21
SAÚDE ADOLESCENTES Falar sobre sexo com eles é difícil? RECICLAGEM DE PAPEL a moda que vai pegar! Quem é o HOMEM-ARANHA de Manaus? Texto.com Especial Revis ta olhares Revis ta Conheça os exercícios que prolongam a vida ARTISTAS DE RUA Quem são eles? Edição Nº 3 - Maio de 2011

Revista Texto.Com Ed. 3

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista Texto.Com Ed. 3

Citation preview

Page 1: Revista Texto.Com Ed. 3

SAÚDE

ADOLESCENTESFalar sobre sexo com eles é difícil?

RECICLAGEM DE PAPELa moda que vai pegar!

Quem é oHOMEM-ARANHAde Manaus?

Texto.comEspecial

Revi

sta

olha

res

Revi

sta

Conheça os exercícios que prolongam

a vida

ARTISTAS DE RUAQuem são eles?

Edição Nº 3 - Maio de 2011

Page 2: Revista Texto.Com Ed. 3

A Revista Texto.Com volta as suas atividades em 2011 preprando no-vos exemplares. A temática esco-

lhida para este semestre pelos alunos do proje-to será a Copa de 2014. Enquanto essa edição está sendo eleborada, nós estamos publicando, em caráter especial, a Revista Olhares Produzi-da como avaliação da disciplina Jornalismo de Revista, ministrada pela Profª. Msc Leila Ronize.

A revista OLHARES foi idealizada pensan-do nas peculiaridades do povo manauense, mas acima de tudo, pensando nas situações que passam despercebidas em nosso cotidiano. Nesta edição você vai saber como surgiu o pa-pel e a importância de sua reciclagem, além de aprender como fazer seu próprio papel recicla-do sem sair de casa. A matéria de capa aborda o sedentarismo e para combatê-lo a matéria tra-ta das novidades nas academias e como man-ter uma vida saudável. E não fi ca por ai, você também vai conhecer os artistas que mostram seus talentos nas ruas da cidade. Em especial, a história de Nei Valente, um senhor de 57 que decidiu vender picolé vestido de homem-aranha.

Para fi nalizar, você vai tirar as suas dú-vidas acerca da sexualidade na adolescên-cia e aprender como lidar com essa situação.

Então, não perca mais tempo. Cklick a Tex-to. Com Especial OLHARES e boa leitura

Boa leitura!

UninorteCentro Universitário do Norte Laureate

Internacional Universites

PresidenteWaldery Areosa Ferreira

ReitoraMaria Hercília Tribuzy de Magalhães

Cordeiro

Pró-Reitora AcadêmicaLeny Xavier Louzada

Diretora de Ensino e de Gradução

Maria Izolda de Oliveira Barreto

Coordenadores do Curso de Comunicaçáo Social

Prof° Gustavo Soranz GonçalvesProf° Márcio Pessoa

Coordenação do ProjetoProfa. Msc. Marta Rocha do Nascimento

ExpedienteOLHARES

Edição e DiagramaçãoFabiana Ferreira

Redação e Fotografi aAmanda Karoline

Anne KellenBruno Melo

Diárcara RibeiroKelly JhennifferSaleyna Borges

Texto.ComÉ uma Revista de comunicação digital

que possibilita aos alunos de comunica-ção experimentar e inovar.

EndereçoRua Huascar de Figueiredo, 209, Cen-

tro.Manaus - AM

CEP: 06020-190Fone: (092) 3212-5053

Edição N° 3 - Maio de 2011

Conselho editorial

EDITORIAL

Page 3: Revista Texto.Com Ed. 3

Sum

ário

Saú

de

10

Ciência

5

Olh

ares

18

Comportamento

14

20

Cur

iosi

dade

8

Click

Page 4: Revista Texto.Com Ed. 3

Art

igo Manaus

e a Copa 2014

Logo após a confirmação em 31/05/09 de Manaus como sede amazônica da copa, uma escava-deira começou a arrancar o asfalto que cobria o estacionamento do estádio Vivaldo Lima, fazendo levantar num dos mais movimentados cruzamentos da cidade, uma poeira fina e pegajosa, que pairava no ar anunciando o inicio das obras. Os planos de investimentos vêm (supostamente) para facilitar o acesso a; saúde, esporte, lazer, transporte, educação, segurança e etc.

A população das periferias que certamente não será a grande maioria nos estádios da copa pelo Brasil, mas é a grande maioria da população brasileira certamente espera que as mudanças cheguem até as suas comunidades, e por que não nas portas de suas casas. Que a água possa chegar com regularidade, que suas crianças cresçam tendo acesso a uma educação de qualidade. Esperam ser atendidos com dignidade quando por ventura precisarem dos serviços públicos de saúde e segurança pública. Mas que não se restrinja somente a sobrevivência, também desejam esporte e lazer. Parece muito, mas não é.

O povo Brasileiro é sem dúvida a maior e melhor representação do nosso país, pelo mundo afora. Portanto é nas periferias distantes dos estádios que a copa deve acontecer para os Brasilei-ros. Em Manaus a sociedade civil deve se organizar, para de algum modo acompanhar os gastos públicos de perto. O Governo do Amazonas, desde muito cedo se propôs a arcar com os gastos estratosféricos, sacando dos cofres estaduais tais cifras. Sabemos que o projeto apresentado pela comissão amazonense foi eleito um dos melhores. – Isto para não dizer o melhor.

O estádio terá a forma de um paneiro, como uma cesta de palha. Manaus está sofrendo interven-ções na malha viária. Muito em breve teremos um moderno sistema de transporte de público. Em 2014 quando o juiz apitar o inicio do primeiro jogo no mais moderno e arrojado templo do futebol, a capital Amazonense terá ascendido ao título de capital internacional da Amazônia. É certo que a copa do mundo seguira para outros países e continentes. Porém Manaus como cede internacional da Amazônia jamais sairá do consciente coletivo da humanidade.

Ainda esse ano Copenhague sediará um encontro internacional pra debater as questões climá-ticas. Estima-se que os grandes líderes mundiais apresentem suas teses e propostas quanto às problemáticas cada vez mais presentes em nosso dia-dia. Por isso, e muito mais, me permito dizer que de 2014 em diante, Manaus será tão conhecida como Paris, Rio de Janeiro, ou Nova York.

Por Bruno Melo

Com o maior pacote de investimentos das sub-sedes da copa 2014, Ma-naus pretende consolidar-se como a capital internacional da Amazônia. Ainda que recentemente o Governo do Amazonas, pressionado pelo Tri-

bunal de Contas da União (TCU) tenha subtraído algumas dezenas de milhões do pacote seis bilhões de reais, a população já espera com ansiedade a conclusão das obras - visto que os transtornos são inúmeros e atinge a toda população.

Page 5: Revista Texto.Com Ed. 3

Ciê

ncia

5

Agora é reciclagem!Por Amanda Karoline

Aquestão ambiental vem causando impactos positivos em vários setores econômicos, gerando oportunidades de negócios e ocupações para

milhões de empreendedores em todo o mundo. A reciclagem de papel, no entanto, é menor em relação ao alumínio (78% de acordo com o Portal Ambiente Brasil), pois somente 30% do que é produzido é reciclado. Mesmo assim, estes percentuais são animadores.

A decomposição do papel/papelão no ambien-

te é bastante variável. Depende das condições do meio, como umidade, aeração, fragmentação prévia, temperatura, pH. Assim, o tempo para ser absorvido pelo ambiente é variável, mas em média varia de 4 à 6 meses, após a atuação dos fungos nas cadeias de celulose. Apesar do pou-co tempo em relação a outros componentes, o meio ambiente sofre as conseqüências. Daí a importância da reciclagem do papel e papelão que deve ser considerada sob dois aspectos, além da questão econômica para todo o ciclo: a

O papel é de grande importância em nosso coti-diano. E hoje em dia seria quase impossível, afi -nal aprendemos a usá-lo para tudo: anotações, cartões, cadernos, jornais, livros, impressões, documentos, cartazes, panfl etos, rótulos... Po-

rém, o papel passou de “mocinho” para “vilão” nos últimos anos. Sua extração feita de forma incorreta está causando alguns danos ao meio ambiente e uma das soluções para este caso são os investimentos em reciclagem do material.

Page 6: Revista Texto.Com Ed. 3

Era uma vez... O papel.O surgimento do papel foi na China no século II. Era uma mistura de água, cascas de amo-

reira, pedaços de bambu, rami (planta têxtil), redes de pescar, pedaços de roupas usadas e cal para ajudar na separação das fi bras.De qualidade ainda precária, este foi o ponto inicial para o desenvolvimento das pesquisas para o aperfeiçoamento da técnica, que, em sua maioria, se baseava no uso de tecidos velhos como matéria-prima principal.

Com o crescente consumo do papel, o uso de panos passou a ser inviável. Até que, por volta de 1880, o homem percebeu que a pasta usada nessa fabricação era formada por fi bras de ce-lulose impregnadas por outras substâncias da madeira (lignina) e defi nitivamente o tecido deixou de ser usado.

Hoje o papel é feito a partir da madeira, da qual são extraídas fi bras de celulose, convertidas em papel após uma série de processos industriais. Para que este objetivo seja alcançado muitas árvores precisam ser derrubadas para que tenhamos o papel.

redução na derrubada de árvores utilizadas na produção do papel, propiciando redução no consumo de água e energia e, no aumento da vida útil dos aterros.

De acordo com a secretária Nádia Ferreira, é um meio muito fácil de arre-cadar dinheiro, pois, as pes-soas que se engajam nesse processo ajudam a natureza como também a renda da família. “Uma das primeiras contribuições das pessoas de baixa renda com a sus-tentabilidade é oW não en-volvimento com as invasões, notadamente das áreas de preservação, no meio urbano e rural. As pessoas de pou-cos recursos também podem adotar a regra dos 3 R’s: Re-duzir, Reutilizar e Reciclar”, diz. Apesar das boas inten-ções com o meio ambiente, a qualidade do papel reciclado ainda é inferior ao papel bran-co que estamos costumados a utilizar. “A qualidade do pa-pel comum, ou de uso convencional, é maior para impressão, pois é mais branco e liso. Mas a qualidade superior tem um preço ambiental: maior tratamento químico.

O papel reciclado, atualmente de boa quali-dade, ainda não tem larga utilização pela sua aparência e, principalmente, porque ainda é mais caro que o papel branco”, diz a secretária. No âmbito de atuação da Prefeitura Municipal de Manaus já existem roteiros de coleta seletiva do-miciliar, no sistema porta-a-porta (desde 1998),

que atende alguns conjuntos habitacionais loca-lizados nas zonas oeste, centro- sul e sul. O pa-pel e papelão estão incluídos nessa coleta junto com os demais materiais recicláveis. Depois de separados e enfardados por associação de ca-

tadores, estes materiais têm como destino a Rio Limpo (que centraliza o mercado) e depois as industriais de recicla-gem instaladas em Ma-naus (Sovel da Amazô-nia, Bipacel e PCE).

Mas a maior quan-tidade de papel e pa-pelão que abastece as unidades industriais de reciclagem já instaladas é oriunda das indústrias do Pólo Industrial de Ma-naus (PIM), onde é feita a segregação. A coleta e transporte desses ma-teriais são feitos por em-presas prestadoras de serviços especializadas nessas atividades (Ma-

naus Limpa, Rio Limpo, etc.) Embora a história do papel se confunda com sua reciclagem, foi somente a partir do século XXI que o processo adquiriu popularidade, em função do valor eco-lógico agregado. Anualmente, o país reaproveita três milhões de toneladas, o que corresponde a 44,7% do consumo nacional. Porém, essa pro-dução ainda não atingiu um patamar maior, pois a coleta ainda é pequena. Uma pena, porque, para cada 1000 kg de papel reciclado evita-se a derrubada de 20 a 30 árvores adultas.

6

Page 7: Revista Texto.Com Ed. 3

PAPEL ARTESANAL

Materiais

Papéis usadosCopo americanoLiquidifi cadorBacia grande, que caiba na telaTela de nylon (a mesma usada para silk-screen) ou de arame bem fi ninho

• · Deixe de molho uma quantidade grande de papel, de um dia para o outro. Quanto mais mole ele fi car, melhor para bater;

• · Para cada copo americano de água, a mesma medida de pa-pel;

• · Bata por alguns segundos a mistura no liquidifi cador. Lembre-se: Cuidado para não queimar o aparelho;

• · Veja como fi ca a polpa. Se quiser um papel mais grosso, colo-que mais papel. Se quiser um papel mais fi no, ponha mais água;

• · Encha a bacia (banheira ou tanque) de água para cobrir a tela posteriormente. Jogue a mistura que você bateu no liquidifi cador nesta bacia;

• · Pegue a tela e mergulhe-a na vertical até o fundo;• · Faça um movimento com a tela como se fosse juntar sujeira

com uma pá;• · Deixe a tela na horizontal, leve até o fundo e comece a levantá-

la;• · Retire a tela totalmente da água;• · Coloque um jornal sobre uma pia, por exemplo;• · Vire a tela sobre o jornal;• · Pressione a tela com o pano ou esponja (não esfregue!) até re-

tirar o máximo de água da tela;• · Dê umas leves batidas para desgrudar o jornal e o papel recicla-

do da tela;• · Como o papel reciclado grudou no jornal, pendure-o no varal

para secar. Assim, você aproveita a tela para fazer vários papéis ao mesmo tempo.

• · Assim que secar, desgrude o papel reciclado do jornal e dê o formato que quiser, como envelopes, sacolas...

• · Outras cores são possíveis se você usar tinta para tingir roupa.

Faça você mesmo!

7

Page 8: Revista Texto.Com Ed. 3

O Amazonas reserva uma vasta riqueza de fauna e flora. Além das saborosas frutas, dos peixes, a farinha do Uarini, o calor de 40 graus e o majestoso Encontro das Águas. Mas nada se compara ao homem e sua diversidade. Esses são os olhares caboclos.

Clic

k

8

Page 9: Revista Texto.Com Ed. 3

O Amazonas reserva uma vasta riqueza de fauna e flora. Além das saborosas frutas, dos peixes, a farinha do Uarini, o calor de 40 graus e o majestoso Encontro das Águas. Mas nada se compara ao homem e sua diversidade. Esses são os olhares caboclos.

Foto

: Sal

eyna

Bor

ges

9

Page 10: Revista Texto.Com Ed. 3

Saú

de

10

No mundo atual, cheio de novas tecnologias, as pessoas têm deixa-do de lado atividades que são elementares para uma vida mais saudá-vel. Não se anda mais a pé, porque é cansativo, além do mais, ir de car-ro ou moto é mais rápido.

Não se levanta para li-gar ou mudar de canal, porque a Tv tem controle remoto. Junte-se a essas circunstâncias, o adven-to da internet com os si-tes de relacionamento: as pessoas passam mais tempo viajando no mun-do virtual do que pratican-do uma atividade física, seja ela um esporte ou uma simples caminhada.

Por Kelly Jhenniffer

Page 11: Revista Texto.Com Ed. 3

Exercício físico não é um luxo, mas sim, um sinônimo de cuida-do com o corpo. E para ter certe-

za, nem precisa sair da cadeira. A própria in-ternet dá várias dicas para não ficar parado.

O site arturmariano.com, por exemplo, deixa claro que as atividades físicas trazem benefícios incontestáveis: eleva a oxigenação do sangue pelo cérebro, o que melhora a desempenho das funções cerebrais. O suor libera toxinas e favore-ce o irrigamento sanguíneo da pele e ainda pre-vine o envelhecimento precoce. Os pulmões au-mentam a capacidade de absorção de oxigênio.

Um atleta desenvolve a capacidade de re-ceber até 6 litros de oxigênio, enquanto um sedentário não suporta mais de 3 litros. Além disso, ainda é possível emagrecer, uma vez que a concentração de gordura diminui e os músculos têm sua degradação retardada.Mas com todos esses benefícios, há quem se recuse a entrar em uma academia, ou por-que não gosta do ambiente ou por falta de tempo. Contudo, essa história pode mudar.

Não só as academias de musculação e hi-droginástica podem proporcionar mudanças de hábitos. Existem outros meios de se alcan-çar o corpo perfeito, basta ter força de vontade. Os espaços são para todos os gostos. Para os mais radicais, quem sabe uma luta? O Muay-thai, ou boxe tailandês, é uma boa alternativa. Essa luta surgiu há mais de 2000 anos, na Tai-lândia, e até hoje faz sucesso entre os lutadores.

No Brasil, a técnica começou a ser utiliza-

da desde 1979, caracterizando-se por ser a luta em pé mais completa, se valendo de chu-tes, socos, joelhadas e cotoveladas. Apesar de ser uma arte agressiva, o Muay-thai melhora o condicionamento físico, desenvolvendo a auto defesa, força, flexibilidade, agilidade, auto-confiança, coordenação motora e melhora os aspectos mentais e intelectuais do indivíduo.

Para o professor de Muay-thay, Dídimo Neto, 34, a luta é “um estilo de vida, algo que vicia”. Ele conta que o Muay-Thai é um forte aliado para diminuir peso e combater o estresse e a depressão. Porém, Neto adverte para certos cuidados que se deve tomar. “Antes de tudo, é preciso passar por uma avaliação médica, a fim

11

Page 12: Revista Texto.Com Ed. 3

de constatar se a pessoa está apta para o treino. Fora isso, dos 7 até aos99 anos, qualquer pes-soas pode treinar”, comenta o professor que tra-balha com artes marciais há mais de 16 anos e é o representanteda equipe Champions Factory em Manaus e professor da luta na Norte Fitness.

Engana-se quem pensa que os exercícios servem apenas para manter um físico escul-tural. A Personal Trainer Juliana Maquiné, pós-graduada em Condicionamento Físico e Treinamento Físico para Grupos Especiais, re-lata que as atividades são muito importantes ao ponto de serem usadas tanto para fins estéti-cos, como terapêuticos, e ainda proporcionam um melhor convívio social e qualidade de vida.

“Uma pessoa que não tem amigos, que é tímida, quando vem para academia e começa a se exer

citar em grupo, (ou mesmo que individual, mas ela está inserida num grupo), consegue se socia-lizar e assim viver melhor ”, enfatiza a personal.

Os idosos ou pessoas portadoras de alguma dificuldade, (cardiopatas, diabéticos etc.) tam-bém são beneficiados com os exercícios, basta saber o que se adequa melhor à situação. Por isso Juliana explica que é fundamental seguir orientações de um profissional, afinal exercí-cio sempre é bom, porém precisa ser dosado.

Cada pessoa tem suas particularidades e o excesso influencia no aparecimento de uma le-são, por fazer um movimento inadequado. Ela ainda alerta para as atividades domésticas, que também ajudam no combate ao sedentarismo. No entanto, mesmo estas atividades não devem ser feitas de qualquer modo. “Precisa-se ter uma postura correta seja para pegar numa vassoura ou abaixar para pegar um balde com água”. Se isso for feito de forma errada a pessoa pode adquirir uma disfunção na coluna, por exemplo.

Nesse caso, a figura de um personal trainer conta muito, pois com as orientações certas se chega ao alvo desejado. Com todos esses recur-sos, não dá pra dizer que praticar uma atividade é chato ou estressante. Tudo depende do gosto de cada um. Basta escolher o mais apropriado.

Na falta de ‘grana’, não tem porque fi-car se lamentando. Corra, caminhe nos calçadões ou mesmo passeie de bici-cleta, o importante é não ficar parado.

12

Page 13: Revista Texto.Com Ed. 3

Não existem mais desculpas para quem evi-ta entra em uma academia. De forma geral, atualmente, muito se têm investido em novas tendências de exercícios físicos para agradar e chamar a atenção dos alunos. As salas não estão mais restritas aos aparelhos de mus-culação, esteira e bicicleta ergonométrica.

Agora, além de se exercitar, é possível “brin-car um pouco” e se descontrair com as ativi-dades. Na Norte Fitness, as aulas variam: da musculação à hidroginástica, natação, artes marciais, danças, entre elas dança do ven-tre, sensual e polly dance, power jump, yoga e com exclusividade na academia, aula de tecido.

O tecido é uma técnica circense onde o alu-no aprende a se equilibrar num pano preso ao teto e desenvolve força, condicionamen-to dos membros superiores (braços, ombros e costas) e a resistência abdominal. É uma aula difícil que exige muito do praticante, mas no fi nal o aluno consegue fazer as mais com-plexas acrobacias e extravasar suas emoções.

Lógico que no começo os ‘gordinhos’ tem mais difi culdade, sofrem mais, porém isso não os impede de conseguir praticar. O peso não é problema”, afi rma a professora Mar-cela Laurentini, 26. Marcela ressalta que no inicio das aulas é comum o aluno fi car com a musculatura dolorida, mas isso é normal.

Para evitar as dores é fundamental se preve-nir, por isso “sempre antes e depois das aulas

fazemos alongamentos ou indicamos um rela-xante muscular”, completa. Essa aula tem sido muito apreciada, principalmente por mulheres que não gostam ou tem preguiça de malhar. Os homens também participam e acabam levando mais vantagem pelo fato da natureza masculina ser mais forte ”, afi rmar a professora Marcela, destacando que uma vez fazendo o tecido, os resultados obtidos são os mesmos da malhação.

Outra academia que apresenta um atendi-mento diferenciado é a Spaço do Corpo, situada no bairro Vieiralves. Lá, o atendimento é perso-nalizado, onde o numero de alunos é limitado por horário. Numa sala, por exemplo, o Personal Trainer só pode atender no máximo 5 pessoas.

Além disso, os profi ssionais monitoram a freqüência cardíaca de cada aluno durante a realização dos exercícios com equipamen-tos de alta tecnologia. O destaque da Spaço

do Corpo são as aulas

de capoeira que foram adaptadas para pesso-as portadoras de defi ciências físicas ou visuais.

Tem novidades? Tem sim senhor

13

O Guarda de Segurança Robson Cavalcante, 25, é uma prova viva de quem mudou de vida a partir da prática de exercícios físicos e venceu o sedentarismo. Desde criança, sofria com graves crises de asma e aos 21 encarou o excesso de peso. Hoje, com

84 kg e curado da asma, foi através do jiu-jitsu que Robson encontrou a fórmula da qualidade de vida.

Tudo começou com uma visita a uma academia de artes marciais. Lá, ele conheceu a Arte Suave, ou Jiu-jitsu e se ‘apaixonou por ela’.

Como no jiu-jitsu é preciso aprender a respirar, isto é, trabalhar o pulmão e o diafragma, para agüentar cinco minutos de luta, ou até mais, Robson acabou conseguindo administrar os seus problemas respiratórios, até que em 3 meses, fi cou completamente curado da doença. “Senti muita diferença quando comecei a lutar, as crises foram diminuindo com o tempo e passei a viver melhor”, comenta o lutador que é faixa Roxa e treina, pelo menos, 4 vezes por semana.

Page 14: Revista Texto.Com Ed. 3

A descoberta da sexualidade

A música “Já Sei Namorar”, interpreta-da pela cantora Marisa Monte, narra o universo adolescente de uma forma

espontânea e sincera. Se a música foi escrita para eles, essa não é a questão a diswcutir. O que importa mesmo é que esses conceitos de independência e afi rmações norteiam a vida de aproximadamente 45 milhões de adolescentes em todo o Brasil, segundo estimativa do Portal do Ministério da Saúde (www. http://portal.sau-de.gov.br).

Mas então, o que é adolescência? A Orga-nização Mundial da Saúde conceitua como um período de vida que começa aos 10 e vai até os 19 anos. É a fase onde acontece uma transfor-mação conhecida como bio-psico-social. Não é somente a transformação do corpo, mas tam-bém da postura, nas atitudes de lidar com es-sas transformações.

E é nesse momento que o papel da famí-lia, principalmente dos pais, é primordial. Mas como lidar com as dúvidas desses meninos e meninas, principalmente nos dias de hoje, onde

as mídias de massa oferecem inúmeras opções de conselhos e respostas? Qual a idade cer-ta para tocar no assunto da sexualidade? Será que os pais estão envolvidos nesse processo de descobertas?

A psicóloga Danielle Araújo diz que a idade certa para se falar sobre sexo com os fi lhos é a partir do momento em que eles começam a ouvir sobre o assunto na escola, na rua e em alguns casos na sua própria casa, sem querer. Segundo ela, “é preciso que os pais observem atentamente o comportamento dos fi lhos, pois o assunto sexo gera sim algumas mudanças comportamentais nas crianças e principalmen-te nos adolescentes.

Encontrar palavras que se façam entender é o primeiro passo para uma boa conversa, e dei-xar espaço para que o fi lho se coloque diante do assunto também é um bom caminho”, enfa-tiza a psicóloga. Segundo ela, a compreensão e a sensibilidade para falar sobre o assunto é a melhor medida a ser adotada pelos pais.

Por Saleyna Borges

A descoberta da sexualidade

“Já sei namorar, Já sei beijar de língua, Agora, só me resta sonhar.Já sei onde ir, Já sei onde fi car, Agora, só me falta sair.”

14

Com

port

amen

to

Adolescência

Page 15: Revista Texto.Com Ed. 3

Administrar os sentimentos aflorados e as inúmeras transformações que o adolescente en-frenta é a dúvida que cerca a mente de muitos pais.

A assessora de cerimonial Nazaré Aguila é mãe de um menino de 13 anos e afirma que é delicado, mas não impossível administrar a vida de um adolescente.

“O diálogo vai depender da liberdade que o adolescente tem em casa. Se os pais forem ca-beça aberta, tudo bem, mas se não forem, fica complicado, pois nessa fase, principalmente os meninos, necessitam de uma atenção maior, di-ferente das meninas que são mais chegadas às mães, o que torna o diálogo mais fácil.”

O adolescente Thiago Duarte, 12 anos, diz que ser adolescente é muito difícil. “Ser adoles-cente é a pior fase da minha vida. As mudanças no corpo são os principais problemas e o rela-cionamento com os pais é complicado.

Eles liberam os filhos pra sair e os adolescen-tes têm que ter responsabilidades. Quando es-tou com meus amigos conversamos sobre mui-tas coisas, principalmente vídeo-game, mas tem aqueles saidinhos que querem falar de sexo.

As meninas só falam sobre roupa e maquia-gem. Eu converso mais com a minha mãe do que com meu pai. Ele é a pessoa menos indi-cada para isso. Às vezes ela responde ou então só eu quem falo. Ainda bem que isso vai passar quando me tornar adulto.”

Depoimentos como o desse menino, deixam claro que em muitas famílias não há espaço para o tema sexualidade, o que para muitas ainda é considerado tabu.

Algumas famílias acreditam que impedir o as-sunto dentro de casa é uma maneira de evitar que aconteça fora do ambiente familiar. Já se sabe que isso é um grande erro, pois não re-tarda o inicio da vida sexual, e muita vezes até acelera pelo fato da curiosidade que brota a par-tir do momento em que se ouve a palavra sexo pela primeira vez.

Antigamente isso seria bem mais difícil de se conversar dentro de casa, mas hoje em dia, com os problemas das DST’s divulgados amplamen-te, os pais têm a obrigação moral de alertar os filhos sobre os riscos que correm se não se pro-tegerem.

Vale ressaltar que a linguagem dos pais pre-cisa estar “antenada” com a dos filhos, e que os filhos precisam sentir que os pais os entendem e vão sempre estar dispostos a orientá-los e aci-ma de tudo, ouvi-los.

Muitos adolescentes encaram a fase como um período difícil da vida. Ana Auzier, 15 anos, diz que “é muito chato ser adolescente. Os pais não compreendem os nossos pedidos, as nos-sas vontades. Parece que ainda somos crianci-nhas que eles pegam na mão e levam de um lado e para outro. Temos responsabilidades como qualquer pessoa.

Praticando o diálogo

17

Page 16: Revista Texto.Com Ed. 3

Talvez saiba como é ser adolescente quando alcançar a idade adulta.” E é por essa fase que grande parte dos adolescentes sonha.

Talvez o amadurecimento de muitos garotos e garotas seja resultado da massificação da mí-dia a respeito da liberdade sexual. É indiscutí-vel que existe toda uma campanha pública para derrubar as barreiras de idade.

É possível reconhecer isso através dos anún-cios de TV, vitrines de lojas, as propagandas impressas e televisivas com meninas vestidas como mulheres e o aumento das literaturas pi-cantes nas prateleiras das livrarias.

As conseqüências de uma vida sexual preco-ce são inúmeras, principalmente se o menino ou menina não tiver nenhum tipo de orientação seja ela familiar ou escolar.

O início precoce da vida sexual interrompe o processo natural do viver, pois as meninas e me-ninos pulam fases essenciais para a formação de sua personalidade e a criação dos seus obje-tivos de vida.Muitos passam a ter corpo de adul-tos, mas com comportamentos infantilizados.

Quando chegam à idade adulta, percebem o tempo que desperdiçaram, as brincadeiras que não aproveitaram e muitas vezes se tornam pes-

15

Maturidade precoce

soas frustradas, chegando a desenvolver per-sonalidades depressivas, além de procurarem sempre um culpado pelo que lhes aconteceu ainda na adolescência.

É a partir desse momento que a atenção da família, principalmente da mãe e do pai deve ser redobrada. Uma vida sexual iniciada na fase er-rada, atrai não somente problemas físicos, mas emocionais, comportamentais, que irão refletir para sempre na vida do indivíduo.

Conversas sobre namoro, sexo, menstruação, primeiro beijo, transformações do cor-po, primeira vez, liberdade sexual, DST, gravidez pre-coce e aborto são comuns nos grupos de adolescentes, e é entre eles que as dúvi-das são compartilhadas. Na maioria dos casos, os pró-prios colegas são os conse-lheiros, e acabam contribuin-do com dicas e opiniões, de certa forma, inexperientes.

Participar do processo de crescimento de um filho requer presença afetiva, in-formativa e de certo modo

Complemento educacional na internet

Page 17: Revista Texto.Com Ed. 3

16

efetiva dos pais. Substituir a palavra dura por conselhos é uma das soluções para entrar no mundo delicado em que o menino e a menina estão inseridos.

Alguns sites na internet adotam o papel dos pais e colaboram nesse acompanhamento vir-tual. Um exemplo disso é o site http://www.adolescente.psc.br/site/index.php do psicólogo Claudecy de Souza, que de maneira sutil apóia garotos e garotas com o Manual do Adolescente.

O site é simples, interativo e aborda assuntos pertinentes aos jovens e adolescentes, através de uma linguagem clara e sucinta. Outra suges-tão de complemento informativo sobre o univer-

so adolescente é a Cartilha para pro-fissionais da Saú-de (ver box acima), desenvolvida pela Prefeitura de Ma-naus, com o apoio do Governo Fede-ral e do Ministério da Saúde.

O material se propõe a cuidar da sexualidade do pú-blico adolescente, a partir do preparo dos profissionais que lidam com essa clientela. O que mais preocu-pa os especialistas no que se refere à adolescência é o

avanço da gravidez precoce e as DST’s.De acordo com o Sistema de Informação de

Nascidos Vivos (SINASC/ Manaus) de um total de 36.808 nascidos vivos em 2007, 8.521 são filhos de mães entre 10 e 19 anos. No total, Ma-naus registrou, em 2007, um decréscimo de 1% no número de nascidos vivos filhos de jovens entre 10 e 19 anos.

Segundo dados do site da CNBB (http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=2612), 2,1 milhões de infectados pelo vírus da AIDS em todo o mundo são crian-ças e adolescentes com menos de 15 anos.

Page 18: Revista Texto.Com Ed. 3

Do trabalho diário e in-cansável de produzir sonhos e fantasias

em forma de objetos artísticos, bijuterias, performance no sinal, teatro e estátuas vivas, eles fa-zem das esquinas, das praças e das ruas o seu palco. São os

Artistas de rua, que muitas ve-zes nem a simpatia do público recebem, mas eles sempre es-tão lá, tentando ganhar a vida e a sua atenção.

Debaixo de sol e de chuva, eles sempre estão presente, mostrando o que sabem fazer.

Esse saber é um modo nada fácil de sobreviver. Os artistas o fazem não só por dinheiro, mas para mostrar arte e cultu-ra a outras pessoas. Essa ma-neira de pensar não é muito bem compreendida por muitos, nem valorizado, no entanto o

Respeitável público... com vocês... os ARTISTAS DE RUA

“Não Preciso Me Drogar Para Ser Um Gênio... Não Preciso ser um Gênio Para Ser Humano ...

Mas Preciso Do Seu Sorriso Para Ser Feliz”. (Charles Chaplin)

Família Hutz, 30, artista do estado de Minas Gerais disse que escolheu trabalhar nas ruas por opção, já está enraizado. “Nascido na trilha e criado na Br”, completa. O artista tem esposa que está grávida de 4 meses, é seu primeiro filho, trabalha fazendo bijuterias e vendendo nas praças. “Somos livres”, disse o artista que viaja desde pequeno para vários estados brasileiros.

18

Olh

ares

Page 19: Revista Texto.Com Ed. 3

trabalho é árduo e exige esfor-ço físico e emocional. Quando o semáforo da Avenida João Valério, esquina com a Djalma Batista fecha, entra em cena com a cabeça cheia de sonhos, com um rosto já cansado, po-rém alegre, mesmo depois de várias horas de baixo do sol.

O Artista de rua vindo de Lion, na França, Autista Na-tural, 22, está pela quarta vez em Manaus. “Quero que todo mundo me conheça.” Autista veio de uma família de artistas. O pai é Escultor e a mãe traba-lha com óleo, sua tradição é de mostrar arte, e a sua é o ma-labares com fogo, ele carrega uma bolsa e o material neces-sário para as apresentações e disse ganhar até R$ 50,00 por dia, no final do trabalho, dorme em um hotel.

Com uma bagagem cheia de realizações e com muitas experiên-cias que revelam como é dura a vida de artista de rua, Autista comenta que “quem vive nessa vida sente na pele a frieza de muitas pessoas”. O medo da aproximação, a falta de um sorriso, de um obri-gado, de qualquer gesto que demonstre que ele está ali ganhando a vida fazendo arte, faz parte do seu cotidiano. Também sofre com a violência ur-bana. “Na cidade do Rio de Janeiro fui seqüestra-do, eles pensavam que eu era gringo e turista, até convencê-los que eu era artista e só que-ria mostrar o meu trabalho”, disse.

Para o Professor de Antropo-logia Cristian Pio Ávila, o Artista de rua é valorizado por muitas pessoas, porém há outras que não reconhecem seu trabalho

como arte. “A arte começou nas ruas e não no museu. O artista de rua muitas vezes vai se alimentar das referências múltiplas que o mundo globali-zado oferece, e transformá-la em algo novo e tam-bém regional”.

Um exemplo é o couver do Michael Jack-son, onde todas as pessoas que o assiste vai sa-ber que ele é da nossa terra, as-sim também vai acontecer com outros artistas. “Temos dificulda-de de reconhe-

cer qual o espaço da arte e quem são os artis-tas”, com-plementa ao se refe-rir a ajuda que os ar-tistas pe-dem, para sobreviver, pois pode haver o choque da

arte na rua e da arte como tra-balho.

Segundo o malabarista Ge-fferson Guerreiro, 22, da cida-de de São Cristóvão, na Ve-nezuela, trabalhar nas ruas é viver cada dia de uma vez, conhecer lugares novos e cul-turas diferentes. “Devíamos ser mais respeitados.” Os Artistas

se apresentam nas ruas das grandes metrópoles para gen-te apressada, que circula por todas as regiões e se dispõe a

gastar alguns mi-nutos apreciando as performances.

Alguns Artistas estão se destacan-do na Capital Ama-zonense é o caso do maranhense Thiago Silva, 35, mais conhecido como Tiririca do Amazonas, que se apresenta pró-ximo ao Porto, no Centro, cantando paródias de com-posição própria e do amigo Sidney Almeida. Também encontramos o Rambo da Ama-zônia, o Picolé do Aranha, estátuas

vivas entre várias imitações de personalidades que fazem arte e a alegria de muitas pessoas.

As ruas, esquinas e sinais de trânsito já estão oferecen-do bem mais do que árvores, asfalto, luz vermelha do sinal, concreto e trânsito aos mora-dores e visitantes da cidade, viraram palco para muitos ar-tistas e também para pedintes, vendedores ambulantes, ou seja, está virando um verda-deiro negócio, mas o que vale é a criatividade para chamar a atenção e conseguir um dinhei-ro a mais, onde tudo vai depen-der do fluxo de carros e pesso-as disposta a contribuir.

Pois de fato é nas ruas que vários artistas têm sua principal fonte de renda, você pode jogar moedas em uma latinha, cha-péu, pano, toda contribuição é valida e você ainda leva o sorri-so de presente para casa.

19

Page 20: Revista Texto.Com Ed. 3

Cur

iosi

dade A VERDADEIRA IDENTIDADE

DO HOMEM-ARANHAA VERDADEIRA IDENTIDADE

DO HOMEM-ARANHA

20

Page 21: Revista Texto.Com Ed. 3

O Homem-Aranha (Spider-Man em in-glês) é um personagem fictício da Marvel Comics, e é uns dos mais im-

portantes super-heróis das histórias em quadri-nhos da década de 60.

Em 2002 O Homem-Aranha saiu das páginas das revistas direto para as telas do cinema. O filme, dirigido por Sam Raimi, é a primeira adap-tação oficializada pela Marvel.

Mas não é só no cinema que podemos en-contrar heróis. Na cidade de Manaus, encontra-mos o nosso homem-aranha, Ney Valente, 54 anos, que vende picolés vestido como o per-sonagem. Uma forma criativa para se diferen-ciar dos demais colegas da mesma profissão de picolezeiro, ou seja, tornou-se grande empre-endedor. Através dessa diferença, Ney Valente conquistou uma clientela variada, como adoles-centes, adultos, principalmente as crianças e até cachorros. Isso mesmo, ele tem uns 2 ou 3 clien-tes cachorros, que compram o picolé do aranha.

A história do Homen-Aranha de Manaus é bastante interessante, pois vivemos atualmente

numa crise financeira mundial, e as pessoas que vêem o Ney acham que ele vende picolés por causa dessa crise. Na verdade, ele está supe-rando uma crise interna; um casamento de 19 anos que acabou num divórcio que o deixou sem nada.

E essa foi uma de saída que ele achou para superar o fim do casamento e do desemprego.A história do super-herói amazonense ficou

conhecida na cidade quando Anderson Mendes resolveu contá-la no documentário Picolé do Aranha. Segundo Anderson, “As pessoas que já viram o documentário se emocionam com a his-tória de luta dele, porque é um historia sofrida de superação, enfrentando as dificuldades das ruas para fazer as pessoas felizes. No documentário tem umas pitadas de humor também, não é só luta e sofrimento”. Anderson já dirigiu diversos documentários com a temática de biografia. Um deles foi a Incrivel História de Coti- Rambo do São Jorge, rodado em Manaus em 2008.

A VERDADEIRA IDENTIDADE DO HOMEM-ARANHA

A VERDADEIRA IDENTIDADE DO HOMEM-ARANHA

A versão do documentário do Picolé do Aranha tem 20 minu-tos de duração, com legenda-gem para o do português, inglês e espanhol. O documentário custou por volta 2 mil. Com a direção, produção e edição fo-ram feitas por ele mesmo, já a direção de fotografia é do Bruno Pereira e do Thiago Moraes e a finalização e edição de áudio é do Ícaro Lobo e a Trilha sonora original do Roberto Dibo.

O documentário foi selecio-nado para competir no VI Ama-zonas Film Festival, na mostra competitiva de curtas digitais - Brasil. Que será o representan-te amazonense e concorrerá ao troféu Voo na Floresta com outros 6 curtas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

O picolezeiro mais famoso de Manaus, Ney Valente seu o do-cumentário foi exibido pela pri-

meira vez, na IV Mostra Ama-zônica do Filme Etnográfico, na categoria de curtas. No no dia 30 de outubro, a partir das 19 h, no teatro Gebes Medeiros, antigo Ideal clube, e vai rolar distribuição de picolés.

A Mostra é provomida anu-almente pelo NAVI (núcleo de antropologia visual da Ufam) e sempre exibe documentários legais sobre a cultura e as pes-soas da nossa região.

Por Anne Kellen

21