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Cecília Meireles
"...Liberdade, essa palavraque o sonho humano alimenta
que não há ninguém que expliquee ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
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• Biografia
Algumas palavras de seu depoimento:
“Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.”
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“Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos.”
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Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
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Nascimento: 07/11/1901
Natural de: Rio de Janeiro - RJ
Morte: 09/11/1964
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- 1910: Conclui seus primeiros estudos na Escola Estácio de Sá;
- 1919: Com 18 anos publica seu primeiro livro de poesias, “Espectros”;
- 1922: Casou-se e teve três filhas, as quais lhe deram cinco netos. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, em 1940;
• Aos nove anos, ela começou a escrever poesia.
• Cecília foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira.
• Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências sobre Literatura, Educação e Folclore.
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- 1934: Organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo;
- 1939: Ganha o Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem;
- 1951: Aposenta-se como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ);
- 1953: Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia. É agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi, Índia;
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- 1962: Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte;
- 1963: Ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP);
- 1964: Falece, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Em seguida é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile;
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- 1965: É agraciada com o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras;
- 1974: Seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil;
- 1984: Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ);
- 1991: Seu nome é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP);
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O governo federal, por decreto, instituiu o ano como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário (150 anos) de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.
2001
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• Características estilísticas da autora
Embora vivesse sob a influência do modernismo, apresentava ainda, em suas obras, heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
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Essencialmente sensitiva, sua poesia revela traços espiritualistas, com temas que sugerem sonhos, fantasias, solidão, saudade, num jogo hábil de elementos sensoriais (sons, cores, etc.).
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* Espectros, 1919
* Nunca mais, 1923
* Poema dos Poemas, 1923
* Baladas para El-Rei, 1925
* Viagem, 1939
* Romanceiro da Inconfidência, 1953
* Poemas de Israel, 1963
* Solombra, 1963
* Ou Isto ou Aquilo, 1964
- PUBLICOU MAIS DE 50 OBRAS
• Principais obras
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Espectros, 1919
“Nas noites tempestuosas, sobretudoQuando lá fora o vendaval estronda
E do pélago iroso à voz hediondaOs céus respondem e estremece tudo,
Do alfarrábio, que esta alma ávida sonda.Erguendo o olhar; exausto a tanto estudo,
Vejo ante mim, pelo aposento mudo,Passarem lentos, em morosa ronda,
Da lâmpada à inconstante claridade(Que ao vento ora esmorece ora se aviva,Em largas sombras e esplendor de sois),
Silenciosos fantasmas de outra idade,À sugestão da noite rediviva
- Deuses, demônios, monstros, reis e heróis.”
• Trata-se de uma coleção de 17 sonetos de influência principalmente simbolista retratando temas históricos, mitológicos ou religiosos.
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Karina Secchi
Maria Eugenia
Natália Costa
2ºano E.M.16