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Depois de percorrer as publicações dos colegas, em abono da verdade, em diagonal, decidi lançar a minha intervenção comentando o contributo para a acção, sob a forma de matriz, da minha colega Helena Caroça que desempenha as funções de Professora Bibliotecária para o 2º e 3º ciclos no mesmo agrupamento onde eu desempenho para o 1º ciclo. Após leitura mais atenta da matriz deparo-me com um contexto com que facilmente me identifico, pois “sofremos todos do mesmo mal”, isto é se queremos as coisas feitas temos que as fazer nós próprios do parco tempo que possuímos. Ponto comum a muitas das publicações e aqui constante é a recorrente falta de tempo que temos. Aparentemente até parece ótpimo ter um professor bibliotecário mas, em escolas cujas necessidades prementes são de carácter mais básico, recursos humanos (falta de um conjunto de professores colaboradores dedicados, empenhados e que não sofram flutuações anuais para que possam investir na área) e materiais (necessidade de aumento do acervo existente para dar resposta ao rácio nº obras por aluno e materiais tecnológicos mais actualizados para dar resposta às constantes solicitações que surgem do decurso de uma normal prática lectiva) como poderemos traçar metas mais ambiciosas? Como pode um professor bibliotecário nesta condições ter dedicação plena? Teremos que mudar muita coisa e teremos que aprender a trabalhar em parcerias, não temos nem poderemos ser nós a fazer tudo. O nosso papel não é invisível e não passamos o tempo a olhar ara quem passa; há que chamr as direcções escolares a visitar e participar conjuntamente com a biblioteca em projectos, em actividades. O Professor Bibliotecário não pode ser visto como aquele que chegou a um patamar que “ ali é que bom, não faz nada!”. Tem um papel muito importante: serve a escola- contribui subtâncialmente para a formação intelectual dos alunos e proporciona o acesso a um espaço, organizado segundo lógicas e metodologias já estudadas, dirigidas para a obtenção de resultados. A falta de dotação financeira surge aqui como em quase todos nós como um obstáculo não só para nutrir necessidades básicas como para operacionalizar projectos associados à biblioteca e em parceria com outras vertentes escolares. Quando não se tem inventa-se e sensibilizamos a comunidade para o facto. O nosso papel é também semear a língua portuguesa como uma planta que germina e tem que crescer acompanhada, proporcionando uma maior literacia no nosso povo, que revela inda grandes lacunas. O Professor Bibliotecário tem um papel fulcral em todos os processos. Este revela-se a alma da biblioteca, orienta quem chega, gerindo massas humanas (adultos e crianças), organiza os espaços, programa as actividades, candidata-se a projectos, trabalha para a sua própria formação quer como autodidata quer em ambientes formais, etc., no fundo tudo está, neste momento dependete dele mas, ele tem que contar com uma boa equipa, com material bom e eficaz, que permita acompanhar as constantes mudanças socialmente apetecíveis e que são cada vez mais a linguagem que se fala na escola e com a qual temos que aprender a caminhar lado a lado. A tecnologia foi aparecendo lentamente na biblioteca mas, neste momento, os desígnios de mudança estão a decorrer a velocidades tão vertiginosas que é cada vez mais necessário e imperativo que a comunidade também se interesse pela escola e, a seu tempo, possa contribuir para essa mesma mudança. Não fazemos produtos como numa fábrica, educamos e formamos cabeças e, quanto melhor a formação maior a evolução que a sociedade sofrerá, melhor e mais bem formados e informados sairão da escola os nossos alunos e mais competências terão para integrar e interagir numa sociedade que se pode comparar a um comboio sempre em andamento. Esta simbiose tem tanto de dinâmica como de perigosa. Em suma somos gestores, lideres no nosso nicho escolar, técnicos, actores, desempenhamos uma infinidade de papéis que só nós próprios conseguimos avaliar o empenho, trabalho e dedicação que investimos em tudo o que fazemos.

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Depois de percorrer as publicações dos colegas, em abono da verdade, em diagonal, decidi lançar a minha intervenção comentando o contributo para a acção, sob a forma de matriz, da minha colega Helena Caroça que desempenha as funções de Professora Bibliotecária para o 2º e 3º ciclos no mesmo agrupamento onde eu desempenho para o 1º ciclo.

Após leitura mais atenta da matriz deparo-me com um contexto com que facilmente me identifico, pois “sofremos todos do mesmo mal”, isto é se queremos as coisas feitas temos que as fazer nós próprios do parco tempo que possuímos. Ponto comum a muitas das publicações e aqui constante é a recorrente falta de tempo que temos. Aparentemente até parece ótpimo ter um professor bibliotecário mas, em escolas cujas necessidades prementes são de carácter mais básico, recursos humanos (falta de um conjunto de professores colaboradores dedicados, empenhados e que não sofram flutuações anuais para que possam investir na área) e materiais (necessidade de aumento do acervo existente para dar resposta ao rácio nº obras por aluno e materiais tecnológicos mais actualizados para dar resposta às constantes solicitações que surgem do decurso de uma normal prática lectiva) como poderemos traçar metas mais ambiciosas? Como pode um professor bibliotecário nesta condições ter dedicação plena? Teremos que mudar muita coisa e teremos que aprender a trabalhar em parcerias, não temos nem poderemos ser nós a fazer tudo.

O nosso papel não é invisível e não passamos o tempo a olhar ara quem passa; há que chamr as direcções escolares a visitar e participar conjuntamente com a biblioteca em projectos, em actividades. O Professor Bibliotecário não pode ser visto como aquele que chegou a um patamar que “ ali é que bom, não faz nada!”. Tem um papel muito importante: serve a escola- contribui subtâncialmente para a formação intelectual dos alunos e proporciona o acesso a um espaço, organizado segundo lógicas e metodologias já estudadas, dirigidas para a obtenção de resultados.

A falta de dotação financeira surge aqui como em quase todos nós como um obstáculo não só para nutrir necessidades básicas como para operacionalizar projectos associados à biblioteca e em parceria com outras vertentes escolares. Quando não se tem inventa-se e sensibilizamos a comunidade para o facto.

O nosso papel é também semear a língua portuguesa como uma planta que germina e tem que crescer acompanhada, proporcionando uma maior literacia no nosso povo, que revela inda grandes lacunas.

O Professor Bibliotecário tem um papel fulcral em todos os processos. Este revela-se a alma da biblioteca, orienta quem chega, gerindo massas humanas (adultos e crianças), organiza os espaços, programa as actividades, candidata-se a projectos, trabalha para a sua própria formação quer como autodidata quer em ambientes formais, etc., no fundo tudo está, neste momento dependete dele mas, ele tem que contar com uma boa equipa, com material bom e eficaz, que permita acompanhar as constantes mudanças socialmente apetecíveis e que são cada vez mais a linguagem que se fala na escola e com a qual temos que aprender a caminhar lado a lado.

A tecnologia foi aparecendo lentamente na biblioteca mas, neste momento, os desígnios de mudança estão a decorrer a velocidades tão vertiginosas que é cada vez mais necessário e imperativo que a comunidade também se interesse pela escola e, a seu tempo, possa contribuir para essa mesma mudança.

Não fazemos produtos como numa fábrica, educamos e formamos cabeças e, quanto melhor a formação maior a evolução que a sociedade sofrerá, melhor e mais bem formados e informados sairão da escola os nossos alunos e mais competências terão para integrar e interagir numa sociedade que se pode comparar a um comboio sempre em andamento. Esta simbiose tem tanto de dinâmica como de perigosa.

Em suma somos gestores, lideres no nosso nicho escolar, técnicos, actores, desempenhamos uma infinidade de papéis que só nós próprios conseguimos avaliar o empenho, trabalho e dedicação que investimos em tudo o que fazemos.

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Desculpem o exagero do desabafo mas por vezes perco-me.Um bem haja à