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www.pack.com.br ANO•12 JANEIRO 2010 149 EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO R$ 15,00 ENTREVISTA Luciana Villa Nova, da Natura, arma que os fornecedores de embalagens são fundamentais em suas práticas sustentáveis ESPECIAL ARGENTINA Inuência europeia dita sosticação estética das embalagens e do PDV e G S S t a a ce r a sosticação estética das e embalagens e do PDV LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA FARMACÊUTICA O código bidimensional datamatrix começa a ser implantado, este ano, para combater a indústria de falsicação de medicamentos

Revista Pack 149 - Janeiro 2010

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LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA - O código bidimensional datamatrix começa a ser implantado, este ano, para combater a indústria de falsifi cação de medicamentos

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MARGARET HAYASAKIEDITORA-CHEFE | [email protected]

CARTA AO LEITOR

NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA!

epois da tempestade vem a bo-nança. Esse provérbio consolida o momento pelo qual a economia brasileira passou em 2009. O pri-meiro semestre foi bem negativo, mas o segundo semestre já mos-trou um desempenho melhor. E é com esse resultado positivo que

vamos começar o ano de 2010, com muitas expectati-vas de realizar novos negócios e novas parcerias. Num horizonte repleto de concorrentes, feliz são aqueles que têm a capacidade de criar oportunidades de novos negócios. Eles não esperam que elas aconteçam! Esse é o espírito de gestão da Editora Banas que, em 2010, vai continuar levando para os seus leitores soluções de negócios inovadoras. São soluções que permitem aos executivos e profissionais da indústria de consumo e do setor de embalagem efetivar as suas tomadas de decisões no dia a dia de seu negócio.

O nosso trabalho não é feito de inspiração, mas de transpiração. Há muita coisa por vir em 2010. Já realizamos, em novembro do ano passado, a nossa reu-nião do conselho editorial, composta por renomados profissionais do setor de embalagem e da indústria de produtos de consumo, para avaliar a revista Pack em 2009 e para discutir as ações do ano que começa agora.

Dentro desse espectro, muitas ideias boas surgiram para melhorar o conteúdo editorial da publicação. Essas novidades, por enquanto, são confidenciais. Em 2010, o objetivo é levar conteúdo que agregue ainda mais valor ao seu negócio, com novas seções. Haverá também edições especiais vindo por aí. Por enquanto, é somente isso que podemos contar. Continuem nos acompanhando para saber sobre as novidades, seja na revista, no site ou no blog da Pack.

Na primeira edição do ano, a revista Pack traz reportagem sobre o novo sistema de rastreabilidade que deverá ser implementado a partir deste ano, em todas as embalagens de medicamentos. O objetivo é ajudar a combater a falsificação de medicamentos, um fenômeno global. Luciana Villa Nova, gerente de desenvolvimento de produto e sustentabilidade da Natura, é a entrevistada do mês. Ela falou sobre a ca-pacidade de inovação e sustentabilidade e o papel dos fornecedores de embalagem nas práticas sustentáveis da empresa.

Leia também a matéria sobre o mercado argentino de embalagem. Assunta Napolitano Camilo, com seu olhar mercadológico e técnico, pinça as diferenças e as oportunidades encontradas no país vizinho.

Até a próxima edição.

carta ao leitor

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MATÉRIAS

12 ENTREVISTA

Melhorar a cadeia de produção do PET reciclado no Brasil é um dos desafi os da Natura, conta Luciana Villa Nova, gerente de desenvolvimento de produto e sustentabilidade da empresa

20 CAPA

O código bidimensional datamatrix, que começa a ser implantado a partir deste ano, visa a combater a falsifi cação de medicamentos

24 ESPECIAL

Ganhos e perdas na gôndola: o que conduz à intenção de compra?

28 ESPECIAL ARGENTINA

Mesmo nos mais simples mercadinhos de vizinhança ou nos mercados do interior da Argentina e, até nos quiosques de doces, a preocupação com a aparência é notável

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SEÇÕES6 AGENDA

7 PACK ONLINE

8 ATUALIDADES

16 VANGUARDA

18 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS

32 NOTAS TÉCNICAS

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ESPECIAL ARGENTINAAs diferenças e oportunidades no setor de embalagem

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sumário

CAPABrasil segue o exemplo da Europa

ENTREVISTA“O salto de excelência se dará com o lançamento de uma embalagem de biopolímero”

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6 EDITORA BANAS

agenda 60 anos

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

Fundador: Geraldo Banas (1913 – 1999)Publisher: Cristina Banas

Editora: Elizabetha Banas (1923 – 2007)Editora-chefe: Margaret Hayasaki – [email protected]

Jornalista web: Kleber Pinto – [email protected] Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – [email protected]

Revisão: Nazaré Baracho e Rosa AmaralConsultoria Técnica: Guilherme Sergio Maradine

Secretária: Bruna PiresAdministrativo e Financeiro: Zenaide Crepaldi – [email protected]

Projeto gráfi co: Editora Banas Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) – [email protected]

Editora de Arte: Tami Arita – [email protected]: Tami Arita – [email protected]

CONSELHO EDITORIALAndré Vilhena – Diretor CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem; Assis

Garcia – Diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Claudio Irie – Diretor de marcas controladas do Carrefour; Eduardo Yugue – Gerente de embalagens da Nestlé;

Geraldo Cardoso Guitti – Presidente da Refrigerantes Convenção; Lincoln Seragini – Diretor–presidente da Seragini Farné; Luiz Belloli Neto – Presidente da Câmara setorial de máquinas para a indústria alimentícia, farmacêutica e refrigeração industrial da Abimaq –

Luis Madi – Diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos

DEPARTAMENTO DE VENDASDiretor Comercial: Paulo Galante – [email protected]

Executivos de Negócios – São Paulo:Cláudio Alves Freire | João Domingues

Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800

Belo HorizonteM Lage Vendas e Representações – Av. Raja Gabaglia, 4000 sl. 207 – Belo Horizonte

– MG – CEP 30494-310 – Contato: Marcio Lage – Tel.: (31) 2127-3854 – (31) 9612-8028 – [email protected]

Rio de Janeiro: Art Comunicação S/C Ltda. – Contato: Francisco Neves – Rua Almeida Bastos, 90 – 101

– CEP 20755-270 – Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – Rio de Janeiro – RJ – [email protected]

Rio Grande do Sul: Interface Comunicação e Propaganda Ltda.: – Contato: Vera M. Silva – Av. Taquara, 193

– Cj. 406 – CEP 90460-210 – Tel./Fax: (51) 3330–2878 – Porto Alegre – RS – [email protected]

São Paulo – InteriorAqueropita Intermediações de Negócios Ltda.: – Contato: Aparecida A. Stefani –

Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800 – [email protected]

São Paulo – Campinas e região Vidofi Representações – Contato: Andréa Muniz – Tel.: (11) 8675-2157 –

[email protected]

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

Argentina15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –

Capital Federal – Republica Argentina

Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540

www.edigarnet.com

ACORDO DE COOPERAÇÃOPhone: +1 312/2221010 – www.packworld.com

Centro Empresarial de São Paulo – Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco B – 3º andar– SP – CEP: 05804-900 – São Paulo-SP

Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800CNPJ 60.432.796/0001-83 – I.E. 104.259.747.116, C.C.M. 1.249.632-4

Impressão: Gráfi ca Mundo

Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares

Periodicidade: mensal

Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

Capa: Papel Cartão Vitasolid 250 g/m2

Papirus

JANEIRO 2010PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

é uma publicação mensal da Editora Banas Ltda.

A PACK é dirigida aos profi ssionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens,

bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

Filiada à

É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte.PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar

relevantes e do interesse dos leitores da revista

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FEIRAS NO BRASIL

FEIRAS NO EXTERIOR

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

De 8 a 12 de março de 2010

Brasilpack – Feira Internacional de Embalagem

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP

Reed Exhbitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.brasilpack.com.br

De 8 a 12 de março de 2010

Fiepag – Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfi ca

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP

Reed Exhbitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.fi epag.com.br

De 8 a 12 de março de 2010

Flexo Latino América – Feira Internacional de Flexografi a

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP

Reed Exhbitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.fl exolatinoamerica.com.br

De 8 a 12 de março de 2010

Salão Embala Inovação Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP

Reed Exhbitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.salaoembala.com.br

De 18 a 20 de maio de 2010

ExpoAlumínio – Exposição Internacional do Alumínio

Centro de Convenções Imigrantes, São Paulo, SP

Reed Exhbitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.expoaluminio.com.br

De 25 a 27 de maio de 2010

FCE Pharma – Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica

Transamérica Expo Center, São Paulo, SP

Nürnberg MesseTel.: (11) 4613-2017www.fcepharma.com.br

De 25 a 27 de maio de 2010

FCE Cosmetique – Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria de Cosméticos

Transamérica Expo Center, São Paulo, SP

Nürnberg MesseTel.: (11) 4613-2017www.fcecosmetique.com.br

De 8 a 11 de junho de 2010

Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo

Brazil Trade ShowsTel.: (11) 3598-7800www.fi spal.com.br

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

De 9 a 11 de fevereiro de 2010

WestPack – Feira de Embalagem

Anaheim Convention Center, Califórnia, Estados Unidos

Cânon Communications LLCTel.: 310-445-4200www.westpackshow.com

De 23 a 26 de março de 2010

Plastimagen – Exposição Internacional da Indústria do Plástico

Centro Banamex, Cidade do México, México

E.J.Krause de MéxicoTel.: +525510871650www.plastimagen.com.mx

De 7 a 9 de abril de 2010

Sino Folding Carton – Feira da Indústria do Papelão Ondulado

GD Modern International Exhibition Center, Houjie Town, Dongguan, China

Reed Huayin ExhibitionsTel.: 862151135188www,cartonexpo.com

De 11 a 12 de maio de 2010

Label Summit Latin America

Mexico City, México TarsusTel.: +1 2627546931www.labelsummit.com

EM DESTAQUEExpositores de maquinários e equipamentos, processadores de plásticos, resinas sintéticas, ferramentas e moldes, reciclagem, matérias-primas, entre outros, estarão presentes na Plastimagen – Exposição Internacional de Plástico – que acontece de 23 a 26 de março, no México. A expectativa é receber mais de 30 mil visitantes, principalmente, do México da América Latina.

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7EDITORA BANAS

POR KLEBER PINTO [email protected]

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!

www.pack.com.brnline

Onde achar? http://www.pack.com.br/blog

RESULTADO DEZEMBRO/2009

Qual setor da indústria de embalagem deve se sair melhor em 2010?

A joint venture criada pelos grupos Gafor, do Brasil, e Fe-drigoni, da Itália, para produzir autoadesivos de primeira qualidade no Brasil foi o assunto mais visto em novembro de 2009* no site. Confira outros destaques:

1 Nova fábrica de autoadesivos no Brasil Grupos Gafor e Fedrigoni unem forças em inves-timento de R$ 50 milhões

2 Dia do Meio Ambiente: Conheça as ações da Braskem

Empresa busca sempre soluções alinhadas aos princípios de sustentabilidade

3 Brasil continua líder mundial em reciclagemÍndice de reciclagem contabilizou 91,5% das latas consumidas em 2008

4 Braskem e Idesa anunciam parceria Empresas trabalharão no desenvolvimento de projeto petroquímico no México

5 Fábrica Três Lagoas da International Paper é certi-fi cada pela ISO 9001:2008

Áreas de corte de papel e acabamento já possuíam a certificação desde abril de 2009

+ Confi ra a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

NESTE MÊSQual a feira industrial mais esperada do ano? Vote na home do site!

Onde achar? http://www.pack.com.br

Onde achar? http://www.pack.com.br/internaartigos.aspx?idart=198

Toda semana, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site!Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

O NEWSLETTER SEMANAL DA INDÚSTRIA

[CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br

[ENQUETE ]

[DESTAQUES]

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MáquinasDesignPlástico | Vidro | Papel

PERGUNTE, ELE RESPONDE!

Dúvidas sobre o mercado? Nossos consul-tores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua per-

gunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail [email protected]

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Onde achar? http://www.pack.com.br/internaartigos.aspx?idart=199Fonte: Google Analytics* Período de 1º/11/09 a 30/11/09

Panorama do mercado de design em 2009

O Comitê de Design da Associa-ção Brasileira de Embalagem (ABRE) desenvolveu uma pesqui-sa sobre o mercado de Design de Embalagem em 2009.

Entre as conclusões estão: 70,3% das agências participantes do Comitê estão instaladas em São Paulo, 71% das agências as-sociadas estão no mercado há mais de 10 anos e 40% desse total está presente há mais de 15 anos em sua área de atuação. Confi ra mais sobre a pesquisa no blog!

Os anúncios desta edição acom-panhados dos ícones têm

informações extras no www.radarindustrial.com.br. Lá você encontra mais detalhes dos produtos, especificações técnicas e informações da empresa anunciante. Acesse! www.radarindustrial.com.br

ARTIGO

Confi ra o texto “Ética no design de embala-gens”, de Rodrigo More, doutor em Direito pela USP e especialista em embalagens. “O designer de embalagem é um profi ssional inovador, é um elo entre a ideia, a tecnologia e a realização.”

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DELICIOSA NOVIDADE

A linha de condimentos da Tambaú Alimentos ganha mais uma deliciosa novidade: o leite de coco em garrafas de vidro 200ml e 500ml, com valor calórico reduzido. O conceito de criação do rótulo assinado pela Packing valoriza a cor vermelha e utiliza um splash do produto aliada à imagem do coco para melhorar a identificação do produto. O uso do coco fresco garante a qualidade e a certeza de que a marca utiliza a melhor matéria-prima para dei-xar o consumidor satisfeito em provar um produto com o sabor natural da fruta. As embalagens de vidro foram produzidas pela Companhia Industrial de Vidros – CIV – e as rolhas metálicas com

vedação plastisol foram fornecidas pela Aro Embalagens Metáli-cas. Os rótulos de pa-

pel couchê foram im-pressos pela GrafMar-

ques. Tambaú Alimen-tos, tel.: (87) 3848-1225.

VERSÃO FESTA

A versão Festa chega ao mercado de biscoitos re-cheados em comemoração ao sucesso de Tortinhas Adria com os consumidores de todas as idades. Está disponível nos sabores brigadeiro, beijinho e moranguinho surpresa (também conhecido como bicho-de-pé). Esse conceito também é traduzido nas embalagens que têm o design assinado pela B+G designers. O produto e o seu principal atrati-vo, que é o recheio aparentemente decorado, foram ressaltados no visual. Os biscoitos são acondicio-nados em embalagem de BOPP metalizado, com impressão em rotogravura, pela Converplast. Adria, tel.: 0800-7021120.

PERSONAGENS DIVERTIDOS E COLORIDOS

Atuando no mercado de candies, a Dori Alimentos não para de inovar e apresenta com exclusividade dois lançamentos da marca Frutsy, os pirulitos mastigáveis, nos sabores framboesa e chocolate. Os produtos são destinados a crianças e contam com personagens divertidos e co-loridos, ilustrados nas embalagens. Produzidas em polipropileno (PP) laminado em sete cores pelo sistema de rotogravura, as embalagens são fornecidas pela Iraco Embalagens. Os pirulitos são dispostos no ponto de venda em displays que foram produzidos em papel cartão dúplex 280 g da Klabin, com impressão em off-set cinco cores mais verniz máquina pela Gráfica 43. O design é assinado pela Nú-cleo de Propaganda. Dori Alimentos, tel.: (14) 3408-3000.

MAIOR VIDA DE PRATELEIRA

A paranaense Vapza Alimentos está implantando o “filme alta bar-reira”: embalagem de alta tecnologia que aumenta a durabilidade dos alimentos embalados. Esse advento representa benefícios para os consumidores por ampliar o shelf life - tempo de vida - dos produtos em 50%. Ou seja, os produtos Vapza que possuem, em média, quatro meses de validade passam a contar com seis meses de garantia de uso, isso sem refrigeração. Vapza Alimentos, tel.: 0800-411311.

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MAIS JOVEM E MODERNA A Nova Schin está diferente. O consumi-dor brasileiro encontrará todo o portifo-lio da marca reestilizado. Seis anos após o seu marcante lançamento, a cerveja ganha nova logomarca, cores e emprega de forma elegante a principal matéria-prima utilizada na fabricação das cer-vejas, a cevada. A mudança diz respeito apenas à comunicação visual do produto, sem qualquer alteração na formulação do sabor da cerveja. “As mudanças reforçam atributos importantes, como jovialidade, modernidade e qualidade, mas sem perder a essência da marca. Buscamos aprimorar ainda mais a percepção de qualidade, além de proporcionar maior integração da linha de produtos”, afirma Luiz Claudio Taya, diretor de marketing do Grupo Schincariol.

A logomarca passou por um facelift e o nome Schin ganha mais destaque. A al-teração agrega dinamismo, uma vez que a palavra Schin é mais prática e sonora para os consumidores. “Schin, isoladamente, facilita o reconhecimento de toda a linha de produtos, além de ampliar o campo visual”, explica Taya. O dourado é aplicado

de maneira mais perceptiva. Emba-lagens e materiais de comunicação passam a utilizar a cor laranja para destacar os produtos no ponto de venda, ativações, patrocínios e eventos realizados por todo

o Brasil. A Nova Schin é encontrada nas ver-sões lata, long neck e garrafa de vidro de 600 mililitros. Nova Schin, tel.: 0800-7710123.

MAIOR APPETITE APPEAL

A indústria de alimentos Mangger/Vitare amplia seu mix de produtos no mercado de alimentos com o lançamento das empanadas Mangger. A embala-

gem diferenciada, atraente e ecologicamente correta foi criada pela Fazdesign. Jean Sanches, designer e sócio da Fazdesign, explica que o projeto trabalhou pre-

missas estratégicas para garantir a integridade do produto, da produção à mesa do consumidor. “Buscamos um formato diferenciado que estruturasse a embalagem para que a massa fina e crocante, um dos diferenciais desse produto, não sofresse danos durante o processo, que envolve desde o envase do pro-duto, o manuseio da embalagem até o modo de abrir a embalagem e preparo por parte do consumidor”, esclarece. O aspecto explorado foi gerar o appetite appeal na embalagem, ressaltando o recheio do produto

e a distinção de sabor por cores mantendo a unidade visual da linha. Outra preocupação ao definir a embalagem e sua estru-tura foi a da escolha por trabalhar com um papel cartão tríplex para alimentos congelados, de fonte renovável e certificada, garantindo, dessa forma, que a matéria-prima se enquadre em um ciclo de embalagens de fonte sustentável. Fazdesign, tel.: (47) 3027-2298.

PROPOSTA CLEAN A agência de comunicação New 360° aposta na tendência de um design mais limpo para a criação das embalagens da linha premium de leite UHT Itambé. Com o uso de poucas cores e informação direta, as embalagens seguem a proposta clean e cativam o consumidor pela elegância e sobriedade. O design moderno da embalagem, em formato de prisma, ganha ainda mais destaque com a escolha de diferentes tipologias e poucas palavras para diferenciar um produto do outro, transmitindo ao consumidor a leveza e a pureza do produto. A Itambé já colocou no mercado os leites Zero, Cálcio, Ferro e NoLac e ainda pretende lançar em breve outras versões. Os benefícios nutricionais de cada tipo estão estampados em destaque nas embalagens, com o objetivo de transmitir a qualidade e as características principais de cada item. “O cliente quis reforçar, através também das embalagens, que está antenado às ten-dências de consumo, que destacam cada consumidor como único, com necessidades e anseios específicos e diferenciados”, explica a diretora de criação da New 360º, Ângela Dourado. New 360, tel.: (31) 2108-2222.

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DEMANDA MUNDIAL DE BIOPLÁSTICOS

AMÉRICA DO NORTE

EUROPA OCIDENTAL

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DEMANDA MUNDIAL DE BIOPLÁSTICOS(EM MIL TONELADAS)

2003 2008 2013

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2003-2008 2008-2013

Vaivém do mercadoMARKEM-IMAJE TEM NOVO GERENTE TÉCNICOPaulo Toshio Ueda é o novo gerente técnico da Markem-Imaje no Brasil. Entre os principais desafios que ele enfrentará, estão a liderança de uma equipe de 40 profissionais técnicos, a ampliação do suporte para a área de manutenção preventiva, o incremento da grade de treinamentos visando a atualização permanente desses colaboradores e, além disso, aplicar efetivamente a filosofia da empresa do “The team to trust”.

SIMPEP EMPOSSA NOVA DIRETORIAO Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Paraná (Simpep) empossa a nova diretoria para a gestão até 2012. A grande novidade é que o cargo de presidente será assumido por Denise Dybas Dias, a primeira mulher a presidir o sindicato nestes 33 anos de história. Denise recebeu o apoio e a indicação da atual gestão presidida por Dirceu Galléas, que vê como promissora e importante a participação da mulher no cenário empresarial. “A Denise é muito competente. Atua no segmento há 17 anos, fazendo um grande trabalho em sua empresa e tenho certeza que será uma ótima presidente para nossa instituição”, relata Galléas.

JOHN HAYES ASSUME PRESIDÊNCIA DA BALL CORPORATIONJohn A. Hayes é o novo presidente da Ball Corporation. O executivo começou sua carreira na empresa, como diretor sênior de desenvolvimento e planejamento. Depois ele assumiu a vice-presidência de estratégia, desenvolvimento e marketing. Em 2005, Hayes foi nomeado vice-presidente da Ball Packaging Europe. Já Raymond J. Seabrook assume o cargo de vice-presidente e chefe de operações globais de embalagem.

CARSTEN TILGER É NOMEADO NOVO CHEFE DE COMUNICAÇÕES DA HENKEL Carsten Tilger vai assumir a posição de chefe de comunicações corporativa da

Henkel, em março de 2010, substituindo Marcus Kuhnert. Ele vai se reportar a Kasper Rorsted, presidente da Henkel. Tilger já passou por outras grandes empresas, como Hoechst AG, Aventis S.A., Syngenta AG e Kabel Deutschland.

notícias

A demanda global de bioplás-ticos – resinas plásticas bio-degradáveis ou derivadas de

plantas – vai crescer bastante atin-gindo 900 mil toneladas em 2013, movimentando US$ 2,6 bilhões. O crescimento será sustentado por vários fatores, como a demanda do consumidor por produtos mais sustentáveis, desenvolvimento de matérias-primas para resinas plásti-cas commodities, e restrições ao au-mento do uso de produtos plásticos não degradáveis, particularmente, sacolas plásticas. Mais importante, entretanto, é a expectativa contínua dos altos preços do gás e do óleo, que vai permitir a maior competi-tividade dos bioplásticos. Esse é o resultado do estudo realizado pela Freedonia Group.

Os plásticos não biodegradáveis continuarão a conduzir a demanda de bioplásticos. Nos próximos anos, a Braskem e a Dow Chemical plane-jam inaugurar plantas industriais, no Brasil, que vão produzir polieti-leno (PE) à base de cana-de-açúcar,

Demanda global de bioplásticos vai atingir 900 mil toneladas em 2013

enquanto a Solvay, uma unidade fabril de PVC verde. Os plásticos biodegradáveis, como resinas de amido, ácido poliláctico (PLA) e poliésteres degradáveis, representa-ram perto de 90% da demanda de bioplásticos em 2008.

A expectativa é que esse setor continue crescendo dois dígitos devido, em parte, ao surgimento do mercado comercial de polihidroxi alcanoatos (PHAs). A demanda de PLA também vai experimentar uma forte expansão, com novas capaci-dades de produção.

A Europa Ocidental foi o maior mercado regional de bioplásticos em 2008, representando cerca de 40% da demanda mundial. O desempenho das vendas na região é atribuído à forte demanda de produtos biodegradáveis, legislação ambiental em favor dos bioplásticos e ampla infra-estrutura para com-postagem. Apesar disso, a demanda desses materiais vai ter um cres-cimento mais rápido na região da Ásia/Pacífico, superando a Europa

Ocidental até 2013. Os ga-nhos serão es-timulados pela demanda cres-cente no Japão, que tem focado na substituição dos plásticos à base de petró-leo. Em outras regiões, como a América La-tina e a Euro-pa Oriental , o mercado de b i o p l á s t i c o s também deve s e ex p a n d i r bastante. Fo

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Como surgiu a ideia de criar a M Júnior? E há quanto tempo a M Design vem pensando nisso?

A ideia nasceu basicamente sobre quatro pilares. Fazer com que a agência de design de embalagem M Design, por meio da M Júnior, que possui um custo fixo menor, pudesse atender clientes de pequeno e médio porte e também clientes grandes em um projeto de menor complexidade e/ou de uma marca com baixo investimento; auxiliar na disseminação do design de uma forma mais abrangente; auxiliar na formação de novos profissionais para a M Design e para o mercado de design; a realização pessoal de treinar e, ao mesmo tempo, apren-der muito, além de ter o privilégio de fazer parte da história de alguns profissionais em início de carreira. A primeira ideia da M Júnior surgiu em junho de 2009, com previsão de lançamento para janeiro 2010, po-rém, isso foi antecipado em virtude da demanda de clientes atuais da M Design, que poderíamos chamar de grandes, em projetos de menor complexidade e budget.

A demanda de clientes de pequeno e médio porte é grande?

Tendo em vista a crescente cons-ciência da importância do design como gestão estratégica e a expec-tativa cada vez maior dos consu-

Tadeu Matsumoto, diretor-geral da M Design

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midores, com certeza, o mercado de clientes de pequeno e médio porte é grande, principalmente, nos produtos e serviços que não dependem de tecnologia de pon-ta. Sentiremos melhor o mercado quando tiver início nosso plano de prospecção em 2010.

Os valores serão mais acessíveis para os clientes de pequeno e médio porte. Quanto mais barato vai custar o serviço de design de embalagem e identidade visual?

Os valores de investimento serão mais baixos, entre 40% a 60% dos praticados pela M Design, depen-dendo da complexidade do projeto e das etapas de trabalho. É impor-tante salientar que os estagiários são talentosos e dirigidos full time por um profissional experiente, que inicialmente, tem sido eu mesmo.

Além de atender clientes de pe-queno e médio porte, a M Júnior tem o objetivo de formar novos profissionais. Que tipo de novos profi ssionais de design a agência pretende formar?

Até pelas áreas que pretendemos atuar, eles serão profissionais de identidade visual e de embalagem, sempre com pensamento estra-tégico e foco na objetividade de comunicação. Outro aspecto im-portante é não só orientar técnica ou estrategicamente, mas também em como se comportar no mercado de forma geral, ou seja, comprome-timento, entender os anseios dos clientes, como trabalhar melhor sob pressão, como gerenciar proje-tos, ética etc.

Com a nova divisão, a M Design pre-tende ampliar o seu mercado de atua-ção? Qual é a previsão de crescimento nesse negócio?

Com certeza, vamos conseguir atingir um pouco dos quatro pilares citados anteriormente, mas em termos de negócio, penso ser possível um cresci-

mento em torno de 15%, o que, pela projeção de valores menores, que os praticados pela M Design, pratica-mente corresponde a 30% adicionais em volume de projetos.

O mercado de clientes de pequeno e médio porte é grande, principalmente, nos produtos e serviços que não dependem de tecnologia de ponta

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MARGARET HAYASAKI

Hoje a Natura utiliza 30% de PET reciclado nos frascos da linha Ekos. A empresa tem vários projetos para aumentar esse índice, mas há o desafi o de melhorar a sua cadeia de produção no Brasil para uso em cosméticos

entrevista

Com a expertise de quem abraçou o mundo Natura, cujas diretrizes são inovação e sustentabilidade, Luciana Villa Nova, gerente de desenvolvimento de produto e sustentabilidade da empresa, tece a sua retórica verde sobre os desafios do setor de embalagem para atender o universo dos cosméticos. Ela explica que a embalagem cumpre o importante

papel de educar os consumidores e o setor é o principal elo para a reali-zação das práticas sustentáveis. “Quando os consumidores manuseiam o produto e percebem que ele foi projetado com menor desperdício de material de embalagem, com refil, e informações ambientais, eles têm um momento de consciência. Ou seja, eles passam a repensar suas ati-tudes”, acredita. Isso é o que mostram pesquisas de mercado recentes realizadas pela Natura. Segundo Luciana, as pessoas valorizam a marca, pois sabem que por trás dela existe uma empresa que respeita os consu-midores e o meio ambiente. “Eles gostam de consumir Natura porque estão contribuindo para cuidar do planeta e a empresa está ensinando como fazer isso”, acentua. Em entrevista à revista Pack, Luciana conta como a Natura alia a sua capacidade de inovação às práticas sustentáveis no desenvolvimento de embalagem. PACK: A capacidade de inovação da Natura gerou vários exemplos de sucesso. De que forma a Natura antecipa as necessidades dos consumi-dores? E qual é o envolvimento dos fornecedores de embalagem para o êxito do projeto?

LUCIANA: Dentro das unidades de negócios da empresa, há uma área chamada consumo insight que visa a estudar o comportamento do

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PET recicladoPET reciclado

consumidor. Quais são os seus há-bitos de uso diário dos produtos? Como eles reagem às propostas de produto do mercado? Também realizamos muitas pesquisas com o consumidor na fase inicial do pro-jeto, avaliando o mercado, a con-corrência e os nossos produtos. Essas pesquisas geram insights que nos ajudam a modelar o futuro de uma embalagem funcionalmente. O envolvimento dos fornecedores de embalagem acontece desde o começo do projeto de desenvolvi-mento de uma embalagem. Eles trazem muitas tendências de ino-vação, materiais, cores e efeitos, e novas tecnologias. E no momento que nós temos uma proposta de forma, os fornecedores de emba-lagem começam a atuar com a agência de design.

PACK: Como a Natura alia a capa-cidade de inovação às práticas de sustentabilidade no desenvolvi-mento das embalagens?

LUCIANA: Cada embalagem nova

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desenvolvida tem que ser menos impac-tante do que a embalagem que ela está substituindo ou que a média da categoria. Como a gente faz isso? Utilizamos, desde 2001, a técnica de análise de ciclo de vida (ACV) do produto. A Natura adquiriu um banco de dados internacionais de análise de impacto ambiental de cada matéria-prima, de cada resina, e de cada processo produtivo. Durante o processo de de-senvolvimento do design, o engenheiro de embalagem calcula a quantidade de material que será utilizado e o impacto ambiental. Isso significa dizer que ele consegue mensurar com exatidão se a embalagem impacta mais ou menos no meio ambiente. Então, por exemplo, se o desejo é trazer mais sofisticação para a embalagem de cremes antissinais, o refil tem que ser cada vez mais simples, ou seja, utilizar menos massa de material, para ter menor impacto. Com o uso do ACV, a Natura reduziu o impacto ambien-tal médio das embalagens de 83,2 mpt/kg, em 2006, para 71,3 mpt/kg, em 2008.

PACK: A Natura é carbono neutro desde 2007. De lá para cá, como você avalia a evolução do programa?

LUCIANA: Em 2008, o projeto carbono neutro, programa responsável por reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEEs) em 33% entre 2007 e 2011, atingiu a meta interna planejada e eliminou 3% das emis-sões, somando 9% em dois anos. O índice que mais contribui para a emissão de carbono é o desenvolvimento de ma-teriais de embalagem e matérias-primas, pois é nessa cadeia produtiva que há maior gasto de energia, e também a que mais trabalha com novos materiais, o que acaba emitindo muito CO2 para a atmosfera. E, por essa razão, é onde estão concentrados os esforços ambientais da Natura. Sabemos que do volume total, que em 2008, foi de 188.500 toneladas de CO2 equivalente, aproximadamente 38% é representado pela matéria-prima e material de embalagem, além de insumos de produto. Normal-mente, quando se fala de carbono neutro, o cálculo contempla apenas o processo pro-dutivo da empresa, mas a Natura decidiu fazer a cadeia expandida, contemplando, por exemplo, desde a produção da matéria-prima na comunidade que cultiva a planta e o fabricante de resinas plásticas. Trabalha-mos para a evolução do programa. O ideal é que o engenheiro de embalagem tenha

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Em 2008, a Salton fechou

o ano com 40% de participação

O salto de excelência se dará mesmo é com o lançamento de uma embalagem feita de biopolímero

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entrevista

uma metodologia, que permita calcular produto a produto, o quanto ele emite de carbono. Assim, antes mesmo de desenhar a embalagem, ele já sabe que ao combinar determinados materiais ou uma quantidade x de massa de embala-gem, o impacto é maior ou menor. PACK: Que outros aspectos são im-portantes no design da embalagem ou no redesign para maior sustenta-bilidade?

LUCIANA: Além da redução de massa de material, a Natura utiliza materiais reciclados e recicláveis na produção de suas embalagens. Os materiais de origem renovável também são empre-gados, como o papel cartão com selo FSC. Outro aspecto considerado no design da embalagem é a sua desmon-tabilidade para facilitar a reciclagem. O reuso é outro ponto valorizado no conceito do refil que estende o uso da embalagem na mão do consumidor. E, finalmente, permeando tudo isso, o uso de materiais de embalagem, que tem cadeia de reciclagem instalada no Brasil. Hoje, a empresa consegue utili-

zar PET reciclado nas embalagens, mas não PP e PE porque a coleta seletiva de resíduos sólidos é muito complexa no País e a indústria não está instalada para produzir esses materiais reciclados com qualidade. Esses polímeros são bastan-te empregados como subprodutos, mas não para serem úteis de novo para uma embalagem de cosmético. PACK: E os biopolímeros nos esforços sustentáveis da Natura?

LUCIANA: A quantidade disponível de biopolímeros no mercado ainda é res-

trita. Em parceria com universidades, a Natura realizou vários estudos nessa área, mas ainda não utiliza esses mate-riais na produção das embalagens. No setor de cosméticos, é bastante com-plicado, já que não existe uma resina adequada para conter esse produto. O grande desafio dos biopolímeros é a reciclabilidade.PACK: Em sua opinião, qual é o papel dos fornecedores de embalagem e de máquinas para ajudar a Natura a atingir as metas ambientais?

LUCIANA: Eles são parte fundamental. Hoje, a Natura mobiliza os seus forne-cedores de embalagens por meio de auditorias constantes, além de impor desafios para eles, propondo a criação de projetos de redução de carbono na sua própria cadeia produtiva. O papel dos fornecedores é importante tam-bém à medida que eles estão abertos às novas pesquisas, estudando novos materiais e tendências por meio de suas matrizes fora do Brasil. Dessa forma, eles trazem muito input para a Natura e representam o grande elo para reduzir o impacto ambiental. Então, sempre que se inicia um projeto de embalagem, os fornecedores recebem o briefing com uma proposta de redução de material ou o uso de material reciclado. Ao atender os requisitos sustentáveis, eles recebem uma pontuação diferenciada e sabem que podem ganhar projetos, principalmente, entregando soluções inovadoras de sustentabilidade. Hoje, a Natura incentiva as agências de design de embalagem a pensar dessa forma.

Será que a embalagem vai desperdi-çar menos produto, menos material? Como vai ser o desenho do molde? E o ciclo da embalagem é lento, por isso vai gastar mais energia? Tudo isso é exaustivamente discutido no início do projeto.

PACK: Uma pesquisa realizada pelo grupo de publicidade francês Havas revelou que os consumidores têm cons-ciência ambiental, mas não mudaram os seus hábitos de consumo. Como você vê isso no negócio da Natura?

LUCIANA: Um dos pilares da Natura é a educação. O objetivo da empresa é ser um veículo de educação por meio de seus produtos e embalagens. Um bom exemplo disso é a tabela ambiental com informações, como a quantidade de material de fonte renovável ou de material reciclado. Dessa forma, a empresa consegue despertar curiosi-dade nas consumidoras sobre os outros produtos. Como eles são feitos? E elas passam a fazer escolhas mais conscien-tes. Também estimulamos a consultora a vender o refil para as consumidoras, não-somente porque o custo é mais baixo em 20% a 30% em comparação ao produto regular, mas porque vai gerar um questionamento: por que comprar uma embalagem nova, se eu posso usar uma com menos massa de material? Aos poucos e de uma forma prática, a Natura está levando educação am-biental sem ser daquela forma chata, ou seja, sem ser uma obrigação para as consumidoras. E isso tem que ser inerente às pessoas, pois ao cuidar do

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meio ambiente, elas estão cuidando delas. Também estamos estimulando as consultoras a fazer a logística reversa. O pro-jeto piloto começou em 2008, em Recife (PE). As consultoras coletam as embalagens das consumidoras e de seu consumo próprio e devolvem para a transportadora que entrega a caixa de produtos Natura. Todo o material coletado é levado para a cooperativa de reciclagem. Foi uma iniciativa do nosso fornecedor e a Natura apoiou. Além de ajudar na reciclagem das embalagens, as consultoras sabem que estão ajudando socialmente um grupo de pessoas carentes que vivem disso. É esse tipo de consciência que a Natura quer despertar nas consumidoras para que elas façam a sua parte no dia a dia.PACK: O projeto de logística reversa vai ser implantado em outros Estados?

LUCIANA: Estamos estudando um modelo, já que existe a complexidade de criar coleta seletiva e cadeias de reciclagem. O projeto começa a ser implantado em São Paulo, pois é um grande produtor de resíduos e oferece estrutura para tal. Algu-mas regiões já estão testando o modelo, com o apoio forte das cooperativas de reciclagem. Ainda há muitos erros e acertos, mas o projeto está caminhando. PACK: Você falou do PET reciclado. Ele é utilizado em quais linhas de produtos?

LUCIANA: Hoje 30% de PET reciclado são utilizados nas emba-lagens da linha Ekos. Gostaríamos de usar muito mais. Existe uma série de projetos para aumentar esse índice, mas temos o desafio de melhorar a cadeia de produção do PET reciclado no Brasil. Isso começa na coleta seletiva. Como esse PET vai para a cooperativa de reciclagem? Como ele é trabalhado na cooperativa? Como ele é processado industrialmente? O nível de qualidade do processo de reciclagem do PET no Brasil ainda é baixo para aplicação em embalagens de cosméticos, pois é preciso uma resina mais purificada. Além da certeza de que o material não veio do lixão ou do aterro sanitário, pois a Natura, pela questão social, faz questão de trabalhar com materiais separados pela cooperativa de reciclagem. E isso aumenta bastante a complexidade de uma cadeia. Estamos construindo a cadeia de reciclagem desse material, desde 2007, em parceria com a Bahia PET e a rede Cata Bahia.Toda essa cadeia passa por um processo de auditoria para a gente ter certeza de que está conseguindo implantar um processo de qualidade máxi-ma. No entanto, ainda não conseguimos utilizar 50 a 100% de PET reciclado com qualidade, pois a resina fica muito frágil,

com pouca resistência, escura e o produto perde o apelo da beleza. E o frasco da linha Ekos, que transmite a biodiversidade brasileira e as cores do País por meio dos produtos e das fórmu-las, exige uma embalagem transparente. Lá fora existem frascos de PET usando 50 e 70% de material reciclado de altíssima qualidade graças ao processo industrial que atingiu o nível de excelência. Em 2008, a Natura realizou um grande projeto, que contemplou pesquisas na Europa e visitas a vários centros de reciclagem de PET para entender como era o processamento do material, desde a coleta até a reciclagem. A Natura trouxe o conceito para o Brasil para que os nossos parceiros começassem a trabalhar. A meta é chegar, no mínimo, à utilização de 50% de PET reciclado. Esse é o primeiro desafio que a empresa está se colocando, com prazo de dois anos para cumprir. Nós queremos evoluir constantemente essa meta. Ainda não dá para fazer 100% de material reciclado, mas estamos desafiando os nossos fornecedores a chegar nisso.PACK: E há outros desafi os sustentáveis para o setor de embalagem de cosméticos? LUCIANA: O vidro de perfumaria é bastante complicado, já que ele não é um vidro de garrafa de cerveja, que pode ter um nível de qualidade inferior. É difícil porque nem nos países de primeiro mundo, o vidro reciclado para cosmético não é bem desenvolvido. A reciclagem do PP e do PE vai para uma cadeia mais baixa de valor porque o processo de reciclagem é complexo, ou seja, é mais físico, que não permite a purificação das resinas. Sem uma boa separação do material contaminado, podemos contaminar o nosso produto. O maior problema reside na cadeia de coleta seletiva. É preciso ter certeza de que os fras-cos de pesticidas estão retornando para a cadeia de reciclagem desses produtos. Mas o salto de excelência se dará mesmo é com o lançamento de uma embalagem feita de biopolímero. Esse seria o mundo ideal, mas a Natura ainda está buscando. E a ciência e a tecnologia também estão correndo atrás. PACK: Há novidades sustentáveis a caminho?

LUCIANA: Sim. Mas ainda são projetos confidenciais. Eles devem chegar ao mercado em 2010 e 2011.

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DA REDAÇÃO

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Farmacêuticos e produ-tos premium, como cosméticos, coloração de cabelos, chocolates e cigarros, têm sido o foco de atuação da Edelmann. Agora, a empresa está partindo para o próximo passo, mostrar o que ela pode fazer com cartuchos de papel cartão inovadores para bebidas de luxo. A campanha busca abrir as portas para os

fabricantes de vinhos e bebidas alcoólicas e o tema são os formatos inusitados.

O material é o papel cartão Korsnäs White. “Formatos não usuais dão lugar às de-mandas não usuais na elasticidade do papel cartão, e o Serviço de Performance de Embalagem da Korsnäs nos inspirou a testar os limites, diz Helmut Sieber, gerente sênior de desenvolvimento de embalagem da Edelmann.“Eles sabem o que pode ser feito com o material. Além da elasticidade, a resistência ao rasgo é ideal para embalagens de produtos pesados. As bebidas representam um nicho interessante para a empresa e a Korsnäs tem muitos anos de experiência no fornecimento de papel cartão para essa indústria. Nossa parceria com o Serviço de Performance de Embalagem é uma real inspiração e tem um impacto no produto final.”

DESIGN ILIMITADO

As embalagens eram produzidas em edição limitada, mas o seu design não tinha o caráter exclusivo. “Cartuchos retangulares não abrem portas”, afirma Sieber. “Nessa coleção, nós focamos no impacto da embalagem para brilhar e capturar a atenção dos consumidores. Mostramos nossa criatividade para outros segmentos também. Se você diminuir o tamanho delas, essas embalagens se tornam perfeitas para frascos de perfumes”.

“KORSNÄS WHITE É EXATAMENTE O QUE ESSA COLEÇÃO PRECISAVA”

“A combinação de rigidez da dobra, resistência ao rasgo e elasticidade que o Korsnäs White proporciona é o que faz essa solução de embalagem possível”, diz Sieber. “Kornäs White trabalhou especialmente bem para essa coleção”. Sieber já havia feito uma experiência com o material, utilizando-o para embalagens

Formatos inusitados

vanguarda

Edelmann desenvolve coleção de embalagens de papel cartão para bebidas de luxo. Com foco no impacto visual, o design brilha para capturar a atenção dos consumidores

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promocionais de produtos de beleza.

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE NO FORMATO E NO DESIGN

A Edelmann se posiciona como um especialista na conversão de embalagens de papel cartão para produtos de luxo na Europa. O foco principal da empresa é ino-vação. O resultado dessa gestão é o reconhecimento conquistado, com vários prêmios de embala-gem. Sieber encontrou inspiração não-somente nas feiras de negó-cios e eventos, mas em formatos naturais. Segundo ele, trabalhar com estudantes é altamente recompensador, também. “Eles não têm limitações e isso é muito revigorante”, diz.

Para manter nossa posição, sem-pre refinamos o conceito, adotan-do novas abordagens para o nosso trabalho com a indústria de pro-dutos de consumo”, afirma Mat-thias Welp, vice-presidente da divisão premium da Edelmann. “Nós criamos novos formatos,

A combinação de rigidez da dobra, resistência ao rasgo e elasticidade que o Korsnäs White proporciona são o que

faz essa solução de embalagem possível

bem como novos efeitos de impressão e acabamento para uso em design de embalagem inovadores. Na Luxe Pack, vamos apresentar as edições especiais que traduzem essas novas idéias”.

TENDÊNCIAS

Hoje a decisão de compra é feita no ponto de venda, por isso a indústria de consumo precisa se diferenciar dos outros, destacando-se nas prateleiras, o que realmente coloca pressão no design da embalagem. Outro desafio

da Edelmann é trabalhar duro na proteção da marca. Atualmente, especialmente no segmento pre-mium, a indústria de consumo

está bastante interessada no uso de selos à prova de falsificação e medi-

das de antifalsificação. As tendências mundiais em embalagens refletem o crescimento da sociedade. Há 20 anos, a maquinabilidade, linhas auto-matizadas e soluções práticas eram as prioridades. Há 10 anos, as pessoas co-meçaram a solicitar mais informações. Depois veio a redução de peso, e hoje, todo mundo está de olho em como o processo afeta o meio ambiente. “Tudo que está relacionado ao meio ambiente vai se tornar vanguarda. E, onde é pos-sível, nós vamos desenvolver cartuchos de papel cartão, com recursos de fibras renováveis, para substituir os materiais fósseis”, destaca Welp.

INFORMAÇÕES

KORSNÄStel.: +46 581 371 17 | www.korsnas.com

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lançamentos internacionais

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CONVENIÊNCIA PARA CRIANÇAS

A divisão Chiquita Snacks & Desserts, da European HQ, lançou recentemente uma linha de frutas fres-

cas mistas na Bélgica e na Holanda. Em um projeto conjunto com o McDonald´s da Holanda, a marca está fornecendo outras duas linhas de frutas mistas sazonais exclusivamente para a rede para fornecer uma opção de sobremesa saudável para as crianças. O pote termoformado em polipropileno (PP) apresenta

boca larga, com diâmetro de 76 mm, para consumo das fru-tas direto na embalagem. Esse apelo on-the-go é melhorado com uma tampa com garfi nho fornecida pela Auslid. A transparência permite aos consumidores visualizar o produto e a embalagem foi impressa em seis cores para destacar a marca e a persona-gem símbolo do McDonald´s, Ronald McDonald. “RPC Bebo desenvolveu uma solução inovadora que captura o imaginário dos consumidores com a força do apelo estético e a conveniência e o formato pronto para consumo”, diz Daan Vetters da Chiquita. RPC Bebo, tel.: +31 (0) 547281111.

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COPOS DE PAREDE FINA COM IML

A Beck Automation desenvol-veu uma tecnologia in mold label que permite decorar copos de poliestireno (PS) transparente de parede fina, com um ciclo de tempo de 3,3 segundos. A automação de alta velocidade resulta da in-teração da célula de produção de uma máquina de injeção da Engel e do molde de quatro cavidades da Glaroform. Com uma parede de 0,5 mm, cada copo pesa 10,25 gramas. Os rótulos da Viappiani ganham perfeita geometria e precisa aplicação em alta velocidade. Os copos são utilizados por várias companhias aéreas. Com a rotulagem total dos copos, as empresas podem se comunicar discretamente com os passageiros ou ainda as informações podem ser dispostas de maneira atra-tiva. Nicolas Beck, CEO da Beck Automation, comenta o projeto: “Novas mensagens simplesmente necessitam de novos rótulos. Os passageiros definitivamente têm tempo para esse tipo de comunica-ção”, diz. Beck Automation, tel.: +41447518444, www.beck-automation.com

MAIS LEVES

Menos de 19 gramas para uma garrafa de 500ml. A Sidel conseguiu desenvolver uma garrafa PET leve para envase a quente, com formatos inovadores, como os novos modelos Syward™ e Curvy™. A estética combinada com a proeza téc-nica. A silhueta alongada da garrafa, os formatos cilíndricos ou quadrados, com cintura elegante, e quatro painéis. Esse é o Skyward™. Há também o Curvy™ com curvas, espirais e a parte de trás da embalagem com torções servem de susten-tação, sem painéis. Essas duas garrafas de 500 ml representam uma revolução: pesam apenas 18,9 gramas e seu design é um verdadeiro avanço para embalagens de envase a quente, que tradicionalmente têm seis ou oito painéis e os formatos são bastante similares. A confecção de garrafas leves somente foi possível graças ao completo redesign do gargalo, corpo e da base. O gargalo amorfo de 28 mm é mais leve e aceita a tampa padrão para bebidas carbonatadas. A base também foi revista, tornando-a mais resistente, enquanto utiliza menos material. A nova estrutura geométrica do corpo da garrafa compensa a defor-mação devido à absorção do vácuo após o resfriamento. Além disso, a velocidade de sopro de 1800 garrafas/hora/molde com o uso do processo padrão HR foi possível devido à oti- mização do aquecimento da linha SBO Universal™. Isso fez toda a diferença em termos de processo, melhorando as taxas de sopro, otimizando os ciclos de tempo, aumentando a cristalinidade devido à taxa de estiramento, entre outros aspectos. Sidel, tel.: 0232858249, www.sidel.com

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ATÉ PARECE UMA JOIA

A embalagem da fragrância da designer Lolita Lempicka´s – Si Lolita – foi desenvolvida pela Rexam e contempla uma solução completa que inclui a pump de perfil ultrabaixo XD11, tampa e a embalagem individual Mini-mist®. A pump é composta de um atuador ergonômico de metal ou plástico, com versões de design clássicas ou escul-pidas delicadamente, que combinam com o diâmetro reduzido do bocal para melhorar a estética da pump e o apelo táctil. A tampa para Si Lolita contempla duas peças injetadas pela Rexam. Um anel de polipropileno (PP) em dourado metalizado é decorado com um pequeno lenço delicado, e outra peça galvanizada em dourado de ABS que estampa a marca. As duas peças montadas criam o visual de uma joia. “O lançamento do perfume Lolita Lempick é um grande exemplo de como o nosso trabalho em parceria com clientes e a ampla linha de produtos ajudam a desenvolver uma completa solução de dispensing que amplia a essência da marca”, diz Julie Vergnion, gerente de produto da Re-xam Divisão de Produtos Pessoais. Além disso, o perfil ultrabaixo XD11 torna possível um mecanismo minia-tura sem o gargalo do frasco, que in-corpora um design de pré-compressão suave. Isso permite uma atomização precisa e fina, além de oferecer maior conforto aos usuários. Os clientes podem escolher sprays com ângulos de 40 ou 60º para completar as carac-terísticas da fragrância. Rexam Personal Care, tel.: +1-718-398-4009, www.rexam.com

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No rastro dos ilegais

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Várias tentativas de combater o comércio ilegal de remédios fracassaram. Entre elas, a raspadinha. Desde 1998, todo medicamento tem uma área que, raspada, mostra a marca do fabricante e a palavra qualidade. E, até isso, foi copiado pelos falsificadores. Sergio Damião Lopes, administrador de conta farmacêutica da Box Print, fabricante de cartuchos de papel cartão, confirma a fragilidade desse sistema. “No passado, a escolha foi feita baseada no menor impacto de

custo e não em eficiência antifalsificação. O fato é que a tinta de segurança (raspadinha) não representa uma grande barreira à falsificação e, até hoje, os consumidores têm dúvidas sobre como ativá-la”, opina.

Agora, o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, por meio da lei 11903/09, determina que, a partir de janeiro de 2010, todas as embalagens saiam da fábrica com um código digital único, uma espécie de RG do medicamento, que vai iden-tificar quem fabricou o medicamento, quando, qual foi a data de expedição da fábrica e qual o distribuidor e destino. Por meio desse sistema de rastreamento será possível rastrear toda a cadeia de produção de medicamentos vendidos no Brasil, desde os fabricantes até o varejo.

A lei prevê que o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos seja implan-tado gradualmente em até três anos. O primeiro ano será destinado à definição dos requisitos que envolvem os fabricantes e fornecedores de medicamentos para todos os produtos farmacêuticos.

Segundo a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a medida vai permitir uma gestão mais eficaz dos riscos na cadeia dos produtos farmacêuticos e dar ao consumidor a garantia de segurança para a sua saúde, além de dificultar a falsificação e o roubo de cargas. Para se ter uma ideia do tamanho da indústria de falsificação no Brasil, somente de janeiro a março de 2009, a Anvisa, em operações conjuntas com a Polícia Federal, apreendeu 170 toneladas de medicamentos falsificados, quase oito vezes mais que em todo o ano de 2008, quando foram apreendidas 20 toneladas. Os líderes da lista são os remédios para disfunção erétil.

MARGARET HAYASAKI

Anvisa defi ne tecnologia de rastreabilidade dos medicamentos, o código bidimensional datamatrix, que começa a ser implantado a partir deste ano, visando a combater a falsifi cação de medicamentos

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especificamente para esse fim pela Casa da Moeda.

A definição da tecnologia foi ampla-mente discutida com toda a socieda-de brasileira, inclusive, com o setor farmacêutico, informou a assessoria de imprensa da Anvisa. Em 2008, a Agência realizou Consulta Pública que recebeu sugestões sobre os requisitos mínimos que o sistema de monitora-mento a ser implantado deveria ter.

Por meio de convênio com a Anvisa, o Etco, uma organização da sociedade ci-vil de interesse público (Oscip) focada em combater desequilíbrios concorren-ciais, realizou testes-piloto com 75 mil embalagens no país, usando exempla-res do código de barras bidimensional, também chamado Datamatrix. Os testes ajudaram a subsidiar a escolha dessa tecnologia pela Anvisa, como principal ferramenta para garantir o funcionamento do sistema.

A ideia é que o custo do novo sistema de rastreamento não seja repassado ao consumidor, segundo a Anvisa. Hoje, as indústrias gastam muito com seguro e escolta armada dos medicamentos. A segurança oferecida pela rastreabilida-

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1% dos medica-mentos produzidos no mundo são falsificados. As falsificações crescem 10% globalmente, entretanto, em alguns países em desenvolvimento, estima-se que 1/3 dos medicamentos sejam falsificados.

O novo sistema de rastreamento também vai permitir saber com mais precisão a localização de cada lote, em casos de desvio de qualidade do medicamento e reduzir os custos logísticos e perdas dos fabricantes. O monitoramento de toda a cadeia de produção será feito por meio do código de barras bidimensional, tam-bém conhecido como datamatrix. Ao contrário do código de barras comum, que é visível e contém apenas um número, o bidimensional pode ar-mazenar milhares de informações ao mesmo tempo, como números, letras e outros dados. Todas as informações vão estar reunidas no Identificador Único de Medicamento (IUM), que estará em cada unidade de medica-mento comercializada e será impresso em etiquetas de segurança produzidas

A nova tecnologia de rastreabilidade vai contribuir para reduzir as perdas do setor farmacêutico com

produtos falsifi cados

APREENSÕES DE MEDICAMENTOS FALSIFICADOS POR REGIÃO - 2008

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TOTAL DE APREENSÕES DE MEDICAMENTOS FALSIFICADOS NO MUNDO – 2008

Fonte: PSI – Pharmaceutical Security Institute Fonte: PSI – Pharmaceutical Security Institute

*Período de janeiro a março

Fonte: Anvisa

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matéria de capa

de permite aos fabricantes dispensar esses serviços, assumindo, assim, os custos do sistema.

Procurado pela reportagem da revis-ta Pack, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) não quis se pronunciar sobre a implantação do sistema de rastreamento. A assessoria de imprensa alegou que a entidade ainda está analisando e discutindo com seus associados algumas questões operacio-nais relativas à implementação da RDC nº59, da Anvisa, que cria o Sistema Na-cional de Controle de Medicamentos.

REPERCUSSÃOIndependente das exigências legais, a Box Print desenvolveu mecanismos in-ternos que favorecem a rastreabilidade dos produtos farmacêuticos. Um bom exemplo, segundo Lopes, é o sistema integrado que permite o acesso a todo o histórico do processo a partir de um código na aba interna, assim como o lançamento inédito de uma etiqueta eletrônica, que garante a conferência

em todo o processo, localização no es-toque, conferência do faturamento na fábrica da Box Print e no recebimento dos seus clientes. “Soma-se a isso o uso do Eletronic Data Interchange – EDI - que integra as informações de planejamento de nossos clientes com o nosso processo de fabricação, garan-tia de controle, estoque e agilidade”, acentua o executivo.

Para Lopes, a nova legislação para coibir os riscos de falsificação de me-dicamentos é positiva, pois o benefício para a cadeia é enorme. “Além disso, ela será um filtro também para em-presas que investem em tecnologia e segurança e fazem parte do primeiro time de fornecedores para as indús-trias farmacêuticas”, acredita.

Segundo o executivo, a etiqueta de segurança com datamatrix não deve impactar no processo produtivo dos cartuchos farmacêuticos. “Até onde sabemos, esse código digital será apli-cado pelas indústrias farmacêuticas em suas linhas de produção. Tecnica-mente, creio que haverá uma redução na velocidade em função da aplicação do código, mas os benefícios superam esse inconveniente”.

Na opinião de Luiz Geraldo Bertolini Filho, diretor comercial da Magistral

Cabe ainda muita análise, mas dependendo da área onde será aplicado o código, a única alternativa será a

mudança de formato

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Sergio Damião Lopes, administrador de conta farmacêuticos da Box Print

Luiz Geraldo Bertolini Filho, diretor comercial da Magistral Impressora

Impressora, ainda não é possível saber se haverá impacto no processo produ-tivo do cartucho de papel cartão. Ele explica: “Ainda não temos a definição do local onde a etiqueta será aplicada. Acredito que ela possa ser aplicada na embalagem primária, mas caso venha ser aplicada nos cartuchos, vai depender do tamanho e a disposição da arte final”. Se a etiqueta for aplicada nos cartuchos durante o processo de fabricação, segundo ele, as gráficas terão que investir em equipamentos específicos para tal. “Porém, acredita-mos que essa etapa seja efetuada no processo de embalagem dos produtos farmacêuticos devido às informações contidas nas etiquetas e, sendo assim, os investimentos serão por conta dos laboratórios”, afirma.

Sobre a possibilidade de os cartuchos mudarem de tamanho para se ade-quarem à nova etiqueta antifraude, o executivo diz que ainda é muito precipitado afirmar isto. “Cabe ainda muita análise, mas dependendo da área onde será aplicado o código, a única alternativa será a mudança de formato”, diz Lopes.

Para Bertolini Filho, a mudança de formato vai depender muito da em-balagem e do local para aplicação da etiqueta de segurança. “Isso pode não só alterar o formato, como também o layout”, acredita o executivo.

A nova legislação já teve impacto no negócio de leitores do código datama-trix da Cognex. Segundo José Carlos

José Carlos B. Oliveira, gerente de vendas da Cognex

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B. Oliveira, gerente de vendas da empresa, a indústria brasileira de farmacêuticos já se mobilizou para adquirir a tecnologia, que permite melhoria de qualidade, redução de custos de fabricação e no controle de rastreabilidade. “Algumas delas, já se an-teciparam na atualização de suas linhas de embalagens, já que são multinacionais que atuam no mercado externo também, onde também será exigido o mesmo código bidimensional nos medicamentos, como na Europa”, revela. Diferente do Brasil, a Federação Europeia da Indústria Farmacêutica e Associados (EF-PIA) determinou a impressão do código datamatrix na própria embalagem secundária. Em setembro do ano passado, a Apotek AB, em parceria com o distribuidor Tamro & Oriola KD, iniciou o teste piloto do sistema de rastreabilidade. Além disso, 25 farmácias, em Estocol-mo, na Suécia, também testaram o sistema com o uso de leitores, em que mais de 100 mil embalagens foram verificadas por um período de quatro meses.

Oliveira acredita que a nova tecnologia de rastreabilidade vai contribuir para reduzir as perdas do setor farmacêutico com produtos falsificados que, mundialmente, alcançam a cifra de US$ 250 bilhões. “Outros setores já se benefi-ciam do datamatrix, como a indústria aeronáutica inter-nacional, que utiliza o código bidimensional nas peças dos aviões, desde 2000. Também os fabricantes de automóveis e de baterias de celulares descobriram as vantagens do sistema”. Agora, com a indústria farmacêutica passando a adotar o uso do datamatrix, o executivo acredita que o potencial de crescimento para os negócios de leitores do código bidimensional é bastante promissor. “Hoje, existem no Brasil, de 500 a 800 linhas de embalagem na indústria farmacêutica”. A rastreabilidade responde por 80% dos negócios globais da Cognex. “E segue expandin-do a uma taxa de 20% ao ano”, comemora Oliveira.

A PIRATARIA CRESCE TAMBÉM PELA INTERNETNo mundo, inclusive no Brasil, a indústria da pirataria de remédios também cresce, principalmente pela internet, devido ao aumento do número de websites que fornecem produtos ilegais e falsificados. A Interpol e a Organização Mundial de Saúde (OMS) coordenaram, em novembro do ano passado, o lançamento da Operação Pangea II, em 24 países. A operação focaliza três principais componentes dos sites ilegais: provedor do serviço de internet, sistema de pagamento e o serviço de entrega.

Os medicamentos falsificados são mais comu-mente disponibilizados aos consumidores por meio de farmácias on- line. A OMS estima que 50% dos remédios são comercializados por sites falsos.

Internacionalmente, mais de 16 mil embalagens foram inspecionadas pelos órgãos reguladores da legislação farmacêutica e clientes, resultando na apreensão de cerca de 167 mil remédios ilícitos ou pirateados. Durante a Operação Pangea II, o monitoramento da internet revelou que 751 sites estavam engajados em atividades ilegais, inclusive, comercializando remédios controlados

ou com prescrição médica.

Uma campanha global de conscientização será veiculada para orientar os consumi-dores sobre os riscos de realizar a compra de medicamentos em sites irregulares. Além de alimentar o mercado de pro-dutos falsificados, eles podem preju-dicar a saúde.

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INFORMAÇÕES

ANVISATel.: 0800-6429782 | www.anvisa.gov.br

BOX PRINT Tel.: (41) 2111-1311 | www.boxprint.ind.br

COGNEX Tel.: (11) 2312-5550 | www.cognex.com

MAGISTRAL IMPRESSORATel.: (41) 2141-0408, www.magistralimpressora.com.br

SINDUSFARMA Tel.: (11) 3897-9779 | www.sindusfarma.org.br

DADOS DO MERCADO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS

NÚMERO DE EMPRESAS 29FATURAMENTO EM R$ 14,7 BILHÕESEMPREGOS DIRETOS 23 MILEMPREGOS INDIRETOS 100 MIL

Código Datamatrix é a tecnologia que será utilizada para rastrear medicamentos

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10% dos redesenhos de embalagem in-terrompem as vendas e 20% estimulam sua queda. O que os vencedores têm em comum? Eles criam o rompimento visual e instigam os compradores a reconside-rar a marca.

Recentemente, os profissionais de marke-ting focalizaram mais no “primeiro mo-

mento da verdade” na gôndola – aquele momento em que o consumidor pega uma embalagem – e estão ainda mais cientes do poder da embalagem para conduzir as vendas. Entretanto, à medida que a indústria de produtos de con-sumo tem atuado de forma mais agressiva para alavancar o design das embalagens, também observamos diversos equívocos. Dois exemplos são notáveis: o Tropicana e o Gatorade, em que os novos sistemas de embalagem con-duziram a quedas nas vendas na casa dos dois dígitos.

Isso conduziu algumas empresas de produtos de consumo a se questionarem se as alterações “revolucionárias” nas em-balagens algum dia poderão ser bem-sucedidas, bem como se existe uma fórmula para alavancar o poder do design, ao mesmo tempo em que minimiza riscos.

Com essas questões em mente, a Perception Research Ser-vices recentemente analisou o banco de dados de pesquisa em embalagens para verificar o que poderia ser revelado em termos de desempenho dos novos sistemas de design versus as embalagens atuais. Também analisou os fatores primários

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0% dos redesenhos de embalagem in-

Impacto Impacto na gôndola na gôndola

SCOTT YOUNG, PRESIDENTE DA PERCEPTION RESEARCH SERVICES

Ganhos e perdas na gôndola: o que conduz à intenção de compra?

que conduzem a ”ganhos” e “perdas” na gôndola e as reações dos comprado-res às mudanças “revolucionárias” nas embalagens. A análise revelou diversas percepções interessantes e, talvez sur-preendentes, para conduzir a estratégia de embalagens.

AS NOVAS EMBALAGENS PODEM ALGUM DIA GANHAR? Ao estudar o desempenho dos novos sistemas de embalagem surgiram três fatos interessantes. Primeiramente, em termos da eficácia geral das embalagens (conforme medidas pelo Índice de Desempenho de Embalagens PRS que leva em consideração medidas sobre a presença, atratividade, comunicação e persuasão da gôndola), encontramos uma curva em sino quase perfeita: cer-ca de 50% dos novos designs superaram em desempenho a embalagem atual de uma marca, ao passo que os outros 50% representam um passo para trás no desempenho em geral. Essa descoberta camufla a alegação frequentemente ouvida de que “a embalagem atual sempre ganha” nos estudos sobre em-

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balagens. Em nossa experiência, isso acontece apenas quando os designs atuais e propostos são comparados lado a lado. Quando a embalagem é testada adequadamente – em uma base mona-dária, estimulando a introdução de um novo sistema de design – o novo design pode ganhar. O mais importante: essa descoberta sugere que os profissionais de marketing não precisam esperar quedas de vendas iniciais ao introdu-zirem novas embalagens.

Em segundo lugar, as alterações de embalagem “revolucionárias”, defini-das como aquelas que alteram dois ou mais elementos primários de design (a estrutura da embalagem, branding, cor e/ou principais aspectos visuais) seguem a mesma curva de sino. Con-tudo, existe uma inclinação em direção às extremidades “superior” e “inferior” do espectro.

Em outras palavras, as alterações re-volucionárias podem funcionar, mas trata-se de propostas de risco mais elevado e retorno maior. Mudanças drásticas são mais prováveis que mu-danças incrementais para conduzir a melhorias significativas ou quedas no desempenho das embalagens.

Obviamente, essa descoberta é bas-tante intuitiva. Então, o verdadeiro aprendizado surge no nível de elemen-tos de embalagem.

Por fim, a pesquisa confirmou que verdadeiros “ganhos” nas gôndolas – ganhos de vendas conduzidos por um novo sistema de embalagens – são difíceis de ser alcançados. Por meio dos estudos, descobrimos que cerca de 10% dos novos sistemas de embalagem que foram testados conduzem a esse resultado, o que representa a única medida mais preventiva do sucesso no mercado.

O QUE LEVA A GANHOS NAS GÔNDOLAS? Um próximo passo natural foi observar mais de perto as “histórias de sucesso” e identificar as medidas de desempenho e elementos de design que se correla-cionam ao máximo com seu sucesso. Essa análise forneceu uma resposta bastante clara: em todas as marcas e categorias, os aumentos na visibilidade

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nas gôndolas foram o único responsável mais forte pelo aumento nas vendas.

Essa descoberta é intuitiva, mas podero-sa. Os fabricantes de produtos há muito tempo sabem que “o que não é visto não é vendido”, mas essa descoberta avança mais um passo. Confirma que se um novo sistema de design é capaz de levar uma porcentagem mais alta de consumidores a se identificarem com uma marca na gôndola, ele muito pro-vavelmente conduzirá a sua venda.

De fato, estudos conduzidos em co-laboração com a Wharton School da Universidade da Pensilvânia e a IN-SEAD International Business Scho-ol, a Perception Research Services descobriu que a “reavaliação” – fazer os compradores olharem novamente para a marca (conforme medida pela pesquisa de Acompanhamento Visual) – é um prognóstico ainda mais poderoso de compra. Quando os consumidores olham pela segunda vez, eles na realidade estão reconside-rando a marca (dando uma segunda

chance a ela) e levando em consi-deração um conjunto de produtos, enquanto observam a gôndola.

Portanto, isso nos conduz para um se-gundo questionamento. O que conduz à visibilidade na gôndola e leva a uma segunda olhada? De forma simplifica-da, a resposta é o contraste. Em outras palavras, a visibilidade não resulta das decisões conscientes dos consumidores (por exemplo, “quero verificar aquela marca.”), mas, em vez disso, um pro-cesso fisiológico levado pelo contraste entre uma marca e sua concorrente na gôndola. Com isso, a pergunta é “o que leva ao contraste?”. Uma análise revela três fatores primários: blocos de cor, formatos/estruturas únicos e forte identidade de marca, como um logo-tipo ousado ou outro elemento visual.

De fato, em todas as marcas, categorias e países, as novas estruturas de emba-lagens “revolucionárias” apresentam uma probabilidade muito maior de

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conduzir a vendas do que mudanças nos recursos gráficos da embalagem. Isso se dá claramente porque essas novas estruturas criaram o rompimento na gôndola e levaram mais consumido-res a “dar uma olhada” (ou talvez uma segunda olhada) em uma marca que eles anteriormente ignoravam.

O QUE DIZER SOBRE AS PERDAS? Infelizmente, a análise também reve-lou que é muito mais fácil prejudicar uma marca do que fazê-la crescer. Na realidade, é aproximadamente duas vezes mais provável que isso aconte-ça. Cerca de 20% dos novos sistemas de embalagem levaram a uma queda significativa nas compras em gôndo-las e 10% produziram ganhos nesses pontos de venda.

De forma interessante, uma olhada mais de perto revela que as quedas não representam nem o inverso nem o reflexo dos sucessos à medida que eles são conduzidos por fatores um pouco

diferentes. Em vez da visibilidade na gôndola, uma queda na facilidade de compras é o fator mais consistente-mente vinculado a vendas mais baixas. Quando os consumidores se sentem confusos ou frustrados na gôndola, eles tipicamente reagem de uma ou duas formas: hesitação sobre a marca (“Esta é a minha marca?”) ou busca pelo produto (“Onde está o meu produto?”).

Um desses, ou ambos os fatores criam hesitação suficiente para que os consumidores retrocedam a uma escolha “mais segura” – uma marca competitiva – e abandonem sua esco-lha de marca antiga, em alguns casos de forma permanente.

Que alterações no design têm mais probabilidade de criar confusão na gôn-dola? Previsivelmente, as alterações na identidade da marca – o logotipo e/ou o relacionamento de branding primário na embalagem – são as mais prováveis de levar à hesitação da marca. As alte-

rações na “versão” (nomes do produto e/ou seu tratamento/posicionamento) são as que mais provavelmente con-duzem a problemas para encontrar o produto. Quando as marcas mudam a embalagem e nomenclatura do produto simultaneamente, elas provavelmente criarão a hesitação.

Desse modo, mudanças “revolucioná-rias” em certos elementos de design, mais notadamente o branding e a nomenclatura do produto, são os mais prováveis para levar a “perdas” e desas-tres de vendas no mercado.

IMPLICAÇÕES: UMA ATITUDE DE EQUILÍBRIOEmbora as descobertas da análise do banco de dados tenham sido ampla-mente intuitivas, elas permanecem bastante poderosas em suas implicações quanto ao design e pesquisa. De uma perspectiva do design, elas apontam di-retamente para a “atitude de equilíbrio” desafiadora que deve ser explorada. A fim de fazer a diferença e conduzir a ga-nhos na gôndola, os designers precisam fazer grandes alterações que criem uma diferenciação visual e levem os consu-midores a reconsiderar a marca.

Alterações de menor proporção nas embalagens, que sejam menos intuiti-vas e não-evidentes quando visualiza-das à cerca de um metro de distância dentro de um conjunto confuso em uma gôndola, muito provavelmente, não causarão impacto sobre os pa-drões de compra. Entretanto, a fim de evitar erros mais graves, os desig-ners precisam evitar a hesitação e as confusões relacionadas à marca na gôndola, assegurando dessa maneira a possibilidade de compra. Esta análise fala à necessidade de forne-cer certa continuidade visual a fim de renovar a confiança dos consumidores e age como um contrapeso contra o imperativo para a mudança e diferen-ciação dramática. Como os designers e profissionais de marketing exploram esse desafio? Eis uma estratégia convincente. As bata-tas chips da Baked Lay’s, a ração para animais Hill’s Science Diet, e o açúcar Domino Sugar a incorporam em alte-rações de design bem-sucedidas.

Quando os consumidores se sentem confusos ou frustrados na gôndola, eles tipicamente reagem de uma ou duas formas: hesitação sobre a marca ou busca pelo produto

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Em cada um desses casos, as alterações dramáticas e intuitivas do design na es-trutura, cor e no visual primário foram balanceadas com a continuidade da identidade da marca a fim de fornecer a renovação da confiança e uma versão do produto muito clara visando a faci-litar a possibilidade de compra.

Portanto, as alterações revolucionárias na embalagem podem funcionar? A resposta em geral é sim. Se forem empregadas adequadamente – e se for dada atenção quanto a definir o termo revolucionário.

Se ser revolucionário envolve excluir to-dos os aspectos da embalagem antiga, então, as mudanças muito provavel-mente não serão bem-sucedidas. No entanto, se revolucionário for definido como uma alteração dramática a um ou dois elementos primários da em-balagem agregados com um trabalho de branding suficiente ao lado da continuidade visual para “atrair os consumidores”, então, as alterações revolucionárias podem ser eficazes.

Para os profissionais de marketing, isso implica evitar aprender com os

erros dos outros, resistindo a altera-ções revolucionárias na embalagem. Em vez disso, a resposta é dar aos designers o poder e a liberdade criativa para fazer a diferença na gôndola por intermédio de novas estruturas. Ao mesmo tempo em que lutam contra a tentação de mudar tudo de uma só vez. Os profissionais de marketing e designers que exploram essa atitude de equilíbrio têm muito mais chances de alavancar o poder do design e criar ganhos ardilosos na gôndola. Texto extraído da Packaging World

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Iniciamos esse mês uma série de matérias pinçando curiosidades sobre as particularidades das embalagens de outros países. A fotografia ins-tantânea do quadro das embalagens de cada país reflete um pouco da cultura, da história, dos recursos naturais de cada um deles.

Os países da Europa se industrializaram antes que a maioria do resto do mundo, assim, lá a indústria de embalagens iniciou-se num momento que só havia vidro, aço e papel para embalar os produtos.

Já os asiáticos sofrem com preços altos para o alumínio, o que explica as inovações, como as embalagens flexíveis do tipo stand up pouch (pela Coreia) e as “latas de PET” pela China, alternativa às latas de alumínio. Depois essas inovações ganharam o mundo. Os japoneses têm o hábito de almoçar “obentos”, assim eles desenvolveram embalagens que lembram as marmitas de tantos traba-

lhadores brasileiros.

Resumindo, a necessidade e a demanda de cada país, combinadas com sua história e seus recursos, constroem sua indústria e suas embalagens. Conhecer outros países, procurando entender sua cultura, história e seus desafios, é um rico laboratório de “insights” e ajuda nos questio-namentos de “por que não” ou de “para que”, entre outros.

Mesmo num país tão próximo, como a Argentina, podemos ver tantas oportunidades e diferenças, aliás, até mesmo dentro do Brasil, país-continente de hábitos tão diversos.

De forma muito geral, poderia dizer que as embalagens têm uma apre-sentação mais homogênea e sofisticada. O gosto pelos tons de preto, ouro e prata e embalagens metalizadas é rapidamente identificado. Come-çando pelo varejo, nos supermercados argentinos, destaca-se a elegância da exposição dos produtos e, claro, das embalagens. Mesmo nos mais

especial argentina

Los envases Los envases dos hermanos dos hermanos argentinosargentinosMesmo nos mais simples mercadinhos de vizinhança ou nos mercados do interior da Argentina e, até nos quiosques de doces, a preocupação com a aparência é notável. Assim é mais fácil encontrar o que se busca e conhecer novos produtos

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ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO*

Nos molhos, os argentinos

também utilizam

embalagens cartonadas

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simples mercadinhos de vizinhança ou nos merca-

dos do interior da Argentina e até nos quiosques de doces, a preocupação com a aparência é notável. Assim fica mais fácil encontrar o que se busca e conhecer novos produtos.

As “drugstores” e as farmácias têm um layout que convida ao consumo, que são sempre claras, com produ-tos perfeitamente separados e bem identificados. Observa-se já há muito tempo a presença forte das redes de farmácias e o fenômeno das marcas próprias com ampla gama de produ-tos, como a Farmacity, que tem desde lenços de papel até perfumes, com uma linha que abrange praticamente toda a categoria de higiene pessoal: sabonetes, curativos, produtos para cabelos, entre outros.

A impressão dos produtos de papel cartão é bem elaborada, normal-mente, com acabamentos gráficos, como holografia, metalização (ver o case do sabonete Rexona), janelas e outros recursos. Destaca-se o cuidado com a apresentação dos cartuchos de perfumes e produtos de higiene pessoal, chocolates e, até mesmo, de pequenos objetos de papelaria. Todos parecem já prontos para pre-sentear. É o caso da sacola branca, que pode ser comprada nas lojas como embalagem de presente, algo simples, porém elegante. No exemplo do estojo Karina Rabolini, ele já vem com fita de presente, e os produtos

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gaçã

oestão internamente encaixados e per-feitamente arrumados para quando o presenteado abrir o presente.

Na categoria de produtos pessoais, destacam-se as embalagens para sa-bonetes em formatos verticais com fechamento gable top (sabonete amarelo). O curativo infantil Curitas apresenta furo Euroloch (furo borbo-

leta) para exposição nos check outs e brinca com as crianças, trazendo versões rosa e azul, além de vários personagens. O sabonete líquido é apresentado num frasco que remete à bebida (frasco rosa) com rótulo metalizado. O xampu, em formato quadrado, o Zipo, é bem moderno e masculino. Outra boa observação é a

Holografi a e metalização valorizam a embalagem

Xampu em formato

quadrado: moderno e masculino

Forte presença

das marcas

próprias

Estojo Karina Rabolini já vem em embalagem

para presente

Frasco do sabonete líquido remete à bebida

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especial argentina

utilização de stand up pouches para sabonetes líquidos e xampus.

Em produtos de limpeza, a indústria de embalagem da Argentina também utiliza muito o stand up pouch para todo tipo de produto: amaciantes, limpadores, detergentes líquidos (ALA) etc., além de estruturas meta-lizadas, e exploram isso nos projetos gráficos. Notem os out lines (contornos) na embalagem de deter-gente em pó Skip.

Em bebidas, os argenti-nos exploram os rótulos dos vinhos, com holo-

grafia, relevos, texturas, além disso, agregam

valor com o uso de cartuchos na mesma

linha de sofisticação.

Os chás, mais consu-midos na Argentina que no Brasil, são apresentados em embalagens mais cuidadas, como a da Virgin Islands, que traz janela que torna a embala-gem um display. A embalagem do chá Patagônia usa um painel na vertical e na horizontal para aproveitar ao má-ximo qualquer que seja a disposição na gôndola.

Os leites estão na sua grande maioria em embalagens flexíveis com barreira, apesar de também existir a opção em cartonada e frasco multicamada.

Nos alimentos, vale destacar os salga-dinhos em cartuchos ou embalagens

flexíveis em BOPP matte e o patê em embalagem termoformada, porém dentro de um cartucho com formato especial. Para em-balar molhos de tomate, catchup, mostarda e maionese, mais uma vez predomina o stand up pouch, já com tampas ou pré-corte para fácil abertura. Nos molhos, os argentinos usam também emba-lagens cartonadas e exploram a estrutura metalizada na arte. Já os molhos mais requintados estão

em frascos com tampas lacradas.

Curiosa, a embalagem de café solúvel

tipo capuccino: frasco de vidro com tampa que tem moedor acoplado para ser moído no momento da utilização. A opção tem refil.

Nas embalagens dos tradicionais alfa-jores, o gosto pelas cores ouro, prata e preto se confirma até mesmo nos bis-coitos. Notem o biscoito Opera, desta-que para o fechamento tipo flow pack.

Para as balas toffee, a opção foi o metalizado matte (butter toffee), no Torrone, uma estru-tura metalizada com cores fortes, como o ver-melho. Nos confeitos, a janela em formato de ár-vore de Natal mostra os docinhos coloridos. Os chocolates estão sendo substituídos por choco-lates em tubos. Os con-feitos mais sofisticados,

como amêndoas, estão em cartuchos tipo gable top.

A opção pela embalagem flexível em BOPP matte atende também à categoria de cereais, como a aveia e as torradas.

Os queijos, outro produto muito con-sumido na Argentina, têm apresenta-ção de quatro soldas e outra em prático frasco com tampa dosadora na cor preta, com rótulo termoencolhível.

Mesmo nas embalagens flexíveis, notamos que o País explora bastante os recursos de impressão, como verniz em registro, metalização em registro, janelas e estruturas adequadas. Além, é claro de desenvolver artes elabora-das. Assim, até o torrone fica mais apetitoso.

Numa visita rápida em qualquer pon-to de venda, nota-se o grande número de embalagens stand up pouchs para muitas categorias: molhos, (cat chups, mostardas, maioneses, atomatados), higiene pessoal (xampus, sabonetes, cremes, talcos), limpeza (amaciantes, detergentes, limpadores), e bebidas (bebidas mistas). Lá,como o stand up pouch foi iniciado há mais tempo, já podemos observar a evolução dos

Mesmo num país tão próximo, como a Argentina, podemos ver tantas oportunidades e diferenças

Janela que torna a embalagem um display

Frasco de vidro com tampa que tem moedor acoplado

Queijos em duas apresentações: frasco com tampa dosadora e fl exível com quatro soldas

Biscoito Opera: destaque para o

fechamento fl ow pack

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adereços e serviços agregados, como tampas especiais e estruturas diferen-tes (artes metalizadas, por exemplo). Notamos também maior diversidade de marcas e tamanhos (diferentes apresentações), o que com certeza é muito mais democrático!

As embalagens flexíveis se destacam também na categoria de detergente em pó com estruturas caras, por exemplo, do Skip, com os detalhes da estrutura metalizada em out line na marca, e nos congelados, em que muitos produtos são apresentados em unidades.

A exuberância também é notada nas embalagens dos alfarrojes e biscoi-tos, sempre com muitos detalhes, que, para o nosso padrão, parecem exagerados, mas é apenas uma dife-rença cultural.

Nos homes centers ou lojas de mate-rial de construção, pode-se dizer que

há mais produtos embalados do que aqui (ou há mais tempo). A maior diferença talvez seja na categoria de tintas: lá a opção pelas embalagens plásticas é visivelmente maior, em formatos quadrados, e muitas vezes transparentes. As sacolas das lojas também acompanham a exuberância. Elas são sempre chamativas.

Essa sofisticação estética das emba-lagens e das gôndolas tem explicação na sua história. A Argentina foi colo-nizada por espanhóis, depois vieram muitos italianos. O País não teve imigração africana e nem grandes mi-grações dos povos indígenas, assim as suas grandes cidades têm um ar mais “europeu” do que as cidades brasilei-ras. Nas grandes cidades, a aparência de tudo é mais sofisticada do que a média brasileira.

Porém, ao observar os números, no-tamos que a indústria de embalagens

da Argentina representa apenas 12% da indústria brasileira de embalagem e metade do consumo per capita do Brasil. Isso se deve a menor abrangên-cia das embalagens em todo o País, já que no interior, há muito menos embalagens. Apesar do aspecto geral superior, os argentinos optam por em-balagens econômicas, por exemplo, as de detergente em pó, que têm aspecto nobre pela arte, metalização, etc, mas mesmo assim é uma embalagem mais barata do que uma embalagem de papelcartão. Na categoria de vinhos, eles usam uma porcentagem maior de embalagem cartonada em relação à garrafa de vidro etc.

*Assunta Napolitano Camilo é diretora da consultoria de embalagens FuturePack e do Instituto de Embalagens

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notas técnicas

ENVASADORADesenvolvida para envase de produtos líquidos e viscosos em embalagens de gotas, a envasadora, modelo PR4000, da Promáquina, atende o mercado farmacêutico. Pode ser com-posta por mesa alimentadora de frascos, enchedora volumétrica linear, batocadora/rosqueadora automática cíclica e posiciona-dor de frascos. Possui dosagem eletrônica, que possibilita ótima precisão, e setup rápido, sem ferramentas e troca de formato simples. As tampas são alimen-tadas de fora para dentro e, dessa forma, não criam movimentação interna de partículas no equipa-mento. O avançado sistema de torque magnético na aplicação da tampa rosca permite maior segurança no processo. PROMÁQUINA Indústria Mecânica Ltda. Tel.: (11) 3686-6722, [email protected]

ENVASADORA E SELADORATotalmente automática, a DMBP-1000 fabrica-da pela Dmom é ideal para produtos que utili-zam a bandeja pré-fabricada. Possui comando eletrônico CLP painel digital IHM, dosador volumétrico, sensor detector de falta de selo e sistema de giro/parada de mesa mecânico. A extração da bandeja para esteira é automática. Opera com capacidade de 1 200 bandejas (com seis/oito cavidades) por hora. DMOM Máquinas Ltda. Tel.: (16) 3852-2001 | [email protected]

SISTEMA DE MARCAÇÃOO sistema de marcação REA-JET HR é de alta resolução baseado na comprovada tecnologia jato de tinta térmico da HP. Utilizando até dois cartuchos, cada um com im-pressões de até 12,7mm de altura, o sistema imprime inúmeras infor-mações, além de diversos códigos de barras e códigos bidimensionais. Oferece fácil utilização por meio de um display colorido de alta defi nição gráfi ca de 5,7 polegadas. A programação de textos é feita de maneira simples em um teclado ágil e com teclas de ajuda para cada função. Possui ainda entradas ethernet, USB, além de seis entra-das e quatro saídas digitais. Todas as entradas e saídas apresentam tampa de proteção.ALEUSA BRASIL. Tel.: (11) 5685-2325, www.aleusa.com.br

IMPRESSORA DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICAIndicada para impressão de fi lmes de embalagens fl exí-veis, laminados e etiquetas, a impressora de transferência térmica SmartDate 5/128, da Markem-Imaje, oferece maior área de impressão, principalmente, na largura que agora chega aos 128 mm, combinada com comprimentos de até 75 mm (operando no modo intermitente) ou de até 150 mm (no modo contínuo). Traz também maior produtividade a partir de grande efi ciência na impressão de informações/mensagens densas e complexas, de grandes formatos, que abrange desde blisters multipack até lista de ingredientes e informações nutricionais. Opera com velocidade impressão de 70 a 600 mm/seg (intermitente) ou de 20 a 600 mm/seg (contínua).

MARKEM-IMAJE. Tel.: (11) 3305-9453, www.markem-imaje.com.br

EXTRUSORA

Especializada na fabricação de equipamentos especiais para a indústria de embalagens plásticas, a Mega Steel apresenta a extrusora Advanced America para polietileno de alta e baixa densidade ou linear monocamada. Possui motorização aco-plada direta ao redutor LD (32), troca telas pneumático tipo gaveta, gaiola motorizada, além de sistema de bobinamento

contraposto automático e semiautomático. Opera com capacidade de extrusão de 120 kg/h até 320 kg/h. MEGA STEEL Indústria Mecânica Ltda. Tel.: (19) 3935-8450, www.megasteel.com.br

MÓDULO DE PESAGEMDesenvolvido para inspeção quan-

titativa de mercadorias, o mó-dulo de pesagem Mprol-500, da Kaufmann, garante um grande aumento na produtivi-

dade. Dimensionado conforme a aplicação, o Mprol-500 gera controles estatísticos para me-lhor gerenciamento logístico, podendo ser acoplado nas es-

teiras Movefl ex, otimizando e agilizando o trabalho de conferência. Os dados podem ser enviados diretamente ao faturamento para emissão de notas fi scais, evitando multas e reclamações. Calcula o peso instantâneo das caixas, indica o valor acumulado das pesagens, facilitando a totalização por cliente/lote e dispõe de função contagem de peças e acumular. Kaufmann. Tel.: (11) 3758-5654, www.gehaka.com.br

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painel de negócios embalagens, máquinas, equipamentos e acessórios

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índice de anunciantes

PÁGINA EMPRESA SITE

31 ..............................................BAUCH CAMPOS .......................................................................................................................www.bauchcampos.com.br

05 ..............................................BRAGA ..................................................................................................................................................www.bobinatec.com.br

4ª Capa ...................................COLACRIL ..................................................................................................................................................www.colacril.com.br

33 ..............................................CODITEC ................................................................................................................................................... www.coditec.com.br

33 ..............................................CODMARC ..............................................................................................................................................www.codmarc.com.br

27 ..............................................DELTAPLAM ........................................................................................................................................www.deltaplam.com.br

33 ..............................................EMBACLASS ....................................................................................................................................... www.embaclass.com.br

33 ..............................................FUTUREPACK .................................................................................................................................... www.futurepack.com.br

33 ..............................................INTERTEC ...................................................................................................................................... www.intertecequip.com.br

34 ..............................................INSTITUTO DE EMBALAGENS .............................................................................www.institutodeembalagens.com.br

17 ..............................................LE PRINT ........................................................................................................................................................ www.leprint.ind.br

29 ..............................................MACK ROSS ...................................................................................................................................................www.trofa.com.br

33 ..............................................MAINARD ....................................................................................................................................www.mainard.com.br/shop

33 ..............................................MOLTEC ...................................................................................................................................................... www.moltec.com.br

25 ..............................................QUALIJET .................................................................................................................................................. www.qualijet.com.br

2ª Capa ...................................RIGESA .......................................................................................................................................................... www.rigesa.com.br

3ª Capa ...................................REED EXHIBITIONS ....................................................................................................................www.reedalcantara.com.br

11 ..............................................SALAZAR.....................................................................................................................................................www.salazar.com.br

19 ..............................................SELOVAC ................................................................................................................................................... www.selovac.com.br

23 ..............................................TECHNOPACK ..................................................................................................................................www.technopack.com.br

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149_3Capa_Reed Ehxibitions.indd 1149_3Capa_Reed Ehxibitions.indd 1 12/18/aaaa 17:39:0912/18/aaaa 17:39:09

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149_4Capa_Colacril.indd 1149_4Capa_Colacril.indd 1 12/18/aaaa 17:39:3012/18/aaaa 17:39:30