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EDIÇÃO Nº 103 - ANO 4 - 14 DE FEVEREIRO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SABADAO DO POVO

Todos os dias acontece um aci-dente em Lençóis Paulista. A frequência e a gravidade aumentam sem que abso-lutamente nada vultuoso e que dê resultado, seja feito. Enquanto isso, cidadãos de bem vão sentindo na pele o problema que viti-mou um rapaznesta semana,-quando se cho-cou com um ô n i b u s d e transpor te urbano no centro de Lençóis

TRISTE - Homem observou vítima e depois segurou mão do rapaz no chão à espera do Resgate

O trânsito que mata cidadãos!

Jd. Carolina sofre com onda de furtos

Grupo Lwart comemora 40 anos de sua fundação

Máxima: 34C°Minina: 25C°

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HOJE AMANHÃ

Fonte: Climatempo

TEMPO E TEMPERATURA

Ao longo deste ano, será realizada uma série de even-tos para celebrar 40 anos de atividades do Grupo Lwart. O município de Lençóis Pau-lista, onde estão instaladas a Lwart Lubrificantes e Lwarcel Celulose, especializadas em coleta e rerrefino de óleo lu-brificante usado e celulose de mercado, vai receber atrações preparadas pela companhia para comemorar esta data com os aproximadamente dois mil colaboradores próprios, suas famílias e com a população da cidade. Estão previstos shows, eventos culturais, a produção e lançamento de um livro sobre a sua história, entre outros.

As comemorações começam em fevereiro com o lança-mento de um hotsite, onde os visitantes poderão encontrar informações a respeito da

programação de eventos para 2015. O hotsite também terá informações, curiosidades e fatos marcantes sobre a história da companhia, fotos antigas e atuais, linha do tempo com os principais aconte-cimentos destes 40 anos, depoimento de colaborado-res, parceiros e clientes. Na página 7

José Luiz de Almeida Neto, de 17 anos, foi se-

pultado na terça-feira, dia 10, no cemitério municipal.

Ele é a primeira vítima fatal do trânsito em Lençóis Paulista neste

ano. O jovem morreu depois de se envolver em um acidente com um

ônibus, na tarde de segunda-feira, dia 9, no cruzamento da Rua Humberto

Alves Tocci com Avenida dos Estudantes, no Jardim Bela Vista.Neto, como era conhecido pelos amigos,

transitava com uma moto CG Titan, quando se chocou de frente com um ônibus circular

de transporte coletivo. Segundo informações, os veículos transitavam na avenida dos Estudantes,

mas em sentido contrário, quando o ônibus fez a conversão para acessar a Rua Humberto Alves Tocci,

e o motorista não teria visto o motoqueiro que vinha pelo outro lado da avenida, devido às árvores existentes

em toda sua extensão, segundo o motorista. Neto foi socor-rido ao Pronto Socorro com fraturas múltiplas, hemorragia

e traumatismo craniano. Página 5

O desespero e o medo de sair

de casa para o tra-balho e, ao voltar,

encontrar o local va-zio, está aterrorizando

os moradores do Jardim Carolina. O que era sonho

de tranquilidade, felicidade e segurança está se transforman-

do em pesadelo diário.Esse pesadelo é o que relataram

moradoras do bairro esta semana depois de várias residências sofrerem tentativas de invasão. Detalhe: as mo-radoras estavam dentro de casa. O que mais preocupa as pessoas ouvidas é a falta de segurança. A informação é que a ronda policial não constante no bairro estaria facilitando a ação dos

marginais. mas as famílias também cobram amparo social

A Câmara Municipal de Lençóis Paulista, presidida por Anderson Prado de Lima, deverá promover uma reunião para discutir com autoridades municipais, como pro-motores, delegados, Polícia Militar e Prefeitura o que fazer para conter a violência na cidade. Página 6

UBS do Jd. Ubirama continuafechada com reforma parada

M u i t o distante dos

anseios e neces-sidades dos cida-

dãos lençoenses, a entrega da UBS

do Jardim Ubirama segue desagradando

a população da região e os usuários do serviço

público de saúde. Este mês completa um ano além do

prazo previsto para término da refor-ma, prevista para fevereiro de 2014.

A reportagem do Sabadão foi ver de perto como está o andamento da obra e encontrou um prédio bonito e bem cuidado, com gramado e pin-tura nova. Mas nenhum funcionário trabalhando. Isso se visto por fora.

Quando o olhar se volta para o interior do prédio, o que se vê é a falta de acabamento, restos de materiais, portas e janelas velhas

alojadas em seus cômodos, latas vazias de tinta nos cantos e restos de construções e entulhos.

As duas placas que oferecem infor-mação sobre valores da obra e prazo para a entrega, estão em cantos se-parados do terreno amplo e coberto por uma fina grama.

A Prefeitura alega que aguarda a liberação dos recursos estaduais e federais para conclusão da reforma e ampliação. Página 4

O Blo-co da Con-

tramão abre neste sábado,

dia 14, o Car-naval de Lençóis

Paulista. A concen-tração para a ‘descida’

Bloco da Contramão abre hojeCarnaval 2015 em Lençóis Paulista

pela Rua 15 de Novembro será às 9h, ao lado da Praça dos Constitucionalistas na Avenida 25 de Janeiro. A iniciativa é da AMALP (Associação de Música e Artes de Lençóis Paulista). Este é o terceiro ano que o grupo leva foliões pelo centro da cidade, executando marchinhas tra-dicionais, resgatando o Carnaval de rua. Crianças, adolescentes e pessoas de todas

as idades devem participar novamente este ano, já que o grupo tem a expectativa de que cerca de 600 foliões passem pela contra mão da Rua 15 de Novembro até o Parque Paradão.

Ainda na programação de Car-naval, no domingo, dia 15, o baile popular será realizado na quadra po-liesportiva do Jardim Nova Lençóis,

das 18h às 21h. Na segunda-feira, dia 16, a Concha Acústica recebe o baile a partir das 21h, e na terça-feira de Carnaval, é a vez do Jardim do Caju receber o baile, das 18h às 21h, na quadra poliesportiva da Escola Guio-mar Fortunata Coneglian Borcat. realização da Prefeitura municipal de Lençóis Paulista e Casa daCultura.

Em certo lugar havia um grupo de homens e mulheres que se intitulavam pescadores. A região era toda cercada por lagos e rios, onde ha-viam muitos peixes, mas eles não pesca-vam. Todas as semanas se reuniam para falar sobre pesca, a abundância de peixes e como poderiam pescar. Durante todo o ano definiam detalhes sobre o que significava pescar e defendiam a pesca como dever de um pescador.

Pesquisavam novos e melhores métodos para pescaria. Promoviam eventos especiais, congressos nacionais e internacio-nais para promover a pesca, novos tipos de isca e equipamentos. Os pescadores levantaram recursos para a construção de uma bela sede que recebeu o nome de: “Quartel General da Pesca”. Sua tese era de que todos os membros daquela entidade deveriam ser pescadores e que todos deveriam pescar, embora não pescassem.

Organizaram uma enti-dade destinada a treinar e enviar pescadores a outros lugares onde houvesse muitos peixes. A enti-dade contratou assessoria e criou comissões para definir lugares para onde enviar os pescadores que seriam formados nos seus Centros de Treinamento. Muitos se sentiam chamados e depois de capacitados e aprovados eram enviados. Quando chegavam ao destino, se envolviam com outros afazeres como construção de tan-ques, instalação de bombas para bombear água para os tanques, es-cavação de valas para interligação dos tanques, vistoriar criadouros de peixes, armazenamento de insumos, etc. Mas nunca pesca-vam. A prioridade era um suposto reconhecimento por parte dos peixes, de que eles eram vizinhos bondosos e gentis.

Em um dos encontros no “quar-tel general”, sobre a necessidade de pescar, um jovem participante ao sair dali, foi pescar. No dia seguinte relatou haver pescado três grandes e apreciá-veis peixes, apresen-

tando fotos e divulgação no jornal da cidade. Recebeu as devidas homenagens pela excelente pesca-ria e foi convidado a comparecer a todos os eventos para narrar sua experiência e despertar novos pescadores. Teve seu nome conta-do entre os grandes pescadores e então, não encontrou mais tempo para pescar.

Poder-se-ia imaginar o quanto alguns ficariam magoados e decepcionados no dia em que alguém insinuasse que aqueles que não pegassem peixes, não eram realmente pescadores, in-dependente de se proclamarem pescadores. Esse alguém estaria muito certo na sua declaração. Como seriam pescadores, se du-rante anos, nunca pescaram um peixe sequer? Alguém poderia ser um seguidor de seu Mestre, se não pescar? (Mat. 4.19).

Como cristãos, essa parábola mostra nossa tendência humana de nos afastarmos do chamado vocacional para compartilhar nossas experiências, para outra direção numa tentativa de aper-feiçoamento de algo que precisa ser simples como deve ser. Manter o bom relacionamento é muito importante, mas equipá-los para serem bons pescadores é a ordem do Mestre (Mat. 28.19-20). Sua volta para recolher os “peixes pescados” é certa e os seus ensinos foram suficientes para sermos bons pescadores (Luc. 5.5-6).

Antônio Carlos Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

OPINIÃO2LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

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Lençóis Paulista - Borebi - Agudos Macatuba

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Teoria da pescapr. antonio carlos cabral railson rodrigues

carlos lima

Com crise se cresce?

Borebi, uma mãe

Sempre que come-ço um texto que en-volve política, preciso alertar que já sei que o país não vai bem! Os juros da poupança são baixos demais. Os juros de financiamen-tos, cartão, cheque es-pecial, todos abusivos. A inflação deu as caras, não é algo assustador, mas sempre dá medo, mesmo que à distância.

Agora vemos uma avalanche de informações sobre a corrupção na Petrobrás. Talvez a mídia não dê tanto alarde, mas há diretores da empresa que confessaram que os esquemas existem desde 1997. Porém, a onda hoje é fingir que o Brasil ficou ruim apenas de uma década pra cá.

Essa semana, em meio a uma aula de Direito do Consumidor, o profes-sor, um apaixonado por falar mal do governo e especialista em dizer que o brasileiro é o pior povo do mundo, veio com a conversa de que estamos pas-sando por uma crise sem precedentes.

Sempre que falam mal do povo brasileiro, minha luz de alerta acende, afinal, é meu povo, sou eu. Temos nos-sos problemas, mas nossas qualidades também são infindáveis. E quando meu alerta acendeu em meio ao dis-curso do professor, fiquei pensando na palavra CRISE.

Inevitavelmente, veio à memória aquele comercial do SBT, no ano de 1999 (Veja só, estou ficando velho), que dizia exatamente essas palavras: “Se cresce com crise? Trabalhe sem receio, aposte no Brasil. Com crise se cresce”! Naquele ano, a inflação era aproximadamente quatro vezes a inflação atual, passávamos por uma crise de desvalorização do real, o salário mínimo era de (pasme) R$ 130,00 e a taxa de desemprego era mais que o dobro da atual.

E aquela voz do locutor do SBT, mesmo diante de tudo isso, era retum-bante e firme para dar confiança aos brasileiros, dizia de forma imponente: “COM CRISE SE CRESCE”!

Hoje, o mesmo SBT possui apresen-

tadores como Sheherazade e Ratinho, especialistas em atacar o governo e dar ao cidadão a sensação de que estamos em uma crise que acabará com o país. São especialistas em deixar o telespectador sem chão, em tentar tapar a luz no fim do túnel. E eu me pergunto: Onde foi parar

aquele discurso da emissora de que se cresce na crise?

Mencionei isso para o professor e ele imediatamente mudou de assunto e não falou mais da suposta crise atual. Voltou a falar de Direito do Consumidor.

Minha reflexão permaneceu e me lembrei de uma paródia da música “dormi na praça” de Bruno e Marrone, onde um mutuário do Sistema Finan-ceiro Habitacional, em 2001, pedia para o guarda leva-lo preso, pois não queria mais a casa financiada e perdeu o carro para pagar um financiamento feito a juros de “agiota”, cobrados por bancos do Governo.

Também em 2001, ocorreu o afun-damento da plataforma da Petrobrás, P-36, que era, na época, a maior do mundo, tendo custado 350 milhões de dólares aos cofres públicos. Após apuração, constatou-se que o acidente foi causado por não conformidades quanto a procedimentos operacionais de manutenção do projeto.

As coisas não iam bem nem com a política de juros nem com a Petrobrás, tanto em 1999 quanto em 2001, mas a imprensa não tentava fazer o brasileiro pensar que estávamos no fundo do poço, pelo contrário, tentava dizer ao cidadão que as coisas melhorariam um dia.

A corrupção existe desde aquela época. Os banqueiros e empreiteiras continuam dando as cartas, e essa postura diferente da mídia só nos in-dica uma coisa: Hoje o Governo deve estar pagando menos para os grandes veículos de comunicação, e essa é mais uma diferença positiva dos dias atuais em relação a 1999, ou 2001. Mas isso a Globo não mostra!

Railson Rodrigues é estudante de Direito

Estado surdo:Violência e segregação

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Charges do Julião

“Eu tenho um sonho: de ver meus filhos julgados por sua

personalidade e não pela cor de sua pele”

martin luther King

Na edição do dia 10/02/15, do JC de Bauru foi publicado uma nota do Sr. Fabricio Rodrigues com o título acima (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=237553). Permita-me chama-lo apenas de Fabrício, pois fica bem mais informal. Quero parabeniza-lo, pois, sendo você um jovem, difere da grande maioria da juventude brasileira, que é sempre adepta da síndrome “Zecapagodiana” do deixa a vida me levar, vida leva eu, e demonstra estar em sintonia com o cotidiano e a realidade de sua cidade.

É bem verdade que o muni-cípio de Borebi, tem benefícios que são concedidos à população e certamente não todos os que ela merece e precisa, porém, o sistema precisa, como tudo na vida, passar por adequações, reformulações, em conformidade com a realidade do momento histórico.

Há um ditado popular que diz: Devemos ensinar a pescar, em vez, de dar o peixe. É claro que num primeiro momento dar o peixe pode ser indispensável, porém,

não se pode tornar alguém depen-dente, para sempre, pensando em benefícios políticos. Este é o caso da mãe Borebi, pois, hoje, ninguém quer aprender a pescar, e quando se propõe a ensinar, logo vem a res-posta, que nem se quer é pensada, mais decorada: “O outro fazia”. “O outro dava”. Veja um exemplo claro: O governo federal oferece bolsas de estudo em universidades particulares, através do Prouni, mais para concorrer, é preciso al-cançar média no Enem, aí, é muito sacrifício, é preciso estudar, tenho que fazer a minha parte, tenho que renunciar alguma coisa, logo, pra que? A mãe dá.

Caro Fabrício, a mãe Borebi até 2012 entregava à população cerca de 350 cestas básicas, atualmente são aproximadamente 150, é pou-co?. Para uma cidade com pouco mais de 2.400 habitantes, isso significa: era 14,5% da população que viviam na “zona” da pobreza, da miserabilidade, hoje, 6,2%. Com certeza, boa parte, na “zona” de conforto, pois, quais critérios eram utilizados para a concessão

do benefício que segundo as regras do FNAS tem caráter eventual e não permanente, que se perpetua no tempo, como sempre ocorreu. Agora, você acha que reduzir isso é fácil? É justo, porém, fácil jamais! É preciso coragem, vontade política.

Eu já ouvi dizer que na casa em que come 1, comem 10. É bem provável que sim, mais, todos vão comer mal. A mãe acaba passando fome, para dividir, e fica desnu-trida, culminando com a morte. Quando a mãe morre, todos pe-recem e ficam como cachorro em dia de mudança, isto é, não sabem para onde ir e nem o que fazer. Veja bem, a atual administração já pa-gou uma indenização trabalhista de mais de R$600,000,00 herdada da administração anterior, fechou um acordo com o Ministério Público Federal do Trabalho, para extinção de uma multa de R$4.300.000,0 decorrente de negligência da ad-ministração anterior, o acordo vai custar R$150.000,00 aproxi-madamente em 2015. Quando se espera que não haverá novas surpresas, chega autuação da Re-

ceita Federal, no valor de mais de R$700.000,00, entre valor de INSS não recolhido, acrescido de multa, juros e correção monetária, que se parcelados demandarão mais R$12.000,00 mensais du-rante pelo menos 5 (cinco) anos. Nessa brincadeira, lá se vão, R$1.450.000,00 (hum milhão, quatrocentos e cinquenta mil reais), que representariam, 16.100 cestas básicas, ou 4.830 bolsas de estudo ou ainda, 371.800 passes para o trabalhador no trajeto Bo-rebi x Agudos e Vice Versa.

Amigo Fabrício, a mãe está sofrendo, pois gostaria de oferecer mais aos seus filhos, mais com tantas surpresas, já está tirando da própria boca para continuar dividindo, por isso espera que haja compreensão, porque, reagir com “o outro fazia, o outro dava”, tem um preço, e a conta vence. E a fatura está chegando. Vamos priorizar os que realmente preci-sam, porque se a mãe morrer, os filhos perecerão.

Carlos Lima é Contador

Os problemas enfrentados pela comu-nidade de uma cidade não são exclusi-vamente de responsabilidade deste ou daquele, mas de todos que compõem os setores da sociedade, ou por definição, do agrupamento de seres que convivem em colaboração mútua.

No entanto, quando a colaboração de um ou outro setor não acontece, então é obrigação dos demais cobrarem ações que minimizem os problemas.

É isso que duas matérias publicadas pelo jornal Sabadão fazem hoje, cobram ações que ajudem a garantir a segurança e a paz de moradores do bairro Jardim Carolina e dos usuários do trânsito, sejam condutores ou pedestres.

No ano passado, este jornal já mostrou o estado de terror que os recém ocupantes dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida viviam com as constantes invasões e furtos em suas moradias, com ladrões invadindo as casas em plena luz do dia, quando as famílias estavam fora, a trabalho, ou durante a noite, causando pânico pelo risco de violência ainda maior.

Porém, desde então, apesar do cenário descrito pelos moradores como sendo “a parte do resto da cidade”, nada de es-pecífico foi feito por quem deveria zelar por mais de 400 famílias que vivem uma realidade completamente impar em rela-ção ao resto da população, e que por isso merecem atenção diferenciada.

Por serem famílias consideradas caren-tes, apenas a ação repressiva da Polícia – e a ação até agora também é criticada - talvez não seja suficiente para devolver o sentimento de pertencer dos moradores, perdido após a grandiosa festa de entrega dos imóveis, passada a cena publicitária, que não teve continuidade no acompanha-mento social das famílias.

Até esta semana, os moradores do bair-ro mais novo da cidade, enfrentavam pro-blemas antigos, que em outras regiões de Lençóis Paulista já levaram à segregação, exclusão e violência, como consequência da falta do Estado, de maneira geral.

Também por não ouvir, até agora, o cla-mor social e buscar o limite do impossível na solução dos problemas, os setores da sociedade lençoense responsáveis pelo trânsito local também se tornaram atores nas cenas terríveis protagonizadas por vítimas e seus familiares, no asfalto das ruas da cidade.

Recentemente, a Prefeitura obedeceu à Legislação Federal e realizou audiências públicas que irão contribuir na elaboração do Plano de Mobilidade, também exigido por lei. O que não se sabe é se, devido à surdez demonstrada até agora pela administração municipal sobre o assunto, não fosse obrigação legal, será que a co-munidade seria ouvida? Há quem garanta que sim, e quem tenham certeza que não.

O certo é que passos rápidos precisam ser tomados a partir de agora para evitar que as cenas de dor e morte continuem sendo o principal espetáculo do trânsito lençoense e o vermelho do sangue sua cor predominante. É isso que se cobra. E a tarja preta na capa do jornal desta edição é um símbolo desta cobrança.

POLÍTICA 3LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

por tania morbi

Na rua - Uma cena inusitada foi presenciada esta semana no centro de Lençóis Paulista. Acostumada a se refugiar no Gabinete Execu-tivo, a prefeita Izabel Lorenzetti foi vista caminhando pelo centro comercial da cidade. Para os corneteiros de plantão, que flagraram a cena, a prefeita estaria em busca daquela aprovação de 85% da população que supostamente obteve ao ser reeleita.

Intrigado - O Sabadão do Povo tem recorrido com frequência às informações e pontos de vista de interlocutores ligados diretamente a administração pública. Um destes, ligado a área de Saúde do município explicou esta semana que funcionários públicos estariam proibidos de dar informações sobre a administração. Que para qualquer opinião repassada para a imprensa, deve ser primeiro, encaminhado para a assessoria de comunicação da Prefeitura.

Caaalaaadaaaa!!! - Segundo a fonte, a blindagem para assuntos não digeríveis pela administração, deve passar pelas assessorias. Caso algum aguerrido falador exponha algo que não agrade, au-tomaticamente é incluído em Processo Administrativo, correndo o risco de perder o emprego.

PSAAE - A autarquia municipal responsável pela água está parecen-do um comitê eleitoral, segundo informações de um interlocutor da Coluna. O entra e sai do SAAE é diário. As visitas, maioria políticas, estariam desviando a atenção do diretor de suas reais atribuições frente a tão importante órgão.

Sai - Para quem vê de longe a movimentação, tacha a autarquia de Partido do Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Será que o dire-tor estaria angariando assinaturas para lançar um novo partido politico na cidade?

Forte - A surpresa da semana é a permanência do vereador Gu-mercindo Ticianelli Jr. na Mesa Diretora da Câmara. Jr. disse na última sessão, que elegeu Jonadabe para a primeira secretaria, que renunciaria na sessão de quarta-feira, quando também entregaria o cargo oficialmente.

Sem carimbo - Como o vereador saiu apressado da ultima sessão, devido uma viagem que estaria marcada, não foi possível confirmar sua fala na noite chuvosa de segunda-feira, dia 9. Na terça-feira à noite, por telefone, o jornal Sabadão conseguiu contato com o vereador que disse não ter entregue a renúncia oficialmente.

Protocolo - Segundo Jr. ele teria sido orientado pelo partido, o DEM, a permanecer na Mesa, honrando assim seu compromisso de cooperar nos trabalhos administrativos.

Fala que te escuto – A base aliada da atual administração continua com os pés em várias canoas. Pelas ruas, o que se houve é que, rachado, o grupo dos vereadores aliados estaria agindo como a própria prefeita ou seja: sumiram dos bairros e do tête-à-tête com o eleitor/cidadão. Com raríssimas exceções.

PPP – O vereador Manoel do Santos Silva posou de vítima na sessão que elegeu Jonadabe. Avisado pelo vereador Ailton Tipó de que caso se elegesse, não poderia assumir o cargo, por já tê-lo ocupado nesta gestão, o tucano usou a Tribuna para se defender dizendo que estava sendo perseguido no seu mandato.

Tá aqui, ó!!! - Tipó usou as regras do Regimento Interno da Casa para fazer sua colocação. Para o vereador, que demonstrou desco-nhecer o regimento legislativo ou pelo menos parte dele, restou se esconder atrás de sua condição: a de mensageiro do poder tucano instalado na cidade.

Raça ariana - Por falar em poder, uma observação esta semana de um morador “legítimo” de Lençóis Paulista, empresário bem sucedi-do, proprietário de terras e agricultor, aponta para um cenário que poucos percebem. O lençoense diz que nenhum cargo de destaque na administração lençoense tem um negro.

Raros - Isso mesmo! Ele conta que esteve em todas as diretorias da atual administração para tirar a dúvida de sua cabeça. Branco, estatura acima da média e educado, o empresário, preocupado com sua visão, quis tirar a limpo.

De fato - Não que seja preconceito do empresário enxergar que só existam apenas brancos, especialmente de descendência italiana, à frente das diretorias, mas, ele que é instruído e antenado com a humanidade das coisas, achou muito estranho. Para cooperar com o empresário e com o leitor do Sabadão, a Coluna nomeia algumas diretorias para que o próprio leitor tire suas conclusões e, por favor, sem racismo ou preconceitos. Em pleno século 21, isso não cabe mais.

A lista - Meio Ambiente: Benedito Martins; Cultura: Nilceu Ber-nardo; Emprego e Renda: Altair Toniolo; Obras: Antônio Silveira; Educação: Lucinara Barbosa; Saúde: Márcio Santarém, CMFP: Wanderley Francati; SAAE: José A. Marise; Esporte: José Lenci; Diretora Administrativa: Silvia Gasparotto ; Assistência Social: Elisabete Ortado Athanásio; Diretor jurídico: Leandro Orsi Brandi; Planejamento: Luiz Eduardo Conti; Recursos Humanos: Marcos Norabele; para citar alguns.

Faça o teste - O questionamento do empresário é quanto ao fato de não existir, se quer, um negro no escalão mais alto da administração e isso o deixou incomodado. Por este motivo procurou a Coluna. Se analisada mais de perto essa dúvida, encontrará ressonância na verdade dos fatos.

A casa caiu - Um dos principais defensores do impeachment da pre-sidente Dilma Rousseff, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral por crime eleitoral em razão dos excessivos gastos em publicidade no ano de 2006, quando era governador e disputou a reeleição; o TSE negou o recurso do parlamentar que pedia a anulação da condenação do TRE da Paraíba, de 2010, pela mesma irregularidade; ele foi con-denado a pagar R$ 106 mil; na decisão, a ministra Maria Thereza afirma que os R$ 22 milhões gastos nos primeiros seis meses do ano de 2006 superam em muito a média do período 2003-2006 do mandato do então governador.

Jonas vai para Mesa e Júniorretira possibilidade de renúnciaApós confirmado Jonadabe de Souza (SD) para o cargo de primeiro secretário, Gumercindo Ticianelli (DEM) disse que anunciava sua saída, “por não ter apego a cargo” e entregaria renúncia na segunda-feira, o que não deve ocorrer

PASSOU | Vereador Jonadabe conversa com Tipó e presidente Prado

Tânia MorbiEm uma sessão com muitos

discursos, considerações e dis-cordâncias, o vereador Jonadabe de Souza (SD) foi eleito primei-ro secretário da Mesa Diretora da Câmara de Lençóis Paulista e, surpreendendo a todos, ve-readores e público presente, o segundo secretário Gumercindo Ticianelli Júnior (DEM) disse que renunciaria ao cargo, o que provocaria uma nova eleição na quarta-feira, dia 18, quando será realizada a próxima sessão do Legislativo, após o feriado de Carnaval (leia abaixo).

Diferentemente do que se esperava, além de Jonadabe, cujo nome já havia sido de-fendido como candidato ao cargo da Mesa, durante a sessão do dia 2, por Ailton Tipó e Anderson Prado, do PV, além de Humberto José Pita (PR), o posto de primeiro secretário foi disputado por Manoel dos Santos e Francisco de Assis Na-ves, ambos do PSDB. O partido se reuniu antes de apresentar o nome do concorrente, mas não conseguiu um consenso.

Jonadabe recebeu os votos de Tipó, Prado, Junior Ticianelli, Pita e de Nardeli da Silva (Pros), enquanto Manoel recebeu os votos dele mesmo e dos tucanos André Paccola Sasso, Emerson Carrit e José Santana, o Dodô. Chico Naves recebeu apenas o seu próprio voto. José Pedro de Oliveira, o Bentinho (PR) se absteve da votação.

Com o resultado, esta foi a terceira derrota seguida da base da prefeita Izabel Lorenzetti no Legislativo, que perdeu duas eleições anteriores para a pre-sidência da Câmara e agora a disputa pela primeira secretaria. Na próxima semana devem ser definidas as comissões perma-nentes do Legislativo, o que pode criar nova disputa entre os vereadores da base e oposição.

Em sua declaração, após a eleição, Jonas reafirmou seu posicionamento político inde-pendente, considerando que foi eleito pelo PSB, partido que não compunha a coliga-ção da prefeita Izabel e nem a oposição. “Vou continuar com

o mesmo empenho e força, e todos os companheiros podem contar comigo”.

Nardeli declarou seu voto de apoio a Jonas, também por ter sido eleito por um partido independente. “Nós sofremos juntos na eleição, fomos para a rua juntos. Temos uma dife-rença que pesa, porque somos amigos de infância”, explicou.

DiverticuliteA decisão de Chico Naves em

manter seu nome para concorrer ao cargo, gerou um clima tenso entre os vereadores do PSDB, que pode apontar para o aparente desgaste entre os vereadores. Mas, segundo Chico, ele não teria sido convocado por escrito para a reunião do partido que definiu o nome que iria concor-rer à secretaria, e considerou o que já havia sido supostamente definido anteriormente, entre os próprios vereadores, que ele seria apresentado como candidato. “Infelizmente hoje, fiquei surpre-so por não ser aceito. Mas decidi concorrer, mesmo sabendo que Jonas venceria, porque eu deveria ter sido comunicado pessoalmen-te, e isso não foi feito”, explicou.

Chico também leu uma de-claração referente à sua falta à sessão em que a presidência da Mesa foi eleita, no dia 2. Re-forçou que teve que se ausentar devido a uma crise aguda de diverticulite, que exigiu repou-so absoluto por recomendação

O pronunciamento de Gu-mercindo Ticianelli Júnior (DEM), de que na semana que vem o presidente Anderson Prado de Lima teria que reali-zar novas eleições para a Mesa, porque ele renunciaria ao cargo, deixou surpresos vereadores e o público presente à sessão da Câmara. “Deixo aqui aberto meu cargo e mostro que não tenho apego nenhum em ficar na mesa”, afirmou Júnior.

Em seguida, o vereador expressou seu apoio a que Chico Naves fosse o próximo

Sobre a apresentação de seu nome para candidato à primeira secretaria, Manoel alegou que se tratou de um ‘fechamento de questão’ do partido, mas não justificou as razões específicas que levaram ao detrimento do nome de Chico Naves.

Ailton Tipó disse ser contra o fechamento de questão de partidos, tanto que ele e o verea-dor Prado já votaram de forma diferente em algumas situações, o que representa maior demo-cracia dentro do partido em sua opinião. A imposição de um posicionamento partidário, para Tipó, representa uma tentativa do partido de manter o poder sobre os vereadores. “Para mim isso é impor ao vereador o que o partido quer e não o que o verea-dor quer fazer. Tira do vereador a sua independência. Porque tanto apego ao poder?”, questionou.

Tipó também esclareceu

que caso Manoel fosse eleito, a eleição teria que ser cancelada, uma vez que ele não poderia concorrer ao mesmo cargo que já ocupou na Mesa, de acordo com o Regimento Interno da Câmara. E demonstrou apoio a Chico Naves por sua falta cau-sada por um problema médico, que pode lhe render sanções impostas pelo PSDB. “Isso não faz parte da democracia. É um vereador sério, honesto, que está aqui trabalhando, mas ficou doente. Chico tem minha soli-dariedade e meu apoio”, disse.

Emerson Carrit, em longo discurso, repleto de apartes, defendeu o posicionamento do partido e que as decisões devem ser tomadas considerando o que definir a maioria do gru-po. “Acreditamos que unidos, pensando juntos, discutindo os problemas, nós somos me-lhores”, declarou.

Fechando questão

segundo secretário e que se ele se candidatar terá o seu voto. “Assim a mesa fica dividida, democrática, com o convite à uma pessoa do PSDB para fazer parte. O senhor tem meu voto”, disse, dirigindo-se a Chico na sessão passada.

Mesmo diante do desapego ao cargo da Mesa, esta sema-na a situação do vereador do DEM teve uma reviravolta. Procurado pela reportagem do Sabadão na terça-feira, para fa-lar sobre sua suposta renúncia - já que não havia entregue seu

médica, mas que sua presença na eleição não mudaria o re-sultado que elegeu Prado de Lima presidente, e defendeu maior liberdade aos vereadores para que possam tomar suas decisões pessoais, sem que ter que se submeter aos interesses exclusivos do partido. “O meu

grupo é o povo de Lençóis Paulista, é para ele que tenho que trabalhar. Os 12 vereadores devem ser um grupo só. Foi Lençóis Paulista que deu para nós a obrigação de resgatar a moralidade desta Casa. Somen-te a eles (povo) devo mostrar para quê vim”, comentou.

Junior não renunciará à primeira secretaria cargo oficialmente - o vereador contou que recebeu ligações de amigos e correlegionários para que permanecesse no posto que ocupa. Mas, segundo o vereador, o que pesou foi a posição do partido, que pediu sua permanência.

“Eu disse mesmo na Câmara que apresentaria minha renúncia nesta semana e daria meu voto ao Chico, mas, além das pessoas que me ligaram, busquei orientação do partido e fui indicado a me manter no cargo da Mesa. De fato, não tenho apego a isso, mas

não posso fazer apenas minha vontade diante dos meus eleitores e do meu partido”, disse.

“Quanto ao que foi divul-gado na imprensa o que posso dizer é que não fui procurado em nenhum momento para falar sobre o caso. A possível renúncia não foi protocolada. Era uma decisão que eu não podia tomar sozinho”, contou.

A reportagem tentou contato com o vereador ainda na noite de segunda-feira, mas con-seguiu contato, por telefone, apenas na noite de terça-feira.

O Jardim Primavera realiza sua eleição para escolha da nova diretoria da Associação de Moradores no dia 15 de março, segundo informou Sebastião Pereira da Silva, o Tião Borra-cheiro, que esteve à frente da última diretoria da Associação, há dois anos. O prazo para que as chapas se inscrevam para

concorrer à eleição é até o dia 9 de março.

Tião confirmou que está preparando uma chapa para novamente concorrer à dire-toria da entidade, mas espera que outros moradores também inscrevam chapas e participem do processo de escolha de seus novos representantes.

Primavera terá eleição paraAssociação de Bairro, em março

“Nosso bairro tem proble-mas, mas é organizado porque sempre teve uma associação que representava os moradores. A associação tem força para reivindicar as melhorias que os moradores precisam”, avaliou.

A falta de eleições e conse-quentemente de uma diretoria ativa na associação, segundo

Tião, foi motivada pelo cus-to do processo para legalizar registro das chapas durante a eleição e, posteriormente, da diretoria eleita.

“As pessoas falam que a as-sociação é política, e deve ser mesmo para poder conseguir o que é necessário para os mora-dores”, concluiu.

Foto: Billy Mao

GERAL4LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

NO CANTO | Placa e sacos de pedriscos

ALTO | Mato ao lado de residências

BELA VIOLA | Por fora, pintura nova, gramado e calçadas; por dentro, falta de acabamento, entulhos e muita coisa que já poderia beneficiar a população

Moradora de Macatuba reclama de mato alto na Alameda Tiradentes

Fazendo aniversário, UBS do Ubirama segue sem previsão de entrega, mas bonito por foraMáxima usada por administrações distantes dos anseios e necessidades do povo, UBS está com pintura feita egramado cuidado, por dentro, falta de acabamento e obra parada; “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”

Da reportagemMuito distante dos anseios e

necessidades dos cidadãos len-çoenses, a entrega da UBS do Jardim Ubirama segue desagra-dando a população da região e os usuários do serviço público de saúde. Este mês completa um ano além do prazo previsto para término da reforma, prevista para fevereiro de 2014.

A reportagem do Sabadão foi ver de perto como está o anda-mento da obra e encontrou um prédio bonito e bem cuidado, com gramado e pintura nova. Mas nenhum funcionário traba-lhando. Isso se visto por fora.

Quando o olhar se volta para o interior do prédio o que se vê é a falta de acabamento, restos de materiais, portas e janelas velhas alojadas em seus cômodos, latas vazias de tinta nos cantos e restos de construções e entulhos.

As duas placas que oferecem informação sobre valores da obra e prazo para a entrega, estão em cantos separados do terreno am-plo e coberto por uma fina grama (uma das mais caras do mercado, a grama Esmeralda chega a custar, dependendo do fornecedor, R$15 o metro quadrado).

Além do gramado, pedriscos de forração de jardim foram colocados ao redor da calçada do prédio e outros locais estratégicos.

Fora a quantidade destes pedris-cos, que está espalhada por todo o espaço, cerca de mais 10 sacos estão “jogados” em um canto. Metade deles rasgados e com o pedrisco espalhado pelo chão.

O Sabadão tentou falar com alguns moradores durante a reportagem, mas as pessoas ouvidas disseram depender dos serviços de Saúde Municipal e, por isso, temem reclamar e sofrerem represálias.

Uma interlocutora, que pediu

anonimato, contou que o im-bróglio com a UBS do Ubirama envolveria, além da paralisação da obra, a contratação de funcio-nários e médicos para atender na unidade. Disse que a quantidade de funcionários existentes hoje seria insuficiente para atender e que por isso funcionários estariam com cargas excessivas de trabalho, fazendo rodízio entre as unidades.

Os usuários do serviço e moradores do Jardim Ubirama estão sendo atendidos na Unida-

de do Monte Azul. Para chegar até o bairro, os moradores do Ubirama precisam pegar ônibus circular e enfrentar todo um árduo processo de espera.

Com atraso de um ano na con-clusão, a obra tem a parceria entre o município, Estado e Governo Federal. Quando foi divulgada a reestruturação do prédio, a informa-ção é de que a Prefeitura teria dispo-níveis R$ 305 mil para a obra, tendo recebido R$ 89 mil do Ministério da Saúde e R$ 216 mil do governo

estadual, através do programa Valorização da Saúde Básica.

Mas, posteriormente, a infor-mação foi de que os recursos do governo do Estado estriam sendo liberados em parcelas, o que esta-ria dando um andamento mais lento à obra. No ano passado, ou-tra informação contraditória em relação à obra gerou ainda mais apreensão entre os moradores. Em junho, a diretoria de Saúde informou que o andamento do serviço estava em dia e um mês depois que a empresa responsável havia sido multada, após procedi-mento interno devido à falta de cumprimento no cronograma e por manter os serviços ‘prati-camente paralisados’. Na época, a informação oficial foi de que outras medidas mais duras não foram tomadas contra a empresa, que se comprometeu a manter em dia o andamento dos serviços.

Recentemente, em resposta a requerimento enviado por verea-dores, a Prefeitura informou que os valores do convênio tinham sido divididos entre a parte interna e externa no prédio, ambas feitas pela mesma empresa, no entanto.

Esta semana, a assessoria da diretoria de Saúde informou que para concluir a obra, a Prefeitura aguarda a liberação de recursos dos governos Federal e Estadual.

Do governo estadual teriam sido liberados R$ 172.800,00 do total de R$ 215 mil previstos pelo convênio, restando R$ 42,2 mil. Enquanto do governo federal teriam sido liberados quase R$ 18 mil, do total de R$ 89,4 mil, restando R$ 42,2 mi

Porém, de acordo com a as-sessoria, a parte da obra na qual foi destinado o recurso do Estado (ampliação), já teria sido concluí-da em dezembro de 2014.

Lençóis Paulista recebeu, em 2014, quase R$ 1 milhão em impostos pagos pela empresa que detém a concessão da Rodovia Marechal Rondon, no trecho em que o município está loca-lizado. O  recolhimento de ISS da Concessionárias Rodovias

do Tietê nas cidades por onde passa a rodovia é rateado entre os municípios.

Segundo informações ob-tidas pelo jornal Sabadão do Povo, no ano passado, foram distribuídos quase R$ 14 mi-lhões, em ISS, entre as 25

cidades lindeiras a trechos da rodovia sob concessão.

O valor que cada município recebe é calculado com base na extensão da quilometragem do trecho da rodovia que passa pelo limite do município. Próximas a Lençóis também são beneficiadas

as cidades de Agudos, Areiópolis, Bauru e Botucatu

Dos R$ 947 mil recebidos pela Prefeitura de Lençóis Paulis-ta, em 2014, segundo a assessoria da administração municipal, por determinação da constituição Federal, 25% (R$ 236.750,00)

foram aplicados na Educação e 15% (R$ 142.050,00) na Saúde.

O  restante (cerca de R$ 570 mil), ainda de acordo com assessoria, foi destinado a “outras despesas essenciais da Prefeitura”, sem especificar o que seriam despesas essenciais.

Normalmente, despesas com publicidade que são vei-culadas na TV, jornais da cidade e produtoras, além de algumas agências, saem de da pasta de Planejamento, que recebem repasses como esse das Rodovias Tietê.

Em 2014, Lençóis recebeu quase R$ 1 milhão da Rodovias do Tietê

A moradora de Macatuba, Geise Pereira, do Jardim Capri, falou esta semana com a reda-ção do jornal Sabadão do Povo e reclamou que insetos e animais peçonhentos estão invadindo sua casa e a dos vizinhos, devido a quantidade de mato em um terreno que, segundo ela, seria da Prefeitura Municipal.

Também esta semana fun-cionários públicos foram vistos fazendo a limpeza de uma área que margeia a rodovia Osni Mateus. O detalhe, segundo um morador do Jardim Planalto, é que os funcionários estariam trabalhando sem equipamento de segurança, ficando assim, expostos ao risco de acidentes.

De volta ao Jardim Capri, a moradora da Alameda Tiraden-tes informou que em períodos de chuva aparecem os caramu-jos, mas quando o terreno está limpo, não há problemas.

“Estou indignada com esse descaso. Uma cidade como Ma-

catuba não pode chegar nestas condições de ter matagal ao lado das casas. Já tive muito problema com esse terreno por outros moti-vos, mas agora começou aparecer insetos peçonhentos como ara-nhas, vindos desse mato”, contou.

Em Macatuba, o problema com mato alto está afetando outros bairros da cidade. Além de locais públicos como as pra-ças da cidade.

Segundo a moradora Geise, foram feitos vários pedidos na Prefeitura para que o terreno tivesse a limpeza efetuada. O que a moradora recebeu de in-formação é que uma força tarefa estaria sendo preparada para fazer as limpezas necessárias.

Geise informou que até o momento do contato da repor-tagem, ninguém havia apareci-do para derrubar o mato.

O Sisam (Sistema de Sa-neamento Ambiental) está concluindo a interligação das redes de esgoto do Jardim Bocaiúva e parte dos Altos da Cidade com o emissário do novo loteamento urbano. A obra melhora a eficiência no afastamento do esgoto gerado por moradias e prédios comer-ciais daquela região da cidade. Com o trabalho, a Prefeitura de Macatuba põe fim ao antigo

problema de extravasamento de esgoto na Rua José Cruzerá, nas imediações do Trevão.

A nova rede foi construída pela iniciativa privada e está dimensionada para receber a carga de esgotos. Além disso, o traçado da rede é mais reto, me-lhorando o fluxo de afastamen-to do material das residências e prédios comerciais.

De acordo com o Sisam, o extravasamento do esgoto para

a superfície da rua acontecia porque a tubulação antiga tem um traçado irregular, em zigue-zague em alguns pontos, o que prejudica o fluxo do material.

No ano passado, a Prefeitura de Macatuba realizou obras emergenciais naquele trecho da rede coletora, o que reduziu quase totalmente o problema que afligia a população. A obra que será concluída neste mês trouxe a solução definitiva.

Sisam prepara interligaçãoda rede de esgoto no ‘Trevão’

Já está aberto o período de inscrição para a eleição dos novos membros suplentes do Conselho Tutelar de Macatuba. Os interessados devem fazer suas inscrições até o dia 9 de março, entre 9h e 11h e entre 14h e 16h, na Secretaria de Assistência e Desenvolvimen-

to Social, que fica na Travessa Romoaldo Antônio Scian, s/n (telefone 14 3298 9970).

Os interessados devem apre-sentar os seguintes documentos para realizar sua inscrição: có-pias de carteira de identidade, CPF, título de eleitor e com-provante de votação na última

eleição, originais de compro-vante de residência há mais de cinco anos em Macatuba, reconhecimento de idoneidade moral, atestado negativo de antecedentes criminais, com-provante de experiência de tra-balho, comprovante de grau de escolaridade e foto 3x4 recente.

Conselho Tutelar abreinscrições para novatos

EM MACATUBA

Devido ao feriado de Carna-val, na terça-feira, dia 17, alguns serviços públicos serão modifica-dos em Lençóis Paulista.

A coleta de lixo será realizada na terça-feira, no Jardim Caroli-na, Açaí I e II, Maria Luíza III,

J. Europa, Residencial Atenas, J. Santana, J. Grajaú, Caju I e II, Cachoeirinha, Ibaté, Itamaraty e Lago da Prata. Nos dias 16 e 18, a coleta será realizada em todos os bairros. Os demais setores internos e externos da Prefeitu-

ra suspendem o expediente na segunda-feira e voltam às 12h, na quarta-feira, dia 18.

As creches municipais fun-cionam no município na segun-da e quarta-feira de Carnaval, fechando na terça-feira. Equi-

pes do SAAE mantém equipes de plantão durante o Carnaval.

Na Saúde, alguns serviços sofrerão alteração. Não haverá expediente nas unidades e Cen-tral de Regulação nos dias 16 e 17 de fevereiro. O atendimento

será restabelecido na quarta-feira de cinzas, ao meio dia.

Os bancos fecharão as por-tas nos dias 16 e 17, segunda e terça-feira. Na Quarta-Feira de Cinzas, os bancos abrirão às 12h. A entidade recomenda que

durante o fechamento, a popula-ção use os canais eletrônicos para realizar operações bancárias. Contas com vencimento no feriado podem ser pagas no pri-meiro dia útil subsequente, ou seja, na Quarta-Feira de Cinzas.

Serviços mudam horário em Lençóis Paulista com o feriado de Carnaval

Fotos: Billy Mao

OPINIÃO

GERAL 5LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

Primeira vítima de 2015 tinha 17 anos; motorista de ônibus alegou que árvores impediram que enxergasse motociclista

EXTRATOS DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS E CONTRATO

Extrato de Contrato: Contrato nº 010/2015, Dispensa de Licitação nº 009/2015. Contratante: O Município de Borebi. Contratada: Cheiro Verde Comércio de Material Reciclável Ambiental Ltda. EPP. Objeto: Prestação de serviços de coleta, transporte e destinação final, de todo resíduo do Serviço de Saúde - RSS produzido no Município de Borebi. Vigência: 12 meses. Valor total: R$ 7.200,00. Data: 19/01/2015.

PREGÃO Nº 010/2014 – Objeto: Registro de preços de pães. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 03 de março de 2015, às 09:30 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

PREGÃO Nº 011/2014 – Objeto: Registro de preços de recarga de gás P13 e P45kg. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 03 de março de 2015, às 10:15 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

PREGÃO Nº 012/2014 – Objeto: Registro de preços de locação de máquinas copiadoras e de cartucho de toner. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 03 de março de 2015, às 11:00 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

PREGÃO Nº 013/2014 – Objeto: Registro de preços de merenda escolar. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 03 de março de 2015, às 13:30 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

PREGÃO Nº 014/2014 – Objeto: Registro de preços de cestas básicas de alimentos. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 05 de março de 2015, às 14:00 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

PREGÃO Nº 015/2014 – Objeto: Registro de preços de confecção e conserto de próteses dentárias. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 05 de março de 2015, às 15:00 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

Os editais na íntegra encontram-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, localizado na rua 12 de Outubro, nº 429, Centro, Borebi/SP, no horário das 8:00 às

11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, ou solicitando-os através do e-mail borebi.licitacoes@yahoo.com.br.

Borebi, 11 de fevereiro de 2015.

Manoel Frias Filho - Prefeito Municipal.

Trânsito lençoense: mortes anunciadas?

Tânia MorbiJosé Luiz de Almeida Neto,

de 17 anos, foi sepultado na terça-feira, dia 10, no cemitério municipal. Ele é a primeira víti-ma fatal do trânsito em Lençóis Paulista neste ano. A morte de Neto traz à tona, da pior forma possível, um problema que se arrasta pelas ruas da cidade: o trânsito lençoense. Entre con-dutores e pedestres, a sensação de risco iminente de acidente é comum. Para a Prefeitura, responsável pela organização do trânsito, o Plano de Mobilidade deve trazer mudanças.

O jovem morreu depois de se envolver em um acidente com um ônibus, na tarde de segunda-feira, dia 9, no cruzamento da Rua Humberto Alves Tocci com Avenida dos Estudantes, no Jar-dim Bela Vista. Neto, como era conhecido pelos amigos, transi-tava com uma moto CG Titan, quando se chocou de frente com um ônibus. Segundo informa-ções, os veículos transitavam na avenida dos Estudantes, mas em sentido contrário, quando o ônibus fez a conversão para acessar a Rua Humberto Alves Tocci, e o motorista não teria visto o motoqueiro que vinha pelo outro lado da avenida, devido às árvores existentes em toda sua extensão.

O jovem foi socorrido ao Pronto Socorro com fraturas múltiplas, hemorragia e trau-matismo craniano. Não resistiu aos ferimentos e morreu menos de duas depois do acidente. Seu velório e sepultamento reuniram dezenas de jovens, especialmente motociclistas,

que diariamente estão expostos e se expõe ao risco de transitar pelas ruas de Lençóis.

Semanalmente, inúmeros acidentes, com e sem vítimas, acontecem, parte deles, sem sequer ser registrada, seja por imprudência de condutores ou pelas falhas e dificuldades que a própria ordenação do trânsito apresentam.

Neto foi a primeira vítima deste ano, mas não a primeira da história recente das ruas de Lençóis Paulista e nem a últi-ma, caso nada seja feito pelos responsáveis. Das pequenas colisões e batidas até acidentes gravíssimos ocorridos nos úl-timos tempos, que já tiraram a vida de diversas pessoas, a avaliação geral do lençoense, fa-cilmente checada em qualquer esquina da cidade, é de que o trânsito é mal organizado e, como consequência, mal utili-zado por parte dos motoristas.

Responsável A organização do trânsito

cabe à administração munici-pal, responsável por ordenar o fluxo de veículos e garantir a se-gurança de pedestres, através da definição de sentido de direção da rua, emplacamentos e sinali-zação. Cabe à Prefeitura definir, por exemplo, a velocidade em que os motoristas podem trafe-gar em determinada rua.

E para isso mantém um contrato oneroso, há mais de 10 anos, com a mesma empresa que opera o radar eletrônico, fonte histórica de insatisfação e reclamações, desde os contri-

buintes nas ruas, até vereadores, que questionam seu uso como ferramenta cara, ineficiente e injusta, por punir pesadamente que quem não merece, enquan-to quem realmente abusa da velocidade sai impune.

Sobre o assunto, a Prefeitura informou que as intervenções físicas, responsabilidade do município, ocorrem quando o Poder Público é acionado e que mudanças devem acontecer após a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, que vem sendo elaborado.

“O bom funcionamen-to do trânsito depende de duas condições: adequada organização viária e atuação responsável de condutores e pedestres. O Plano de Mobi-lidade Urbana é o estudo que apontou melhorias e prevê di-versas ações no trânsito local”.

Uma das situações também comum no trânsito de Len-çóis é a conduta incorreta e arriscada a que se submetem pedestres e motoristas, por desrespeitarem as regras bá-sicas, seja atravessando um sinal vermelho ou cortando a frente de outro veículo, por exemplo. Para melhor esta condição, a Prefeitura informou que uma das ações do Plano de Mobilidade é a proposta de educação no trânsito que contempla todas as camadas da população.

Pontos críticosPela cidade, são diversos

pontos críticos, onde ocor-rem acidentes constantemen-te. Um dele, entre os que li-deram números de acidentes, inclusive com vítimas graves, o encontro da Rua Paraná com a Avenida José Antônio Lorenzetti, no Jardim Nelli, é exemplo de ponto crítico onde a intervenção da Prefei-tura ou sua omissão podem garantir ou não o aumento dos índices de acidentes.

Ali, o excepcional aumento de veículos que passam pela região foi resultado da inter-venção pública, no ligamento entre pontos extremos da cidade, através do viaduto sobre a Rodovia Osni Ma-theus. A obra, realizada com recursos do governo do Es-tado, facilitou a interligação entre as regiões, mas não teve no Jardim Nelli a extensão de seu benefício, uma vez que a interferência feita no local em pouco contribuiu para organizar o tráfego que foi aumentado excepcionalmen-te, sem que outras melhorias fossem aplicadas. Um exem-plo disso é o tráfego diário de veículos pesados por vias que foram projetadas para menor trânsito, como a Rua Cristóvão Colombo, na Vila Contente.

AcilpaA possibilidade de contratar

um especialista para melhorar o trânsito, chegou a ser cogi-tada em Lençóis Paulista, pela diretoria da Acilpa (Associação Comercial e Industrial de Len-çóis Paulista) no ano passado. Porém, a Prefeitura informou que um estudo já havia sido custeado pela administração em anos anteriores e que não haveria recursos disponíveis

para novo levantamento.Assim, o presidente da en-

tidade, Anderson Prado de Lima, buscou apoio junto ao deputado Marco Feliciano, que se comprometeu em fazer uma emenda ao orçamento para destinar recursos a realização do estudo de intervenções de engenharia de tráfego na área central do município.

Pelo primeiro contato com uma empresa internacional-mente creditada para o le-vantamento, foram definidos 10 pontos críticos apenas na região formada pelas vias 25 de Janeiro, Nove de Julho, Sete de Setembro e Ubirama “contemplando à reformu-lação da circulação viária, acessibilidade e organização do tráfego veicular e de pe-destres”, segundo a empresa.

Sobre o incidente fatal, que envolveu o ônibus, a reporta-gem do Sabadão do Povo fez contato com a empresa, para saber sobre o treinamento e acompanhamento que os motoristas recebem para evi-tar acidentes. A reportagem também questionou a em-presa sobre a velocidade em que os ônibus trafegam, alvo constante de reclamação dos usuários do serviço, mas até o fechamento desta edição, o email enviado, após contato por telefone, não havia sido respondido.

O acidente que vitimou mais um lençoense nesta se-mana realmente me chocou. Chocou pela semelhança de quando perdi meu amigo e fotógrafo Henrique Mucci, em um atropelamento enquanto trafegava com sua motocicleta por um bairro, indo para casa.

Este acidente que ocorreu agora traz a tona, novamente, o cenário do caótico trânsito de Lençóis. Caótico porque os motorista assim o fazem com a ajuda do descaso da administra-ção pública, que trata o assunto com desdém. Fosse diferente, já haveria um especialista em trânsito atuando na cidade e o departamento não serviria apenas para orientar construção de calçada rebaixada.

A imprudência com que se dirige em Lençóis coloca qualquer pessoa em risco. E ele é constante. Nos semáforos, a temporização é absurda, des-conexa - talvez eu pense isso porque não seja especialista em trânsito, muito menos coor-denador - aonde motoristas e pedestres se estressam. Os pedestres atravessam em sinal fechado para eles, colocando o

motorista em situa-ção de risco de os atropelar. Por outro lado, muitos mo-toristas não respei-tam a sinalização, avançando sinal de parada e desrespei-tando o pedestre quando este está correto atravessan-do pela faixa.

Mas, a imprudência con-tinua quando vemos homens e mulheres com seus veículos dirigindo como se não houves-se mais ninguém no trânsito. Blindados em seus possantes, dirigem falando ao celular, por exemplo, expondo quem está ao redor, aos perigos de um atropelamento ou uma batida.

Foram inúmeras vezes que flagrei motoristas de ônibus circular trafegando pela cidade e ao mesmo tempo falando ao celular. Isso é tão comum que parece que está errado quem não faz isso no trânsito. É co-mum e unânime a informação de que esses mesmos motorista abusam da velocidade desse meio de transporte, seja no centro da cidade, seja nos

bairros periféricos. Na semana passa-da, uma senhora, cadeirante, teria fi-cado mais de uma hora esperando o transporte coletivo. Seria esse o tempo de atraso que esses motoristas preci-sam repor no traje-

to? Ou há algo mais?Quando falo da responsabi-

lidade do município nesse tipo de acidente como o ocorrido no início da semana, me refiro às campanhas que poderiam ser feitas, me refiro a organização do trânsito feito por alguém responsável e especialista, me refiro a responsabilidade do município pela conservação das vias públicas. Como teria dito o motorista, que as árvo-res teriam atrapalhado a sua visão. Se estão atrapalhando, onde está o órgão que não pediu a poda dessas árvores? Cadê esse órgão que está alheio aos problemas ligados diretamente às responsabili-dades do município?

Na rede social Facebook, em meu perfil, foram mais de 500

comentários sobre o acidente. Talvez, um recorde de comen-tários em qualquer assunto já postado em Lençóis Paulista. Desses 500 comentários, mais de1/3 se referem a forma de tráfego dos ônibus. É muita gente apontando que algo está errado. E a responsabilidade sobre os atos do motorista é da empresa que precisa orientar e cobrar uma atuação melhor de seus colaboradores. É certo que o motorista deva estar arrasado. Ninguém sai de casa para o trabalho com a intenção de matar alguém. Muito menos um jovem de 17 anos.

O fato de o rapaz ser menor de idade e não estar habilitado não exime ninguém do proble-ma enfrentado diariamente no nosso trânsito. Apesar de não habilitado, o rapaz estava em uma via preferencial e pelas fo-tos é possível perceber o avanço do veículo na avenida. Ainda, como foi muito bem comen-tado, poderia ser qualquer um de nós, no lugar de José Luiz de Almeida Neto .

Billy Mao é jornalista - repór-ter fotográfico

billY mao

Eu só quero andar nas ruas da cidade sem absurdos trágicos

LIMPO | Visão de onde o ônibus entrou na avenida; árvores podem ter confundido motorista, apesar de estarem distante do local; para a maioria, foi imprudência e falta de atenção de envolvidos

FATAL | Pessoas pararam para ver o acidente

CHOQUE | Motocicleta sob o ônibus na avenida

Foto: Billy Mao

Foto: Leitor na rua

Foto: Leitor na rua

GERAL6LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

EXCLUIDOS | Visão aérea do Jd. Carolina; moradores estão se sentindo excluídos da sociedade diante dos inúmeros furtos

TERROR | Na casa de Flávia Gomes houve tentativa de arrombamento em duas ocasiões; ela e a filha estavam dormindo e acordaram com o barulho da porta

APOIO | Vereadores em contato com a PM

ReportagemO desespero e o medo de

sair de casa para o trabalho e ao voltar, encontrar a mesma casa vazia, está aterrorizando os moradores do Jardim Carolina desde sua inauguração.

O bairro foi construído pelo programa Minha Casa Minha Vida, mas o que era sonho de tranquilidade, felicidade e segu-rança está se transformando em pesadelo diário.

Esse pesadelo é o que re-lataram moradoras durante esta semana, depois que várias residências sofreram tentativas de arrombamento. Detalhe: as moradoras estavam dentro de casa.

O que mais preocupa as pessoas ouvidas é a falta de segurança. A informação é que não existiria ronda policial su-ficiente no bairro, o que estaria facilitando a vida dos marginais.

Carolina Lima mora com sua sogra Maria Benedita da Silva na Rua Olino Fuin. Com um filho de um ano, precisou correr às pressas para o hospital na se-mana passada. A criança estava se sentindo mal e precisou pas-sar pelo médico e ser medicada, o que levou todo o dia.

Quando chegou em casa no final da tarde foi surpreendida. A porta de sua casa estava aberta e haviam levado televisor, ele-trodomésticos, roupas, dinheiro e outras coisas que foram pos-síveis de carregar em um carro Fiat Uno cinza.

Segundo informações de um

vizinho, um carro cinza passou algumas vezes diante da casa, parou, bateu palmas e como não saiu ninguém, o motorista manobrou e encostou de ré, carregando tudo que foi pos-sível. O vizinho, longe de se atentar com o que poderia estar acontecendo, preferiu se reco-lher em sua casa. Carolina conta que não soube o que fazer.

“A primeira coisa foi ligar para a polícia, só que isso deve ter acontecido na parte da ma-nhã [o roubo] e, quando nota-mos, quem fez isso deveria estar

Sob o domínio do medo, moradoresdo Jd. Carolina sofrem onda de furtosMoradores vivem momentos de terror, seja quando são ameaçados de terem suas casas invadidas, estando dentro dos imó-veis, ou ao encontrar residência revirada e os poucos bens materiais levados por bandidos; bairro inteiro se sente desprotegido

longe”, contou entristecida. Seu marido completou dizendo das mazelas de trabalhar o dia todo e chegar em casa e ver que foi furtado.

Para Flávia Gomes da Silva o pesadelo foi tão estarrece-dor quanto para as pessoas que perderam bens materiais. Mãe de uma garota de cinco anos, Flávia ouviu barulho no quintal no início da madruga-da da terça-feira. Do lado de fora de sua casa sem muros, passos na escuridão chamaram sua atenção. A mulher de 22

anos estava apenas com sua filha quando percebeu alguém forçando a maçaneta e a porta de sua cozinha.

“Entrei em desespero e liguei para a polícia no mesmo mo-mento”, contou.

A tentativa de invasão às residências tirou o sono de vários moradores desde o final de semana, período que se intensificaram as tentativas. Flávia conta que no dia 2, uma semana antes, tentaram entrar em sua casa, só que eram duas pessoas. Uma teria ficado na

frente da casa em vigília e a outra forçou a janela do quarto de sua filha.

“Em uma semana tentaram entrar duas vezes na minha casa. Precisei chamar minha família para ficar comigo. Minha filha está assustada, pois ela acordou quando tentavam entrar e eu comecei a gritar por socorro dentro da minha própria casa. Não sei mais o que fazer. Mui-tas famílias estão vivendo sob medo intenso”, contou.

Para outra moradora ouvida pela reportagem na tarde de quarta-feira, dia 11, o bairro, apesar de novo, não estaria recebendo a atenção devida pelo poder público. Para a

moradora, falta uma rotina de policiamento no local e senti-mento dos moradores é de que estão esquecidos.

“Como pode um bairro ficar sob o domínio do medo? São pessoas trabalhadoras, pais e mães de família que precisam buscar o sustento em outros bairros e enfrentam esse tipo de situação. A Prefeitura po-deria, no mínimo, demonstrar atenção com esse povo e colo-car duas câmeras de vigilância. Uma na entrada e outra lá embaixo. Só isso já seria uma pontinha de demonstração que estão preocupados com que esse povo está passando”, desabafou.

|Famílias são todas assistidas

|Com registro, há investigação

|Ronda acontece diariamente

Catadoras da Cooprelp continuam sendo ameaçadas na cidade

ASSISTÊNCIA SOCIAL POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

As catadoras de reciclados da Cooprelp relataram esta semana ao jornal Sabadão do Povo que continuam sendo ameaçadas pelas ruas da cidade por apenas um catador autônomo, que não faz parte da cooperativa.

As catadoras contaram que foram afrontadas novamente, esta semana, quando passavam recolhendo os materiais, próximo ao centro da cidade. Um catador, com veículo e carrocinha, estaria passando antes que as associadas chegassem aos bairros e recolhen-do o material deixado separado na calçada.

Segundo uma delas, questio-nada a atitude do homem, ele teria retrucado ameaçando-a, no meio da rua.

As associadas à Cooprelp tem como fonte de renda apenas o recolhimento dos materiais e estariam fazendo visitas, aos sábados, de casa em casa, para incentivar as pessoas a separarem

o lixo doméstico para que elas possam retirar. “Estamos fazendo nossa parte, explicando e incenti-vando as pessoas a colaborarem. Estamos aproveitando também e pedindo para que as pessoas deixem os reciclados do lado de dentro de seus quintais, que cha-maremos para recolher”, disse.

A atitude de pedir que o morador “guarde” o reciclável é para evitar que o catador, supos-to ameaçador, não se aproveite do trabalho de incentivo que as mulheres estariam fazendo.

A reportagem esteve por duas vezes onde seria um depósito de reciclados para falar com o pro-prietário e suposto intimidador das catadoras para conhecer sua versão. Nas duas vezes que a reportagem esteve na zona sul da cidade, o homem não foi encontrado. Moradores da proximidade do depósito, recla-maram do aumento de baratas e ratos, supostamente, devido ao

acúmulo de lixo no local.Na tarde de sexta-feira, dia

13, uma nova visita foi feita ao local e a reportagem encontrou o portão fechado e com uma corrente, presa por um cadeado.

Outro morador da região informou que já procurou o de-partamento de epidemiologia da Prefeitura para reclamar do depó-sito, porém, segundo o morador, ninguém apareceu no local.

As catadoras foram orienta-das a lavrarem um Boletim de Ocorrência de preservação de direito, diante das ameaças.

Câmara de vereadores promoveráreunião e debate sobre segurançacom autoridades do município

O vereador e presidente do Legislativo lençoense, Anderson Prado de Lima (PV) contou, esta semana, que está articulando uma reunião entre as autorida-des do município de todos os poderes instituídos. Prado disse que a Câmara promoverá uma força tarefa para colocar em dis-cussão o que pode ser feito para conter a violência e tudo que ela acarreta ao município. “Percebo que o poder Legislativo pode fazer muito pelo município e já pedi para nosso assessor jurídico que faça os contatos com outras autoridades para que possamos discutir esse assunto com maior possibilidade de resolvê-lo ou, pelo menos, mantê-lo em de-bate. Não podemos deixar que a sensação de insegurança volte a tomar conta de nossa popula-ção”, contou.

A Polícia Civil informou que tem reforçado o empe-nho em punir receptadores de produtos furtados. Apenas nesta semana, duas pessoas foram presas em flagrante por receptação, juntamente com os autores dos furtos. Para a polícia, a compra de produtos furtados e roubados é o maior incentivo para que este tipo de crime aumente, por isso, será mantida a re-pressão contra receptadores,

tanto quanto para os autores dos crimes. A dificuldade de localizar os produtos furta-dos é outro problema para solução deste tipo de delito.

A Polícia Militar disse que aumentará o patrulhamento no bairro Jardim Carolina, após as ocorrências apontadas pela reportagem. O Capitão Jovercy Bergamaschi Jr. considerou, no entanto, que por ser um bairro ainda em formação, é neces-sário que as pessoas estejam atentas a qualquer movimento suspeito em casas próximas e entrem em contato imedia-tamente com a PM. Os dois flagrantes de furto da última semana foram realizados por

policiais militares. Parte dos produtos foram recuperados.

Embora o programa MCMV destine recursos acima de R$ 450 mil para o município ela-borar e colocar em prática um plano de acompanhamento das famílias beneficiadas, em Lençóis, a Assistência Social, contratou uma empresa que preparou o Plano, que está sob análise da Caixa. Apenas após a aprovação, a Prefeitura irá licitar a contratação de outra empresa para colocar o Plano em prática. Enquanto isso, as famílias têm como referência

social o CRAS da Cecap, mas não recebem nenhum atendi-mento diferenciado das demais famílias assistidas.

Na manhã de ontem, Prado e André Sasso (PSDB) estiveram com o Capitão da PM, Berga-maschi para pedir atenção ao Jardim Carolina e ao comércio da cidade, que voltou a sofrer ações de bandidos, segundo ele. Prado disse que foram muito bem recebidos pelo capitão, que demonstrou preocupação com

a comunidade e informou que a ronda aumentará no bairro e a Unidade Móvel voltará a permanecer na Rua XV.

“Estamos acompanhando o desenvolvimento daquele bairro desde sua implantação e agora que as pessoas já estão lá, preci-samos ficar ainda mais atentos”, disse André.

Fotos: Billy Mao

GERAL 7LENÇÓIS PAULISTA, 14 DE FEVEREIRO DE 2015

Grupo Lwart comemora 40 anos de fundaçãoTrajetória de empreendedorismo da família Trecenti é marcada pela ligação estreita com a cidade de Lençóis Paulista

Da redaçãoAo longo deste ano, será

realizada uma série de even-tos para celebrar 40 anos de atividades do Grupo Lwart. O município de Lençóis Pau-lista, onde estão instaladas a Lwart Lubrificantes e Lwarcel Celulose, especializadas em coleta e rerrefino de óleo lu-brificante usado e celulose de mercado, vai receber atrações preparadas pela companhia para comemorar esta data com os aproximadamente dois mil colaboradores próprios, suas famílias e com a população da cidade. Estão previstos shows, eventos culturais, a produção e lançamento de um livro sobre a sua história, entre outros.

As comemorações começam em fevereiro com o lança-mento de um hotsite, onde os visitantes poderão encon-trar informações a respeito da programação de eventos para 2015. O hotsite também terá informações, curiosidades e fatos marcantes sobre a história da companhia, fotos antigas e atuais, linha do tempo com os principais acontecimentos destes 40 anos, depoimento de colaboradores, parceiros e clientes, informações à im-prensa, vídeo institucional e de homenagens aos colaboradores, entre outros destaques.

Uma das principais atrações que o Grupo Lwart pretende trazer a Lençóis Paulista é o show com o violeiro e cantor Almir Sa-ter, que será gratuito, na Facilpa (Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Lençóis Paulista), em 10 de maio, no domingo do Dia das Mães. Outros destaques para a população serão: oficina

de curta metragem, corrida de rua e a apresentação de Orquestra de Câmara Uirapuru, marcando o encerramento das atividades. “Acreditamos que os eventos abertos ao público sejam a me-lhor forma para agradecer aos cidadãos e ao município pela parceria e apoio ao longo da nossa trajetória”, afirma Carlos Renato Trecenti, presidente do Grupo Lwart.

Dias atuaisA Lwart Lubrificantes hoje

é a única empresa da América Latina capaz de produzir óleo mineral do Grupo 2, com capacidade de processar 250 milhões de litros do produto ao ano, além de contar com 15 centros de coleta em todo o País e uma frota com cerca

de 300 veículos para coleta em mais de 60 mil pontos cadastrados, entre postos de abastecimento, oficinas mecânicas, concessionárias, indústrias etc.

A Lwarcel Celulose tem in-vestido na ampliação de sua base florestal e tem planos de construir uma nova linha de produção na fábrica atual, o que representará quadruplicar sua capacidade de produção e assim gerar mais desenvolvimento para a região de Lençóis Paulista.

Sobre o Grupo LwartFundado em 1975 , o

grupo industrial 100% bra-sileiro sediado em Lençóis Paulista (SP), tem sua histó-ria marcada pelo empreen-dedorismo e investimento contínuo.

As empresas, Lwart Lu-

brificantes, líder em coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado na América Latina e Lwarcel Celulose, que pro-duz celulose para o mercado nacional e exportação a partir de florestas plantadas de euca-lipto, empregam cerca de dois mil colaboradores próprios e terceiros.

O Grupo Lwart investe na expansão de seus negócios com base nos seus valores e modernos princípios de go-vernança corporativa. Para a empresa, sustentabilidade é fazer hoje cuidando do futuro e envolve a preservação do meio ambiente, a construção de relacionamentos duradou-ros e a contribuição para de-senvolvimento econômico e social das comunidades onde está presente.

Anos de história e empreendedorismoApesar de a sua história

ter iniciado oficialmente em 1975, com a abertura da Lwart Lubrificantes, a tra-jetória do empreendimento da família Trecenti começou muito antes. Com apoio do pai, os irmãos Trecenti fun-daram a Trecenti Indústria e Comércio Ltda em 1951 para fabricar portas e janelas e para fornecer mão de obra para a construção e manutenção das destilarias de açúcar e álcool da região. Em seguida, passaram a produzir também equipamentos agrícolas, car-rocerias e carretas para trans-porte de cana.

Na década de 60, a evolu-ção dos negócios fez com que os irmãos investissem em es-truturas metálicas, carroceria, mecânica geral e caldeiraria, fabricando também aparelhos para parques de diversões. Nessa época já se mostravam inovadores ao inventarem um gerador de energia, cujo funcionamento abastecia por 24 horas a Trecenti Indústria e Comércio Ltda. No ano de 1962, os irmãos abriram um comércio de ferragens e materiais de construção, a Ferragens São Carlos e em 1973 iniciaram negócios no setor de relaminação de ferro.

O início da operação de coleta e rerrefino de óleos lu-brificantes usados, em 1975, teve origem em uma viagem de negócios, onde um dos irmãos conheceu a atividade. Naquela época, a própria oficina da família construiu os equipa-mentos da primeira fábrica e foi então que o nome LWART passou a ser usado, em home-nagem às iniciais dos quatro irmãos: Luiz, Wilson, Alberto e Renato Trecenti.

A outra empresa do Grupo Lwart, a Lwarcel Celulose, ini-ciou suas atividades na cidade em 1986 e hoje produz 250 mil toneladas de celulose ao ano. A

companhia foi criada a partir da percepção dos fundadores do Grupo do potencial de flo-restas plantadas na região para a produção de celulose, sempre com respeito ao meio ambiente tanto nas etapas de plantio como no processo industrial.

Nestes 40 anos de histó-ria, também foi marcante a criação da Lwart Química, fundada em 1997, para pro-dução de impermeabilizantes para construção civil. Em 2014, esta empresa foi ven-dida para o Grupo Sika, de origem suíça, mas continua operando e investindo em Lençóis Paulista.

Tânia Morbi“Parece que ganhei um prêmio

enorme, que não dá nem para ima-ginar o valor. Sabe criança quando ganha um doce?” É assim que a diarista Vanusa Augusta Dionísio, de 40 anos, descreve o que sentiu ao localizar a mãe, depois de 37 anos distantes uma da outra. O encontro foi na semana passada, em Bauru, onde Aracy Augusta Dionizio, de 64 anos, morou praticamente desde que deixou o marido e os filhos Vanusa e Alexandre Gustavo Dionísio com o pai, em Cabrália.

A procura de Vanusa pela mãe e sua angústia por não ter contato com ela desde que tinha três anos foi mostrada pelo jornal Sabadão do Povo em sua edição do último dia 17 de janeiro. A matéria também mostrou o apoio incansável da amiga Viviane, graças a quem mãe e filha se reencontraram.

Com o reencontro, além de voltar a ver a mãe, Vanusa conheceu dois irmãos que até então não sabia que existiam, e ganhou três sobri-nhos, um cunhado e uma cunhada, para ela que tinha no marido e nos três filhos toda a sua família, um motivo de muita alegria. “Agora minha família é bem grande e são todos muito bons”, comemorou.

Mãe e filha se reencontram depois de 37 anosVanusa disse que depois da divul-

gação pelo Facebook, uma pessoa de Bauru localizou, através dos nomes da mãe e do irmão, o endereço e tele-fone de Aracy, por meio de cadastros sociais. Na quarta-feira, dia 4, Vanusa fez contato por telefone e confirmou as informações para ter certeza de que se tratava de sua mãe. Com a certeza, ela foi no mesmo dia ao encontro de seu passado. “Combinei que iria no sábado, mas não consegui esperar”. Na casa da mãe encontrou o irmão

Ademir, de quem Aracy estava grá-vida quando se separou da família, e Patrícia, filha de seu segundo ca-samento. “Meus irmãos sabiam de mim, porque minha mãe contava nossa história”, disse Vanusa.

Maus tratosA mãe contou que quando aban-

donou o marido, levando os dois filhos com ela, estava grávida e só tomou a decisão para se livrar dos maus tratos causados pelo marido,

pai de Vanusa, que era alcóola-tra. Vanusa e o irmão Alexandre Gustavo ficaram então com o avô materno, que levou os dois irmãos com ele para uma cidade na divisa com o Paraguai, onde morava, com a promessa que devolveria as crianças depois que a mãe fizesse o parto e conseguisse se estabelecer em Bauru. O que não aconteceu.

Sem contato com o pai, que havia se mudado, Aracy morou e trabalhou na Associação Benefi-

cente Cristã (Paiva), de Bauru, que acolhe pessoas sem moradia ou em risco social, durante 25 anos. A opção foi a saída para que família não morasse nas ruas, especialmente depois que o segundo marido de Aracy também faleceu.

Durante todos estes anos, Aracy acreditava que os filhos estivessem ainda com o avô, morando na divisa com o Paraguai. Por isso, não tinha condições de busca-los, sem saber que Vanusa voltou da região aos 14 anos, quando passou a morar em Bauru, onde trabalhou como doméstica. “Ela ficou sem endereço e semianalfabeta, tendo que cuidar de duas crianças, não tinha como ir atrás da gente”, lamentou.

Há 17 anos, quaseVanusa lembrou, conversando

com a mãe, que o encontro de dias atrás poderia ter acontecido há 17 anos, quando ela chegou a procurar por um endereço indicado por uma conhecida. A filha foi até o local certo, já que a mãe disse que morou no endereço por muitos anos, mas Vanusa foi em um dia em que a Ara-cy não estava, e por identificar a mãe apenas por um apelido, não pode confirmar se ela realmente residia ali. Depois, perdeu as esperanças e

nunca mais a procurou em Bauru. “Ela não conversava muito com os vizinhos, porque não queria contar o que havia acontecido”, relembrou.

Quase completaAgora, que a família está quase

completa, Vanusa espera poder encontrar o irmão Alexandre Gus-tavo Dionísio, de 38 anos, e que permaneceu com o avô materno, morando na divisa dos estados do Paraná e Mato Grosso, quando ela voltou para Cabrália, para morar com os avôs paternos, se mudando depois para Bauru.

Depois de um final de semana na casa de Vanusa, no Jardim Itapuã, em Lençóis, onde pode conhecer os três netos, mãe e filha não pretendem mais se separarem.

Amiga“Ela não parava de procurar e

sempre falava: Nós vamos achar”, conta Vanusa, sobre a amiga Vivia-ne, que nunca desistiu de procurar por sua mãe, ao ver a tristeza da amiga. “Agora ela me chama de mu-lher de mãe nova. Se ela não tivesse tomado esta atitude, talvez a gente nunca teria se encontrado”. Agora ela quer encontrar meu irmão e sei que vai conseguir”, afirma.

Moradores reclamam por falta de manutenção em parquinhosDa redaçãoAssunto amplamente divul-

gado pelo Sabadão, a falta de manutenção nos parquinhos infantis instalados em praças públicas do município está se tornando algo comum.

Privados de utilizar esses locais, a população pede, com mais frequência a pu-blicação dessa situação. En-quanto a reportagem passava pela Rua Bandeira Tribusi, entre o Jardim Itapuã e a Cecap, um morador parou a viatura de reportagem para pedir que fosse mostrado a situação do parquinho da Praça Armando Orsi.

A reportagem constatou que a quadra de areia está sem manutenção por um longo pe-ríodo e o mato começa a tomar volume. Quanto ao parquinho infantil, o brinquedo que de-veria ser uma gangorra, restam apenas as madeiras fincadas no chão. O mato, tipo carrapicho, se espalha por todo o espaço, impossibilitando que crianças aproveitem o local.

Na Praça de Esportes do bairro Maestro Júlio Ferrari o que deveria ser um parquinho infantil está representando risco de acidentes. No local, havia um brinquedo, tipo es-corregador, que devido à falta

de manutenção acabou caindo. No entanto, uma estaca que sustentava parte do que foi um brinquedo, permanece enfincada no chão, colocando em risco alguma criança que se aventure pelo local.

No Jardim América, o pro-blema é o mato alto que come-ça a tomar conta de parte da praça e de algumas calçadas, impossibilitando, inclusive, o tráfego de pessoas.

Nesta praça, onde existe um campo de futebol society, os cuidados são feitos por moradores que não deixam a situação chegar ao estado de outras regiões.

COMEMORAÇÃO | Visão aérea da Lwart Lubrificantes

REENCONTRO | Família reunida, mas ainda falta um integrante

LARGADO | “Parquinho” não oferece atrativo sem manutenção desde a inauguração

Foto: Arquivo família

Foto: Billy Mao

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PEIX

ESReforce o companheirismo e faça planos com o parceiro. Não esconda nada de quem ama: conte suas fantasias. Fo-que em suas ambições e alie-

-se aos colegas de trabalho. Se descobrir algum segredo, evite comentar com os outros. Você vai ter ótimas ideias para lucrar. Os astros indi-cam harmonia e bons papos com parentes. Mas evite ambientes tumultuados, você vai querer sossego.

Cubra seu bem de mimos, invista na sedução e reforce a cumplici-dade. Mas cuidado com ciúme ou possessividade para não azedar a relação. A Lua realça seus pontos fortes, mostre todo seu potencial

no trabalho. Seu talento pode ser reconhecido. Fase lucrativa, ideal para poupar um pouco. Seu vínculo com a família ficará ainda mais intenso. Cuide de quem estima com carinho. Só não abuse da franqueza.

Fale do futuro e faça planos para o futuro a dois. O romance ga-nhará mais companheirismo e amizade. No trabalho, aprenda tudo que puder e mostre que quer

crescer. Faça cursos, atualize-se e vai se dar bem. Conte com amigos para o que precisar. Seja mais ambiciosa e corra atrás do dinheiro! Divida me-lhor a sua atenção entre a carreira e a família. Sai-ba valorizar e dar carinho com quem está sempre ao seu lado.

Afaste dúvidas e desconfianças no relacionamento amoroso. Busque mais cumplicidade e in-timidade. Troque confidências com quem ama. No trabalho,

mantenha seus projetos ou ideias em segredo. Mostre seu potencial às pessoas certas e afaste invejosos. Siga seus instintos para ganhar mais dinheiro. Talvez queira se isolar um pouco no início da semana. Depois, contagie os parentes com seu entusiasmo.

Você está sedutora. Programe algo diferente para animar a relação. A conquista também está favorecida. No trabalho, valorize as afinidades e metas

em comum. Faça cursos, ensine o que sabe e seja exemplo para os colegas. Se está a fim de ganhar mais dinheiro, aposte suas fichas em algo novo. Parentes podem buscar seus con-selhos. Compartilhe suas experiências. Vai se sentir muito respeitada.

Você não vai medir esforços para cobrir seu amado de carinho e atenção. Explore sua sensualida-de, que está tinindo. Aproveitem o Carnaval para passear e quebrar

a monotonia. No trabalho, vai se dedicar em do-bro. Una-se aos colegas e tudo vai fluir melhor. Boa semana para descartar o que não usa. Parce-ria pode ser lucrativa. A companhia e o carinho de quem estima farão bem ao seu coração. Refor-ce a amizade e fuja de discussões.

Você será mais dedicada e vai apoiar seu amado em tudo que puder. Mostre seu lado mais cari-nhoso e sensual, isso também vai favorecer a conquista. No servi-ço, estimule os colegas, agilize as

tarefas e deixe tudo em dia. Se está pensando em abrir seu próprio negócio, uma sociedade recebe bons estímulos. O clima em casa ficará mais leve a partir de quarta. Esclareça mal-entendidos e invista no companheirismo.

Na vida amorosa, você vai es-banjar charme e bom humor. Convide seu bem para sair e di-virtam-se juntos. Fase carinho-sa e cheia de companheirismo. Tudo deverá fluir bem nas suas

atividades profissionais. Seja criativa e concen-tre-se no que for fazer. Terá uma boa chance de ganhar uma grana extra. Demonstre seu amor e contagie os parentes com a sua alegria. Aguarde bons momentos com filhos e jovens.

Valorize o diálogo e a privacida-de com seu amor. Capriche nas doses de carinho. Use todo seu charme na intimidade. Dedique--se às tarefas que já domina. Assim, vai se sair melhor no

trabalho. Confie na sorte. Parceria com parente pode ser lucrativa. Momentos em família serão repletos de carinho. No entanto, tome cuidado com suas atitudes e evite ser controladora demais. Boas surpresas com filhos ou crianças.

Compartilhe seus sonhos e troque ideias com o parceiro. Programas românticos vão estimular o ro-mance. No setor financeiro, faça contatos e venda seu peixe. Pode ter sucesso em provas e entrevis-

tas de emprego. Se está precisando de uma grana extra, pode lucrar com algo caseiro. Você vai se aproximar mais dos parentes. Cuidar da casa e da família será prazeroso. Se precisar de conselhos, ouça os mais velhos.

A Lua deixa você ainda mais sedutora. É hora de apimentar o sexo e melhorar a intimidade. Viagem e passeios favorecidos: quebre a rotina com a pessoa amada. Sucesso em parceria,

mudanças e cursos. Abra seus horizontes e o setor profissional vai melhorar. Busque novas fontes de renda, mas evite gastar tudo. Supere atritos e apro-funde os laços familiares. Pode visitar ou receber alguém de outra cidade em casa.

No romance, dê segurança e mostre o quanto valoriza seu amado. Invista no diálogo e na intimidade. Diga o que sente sem medo, inclusive na conquista. No trabalho, mostre todo seu poten-

cial e busque estabilidade. Vai saber negociar, seja um projeto ou aumento de salário. Com dinheiro, fique atenta às oportunidades. Você estará mais ape-gada a tudo e todos que ama. Pode dar ou receber bons conselhos. Curta seu ninho.

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

CARNE DE PORCO NA CERVEJA PRETA

Modo de Preparo:Sele (doure rapidamente em frigideira bem quente) os cubos de carne na manteiga ou óleo. Tempere com sal e pimenta. Acrescente o tomilho e a folha de louro. Doure levemente a cebola e o alho em mais um pouco de manteiga, em uma frigideira a parte. Misture a carne com a cebola e alho.Acrescente a cerveja, e o restante dos ingredientes. Cozinhe por aproximadamente 2 horas. Quando começar a secar a cerveja, vá acrescentando água quente ou caldo de legumes. Bom apetite

INGREDIENTES

1 kg ... carne de porco cortada em cubos 80 g ... manteigaQb (QUANTO BASTE) ... sal Qb .... pimenta do reino 1 col. chá ... tomilho 1 folha ... louro4 unid. ... Cebola roxa cortada picadinha1 dente ... alho picadinho1 litro ... cerveja escura1 col. sopa ... mostarda comumQb ... Água ou fundo para cozinhar (caldo de legumes dissolvido em água)

MODO CLÁSSICO DE SERVIR:Acompanhado de batatinhas assadas.

O livro que narra a história da hidrografia do rio Lençóis, intitulado de “Rio Lençóis de Ponta, da serra dos Agudos ao vale do Tietê” dirigido pelo israelense Dr. Odiel Malachi Yud e escrito por Sidney Aguiar, lançado em dezembro passado em Lençóis Paulista e Bauru foi indicado para concorrer ao Prêmio Nacional de Bio-diversidade, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em âmbito nacional, e por ter esgotada sua primeira edição, deve ter uma segunda tiragem lançada em breve.

A obra de Sidney Aguiar concorre em duas categorias no prêmio nacional - trabalho técnico-científico e pesquisador individual. Os vencedores serão conhecidos no Dia Interna-cional da Biodiversidade, 22 de maio, numa cerimônia em Brasília. Os três melhores tra-balhos de cada categoria serão classificados como finalistas. O vencedor receberá o Troféu Prêmio Nacional de Biodiver-sidade.

Livro sobre Rio Lençóisconcorre a Prêmio Nacional de Biodiversidade

Tido como uma obra inédita no Brasil, sobre rios brasileiros, o livro tem 160 páginas e traz revelações surpreendentes sobre os aspectos técnicos, históri-cos, culturais, econômicos e energéticos do rio que nasce na serra dos Agudos e deságua no vale do Tietê com 80 km de extensão.

A procura pelo livro esgotou sua primeira edição. De acordo com a diretoria de Cultura, “a primeira edição foi insuficiente para uma divulgação regional, pois, mesmo dentro do muni-cípio a procura foi maior que a quantidade de livros dispo-níveis”.

A primeira edição foi patro-cinada pela empresa Lwarcel Celulose com o apoio do Ins-tituto Ambiental Nossa Terra e Prefeitura de Lençóis Pau-lista. Para essa nova tiragem o autor e o diretor do projeto pretendem manter as mesmas caraterísticas, apenas inserin-do algumas particularidades, que não foram inseridas na edição anterior.