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I PARA CAPITAL. Um anno. Nove mezes Seis mezes Três mezes PAGAMENTO .ADIANTADO. 23—RUA FORMOZA—23 12$000 10$000 7$000 4$000 ÒRGAO LIBERAL Assam ura .<*.•* SJtfVrJk.3» tÀitk 0 INTERIOR E EXTERIOR Um anuo'. . . 14$000 Nove mezes 11$000 Seis mezes8$000 Três mezes . . . . .•...'. 5$0C0 NUMERO AVULSO 500 RS. ANNUNCIOS A 100 RS. A LINHA. iüd m mm ifífilPr PARTE OF r i kj GOVERNO DA PR Expediente do dia 26 de julho 1879 l.a Secção.—Portaria concedendo três mezes do licença, com ordenado, para tratar de sua saú- de, a professora primaria de Quixeramobim, D. Maria Brigida dos Santos. Communicou-se. Officios.—Ao presidente da província do Pará accusando o recebimento do olfieio de 7 do mez p. passado, em que communica que, em virtude de telegramma que lhe foi expedido pelo Governo Imperial, nào pôde receber mais emigrantes desta província. —Ao inspector da thesouraria de fazenda or- denarido o pagamento do frete de duas cargas de fazenda que, em 17 de abril ultimo, foram re- mettidos á commissão de sòccorros do Saboeiro. —Ao mesmo mandando abrir concurrencia a arrematação do serviço de embarque e desernbar- que de gêneros alimentícios e mais artigos desti- nados a sòccorros públicos no porto da Capital, bem como aoserviçode desembarquedosanesjnos gênero e artigos nos portos do Aracaty, Cascavel, Pará-curú, Mundahü, acarahú, Camocim e A- marracão. —Ao vigário da Telha pedindo a certidão de baptismo da retirante Anna Maria da Conceição. '¦> —A' commissão de sòccorros de Itans exigindo a relação das obras realisadas, por meio de soe- coiWpublicos, durante o exercicio das commis- soes anteriores. 2.a Secção.—Officios.—Ao inspector da thesou- raria de fazenda, scientilicando-o ile que, em data de 13 do expirante mez, falleceu cm Jaguribe-mi- rim o Dr. Antônio Manoel de Medeiros, que em commissão achava-se encarregado do tratamento dos indigentes accoinniottidos dc varíola, na ei- dade do Crato, villas de Missão Velha, Jardim e lugares circumvisinhos. —Ao Dr.juiz de direito interino da Impera- triz, declarando ficar sciente de haver-se encer- rado a l.a sessão judiciaria do termo do Trahiry, no dia 30 de junho ultimo, sendo julgados dous réos, dos quaes um foi condemnado e o outro ab- solvido. —Ao de Santa Quiteria,'transmittindo copia do .oITicio da chéfátdra de policia relativo á prizão dos soldados do corpo de policia, que se achào pronunciados n'aquelle termo, objecto de seu olíi- cio de 24 de maio, que assim lica respondido. Despachos. José Joaquim Simões. Pague-se, em ter- mos. Barroso & irmão, como procuradores de Jero- nyino Correia de Mendonça.—Pague-se, por_ ler sido aulorisada a çòmmjsaãò por officio de 5 de dezembro do anno passado, sob n.° 11 ;033, desta presidência. Francisco Ribeiro da Silva —Informo o encar- regado geral Pacatuba. Antônio Ferreira Lima. - P *,—A'mesma declarando que faça substituir por Circular.—Aos commissarios de districto re-Mathias Rolemberge d'Albuquerque.».- Certi- A L i farinha a quantidade de arroz que" mandou-se re-! novando a recommendação de—só admittiiem emlico que publiquei e affixei na porta da câmara metter á commissào de sòccorros da Pacatuba,! seus abarracamentos orphãos, viuvas e pessoasmunicipal e lugar do costume o edital de concurso visto nào haver outro gênero no deposito a seu j reconhccidatnene invalidas; eliminando, portan-do segundo tabellião d'este termo : dou fé.—Brejo cargo. Despachos. Commissario thesoureiro de sòccorros.—Pa- gue-se, visto -achar se o supplicante autorisado por esta presidência a fazer o adiantamento, na importância das contas juntas. Luiz de Seixas Correia.—Pague-se, visto como achava-se autorisado o respectivo commissario a fazer o fornecimento de que tracta o suppli- cante. " Henrique Cais.—Pague-se, em termos. João Carlos Pereira o Silva.—Idem, idem. Victor de Barros Lima.—Idem, idem. João Correia de Macedo.—Informe á commis- são respectiva, declarando a qualidade e peso dos gêneros recebidos e indicando a data do officio da secretaria, que aceusou a remessa. Professor primário do Frade. -Informe c the- souro provincial. idem de latim de Quixeramobim.—Idem, idem. José de Souza Uchòa.—Pague-se, em termos. Uma representação de diversos habitantes das Areias. - Em vista da informação, nào tem lugar o que requerem. Dia 30. l.a Secção. —Portaria dispensando, à pedido, de membro da commissào de sòccorros de Maria Pereira o respectivo vigário João Antônio do Nas- cimento e i>â. Comiiiunicou-se. Officios.—Circular aos chefes de to, a todos os solteiros ou casados, em condições Sècco, nove de junho de mil oitocentos setenta o de trabalhar na estrada de ferro de Baturité; nove— O porteiro e officiai de justiça, Francisco sendo que deverão, com a máxima presteza, en- Alves do Nascimento.))—«E mais se não conti- viar uma relação dos que se quizerem empregar nha no dito edital aqui transcripto do próprio nos trabalhos respectivos.I original, a que mo reporto e dou fé, por estar —Ao commissario de transporte por terra conforme.—Brejo Sècco, 9 de junho de 1879.—O mandando remetter viveres a Maranguape, Paca- ' escrivão, A-lexandre Alexandrino d'Alencar. » tuba e Mecejana.I Os candidatos, portanto, ao provimento "dos Fizeram-se as communicaçòes.J officios aliudidos deverão apresentar suas peti- —Ao commissario Olympio Bezerra de Mene- ções, legalmente documentadas, dentro do praso xes que, doe burros pertencentes ao Estado esob de GO [dias, ao juiz municipal respectivo, ou ao sua guarda, passe oito á uisposiçãodo encarre- Exm. Sr. Presidente da Provincia, em egual pe- gado do abarracamento do Cocô, e não do cida- íiodo. dão Alcides Brazil de Mattos.j Secretaria do governo do Ceará, aos (5 de agoslo 2 a Secção.—Portaria.—Exonerando, á pedido,' de 1879.' oadjunk/da promotoria publica da Imperatriz,!O secretario, no termo de 8. Francisco Communicou-se. Officios —Ao inspector da thesouraria de fa- zenda scientificando do exercicio, a 29 do mez corrente, do juiz municipal de Maranguape, ba- charel Daniel Alves de Queiroz Lima, que assu- sumiu a vara de direito, no impedimento do juiz effectivo. EXPEDIENTE DO SecRETAIUO. l.a Secção.—Officios.—Ao director geral das rendas publicas devolvendo seu officio dirigido á thesouraria de fazenda e acompanhado de qua- rèiita contos de réis em estampilhas de sêllo adbesivo, afim de assignal-o. —Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial com- repartição inunicando ter-se expedido ordem para ser ama- convidando para, com seus empregados, assisti- jnhã celebrada a Missa votiva do Espirito-Santo; rem à installaçào d'assembiéa provincial, à 1 hora marcando a abertura d'essa assembléa para 1 hora Antônio Gomes Peretra Júnior. N.° 2(5.—O Exm. Sr. Dr. Presidente da pro- vincia manda declarar, em additamento ao edital n.°23 de 30 do mez próximo lindo, que é também candidato ao provimento da serventia vitalícia do officio de escrivão djòrphãós de Quixeramobim o tenente Francisco Martins Freire Bandeira. Secretaria do governo do Ceará, aos G de agoslo de 1879. O secretario, . Antônio Gomes Pereira Júnior. 'ague-se, em ter- Antônio Bandeira de Mello.—Deferido por offi- cio desla data à thesouraria de fazenda. Dia 28. 1 .a Secção.—Officios ao inspector da thesoura- ria ile fazenda communicando que a commissào de sòccorros do Cascavel foi autorisada a contrac- lar o fornecimento de dietas aos indigentes d'a- iniella localidade. Fizeram-se as communicaçòes. —A'commissào de sòccorros da Cachoeira re- commendando que, com urgência, informe a res- peito dos. factos de queé aceusado o membro da mesma André Avelino de Souza Andrade. Expediente do secuistakio. Officio.—A' comiuissão de sòccorros do Jâr- dinvlrausinitlindo, por copia, o officio do cida- dão José Pinto Coelho »1'Albuquerque, em que apresenta os motivos por que ainda não havia en- trague a partida de viveres que, por seu interino- ilio, remetteu-seà referida commissão. 2." Secção—Portaria. -Concedendo uminez de licença com o respectivo vencimento ao carcereiro da cadeia da Capital, Itaymundo do Carmo Fer- reira Chaves. Fizeram-se as communicaçòes. Despachos. Administrador da cadeia da Capital.—Conce- do, com o ordenado do carcereiro. Dia 29. l.a Secção.—Portarias approvando os estatu- tos da sociedade particular dramática—«Recreio Familiar»- —Idem dispensando de encarregado do trata- mento dos indigentes do Trahiry o cidadão José Themistocles Telles de Carvalho. Fizeram-se as communicaçòes do esiylo. Officio.—Ao inspector da thesouraria de fa- zenda, recommendando que expeça ordem no sentido de ser feito o desembarque do carrega- mento da barca ingleza «Cueruer»» e depositado nos armazéns do governo ã cargo da commissào de compras e transporte por mar, até ordens ul- teriores., -Ao mesmo mandando pagar a metade do íreíe ue mu cargas oe nveres ruuioiMuua ^ w... missão de sòccorros de Quixeramobim —Ao inspector da saúde publica recommen- dando que envie, com brevidade, a tabeliã man- ílada òrgánisàr para o fornecimento de dietas aos enfermos recolhidos ás diversas enfermarias da Capital. —Ao 'uem para missões yaz- Peu-se sciencia da tarde do dia 1.° do mez próximo vindouro —Egúaes a diversos funecionanos. —Ao inspector da thesouraria de fazenda man- dando pagar a importância da metade do frete de cargas de viveres destinados â commissào de sòccorros do Jacú. —Ao mesmo transmittindo copia do officio e a relação auiiexa, mandada pelo respectivo com- commissario, e declarando que essa despeza foi approvada pela presidência. —Ao mesmo declarando que deve ser cumpri- do o despacho da presidência, acerca da conta inclusa apresentada pelo encarregado de obras publicas Antônio Joaquim de Resende ; visto co- mo, na de que se tracta, empregam-se operários indigentes, e o fornecimento da cal effectuou-se anteriormente á ordem de suspensão de trabalhos públicos. —Ao mesmo recommendando expeça ordem á alfândega, no sentido de desembaraçar a des- carga do navio inglez «Muid of Glanven». 2.a Secção.—Portarias.—Nomeando para ser- vir interinamente o cargo de administrador da cadeia da Capital a Antônio Cosrne d'Albuquer- que e Mello. —Idem as seguintes autoridades policioes para a Amarração .—delegado e seus supplentes os cidadãos Joaquim Rodrigues da Costa, Francisco José Baracho, José Rodrigues da Costa e Manoel Leopoldino de Castro ; 1.° e 3.° supplentes a Luiz Rodrigues da Costa, João Alves Martins e Franciscisco das Chagas de Carvalho ; bem como subdelegado da Serra de S. Pedro a Raymundo Telles da Cunha. Expediram-se as communicaçòes e remetteram- se os titulos á chefatura de policia Expediente do seohetauio. l.a Seccào.—Officio.—Ao l.u secretario d'as- sembléa provincial transmittindo os inclusos pa- peis relativos á queixa dada contra o juiz de direito de Canindé. despachos. Professor primário de Lavras.—Informe o Sr. inspector do thezouro provincial. Raymundo Antônio Cordeiro, liscal da câmara municipal da Fortaleza. Informe o thesouro provincial. Vigário João Antônio do Nascimento e Sá.— Pague-se, em termos. Vicente Ferreira Leopoldino de Araújo Cha- ves.—Pague-se a importância de 308$ »u0, res- tanle do frete de 36 cargas de gêneros, que con- duziu ò'supplicante, contando-se 860 kilogram- m;«s de feijão, que deixou de entregar á commis- são. Manoel Pedro dos Santos.—Pague-se, em ler- mos.. /'.'-. Professor da Bòa Vista.—Em vista da inlor- macào, não tem lugar o que requer. José Curvêllo Hordigào—Informe a thesoura- ria de fazenda, loaquim Guedes da Silva.—Pague-se, em ter- mos. Francisco Rodrigues de Farias.—Pague-se, em termos, á razão de 200 réis por légua. José de Freitas Damasceno.—Pague-se, em termos. Administrador das olarias do Gerimbabú- Pague a thesouraria de fazenda. da tarde —Ao inspector do thesouro provincial idem o exercicio, a 11 do corrente, do professor recen- temente removido para Si João do Príncipe, Ma- noel Patricio da Paixão. —Ao mesmo ter-se apresentado hontem á re- partição do lyceu o professor da extineta cadeira da Pitombeira, Jocundino Cesario de Oliveira Freire. 2.a Secção -Officios.—Ao administrador dos correios mandando entregar as malas do vapor «Bahia», com destino ao norte. N.-- 27.—Por esta secretaria se declara que, em face do § 2.° do art. l.° do decreto de 5 de ja- neiro de 1871 e de acto de lionlem, foi noiuea- do para-sòfvir provisoriamente os officios de la- belliào do publico judicial e notas e escrivão do crime eivei, orphãos e mais annexos do termo de S. Benedicto c cidadão Gaudencio Soares e Silva. . Secretaria do governo do Ceará, aos 7 deagos- to de 1879. O secretario, Antônio Gomes Pereira Juuior. oiiiass ter S. Exe uri imniutt Í»V» imui"n commissario de transporte, por terra, or- remetter partidas de viveres ás com- ¦ :e sòccorros de Quixeramobim e Aqui- respectiva commissào. Dia 31. l.a Secção.— Officios.—Ao presidente do Ma- ranhão declarando licar sciente de nrpatado iürarrièotn e assumido a no dia 24 do mez corrente. —Ao inspector da thesouraria de fazenda quo approva a arrematação dos gêneros para soecor- ros, procedida pela junta d'aquella thesouraria em 24 do corrente. —Ao mesmo mandando elíectuar o pagamento de 9:160 saccas de farinha e 1:0J0 de feijão, ge nèrós comprados sob autòrisaçâò da presidência, em satisfação às requisições da directoria da via- férrea de Baturité c para acudir com sòccorros a algumas localidades. EDITAES. Secretaria da presidência N." 23.—Faço publico, de ordem de S. Exe. o Sr. Dr. presidente da provincia, que ao pro- vimento da serventia vitalícia dos officios de escrivão de orphãos do termo da cidade de Quixeramobim, são candidatos os cidadãos, Antônio Augusto do Oliveira Castro, Manoel Benicio Beserra Borges, Miguel Furtado de Mandonça e João de Sousa üouetes, cujas petir ções achão-so legalmente instruídas. Secretariado govorno do Ceará, 30de ju- lho de 1879. O secretario, Antônio Gomes Pereira Júnior. N.° 24.—O Exm. Sr. Dr. presidenta da Pro- vincia manda publicar que são candidatos ao provimento ria serventia vitalícia dos officios be 1.° tabellião do publico, judicial e notas e 8scrivãodo crime, eivei, orphãos e mais anue- xos do termo de Canindé os cidadãos João Fa- cundo Vieira da Costa e Miguel Furtado de Mendonça, cujas petições acham-se legalmen- te instruídas. Secrelaria do Governo do Ceará, em 4 de agosto de 1879. O secretario Antônio Gomes Pereira Júnior. N.° 25. -S. Fxc. o Sr. Dr. Presidente da Pro- vincia, manda reproduzir para conhecimento dos interessados, o edital do juiz municipal do termo do Brejo Sôcco, em que abre concurso ao provi- mento da serventia vitalícia dos officios de 2.° tabellião do publico, judicial e notas e escrivão do crime, cível, orphãos e mais annexos do refe- rido termo, como da copia do edital infra trans- cripto : « O cidadão Joaquim Roiemberge d'Albuquer- que, juiz municipal e de orphãos do termo do Brejo Sècco, por nomeação legal ele—Faço saber aos que o presente edital virem que, achando-se vago o officio de segundo tabellião do publico, judicial e notas, escrivão do crime, cível, de or- phàos e mais annexos deste termo, creado pela lei numero mil oitocentos setenta e oito de vinte três de novembro de mil oitocentos setenta e oito, que diz no artigo segundo : « Haverá dous tabelliães no termo do Assaré e dous no do Brejo Sècco, com a denominação de primeiro e segundo, que servirão por distribuição todos os officios »; po- nhoeiii concurso dito officio, durante o prazo de sessenta dias, conforme o disposto no artigo onze do decreto numero oitocentos e desesete de 30 de agosto de mil oitocentos cincoenta e um, e faço sciente aos pretendentes de que deverão apresentar seus requerimentos, assignados por si, ou por procurador, e instruídos com certidão de edade, exame de suficiência e folha corrida, alem de outros documentos, que julgarem convenientes ; e tudo sellado na fôrma" determinada no artigo quarto, paragrapho um, do citado decreío.—E, para que chegue ao conhecimento de todos a quem interessar possa, mandei passar o presente edi- tal, que será publicado e affixado no lugar do costume, enviando-se copia d'elle ao Excellentis- siino Presidente da Província.—Dado e passado nesta villa do Brejo Sècco, aos nove dias do mez de junho de mil oiloeentos setenta e nove.—Eu, Fortaleza, 8 de agosto de 1879. A missão, que desempenha a imprensa daoppo- siçào, de deprimir do caracter cearense, calum- niando a administração, o commercio, a todos quantos tem uma pârcella maior ou menor de resonsabilidade na distribuição dos sòccorros nesta provincia, devemos dizer por honra desta, não lhe foi dada pelo partido de que ella se diz representante. Si assim fora, muitos conservadores distinetos, que tem sido e são auxiliares da administração, no desempenho do encargo humanitário, moni- bros de commissòes de sòccorros, da importante classe commercial, de câmaras municipaes etc. nem teriào prestado até boje o concurso franco e leal de seus esforços, nem em varias occasiòes manifestado sua adhesão c os seus applausos á conducla do governo nesta provincia. E quando a imprensa opposicionista procura fazer acreditar em desvio criminoso de quanto se destina a sòccorros públicos, em esbanjamentos de toda a sorte, sem apresentei- uma prova se- quer de suas allegaçòes temerárias, nós vemos o testemunho insuspeito de um chefe do parlido adverso, proclamando por sua vez, que nada de quanto se assegura por abi em d'Scredito da ad- ininistraçào, tem vizos de verdade, porque elle ainda não vira até hoje provado facto algum como era de mister. A que se reduzem, portanto, essas vãs decla- inações; qual o valor real desses clamores, desses juízos levianos, dessas apreciações injustas, de tantos conceitos injuriosos ? Nos agentes subalternos da administração, lem- se dito mais de uma vez, se terão dado abuzos e' quem poderá pausar seja possível evital-os num serviço lào complexo, de tanta magnitude e n'uma epoefía calamitoza ? E porque taes abuzos tenhào havido n'um ou n'oulro ponto da provincia, ha razão para dizer- se que dá-se no serviço dos sòccorros um verda- deiro esbanjamento; que despende-se alem de toda a medida e que por isso melhor será que nào se ministrem mais sòccorros, como ja em pleno parlamento se pronunciou o Sr. senador Jaguaribe 1 Por catiza de abuzos. que se lenhào dado, dove- se prejudicar o direito de uma população nume- rosa; éntrègal-a aos próprios recursos, que de modo algum bastarão para pol-a ao abrigo dos horrores da mizeriar Comprebende-se a que resultado se chegaria, si sem reflexão ;e adoptàsse o conselho desses pa- triotas, que ao interesse polilico pospòem sem b menor escrúpulo os deveres humanitários, a sorte de innumeros infelizes, que até hoje tem encon- trado no governo a mais paternal solicitude. E é notória a contradicção em que cabem a- quelles que, ao passo que reconhecem a necessi- dade de continuar o soecorro à província nas condições em que se acha, estejão a notar ao mesmo tempo, tf ue continuem as despezas. Como si fora possível soecorrer sem despender ou como se fora conveniente para despender o me- nos possível, tornar o soecorro ineílicaz ou inac- cessivel a todos quantos ncccessitào. Por um dever de còhòrehcia política, entendem os opposicionistas, que a todo o aclo do governo deve corresponder invariavelmente uma vehe- mente censura, embora esse acto nada tenha kle^u^Mifí^a^rlm Alencar, escrivão, o com os partidos e exclusivamente se destine a mi- escrevi,- O juiz municipal em exercicio pleno, uorar os solfrimentos de um povo tlagellado.

ÒRGAO LIBERAL mmmemoria.bn.br/pdf/709506/per709506_1879_00084.pdfrèiita contos de réis em estampilhas de sêllo adbesivo, afim de assignal-o. —Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial

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I

PARA CAPITAL.

Um anno.Nove mezesSeis mezesTrês mezes

PAGAMENTO .ADIANTADO.

23—RUA FORMOZA—23

12$000

10$000

7$000

4$000

ÒRGAO LIBERAL

Assam ura .<*.•* SJtfVrJk.3»

tÀitk 0 INTERIOR E EXTERIOR

Um anuo '. . . 14$000Nove mezes 11$000Seis mezes 8$000Três mezes . . . . .•...'. 5$0C0

NUMERO AVULSO 500 RS.

ANNUNCIOS A 100 RS. A LINHA.

iüd m mm ifífilPr

PARTE OF r i kj

GOVERNO DA PRExpediente do dia 26 de julho 1879

l.a Secção.—Portaria concedendo três mezesdo licença, com ordenado, para tratar de sua saú-de, a professora primaria de Quixeramobim, D.Maria Brigida dos Santos.

Communicou-se.Officios.—Ao presidente da província do Pará

accusando o recebimento do olfieio de 7 do mezp. passado, em que communica que, em virtudede telegramma que lhe foi expedido pelo GovernoImperial, nào pôde receber mais emigrantes destaprovíncia.—Ao inspector da thesouraria de fazenda or-denarido o pagamento do frete de duas cargas defazenda que, em 17 de abril ultimo, foram re-mettidos á commissão de sòccorros do Saboeiro.

—Ao mesmo mandando abrir concurrencia aarrematação do serviço de embarque e desernbar-que de gêneros alimentícios e mais artigos desti-nados a sòccorros públicos no porto da Capital,bem como aoserviçode desembarquedosanesjnosgênero e artigos nos portos do Aracaty, Cascavel,Pará-curú, Mundahü, acarahú, Camocim e A-marracão.

—Ao vigário da Telha pedindo a certidão debaptismo da retirante Anna Maria da Conceição.'¦> —A' commissão de sòccorros de Itans exigindoa relação das obras realisadas, por meio de soe-coiWpublicos, durante o exercicio das commis-soes anteriores.

2.a Secção.—Officios.—Ao inspector da thesou-raria de fazenda, scientilicando-o ile que, em datade 13 do expirante mez, falleceu cm Jaguribe-mi-rim o Dr. Antônio Manoel de Medeiros, que emcommissão achava-se encarregado do tratamentodos indigentes accoinniottidos dc varíola, na ei-dade do Crato, villas de Missão Velha, Jardim elugares circumvisinhos.

—Ao Dr.juiz de direito interino da Impera-triz, declarando ficar sciente de haver-se encer-rado a l.a sessão judiciaria do termo do Trahiry,no dia 30 de junho ultimo, sendo julgados dousréos, dos quaes um foi condemnado e o outro ab-solvido.

—Ao de Santa Quiteria,'transmittindo copia do.oITicio da chéfátdra de policia relativo á prizãodos soldados do corpo de policia, que se achàopronunciados n'aquelle termo, objecto de seu olíi-cio de 24 de maio, que assim lica respondido.

Despachos.José Joaquim Simões. — Pague-se, em ter-

mos.Barroso & irmão, como procuradores de Jero-

nyino Correia de Mendonça.—Pague-se, por_ lersido aulorisada a çòmmjsaãò por officio de 5 dedezembro do anno passado, sob n.° 11 ;033, destapresidência.

Francisco Ribeiro da Silva —Informo o encar-regado geral dá Pacatuba.

Antônio Ferreira Lima. - P

*, —A'mesma declarando que faça substituir por Circular.—Aos commissarios de districto re- Mathias Rolemberge d'Albuquerque.».- Certi-A L i farinha a quantidade de arroz que" mandou-se re-! novando a recommendação de—só admittiiem em lico que publiquei e affixei na porta da câmara

metter á commissào de sòccorros da Pacatuba,! seus abarracamentos orphãos, viuvas e pessoas municipal e lugar do costume o edital de concursovisto nào haver outro gênero no deposito a seu j reconhccidatnene invalidas; eliminando, portan- do segundo tabellião d'este termo : dou fé.—Brejocargo.

Despachos.Commissario thesoureiro de sòccorros.—Pa-

gue-se, visto -achar se o supplicante autorisadopor esta presidência a fazer o adiantamento, naimportância das contas juntas.

Luiz de Seixas Correia.—Pague-se, visto comoachava-se autorisado o respectivo commissario afazer o fornecimento de que tracta o suppli-cante." Henrique Cais.—Pague-se, em termos.

João Carlos Pereira o Silva.—Idem, idem.Victor de Barros Lima.—Idem, idem.João Correia de Macedo.—Informe á commis-

são respectiva, declarando a qualidade e peso dosgêneros recebidos e indicando a data do officio dasecretaria, que aceusou a remessa.

Professor primário do Frade. -Informe c the-souro provincial.

idem de latim de Quixeramobim.—Idem, idem.José de Souza Uchòa.—Pague-se, em termos.Uma representação de diversos habitantes das

Areias. - Em vista da informação, nào tem lugaro que requerem.

Dia 30.l.a Secção. —Portaria dispensando, à pedido,

de membro da commissào de sòccorros de MariaPereira o respectivo vigário João Antônio do Nas-cimento e i>â.

Comiiiunicou-se.Officios.—Circular aos chefes de

to, a todos os solteiros ou casados, em condições Sècco, nove de junho de mil oitocentos setenta ode trabalhar na estrada de ferro de Baturité; nove— O porteiro e officiai de justiça, Franciscosendo que deverão, com a máxima presteza, en- Alves do Nascimento.))—«E mais se não conti-viar uma relação dos que se quizerem empregar nha no dito edital aqui transcripto do próprionos trabalhos respectivos. I original, a que mo reporto e dou fé, por estar

—Ao commissario de transporte por terra conforme.—Brejo Sècco, 9 de junho de 1879.—Omandando remetter viveres a Maranguape, Paca- ' escrivão, A-lexandre Alexandrino d'Alencar. »tuba e Mecejana. I Os candidatos, portanto, ao provimento

"dosFizeram-se as communicaçòes. J officios aliudidos deverão apresentar suas peti-—Ao commissario Olympio Bezerra de Mene- ções, legalmente documentadas, dentro do praso

xes que, doe burros pertencentes ao Estado esob de GO [dias, ao juiz municipal respectivo, ou aosua guarda, passe oito á uisposiçãodo encarre- Exm. Sr. Presidente da Provincia, em egual pe-gado do abarracamento do Cocô, e não do cida- íiodo.dão Alcides Brazil de Mattos. j Secretaria do governo do Ceará, aos (5 de agoslo

2 a Secção.—Portaria.—Exonerando, á pedido,' de 1879.'oadjunk/da promotoria publica da Imperatriz,! O secretario,no termo de 8. Francisco

Communicou-se.Officios —Ao inspector da thesouraria de fa-

zenda scientificando do exercicio, a 29 do mezcorrente, do juiz municipal de Maranguape, ba-charel Daniel Alves de Queiroz Lima, que assu-sumiu a vara de direito, no impedimento do juizeffectivo.

EXPEDIENTE DO SecRETAIUO.l.a Secção.—Officios.—Ao director geral das

rendas publicas devolvendo seu officio dirigidoá thesouraria de fazenda e acompanhado de qua-rèiita contos de réis em estampilhas de sêlloadbesivo, afim de assignal-o.

—Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial com-repartição inunicando ter-se expedido ordem para ser ama-

convidando para, com seus empregados, assisti- jnhã celebrada a Missa votiva do Espirito-Santo;rem à installaçào d'assembiéa provincial, à 1 hora marcando a abertura d'essa assembléa para 1 hora

Antônio Gomes Peretra Júnior.

N.° 2(5.—O Exm. Sr. Dr. Presidente da pro-vincia manda declarar, em additamento ao editaln.°23 de 30 do mez próximo lindo, que é tambémcandidato ao provimento da serventia vitalícia doofficio de escrivão djòrphãós de Quixeramobim otenente Francisco Martins Freire Bandeira.

Secretaria do governo do Ceará, aos G de agoslode 1879.

O secretario, .Antônio Gomes Pereira Júnior.

'ague-se, em ter-

Antônio Bandeira de Mello.—Deferido por offi-cio desla data à thesouraria de fazenda.

Dia 28.1 .a Secção.—Officios ao inspector da thesoura-

ria ile fazenda communicando que a commissàode sòccorros do Cascavel foi autorisada a contrac-lar o fornecimento de dietas aos indigentes d'a-iniella localidade.

Fizeram-se as communicaçòes.—A'commissào de sòccorros da Cachoeira re-

commendando que, com urgência, informe a res-peito dos. factos de queé aceusado o membro damesma André Avelino de Souza Andrade.

Expediente do secuistakio.Officio.—A' comiuissão de sòccorros do Jâr-

dinvlrausinitlindo, por copia, o officio do cida-dão José Pinto Coelho »1'Albuquerque, em queapresenta os motivos por que ainda não havia en-trague a partida de viveres que, por seu interino-ilio, remetteu-seà referida commissão.

2." Secção—Portaria. -Concedendo uminez delicença com o respectivo vencimento ao carcereiroda cadeia da Capital, Itaymundo do Carmo Fer-reira Chaves.

Fizeram-se as communicaçòes.Despachos.

Administrador da cadeia da Capital.—Conce-do, com o ordenado do carcereiro.

Dia 29.l.a Secção.—Portarias approvando os estatu-

tos da sociedade particular dramática—«RecreioFamiliar»-

—Idem dispensando de encarregado do trata-mento dos indigentes do Trahiry o cidadão JoséThemistocles Telles de Carvalho.

Fizeram-se as communicaçòes do esiylo.Officio.—Ao inspector da thesouraria de fa-

zenda, recommendando que expeça ordem nosentido de ser feito o desembarque do carrega-mento da barca ingleza «Cueruer»» e depositadonos armazéns do governo ã cargo da commissàode compras e transporte por mar, até ordens ul-teriores. ,

-Ao mesmo mandando pagar a metade doíreíe ue mu cargas oe nveres ruuioiMuua ^ w...missão de sòccorros de Quixeramobim

—Ao inspector da saúde publica recommen-dando que envie, com brevidade, a tabeliã man-ílada òrgánisàr para o fornecimento de dietas aosenfermos recolhidos ás diversas enfermarias daCapital.

—Ao'uem para

missõesyaz-

Peu-se sciencia

da tarde do dia 1.° do mez próximo vindouro—Egúaes a diversos funecionanos.—Ao inspector da thesouraria de fazenda man-

dando pagar a importância da metade do frete de7í cargas de viveres destinados â commissào desòccorros do Jacú.

—Ao mesmo transmittindo copia do officio e arelação auiiexa, mandada pelo respectivo com-commissario, e declarando que essa despeza foiapprovada pela presidência.—Ao mesmo declarando que deve ser cumpri-do o despacho da presidência, acerca da containclusa apresentada pelo encarregado de obraspublicas Antônio Joaquim de Resende ; visto co-mo, na de que se tracta, empregam-se operáriosindigentes, e o fornecimento da cal effectuou-seanteriormente á ordem de suspensão de trabalhospúblicos.—Ao mesmo recommendando expeça ordemá alfândega, no sentido de desembaraçar a des-carga do navio inglez «Muid of Glanven».

2.a Secção.—Portarias.—Nomeando para ser-vir interinamente o cargo de administrador dacadeia da Capital a Antônio Cosrne d'Albuquer-que e Mello.

—Idem as seguintes autoridades policioes paraa Amarração .—delegado e seus supplentes oscidadãos Joaquim Rodrigues da Costa, FranciscoJosé Baracho, José Rodrigues da Costa e ManoelLeopoldino de Castro ; 1.° e 3.° supplentes a LuizRodrigues da Costa, João Alves Martins eFranciscisco das Chagas de Carvalho ; bem comosubdelegado da Serra de S. Pedro a RaymundoTelles da Cunha.

Expediram-se as communicaçòes e remetteram-se os titulos á chefatura de policia

Expediente do seohetauio.l.a Seccào.—Officio.—Ao l.u secretario d'as-

sembléa provincial transmittindo os inclusos pa-peis relativos á queixa dada contra o juiz dedireito de Canindé.

despachos.Professor primário de Lavras.—Informe o Sr.

inspector do thezouro provincial.Raymundo Antônio Cordeiro, liscal da câmara

municipal da Fortaleza. Informe o thesouroprovincial.

Vigário João Antônio do Nascimento e Sá.—Pague-se, em termos.

Vicente Ferreira Leopoldino de Araújo Cha-ves.—Pague-se a importância de 308$ »u0, res-tanle do frete de 36 cargas de gêneros, que con-duziu ò'supplicante, contando-se 860 kilogram-m;«s de feijão, que deixou de entregar á commis-são.

Manoel Pedro dos Santos.—Pague-se, em ler-mos. . /'.'-.

Professor da Bòa Vista.—Em vista da inlor-macào, não tem lugar o que requer.

José Curvêllo Hordigào—Informe a thesoura-ria de fazenda,

loaquim Guedes da Silva.—Pague-se, em ter-mos.

Francisco Rodrigues de Farias.—Pague-se, emtermos, á razão de 200 réis por légua.

José de Freitas Damasceno.—Pague-se, emtermos.

Administrador das olarias do Gerimbabú-Pague a thesouraria de fazenda.

da tarde—Ao inspector do thesouro provincial idem

o exercicio, a 11 do corrente, do professor recen-temente removido para Si João do Príncipe, Ma-noel Patricio da Paixão.

—Ao mesmo ter-se apresentado hontem á re-partição do lyceu o professor da extineta cadeirada Pitombeira, Jocundino Cesario de OliveiraFreire.

2.a Secção -Officios.—Ao administrador doscorreios mandando entregar as malas do vapor«Bahia», com destino ao norte.

N.-- 27.—Por esta secretaria se declara que, emface do § 2.° do art. l.° do decreto de 5 de ja-neiro de 1871 e de acto de lionlem, foi noiuea-do para-sòfvir provisoriamente os officios de la-belliào do publico judicial e notas e escrivão docrime eivei, orphãos e mais annexos do termode S. Benedicto c cidadão Gaudencio Soares eSilva. .

Secretaria do governo do Ceará, aos 7 deagos-to de 1879.

O secretario,Antônio Gomes Pereira Juuior.

oiiiass

ter S. Exeuri imniuttÍ»V» imui"n

commissario de transporte, por terra, or-remetter partidas de viveres ás com-

¦ :e sòccorros de Quixeramobim e Aqui-

respectiva commissào.

Dia 31.l.a Secção.— Officios.—Ao presidente do Ma-

ranhão declarando licar sciente denrpatado iürarrièotn e assumido ano dia 24 do mez corrente.

—Ao inspector da thesouraria de fazenda quoapprova a arrematação dos gêneros para soecor-ros, procedida pela junta d'aquella thesourariaem 24 do corrente.

—Ao mesmo mandando elíectuar o pagamentode 9:160 saccas de farinha e 1:0J0 de feijão, genèrós comprados sob autòrisaçâò da presidência,em satisfação às requisições da directoria da via-férrea de Baturité c para acudir com sòccorrosa algumas localidades.

EDITAES.Secretaria da presidência

N." 23.—Faço publico, de ordem de S. Exe.o Sr. Dr. presidente da provincia, que ao pro-vimento da serventia vitalícia dos officios deescrivão de orphãos do termo da cidade deQuixeramobim, são candidatos os cidadãos,Antônio Augusto do Oliveira Castro, ManoelBenicio Beserra Borges, Miguel Furtado deMandonça e João de Sousa üouetes, cujas petirções achão-so legalmente instruídas.

Secretariado govorno do Ceará, 30de ju-lho de 1879.

O secretario,Antônio Gomes Pereira Júnior.

N.° 24.—O Exm. Sr. Dr. presidenta da Pro-vincia manda publicar que são candidatos aoprovimento ria serventia vitalícia dos officiosbe 1.° tabellião do publico, judicial e notas e8scrivãodo crime, eivei, orphãos e mais anue-xos do termo de Canindé os cidadãos João Fa-cundo Vieira da Costa e Miguel Furtado deMendonça, cujas petições acham-se legalmen-te instruídas.

Secrelaria do Governo do Ceará, em 4 deagosto de 1879.

O secretarioAntônio Gomes Pereira Júnior.

N.° 25. -S. Fxc. o Sr. Dr. Presidente da Pro-vincia, manda reproduzir para conhecimento dosinteressados, o edital do juiz municipal do termodo Brejo Sôcco, em que abre concurso ao provi-mento da serventia vitalícia dos officios de 2.°tabellião do publico, judicial e notas e escrivãodo crime, cível, orphãos e mais annexos do refe-rido termo, como da copia do edital infra trans-cripto :

« O cidadão Joaquim Roiemberge d'Albuquer-que, juiz municipal e de orphãos do termo doBrejo Sècco, por nomeação legal ele—Faço saberaos que o presente edital virem que, achando-sevago o officio de segundo tabellião do publico,judicial e notas, escrivão do crime, cível, de or-phàos e mais annexos deste termo, creado pela leinumero mil oitocentos setenta e oito de vinte trêsde novembro de mil oitocentos setenta e oito, quediz no artigo segundo : « Haverá dous tabelliãesno termo do Assaré e dous no do Brejo Sècco,com a denominação de primeiro e segundo, queservirão por distribuição todos os officios »; po-nhoeiii concurso dito officio, durante o prazo desessenta dias, conforme o disposto no artigo onzedo decreto numero oitocentos e desesete de 30de agosto de mil oitocentos cincoenta e um, e façosciente aos pretendentes de que deverão apresentarseus requerimentos, assignados por si, ou porprocurador, e instruídos com certidão de edade,exame de suficiência e folha corrida, alem deoutros documentos, que julgarem convenientes ;e tudo sellado na fôrma" determinada no artigoquarto, paragrapho um, do citado decreío.—E,para que chegue ao conhecimento de todos a queminteressar possa, mandei passar o presente edi-tal, que será publicado e affixado no lugar docostume, enviando-se copia d'elle ao Excellentis-siino Presidente da Província.—Dado e passadonesta villa do Brejo Sècco, aos nove dias do mezde junho de mil oiloeentos setenta e nove.—Eu,

Fortaleza, 8 de agosto de 1879.

A missão, que desempenha a imprensa daoppo-siçào, de deprimir do caracter cearense, calum-niando a administração, o commercio, a todosquantos tem uma pârcella maior ou menor deresonsabilidade na distribuição dos sòccorrosnesta provincia, devemos dizer por honra desta,não lhe foi dada pelo partido de que ella se dizrepresentante.

Si assim fora, muitos conservadores distinetos,que tem sido e são auxiliares da administração,no desempenho do encargo humanitário, moni-bros de commissòes de sòccorros, da importanteclasse commercial, de câmaras municipaes etc.nem teriào prestado até boje o concurso franco eleal de seus esforços, nem em varias occasiòesmanifestado sua adhesão c os seus applausos áconducla do governo nesta provincia.

E quando a imprensa opposicionista procurafazer acreditar em desvio criminoso de quanto sedestina a sòccorros públicos, em esbanjamentosde toda a sorte, sem apresentei- uma prova se-quer de suas allegaçòes temerárias, nós vemos otestemunho insuspeito de um chefe do parlidoadverso, proclamando por sua vez, que nada dequanto se assegura por abi em d'Scredito da ad-ininistraçào, tem vizos de verdade, porque elleainda não vira até hoje provado facto algum comoera de mister.

A que se reduzem, portanto, essas vãs decla-inações; qual o valor real desses clamores, dessesjuízos levianos, dessas apreciações injustas, detantos conceitos injuriosos ?

Nos agentes subalternos da administração, lem-se dito mais de uma vez, se terão dado abuzos e'quem poderá pausar seja possível evital-os numserviço lào complexo, de tanta magnitude e n'umaepoefía calamitoza ?

E porque taes abuzos tenhào havido n'um oun'oulro ponto da provincia, ha razão para dizer-se que dá-se no serviço dos sòccorros um verda-deiro esbanjamento; que despende-se alem detoda a medida e que por isso melhor será quenào se ministrem mais sòccorros, como ja empleno parlamento se pronunciou o Sr. senadorJaguaribe 1

Por catiza de abuzos. que se lenhào dado, dove-se prejudicar o direito de uma população nume-rosa; éntrègal-a aos próprios recursos, que demodo algum bastarão para pol-a ao abrigo doshorrores da mizeriar

Comprebende-se a que resultado se chegaria,si sem reflexão ;e adoptàsse o conselho desses pa-triotas, que ao interesse polilico pospòem sem bmenor escrúpulo os deveres humanitários, a sortede innumeros infelizes, que até hoje tem encon-trado no governo a mais paternal solicitude.

E é notória a contradicção em que cabem a-quelles que, ao passo que reconhecem a necessi-dade de continuar o soecorro à província nascondições em que se acha, estejão a notar aomesmo tempo, tf ue continuem as despezas.

Como si fora possível soecorrer sem despenderou como se fora conveniente para despender o me-nos possível, tornar o soecorro ineílicaz ou inac-cessivel a todos quantos ncccessitào.

Por um dever de còhòrehcia política, entendemos opposicionistas, que a todo o aclo do governodeve corresponder invariavelmente uma vehe-mente censura, embora esse acto nada tenha

kle^u^Mifí^a^rlm Alencar, escrivão, o com os partidos e exclusivamente se destine a mi-escrevi,- O juiz municipal em exercicio pleno, uorar os solfrimentos de um povo tlagellado.

Page 2: ÒRGAO LIBERAL mmmemoria.bn.br/pdf/709506/per709506_1879_00084.pdfrèiita contos de réis em estampilhas de sêllo adbesivo, afim de assignal-o. —Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial

! -'.-

u.VÁ'

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Considere-se muito embora semelhante pro-cedimento uma granie virtude politica, já-mais poderá merecer a approvação dos homenssensatos..

Mas fique lambem consignado o protesto deque aquillo que a imprensa opposicionista emlinguagem licenciosa proclama aDs quatro ventosem discredito da administração, não é a interpre-taçãò dos sentimentos da provincia, cuja causaelía não pode separar da dos infelizes que con-tem em seu seio, hão sido attendidos nos transesaíílictivos porque tem passado ; não é também oreflexo da opinião de um partido, quando o che-fe se mostra em desaccordo com as affirmaçòescalumniosas dessa mesma imprensa; o que dizportanto a opposição, que pela imprensa semanifesta, nâo é senão a voz do despeito e depaixões inconfessáveis.

Não é a voz nem da provincia nem de um par-tido, que não pôde ser também indifferente á sortedos seus conterrâneos; é o órgão apenas de inte-resses personalíssimos.iJSffliai ~~

Não tom o direito de se revoltar, nem de re-peliir o labóo iufamante o povo cearense, di-zia o Sr. Teixeira Júnior, n> seu ultimo dis-curso-eysiio

Si nós outros calumniamos, como dizem, onome cearense a propósito desoecorros ás victimas da secca....

O Sr. Leitão da Cunha.—Agora innunda-ção.

O Sr. Teixeira Júnior.—Nada devem oppordaquella província, porque só desfarte so ma-nifastiirá a gratidão de que devem estar pos-suiaps os cearenses com relação aos povos dosul. Todas as províncias, principalmente ado Ri3 de Janeiro, que tenho a honra de re-presentar, so assignalaram por edificantes ex-emplos de caridade, apenas tiveram conheci-mento de que a fome e a peste flagellavão aprovincia do Ceará e muitos nobres senadorespresenciaram o certaraen de caridade, que en-tão houve....

O Sr Jaguaribe.—Apoiado.O Sr. Teixeira Júnior.—Não só na capital

do Império como em toda a provincia do Riode Janeiro—

0 Sr. Jaguaribe.—Apoiado; eu também fuigeneroso, quanto pude....

O Sr. Teixeira Júnior—e que representa ai-gumas centenas de contos, com que esponta-neamente soecorriam as sociedades phylantrr-picas, as fam lias e até a infância, Por todaa parte a população do império acudiu pressu-rosa á angustia, que pesou sobre a provincia doCeará.

O Sr. Jaguaribe. —Apoiadissimo.O Sr. Teixeira Júnior.—Não ó portintocor-

responder aquella provincia á gratidão de quedeve mostrar-se possuída, estar a repellir oJabéo infamante de ladrões, que daqui estamosa atirar a todos os seus filhos.' Pelo menos deve ficar callada, pois de outraforma ó mostrar-se ingrata.

O Sr. Cruz Machado — Apoiado; comeramdo nosso pão, que tomem agora páu....

O Sr. Teixeira Júnior.—Era justamente es-sa conclusão a que eu queria chegar....*

Uma provincia esfaimada, dizia por sua vezo Sr. Jaguaribe, como está o Ceará, uma pro-vincia abatida por tantos flagellos, pode ai-guem pensar, que esteja em condições de fazerrevolução?

E' minha opinião, Srs., que se poderia acabarde chofre com todo o soecorro ali, que o pov¦>cearense pacato e de boa índole, como folgo dereconhecer, nem tugiria, nem mugiria.

Quando muito iria chorar sua desgraça doi-tado na cama, que ó um lugar quente.

E' por isso, que eu não acredito, que o povocearense se tivesse alegrado com saber da con-tinuação dos soccorros; não, Srs. foram outrosos contentes.

E demais si elle perseguido pela miséria,como so acha, quizesse estremecer, não tem opresidente na capital bastante força publicapara contel-o n'um momento de desespero ?

Não me venhão.pois dizer, que uma provin-cia como o Ceará no estado deplorável em quese acha, possa reagir.

A agglomeração de alguns centos do pes-soas, que se acham esfaimadas não ó para quese diga, que ha perturbação da segurança pu-blica, quando ó tão simples e intuitivo o meio<lo applacal-as.

O Sr. Cruz Machado.—Quo duvida ! Era sófazer menção de fogo o tudo desapparocia co-mo por encanto....

O Sr. Jaguaribe. — Justamente ; era essaconclusão a que eu queria chegar.,..

Lendo-se o folheto do Sr. Aguiar fica-secompletamente informado da razão porque S.Exe. uão nos mandou fazer um excelleuteporto em frente á cidade, quando presidiu oCeará.

Lendo-se um dos discursos do Sr. Jaguaribe,fica-se sabendo do modo facilimo, porque sefaria aqui um porto, um magnífico porto....

Lendo-se o folheto do Sr. Aguiar, vé-se quesó S. F.xc. uão mandou fazer um porto, por-que o projecto Hawkshaw não estava com to-nos os sacramentos de approvação pelo go-verno.

Lendo-se o discurso do Sr. Jaguaribe, fica-so inteirado, de que um projecto do porto ex-isto devidamente elaborado e com as plantascompetentes levantadas por um notabilisoimoengenheiro inglez o Sr. Ocshaw.

(Deixem passar a ortograpbia. O Sr. Ja-guaribo não ó forto era cousa alguma menos nalingua ingleza, que S. Exe. nunca estudou,

iNo tempo em que formou-se S. Exe, só se exi-gia a rhetovicae por isso óquo elle foi mestreda sobredita.

Depois de formado, S. Exe. não sa tom apu-rado na lingüística, mal lhe sobrando tempopara cultivar o cassange.)

Garanto, disso o Sr. Jaguaribe om seu dis-curso, que o trabalho do porto «Io Ceará cou-si.to principalmente era accumul-cões de pe-

dras, e esta não estando longa, porque ó en-contrada no Mocuripe, a menos do uma léguade distancia, havia espaço de oecupar milha-res de pessoas na suaconducção no lugircon-veniento.

Que couza fácil, santo Deus, dizemos nóspor nossa vez.

Que porto fresco e barato não nos faria a-qui o Sr. Jaguaribe, se lhe fossa dado diri-giro serviço da secca.

Eque pena não ter vindo elle na commissâode açudes, no tempo em quo aqui esteve o Sr.Aguiar, que tanto batalhou com o Sr. Pinkaspara dar começo ás obras do porto.

Que pena ! talvez já o tivessem's promptoe que divertimento também ver o Sr. Jagua-ribe a clamar : um, dous, ti'9s e as pedrinhaschovendo em cima dasarrecifes

N'uma corporação, como o senado, a maiorgravidade sempre deveria ser mantida nas dis-cussões.

Entretanto, com pezar vemos, que ás vezesá argumentação seria e á palavra rofleetida egrave substitue-se a chocarrice.

Foi objecto de nosso reparo um incidente hi-rido n'uma discussão em que tomarão parte osSrs. Cândido Mendes, Teixeira Júnior, Jagua-ribe, Cruz Machado e Leitão da Cunha.

Sustentava este ultimo quo o porto do Ma-ranhão não tem grande fundo, (opinião quenão partilha o Sr. Cândido Mendes) quandoostabeleceo-se o seguinte dialogo-.

O.Sr. Leitão da Cunha.-— Ali está o Sr. CruzMachado, que já esteve no Maranhão e bemnos pode esclarecer também a respeito da quês-tão.

O Sr. Cândido Mendes.—Declino do juizodelle, porque nem só esteve lá pouco tempo enão ponde por isso fazer grandes sondagens,eomosahio um tanto vexado

O Sr. Cruz Machado.—Já faz tanto tempo,pois lá vão mais de 20 annos, que nem maisme lembro disso. Todavia devo dizer, quequando eu, deixando aquella terra atracava aovapor para subir, ainda ouvia os últimos ri-bombos dos foguetes e islo me produzia certoscalafrios; raas confesso tinha mais medo dostubarões, si vies-e a cahir do escaler, do quemesmo do grande fundo do porto.

O Sr. Teixeira Júnior.—Então o nobre se-uador affrouxou. Fez como o nosso companheiroJaguaribe, segundo dizem, na Capi tal do Ceará.Numa eleição apontaram-lhe por cassuada, u-ma pistola sem fechos e elle disparou para cazacom tanto pavor que encafuou-se de tal for-ma que só a muito custo poderam tira-lo dedebaixo do leito

O Sr. Jaguaribe (rindo-se).—Mas depoissa-hi e antos tinha mostrado muita coragem noCrato.

O Sr. Cândido Mendes.—Mas voltemos áquestão principal.

0 Sr. Teixeira Junior.—Porque não se con-sulta a obra de náutica d> Sr. Leitão da Cu-nha, publicada na França?

Or. Cruz Machado.—Ah ! bom sei, até o no-me delle está na obra em francez.—Traitè denautique politique, por Ambroise Petit Cou-chon de Ia Coin.. Parriz.

Sr. Teixeira Júnior.—Cruz, diganos isso emverso.

O Sr. Cruz Machado.—Hoje não, meu gaveão,não estou com o estro molhado.Ora estas coiíja.Jrealmoute não são couzas

para que se cligão.

validos em serviços úteis; sendo, porem, im-presçindivel restringir os soccorros, convémapplicar, de preferencia, os recursos que res-tam, aos que se acham impossibilitados deexercer qualquer industria ou de procurar n'ou-tra parto os meios de subsistência.

—No noticiário publicado no n.° anteco-.'(?nte d'este jornal, sob a epigraphe—Secre-taria da presidência—, em vez da palavra—moral—,, diga-se—physica.

Ensino pubãico. — Nesta parte orelatório do Exm. Sr. Dr. José Júlio á as-semblóa provincial não podia ser mais com-pleto. S. Exe. colheu dados preciosos sobre oestado do ensino nesta provincia. Vamos poisofferecel-os aos leitoree ; tratando em primei-ro lugar do ensino primário.

No ultimo decennio, isto ó de 1869 a 1878 óo seguinte o quadro da freqüência de nossasescholas:

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175, Historia 807 e Litteratura 851, alom dogrande n.<> de folhetos e jornaes que recebe.

De 20 de abril, quando foi inaugurada nonovo edifício, a 30 de junho ultimo a frequen-cia de ambos os estabelecimentos elevou-se a804 leitores.

No mesme periodo sahiram656 volumes, en-traram 524 e acham-se em poder dossubscrip-tores 132.

Movimento do |>ok*to.—De julhode 1878 a junho do corrente anno foi o nossoporto visitado por 451 embarcações, sendo :

De cabotagem 375De long-o cursoMovidos a vela

82320

a vapor 137No exercicio de 1 877—78 fora visitado por330 embarcações, a saber :De cabotagem 293De longo cursoMovidas a vela

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a vapor 181Diferença para mais. no ultimo exercicio

127 embarcações,População escrava do Ceará

—De 1872, depois da lei em.ncipadora, atejulho p. findo, tem sahido para fóra-da provin-cia, conforme uma nota quo nos forneceu a se-cretaria de policia, 8.984 escravos, a saber :Exercícios

18721873J87418751876187718781879 (até julho)

Entrados3

41585414

173320234

932

Sahidos291505710894768

1,7252,9091,182

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8,981

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OTíCiÂíiíOSegurança publica.—A contar de

novembro do anno passado a 30 de junho ul-ti mo foram commettidos na provincia os se-guintes attentados, segundo o relatório dapresidência :Homicídios 28Tentativas de homicídio 7Ferimentos graves "16

« leves 5Roubos \oFurtos 6Tirada ou fuga 'Je presos oResistência iDamno j

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p71

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p;3po_

74Não pode ser mais lisongeiro a estado da se-

gurança publica, Os crimes tem decrescidonotavelmente.

No mesmo periodo effectuaram-se 50 captu-ras, sendo destes 23 criminosos de homi-cidio. A partir de Janeiro de 1878 ao ultimo dejunho deste anno tem sido realisadas na pro-vincia 491 capturas de criminosos, a sabor : 117de homicídio, 80 de ferimentos graves, 19 deferimentos leves, 12 de tentativas de homicídio71 de roubo, 146 de furto, 31 de deserção, 3 deresiateDcia, 7 de tirada ou fuga do prosos, 2de estupro, 1 de injuriai verbaes, 1 da damuo^l de tentativa de roubo.

Este facto muito depõe a favor da boa mar-cha da administração policial e da energia eactividade dos seus dignos agentes.

Cadeia publica—.Nos 28 comparti-mentos em que se divide a cadeia publica desta capiUl acham-pe recolhidos 377 presos, as-sim classificados:

Condemnadosa galés perpétuas 13, a prisãotemporária 12. a prisão com trabalho 100,á pri-são simples 1(38, réus appellados 20, réus pen-dentes de julgamento 66.Culto publico.--» bispado do Cearáconta actualmente 66 freguezias, 14 providasde paroebos collados o 46 de parochos en-commendados, aebando-se 3 vagas, 2 regi-

das pelos parochos mais visinhos' e 1 porum sacerdote idonoo, não estando ainda3 instituídas canonicamente.

•ni * _ . » _ --*__, _,»5_-_ -¦__--»'--^'---.-•___¦ j *-,^»...<...., .„ .^4ji»_:i_»j):h..__a matri-cuia deste estabeleci man to 0 apenas de 35 a-lumnos, 28 do curso theologico o 7 do de pre-paratorios.

Itectiflcação.-A! pag. 2.a, col. 1.» elinhas 14 do expediente de 2 do mez próximofindo, publicado no n.« 80 d*oste jornal, emlugar das palavras—que convém empregar osbraços validos em serviços úteis et coztera—,deve lor-se—bem como que aprecia devida-mento a conveniência de empregar os braços

O anno passado a freqüência foi quasi nulla,relativamente a dos annos anteriores, e acausa ó de todos conhecida ; a quadra calami-tosa que tem atravessado a província. Muitasescholas estiveram e aiada continuam feita-das, porque os respectivos professores viram-se forçados a emigrar; sondo addidos a outrascadeiras.

Existem nesta capital 12 cadeiras, entre asquaes 2 mixtas. No 2» semestre do anuo pas-sado foram ellas freqüentadas por 1360 alura-nos.

Ha nesta capital 3 collegios para o sexo mas-eulino, Atheneu Cearense, S. José e IustitutoCearense ; e 2 para o sexo femeniuo —Externa-to de S. Rosa e Immaculada Conceição, sendoa matricula de todos elles de 331 alumuos.

ü honrado administrador da provincia nãose lem limitado someute a distribuir o pão docorpo aos indigentes, mas tambe_i o pão doospipito, creando escholas nos diversos abarra-camentos desta cjdade.

No abarracamento da Jacarocanga funecio-nam 2 escholas primarias, 1 do sexo masculi-no com 169 alumuos e outra do femeniuo com2i6.

No da Pacatuba 1 do sexo masculino com78 alumnos, e 1 do femeniuo com 119.

No da Boa Esperança uma do sexo teraeniuocom 235 alumnos.

Resumo da freqüência dos abarracamentosda capital :Meninos 411Meninas 907

1,318Nos abarrracamentos de Baturité oslão func-

cionando 14 escholas de ambos os sexos, cujafreqüência é de 6Õ0 alumnos.

Total da frequeuciaEscholas publicas 5 757Escholas de abarracamentos i,968

« particulares '331« do aprendizes marinhei-

ros 99

8,155O ensino secundário na provincia ó distri-

buido por um lyceu e 8 aulas do latim em di-versas cidades.

Ü lyceu couta 9 cadeiras, 1 de portuguez, 2de latira, 1 de francez, 1 do inglez, 1 tio geo-graphi- e historia, 1 de.géom.itria o algeüra,1 de rhetorica e poética, e 1 de philosophiafreqüentadas por 101 alumnos.

Adespesaf.it> com esto estabelecimentomonta a 27:40(^000 ; custando por conseguiu-to á província cala alumno, deduzida a matri-cuia, 446ft'000!

O ensino secundário ainda ó distribuídopor 5 collegios particulares cuja freqüência éde 361, que reunidos aos 101 do lyçèu e os _3de cadeiras avulsas de latim prefazèm o V° de505 alumnos.

«ibliothoea publica.—Transferidapara o edifício em que funeciona o Üabinete deLeitura Ceareuse, a bibüotheca publica acha-se mui bem collocadaom ordem a podar pres-tar ao publico os serviços riin são de es^o-rar.

Conta ella 3365 volumes, assim classificidos—Sciencias 476, Revstas 0 Jornaes 499, En-cyclopedia 568, Jurisprudência 20ô, Tíioolo-ia

No mesmo periodo entraram 11 ingênuos esabiracn 134.

Pelo fundo do emancipação foram libertados97 escravos. Calculando queem toda provin-cia, desde 1872 a osta parte, tivossera havido1000 manuraissões, pela liberalidade particulare a titulo oneroso, temos 1097 libertos.

Excluindo os escravos entrados durante os8Jultimos annos, o n.o dos sahidos para fora daprovincia eleva-ae a 8,052, que reunidos áquel-les attingem a 9,149.

Dando4°/o para a mortalidade sobre a po-pulaçào de 31,913 escravos, tantos quantos io-ram recenseados em 1872, devem ter fallecido8,413.

Resumo.Sahidos para fora da provincia 8052Libertados pelo fumlodc emancipa-ção 97

Libertados pela liberalidade parti-cular 1000Fallecidos 8413

Total 17,562População escrava segundo o re-

censearaento de 1872 31:913«

14,351 .Restara portanto no Ceará apenas 14,351 es-

cravos ISalvas as proporções, ó a provincia que con-

ta menor n.° de escravos e foi também a pri-meira que poude resolver o problema do traba-lho livre.

Estitsula de fui-ro «le M-taturitóA receita e despesa realisadas do 1.° de setem-bro de 1878 até 30 de junho ultimo foram asseguintes :Receita 175:700$681Despesa 99:123^060Saldo recolhido a thesoura-

ria de fazenda 76:577^621O frete dos goneros transportados gratuita-mente no mesmo periodo importaria em.

36:842$734. *"" ""

De maio de 1877, qu .ndo começou-se a sen-tiros effeitos da secca, a junho ultimo,tem sidotransportados para soccorros públicos os se-guintes gêneros e artigos:Farinha 6:531:678Marque 3:187:291Feijão 2:937:536Arroz 3:876:683Milho 1:5.6:165Fazendas eroura feita 30:368Medicamentos 4:195Diversos 434:623

Total ~

kilos

««

18-570:539Foram dadas 28,0.0 passagens gratuitas aindigentes. O frete poupado ao governo im-

portou em 111:5110.81.Resulta desses dados estatísticos que depois

que a estrada de Baturité passou ao °-overnotem produzido uma renda liquida annual domais de 7 % sobre o capital de ljl43:466„596garantido e afiançado pelo Estado. '

Colhemos es.ee dados do importan te relatóriodo Exm. Sr. presidente da província á Assem-blea Provincial.Secção <Je arrecadação.—Ron-

deu no mez passado 45:262$87().A arrecadação tem ido sempre em escala as-c>ndente, segundo se demonstra pelo rendi-mento desse mez nos 4 annos últimos; asa-ber:

!!J8 Gu'M 19:535$9438/7 28:845$527

¦ jj-íí

<( 34:872^11118/9 «, 45:262^870A escrupulosa fiscalisação deve-se inqupstio-navelmente esse resultado.SSéeripi inação uiorcaii_il.--R.e-

cebe.nos do Rio de Janeiro pelo ultimo vaporo Compêndio de escripluração mercantil, rela-tiva ao commercio de compra e venda,pelo Sr.jQaqtiiua Xavier Carneiro.E' do incontestável 111 lidado esse compêndio

para todo aquelle que se dedicar a vida com-mercial. Preenche com a maior precisão aclarasa o fim que teve em vista seu autorR'íeommeudaraol-0 muito aos Srs. negoci-antes, guarda livros e aspirantes á importante*

profissão do commercio, pois que sem auxiliodo mestre, pole-se adquirir os mais úteis co-nhecimentos da matéria.EU Ia d o sanitário.—O nosso estadasanitário e o melhorpossivel.O obituario desta capital tem decros.Mdo sesivolmonto; regulaadode 10, a4, por dia.

«1

*

V\

— _.- .SÍ.S.-u

Page 3: ÒRGAO LIBERAL mmmemoria.bn.br/pdf/709506/per709506_1879_00084.pdfrèiita contos de réis em estampilhas de sêllo adbesivo, afim de assignal-o. —Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial

;3

P!•'

Ante hontem não se inhumoii no Ceraito-rio publico nem um só cada\er!

Ao passo que o anno passado na primeiraquinzena deste mez a mortalidade elevou-se a1,246!

Frei Serafim de Catanoa.-A-cha-se entre nós, viudo de Piauhy, Frei Será-fim de Gatáneà, prefeito cios capuchinhos daPenha, de Pernambuco.

S. Rvdm. deve seguir para o Recife no vaporesperado do norte.

liastrucyão publica.—Foi nomeadaprofessora da 2.a caleira primaria de Sobral 0.Maria Carolina da Silva Brandão.

Entrada tio fèi*rO de Haluri-té.--Foi dispenso o pharmaceutico commis-sionada naqueiia estraaa, Samariní Bonifácio,e nomeado em substituição, José ignacio Pes-soa.

sãmppieate do juiz municipal.-—Teve accesso de 3.° para í.0 supplente dojuiz municipal do. Assa ré, em conseqüência devaga, Antônio Alves de Barros Cavalcante, efoinomeado, em lugar d'oste, Antônio da SilvaPereira.

Oâlüeios de justiça. —Foi nomeadopara servir provisoriamente os oflicios de tabel-lião publico o mais annexos de S. Benedicto ocidadão GaudoucioSoares e Silva.

SLuceucas. —Foram concedidas as se-guio tes:

De 30 dias para tratar de sua saúde, ao ins-pector do thesouro provincia), bacharel JoséMendes Pereira de Vasconcellos.

Oe dous mezes para fim idêntico, ao profes-sor da l.a cadeira de Maranguape, Franciscod'01ivoira Conde.

lilsmark dofjj.llaílo á duellò-—O príncipe do Bismark foi desafiado peloex-ministro Friedenthal. O motivo qne pro-vocou o desafio é verdadeiramente curioso. Ochauceller n'um dos seus habituaes accessosde fúria, não vacilou em chamar ao ex-mi-nistroi. a ultima palavra de Carabrone !

São conhecidas a? phases porque tem passa-do nos últimos tampos a politica do Sr. da Bis-mark, e o chauceller do império allemào en-tendeu recentemente desfaser-se dos ministroscuja feição liberal poderia prejudicar os seusplanos, em proveito dos partidários da reacção,tanto em mataria econômica, como em as-sumptos religiosos o políticos. Uma das victi-mas doste reviramento do chanceller foi como soes os seguintes pareceres

especial quo sobre tal assumpto tem de darparecer, os Srs., Cartacho, Pedro Alves eMiguel «Soares.

Outro da câmara municipal de Cascavel, re-mottendo copia das posturas em vigor.—A'commissâo de câmaras.

Outro da câmara municipal da Pacatuba. re-metendo contas, e orçamento de sui reco ita edespeza para o anno de 188U, assim como umanota dos impostos que arrecada.—A' mesmacommissâo.

Outro da câmara municipal de S. Bernardo,remettendo ropia de suas posturas e o respec-tivo orçamento.—A' mesma commissâo.

Outro da câmara municipal do Cascavel, re-mettondo as contas de sua receita e despezas.—A' mesma commissâo.

Outro da câmara municipal de Baturité, re-mettendo as contas de sua receita e despezs,eo respectivo orçamento.—A' mesma commis-são.

Outro da câmara municipal do Aquirz, pe-dindo autorisação para vender em hastea pu-blica a antiga casa de suas sessões.—A' mesmacommiasão.

Outro da mesma câmara, remettendo copiade posturas.—A.' mesma commissâo.

Outro da mesma câmara, e um outro em a-ditaraouto, relativos a contas -a artigos deposturas. —A' mesma commissâo.

Outro da Irmandade do SS. Sacramento dacidade de Sobral, remetendo um projecto dereforma de seu compromisso.—A' commissâode negócios ecclesiasticos

Requerimento do padre Antônio da Sil-va Fialho, pedindo permissão para serem se-pultados elle, sua irmã e sobrinhos na capellade Santo Antônio, de Sobral, daqual foi fun-dador.—-A' commissâo de negócios ecclesias-ticos.

O Sr. íãá ít-oria apresenta o seguinterequerimento, que ó lido, apoiado e sem debateapprovado :

« Requeiro que, por intermédio da presiden-cia da provincia, se sollicite uma nota demon-strativa dos saldos verificados na thesourariageral uos balanços desde 1851—1852 até 1838= 1879.-Sá Roriz. »

Passa-se áORDEM DO DIA:

São lidos e voltara ás respectivas commmis-

dissemos, o ministro Horr Friedenthal que,julgando-se aggravado pelo Sr. de Bismark, oprovocou a duello.

Com quanto o valor do chanceller estejamuito acima de qualquer suspeita, é naturalque o homem, quo ha ;bastantes annos dirigeos destinos da Allemauha não saia a campo.O Sr. de Bismark, com o seu orgulho desmedi-do, julga-se superior a qualquer provocação,e por isso a curiosidade publica só deve-rá fixar-se no expediente que adoptará o ex-ministro Herr Friedenthal no caso (de comotudo faz suppor) o chanceller não aceitar o rep-to que lhe é proposto.

Morte de um cardeal.—Os jor-naes de Nápoles annunciam o fallecimento docardeal Caraza de Traette, ha pouco nomeadopor Leão XIII secretario dos breves apostoli-cos.

O cardeal estava para partir para Roma,afim de tomar posse de seu cargo, quando amorte o surpreheudeu.

Tinha 73 annos, e era um dos últimos car-deaes, creados por Gregorio XVI. E' pela se-gunda vez quo está vago o lugar de secretariodos breves, desde a exaltação do papa LeãoXIII. A primeira vagatura deu-se por óbitodo cardeal Asquilli,

Casamealo na ZiiSuIandia.—Na Zululandia, o homem que pretende cazarcompra a mulher a prompto pagamento ; p-e-çq fixo : doze cabeças de gado.. Épnuiiiientp ao priuçipc Ma-po2eão.— Na Inglaterra Irata-se de erigir ummonumento à memória do mallogrado príncipeNapoleão.

Corrupção na /ÍAUsI.riTii.—Os tri-jbunaes de Vienna acabam de julgar um proces-so escandaloso e que cauzou geral e profundasensação.

Os'processados eram o conselheiro imperial,conde de Schweitzer, e um tal Sonnemberg:Um personagem parlamentar da Hungria, o Sr.Varady, está gravemente comprometido nestecaso.

Parece que os referidos sugeitos tinham umaverdadeira loja, onde vendiam por preços maisqu menos elevados as suas condecorações e ostituios de fornecedores da casa imperial e real.O Sr. Varady que ha tempos se encontra n'umasituação pecuniária deplorável, valia-se da suainíluencia'com os ministros; o Sr. Schweitzerap-i-iiveitava-sa dos créditos que tinha na cortee assim arranjavam ambos varias condecoraçõesque Sonnemberg se encarregava de vender,

*

Da commissâo de justiçasobre as pretençSesde Cicero da Costa Lima, e D. Francelina deAraújo Salles ;

Da commissâo de negócios ecclesiasticos so-bre a creação da freguezia deCaxassó.

Esgotadas as matérias marcadas para a or-dem do dia, o Sr. presidente levanta a sessão,designando a seguinte <

Apresentação de projectos e pareceres de'commissões. ^--'

Acta da reunião em *í de agos-to de I&70.

Presidência do Exm. Sk. Dr. José Ponpeu.

A.'s 11 1/2 horas da manhã feita a chamadae achaudo-se presentes os Srs.: José PoinpHU,João Lopes, Paiva, João Simpaio, João Men-des, Fenelon, José da Justa, Micano, VicenteJorge. Moura, Augusto Barbosa, Miguel Soa-res, Urbano e Júlio César, o Sr. presidentedeclara não haver sessão por falta de nu-mero.

MÜJtiDiUiáltiÀTribunal «li» ilelaçâo.

Sessão ordinária em 5 de agosto de 1879Presidência do Exm. Sr. Cons. Estellita.

Secretario interino BorgesJULGAMENTO:

Appellação crime.N.u 1341—Aquiraz.—Appellante o juiz de

direito, appellado.Joaquim Ribeiro do Nasci-monto.—A' novo jury.

&t aaaaaaagggas

PUBLICAÇÕES SOLICITADAS

gMMWBMMWMimBaMMMaaBBBMBMIBaai

OfcARía'

ASSEMBLÉA LEGISLATIVA PROVINCIAL.

Cessão ordinária em 4Â do a-gosto de 1Q70.

Presidência do Exm. Sa. Du. José' Pompeu.

A' 11 horas da manha, feita a chamada,acham-se presentes os Srs. José Psmpau, JoãoLopes, Feijó, Paiva, Catunda, João Sampaio.Hildebraudo, Pedro Alves; João Mondes, Fene-luu, Justa, Miceno, João Paulo, Vicente Jor-ge, Sá Roriz, Moura Cavalcante, AugustoBarbosa, Louronço Feitosa, João Câmara, Car-tacho, Miguel Sjures e Júlio Cezar, abre-sen; aessão .

K' lida e sem debate approvada a act* da ses-são anterior.

O Sr. l.o secretario dá conta do seguinte.

EXPEDIENTE;

IJm officio do secretario da presidência, re-p,i!t!eudü os papeis relativos á queixa apre-sentada contra o juiz de direito do Canindé,Antônio Jof-ó de Amorim.

O Sr. presidenta nomeia para a commissâo f ato auppunha imp'issivel| vir a luz da pubh-

O Juiz municipal de S. Fraacisco;

VIII .Acabarão brigando.

DIALOGO ENTIIE J. DE RABO, E SEU CUNHADONEUTEL.

—Neut : -«Como sabe, Sr. João, desde queV. aqui chegou em outubro de 1874 que te-nho sido o seu maror protector, e os benefíciosque lhe tenho feito desde então até o presenteme dão direito á merecer-lhe alguma atteu-ção. Tenho me capacitado de que V. tem sidorealmente a cauza de minha derrota; mas a-pezar disto, não quero dar gosto aos meus ad-versados: estou desposto á levar a cruz aocalvário; quero prestar-lhe todo auxilio, be-neficiando-o, ainda mesmo cora sacrifício, emseus negócios complicados, com-tanto quo semostre rasoavel e benevolo nesta liquidação,para a qual o convidei, afim de acordarmosem um meio mais docente de vida, que conve-ilha d'ora em diante á ambos nós.

—J. de R : —Parece-mo que não devia ac-tuar em seu espirito a menor sombra de du-vida—para estar certo de que eu sampre con-coriarei em toda proposta sua, que seja com-pativel com os nossos interesses.

—Neut. :—Antes de entrarmos em assumptomais grave peço-lhe de favor que consintacortar este cabo, que se por um lado já o tembastante atormentado, e eacandalisado o pu-blico—expondo-o sempre ao ridiculo, por ou-tro lado me tem causado prejuiso; pois, comoestá vendo, as jminhas cadeiras estão todasfuradas, e parece-me que não havia inconve--niente em mandalo cortar com toda o semi-tria; e mesmo porque tirada a causa, cessãoeffeito, deaipparecerião os motej s que tantojá o tem encommodado, á ponto de não podersair á rua, por que todos querem ver a novi-dade, apesar de suas cautellas.

J. de R. :—Eu não queria fallar-lhe nisto,

cidade : o ingrato que trouxe em minha com-pitnhia foi a causa de se saber.

Mas cada um como a natureza caprichosa ofez. Já usei de chloroformio e não pude sup-portar a dor mortal.

Tambom estes pequenos buracos das cadei-ras não tnerecião que V exigisse tão dolorososaçriü.eio; por que quanto as apupadas da ruajá comprei um revolwer...; do mais, sempretomo o cuidado de amarral-o.

—Neut :—Fallei nisto por suppor que nãocauzasse tamanha dôr. Vejo diversos aniraaesassignahdos, e não mostrão soffrer tanto, e asvezes uza-se desse remédio de corte na ponta—para cura de certos males.

—J. de R.:—Deixemos isto; sobreis cadei-ras furadas mandarei o Bolandeira concertar.Diga-me se já pagou as minhas correspondeu-cias da Constituição, em que tenho dito ma-ravilhas?

—Neut.:—Já paguei duzentos e tantos milreis, couforme o rócibo; e V. podia ter-me"pa-go ao menos com os 200$00ü reis que tirou dossoecorros quando era presidente, ou ex-cabeçado membro da commissâo.

E á propósito, diga-me o que tem feito V.com seus artigos ? Contão-me que cada vez V.vae compromettendo-me mais ; até já tem ditoque andei commettendo estellionato,—rece-beudo pagamento de fretes duas vezes; isto ó,recebendo geueros, o depois, dinheiro na the-souraria,—e que não carreguei gêneros?

V. com isto mata-me, Sr. João, eu nâo leiobem como sabe; mas parece que lêrão-me istooutro dia nas folhas, eédisserão que eram es-criptos saus na folha grauda.

—J, de R. :—Si V. soubesse ler, e entendes-se os meus artigos havia dever que eu fal-lando do sou estellionato ó com o fím de ator-montar os outros, tanto assim que vou mistu-rando muitos elogios á sua distineta pessoa,fazendo de V. gente.

Parece-me que V. ou não comprehende ascouzas, ou não agradece os favores que lhe te-nho feito; v. g.: se não fosse eu, não haviaquem o promovesse ao lugar de chefe, embo-ra uão fosse acceito por certas circumstancias,ficando mallogrado o meu esforço, V. cobertodo ridículo, e exposto ás chufas dos própriosque ha..pouco o esbofetearão na rua, mas sem-pre salva a intenção.

V. nunca tinha sido fallado nas folhas senão depois de minha lembrança; não sabe ler,mal assigua o nome que nem todos se atre-ve á ler; e eu illudindo ao publico fiz artigose papeis em seu nome pira dar-lhe importan-cia, fazendo acreditar que V. tinha dinheiro—para ver se á final vínhamos á governar es-te collegio.

Hoje ficou V. conhecido até na minha pro-vincia, para onde mandei as folhas, e essaimportância não foi devida á mim?

Não aproveitou sempre o trabalho? Romanào se fez ó n'um dia, A' não ser essa famaque lhe tenho emprestado, o que era V. antesdisto, com as suas compras de algodão, resinae jogos da feira I Não passava (Taquillo quelhe exprobravão na face, com que já estavafamiliarisado. Pensa que esse dinheirinho dopadre, adquerido como todos sabem, porem de-vendo-lhe ianis dedoze contos—havião de dar-lhe importância algum dia, se eu não tives-se a seu lado para encaminhal-o?

—Neut.:—Salva com effeito a intenção,devo dizer que essa importância á que V. pro-moveu-mo só aproveitou para cauzar-me dam-uos incalculáveis, e geral descrédito. Era eudelegado, cargo que não foi V. quem arran-jou; e depois ae comprometter-me, arrastan-do-me á pratica de tantos crimes e desatinos—foi a cauza do ser demitti !oá bem do ser-viço publico.

Fiquei desprestigiado, e exposto ao ridículo,por causa desse lugar de chefe que V. nomeou-me só nas folhas—pura andarem dizendo queera chefe da quadrilha... e agora, nem os li-beraes fazem caso de mim, os caraugueijosme trazem na garganta desde quo mandei Au-tonio Amancio iusultal-os; e seio quo quandoelles subirem tornão á cercar-me a casa, es-bofeteião-me na rua, arrastão-me preso, e a-marrado outra vez, com dois negros, como fi-serão, acharei quem me tire da cadeia?

—J. de R. :—Nào creia nisto; os cirànguei-jos hão de aproveitil-o, e V. ha de sèr umdos chefes delles, isto mesmo já tenho man-dado dizer ao Ibiababa que ma acredita.

Essas couzas velhas estão paradas; bem vècomo elles me agradão, e quem lhes fez maisbandalheiras do que eu, v. g.: quando XicoRajado esfregou-me as ventas duas vezes comum chicote na Santa Cruz, queixei-me aoPauleta para mandal-o prendei; c jm mais ou-tros.

Pauleta prometteu dar providencias, e lar-gou-se para Santa Cruz; em vez de cumprirapalavra foi hospedar-se em caBa do protectordos criminosos—Paula Mendes; e eu damnadocom isso charaei-o publicamente de juiz cor-rupto, protector de criminosos, levei-o ás fo-lhas; elle fuz-me picardias, processou-me, pro-metteu iniUilisar-me, se eu não pedisse are-moção. Nâo pedi remoção, e á final não es-tainos camaradas?

Não disse eu em peça official que Raimun-do Pinto era falsificvdor de qualificação, e nãoestamos camaradas?

Hoje me fazem tudo o que eu quero; o ne-gocio é sabel-os encabrestar.

Portanto, uão desanime; so não pude en-caixal-o chefe dos liberaes. pos*o construi-lo chefe dos carangueijos, e que remédio te-rão se não acceita-lo?

—Neut.: -Pode ser, pode ser; mas já perdi-lhe a fé, ainda mais V. com essa tísicapouco pode durar, e se cortar o sobrenome ?

Coute-mo que historia é essa de escravidão,que aquelle natriçio de botas descobriu ?

Entãi V. ó escravo, ó filho ou noto de umaescrava, e veio casar na família de gente bran-cà ?

Veja que isto ó negocio serio, eu não querover minhaparenta com trabalhos, e sobrinhosobrigados talvez á proporem a acção de liber-dade, se não aunullar-se o casamento por con-ditionc per sono? .'

—J. le R.:—Não tenha medo, que ninguémse lembra disto. E' verdade que o capitãoChiquinbo Henrique?, uai natural de minha

mão, não fleu-lhe carta, nem deixou-a farra "

por. testamento.Mas não sabe que hoje pela lei dos escra-

vos o abandono por dois annos os torna liber-tos? a falta damatricula os torna livres? aprescripção nos termos da lei lhes aproveita?Ainda que algum herdeiro do capitão Chiqui-nho proposesse uma acção sobre qualquer des-tes três fundamentos, eu havia de triumphar,porque como deve saber, as leis e os tribunaessão sempre favoráveis á liberdade. Ainda nãose viu uma sentença sahir contra o escravo.Demais, o escravo bacharelando—se fica fôr-ro.

V. falia era nullidade, trabalhos etc. Quevantagens tirei eu dessa acquisição?

O padre prometteu quatro contos, e foi parainglez ver ! Com esse sonho de quatro con-tos fiz suppor que era á mim qu8 se imputavao saque da burra, quando eu bem sei, e todossabem que isto è negocio que corre por suacasa; e eu tomando o encargo á raeus bom-bros, livrei-lhe do peso—com o duplo fim dobeneficial-o (á vista do que todos sabem) etambem despertar a compa-ixão do padre paraver se por esse moio cumpre a promessa; pois V.bem viu que não foi á mim que imputarão estefacto, nem disserão em quanto orçava o roubo.Mas eu fiz-me desentendido, e como foi nacasa t nde hoje moro, tohiei a imputação paramim, para fazer-me victima da calumnia, eter defesa.

Deixemos isto; pois nào quero saber o quefui, e sim o que tenho-lhe feito ; e vamos aoque mais importa aos nossos interesses, que éo objecto de nossa liquidação.

V. prometteu-me dar um couto e oitocentosmil rs. para eu ir ao Rio atraz de uma vara dedireito para au restaurar-lhe, por meio de ar-remataçõ68 falsas, as suas fazendas de ga-do.

Fiz-lhe já muita cousa, e nada de dinheiro ;como ó isto ? Então está recuando? Quer mepagar com esses quartinhos das rezes que An-tonio Amancio pegava com ordem sua ?

—Neut. :—Não me falle nisto homem mal-dito ! Esses gadinhos que V. fez-me arrema-tar não me pagão o muito que V. me deve ; efez o negocio tão mal, que não me julgo se»guro.

Vejo as folhas fallarem em falsidade e fur-tos de gado, e V. não ha de soffrer nada ; euó quem paga tudo. e arrisco-me á pagar o ga-do em tresdobro!

Pois V. que diz saber a lei, nâo sabe fazerarremataçõe8? Certo de que os donos do gadonão apparecião, não tinha tanta pressa; man-dasse fazer o negocio direito, com as formali-dades da lei.

Agora assim ficou bonito: tudo falso, e o'meu ferro ó que vai pagar.

—J de R. :—0 certo ó quò V. está com umaporção boa de gado, sem gastar quasi nada, eeu ó que estou levando nas folhas o nome defalsificador de contas e outras cousas, e nadade dinheiro para ir ao Rio.

Nfio me venha fallar em formalidades de lei ;para arranjar essas arrematações não precisamuita cousa : estou muito pratico nesse nego-cios. Eu tenho-lhe dito muitas vozes como foique meu pai adqueriu algum dinheiro com es-cripturas falsas—recebendo o dinheiro do im-posto, sem tirar o conhecimento na collecto-ria, e fazia de conta que tinha o conhecimentopara encorporal-o, e assim forão compradoscentenas de prédios. Quem pode atacar a fépublica de um tabellião sabido? O que ocon-teceu á meu pai ? Perdeu o cartório, ó verda-de mas isto foi depois de muitos annos, já ti-nharaos adquerido dinheiro, nem foi á cadeia;em fim não quero sab^r o que fui, e sim o queposso ser.

V. tem se mostrado tal qual na meza dejogo da feira j isto ó, um verdadeiro tratante,não me paga as arrematações, e o que ó maishorrível, nem à herança de minha sogra, ten-do até reduzido á captiveiro a escrava Mar-tha, que a ex-ecclesiaslica deixou forra.

—Neut. :—Vejo que V. já vai-me insultan-do. Hei de reduzir até a V., quanto mais aMartha. Não ha de fazer o mesmo que fez aViriato, por ter soltado.o Rajado para esfro-gXr-lhtra S~ v5 nta s r^_iiB^ireav-qWJ/T-\^eaideu-^-me em vida da velha, isto ó, treaentos e tan-tos mil reis, nâo chega para pagar o que medeve ; e foi um insulto lançado á memória davelha, en^urtando-lhe os dias !

E aquelle ourinho que tirou da velha quandoestava doente em sua casa não entra em contada liquidação ?

Sabe que esse ourinho era do padre, e o queera do padre, do certo tempo para cá me per-tence.

Não falle mais na historia da Martha, quoeu tenho muito o quo puchar : onde está o di-nheiro das orphãs, minhas sobrinhas, entoa-das do Roberto?'O seu fim, eu bem sei, ó acabar brigando; mashei de abrir-lhe os olhos, e mostrar-lhe oca-minho do Engenho Lameiro, propriedade doseu senhor, o velho Henriques, ua Parahyba,e não o supportarei mais. Isto acontece aquem dá confiauças á um negro que só veiocrear a intriga, e o estrangulamento da fa-milia.

—J. de R. :—Eatá enganado : o padre já uãodeu uma escrava e dez vaccas & menina? Oouro era da velha mesmo.

Faça o que entender ; hei de tratar dos meusdireitos, não preciso advogado, e V- ha de pa-gar caro o que me acaba de fazer. >

Apresentado aqui o resumo da liquidação,proseguimos em demonstrar as esporte/.as dosganhadores da commissâo, que forão repelli-dos por furtos.

—N-4 constituição n. 44, o celebra João deRabo julgou cantar victoria, fez-se mais purode que o sol, foi victima ds caiumaia, mostroucertidão de quo não fez o inventario de JoãoFerreira Gomes de Miranda—para poder sepa-rar os melhores burros em pagamento de eus-tas!

São sempre ephemoros os triumphos de umfino gatuno, que mais de uma vez ó pegadoem ílagrante ; tão ophemoros, que apenas ar-ticulados, se esvaem como a bolha do sabão.Foi um erro do autographo : ora vez de—LuizFerreira Gomes da Miranda, escreveu-se onora» do pai deste—João Ferreira Gomos d%

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Page 4: ÒRGAO LIBERAL mmmemoria.bn.br/pdf/709506/per709506_1879_00084.pdfrèiita contos de réis em estampilhas de sêllo adbesivo, afim de assignal-o. —Ao 1.9 secretario rPassembléa provincial

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Miranda. Agora João de Rabo apl-asènte Côr-lidão de que não fez o inventario'de Luiz Fer-reira Gomes de Miranda, fora da villa parafazer custas, contra o requerimento do inven-tariante, e que não separou os melhores bur-ros ?!

A viuva do velho João Ferreira veio a villarequerer o inventario, e João de Rabo indefe-rio, mandando as partes voltarem para fazaroinventario fora da villa. A' viuva, á vistadisto, pediu praso da seis mezes á Relação, fin-do o qual, o supplente foi quem fez o inven-tario. Não se fallou no inventario da mulherde Roberto Pinto ; 9 sim na delapidação do di-naeiro das orphãs suas enteadas.

§Como temos dito, Francisco Pinheiro Bolan-

deira, demittHo da commissão por causa defurtos, recebendo duas e mais vozes o pagamen-to pelo mesmo serviço, foi unir-se ao collegaJoào de Rabo, que ferido do mesmo golpe temfeito delle um instrumento cego : dá-lhe mi-nutas de artigos, de attestados, de cartas, eaté de depoimento jurado, para mostrar atéque ponto sobe o ridículo dessa cabeça três-loucada. Eis o seu recibo :

« Rocibi do Sr. tenente-coronel AntônioTeixeira Bastos, thesoureiro da commissão desoecorros desta villa a quantia de 3l$200 róis,importância quo a mesma commissão achava-s<? a dever-me de serviços que até esta datatenho feito como carpina para a obra da ma-triz desta villa.—S. Francisco, 27 de maio de1878.— Francisco Pinheiro Bastos. »

No mesmo dia, illudiudo o eucarregado doarmazém, foi receber em gêneros de igual va-lor pelas mesmas obras, d') que ficava pagoem dinheiro, o que foi presenciado por quoraassistiu á um e outro pagamento. Logo que otio soube dessa velhacada, o expelliu fora dacommissão. J. de Rabo aproveitou-o pelaidentidade de caracter.

Em 14 de julho de 1879.Diogenes.

Muudaliú^ de ikgoslo de l&yo.Sr. 'Redator.—Não foi por falta de b!nes pa-

ra minha defesa, que deixei de inc ontinenteresponderão ooramunicado do jornal Pedro II,de 20 de abril do corrente anno sobre oepigra-phe «Mundahú» cujo autor anônimo não me óextranho, bem conheço ao que tem uma bio-graphia iramunda, e cuja posição de impostorde aldeia lhe dão predicados, que lhoattingemo vocabulário da calumnia, e da injuria, suaarraapredilcota com que atacaa seus desefectos,aos quaes procura adquirir gratuitmentecora ofim de ventilar seus bafejos venenosos, a torpesna reputação de alguém,fasendo deste mo Io suaexecránda carreira.

Como gran-pasquinheiro de que faz profis-são (e haja vista os seus decantados acrosti-cos^ lança-se a reputação dos homens de bom,e áos railindres das familias e então encontrasempre similo cum si similibus que unidos denovo pelos sagrados laços da Commissão derãode p-iuca no Mundahú, e não era de esperarmenos; esta ave agoureira, abutre quo devoraas entranhas da sociedade nunca pousou emlugar algum, que não se seguisse sua estanta-nea desgraça. Mais lembrando-me agora queprometti ao respeitável publico e as do maisautoridades dar cabal resposta, vira com effei-to hoje justificar-me das aceusações que mefez o jornal Pedro II de 20 d'Abril do correnteanno, o qual forçou-me a deixar por instantesminha árdua tarefa, e encoramodar aos leito-1res cora a exposição de rainha defesa. Nome-ado pelo Exm. Sr. Presidente desta provinciaera novenbro do anno próximo passado, com-missario desta povoação e encontrando estacommissão por de mais defeituosa, não só namarcha dos n gocios da destribuição dos soe-corros, como o modo porque desembarcavão osgeueros neste porto, oceasionando por estaimperfeição furtos extraordinários, a ponto deesgotar dinheiro dos negociantes, que compra-vão, e tratando de pôr termo a estes desman-dos achei obstáculos, sobre obstáculos pulecom tudo harmonisar a forma de desembarque,sem o escândalo do roubo, e usei de cartõesaos indigentes,previnjndo a aglomeração destes

.-na-pagadoria, que d^-a^tos-efit-ufH-a-vordadgh^confusão, confesso que foi um dos serviços, quemais luetei, tendo por paga a odiosidade dealguém quo acoroçoáva ao roubo,e dahi ó queo Pedro II noticiou em palavriados calumnio-sos uma infinidade de mentiras, cuja chicanaó de preferencia dos bigorrilhas dAldeia queee atirãocomo salteadores da honra e probida-de do cidadão, querendo com basofias incutirno animo de alguém a deshonra, e desprestigiodos funecionarios quo vellão pelos interessesdo Governo.

Disse o já citado jornal que sobre a direcçãodo tenente Assumpção estávamos eudigentesmorrendo» fome. Ora! de novembro passadoaté hoje na povoação do Mundahú, ainda nãomorreu uma só pessoa a fome; por que osgêneros que me erào remettido s alcançavãouns, aos outros, conforme a quatidade de vo-lumes da paitida, como claramente a cabão dedepor todas as testemunhas inqueridas pelo de-•legado da Imperatriz, em um inquérito polici-ai, que sobre estas aceusações veij fazer deordem do Dw Chefe de policia, e a mais tempodeveria ser feito para não terem retardadominha resposta.

Jurarão no inquérito sete testemunhas, pes-soas fidedignas, daa principaes da terra, mo-radoras nesta povoação,e insuspeitas, do uma,e outra parcialidade politica,estas coudemnaràocomseus depoimento ao miserável e caviloso ca-lumniador, porque disserão unanememente.« Que o tenente Assumpção não tinha vendi-« do esses gêneros, nem alguém de sua casa.<c como noticiava o periódico Pedro II, que« poucos volumes que voudêra applicava suas« quantias na compra de carne para os vario-« losos-; por que a ile xarque não prestava ; nà« compra do ferragens para a cadeia; na com-« pradecaunos de esgoto deste edifício; na pa-« gado aigunsofliciaes, que exigião dinheiro; e« finalmente que nâo era exacto a venda des-1 sos 13 volumes por obra de labirintho; por« quanto (diz ura* dellas) eu vi o vendedor« receber uma nota de cincoenta mil reis ; e« que não constava que os aoldidos sobe o« commando do tenente Assumpção, chibati-% assem a ninguém, o muito menos a orna

« criança ; que era falso ditos soldados ten-« tassem contra a exis'encia de Luiz Peroba,« pois este era um pobre homem inoffensivo,« e quanto a facada quo recebeu Margarida« de tal, amasia do soldado Antônio Rodrigues« Alves, fora esto pronunciado, o sua compa-« nheira, nâo resultando cOmplicidade mais« a nenhuma pessoa, que lhes constassem.

Ora ! eis os factos que forão ter ao conhe-cimento dos altos funecionarios, e de que opublico talvez se aguardasse para ver sua fi-nal decisão.

E' concludente que estas arguições forão pu-ramente imaginárias, o cavilosas, cahirão so-bre os pós dos próprios palradores, e da nãoexatidão dellas, já se achào scientes o Exm.Presidente da província, o Dr. Chefe de policia,o delegado da Imperatriz, o ficará todo o" publi-co inteiro sabend o.

Analyse bem quem sabe, quora farão seusautores, e vejo se um não foi o ambicioso, quejogo com seu escravo no meio dos diterios, echalaças de seu parceiro, e não tendo a dita devir mais gêneros para o Campo-Gr inde, quizinforcar-se; carregou a mão nas bebidas alço-ollicas, nas bodegas, e manifestava infâmiasa cidadãos honestos ( e que disto tenho docu-mentos em meu poler) virou a sua podre casa-ca, g apparecondo-lhe «ymptomasdo effeito daraordidurado cão damnado lançou-se ao rnun-do de rauda, e por fim vendo que sò podia mo-rar no cheiro da carne velha, e da farinha,estáde casa allugida nesta povoação. O autordepois qne rasparão-lhe o famoso par de algo-mas, mudou-se para a Imperatriz, chegandonú, derão-lhe libre, e não tardou a dar o pan-no da amostra,arranjou uns cobres na direcçãodos negócios dos amos, e toca a fallar charaan-do ingratos amigos, e não podendo por ultimodesenlaçar a todo*,e poz tudo em desarmonia co-imcustuma, tem ferido a torto e a direito aosque lhe derão-o pão.

Ah ! ingrato.Deus se araercie de voceis dous.Publique Sr. Redator estas linhas que lhe

serei obrigado.Seu constante leitor.

O Tenente Januirio da Silva Assumpção.

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I%".»36SS.A medicina por- Exüelleueia do

século.Não nenhum remédio que tenha recebido

mais elogios de todas as partes, como seja aSalsaparrilha de Bristol. Ella lem sido apro-vada pelo espaço de trinta e cinco annos, pormais do mil periódicos principaes ; e pelas dou-tores, chiraicos, o escriptores médicos de todosos paizes.

Faz quinze annos que toda faculdade medicade Bufalo, deu um testemunho unanime: desuas inestimáveis virtudes curativas, osperi-,montadas durante a longa pratica de sua pro-fissão-

Quarenta médicos distinetos, domiciliadosem differentea povoações do Estado de New-York, sustentarão-nos com um outro teste-munho não menos emphatico e sumamente li-songeiro; e desde então cinco oitavas partesdemais escolhida da profissão, tem contastadoseus méritos, debaixo da responsabilidade deRuas assignaturas, suas curas de escrofolagcancros, tumores e toda a casta de moléstiasoruptiveis e ulcerosns, nunca serão esquecidasem quanto a lingua ingleza for lida e faltada.

Em uma palavra ellas têm sido escriptas emtodos os idiomas modernos, e cauzado a admi-ração de tolo mundo civilisado.

Acha-se a venda em todas as principaes lojasde drogas.

preza o ver a minha reputação e d'aquelloamigo tão desabridaraente atassalhad a peloabj^cto—Observador, pois que do despeitadomuito mais podemos esperar e dendê quo inau-gurou-se a nova situação, que os vemos cabis-baixos, hydrophobicos, trasnndando nas cha-mas de fulminante desespero.

E haverá situação mais teVrivel do que que-rer e nâo puder?Morda-se esse ente infernal, raüja de raiva

com os dentes, atire-se na imprensa como qui-zer, certi de que o seuaranzel só se presta bempara tirara limpo a força de seu despeito, e asua crassa estupid z, causa motora de dar o—Observador—tão triste copia de si.

A rasão porem de tanta ira, bem sei eu qualella seja—O infame observador—sem duvidaera commissario no domínio passado, e entãoum d'aquellesque dispunha dos gêneros do Go-verno, como se fora propriedade sua.

Dispensado por incipacidade do semelhanteincargo vio máo grado seu, e sem lhe poderdar remedio,furgir-lhe a preza das unhas; e eistoda a grita, t da alarma, e desespero hydro-phobico, em que se agita esse espirito raalig-no e infernal.

Buracod'agua 6de Junho de 1879.João Antônio da Costa Vieira

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Festividade ifcíiii^âosa.Torminou hoje o festejo solemne feito o glo-riosa SanCAnna, nossa Padroeira.Os actosostiverão n'altura da possibilidade,

de sorte que, apesar da anormalidade do tem-po, nada deferio dos prat cados em épocas re-gulares (') Nota-se, por íbso, sotisfacção com-pteta em todos que assistirão a festa.

A' ninguém, se não ao nosso virtuoso paro-aho Rvd. João Evangilista Baptista Carneiro,devemos a realisação de tão edificante, quantonecessária festividade. Foi elle que, sacrifi-caado aeus commodos, andando de porta emporta e estimulando os seus freguezes, conse-guio realizal-o. Felismeote já passou para nóso tempo em que o pastor mais cuidava de si,de que de suas oveibas, e muito monos das fes-tividades religiosas. Fasemos votos para quetenhamos sempre parocho como o actual paraque não""se olvide já mais tão sagrados deverese, mais tarde, estejão extinetas as recordaçõesde que a egreja da Telha estava convertidaem banco de mercadejar.

Vácomvistaao Rvd. José Ferreira da Silvade triste recordação.

Não ó paraagradar o actual vigirio, e nemoaestno para fazer corar ao seu autecessor, eparasatisfaser ao dever de justiça, que manda-mos publicar estas ligeiras linhas.

Telha, 27 de julho de 1879.Umfreguez.

Ao pablieo.Lendo o jornal—Constituição—n.° 30 de 27

de abril do corrente anno, nelle deparei comum aranzel, intitulado—correspondência ape-dido onde o seu nogento autor, involto sob onegro manto das trevas, atira-se contra mime o meu amigo Francisco Alves Texeira, doum modo descomunal, só praprio das almasbaixas, ferindo-nos traiçoeiramente com suaponna venenoso, insopada no fel da calumnia,filha da maldita inveja, que lhe delacera asentranhas, assignando-se-o—Observa lor.

Com quanto estej 1 certo que a sua baba pes-tilenta nos não attingirá, todavia pelo respei-to devido ao publico' a quem peço suspendaqualquer estremecimento.quo por ventura lhopossa ter cauzado, essa aceusação infame; ve-uho do alto da imprensa protestar contra ellao provocar o infame calumniador para que ap-pareça de fronte assumindo a responsabilida-de logal dos factos nelles arguidos com a re-present* ãode sua assignatura sob pena dopaísir pelo mais vil, e mais infame doscalura-niadores.

Verdade ó que não me causou maior sur-

(') Note-se : tão boaB houverão poucas.

O tenente-coronel Antônio Pereira de BrittoPaiva, presidente da junta de classificaçãodos escravos do município da Fortaleza, quetem de ser alforriados pelo fundo da eman-cipação etc.

Faço saber aos habitantes deste rnunicipio(inclusive o districto de Soure) que, para os finsregularei da classificação dos escravos que temde ser libertados pelo fundo de emancipação,elles são obrigados a fornecer a mesma junta,no praso de 15 dias, os nomes de todas os seusescravos, que se acharem matriculados, comdeclaração dos que houverem Vendido, alfor-riado ou morrido, a contar do anno de 1873,dactada l.a classificação, até hoje, sob penade lhes serem impostas as penas da lei, na for-ma do art. 96 e 98 do Regulame to.

Fortaleza, 0 de agosto de 1879. Eu, JoãoLopes de Abreu Lago. es-r,vão da junta o es-ore vi.

A ntonio P ereirà de Brito Paiva,Presidente da câmara 9 da jnuta.

TJíesinis-aHs* do fazenda.O Coutador servindo de Inspector manda an-

punciar, em virtude da recommendação doL.Mfeda commiísão do Thesouro, que nestarepartição não se acceitào documentos, paracomprovar despesas, firmados por commis*a-rios ou quaesquer pessoa do interior da pro-vincia, encarregadas dé destribuir soecorroe,cujas assignaturas não estejão reconhecidaspor notório publico.

Thesouraria de Fazenda do Ceará, 7 de Ag-os-to de 1879. -

O Secretario.Frpncisco Fontenelle de Bizerril.

(1-3)

<'\!faadega.O InspetordAlfandega faz publico que, emvirtude da circular n.« 27 do Ministério da

Fazenda de 20 de Maio do corrente anno, serãorecebidos nesta Repartição, até o fim de De-zombro próximo futuro, os impostos de iudus-tri as e pr fissões, taxa de escravos e foros daterrenos e de marinha relativos aos exercíciosde 1876 a 1877 e 1877 a 1878.

São portanto convidados os devedores dosditos impostos a satisfazel-os no referido pra-zo.Alfândega do Ceará, 7 de Agosto do 1879.

/, M. da Costa Nunes.(1-2)

Salsaparrilha

DI BRISTOL0 GRANDE PURIFICADOR DO SANGUE

Garantida como o remédio i nfallivel con*tra a Escrofula em todas as suas formas,Chagas perniciosas e inveteradas, Siphihs,Tumores Erupções Ciraneas, llbeuma-tismo Cliroüico, Debilidade geral do sys-tema e todas as moléstias que tèm a soaorigem na Impureza do Sangue o dos nu*mores

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MEDICINA BMSILHEÍRAESSÊNCIA

DE SALSAPAREILHA

CÂROBÂ

~— .

Aprovada pela junta central d'HygienePublica du Riu de Janeiro, em 22 demarço de 1874.

ESTE GRANDE DEPÜRATIVO DO SANGUE E' DEPRÓPRIA INVENÇÃO E PERPARAÇAO

DOS PIIAUMACEUTICOS

JOAQUIM LUIZ FERREIRA ik C.Memb.os do Instituto Pharmaceutico

d j Rio de Jaueiro, premiados cuma medalha de prata na exp siçao

de 1872

Esta maravilhosa e excelíente perpara**çao é sem duvida o medior depuralivo dosangue, por ser feita de plantas cuidado-mente escolhidas na clinica medica porhomens doutíssimos e analisados, contraas moléstias sypliiliiscas, como sejam can-cros de mau çarat r, bilhões, dartros, em-pigens, esorfuhs, alceras, rheumalismoarticular, go to o e syphdilic», escoria-ções da peile, etc, etc.,e tõiias;às aml^s-lias, que tenham sua origem na impureza

sangue.

Agente JITAEIW

Sex la-Feira

miàmm 3 m umSCBÉlÉa f (].'

DEnm completo sorlimento de

FAZENDASinglezas e ali mães

ESTIVASm lotes maiores e minores a contento de

iodos os concorrentes.

O cttfc ila piMça <So passeiopublico (.«rígido pelo Sr. Joio do Carmo,pertence ao abaixo assignâflo.

Joaquim do Carmo Ferreira Chaves.

Loteria ds Jâtóro»v 2601 800:000

» 4087 200:000Forão vendidas aqui estas sortes da Io*

teria n.- 50 porE. Vidal.

Os attestados de illuslres facultativos opartícula: es são gar ir.tias que nos teem pa-recido suííicienlos para < ílerecer ao publi-co como verdadeiras ps ovas da sua effic-cia.

A ESSÊNCIA DESALS,U>ARI,1LIIA E GA-roba ó applicada em pequenas doses, porsarem Certos os seus eífuitos, e para quea cura se torne mais rápida, acouseluamusas pi.sjas KfrluUs vegetas*; assucaradas uaresina da Jalapa da terra» em doses ,iüo-deradas, fazendo cxpellir grande rjtíántjvdade de m.terias e humores viciados, quese espalham pela economia; devido ao san-gnenáo e tar puro.As pes™ ¦?, que necessitarem de tomarílepnrati.vos, devem procurar os que reu-narn iodos o; predicados como aiâsseucia de sateapa.-riilia e ca--•«ba,

Seu uso não prohibe que se loms banhofrio ou morno.

Acompanha cada fosco um folheio, in-dicando o modo de aprjlicar esla maravi**liiosa preparação, e nella se acham altesta-dos de abalisados médicos, affirmanduse-us oplimos eff-ilos.

D sposilo geral em Maranhão na pbar-macia de Joaquim Luiz Ferreira & C. e noCeará em casa de Francisco Rocha Cunha-da& Sobrinhus-; eem todas as pharma-cias do império.

AGÜÂDE VICHYi

Grande especifico contra todos os en<commodos do estômago. VendemF. Rocha Cunhada & Sobrinhos

(3-3)CEARÁ - 1879 -Typocjraphia Bra^7trT

T*p. po» Jfuçuiir Upih VmigoSA,

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