarão desta edição, também cinco categorias que foram escolhidas e serão votadas pelo Conselho Diretor da AMIS ou por um comitê de empresários, ou ainda superintendente e ge-rentes da entidade.

SuStentávelSupermercados que tenham projetos, cam-

panhas ou desenvolvimento de atividades susten-táveis, ou seja, que beneficiam a ecologia, a cultura ou o bem-estar social, podem ser premiados. Para essa categoria foi criado um regulamento especial que também já está no portal da AMIS.

GourmetPara a categoria loja gourmet podem se

inscrever empresas que possuem um sortimento com grande número de itens da linha gourmet premium nacional e importado, pronto ou semi--pronto, em relação a linha tradicional. Ou que possuem prestação de serviços diferenciada, volta-da para o gourmet, como por exemplo, sushiman, sommelier, pizzaiolo, serviço especial de panifica-ção e cozinha. Além daquelas que proporcionam experiência gastronômica ampla dentro da loja.

SuceSSorPara a categoria sucessor podem se ins-

crever filhos e filhas de supermercadistas que já estão administrando a empresa familiar. Além disso, devem estar demonstrando proatividade, profissionalismo, além de um trabalho mais ino-vador, foco na sustentabilidade do negócio e que estabelece mais estratégias de vanguarda e cres-cimento da empresa.

Inscreva-se nasnovaS cateGoriaS do troféu Gente noSSa

insCriçõEs

Para se inscrever em qualquer uma das três ca-tegorias basta acessar o portal www.amis.org.br, preencher as fichas de inscrição correspondentes e enviar para o e-mail: [email protected]. Para mais informações ligue: 31-2122-0570 / 2122-0537

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16 17agosto de 2013

sÉrie esPecial neoconsumidor [MELHOR IDADE]

Sua emPreSa já Seadaptou para este

público?donA de UMA RendA AnUAl de R$ 2,4 bilHões, A teRCeiRA idAde gAstA 22% deste

MontAnte CoM AliMentAção e boA PARte deste dinHeiRo Pode CHegAR À sUA loJA

sandra mara

S egundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem hoje 15 milhões de pessoas maiores de 60 anos, o que corresponde a 14% da

população adulta. As projeções do IBGE apontam que em 2020 existam mais de 30 milhões de brasi-leiros nesse grupo.

De acordo com pesquisa realizada em ou-tubro do ano passado, pela consultoria Quorum Brasil, com 240 homens e mulheres entre 60 e 75 anos, o perfil destas pessoas é bem eclético. Os dados mostram que 56% das pessoas da terceira idade são mulheres e apenas 44% são homens. Do total de pessoas, 64% são católicos, 62% tem casa própria e 55% são casados.

“Esse público se considera jovem e não con-corda com a classificação do IBGE que os classifica como terceira idade,” explica Cláudio Silveira, con-sultor da Quorum Brasil. Ou seja, 52% das pessoas de 60 anos que foram entrevistadas não se consi-deram na terceira idade. O mesmo acontece com 45% das pessoas de 65 anos e 28% das pessoas de 70 anos.

traBalho O consultor da Quorum Brasil comenta que

esse público faz questão de se manter no merca-do de trabalho. “É uma forma de mostrar que eles ainda são importantes”, diz. Muitos deles, 35% ain-da trabalham e nem pensam em se aposentar.

Ou seja, uma boa parte deste público está assumindo outras atividades após deixar o em-prego original, o que faz a renda aumentar ainda mais. Alguns se mantêm no mesmo emprego em que trabalhava quando se aposentou. Um fato curioso é que já existe até um portal de recruta-mento da terceira idade, que tem quase sempre 400 vagas destinadas a esse público.

como eleS GaStam Segundo a pesquisa, 35% da renda da ter-

ceira idade vão para os gastos com moradia, água, luz, telefone, e gás. Outros 24% são utilizados para comprar remédios e para pagar o plano de saúde,

22% vai para a alimentação, 8% é destinado a des-pesas de cartões e prestações, 6% para o vestuário, 4% para lazer e 2% para o transporte.

Outro dado importante é que 46% das pes-soas entrevistadas conseguem guardar um pouco do dinheiro no final do mês, segundo o consul-tor da Quorum Brasil. “A poupança ainda continua sendo a principal aplicação, mas eles investem também em ações, imóveis, aplicações e fundos”, afirma Cláudio Silveira.

Apesar de ter um poder de compra relevan-te, esse público enfrenta problema na hora de gas-tar aponta também a pesquisa. A maioria dos entre-vistados 71% não encontram alimentos que sigam as recomendações médicas e 42% alegam que não encontram roupas adequadas ao seu estilo.

Sem eXaGeroS Maduro e com sabedoria de vida, a turma

da melhor idade não gosta de exageros no trata-mento especial que a lei lhes garante. A maioria, 76% acha que existe preconceito em relação a sua idade. “O problema mais grave é a desconfiança das pessoas de que eles sejam incapazes de exe-cutar tarefas em que o raciocínio seja necessário”, enfatiza o consultor.

De acordo com a pesquisa da Quorum Brasil, a maioria absoluta, ou seja, 100% das pessoas entrevistadas, afirma que Roberto Carlos é seu maior ídolo.

Fotos Ignácio CostaAs mulheres

vivem normalmente

mais que os homens e

são, desde a juventude, as

responsáveis, na grande maioria da vezes, pelas

compras nos supermercados

Page 10: Revista Gôndola Edição 211

18

AMIS SelecIonA profISSIonAIS pArA AtuAreM coMo InStrutoreS

A Associação Mineira de Supermercados (AMIS) seleciona profissionais do varejo para atuarem como instrutores nas áreas administrativa, financeira, tributário, TI, marketing, RH, atendimento ao cliente, segurança patrimonial, cartazista, opera-dor de check out, etc.

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sÉrie esPecial neoconsumidor [MELHOR IDADE]

Outros 54% deles acham que não precisam ser tratados de modo diferenciado nos lugares. No entanto, aceitam lugares especiais para estacionar e algumas outras comodidades.

Quase metade dos entrevistados mora sozinha, ou seja, 47% dos entrevistados. “Muitos são viúvos e os filhos já se casaram. Mas eles não sentem que foram abandonados pela família, ape-nas seguem a vida”, explica o consultor. Dos que responderam que moram sozinhos, 28% tem cui-dados permanentes com filhos e netos. Por tanto, são influenciados e também influenciam.

A maioria de todos os entrevistados, ou seja, 65% são consultados permanentemente so-bre assuntos relacionados ao dia-a-dia da família. Os netos são os mais próximos e os que aceitam mais sugestões. Sendo que as avós sentem-se mais queridas do que os avôs.

aventura Todas as pessoas entrevistadas fazem algu-

ma atividade, contudo 63% delas fazem atividades físicas todos os dias, além disso, gostam de pas-sear, visitar parentes, fazer compras. Alguns deles fazem ainda trabalhos voluntários. Os outros 37% fazem atividades físicas esporádicas. Esse grupo gosta também de assistir televisão, conversar com parentes, fazer tarefas domésticas e leituras.

A pesquisa mostra que esse público tem muita energia para gastar, 33% dos entrevistados querem fazer alguma aventura, como andar de moto, saltar de pára-quedas, passear de balão, an-dar de lancha, pilotar avião.

Contudo, a maioria dos entrevistados 58% deles possuem um forte desejo por conhecer as cidades e regiões mais famosas do Brasil. Outros 9% possuem sonhos de consumo, como comprar

A dieta dos integrantes do segmento da melhor idade inclui produtos considerados mais saudáveis em relação a outros

um carro, ter uma casa de praia ou no campo. Há ainda um grupo que sonha em ter um namorado, casar ou mesmo gravar um CD.

Se adeQuar é PreciSoDe acordo com Renato Trigueiro, consultor

e professor do G10, curso ministrado pela AMIS, para explorar melhor este nicho de mercado, de maneira consistente e adequada, é necessário ob-servar seus hábitos e ouvir suas necessidades, ofe-recendo o consumo saudável no qual se valoriza a saúde e uma vida com qualidade. 

“Com a crescente busca pela melhoria da qualidade de vida, eles buscam alimentação saudável e dieta equilibrada, inclusive utilizan-do complementos alimentares vitamínicos; a busca por produtos naturais, orgânicos, dieté-ticos e lights é uma necessidade”, ensina o pro-fessor do G10.

Ele afirma que os varejistas devem oferecer produtos e serviços práticos que contribuam para a otimização do tempo deste público que gosta de algumas particularidades, tais como comodi-dade. “Devido a sua experiência de consumo du-rante sua longa vida, esse público tem preferência por marcas conhecidas, mas está aberto a novas experiências, porém é exigente com relação a sua escolha”, completa.

Além disso, Renato Trigueiro acrescenta que o lojista deve aproveitar o fato de que esse público é bem tranqüilo e tem a loja como um espaço divertido que lhe cause boas experiências de compra.

fidelizaÇÃoPara fidelizá-los, o consultor ensina que é

preciso valorizar a exposição de produtos des-tacando as seções de naturais, light, orgânicos e

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20

sÉrie esPecial neoconsumidor [MELHOR IDADE]

Outro ponto importante é o preparo dos funcionários que devem ser treinados para aten-der este consumidor com paciência e informação. “Estes funcionários devem estar circulando nos corredores, atentos a estes consumidores, dando a eles se solicitados a informação que precisam”, ressalta. “Os supermercadistas devem se preocu-par com o bem-estar deste público e melhorar a luminosidade do ponto de venda e sinalização direcional e de precificação”, destaca.

Outro ponto interessante é prever no lay out cadeiras em diversas áreas da loja para dar maior conforto a este consumidor. Cadeiras de roda (mecânica ou automática) também são boas sugestões. 

redeS SociaiS Renato ainda alerta que este consumidor já

descobriu o potencial das redes sociais e hoje ele

principalmente os diets que geralmente não são bem destacados no ponto de venda. Ações de de-gustação fazem uma boa interatividade com este público, aumentando as vendas.

Prezados Fornecedores,

A AMIS, de forma inédita, lançará na próxima edição da Gôndola, número 212, o “Relatório de Marcas Próprias”.

Se você produz para terceiros, esta é uma grande oportunidade para divulgar sua marca.

Fale com nosso Departamento Comercial:[email protected] - (31)[email protected] - (31)2122-0530

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A tintura para cabelos tem entre as mulheres da terceira idade um dos principais clientes; acima, frutas preparadas para consumo imediato, proporcionando conveniência

Page 12: Revista Gôndola Edição 211

22

produto que não tem, e rapidamente faço uma avaliação para ver se é possível inseri-lo no mix”, conta.

Rosimeire conta também que para agradar esse público até hoje ela trabalha com a velha caderneta em que o cliente compra fiado, anota e paga no dia do pagamento. “Já é um costume entre os mais velhos da região e não tem jeito de não atender. O fiado é uma prática ligada ao perfil deste público e revela também uma questão de relacionamento entre as pessoas, mais forte no interior, especialmente os clientes mais antigos”, explica.

Ela ainda acrescenta que sua loja fica bem próxima a uma agência bancária, e todo começo de mês, os idosos recebem o pagamento, já pas-sam em sua loja e pagam as contas do mês.

mudanÇaSOutro que também percebe mudanças na

alimentação deste público é Alexandre Duarte Lage, sócio-proprietário, do Supermercado Nova América, com sede em Itabira (MG). Para ele, es-ses consumidores estão mais conscientizados com a sua própria saúde, por isso cresceu muito o mix de produtos diets, lights, desnatados, além de outros. “Há cinco anos, estes produtos prati-camente inexistia em minha loja, agora a seção cresce a cada dia”, explica Alexandre.

Ele ainda acrescenta que em sua loja, a maioria dos consumidores da melhor idade, vai à compra acompanhado, da família (cônjuge, fi-lhos e netos), gosta de pagar com dinheiro. “Os idosos dispõem de tempo para se dedicar às compras, vem ao supermercado mais vezes na semana, contudo, ele se mostra muito mais pla-nejado em relação às compras”, conclui.

para saBEr mais

• IBGE: (31)2105-2438• Quorum Brasil: (11) 4083-2530• Consultor e professor do G10: [email protected]• Supermercado Hermon: (38) 3754-1155• Supermercado Nova América (31) 3832-4747

bem-estar

Bem-estar do casamento e do negócioquando o cônjuge é seu sócio

S e o relacionamento entre marido e mulher já exige dedicação e paciência, além, claro, de amor e com-panheirismo, o que dirá de casais que também são sócios de uma empresa? Como fazer com que even-

tuais problemas no trabalho não atrapalhem o casamento? E como não levar discussões conjugais para os negócios?

É preciso blindar as duas situações em termos de local e horário, inclusive para discussão de problemas e tomada de decisões. Tudo que envolve a empresa deve ser tratado den-tro dela. E assuntos familiares devem ser tratados em casa, ou a caminho da mesma, preservando radicalmente a convivên-cia familiar.

É importante assumir o papel e a postura adequada em cada situação, bem como a dinâmica pré-estabelecida de convivência.

O dia a dia da empresa exige energia, racionalismo e agilidade, o que é completamente diferente da situação do-méstica, onde a afetividade e dinâmica familiar predominam. Em resumo: o boné de diretor financeiro, por exemplo, cabe bem na empresa, não substituindo em casa o boné de ma-rido ou pai.

Outro ponto que ressalto é a preservação do diálogo permanente, baseado em confiança e duplicidade, em am-bos os ambientes.

A discussão honesta de divergências cabe em ambas as situações, sendo que o que muda são os assuntos, a re-

lação de poder e a dinâmica de tomada de decisões. Conse-quentemente é essencial evitar empurrar as discórdias para debaixo do tapete, pois as mesmas se transformarão em bombas de efeito retardado, deteriorando a relação

É preciso também avaliar se há harmonia entre o casal e, em hipótese nenhuma, encarar o negócio como a salvação de um casamento que não vai bem. Um bom relacionamento pessoal pode gerar uma boa sociedade, mas uma sociedade não corrigirá um relacionamento ruim.

[consultor empresarial ]José Carlos ignácio

para saBEr mais

[email protected]

Se você ainda não é associado,fale com o nossoDepartamento de Apoio ao Cliente,

31 - 2122.0533 (31) 2122-0500 | www.amis.org.br

J U R Í D I C O

O Departamento Jurídico AMIS formou e lidera um Comitê Tributário.

Vários assuntos estratégicos e operacio-nais do setor que envolvem tributos são discutidos, bimensalmente, neste Comitê que é composto por profissionais técni-cos dos supermercados. Assuntos como desoneração da cesta básica, substitui-ção tributária, Sped, NFe, e outros, foram avaliados e encaminhados soluções para os associados. Qualquer associado adim-plente AMIS pode participar deste Comi-tê.

Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às nor-mas de defesa do consumidor e da regu-lamentação setorial.

Você sabia que:

03 AD COLUNAS JURID.indd 3 5/21/13 11:53 AM

“É essencial evitar empurrar as discórdias

para debaixo do tapete”

sÉrie esPecial neoconsumidor [MELHOR IDADE]

pErfil dE rEnda E gastos da tErCEira idadE

rEnda

Renda per capita/mês R$ 866

Renda anual total R$ 2,4 bilhões

Renda destinada a alimentação R$ 528 milhões

prinCipais gastos

Moradia, água, luz, telefone, e gás 35%

Remédios e para pagar o plano de saúde 24%

Alimentação 22%

Cartões e prestações 8%

Vestiário 6%

Lazer 4%

Transporte 2%

Fonte: Consultoria Quorum Brasil

tem o hábito de navegar na internet antes de ir as compras. A sugestão é a empresa disponibi-lizar ao mesmo um site atualizado e conteúdo informativo e interativo (dicas sobre produtos, receitas, dicas de saúde) onde possa se comuni-car com este público e ganhar a sua fidelidade.

Se adeQuando Mesmo com uma loja pequena na cida-

de de Três Marias (MG), Rosimeire Silva Mariano, proprietária do Supermercado Hermon, já está se adaptando a este público, que segundo ela, é responsável por uma boa fatia da receita de sua empresa.

Ela conta que sua loja tem uma seção de produtos dietéticos, lights e integrais, que cres-ce cada dia mais. “Peço aos funcionários para anotarem quando esse cliente pede algum

Page 13: Revista Gôndola Edição 211

24 25agosto de 2013

C om 54 lojas e uma receita em torno de R$ 200 milhões por ano, a Rede UAI, segue sua meta original que a tem feito crescer desde que nasceu e pretende fechar 2013

com um faturamento de R$ 240 milhões e 60 lojas.De acordo com Jose Antonio Vilela, gestor

da Rede UAI, quando foi fundada em julho de 2003

sÉrie esPecial: centrais de negÓcios de minas [REDE uAI]

Essa rede nãoPara de creScer, uai!

CoM sede eM MURiAé (Mg), A Rede UAi de sUPeRMeRCAdos é UMA dAs qUe se MAntéM eM CResCiMento desde A sUA CRiAção e PRetende FeCHAR o Ano CoM 60 UnidAdes

sandra mara

era originalmente apenas um projeto do Sebrae e da Associação Comercial de Muriaé com objetivo de tão somente criar um grupo de compras para os supermercadistas da cidade.

Com a inclusão de um grupo de supermer-cadistas da cidade de Cataguases (MG), que já ti-nham participado de outra rede (Avazon), o grupo

ganhou know how, se desligou das duas entida-des e mudou o seu perfil. A partir deste momento surge a Rede Uai de Supermercados, uma central profissionalizada, com objetivos e metas bem mais grandiosas.

Na época, eram apenas 22 associados e 22 lojas, atualmente são 51 associados e 54 lojas. Entre as características comuns destas lojas é que todas são de vizinhança, na média tem cerca de três a quatro check out e 30 funcionários. De acordo com Vilela, o grupo de associados é bem unido. “Para conseguir essa façanha, foi necessário muito traba-lho, transparência, ética e investimento na qualifica-ção de associados e colaboradores”, conta.

PadronizaÇÃoA padronização também é uma das carac-

terísticas da rede, explica Vilela. As lojas da Rede Uai tem fachada com o mesmo visual, assim como

os uniformes dos funcionários, veículos e sacolas. A rede realiza ações como distribuição de encartes padronizados e sorteio de prêmios. Além disso, a oferece também para os associados serviços de contabilidade, departamento de pessoal, jurídico e financeiro. “Esse conjunto de ações nos torna cada dia mais fortes e unidos”, acredita.

A rede Uai de Supermercados está admi-tindo novos associados, uma vez que o mercado pede crescimento sempre. “A partir do momento que a empresa não cresce, automaticamente ela já estará retroagindo, pois o mercado é muito di-nâmico, por isso precisamos estar em constante crescimento”, ressalta Vilela.

loGÍStica e marca PróPriaComo a rede ainda não tem um Centro

Distribuição (CD), a entrega dos produtos é feita diretamente nas lojas. “Temos uma parceria com

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26 27agosto de 2013

sÉrie esPecial: centrais de negÓcios de minas [REDE uAI]

um distribuidor da região, que faz esta operação, quando o fornecedor não tem logística, ou volu-me é muito alto para uma loja, utilizamos o distri-buidor”, diz Vilela.

A rede já tem marca própria, chamada de Uaizito. São seis produtos, sendo arroz, açúcar, fei-jão, fubá, macarrão, café. De acordo com Vilela, já está em estudo, a implementação de novos pro-dutos, das áreas de material de limpeza, mercearia e fraudas.

Planejamento Dentro do planejamento estratégico, para

os próximos cinco anos a Rede planeja implantar um Cento de Distribuição (CD) e aumentar sua es-trutura, pois o numero de associados cresce quase todos os meses. Contudo, essas mudanças estão sendo bem analisadas, discutidas com o grupo, e deverão ser viabilizadas com recursos próprios.

Outro ponto que também está sendo bem trabalhado no momento é a qualificação de cola-boradores, que tem por objetivo diminuir o turn over e melhorar o atendimento ao cliente. Para atingir esses objetivos, está sendo desenvolvido um projeto de treinamento, por meio de duas ações específicas.

Uma delas é a pesquisa de clima organiza-cional realizada pela Consultoria Focus Educação Corporativa em todas as lojas da rede. “Cada fun-cionário está respondendo um questionário que tem como meta diagnosticar o que atrapalha a relação empresa e colaborador”, explica.

Paralelamente está sendo realizada tam-bém a qualificação dos proprietários das lojas e gerentes. Neste primeiro momento cerca de 60 pessoas estão fazendo o G10, curso ministrado pela AMIS. O curso está sendo desenvolvido em Muriaé, na sede da Rede Uai, as quartas e quintas--feiras e o grupo foi dividido em duas turmas.

Vilela afirma que estas são somente duas ações da primeira etapa de um projeto maior e mais amplo. “Não vamos parar por aí, esse projeto termina quando tivermos atingidos plenamente todos os nossos objetivos”, ressalta.

a homenagem dos parceiros à rede uai

encontrÃoNo mês de junho, a Rede Uai realizou o 10º

Encontrão de Associados, Fornecedores e Colabo-radores, um evento que já se tornou tradição na região. Nesta edição, cerca de 1.200 pessoas par-ticiparam do Encontro, que foi realizado no Centro de Eventos do Sindicato Rural de Muriaé e recebeu como atração, uma palestra motivacional com o professor Pachecão e um show da dupla Neto & Leo.

Vilela explica que todos os encontros são or-ganizados com base em um tema, que neste ano foi “Nosso diferencial é você” e foi escolhido porque vem de encontro ao planejamento estratégico da rede, que é valorizar e investir nas pessoas.

Como em outros encontros, os fornece-dores montaram stands e mostraram as novida-des do momento para o público presente, entre funcionários e proprietários das lojas associadas. “Houve ainda sorteios de brindes e em valores, sendo que esses foram doados pelos fornecedo-res”, conta Vilela.

para saBEr mais

A Rede Uai de supermercados, fica localizado na rua dr. Antonio silveira brum Junior, 10 centro, shopping vitrines. Muriaé (MG). CEP: 36880-000 Telefone: (32) 3728-5293.

rEdE uai dE supErmErCados Em númEros

sEdE Muriaé

data da Criação Julho de 2003

númEro dE lojas 54

posição no ranking aBras 24° no Brasil

faturamEnto 2012 R$ 200 milhões

faturamEnto 2013 R$ 240 milhões

marCa própria Uaizito

dirEtoria atual

prEsidEntE Rafael Martins Costa

viCE-prEsidEntE Waldecyr da Silva Carvalho

dirEtor finanCEiro Antonio Rogério de Souza

administrativo Orestes Pedrosa

dirEtor ComErCial Fabio Victor Cesar

tEsourEiro Jose Bitarães Dias

Page 15: Revista Gôndola Edição 211

28 29agosto de 2013

sÉrie esPecial PaniFicaçao [BISCOITO DE POLVILHO]

receita caSeiracom sabor de rentabilidade

nAs PRAteleiRAs dAs PAdARiAs o sAboRoso bisCoito de PolVilHo, tAMbéM ConHeCido CoMo VoAdoR, FigURA entRe os PReFeRidos Pelos Clientes

aelton aleixo O s biscoitos são produtos que nunca saem da moda e sempre são procura-dos nas prateleiras das padarias e dos supermercados. Segundo dados da AC-

Nielsen, no Brasil são consumidos em média 840 mil toneladas de biscoito por ano e a tendência de crescimento é visível.

No segmento dos biscoitos, o tradicional biscoito de polvilho, que dependendo da região do Brasil, pode ser chamado de biscoito de vento ou biscoito voador, tem um público cativo para o café da manhã das mesas brasileiras durante os lanches da tarde, coffee breaks e várias outras ocasiões.

Acredita-se que a iguaria tenha mais de cem anos de existência. Uma provável origem do biscoito seria das cozinheiras escravas que prepa-ravam biscoitos de polvilho nas fazendas mineiras para os seus senhores, no século XVIII; que eram servidos para quitanda. 

Apesar da simplicidade para se produzir o biscoito de vento, composto basicamente por água, leite, óleo e polvilho azedo o toque pessoal de cada estabelecimento, faz a diferença na hora de fidelizar o cliente.

As padarias de um modo geral possuem uma receita especial do biscoito que atrai clientes e estimulam as vendas por impulso, principalmen-te quando é feita uma degustação, aliada ao chei-ro agradável que toma conta do ambiente na hora produção.

Segundo relata Júnior Maffilli proprietário da padaria Mix Pão no bairro Palmares, o biscoito de polvilho tem um volume de vendas significati-

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30 31agosto de 2013

sÉrie esPecial PaniFicaçao [BISCOITO DE POLVILHO]

vo no estabelecimento. “Pessoas de todas as ida-des consomem o produto, especialmente aqueles que praticam dietas”, diz o empresário.

Os insumos utilizados na produção são es-colhidos pela qualidade e não pela marca. A Mix Pão não utiliza misturas semi-prontas, a produção é artesanal, que segundo Maffilli é o grande se-gredo do sucesso do biscoito voador. A Mix Pão também trabalha com biscoitos advindos de for-necedores externos, mas, o produto da casa tem maior giro por ser fresquinho e sabores variados.

conSumidor recomendaO público consumidor do biscoito voador

é bem diversificado. Normalmente o cliente vai à padaria, compra algum produto e também leva o saboroso biscoito como um complemento. São jovens, adultos e principalmente os idosos que

já carregam a tradição do consumo em diversas ocasiões.

Para Celeste Maria Rocha, 65 anos, o biscoi-to não pode faltar. «Meus filhos foram acostuma-dos a comer o biscoito voador pela manhã e meus netos vão pelo mesmo caminho», comenta dona Celeste. Mesmo às vezes usando receitas caseiras para reunir a família, a vovó não abre não de ga-rantir a quitanda da padaria, «vai que acontece algum imprevisto, a massa não fica boa, ou chega alguém sem avisar».

Giro ráPido A cada ano o volume de vendas do biscoito

de vento vem aumentando. Segundo o responsá-vel pelo setor de padaria do supermercado Mart Plus do Santo Agostinho, Magno Gardel Gonçal-ves, as vendas do produto tem crescido cerca de

Há espaço na loja para os produtos fabricados pelos fornecedores mas também para a fabricação na própria padaria

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32

Café Fino Grão. Puro sabor, fino prazer

de vender mais.

O consumidor quer produtos diferenciados, como o Fino Grão. É hora de reforçar o estoque e aumentar as vendas. Nã

o co

ntém

glú

ten

www.finograo.com.brFino sabor, puro prazer.

sÉrie esPecial PaniFicaçao [BISCOITO DE POLVILHO]

10% ao ano e este crescimento se deve a quali-dade do produto, a receita artesanal e o anúncio constante nos tabloides de ofertas. “Nosso depar-tamento de marketing elege alguns produtos do setor de padaria e os biscoitos de vento costu-mam figurar nas edições”, diz.

O consumidor chega à padaria, compra um bolo, um pão e também leva o biscoito como complemento. «Nós sempre temos o produto fresquinho e fazemos a exposição próxima aos va-riados pães que produzimos, isso garante um bom volume de vendas», ressalta Gardel.

O fenômeno se repete em regiões dife-rentes da capital mineira. Na padaria Vianney no

Page 18: Revista Gôndola Edição 211

34

bairro Funcionários o saboroso biscoito é uma das vedetes da loja. Segundo informações de Nayara Tatiana das Graças, assessora de marketing da Pa-daria Vianney, as receitas especiais com adição de queijo, ervas ou o sabor tradicional contribuem no ticket médio da padaria. «O biscoito voador atrai o cliente que, acaba adquirindo também outros produtos relacionados», diz.

Nayara lembra que a exposição correta é fundamental juntamente com a degus-

tação. O sistema self service tam-bém é uma boa opção para

aumentar o volume de vendas, já que o pro-

duto em exposição bem fresquinho e

crocante aguça os sentidos do c o n s u m i d o r acaba levando uma quanti-dade maior do produto.

O u t r o ponto funda-

mental para é a escolha do forne-

cedor, que é cuida-dosamente testado,

para que não haja queda na qualidade final do produ-

to e variações que possam causar estranheza no paladar. O cliente da padaria

Vianney tem um perfil exigente e bem variado. Os mais jovens e os idosos apreciam o biscoito vo-ador, esse fato faz do produto um dos mais con-sumidos e recomendados do mix de produtos da padaria.

sÉrie esPecial PaniFicaçao [BISCOITO DE POLVILHO]

para saBEr mais

• ACNielsen: (11) 4613-7000• Padaria Mix Pão: (31) 3426-0602 • Padaria Vianney: (31) 3227-2071 • Supermercado Mart Plus: (31) 3292-3322

aprenda a fazer o produto ingredientes para rendimento aproximado de 2,5Kg 400 gramas de margarina800 ml Leite Integral quente03 Ovos2 L de água filtrada40 gramas de sal refinado10 gramas de Açúcar2Kg Polvilho AzedoSaco de confeitar descar-távelSe preferir também pode ser acrescenta-do cebolinha, ervas ou qualquer outro sabor a sua escolha, a criatividade é livre Modo de Preparo:Leve a água, o sal, a margarina e o açúcar para ferver.Escalde o polvilho com esta mistura e espere esfriar.Adicione o ovo, misturando bem para obter um composto homogê-neo.Misture bem o leite e coloque a mistura no saco de con-feitar sem bico, cortado na ponta e molde os biscoitos.Leve para assar em forno pré-aquecido a 180°C por 10 minutos, abaixe a temperatura para 140°C e asse até que os biscoitos estejam firmes e levemente dourados.6- Ao acrescentar queijo ou ervas a mistura, recomenda--se provar o tempero da massa, para evitar surpresas desagradáveis. No caso específico do queijo o sal utilizado no processo de fabricação pode comprometer o sabor.

(Fonte: Luiz Carlos Abreu Filho, padeiro do Supermercado Roma Plus)

Page 19: Revista Gôndola Edição 211

36

É fato que, a cada dia, o Estado está mais eficiente no exercício do seu Poder de Polícia. Vamos aqui entender estado como “Administração Pública” e Poder

de Polícia como o direito e dever que esse Es-tado possui para disciplinar e restringir, em favor do interesse público, direitos e liberdades indivi-duais (Caio Tácito).

O empresário supermercadista está, a todo momento, sujeito ao exercício do Poder de Polícia do Estado através da atuação da Vigilância Sanitária, do Ipem, do Procon, do Ministério do Trabalho e de vários outros órgãos públicos.

Portanto, você empresário, sabe como proceder caso seja fiscalizado e autuado* por esses órgãos? Hoje vamos falar um pouco sobre como agir se sua empresa for autuada pelo Minis-tério do Trabalho.

1. o que é um auto de infração?

É um documento fiscal lavrado por um Au-ditor Fiscal do Trabalho, com a descrição da infra-ção à legislação trabalhista encontrada na empre-sa.

2. no momento da lavratura do auto de infração, já posso obter informação sobre o va-lor de multa?

Não. Neste momento ainda não há valor de multa a ser paga visto que o empregador ainda terá oportunidade de defesa. Por outro lado, não

Você sabe com procederem caso de autuação do ministério do trabalho?

jurídico

é auditor fiscal que calcula o valor das multas. Elas são calculadas no setor próprio e a decisão final é proferida pela autoridade regional ou por servi-dor com delegação de competência para a prática deste ato.

3. o empregador recebeu um auto de in-fração. o que pode ser feito?

O empregador pode apresentar defesa à in-fração que lhe foi atribuída.

4. qual é o prazo para apresentar defesa ao auto de infração?

O prazo é de dez dias corridos, contados a partir do dia seguinte ao recebimento. Os prazos não se iniciam ou terminam em sábados, domin-gos e feriados. Ficam prorrogados para o primeiro dia útil seguinte.

5. Após a apresentação ou não da defesa, o que acontecerá?

O processo será encaminhado para análise e decisão e, caso haja imposição de multa, o em-pregador será notificado via postal para efetuar o recolhimento ou recorrer da decisão.

6. o empregador recebeu notificação da decisão e da multa imposta. o que pode ser feito?

Há três opções:

1) O empregador pode efetuar o pagamen-

[ gerente do Departamento Jurídico da AMIS ]Kátya Alves

to da multa no prazo legal com o desconto de cin-quenta por cento (código 0289), o que representa renúncia a recurso. Nesta hipótese, o processo se encerra por pagamento de multa, e qualquer petição apresentada junto ao depósito não será conhecida por incompatibilidade entre os atos praticados.

2) Ou o empregador pode submeter o feito à apreciação da instância superior mediante recur-so apresentado no prazo legal, sem necessidade de depósito do valor integral da multa desde a súmula vinculante nº.21 do Supremo Tribunal Fe-deral. Neste caso, apesar de estar dispensado de efetuar o depósito recursal, a multa, caso confir-mada a procedência do auto de infração, será co-brada ao final do julgamento da instância superior, com acréscimo de multa e juros de mora, pois o recurso não tem efeito suspensivo (Lei 9.784/99).

3) Se o empregador deseja recorrer, mas prefere evitar a cobrança posterior da multa com os acréscimos legais (multa de mora e juros mo-ratórios), poderá efetuar espontaneamente o re-colhimento do valor integral da multa imposta (a maioria dos casos, com código 7309), no mes-mo prazo do recurso, apresentando-os juntos no processo. Este recolhimento prévio da multa não é obrigatório, mas serve como medida cautelar e evita as correções monetárias que majoram o valor.

Fonte: www.mte.gov.br

Portanto, fique atento às providências que devem ser tomadas caso sua empresa seja autua-

da pelo Ministério do Trabalho e em caso de dúvi-das, faça contato imediato com o Departamento Jurídico da AMIS.

Não deixe notificações na gaveta! Elas podem gerar prejuízo para sua empresa!

* autuado - administração pública lavrar um auto de infração contra a empresa

Page 20: Revista Gôndola Edição 211

Supermercadista,qual a finalidade de uma entidade de classe?

Quais conquistas mais recentes?

Quantas lojas associadas a AMIS possui atualmente?

Seja você o próximo, junte-se a nós!

• CampanhadeOlhonaValidade-Visaummaiorcontroleparaaquestãodosprodutosvencidos,resultandoemaçõesfavoráveisaoclientefinalemelhorianaprestaçãodeserviço;

• CampanhaSacolasRetornáveis-Contribuicomaecologiaetornaosetorreferênciaemsustentabilidade;

• PlanejamentoTributário-Serviçoaoalcançedetodos,comcustodiferenciado,egarantiaderesultados.

• Emuitomais

• Capitalemetropolitana:mais de 1.500 lojas•Interior:mais de 2.200 lojas

O que faz uma entidade ser mais forte?

RUniãoeintegração RRepresentatividade

Rliderançaatuante RObjetivosalinhadosentreosintegrantes

Em Minas Gerais, qual entidade representa e defende a categoria supermercadista?

AMIS - Associação Mineira de Supermercados,quehámaisde40anosatuaemproldaclasse.

Assessoria JurídicaConsultoriaspreventivasilimitadasnasáreasdedireitotributário,comercial,consumidor,cívelempresarialedotrabalho;Enviodiáriodecomunicadosjurídicos.

Treinamento e DesenvolvimentoDesenvolvimento,atualização,conhecimentoereciclagem:-CursoGestãoNota10(G-10);-CursosMensais;-Palestras,workshopsefóruns.

Relacionamento, Atualização e Negócios- Superminas-ConvençãoeFeiraSupermercadistaePanificação;- Sevar-SuperEncontroVarejista;- DNS-DiaNacionaldeSupermercados;- TGN-TroféuGenteNossa.

Informações atualizadas do setor-RevistaGôndola(mensal);-JornalAmisNewsonline;-Portal.

Convênio médicoTabeladiferenciadaparaassociadosAMIS.

Seguro de vidaParaoproprietáriodaempresa,podendoserextensivoaoscolaboradores.

Garantia de ChequesGerenciaorisconaaceitaçãodechequesàvistaoupré-datados,gerandooaumentodasvendasdoclientecomtotalsegurança.

Convênio OdontológicoTabeladiferenciadaparaassociadosAMIS.

Linhas de FinanciamentoAquisiçãodeequipamentos,imóveis,construçõeseetc.

Convênio Graduação e MBAPresencialeaDistância:20%dedescontonamensalidade

Escritórios ConveniadosGarantiraoassociadoaexcelêncianaprestaçãodeserviçosespecializadosevantagensemformadedescontos,obtendoassimumpreçoacessívelediferenciado.Escritórios especializados nas áreas do direito tributário, trabalhista e previdenciário, imobiliário e cível empresarial.

Convênio Aquisição e avaliação de compra e venda de empresa

Depoimento de um dos primeiros associados AMIS“Emummomentodegrandes transformaçõesque impactamdiretamentenosetor su-permercadista,torna-seinevitávelparanóscomerciantesmineiros,estarmosintegradoseunidosparaodesenvolvimentosustentáveldosnegócios.”

ValdemarMartinsdoAmaral|Sócio-proprietárioSupermercadosABC

Representaredefender,deformaorganizada,imparcialelegítima,osinteressesdeumacategoriaemtodososâmbitos.

Como e qual a condição para se integrar à AMIS?Filiar,conformeEstatuto,econtribuirmensalmentenacondiçãodesócio,eusufruirdeváriosbenefícios,alémdofortalecimentodacategoria.

E além de defender os interesses, o que mais a AMIS oferece aos associados?

Filiação:31-2122.0533|www.amis.org.br

Quanto mais integrantes e envolvimento entre eles, mais conquistas.

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Page 21: Revista Gôndola Edição 211

40

em dia com a amis [SEVAR DO TRIâNGuLO E ALTO PARANAíBA]

“E m primeiro lugar, acho que essa é uma atividade econômica funda-mental para o Brasil, demonstrou isso, inclusive, agora, quando várias outras

tiveram queda e as redes de supermercados con-tinuam crescendo. Isso é uma demonstração de que a população realmente confia neste setor, um setor que está se modernizando cada vez mais. Eu

“uBerlândia Se Senteorgulhosa de receberum evento como eSte”

particularmente fico muito feliz por Uberlândia es-tar recebendo esse encontro tão importante”.

As palavras acima, incluindo a citação do título, são do prefeito de Uberlândia, Gilmar Ma-chado. Mesmo com a agenda apertada, próprio de quem governa uma cidade na casa dos 620 mil habitantes, ele fez questão de visitar o Super Encontro Varejista (Sevar) realizado na cidade nos

dias 16 e 17 de julho. “Acho que um evento deste movimenta a região toda, é uma oportunidade de conhecer produtos novos, inovações que podem estimular e ampliar a rede de vendas e isso para nós é fundamental. Quanto mais os supermer-cados vendem, quanto mais empregos geram, melhor para os municípios. Uberlândia se sente orgulhosa de receber um evento como este”, dis-se o prefeito enquanto folheava um exemplar de Gôndola no estande da AMIS.

O prefeito fez questão de ressaltar o traba-lho do vice-presidente da AMIS na cidade, Guilher-me Miranda, que empenhou muito na realização do Sevar. “O nosso diretor, o Guilherme, faz um trabalho extraordinário de unir o setor e ao mes-mo tempo trazer novidades para que, de fato, esse setor possa continuar gerando emprego e renda”.

E o Sevar foi mesmo reconhecido pelos par-ticipantes por tudo que representa para o setor, especialmente no que ser refere à atualização pro-fissional e às oportunidades de negócio.

O vice-presidente da AMIS em Araxá, An-tônio Ferreira Barbosa, diretor do Barbosão Ex-tra, também falou sobre o Sevar. “Mais uma vez a AMIS demonstrou a excelência da sua organi-zação, a excelência do trabalho da sua equipe e, na minha opinião, foi um sucesso. As palestras foram muito bem escolhidas, com temas real-mente voltados para as tendências do mercado atual, muito proveitosas, muita coisa prática e que, com certeza, muitas pessoas vão usar no dia a dia da loja” disse. “A AMIS está de parabéns por

O VPR da AMIS de Uberlândia, Guilherme Miranda saúda as autoridades na abertura do evento

O prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, visitou o estande da AMIS no Sevar

adenilson fonseca

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Page 22: Revista Gôndola Edição 211

42 43agosto de 2013

que, mais uma vez, foi sucesso total o Sevar aqui no Triângulo Mineiro”.

A Maria Márcia Pereira, do departamento de marketing da rede Super Maxi, lembrou que o evento é “muito importante” para o desenvol-vimento do supermercadista e para estreitar rela-cionamento com o fornecedor. Ela cobrou maior participação dos empresários do setor nos pró-ximos eventos. “É importante todo mundo par-ticipar”, destacou. “Acredito também que a AMIS deveria desenvolver um trabalho junto às lojas (o que já é feito) para divulgar o evento, divulgar o que ela tem de bom. Que seja como um treina-mento para as pessoas acreditarem mais e parti-cipar do evento”.

O diretor do Supermercado Ipê, Ademil-som Bessa, saiu de Pedrinópolis, a 115 quilôme-tros de Uberlândia, para participar do Sevar e se sentiu recompensado pelo que viu tanto nas palestras, quanto na Mostra de Fornecedores. Ele disse que o evento vem agregar ao supermerca-dista, com grandes expositores e palestras “exce-lentes” para aplicar nas empresas. “Gostei dos ex-positores, que são pessoas que agregam valores para gente, são empresas já colaboradoras e par-ceiras. A gente pode sair com mais conhecimen-to e fortalecer essa parceria com os fornecedores que estão aqui”.

Para o vice-presidente da AMIS em Uberlân-dia, Guilherme Miranda, a 16ª edição do Sevar na região marcou muito pela luta para a realização, mas ao final foi recompensador. “O evento fui muito bom. Houve participação das maiores lideranças do setor, veio gente de todas as redes importantes e as palestras foram de nível muito bom”, resume.

Guilherme destacou a última palestra, apre-sentada por Daniel Bizon. “Foi uma palestra com shows de magia. Uma palestra que mexeu com as pessoas e isso é muito bom porque o setor já é muito tenso então precisamos de palestras que sejam um show” ressaltou, já se prontificando a colaborar com o evento do próximo ano. “Acredito que vai ser ainda melhor e estamos aí para ajudar no que for preciso”, finalizou.

acidenteO primeiro dia do Sevar poderia ter sido

ainda melhor, mas um acidente com duas carre-tas fechou uma das principais rodovias de aces-so a Uberlândia, a BR 452, por cerca de nove ho-ras. Com isso, uma caravana de Araxá e outros supermercadistas não puderam chegar ao evento. Funcionários da Cecoti Food Services, expositora do evento, também não conseguiram chegar à cidade no primeiro dia e o estande ficou fechado.

aBertura SoleneDurante a solenidade de abertura do Sevar,

representantes de entidades que apoiaram o even-to e autoridades locais estiveram presentes no ‘palco’. foram elas: superintendente AMIS, Adilson Rodrigues; vice-presidente Regional da AMIS, em Uberlândia, Guilherme Miranda; secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo em Uberlândia, Paulo Junquei-ra; presidente da CDL/Uberlândia, Celso Vilela; diretor da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, Junio Domingos Junqueira; presidente do Sindica-to de Panificação de Uberlândia, Milton Inhaquiti; diretora do Senac de Uberlândia, Vanessa Oliveira Álvares; presidente do Sindicato das Indústrias de Ali-mentação de Uberlândia, César Rodrigues, Analista de Negócios do Sebrae, Fabiana Queiroz e o diretor--presidente da Politriz; Lázaro dos Reis Magalhães. Estiveram presentes ainda, mas sem subir ao palco, o presidente do Uberlândia Convention & Visitors Bu-reau, Luiz Gustavo Fernandes, o vice-presidente do Sindicomércio Carlos França e o assessor parlamen-tar Eliseu Sanches, representando o presidente da Câmara de Vereadores , Márcio Teixeira Nobre.

doaÇõeSSeguindo o que é feito nos eventos da AMIS

no interior, em Uberlândia foram arrecadados em torno de 250 quilos de alimentos e produtos de limpeza doméstica e higiene pessoal e doados à Casa de Reabilitação Jesus Cristo Nazareno. As doações vieram de colaboradores e diretores dos supermercados e das empresas expositoras que, ao final do evento, doaram os produtos.

“expectativa superada” Como sempre ocorre no Sevar, os expositores

aproveitam para apresentar novidades ao mercado. Foi o caso da Refrigerantes do Triângulo Ltda, proprie-tária do Guaraná Mineiro, que levou ao Sevar a sua nova marca, a cerveja Cerma. Outro estande muito visitado foi a Bio Extratos que apresentou a linha de cosméticos naturais.

O diretor-executivo da Lifran, William Franco, estava muito contente com o Sevar. “Ficamos mui-to felizes, tivemos a oportunidade de realizar vários negócios. Só no dia de hoje foram 12 negociações com empresas estratégicas na região”, comemorou. “Estamos muito felizes e motivados com o resultado e criamos até o desejo de participar do Sevar em Divi-nópolis (dias 27 e 28 de agosto), tamanho foi a nossa satisfação com o resultado aqui”.

Ele falou ainda que os diretores da empresa foram até surpreendidos com o número de pessoas que passaram pelo estande. “A gente percebeu uma mobilização na região com as pessoas entendendo a necessidade de se unir, de buscar informações novas, então tivemos um número de visitas espetacular, mui-tas pessoas de toda a região”

Segundo ele, os diretores saíram do Sevar com a sensação de dever cumprido de ter tido a expectativa superada. “Viemos para o Sevar com uma meta arro-jada de resultado e essa meta foi superada em mais de 100%”.

empresas expositoras: Alpino Distribuidora; Avivar; Bio Extratus; Bola Brindes; Branneve; Café Cajubá; Ceasaminas; Cecoti; Colonial; Compesca; Compex; Com-pucenter; Coopatos; CTBC; Forno de Minas; Gôndola Instalações Inteligentes; Guaraná Mineiro; Lifran; Plano RH; Plasitap; Politriz; Refrigerantes Del Rey; Rotoplast; RP Informática; Brasil Kirin; Santa Amália; Start Química; Su-per Globo;Torp; Trigo Arte & Cia e Vilma Alimentos.

em dia com a amis [SEVAR DO TRIâNGuLO E ALTO PARANAíBA]

Page 23: Revista Gôndola Edição 211

Palestras, fóruns e cases

com especialistas renomados do varejoATUALIZAÇÃO e TENDÊNCIAS

NEGÓCIOS e RELACIONAmENTOS

Ambiente e condições para geração de mais de R$1,3 bilhão

Indústrias ofertando lançamentos e inovações ao tradeINOVAÇÕES e LANÇAmENTOS

N

OVIDADE

LAN Ç A MENTO

PADARIA

CONCEITO

TEMA AMIS

2013Estudos e debates sobre perfil, decisão de compras,

hábitos de consumo e comportamento do consumidor

O evento maisaguardado do ano

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Page 24: Revista Gôndola Edição 211

46 47agosto de 2013

O s limpadores já fazem parte da vida da consumidora brasileira. Quem garante é Maria Eugenia Proença Saldanha, pre-sidente executiva da Abipla, entidade

nacional que reúne os fabricantes de produtos de limpeza. Ela argumenta que diante do aumento do poder de compra e da alteração no cenário doméstico, com menor acesso à empregada do-méstica, os consumidores têm optado por produ-tos de limpeza multifuncionais e que tragam mais praticidade e bem estar para o lar.

“O gasto médio do brasileiro com produtos de limpeza cresceu 41,5% nos últimos cinco anos, passando de R$ 161,37 para R$ 271,68 ao ano”, expli-ca a presidente executiva. Para completar, os da Kan-tar WordPanel mostram que no primeiro semestre deste ano houve crescimento de 4% de unidades e 5% em volume dos produtos de limpeza em geral, se comparado ao primeiro semestre de 2012.

Maria Eugênia acrescenta também que as consumidoras estão comprando produtos de maior valor agregado e mais elaborados. “As con-sumidoras mostram que o desempenho do pro-duto compensa o maior desembolso. Elas estão abertas a experimentações”, diz.

limPadoreS Carolina Andrade, executiva de marketing

da Kantar Worldpanel, explica que os dados do Instituto de pesquisa mostram também que as consumidoras estão indo menos ao ponto de venda. “Em média a dona de casa foi ao ponto de

em sintonia com o mercado [LIMPADORES]

lucro comcheiro de limpeza

o setoR de liMPezA CResCeU 3,5% e FeCHoU o Ano PAssAdo CoM UM FAtURAMento de R$ 14,9 BILHÕES. BOA PARTE DESSE MONTANTE VEIO DOS LIMPADORES, PRODUTOS QUE ESTÃO

iMPUlsionAndo A VendA do setoR

áGua Sanitária De acordo com a executiva de marketing

da Kantar Worldpanel, existem limpadores que conquistaram o mercado e caíram no gosto da consumidora. É o caso, por exemplo, da água sanitária e dos alvejantes com cloro, produtos que já estão presentes em 93% dos lares bra-sileiros.

No ano passado, o desempenho deles foi estável, se comparado ao ano anterior, apesar disso, o mercado de água sanitária gera um mo-vimento de R$ 1 bilhão por ano. Porém existem no mercado produtos mais elaborados, alguns deles em formato em gel. Em 2012, cada lar gastou em média R$ 23,30 para comprar estes produtos, valor que cresceu 5,9% se compara-do com o ano anterior.

deterGente Para louÇaOs detergentes para louças também con-

quistaram o mercado, pois estão presentes na maioria dos lares brasileiros, ou seja, 96% dos domicílios. Além disso, seu desempenho tam-bém foi estável no período. Cada lar gastou em média R$ 25,40 para comprar estes produtos, valor que cresceu 12,5% se comparado com o ano anterior.

A executiva de marketing da Kantar Worl-dpanel ressalta que como este produto já conquis-tou o mercado, as ações devem ser feitas, levando em conta o preço baixo. “A consumidora já conhe-ce o produto, seu desempenho e sua média de preço. O varejista vai conquistar mais público com promoções e ações que levem em conta algum ganho maior”, diz.

inSeticida aeroSolPara produtos que ainda não estão con-

solidados no mercado, como o inseticida aero-sol, que está presente em apenas 42% dos lares brasileiros, há ainda muito espaço pra crescer. “Neste caso, é necessário fazer a dona de casa conhecer o produto, o desafio é fazer com que o leve para casa e experiente”, diz Carolina An-drade.

A pesquisa da Kantar Worldpanel detectou que cada lar gastou em média R$ 19,70 para com-prar este produto no ano passado, valor que cres-ceu 2,6% se comparado com o ano anterior.

Purificador de arO mesmo acontece com os purificadores

de ar, que estão presentes em apenas 22% dos la-res brasileiros e apresentou desempenho estável no período. Cada lar gastou em média apenas R$ 15,90 para comprar estes produtos, valor que cres-ceu 2,2% se comparado com o ano anterior.

“Muitas clientes ainda não conhecem o produto, além disso, ele ainda é considerado um item supérfluo na cesta de compras da dona de casa», explica a executiva de marketing da Kantar Worldpanel.

venda menos de três vezes por mês”, explica a exe-cutiva de marketing.

A pesquisa revelou que a categoria de lim-padores foi uma das que mais cresceram em 2012 e representa 20% do mercado de limpeza em geral.

Fotos Ignácio Costa

sandra mara

Page 25: Revista Gôndola Edição 211

48

em sintonia com o mercado [LIMPADORES]

Banheiro e SanitárioS Tanto os limpadores sanitários como também

os limpadores de banheiro ainda estão em poucos lares brasileiros e com desempenho estável. No caso dos limpadores sanitários, sua presença é de apenas 5% e cada lar gastou em média apenas R$ 8,30 para comprar estes produtos em 2012, valor que cresceu 1,1% se comparado com o ano anterior.

A Abipla informa que só em 2012 foram vendidas quase 157 milhões de unidades de lim-padores sanitários, mas esse produto ainda tem muito espaço para crescer.

“O trabalho pode ser feito, levando em con-ta que toda dona de casa valoriza a limpeza de seu lar”, enfatiza. Por isso, ela ensina que é preciso mostrar as qualidades do produto para quem ain-da não o conhece.

“Faça uma ação mostrando que os produ-tos promovem a assepsia total do ambiente dei-xando-o livre da proliferação de bactérias e com um cheiro agradável, e a perfumação é um forte sinalizador de limpeza. Para as consumidoras o cheiro significa bem-estar e sensação de dever cumprido”, diz Carolina Andrade.

Ela ainda ressalta que o supermercadista deve mostrar também diversidade de formatos dos produtos, e as suas diferentes versões

limPeza fácil De acordo com Feliciano de Souza Júnior,

comprador de produtos de limpeza do Supermer-cado Luna, que tem sede em Betim (MG), a venda de limpadores cresceu 10% em volume e 22% em valor nos primeiros seis meses deste ano, se com-parado ao mesmo período do ano de 2012, essa alta foi puxada principalmente pela venda dos multiusos, que ainda é o limpador mais procurado pela dona de casa.

“Houve uma mudança muito grande nes-ta seção nos últimos anos, o mix se diversificou e produtos foram lançados, o que tornou a vida da dona de casa muito mais fácil”, explica o compra-dor. Ele ainda acrescenta que a dona de casa está preferindo produtos mais elaborados, que torne o momento da limpeza mais fácil, mesmo que ela tenha que pagar um pouco mais por isso.

Para se ter uma ideia desse fato, atualmen-te o mix de limpadores é formado por 12 marcas, quantidade muito maior do que havia no ano pas-sado. “São tantas as novidades e tantos lançamen-tos, que não há espaço para colocar tudo”, explica.

tradicionaiS De acordo com Luiz Carlos Milagres, pro-

prietário do Supermercado Irmãos Milagres, lo-calizado em Congonhas (MG), até mesmo seus

Já os limpadores de banheiro estão em apenas 8% dos domicílios e cada lar gastou média apenas R$ 9,80 para comprar estes produtos, valor que cresceu 1,3% em 2012 se comparado com o ano anterior.

PúBlico GrandeDe acordo com a Carolina Andrade, executiva

de marketing da Kantar Worldpanel, esse fato mos-tra que os varejistas têm um público muito grande para alcançar. Por isso, deve ser feito um grande trabalho mostrando as qualidades do produto para estimular a consumidora a levá-lo para casa

Os limpadores têm muitos usos na vida doméstica, às vezes substituindo os limpa-vidros

Page 26: Revista Gôndola Edição 211

50

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AGENDA DE CURSOSaGosTo - 2013

20 de aGosTo

19 de aGosTo

13 de aGosToRoTIsseRIe eM suPeRMeRCados

eXCeLÊnCIa no aTendIMenTo

ao CLIenTe

TÉCnICas PaRa ConTRoLaR, ManTeR e desenVoLVeR

CoLaBoRadoRes

I fóRuM de GesTão

PadRonIZaÇão de ReCeITas e fICHas TÉCnICas: aLIadas na

oBTenÇão do LuCRo

CaRTaZIsTa

WoRKsHoP ICMs/sT

fIsCa L de LoJa

GesTão TRIBuTÁRIo eM Co MPRas

27 de aGosTo

29 de aGosTo

30 de aGosTo

22 de aGosTo

26 de aGosTo

27 de aGosTo

SCURSO INSTRUTOR HORÁRIODATAS

8h30 às 17h30

8h30 às 17h30

9h às 16h

9h às 16h

8h30 às 17h30

8h30 às 17h30

8h30 às 17h30

13h30 às 17h30

8h30 às 17h30

RoBsonRodRIGues

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em sintonia com o mercado [LIMPADORES]

consumidores, a maioria deles considerados tradicionais e que não gostam de experimentar novos produtos, já usaram algum lançamento desta seção.

Ele conta que em sua região os consumido-res são muito fieis a marcas e não é muito fácil em-placar um novo produto, mas os limpadores estão conquistando as donas de casas, contudo, de uma forma mais lenta que em outras cidades.

“Tem surgido muita novidade nos últimos tempos e a dona de casa não tem conseguido acompanhar a evolução dos produtos”, explica Luiz Carlos. Ele ainda acrescenta que estes pro-

No Super Dito, nos primeiros seis meses deste, houve um acréscimo 7% nas vendas de limpadores, se comparado ao mesmo período do ano passado. Para Cláudio, o fato reflete também um maior empenho da indústria para fazer os con-sumidores conhecer os novos produtos. “Quando há uma propaganda de um produto na televisão, ele tem que esta na gôndola, pois o consumidor já entra na loja pedindo por aquele produto da pro-paganda”, conta.

eXPoSiÇÃo De acordo com Alex Nunes, consultor e

professor do G10, um dos limpadores mais procu-rados pela dona de casa ainda são os multiusos. Quanto aos outros produtos, principalmente os lançamentos, a consumidora tem pouco conhe-cimento de suas diferentes funções e nem como e onde utilizá-los. Além disso, muitos deles estão mal organizados nas gôndolas, o que confunde muito a compradora.

Ele explica que para obter mais sucesso de vendas na categoria de limpadores é fundamental que os produtos sejam expostos da forma corre-ta, facilitando a compra da consumidora. “Sempre abrir a gôndola com produtos de tamanhos maio-res, as embalagens de um litro nas prateleiras su-periores”, ensina.

Outra dica importante é que a categoria de limpadores especiais, os produtos sejam alocados de acordo com a sua funcionalidade por ambien-te, como por exemplo, banheiro, cozinha e vidros. “Uma boa forma de fazer um cross merchandising é expor próximo aos produtos de limpeza para o banheiro e vaso sanitário”, completa.

para saBEr mais

• Super Luna: (31) 3512.4500 • Supermercado Irmãos Milagres (31) 3731-6265• Super Dito (37)3381-1588• Kantar Worldpanel: [email protected]• Abipla: (11) 3031-6578• Consultor Alex Nunes: [email protected]

dutos já fazem parte da lista de compras da dona de casa, por isso, não é necessário fazer grandes ações para fazer o produto girar.

ProdutoS melhoreS Luciano Teixeira Gonçalves, proprietário do

Super Dito, com sede na cidade de Cláudio (MG), concorda que não é necessário fazer grandes ações para fazer os limpadores girar. “A dona de casa precisa do produto para a limpeza de sua casa e ela está procurando produtos melhores, mesmo que eles sejam um pouco mais caros”, explica.

Os produtos de limpeza precisam ter exposição bem planejada na loja, facilitando as compras para o consumidor

Page 27: Revista Gôndola Edição 211

52 53agosto de 2013

A família brasileira tem sempre à mesa do desjejum o tradicional cafezinho, o leite, o pão e biscoitos. Mas nos últimos anos, o requeijão que há muito tempo foi um

item de consumo considerado supérfluo, passou a ter presença fixa no dia-a-dia das pessoas, to-mando o espaço que era dedicado à manteiga ou à margarina.

acertando o Passo [REQuEIJÃO]

virou háBitoo ReqUeiJão, eM esPeCiAl, o CReMoso, entRoU eM deFinitiVo nos Hábitos de

ConsUMo do bRAsileiRo, PResente no CAFé dA MAnHã oU no lAnCHe, qUAse seMPRe sUbstitUindo A MAnteigA oU A MARgARinA. APRoVeite.

ana motta

De acordo com a executiva de Marketing e Comunicação da Kantar Worldpanel, Carolina An-drade, o consumo de requeijão cresceu cerca de 2,3 pontos percentuais em termos de penetração nos lares em 2012, em relação a 2011. E entre os canais de compra, o autosserviço ficou com 70% do gasto médio do produto, ou seja, a maior parte do montante.

Por isso, vale a pena prestar um pouco mais atenção ao produto. O sócio-proprietário do Su-permercado Candidés, com sede em Divinópolis, Gilson Teodoro Amaral confirma o avança do item: “o produto tornou parte da mesa do brasileiro pela ascensão da classe C, devido ao aumento do po-der aquisitivo”.

Segundo a Associação Brasileira das Indús-trias do Queijo (Abiq) atualmente são produzidos cerca de 230 mil toneladas de requeijão no País, contando com o tipo “cremoso” (copo), habitual-mente utilizado no pão ou biscoito e o “culinário” (blisters) usado para fazer pizzas, salgados, dentre outros alimentos de foodservice. Há também o requeijão em barra, muito utilizado no Norte de Minas e no Nordeste do País.

O diretor comercial da Cooperativa Consul, Any Martins da Costa Júnior é outro que confirma o bom momento do requeijão. Ele informa que a venda do requeijão cresceu em média 3,5% no úl-timo ano. E dentro da seção de laticínio represen-tou 1,8% das vendas em 2012.

aPoSta Com o propósito de agradar cada vez mais

o paladar dos consumidores, as indústrias de quei-

requeijão é um produto lácteo tipicamente brasileiro, que apresenta certa similaridade com os queijos processados, embora seja produzido a partir de massa fresca, diferente dos produtos que são produzidos a partir de queijos. À massa da coalhada são acrescentados creme de leite, água e sal. Originalmente o requeijão surgiu como um subproduto elaborado a partir de leite desnatado tido como soro, na época considerado descarte, das regiões produtoras de creme para a fabricação de manteiga.

Foto

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Excelente companheiro para o café e biscoitos, o requeijão, mesmo em barra, vem ocupando mais espaço

O requeijão cremoso é o líder de sua categoria

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ARTE FINAL - PORTO ALEGRE - Anúncio A4_OBAH DESIGN.pdf 1 18/07/2013 11:47:09

jo vêm inovando os sabores e segmentos do re-queijão. Dentre os mais vendidos há dois tipos de sabores, que são o de “ervas finas” e o “cheddar”, comuns no tipo cremoso.

Segundo o comprador do Super Luna, de Betim, Bruno Silva, a venda do requeijão com sa-bores representa 5% da venda total do produto, mas acredita que este percentual tende a crescer com o decorrer dos anos. O produto “light” tam-bém tem bom giro e possui seção separada na maioria dos supermercados.

O crescimento de produção do requeijão culinário, nos últimos cinco anos, foi maior que a do cremoso. De acordo com Silmara Figueiredo, do departamento de Marketing e Comunicação da Abiq, o crescimento maior sobre o tipo culiná-rio é em função ao crescimento da alimentação fora do lar, com pratos prontos, pizzas e do foo-

dservice em geral. No período que corresponde entre 2007 e 2012, o requeijão cremoso cresceu apenas 50%, sendo que o culinário subiu 60%.

aBranGÊnciaApesar de estar evidente no mercado atu-

al, o requeijão ainda precisa ser mais explorado pelos investidores do interior. A popularidade do produto abrange mais os grandes centros e região vizinha. Para Any Junior, da Consul, as empresas de requeijão focam muito em ações de marketing nas capitais “É um mercado ainda pouco explora-do nas cidades regionais, o que pode se transfor-mar em grande oportunidade para as indústrias”, explica.

Conforme informa a Abiq, o requeijão é o terceiro queijo mais vendido no mercado, perde apenas para a mussarela e o queijo prato. O mo-

acertando o Passo [REQuEIJÃO]

Há um número bem representativo de players nesta categoria, com boa participação de empresas mineiras

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56 57agosto de 2013

vimento anual é de R$ 900 milhões ao ano no varejo e tem potencial para crescer ainda mais. “O potencial de crescimento para o futuro pode se dar ao desenvolvimento econômico, quanto maior a renda dos novos consumidores da classe C, maior é o potencial de crescimento”, afirma Sil-mara Figueiredo.

eStratéGiaSO requeijão é considerado hoje um produ-

to de cesta básica, mas muitos supermercadistas ainda não sabem disso. Para evidenciar o produto na loja, não se pode abrir mão de uma boa divul-gação. “Quando o foco sobre o produto é intenso, é preciso evidenciá-lo nos tabloides do supermer-cado e internamente, para destacar e impulsionar a compra”, garante Gilson Teodoro Amaral, pro-prietário do Supermercado Candidés.

Em relação à importância do produto no conjunto de vendas, Gilson explica que é impor-tante dimensionar de acordo com o percentual de rentabilidade do item. A dimensão do mix na maioria dos supermercados varia entre quatro e oito marcas com produtos comuns e lights.

acertando o Passo [REQuEIJÃO]

dados dE vEnda

rEquEijão variação %

Valor gasto – R$ + 13,6

Frequência de compra Estável

Penetração nos lares +2,3 p.p.

Gasto Médio +5

Canais dE Compra

Canais dE Compra valor gasto

5 Maiores redes 12%

Autosserviço 70%

Varejo tradicional 10%.

Atacadista 6%

Outros 2%

aPoioPara apresentar os lançamentos e tornar o

produto com um giro alto o ano inteiro são fei-tas ações como: a exposição de produtos com condições especiais de compra nos tabloides de ofertas, exposições em destaque nas gôndolas de frios e parcerias com fornecedores. Alguns super-mercados apostam em degustações, uma ação de marketing que é considerada infalível por muitos empresários do ramo.

O cross merchandising também é muito utilizado pelos supermercadistas, de acordo com Any Junior, da Consul, sempre existe um produto que possa ser atrelado ao item ofertado, dando a entender que pode ser uma combinação perfeita para determinado tipo de prato ou outro fim. Por-tanto, são usados produtos como torrados, biscoi-tos, massas, dentre outros.

fidelidadeA melhor maneira de fidelizar, atrair e tornar

rentável a operação deste produto no mercado é contar com a participação efetiva do fornecedor, o que se torna parte fundamental para esta fideliza-ção. Segundo Any Junior o supermercadista deve ter um cuidado especial com esta fidelização “Após todo o investimento nas campanhas através de ofertas e degustações, não podemos deixar de dar ênfase aos produtos e principalmente permitir que aconteçam rupturas na área de vendas”, afirma.

para saBEr mais

• KantarPanel: (11) 3094 2280• Consul: (31) 3824 5149• Abiq: (11) 3259 8266 • Supermercados Candidés: (37) 3229 1200• Super Luna: (31) 3512 4500

Algumas redes inseriram em seu

sortimento requeijão de marca própria

Fonte: Kantar WordPanel

Page 30: Revista Gôndola Edição 211

58

Treinamento:o remédio para as vendas

N ão é incomum ouvirmos frases de descrença sobre a importância do treinamento a vendedores. Por incrível que pareça, muitas empresas, por diferen-tes motivos, acham mais fácil trocar de equipe que

preparar seus colaboradores constatemente. Mas será que um profissional despreparado não pode afastar o cliente de vez? A resposta é óbvia: sim!

Muita gente cria crenças limitadoras para si, sem um motivo aparente, e com isso bloqueia seu crescimento pes-soal e profissional. Dizer que não sabe vender, que não con-segue falar em público, que é tímido demais para fazer uma boa apresentação ou palestra é um pensamento limitador, mas que certamente pode ser mudado. Conheço muitas pessoas, antes tímidas, que atualmente dão palestras, atuam em vendas, lideram numerosas equipes em multinacionais importantes.

Comunicação é o núcleo do sucesso dessas pesso-as. Só se aprende essa habilidade, praticando. O que vamos descobrindo é que o segredo da comunicação eficaz está no tempo. Mas como, mesmo sem o tal “tino para a coisa”, elas conseguiram alcançar o sucesso? Há um remédio para isso, e seu nome é treinamento.

Na língua portuguesa, temos os ditos populares “é melhor prevenir do que remediar” e “o que não tem remédio remediado está”. Mas, neste caso, não se trata de prevenção ou resignação. Estamos falando de seres humanos, atitudes e comportamentos que precisam ser adquiridos, aperfeiço-ados e modelados ao longo dos anos e das etapas da vida.

Treinar é a minha vida! Há 15 anos, tenho desenvolvi-do empresas em termos de vendas, comunicação, ideias. Um campeão de vendas surge com o domínio de técnicas de ora-tória, que se dividem em três momentos: a abertura, quando se cria empatia, sondagem e se faz perguntas que levantam as informações do cliente; o corpo, hora de ser persuasivo, de saber vender ideias com técnica que se resume em uso de Fatos + Benefícios + Evidências + Aplicações para o cliente;

e fechamento, momento de estimular a pessoa a comprar e vencer as objeções.

Vender é a arte de convencer, de influenciar, de estimu-lar pessoas. E, para tudo isso, há técnica, há remédio. Avalie se é o momento de reformular suas habilidades de comuni-cação e reforçar o uso de alguns métodos, pois todos somos vendedores de nossa imagem e do quanto ela significa ao mercado. Treinar nunca é demais!

[consultor e palestrante internacional]Marcelo ortega

para saBEr mais

•  www.marceloortega.com.br

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O Departamento Jurídico AMIS acompa-nha diariamente Leis, Portarias e Decre-tos, nos âmbitos municipal, estadual e federal, que impactam o setor supermer-cadista de Minas Gerais.

Possibilita ao Jurídico AMIS ficar atuali-zado, interpretar e informar aos seus as- sociados sobre Leis, Portarias e Decretos que entram em vigor e que de alguma forma irão impactar as operações e politi-cas dos supermercados.

Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às nor-mas de defesa do consumidor e da regu-lamentação setorial.

Você sabia que:

J U R Í D I C O

03 AD COLUNAS JURID.indd 4 5/21/13 11:54 AM

em dia com a amis ii [GESTÃO NOTA 10]

O curso Gestão Nota 10 (G10) está capa-citando colaboradores da Rede Uai de Supermercados, que tem sede em Mu-riaé, na zona da mata mineira. O curso,

que é ministrado pela AMIS, está sendo muito procurado tanto por supermercadistas da Capital como também do interior do Estado. Somente para a Rede Uai, a AMIS teve que montar suas turmas na mesma cidade, fato que nunca havia acontecido antes.

De acordo com Jose Antonio Vilela, Gestor da Rede UAI, a realização do G10 para os proprie-tários e gerentes das lojas associadas faz parte do planejamento estratégico da rede, que tem por objetivos diminuir o turn over e melhorar o atendi-mento ao cliente. “Neste primeiro momento cerca de 60 pessoas de todas as lojas estão fazendo o

duaS turmaS do G10em Muriaé

curso; caso haja necessidade, outras pessoas tam-bém farão o curso, num outro momento”, explica.

Com sede em Muriaé (MG), a rede Uai é uma das que se mantém em crescimento desde a sua criação. Com 54 lojas e uma receita em torno de R$ 200 milhões em 2012, a rede tem expectati-va de fechar este ano com uma receita bruta de R$ 240 milhões e 60 lojas.

Ao levar o G10 a todas as empresas do in-terior, a AMIS reafirma sua função de desenvolver o setor supermercadista e deixar o melhor ao al-cance de todos. Somente neste ano, cerca de 200 pessoas já foram capacitadas pelo G10, em Juiz Fora, Montes Claros e Belo Horizonte, onde já hou-ve conclusão de cursos. Além destes estão sendo realizados também cursos em Ipatinga e há previ-sões de novas turmas em Uberlândia e Piumhi.

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60 61agosto de 2013

Bambuí - Paulo joSé iSrael azevedoPaulo José Israel Azevedo é natural de Araújos, morou em Belo Horizonte, mas começou a vida de super-

mercadista em Bambuí. Paulinho, como é conhecido no setor e na região, era funcionário do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), órgão responsável pela a arrecadação e distribuição dos direitos autorais das músicas aos autores, na capital mineira. Quando o primeiro filho nasceu, as coisas começaram a ficar mais difíceis longe da família. Surgiu, então, uma oportunidade de voltar para o interior. Ao lado da casa do sogro, em Bambuí, tinha uma pequena mercearia à venda, foi quando ele decidiu sair de Belo Horizonte e, com o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), comprou a mercearia e começou no ramo supermercadista. A primeira loja do Supermercado do Paulinho foi aberta no dia 16 de setembro de 1987. Hoje, são três lojas e tem no comando o filho, o administrador de empresas Paulo Augusto. Aquele mesmo que, ainda bebê, fizera Paulinho voltar para o

interior. A segunda loja foi aberta sete anos depois da primeira e, em 2005, a terceira unidade. Paulinho é casado com a empresária Gislene Sueli da Silva Israel que atua no segmento de roupas infantis. Além de Paulo Augusto, o casal tem uma filha: a estudante de psicologia Roberta Vanessa, de 24 anos. Paulinho já teve farmácia e atacado distribuidor, mas se encontrou mesmo foi no segmento supermercadista. Nesses 26 anos no setor, Paulinho aprendeu muito e está certo de uma coisa. “Minha visão é a seguinte: hoje o pequeno que não estiver junto com uma rede está fora do mercado”, alerta. Diretor do Supermercado do Paulinho, vice-presidente da Rede Confiança e presidente da Central de Compras do Alto São Francisco (Casf ), ambas centrais de negócio da região, Paulinho ainda consegue tempo para outra atividade de que gosta: o enduro. Ele faz trilhas de moto e já comprou um jipe para aderir à trilha em quatro rodas.

sÉrie esPecial [VICE-PRESIDENTES REGIONAIS DA AMIS]

nA séRie sobRe os ViCe-PResidentes RegionAis (VPRs) nestA edição gÔndolA MostRA qUeM são os RePResentAntes dA AssoCiAção MineiRA de sUPeRMeRCAdos (AMis), no CentRo-oeste. o CRitéRio

segUido PARA deliMitAR A Região Foi o MAPA dAs Regiões de PlAneJAMento do institUto de geoCiênCiAs APliCAdAs (igA), ligAdo Ao goVeRno MineiRo.

lideranÇaS doCentro-Oeste de Minas

Campo Belo - carloS alBerto ferreira freireNormalmente calmo, exigente sempre e, às vezes,nervoso. Assim é o VPR da AMIS em Campo Belo, há 13 anos, o engenheiro

mecânico, Carlos Alberto Ferreira Freire de 51 anos. Ele é casado com a odontóloga Elba Valéria Ferreira Salume, e pai do estudante de Direito Lucas Salume Freire, e de Bruna Salume Freire, que cursa o ensino médio. Freire é diretor comercial do supermercado Real, com três lojas em Campo Belo e uma em Oliveira. O Real emprega 175 pessoas e em 2012 faturou R$ 36 milhões. A empresa teve início na década de 60, quando o pai e o tio de Freire abriram um ataca-do e um pequeno varejo de cereais. Em 1975, foi aberta a primeira loja de autosserviço. Em 1980, o pai e o tio separaram o negócio. “Eu trabalhava como analista de sistema na Acesita. Deixei o emprego e me aventurei no comércio. Em 1989 inauguramos uma loja mais moderna, em 2001 compramos o antigo supermercado COC na cidade de Oliveira e, em 2003, abrimos a nossa mais nova loja Realmax” informa Freire. Além de supermercado, o grupo tem uma fazenda onde, em regime de confinamento, produz toda carne consumida nos açougues das lojas e verduras e legumes. Tudo que é produzido na fazenda é consumido nos Supermercados. Quando não está no supermercado, gosta de ir para a fazenda, acompanhar tudo de perto, controlar a alimentação dos animais e todo o plantio. Mas não é só isso. “Gosto também de andar de bike, fazer trilhas nas serras e de uma boa leitura”. “Trabalhar em supermercado é reinventar-se todo dia. É não acreditar nas estatísticas e não arquivar os sonhos só porque ouve o tempo todo que as coisas vão mal”, sempre diz. “Por isso, contamos com o apoio das associações de classe, como a AMIS” reconhece. “Para nós varejistas de porte médio e pequeno, é fundamental que aprendamos a trabalhar em um sistema de cooperativa. Juntos somos fortes”.

Bom Despacho - fáBio teiXeira camPoSEm Bom Despacho, a AMIS é representada por Fábio Teixeira Campos, 49 anos. Ele é casado com Rita de Cássia Lopes Teixeira

e têm dois filhos: Fábio, 13, e Felipe, 10 anos. O casal curte a vida familiar, os amigos de longa data, os muitos afilhados, especial-mente nos fins de semana na “Chacrinha”, com churrasco e um repertório de música “brega” escolhida a dedo pelo DJ Fábio. Reli-giosos, participam do Encontro de Casais com Cristo (ECC) e gostam de ir à Aparecida do Norte agradecer e pedir bênçãos. Fábio é atleta amador “aposentado”: desde criança participava de times de futebol da cidade, atuando como goleiro. Hoje, acompanha os filhos nas escolinhas de futebol e, para não perder o pique, pratica caminhada e corrida. Há dois anos ele é VPR, o que considera da maior importância “porque a AMIS trouxe vez e voz para os varejos do interior”. Caçula de dez irmãos de tradicional família de comerciantes, cresceu brincando entre as caixas de mercadorias no armazém do seu pai, Elísio Teixeira Campos, fundador da Casa Fidelis. Ainda adolescente já ajudava nas tarefas como office boy e entregador.

Por mais de 12 anos, atuou como comprador de hortifrutigranjeiros na Ceasa e como vendedor do ata-cado nas cidades vizinhas. Estudou na Escola Miguel Gontijo em Bom Despacho e se especializou em Gestão de Negócios para empresários na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Hoje, a Casa Fidelis é administrada por quatro filhos sucessores de Elísio. Fábio é o coordenador de compras da empresa e, perguntado sobre o que seria se não trabalhasse nesta atividade, não saberia dizer, tamanho é o gosto e empenho com que realiza o trabalho. A família tem mesmo a vocação para o comércio de alimentos. A Casa Fidelis já se destaca no Centro-Oeste com o varejo Fidelis Supermercados, o atacado Fidelis Distribuição e Logística, o atacarejo Suporte Comercial e o restaurante Fidelis Lanches, empregando mais de 300 funcionários ao todo. O grupo que está prestes a completar 50 anos de existência.

adenilson fonseca

Divinópolis - GilSon teodoro amaralO vice-presidente da AMIS em Divinópolis tem 40 anos de idade e é formado e pós-graduado em Direito.

Ele é calmo, exigente e estratégico. É com esse perfil que o ex-bancário Gilson Teodoro Amaral conduz, como sócio-diretor, o Supermercado Candidés, empresa fundada em 1994 e com três lojas na cidade. Gilson é casado com Márcia Amaral e pai de dois filhos: Marcelo de 4 anos e Leonardo, de 12. Apesar da exigência natural do seu perfil e que o setor exige, ele é uma pessoa sempre amigável e ponderada, características com as quais há cerca de 10 anos representa a AMIS na cidade e lidera os 180 colaboradores da empresa. Mesmo não estando dentro da loja, Gilson dedica ao negócio. Quando está de “folga”, a atividade de que ele gosta é visitar empresas concor-rentes em outras cidades e buscar conhecimentos gerais. O que tem uma justificativa. “O desafio de estar sempre atualizado, o dinamismo que o setor desenvolve e a exigência cada vez maior do consumidor”, diz.

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62 63agosto de 2013

sÉrie esPecial [VICE-PRESIDENTES REGIONAIS DA AMIS]

Formiga - antÔnio fernandeS lima SoBrinhoEle é um dos mais tradicionais e por isso, somado ao seu carisma, um dos mais queridos supermercadistas de Minas Gerais.

Antônio Fernandes Lima Sobrinho, ou o Toninho, tem 72 anos e há 16 é vice-presidentes a AMIS em Formiga. Uma pessoa que, de tão serena, consegue transmitir isso a quem conversa com ele sempre com um papo agradável e alegre. Toninho é casado com Maria Cunha Lima que é a gerente de loja do Ki Sacolão, a empresa da família. Os filhos do casal são a empresária Suelly Aparecida Lima Alves, formada em biblioteconomia; a gerente de loja Josely Lima, pedagoga; o professor de inglês Marcelo Kenedy Lima, for-mado em Arquitetura e o professor de Direito, Juliano Vitor Lima. Toninho não chegou a estudar muito, mas na atividade é doutor. Com ensino fundamental incompleto, sabe como poucos liderar a equipe de 149 colaboradores do Ki Sacolão, loja fundada em 1973. No cargo de sócio-diretor, nesses 40 anos ele viu muita coisa acontecer: passou pela crise de desabastecimento dos anos 1970, a inflação dos anos 1980 e viu o setor se estabilizar com o Plano Real, mas o que o conquista mesmo é o contato diário com as pessoas. “O dia a dia no meu supermercado me fascina, pois o contato com meus clientes, fornecedores, amigos e colegas de profissão, fazem parte do meu universo, cada dia me inspira e me motiva mais”. Atualmente, Toninho está preparando uma nova loja, maior e mais moderna ainda, que ficará pronta até outubro. A nova unidade terá dois pavimentos somando 3,7 mil metros quadrados, com elevador e rampa para o estacionamento. “É uma loja espelhada e com estrutura semelhante às grandes lojas de Minas Gerais”, promete.

Itaúna - roneY aeraPhe mendeS SilvaSensato, criterioso e fiel a seus princípios. Essas são as principais características do vice-presi-

dente da AMIS em Itaúna, Roney Aeraphe Mendes. Ele tem 39 anos, formação superior em curso e é diretor administrativo-financeiro da Casa Rena. Roney é casado com Luciana Chaves Silva Aeraphe e pai de Rafisa, oito anos e de Caio, cinco anos. Quanto ao lazer e diversão, Roney é bastante simples e eclético. “Passear com a família, pescar, viajar, bater papo com amigos, tudo me agrada” confirma o VPR da AMIS há 15 anos. A Casa Rena tem seis lojas na cidade de Itaúna e emprega 520 pessoas dire-tamente, mas vai se expandir não só no número de unidades, mas também de cidades atendidas. Até final de 2013, vai fincar a bandeira em outros dois municípios vizinhos: Mateus Leme e Divinópolis, com uma loja em cada cidade. Analisando o segmento supermercadista, Roney avalia que o setor exige muita dedicação e muita atualização, mas o resultado é recompensador do ponto de vista do crescimento pessoal e profissional. “O segmento supermercadista nos traz o desafio de mudar cons-tantemente, reformulando nossas estratégias todo momento e este dinamismo nos obriga a buscar conhecimento e não nos permite acomodar” avalia. Para ele, olhar para trás e ver o crescimento da empresa e a satisfação do cliente é outro motivo de se sentir realizado. “Lidar com o publico é muito gratificante quando sentimos o reconhecimento que nossa empresa tem com o mercado consu-midor ao longo destes 47 anos de atividade. Fazer parte dessa história é um orgulho indescritível”, comemora.

Lagoa da Prata - roBerto carloS mirandaEle desistiu dos estudos quando terminou o segundo grau (hoje ensino médio) para se dedicar ao traba-

lho e deu certo. Hoje é diretor do supermercado Prado e Miranda, com duas lojas em Lagoa da Prata e uma em Santo Antônio do Monte, e 110 funcionários. Calmo, temperamento tranquilo, mas exigente quando necessário. Assim é Roberto Carlos Miranda VPR da AMIS em Lagoa da Prata, há 10 anos. Ele é casado com Sandra de Cássia Gomes Prado Miranda e pai de Roberta Prado Miranda, de 17 anos e Matheus Prado Miranda de 13 anos, ambos estudantes. Antes de ser supermercadista, ele trabalhou 10 anos na extinta Minascaixa, e teve uma locadora de vídeo, no mesmo período. “Abandonei as atividades para abrir uma loja de supermercado, ramo pelo qual já era apaixonado desde criança” conta o VPR, que gosta muito de viajar e estar com a família. Ele revela que se não fosse supermercadista, certamente, seria varejista em outro segmento, mas gosta mesmo é da loja supermercadista. “E um setor apaixonante e envolvente, temos que nos atualizar e adaptar todo momento, estarmos atualizados em

tecnologia e não nos esquecer de que um atendimento diferenciado, ainda é um dos melhores caminhos para fidelizar cliente”. No dia a dia do supermercado, ele conta com o apoio de uma pessoa em especial. “Sempre tive a ajuda de minha esposa que sempre trabalhou com muita dedicação e muito ajudou a empresa a crescer”

Itapecerica doloreS antÔnia fonSeca O magistério perdeu a professora, mas o varejo ganhou a grande empreendedora. Ela já traba-

lhou como babá, em casas de família e como vendedora em lojas. Deixou o sonho de lecionar quando começou a ingressar no comércio em Itapecerica. O varejo conquistou a hoje adminis-tradora Dolores Fonseca, de 38 anos, há oito VPR da AMIS na cidade. A primeira mulher a assumir o cargo. Dolores é sócia-diretora do Supermercado Faria, com 120 funcionários e duas lojas. “Tudo começou em 1995, com um pequeno açougue e mercado, onde fomos inserindo os itens de necessidades básicas ao mix. A clientela foi aumentando e meu só-cio e eu percebemos que o local e o mix já não estavam atendendo as expectativas dos clientes”. A oportunidade de expandir veio com a compra de um supermercado com a infraestrutura adequada para o que precisavam. Foi quando eles aproveitaram para ex-pandir o negócio, e também, o capital intelectual. Na época ela iniciou a graduação em Administração de Empresas. Com seis anos, Dolores resolveu transferir a segunda loja, para instalações próprias. Uma casa foi transformada no Faria Plus, inaugurado em 2012, na rua principal da cidade, totalmente adequado às demandas, como estacionamento exclusivo para o cliente. No início de 2013, a empresa tinha três lojas, mas a primeira, onde tudo começou, foi fechada para dar lugar a um novo empreendimento. “Estamos com novos projetos para o local e em breve teremos novidade para os itapecericanos, remane-jamos os funcionários para as outras duas lojas, e o bom atendimento prevalece”, informa. A VPR acredita que o empreendedor deve se atualizar sempre, buscar novas ideias e opor-tunidades para o negócio. O que ela faz em viagens, por exemplo. “Já viajei para alguns países e por muitos estados. Esse é o tempo que tenho para fazer uma reflexão sobre minha vida, rever comportamentos pessoais e retomar valores que acho de absoluta im-portância. Fico mais feliz, principalmente se tenho comigo pessoas de que gosto, aí sim, eu me sinto realizada”, afirma.

Cláudio - luciano teiXeira GonÇalveSO vice-presidente da AMIS em Cláudio é o técnico em contabilidade Luciano Teixeira Gonçalves, que assu-

miu o cargo em 1999. Ele tem 40 anos, é casado com a contadora Kaline Guimarães Gonçalves e tem três filhos: Lucas, 19; Leonardo, 9 e Luciana, de 4 anos. No cargo de diretor, junto com os irmãos, Gilberto, Manoel e Valkiria, ele conduz a empresa fundada pelo pai, Expedito Gonçalves de Sousa, em 1970. Hoje são duas lojas: uma de sete check outs, em Cláudio, e outra de seis, em Itapecerica. O Super Dito tem 110 funcionários, mas deve praticamen-te dobrar esse quadro até outubro, quando vai abrir mais uma unidade, de 14 check outs, também em Cláudio. Com o sucesso das lojas já tradicionais, esse novo empreendimento vai capitalizar a empresa não só financeira-

mente, mas em outros quesitos que Luciano preza bastante. “Eu acho que é muito trabalho, mas é muito gratificante também. Você fica mais conhecido e faz muita amizade”, disse. Paralelamente ao ramo supermercadista, a família tem uma fazenda de criação de gado de corte em Itapecerica, para onde Luciano vai descasar eventualmente. Além da fazenda, ele gosta de viajar, principalmente para praias, com a família.

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O cliente (sempre) desejaexperimentar algo novo

H oje quase tudo que foi escrito sobre ficção está se tornando real. Muitos inventos se transformaram em produtos com a capacidade de mudar o varejo, tornando-o mais eficiente.

Atualmente, o varejo concilia ferramentas que trazem ao ponto de venda informações que antes não eram utiliza-das. Estes dispositivos propõem novas soluções a questões como estoque atualizado, aumento nas vendas, otimização da operação etc.

Creio que muitos viram a ação Espelho Mágico – como uma marca resolveu o problema do alto volume de tênis em exposição, mantendo apenas os tênis pretos na vitrine. As-sim, o cliente experimentava apenas o item exposto e, em um espelho, eram projetadas cores e modelos variados. Após a escolha, bastava efetuar o pagamento e retirar o modelo escolhido. Com roupas é a mesma coisa. Um sistema captura a imagem do cliente, calcula suas proporções e, em uma tela, é possível ‘experimentar’ a roupa desejada.

Supermercados podem utilizar câmeras que moni-torem o tráfego e determinar o caminho mais usado pelos consumidores, priorizando a disposição dos produtos e dire-cionando as ações.

Essas tecnologias proporcionam ao cliente uma expe-riência diferente, que se torna referência, fazendo com que mais consumidores queiram conhecê-la. Os ganhos virão, e quem demorar a investir, ficará para trás.

Para os consumidores que não forem alcançados por esta propaganda, o varejista terá que usar outros meios, o cha-mado cross channel. A web é um exemplo. E não estou falan-do do comércio eletrônico, mas o uso de, por exemplo, apps que permitam conhecer a loja sem estar nela fisicamente.

Hoje ainda são poucas as iniciativas desse tipo. Co-nheço poucas redes que praticam esse conceito, pois nor-malmente julgam esse cenário como uma competição: lojas físicas versus lojas virtuais.

Essa é uma visão equivocada. Se entendermos que cada canal nos traz vantagens, entregaremos mais ao nosso cliente. Se houver sucesso na implementação de múltiplos canais, o cliente será alcançado pela marca/loja tanto se esti-ver nela fisicamente como se for através da web.

O fato é que isso exige investimentos no curto prazo e a maioria prefere agir reativamente, aguardando que “dê cer-to” para entrar, ou continuar esperando ganhar o máximo no formato atual de loja.

Mas a tecnologia está expandindo rapidamente e as lo-jas estão mudando. É importante investir para manter o negó-cio alinhado com o mercado, sob o risco de engrossar a lista das empresas que perderam espaço e clientes.

[ especialista em tecnologia para o varejo] luis luizeti

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O Departamento Jurídico AMIS acom-panha diariamente os Projetos de Leis, a nível estadual, inerentes ao setor super-mercadista.

Permite ao Jurídico AMIS ter acesso an-tecipado aos Projetos de Leis que estão tramitando, e orientar e atuar em prol da classe supermercadista, de forma preven-tiva.

Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às nor-mas de defesa do consumidor e da regu-lamentação setorial.

Você sabia que:

03 AD COLUNAS JURID.indd 5 5/21/13 11:54 AM

sÉrie esPecial [VICE-PRESIDENTES REGIONAIS DA AMIS]

Piumhi - joÃo joSé de meloO economista João José de Melo, 57 anos, é o VPR da AMIS em Piumhi. Ele é casado com Luzia Imaculada Silva Melo, que

trabalha no setor financeiro da empresa, e tem dois filhos: a farmacêutica Daniela Silva Melo, 28 anos, e o engenheiro da computa-ção, João José de Melo Junior, 25, gerente de compras da empresa. Há quatro anos no cargo, o VPR é diretor comercial do Stalo Supermercado, que em 2012 faturou R$ 22 milhões. A empresa tem duas lojas na cidade e emprega 130 pessoas. A origem é de

1983, quando, logo após voltar do período de lua de mel, Melo e a esposa abriram uma loja de 60 metros quadrados com o nome de Casa de Frios Stalo. Os produtos vendidos eram peixes, frios, doces e frango abatido. Em 1992, o casal comprou o imóvel e aumentaram a loja para 220 m2, passando a um minimercado. Em 2002, compraram o terreno ao lado fizeram do ponto um supermercado de 500 m2 de área de venda. Em 2009 a empresa comprou outra loja com 600 m2. Até o final deste ano, o Stalo terá três unidades. Melo informa que está projetando a abertura de outra loja na cidade com área de venda de 1,1 mil metros quadrados. Mas não é só de supermercado que vive o vice-presidente este VPR. Em conjunto com os irmãos, ele tem uma fazenda produtora de café, um restaurante e um hotel. Todos os empreendimentos no município. Um bom patrimônio para quem começou a trabalhar de garçom em um bar e restaurante. Se não fosse supermercadista Melo atuaria no agronegócio. Na hora de descansar, ele não tem dúvida. “Gosto muito de uma praia, quando estou caminhando em uma praia esqueço até o que eu devo” brinca o VPR.

Nova Serrana - valter amaral de lacerdaEm Nova Serrana, o VPR da AMIS é Valter Amaral de Lacerda, diretor do Mac Supermercado. Ele tem 49 anos

e é casado com a comerciante Edna Maria de Azevedo, que também trabalha na empresa. O casal tem três filhos: a administradora Maíra Mara Amaral Silva, de 22 anos, que cuida do departamento financeiro do Mac, e os estudantes Valter Amaral Azevedo Filho, de 13 anos e Izabela Amaral Azevedo, 12. Valter é natural de Divinópolis, mas a família é de Nova Serrana. Quando o VPR tinha 18 anos, mudou da cidade natal para a atual, onde seguiria carreira na empresa supermercadista fundada pelo pai, Arlindo Amaral de Lacerda, em 1985. E a mudança deu certo. Hoje, a empresa co-mandada por Valter e Maíra tem três lojas, duas com 14 e uma com 20 check outs; e 280 funcionários. Sem tempo para outras atividades, Valter praticamente vive pelo supermercado, que segundo ele, exige muito dos diretores. “Todo dia a gente tem de tentar melhorar. Melhorar a loja, melhorar o atendimento e melhorar o treinamento da equipe”, disse. Atualmente o VPR investe também no ramo imobiliário, em loteamentos em Nova Serrana.

Martinho Campos - everSon Pinto moreiraAos seis anos de idade ele já dava os primeiros passos no varejo, ajudando seu pai na pequena mercearia, que mais tarde

deu origem ao Ki Jóia Supermercado. Hoje é sócio e atua na área de compras. A empresa está sediada em Martinho Campos e conta com 12 funcionários e faturamento de R$2,6 milhões. É vice-presidente da AMIS “desde quando a entidade funcionava no edifício Minas Bolsa, na Ceasa (a atual sede da AMIS foi inaugurada em junho de 1997)”. Everson Pinto Moreira, 44 anos, é formado em Administração de Empresas, casado com Fernanda e pai de Isabella, que tem dois anos de idade. Se não fosse supermercadista, Everson atuaria na área de comunicação e marketing, atividade que já exerce em paralelo à gestão do Ki-Joia. “Desenvolvo um trabalho com o objetivo de ajudar as pes-soas a conquistarem uma vida melhor, e busco resgatar nossos valores culturais através dos canais “Jornal Tá Tudo Aqui”, e Rádio Criativa FM 106,3 (Erro! A referência de hiperlink não é válida.”. Quando não está no trabalho, Everson gosta de ficar com a família e se possível no rancho pescando, como forma de descansar da rotina. A sua visão so-bre o setor supermercadista tem nome e sobrenome. “Tenho uma profunda admiração pelo trabalho espetacular desenvolvido pelo Pedro Lourenço e sua equipe, na rede de Supermercados BH, onde os desafios são gigantescos, mas a competência, a simplicidade e o trabalho árduo reinam absolutos”, disse ele, que ressalta o desafio que é

atuar no setor: “é um ramo extremamente dinâmico e ao mesmo tempo exigente e com mudanças todo momento”.

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66 67agosto de 2013

em dia com o mercado [AZEITONAS]

cada vez maiSpresente à mesa

VeRdes, PRetAs, gRAndes, MiÚdAs, ReCHeAdAs, CoM oU seM CARoço, As AzeitonAs, qUe Antes eRAM ConsideRAdAs UM PRodUto sUPéRFlUo está CAdA Vez MAis PResente nA

MesA do bRAsileiRo

daniel alves

D e acordo com pesquisa realizada pelo International Olive Oil Council (IOOC), que é o órgão regulador do mercado de azeite e azeitonas no mundo, apesar de

não ser produtor, o Brasil é um país importantíssi-mo. É que no seguimento de azeitonas, apresenta--se com um dos líderes do consumo em quanti-dade, uma vez que consumo 102 mil toneladas do produto por ano e ocupa o oitavo lugar no ranking mundial.

Mas é também o IOOC que mostra o po-tencial que há no País, o consumo per capita não passa de meio quilo. Na Itália, cada habitante con-some em média 2,5 quilos de azeitonas por ano. Caso o brasileiro passasse a consumir 1 quilo, as-sumiríamos a condição de compradores de 204 mil toneladas, encostando-se aos EUA no ranking mundial em volume. O líder do ranking mundial é a Turquia, país árabe que é um dos berços da his-toria mundial das oliveiras. Naquele país são con-sumidas 350 mil toneladas por ano e cada pessoa cerca de quatro quilos e meio por ano.

Segundo Gilson de Deus Lopes, proprietá-rio do Supermercado Valor Prado, o produto tem saída o ano inteiro, mas é o período de maior ven-da ocorre na Semana Santa quando a azeitona é utilizada como ingredientes nos pratos com baca-lhau. “São nas festas de fim de ano, e outras datas comemorativas, que percebemos uma elevação importante nas vendas, mas de qualquer modo a Quaresma é insuperável”.

Para o diretor comercial da rede de super-mercados Super Mais, Diogo Pertence, a azeitona não possui uma sazonalidade especifica, é um produto com uma venda constante, pois se man-tém com falta zero por partes dos fornecedores, o que facilita o acesso do consumidor ao produto.

“Especificamente na época da Semana San-ta a venda cresce significativamente e a azeitona

preta chega a atingir mais de 100% de aumento nas vendas. Já a azeitona verde cresce, não tão assustadoramente, mas mantém um bom ritmo durante o decorrer de todo o ano”.

A crescente procura é motivada pelo au-mento gradual do poder de compra e pela bus-ca de praticidade e comodidade no dia a dia. “Os consumidores estão preocupados em adquirir produtos e serviços de preparo rápido, que apre-sentam atributos com valores diferenciados e de qualidade”, explica o especialista em Merchandi-sing e Trade Marketing, Fábio Florence.

localizaÇÃo eStratéGicaUma exposição estratégica é essencial para

obter bons resultados na venda de qualquer pro-duto. Para Florence, as embalagens de azeitona devem ficar no corredor de conservas, geralmen-te, vizinho ao de óleos e azeites, ao lado de palmi-to, milho verde, ervilha e outras conservas. “O ideal é iniciar a exposição pelas embalagens de tama-nho grande e terminar com as menores”.

A rede de supermercados Super Mais apos-ta na exposição dos produtos de forma destaca-da no ponto de venda. Segundo Diogo Pertence, diretor comercial do supermercado, nas lojas da rede, as azeitonas podem ser encontradas na mer-cearia de alto giro, perto de enlatados. “O objetivo é que o cliente chegue à seção e encontre todos os produtos do segmento reunidos em um só lu-gar”, afirma.

No supermercado Valor Prado, as azeitonas são encontradas na seção de conservas, junto a itens de cross merchandising e em pontos extras nas sazonalidades. “Expomos os produtos para chamar a atenção do consumidor, logo na entrada do corredor, aumentando a compra por impulso, nos períodos de menor consumo, e a compra pla-nejada durante todo o ano”, afirma Gilson Lopes.

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68

em dia com o mercado [AZEITONAS]

Consumo dE azEitonas no mundo

posição país mil/tom pEr Capita kg

1 - Turquia 350 4,44

2 - Egito 288 3,58

3 - USA 210 0,66

4 - Espanha 180 3,85

5 - Argélia 172 4,91

6 - Itália 146 2,39

7 - Síria 132 5,86

8 - Brasil 102 0,52

ASSOCIAÇÃO DA VENDA DE AZEITONAS COM PRATOS PRONTOSEssa estratégia bastante conhecida é o cross merchandising e visa estimular a compra por impulso ou por familiaridade entre produtos. Uma técnica simples que pode ultrapassar a expectativa de vendas do micro, médio e grande empreendedor, se bem trabalhada.

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70

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criatividadePara Gilson é só pensar na oportuni-

dade de consumo que imediatamente se faz a associação da venda de azeitonas com pratos prontos, como o bacalhau, pizza, mo-lhos, uma grande variedade de tira-gostos, queijos, salames, mortadelas, pães, azeites e saladas.

Para o consultor de marketing, Rafael Marconi, o supermercadista deve oferecer produtos de maior valor agregado com em-balagens atraentes e modernas, e um mix sortido de produtos. “A azeitona serve tanto de aperitivo, como insumo no preparo de receitas, então é possível apostar em uma exposição casada com queijos, salames e be-bidas alcoólicas, principalmente cervejas e vi-nhos, e também com pizzas e massas”, indica.

O gerente Diogo Pertence explica que estimula expor esse tipo de produto próxi-mo aos azeites e bacalhau, porém conta que uma experiência em particular que deu certo foi fazer a exposição em stands no sacolão. “Depois que usamos essa medida a venda desse tipo de produto cresceu significativa-mente”.

miXOfertar um mix diversificado é um

ponto que merece a atenção do supermer-cadista. O consultor Fábio Florence ressalta que, por conter várias versões, as azeitonas costumam obter grande espaço na gôndo-la, e o mix se torna ainda maior quando se trabalha com mais de uma marca, que em geral é rotineiro no varejo. “Cada loja possui sua particularidade de espaço e de público, tornando a decisão do mix ideal a cabo de cada supermercadista. O ideal é conhecer as preferências do cliente, e sempre estar ten-tando inovar na categoria”, afirma.

O consultor Rafael Marconi explica que o supermercadista não deve ficar agarrado no fator preço. “A azeitona por si só é um pro-

em dia com o mercado [AZEITONAS]

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72

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A ética e a compra de seguidoresnas redes sociais

A lguns reais investidos e seu perfil no Facebook, Twitter e outras redes sociais ganha milhares de se-guidores. Este instrumento de marketing de guer-rilha tem ganhado impulso entre artistas, cantores,

políticos e todo tipo de gente que busca se mostrar popular.

Dia destes recebi um post de um professor, que eu não conhecia até então, e ao acessar seu perfil no Facebook descobri que tinha cerca de dez mil seguidores. Um rápido clique sobre a opção “curtir” e a revelação: sua cidade mais popular era Carcóvia, na Ucrânia. Além disso, durante vários dias da semana a adesão de novos seguidores era nula, com picos em determinadas datas.

O fato é que comprar seguidores pode ser uma estraté-gia interessante para empresas que pretendam difundir seus produtos ou serviços, gerando virais para alcançar a maior amplitude possível, aumentando significativamente o núme-ro de pessoas atingidas. Porém, para pessoas, é um ledo en-gano, simplesmente porque é contraproducente e antiético.

De que adianta ostentar uma legião de pessoas que talvez não tenham qualquer sinergia com suas ideias? Ou, pior, pessoas que simplesmente não existam, pois foram arti-ficialmente criadas apenas para fazer volume.

A verdade é que vivemos tempos de valores fluidos, pouco consistentes. Empresas declaram a integridade como um de seus princípios fundamentais, mas não hesitam em oferecer propinas, gorjetas e favorecimentos de toda ordem para angariar um pedido. Profissionais atropelam colegas de trabalho e mudam de opinião a cada minuto para justificar apoio a um superior hierárquico e, assim, garantir sua esca-lada na pirâmide organizacional. Os fins justificam os meios.

São tempos de faça o que eu digo, mas não o que eu faço. Tempos de incongruência e ausência de retidão. Meses atrás fui surpreendido com uma “adaptação” de meu conceito sobre qualidade de vida intitulado “Sete Vidas”, desenvolvido em 2003, por uma empresa que apenas mudou descarada-mente uma palavra e alterou a sequência lógica propagande-ando o lançamento de uma “metodologia única”.

Vivemos sob a égide do marketing de percepção, em um mundo governado pela ditadura da imagem. O triunfo da estética sobre a moral. Você é tão belo quanto seus trajes e seu último corte de cabelo possam sinalizar. Tão bom quanto a procedência dos diplomas e a fluência em idiomas possam indicar. Tão valorizado quanto a competência ratificada e os resultados apresentados possam parecer.

Afinal, quer pagar quanto?

[educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países]tom Coelho

para saBEr mais

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novas tendências

duto nobre, que o consumidor tem uma percep-ção de valor de que não seja tão barato. Querer atacar a categoria somente no preço é algo arris-cado. Use a percepção do consumidor para ofere-cer produtos de qualidade e com excelente visual”.

Gilson Lopes explica que o mix oferecido tem variado conforme o perfil do cliente que freqüenta a loja. “O mais importante é procurar manter uma boa variedade, representada pelos diversos tipos, ou seja, verdes, pretas, com e sem caroço, fatiadas, recheadas, não sendo necessário uma grande pro-fundidade, três ou quatro marcas já são o suficiente para atender a demanda”, argumenta.

lanÇamentoS Florence explica que se tratando de divul-

gação deve-se levar em conta a árvore de decisão da categoria para desenvolver estratégias de pla-

nograma e precificação. “A categoria de azeitonas ainda não é uma geradora de tráfego para o su-permercado; com uma margem líquida média em torno de 35% é uma boa opção para elevar a cesta de compras e a margem. Pode ser inserida nos ta-bloides taticamente em períodos de aniversário e de maior sazonalidade da categoria”.

Para Gilson Lopes qualquer ação que divul-gue o produto é bem-vinda. “Além de alavancar as vendas, atende às necessidades de quem já é con-sumidor formado, tornando aquele ponto uma referência de compra”, diz.

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74 75agosto de 2013

sÉrie esPecial “À mesa com as lideranças” [VALDEMAR MARTINS DO AMARAL, REDE ABC]

GÔNDOLA – O ABC completou 30 anos. Acho que deve ser um motivo de muita satisfação.VALDEMAR AMARAL – É uma história que traz mui-ta satisfação para nós. E a maior comemoração, como que um presente de aniversário, foi ganhar a marca ABC. Muita gente não sabe, mas a marca ABC não era nossa. Fazia 30 anos que a gente discutia com outras empresas. Primeiro com um supermer-cado ABC no Rio de Janeiro, que depois foi adquirido pelo Grupo Pão de Açúcar. E no ano passado, conse-gui adquirir a marca do Pão de Açúcar. E finalmen-te quando comemoramos em setembro passado o aniversário recebi a documentação definitiva de pro-prietário da marca. Foi uma das maiores satisfação que tive. Mas é claro que a satisfação maior é saber que nestes anos todos estamos formando pessoas, desenvolvendo o mercado, o conjunto das implanta-ções que o ABC fez. Nós fomos o primeiro que fatiou, o primeiro que botou loja boa valorizando o interior, o primeiro que colocou alimentação dentro de loja, o primeiro que desenvolveu a área de pratos prontos, o primeiro a colocar carne embalada. Então o ABC fez muito desafio no interior. Sempre em muita sintonia com o consumidor e com os órgãos fiscalizadores. Então o ABC é isso, uma empresa que vem sempre procurando fazer bem feito tudo que se propõe a fa-zer. É uma empresa que também sempre trabalhou cortando passivo. A gente sempre procurou nunca criar passivo. E é também uma empresa com muita

a arte do varejo

A rede de supermercados ABC, sediada em Divinópolis (MG) e presente com lojas em outros 13 municípios mineiros, sempre foi reconhecida pelo seu pioneirismo em levar para o interior de Minas conceitos e novidades que estavam em implantação nas grandes cidades do País ou do exterior. Ao mesmo tempo, em meio à vanguarda, ser fiel às tradições de cada comunidade,

falando uai e fazendo uai. E por detrás de tanta ousadia e tradição, a figura do empreendedor Valdemar Martins do Amaral se destaca. Com uma rica experiência de vida, que inclui 1.300 horas sob a mira de uma metralhadora dos sequestradores, Valdemar, que é também presidente do Conselho Superior da AMIS, compartilha com os leitores de GÔNDOLA nesta entrevista sua humildade, suas crenças, e princi-palmente, a arte do varejo.

giovanni peres

de novembro a 23 de janeiro. Aprendi muito. Quando voltei repensei muita coisa na vida. Uma delas é de que tudo estava antes muito centralizado em mim. Foi então que eu e meus irmãos fizemos uma separação de negócios. Quem tinha mais aptidão para cuidar da indústria de arroz, ficou com o arroz. Quem tinha mais para o atacarejo, ficou com o atacarejo. Quem tinha mais para o varejo, ficou com o varejo. Então em 98 fizemos uma cisão muito tranquila, sem brigas, en-tre nós mesmos. Não procuramos ninguém para nos assessorar. E o resultado foi esse: o arroz cresceu mui-to, o atacarejo cresceu muito, o varejo cresceu muito. Quando você vai fazer uma cisão, você senta em uma mesa e vai discutir preço de patrimônio, preço de tudo. E alguém em algum momento tem que ceder. E eu tive esta iniciativa de ceder pois quem me ajudou a fazer o patrimônio todo que tínhamos foram meus irmãos. Por que eu iria brigar com eles para deixar para os meus filhos? Meus filhos ainda tinham tudo pela fren-te. Por que já pegariam tudo pronto? Então para mim foi natural ceder para meus irmãos. Entendi que eu ti-nha que fazer uma opção pessoal, de descobrir uma missão, pois tinha sobrevivido a um sequestro. Por que é que Deus tinha permitido que eu continuasse a viver? Pois eu tinha passado 1.300 horas com uma metralhadora apontada na minha cabeça. A qual-quer momento que encostassem o dedo no gatilho eu poderia estar morto. Ou seja, é uma impotência total que uma pessoa fica. Só Deus é que cuida de você. E Deus deixou em voltar. E eu voltei. Tenho que fazer coi-sas que valem a pena. Tinha que buscar o equilíbrio entre o ter e o ser. E de que forma? Gerando emprego e melhorando a qualidade de vida das pessoas. Eu en-tendo assim. Uma família está com sua renda de R$ 2 mil. Aí um jovem vai começar no ABC e ganha R$ 1 mil. A renda deles passa para R$ 3 mil e a qualidade de vida deles melhora na hora. Outra coisa, colocamos a empresa também para prestar muito serviço para as comunidades. Comprar e vender produtos é apenas uma circunstância. No ano passado, tivemos 50 mil horas de treinamento. Isto custou R$ 800 mil. Este ano vamos gastar R$ 1 milhão. Só de líderes vamos formar 400. A empresa é uma dádiva divina. Por meio dela te-mos a oportunidade de melhorar muitas coisas.

raiz. Eu costumo dizer que é a empresa mineira mais mineira. Não é a maior, mas é a mais mineira. Digo isso porque 65% dos produtos que o ABC comercia-liza são de Minas Gerais. Um exemplo: no café, em Araxá, vendemos a marca local que é a líder lá, em Campo Belo a mesma coisa, em Itaúna a mesma coi-sa. Em todas as lojas temos o Três Corações que é o líder em Minas, mas temos também o líder local.GÔNDOLA – Então vocês investem no líder regio-nal ou microrregional...VALDEMAR – Isso mesmo. Isto acontece com todos os produtos. No café, no requeijão, no queijo, nos do-ces. Por isso, somos os mais mineiros de Minas Gerais. E por quê? Por que nossa sede está em Minas Gerais. Tem muita empresa que atua em Minas que a sede está em São Paulo. Nós estamos em 13 municípios de Minas Gerais, de médio e pequeno porte. E por isso, investimos nos produtos locais. Mas isto não quer di-zer que o consumidor só encontrará produtos locais na loja. Por exemplo, hoje o ABC faz importações diretas de vários países. Da Itália, da Espanha, da Noruega. Inclusive esta importação da Noruega nos dá muito orgulho, pois quem imagina uma empre-sa do interior de Minas puxando bacalhau direto da Noruega ou peixe da China. Mas não me esqueço de apoiar a economia local. Por exemplo, compramos leite do produtor local, pasteurizado em saco plásti-co. Isto tudo tem muito valor. Eu aprendi que as pes-soas da região dão muito valor não só aos produtos da região, mas também às pessoas da região. Então tem que respeitar tudo isso.GÔNDOLA – Por falar em pessoas, o sr. lidera um grupo grande hoje de pessoas.VALDEMAR – Hoje somos no ABC 3.530 pessoas. E eu tenho o máximo de prazer em formar pessoas. Temos aqui 549 funcionários com mais de cinco anos de casa. E são eles que garantem a empresa. Vou assim cumprindo minha missão. Desde o tempo do seques-tro descobri minha missão.GÔNDOLA – O sr. gostaria de falar um pouco sobre aquele momento de sua vida em que foi vítima de sequestro?VALDEMAR – Quando vivi aquela situação aprendi muito. Foi na passagem de 1996 para 1997. Foi de 15

Fotos Ignácio Costa

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Mudou de endereço, telefone e/ou E-MAIL ?Ampliou ou reformou sua loja? Conte pra nós!

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mamos por meio eletrônico as notícias e informações mais relevantes do setor, por isso seu e-mail atualizado é muito importante para mantermos a conexão com você.

GÔNDOLA – E como está a nova geração no ABC. Há um processo de formação de sucessores em an-damento, não é mesmo?VALDEMAR – Isso mesmo e há bem mais tempo. Te-mos um organograma muito interessante, que con-templa uma estrutura moderna, horizontal, que não tem diretoria. Tem só presidente e vice-presidentes. O Walchir é vice-presidente da área de infraestrutura e expansão. O Vicente Bolina é vice administrativo e jurídico, o Arnaldo que chegou há um ano, cuida da comercial e logística, o Túlio, meu filho, faz opera-ções de importações e o Tiago, meu filho também, o financeiro. Estou muito tranquilo. E outra coisa: aqui no ABC tudo que ganhamos volta para a empresa.

Aqui não compramos avião, não compramos fazen-da, não compramos gado. Não compramos jogador de futebol. Nosso negócio é supermercado. Empre-gamos aqui na própria empresa. Para a melhoria contínua dela, para o desenvolvimento das pessoas. Temos uma visão de desenvolvimento sustentável. Pensamos muito no futuro. Pensamos em uma em-presa que seja duradoura. Penso em que no dia em que eu sair da direção dela vou deixar uma empresa com capacidade de ser duradoura. Quem assumir a empresa poderá fazer com que ela exista ainda por muito tempo. E tomara que seja assim.GÔNDOLA – O ABC está em 13 municípios. No

princípio ficava só no Centro-Oeste de Minas. De-pois teve experiência no Sul de Minas e agora está também em Passos. Como estão os planos?VALDEMAR – Isto mesmo. Começamos a ir para ou-tras regiões, mas próximas entre si. Em Passos nos ad-quirimos duas lojas do Luiz Tonin, uma empresa boa, bacana. Demos uma reformada em uma, rapidinho. Estamos reformando e ampliando a outra. Assim, estamos colocando dois hipermercados dentro de Passos. E em Passos estamos construindo um novo saber, que é competir com uma empresa multinacio-nal na mesma praça. Até então não tínhamos esta experiência. No caso lá é o Walmart. Nas duas lojas ampliamos o sortimento, a área de vendas, acrescen-tamos alguns serviços e o pessoal de Passos parece que gostou muito. O Walmart lá tem um loja bem grande, de 15 mil itens. Tem um bazar grande e com muita confecção. Traz muita confecção da China. E muita lojinha pequena de confecção fechou na cida-de. Aliás, lojinha pequena está fechando para todo lado no Brasil. Outro dia fiquei impressionado com a quantidade de lojinhas que fechadas no centro de Belo Horizonte.O que tem de placa de aluga-se no centro da nossa Capital é muita coisa. Mas acredito que a competição é sempre muito importante e acho que para competir em Minas tem saber falar uai e fa-zer uai. Falar uai até que não é tão difícil, mas fazer uai, é mais difícil para quem não sabe, pois é fazer o que o mineiro gosta. Tem que vender o que ele quer comprar. Não adianta querer vir empurrando produ-to que vem de longe. O cliente quer o produto que ele conhece bem, que é da terra dele, que tem as tradi-ções e a cultura dele. GÔNDOLA – Tenho observado que o ABC, como o sr mesmo já disse, é pioneiro em muitas coisas no interior. Inclusive com um braço recente de ataca-rejo. Como tem sido esta experiência?VALDEMAR – O braço de atacarejo é de uma loja maior aqui em Divinópolis. Mas ele é mais atacado puro, que atacarejo. É muito voltado para o transfor-mador. Eu não poderia voltar esta loja muito para o consumidor, pois temos muitas lojas de varejo na cidade e estaria tirando gente das oito lojas que te-mos aqui. Em Oliveira, desativamos a loja de varejo

do centro da cidade e passamos para atacarejo. Abri-mos uma grande de varejo mais na área externa da cidade. E vamos experimentar brevemente uma loja de atacarejo em Betim, perto da prefeitura. GÔNDOLA – Parece que o atacarejo tem dado cer-to para muitos operadores.VALDEMAR – Tem sim. Com esta ascensão da Classe C, que até deu uma parada por causa do endivida-mento, o atacarejo deu muito certo. GÔNDOLA – O sr. tem reparado que o interior de Minas está despertando a atenção dos grupos multinacionais, mas também dos grupos locais, mineiros. O sr. está expandindo o ABC, assim como Bahamas está crescendo e o BH também. O inte-rior de Minas é a bola da vez, mesmo?VALDEMAR – Este crescimento do interior é maior agora, mas desde que nós assumimos a presidência da AMIS no início dos anos 2000 que ele já dava es-ses sinais. A AMIS veio para o interior e ajudou muito

na evolução de todo mundo. Se você pergunta para o varejista do interior quando é que ele começou a evoluir mesmo ele vai dizer que é depois de a AMIS dar mais atenção ao interior e levar conhecimento para lá. Muita gente investiu na loja, melhorou no sortimento, treinou mais gente. Novos consumido-res também surgiram no interior de Minas. O poder aquisitivo melhorou. Muita gente com carro tam-bém. Hoje as lojas de centro de cidade ficam preju-dicadas por falta de estacionamento, por exemplo. Então tudo isso junto cria um mercado atraente. Mas sempre é bom ficar atento e buscar conhecer profun-damente a realidade de cada cidade, os detalhes de cada uma. Nos últimos meses estamos vendo as ven-das de bazar baixando e as de mercearia crescendo. E dentro da mercearia, mudança também, com mais saída do básico e menos de produtos de maior valor. A venda de margarina, por exemplo, voltou a crescer. A de manteiga deu uma baixada. Quer ver uma coi-

sÉrie esPecial “À mesa com as lideranças” [VALDEMAR MARTINS DO AMARAL, REDE ABC]

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sa interessante, a venda de bolo de aniversário está crescendo. Isto é sinal de que as pessoas estão come-morando mais em casa, para poupar. Antes muitos iam para salões de festas. Por isso eu digo: tem que ficar sempre de olho por que o mercado está sempre em mudança.GÔNDOLA – Varejista que não presta atenção em detalhe, precisa mudar de ramo, não é mesmo?VALDEMAR – Isso mesmo. Detalhe é tudo. Aliás, o nosso trabalho tem ser uma soma de detalhes. Um ali, outro aqui. É loja por loja. Cada uma é uma histó-ria. É preciso ter flexibilidade. A concorrência é outra, os consumidores tem detalhes em uma loja que são diferentes em outra. E varejo é isso. Tem que gostar, por que é trabalhoso. Campo Belo agora há pouco estava muito bom de venda por causa da colheita do café. Daqui a pouco já acabou e a venda vai re-duzir. Formiga hoje está normal, mas quando passar o inverno e a temperatura começar a subir, vai ven-der muito mais por causa do pessoal que vem para o Lago de Furnas. E assim por diante. É tudo questão de muita atenção. Em Oliveira as vendas de final de

semana são sempre muito boas. É o pessoal de lá que trabalha em Belo Horizonte e volta no final de semana para Oliveira. E compram lá e levam o carro cheio para Belo Horizonte. Lá em Passos veja a preo-cupação de uma loja do tipo da do Walmart que é muito forte no bazar e nos eletroeletrônicos quando o mercado muda e o povo está preferindo priorizar o alimento. Vendia muito não-alimentos. Só que o pes-soal já comprou geladeira, máquina de lavar e agora não precisa mais comprar, pois não é coisa que se compra todo dia. O pessoal quer agora é alimento. E para vender alimentos há muita gente competin-do com eles. Já reparei que estão mexendo muito no layout para se adaptar lá.GÔNDOLA – O sr. já tem marca própria?VALDEMAR – Temos quase que nada. Na Rede Bra-sil temos produtos de marca própria, mas também não é muito. Com a marcada ABC temos só uma arroz. Não quisemos crescer muito porque não éra-mos dono da marca. Agora que somos, poderemos usar mais. Temos até que usar mais para não perder. Mas como fazemos parte da Rede Brasil, temos o pri-

vilégio de poder usar as marcas exclusivas dela. Mas veja que as marcas da Rede Brasil são as dos próprios fabricantes delas. São acordos de exclusividade que fazem com a Rede. Por exemplo, o vinho Dona Do-minga, o azeite Pianoro, entre muitas outras, você só encontrará nos associados da Rede Brasil e as marcas não são nossas.GÔNDOLA – Como tem sido esta experiência da Rede Brasil?VALDEMAR – Em 2003 e 2004 nós fundamos a Rede Brasil. Eu estava entregando a presidência da AMIS, o Altemir a associação do Mato Grosso e o Coutinho a do Espírito Santo. Numa reunião na ABRAS, conver-sávamos sobre os fins de mandato e um deles per-guntou como é que íamos fazer para continuar nos encontrando e trocando experiência. Então falei: va-mos montar uma associação para nós? O motivo era para encontrar. Foi aí que surgiu a ideia de montar uma central de negócios para as empresas do por-te das nossas. Foi assim que começou. Há três anos decidimos transformá-la em S.A.. Hoje importamos por ela, entre muitas outras coisas. Quem não tem o

sÉrie esPecial “À mesa com as lideranças” [VALDEMAR MARTINS DO AMARAL, REDE ABC]

“radar” importa por ela. E o mais importante da Rede hoje é o conhecimento que ela gera. Os técnicos das empresas se encontram pelo menos uma vez por mês nos comitês jurídico, financeiro, operacional entre ou-tros. E os presidentes se encontram a cada dois meses pelo menos. Uns dias atrás, por exemplo, estive em Maceió para a reunião de recepção do mais novo as-sociado. Somos hoje 19 associados. Para entrar não cobramos nenhuma jóia, por exemplo. Mas tem que ser bom. Muito bom. Tem que ter passado bom. Nem tanto pelo faturamento, que tem que ser nivelado com o grupo. Isto é uma coisa que vale para qualquer central. Desde uma de microempresa até uma de em-presas maiores como a nossa. O perfil tem que ser pa-recido. E eu tenho aprendido muito com a rede. Hoje nesta data que estamos dando esta entrevista, todos os gestores de logística das 19 empresas associadas estão reunidos em Natal, no Rio Grande do Norte, para a troca de experiência. Aprende todo mundo. Copia um do outro. É tudo aberto. Por isso, não po-demos ser concorrentes. E hoje podemos dizer que o faturamento somado dos membros da Rede Brasil é o

a homenagem dos parceiros ao empre endedor valdemar martins do amaral

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quarto maior do País. Na nossa frente estão o Pão de Açúcar, que é o primeiro em faturamento, o Carrefour e o Walmart. Estamos na frente da Cencosud em fa-turamento. Agora que vamos chegar ao fornecedor e mostrarmos nosso potencial. E com uma vantagem. Podemos dizer para ele que não precisa fazer um pre-ço só. Pode ter um preço para o Nordeste e outro para o Sudeste, por exemplo. Às vezes um preço que é bom em Natal, é ruim no Rio de Janeiro, por exemplo.GÔNDOLA – O sr. falou agora há pouco em mudan-ças no ambiente econômico. Mas eu acho que elas estão dentro de algo normal, pois ciclos de cresci-mento contínuo não são e nunca foram eternos em lugar nenhum do mundo. Até a China está crescen-

do menos... Será que o pessimismo que um ou outro economista começa a exalar merece apoio?VALDEMAR – Não merece de jeito nenhum. E nem pode ter apoio. É momento. Aliás, estamos em um momento de manifestações também. Esses dias eu estava almoçando com o meu pai que comemorava 94 anos de vida. E ele me perguntava se as manifes-tações de rua estavam mostrando que a Dilma era culpada de tudo. Disse para que ele que não. Além da Dilma existem outros responsáveis, como o Lula, o Fernando Henrique, o Collor, o Sarney. Ele falou as-sim: é, não deram exemplo. Outro dia escutei na rádio Itatiaia uma notícia de que no Tribunal de Justiça Mi-litar um funcionário aposentado recebeu R$ 153 mil. Um outro, R$ 73 mil. Imagine um PM, patrulhando na

rua na base de R$ 3 mil e fica sabendo que tem gen-te da mesma corporação recebendo R$ 173 mil. Isso não foi a Dilma, isso vem de muito antes. Quem paga essa conta toda? É a população.GÔNDOLA – Alguma coisa que não tenhamos conversado e que o sr. gostaria de trazer para os leitores.VALDEMAR – Tem sim. Eu gosto de alguns conceitos e gosto de divulgá-los. Um deles é um ensinamento de Madre Tereza de Calcutá em que ela diz que vi-ver é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor de sua própria história. Então sempre falo isso. Guimarães Rosa também tem um muito bom. A vida é assim. Esquenta, esfria. Aperta, afrouxa. Sossega e depois desenquieta. Por que o que quer de nós é co-ragem. Coragem para falar não, para falar sim. Para levantar. Para recuar. Para pedir desculpa. Coragem não é só para avançar não. Outro ensinamento que eu gosto de lembrar é o seguinte: qualquer pessoa monta um negócio e até fica rico, mas poucas pesso-as constroem uma marca. Só a genialidade, a fé e a perseverança constroem uma marca. Mas a maioria dos nossos varejistas tem empresa para ser vendida. Mais um pensamento que eu gosto é do Papa João Paulo II em 1988 quando esteve no Brasil e falou que o devemos procurar como humanidade tem que ser a paz. E a paz só é possível por meio do desenvolvi-mento das pessoas. E isto estou fazendo, tentando desenvolver as pessoas. Por exemplo, a negociação sindical vinha atrasando muito o dissídio deste ano. Discutindo pequenos detalhes e atrasando. Então em abril, perguntei ao Bolina, quanto estavam discutindo no dissídio. Ele me disse, em torno de 7%. Então falei para ele: já demorou demais. Dá 10% para todo mun-do. E paga já. Muita gente do comércio aqui ficou meio brava comigo, mas eu já estava sentindo que meus funcionários estavam ficando frustrados com a demora do dissídio. Outra coisa que gostaria de falar é sobre nossa Associação Mineira de Supermercados, a AMIS. Acho que a condição em que o José Nogueira a colocou hoje está muito boa. Vem sendo muito bem dirigida. Está madura. A equipe muito madura. Tem liderança boa. Acho que estamos prontos para avan-çar ainda mais e estou muito esperançoso.

Movimento de caminhões no CD do ABC, em Divinópolis (MG)

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