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São Paulo - SP - 30 de Junho a 30 de Julho 2012 - Publicação mensal Ano VIII - nº 100 Em julho, Dia da Família do CCBB homenageia os amigos. Pág. 10 “Bom Retiro 958 metros: Caminhada cênica”. Pág. 11 CHEGAMOS À 100ª EDIÇÃO Centro em Foco, o jornal que vive o Centro Comunidade Haddad ouve comunidades e especialistas. Pág. 3 Bancários querem segurança nas agências. Pág. 4 Tribunal de Justiça libera volta de ambulantes. Pág. 9 Geral Artes e Cultura

São Paulo - SP - 30 de Junho a 30 de Julho 2012 - Publicação …jornalcentroemfoco.com.br/PDF/100.pdf · decimento, porque essa edição de número marcante para um “jornal de

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São Paulo - SP - 30 de Junho a 30 de Julho 2012 - Publicação mensal

Ano VIII - nº 100

Em julho, Dia da Famíliado CCBB homenageia

os amigos. Pág. 10

“Bom Retiro 958 metros: Caminhada cênica”. Pág. 11

CHEGAMOS À100ª EDIÇÃOCentro em Foco, o jornal

que vive o Centro

Comunidade

Haddad ouve comunidades e especialistas. Pág. 3

Bancários queremsegurança nas agências.

Pág. 4

Tribunal de Justiça libera volta de ambulantes. Pág. 9

Geral

Artes e Cultura

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Viaduto Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] / Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006 / Colaboradores: Cecília Queiroz, Giscard Luccas,José Eduardo Bernardes Jr. e Paulo de Souza - Depto Comercial: Carlos Moura - Editoração Eletrônica, Composição e Arte: Douglas Borba

Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Distribuição Gratuita.

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expe

dien

te

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

Sta CecíliaBanca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

AroucheBanca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Centro Novo

Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca São Luís – av. São Luís

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da ConsolaçãoBanca GV - Av. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí(em frente Pharma & Cia);

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161 Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472

Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

Pontos dedistribuição do

Jornal. Retire seu exemplar

gratuitamente Ôba, chegamos à 100ª edição!

Nosso Pensamento

Obrigado leito-res, obrigado par-ce i ros, obr igado colaboradores, obri-gado comunidade do Centro, como um todo. Repito a expressão de agra-decimento, porque e s s a e d i ç ã o d e número marcante para um “jornal de bairro” tornou-se fato, porque tive-mos anunciantes e leitores não apenas ao nosso lado, mas c o n o s c o . N o s s a atuação foi sempre baseada em ações conjuntas. Os desafios foram enfrentados e vencidos até aqui, porque os encaramos conjuntamente. Chegamos a 100ª edição!

Além das constatações de nossa equipe editorial, as pautas e seu desenvolvimento foram resultado de sugestões, propostas, conselhos de lei-tores e anunciantes. Ou seja, priorizaram o pensamento coletivo, as percepções do espírito comunitário. Deseja-mos manter esse sentido, essa lógica, para que o Centro em Foco continue como quando nasceu: um jornal dirigido ao cidadão do Centro, enxer-gando-o não como o consu-midor mais próximo - à luz de

teses essencialmente materia-listas, norteadas pelo capital -, mas na qualidade de interlocu-tor e gente que anseia, sente, escolhe, questiona, sugere tudo a favor do lugar onde vive e que ama e por isso procura preserva-lo.

O Centro em Foco foi criado para, preferencialmente, noti-ciar o bom, o belo e o positivo da região central, posto que seus editores são amantes do Centro - em algumas situações, “bairristas”. Quiseram eles que, respeitando as premissas jor-nalísticas, sempre que possível - sem contrariar a realidade dos fatos -, o jornal tivesse caráter de uma publicação para público interno, que faz comunicação

institucional. Importante que se diga, entretanto, longe de desejar status de publicação oficial da administração pública.

Assim, em colunas como Cidadão Central, Comunidade e Gente Legal, o jornal já ampliou a visibilidade de artistas como o desenhista iconográfico minia-turista Marcelo Senna, o pintor - ex-chapeiro do Bar Estadão, Francisco Chagas e os cantores Toninho Nascimento, Chico Alves, Costa Senna e Carlos Malungo. Apoiou ações da Cidadania e o fomento à Cul-tura, divulgando realizações da iniciativa privada e administra-ção pública na região do Centro, especialmente no tocante às artes dramáticas e cênicas.

Trouxe a público o trabalho de dezenas de lideranças comu-nitárias, atuantes na região, bem como a atuação de institui-ções filantrópicas. Disso nos orgulha-mos.

Comemoramos felizes ter atingido a marca de 100 edi-ções, porque para nós, realmente, o fa to é uma con-quista. Conquista honesta, obtida sem nunca termos nos posicionado ao lado

de nefastos, detratores, mani-puladores e pessimistas. E, de quebra, comemoramos porque ampliamos nossa tiragem de 20 para 50 mil exemplares, com investimento maior de antigos e fiéis parceiros, no momento em que jornais impressos em todo o mundo, vivem a queda nas vendas de seus espaços publicitários, ante o desen-volvimento de novas mídias eletrônicas. Com a economia e a comunicação globalizadas, no Brasil a situação não é dife-rente. Mas, é com otimismo na expectativa de crescimento que chegamos a 100ª edição do Centro em Foco.

Carlos Moura

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O Diretório Municipal do PT, por meio de uma série de plená-rias contando com importante participação popular, levou ao candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad - ex-ministro da Educação -, propostas para complementar a sua plataforma de metas para governar a cidade.

Para dirigentes do partido, a plataforma de campanha de Haddad cobre a falta de articu-lação e especificamente falta de realizações detectadas no decor-rer da atual administração muni-cipal. Segundo o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Maurício Pereira, “existem muitos indica-dores e informações que não estão sendo fornecidos pela Prefeitura”. De acordo com o balanço do Plano de Metas de São Paulo, divulgado pela Nossa São Paulo, a administração Gil-berto Kassab estabeleceu para si, em seu primeiro ano de governo, 223 metas, das quais apenas 81 foram cumpridas - 36% do total. O que já serviu de base para Haddad em debate com outros três candidatos.

“O conceito é de um tempo novo para São Paulo. O tempo hoje é o bem mais escasso para o paulistano. O cidadão precisa morar mais próximo do emprego, passar menos tempo em fila do SUS, menos tempo em transporte coletivo. Assim, terá como melhorar o acesso a educação”, disse Haddad à rede de notícias UOL/BOL. O plano de metas é essencial na administração moderna, diz Haddad, para criar e divulgar indicadores, com total trans-parência, e permitir o acompa-

nhamento público de todos eles. Ele frisa, porém, ser preciso “hierar-quizar as metas segundo a von-tade popular, con-siderar sua qua-lidade e colocar ênfase em algu-mas que dialogam diretamente com a qualidade de vida de todos os paulistanos”.

Conversando com São PauloAssistência Social e Educa-

ção - Em de 19 de maio, assisten-tes sociais reunidos com o candi-dato chegaram ao consenso que é preciso mudar para melhorar a condição da assistência social no município.

“Seminários como este são diagnósticos sobre a condição desta cidade e nos dá a sen-sação de termos perdido uma década, no sentido de atuação da administração pública”, disse Haddad em referência às gestões do ex-prefeito José Serra e de Gilberto Kassab. Ele ressaltou a necessidade de aumentar de sete para oito horas, o período de aula nas escolas da rede municipal.

A proposta integra o conceito Cidade Educadora, cuja ideia engloba aumento em 20% de matrículas, incluindo crianças sem moradia. Dois dias antes, o Conversando com São Paulo esteve centrado no tema Educa-ção. Diante de reclamações como falta de apoio aos professores, Haddad esclareceu que muitos municípios não “respeitam” as

Leis de Diretrizes e Base (LDB) da Educação e por consequência, os currículos - matérias escolares - desenvolvidos em salas de aulas deixam de ser abrangentes, não atingindo a eficácia.

Juventude - A socióloga e pesquisadora de temas relativos à juventude Helena Abramo, falou sobre a importância da cria-ção de políticas públicas voltadas ao segmento. “É fundamental para São Paulo pensar em políti-cas públicas que procurem resol-ver as desigualdades existentes entre os jovens da cidade”, disse. Já a ‘coordenadora de ‘Juven-tude’ da Ação Educativa, Maria Virgínia, afirmou que São Paulo “tem imensos problemas, mas tem muitos recursos também. É preciso criar um órgão coor-denador que articule e dialogue com os jovens em várias regiões da cidade e possa ouvir suas demandas.” Sobre as políti-cas específicas para os jovens, Haddad destaca que enxerga na Educação a melhor maneira de integrar o jovem como protago-nista social no espaço urbano. “Não há como pensar juven-

tude sem pensar em Educação - com o jovem mais tempo na escola, com cultura, lazer e esporte.”

Esporte e lazer Dia 14 de junho, Haddad colheu pro-posta para viabilizar Políticas Públicas para Espor te e Lazer. A mesa foi coordenada pelo

deputado federal Vicente Cân-dido (PT-SP) e pelo jornalista Roberto Casseb, e contou com as participações do diretor da Confederação Brasileira de Fute-bol (CBF), Andres Sanches; do professor de Educação Física, ex-reitor da Unicsul e gestor da Vita Care, dr. Daniel Carreira; do vice-presidente da Panathlon Club Internacional, coronel Sebastião Corrêa, e do treinador de futebol no Brasil e no exterior, prof. José Teixeira. Neste encontro Haddad disse ter por meta, sendo eleito, trazer ao município, o conceito do programa federal Mais Edu-cação, onde o aprendizado dos alunos não acontece exclusiva-mente em salas de aulas: “Mas também em equipamentos públicos como bibliotecas, par-ques e outros locais.”

Direitos e cidadania - No dia 23 de junho, o seminário abordou o tema Cidadania, Direitos e Dig-nidade Humana. O ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o deputado federal Paulo Teixeira, o jornalista Leonardo Sakamoto e a professora e socióloga Maria Victoria Benevides, foram os con-

vidados. Para eles, Haddad asse-gurou que o tema dos direitos humanos e cidadania está inse-rido em seu plano de governo, baseado na reformulação do sistema de educação municipal. “Se não utilizarmos como matriz os direitos humanos, não tomare-mos as decisões corretas durante o nosso governo.” O petista acre-dita que temas nacionais como a agenda ambiental, dependem de boas práticas municipais: “Sem um plano habitacional para a cidade, não é possível cumprir tratados como a Rio+20 e outras exigências ambientais.”

Crianças e adolescentes - “Tenho andado por todos os bairros de São Paulo e vejo que muitas crianças vivem uma situ-ação limite, sem perspectiva de futuro, desenvolvimento e falta de direitos”, frisou o candidato. Para ele o serviço público de saúde, educação e assistência social precisa ser estruturado, e a ação do conselho tutelar escla-recida e reforçada. “O conselho não tutela a criança, tutela o direito, e o sistema tem que estar preparado para acolher a criança em qualquer situação”.

Para o candidato é preciso realizar uma abordagem diferen-ciada para reaproximar aquelas que estão distantes do ambiente escolar. “Esporte, lazer e cultura têm de estar na política de educa-ção, é o que traz a criança desgar-rada de volta para a escola, e para isso os espaços e equipamentos públicos ociosos podem ser utili-zados”, concluiu.

Por Paulo de Souza eJosé Eduardo Bernardes

Haddad ouve especialistas e comunidade para compor plano de governo

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Ber

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Nos últimos anos, as agên-cias bancárias intensificaram a retirada das portas de segu-rança em todo o país. A atitude tem provocado protestos dos sindicatos de várias cidades, que relacionam a fal ta de segurança com o aumento do número de casos de assaltos nas instituições financeiras. De acordo com dados da 2ª Pesquisa da Confedera-ção Nacional dos Vigilan-tes e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, em todo o país, houve aumento de 14,36% nos roubos a bancos entre 2010 e 2011, com 49 vítimas fatais. Este ano, 12 pessoas morre-ram por conta de assaltos.

Para esquentar ainda mais o assunto, uma audiência pública foi realizada na Câmara dos Vereadores de São Paulo, no dia 15 de junho, reivindi-cada pelo Sindicato dos Ban-cários de São Paulo, Osasco e Região e agendada pelo vereador Francisco Chagas (PT). Além do Sindicato, par-ticiparam representantes da Febraban, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), da Guarda Civil Municipal (CGM) e da Confederação Nacional dos Vigilantes.

Durante evento, o dire-tor de segurança bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Pedro Oscar Viotto, defendeu que a ins ta lação da por ta de segurança seja opcional e os bancos tenham autonomia para definir quais os lugares prioritários. A presidenta do Sindicato questionou os crité-rios sugeridos pela Febraban, já que agências de um único banco e em endereços próxi-mos funcionam de maneiras di ferentes, com e sem as portas. “Somos a favor das portas de segurança porque sabemos que é um item de segurança importantíssimo dentro de uma agência, que aumenta a segurança de fun-cionários e clientes. Temos de tratar do assunto com priori-dade e respeito à população”,

Bancários pressionam por mais segurança nas agências disse Juvandia.

Para o presidente da Confe-deração Nacional dos Vigilan-tes, José Boaventura Santos, é preciso uma lei municipal para tratar o assunto. “Embora a legislação de segurança pri-vada seja federal, o município tem papel fundamental nesse debate”. Ele criticou os bancos pela falta de comunicação com os clientes sobre o uso das portas de segurança e sua importância. “Muitas pessoas criticam o dispositivo de alerta nas portas, mas a população precisa entender sua impor-tância, para sua própria segu-rança”, disse Boaventura.

A Secretaria de Segurança Urbana do município mandou representante que informou ter sido orientada a não falar na audiência. O vereador Carlos Chagas (PT), após a sessão, informou que vai avaliar se trabalhará com os parlamen-tares na tentativa de derrubar o veto de Kassab ou se tentará um acordo para garantir a ins-talação das portas. O vereador é autor de projeto de lei que trata da obrigatoriedade do equipamento no município.

Histórico - Em carta enviada ao presidente da Câmara, Police Neto, em março deste ano - quando bancos da capi-tal anunciaram a retirada do equipamento das agências -, o Sindicato dos Bancários cobrou dos vereadores posi-cionamento em relação ao veto do prefeito Kassab, em 2008, sobre a obrigatoriedade das por tas de segurança. “Kassab se comprometeu a sancionar a lei aprovada por unanimidade nesta Casa. Não honrou esse compromisso e vetou o projeto”, relembrou Juvandia Moreira.

Enquanto a lei da obriga-toriedade das portas continua em debate na cidade de São Paulo, outras regiões do Brasil avançam. A Câmara de For-taleza criou o Estatuto Muni-cipal de Segurança Bancária e, em Recife, a lei das portas está em vigor desde outubro de 2010.

Após reivindicações, Safra instala portas de segurança

Bancário foi mantido em cárcere privado:não tinha chaves do cofre da agência

Depois de negociações e cobranças do Sindicato dos Bancários, a direção do banco Safra con-firmou que já está colocando portas de segurança em todas as unidades.

Segundo o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Consultiva de Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), Daniel Reis, a instalação das portas é uma grande conquista dos trabalhadores. “Os bancários poderão trabalhar com mais tranquilidade. É inconcebível que as empresas não conside-rem esse mecanismo essencial à proteção dos trabalhadores e clientes”, destacou.

No início do ano, os bancários participam de reunião no Ministério da Justiça para debater questões do novo estatuto da segurança privada. Para a categoria, é fundamental algumas medidas de segurança nas agências, como a implantação das portas de segurança nos estabelecimentos bancários e a proibição do transporte de valores e posse da chave do cofre por bancários, entre outros. “Procuramos aprofundar os debates em questões consensuais que serão levadas para o ministro da Justiça e, posteriormente, para votação no Congresso Nacional”, avalia Daniel Reis.

São Paulo - Um ex-gerente de agência do Banco do Brasil conquistou na Justiça o direito de receber do banco R$ 200 mil de indenização por danos morais. Ele foi rendido na porta de sua casa, em Dom Feliciano, interior do Rio Grande do Sul, por dois criminosos fardados com uniformes da Polícia Militar e mantido em cárcere privado em 30 de maio de 2006, por não ter as chaves da agência em que trabalhava.

O trabalhador recorreu ao tribunal superior sob a alegação de ter sido levado de sua casa sob ameaça de morte e de ter sofrido agressões físicas e morais. Os sequestradores queriam que o ex--funcionário abrisse o cofre da agência em que era gerente. Como ele não tinha as chaves, o assalto não teve sucesso e ele foi mantido em cárcere privado no porta-malas do carro.

Após o crime, o bancário alegou ter sofrido graves danos psicológicos, que afetaram sua saúde e fizeram com que se aposentasse.

Por unanimidade, a oitava turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) acolheu o pedido de indenização na semana passada. O tribunal reverteu decisões das instâncias inferiores, que foram favoráveis ao banco e negaram o pedido.

Ao examinar o recurso, o relator Márcio Eurico Vitral Amaro considerou que o banco deveria pagar indenização por danos morais ao funcionário porque a atividade normal da empresa implicava riscos para o empregado. Amaro explicou que o empregador responde pelos danos causados ao funcionário, independentemente de ter culpa ou não pelo sequestro.

Segundo o julgamento do recurso, a indenização de R$ 200 mil deve ser acrescida de juros a partir da data em que a ação foi ajuizada e de correção monetária a partir da decisão do TST.

Mau

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SP

Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n°100

Vivemos tempos estranhos: Cada vez mais somos cobrados e questionados por tudo: nossa renda, nossas posses, nosso padrão de consumo, nossas convicções políticas e religiosas, tudo deve estar dentro de um padrão esperado. O mundo vem tratando nossas experiências mais profundas com a mesma desfaçatez que critica a nossa opção por pacote de tv a cabo. E a nós, pobres mortais, resta apenas nos adaptarmos à era da mesmice.

Para isso devemos nos convencer de que determina-dos estereótipos são a fórmula adequada de viver e de obter sucesso. Devemos vestir o que as pessoas acreditam ser o adequado para determinada situação, ir aos lugares adequa-

A autoestima ou vitórias: o que são?dos, passar férias nos locais adequados, com passeios programados e, na média, diverti-dos... isto sim, seria a expressão de uma vida vitoriosa. Sinal de que os objetivos foram alcançados da maneira que se espera.

Pois é. Acho que tanta normalidade tende a entristecer. Afinal, somos seres humanos comple-xos, aliás, somos seres extrema-mente complexos e diferentes, com vivências diferentes, ati-tudes diferentes, aprendizados diferentes e, cá entre nós, é esta grande diversidade que nos faz tão atraentes. Não podemos ter respostas em massa, pois não foi assim que fomos criados.

Portanto nossas conquistas pessoais devem ser tratadas como tal. Diversas. O sucesso para cada um e nós é diferente. Todos os dias nos deparamos com autênticos vencedores nas ruas, nos ônibus, nas empresas, ocupando cargos diversos, mas agindo sempre como verdadei-ros vencedores. E seria aqui uma perfeita contradição des-

crever e dar a receita pronta para que cada um se reconheça (ou não) nesta categoria. O conceito de vitó-ria está em cada um de nós. Depende de quanto nos aprecia-mos. Depende, sim, muito mais da nossa autoestima e de tudo aquilo que esperamos

da nossa vida e das nossas decisões do que da imagem que as pessoas fazem de nós ou do que elas esperam que façamos ou conquistemos.

Depende de onde coloca-mos a nossa própria felicidade. Depende de pensarmos nela como aquele estado interior de paz e harmonia que funciona de forma desigual para cada

um. De não confundir felicidade com a euforia de um carro novo ou coisa que o valha, pois este estado de ânimo é passageiro. Em breve aquele bem material conquistado perderá seu brilho, e cairemos na roda viva de querer outro e outro para preen-cher um vazio que não criamos, que não é nosso. Depende da nossa luta e caminho em direção ao autoconhecimento. Depende de nossa disposição de nos amarmos, como seres únicos sobre a face da terra.

Dra. Maria Tereza Carneiro Pires - CRM 44737Médica do Trabalhohttp://carneiropires.wordpress.com/http://carneiroemelosaudeocu-pacional.wordpress.com/

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Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 100

Prefeitura tem que engulir o Conselho Municipal de Saúde: é Lei.

Até o final deste mês, todos os conselhos estaduais de saúde e todos os conselhos de saúde das 27 capitais brasilei-ras deverão estar cadastrados no Sistema de Acompanha-mento dos Conselhos de Saúde (SIACS), que servirá para atu-alizar os dados dos 5.565 con-selhos municipais, dos 26 esta-duais e do Distrito Federal junto ao Conselho Nacional de Saúde e ao Ministério da Saúde. Essa é a meta que o Conselho Nacio-nal de Saúde reforçou em 28 de março de 2012.

Lançado em 14 de março, o SIACS visa retratar em detalhe os conselhos de saúde de todo o País, mostrando a composi-ção dos colegiados e o cum-primento de normas legais relacionadas ao Sistema Único de Saúde. Trata-se também de respeitar o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que, em março de 2011, estabeleceu que o Ministério da Saúde só deverá repassar recursos para os estados e municípios cujos conselhos de saúde sejam compostos por 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de gestores. Essa proporção é prerrogativa da Lei Federal 8142 e da Resolução 333 do

Sejam as leis claras, uniformes e precisas, porque interpretá-las é o mesmo,quase sempre, que corrompê-las (Voltaire)

Conselho Nacional de Saúde.As informações mais recen-

tes dos conselhos são de 2008, assim os dados desatualizados têm dificultado o acompanha-mento das mudanças pelas quais passaram os conselhos, como a inclusão de novas entidades participan-tes e mudanças de gestão, seja na presi-dência, seja na secre-taria executiva. A fer-ramenta servirá ainda para apurar o cum-primento da Resolu-ção 333 do CNS, que define diretrizes para criação, reformula-ção, estruturação e funcionamento dos conselhos de saúde. Desta forma reduz--se a manipulação dos prefeitos, no uso de decretos em rela-ção aos Conselhos Municipais de Saúde, determinando quem deve ser conselheiro, quando e como deverão ser as conferências e pior, excluindo do Conselho os Movimentos Populares de Saúde, como aconteceu em São Paulo, com o Decreto 52/914, do qual falei

na edição anterior deste jornal.Em 19 de maio passado, o

Executivo homologou e publi-cou no Diário Oficial do Muni-cípio, em 19/05/2012, a Portaria 1097, reconhecendo os conse-

Supervisões de Saúde são con-vocadas a formarem a Comis-são Eleitoral para o processo de eleição. A resolução 333 do Conselho Nacional de Saúde, no artigo IX, diz que - Qualquer

alteração na organi-zação dos Conselhos de Saúde preservará o que está garantido em Lei, e deve ser proposta pelo próprio conselho e votada em reunião plenária, para ser alterada em seu Regimento Interno e homologada pelo gestor do nível cor-respondente. Em 14 de junho, o Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, em sua reunião ordinária deli-berou pela nulidade deste processo.

“O caminho se faz ao caminhar” e o Conselho Munici-pal de Saúde trilhou um caminho correto, baseado na obser-

vância das leis nas quais se respaldou para derrubar mais uma vez o ato autoritário de um governo impopular, que administra através de Decretos e Portarias. Toda e qualquer

mudança na sua composição deve ser construída com a par-ticipação do colegiado reunido em plenária.

Parabéns aos companhei-ros que não desanimaram em sua luta e junto com o Ministé-rio Público Estadual mostraram que democracia se faz com a participação da população.

Em 13 de junho, a Supervi-são Técnica de Saúde da Sé, empossou os seus novos Con-selheiros, conforme lista que se segue. Segmento Usuário: Antonio Vitor Ramos Cardoso, Adriana Martins Pinheiro, Luiz Ricardo Shianvon, Maria José Marques, Neurani Rodrigues Gomes, Marcoliona Albino, Maria de Fátima Nage, Carmen Mascarenhas, Josué Barbosa, Jorge de Freitas Vaz, Rosân-gela Berg, José Roberto de Oliveira e Silva, Ruy Zoubaref; segmento Trabalhador: Carlos Augusto Moreno Rodrigues, Ariovaldo Cruz, Mary Alves dos Santos, Áurea Caviquioli, Castálide Beneton de Campos Lopes, Leonardo Fernandes, Sandra Montanari.

Carmen MascarenhasMovimento Popular de Saúde do Centroe-mail: [email protected]

lheiros eleitos para o CMS/SP, para o biênio 2012/2013, quatro meses após a posse. Esta portaria, no entanto, chama uma eleição para ampliação do Conselho. Rapidamente as

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Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 100

Toque para saúde

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco. site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - Conteúdo: matérias da redação e artigos assinados por especialistas colaboradores.

Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Você já se pegou pressio-nando os dentes?

E ao perceber, parou de pressioná-lo e sentiu que o ombro relaxou e uma “ponta” de calma pronunciou-se?

Estas sensações agem nega-tivamente em efeito dominó em nosso corpo, como, sensi-bilidade nos músculos da face, dores de cabeça, zumbido no ouvido, tensão no pescoço irradiando para ombros, braços e mãos, enxaqueca, ansiedade, medo, má digestão, cansaço, fadiga entre outros, porque cada organismo retém a tensão a seu modo, dependendo da sua história, personalidade e estilo

de vida escolhido ou adaptado.

A região da man-díbula e maxilar é conhecida como ar ticulação tem-pôro mandibular. É uma peça impor-tante na sua pos-tura, porque sua desarmonia atinge o alinhamento, ou melhor a integra-ção existente entre cabeça, ombros, quadris, joelhos e pés. Como está na parte supe-rior do corpo atrapalha seu equilíbrio e raciocínio.

Atento a isso, em 1991 o inglês Philip Rafferty da escola australiana de Cinesiologia Apli-

cada, criou o RESET. É um conjunto de toques suaves no contorno do rosto, levando a um rela-xar imediato, não invasivo e com apli-cações semanais e contínuas, observa--se a suavização de marcas de expres-são, que podem es t a r l igadas a retenção emocional e má absorção de liquido pelo corpo.

Toda esta explanação sobre esta articulação tempôro man-dibular, foi possível porque a

técnica em questão é a fusão da fisioterapia com os fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa, possibilitando visualizar o indi-víduo como um todo, onde um movimento é continuação do outro e uma emoção é continu-ação da outra, sejam negativas ou positivas.

Mais informações ou dúvi-das sobre o artigo ou horários de atendiemnto estou a disposição para fornecê-los.

Ana Paula Leijotowww.holusterapia.com.brwww.necessairesensuel.blo-gspot.comTel.: 3219-0165

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Câmara Municipal instala Comissão da Verdadee homenageia o jornalista Vladimir Herzog

Comunidade

Foi instaurada no último dia 11 de junho, na Câmara Munici-pal, a Comissão da Verdade no município. O objetivo é esclarecer as graves violações de direitos humanos ocorridas na capital, praticadas por agentes públicos durante a ditadura militar. A comis-são receberá o nome “Comissão Vladimir Herzog”, em homenagem ao jornalista morto em 1975, que se tornou símbolo da luta contra à repressão durante o regime militar.

O vereador Italo Cardoso, pre-sidente da comissão, afirmou que os trabalhos acontecerão em consonância com as comissões estadual e nacional e neste início, deve focar seus esforços em uma investigação rigorosa da CPI das “Ossadas de Perus”, deflagrada em 1990, na Câmara. “Nós vamos rever todos os documentos e enviá-

-los para a comissão nacional e estadual, além de ouvir familiares de desaparecidos e pessoas que se envolveram com os crimes da ditadura”.

A solenidade contou com a presença da mulher de Vlado, Cla-rice Herzog e seu filho Ivo, que hoje dirige o Instituto Vladimir Herzog. Também participaram do ato, o relator da comissão vereador Eliseu Gabriel e o presidente da Comissão Estadual da Verdade, deputado

Adriano Diogo. Durante a cerimô-nia foi apresentado o curta metra-gem “Vlado e Birri: encontros”, de Marina Weis e Laura Faerman, que fala sobre a relação de amizade que o jornalista mantinha com o cineasta Fernando Birri.

Antes da cerimônia, a comissão municipal se reuniu com membros da comissão estadual e nacional, para definir os passos das investi-gações. O deputado Adriano Diogo afirmou que as demais comissões

serão “subordinadas à Comissão Nacional da Verdade - que tem força de lei - mas atuarão como um prolongamento dela e poderão também convocar envolvidos nos crimes da ditadura militar”.

Neste ano, Vlado completaria 75 anos e além de dar nome à comissão na câmara paulistana, denominará a Praça da Divina Providência. O espaço, nos fundos do prédio da Câmara, ganhará três monumentos em homenagem ao

jornalista. Uma estátua de bronze em tamanho natural, criada pelo artista plástico Elifas Andreato, cha-mada “Vlado Vitorioso”, é um deles. Esse monumento deve ficar pronto para a entrega do “34º Prêmio Jor-nalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos”, em outubro.

Para Italo Cardoso, o curto espaço de tempo que a comissão terá para atuar, já que os manda-tos terminam em dezembro, não impedirá os trabalhos. Finalizando a solenidade, ele enalteceu a ini-ciativa do movimento apartidário “esculacho”, que denuncia ende-reços de torturadores em todo o país. “Eles estão dando de dez em nós, fazendo algo importante para que as pessoas, não só os jovens, conheçam o passado”.

Por José Eduardo Bernardes

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O Brasil é campeão na geração de ações trabalhistas. São diversos os motivos que levam ex-empregados a promover ações contra seus empre-gadores: excesso de horas extras, descontos indevidos, falta de registro em carteira, diferença ou pagamento de verbas rescisórias fora do prazo, assédio moral, que está muito na “moda” ultima-mente, e outros tantos. Nesse quadro, parece lógico, fato, o patrão jamais estar com a razão no ato de demissão e, muito menos no processo rescisório.

Pensa-se, repercute-se impactos, dramas, traumas que o ato de demissão do empregador pode causar no empre-gado - o que é compreensível -, mas pra-ticamente não se fala, ignora-se, o direito que tem aquele que emprega de retirar o emprego do trabalhador que não cumpre o seu papel ou que desempenha mal suas funções ou, ainda, que não tem mais interesse por seu trabalho. Mesmo diante do desemprego, esquece-se que não apenas o empregado é indis-pensável, o empregador também o é - sem ele não haveria o emprego. Também esquece-se, até o momento de reclama-los, que dele (o emprego) decorrem todos os direitos trabalhistas e de “transferência de renda”, como o “Bolsa Família”, “Renda Mínima”, etc.

Após bastante estudar, refletir sobre essa realidade, chegamos a alguns fatores que devem estar na mente dos emprega-dores que buscam a racionalidade para afastar de seus travesseiros o “terror das ações trabalhistas”, e também não querem se sentir obrigados a tentar ser mais justos que a Justiça e, muito menos, cometer injustiça. Estrategicamente aplicados, esses fatores podem prevenir possíveis ações trabalhistas. Não existem fórmulas concretas para evitar ações, mas procedimentos adotados durante todo o período da relação de trabalho: da seleção ao processo demissionário.

Algumas medidas preventivas- Não deixar dúvidas na fase de con-

tratação. É indispensável avaliar o perfil do candidato para o preenchimento da vaga, determinar o cargo, as atividades, a remuneração, os benefícios, a carga horária, descontos, prêmios, etc.

- Para evitar o modismo do assédio sexual e dano moral, é primordial que

não haja por parte do bom patrão qual-quer tipo de discriminação de credo, opção sexual, raça, condição social, restrição no SPC/Serasa, broncas em público, por mais banais que pareçam, e, evidentemente, envolvimentos amo-rosos e sentimentais, cuja maioria - 90% - acaba em problema.

É fato que as medidas acima são adotadas por bons patrões. Aqueles que não fazem questão de proceder corretamente, dentro do Direito, mere-cem as penalidades cabíveis na Lei. E é bom lembrar que, via-de-regra, a Justiça favorece o empregado. Assim, ser mal patrão não é produtivo e nada rentável.

Importante saber- Mesmo antes da contratação é possí-vel um processo trabalhista por atitude discriminatória- Comissões no comércio: o percentual deve constar na CTPS, para evitar o “suposto” pagamento “por fora”. Nossa experiência recomenda aconselhar ao bom empregador, que tenha rígido e documentado controle interno das vendas do empregado, para evitar as demandas.- Contratação de “autônomo”: deve cons-tituir Contrato de Execução de Serviço, não podendo haver subordinação do contratado ao contratante, que dentre outros itens é caracterizada, por exem-plo, pela determinação de carga horária e uso de uniforme da empresa do con-tratante, pois isso implica habitualidade, e esta comprova vínculo empregatício.

Contratação por tercerização: para não responder a ações trabalhistas soli-dariamente, o empregador deve exigir da contratada (tercerizada), guias de recolhimento do FGTS e INSS; recibos de pagamento dos funcionários (salários, férias, 13º salário); pagamento de resci-são; certidões negativas (INSS, FGTS, Receita Federal, BNDT).

O terror é inevitável quando o empre-gador recebe uma notificação e toma conhecimento de um audiência na Justiça do Trabalho. Situação que fica ainda pior quando ele não tem caixa para um even-tual acordo diante do agente da Justiça, pois se o processo for protelado até a fase de execução, o empregador poderá ter contas bancárias bloqueadas, bens móveis e imóveis interditados. Então, a pergunta que fica é: Por que não fazer logo o correto e ter certeza do não prejuízo?

Antonio Bueno Diretor da Premissa Assessoria e

Consultoria EmpresarialTel.: 3237-3517

www.premissaconsultoria.com

Brasil: campeão em ações trabalhistas! Tribunal de Justiça libera voltados ambulantes às ruas de São Paulo Após muitas idas e vindas, os ambulantes da cidade poderão voltar ao trabalho. Os vende-

dores de rua tiveram seus TPU’s (Termo de Permissão de Uso) cassados pelo prefeito Gilberto Kassab, em 19 de maio, mas com o aval do colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferido nesta quarta-feira, 27 de junho, estão autorizados para exercer suas atividades livremente.

Desde às 11h desse dia, cerca de 1.000 ambulantes se concentravam em frente ao Tribunal de Justiça, cobrando do órgão uma decisão sobre a manutenção de uma liminar que os autorizar a trabalhar, mas o julgamento começou apenas às 16h. Cinco ambulantes e dois advogados foram admitidos pelo TJ para integrar a sessão do Órgão Especial, que por 22 votos a favor e três contrários validou a liminar que fora suspensa pelo presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori, impedindo a atividade dos camelôs.

O vice-presidente do Sinpesp (Sindicato dos Permissionários em Pontos Fixos de Vias e Logradouros Públicos do Estado de São Paulo), Alcides Oliveira, afirmou que “o despacho do desembargador Sartori, desde o início, tinha caráter político, de uma maneira que só tínhamos visto na época da ditadura militar”. O sindicalista revelou ainda que a prefeitura “tentou minar os camelôs aplicando multas em duplicidade”. “Alguns recebiam até quatro multas no mesmo dia, em horários muito próximos.”

Entenda o caso - A questão entre a prefeitura e os ambulantes começou quando o prefeito Gilberto Kassab resolveu cassar os termos de permissão de uso dos camelôs e revogar um decreto municipal de 1997, com a intenção de retirá-los das calçadas. A oferta da prefeitura era criar bolsões de comércio e alojar os ambulantes em feiras livres. Segundo Alcides Oliveira, “os bolsões de comércio seriam uma alternativa muito boa para os ambulantes, mas o prefeito desistiu de criá-los na sua gestão”. A implantação da proposta estaria prevista só para o próximo ano. O Centro, que possui cerca de 470 ambulantes regularizados, seria contemplado com um desses bolsões de acordo com o Sinpesp. Entretanto, a ideia não agrada muito. A ambulante Berenice Sabino (67), que é deficiente visual, declara: “Para nós ja é difícil fazer feira, imagina então levar as mercadorias e montá-las cada dia em um lugar diferente”.

Uma Ação Civil Pública foi proposta pela Defensoria e o Centro Gaspar Garcia para reverter a situação dos trabalhadores ambulantes. A acão foi acatada e uma liminar expedida em 4 de junho, pela juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública Carmen Cristina Teijeiro e Oliveira, permitindo a atuação dos camelôs. Oito dias depois (dia 12), o desembargador Ivan Sartori, atendendo pedido da prefeitura, ingressou com uma nova liminar que os retirou das ruas outra vez. Dia 20 de junho, essa liminar foi cassada pela Defensoria Pública, por meio de recurso do desembargador Grava Brazil, que faz parte do Órgão Especial e solicitava que os trabalhadores seguissem suas ativida-des até a decisão final, no dia 27. Porém, em mais uma reviravolta no caso, na sexta-feira, 22, o presidente Ivan Sartori entendeu que houve “usurpação de competência” do Órgão Especial, por parte de Brazil, e cassou a liminar proibindo a atividade dos camelôs.

Com a decisão favorável de quarta-feira (27), os camelôs regularizados, que já possuíam o TPU, precisavam aguardar a publicação da decisão no Diário da Justiça para retornar às ruas, mas segundo Alcides: “nós já estávamos trabalhando normalmente nesta semana. Nós temos licença, e as bases da PM não tinham orientação de impedir nosso trabalho. Tenho certeza de que a prefeitura não vai ter interesse em arrumar confusão, ainda mais depois da nossa vitória”, declarou o vice-presidente do Sinpesp.

Por José Eduardo Bernardes

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Artes e Cultura

O projeto Dia da Família, do Centro Cul-tural Banco do Brasil, aproveita o clima de férias para prestar homenagem a mais uma importante figura no cotidiano das famí-lias: os amigos. Em julho, a celebração do Dia da Família acon-tece aos domingos, com atividades gratui-tas direcionadas para pais e crianças e exi-bição de filmes relacio-nados ao tema. Anteriormente, o projeto enalteceu as mães e os professores.

A programação tem início no dia 01 de julho, a partir das 10h, quando o calçadão em frente ao CCBB já estará com ambientação montada para os visitantes. Todos estão con-vidados a levar ao Espaço de Brincadeiras (que fica na área externa do CCBB), aquele que é conhecido como o melhor amigo do homem, o cão de estimação. O projeto também trará a oficina “Faça um mobile divertido cheio de cachorrinhos

Dia da Família do CCBB homenageia os amigos, em julho

saltitantes”, orientada pela arte--educadora Helena André.

Finalizando as atividades do dia, é a vez da pré-estreia do longa-metragem “Meu Querido Vira-Lata”, de Bryan Stoller, ainda inédito no Brasil. O longa narra a história de um menino que encontra um cachorro perdido e vai fazer de tudo para devolvê-lo ao seu dono, mesmo que o dono seja o pre-sidente dos EUA.

No dia 15 de julho, é a vez da apresentação do longa “Meu Amigo Storm”, de Giacomo Campeoto. O filme conta a his-

tória de um menino chamado Freddie, que precisava de um amigo como Storm, um cão, que aos poucos, mostra que não é um cachorro comum. Assim como Freddie, e le também tem habilidades espe-ciais. Vale ressaltar que nos dias 1º e 15 de julho, não será permitida a entrada dos cães no espaço interno do CCBB. Porém, se o cachorro for dócil, ele poderá ficar nas mãos de cuidadores profissionais, com direito a biscoitos caninos, enquanto o dono curte o filme apresentado na sequência.

No último domingo do mês, dia 29, o Espaço de Brincadei-ras vai ser animado com uma aula de dança com o super--dançarino palhaço Koringa. As aulas acontecem às 10h, 11h e 12h. Ainda no dia 29, a arte-educadora Helena André realiza a Oficina de Jardina-gem “Plante a sua mudinha e seja parte consciente dessa história”. O filme escolhido para encerrar a programa-ção de julho é o filme Wall-E, dirigido por Andrew Stanton. A produção, vencedora do Oscar de Melhor Filme de Ani-

mação, acompanha as aventuras de um pequeno robô cole-tor de lixo, que, num futuro distante, acaba por embarcar em uma emocionante jornada pelo espaço.

No mês de agosto, o projeto homenage-ará os vizinhos, figuras que antigamente eram conhecidas entre as famílias, mas que ao longo do tempo per-deram importância,

tornando-se quase desconhe-cidos: muitas vezes, nem ao menos se cumprimentam.

Serviço:Dia da FamíliaCentro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652Dias: 1º, 15 e 29 de julho, a partir das 10hClassificação indicativa: livre para todas as idades Ingressos: Grátis. (senha uma hora antes do evento)www.bb.com.br/cultura

Uma releitura do multicultu-ralismo. Assim é a caminhada cênica pelas ruas do Bom Retiro 958 Metros, proposta da companhia Teatro da Vertigem. O ponto de partida para o tema teatral é a total transformação sofrida pelo bairro a partir do momento em que terminam os expedientes comerciais.

A temporada vai de 15 de junho a 30 de setembro.

De acordo com a produção da caminhada cênica, Bom Retiro 958 Metros aponta para esta metamorfose a partir do limiar entre a noite e o dia; entre o final de um expediente e o início de outro quando as ruas são tomadas por perso-nagens assombrados pela his-tória, febre do consumo, ânsia de transformação e trabalho.

Bom Retiro 958 Metros: caminhada cênica do Teatro Vertigem. A caminhada cênica

pretende utilizar o espaço urbano como campo de experimentação artística. Assim, propõe ao público um passeio noturno pelo bairro paulistano, par-ticipando de um trajeto urbano que inclui um centro de lojas, ruas, cal-çadas, cruzamentos, e um teatro atualmente fora do circuito cultural da cidade.

Duas décadas - Represen-tando um mergulho na memó-ria histórica do bairro, iniciada no começo do século XX, Bom Retiro 958 Metros resgata a memória do lugar sob a direção de Antônio Araújo e dramatur-gia de Joca Rainers Terron, que realizaram intensa pesquisa

investigativa fornecendo base cênica ao grupo.

Não foram esquecidos os diferentes fluxos migratórios, relações de trabalho e consumo como alguns dos assuntos que emergem na encenação desen-volvida em 958 metros de tra-jeto no bairro paulistano, onde

surgiu o grupo Teatro da Vertigem que em novem-bro próximo completa 20 anos de montagens controversas e premiadas.

Bom Retiro 958 Metros é estrelado por: Luciana S chw in d e n , M aw u s i Tulani, Roberto Audio, Raquel Morales, Sofia Boito, Conrado Caputto, Kathia Bissoli, João Attuy, Icaro Rodrigues, Samuel Vieira, Beatriz Macedo,

Naiara Soares, Renato Caetano e Elton Santos, além da atriz con-vidada Laetitia Augustin-Viguier.

O público participante é recepcionado na Oficina Oswald de Andrade, para ser encami-nhado ao local do espetáculo. Os produtores recomendam aos espectadores irem com

sapatos confortáveis e sem bolsa ou sacola, e, em noites frias, agasalhados. O espetáculo será cancelado quando houver chuva.

Serviço:Caminhada cênica: Bom Retiro 958 MetrosTemporada: 15 /06 a 30/09 Ponto de encontro: Oficina Cul-tural Oswald de Andrade(Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro)Informações pelo telefone [11] 3255-2713De quinta a sábado às 21h, domingo às 19hIngressos: R$ 30,00 inteira - vendidos somente pelo telefone [11] 4003-5588site www.ticketsforfun.com.brParticipantes: 60 Duração: 110 min sem intervalo Recomendação: 16 anos

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Artes e Cultura

Junte luzes, canções, trocas rápidas de figurino e objetos marcando a passagem de um conto para outro para imprimir um ar de dinamismo à peça. Agora adicione o doce amargo das ruas, as tragédias, as pai-xões, as situações divertidas, inusitadas do cotidiano e os dilemas entre o céu e o inferno do ser humano.

O resultado disto tudo é a tragicomédia Rodriguianas: Tragédias para Rir, que estreia no Centro Cultural Banco do Brasil na sexta-feira,dia 6 de julho, às 20 horas. Nesta peça os ingredientes são baseados nas crônicas diárias de Nelson Rodrigues publicadas em sua coluna “A Vida Como Ela É”, no

CCBB lembra centenário de Nelson Rodriguescom Rodriguianas: Tragédias para Rir.

jornal carioca Última Hora.

“O Pedia t ra”, “Românt ica”, “As Gêmeas”, “A Esbo-feteada”, “Despeito”, “Noiva da Morte”, “Flor de Laranjeira” e “ S e l v a g e r i a ” ganham vida por meio de oito atores: Marcos Breda, Fer-n an d a D ’ Umb r a , D u d a M a mb e r t i , Bete Correia, Cintya Chaves, Maria Tuca Fanchin, Luís Soares e Sidney Santiago.

‘Situações exorbitantes’ - Com adaptação, direção e sonoplastia de Luís Artur Nunes,

Rodriguianas: Tragédias para Rir conta com cenário de Marcio Vinícius, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Gui-lherme Bonfanti. A peça também preserva o discurso narrativo

proposto por Nelson Rodrigues.

Em Rodriguia-nas: Tragédias para R i r os a tores se colocam como um grupo de contado-res e intérpretes, alternando-se nas tarefas de encenar, descrever, narrar e comentar. “A peça tem um caráter de folhetim, em que os personagens estão

em situações exorbitantes, à beira de um ataque de nervos”, afirma Luís Nunes.

A peça descor t ina ao público os truques do teatro. Para isso, são utilizadas doses

de encenação explícita e não realista por meio de máscaras, quadros-vivos e manipulação de bonecos. Os atores fazem dublagens. Homens e mulhe-res se dividem no mesmo personagem em uma espécie de interpretação coral.

Serviço:Espetáculo teatral - Rodriguia-nas: Tragédias para RirCCBB - rua Álvares Penteado, 112Tel.: 3113-3651Capacidade: 125 lugaresEstacionamento: conveniado na rua da Consolação, 228 - Ed. Zarvosa R$ 15 por 5 horas. Há transporte de van até o CCBB - grátis.www.bb.com.br/cultura

O Museu de Arte Sacra (MAS) apresenta uma série de eventos destinados não apenas aos apreciadores da cultura religiosa. Dentro do programa Tarde Musical que acontece de abril a novembro, sempre a partir das 14h30, no último sábado de cada mês, o coral Collegium Musicum de São Paulo, criado em 1982, e regido por Bruno Facio oferece aos presentes obras de compositores do período Barroco.

Outra atração no espaço é a exposição Joias com História, de Isabella Blanco, onde são exibidas 40 criações da artista, aberta em 19 de junho e que seguirá até o próximo dia 22 de agosto. As peças são concebidas sob uma nova ótica do período vitoriano integrado a Art Déco para confeccionar peças com desenho contemporâneo.

Isabella Blanco conta que geralmente propõe uma releitura na história. “Às vezes, olho o item na vitrine do antiquário e já sei o que vou fazer com ele. Ou seja, a partir da peça, faço a joia. Outras vezes, faço estudos para obter a melhor composição e o uso de cores mais harmônico, que mais me agrada, para depois encaixá-lo no desenho”, conta.

Por Paulo de Souza

Música e exposições noMuseu de Arte Sacra

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