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Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho Autor Rui Bocchino Macedo 1.ª edição Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho · Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho | 9 mal de trabalho, um número cada vez maior de trabalhadores

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Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho

Autor

Rui Bocchino Macedo

1.ª edição

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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

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Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 80730-200 • Curitiba • PR

www.iesde.com.br

M141 Macedo, Rui Bocchino. / Segurança, Saúde, Higiene e Medic-ina do Trabalho. / Rui Bocchino Macedo. — Curitiba :

IESDE Brasil S.A. , 2008.128 p.

ISBN: 978-85-7638-843-2

1. Segurança do Trabalho. 2. Higiene do Trabalho. 3. Medicina do Trabalho. 4. Regulamentos de Segurança. I. Título.

CDD 363.11

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Sumário

Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho | 7Saúde do trabalhador | 7Anamnese ocupacional | 8Problemas crônicos de origem ocupacional | 10

Medicina do Trabalho e Toxicologia | 17Toxicologia | 18

Toxicologia ocupacional | 27Princípios gerais de Toxicologia | 27

Metais pesados | 35Chumbo | 36Mercúrio | 38Níquel | 40Cromo | 40Arsênio | 40

Legislação de Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho | 47Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) | 47Organização dos Serviços de Medicina do Trabalho | 48

Normas regulamentadoras | 61

Riscos ambientais | 77Riscos ambientais | 77Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) | 79

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Acidentes de trabalho e riscos físicos | 87Riscos físicos | 88Radiações | 92Epidemiologia – fatores de risco de natureza ocupacional conhecidos | 93

Doenças ocupacionais | 99Conceito | 100Epidemiologia | 101LER/DORT | 102

Previdência Social | 109A diferença entre INSS E SUS | 110Seguro social | 111Regime geral da Previdência Social | 111

Gabarito | 121

Referências | 123

Anotações | 125

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Ao longo da história do mundo, o homem sempre enfrentou os mais

diversos tipos de risco. O trabalho é, talvez, a maior fonte desses riscos,

até porque o homem passa a maior parte de sua vida dentro de seu am-

biente laboral, afastando-se de sua família. Desde o caçador mais primi-

tivo, passando pelo artesão da Idade Média, com “escala” nos primeiros

trabalhadores fabris da Revolução Industrial, até chegar no trabalhador

moderno, o homem constantemente passou por diversos riscos de aci-

dentes, de aquisição de doenças e, mesmo, de perder seu maior bem:

a própria vida. Concomitante a esse processo, o homem foi, também,

aprendendo a se cuidar de uma maneira mais adequada, prevenindo-

se, ainda que de maneira empírica, contra os males que pudessem afe-

tar seu bem-estar. Não é exagero, portanto, afi rmar que os Serviços de

Saúde e Segurança do Trabalho tiveram origem nos primórdios da hu-

manidade, junto com os processos de trabalho mais remotos, e foram se

adaptando às novas descobertas e aquisições de conhecimentos na bus-

ca eterna de se atingir uma excelência na arte da prevenção e promoção

da saúde, especifi camente no ambiente laboral.

A presente obra busca introduzir o leitor nesta viagem apaixonante pelo

mundo da Medicina do Trabalho, através de seus capítulos.

Inicialmente, o leitor é apresentado ao tema, além de ser apresenta-

do aos mais relevantes assuntos: saúde do trabalhador e o Serviço

Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.

Após, apresentam-se as principais leis que regem o mundo da Segurança

e Medicina do Trabalho: as normas regulamentadoras, apresentadas

uma a uma. Abordaremos os Riscos Ambientais e a Toxicologia. Este

tema é abordado com mais profundidade nos dois capítulos seguintes,

para, logo após, fazer a introdução do leitor no assunto que envolve as

doenças do trabalho, LER/DORT, que mereceram um capítulo a parte,

tamanha a sua incidência no mundo laboral moderno.

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Noções fundamentais sobre o funcionamento da Previdência Social tam-

bém são apresentadas, fi cando por conta dos Acidentes de Trabalhos,

seus riscos e prevenções o encerramento desta obra.

Espera-se que a presente obra estimule o leitor a criar uma mentalida-

de prevencionista no que tange aos assuntos relacionados à Saúde e

Segurança do Trabalho. A partir do momento em que esta idéia se so-

bressair em relação às medidas paliativas e curativas, os ambientes labo-

rais, certamente, serão mais prazerosos e menos propensos a aquisição

de doenças laborais.

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Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina

do TrabalhoRui Bocchino Macedo*

Saúde do trabalhadorO trabalho das sociedades atuais é realizado dentro de padrões determinados historicamente. A

metalurgia, por exemplo, descende do trabalho em metais da Idade Média, onde o artesão medieval realizava todas as etapas do trabalho com o metal, desde a fundição até o acabamento final, por vezes também atuando em sua revenda. O metalúrgico atual, por sua vez, representa apenas uma pequena parcela em toda a cadeia de transformação do metal, pois seu trabalho limita-se a estar à frente de má-quinas, realizando passos da produção, sendo o ritmo de trabalho elevado com estímulos salariais para o aumento da produtividade e com controle constante sobre a produção.

Ao artesão medieval, que concentrava todo o processo de produção a sua pessoa, cabia a função de imaginar, criar como seria a peça a ser produzida antes de lidar com o metal. Havia a liberdade para introduzir mudanças durante a produção, que era baixa, devido ao fato de as técnicas serem extrema-mente rudimentares naquela época. Quanto ao trabalhador moderno, a execução de tarefa monótona, repetitiva e desprovida de conteúdo mais intelectualizado, associado à alta produtividade e compe-titividade da empresa no mercado, pode levar o trabalhador a permanente sofrimento psíquico, com repercussões na esfera intelecto-emocional e somático, conhecido como estresse.

* Especialista em Medicina do Trabalho pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Médico pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Responsável Técnico pelo Serviço de Engenharia e Saúde Ocupacional (SESAO) da UFPR. Professor.

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No Brasil, há queixas de trabalhadores e sindicatos de um certo descaso nas condições dos am-bientes de trabalho, especialmente no que diz respeito à exposição do trabalhador a produtos químicos, ruídos e trepidações; jornadas de trabalho muito extensas com a realização de horas extras; submissão do trabalhador frente ao autoritarismo na organização do trabalho sem a participação dos trabalhado-res nas decisões; demissão imotivada, decorrentes da inviabilização de reivindicações por melhorias; baixos salários; problemas sociais relacionados a condições inadequadas de transporte urbano, mora-dia, alimentação, lazer, acesso a serviços de saúde e medicamentos.

A abordagem quanto à saúde do trabalhador é feita através, inicialmente, de uma anamnese clí-nica/ocupacional, de um exame clínico e de uma investigação laboratorial. Esse contato é fundamental para se poder conhecer o trabalhador, bem como seu ambiente de trabalho como um todo, para conse-guir relacionar ou não os sintomas dos quais se queixa com o seu respectivo trabalho.

Anamnese ocupacionalA maioria das doenças relacionadas ao trabalho e ao meio ambiente manifestam-se como queixas

comuns, sem sinais e sintomas específicos. Assim, a história de exposição a um agente ou situação no traba-lho capaz de produzir doença é fundamental para o diagnóstico correto e a adoção dos procedimentos dele decorrentes, como o tratamento, a prevenção e os possíveis encaminhamentos previdenciários.

O profissional de atenção primária à saúde tem um importante papel na detecção, tratamento e prevenção das doenças decorrentes das exposições tóxicas e/ou situações particulares de trabalho, que podem ser reconhecidas ou suspeitadas a partir da história do paciente.

Na anamnese ocupacional são levantadas questões com a descrição dos trabalhos atual e pas-sados. Também são levantados os riscos a que o trabalhador está ou esteve exposto, como o contato com poeiras, fumaças, metais, líquidos ou outras substâncias químicas, ou ainda fatores como calor ou ruídos excessivos. Ainda na anamnese ocupacional, devem ser levados em consideração a jornada de trabalho, o turno (diurno, noturno ou rodízio), além da opinião pessoal do trabalhador, que é questio-nado sobre as suas condições de trabalho.

Deve conter, na anamnese, a descrição da atividade específica realizada, do ritmo e dos turnos de trabalho e da matéria-prima ou substância que possa interferir no risco. Essas informações são im-portantes para que seja feita a diferenciação entre as categorias. Por exemplo, o metalúrgico, que pode estar lotado num setor administrativo ou na linha de produção, o que pode diferenciar a exposição a riscos. Trabalhadores de mesma função em empresas distintas também podem apresentar diferentes formas de organização e ritmos de trabalho.

Fatores como o turno de trabalho podem interferir no diagnóstico e no tratamento de qualquer doença, sendo, por conseguinte, extremamente importante a anamnese ocupacional. Isso fica eviden-ciado na realização de exames ou na determinação de horários fixos para o uso de medicações em funcionários de turnos alternados, além da investigação de riscos percebidos pelo próprio trabalhador.

A grande maioria das pessoas que procuram os serviços de saúde são atendidas por profissionais não-especialistas em questões de saúde ocupacional ou ambiental. Com o crescimento do setor infor-

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mal de trabalho, um número cada vez maior de trabalhadores estará descoberto das ações de serviços especializado das empresas e de planos de saúde complementares, tendo como única alternativa a rede pública de serviços de saúde. É interessante destacar que o momento da entrevista e a escuta do paciente falando sobre seu trabalho pode representar uma oportunidade de estreitamento da relação médico–paciente e constituir um processo pedagógico de identificação, no trabalho, de fatores adoe-cedores que necessitam ser evitados ou corrigidos.

Podemos dividir a anamnese ocupacional quanto à investigação: do perfil ocupacional, da expo-sição ocupacional e contaminação ambiental.

Perfil ocupacionalNele devem estar contidas as atividades atuais e passadas. Ele descreve o ritmo de trabalho, rit-

mo das atividades, conteúdo das tarefas, matérias-primas utilizadas, posto de trabalho, riscos ambien-tais, medidas de proteção, efeitos verificados com a exposição. Investiga também fatores que podem aumentar, predispor ou modificar os riscos ocupacionais, como idade, sexo, hábitos de fumar ou se alimentar no trabalho, avalia se os sintomas são exacerbados ou atenuados pela exposição aos riscos ocupacionais, avalia a modificação dos riscos aos finais de semana, férias, final do turno de trabalho ou ainda em que dia da semana os sintomas são mais intensos.

Exposição ocupacionalExposição de característica específica, relata fatores que podem modificar os efeitos das exposi-

ções aos riscos ocupacionais, como alergias, patologias no trabalho atual ou passado, além de sua pre-disposição a adquirir determinadas doenças. Também deve citar fatores que podem alterar as respostas aos riscos ocupacionais quando eles existem, tais como história de doença respiratória ou cardíaca, patologia renal, insuficiência hepática, alterações neurológicas, estado de nutrição, erro metabólico, hipovitaminose. Além disso, busca problemas de saúde similar em colegas de trabalho.

A adoção rotineira da coleta da história ocupacional e a existência de uma rede de referência para as ações no cuidado primário desempenham um importante papel na detecção, prevenção e tratamen-to de doenças relacionadas ao trabalho.

Contaminação ambientalInvestiga a ocorrência de exposição não-profissional a substâncias potencialmente patogênicas,

como a casa do trabalhador próxima a alguma indústria ou a contaminação com substâncias tóxicas ou pesticidas nos momentos de lazer, ou mesmo resíduos tóxicos trazidos do ambiente de trabalho para casa por outros membros da família.

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Investigação laboratorialCom esse procedimento busca-se, além das confirmações diagnósticas, observar medidas de ex-

posição que estão ocorrendo no período subclínico, obter um diagnóstico precoce e avaliar as medidas de controle de riscos, na fonte e no meio ambiente, que forem instituídas. Pode ser usada como medida de exposição, como indicador biológico de exposição, além de ser parte fundamental de um programa de vigilância epidemiológica.

Realiza-se, normalmente, no sangue ou na urina. Outros testes podem ser realizados em labora-tórios especializados em Toxicologia, utilizando unhas, cabelos, tecidos e outros fluídos corporais. Os parâmetros clínicos obtidos devem ser admitidos como padrão para acompanhamento da evolução no quadro de exposição a determinado agente, mas não como um valor absolutamente seguro.

Serve, também, como parâmetro para a busca de um ambiente de trabalho seguro e sem riscos ou, ao menos, com todos os riscos controlados. O valor determinado como limite de tolerância pode ser reduzido até drasticamente, de acordo com novos estudos e acompanhamentos de trabalhadores por longos períodos ou descobertas de novos feitos.

Muitas das doenças relacionadas ao trabalho ou a uma exposição ambiental manifestam-se como um problema médico comum e não apresentam sintomatologia específica. Assim, a história de uma exposição prévia significativa a um agente ou condição de trabalho adoecedora é que vai permitir que se suspeite da relação da doença com o trabalho ou com uma exposição ambiental. Se esses aspectos não forem adequadamente explorados pelo médico que atende o paciente, o diagnóstico etiológico fica prejudicado, o tratamento pode vir a ser inadequado e ficam perdidas as chances de uma atuação preventiva sobre o paciente e o conjunto dos demais expostos à mesma situação.

Problemas crônicos de origem ocupacional

Dermatoses ocupacionaisO problema das dermatoses ocupacionais é amplo e muito complexo, sendo uma das maiores

causas de falta ao trabalho em todo o mundo. Mesmo para o médico do Trabalho mais experiente é, muitas vezes, difícil de se lidar com esses pacientes, em especial no que se refere a sua relação com a indústria onde trabalha, pois é freqüente a necessidade de orientação segura, no sentido de maior proteção no ambiente profissional, ou até a mudança de ramo de atividade, o que nem sempre é fácil convencer o paciente ou a empresa. A saúde dos trabalhadores e a convivência saudável entre estes e seu ambiente de trabalho é de vital importância para o bem-estar da empresa, pois o trabalhador, em suas plenas condições de trabalho e saudável, mantém sua produção elevada. Portanto, são necessários que alguns cuidados sejam tomados quanto à saúde dos trabalhadores, quando os mesmos trabalham direta ou indiretamente com produtos quimicamente perigosos, principalmente os derivados do óleo mineral, petróleo, detergentes, solventes, plásticos, resinas, borracha natural, tintas, vernizes, corantes, petróleo e seus derivados, ácidos. Essas substâncias podem provocar, freqüentemente, dermatites ou dermatoses nos indivíduos, quando os mesmos ficam em contato com esses tipos de produto sem as mínimas condições de higiene exigida.

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As causas das dermatoses ocupacionais podem ser:

mecânicas, devido a um trauma ou fricção;::::

físicas, decorrentes da exposição ao frio, ao calor e à radiações ionizantes;::::

químicas, pelo contato com compostos orgânicos e inorgânicos; e::::

biológicas, devido ao contato com plantas, animais e microorganismos.::::

No organismo, as dermatoses podem surgir através de dois mecanismos diferentes: o otoérgico e o alérgico. O mecanismo otoérgico (não-imunológico) corresponde a 75% das dermatoses causadas por irritantes primários, como os ácidos fortes, álcalis, solventes e sais de metal. A dermatite de contato por irritante primário, causada pelo contato direto com o composto químico, leva ao aparecimento de irritação local, sem irradiação, e desaparece quando cessa a exposição, voltando a aparecer a cada novo contato, e vai depender do tempo de exposição e da concentração da substância envolvida. A grande maioria dos trabalhadores expostos ao mesmo agente agressivo apresenta dermatite.

O mecanismo alérgico, por sua vez, ocorre quando uma pessoa já está sensibilizada (hipersensi-bilidade) e envolve o sistema imune, em geral do tipo de hipersensibilidade tardia a uma substância e pode apresentar reação alérgica de 48 a 72 horas após a exposição, sendo que a dermatite de contato normalmente não se apresenta na primeira exposição a um novo composto, e a reação inicial aparece, em média, cinco dias após o primeiro contato. O diagnóstico dessa doença é realizado através da histó-ria ocupacional das manifestações cutâneas diversas e do patch-test, que é um exame que consiste no contato direto de diversas substâncias potencialmente alérgenas com a pele para chegar ao diagnósti-co definitivo.

As principais substâncias químicas causadoras de dermatites de contato são os bicarbonatos de cromo, potássio e amônio; os plásticos, como resinas epóxi e catalisadores; aceleradores e anti-oxidantes de borracha; agentes germicidas usados em sabões e compostos halogenados; aminas aromá-ticas e seus derivados, como tinturas e anestésicos locais; o mercúrio e seus compostos inorgânicos; o níquel e seus compostos; cobalto e seus compostos; e algumas ervas venenosas.

Para se realizar o diagnóstico preciso de dermatose ocupacional é necessário, além de uma ana-mnese completa, um exame físico minucioso. Na entrevista, devem ser pesquisados fatos cronológicos e de evolução, enfatizando aspectos como melhora ou não com tratamentos, por exemplo. A história prévia de alergias a drogas, alimentos e inalantes é fundamental, assim como antecedentes atópicos pessoais e familiares, como asma, rinite e eczema atópico. No ambiente de trabalho, é importante ob-servar as condições de trabalho e as medidas de higiene do local, além de pesquisar lesões cutâneas semelhantes em colegas, e observar se a reexposição do trabalhador ao alergeno causará agravamento do quadro. Em casos de dermatoses ocupacionais, as lesões podem ser bilaterais e normalmente situa-das em regiões expostas ou em contato direto com substâncias químicas.

O exame físico deve conter uma análise geral da pele. Também devem ser avaliados os fatores predisponentes indiretos, como a característica da pele. Por fim, devem ser observadas a quantidade de pêlos e a higiene pessoal dos trabalhadores. O tratamento profilático dessa patologia consiste na proteção dos trabalhadores aos agentes alérgenos. Já no tratamento específico, após a identificação e eliminação desses agentes, podem ser usadas medicações tópicas ou sistêmicas, dependendo do tipo da lesão, da distribuição, do grau e do fato de ser aguda ou crônica.

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Surdez ocupacionalA exposição a ruídos de duração prolongada ou de grande intensidade pode acarretar danos à

audição e, conseqüentemente, levar à surdez profissional. Essa doença é comum em caldeireiros, ferrei-ros, prenseiros, maquinistas, tecelões, entre outros.

O grau da lesão produzida pelo ruído está relacionado com diversos fatores. Um dos principais fatores é a intensidade. Ruídos superiores a 80dB poderão levar a trauma auditivo. O tipo de ruído tam-bém é importante. O ruído intermitente, ou de impacto, parece produzir danos maiores. O período de exposição também deve ser levado em consideração, assim como a duração do trabalho, uma vez que o efeito é cumulativo. Também são fatores importantes a susceptibilidade individual, a idade, as patolo-gias auditivas prévias e outras patologias, como hipertensão arterial, diabetes e hipertireoidismo.

Trauma acústico e surdez por exposição ao ruído são os tipos de transtornos auditivos que podem acometer o profissional. O trauma acústico é uma lesão produzida no ouvido médio ou interno por impac-to sonoro ou ruído intenso. O diagnóstico é feito através da história ocupacional, na qual se busca estímulo e associação com o início da sintomatologia (surdez, vertigens, zumbidos, dor); do exame físico, a partir do qual se busca evidência de congestão vascular ou até ruptura timpânica com lesão na cadeia ossicular; e da audiometria, em que há ou não falha na discriminação vocal, além de queda em 4KHz.

A surdez por exposição ao ruído decorre de uma exposição crônica, em que traumatismos suces-sivos levam a um deslocamento assimétrico da membrana basilar. Os sintomas são causados devido à cronicidade da evolução do quadro, como zumbido noturno ou em locais silenciosos. A audiometria aponta, inicialmente, queda em 4KHz. Com a evolução do quadro, ocorre aprofundamento da queda e propagação para 3, 6 e 8KHz, com cada vez mais dificuldade de discriminação vocal.

Além da perda auditiva característica, o ruído pode ser o fator causador de outras doenças. Essas patologias podem afetar o trabalhador psicologicamente, causando depressão, estresse, entre outras doenças, chegando a gerar danos inclusive no sistema cardiovascular, podendo ser fator causador de hipertensão arterial e taquicardia.

Dores na colunaUma das maiores queixas no mundo moderno é a de dor na coluna. Dentro de um ambiente laboral,

essa patologia acomete vários trabalhadores, devido a diversos fatores, os quais serão abordados a seguir.

Para melhor entender o mecanismo da dor na coluna, é necessário conhecer a estrutura anatômi-ca da coluna vertebral humana. Ela é dividida em 33 vértebras, sendo 7 formadoras da coluna cervical, 12 da coluna torácica, 5 da coluna lombar, 5 vértebras fundidas formadoras da região sacral e 4 vérte-bras da região coccígea. Seu limite superior é o osso occipital, sendo o osso ilíaco o limite inferior.

A coluna vertebral possui uma região denominada canal vertebral, que segue as diferentes cur-vas da coluna vertebral. Grande e triangular nas regiões cervical e lombar, onde a coluna possui maior mobilidade, o canal vertebral é pequeno e redondo na região onde não há muita mobilidade, a região torácica. Esse canal possui algumas características gerais, cada qual com sua função, sendo que cada re-gião da coluna possui suas próprias características, assim como cada vértebra se difere uma da outra.

Além das vértebras, outras estruturas podem ser responsáveis pelas dores na coluna. Os discos intervertebrais, músculos e ligamentos são algumas dessas estruturas. Também se destacam outras do-

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enças presentes em outras estruturas que podem resultar em dores na coluna, tais como aneurisma de aorta, úlcera duodenal, inflamação na próstata, doença inflamatória pélvica, entre outras.

Algumas são as doenças e situações diretamente relacionadas com as dores na coluna. Dentre elas, destacam-se a osteoporose, hérnias discais, tumores, postura viciosa, obesidade, fibromialgia, ar-trose, artrite reumatóide – com inflamação nas articulações e outros tecidos, gravidez e encurtamento dos músculos das pernas. Além disso, existem fatores de risco que influenciam no aparecimento do quadro álgico na coluna vertebral. Dentre eles, podem-se citar a obesidade, a tensão emocional, os esforços excessivos, a idade, o sexo e a atividade profissional.

Algumas doenças da coluna vertebral podem estar relacionadas ao trabalho. As dores musculares são um exemplo, especialmente as dores em coluna lombar, denominadas lombalgias. Também pro-blemas posturais, que podem gerar desvios no eixo, ou aumento na curvatura preexistente da coluna vertebral. Esses desvios são denominados cifose, lordose e escoliose. Osteofitose e hérnias discais também são causas comuns de dores na coluna.

A lombalgia é uma doença cuja incidência mundial é de aproximadamente 5% de novos casos ao ano, sendo que em alguma fase da vida, estima-se que 80% dos indivíduos terão dor lombar. Ela pode ser diagnosticada em três fases. A fase subaguda é quando ela se iniciou há menos de um mês. A fase aguda ocorre quando o início do quadro ocorreu entre um e seis meses. A fase crônica é quando a dor já vem há mais de seis meses. Suas causas são as mais diversas. Podem ser decorrentes de problemas mecânicos – posturais, devido a posturas viciosas, obesidade, gravidez, esforços repetitivos, ergonomia inadequada; degenerativos, como estenose do canal vertebral, artrose articular; psicológicas, como dor miofascial; tumorais, por metástase óssea; mistas, como fibromialgia, entre outras.

A cifose caracteriza-se por ser um aumento anormal da concavidade posterior da coluna verte-bral. As causas mais importantes dessa deformidade são a má postura e o condicionamento físico ina-dequado. Outras doenças também podem causar essa deformidade, como a espondilite anquilosante e a osteoporose senil.

A lordose é um aumento anormal da curva lombar, levando a uma acentuação da lordose lombar anatômica. A essa situação, dá-se o nome de hiperlordose. A dor ocorre especialmente em atividades que envolvam a extensão da coluna lombar, tal como permanecer em postura ortostática por muito tempo, o que tende a acentuar o quadro. A flexão do tronco usualmente atenua a dor, o que faz com que, normalmente, a pessoa prefira permanecer em posição sentada ou deitada.

A escoliose é a curvatura lateral da coluna vertebral. Sua progressão depende muito da idade em que ela se inicia, bem como da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento na adolescência. Para a melhora do quadro, são essenciais o tratamento fisioterápico, com uso de alon-gamentos e melhora na respiração.

A osteofitose, popularmente conhecida como bico de papagaio, é decorrente da protusão pro-gressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de osteófitos, cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral. Ela causa a aproximação das vértebras e pode comprimir a raiz nervosa, gerando fortes dores.

As hérnias de disco são resultados de diversos pequenos traumas da coluna, que vão, gradativa-mente, lesando as estruturas do disco intervertebral. Também podem ser decorrentes de um trauma severo sobre a coluna. Elas surgem quando o núcleo do disco intervertebral migra do seu local, no cen-tro do disco, para a sua periferia, em direção ao canal medular ou nos espaços por onde saem as raízes nervosas, levando à compressão das raízes nervosas.

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Texto complementar

A Importância da Medicina e Segurança do Trabalho Preventiva

IntroduçãoAs mudanças no mundo do trabalho advindas das inovações tecnológicas e organizacionais

têm incrementado significativamente a produção nas empresas, eliminando assim tarefas penosas ou pesadas. Essa relação estabelecida entre o homem e a tecnologia ocasionou novos riscos para a saúde dos trabalhadores, tanto nos aspectos físico, mental ou social.

Tal processo passou a exigir dos trabalhadores uma maior qualificação e uma crescente inter-venção desses nos processos produtivos, o que conseqüentemente tornou-os mais suscetíveis a acidentes de trabalho. Tanto as empresas, quanto o Estado não tomaram postura diante de tal fato. Somente em meados dos anos 1980 surge o campo da saúde do trabalhador no Brasil objetivando mudar o complexo quadro da saúde.

Apesar de tantas transformações serem tão evidentes, ainda fica difícil de serem captadas e apreendidas pelos profissionais. Atualmente, ainda deparamos com empresas desinformadas, de-sinteressadas ou até mesmo com dificuldades de solucionar assuntos correlatos a acidentes de trabalho. Diante desse fato, este artigo busca contribuir abordando a importância da Medicina e Segurança do Trabalho Preventiva.

DesenvolvimentoA relação entre o trabalho e a saúde/ doença surgiu na Antigüidade, mas tornou-se um foco de

atenção a partir da Revolução Industrial. Afinal, no trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a preocupação em preservar a saúde dos que eram submetidos ao trabalho. Os trabalhadores eram equiparados a animais e ferramentas.

Com a Revolução Industrial, o trabalhador passou a vender sua força de trabalho tornando-se presa da máquina e da produção rápida para acumulação de capital. As jornadas eram excessivas, em ambien-tes extremamente desfavoráveis à saúde, aos quais se submetiam também mulheres e crianças. Esses ambientes inadequados propiciavam a acelerada proliferação de doenças infecto-contagiosas, ao mes-mo tempo em que a periculosidade das máquinas era responsável por mutilações e mortes.

Através dos tempos, o Estado passou a intervir no espaço do trabalho baseando-se no estudo da causalidade das doenças. Assim, toma figura o médico do Trabalho que vai refletir na propensão a isolar riscos específicos e, dessa forma, atuar sobre suas conseqüências, medicando em função de sintomas e sinais ou, quando muito, associando-os a uma doença legalmente reconhecida. A partir daí houve uma crescente difusão da matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.

No Brasil, a legislação trabalhista compõe-se de normas regulamentadoras, normas regula-mentadoras rurais e outras leis complementares, como portarias, decretos e convenções interna-cionais da Organização Internacional do Trabalho.

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15|Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho

Devido ao fato de ter surgido e se mantido a sombra da legislação, muitos de nós não demos a devida importância a Segurança do Trabalho. Limitamos a mera leitura da legislação sem preo-cuparmos com a interpretação e a cultura prevencionista. Ainda existe uma gama de instituições empresariais que só implantam os programas exigidos por lei para terem os documentos e papéis em seus arquivos com o objetivo de apresentar aos fiscais do Trabalho, em caso de fiscalização.

Felizmente um maior número de pessoas já compreende que as doenças profissionais são aquelas decorrentes da exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais, ergonômicos ou de acidentes.

O setor de segurança e saúde tornou-se multidisciplinar e busca incessantemente prevenir os riscos ocupacionais. Essa é a forma mais eficiente de promover e preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Nesse aspecto se destaca os profissionais da área, composto por técnico de Segurança do Trabalho, engenheiro de Segurança do Trabalho, médico do Trabalho e enfermeiro do Trabalho. Estes, por sua vez, atuam na eliminação ou neutralização dos riscos, prevenindo uma doença ou impedindo o seu agravamento. Para tanto, é necessária a antecipação dos riscos que envolvem a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de mo-dificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. Outra etapa do processo de prevenção é a de reconhecimento dos riscos. Nesse caso, o risco já está presente e será preciso intervir no ambiente de trabalho. Reconhe-cer os riscos é uma tarefa que exige observação cuidadosa das condições ambientais, caracteriza-ção das atividades, entrevistas e pesquisas. A adoção das medidas de controle, também se torna necessária para a etapa da prevenção. Nesse caso o engenheiro de Segurança deverá especificar e propor equipamentos, alterações no arranjo físico, obras e serviços nas instalações, procedimentos adequados, enfim, uma série de recomendações técnicas pertinentes a projetos e serviços de en-genharia.

Além dessas etapas, por parte do empregador, é de fundamental importância o treinamento dos empregados para a correta utilização dos equipamentos de proteção individual ou coletiva. A empresa deve treinar o trabalhador com recursos próprios, ou por meio dos fabricantes de EPIs que já fazem esse trabalho gratuitamente, através de palestras ou mini-cursos. Portanto, a inspeção no local de trabalho é procedimento essencial de antecipação intempéries em relação à segurança e Medicina do Trabalho.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Medicina e Segurança do Trabalho Preventiva.

ConclusãoQualquer empresa que queira realmente melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores

deve estar disposta a ouvir sua equipe, dar possibilidade do indivíduo expor suas súplicas, fortale-cendo desta forma uma relação de trabalho confiável e saudável. Após abrir este importante canal de comunicação, a empresa deverá fazer um levantamento criterioso dos problemas que acome-tem a equipe como um todo, visualizando sua real existência e verificando suas incidências. Uma vez realizado este reconhecimento da saúde geral dos trabalhadores, devem-se levantar os proble-mas mais comuns e fazer um estudo individualizado para descobrir de que forma estão ou não rela-cionados às rotinas de trabalho de cada um, sendo importante nesta fase o auxílio de profissionais preparados para esta compreensão.

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Uma vez realizado todo este levantamento e análise, deve-se agir tentando eliminar os fatores de risco e caso isso não tenha sido possível, deve-se proteger os colaboradores dos riscos, muitas vezes adotando uso de EPIs mais adequados, orientações de forma de trabalho e fomentando este indivíduo de recursos de proteção direcionada, e por último, após todas estas ações deve-se investir num mecanismo de defesa e preparo para a função, adaptando todo o posto e o indivíduo.

Portanto, a maneira mais eficaz de impedir o acidente é conhecer e controlar os riscos. Isso se faz com uma política de segurança e saúde dos trabalhadores que tenha por base a ação de profissio-nais especializados, antecipando, reconhecendo, avaliando e controlando todo o risco existente.

(RAINATO, Thalita Alvarenga. Disponível em: <http://revista.fundacaoaprender.org.br/index.php?id=997.)

Atividades1. Um funcionário chega com queixa de dor intensa em região lombar. Não há ambulatório médico

na empresa, sendo você o único responsável pela Segurança do Trabalho na ocasião. Qual é a sua conduta?

a) Daria um antiinflamatório com miorelaxante e analgésico ao funcionário.

b) Trocaria imediatamente o seu posto de trabalho, evitando agravamento da lesão.

c) Faria bolsa de água quente na região afetada e encaminharia o funcionário ao serviço médico mais próximo ou conveniado.

d) Manteria o paciente no trabalho e o orientaria a buscar um médico após o serviço.

e) Orientaria os colegas de trabalho a dobrarem a jornada para compensar a falta do trabalhador com problemas.

2. Analisando a importância da anamnese e considerando os efeitos da exposição a riscos ocupacio-nais, assinale a alternativa correta.

a) Fatores que alteram as respostas aos riscos ocupacionais podem ser ignorados.

b) A busca de problemas similares em colegas de trabalho é irrelevante.

c) A predisposição de adquirir determinadas doenças deve ser considerada.

d) O hábito de se alimentar no trabalho não interfere no risco.

e) n.d.a.

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Gabarito

Introdução à Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho

1. B

2. C

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