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GUIA DE EPISÓDIOS O JARDIM VERMELHO (RED GARDEN) Miguel Carqueija

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GUIA DE EPISÓDIOS

O JARDIM VERMELHO (RED GARDEN)

Miguel Carqueija

RED GARDEN: A LUTA DAS MORTAS-VIVAS

A Editora New Pop colocou nas bancas o primeiro volume do mangá “Red garden” (“O jardim vermelho”), de Kirihito

Ayamura, uma mini-série em quatro edições. Trata-se de um terror urbano e contemporâneo, com a ação se desenrolando

na ilha de Manhattan, em New York.A trama promete. Vemos aí quatro garotas — Kate, Rose,

Raquel e Cléa, preocupadas com o desaparecimento de uma quinta, Lise. De passagem cumpre observar que, diferente do

que costumamos ver nos mangás e animes “shoujo”, esse grupo de meninas não é tão unido assim. Como quer que seja,

uma noite elas são perseguidas por estranhos seres que parecem homens, inclusive vestidos normalmente, mas que

correm de quatro e possuem línguas e dentes de feras. Cercadas num estacionamento deserto, elas são mordidas. A cena, porém, muda abruptamente, e ficamos em duvida se

tudo não seria um pesadelo.Todas elas se sentem algo estranhas. Raquel, por exemplo, quebrou uma unha sem saber como. Então, as quatro são

atraídas por nuvens de borboletas até uma ponte, onde um misterioso casal lhes faz uma terrível revelação: “Vocês se lembram do que aconteceu ontem à noite?”, pergunta a

mulher. E, diante da perplexidade das raparigas, ela explica: “Vou contar pra vocês. Ontem à noite vocês morreram.”

Logo em seguida elas têm de lutar com outro monstro e o eliminam. Parece que não será mais tão fácil matá-las, pois já estão mortas. E também parece que elas terão de enfrentar

forças monstruosas que estão à solta no mundo.Diferente de outras editoras, a New Pop — pelo que merece elogios — coloca informações na contracapa. E lá podemos ler: “E o cotidiano se revela extraordinário: destinos que se

interligam e começa uma luta bizarra até os limites da razão”.O traço de Ayamura é muito definido, sem aquelas confusões que vemos em muitos mangás, mas parece ocidentalizado. A

trama é densa, marcada pela misteriosa presença de

borboletas vermelhas.Aguardemos o que vem por aí.

Kate e a maldição dos Dolores

(texto publicado originalmente em 6 de maio de

2013 no Portal Entretextos)

Será que, mesmo mortas, elas conseguirão sobreviver?"(Introdução ao volume 2 de "Red Garden")

  

O volume 2 do mangá "Red garden" (O jardim vermelho), de Kirihito Ayamura, apresenta muitas revelações sobre os

mistérios que cercam o volume 1.As estudantes Kate, Rose, Claire e Rachel pouco se conhecem, mas se unem para procurar uma colega

desaparecida, Lise. Nessa busca as quatro são assassinadas na mesma noite, porém só descobrem isso no dia seguinte. Um casal misterioso avisa a elas que doravante terão de lutar com monstros. Sabemos agora que são os membros masculinos da

família Dolore que, vítimas de maldição, periodicamente se transformam em monstros, que andam de quatro com paletó e

tudo.O engraçado nessa história é que as garotas envolvidas — e havia outras, antes dessas quatro — lutam em plena rua com os monstros, e parece que ninguém mais nota, muito menos a polícia. Já de há muito eu reparo nessa incoerência que pode ser constatada em quadrinhos e desenhos, inclusive recentes

animações americanas de super-heróis: as ruas vazias, só com os protagonistas da trama com suas lutas e perseguições: não passa mais ninguém, carro ou transeunte, ninguém olha pelas

centenas de janelas...Quanto às borboletas vermelhas, que chamam as garotas para

a luta, parece que só elas as vêem. O enfrentamento dos monstros é feito apenas com bastões — ninguém ainda cogitou armas de fogo. E são somente as "animus" (mortas-vivas) que

participam dos combates.Kate é, com certeza, a personagem principal dessa trama de

final imprevisível. Isto sabemos porque o foco principal da narrativa cai sobre ela.

O mangá RED GARDEN (mangá = revista de quadrinhos japoneses) está sendo editado no Brasil pela New Pop e existe

o anime correspondente (anime = seriado japonês de animação).

Rio de janeiro, 6 a 8 de abril de 2013.

SOFRER E LUTAR: RED GARDEN 3

Miguel Carqueija

O terceiro volume do mangá "Red garden", de Kirihito Ayamure (Gentosha Comics, Japão, 2008; New Pop, Brasil,

2013) mostra bem o caráter extremamente sofrido das quatro protagonistas apanhadas em uma teia de horror em plena Nova Iorque do século XXI. A trama é gótica e fala de uma

estranha maldição de família — o clã Dolores — e uma sociedade secreta — a das Animus — que existe basicamente

para destruir os Dolores.

Kate é a mais sensível do quarteto. Ela se preocupa em fomentar uma verdadeira amizade entre as quatro zumbis — sim, pois todas elas morreram no primeiro volume e agora vivem em corpos artificiais — já que, no início, só o que as une é a amizade pela desaparecida Lise, amiga comum de

todas. Para isso Kate precisa vencer a resistência das outras três, já mortificadas por serem obrigadas a lutar contra

monstros incompreensíveis.

Essa questão da importância da amizade perpassa animês e mangás com uma mensagem recorrente: Sailor Moon, Ga-Rei,

Rosário e Vampiro, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Mai Otome, Blue Drop, nessas e em outras séries uma das

prioridades está no significado da amizade, pela qual uma pessoa pode inclusive entregar a própria vida.

E no fim de contas, mesmo em "Red garden", cuja ambientação é adulta e mais crua que nos mangás e animês de feição adolescente aqui mencionados, é o sentimento de grupo e de apoio mútuo que convencerá as garotas a não se suicidarem (mesmo estando mortas) apesar do sofrimento

extremo que experimentam.

Rio de Janeiro, 20 a 23 de agosto de 2013.

RED GARDEN 4: A BATALHA FINAL DAS MORTAS-VIVAS

Miguel Carqueija

O apoteótico desfecho do mangá “Red garden”, de

Kirihito Ayamura/Gonzo, dá-se no quarto volume agora editado no Brasil pela New Pop. Um volume

excepcionalmente grosso, para conter nada menos de dez capítulo e um epilogo.

Há um recorde de mortes e destruições neste desfecho dramático, com a luta entre as Animus e os Dolores se acirrando, em especial o confronto entre a animus Lola e o dolore Hervé — e no meio de tudo as jovens Kate,

Rose, Rachel e Claire envolvidas pelo turbilhão dos acontecimentos.

“Red garden” é impressionante, mas o exagero dos conflitos e da violência gráfica faz com que muita coisa fique praticamente ininteligível. O caráter fatídico da

trama elimina a possibilidade de um final feliz propriamente dito; alguém terá de se sacrificar para

que o mal seja eliminado. E, no meu entender, o intervalo de 50 anos — o salto dado no epilogo — é

demasiado longo.

 RED GARDEN episódio 1: a noite da memória

perdida

Damos início ao guia de episódios de um dos mais tenebrosos seriados de terror da televisão, “Red

garden” (Jardim vermelho), baseado no mangá do mesmo nome e apresentando uma animação insólita, com um traçado pouco comum dos personagens. “Red

garden” passa-se numa Manhattan anacrônica (na verdade uma fictícia Roosevelt Island, semelhante a

Manhattan) e focaliza uma maldição de família e uma guerra que passa despercebida tanto da mídia como da opinião pública e das autoridades. Apenas, cadáveres

são encontrados, mas o substrato sobrenatural permanece ignorado...

Acompanhemos o drama de quatro jovens estudantes bem diferentes entre si — Kate, Rose, Rachel e Claire —

que estudam no mesmo Colégio Grace e por uma armadilha do destino, embora não fossem amigas,

ficarão juntas perante a mesma terrificante situação...

Resenha do episódio 1 – “Adeus, garotas” – do seriado japonês de animação “Red garden”. Estúdio Gonzo,

Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula..................................................Rie Tanaka

“Já que me obrigaram, eu topei.”(da canção-tema de abertura)

“Quando nossa promessa se acaba?Diga-me gentilmente da felicidade que está por vir.Te procurarei, esperarei em meu pequeno e solitário

coraçãoque você estará quase sozinha.”(canção interpretada por Kate)

Esta série, bem adulta diga-se de passagem (é bom esclarecer pois no Brasil é muito difundido o

preconceito de que desenho animado é coisa para crianças), é perpassada por um clima gótico

angustiante concentrando uma situação pesada em quatro garotas que absolutamente de nada

desconfiavam e que, como colegas de escola, na verdade não tinham muitas afinidades umas com as outras. De repente, após o desaparecimento de uma quinta garota, Liz, encontrada morta por violência no

bosque, cada uma das quatro acorda na manhã seguinte sentindo-se estranha. Nenhuma delas se

lembra do que aconteceu naquela noite. Kate, centrada e ligada ao conselho estudantil do Colégio Grace,

sequer escutou as sirenas da polícia durante a madrugada. Rose, de natureza mais doméstica e que cuida de um casal de irmãos menores, sente-se tão

cansada que chega a pegar no sono em pé. Rachel, a ruiva e de temperamento mais alegre, estranha sua

unha quebrada. Claire, mais transgressora, não consegue dizer ao amigo Ewan o que fez na noite

anterior, que não atendeu às chamadas pelo celular. E ele não crê que ela se tenha esquecido.

Desde o princípio, portanto, fica bem explícito um clima sombrio e angustiante. O que aconteceu com as

quatro? O que significam as borboletas que só elas enxergam e que sinalizam para que se reúnam? Uma

primeira e tão terrificante quanto incompreensível explicação é dada pela mulher de má catadura e

misteriosa, acompanhada por um homem, que depois de perguntar às garotas se elas se recordam do que

lhes acontecera na véspera, faz a chocante revelação: “Na noite passada, vocês todas... morreram.”

Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2017. 

RED GARDEN episódio 2: a luta incompreensível

De um dia para o outro mudou completamente a vida de quatro garotas novaiorquinas. E o que é pior, se for verdade o que lhes afirma a mulher misteriosa, nem

vivas elas estão, pois na véspera haviam sido mortas. Atraídas à noite por misteriosas borboletas que

somente elas viam, encontraram-se num depósito de carros deserto e encurraladas contra uma grade

altíssima, acossadas por um homem que, não obstante vestir terno e sapatos, corria de quatro como um animal, mordia e seus olhos brilhavam. A mulher

misteriosa, de rosto feio e aparência mal-humorada, acompanhada por um rapaz, só disse que elas teriam

de lutar e que estavam mortas, largando-as na encrenca...

Resenha do episódio 2 – “A noite cruel” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de

Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula..................................................Rie Tanaka

“Aquela coisa é humana”?”(Kate Ahsley)

“Aqueles olhos... aqueles olhos como de um cão me dão enjôo, Quando fecho os olhos lembro

daquele homem rastejando no chão, caçando-nos como um cão de caça.”

(Kate Ahsley)

“Vou dizer de novo. Vocês já morreram uma vez. Só estão vivendo neste mundo usando vidas

emprestadas.”(Lula)

“Se até os desejos nos são tirados, o que podemos fazer?”

(Kate Ahsley)

“Eu ainda estou viva.”(Kate Ahsley)

Diferente de tudo o que já vi, o animê adulto “Red garden” ressente-se de alguns cacoetes, como a música de introdução e a de encerramento dos episódios, a meu ver muito barulhentas para a

densidade do drama. Além disso, esquecendo que se trata de uma trama de horror com lobisomens, de vez em quando o filme descamba para o musical, com os personagens de repente cantando, mexendo os lábios (não esqueçamos que se trata de desenho animado), o que parece bem estranho ainda que as canções sejam

tristes e doloridas, combinando com o ambiente tétrico.O episódio 2 volta a apresentar as quatro protagonistas em cenas separadas de reminiscências, pois cada uma

leva a sua vida. Kate, mais centrada, Rose, mais emotiva, Claire, mais rude, Rachel, mais frívola, garotas

tão diferentes entre si e sem foco, vêem-se unidas numa situação absurda e envolvidas numa luta cujo

significado ainda lhes é um mistério. Lula, a mulher de porte masculinizado, feia e seca, não lhes dá grandes informações. Explica que existe um “contrato” que as quatro não podem quebrar sob pena de morrerem; e que devem estar atentas cada dia até a meia-noite,

pois poderão ser chamadas; caso isso não aconteça, naquela noite não terão de lutar. É impressionante

como a tela vai mostrando cada uma delas observando o relógio naquela terceira noite, até chegarem as 12 horas. E como têm de dar desculpas por não terem

atendido o celular na véspera (até os filmes de terror têm de se atualizar).

A luta em si foi horripilante, e para a qual, com suas emotividades de adolescentes, elas não se

encontravam preparadas. Rose então é a mais traumatizada em suas emoções, não aguenta nem que Kate lhe fale a respeito. E como no clichê habitual dos filmes de terror, no local em que encontravam, mesmo sendo ao ar livre, seus aparelhos não funcionavam. Elas

não lutam, gritam e tentam fugir, pois não estão habituadas a lidar com feras, ainda que uma fera de

aparência humana e trajando terno. No fim, perseguidas, conseguem se livrar do monstro quando o mesmo é atropelado por um caminhão; Kate ficou bem

ferida no ombro.Mas segundo Lula aquilo foi só o começo...

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2017.

RED GARDEN episódio 3: o que aconteceu naquela noiteMiguel Carqueija

O terceiro episódio da série de terror em animação “Red garden” confirma o clima de perplexidade, aflição e desespero

que atinge verdadeiros picos. Mesmo com certas inverossimilhanças (o velho clichê de coisas espantosas

acontecendo na via pública sem testemunhas estranhas ao drama) a história passa uma elevada angústia ao público.

Garotas envolvidas num turbilhão de acontecimentos terríveis e presas num destino implacável do qual elas não vêem uma

saída e nem uma explicação satisfatória. Por que afinal essas coisas estão acontecendo?

Logo porém elas saberão com mais clareza o que realmente se passou naquela noite pavorosa em que Lise morreu: o começo

do terror...

Resenha do episódio 3 – “O meu verdadeiro eu” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção:

Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula..................................................Rie Tanaka

“Mas quem diabos são vocês?”(Rachel Benning)

“Vocês não acreditaram no que eu disse, certo? O fato de estarem mortas.”

(Lula)

“Quero saber a verdade.”(Kate Ahsley)

“A única coisa que temos em comum é que estamos conectadas à Lise.”

(Claire Forrest)

“Matar ou serem mortas, esta é a sua única escolha. Este é o destino de vocês.”

(Lula)

As quatro garotas — Kate, Rachel, Rose e Claire — são tão diferentes entre si que encontram dificuldade em se

relacionarem e confiarem umas nas outras. Mas não há muito o que fazer: elas foram unidas pelo destino. Como diz a

misteriosa Lula, não há volta. Elas ainda não sabem quem são esses homens de terno que viram lobisomens e atacam

mortalmente, mas testemunham de longe a morte de quatro jovens (uma delas, Mary, aluna da mesma escola) cujos corpos se desfazem em cinzas. Finalmente surge a verdade em suas

machucadas consciências: havia entre elas uma ligação comum em torno de Lise, por causa da bizarra “troca de

diários” que elas faziam. E quando Lise desaparece, apesar da falta de foco as quatro se juntam e buscam uma pista da amiga

desaparecida, até penetrarem numa mansão onde está o cadáver... mas são atacadas por homens armados de punhais

que as chacinam sem dó nem piedade.Lula e seus agentes recolheram os corpos e lhes deram (por

meios não esclarecidos) “vidas emprestadas” que lhes permitem viver ainda neste mundo (pode-se supor que não

haviam ainda morrido quando ocorre a troca). Agora elas são mortas-vivas e quando feridas, seus ferimentos regeneram de um dia para o outro. E segundo Lula elas terão de lutar contra

os monstros, ou irão morrer em definitivo.Apesar do traço do desenho meio rude, bem diferente do comum dos animês, o notável neste desenho adulto é a

densidade da história, que como terror possui uma psicologia impactante. Sentimos o drama das quatro garotas que apenas queriam levar suas vidas com suas idiossincrasias: Kate com seu jeito comedido, que lhe valia prestígio junto à direção da

escola; Rachel como aprendiz de “socialite”; Rose com seu tipo

mais timido e doméstico; Claire largada, quase “hyppie”, sem eira nem beira. Mas agora, apesar das diferenças de

personalidade, elas terão de se unir contra o terror que as ameaça...

Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2017.

RED GARDEN episódio 4: a revolta de Rachel

Sofrer e lutar. Arrancadas de suas existências normais as quatro estudantes da Roosevelt Island, a estranha

ilha de Nova Iorque, Kate, Rose, Claire e Rachel, já não sabem o que fazer de suas vidas, que são

misteriosamente controladas pelo casal misterioso e pelas borboletas que as chamam para os combates.

Elas reagem de formas diferentes por conta das personalidades divergentes: Kate tenta ser fria e dar apoio às demais; Rose, mais caseira, na ausência da

mãe que está hospitalizada ocupa-se em levar os irmãos mais novos à escola antes de ir ela própria, e

isso a distrai da tragédia que a envolveu; Claire, endurecida pela vida, morando em bairro pobre,

procura ser impassível e Raquel, esta parece à beira de um ataque de nervos. Kate chama Rose e as duas

tentam visitar Rachel em seu apartamento, já que a mesma havia faltado à escola (como também estava faltando a encontros com o namorado Luke). Raquel porém as destrata, não as vê como amigas e zomba

quando elas falam em escola. “Vocês estão loucas? Nós estamos mortas!” O clima nervoso da série se acentua na batalha que ocorre neste capítulo, quando Rachel, utilizando o bastão de beisebol de Claire, elimina o

lobisomem com quem elas têm de lutar naquela noite, e tem uma crise histérica, precisando que Claire e Kate lhe tomem o taco, já que ela não queria parar de bater

no adversário morto.Viver para que? Para isso? O desespero de Rachel

penetra nos espectadores nesta série de animação que realmente consegue ser impactante em seu insólito

terror...

Resenha do episódio 4 – “Aonde devemos ir?” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua.

Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula..................................................Rie Tanaka

“Essas garotas... não sei como, mas sinto que elas irão até o fim.”

(JC)

“Gente morta vai à escola?”(Rachel Benning)

“Nós ainda vamos viver desse jeito. Creio que somos diferentes de Lise.”

(Kate Ahsley)

“Vamos viver só para fazer isso? As coisas vão continuar desse jeito? Amanhã, o dia depois de

amanhã... Isso vai continuar? Não quero viver assim!”(Rachel Benning)

O clima de terror espectante e de tragédia descabida perpassa a extraordinária série que foi criada em

mangá por Kirihito Ayamura e adaptado à televisão pelo Estúdio Gonzo. Quatro garotas tão diferentes

entre si, e que encontram dificuldade em se relacionarem, estão porém mergulhadas até a medula numa situação terrificante da qual não vêem saída: por um lado, a terrível constatação de que não passam de

mortas-vivas; em seguida, a outra constatação também terrível de que o único motivo para estarem ainda no

mundo é terem de lutar contra homens que viram

feras, sem que elas saibam sequer porque isso está acontecendo. Lula ainda não revelou a elas a razão da

existência dos monstros que elas devem combater, arriscando nisso as suas segundas vidas. Nesse ponto, a explosão histérica de Rachel dá um toque altamente dramático e tocante à finalização do episódio; não há como não se compadecer do cruel destino das quatro.

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2017.

RED GARDEN episódio 5: reações emocionais

Numa espécie de intervalo, neste episódio a história se concentra nas reações das quatro protagonistas — Rose, Rachel, Claire e Kate — diante da situação

horripilante que atravessam, onde se vêem juntas sem

sequer serem focadas entre si. As reações variam muito: Kate a que mais quer entender a situação; Rose não consegue pensar muito porque o cuidado de seus

irmãos menores, um menino e uma menina a quem ela cuida como filhos, a absorvem; Claire, de

temperamento mais rude, concentra-se no problema prático de enfrentar os acontecimentos; Rachel porém, acostumada a uma existência frívola, está a ponto de

endoidecer...

Resenha do episódio 5 – “Muitas janelas” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de

Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula..................................................Rie Tanaka

“Eu não quero uma vida assim... uma vida onde eu tenha de matar essas coisas para continuar viva.”

(Rachel Benning)

“Contra o que estamos lutando?”(Kate Ahsley)

“Por que eu?”(Kate Ashley)

A perplexidade das quatro garotas ainda não é satisfeita. Por enquanto a misteriosa Lula recusa-se a

dar maiores explicações. Que são afinal os homens que se transformam em feras? De onde eles vêm? E por que

elas foram transformadas em mortas-vivas? O terror sobrenatural perpassa o seriado não em cenas

constantes de horror gráfico explícito mas na ciência, por parte das quatro, de vivenciarem uma situação

absurda e sem fim previsível. Rachel chega a dar pena em sua reação emocional. Sozinha em seu quarto,

impossibilitada de contar à mãe o que está acontecendo, ela se torna histérica. Julga ter ficado com o cheiro do lobisomem que acabara de matar. Não quer

a amizade das outras. Esse trecho do seriado é especialmente doloroso, porque a narração se

concentra entre quatro pessoas que não combinam entre si. Claire ainda consegue chamar Kate para uma investigação, Rachel está intratável e Rose se escusa por causa das obrigações caseiras; daí Claire comenta

ácida que ela é um “estorvo”. Kate, mais centrada, observa a Claire que as pessoas pensam

diferentemente.Mas essa falta de união não pode prevalecer num grupo que se encontra na mesma situação de perigo mortal.

Aguardemos a continuação.

Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2017.

 

RED GARDEN episódio 6: chocante revelação

É muito comum em mangás e animês a formação de pequenos grupos de rapazes ou moças que se unem

em torno de um ideal ou uma missão ou “quest’ como se diz; menos comum é um grupo — no caso um

quarteto feminino — reunido aparentemente ao acaso, mas sem foco, sem afinidades reais, embora estudem no mesmo colégio. Neste seriado de terror, as quatro garotas reagem de forma diferente à terrível situação

em que foram lançadas juntas: Kate é centrada e fria, buscando administrar a situação com razão e

serenidade, além de uma bondade natural; Rose, mais infantil e vulnerável, não gosta nem de conversar sobre

o assunto e se refugia no cuidado que dispensa aos seus irmãos menores; Claire se arma de rudeza e

indiferença aparente; Rachel, porém, vendo desmoronar a vida social que aprecia, e diante do

horror da condição de morta-viva condenada a combater monstros que se manifestam na noite (os

lobisomens), chega a surtar. Discute com os colegas no refeitório e depois corre pela cidade de Nova Iorque, na

ilha de Roosevelt onde moram, recusando-se à convocação das borboletas, o sinal habitual de que o quarteto deve se reunir para uma nova missão. Kate,

Claire e Rose, comunicando-se por celular, esforçam-se por localizá-la. Afinal a mentora do grupo, Lula, avisara

que se uma falhasse todas iriam morrer...

Resenha do episódio 6 – “Uma luz diminuta” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula..................................................Rie Tanaka

“Eu fui lá ontem... no lugar em que fomos antes de morrermos.”

(Kate)

“Existe alguma coisa pior para viver?”(Rachel)

Tentar entender a situação e administrá-la apesar de todo o horror — assim Kate tenta fazer, ensinando a

Rose e Claire a chupar limão (sic) como uma forma de diminuir o nervosismo e mal-estar. Mas Rachel não queria se misturar com as outras e o seu surto de

revolta causa problemas. Lula então resolve mostrar a elas um pouco mais da verdade e as conduz ao

esconderijo onde são guardados... os seus corpos originais. Corpos que elas talvez possam recuperar

algum dia.O que está por trás de tudo isso ainda está para ser

revelado. Mas o que torna “Red garden” uma série de horror admirável, entre outros detalhes, é o realismo em que até o arfar de cansaço e medo se escuta com

clareza. É a diferenciação entra as quatro protagonistas do drama e suas personalidades convincentes, seus

dramas pessoais. É justamente isso que falta na maioria dos filmes de terror, faltam personalidades

interessantes e bem trabalhadas.

Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2018.

RED GARDEN episódio 7: o outro lado do terror

No capítulo sétimo deste impressionante seriado de terror em animação começamos a penetrar mais no

mundo dos adversários, especialmente o jovem Hervé, do clã Dolore, que vem sendo de há muito ceifado por uma estranha maldição, a da licantropia, que vitimou sua mãe e ameaça vitimar sua irmã e sua prima, as

últimas garotas da família. O líder do clã, avô de Hervé, com o médico Bender ainda procura algum antídoto.

Enquanto isso homens da família Dolore continuam se tornando lobisomens de modo que as quatro garotas

mortas-vivas tornam a ser convocadas pelo clã Animus, inimigo do Dolore...

Resenha do episódio 7 – “Um outro destino” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula..................................................Rie Tanaka

“Uma nova noite. Um dia não eventual. Uma luz diminuta brilha fracamente a trilha do futuro das

garotas... e a traz mais perto.”(Narração)

Kate, Claire, Rachel e Rose parecem um pouco mais acostumadas a seu terrível destino, depois que viram

seus verdadeiros corpos ainda conservados no esconderijo da Animus. Elas conservam a esperança de

retornar um dia a suas vidas normais, em que não precisem caçar lobisomens. No entanto estão algo

apáticas, aéreas, e seus amigos e familiares percebem isso. Como uma das alunas-inspetoras do colégio Kate vem tendo problemas, pois desinteressou-se de suas obrigações. Mas elas continuam indo nas expedições

noturnas cada vez que são chamadas pelas misteriosas borboletas (que só elas vêem) e agora vão as quatro munidas de bastões para matar os lobisomens que

aparecerem.

Desta vez porém são vistas, do alto de um prédio, pelo Hervé. E embora esse rapaz, personagem importante

na evolução da história, seja mostrado em cenas rápidas da infância e demonstre sentimentos humanos (ao menos com a família) ao assistir a morte de mais

um membro do clã, a bastonadas, faz o tipico comentário machista: “Aquelas vadias...”

Por que um homem, quando quer falar mal de uma mulher, chama logo de “vadia” (querendo dizer

“prostituta”, embora as meretrizes trabalhem até muito, nem de longe são vadias) como se ele, como

homem, fosse um vestal?Mas não se preocupem: a série nada tem de machsita, até porque principaliza quatro mulheres: o personagem

é que é machista.

Rio de Janeiro, 1° de fevereiro de 2018.

RED GARDEN episódio 8: as mortas-vivas interagem

Embora pouca coisa mais grave aconteça neste episódio oito do seriado de terror em animação “Red

garden” (O jardim vermelho) algo importante se verifica: finalmente parece que as quatro mortas-vivas,

que ainda vivem em sociedade e no colégio como se não fossem zumbis presos a um triste destino,

começam a se entender melhor e fazem até uma reunião no apartamento de Claire, que é uma espécie

de “beatnik” e vive à beira da miséria, devendo aluguel, com gás e telefone cortados (embora tenha um velho

carro), desempregada etc.Rachel, apesar de seu esnobismo, futilidade e também

sua histeria inicial diante da situação (terem sido mortas e ganhado corpos artificiais para permanecerem vivas neste mundo), aceita se entrosar com as demais,

inclusive a tímida e medrosa Rose, que ainda não se acostumou em ter de lutar com lobisomens.

Dois clãs estão em guerra em Nova Iorque, uma situação cujos detalhes ainda não foram revelados ás

garotas. Por entrarem numa mansão onde, segundo as pistas, a falecida colega Lise estivera antes de ser

brutalmente assassinada, elas também foram mortas a facadas. E o clã rival daquele dos lobisomens salvara-as

preservando-as daquele jeito e impondo a elas lutar contra os monstros se desejarem permanecer vivas,

elas que já morreram... para piorar embora colegas elas

não eram amigas. E Kate, a mais sensata, sendo inspetora “Grace” (aluna monitora de alunas), começa

a ser mal vista pelas demais “graces” por manter amizade com alunas problemáticas: suas três

companheiras de infortúnio...

Resenha do episódio 8 – “Vivendo com amor” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula..................................................Rie Tanaka

“Toda essa cara só porque atrasei três meses de aluguel?”

(Claire para sua senhoria)

“Podemos voltar a ser como éramos.”(Kate)

“Queria ter feito mais. Assim me lembro da vida que eu levava antes. O passado que eu quero voltar a viver.”

(Kate)

O nascer de uma amizade verdadeira, sublimada pelo

compartilhamento do sofrimento e do perigo, é algo muito importante para as quatro garotas. Precisam manter o segredo de que são mortas-vivas, pois a

sociedade não tolera tais anormalidades. E precisam estar unidas para enfrentar os perigos que ainda virão.

A série é muito boa; todavia não gosto das vinhetas musicais da abertura e principalmente a do

encerramento dos episódios, pois essa é tipo rock-pauleira (nada a ver). Tirando isso e a estranheza de

que por vezes os personagens dão para cantar como se fosse um filme musical (nesse episódio as quatro

cantam juntas, improvisadamente) há pouca coisa a questionar na série que é das melhores em animação

do gênero terror.

Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2018.

RED GARDEN episódio 9: a maldição

Kate consegue finalmente obter de Lula algumas informações sobre o mistério que envolve a sua

situação e das outras três, inclusive sobre a falecida Lise. Lula revela não terem conseguido ficar com o

novo corpo de Lise e por isso, seu corpo moriginal foi abandonado na floresta e agora o clã Dolore (Doral em

outra tradução) pretendia fazer experiências com o mesmo. A família Dolore era vítima de antiga maldição

e se encontrava à beira da extinção, pois seus membros acabavam por se transformar naqueles lobisomens. Cientistas da família vinham tentando

desenvolver uma fórmula para quebrar a maldição e pretendiam agora tentar com o corpo clonado de Lise.

Kate, séria e circunspecta, mantem-se taciturna o tempo todo. Ela transmite a real impressão de alguém

que vive uma situação de horror que não pode ser revelada, porque ninguém acreditará, mas tem de ser

enfrentada.Não é fácil a vida de uma morta-viva...

Resenha do episódio 9 – “Despertando” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de

Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula..................................................Rie Tanaka

“Você se acha forte o bastante para se defender?”(Lula para Kate)

“O que eles precisam agora é criar uma mulher que possa continuar a sua linhagem.”

(Lula para Kate)

O terror de “Red Garden” (Jardim vermelho) está se adensando com o avançar da trama. Hervé, do clã

amaldiçoado, começa a se revoltar porque o Dr. Bender não testa os novos remédios com suas irmãs que

permanecem doentes. Descobrindo que os remédios estão reservados para Lise (o corpo clonado) Hervé os escamoteia. As tramas paralelas mostram um pouco o dia-a-dia das três garotas que partilham com Kate a

situação de serem mortas-vivas e, não obstante, Claire por exemplo vive a horrível situação de ser ameaçada

de despejo e, engolindo o orgulho, pede ajuda ao irmão.Rose e Rachel prosseguem em suas vidas bem

diferentes, como são diferentes as das outras duas. Não obstante as quatro estão ligadas pelo destino. A

pontuação dramática de “Red garden”, onde as coisas não são reveladas de uma só vez, é excelente. “Red

garden” é uma insólita série de terror em animação que merece ser assistida.

Rio de Janeiro, 1° de março de 2018.

RED GARDEN episódio 10: novas revelações

Prosseguindo o guia de episódios de RED GARDEN, ou seja, JARDIM VERMELHO, chegamos ao episódio 10 onde a misteriosa Lula sempre acompanhada pelo

silencioso J.C. esclarece as garotas mortas-vivas alguns detalhes sobre a guerra contra a família Delore, sobre a qual foi lançada uma maldição de licantropia. Ficamos sabendo que também o outro lado (o inimigo, ou seja

os Dolore) sofre a atração das borboletas de Lula. Quando um dos membros começa a apresentar os

primeiros sintomas da doença e quando está prestes a se transformar é atraído para algum local ermo para ser eliminado — e é aí que entram as quatro garotas Kate,

Rose, Raquel e Claire. Antes delas surgirem outras equipes foram destruídas pelos monstros. O terror vai se apertando em torno das quatro, que ainda tentam levar uma vida normal dentro de suas perspectivas:

Claire tentando encontrar emprego, Rose se desdobrando para cuidar de dois irmãos pequenos (Paul

e Carrie) depois que o pai sumiu e a mãe foi hospitalizada, Raquel agora se dedicando aos livros e

Kate mais empenhada em investigar. E um policial experiente não aceita o veredicto de suicídio para Lise

e prossegue sua investigação.

Resenha do episódio 10 – “Confusão” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de

Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira Tomisaka

Claire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula..................................................Rie Tanaka

“Eles se perdem na maldição e viram monstros.”(Kate)

“Fiquem fortes se não quiserem morrer.”(Lula)

“Terão que lutar sozinhas. Terão que lutar contra vários deles.”(Lula)

Moderna história de terror, “Red garden” se beneficia de um clima psicológico muito humano ao misturar o

horror com os problemas prosaicos das garotas envolvidas numa situação alucinatória. O argumento

básico é engenhoso e aliciante. Afinal de contas o que é que Kate e as demais têm a ver com a briga entre duas

famílias? Lula afirma que sua família foi alvo de maldição (qual?) e respondeu com outra (a da

licantropia, palavra não utilizada na série), escondendo a maneira de quebrá-la. E agora a família Delore

encontra-se com poucas mulheres (apenas duas jovens, irmãs de Hervé, enfermiças e mantidas reclusas) e

busca descobrir a cura pesquisando Lise, que embora morta e enterrada recebeu um novo corpo (Animus,

como eles dizem) que Lula não pôde recuperar, e sem memória.

Hervê, porém, não está satisfeito com o rumo que as coisas estão tomando e se irrita com o médico Bender, achando que ele está descuidando de suas irmãs para

cuidar de uma inimiga, Lise.A sensação de estranheza sentida pelas quatro

protagonistas, que têm de agir juntas embora antes pouco se conhecessem, é onipresente. Por que eu? Por

que nós? Esta deve ser a pergunta que todas elas fazem com frequência, em seus íntimos. Claire

(imagem) hesita em matar o mais recente lobisomem com um golpe de seu bastão de beisebol, apesar de vê-

lo atacando Raquel... porque o vira ainda na normalidade e sabia que o mesmo tinha esposa. Isso aliás gera uma contradição na trama, pois então as

mulheres da família não eram só aquelas duas; a não ser que esposas de homens da Dolore não fossem consideradas da família no sentido de não serem

atingidas pela maldição.Claire afinal mata mais esse. Mas, pelo que Lula deixou

entrever, o pesadelo está longe do fim. Vem mais sangue no jardim vermelho...

Rio de Janeiro, 16 de março de 2018.

RED GARDEN episódio 11: o terror aperta o cercoCada vez mais se adensa o clima angustioso do seriado

de horror em animação RED GARDEN — o JARDIM VERMELHO – seriado onde não faltam o sangue e a

violência. Um novo fator vem complicar o jogo que se realiza numa região de Nova Iorque (a fictícia Roosevelt

Island), em nossa época: Emílio, parente de Hervé, começou a namorar Emma, irmã de Kate. Uma rara aparição dos pais e da irmã de Kate é vista neste

episódio. Hervé alerta Emílio que Kate, irmã de Emma, é uma Animus – ou seja, uma morta-viva e que está

sempre pronta a matar os elementos da familia Dolore que se transformam em lobisomens. Mas o amor de Emílio por Emma não o deixa recuar; ele se recusa a

romper o namoro.Hervé então parte para uma nova estratégia.

Aproximar-se, valendo-se do namoro de Emílio, e fazer amizade com Kate... sua mortal inimiga, que ainda não

o conhece e não imagina as suas reais intenções...

Resenha do episódio 11 – “Todos os sentimentos” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“É uma viagem estranha, estamos todas sempre nervosas.”

(da canção-tema da abertura)

Embora juntas na amargura, no cruel destino de mortas-vivas convocadas para matar lobisomens, as

quatro garotas têm de viver suas vidas normais, cada qual com seus problemas. Rose resolve procurar o

paradeiro do pai desaparecido, pois com a mãe doente no hospital ela tem a sobrecarga de cuidar dos irmãos

ainda crianças. Claire engolhe o orgulho e, depois de buscar em vão um emprego, volta ao bar de onde se despedira. Kate é pressionada para sair do Grace (o

conselho escolar) porque ela própria já apresenta falhas de comportamento (ela chega atrasada e isso é

reparado; mas ninguém sabe dos problemas que a gatora enfrenta fora da escolar); Rachel, finalmente, tem sérios problemas com o namorado Luke, pois o

abandona em plena saída noturna porque o aparecimento das borboletas (que só elas quatro vêem) significa a convocação para uma nova luta, da qual não

podem se furtar.Uma vida impossível e uma situação atroz que terá de

ter um fim.Mas qual?

Rio de Janeiro, 31 de março de 2018.

 RED GARDEN episódio 12: Hervé se aproxima de Kate

As quatro Animus, agora mais amigas e mais próximas, continuam porém com suas tramas paralelas

particulares, cada qual mal resolvida. Rachel tenta reatar com Luke, só para descobrir que ele está saindo com Amanda. Claire se reaproxima de Ewan e conta-lhe

ter voltado a trabalhar no botequim de onde saíra. Rose, envolvida em complicada situação familar,

obrigada a cuidar de dois irmãos ainda crianças, vai visitar sua mãe hospitalizada e recebe vagas notícias de seu pai. Kate é procurada por Paula, presidente do conselho estudantil Grace, ao qual pertence. Esta lhe

dá a entender que sabe estar Kate enfrentando alguma coisa, e lhe dará cobertura para permanecer como

membro do Grace apesar das falhas.Ao serem transformadas em Animus (mortas-vivas) as quatro garotas foram condenadas a viver para sempre, pois exceto no caso de uma morte violenta seus novos corpos não teriam o princípio da decadência. Isto ainda não ficou claro, mas suas existências continuam sendo

perigosíssimas. No momento Kate é alvo da investigação de Hervé, ladino membro do clã Delore,

que sofre com a maldição da licantropia. Lise, tida como morta e até com seu corpo original enterrado, na verdade é mantida num corpo Animus em reduto dos

Delore, desmemoriada e aparentemente enferma, pois os chefes da família pretendem obter com ela uma fórmula capaz de eliminar a maldição que cedo ou

tarde os transforma em licantropos.“Red garden” é um terror atípico, com o lado humano dos personagens manifestando-se a toda hora tendo porém como pano de fundo um clima extremamente

tenso...

Resenha do episódio 12 – “As intenções dele” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji

Lise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula Ferhlan.....................................Rie Tanaka

Hervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Como esse monstro, o amor, mexe comigo: apaixonada ver-me do inimigo!”

(da canção-tema de encerramento colocada a partir do 12° episódio)

Hervé é um tipo caviloso. Ao saber que, por coincidência, seu primo Emílio estava namorando

Emma, inicialmente Hervé tenta dissuadi-lo, alertando-o de que a irmã de Emma, Kate, é uma Animus, uma inimiga. Hervé não aceita a imposição, por gostar

sinceramente de Emma, que afinal não é uma Animus. Hervé então muda de tática, como mostrado no

episódio anterior, e força a barra para que Emílio o apresente às duas e, logo, está cortejando Kate. A Emílio ele procura tranquilizar, declarando que não

pretende tocar em Kate mas, por ela, chegar em quem manda nela, ou seja, “o coração do inimigo”, que

controla as Animus. Sem desconfiar do que se passa Kate já se sente atraída por Hervé. O que está para se

passar é imprevisível. Kate começou a namorar alguém que, sem que ela o saiba, é seu inimigo mortal. Uma fase mais crucial deste notável animê de terror está

começando...

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2018.

RED GARDEN episódio 13: Kate namora Hervé

“Esse monstro, o amor, mexe comigo: apaixonada ver-me do inimigo!”

(da canção-tema do encerramento a partir do 12° episódio)

O impressionante seriado japonês de terror em animação “Red garden” (O JARDIM VERMELHO)

aproxima-se de sua parte crucial com a tétrica evolução dos acontecimentos. Hervé e Kate têm o seu primeiro encontro, passeiam e se divertem, e Kate mostra-se

relaxada e feliz, pois o rapaz é atencioso, gentil e sedutor e ela, como garota até então solitária, sente-se lisonjeada e atraída. O que a pobre Kate não sabe e não imagina é que está lidando com um inimigo mortal, que

Hervé pertence ao clã dos Dolore e que odeia as Animus, porque elas matam os lobisomens em que

acabam se transmutando os Dolore. Kate não tem culpa de ser uma morta-viva e ter sido aliciada para lutar

contra inimigos tão terriveis. Ela, Rose, Rachel e Claire,

após serem assassinadas por membros dos Dolore, depois da trágica morte de Lise, tiveram seus espíritos transferidos para corpos artificiais pela equipe de Lula, que conserva os corpos originais num esconderijo. Seus

corpos de zumbis possuem um grande poder de regeneração de ferimentos, prenúncio de outros

atributos. Mas isto não faz com que as suas vidas sejam fáceis. A vida dupla de Kate faz com que ela comece a ter sérios problemas na escola e por fim suas faltas e seus atrasos acabam chegando ao conhecimento de

sua mãe. Sensível em extremo, Kate se preocupa com as outras três garotas, ainda que antes de serem

unidas pela fatalidade, não tivessem grandes afinidades como colegas de colégio. Agora, a insidiosa

aproximação de Hervé coloca a vida de Kate em xeque... 

Resenha do episódio 13 – “Dia de folga” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de

Kirihito Ayamura.Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu 

“Quem olha nem imagina pelo que estamos passando.”(Claire Forrest)

“Não desistimos fácil.”

(Claire Forrest)

“Será que parei de me preocupar porque sei que posso continuar viva?” 

(Kate Ahsley) 

Por um lado, Hervé se encontra a um passo de explodir ao constatar que pouco se faz pelas suas irmãs já bem doentes, enquanto o Dr. Bender se concentra em Lise, que se encontra hospitalizada e em poder dos Dolore,

em seu corpo de morta-viva, e desmemoriada, servindo de estudos visando um tratamento para a maldição dos

Dolore. O relacionamento entre as quatro garotas também atravessa uma crise. Ao enfrentarem dois dos

monstros Rose falha e não consegue, por medo e repugnância, utilizar seu bastão de beisebol (as armas que elas utilizam), e isso quase custa a vida de Rachel. Algo porém bastante inusitado acontece: durante a luta

Kate executa um pulo impossível, um pequeno vôo... primeiro e inesperado uso de um novo poder. Após a

refrega, tendo conseguido eliminar dois monstros humanos de uma só vez, as garotas agora têm de lidar consigo mesmas. Rachel, a mais destemperada, acusa

Rose de ser uma inútil e um perigo para o grupo, e Claire apoia Rachel contra Rose. Kate se apieda da

amiga, mas esta reconhece suas limitações e pede a Kate que a ajude e a treine, para não fazer feio de

novo.Afinal, nenhuma delas sabe quando e como isso

terminará.

Rio de Janeiro, 4 de maio de 2018.

RED GARDEN episódio 14: treino de levitação

As quatro mortas-vivas Kate, Rose, Rachel e Claire, descobriram no episódio passado, através de Kate,

possuírem o dom da levitação, podendo dar pulos que se transformam em verdadeiros vôos. Inicialmente só Kate consegue, mas em seguida Rose também logra

voar, treinando junto com Kate. A evolução dos acontecimentos torna-se imprevisível, revelando-se que

a direção da escola da Ilha Roosevelt toma parte da guerra secreta que se desenrola, ao lado de Lula; e

Hervé, por seu lado, prossegue na corte a Kate, que não imagina estar lidando com um sério adversário, um membro dos Delores. Há segredos mais profundos a serem revelados. Os dois policiais, que entraram no

caso com a morte de Lise, prosseguem investigando, suspeitando de todo mundo. Que destino aguarda as quatro garotas que, por capricho do destino, foram

transformadas em mortas-vivas?

Resenha do episódio 14 – “Razão para lutar” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Você já aprendeu, não? A usar nossos corpos durante as lutas.”

(Claire Forrest)

“Kate, já pensou na hipótese de morrer jovem?”(Hervé Delore)

“Esse monstro, o amor, mexe comigo: apaixonada ver-me do inimigo.”

(canção-tema dos créditos finais)

“Troca de diários... pedaços de memórias... o segredo da noite que as meninas guardam... foi revelado.”

(anúncio do capítulo seguinte)

Kate, personagem principal da série, começou a namorar com Hervé mas descobriu que ele havia

mentido para separar-se dela após um telefonema. Hervé resolve contar parte da verdade: a doença de sua prima Mireille, de 12 anos, a existência de uma irmã, Anna, também com problemas de saúde. Não

entra, porém, nos detalhes terrificantes da maldição de família. Além disso Hervé sabe a verdade sobre Kate,

uma das quatro Animus, as mortas-vivas treinadas para eliminar os membros da familia de Hervé que se

transformam em monstros.

“Red garden” é uma série obsedante, onde o drama é pontuado pelos ruídos constantes dos saltos de sapatos e pela respiração arfante das personagens. Esse arfar,

indicativo de medo e tensão nervosa, acompanha o seriado. Ficamos na expectativa do que poderá

acontecer a Claire, Rose, Rachel e Kate, pegas numa verdadeira armadilha do destino...

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2018.

RED GARDEN episódio 15: tempo de tragédias

Terríveis acontecimentos vão se sucedendo ao longo deste episódio angustiante. O trágico fim de Mireille, morta a

bordoadas pelos homens da clã Dolore, ao apresentar os sintomas derradeiros da transformação numa espécie de

lobisomem, colocam Hervé quase no pináculo da revolta contra a sua própria família. Para ele, descuidaram de proteger

Mireille e Anna, embora esta ainda sobreviva. Ele fica tentado a matar Lise, a Animus que, dada por morta na escola, na

verdade está em poder dos Dolore, desmemoriada, e sem saber o que está acontecendo, pois é usada como cobaia na

tentativa do Dr. Bender de obter alguma reversão da maldição de família. Hervé conclui que Lise também é “um sacrifício”. Ele aparentemente decide dirigir seu desejo de vingança de início contra Kate, a quem vinha cortejando falsamente. Encontrando

Kate, declara tê-la visto participando da matança de um homem. Kate não tem presença de espírito para negar ser ela, e fica presa numa armadilha psicológica. “Não conte a ninguém

que eu sei”, diz Hervé, sem explicar suas intenções.Os acontecimentos neste drama de terror começam a se

precipitar, pois a polícia encontra o diário de Lise e torna a chamar Kate para interrogá-la...

Resenha do episódio 15 – “Amor e raiva” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo,

Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki Sawashiro

Rachel Benning...............................Ryouko ShintaniRose Sheedy...................................Ayumi Tsuji

Lise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula Ferhlan.....................................Rie Tanaka

Hervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Eu estava feliz naquele dia... onde foi mesmo?”(Lise Harriette Meyer)

A situação impossível vivida por Kate e suas amigas vai se tornando insustentável. Hervé começa a abandonar a postura amigável com que vinha enganando Kate e chega a telefonar

para saber o que a polícia queria. Claire, por sua vez, ao procurar falar com o irmão Randy só consegue vê-lo por alguns

minutos da cafeteria, mas ele se despede misteriosamente. Pouco depois Claire descobre que a empresa de seu irmão não existe mais, arruinada (pelo que se dá a entender) pelo golpe

de um sócio. Claire tenta ligar para o seu detestado pai, só para ter mais duas más notícias: o homem fez uma viagem a negócios e Randy cometeu suicídio ao sentir-se traído pelo

próprio pai.Rose, acompanhada por uma amiga, continua investigando o paradeiro de seu pai desaparecido, Roberto Sheedy. Rachel,

afastada do convívio de seus colegas, encontra algum consolo conversando com o Professor Nick.

Separadas em seus dramas pessoais Kate, Rose, Rachel e Claire convivem com as suas vulnerabilidades. Mas este forte

drama de pavor está a um passo de sua fase crucial... porque a batalha decisiva está próxima.

Rio de Janeiro, 31 de maio de 2018

RED GARDEN episódio 16: o inimigo revelado

Acontecimentos cruciais sacodem este décimo-sexto episódio de “Red garden” (Jardim vermelho) embora de

início apareçam tramas paralelas mostrando os problemas pessoais das quatro mortas-vivas: Claire

visita seu irmão Randy no hospital, descobrindo que ele está vivo após a tentativa de suicídio, e lá tem uma

forte discussão com o pai, a quem acusa de abandonar a família e só aparecer quando as coisas acontecem.

Rachel, posta na parede por Luke, admite que há coisas secretas que ela não pode revelar. Luke, então, rompe de vez o namoro com ela. Rose finalmente descobre o seu pai, escondido numa espelunca, onde se refugiara após abandonar a família por causa das dívidas. Kate é questionada pela colega Jéssica, que também suspeita

de algum segredo, pois as ausências das quatro são sincronizadas.

Logo, porém, os acontecimentos se precipitam de forma violenta e trágica, quando Hervé decide abrir o

jogo com Kate...

Resenha do episódio 16 – “Mentira dolorosa” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji

Lise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula Ferhlan.....................................Rie Tanaka

Hervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Eu tenho te investigado. Você, Claire, Rachel e Rose. Descobri uma coisa sobre vocês. Anotações sobre

faltas, atrasos e saídas antes do horário iguais para todas. E isso é muito estranho. Vocês estão com algum

problema que não podem contar na escola?”(Jéssica)

“Você é o inimigo? Desde o início... desde o início só queria me usar?”

(Kate Ahsley para Hervé Delore)

“Não podem voltar a ser o que eram. Vai permanecer nesse corpo sem envelhecer nunca mais.”

(Hervé Delore para Kate Ashley)

Com o jogo aberto, revelações são feitas e segredos são descobertos. Tendo marcado com Kate perto do

esqueleto de um prédio em construção, Hervé pressiona brutalmente a garota, declarando que ela e

as demais estão sendo usadas pela organização da Animus, e que toda a luta das duas famílias, iniciada no

passado, se baseia nos dois “livros de maldição”, e cada grupo quer tomar o livro do outro. A maldição que transforma pessoas do clã Dolore (ou Doral conforme

outra versão) em monstros (uma espécie de lobisomens) só poderá ser quebrada se os dois livros

forem reunidos. Quanto às quatro garotas, não poderão reverter da sua condição de mortas-vivas. Não

ressuscitarão em seus corpos antigos e normais. Se perderem, morrerão; se vencerem, quando os dois

livros forem reunidos elas perderão as suas memórias.

A brutal revelação de Hervé, que coloca Kate em pânico, culmina nesta espantosa afirmação: que elas — Kate, Rose, Rachel e Claire — foram condenadas a viver

para sempre, que não envelhecerão, e em consequência terão de abandonar tudo um dia —

família, amigos, carreira. Afinal, a sociedade não tolera pessoas que não morrem. E, a ser verdade o que diz Hervé, elas agora só poderão morrer por violência ou

acidente, nunca por velhice ou doença.Uma ideia realmente perturbadora. O desenho atinge

aqui um pináculo de horror, agravado pela batalha que segue, quando Lula, J.C. e a turma da diretoria da

escola (também membros da Animus, coisa que Kate ignorava) surgem para intervir. Claire, Rose e Rachel,

que haviam sido chamadas por Lula, aparecem mas só conseguem observar a incrível luta que se trava no

esqueleto do prédio, quando também o primo de Hervé, Emílio, entra em cena. Todas essas pessoas agora

demonstram ter poderes de movimentação surpreendentes, com grandes saltos, além da força física inusitada. Na violenta batalha Hervé consegue

matar J.C. antes de se retirar com Emílio, considerando uma grande vantagem identificar a diretora da escola

da Roosevelt Island como líder do clã Animus.Finalmente todo o poder do inimigo, para o qual as

quatro garotas mortas-vivas não estão preparadas, é revelado. Kate, Rose, Rachel e Claire sabem agora que a fase mais aguda da guerra começou, e que mais do

que nunca terão de lutar por suas vidas. Mas se conseguirem vencer... como irão administrar vidas que

seguirão indefinidamente?

Rio de Janeiro, 14 de junho de 2018.

 

RED GARDEN episódio 17: situação terrificante

Kate Ahsley, abalada com as descobertas feitas no capítulo anterior de “Red garden” (Jardim vermelho), remói tudo o que

soube e se revolta contra as ações de Hervé e Emílio, que namoraram a ela e sua irmã Emma, escondendo suas

verdadeiras intenções. O desaparecimento de ambos, que já não respondem as chamadas telefônicas, angustia Emma sem que Kate possa lhe contar a verdade. Como contar à própria

irmã que ela, Kate, foi assassinada pelo clã Delore de Hervé e Emílio, junto com outras estudantes, e tornada uma morta-viva pelo clã Animus, que combate o Delore, e que as quatro (Kate, Claire, Rose e Rachel) estão agora condenadas a viver para

sempre? E que existem dois “livros de maldições” cada um em poder de um clã e se um dos clãs obtiver o outro livro, quando eles estiverem juntos as quatro perderão suas memórias? E

que elas deverão deixar seu passado para trás, inclusive suas

famílias? Ao contar tudo às outras três, todas se abalam em maior ou menor grau mas especialmente Rose, a mais

sensível, e que desenvolve um trabalho junto a seu pai, a quem ela localizou com ajuda da amiga Sara, e tenta fazer com que

ele retorne à família.Embora os inimigos sejam brutais e impiedosos, Hervé também tem suas fragilidades. Ele está revoltado contra seu próprio clã,

pois sua irmã Anna continua sem a devida assistência, piorando visivelmente, mas seu avô e o frio Dr. Bender só pensam em prosseguir as pesquisas em Lise, tida como a

chave para conseguirem um antídoto à maldição que, periodicamente, leva os membros desse clã a perderem sua

racionalidade e se torneram como feras que devem ser eliminadas. Hervé acaba sendo confinado num calabouço

particular da família, mas pede ajuda a Emílio. A situação se complica com o desaparecimento de Lise, ela própria uma

morta-viva.Este episódio é extraordinariamente dramático e envolvente. O mais marcante, porém, é a afinidade que se aprofunda entre as quatro garotas, as pessoas mais inocentes da trama, pois cada

vez mais elas sentem que precisam se apoiar mutuamente. Coisas terríveis aconteceram e outras coisas terríveis estão

para acontecer neste denso e humano seriado de terror.

Resenha do episódio 17 – “A verdade” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou

Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji

Lise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula Ferhlan.....................................Rie Tanaka

Hervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Desde o início só entrei porque fui forçada.”(canção-tema de abertura)

“Eu não me importo com muitas coisas, mas desaparecer é diferente.”

(Claire Forrest)

“Acho que me sinto mais próxima de vocês. É diferente de ser amiga.”

(Claire Forrest)

“Se aquilo não tivesse acontecido à Lise, não teríamos nos envolvido em tudo. Seríamos alunas da mesma série que nem

se falam. Nossa amizade nasceu de algo inacreditável.”(Kate Ahsley)

“Cretinos. Sabiam de tudo. E se aproximaram de Emma e de mim? Não vou perdoá-los... eles são cruéis...”

(Kate Ahsley)

“Já sofremos o suficiente. Não me diga que vamos sofrer mais ainda?”

(Rose Sheedy)

O enredo de “Red garden” chega a ser genial, no imenso drama onde as quatro personagens principais, Kate, Rose,

Rachel e Claire, foram envolvidas contra a vontade. Potências bastante frias, desumanas, estão em choque. A disputa entre

os dois livros de maldições é antiga, as quatro não têm interesse no assunto mas são obrigadas a se defender. O

sofrimento delas é pungente, e complexo o seu relacionamento

de tal forma apresentam diferenças em seus perfis psicológicos e situações pessoais. Na verdade os problemas pessoais e

prosaicos de cada uma delas são mostrados em detalhes; até mesmo a briga de Rachel com sua ex-amiga Amanda, que

ficou com seu namorado Luke. Mas o problema em comum as envolve, o segredo que não podem contar a ninguém. Mais do

que nunca elas estão expostas ao inimigo, e sabem que acontecimentos cruciais estão para vir brevemente. O clima

tenso e apavorante e a perfeita pontuação dramática fazem de “Red garden” uma obra-prima do terror.

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2018.

 

RED GARDEN episódio 18: prosseguem as mortes

Raros são os seriados de animação que se demoram nas angústias dos personagens. Mas este, com maestria, vai

mostrando em detalhes a dramaticidade, a situação-limite que atinge as quatro garotas mortas-vivas: Claire, Rose, Rachel e

Kate.Especialmente Rose, que ao estrelar ovos para seus dois

irmãos mais novos Paul e Carrie, dos quais ela tem agora de ser mãe, não para de pensar na espada de Dâmocles que pesa sobre as quatro: perderem suas memórias, terem de se separar

de tudo o que conhecem, pois viverão para sempre... e como Rose não consegue deixar seus irmãos à noite e as outras

procuram por ela, nenhuma atende ao chamado das borboletas. Ainda de luto pela morte de J.C., Lula tem de lidar pessoalmente com os dois homens-monstros que surgiram,

mais dois do clã Dolore que apresentam os sintomas de

desumanização e ferocidade, e que são mortos sem a participação das quatro. Lula então, sentindo que as quatro

Animus, perturbadas pelas últimas revelações, resolve levá-las ao enterro de J.C. e admite que não teve coragem de lhes contar toda a verdade. Afinal, Lula sai um pouco da frieza

habitual e chora diante do cadáver de J.C. assassinado por Hervé.

Outros acontecimentos vão ocorrendo nesta trama sangrenta e sinistra. Um dos policiais que investigam a morte de Lise é

assassinado ao descobrir a própria Lise rediviva mas apática, na praia, onde fôra libertada por Hervé e Emílio, que agora

estão tomando atitudes independentes do avô e do Dr. Bender. Os homens do clã Dolore são implacáveis em proteger seu segredo, o que fica evidente na matança do agente. Mas a

rebelião de Hervé complica mais a trama.

Resenha do episódio 18 – “Pequena esperança” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção:

Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato FukuenLula Ferhlan.....................................Rie Tanaka

Hervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Vou perder Paul e Carrie se perder minhas memórias... isso é o mesmo que morrer para mim.”

(Rose Sheedy)

“As únicas que podem entender a dor pela qual ela está passando somos nós.”

(Kate Ahsley)

Se os dois livros de maldições forem reunidos, dissera a sombria Lula, as memórias das Animus se perderão. Além disso, sendo mortas-vivas, estão condenadas à vida imortal neste mundo. Por isso as quatro garotas sofrem tanto, um

sofrimentos psicológico diante do mundo que desabou para elas mas ao qual ainda se agarram pelos escombros que restam. Suas próprias relações sociais estão fortemente

abaladas, especialmente as de Rachel que era tão ativa na vida social. Diante da tristeza que as envolve Kate sugere irem

as quatro, no carro de Claire, visitar o túmulo de Lise, aonde não iam há tempos, sem saber que sua amiga ainda caminha à

superfície... e com a singeleza que lhes resta, recordam detalhes do temperamento de Lise, a quem não podem

esquecer. Mas a tapeçaria do destino está prestes a completar seu arranjo neste drama. As mortes se sucedem e um

confronto final está próximo...

Rio de Janeiro, 19 de julho de 2018.

RED GARDEN episódio 19: a morte continua ceifando

O assassinato do policial negro Neil, quando descobre a morta Lise numa kombi que vira na Ponte Brooklyn, se acrescenta ao cardápio de mortes violentas da série de terror “Red garden” (Jardim vermelho). A emotividade

da série é imensa, nos dramas pessoais das protagonistas e na interação dos mesmos com o drama

maior.Rose, dedicada à família, chega a passar mal por

esperar sob a neve, do lado de fora do emprego de seu pai, que fugira da família por causa de suas dívidas. Ele afinal a leva de carro ao hospital, enquanto Claire visita

seu irmão Randy, hospitalizado. Rachel é forçada a repelir uma tentativa de reatamento de Luke. Ela não pode explicar porque já não pode ficar com ele. Como explicar ao ex-namorado que agora ela é uma morta-

viva? Mas o maior drama ainda é o de Kate. Sua colega

Paula, do Grace (o conselho estudantil) revela finalmente que sabe de tudo a seu respeito. A cena

entre as duas é chorosa e dramática, pois Paula sabe dos riscos que Kate está correndo.

No grupo dos Dolore, a dissidência de Hervé e Emílio faz a diferença. Enquanto o grupo “ortodoxo” consegue

manter a posse de Lise, que já é uma pessoa quase vegetativa – uma “animus” ou morta-viva, mas já sem o discernimento de suas quatro amigas – eles se revoltam

porque Mireille morreu e Anna é neglicenciada. O avô de Hervé fez com que tudo se concentrasse em Lise

para tentar obter em seu corpo algum antídoto para a maldição que leva os Dolore a se tornarem feras. E Lise

não era uma Dolore, mas uma das cinco garotas assassinadas. As outras quatro (Kate, Rose, Rachel e Claire) puderam ser resgatadas pelo grupo de Lula e tornadas mortas-vivas. Hervé agora está claramente

contra a sua própria família, por amor à irmã.

Resenha do episódio 19 – “Desejo não realizado” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“A situação ao seu redor só piora.”(Paula para Kate)

“Eu sei de tudo. Tudo o que aconteceu a você.”(idem)

“Todo dia, quando chega a meia-noite, eu rezo para que você esteja bem.”

(idem)

Quando Kate, tentando localizar Lise, cai sob o poder dos Dolore, para ser usada como cobaia, a situação chega a um ápice de suspense e emotividade. Já se

sabe que Hervé e Emílio vão intervir, não por amizade a Kate mas por discordarem do rumo que o avô está dando. A fase final desse impressionante drama de

terror, impregnado pelos sentimentos dos personagens, está começando.

Observe-se o detalhismo dos acontecimentos. Por exemplo, as quatro descobrirem que apesar de seus corpos de Animus elas ainda podem pegar resfriado, sentir dores etc. E o hábito que adquiriram de chupar

limão, uma necessidade dos seus novos corpos de zumbis.

Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2018.

RED GARDEN episódio 20: tragédia sobre tragédia

O clima profundamente dramático e repleto de sofrimento do seriado de horror “Red garden” (O jardim

vermelho) se acentua neste episódio crucial, onde ocorrem mais mortes importantes: o avô de Hervé, o sinistro médico e Emílio, o primo de Hervé. A tragédia também se abate mais ainda sobre Lise, que embora usando uma “vida emprestada” como Animus, ao ser

usada como cobaia pelo clã Dolore (ou Doral conforme outra tradução) acaba sofrendo os efeitos da licantropia

que costuma atingir os membros daquela família. Libertada do sequestro efetuado pelos Dolore graças à

intervenção de Hervé e Emílio (que não são propriamente amigos) e à chegada de Lula com Rose, Rachel e Claire, Kate se desespera por não conseguir

recuperar Lise, sua grande amiga, porque, atingida pela maldição dos Dolore, ela fugiu de camisola mesmo e se

perdeu na cidade.Algumas explicações complementares são dadas enfim ao quarteto Rachel-Rose-Claire-Kate. Finalmente fica

claro que o Colégio da Ilha Roosevelt é o reduto do clã Animus, e as explicações de Lucy dão conta de que a

luta começou há séculos e que diversas mulheres lá se encontram numa sala secreta, paralisadas e incapazes

de morrer, embora possam falar sem mexer os lábios. Tudo isso faz parte da troca dos livros de maldições que

pertenciam aos dois clãs. Um deles, em posse das Animus, provoca a maldição da licantropia nos Dolore;

em contrapartida entre as Animus primitivas, a maldição da vida eterna com paralisia. Falta explicar

porque as demais se movem, inclusive as quatro mais novas, as sofridas heroínas da série; e porque as

Animus não tem de ser necessariamente aparentadas.

Resenha do episódio 20 – “O quarto esquecido na noite” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007.

Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Você mentiu para Emma! Ela chora todo dia!”(Kate Ahsley para Emílio Dolore)

“As únicas que podem viver vidas emprestadas são mulheres.”

(Lucy)

“Há muito tempo, quando houve a batalha entre Animus e Doral, os Doral levaram um dos livros da

maldição. Por causa disso os Doral são amaldiçoados a manifestarem suas complicações e morrerem. Essas meninas, as Animus, foram amaldiçoadas a perder a

liberdade e permanecer vivas.”(Lucy)

“Precisamos pegar o livro da maldição que a outra parte tem para tirar a maldição. Só será possível se

tivermos os dois.”(Lula)

“Lutamos por essas meninas que não podem se mover. É por isso que nós, que já morremos, temos vidas

emprestadas.”(Lucy)

Apesar do caráter sobrenatural da história, com maldições e poderes paranormais (como o do grande

salto, que as quatro neófitas no drama, Kate e suas três colegas, também desenvolveram), uma coisa que se

percebe é a ausência da religião. Em nenhum momento se pensa em tentar um exorcismo ou coisa similar, com

sacerdotes, ou orações; Kate, Rachel, Rose e Claire possuem integridade moral mas não se pode dizer que

sejam religiosas. A história também não fomenta o ateísmo; em nenhum momento ideias materialistas são defendidas. Ou seja, por esse lado a série é neutra. Ela vai fundo, porém, na emotividade. Quando o patriarca do clã Dolore, Raul, é morto por Hervé, e o cruel Dr. Bender por sua vítima Lise, não podemos deixar de

admitir que eles tiveram o que mereciam. E até ficamos com pena da morte de Emílio, apunhalado nas costas

por um dos membros de sua família, durante o combate para libertar Kate. Emílio demonstra sinceridade ao

instar a Kate que fuja, sem se importar com Lise cuja

mente já estava tomada pela loucura da licantropia; Emílio esforça-se para explicar que amava Emma, que

lamentava ter tudo terminado daquele jeito (fôra obrigado a cortar contatos pois Emma, irmã de Kate,

não devia saber daqueles segredos) e que estava salvando Kate por ser irmã de Emma.

Mas agora Hervé, livre do avô e de Bender, assumiu a liderança dos remanescentes do clã Dolore e, desejoso

ainda de salvar sua irmã Anna, resolve comandar o grupo até o colégio, onde já calcula encontrar-se o livro

que precisa para anular a maldição de família.Parece que não ocorre aos dois grupos um acordo de

paz para que utilizem em conjunto os dois livros, acabando com as duas maldições e selando a paz. Porém Kate, Rachel, Rose e Claire não têm culpa

alguma disso, foram postas à força na trama, e agora precisam sobreviver de alguma forma ao vendaval...

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2018.

RED GARDEN episódio 21: na véspera da batalha

Com uma pontuação dramática angustiante e pungente, “Red garden” (O jardim vermelho) aproxima-se de seu extraordinário desfecho. O jogo está aberto e só resta aos dois grupos — o das Animus e o dos Dolore — o enfrentamento decisivo pela posse dos dois “livros

de maldições”. Apanhadas inocentemente na trama, Kate, Rachel, Rose e Claire só ficam sabendo que se

perderem morrerão em definitivo (pois mortas elas já estão, mas como mortas-vivas, zumbis) e se ganharem

perderão suas memórias (e por isso mesmo Kate previne-se com anotações sobre os familiares das

quatro) e estarão condenadas a viver para sempre.Hervé, que assumiu o comando dos Dolore após matar seu avô, reuniu o que restou do clã e planeja o ataque

ao Colégio Roosevelt após o Natal. E o dia de Natal passa com as quatro garotas procurando resolver suas

vidas da melhor maneira. Rachel confraterniza com Sam mas despede-se dele, dando-lhe informações

enigmáticas (porque para ele incompreensíveis) de que terá de enfrentar inimigos. Rose consegue trazer seu

pai de volta para casa, onde a esposa e os filhos menores o esperam. Claire beija seu namorado, mas está consciente de que nada pode lhe revelar. Como fator de complicação, a desaparecida Lise, ainda com

roupa hospitalar, vaga pelo frio da rua, balbuciando que deve ir à escola, ou “Kate lhe dará uma advertência”

(referência à função de inspetora de classe de Kate, ou “membro do Grace”). Lise também é uma morta-viva,

mas perdeu a lucidez.

Resenha do episódio 21 – “A última manhã” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim

vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do

mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Não sei bem quem são os justos, mas preciso lutar.”(Rachel Benning)

“É hora de ir.”(Claire Forrest)

Perpassa por todo este impressionante episódio um clima de despedida, de fatalidade, de “ir ao encontro do

destino”. As quatro garotas, unidas pelo sofrimento e pela solidariedade, acompanham Lula e se juntam às garotas Animus mais antigas, entrincheirando-se no

colégio, dispostas a se defenderem até o fim do iminente ataque dos inimigos — homens contra

mulheres.A decisão de um conflito que começou há séculos.

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2018.RED GARDEN episódio 22: o impressionante

desfecho

“Condenadas a não morrer.” A não ser por morte violenta.

O dia decisivo chegou para Kate, Rachel, Rose e Claire, as quatro garotas mortas-vivas. Elas se dirigem ao misterioso Colégio Graceland, em Roosevelt Island,

Nova Iorque. Lá, ao lado da diretora e suas auxiliares, irão lutar contra o clã Doral, no confronto final. Elas sabem que ou morrerão dessa vez, ou vencerão e

nesse caso, já não irão morrer de velhice. Após disfarçadamente se despedirem de seus entes

queridos, elas partem para enfrentar o destino. Kate sempre teve uma nobreza natural, agora está

majestosa. Rose sempre foi sensível e sentimental mas deixou de ser fraca e chorosa, está tão decidida como

as outras. Rachel e Claire tinham seus defeitos de caráter. Mas o sofrimento acrisolou-as, amadureceu-as e tornou as quatro, que antes eram colegas de colégio sem afinidades, em amigas inseparáveis. Unidas pela

tragédia e pela dor.“Red garden” ou “Reddo gaden” (O jardim vermelho) chega ao seu clímax. O clímax de uma das melhores

séries de terror da televisão, um terror insólito onde, ao contrário da maioria dos exemplares do gênero, as

protagonistas lutam conscientemente...

Resenha do episódio 22 – “Luz” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung.

Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

“Aquele homem desprezível...”(Kate Ahsley, referindo-se a Hervé)

“Mesmo que sejam vidas e corpos emprestados, ainda estamos vivas!”

(Kate Ashley)

“É verdade que não trouxemos nada e talvez não deixemos nada! Mas mesmo assim queremos viver!”

(Rachel Benning)

“Sabe que eu cheguei a pensar que você era bom?”(Kate Ahsley para Hervé)

“Os monstros não somos nós nem essa menina. É você.”

(Kate Ashley para Hervé)

A ponte que ligava Roosevelt Island ao continente, à cidade de Nova Iorque, é explodida e o fato marca o

início da invasão de Graceland pela milícia de Hervé, os homens que restaram do Clã Doral (ou Dolore em outra tradução) e que invadem o colégio em busca de um dos livros mágicos para juntar com o outro que no momento

está com Hervé. A polícia não consegue chegar ao local, embora seja estranho que não recorram a barcos

ou helicópteros (há uma série de detalhes não

devidamente explicados, mormente neste episódio final). Mas a luta começa, mulheres contra homens, mas todos os envolvidos portam poderes especiais, podendo dar grandes saltos e golpes vigorosos. Os

Dolore, mesmo de paletó e gravata, avançam de quatro aos pulos, como lobos. Na entrada da escola as quatro amigas lutam com diversos adversários e se revelam grandes lutadoras, já sem necessidade de usarem os

bastões das lutas anteriores.Detalhe curioso é que as Animus que vão morrendo

sequer deixam cadáveres, transformam-se em cinzas. As mortes vão se sucedendo em ambos os lados, mas o

episódio mais crítico é quando Kate e as demais esbarram com Hervé. O mais poderoso dos adversários, e que traz nos braços sua irmã Anna, já nos limites de resistência à doença — na verdade, maldição — que

atinge a família. Hervé ainda quer salvá-la juntando os dois livros. Mas perde tempo enfrentando as quatro garotas, repelindo três delas com facilidade e quase matando Kate, que tenta enfrentá-lo sem êxito. O

aparecimento de Lula salva a vida de Kate. A cena é bem forte, pois Lula atravessa com a mão o corpo de

Hervé mas não consegue matá-lo e ele lhe faz a mesma coisa. Lula não resiste e cai moribunda. Desistindo de

matar as demais, por causa de sua irmã, Hervé pega de novo Anna nos braços e penetra no colégio, à procura

do outro livro. É pungente a morte de Lula, que liderava o grupo e tinha trazido as quatro garotas para o drama.

“Eu te odiava. Mas se você morrer, terei de te perdoar.”(Kate Ahsley)

O “jardim vermelho” torna-se mais vermelho do que nunca. Nisso tudo o quarteto ainda tem a felicidade de reencontrar Lise, a colega desaparecida, assassinada e

tornada antes delas uma zumbi, mas Lise, embora as recorde, não sabe o que aconteceu ou o que está

acontecendo. A morte de Hervé não causará pena, penso, à maior parte dos espectadores. No fim, quase todos os personagens morreram, inclusive as garotas paralisadas ocultas nas entranhas do colégio, as mais

antigas vítimas da maldição. Lise também não sobreviverá. Mas Kate e suas amigas querem viver, e não se desfazem em pó. A partir de agora, elas estão

condenadas à vida...O final de “Red garden” deixa inúmeras incógnitas no

ar. O desaparecimento do colégio e suas integrantes, a situação de Kate, Rose, Rachel e Claire... elas agora são

heroínas, mas heroínas imortais, que não podem por isso mesmo conviver com uma sociedade humana que

não tolera coisas extraordinárias.O que será o seu futuro? Uma resposta foi dada num especial de tv (OVA, como chamam esses especiais

japoneses) que trata do destino posterior de Kate, Rose, Claire e Rachel. Um filme chamado “Dead girls”

(Garotas mortas).

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2018.

 

RED GARDEN episódio especial: as garotas mortas

Já tendo completado a resenha de todos os episódios do seriado japonês de tv, a animação “Reddo Gaden” (Red Garden), ou seja o “Jardim Vermelho” — série de terror sobrenatural, drama e ação — abordo agora o OVA, ou

seja o especial de televisão “Dead Girls”, isto é,

“Garotas Mortas”, de 45 minutos realizado em 2007. É uma curiosa média-metragem que aborda o destino de

Kate, Rose, Rachel e Claire, as quatro mortas-vivas, agora amigas para sempre apesar das diferenças de temperamento, e que são focalizadas num futuro de

300 anos após os terríveis acontecimentos do seriado, quando somente elas sobreviveram na batalha final

entre as Animus e o clã Delore.Neste futuro Nova Iorque é uma cidade fantástica, de

carros voadores, prédios incomensuráveis, tecnologias holográficas adiantadíssimas, androides e outros

detalhes insólitos. Uma cidade onde elas voltaram a estudar e estão para se formarem no grau médio, como

antes nos tempos de Roosevelt Island. Onde aparentemente alguns personagens da série

reencarnaram com aparências idênticas e às vezes até nomes idênticos, como Paula e Jéssica, estudantes de Roosevelt Island, agora em outro colégio onde o Grace

(espécie de conselho de alunas inspetoras, que policiam as demais nos casos de infrações como faltas e atrasos)

também existe, e onde aliás, Rose é sua presidente. Também Hervé e Lise parecem ter reencarnado como irmãos, agora com os nomes de Edgar e Louise, mas com o mesmo sobrenome de Lise. Lula aparece como

vizinha das quatro garotas, apenas isso. Elas não reconhecem ninguém, pois perderam as memórias de suas vidas até os 17 anos e aliás continuam com 17 anos congelados, pois não crescem e não morrem e

estão vivas há séculos. Tornaram-se vigilantes, atacando bandidos, precedidas de uma estranha

canção composta por Kate. São uma lenda urbana, as “Dead Girls” dotadas de poderes que as tornam

invencíveis, e dois policiais (que parecem reencarnados dos dois que atuam no seriado), ao verem Kate voando, reconhecem que “os rumores são verdadeiros”. Neste

estranho e materialista mundo do futuro... existem meninas mortas agindo...

Resenha do episódio especial “Dead Girls” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho).

Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura. Roteiro: Mari Okada. Música: Akira

Senju.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira TomisakaClaire Forrest..................................Myiuki SawashiroRachel Benning...............................Ryouko Shintani

Rose Sheedy...................................Ayumi TsujiLise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen

Lula Ferhlan.....................................Rie TanakaHervé Dolore...................................Takehito Koyasu

Paula Sinclair...................................Megumi Kobayashi

“Esse é o lugar onde despertamos, onde choramos e choramos.”

(Claire Forrest)

“Sempre está presente em minha mente.”(Kate Ahsley)

“Porém as razões pelas quais não crescemos ou morremos estão enterradas neste lugar.”

(Rose Sheedy)

“Quantos anos temos vivido? Alguns séculos.”(Kate Ashley)

“Esses 17 anos perdidos podem ser muito perigosos para nós.”

(Claire Forrest)

“Continuaremos juntas, não importa onde estivermos.”(Rachel Benning)

A história de quatro estudantes normais de 17 anos, colegas de classe mas sem foco entre si, e que se tornam inseparáveis, unidas pela tragédia e pelo sofrimento, e condenadas a viver para sempre, é

insólita e comovente. Neste futuro Roosevelt Island é agora conhecida como Red Garden, pois após a batalha final entre Animus e Dolores a ilha foi tomada por uma floração vermelha misteriosa habitada por borboletas

de espécie desconhecida. O local é desabitado e nele se ocultam as ruínas do antigo colégio. As garotas mortas,

tendo nos últimos anos retornado a N.I., resolvem investigar numa tentativa de esclarecer o que

aconteceu com elas no distante passado. Naquele tempo lutaram com monstros humanos, homens que, atingidos por maldição, tornavam-se feras de paletó,

atacando como cães raivosos, mas com olhos brilhantes. Desta vez, ao voltarem a Roosevelt Island (e agora elas se locomovem em pranchas voadoras com

forma de borboleta) elas são atacadas por mechas. Mas com os poderes que possuem, e que desenvolveram como mortas-vivas, elas conseguem enfrentar até

mechas (para quem não sabe, mechas são gigantescos robôs de combate, muito comuns em alguns desenhos

japoneses).Não consegui entender de todo o enredo, qual o papel

da dupla de irmãos, Louise e Edgar (equivalentes a Lise e Hervé), porque queriam matar as garotas, ou se eram

de fato irmãos, o que é questionável pelo que acontece na história. As quatro não conseguem encontrar pistas do passado, nem se explica a existência dos mechas.

Apenas decidem ir embora de Nova Iorque após a formatura, já que, se ficarem muito tempo no mesmo

lugar, o fato de não envelhecerem acabará por chamar atenção. Também não se explica de que elas vivem

(até mortas-vivas precisam ganhar dinheiro para viver em sociedade). O especial deixa no ar muitas

incógnitas e a sensação de que as personagens deveriam ainda aparecer em outra série ou outros

especiais, para que o seu destino ficasse mais esclarecido.

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2018.