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Rota dos Feminismos Contra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho 2010

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Rota dos Feminismos Contra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho 2010 Maria José Magalhães. 1. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

Rota dos FeminismosContra o

Assédio Sexual,No Espaço Público,

na Rua e no Trabalho

2010Maria José Magalhães

1

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Page 2: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

O assédio sexual é um grave problema social que afecta sobretudo

mulheres. Persiste de forma oculta, insidiosa, no espaço público e nos

locais de trabalho, com quase total impunidade para os perpretadores.

Com uma legislação ainda muito ténue, em Portugal, escasseiam

dados e informações sobre a situação real do fenómeno e sobre as

dificuldades das vítimas.

A par do álcool, do stresse, do tabaco e do HIV, esta forma de violência

de género constitui, segundo a OIT, um dos 5 principais factores que

afectam a saúde de trabalhadoras(es) em todo o mundo.

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O assédio sexual contempla diversos comportamentos de perseguição

durante um período de tempo, que pode ser bastante longo; a

perseguição é vivida pela vítima como uma ameaça, e é potencilamente

perigosa. (Garrido 2002)

Segundo Rebelo (2008), estes comportamentos podem incluir:

chamadas telefónicas, perseguição na rua, envio de cartas e/ou correio

electrónico, envio de prendas não solicitadas, ameaças à pessoa ou a

familiares e amigos, danificar a propriedade, insultos, apresentar

denúncia à polícia sem fundamento, etc.

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Também para Alice Botão (1989) assédio sexual consiste em qualquer

comportamento ou revelação, por palavras ou acções de carácter

sexual, não pretendido pela pessoa a quem se destina, sendo por esta

vivido como ofensivo.

Pode ocorrer na rua e outros espaços públicos, ou no local de trabalho.

Existem diversos tipos de assédio sexual e diversos tipos de

agressores, trazendo, da mesma forma, diversos tipos de

consequências e de custos morais, sociais e económicos. 4

Page 5: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

O que diferencia o assédio sexual das condutas de

aproximação de índole afectiva é a ausência de

reciprocidade, sendo acto que causa constrangimento à

vítima, que se sente ameaçada, agredida, lesada,

perturbada, ofendida.

Por seu turno, assédio moral é toda e qualquer conduta que

traz dano à personalidade, dignidade ou integridade física

ou psíquica da pessoa, põe em risco o seu emprego ou

degrada o ambiente de trabalho, sem que possua carácter

sexual.5

Page 6: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

As graves consequências para a saúde psicológica das vítimas exigem

uma atenção especial por parte dos poderes públicos e da sociedade

civil - stresse, diminuição do desempenho, consequências nas

relações interpessoais, na família e no trabalho.

Neste aspecto, pensamos que é de valorizar o trabalho desenvolvido

por organizações feministas, associações de mulheres (entre as quais

a UMAR) e sindicatos pelo esforço desenvolvido para dar visibilidade

ao assédio sexual.

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Page 7: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

A investigação sobre assédio sexual, em Portugal, é muito escassa.

Ressalvam-se os inquéritos levados a cabo por Lígia Amâncio e Luísa

Lima, em 1994 (encomendado pela CITE ao CIES-ISCTE) e por Helena

Rebelo, em 2008 (Faculdade de Economia - UC).

Estes estudos apontam que 1 mulher em cada 3 foram vítimas de

assédio uma ou mais vezes (2007).

Também a legislação é ainda muito ténue, dificultando o cumprimento /

respeito pelos direitos das vítimas.

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Page 8: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

A Organização Internacional do Trabalho – OIT – definiu o

assédio sexual como actos de insinuações, contactos

físicos forçados, convites impertinentes, desde que

apresentem umas das seguintes características:

a) constituir uma condição clara para dar ou manter o

emprego;

b) influenciar nas promoções na carreira do assediado;

c) prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar

ou intimidar a vítima.

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O Código do Trabalho (lei 7/2009) define assédio sexual como:

Artigo 29º:

1 — Entende-se por assédio o comportamento indesejado,

nomeadamente o baseado em factor de discriminação, praticado

aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou

formação profissional, com o objectivo ou o efeito de perturbar ou

constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um

ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou

desestabilizador.

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Art. 29º (cont.):

2 — Constitui assédio sexual o comportamento indesejado de carácter

sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objectivo ou o

efeito referido no número anterior.

3 — À prática de assédio aplica -se o disposto no artigo anterior.

4 — Constitui contra - ordenação muito grave a violação do disposto

neste artigo.

Art. 22º - Direito à igualdade no acesso ao emprego e no trabalho.

Decreto-Lei 441/91, de 14 de Novembro.

Decreto-Lei 26/94, de 1 de Fevereiro.

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Outra legislação aplicável:

Resolução do Conselho da Europa nº 90/C 157/02 de 29 de Maio de

1990.

Esta Resolução é relativa à protecção da dignidade das mulheres e

dos homens no trabalho.

Daqui resultou um código de conduta sobre as medidas para

combater o assédio sexual.

Directiva Quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

89/391/CEE, de 12 de Junho de 1991.

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Projecto Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

Objectivos

Sensibilizar o público em geral, através de actividades

artísticas (performances e instalações), para o problema do

assédio sexual (e do stalking) na rua, nos espaços públicos,

no trabalho;

Contribuir para colocar o problema do assédio sexual na

agenda política;

Contribuir para a criação de condições para que as vítimas

possam denunciar e apresentar queixas, solicitar protecção

e obter ressarcimento.

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Page 13: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

Projecto Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

Público-alvo

Sociedade civil;

Mulheres vítimas e não vítimas;

Jovens;

Mulheres imigrantes;

Associações de Desenvolvimento Local, Associações

Culturais e Associações de Mulheres e Feministas,

Associações de imigrantes, ONG’s em geral.

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Projecto Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

Acções a desenvolver:

Elaboração de um dossier sobre o tema do assédio sexual,

com artigos de imprensa, artigos teóricos, estudos

empíricos;

Organização de uma Rota, esta repartida em diversos

momentos ao longo do ano, por várias cidades do país,

como por exemplo: Braga, Porto, Coimbra, Viseu, Setúbal,

Beja, Faro e Lisboa;

Acções de sensibilização em escolas.

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Projecto Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

Acções a desenvolver:

Associações de sensibilização para mulheres imigrantes.

Elaboração de 2 pequenos questionários sobre o tema do

assédio sexual.

Elaboração de um folheto informativo sobre o tema a ser

distribuído na Rota, nas escolas, e em outras associações.

Realização de um Seminário Internacional alusivo ao tema

“Assédio Sexual”, em Lisboa, cidade onde terminará a Rota,

a 24 de Setembro 2011.

Publicação de uma brochura com as conclusões do

seminário.

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Page 16: Rota dos Feminismos Contra o  Assédio Sexual, No Espaço Público,  na Rua e no Trabalho 2010

Avaliação do impacto

Indicadores quantitativos:Nº de pessoas que assistiramNº de inquéritos preenchidosNº de participantes nas performances e nas instalaçõesNº de locais onde se realizaram iniciativas da RotaNº de colaboradoras/es e voluntárias/os no projectoNº de palestrantes no seminárioNº de escolas envolvidasNº de docentes Nº de jovens (das escolas)Nº de associações, ONG’s e outras entidades envolvidasNº de folhetos distribuídosNº de notícias e referências na comunicação social e

noutras ntiIndicadores qualitativos:

Depoimentos de pessoas de diferentes idades, sexos, e zonas do país

Depoimentos de vítimas16

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Projecto Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

Calendário da Rota:

26 e 27 Fevereiro – 1ª etapa – Algarve

5 e 6 de Março – 2ª etapa – Beja

19 e 20 Março - 3ª etapa – Setúbal

2 e 3 Abril - 4ª etapa – Lisboa

16 e 17 de Abril - 5ª etapa – Viseu

30 Abril e 1º de Maio - 6ª etapa – Coimbra

14 e 15 Maio – 7ª etapa - Porto

4 e 5 Junho - 8ª etapa - Braga

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Referências bibliográficas:Amâncio, Lígia e Luísa Lima (1994) “Assédio Sexual no Mercado de Trabalho”,

CITE, Ministério do Emprego e da Segurança Social. “Assédio sexual”, III Encontro JUTRA, J-P Aguiar Branco e associados, Aracaju,

Brasil, Agosto de 2007.

Rebelo, Helena (2008) Assédio Sexual e Moral no Local de Trabalho, Faculdade

de Economia, Universidade de Coimbra, 2008.

Garrido, Vicente (2002) Amores Que Matam. Assédio e violência contra as

Mulheres, Lisboa: Principia.

Botão, Maria Alice (1989) Assédio Sexual no Local de Trabalho, Lisboa: CCF.

Fitzgerald, Louise F. et al. (1997) “Antecedents and Consequences of Sexual

Harassment in Organizations: A Test of an Integrated Model”, Journal of Applied

Psychology 1997, Vol. 82. No. 4, 578-589.

Maass, Anne et al. (2003) Sexual Harassment Under Social Identity Threat: The

Computer Harassment Paradigm, APA.

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Rota dos FeminismosContra o Assédio Sexual, No Espaço Público, na Rua e no Trabalho

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