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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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Silvana Serrani ( Org.)
Uma homenagem a Angela Kleiman.
O papel do professor no espaço da cultura letrada: do mediador ao agente de letramento.
“ a descoberta de que o aprendizado coletivo é um dos mecanismos fundamentais da autotransformação social
é talvez a sua maior contribuição à pesquisa da agência.
Sztompka, 1998,p.335
COMPETÊNCIAS
&
HABILIDADES.Perspectiva fundada nos estudos Vygstskyano a partir do conceito de mediação semiótica. *Teorida da Atividade. (LEONT’EV, 1981; COLE; ENGESTROÖM, 1993;)
*As Abordagens de Natureza Coletiva e Situada.( WENGER, 1998; LAVE;WENGER, 1991)
*Literatura Sociológica e Psicológica sobre Ciência Humana.(ARCHER, 2000; AHEARN, 2001; BANDURA, 2001).
NESSAS RELEITURAS, A METÁFORA DO “MEDIADOR” TEM DADO LUGAR À DO “ AGENTE DE LETRAMENTO.
KLEIMAN, 2006
* Professor de língua materna: desenvolver competência leitora e escritoras dos alunos;•Projeto “ Letramento do professor em comunidades de aprendizagem: agência, protagonismo e inclusão”.
- Projeto desenvolvido em 2008 com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFRN, financiado pelo PROEX/MEC/SESU.
2- AS METÁFORAS REFERENTES À CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.
1- OS INÚMEROS PAPÉIS EXERCIDOS PELO PROFESSOR. 1.1-Reflexos de Diferentes Fatores:
* natureza histórica, econômica e política;
- que determinam as mudanças na sociedade ( a monarquia, o capitalismo, a industrialização, a tecnologia, a globalização);
- as contradições dos grupos sociais, dos papéis que a sociedade, de alguma forma, impõe à escola, dos diferentes caminhos por que trilha a construção do conhecimento;
OS PAPÉIS:Ribeiro ( 2000), citando Mialaret (1981).
* Mestre: detém o saber e cumpre a função de transmiti-lo;
* Treinador: trabalha em função da retenção e aprofundamento do conhecimento transmitido;
* Guia: orienta no processo de aprofundamento do conhecimento por ele transmitido;
* Supervisor: orienta e sugere os métodos e estratégias para a elaboração de um trabalho, supervisionando esta tarefa;
* Depositário do saber: serve de fonte de documentação para aqueles que lhe solicitam informação, via oralidade;
* Técnico: dá ênfase à tecnologia, organizando, sistematicamente objetivos, conteúdos e métodos relativos ao ensino, numa pretensa busca de objetividade do ensono;
jardineiro
Palhaço
Sábio
Tia
Transmissor
Modelo de Comportamento ClínicoOleiro
Pesquisador
Reflexivo
A respeito dessa rede de determinações, Ribeiro ( 2000), baseado em alguns estudiosos comenta:
“ A década de 60”: influenciado pelo poder que a Psicologia exercia sobre a Pedagogia;
“Década de 70”: sua função primordial era zelar pelo desenvolvimento, segurança nacional...”capital humano”;
“ Década de 80”: considerações dos aspectos Sociológicos e um olhar mais amplo para a questão do ensino- aprendizagem;
Interação social construídos na sala de aula, aos contextos de onde provêm seus participantes ( alunos e professores), aos conhecimentos prévios por eles trazidos ,à importância da interação no processo de construção da aprendizagem;
2- AS METÁFORAS REFERENTES À CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.
No que se refere à natureza do conhecimento, o estudo de Almeida (2005), considera as metáforas que disputam espaços nas concepções de professores e de outros profissionais da educação, são elas:
1ª O Conhecimento Transmitido;
2ª O conhecimento Construído;
3ª O conhecimento tecido em Redes;
O Conhecimento Construído X Professor Mediador.
A adoção da metáfora “professor mediador” fundamenta-se, essencialmente, nas postulações de Vygotsky sobre o desenvolvimento humano entendido como uma atividade sociocultutal- histórica;
O reconhecimento da natureza interacional do conhecimento e da aprendizagem, construído socioculturalmente a partir de artefatos na atividade prática.(ZDP)
A introdução da noção de ZDP por Vygotsky, conforme entende Wertch e Stone (1985 apud FINO, 2001), é feita com vistas a um esforço para lidar com duas questões práticas da psicologia educacional: a avaliação das habilidades cognitivas dos aprendizes e a avaliação das práticas de instrução;
A avaliação das habilidades cognitivas dos aprendizes: preocupa-se em verificar os níveis de desenvolvimento real e potencial do aprendiz;
e A avaliação das práticas de instrução: busca avaliar o processo de maturação do aprendiz, observando-se a influência do trabalho do professor na transformação do processo interpessoal ( nível interpsicológico) em intrapessoal ( nível intrapsicológico)
As Implicações segundo Firmo (2001); 1ª- A existência de uma “janela da
aprendizagem”: decorre da compreensão de que as formas de aprender são tão diferentes quanto também são os aprendizes;
2ª - A compreensão do “tutor” como um agente matacognitivo: reconhece o professor ( tutor) como um agente metacognitivo, alguém que monitora a atividade do aprendiz e guia o processo de aprendizagem, conduzindo-o a tomar consciência do seu próprio conhecimento;
3ª- A importância dos pares como mediadores da aprendizagem: enfatiza o papel da dáde ( aluno/aluno) na construção interativa do conhecimento;
Professor Mediador: ZDP e suas implicações: 1- a relação social referida como “ensinar” é um relação
“um a um”- processa-se na díade ( FORMAN; CAZDEN, 1985 apud FINO, 2001, p.9);
2- a noção de desenvolvimento situa-se no domínio da aquisição individual;
3- a aprendizagem se dá nos indivíduos de forma vertical; 4- o desenvolvimento resulta de um processo de
transformação cognitiva individual; 5- considera a co-construção do conhecimento como algo
neutro; 6- apaga os processos de resistência embutidos na relação
social;
7- promove a assimetria, tanto em termos de interação quanto de conhecimento, privilegiando a posição do mediador na construção do saber ( direção unilateral);
8- ignora a condição do aluno como “sujeito de conhecimento”- a relação é entre “quem sabe” e “quem naõ sabe”;
9- desconhece a aprendizagem como um processo de mão dupla em que todos apendem;
10- apaga os “fundos de conhecimento” já construídos pelo aprendiz no seu contexto sociocultural.
O conhecimento tecido em rede (s)XProfessor Agente de Letramento.
Os significados são, nesse sentido, construídos por “ feixes de relações” que se articulam “ em teias, em redes, construídas social e individualmente, e em permanente estado de atualização” ( MACHADO,[ 1995] 2000,p.138).
“ a distância entre as ações presentes no cotidiano dos indivíduos e as novas formas históricas de atividade social geradas coletivamente como uma solução para contradições internas inseridas nas ações diárias”, Engeström ( 1987,p. 174)
Aprendizagem Expansiva:
os artefatos ganham um valor crucial; ocorre uma simbiose; “comunidade de prática” Comunidades de aprendigagem ...
equivalência a comunidade prática;
Autotransformação e “Agência”.
A justificativa para esse interesse repousa, nas contingências históricas da sociedade: a virada agentiva nas décadas de 80 e 90 ;
O foco de atenção nas questões ligadas aos fenômenos da pós-modernodade e do pós-estruturalismo;
A articulação entre as ideias sobre agência e estrutura social e o interesse social e o interesse em ações voltadas para a transformação social.
Em que consiste a agência? Deve toda agência ser humana? Podem não humanos ( máquinas, espíritos,
tecnologias, sinais) exercer agência? Deve a agência ser individual ou
supraindividual ( família, entidades, associações)?
Deve a agência ser conscistente, intencional ou efetiva?
Onde a agência é localizada? (AHEARN,
2001)
“ a agência é frequentemente uma propriedade de grupos e envolve recursos mediacionais como linguagem e instrumentos”. Wertsch (1993, p.352)
Trata-se de um termo que deve ser empregado somente no plural, segundo Acher (2000. p.261- 268), pois a
agência envolve “afazeres reais de gente real ” atuando no mundo social, sempre através da coletividade, processo que se dá continuamente, ao longo da vida.
Para Acher(2000,p.260):
agência primária: somos todos agentes; agência corporativa: associação, organizações, entidades,
instituições;
• Bandura( 2001:13) discute três diferentes modos de agência humana:
Pessoal Por representação ( proxy) e coletiva. Esses tipos de agência evidenciam a riqueza do conceito.