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INOVAÇÃO NEGÓCIOS RONALDO DA LIGA EMBU DAS ARTES E A DIFICULDADE DE MANTER AS LIGAS AMADORAS LUIZ CARLOS AZENHA O LADO SUJO DO FUTEBOL E SUA VIDA VOLTADA AO JORNALISMO INVESTIGATIVO FUNDO DE INVESTIMENTO VIDA NOVA INICIA NEGOCIAçõES NA BM&FBOVESPA FUNDO é CASE INéDITO NA HISTóRIA DA BOLSA DE VALORES BRASILEIRA ANDERSON NOBREGA FALA SOBRE O GRANDE TIME DE TABOãO DA SERRA - O CATS #03 Jul/2014

Revista Inovação e Negócios #03_07/14

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I NO V

A ÇÃ O

N EG Ó

C IO S RONALDO DA LIGA

EMBU DAS ARTES E A DificUlDADE DE MAnTER AS ligAS AMADORAS

LUIZ CARLOS AZENHAO lADO SUJO DO fUTEBOl E SUA ViDA

VOlTADA AO JORnAliSMO inVESTigATiVO

FUNDO DE INvEStImENtO vIDA NOvA INICIA NEGOCIAçõES NA Bm&FBOvESpA

fUnDO é cASE inéDiTO nA hiSTóRiA DA BOlSA DE VAlORES BRASilEiRA

ANDERSON NOBREGAfAlA SOBRE O gRAnDE TiME DE

TABOãO DA SERRA - O cATS

#03Jul/2014

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COOPERATIVA HABITACIONAL VIDA NOVA TRANSFORMANDO VIDAS

COOpERAtIvA HABItACIONAL vIDA NOvA INOvA mAIS UmA vEZ A SUA HIStóRIA DE SUCESSO!

com o sucesso de uma administração feita com sonhos, emoção, dedicação e acima de tudo, visão. no dia 31 de julho de 2014, foi lançado o fundo de investimento imobiliário Vida nova, que em uma cerimônia na Bolsa de valores – BM&fBOVESPA – ali diante de cotistas, personalidades do mundo financeiro e imobiliário, dava início a mais um grande marco na história dos seus 18 anos de existência. O fundo de investimento imobiliário Vida nova foi desenvolvido ao longo de 2 anos juntamente com seus diretores e consultores de investimento até estabelecerem um conjunto de informações com embasamento. E ao mesmo tempo foram realizadas diversas reuniões com os cotistas do casaOutlet Shopping para que houvesse um entendimento sobre o fundo de investimento e a partir daí concretizarem este grande marco na história da cooperativa habitacional Vida nova.

Sobre o CasaOutlet ShoppingO casaOutlet é o primeiro shopping da América latina no modelo outlet a reunir diversas marcas conceituadas de design de interiores em um só espaço, oferecendo comodidade e facilidade em uma área de 25 mil metros quadrados, com estacionamento coberto para 1.700 vagas. O casaOutlet faz parte de um complexo multiuso que agrega um centro empresarial e um hotel da rede Transamérica para atender a demanda dos apaixonados por casa e decoração. Serão produtos descontinuados ou de coleções passadas com preços de 20% a 70% mais baratos. O empreendimento está localizado no km 271,5 da Régis Bittencourt e a inauguração será no segundo semestre deste ano.

FundO de InveStImentO vIda nOva InICIa negOCIaçõeS na Bm&FBOveSpaFUNDO é CASE INéDItO NA HIStóRIA DA BOLSA DE vALORES BRASILEIRA

IN ESPEciAl

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entrega do tombstone como reconhecimento aos profissionais envolvidos na criação do FII vida novaOrdem de identificação da esquerda para direita: Alexandre caiado - consultor; José Aprígio – Presidente fundador; Dr. Michael Altit - assessor jurídico da operação; george Reis dos Santos - Dir. Administrativo; Dra. Marilene Trappel de lima - Diretora comercial; hélio Tristão - Dir. Secretário; Alexandre freitas – sócio da Oliveira Trust, administradora do fii; claudio Jacob – diretor da Bovespa; Jorio Dauster – embaixador e ex-presidente da ciA Vale do Rio Doce.

Sobre a Cooperativa Habitacional vida novafundada em 1996, a cooperativa habitacional Vida nova conta com mais de 8 mil cooperados e tem o compromisso de oferecer qualidade e inovação em seus empreendimentos. Está localizada na grande São Paulo, na cidade de Taboão da Serra. A cooperativa foi idealizada pelo seu atual presidente, José Aprígio, e tem no quadro de executivos Marilene Trappel de lima, george Reis dos Santos e hélio Tristão. A cooperativa por meio de seus empreendimentos colabora para o desenvolvimento econômico e sustentável da região Sudeste da grande São Paulo.

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COOPERATIVA HABITACIONAL VIDA NOVA TRANSFORMANDO VIDAS

marilene

José aprígio

HélioRégis

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IN EDiTORiAl

#03Jul/2014

fUTEBOl - PAixãO OU nEgóciOcomeçamos este editorial agradecendo todo o esforço e dedicação do nosso parceiro fernando Alves firmino da ESPORTESnET, e toda a sua equipe por participarem do desenvolvimento desta edição. Sem o comprometimento da ESPORTESnET não teríamos alcançado o mesmo sucesso!

A Revista inovação e negócios, foi ouvir algumas pessoas ligadas ao futebol nas cidades de Taboão da Serra , Embu das Artes e itapecerica da Serra. E encontramos pessoas comprometidas e apaixonadas com o trabalho que desenvolvem com seus clubes, com seus times de várzea. falaram das dificuldades de manter um time pequeno ou time de várzea, porém sem deixar de falar das alegrias que as 4 linhas geram a cada partida realizada.

Também entrevistamos um grande jornalista investigativo: luiz carlos Azenha, que lançou recentemente o livro que fala sobre “O lado Sujo do futebol”. Ele nos trouxe uma visão dos bastidores do mundo do futebol, da copa do Mundo e da fifa.

A bola rola nos campos, os brasileiros vibram, choram, se emocionam, mas é preciso refletir o quanto “o negócio bola” tem sido preponderante sobre a grande paixão brasileira: “o futebol”. E como isso reflete negativamente dentro dos campos.

Aqui temos apenas uma pequena parte das entrevistas, conheça mais a história de cada uma das personalidades que entrevistamos no site www.revistainovacaoenegocios.com.br.

Uma ótima leitura!Equipe in

EXpEDIENtE

DIREtOR RESpONSÁvEL Roger da Porciuncula

JORNALIStA RESpONSÁvEL Joseli Macedo Silva (MTB 41840/SP)

ApOIO EDItORIAL Arina Porciuncula

REvISÃO Patricia Strabeli

ARtE E DIAGRAmAçÃO Beto Souza

FOtO CApA luiz Prado

ImAGEm E EDIçÃO DE vÍDEO fabiano Torres

FALE COm O EDItOR [email protected]

CANAL COmERCIAL [email protected]

SItE www.revistainovacaoenegocios.com.br

A Revista inovação & negócios não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios.Os Artigos e layout dos anúncios não poderão ser copiados sem prévia autorização de nossa empresa.Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente a posição da empresa Since 2007 Produções e nem de seus diretores.

pRODUçÃO

ImpRESSÃO Pancrom indústria gráfica

Tiragem 5000 exemplares + Versão On-line

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Endereços:Av. Vereador Jorge de Souza, 1150 - (11) 4704-3396 - EmbuAv. Elias Yazbek, 2247 - (11) 4781-6168 - EmbuEst. de Itapecerica a Campo Limpo, 3685 - (11) 4244-4640 - EmbuR. Acacio Ferreira, 408 - (11) 4787-4550 - Taboão da SerraAv. Comendador Sant Anna, 314 - (11) 5873-3721 - São PauloEm breve mais uma loja Av. Vida Nova, 28 A - Taboão da Serra

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ÍNDicE ESpECIAL “O NEGóCIO BOLA”

In EMBU In DESTAQUE

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RONALDO DA LIGAEMBU DAS ARTES E A DificUlDADE DE

MAnTER AS ligAS AMADORAS

IN ERRATAEntrevista Romulo Silva e cooperativa

IN tABOÃO 1DOnDOn DA ligAO encanto dos jogos de várzea.

LUIZ CARLOS AZENHAO lADO SUJO DO fUTEBOl E SUA ViDA

VOlTADA AO JORnAliSMO inVESTigATiVO

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TONINHO DA LIGAiTAPEcERicA DA SERRA E AS hiSTóRiAS

POR TRÁS DOS TiMES

IN ITAPECERICA In TABOÃO 2

ANDERSON NOBREGAfAlA SOBRE O gRAnDE TiME

DE TABOãO DA SERRA - O cATS

IN lEiTORESleitor comenta sobre nosso EDiTORiAl #02/Mai/14

IN DicAA importância do design para os negócios.

I NO V

A ÇÃ O

N EG Ó

C IO S

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na 2ª edição houve uma falha em duas linhas na entrevista do Romulo Silva: pág.10 ...alto padrão, o desenvolvimento da cidade para o Sul foi óbvio. O presidente do nosso grupo - Aloysio de Andrade faria... pág.12 ...e com relação à inovação, destaco o nosso sistema de operação - responsável por todos os nossos controles...

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In LEITORESPARABénS!!! pelo editorial da edição de 05/2014. infelizmente a visão perfeita em uma frase perfeita: “o Brasil está vivendo o pior governo em 84 anos”. Vi e vivi diversas mudanças nos meus 54 anos, mas a mais significativa foi a 1ª eleição direta após a ditadura, o Brasil virando um país conhecido no mundo inteiro, um plano econômico perfeito (o Real), o crescimento, a democracia sendo implementada e uma visão de futuro azul que aos poucos está ficando acinzentada por conta de uma incapacidade enorme desse gOVERnO atual de gerir um País. como bem disse a escritora ADéliA PRADO no Programa Roda Viva da TV cultura:“nós estamos vivendo um momento muito esquisito, um momento muito triste. é uma ditadura disfarçada. não me sinto em um país democrático. (...) na ditadura (militar) nós estávamos mais vivos do que estamos agora.”

Recado direto para este governo lamentável que alimenta a corrupção e nega a educação ao seu povo mais humilde, enganando-o com uma “esmola” chamada Bolsa família. é o assistencialismo em troca de se manter no poder.

Mas, ainda bem que desse outro lado, há empresários, personalidades e já boa parte da população com a consciência de que agora, não se trata apenas de uma “seara” do bem contra o mal, mas sim trazer de volta o respeito e o amor pelo Brasil, escolhendo nas próximas eleições políticos diferentes, competentes e com vontade de mudar essa situação de penumbra, colocando nosso país novamente no rumo certo buscando resgatar o quanto antes a moral dos brasileiros através de uma verdadeira justiça social. E mais uma vez citando uma grande brasileira; “O dia em que o Brasil tiver mais creches e mais escolas, terá menos hospitais e cadeias.” – lygia fagundes Telles

Pedro Ribero – Paulistano da Vila Mariana – SP e morador de Taboão da Serra.

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RESpOStA REvIStA IN:caro leitor Pedro, agradecemos muito sua intereção conosco! A Revista inovação e negócios está aberta para receber e publicar opiniões sobre as matérias publicadas aqui.

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ligA MUnDiAl DO EMBUEMBU DAS ARTES E A DificUlDADE DE MAnTER AS ligAS AMADORAS RONALDO DE SOUZA SANtOS, 47 ANOS, DE EmBU DAS ARtES, FALA SOBRE A vÁRZEA, AS DIFICULDADES DE mANtER A LIGA pOR FALtA DE ApOIO, A pAIXÃO DO pOvO pELO FUtEBOL E A ESpERANçA DE qUE A vÁRZEA CONtINUE ROLANDO NOS tERRENOS DA CIDADE.

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In EMBUIN: Como a liga passou a fazer parte da sua vida?Ronaldo: Meu pai tinha um time de futebol na região, eu admirava aquilo, ia com ele para a várzea, descascava laranja na maquininha para a turma. Eu sempre andei com ele, mas estudei e trabalhei em outras empresas. Então comecei a ter meus próprios times de futebol, a marcar jogos. Mas sentia dificuldade, percebia que as pessoas me procuravam e desde então comecei a me dedicar a isso. Já conhecia algumas ligas na época e comecei a difundir essa ideia porque percebi o mercado. isso foi há dezessete anos, e hoje estamos estabelecidos.

IN: Como foi o início da Liga?Ronaldo: nós tínhamos uma pessoa que tinha uma liga em Taboão da Serra. Ele faleceu, e quando isso aconteceu toda a cartela de clientes dele acabou vindo para mim, o que me transformou rapidamente em uma pessoa no mundo da várzea. Assim, todo o fluxo de times que rodava na região ficou comigo, eu fiquei conhecido por uma fatalidade, mas comecei com o pé direito.

IN: Explique o que é a Liga...Ronaldo: Eu costumo dizer que a liga é gerenciamento esportivo, é gerenciar toda a vida esportiva de um associado: você faz com que ele jogue, e se ele tiver uma base esportiva, fazemos com que seja visitado. Os times que confraternizam se tornam conhecidos, e o trabalho da liga é fazer com

que essas pessoas “funcionem”, é como se nós fossemos uma federação Paulista que organiza a várzea. nós garantimos que nossos clientes “funcionem” dentro do futebol de várzea.

IN: Algum jogador da várzea já saiu para um time profissional?Ronaldo: Dos que viraram profissionais, tem o carlinhos - do Santos, o Álvaro - que estava na Espanha. não lembro exatamente, mas se tivéssemos tempo para analisar, veríamos que tem bastante gente no mercado que passou por aqui, neste campo de várzea. Quando vejo alguém que passou por aqui e se destacou, eu acho bacana. Eu tenho um sobrinho que vai transitar nesse processo - ele já está no coritiba e também passou por aqui!

IN: Em sua opinião, por que o Embu das Artes não tem um time como o CAtS, de taboão da Serra?Ronaldo: Já houve tentativas, e isso está muito atrelado à política, eu vejo desta forma. O governo do município tem que gostar de futebol ou esporte de maneira geral, porque dá trabalho. Eu vejo os meninos do cATS, que chegaram aonde chegaram, mas é uma luta. O governo de Embu das Artes está evoluindo, mas nunca demos sorte de ter uma pessoa que curta, que ame fazer futebol. O nosso governo não teve entusiasmo para montar uma equipe,

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In EMBUporque é preciso parcerias, é trabalhoso, tem que ter homens de futebol no meio que saibam captar sem que haja um investimento gigantesco. na minha opinião, é preciso trazer pessoas que já estão no futebol para compor uma diretoria.

IN: O que falta para formar esse time que represente a cidade?Ronaldo: Eu admiro a minha cidade, a minha várzea é riquíssima! Temos craques sensacionais, e o fato da cidade não ter chegado a um profissionalismo não é por falta de talento ou capacidade pessoal. Temos bons treinadores, bons jogadores, preparadores de goleiros, existe tudo isso na várzea. Acho que, se bem gerida, Embu das Artes ofereceria um futebol como o que hoje vemos em Taboão da Serra. Por que Taboão evoluiu? Porque Taboão da Serra se dedicou, e lá tem pessoas que amam futebol, abraçaram a causa e ainda continuam lá. Aqui tentaram, mas na primeira “porrada” pararam.

IN: Sabemos que na várzea há muitos bons jogadores. Não seria o caso de enviar esses garotos para umapeneira?Ronaldo: Eu nunca quis envolver ninguém com esse tipo de profissionalismo, não tenho vínculo nenhum com isso. Se eles se profissionalizam, eu - enquanto liga - não me envolvo, pois acho que isso é um processo difícil, tem o sofrimento da garotada, e nós sabemos que poucas pessoas vão ganhar o

dinheiro que o Ronaldo fenômeno ganhou ou que o neymar está ganhando. é difícil... A liga não se envolve nisso: o que a liga faz é única e exclusivamente poesia. nós vivemos da poesia que é jogar futebol, agendamos jogos - pagando ou não pagando. Por amor fazemos funcionar. Marcamos cinquenta, sessenta jogos por final de semana, e se o jogador vai se profissionalizar ou não, eu não me intrometo, deixo isso para outras pessoas.

IN: O que significa a várzea para você?Ronaldo: Eu adoro a várzea! Pra mim, a várzea é uma mágica: as coisas funcionam, as pessoas mais ou menos cumprem os horários e tudo acaba dando certo. Aqui tem toda uma organização: cada equipe sabe dos seus jogos pela internet, ofícios de jogos são incluídos, cada jogador consulta o site da liga para saber onde vão jogar, cada campo tem seu mapa, temos uma estrutura, não fazemos de qualquer jeito. Mas uma semana nunca é igual à outra.

IN: Hoje vemos jogadores profissionais que jogam pelo dinheiro, esqueceram o amor pelo time. Como são os jogadores da várzea?Ronaldo: hoje não dá para falar da várzea e do profissional ao mesmo tempo. O atleta de hoje precisa fazer sua situação ficar boa rapidamente, mas isso não acontece na várzea. Aqui tem pessoas que nasceram, viraram garotos e hoje jogam no sessentão do mesmo clube. Essas pessoas tiram dinheiro do bolso, ajudam, e isso não tem nada a ver com o profissional. A várzea é poética, e do

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meu ponto de vista ela não se compara em nada com o profissional. conheço gente da várzea que nasceu e faleceu jogando com aquela mesma camisa, e seus filhos e netos hoje tomam conta do time. nós acompanhamos todo esse processo: o cara trabalha o mês inteiro para vir aqui e pagar a liga, para ajudar a arrumar o alambrado que quebrou. não tem como comparar o esquema profissional com a várzea, porque eles ficaram muito distantes.

IN: Com toda essa paixão pela várzea, não seria a hora das ligas se unirem para formar um time profissional na cidade de Embu das Artes?Ronaldo: Em 17 anos nosso governo nunca procurou a liga. nós cuidamos de

100 clubes - todos tradicionais da região - e não somos procurados. Eu acho que as ligas e o Estado unidos fluiriam bem: nós conhecemos o caminho, sabemos dos atalhos, conhecemos quem está precisando, mas nunca tivemos essa proximidade. Em 17 anos passaram diferentes governos e nunca tivemos proximidade, como se a liga não existisse para o Estado. Eles conseguem fazer a manutenção dos campos, mas a liga não existe para eles.

IN: O governo já pensou em montar um time para virar profissional?Ronaldo: não, porque na verdade esta é uma forma de pagar o lazer de uma maneira barata, os times existem para diversão deles. no domingo de manhã, você vai se

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In EMBUdivertir, vai se sentir um “cristiano Ronaldo”. Existem clubes que vão ganhando espaço e conseguem disputar uma copa kaiser, Brahma e quando você vê, eles estão meio que profissionais, ganhando dinheiro. na várzea existe isso também, porque alguns clubes conseguem por si, vão se estruturando e vão aprendendo o futebol, se tornando times bons e conquistando tudo. Eles crescem, e quando vamos visitá-los percebemos que já estão diferenciados, “meio” profissionais, com jogador pago, por exemplo, mas ainda da várzea.é necessário investir, porque sem investimento não dá, tudo é muito caro. Para chegar a um nível mais profissional na Várzea, tem que passar pelo Estado, porque ele vai manter a garotada com contrato, treinando para se tornarem atletas.

IN: Como os negócios funcionam na várzea?Ronaldo: Todo mundo faz a várzea funcionar, porque ela é uma vitrine enorme: tudo que se põe para vender na várzea vende, como camisetas e outras coisas. Ela é mantida pelas pessoas de uma forma geral: todo clube tem sua diretoria, composta por pessoas que trabalham, levantam cedo, colocam dinheiro do próprio bolso. A várzea é um negócio mantido por pessoas.

IN: Como você vê o futuro da várzea?

(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)

Ronaldo: Eu sou muito otimista, acho que a várzea vai bem e vai continuar cada dia melhor. Acho que as coisas vão se moldar, talvez enfrentemos dificuldades com espaço, mas vamos mudando, nos adequando em outros campos. não consigo ser pessimista porque é a minha paixão. Eu só estou aqui, só trabalho nisso porque o povo ama o futebol. Tem quem largue a mulher em casa, a família, e vai para a beira do campo, como se isso estivesse no sangue. As pessoas vão ter que criar estrutura para que a bola role, mas nunca com muito luxo, senão acaba. Tem que ser no “terrão”, com povo correndo, os times brigando: isso é a várzea! Enquanto existir esse amor do povo brasileiro pelo futebol, a várzea não termina.

IN: O que é ser IN para a Liga?Ronaldo: Simplesmente dar o melhor que você tem em tudo, não importando o contexto. Tenho que ser o melhor na várzea, tenho que fazer o melhor trabalho aqui, aí eu sou in. Se eu não der o meu melhor, eu não sou in.

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Curta nof Rua José Mari, 80 - Taboão da Serra - SPFone: (11) 4788-1300 | Fax: (11) 4788-1310Sercom Contact Center

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DOnDOn DA ligA

mORADOR DO JARDIm LEmE, ELE tEm 47 ANOS, tRABALHA NA pREFEItURA DE tABOÃO DA SERRA E NOS FINAIS DE SEmANA ApItA JOGOS NA vÁRZEA. HÁ qUEm DIGA qUE LÁ EStÃO OS mELHORES JOGADORES. ApAIXONADO DECLARADO pELA vÁRZEA, ELE LUtA pARA ESSA CAtEGORIA NÃO ACABAR. COm O mEStRE DONDON vAmOS CONHECER Um pOUCO mAIS SOBRE ESSA CAtEGORIA, qUE ENCANtA DOS mAIS JOvENS Até OS mAIS vELHOS.

In TABOÃO 1

L.T.F.C.CAMPOLIGA

TABOANENSE

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IN: quando a Liga começou a fazer parte da sua vida?Dondon: Eu trabalhava nos correios, e quando fui demitido comecei a apitar “pelada” nos campos. fui fazer um curso de arbitragem no sindicato de árbitros de São Paulo, na Barra funda. Percebi que em Taboão da Serra não havia uma liga de futebol, conversei com a minha esposa e iniciei essa liga no Parque Marabá, na minha casinha, onde cabia eu e a mesa. comecei a marcar os jogos. no começo, eram três times na liga, mas isso foi crescendo e hoje são 210 times. Em Taboão da Serra temos mais de 600 times, mas eu trabalho com 210 em Taboão da Serra, fora os times de itapecerica da Serra, Embu das Artes e São Paulo.

IN: Como funciona a Liga? Dondon: Eu marco e apito os jogos nos sábados e domingos. cada diretor de time paga por mês e tem direito a 4 jogos. A liga é amadora, marco jogos com times da várzea. Muitos times não saem das redondezas porque não têm estrutura para sair daqui, para jogar no interior de São Paulo, por exemplo, gastam-se R$300,00. Antigamente havia vantagens: você ia visitar o time e recebia um valor em dinheiro por isso. Muitos times estão acabando, não duram um ano por falta de estrutura. Para trazer um jogador para jogar na várzea é preciso pagar, e alguns jogadores não jogam por amor, por paixão ao time. O jogador que vem de fora quer dinheiro, quer gasolina, uma chuteira, e por isso muitos times estão 17

acabando.

IN: por que os times da várzea estão acabando?Dondon: Existem muitos times jogando na várzea com ex-profissionais, e eles precisam ser pagos, caso contrário não jogam. Por isso muitos times estão “se arrebentando”.é preciso pagar a liga, o transporte, uma cerveja, e no final do mês ninguém aguenta sem um bom patrocínio. Atualmente, o principal time na várzea é a Associação Atlética Ponte Preta. Tem também o Morro e o Jardim Roberto, times bons porque são bem estruturados, com diretor, treinador e presidente. A Ponte Preta, por exemplo, disputa a “Kaiser” e outros campeonatos fora, mas outros times menores não têm poder aquisitivo para isso.

In: Na sua opinião, por que os times da várzea enfraquecerem?Dondom: Quando eu comecei apitando, a federação Paulista registrava que o campeonato de Taboão da Serra só perdia para os campeonatos de Barueri e a copa Kaiser. Todo mundo queria disputar o campeonato de Taboão da Serra, o terceiro maior campeonato da Várzea.Os times bons foram acabando, foram entrando times de bom poder aquisitivo, times briguentos, aí os outros foram parando. hoje, os empresários não querem saber de patrocinar um time que não tenha nome.

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Quando começamos o campeonato de Taboão da Serra eram 12 times. hoje são 24 times na primeira divisão, e vamos reunir todos os times que disputam a várzea para fazer uma “libertadores da várzea”. Estamos atrás de patrocínio, mas até o momento ninguém se interessou em patrocinar.

IN: A várzea também revela garotos como as categorias de base de alguns clubes? Dondon: Tem muitos meninos bons jogando bola na várzea, mas não tem nenhum olheiro, falta um empresário para ajudar. hoje é tudo mais difícil, o empresário já quer que o garoto assine! Se tivesse um olheiro em Taboão da Serra, ele levaria um garoto para jogar no profissional.

In: para você qual o futuro da várzea?Dondon: Sinceramente, daqui cinco anos

não vamos ter mais várzea, a várzea é terra, a várzea é lama, é poeira, e hoje muitos donos de empresas estão comprando terrenos para fazer prédios, fazer casas. nos últimos seis anos perdemos dez campos no Embu, sinto uma dor no peito em falar, mas daqui cinco anos não vamos ter mais várzea.

iN: O que o Dondon sonha para a Liga?Dondon: Eu tenho o sonho grande de tomar conta de todos os campeonatos de várzea da Secretaria de Esportes. Esse é um sonho que eu gostaria de realizar para não deixar a várzea acabar. Eu faço campeonato de master todo mês de Janeiro, o campeonato verão, e faço sozinho. Eu vou na secretaria de esportes sozinho, trabalho sozinho para fazer um campeonato com 24 times. nós temos que montar uma liga que tome conta desses campeonatos, porque a minha liga é filiada à federação Paulista.

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(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)

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Page 20: Revista Inovação e Negócios #03_07/14

pRECISAmOS DE Um JORNALISmO qUE NÃO SEJA DE CLASSE, pRECISAmOS DE Um JORNALISmO pARA tODOS.

In DESTAQUE

IN: Conte um pouco da sua história, como foi no início?Azenha: Meu pai era um militante comunista português que migrou para o Brasil porque não queria servir ao hittler. Ele era um escritor autodidata, e como não tinha formação acadêmica, eu acho que ele se sentia muito frustrado, e por isso sempre empurrou muito meu irmão e eu, nós liamos muito. Eu comecei muito cedo no jornal de Bauru, tinha 12 anos. fiz de tudo no jornal no tempo em que o jornalismo se aprendia dentro da redação, não se exigia a formação acadêmica. Eu brinco que eu era repórter carteiro: os jornalistas escreviam as perguntas, eu ia até a casa do entrevistado e tomava um KiSuco enquanto o cara respondia. Depois eu levava de volta para a redação. foi assim que comecei nos anos 70, em plena ditadura militar. O jornalismo foi para mim uma válvula de escape porque vivíamos na ditadura, meu pai era comunista, e ele foi muito perseguido, durante mais de 30 anos.Eu tive um lance de sorte muito grande também: adolescente, eu fiz um exame para ser bolsista nos Estado Unidos e passei. Minha mãe e minha irmã, com muito esforço financeiro especialmente, compraram as passagens e com 16 anos fui estudar inglês, o que me ajudou muito depois, inclusive emocionalmente.

IN: qual a sua visão do jornalismo de hoje?Azenha: Existem alguns jornalistas que não têm relação com a profissão, vão lá - principalmente na

LUIZ CARLOS AZENHA, ELE é Um GRANDE JORNALIStA INvEStIGAtIvO, COmEçOU SUA CARREIRA NO INtERIOR DE SÃO pAULO, NA CIDADE DE BAURU. FAmOSO pELAS tRANSmISSõES DE CORRIDAS DA FóRmULA INDy E pELAS DIvERSAS REpORtAGENS FEItAS Em EvENtOS ESpORtIvOS INtERNACIONAIS, tAmBém ENtREvIStOU O LÍDER SOvIétICO mICHAIL GORBAtCHEv Em 1988, COBRIU DIvERSAS vIAGENS DE pRESIDENtES BRASILEIROS COmO JOSE SARNEy, FERNANDO COLLOR, FERNANDO HENRIqUE CARDOSO E JOSE INÁCIO LULA DA SILvA. RECENtEmENtE, LANçOU O LIvRO “O LADO SUJO DO FUtEBOL” Em qUE CONtA HIStóRIAS DOS BAStIDORES DO NEGóCIO BOLA.

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título: O lado Sujo do futebolSubtítulo: A Trama de propinas, negociatas e traições que abalou o esporte mais popular do mundoAutor: Amaury Ribeiro Jr., leandro cipoloni, luiz carlos Azenha, Tony chastinetEditora: PlanetaAno: 2014

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televisão - e fazem perguntas como se não estivessem interessados genuinamente. Quem vai para as universidades estudar jornalismo são pessoas de classe media alta e, além disso, o Brasil é um país de monopólios, temos uma concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos donos. no jornalismo somos dependentes de um número muito pequeno de patrões: eles fazem a seleção de quem pode ou não trabalhar e muitas vezes essa seleção é ideológica, se você não pensa daquele jeito é chutado para fora. Precisamos de um jornalismo que não seja de classe, precisamos de um jornalismo para todos.

IN: Recentemente você escreveu o livro “O lado sujo do futebol”. O que você tem a dizer sobre esse negócio por trás da bola?Azenha: O futebol é um reflexo do que é a sociedade brasileira em todos os aspectos, é como uma pirâmide: ela fica muito voltada para poucos, e quando acabam os campeonatos regionais um grande número de jogadores ficam desempregados. Então, na verdade, o futebol brasileiro é voltado para uma minoria. O brasileiro ama futebol, mas a renda dele se acumula no topo. O livro mostra o que está errado no futebol: quando tivemos a tentativa do clube dos 13 de vender as transmissões dos campeonatos, por exemplo, houve um leilão e quem ganhou os direitos foi a Rede Tv. A Rede globo se juntou ao Ricardo Teixeira, que implodiu o clube dos 13 para manter o monopólio das transmissões. Esse monopólio é

In DESTAQUE

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negativo para o futebol brasileiro, porque quando passa a negociar clube a clube, quem você acha que tem mais poder? A Rede globo. Só tem alguém que pode enfrentar a globo: o corinthians e o flamengo, que têm torcidas gigantescas. A Rede globo tem o monopólio, e é um absurdo que um jogo de futebol aconteça em plena quarta-feira às 22h00, sendo que o trabalhador tem que levantar às 6h00 para trabalhar, tudo por causa da grade de uma emissora.

IN: Sobre esse monopólio, qual o lado negativo para o torcedor?Azenha: no Brasil temos casos de emissoras que compram os direitos dos jogos só para outras emissoras não transmitirem. O futebol é uma questão nacional, não pode ser deixado nas mãos de uma máfia que o está destruindo, privatizando o esporte. Depois da copa, teremos esses estádios grandes privatizados, assim como o itaquerão - que pertence a um clube privado e foi construído com dinheiro público, portanto será pago de volta.Então, com esses estádios privatizados as empresas vão querer obter lucro. A tendência é aumentar os preços dos ingressos, expulsar o povão do futebol, e eu acho que isso vai render muita confusão.

IN: qual a sua opinião sobre a Copa do mundo no Brasil?Azenha: Eu gosto da copa, embora eu tenha escrito um livro muito crítico, é um evento bacana. Para o Brasil, ter uma copa do mundo é muito prazeroso. houve má vontade de alguns por questões eleitorais, pois uma copa bem feita irá render muito para o governo atual. Eu tenho muita experiência em eventos esportivos internacionais: não podemos ser muito críticos, temos que deixar essa síndrome de “vira lata”, segundo a qual os outros fazem bem e nós não. Eu vi absurdos em Olímpiadas e outras copas, e nossos estádios estão muito bonitos.

IN: O que as pessoas vão encontrar no seu livro sobre o futebol?

Azenha: O livro fala dos dois homens mais importantes do futebol no Brasil: João havelange e Ricardo Teixeira. Essa dupla mandou no futebol durante 6 décadas, e enriqueceu às custas do futebol. é um livro de bastidores, que fala das maracutaias do Pelé com o Joao havelange, das brigas do Pelé com o Ricardo Teixeira. O livro conta como dois caras que nunca dirigiram um clube - o Ricardo Teixeira nunca jogou futebol na vida! - fizeram um trabalho nos bastidores e enriqueceram usando o futebol.Os dois atuaram como office boy das grandes empresas no futebol, que de fato mandam, que são a nike e a Adidas. A Adidas pegou o João havelange e disse “ Você vai ser o nosso homem na fifa” , e arrumou o patrocínio da coca-cola, que mandava dinheiro para o havelange fazer a política dele pelo mundo todo.O livro abre com um acidente na florida: morre uma mulher que o Juca Kfouri jura que era amante de Ricardo Teixeira. Essa morte provoca a separação entre Teixeira e havelange, pois Ricardo Teixeira era genro do João havelange. com a separação, o rompimento com a Adidas e favorecimento da nike, grandes concorrentes.Sogro e genro se enfrentam, porém não brigam a ponto de um entregar o esquema do outro. Teixeira desenvolveu uma grande amizade com o presidente do Barcelona, funcionário da nike, e fazem negócios que persistem até hoje. contamos esses bastidores a briga entre os dois. é bacana para o torcedor saber sobre essa máfia da fifa: não há outro nome para dar a fifa, porque é uma entidade sem fins lucrativos que tem 1 bilhão de dólares em caixa e com isso fazem o diabo no futebol.

iN: Com tudo isso, como você acha que um time pequeno pode se tornar um grande time de base, temos como exemplo o CAtS de taboão da Serra.Azenha: não acho que os times devem se colocar como times de base, isso é um modelo que existe

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In DESTAQUEhoje, é um modelo que os empresários de futebol criaram, e formar uma estrutura de mão de obra barata para servir aos outros é muito negativo. Os empresários pegam garotos de 10 ou 11 anos, fazem a cabeça dos pais, e o que eles não sabem é que de cada 100 meninos 99 se esborracham (...). Os empresários é que ganham com isso, pois desenvolvem o garoto e vendem por muito dinheiro, e isso pra mim é venda de gente, tráfico de crianças.Se você quer que um clube de fato seja sólido, não vejo nada demais em fazer como o Santos, que desenvolve um atleta para o clube dentro da escolinha, com padrões de tratamento adequados a adolescentes. Agora, para resolver o problema do Brasil como um todo, primeiro é preciso romper

com o monopólio da televisão, transmitir as outras divisões do futebol na televisão ou em canal da internet. O que não podemos ter, como acontece hoje, é um monopólio controlado pela Rede globo, que manda totalmente nas transmissões do futebol.O segundo ponto é desenvolver uma relação com o clube local - hoje o torcedor local torce para um clube grande, aquele que passa na tv! Tem que acontecer a volta das paixões pelos clubes locais, tem que ocorrer uma mudança de filosofia para o fortalecimento dos clubes locais e regionais.

IN: A Rede Record conquistou o direito de transmissões, e transmitiu pela primeira vez as Olímpias de inverno. Como você vê essa guerra de transmissão das emissoras?Azenha: não sei, agora as Olímpiadas do Rio de Janeiro vão ser transmitidas pelas duas emissoras: globo e Record. Eu acho saudável que haja mais de uma emissora transmitindo o evento, acho que o evento sendo no Brasil todas as emissoras deveriam ter o direito. A copa deveria ser transmitida por todas as emissoras no Brasil, cada uma imprimiria seu olhar para o evento, teríamos mais empregos para os jornalistas. Acho sempre melhor termos mais gente fazendo as transmissões, o problema é que o retorno comercial pelo preço que esses direitos estão custando só vende se você tiver o monopólio. Mas, infelizmente, o dinheiro a qualquer custo está destruindo o esporte. Eu particularmente gosto das Olimpíadas, porém o comitê Olímpico internacional é outra máfia, como a fifa.

IN: O que é ser IN para Luiz Carlos Azenha? Azenha: Ser in é ser Out. Eu sempre fui um outsider, porque eu gosto de ter um olhar por fora das coisas, eu gosto de olhar o in pelas costas. Eu gosto muito do que o Miguel nicolelis fez na abertura da copa, usando a energia elétrica do cérebro para movimentar máquinas, não existe nada mais in do que isto. Obviamente isso nos remete à história da tecnologia, ou seja, tecnologia para quem? isso é mais importante ou tão importante quanto.

(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)

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IN ITAPECERICA

O fUTEBOl AMADOR ViVE DO inVESTiMEnTO PRóPRiOtoninho tem 63 anos e trabalhou como armador em obras de amarração de ferragens. Em 1976 sofreu um acidente de trabalho e em 1981 trabalhou com um amigo com esporte e marcação de jogos para vários lugares de São paulo. Agora gerencia a Liga de Itapecerica.

IN: Em sua visão, qual a situação da várzea?toninho: Até 1992 era muito bom trabalhar na várzea, mas após a entrada do collor ficou muito difícil. Antes dele, as empresas patrocinavam, a gente emitia nota e deduzia do imposto, mas com a entrada dele isso acabou, e as empresas grandes foram embora para o interior. com a Marta na prefeitura os impostos também eram altos e as empresas foram embora. Dias desses eu viajei e vi tantas empresas na saída de São Paulo... Algumas empresas que eram daqui, mas mudaram para municípios vizinhos que ofereceram melhores impostos.hoje não conseguimos patrocinadores, então eu faço o campeonato e compro as bolas.

IN: Com toda a força que tem, porque ainda não existe um time de várzea profissional?toninho: itapecerica tem a capacidade de ter isso. O São Paulo futebol clube já veio aqui várias vezes com a intenção de fazer um projeto, mas essas coisas são muito complicadas, pois as pessoas que tomam conta da área querem um benefício. O São Paulo reformou o Estádio, mas depois não deu certo.

IN: você acha que os jogadores da várzea de Itapecerica da Serra têm chance de atuar em um time profissional?toninho: O São Paulo faz peneira aqui e não aproveita ninguém. São pessoas que moram nessa região, em situação difícil. Muitas vezes é um bom garoto, mas isso não basta, é preciso ter disciplina. há pouco tempo, teve uma peneira aqui em itapecerica de quinhentos garotos. Desses, apenas 4 passaram, o que eu considero muito pouco porque não acredito que de quinhentas pessoas pelo menos 30% não tenham qualidade.

IN: Algum jogador da várzea obteve sucesso no mercado?toninho: A gente pode citar o cafu, o Marcio Santos, o Álvaro luiz - que jogou quatro anos no Real Zaragoza e em times da Espanha - o gilmar... Essas pessoas eram da nossa região.

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(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)

IN ITAPECERICAIN: para você, qual é o futuro da várzea?Toninho: Os patrocinadores fazem falta, precisamos de pessoas que tenham empresas e que possam ajudar as equipes a se organizarem, legalizando suas documentações, contando com pessoas que façam as coisas da maneira correta, para não acontecer na várzea a mesma coisa que ocorre nos clubes profissionais. Os presidentes cuidam dos clubes? não, se eles cuidassem dos clubes o campeonato Brasileiro não estaria como está, na mão da Rede globo. A Rede globo faz o que quer no futebol: deita e rola, tem autonomia, ela paga!no meu ponto de vista, o campeonato Brasileiro não é organizado e é pior do que a várzea. na várzea você não joga se tiver três cartões amarelos, e se for expulso não joga. Esse lance da Portuguesa é coisa que pode acontecer em um futebol profissional? é desorganizado, não acredito até hoje. Será que a Portuguesa iria colocar um cara que não tivesse necessidade? Será que a direção da Portuguesa fez isso?

IN: qual será o legado da Copa para o Brasil?toninho: Eu acho que fizeram um monte de coisas que não deviam. nós temos muitos estádios bons, não precisavam construir tantos outros estádios. A fifa vai sair daqui com muito dinheiro, e nós ficaremos com a dívida, e com certeza o povo vai pagar esta dívida através dos impostos. O grêmio, por exemplo, fez um estádio. Para que fazer outro estádio lá na Amazônia? O maior clube da Amazônia é o nacional, e quantas pessoas irão assistir jogos lá?

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ANDERSON NOBREGAFALA SOBRE O GRANDE tImEDE tABOÃO DA SERRA - O CAtS

In TABOÃO 2

ELE tEm 32 ANOS, JOGOU NO pALmEIRAS E tEvE UmA BREvE pASSAGEm pELO CORINtHIANS. HOJE é pRESIDENtE DO CAtS, O GRANDE tImE DE tABOÃO DA SERRA. SUA pAIXÃO pELO tImE O LEvA A mANtê-LO FINANCEIRAmENtE, E SEU GRANDE SONHO é LEvAR A EqUIpE pARA A ELItE DO FUtEBOL pAULIStA E BRASILEIRO. SUA BUSCA INCANSÁvEL pOR pAtROCINADORES DA REGIÃO O AJUDA NO SONHO DE ELEvAR O tImE E tAmBém A CONtINUAR O tRABALHO SOCIAL qUE O CAtS OFERECE A JOvENS E ADOLESCENtES. ANDERSON NOBREGA é O NOSSO DEStAqUE DA vEZ.

TABOÃODASERRA

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IN: Conte-nos um pouco da sua história e da sua trajetória até chegar a ser presidente do CAtS. Anderson Nobrega: A Paixão pelo futebol vem desde que eu era pequeno. Meu irmão Eduardo era atleta, jogou no São Paulo nas categorias de base - muito bom jogador! -, eu tinha muita admiração por ele, e desde muito pequeno meu sonho era jogar. Eu também fui jogador: joguei pelo nacional, passei pelo Palmeiras, tive uma passagem muito rápida pelo corinthians. fui campeão paulista pelo Taboão - junto com o half, que hoje está jogando no corinthians e teve uma passagem pela seleção brasileira - ele é meu amigo.A experiência como atleta me deu conhecimento prático sobre futebol. Antes de ser presidente do clube, eu fui jogador, diretor, treinador do cATS profissional de sub 20. Eu tive a grata surpresa de ter sido eleito presidente em 2012 para um mandato de 10 anos, e minha maior felicidade é ser presidente do cATS. Pelo clube, minha grande paixão, eu largo a empresa, meu escritório...

IN: quando o CAtS foi fundado? Anderson Nobrega: O cATS foi fundado em 1985 para ser um clube social para disputas de jogos regionais, jogos abertos. inicialmente, não tinha cunho profissional, mas a partir de 2003 o clube se profissionalizou e começou a disputar competições oficiais que proporcionaram o crescimento ao clube. Ao se profissionalizar, o cATS une a função social e esportiva de competição, e a partir de 2003 começou a disputar todas as competições oficiais da federação Paulista, copa São Paulo - que é a grande paixão do Taboanense, e nós crescemos a cada ano. Por aqui já passaram vários atletas, o Ralf é um grande exemplo. O cATS foi o primeiro time em que ele jogou, foi aqui que ele teve sua primeira oportunidade profissional.

IN: Como presidente quais os seus planos para o time do CAtS? Anderson Nobrega: Meu sonho é levar o clube para a série A1 de São Paulo, chegar a uma séria A de campeonato Brasileiro. Eu sei que aumentando o espaço conquistado pelo clube seria possível ajudar mais gente, traria mais visibilidade para a cidade.Os garotos sonham em ser jogadores como eu sonhei, e se você perguntar na região onde eles querem jogar, eles dizem que querem ser atleta do cATS. isso me deixa muito orgulhoso, porque eles não sonham mais em ser atletas do corinthians, do São Paulo ou do Palmeiras. Eles sabem que o cATS é o primeiro passo para buscar o sonho, e o meu objetivo é fortalecer a marca cATS, fazer crescer o clube como instituição, para que a gente possa ajudar mais pessoas que futuramente terão chance de representar o Brasil.

IN: quais os critérios para selecionar os garotos que jogam pelo clube? Anderson Nobrega: Os clubes olham muito a parte profissional e a parte financeira. nós, não. nós queremos misturar tudo isso: o social, a parte profissional e a parte financeira - necessária também! – só que oferecendo oportunidade. Uma das filosofias do cATS é: chegou jogador, não importa se tem 20, 19, 18 ou 17 anos, põe em campo e dá uma oportunidade, porque só assim é possível saber se ele tem condições de ser um atleta profissional ou se ele é só um atleta social. Se for um atleta social, encaminhamos para a Secretaria de Esportes, pois nós temos uma parceria muito grande entre secretaria de esportes e clube Atlético Taboão da Serra. Se for um atleta que tenha um cunho de competição, vem para o cATS e é preparado para disputar competições.

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In TABOÃO 2IN: Conte um pouco da trajetória do CAtS...Anderson Nobrega: O cATS se profissionalizou em 2003, e em 2004 fomos campões paulista da quarta divisão, subindo para a série A3, considerada a elite do futebol. nessa época eu era jogador e fui campeão junto com o cATS. Em 2005, meu irmão Eduardo assumiu a presidência, eu ainda jogava, mas o cATS não teve apoio da prefeitura, tivemos um mal campeonato e voltamos para a Série B. Desde 2006 estamos nesta luta para retornar à elite do futebol paulista. EM 2010, conseguimos formar um bom time, voltamos a ser campões da divisão e ficamos na elite do futebol até 2012, ano em que eu assumi. Voltamos para a segunda divisão, mas desde 2013 temos uma estrutura melhor, e contamos com o apoio da cidade como torcida. Esse apoio acaba influenciando positivamente, e a tendência é que nós, este ano, sejamos campões novamente, voltando à elite do futebol. Essa parceria já está dando certo: ficamos em quinto lugar na copa São Paulo - a copa do mundo de garotos até 20 anos de idade, em que jogam clubes do Brasil inteiro, e ainda participam clubes de fora do país. São 106 clubes em média, e o cATS - que é bem pequenininho! - ficou em quinto lugar, na frente do corinthians, do Palmeiras, do São Paulo, do Atlético Mineiro, do cruzeiro, todos, clubes com uma estrutura fenomenal, financeiramente muito superiores a nós. isso é resultado do trabalho sério, dedicado e carinhoso desenvolvido pela comissão técnica e pela diretoria. O apoio das pessoas influentes da cidade acaba beneficiando o clube, e automaticamente, temos mais espaço para atender e beneficiar as crianças, que podem ter suas vidas transformadas.

IN: qual é a estratégia do CAtS para formar novos jogadores? E como é feito o trabalho de base? Eduardo Nobrega: A união entre Secretaria de Esportes e o clube proporciona melhoria na estrutura de ambos. com isso, criamos o sub 11, e

atualmente o cATS tem as categorias sub 11, sub 13, sub 15 , sub 17, sub 20 e profissional. Assim, o trabalho se inicia com garotos da cidade com idades entre 9 e 11 anos. O objetivo do sub 11 do Taboão não é ganhar títulos, mas formar atletas com a filosofia do clube. Os meninos com idades entre 15 e 17 anos que não estiverem em um time maior estarão prontos para subir ao profissional do clube. Esse trabalho só é possível graças a parceria com a Secretaria de Esportes, que nos oferece apoio e condição estrutural. O convênio com a prefeitura nos permite usar os espaços municipais como o estádio e esses novos campos sintéticos. O apoio da cidade nos permite fazer um trabalho de excelência começando com as crianças, e sem isso ficaríamos muito restritos. Eu acredito que daqui a alguns anos, este trabalho com os atletas que começaram conosco aos 9 anos de idade vai gerar times com 90% dos jogadores formados no próprio clube, e não teremos que buscar jogadores de fora.

IN: quem patrocina o time? E como é feito o trabalho com a Liga?Anderson Nobrega: Atualmente, o patrocínio do cATS vem basicamente da minha família. nós mantemos o clube por paixão ao futebol e pelo sonho de revelar jogadores, beneficiando os jovens da periferia.A respeito da liga, não existe união entre os clubes, entre os presidentes, entre as pessoas, porque cada um pensa nos próprios interesses. A federação Paulista é uma entidade milionária, tem uma estrutura muito grande. Eu participo das reuniões, mas ela não oferece apoio para os clubes pequenos, o foco são os times grandes como corinthians, São Paulo, Palmeiras... é o que dá audiência, é o que o povão gosta. Estamos fazendo uma competição agora - o quarto paulista de futebol da 2ª divisão, e o Taboão está jogando. A competição dura oito meses, mas nenhum clube dessa divisão tem ajuda financeira da federação. Eu acho isso um absurdo porque cinquenta clubes estão participando. Os

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times pequenos deveriam se unir e participar da assembleia, cobrando o apoio da federação, que atualmente dá 12 milhões para o corinthians, por exemplo, e o clube que é pequenininho e que faz o trabalho social, não recebe nada. Depois o corinthians vem aqui e toma os jogadores... O São Paulo – que diz que é uma administração muito correta - é o que mais rouba jogadores de outros clubes. no ano passado, só no sub 11 nos tirou 6 jogadores, sem sequer agradecer pelo nosso trabalho de formação. A lei Pelé prejudicou muito os clubes pequenos porque não respeitou a formação, porque o clube que tem o sub 11 tem um custo para esta formação. O próprio movimento do “Bom Senso”, que entre outras coisas conseguiu uma mudança no calendário, também não fala de dar uma segurança maior para quem forma. nós, do Taboão, somos um clube formador, mas não temos segurança jurídica nenhuma.

Como entender tudo isso?O foco hoje está só no calendário. As ideias do Bom Senso são boas para o profissional, mas eles ainda não estão pensando na base, nesta formação, e isso eu também acho errado. Uma forma de mudar seria os clubes se unirem e participarem da assembleia da federação, só que, com medo dos poderosos, ficamos quietinhos para não sermos prejudicados. Mas acredito que unidos nós temos força. Porque não dá para fazer um campeonato de 8 meses sem ter um apoio da federação, está errado não ter esse apoio financeiro, está errado dar R$12 milhões para o corinthians e não dar R$1,00 para o Taboão, não dar um meio para o clube sobreviver, porque tudo lá é pago, taxa de inscrição, arbitragem, exame médico... Outro ponto errado é que o mesmo valor que o corinthians paga para inscrever um jogador é o valor que o cATS paga, isso não tem lógica! Os times grandes deveriam pagar mais que os pequenos. A federação foi criada para ajudar a organizar os clubes e não só para arrecadar, e eu não vejo isso, porque ela só olha para os times grandes. Mas

os times grande vão buscar jogadores em times pequenos, como o Taboão, sem deixar nada para o clube, e isso dificulta muito a nossa sobrevivência.

IN: quando os taboanenses terão o prazer de ter camisetas do CAtS a venda?Anderson Nobrega: Sou muito cobrado por isso, mas o problema é que tudo tem um custo. Atualmente, todos os profissionais estão com o salário em dia, o cATS não deve a ninguém. Pouco ou muito, é o que o clube pode pagar. Eu não tenho muita ajuda de empresários, porque a maioria não vê o trabalho social que está sendo feito quando tiramos 10, 15 crianças da rua. Se contarmos só no futebol de campo, nós temos 400 atletas, desde o Sub 11 ao profissional, mas os empresários não percebem ainda que o trabalho desenvolvido no cATS contribui para a saúde das nossas crianças, pra sua estrutura, melhorando a sociedade, porque o esporte afasta as pessoas da criminalidade, do tráfico, e por isso o nosso trabalho social é muito importante. Mas, quando eu vou a uma empresa, os empresários me perguntam: “Qual o retorno de mídia que eu vou ter?” E realmente, mídia nós não temos, mas estamos resgatando vidas. Então, fazer produtos para venda é muito difícil, eu fui a várias empresas e nenhuma quis fazer consignação, colocar sua marca ou ainda fazer um acordo: ou paga, ou não tem. Mas eu continuo correndo atrás, acho que as empresas poderiam apoiar, encontrar uma forma para ajudar com este custo.

IN: Na sua visão, qual o futuro do CAtS?Anderson Nobrega: O cATS é uma peça fundamental no esporte da região. com o apoio do Prefeito da cidade, do meu irmão e do secretário de esporte o clube cresceu. claro que o ritmo ainda é lento, mas com essa estrutura nova os jovens e os adolescentes que sonham em ser jogadores vão encontrar um time melhor, mais organizado, melhor

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administrado. com isso poderão buscar o sonho de se tornarem jogadores do profissional, com uma filosofia esportiva para que não desviem o foco para o mundo errado, que é o nosso grande medo, nossa grande preocupação. Meu sonho para o cATS é transformá-lo em um time de serie A1 no Estado de São Paulo, em um clube serie A do Brasileiro. Esse ainda é um sonho muito grande, mas durante o meu mandato eu vou persegui-lo. Esta é a minha grande paixão, e o meu objetivo é ampliar o nome do clube, toda sua estrutura, beneficiando os atletas.

IN: O que é ser IN para Anderson Nobrega?Anderson Nobrega: Ser participativo, dar importância a coisas pequenas, você querer

transformar uma situação adversa em coisas boas, é você sonhar com um time pequenininho como o nosso e colocar em uma serie A de um brasileiro. Ser in é você não olhar para as dificuldades, passar por cima do que tiver pela frente, buscar seu sonho. O ser humano tem que sonhar e buscar, independente da condição financeira, todos nós temos nosso leão para matar. nós precisamos encarar a vida com alegria, passar por dificuldades para transformar o mundo, acreditando que vamos mudar tudo isso, acho que in é isso. O in para mim é isso: ao encontrar qualquer obstáculo, passar por cima, olhar sempre para o futuro e não olhar para trás. Para mim, ser in é ser participativo e acreditar que posso ser uma pessoa melhor.

In TABOÃO 2

(Assista a entrevista na íntegra em nosso site)

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nenhuma empresa pode prescindir de design, mas a imensa maioria dos pequenos negócios brasileiros não conta com este recurso.O qUE é : O design é um elemento estratégico chave na atuação das empresas. é o elemento que influencia a percepção do público sobre sua marca e a sua proposta como empresa.Se o design é o elemento de diferenciação e inovação de produtos e serviços, como a sua empresa o utiliza? é importante rever o que você está dizendo para seu consumidor e como poderia dizê-lo melhor.O design é uma ferramenta imprescindível para empresas de todos os portes e segmentos. não é um “artigo de luxo” que só as grandes podem alcançar. é um investimento de ótimo custo benefício que pode trazer resultados importantes para sua empresa em diversos níveis.

A ImpORtâNCIA DO DESIGN pARA OS NEGóCIOS

In DICA

SUAMARCA

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Aperfeiçoa e reduz custos de produção

Aumenta a competitividade das empresas

Agrega valor às marcas de produtos e serviços

cria oportunidade para conquistar consumidores

Permite que a empresa adote uma forma de pensar e encarar problemas focada na empatia, colaboração e experimentação

Promove a utilização de recicláveis e o respeito ao meio ambiente

Amplia o portfolio da empresa ao criar novos produtos e adaptá-los às necessidades do mercado

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In DICAÁreas de atuação

Design de ComunicaçãoO design de comunicação é um amplo processo criativo que atua na construção de mensagens. itens como design gráfico, logomarca, identidade visual e corporativa, material promocional, design digital, design de informação editorial, de superfície e de estamparia fazem parte desta área.Design de ProdutoTrabalha com a criação e produção de de objetos e produtos especialmente para usufruto humano, a partir de profundo conhecimento da psicologia do consumidor. inclui itens como styling, funcionalismo, originalidade, ergonomia, identidade, sempre em busca de tornar um produto atraente para o consumidor.

Design de Ambienteé responsável por planejar e desenvolver diferentes espaços, sejam eles residenciais, públicos ou comerciais, escolhendo e combinando os elementos de um ambiente de forma funcional, segura, econômica, estética e confortável. Trabalha com itens como layout de postos e estações de trabalho, chão de fábrica, pontos de venda, vitrines, feiras e eventos, iluminação e sinalização da área de trabalho.

Design de Serviçosé a atividade de planejar e organizar pessoas, infraestrutura, comunicacão e componentes materiais de um serviço, de forma a melhorar sua qualidade e a interação entre a empresa provedora do serviço e os consumidores. Tem como objetivo integrar esses diferentes pontos de contato para tornar a experiência do consumidor mais atraente e memorável. inclui itens como diagnóstico empresarial, planos de implantação de projetos e design thinking.

Contrate um profissional sério, o investimento é maior mas o resultado é muito diferente!

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O melhOr investimentO,a melhOr rentabilidade

lOteamentOEmpreendimento

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Curta nof

Tel.: 4771-2734 – 4771-3173 End.: Comendador Angelo Rinaldi n º155

Parque Santos Dumont – Taboão da Serra – SP

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