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Revista Ponto & Vírgula - Fevereiro 2013

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A edição de fevereiro da revista Ponto & Vírgula traz o escritor Antônio Ventura e sua posse na Academia Ribeirãopretana de Letras.

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Direção GeralIrene Coimbra

[email protected]

EdiçãoPonto & Vírgula Editora e

Produtora de Eventos

Dep. ComercialPaulo ou Irene

(16) 3626-5573 / 9733-2577

Diagramação e ArteABS Produções(16) 9137-1033

[email protected]

ImpressãoNova Enfim - Gráfica e Editora

(16) [email protected]

Tiragem3 mil exemplares

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião

da revista é expressa em editorial.

Irene Coimbra

EditorialExpediente

O lançamento da primeira edição da Revista “Ponto & Vírgula”, foi um sucesso!!!

Sucesso que se repetirá a cada nova edição, com certeza, porque sempre primaremos pelo alto nível de seus artigos, pelo profissionalismo de seus colu-nistas, assim como de seus anunciantes.

Nesta segunda edição temos, entre outros ar-tigos, uma matéria especial sobre a posse de Dr. Antonio Ventura na Academia Ribeirãopretana de Letras e o discurso de Dr. Nelson Jacintho na posse do novo acadêmico.

A “Ponto & Vírgula” estará sempre de braços aber-tos para todos os amantes da Cultura e Educação.

Ponto & Vírgulaem revista

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Destaque

Academia Ribeirãopretana de Letras imortaliza Antonio Ventura e sua Poesia

“Não estou aqui apenas para entrar para

os anais da Academia Ribeirãopretana de Letras,

estou aqui para servir. Humilde, pequeno e nu.”

Uma Solenidade Breve e Emocionante

A solenidade de posse do poeta Antonio Ventura foi breve e emocio-nante. Aberta pela Presidenta Rosa Maria de Britto Cosenza (e tendo como ponto alto a participação da consagrada cantora de MPB Verônica Ferriani, interpretando o Hino Nacio-nal Brasileiro e o Hino de Ribeirão Pre-to, acompanhada pelo violoncelista Jonathas Silva) teve, na mesa de hon-ra, o representante da Prefeita Dárcy

Texto: Jarbas Cunha | Fotos: Renato Ventura

Dr Antonio Ventura e sua esposa Débora

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Vera, Secretário da Cultura, Alessandro Maraca; o Vereador Maurício Gasparini (representando o Deputado Estadual Welson Gasparini); o Vereador André Silva (representando o Presidente da Câmara Municipal (Vereador Cícero Gomes da Silva); o Juiz Francisco Câmara Marques Pereira (repre-sentando o Diretor do Fórum da Justiça Estadual de Ribei-rão Preto, Sylvio Ribeiro de Souza Neto); o Vice-Presidente da Academia Ribeirãopretana de Letras, Nelson Jacintho (“Padrinho” do novo Acadêmico); o Secretário da Acade-mia Ribeirãopretana de Letras, Carlos Roberto Ferriani; Juiz Sansão Ferreira Barreto, Diretor do Fórum da Comarca de Mococa/SP; o Acadêmico Feres Sabino (representando o Presidente da OAB-RP, Advogado Domingos Assad Stocco) e Maris Ester, Presidente da Casa do Poeta de Ribeirão Preto e como mestre de cerimônia, Amini Boainain Hauy, e com grande participação de público presente.

Uma Vida Dedicada à PoesiaComo “Padrinho” da indicação acadêmica de Antonio

Ventura, o Acadêmico Nelson Jacintho (ex-Presidente da ARL) apresentou uma breve biografia do Poeta destacan-do detalhes como a sua precocidade poética (escreveu seu primeiro poema aos 14 anos); seus mestres iniciais (Ely Vieitez Lisboa e Vicente Teodoro de Souza); o lançamento, em 1966, do jornal literário “Panorama”, sob supervisão do prof. Vicente Teodoro de Souza); o primeiro lugar, em 1968, no Concurso de Conto e Poesia do jornal O Diário; o pri-meiro lugar em Conto e Poesia, conquistando, em 1971, o Prêmio Governador do Estado; sua militância como crítico de cinema e teatro na revista Bondinho; o período em que vendeu seus poemas, em folhas mimeografadas, dentro do Teatro Ipanema no Rio; o ingresso, em 1991, na Magistratu-ra do Estado de São Paulo; a fundação, em 1998, do Grupo Literário Início, em Mococa; o lançamento, em 2011, pela Editora Topbooks, do livro O Catador de Palavras, obra poé-tica aplaudida por expoentes da Literatura Brasileira, como Antônio Carlos Secchin, Carlos Nejar, Mário Chamie, Álvaro Alves de Faria, Menalton Braff e Saulo Ramos.

Nelson Jacintho, Antonio Ventura e Alessandro Maraca Luiza Guimarães Lamonato e Débora Ventura

Maurício Gasparini, Carlos Roberto Ferriani,Antonio Ventura e Feres Sabino

Rosa Maria de Britto Cosenza e Antonio Ventura

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Que felicidade estar aqui para ser o padrinho de um novo acadêmico da nossa querida Academia Ribeirão-pretana de Letras. Que orgulho sinto quando faço isto!

Desde que entrei para a Academia Ribeirãopretana de Letras fui apre-sentador e padrinho de muitos cole-gas que aqui estão honrando cada vez mais a nossa Academia.

Antonio Ventura é mais um desses que vêm para colaborar e para enalte-cer o nosso sodalício.

Seja bem-vindo caro amigo! Que as bênçãos dos céus venham coroá--lo com as mais dignificantes honras e que você venha para ajudar a elevar cada vez mais o nome desta entidade literária de Ribeirão Preto.

Seu nome, por si só, já marca os anais da nossa querida Academia. Sabemos da sua capacidade de traba-lho e nela confiamos! Temos certeza de que a Academia terá sangue novo, novas energias, novas ideias, novas perspectivas.

Quero dizer a todos que Ventura é pessoa marcante! Por onde passa dei-xa a sua marca de cidadão honrado, incentivador da cultura e distribuidor de sabedoria. É lutador intrépido, que não tem medo de obstáculos e segue sempre em frente.

Antonio Ventura nasceu em 06 de junho de 1948, aqui na cidade de Ribeirão Preto. É filho de Joaquim Ventura e Leodora Cândida da Silva. É casado com Débora Soares Perucello

Dr. Nelson Jacintho*

Discurso de Dr. Nelson Jacintho na posse de Dr. Antonio Ventura na ARL

Ventura. Tem três filhos: Renato, Nú-bia Regina e Antonio, o Toninho.

Ventura é filho de pais humildes, lavradores. Não quis ficar na roça, quis conhecer o mundo, conquistá-lo, mostrar-se a ele. Queria tomar par-te muito mais ativa no mundo que o cercava e foi à luta. Iniciou o Curso Ginasial no Colégio Estadual Alberto Santos Dumont, em 1962, onde co-nheceu grandes professores, e desco-briu que era possuidor de dotes literá-rios. Descobriu-se poeta!

Aos quatorze anos começou a es-crever. Fez o seu primeiro poema, que recebeu o nome de Tédio.

Em 1966 iniciou o Curso Clássico no mesmo colégio, onde teve o co-nhecimento da língua inglesa, france-sa, latim e filosofia. Nesse ano come-çou a publicar um jornal literário que recebeu o nome de Panorama. Esse jornal foi amplamente divulgado na escola e na cidade.

Em 1967 Antonio Ventura, lideran-do outros jovens, promoveu em Ribei-rão Preto a Primeira Noite de Poesia Moderna em praça pública, ao ar livre.

Em 1968 ganhou o primeiro lugar em Conto e Poesia do Concurso Dia do Professor, promovido pelo jornal O Diário, de Ribeirão Preto.

Ganhou o primeiro lugar do con-curso promovido pelo Lions Inter-national, de âmbito nacional, com o ensaio A paz é atingível. E primeiro lugar com o melhor comentário sobre a obra de José Mauro de Vasconcelos.

No mês de janeiro promoveu, jun-tamente com o poeta Jaime Luiz Ro-drigues, a Noite de Poesia Moderna em praça pública na cidade de Rio Claro/SP.

Por fim quero dizer que Antonio Ventura, o menino de origem humil-de, grande lutador, é advogado, juiz de direito aposentado, um grande po-eta e um grande amigo.

Seja bem-vindo, caro amigo, ao nosso meio, à nossa Academia Ribei-rãopretana de Letras. Tenho certeza de que de hoje em diante a nossa Academia passou a ter um acadêmico excepcional que a enriqueceu muito com a sua presença.

*Médico, escritor e Vice-presidente da Academia

Ribeirãopretana de Letras

Por onde passa, Ventura deixa a sua marca

de cidadão honrado, incentivador da cultura e distribuidor de sabedoria

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Gastamos sem pestanejar e com o aplauso do povo mais de oitocen-tos BILHÕES com a futura Copa do Mundo. Um dinheiro suado, pago em impostos por quem trabalha e preci-sa dos serviços do Estado. Que podia resolver nossos problemas de saúde pública, de educação e de segurança. E não estamos nem aí...Caia o mundo mas não nos falte o maldito futebol!

Não há tragédia que apague o brilho de um gol! Nenhuma morte inocente, nenhuma atrocidade, es-tupro, acidente, bala perdida, crian-ça morrendo de fome ou velhos em filas do SUS vale mais do que a taça do Corinthians!

É assim que queremos, porque este não é um país com vergonha na cara! É um país de dissimulados onde todos querem é farra e estão pouco se lixando para o que acontece com os outros.

Dei este título a este texto depois de ver os fogos de artifício em come-moração ao ano novo. Tudo é festa: O homem de quarenta anos assassi-nado a caminho de encontrar o filho no aeroporto depois de oito anos... A criança que não chegou a 2013 por-que não havia médico de plantão... O pai que matou a família inteira depois

Crônica

Um país com vergonha na cara!

Dante Marcucci

de beber e bater o carro em um ca-minhão... A criança que foi estuprada pelo avô de 71 anos... São coisas que não comovem um país SEM vergonha na cara!

Achei por bem dar este título de-pois de ver pela televisão que na ÍN-DIA, um país muitas vezes mais pobre do que o nosso, com quase um bilhão e trezentos milhões de habitantes, o povo se uniu e decidiu que não have-ria comemoração de Ano Novo por-que uma jovem foi estuprada e mor-ta dentro de um ônibus. Todo aquele mundo de gente entendeu que não havia motivo para fazer festa. Querem justiça, querem que o país mude para melhor, querem paz e segurança e por isso lutam, unidos.

Um país pacífico, que conseguiu sua independência somente em 1947 mas sem guerra. O mesmo país que resolveu que um crime não pode fi-car impune e vai lutar até o fim para que os bárbaros paguem pelo que fizeram a apenas UMA das moças de uma nação com mais de um bilhão de habitantes! Que não vai esquecer tudo quando um time de futebol for campeão!

É um país onde acontecem crimes como aqui. Que cresce mais do que

Ribeirão passa aqui!Rua Visconde do Rio Branco, 1238

Fone: 3995-2171

nós porque o governo quer fazer e não conversar fiado. Que vibra como nós, mas não esquece as suas mazelas e faz o que pode para melhorar.

É um país com vergonha na cara! Infelizmente, não sabemos o que

é isso...

A Índia é um país pacífico, resolveu que um crime não

pode ficar impune e vai lutar até o fim para que

os bárbaros paguem pelo que fizeram a apenas uma

das moças de uma nação com mais de um bilhão de

habitantes!

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Ely Vieitez Lisboa

Poesia & Prosa

Conheço Irene Coimbra há uns dez anos. É uma mulher surpreendente. No início, ela era apenas alguém que frequentava as reuniões culturais, foi responsável pelo estande dos Autores de Ribeirão Preto, nas Feiras do Livro, em 2008 e 2009. Eu sabia pouco sobre ela. E hoje?

Jamais vi, em poucos anos, alguém realizar tanto. É escritora, poetisa, professora, produtora e apresenta-dora do Programa Ponto & Vírgula, na TVRP - Canal 9/Net. Membro da ARL (Academia Ribeirão-pretana de Letras), da UBE (União Brasileira de Escritores) e da Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto. Autora de vários livros. O que impressiona, toda-via, é seu ritmo de trabalho. Poder-se--ia tentar tachá-la de uma “workaho-lic”, mas seria simplificar demais. Senão vejamos.

A expressão americana, que se originou de “alcoholic” (alcoólatra), designa pessoas viciadas no trabalho, ou que trabalham compulsivamente. São movidas pela competitividade, pela ganância, pela vaidade ou pela necessidade de sobrevivência. Expli-ca-se também que é uma obsessão pessoal de provar algo a alguém, ou a si mesma. Não consegue desligar, aca-ba sofrendo de insônia, tem, às vezes, mau-humor e atitudes agressivas, por medo do fracasso.

Uma mulher chamada Irene Coimbra

Definitivamente, não é o caso de Irene Coimbra, agitada sim, produti-va sim, mas alegre, amável, dinâmica e idealista. Prefiro tentar analisá-la sob o enfoque do conceito de Edward Morgan Forster. Em Aspectos do Ro-mance, ele classifica as personagens literárias em Planas e Redondas. Por que não na vida?

As personagens Planas apresen-tam apenas traços externos, sem pro-fundidade. Não evoluem na narrativa. Não surpreendem. São previsíveis, maniqueístas. As personagens Re-dondas, ao contrário, apresentam um “eu individual”, suas reações derivam de um modo próprio de ser, com re-ações inesperadas diante dos aconte-cimentos, têm densidade psicológica, são complexas.

Quando li “Meu Diário Meia Sete”, surpreendi-me. Irene não fez revisão, deixou os textos como eles foram escritos pela jovem autora. Jamais li algo com tanta coragem e sincerida-de, diante dos percalços da vida, das duras lutas. Vendo-a hoje, vitoriosa, apresentadora do seu próprio Progra-ma na Televisão, ativista cultural que organiza belíssimos saraus famosos, Acadêmica, preparando a Terceira Antologia Ponto & Vírgula e o lança-mento de uma Revista especializada, ainda em janeiro de 2013, podemos avaliar suas vitórias.

Como entender sua ascensão, tan-tas conquistas? Ela é um dínamo redi-vivo, tem uma capacidade de trabalho inacreditável, com etapas determina-das, que são sempre cumpridas. Não sei qual figura para melhor classificá--la, se Quixote ou Prometeu. E o que é belo em suas lutas, é que ela ama seus moinhos de vento e talvez até sua ro-cha, em algum possível Cáucaso.

Se alguém acha fácil classificar Ire-ne Coimbra, ou entendê-la, não vá ler apenas seus poemas aparentemente simples, populares. Leia a excelen-te crônica “Louca”, publicada na Se-gunda Antologia Ponto & Vírgula, da Funpec-Editora, 2012, páginas 143 / 144. Poder-se-á, então, ter uma páli-da ideia da complexidade dessa mu-lher lutadora, guerreira, que enfrenta a vida como em um GP da Fórmula 1, com uma largada imperiosa e uma bandeirada final. Ela é especialista em vencer os possíveis grandes obstácu-los do percurso.

[email protected]

Produzido e apresentado porIrene Coimbra na TVRP – Canal 9

“Ponto & Vírgula” também está na TV!

www.programapontoevirgula.com.br/

O Poeta de Ontem – O Poeta de Hoje Dicas de Português

Li e Gostei – Ouvi e Gostei – Entrevistas

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Naquela manhã estava difícil de deixar o aconchego da cama. Ouvia-se o barulho da chuva sobre o toldo de plástico que cobria a churrasqueira do vizinho. O vento frio que entrava pe-las frestas da veneziana fazia com que o cobertor fosse puxado até o pesco-ço. A penumbra do quarto aumenta-va, à medida que o tempo lá fora se tornava mais escuro, pelo acúmulo de nuvens negras, como prenúncio de muita água que ainda estava para cair. Tudo isso inspirava aquela madorna que desencorajava qualquer cristão, por mais corajoso que fosse, a desistir do convidativo cochilo.

Maria chegou toda molhada, com a sombrinha pelo avesso. As barbata-nas não resistiram à fúria do vento, na caminhada desde o ponto de ônibus.

– Troque logo esta roupa molhada antes de ir à padaria, disse-lhe a pa-troa. Esperta, como sempre, ela fez tudo muito rápido.

Na volta, deu logo a notícia: na Rua Barão, próximo à Igreja, um ho-mem morreu sentado; segundo co-mentários, era um senhor barrigudo que jogava tranca na Praça Seca.

Ainda sonolento, ouvi a notícia. Deixei de lado aquela pachorra, pulei da cama e fui até à cozinha inteirar-me do acontecido. O fato não me causou surpresa. O único barrigudo que fazia parte do quadro social da Associação de Tranca era o amigo Chumbrega, que andava adoentado e ausente do nosso convívio há alguns meses.

Fui imediatamente ao local. O quadro era desolador. Ele, com a bra-

ChumbregaJugurta de Carvalho Lisboa

guilha aberta, sentado num degrau de escada, apoiado no portão, com a cabeça caída de lado. Presentes, o casal de filhos e um policial. Per-guntei sobre o ocorrido. Disseram--me que por volta de uma hora da madrugada, o pai reclamou de fortes dores no peito. Saíram os três a pé até o Pronto Socorro. Na metade do percurso, o infeliz sentindo exauridas suas forças para caminhar, sentou-se com ajuda dos filhos, em seguida bal-buciou algo ininteligível e permane-ceu imóvel. Estava morto.

Lá jazia meu amigo Chumbrega, exposto ao espanto e curiosidade dos transeuntes.

O intervalo entre a sua morte e a minha presença ali, cerca de dez horas, foram suficientes para que o corpo atingisse rigidez cadavérica parcial.

Após permanecer algum tempo naquele velório tétrico, comecei a

pensar qual seria o procedimento para colocá-lo dentro do caixão e senti que deveria tomar alguma ini-ciativa. Não titubeei. Pedi licença aos filhos e com a ajuda do policial, co-locamos o corpo sobre a calçada. O espanto foi geral. Ninguém entendia nada, até que eu montei no defunto e comecei a desentortá-lo. Iniciei pelo pescoço. Já estava todo duro. A cada movimento, ouvia-se um estalar. Foi difícil restabelecer sua posição. Parti para endireitar o corpo. Tive que fa-zer bastante força para tirá-lo daque-la postura de decúbito dorsal. A cena era inusitada. A cada instante au-mentava o número de curiosos que não sabiam se riam ou ficavam sérios diante daquele quadro tragicômico. O próximo passo foi esticar as per-nas e acertar os braços para juntar as mãos sobre o peito. Para isto, pedi a uma senhora que me desse o cadar-ço do calção do seu filho que, depois de partido em dois, amarrei os pés e as mãos do falecido.

Aqueles olhares estranhos não me causaram nenhum constrangimento. O meu objetivo era sentir o alívio em saber que ninguém teria que quebrar o corpo, rigidamente cadavérico, do meu amigo, para colocá-lo na sua urna mortuária.

Até hoje, quando revivo aque-le acontecimento fúnebre, chego a pensar que o Chumbrega deve ter achado graça em ver-me sobre seu corpo inerte e todo retorcido, na ân-sia de livrá-lo de maus tratos, cujas dores jamais seriam sentidas.

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Reflexões

Ciranda ao redor do mundo Se todas as moças do mundoQuisessem se darA mão ao redor do mar,Poderiam dançar Uma ciranda. Se todos os rapazes do mundoQuisessem ser marinheirosSairiam em barcos ligeirosPelo mar profundoSaltando de onda em onda. Poderiam entãoFazer uma cirandaAo redor do mundo,Se toda a gente do mundoQuisesse se dar a mão.

Nilva Mariani

Há muitos anos, vimos um filme inspirado nesses versos, chamado “Se todos os rapazes do mundo”, que era uma lição belíssima de soli-dariedade e amor ao próximo.

O filme girava em torno de uma pequena embarcação perdida nos confins de um oceano sem praias por perto, e, através de comunica-ções pelo rádio, desde o mais hu-milde radioamador de um vilarejo, até os grandes centros, a pequenina embarcação é salva.

Esse tipo de comportamento é comum ao brasileiro, ao ribeirão--pretano que correm imediatamen-te sempre que um pedido de so-corro lhe chega ao conhecimento, sobre desabrigados, falta de recur-sos para entidade e outros tipos de auxílio.

Por isso, acreditamos num ama-nhã melhor (ainda que eu não o veja nesta encarnação), a despeito de to-dos os pessimismos e niilismos que campeiam por aí.

Paul Fort, poeta francês da segunda metade do século passado, escreveu os versos abaixo, traduzidos por R. Magalhães Jr.

Acreditamos num amanhã melhor,

a despeito de todos os pessimismos e

niilismos quecampeiam por aí

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Você já se deparou com uma vaga que julgava ser “A” vaga? Se isso acon-teceu, é bem provável que tenha en-viado seu currículo, com uma bela carta de apresentação e torcido para ser chamado(a) para uma entrevista.

De repente, o telefone toca, e a voz do outro lado é de um recrutador con-vidando você para a entrevista da “vaga dos sonhos”. Você se locomove até o lo-cal (muitas vezes, longe), de carro, ôni-bus, metrô, trem, táxi e quando chega, o que lhe é ofertado é algo totalmente diferente do título da vaga, ou o salário é bem abaixo do que você esperava. Isso não só aconteceu comigo, como com familiares, amigos, conhecidos e, certamente, com pessoas que nem sa-bemos da existência.

Gabriela Oliveira é Consultora de Moda e é formada em Técnico em Es-tilismo e Coordenação de Moda pelo SENAC. É ela, a nossa primeira convi-dada para compartilhar sua experiên-cia na nova seção do blog VpM:

Comigo foi assim!Um dia, Gabriela se deparou com

a vaga de Produtora de Moda, em um site de empregos. Depois de ler a descrição que a empresa (uma agên-cia de eventos) divulgava, enviou seu

Vagas para Moda

Aline Olic

Comigo foi assim!

currículo. Chamada para fazer a entrevista

na agência X, a Gabi, que mora em SP (capital), foi até Suzano, levando seu portfólio. Mas quando chegou lá, o que encontrou? Uma vaga para que ficasse na rua, abordando pessoas para irem à agência, com promessas de terem o perfil exato para serem modelos.

Tem gente que chama isso de Scou-ter, outros, de Captação de Modelos, e outros, pasmem: Produtor de Moda. Se você não sabe muito bem o que faz um produtor de Moda, o professor do SE-NAC, Edyr Moraes, explica:

“O produtor de moda é o profis-sional que busca elementos, modelos, roupas e acessórios, para a realização de fotografia, filmes, desfiles visando alcançar o ideal de beleza pré-estabe-lecido por uma pauta específica. Seu papel cruza-se com o dos produtores executivos, de figurinos e objetos, mas na maioria das vezes ambas as funções é feita pelo produtor de moda”.

Mas a Gabi conta que isso não foi o pior. O pior mesmo foi ouvir o recru-tador ofertar um salário na faixa dos R$300,00. (De acordo com o site Car-reira Fashion, a remuneração de um profissional iniciante [os chamados “As-

sistentes”] é de R$800,00 a R$1.300,00 por mês). O profissional com experiên-cia, o salário varia bastante, mas o valor começa em torno de R$5.000,00).

Vejamos: A Gabriela é formada, pos-sui experiência profissional e conhece muito sobre o mercado e assunto. A re-ação dela foi a que, certamente, a maio-ria (senão todos) teria: Indignação.

O recrutador sabia que a Gabi era formada, sabia de suas experiências profissionais, pois ela estava com o currículo, mas mesmo assim, achou que um salário de R$300,00 e alguns reais a mais, era o que a Gabriela procurava.

Claro que a Gabi não mostrou seu portfólio e voltou pra casa, com aque-la vontade de gritar pro mundo: RES-PEITEM MEU PERFIL PROFISSIONAL!!!

Infelizmente, nós nos deparamos com esse desrespeito diário de recru-tadores.

Certamente você gastou mais do que R$300,00 reais durante sua gra-duação ou curso técnico. Não importa se foi público ou particular, mas hou-ve gastos com trabalhos, deslocamen-tos, entre outros.

Chega a ser revoltante ler que um valor de R$300,00 é ofertado a um graduado/técnico, não é?

É sempre importante lembrarmos que um profissional é um profissio-nal e não importa se seja da área da Saúde, Comunicação ou Limpeza. Ele deve ser tratado com respeito!

Não é legal (e nem elegante) dar um “chá de cadeira” ao seu entrevis-tado. Isso não mostra o quão impor-tante você é, mostra o quão desorga-nizado com seu tempo você é.

Aline Olic – Pós graduada pela FGV em Administração de Empresas.

Gabriela Oliveira - Consultora de Moda

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Arte

Destaques do mês:Dumara Piantino Jacintho

Dumara Piantino Jacintho faz da arte um passatempo, com trabalhos contemporâneos. Fez curso de dese-nho na Escola de Artes Bauhaus, em Ribeirão Preto, e de materiais e téc-nicas no Templo da Arte. Tem aulas de pintura com a professora Carmem Lucia Abreu.

Faz as capas dos livros do seu ma-rido, o escritor Nelson Jacintho. Par-ticipou de exposições na Unimed Rib. Preto, na Casa dos Contos em Ouro Preto MG, na Sociedade Recreativa Rib. Preto, no Salão do CREMERJ no Rio de Janeiro.

Marcos MoreiraSempre entendi e, mais que isto,

sempre senti, que o maior atributo da arte é a expressividade, porquanto tal qualidade é a manifestação mais profunda da emoção, do sentimento e – por quê não? – da própria alma do artista. Uma obra pode até ser esteti-camente bela, mas, se não for expres-siva, não terá o condão de comunicar ao espectador a força da mensagem que o artista, no caso, não teve ou não soube expressar. Por outro lado, se o trabalho for expressivo, ainda que não visualmente belo, estará, creio eu, cumprido aquele superior objetivo. Mas só a expressividade é suficiente? A arte dispensa a beleza, como alguns apregoam? Cabe, então, refletir sobre

tais complexos conceitos. A noção de beleza é essencialmente relativa: o que é belo para alguns pode não ser para outros. Mais importante que isto, porém, é considerar que a bele-za não deve ser captada, percebida ou sentida em seu aspecto apenas visual, externo, à tona, ou seja, naquilo que se nos apresenta tão somente ao sen-tido da visão, mas, primordialmente, no aspecto intrínseco, na profundida-de, de tal sorte que possa ser capta-da pela emoção e pela “afinidade vi-bracional” do espectador com a obra. Cabe insistir: a arte pode até ser ex-pressiva, mas só esta qualidade não a torna artisticamente superior ou genui-namente artística. É imprescindível que

ela seja tam-bém bela na-quilo que o au-tor extraiu de mais profundo do seu ser. Aí então – e só então - ,com essas duas qualidades essencialmente harmonizadas, o trabalho poderá ser considerado uma obra de arte no seu sentido mais nobre, mais genuíno, mais profundo e representativo da mais alta expressão dos superiores atributos do ser humano.

Marcos MoreiraPintor Impressionista

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Quintal do Zé MalucoNo quintal do Zé Maluco, tem árvore de todo tipo. Zé Maluco plantou muitas sementes juntas. Plantou laranja e abacate... Nasceu um larancate e uma abacaranja.Plantou melancia e pera...Nasceu uma melampera e uma peralancia.Plantou banana e uva...E nasceu uma bananuva e também uma uvanana.Agora é sua vez! Pode misturar as sementes e ver que fruta vai dar! Arlete Trentini dos Santos

Júlio César Bridon dos Santos, “é o ícone da lite-ratura gasparense, Santa Catarina. Lendo sua obra é possível entender me-lhor as coisas da vida, tanto as físicas, como as espirituais.

“Coração - A Porta da Compreensão” é mais uma leitura ne-cessária sim, além de prazerosa, na qual o

autor nos apresenta, num misto de narração, a fantástica história de Rose, junta-mente com caminhos para se alcançar a feli-

cidade – um “precioso presente”.Sua essência é nos motivar para vivermos

com mais entusiasmo, autoconfiança, muita determinação e de coração aberto.

Neste livro há, também, a pretensão de fa-zer o leitor refletir e discutir. Reflexão que leva à revisão; discussão que leva à luz. E isto é de muita importância para cada um de nós: rever nossas ações e acreditar na vida, construindo nosso caminho, realizando nossos sonhos.

Júlio César, então, em sua trajetória, insis-te em traçar os “caminhos da paz”, alertando--nos para o significado da vida e, assim, viver-mos bem neste “mundo fenomênico”.

Leonida Maria Hostins – Profa. De Língua Portuguesa e Literatura

Descobrindo Novos Talentos

J. C. Bridon

Onde comprar?BookStoreRua Garibaldi, 1796Fone: 3911-5051

O diaboLívia tinha muitas dificuldades

emocionais e, apesar da capacidade intelectual, não conseguia se acer-tar com as pessoas, não conseguia viver uma vida simples, sem turbu-lências, de forma pacífica.

Em certa ocasião ligou para suas três irmãs a fim de lhes contar que vira o diabo ao lado dela! Todas es-tavam acostumadas com ela, sabiam dos seus exageros, porém cada uma de acordo com o seu conhecimento e ponto de vista, argumentou:

A primeira fez que não entendeu bem o que Lívia quis dizer, descon-versou falando a respeito de outros assuntos que não tinham nada a ver com o “fato”, principiou a con-

tar coisas da sua família sem parar que pouco tempo depois nenhuma das duas se lembrava de qual fora o início da conversa.

No entanto logo depois Lívia percebeu que continuava assusta-da, sentindo-se mal e ligou para a segunda. Esta se comportou como se isso fosse a coisa mais natural e comum da vida. Como se ela mes-ma o visse sempre! Mesmo assim expressou o seu sentimento: “Puxa vida! Sinceramente estou com dó”! Ao que a irmã vidente questionou: “de mim?”

“Claro que não! Do capeta...”.A terceira irmã a aconselhou a

orar mais, a ler assuntos instrutivos, a assistir filmes leves, frequentar sessões, missas ou cultos, o que ela

preferisse e, principalmente, a culti-var bons pensamentos e a afastar-se de pessoas com as quais não sim-patizasse ou que considerasse negativas. Contudo, também a par das excentricidades de Lívia e sem poder fazer grandes coisas, se é que havia algo a ser feito, foi incapaz de não brincar:

“E não fugiu, quando se viram?”“Quem, eu?”“Não. Ele!”

Cezar Augusto Batista, autor de seis (06) livros, entre eles o “Ame-se - ensaio sobre autoestima”, deverá publicar este ano o “Vamos gozar... a Vida? - narrativas de humor”, do qual esta faz parte. Contato: 8174-8032 / [email protected]

Conto

Do livro “Histórias da Vovó Arlete” – de Arlete Trentini dos SantosOnde comprar? – BookStore – Rua Garibaldi, 1796 – Fone: 3911-5051

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Quem conhece os fundamentos da ciência sabe muito bem que é a única área que sofre constantes comutações. Com a ciência médica não poderia ser diferente. Para os cartesianos é inconcebível aceitar que os conceitos consolidados são condenados ao desuso. Entre inú-meros exemplos milenares desta-cam-se: a teoria de Ptolomeu versus Galileu Galilei e a de D e m ó c r i t o versus Lavoisier. Naquela época as descobertas científicas demoravam séculos para ser divulgadas.

Na atualidade o acesso às infor-mações é amplo e irrestrito. No en-tanto, a intensa contra informação está sempre atrelada aos interesses escusos; mas os novos paradigmas sempre geram a negação.

Vivemos no Brasil um momento de intenso consumo e a mídia, por sua vez oferece como qualidade de vida: a casa ampla, carros, TVs, pis-cina, casa na praia, roupa de grife, perfumes, produtos da linha branca, viagens para o exterior, suplemen-tos, aditivos, anti-age e muitas coi-sas mais.

Preciso ensinar e com urgência o povo passar a cuidar de seu interior, já que em 2025, o Brasil se tornará o 6º país do mundo em idosos.

A despeito dos bens que adquiri-mos, em contrapartida ocorreu um

Saúde

“Sem prevenção é difícil chegar à senilidade com dignidade”

Odilon Iannetta*aumento inadmissível das doenças crônicas e que estão presentes em 80% das mortes em senis.

De 1980 a 2007 acompanhando as mulheres no Período do Climaté-rio constatei o aumento exagerado de quatro doenças: a hipertensão arterial passou de 57% para 83%; a diabetes de 20% para 39%; a dislipi-demia de 39% para 69%; a obesida-de de 26% para 49%.

Se isso não bastasse, as quatro doenças contribuem de forma dire-ta para a instalação da osteoporose. Esta por sua vez, é uma doença irre-versível. A gravidade desse relato é tamanha quando informamos que acima de 65 anos, quando há o pico da incidência do câncer de mama, a osteoporose é NOVE vezes mais fre-qüente. A despeito do conhecimento e do Projeto Genoma ter comutado o fator Causal da Osteoporose em 1991, há pessoas que ainda pensam que a doença acomete apenas os velhos. Se não realizarmos a prevenção após 2025 o Brasil se transformará num gigante depósito de pessoas idosas e fraturadas.

Com essas informações sou for-çado a concluir que vivemos numa sociedade sado-masoquista.

As crianças e os adolescentes pre-cisam aprender o significado das pa-lavras: ensino, saúde, solidariedade,

A miséria mental torna o povo passivoda mesma forma que

os seus dirigentes

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AGUARDAMOS SUA VISITA!

compaixão, cooperação, colabora-ção, inclusão social, cristianismo, ci-dadania e os verdadeiros índices de qualidade de vida. A miséria mental torna o povo passivo da mesma for-ma que os seus dirigentes. Acima de tudo, a saúde depende da adequa-da educação recebida, porque para o Brasil nada resultará ter pessoas tituladas e ignorantes.

Finalizo dizendo o meu muito obrigado aos meus abençoados e abnegados professores que me en-sinaram o caminho correto e de não ter vergonha, quando necessário, de mudar.

Acorda “Brazil”.*Médico Ginecologista – Funda-

dor da Climaterium no Brasil

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Denúncias PoéticasIrene Coimbra

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Símbolo de amorPriscilla Bispo Okano

Mãe!Aconchego de alegriase tristezas!Ombro amigo que amparaas lágrimas e os sorrisos!Luz que ajuda a clarearos caminhos mais escuros da vida!Fortaleza que resiste aos mais poderosos ataques!

Relva macia dos campos orvalhados,sensível à música e ao ser humano!Guerreira que ergue em suas mãos a bandeira da paz, do amor!Símbolo do viver, e do saber viver!

Conselheira de amor!Dona das palavras! Perfume da vida!Deusa do Olimpo!Anjo transformado em mulher!Encantadora como a mais bela flor do Jardim do Éden!Estrela mais altae brilhante do firmamento!

Só a poesiaGabriel M. Borges Prata

Só a poesiadá-me a alma-viva que o cotidiano exorcizou.

Só a poesiapõe em tua áureao colorido que a maquiagem anuviou.

Poesia, poesia...Mas pra que poesia?A TV oferece 132 canais; o cinema,20 novos lançamentos,e hoje é dia de futebol!

E são tantas as relações fugidiasque só servem para acobertar a verdadeira dor:[dor de poesia!

O poeta é o ourives!Nem sabe ondefica a joalheria.

Poemas do MêsPoema Moisés Tractenberg(in memorian) Poemas, ensaios,contos, livros,existem como espelhos.Pequenos, maiores, grandes, enormes,a refletir uma luz interior da alma, espíri-to, ou inconsciente de quem se permite dar a luz ao pensamento e sentimentos.Nascem sem esforço, movidos por um sopro de lábios, fantasmas que vibram como vozes iluminadas, a re-fletir outras vozes, que iluminam uma noite infinita.Espelhos também são as fantasias e so-nhos, com vozes que, velozes, cruzam a consciência, portando notícias, anseios, músicas audíveis apenas por ouvidos com ânsias de ver, escutar e compreender.Nestes espelhos nos encontramos numa troca sem fim.Eu me encontro nu com meus fantas-mas mais irrequietos.Moisés Tractenberg - na madrugada do dia 1° de agosto de 2011 - “Homenagem poética aos meus confrades do Clube dos Médicos Escritores” M.T.

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Foi sucesso absoluto o lançamento da revista “Ponto & Vírgula”. Voltada para a Cultura, era a que faltava em Ri-beirão Preto!

Articulistas da revista se manifes-taram enaltecendo o trabalho cultural de Irene Coimbra. Entre eles o Depu-tado Estadual, Dr. Welson Gasparini; Dr. Nelson Jacintho, Vice-presidente da Academia Ribeirãopretana de Le-

tras; Maris Ester de Souza, presidente da Casa do Poeta e do Escritor de Ri-beirão Preto; o escritor Cezar Augusto Batista e o jornalista Jarbas Cunha.

Também se manifestaram, elogian-do o trabalho de Irene Coimbra, os escritores Dante Marcucci, da cidade de Divinópolis/MG; Júlio César Bridon dos Santos e Arlete Trentini dos San-tos, da cidade de Gaspar/SC.

Abrilhantaram a noite na parte lítero-musical, as poetisas: Lucília Jun-queira de Almeida Prado, Nilva Ma-riani, Nely Cyrino de Mello, Heloísa Crosio, os poetas Antonio Ventura, To-ledo, Guilherme Mapelli, o ex-deputa-do João Cunha, Gilda Montans e Mei-re Genaro (acordeonistas), e Raphael Heiji (violonista). Uma noite cultural inesquecível! Pura magia e beleza!

Sarau de Lançamento da Revista “Ponto & Vírgula”

Evento ocorreu dia 10 de janeiro de 2013, nas dependências do Hotel Nacional

Fotos: Luís Cláudio K. Colares; Rafael Perrota e Larissa Pereira

Dr. Welson Gasparini Fernando e Regina Helísa Crosio

André e Priscila

Bridon e Arlete

Débora e Antonio VenturaDr. Nelson Jacintho

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Meire Genaro e Gilda Montans

Jarbas Cunha Poeta Toledo

Odete Silva

Guilherme, Rafael e Alberto

Nely Cyrino

Lucília e Irene

João Cunha e Dr Nelson

Prof DuarteDiretor presidente da Funpec

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Foram convidados quarenta e seis escritores e compareceram vinte e dois: Adriano Roberto Pelá, Antonio Ventura, Débora Soares Perucello Ventura, Dumara Piantino Jacintho, Clara Lúcia, Eda Maria Reis Carvalho, Elisa Alderani, Ely Vieitez Lisboa, He-lena Agostinho, Heloisa Crósio, Irene Coimbra, Jugurta de Carvalho Lisboa, Lucília Junqueira de Almeida Prado (Prêmio Jabuti), Luzia Madalena Gra-natto, Nelson Jacintho, Nely Cyrino de Mello, Nilva Mariani, Odete Silva Dias, Priscila Bispo Okano, Poeta Tole-do e Antonio Carlos Tórtoro (Prefácio) com artigos publicados na 2ª. Antolo-gia Ponto & Vírgula, que realizaram

manhã de autógrafos de seus artigos na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 27 de janeiro de 2013, das 10 às 12 horas da manhã.

A presença deles foi a 59ª de uma série, que o conselheiro e colabora-dor, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas, em um dos domingos de cada mês, com o objeti-vo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribei-rão Preto e região.

Na oportunidade foram distribu-ídos exemplares do primeiro No. da revista Ponto & Vírgula, e brindes da Bio Extratus (representada por Vanil-sa M.F. Borba).

A parte musical contou com apresen-tação dos músicos Berto Silva (violão), Luís Padovan ( pandeiro), Raphael Heiji (violão) e Cristóvão Frade (acordeon).

Acompanharam os escritores amigos e convidados. Prestigiaram o evento o vice-presidente, Antonio Cese, os diretores Luiz Camperoni Neto, Arnaldo José Regula, Marcos Antonio Domingos, Luiz Carlos Guima-rães Collucci, Amauri Barbosa de Sou-za, leitores e associados do Clube.

A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu o tradicional café da manhã aos presentes.

*Escritor e Ex-presidente da ARLwww.tortoro.com.br

Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia e imagens para TV de Isaque Gomes, Cinegrafista do programa “Ponto & Vírgula” da TVRP

Manhã de Autógrafos da Antologia Ponto & Vírgula eSarau Matinal no Clube de Regatas Antônio Carlos Tórtoro*

Lucília, Wilma, Adriano, Jugurta e ElySandra, Nilva, Lu Degobbi,

Irene CoimbraBerto Silva, Raphael Heiji, Luís

Padovan e Cristóvão Frade

Jugurta, Tórtoro e ElyAntonio Ventura, Toninho,

Débora e Adriano

Diretores do Regatas

Claudenor e Odete

Luzia e Giovana Elisa, Heloísa e Helena

Eda, Lucília e Wilma Ely e Irene Dumara, Toledo e Dr. Nelson Alberto e Amábile

Heloísa Crosio

Raphael Heiji

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